Resumo Expandido IC - Avaliação da Temperatura Superficial dos Materiais de Superfície Urbana

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Anais do XXII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do VII Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 19 e 20 de setembro de 2017

AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA SUPERFICIAL DOS MATERIAIS DE SUPERFÍCIE URBANA Bianca da Cunha Bandeira Rodrigues Faculdade de Arquitetura e Urbanismo CEATEC bibi_bandeira@yahoo.com.br

Resumo: Os materiais utilizados no envelope de edifícios e das estruturas urbanas desempenham um papel muito importante no equilíbrio térmico urbano. Este estudo avalia a temperatura superficial de amostras de cimento comumente utilizadas em superfícies urbanas. Para a avaliação da temperatura superficial 7 amostras de diferentes pigmentações foram expostas a radiação solar direta. A temperatura superficial foi obtida através da Câmera Espectrotermal FLUKE Ti110. Os resultados das medições de temperatura superficial para cada amostra foram comparados. De uma maneira geral, as amostras mais escuras alcançaram as maiores temperaturas. Portanto os materiais que não tiveram adição de pigmentação em seu traço são as melhores opções dentre os blocos de cimento para um melhor controle da temperatura superficial. Palavras-chave: temperatura superficial, superfícies urbanas, refletância solar. Área do Conhecimento: Engenharias – Engenharia Civil – Construção Civil. 1. INTRODUÇÃO No Brasil, as edificações residenciais e comerciais são responsáveis por mais de 42% do consumo de energia elétrica [1]. Isso porque grande parte dos projetos de edifícios não consideram que os materiais de construção, especialmente os que constituem a envoltória do edifício, são essenciais para a otimização de seu desempenho térmico [2]. Pelo contrário, o uso de climatização artificial acaba se tornando o instrumento indispensável para atenuar o desconforto das altas temperaturas. Santamouris [3] relata que coberturas e pavimentos correspondem a 25% e 35% das superfícies no meio urbano, respectivamente. Sendo assim, a escolha de materiais de elevado albedo na composição de superfícies urbanas é uma das técnicas de projeto mais eficazes para o controle da temperatura na escala do pedestre e para a minimização dos ganhos térmicos na edificação [4] [5].

Cláudia Cotrim Pezzuto Grupo de Pesquisa Eficiência Energética CEATEC claudiapezzuto@puc-campinas.edu.br

Conforme relatado por Wong et al [6] o planejamento consciente das cidades em região de clima tropical, pode acarretar em uma redução de até 1,2°C na temperatura média do microclima das cidades e, consequentemente, gerar uma economia de 5 a 10% dos gastos com climatização artificial para cada edifício inserido neste contexto. Ferreira e Prado [7] indicam a partir de um levantamento de pesquisas que o aumento do albedo das superfícies urbanas pode provocar uma minimização superior a 2°C na temperatura do ar. Dessa forma, pode-se ter um controle térmico eficaz tratando do problema na escala do edifício (microescala), pela utilização de materiais de elevado albedo, associados à vegetação. Partindo do pressuposto que o revestimento de cada edifício interfere significativamente nas condições climáticas urbanas, a pesquisa faz uma comparação da temperatura superficial de 7 amostras de superfícies urbanas expostas à radiação solar. 2. METODOLOGIA Esta pesquisa dá continuidade aos estudos realizados por Rodrigues e Pezzuto [8] e Rodrigues et al. [9] que avaliaram a refletância solar das amostras de cimento cinza em diferentes cores. A tabela 1 apresenta a caracterização das amostras. O traço das amostras de cimento foram na proporção de 3,9 kg de cimento branco, 11,7 kg de areia, 250 g de pó xadrez e 1,8 litros de água; e 3,9 kg de cimento cinza, 11,7 kg de areia, 250 g de pó xadrez e 2,0 litros de água. As amostras foram confeccionadas na dimensão 10 x 20 x 6,2 cm. Para a coleta de dados de temperatura superficial, as amostras foram expostas à insolação direta durante um período de 24 horas, sendo posicionadas em campo com 5 horas de antecedência de modo a a garantir um equilíbrio térmico precedido às medições. As amostras foram posicionadas no local sem interferências de obstáculos em uma mureta sobre um bloco de isopor de 5 cm de espessura, de modo que sua superfície de apoio


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