Kamishibai

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Era uma vez um menino chamado Mogli e os seus amigos Nino e Nina. Certo dia, o Nino e a Nina foram passear à praia e encontraram o Mogli muito atarefado a recolher o lixo que as pessoas tinham deixado no dia anterior espalhado pela areia. O Nino e a Nina resolveram ajudar o Mogli, pois já sabiam que enquanto ele não acabasse aquela tarefa ele não iria brincar.



Os três amigos andavam muito entretidos até que, de repente, ouviram uma voz muito zangada: - Saiam já da minha praia. Os três amigos pararam e olharam todos na direção da voz. Era uma enorme baleia cinzenta que estava junto à praia. O Mogli deu um passo em frente e disse: - Mas nós estamos a limpar a praia que está toda suja!



A baleia cinzenta falou de novo ainda mais enfurecida: -Estou cansada de encontrar lixo no mar. Os meus filhos, que ainda são pequenos, comem este lixo e ficam doentes e os outros habitantes do mar também não conseguem ser saudáveis com o mar poluído. Então o Mogli disse de forma calma: -Amiga baleia, nós estamos a cuidar do ambiente e também sabemos que tens razão, mas nós estamos a cuidar de vocês.



A baleia ouviu com muita atenção e depois disse: - Está bem, eu confio em vocês e vou ficar aqui a observar o vosso trabalho. Os três amigos acabaram de limpar o lixo todo que estava espalhado pela praia e deitaram-se a descansar.



De repente ouviram um som baixinho: -Socorro, socorro, tirem-me esta rede! Os três amigos olharam na direção da voz muito aflita e viram um polvo bebé enrolado numa rede em cima de um rochedo. O Nino correu para o pequeno polvo e, com a ajuda de tesoura que tinha no bolso, soltou o polvo da rede que o estava a ferir.



A mãe polvo, que andava preocupada à procura do filho, quando viu que o Nino o tinha ajudado e que agora ele estava fora de perigo disse: - Muito obrigado pelo que fizeram pelo meu filho. Sabem, aqui no fundo do mar, estamos cheios de lixo como redes, anzóis, latas, papeis, plásticos e vidros. Eles são um perigo para todos nós e às vezes nós ficamos muito feridos e doentes!



EntĂŁo o Mogli reuniu com os dois amigos e combinaram ir a casa procurar os fatos de mergulho para entrarem no mar e recolherem todo o lixo que estava a fazer mal aos animais que nele vivem. Pouco tempo depois, os trĂŞs amigos entraram no mar mergulhando para o fundo atrĂĄs do polvo.



Andavam os três muito concentrados em encontrar todo o lixo e a guardá-lo em sacos quando, de repente, a Nina atrás de um rochedo encontrou um baú velho e ferrugento. Correu para ele e depois de muito esforço conseguiu abrilo.



Ficou muito admirada quando de dentro do baú saltaram brilhos cintilantes. Então percebeu que era um baú cheio de pedras preciosas. Chamou os amigos e muito eufórica com o que encontrou disse: - Olhem o que encontrei neste buraco do rochedo!



Estavam os três amigos a olhar para o baú quando ouviram uma voz muito zangada: - Quem vos autorizou para entrarem aqui? Este rochedo é meu e ninguém entra aqui sem a minha permissão! - disse uma enorme raia muito enfurecida. Os três amigos juntaram-se e recuaram para a enorme raia passar e proteger o baú.



- A mãe polvo veio connosco e pediu-nos para a ajudar a limpar o mar que estava cheio de lixo perigoso para vocês e é o que nós estávamos a fazer. A mãe polvo e a baleia cinzenta, que andavam por perto e sentiram que algo se passava com os seus amigos e com a raia gigante, aproximaram-se em defesa destes e explicaram: - Senhora raia, estes amigos estão a tratar do nosso mar, limpando-o. Não os trates mal!



Depois de ter percebido o que se passava a raia gigante, ainda um pouco desconfiada, disse: -Pois, mas eu não sabia e eles entraram no meu rochedo e encontraram o meu tesouro. Vocês sabem que eu não gosto que ninguém aqui entre e o meu tesouro não é lixo e não sai daqui. O Nino resolveu falar e tranquilizar a raia gigante: - Não te preocupes que nós não vamos tocar no teu tesouro, só o confundimos com lixo e depois ficamos curiosos e resolvemos abrilo!



A raia aproximou-se do seu tesouro e para verificar se estava tudo bem e percebeu como tinha sido injusta com os meninos que s贸 estavam ali para ajudar.



A raia, finalmente percebeu o que se estava a passar, ficou um pouco arrependida por lhes ter falado de forma tĂŁo agressiva. Para os compensar juntou-se a eles e todos juntos recolheram todo o lixo que ainda restava. No final, tinham juntado vĂĄrios sacos de redes, anzĂłis, latas, plĂĄsticos, papel e vidro.



O sol já estava quase a pôr-se quando todos se juntaram num rochedo a descansar. A raia foi a sua casa e trouxe um lanche saboroso para todos; bolo de alga e sumo de areia. Já estava a ficar escuro e a lua já espreitava. Então a raia disse: - Saltem para as minhas costas com todos os sacos e levo-vos de volta para a praia num instante, pois daqui a nada fica escuro e os vossos pais começam a ficar preocupados. Eu sei que tiveram um dia muito cansativo.



Quando chegaram à praia a baleia que os acompanhou agradeceulhes todo o trabalho que eles fizeram e a raia disse: Sempre que vocês quiserem podem vir lanchar connosco, basta chamarem por mim e eu venho no momento seguinte buscar-vos. Os três amigos despediram-se e com muito esforço arrastaram os sacos de lixo para os respetivos contentores. Foram para casa muito felizes e satisfeitos com o trabalho realizado por todos.



No dia seguinte, o Nino, a Nina e o Mogli reuniram-se e pensaram numa forma de chamar a atenção das pessoas que vão à praia para que não deixem o lixo espalhado na areia. Resolveram então fazer um enorme cartaz que dizia: - “É PROIBIDO SUJAR A PRAIA POIS ELA NÃO É SÓ NOSSA, MAS TAMBÉM DE TODOS OS HABITANTES DO MAR.” Pintaram a frase em letras gordas e a preto e foram colocá-lo na praia num sítio onde todos o pudessem ver. Sentaram-se depois a admirarem todo o trabalho realizado e satisfeitos por verem a areia limpa e o mar límpido com os seus amigos muito felizes.



Conto colaborativo elaborado pelo grupo da sala 2 do Jardim de Infância de Benguiados do Agrupamento de FREI JOÃO de Vila do Conde, nos anos letivos 2011/12 e 20012/13.

“Os três amigos” Era uma vez um conto que tinha muito que contar. Foram muitos os meninos que nele quiseram participar. Ora, se quem conta um conto acrescenta um ponto. Ponto por ponto, palavra a palavra, as frases foram surgindo, mas o difícil foi iniciar, até que um menino começou…


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