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3.2.1 – Busca ao tesouro

3.2.1 – Busca ao tesouro

Esta aula ocorreu no dia 21 de novembro de 2012. Ela foi a segunda dentre três experenciadas na UMEI. Aqui, um Professor-personagem assumiu todas as aulas: ele se vestia de malhas pretas, uma cartola preta e tinha um sotaque diferente – as crianças disseram que ele vinha da Espanha – apesar de eu nunca ter dito nada. Assumi, o tempo todo, um status intermediário. Eu não dava ordens, não lhes demandava ajuda. Apenas mantinha-me neste estado para delegar funções e manter o controle da situação (CABRAL, 2006). Na primeira aula, para que pudéssemos reconhecer o espaço, fizemos uma viagem por vários espaços da escola e lhes entreguei um mapa: logo as crianças associaram o mapa a um mapa do tesouro. Com essa informação, planejei esta aula. Pretendia, através da corporalidade, que as crianças pesquisassem, pudessem expressar movimentos brincantes-teatralizados. O corpo-performer das crianças, visto e entendido como embrionário, natural e espontaneamente cheio de movimentos teatrais, foi então encaminhado para uma brincadeira corporal dentro do Drama. Pretendia ressaltar a busca por um espaço imaginativo, por um corpo integral e imaginativo e a saída da vida cotidiana (MACHADO, 2010). Saindo do cotidiano escolar, tínhamos então um objetivo: buscar o tesouro. Preparei a aula para acontecer na sala de vídeo. No primeiro momento arrumei colchonetes no chão e nos deitamos em roda, falando baixinho, querendo saber se todos estavam confortáveis no chão. Começamos a conversar e logo no inicio as crianças me perguntaram sobre o tesouro. Contei-lhes então que o tesouro era mágico, que estava na sala de vídeo e que teríamos que procura-lo. A sala de vídeo tem muitos brinquedos, colchonetes, é muito colorida. Sempre que acompanhei alguma professora, regente ou de projeto, sempre vi a turma utilizar a sala para assistir vídeos. Pensei então na possibilidade da brincadeira-estética: a procura de um objeto entre um mundo de cores, permitir o caos na brincadeira, a brincadeira dentro da brincadeira (uma metabrincadeira?) – e o que se passou foi justamente o que eu tinha imaginado: muita correria, muita gritaria. Em alguns momentos se esqueciam de procurar o tesouro, as crianças se dispersavam do objetivo

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