Jornal ECOESTUDANTIL, N.º 22, JAN 2014

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Número 22, setembro 2013 — janeiro 2014

s e Escola d o t n e m VIRA O,50 Agrupa rreia - TA o C o t s u Aug Dr. Jorge BIBLIOTECA ESJAC

PROJETO COMENIUS «Working with movies: changing people and their ideas» O primeiro encontro em Tavira va; a eleição do melhor cartaz alusivo ao filme “Good Kids” e do logótipo do projeto; visitas a Lagos, Sagres e Cacela Velha; e jantar de despedida, entre outros eventos de socialização e partilha de carácter informal Da avaliação efetuada, concluiu-se que todos os objetivos foram alcançados e que este primeiro encontro, cuja língua de trabalho foi o inglês, foi muito bem sucedido. O segundo encontro decorrerá, em março próximo, em França, enquanto o terceiro ocorrerá na Alemanha, em maio.

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semana de 11 a 15 de novembro foi vivida muito intensamente pelos participantes do Projeto Comenius de Parceria Multilateral de escolas: “Working with movies — moving people and their ideas”, cujo primeiro encontro decorreu em Tavira. Do 10º aos 12º anos, trinta e dois alunos da nossa escola hospedaram em suas casas igual número de alunos europeus, vindos de seis escolas: Gymnasium Kenzingen, Alemanha; Gimnazija “M. A. Reljkovic”, Vinkovci, Croácia; Instituto de Enseñanza Secundaria Gran Capitan, Córdoba, Espanha; Lycée Louis Thuillier, Amiens, França; Liceo Scientifico Statale

“Galileo Galilei”, Bitonto, Itália; e Prof. Faik Somer Güzel Sonatlar Ve Spor Lisesi, Atasehir, Istambul, Turquia. Os alunos estrangeiros vieram acompanhados por doze professores e os trabalhos ao longo da semana foram orientados por seis professoras nossas envolvidas no projeto. Do conjunto de atividades realizadas, destacam-se: duas sessões de cinema, uma a curta-metragem realizada por Rúben Jesus (12º A3), “Good Kids”; uma longametragem do realizador Joaquim Leitão, “A esperança está onde menos se espera”; os fóruns de análise e comentário aos filmes vistos; a filmagem de algumas cenas de uma curta-metragem coleti-

Nesta edição: Projetos Prémios de Mérito Ciências Sociais e Humanas Eco dos Espaços Línguas Projetos Artes Visuais Cinema Ciências Experimentais Concursos


PROJETOS As culturas não têm que ter rótulo Por Patrícia Nogueira, 12º C1

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minha opinião? O meu testemunho sobre esta semana? Foi sem dúvida uma das melhores semanas da minha vida, uma semana enriquecedora e que desmistificou possíveis ideias que fazia sobre as pessoas de cada país. Em minha casa ficou uma francesa chamada Noémi. Completamente diferente de mim pelo que eu vi dela no Facebook e pelo que já me tinha dito via internet. Era uma incógnita se iria ou não gostar de mim, se seria esquisita com a comida, se teria maus hábitos… Eu cá estava de braços e mente totalmente abertos para a receber. Ela tinha os seus hábitos franceses que tentou adaptar aos meus hábitos portugueses, estranhou, eu também. Eu não falo francês, ela não fala português, e falamos mal inglês. Entendemo-nos, acomodámo-nos e, entre palavras francesas, portuguesas, inglesas e gestos, entendemo-nos como se falássemos a mesma língua. Este projeto permitiu-me conhecer também pessoas de outras nacionalidades para além da que eu tinha acolhido. Os espanhóis são fantásticos, comprovei que afinal falam mesmo super-rápido, mas também me abriu os olhos para perceber que afinal, quando dominamos uma língua, falamos todos com muita rapidez – ainda que os espanhóis sejam os mais rápidos de todos. São parecidos connosco, são latinos! Contaram-me coisas do país deles que acharam esquisitas no meu, como a minha francesa que achou estranho o facto de mordermos as velas depois de cantarmos os parabéns, pormenores a que nós nem ligamos, mas, afinal, são diferentes de país para país. Numa festa de anos, cantámos os parabéns em todas as línguas… Quando me disseram que vinham turcos, achei estranho. Como é que uma cultura tão diferente da nossa iria sobreviver uma semana a hábitos ocidentais, com o nosso grande hábito de comer carne de porco, e outras coisas que a religião deles restringe. Pelo que sei, ninguém queria ficar com turcos por serem tão diferentes e tão desconhecidos. Porém, sinceramente, foram os que mais me marcaram por serem tão diferentes e se mostrarem tão iguais. MosPágina 2 traram-me que as culturas

não têm de ter rótulos. São adolescentes como eu, ainda que talvez com mais interdições, mas são adolescentes que lutam pelos seus objetivos dentro de uma religião um pouco mais restrita. Vieram para Portugal de mente aberta e quiseram seguir os nossos hábitos (nunca pondo de parte os seus costumes de origem - como não comer carne de porco). Arrisco-me a dizer que foram os que mais me surpreenderam. São pessoas incríveis! O jantar de despedida em que se concentraram os diferentes alunos de cada nacionalidade, pais e professores, foi maravilhoso. A alegria e a boa disposição que vivenciei, bem como o espanto dos nossos colegas de diferentes nacionalidades pelo “rancho folclórico” a que nós, portugueses, não damos valor, foram engraçados. O companheirismo que se criou ao longo da semana foi visível no jantar onde parecia que todos já se conheciam há imenso tempo, como se fosse um grande jantar de amigos que não se viam há muito, muito tempo. Esta semana fez-me perceber que o meu país é demasiadamente pequeno e que existe um mundo todo lá fora que quero explorar, culturas que quero vivenciar e que jamais me limitarei a este pequeno grande país. São projetos como este que nos enriquecem interiormente, nos abrem horizontes, nos abrem a mente e nos levam para a frente na vida, que nos fazem sentir realmente felizes e realizados, que nos fazem conhecer culturas por dentro, que nos mostram que a vida é muito mais do que aquilo de que estamos à espera. Nesta semana sei que fiz amigos que provavelmente não irei ver mais, ainda que espere um dia voltar a encontrá-los todos, todos os que participaram nesta grandiosa semana. Foi uma semana para a qual não tenho adjetivos que a qualifiquem de tão gratificante e fantástica que foi. Obrigada a quem se lembrou de um dia criar este projeto, irá deixar saudades! Recomendo!

Bem, esta semana foi... de loucos. Foi das melhores semanas que alguma vez tive. Conheci tanta gente e de tão longe. São apenas pessoas normais, adolescentes como eu, que vivem a dura realidade da adolescência num país totalmente diferente do meu e, sinceramente, não podia ter sido melhor. Adorei mesmo e nunca irei esquecer esta semana nem estas pessoas. Obrigada. Isabel Martins, 11º C2 Posso afirmar que esta foi uma das melhores experiências que já tive. Em primeiro lugar, gostava de agradecer a todos os professores que colaboraram e contribuíram para a realização deste fantástico projeto que, na minha opinião, correu “cinco estrelas”. Nesta semana não só aprofundei o meu inglês como também as outras línguas faladas por todos os nossos hóspedes (principalmente o italiano, dado que eles não aguentam dois minutos de silêncio). Para além deste grande benefício, também tive a oportunidade de fazer novos amigos, não só estrangeiros mas também colegas da escola com quem não falava no dia-adia. Contudo, nada se compara com a relação que estabelecemos com uma pessoa que passa uma semana na nossa casa e vê como nós realmente somos. Acredito que continuaremos em contacto e que até nos iremos encontrar outra vez, num futuro próximo. Fiquei com boas e imensas memórias de todos em grupo, com o grupo dos italianos e só com a minha hóspede que espero recordar para sempre. Adorei esta semana! Espero que continuem com este projeto nos próximos anos e que me guardem uma vaga, pois enquanto o projeto existir, eu inscrevo-me todos os anos. Beijo e obrigada pelas boas memórias. Joana Teixeira, 10ºC1

Achei este projeto muito "fixe" mesmo, conheci muita gente e fiquei tão amiga de muitos deles, que, até agora, continuo em contacto. A "minha" rapariga croata quase todos os dias me diz que está cheia de saudades de Portugal e que adorou. Acho que entre todos criámos laços . Eu, a Lisa e a Joana Teixeira até já estamos a planear ir a Bitonto no próximo verão visitar os italianos. Carolina Santos, 11ºC2 Agradeço a todos os professores que permitiram que esta semana fosse tão inesquecível! Lisa Reinecke, 11º C2


PROJETOS Postura corporal Por Luís António Silva (Coordenador de projetos do 1º/2º/3ºciclos/ PES )

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a EB Horta do Carmo e na EB 2/3 Dom Paio Peres Correia tiveram lugar sessões teóricas e práticas sobre a temática da “postura corporal” que foram dinamizada pela fisioterapeuta, Ana Pereira, e pela terapeuta ocupacional, Adriana Torres, do Centro de Saúde de Tavira. Estas sessões pretenderam focar os principais problemas resultantes das más posturas do nosso quotidiano e que, no futuro, podem interferir na qualidade de vida de todos.

Sessão para Encarregados de Educação na EB HORTA do CARMO Por Luís António Silva (Coordenador de projetos do 1º/2º/3ºciclos/ PES )

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eve lugar, no estabelecimento de ensino EB Horta do Carmo, no dia 6 de novembro 2013, uma sessão de esclarecimento para encarregados de educação (EE) onde foram abordados diversos temas relacionados com a saúde e dadas respostas às questões apresentadas pelos 67 EE

presentes. Esta sessão foi aberta pelo presidente da CAP – professor José Baía; a coordenadora de estabelecimento da EB Horta do Carmo – professora Jovita Ladeira; a vogal da CAP - professora Ricardina de Jesus e o coordenador de projetos do 1º/2º/3ºciclos – professor Luís Silva. Contou ainda com a pre-

sença de uma equipa do Centro de Saúde de Tavira constituída por fisioterapeuta, higienista oral e enfermeiras. Esta prática pretende favorecer não só uma maior aproximação dos EE com a comunidade escolar como sensibiliza-los para uma aplicação responsável de práticas saudáveis. Página 3


PRÉMIOS DE MÉRITO Reconhecimento pelo excelente aproveitamento escolar Por Ana Cristina Matias (Professora de Português)

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Rotary Clube de Tavira, com o apoio do Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia, o Agrupamento de Escolas Dom Manuel I e a Câmara Municipal de Tavira, distinguiu, no dia 25 de outubro de 2013, os melhores alunos das escolas do nosso concelho atribuindo-lhes um Prémio de Mérito Escolar. Os premiados foram Carlos Teixeira (12º ano), Catarina Ferreira e Mariana Afonso (9º ano) .

No dia 29 de novembro de 2013, Dia do Diploma na Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia, houve lugar a igual reconhecimento para os finalistas dos cursos científico-humanísticos e cursos profissionais. Foram ainda distinguidos pelo excelente aproveitamento Carlos Moura Teixeira (12º ano, Cursos Científico – Humanísticos), Rúben dos Santos (12º ano, Cursos Profissionais), Fátima Cereja (11º ano) e Rita Esteves (10º ano). Estamos certos de que estes atos são um incentivo para uma renovada aplicação ao estudo.

Rúben dos Santos, Prémio de Mérito e Excelência, Cursos Profissionais

Fátima Cereja, Prémio de Mérito, 11º ano

Rita Esteves, Prémio de Mérito, 10º ano

Testemunhos de professores

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aluna Catarina Ferreira fez parte da minha direção de turma entre o 7º e o 9º ano de escolaridade na Escola D. Paio Peres Correia de Tavira e ficará na minha memória como um exemplo a vários níveis. A sua prestação enquanto aluna e no que diz respeito aos resultados escolares foi sempre um sucesso. Empenhada, participativa, atenta e constantemente a procurar evoluir. Esse foi o nível a que habituou os conselhos de turma que a acompanharam ao longo dos anos. Página 4

(Continua na pág. 20)

À Mariana Afonso: Há alunas que nos marcam. Pela sua inteligência. Pela sua serenidade. Pela sua maturidade. Pela sua simplicidade. Mesmo quando as vemos partir, ficam connosco. Para sempre. Miguel Cunha (Professor de Físico-Química) (Continua na pág. 20)


PRÉMIOS DE MÉRITO Sempre com um olho no presente e outro no futuro Por Carlos Moura Teixeira, Prémio de Mérito e Excelência 2013, Cursos Científico – Humanísticos Licenciatura em Economia na NOVA School of Business and Economics, 2013/2014

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nquanto vos escrevo este texto, acabo de entrar de “férias” para começar o estudo para os exames. Há poucos meses, estive na vossa posição. Testes, trabalhos, exames nacionais e a azáfama própria do Ensino Secundário, sempre com um olho no presente e outro no futuro. Como será a Universidade? Que curso escolho? Será que me vou conseguir adaptar a outra cidade e outros colegas? Serei apenas um número? Passado quase um semestre, percebi que muito do que ouvimos são mitos. Queres saber quais? #1: Serei apenas um número. Ninguém me conhece nem reconhece. Chegado à faculdade, tens dois caminhos: fazer o curso ou não fazer. Se mostrares interesse, não serás apenas um número – serás um aluno empenhado e curioso, com nome, voz e um corpo. Se fores educado e perspicaz nas tuas observações, bem como claro e oportuno, serás reconhecido. #2: A adaptação à universidade é dura. Tudo se resume à atitude da pessoa. Tens de te lembrar que não és a única pessoa nova que chega à tua faculdade. Há centenas de outros alunos que também acabaram de chegar e estão tão ansiosos quanto tu por conhecer pessoas. Por isso, não podes ter medo de meter conversa. Ao início será conversa de circunstância – de onde vens, como te chamas e que gostas de fazer. E podes até não ter os mesmos interesses que essa

pessoa, mas será, se calhar, essa que estará contigo nos primeiros dias até conheceres ainda mais gente. Vai, de forma entusiasmada, atenta e curiosa, abordando os outros “caloiros” para conheceres e seres conhecido. #3: A Universidade é muito mais trabalhosa que o Secundário. Depende do curso, da faculdade e do próprio aluno. Quem já tem uma boa ética de trabalho, vai ter de saber mantê-la ou intensificá-la um pouco mais. Os que estão habituados a uma postura de “serviços mínimos” (usando linguagem de grevista - situação que dá cabo dos horários de qualquer alfacinha) vão ter de dar muito mais de si se quiserem, pelo menos, acabar o curso. #4: Na faculdade, basta passar às cadeiras, pois as notas não interessam. No meu caso, não é bem assim. Na NOVA School of Business and Economics, a partir do segundo semestre do primeiro ano, os alunos com maior média tem prioridade na escolha dos horários. Por isso, não é assim tão indiferente. Além disso, se tiveres horizontes de empregabilidade razoáveis, uma média de 14 é o mínimo recomendado – segundo várias empresas que se deslocaram à minha faculdade. #5: A praxe não vale a pena. Varia. Mais uma vez com recurso à minha experiência pessoal te digo que a minha praxe foi muito boa. Inclusive alguns dos meus melhores amigos aqui na NOVA conheci na praxe. Desde que esta seja lúdica, estimule

as relações interpessoais e tenha linhas bem claras de respeito pelos alunos e respetivas convicções, merece a tua participação. Já agora, nenhum aluno antipraxe foi discriminado. Tive dois na minha turma, e estão muito bem integrados. #6: Tenho de me esforçar apenas em tirar grandes notas. Totalmente falso. Das muitas empresas que já passaram pela NOVA, a linha comum é que as soft skills e as atividades extracurriculares são cruciais. Muitas das vezes, este campo do currículo é visto antes da média. Por isso, não te foques só no 19 ou 20. Pensa também em ter outros interesses e abraçar outros projetos. Sem surpresa, o facto de ter estado na ESJAC nunca me deixou em desvantagem – muitas vezes, até estive e estou em vantagem face a muitos de escolas reputadas. As bases e o ritmo de trabalho que aí ganhei em três anos, tal como o entusiasmo, o reconhecimento e apoio de todos os professores e colegas, fizeram a diferença. Foram três de anos de muita aprendizagem, crescimento e histórias com personagens que nunca mais vou esquecer. Aproveita o Secundário ao máximo porque a Universidade promete ainda mais. Em todos os sentidos. Página 5


ciências sociais e humanas

Psicologia Cérebro: um todo diferenciado que funciona de forma sincronizada Por Hélder Baptista, 12ºC2

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os finais do século XVIII, Franz Joseph Gall começou por estudar Frenologia, considerando que, pela observação do crânio de uma pessoa, seria possível saber-se a personalidade do indivíduo. Gall fundamentou a teoria das localizações cerebrais cuja tese defendia que, pelo estudo da forma do crânio, seria possível localizarem-se diferentes áreas cerebrais especializadas em determinadas funções. Defendia que o cérebro estava compartimentado em secções estanques. Casos como o de Rodrigo, estudado por Drauzio Varella, provam que áreas cerebrais lesionadas perdem as suas capacidades mas, mais tarde, vêm a recuperar, o que pôs em causa a teoria de Gall. Provou-se, após a morte, que as zonas cerebrais continuavam lesionadas (as células nervosas não regeneram), mas as suas funções tinham sido transferidas para zonas cerebrais adjacentes, sendo, deste modo, recuperadas as competências perdidas como a linguagem, a escrita e a leitura. António Damásio, neurocientista luso-americano, fundamentou o conhecimento sobre o funcionamento do cérebro, afirmando que este, em desacordo com a teoria de que o cérebro é um todo diferenciado, é, simultaneamente, especializado e integrado. O cérebro é um todo especializado, constituído por várias áreas diferenciadas / Página 6 especializadas em

determinadas funções. Porém, é um todo integrado cujo funcionamento contribui para um objetivo comum, objetivo esse que, se de facto existe, é a estabilidade e manutenção do ser e do cérebro. Para capacidades mais complexas como a linguagem, a memória, a imaginação ou o amor é necessário um funcionamento integrado de várias zonas cerebrais. António Damásio aplica também um conceito segundo o qual as diferentes zonas cerebrais estão aptas para uma transferência de funções, denominada fun-

ção vicariante. Esta função foi verificada no caso do jovem Rodrigo. Verificamos, assim, que a perda de capacidades de Rodrigo, resultante de um acidente de automóvel do qual veio, mais tarde, a recuperar, foi resultado de o cérebro ser um todo diferenciado, mas que funciona de forma sincronizada, permitindo que capacidades perdidas fossem transferidas para zonas adjacentes através da função vicariante do cérebro. Trabalho orientado pela professora de Psicologia, Edite Azevedo


ciências sociais e humanas Psicologia Quanto mais sei, mais quero saber Por Alina Aleksandruk, 12ºC1

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ou uma alma, uma alma sim, o corpo é apenas um complemento. Sou uma alminha irrequieta e curiosa, sempre o fui. Lembrome de correr à volta da casa para a minha mãe não me apanhar, lembro-me de saltar da secretária para o colo do avô (era uma brincadeira habitual), lembro-me de subir aos aviões de guerra antigos com a ajuda do meu pai... Sempre gostei de me aventurar e sempre me foi permitido fazer as minhas próprias experiências. Recordo com uma saudade imensa a casa de campo da avó e quando escorregava dos montes de palha com a minha tia mais nova, os passeios a cavalo de manhã e as dores de barriga que me fizeram perceber

que não se deve comer maçãs ainda verdes. De tudo isto restam saudades, mas foram experiências que moldaram a minha personalidade, de forma positiva, obviamente. Tive uma boa educação, com tudo o que é necessário para ter uma boa vida. Sempre lutei pelos meus objetivos, tentando nunca depender de ninguém. A minha herança cultural permite a aquisição de novos conhecimentos e experiências e, quanto mais sei, mais quero saber. O mundo é algo imenso, incrível que quero descobrir até onde me for permitido. O facto de quase tudo me ser permitido, a minha vontade de querer mais e mais faz com que me torne uma pessoa mais culta, e ter cultura é bom, a cultura é necessária!

A personalidade molda-se conforme o que aprendemos, e a minha é um reflexo disso. Aprendi a aceitar as experiências negativas e a pensar constantemente de forma positiva, pois a vida é algo maravilhoso, algo incrível e deve ser vivida com a maior alegria possível. Estamos aqui, estamos vivos, foi-nos dada a oportunidade de viver e devemos aproveitá-la ao máximo. A nossa vida é o que nós fazemos dela e, se nos arrependermos do que corre mal, não estamos a viver, estamos a tentar deixar para trás aquilo que, de certa forma, faz parte de nós, moldou-nos e ensinou-nos a ser pessoas melhores. Trabalho orientado pela professora de Psicologia, Edite Azevedo Página 7


ciências sociais e humanas CLUBE

Participar no Clube ME é :

ATIVA A TUA MENTE Por Raquel Silva Aluna da Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia, 12º C1, 2012/2013 Licenciatura de Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa, 2013/2014

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Fundação EDP, de 18 de março a 25 de outubro de 2013 ofereceu o DVD do documentário “Quem se importa”, de Maura Mourão, a todas as instituições que se inscreveram através do seu site. As Mentes Empreendedoras aderiram à iniciativa, comprometendo-se a organizar uma sessão de visionamento e debate coletivo, a título gratuito, que decorreu no Intercâmbio Mentes Empreendedoras 2013, de 29 a 31 de julho. Durante três dias cheios de animação e companheirismo, jovens de Tavira e de Camarate tiveram oportunidade de partilhar os seus projetos e a sua experiência como membros de um Clube Mentes Empreendedoras e de conhecer projetos inspiradores, como o Cuida do Teu Bairro, O Bairro i o Mundo e Malaposta, entre outros. No dia 8 de outubro de 2013, a convite de Margarida Pinto Correia, responsável pela Fundação EDP, os

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Clubes Mentes Empreendedoras de Tavira e de Camarate, acompanhados por Marta Correia, Mentes Inspirational Officer, marcaram presença no Portugal no Coração, na RTP1. Num programa dedicado ao Empreendedorismo Social, Margarida Pinto Correia desmitificou o conceito de Empreendedor Social e apresentou o documentário vencedor de cinco prémios de cinema nacionais e internacionais. Raquel Silva e Mariana Carlota, do Clube Mentes Empreendedoras Tavira, e Marco Teixeira, Sílvia Oliveira e Patrícia Miranda, do Clube Mentes Empreendedoras Camarate, tiveram também o seu tempo de antena para mostrar que as novas gerações são capazes de encontrar soluções inovadoras para resolver problemas sociais e transformar o mundo num lugar melhor. As Mentes Empreendedoras é um projeto sem fins lucrativos que inspira e apoia jovens a concretizar ideias próprias. Este ano está presente em vinte escolas secundárias, com a colaboração de jovens universitários que estão em formação desde o começo de outubro, integrados no novo Programa Mentes Empreendedoras Leadership Fellow. Se és jovem e tens uma ideia que desejas muito tornar real, só tens de te dirigir ao Clube Mentes Empreendedoras da tua escola secundária. E, se ainda não existe, por que não criar um? A atitude Mentes Empreendedoras é Eu quero, Eu posso, Eu faço. Não esperes mais!

“Aprender”, Raquel Silva

“Investir”, Jorge Minhalma

“Arriscar”, Mariana Carlota


ciências sociais e humanas Vamos lá pôr à prova os conhecimentos de Filosofia

AS R V S A L A A D P A Z U CR

Por Andreia Romeira e Bernardo Mana, 10ºA1

1 - Caracteriza a ação humana segundo o raciocínio dos deterministas moderados. 2- A que dizem respeito as condicionantes sicobiológicas. 3- Caracterís ca dos fatores sico-biológicos. 4- Como é a ação do agente, exis ndo causas ou condições que influenciam a ação. 5- Molda a nossa forma de pensar, sen r e agir. 6- Causas ou condições que tornam possível a ação. 7- Não é absoluta. 8- Caracterís ca da condicionante sicobiológicas em que os indivíduos sem incluem. 9- As questões da filosofia são diferentes desta área do saber. 10- Que po de frase é a proposição. 11- Como é chamado um conjunto de várias proposições, que antecedem uma conclusão, num argumento. 12- Antecede a decisão. 13- Defende que o determinismo é compa'vel com o livre-arbítrio. 14- Defende que o determinismo é falso. 15- Depende do acontecimento. 16- Pra ca a ação. 17- As premissas levam à … 18- O determinismo radical é uma … Trabalho orientado pela professora de Filosofia, Maria Alberta Fitas

Soluções na pág. 11

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ciĂŞncias sociais e humanas

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Trabalho orientado pela professora de Filosofia, Maria Alberta Fitas


ciências sociais e humanas

Filosofia: “Uma porta para a vida” Ou uma outra leitura da Alegoria da Caverna de Platão Por Juan Calero, 11ºE

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sta pintura magnífica de René Magritte causa grande impacto ao observador, levandonos à reflexão filosófica, “Por que é que a nuvem está ali?”, ”Que propósito teria ao atravessar a porta?” e “Que faz essa nuvem solitária num céu límpido, desprovido de nuvens?” são questões que nos surgem de imediato à nossa mente.

Entendo que esta nuvem está quase “a escapar” do mundo de comodismo em que estava, como que atrevendo-se a ir mais além, onde nenhuma outra nuvem esteve. É segundo esta perspetiva que poderemos articular o quadro com a Alegoria da Caverna, pois nesse texto um prisioneiro atreve-se a escapar do mundo que conhecia para ver mais além, e, no fundo, descobrir o que estará por detrás daquela porta.

Estes dois detalhes de extrema minúcia, mas bastante relevantes quase que evidenciam a alegoria por detrás deste quadro, mostrando que o caminho para a sabedoria está ao alcance de qualquer um, sendo apenas necessário esforço e dedicação para o atingir. Sugestão de Leitura Platão e um ornitorrinco entram num bar... : filosofia com humor , de Daniel Klein e Thomas Cathcart.

Obra aconselhada pelo PNL disponível na Biblioteca 1- Livre; 2-Fisiologia; 3- Permanente; 4- Condicionada; 5- Tempo histórico; 6- Condicionantes; 7- Liberdade humana; 8- Espécie; 9- Ciência; 10- Declarativa; 11- Premissas; 12- Deliberação; 13- Determinismo moderado; 14- Libertismo; 15- Ação; 16- Agente; 17- Conclusão; 18-Teoria.

Soluções: Palavras Cruzadas (pág. 9)

Esta pintura também apresenta uma maçaneta, mas não apreDe facto, esta solitária nuvem senta fechadura, simbolizando poderá ser remetida ao tempo de que todos têm acesso a este Platão, e facilmente associada à mundo e não apenas a quem Alegoria da Caverna. possui a chave para nele entrar. Do mesmo modo, é possível verificar sulcos de arrastamento na areia, simbolizando a dificuldade que esta solitária nuvem passou para abrir a referida “porta”, ou dimensão.

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eco dos espaços Sessão de formação de utilizadores na biblioteca por Maria Pires e Filipe Lameira, 10ºC1

Vieira da Silva, Biblioteca, 1955

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presente relatório dá conta de uma visita guiada à biblioteca da Escola Secundária Dr. Jorge Correia, no âmbito da disciplina de Português, com o intuito de conhecer melhor a biblioteca, aprender a utilizar o espaço e conhecer a exposição do mês das bibliotecas escolares com o tema “Uma porta para a vida”. A visita teve lugar no dia 1 de outubro de 2013 e envolveu os alunos do 10º ano da turma C1. A atividade teve início na sala de aula onde a professora explicou como decorreria a aula, dividindo a turma em dois grupos. O primeiro visitou a biblioteca na primeira parte da aula, e o outro na segunda. Cada grupo dirigiu-se para o bloco 2, onde se encontra a biblioteca e à chegada foi recebido pela professora bibliotecária, que apresentou uma pequena exposição de algumas pinturas abstratas e surrealistas dos pintores Vieira da Silva e René Magritte. Depois de as interpretarmos e falarmos um pouco dos pintores, a professora passou a explicar como se organizava a biblioteca, mostrando-nos os diferentes espaços: receção, Página 12 zona de leitura informal, zona de

René Magritte, La lunette d’approche, 1963

computadores e de visualização de filmes, zona de acesso e consulta de documentos impressos. Em seguida, falou-nos de que modo os livros estão organizados. Os livros encontram-se organizados de acordo com a Classificação Decimal Universal (CDU). Começa na categoria das “Generalidades”, que corresponde à classe zero, e termina na classe nove, “Geografia e História”. Posteriormente, a professora mostrou-nos diversos livros, das diferentes categorias, entre eles um livro do pintor Malangatana. Por fim, foi-nos pedido, pela coordenadora, que procurássemos em pares um determinado livro. Ao terminarmos, despedimo -nos da professora bibliotecária, agradecemos a visita e regressámos então à sala de aula. Na nossa opinião, não houve qualquer aspeto negativo a apontar em relação ao decorrer da atividade. Concluímos, assim, que a visita guiada foi imensamente proveitosa, visto que tivemos a oportunidade de aumentar a nossa cultura geral e explorar a nossa biblioteca.

A biblioteca é um céu azul, onde os livros são nuvens e nós somos o sol, o sol que ilumina a leitura, uma verdadeira aventura! Beatriz Oliveira, 10º B

A biblioteca é como os verdadeiros amigos: nunca nos deixa ficar mal! André Rodrigues, 10ºB

Na biblioteca podemos aprender a abrir a nossa alma e a imaginar um mundo melhor. Inês Domingos,10ºB A biblioteca é como o universo, os planetas são os livros e o sol o conhecimento adquirido.

Rúben Vitória,10ºB A biblioteca é como adoçar o gosto, uma doce sensação de muita imaginação. Beatriz Barradas, 10ºB A biblioteca é onde nós podemos aprender um pouco de tudo com pessoas que nos falam com letras.

Joana Campos, 10ºB

A biblioteca é um mundo de imaginação. Sofia Faria, 10º B

Texto orientado pela professora de Português, Lina Correia

Atividade de escrita orientada pela professora de Português, Ana Paula Mana


eco dos espaços Sugestões para o contrato de leitura autónoma Os alunos do 11º A1 fizeram as suas escolhas de obras para objeto de leitura autónoma, apresentaram uma apreciação crítica global e conceberam cartazes publicitários para as mesmas. Selecionámos alguns exemplos e deixamo-los como sugestão de leitura a realizar durante o segundo período, já que todas estas obras estão disponíveis na nossa biblioteca. A professora de Português, Ana Cristina Matias FIOLHAIS, Carlos; MARÇAL, David, Darwin aos tiros e outras histórias de ciência, 3ª ed., Lisboa: Gradiva, 2012, 282 p. (Ciência aberta; 190)

SANTOS, José Rodrigues dos, Fúria Divina, 6ª ed., Lisboa: Gradiva, 2009, 583 p.

Por Joana Reis

Por Rita Esteves

SARAMAGO, José, Ensaio sobre a cegueira, 8ª ed., Lisboa: Caminho, 1985, 310 p.

WILDE, Oscar, O retrato de Dorian Gray, Amadora: Clube Internacional do Livro, 1995, 275 p. (Grandes génios da literatura universal)

Por Vasco Martins

Por Mónica Fernandes

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LÍNGUAS O progresso científico e tecnológico

Talvez precisemos de rever os nossos valores Por Rúben Jesus, 12ºA3

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ntes de mais, gostaria de começar por dizer que, no meu ponto de vista, o maior inimigo da Humanidade vai ser sempre o Homem. O seu potencial nunca irá funcionar apenas numa direção, mas consistir sempre numa dualidade que favorece tanto o progresso como o retrocesso. Creio que, cada vez mais, podemos observar que nunca estivemos tão bem como estamos, tanto a nível de saúde, de esperança de vida, de educação, de civilização ou de organização social. Estamos mal, mas nunca estivemos tão bem. Claro que a grande parte daquilo que potenciou as nossas condições de vida e coexistência foi, sem dúvida, o progresso técnico e o avanço tecnológico, que, regra geral, tendem a partir da ciência. A evolução está presente: observamos cada vez mais as novas tecnologias, os novos aparelhos, aquele que nos parece um futuro iminente, coisas que as pessoas, há 100 anos, nunca poderiam vir a imaginar. E não falo apenas das questões mais sensacionalistas, como a cura para a SIDA, a clonagem ou a exploração espacial. Falo também das mais subtis e mais importantes, como é o caso da ergonomia. Temos acesso a inúmeras ferramentas que nos proporcionam prazer e comodidade. Podemos pegar no telemóvel, tirar uma fotografia e partilhar com milhares de pessoas em Página 14 menos de um minuto; podemos

pegar no computador e imediatamente estar a falar em tempo real com alguém que se encontra no outro lado do oceano; com uns quantos cliques, e numa pesquisa rápida, conseguimos encontrar informação suficiente para encher cinquenta bibliotecas e nem nos damos conta disso, porque, da forma como estão enraizadas na nossa sociedade, estas coisas são tomadas como garantidas. No nosso dia-a-dia, são poucos os que realmente imaginam como viveriam sem este tipo de ferramentas. A necessidade pode ser a mãe das invenções, mas a preguiça é definitivamente o pai. A primeira webcam de sempre foi inventada por estudantes da Universidade de Cambridge que não queriam perder tempo numa viagem até à máquina de café, correndo o risco de esta se encontrar vazia. E é relativamente fácil observar o que nos rodeia e encontrar algo que apela à preguiça ou à pouca vontade de locomoção, como as escadas rolantes ou a segway. Isto não faz das

mesmas invenções ociosas, apenas demonstra que o ser humano gosta de adaptar o ambiente à sua maneira, tornando-o mais cómodo e confortável. Obviamente que tudo tem riscos e desvantagens. Talvez aquele que recentemente tem dado mais que falar é a falta de privacidade: com o caso de Edward Snowden e da NSA, as pessoas ficaram de pé atrás com as redes sociais e meios de comunicação. Ficou-se a saber (embora esta fosse uma possibilidade da qual muitos de nós já suspeitavam que existisse) que o Governo dos Estados Unidos espia não só a União Europeia como vários países da América do Sul e da Ásia. Claro que esta ideia só é realçada e reforçada pela vontade que os poderosos têm de eliminar sites, como Wikileaks, e deter Julian Assange, assim como de ocultar os ideais exibidos por outros grupos de ativistas, como os tão mediáticos “Anonymous”. Obviamente que a ideia de


LÍNGUAS saber que tudo aquilo que passa pelo nosso telemóvel ou computador, por mais insignificante que seja, fica guardado é uma realidade que assusta muitos. Cada vez mais a noção de “privacidade virtual” ou “segurança online” é um conceito com menos credibilidade, a partir do momento em que sabemos que jovens de 18 e 19 anos, a partir da casa de suas mães e utilizando o seu portátil, são capazes de roubar informação da base de dados da nação mais poderosa do planeta e ainda deixar mensagens em tom de gozo sobre o assunto. Provavelmente em Portugal não existe tanta polémica e controvérsia com esta temática, dada a pouca importância que nos é atribuída no plano internacional (nem fazemos parte da lista de países que os Estados Unidos espiam), como as nossas outras preocupações mais imediatas, como o estado financeiro do país e a que horas é o jogo do Benfica. Não podemos esquecer também outros problemas trazidos pelo avanço tecnológico e científico: o afastamento social e o vício dos telemóveis, que é refutado por muitos. Contudo, não me atrevo a concordar com essas pessoas. Dou por mim, numa mesa com os meus amigos em que metade está aos tic-tacs com o ecrã, ignorando aqueles que estão mesmo à sua frente. Isto para não mencionar a irritante mania de tirar fotografias a tudo, a todos e a todo o momento, com particular incidência a pratos de comida e ao céu. Já percebemos, é um hambúrguer e está de chuva\ Fantástico! Claro que estes são aqueles problemas mais observáveis e mais facilmente comentados nos dias que correm, visto que existem questões de maior calibre,

sendo que muitas estão relacionadas com a saúde. O tratamento para o cancro é caro, o tratamento para a SIDA é caro, o tratamento para a leucemia é caro, e há quem esfregue as mãos de contentamento com isso. Eu acredito que existam mentes empreendedoras cheias de vontade de erradicar muitos dos males do mundo, mas a verdade é que a indústria farmacêutica não deve partilhar os mesmos interesses. (Eu digo a indústria farmacêutica porque estou a falar dum caso específico, certamente que existem muitas mais indústrias que partilham as filosofias desta). Talvez uma cura para o cancro ou para a SIDA não seja tão rentável quanto um longo e demorado tratamento, com mensalidades na casa dos milhares de euros. Os interesses prevalecem. Não é à toa que se gasta mais anualmente em financiar guerras do que em financiar ciência. E, consequentemente, também não é à toa que surgem movimentos de contracultura todos os dias que têm vindo a ganhar impacto ao longo dos anos (um dos casos mais populares é o artista de rua Banksy, que já atingiu proporções mundiais e já teve direito a um documentário). Nestes casos, a contestação social é mais que esperada: é inevitável. Talvez a nossa sociedade ca-

pitalista tenha uma certa paixão e luxúria pelo dinheiro. Talvez o desenvolvimento humano seja um fim por arrastamento e não por prioridade. Talvez a satisfação pessoal tenha sido sobrevalorizada em certos casos e completamente ignorada noutros. Talvez a falta de aposta na cultura seja um produto daquilo que temos vindo a causar a nós próprios. Talvez a nossa apatia seja resultado duma sociedade que tem a sua pirâmide de ideais invertida. Talvez a nossa sociedade valorize mais as notas que o conhecimento. Talvez os conceitos de educação e inteligência sejam frequentemente confundidos. Talvez a pressão para “ser um membro útil da sociedade” seja aquilo que nos levou às circunstâncias presentes. Talvez os pseudointelectuais e os pseudorebeldes sejam a outra face da mesma moeda. Talvez Charles Chaplin tivesse razão. Talvez precisemos de rever os nossos valores no meio de tanta “evolução“. Talvez a doença que existe com o “sucesso”, com a “fama”, com o “dinheiro” e com o “poder” seja a única doença que realmente não tem cura. Trabalho orientado pelo professor de Português, Luís Gonçalves

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LÍNGUAS Mãe Por Joana Guerreiro , 12º A3

M

“Mãe e filho” (Marie-Therese e Maya), Pablo Picasso,1938

aior não implica melhor. Podemos ter a certeza disto quando chamamos “mãe” à rainha lá de casa. Esta mera palavra possui somente três letras e, no entanto, tem um significado enorme nas nossas vidas. Desde carregar connosco nove meses até cuidar de nós quando estamos doentes, a mãe é alguém que está sempre lá para nós. Não há palavras suficientes para descrever o quão importante é ter a mulher da nossa vida junto a nós. Caso contrário, quem seria o nosso exemplo? Quem seria a nossa referência? Com quem falaríamos sobre o rapaz mais bonito da escola? Quem nos encorajaria a arriscar? Quem aturaria as nossas crises emocionais, dizendo que temos de ser fortes? Quem nos diria: “Não faz mal, para a próxima será melhor!”? Quem gritaria por nós? Quem nos defenderia com garras e dentes? Quem nos protegeria? Quem encontraria as coisas perdidas que não vimos,

mesmo que estas estejam em frente aos nossos olhos? Quem riria das nossas piadas sem piada nenhuma? Quem nos alertaria para as dificuldades da vida, para não seguirmos maus caminhos e para sermos alguém no futuro? Digam o que disserem, mãe será sempre insubstituível, mãe é sempre mãe. Porque, quem tem uma mãe, tem tudo. Não importam as divergências, não importam as dificuldades, não importa o meio. Relações entre mãe e filho são fortes, são únicas. Sim, eu tenho tudo. Tenho tudo porque tenho uma mãe. Tenho uma mãe que tem todas as características acima referidas. Tenho uma mãe que é a melhor do mundo. Tenho uma mãe que me suporta, que me apoia e que me aceita. Tenho uma mãe que será sempre um orgulho. Tenho uma mãe que é forte, que me faz ver a luz ao fundo do túnel. Tenho uma mãe e só por isso já me considero uma sortuda. Obrigada, mãe.

Ode Por Sara Leiria , 12º TCM1

Assim como durmo para sonhar, sonho para o que um dia vou ser. Ode ao sono, que não faz parar a mente de imaginar e poder. Ode à vida que me faz lutar,

Provoco o choro para voltar a sonhar,

por curiosidade de um dia saber,

porque para sonhar preciso de adormecer.

se por tudo o que lutei para conquistar,

Ode ao sonho que me faz lutar,

me tornou no que queria ser.

Ode à luta pelo que um dia quero ser.

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Trabalhos orientados pelo professor de Português, Luís Gonçalves


LÍNGUAS Não matarás Por Maria Murillo,11º A3

E

u sou contra a interrupção voluntária da gravidez, porque acho que todos os seres vivos têm o direito à vida. Os fetos são seres humanos a partir do momento da conceção e, como tal, o aborto intencional é uma forma de homicídio, o que vai contra o mandamento “Não matarás”. Se matar uma pessoa no nosso dia-a-dia é crime, matar um ser indefeso e sem culpa da nossa irresponsabilidade também é, seja em que semana de gestação for. Se todos nós tivemos o direito à vida, a uma casa, a uma

família, a amor e a carinho, por que é que aquela futura criança que está prestes a desaparecer não pode ter as mesmas coisas? Esse ser não fez nada de mal, apenas pediu para crescer, para transmitir amor e recebê-lo em troca. Ele está a pedir para crescer, mas não foi ele que pediu para ser concebido, foi talvez a irresponsabilidade ou a falta de cuidado dos pais que falou mais alto. Não importa se as circunstâncias financeiras não são as melhores, não importa se o meio onde vai crescer não oferece as melhores condições. Se tiver proteção e amor, essa criança irá

ser muito feliz. Hoje em dia, só engravida involuntariamente quem é mesmo irresponsável. Promovendo o Planeamento Familiar, não é preciso despenalizar o aborto. O que não falta por aí, nos dias de hoje, são campanhas a sensibilizar os jovens, e não só, sobre os métodos contracetivos que existem. As escolas organizam palestras sobre o aborto, os centros de saúde ajudam qualquer casal a esclarecer as suas dúvidas e os seus medos, por isso só engravida mesmo quem quer ou quem é irresponsável. Para finalizar, reitero que não é correto provocar um aborto seja em que circunstância for. Se já há uma nova vida dentro da mulher, esse ser tem o direito à vida, tal como todos nós tivemos. O feto é um futuro ser humano, não é nenhum objeto que se pode “usar e deitar fora”, é um ser que não se pode defender, nem dar a sua opinião. Lembrem-se: As escolhas são momentâneas, mas o arrependimento é para toda a vida!

Trabalho orientado pela professora de Português, Lina Correia.

Quem sou eu? Por Sara Leiria, 12º TCM1 "Quem sou eu?" é uma pergunta que me assalta a mente quase todos os dias... E, respondendo a mim mesma, perguntome também: serei quem eu acho que sou, ou me sinto? Ou serei quem todos veem que sou? E, se eu não me sentir alguém? Se me sentir ninguém, e os outros insistirem que sou... a Sara. Estarão a insinuar que sou alguém? Ou serei ninguém com nome próprio de Sara?

Eu sou o que me sinto, e os outros acham que sou... Mas serei? Ou serei só mais alguém? Será o espelho resposta? Ou qualquer tipo de reflexo da minha imagem? Serei uma imagem? Mas eu penso... logo existo? Todos pensamos, todos existimos? A existência determinará quem sou? O que faço? O que faço é viver... Viver será típico de alguém? Serei alguém? Fisicamente estou presente, sou

alguém. Eu penso, logo sou alguém. Porém, serei consciente ao ponto de ser alguém? Ou não passarei de alguém que não passa de ninguém? "Quem sou eu?", eu não sou alguém nem ninguém, eu sou o típico "Quem" da questão, por isso... "Quem sou eu?!". Trabalho orientado pelo professor de Português, Página 17 Luís Gonçalves


LÍNGUAS Bullying: Que sociedade é esta? Por Inês Garcia, 12ºA3

“Que calças engraçadas! Vais à conquilha?” Ouvi, ignorei e virei as costas. Pensei em todas as razões possíveis para merecer aquele "elogio" e nenhuma pareceu fazer sentido. Horas depois, já no meu quarto, ainda pensei que devia ter respondido, que não me devia ter resignado. Mas, afinal, não foi isso que me ensinaram. Ensinaram-me, sim, a ignorar os infelizes, aqueles que não estão bem senão a rebaixar os outros. Então agora pergunto: que sociedade é esta? Que sociedade é esta onde não nos podemos expressar sem que nos contradigam? Onde não podemos respirar sem nos sufocarem? Onde não podemos correr sem que criem uma barreira? Que sociedade é esta onde não podemos ser nós próprios? Não há lugar para a diferença. Se és rapariga e jogas futebol, és homossexual. Se és rapaz e usas blusas cor-de-rosa ou calças justas, és homossexual. Se tens boas notas, és marrão. Se não conheces todas e cada uma das pessoas na tua escola, és antissocial. Se não fumas, és atadinho. Se fumas, és delinquente. E por aí em diante. Vivemos numa sociedade de preconceito e de estereótipos, uma sociedade que julga os outros pelo que parecem e Página 18 não pelo que

são. Uma sociedade que não pára um segundo para refletir no que lhe falta para ser melhor, mas é bem capaz de parar uma vida para observar os outros, invejá-los e criticá-los, julgá-los e desprezá-los. Agora eu falo para vocês, vocês que sabem bem quem são, vocês que me tentaram jogar abaixo e continuam a fazê-lo a muitos outros. Parem, reflitam, aceitem, estimulem, ajudem! Lembrem-se que um dia podem estar do outro lado! A rapariga de óculos e borbulhas na cara que um dia será cientista, como disse o Pedro Barroso, um dia poderá vir ser vossa patroa; o rapaz com roupa preta, piercings no nariz e com uma guitarra às costas, um dia poderá vir a ser um grande músico; a rapariga loira, alta e de roupa justa que todos achavam a mais burra da turma, um dia poderá vir a tirar um 20. Mas tu, rapaz ou rapariga dito “normal”, que gostas de julgá-los e rebaixá-los, um dia poderás vir a precisar deles. Somos todos tão diferentes, mas feitos à mesma imagem. Que importa se somos de diferente raça, religião, orientação sexual, origem, ou mesmo se usamos uns sapatos cor-de-rosa com uma blusa verde? Isso faz de nós piores que vocês? Não, isto faz-nos especiais, faz-nos únicos. Portanto, agora eu respondote: “Não, eu não vou à conquilha, vou a caminho do sucesso, da felicidade. E enquanto tu te rendes à monotonia desta sociedade, eu orgulho-me de participar na evolução.” Texto orientado pelo professor de Português, Luís Gonçalves

Estamos a ser comidos Por Frederico Guedes,11ºC1

S

e o Padre António Vieira vivesse na época em que vivemos, tinha muito que criticar aos peixes (homens). Para começar, apesar de os tempos mudarem, algumas ‘coisas’ permanecem iguais, nomeadamente as más. Tudo o que o Padre disse há cerca de quatro séculos atrás mantém-se igual, de uma forma ou de outra. Por exemplo, os “peixes” comem-se uns aos outros e os grandes comem os pequenos. O significado de “comer” é “explorar”, aproveitar-se de alguém. Basta olharmos para a situação atual do nosso país. Estamos a ser comidos como quem come pão, ou seja, a toda a hora e de qualquer forma. Quer seja por cortes nos subsídios ou reformas, quer seja pelo aumento dos impostos, estamos a ser completamente explorados. Que acharia Vieira disto? Em segundo lugar, para além de haver “coisa” que prevalecem, há “coisas” que se agravam. Como se já não bastasse, pioram! Este é o caso da ignorância e cegueira que os homens demonstram. Estas têm-se vindo a agravar no caso do vestuário. Tal como no tempo de Vieira, os homens são atraídos por retalhos “de pano”. E o pior é que estes são ainda mais valorizados. As pessoas não consomem roupas, consomem marcas! Compram uma roupa só pelo seu logótipo, por um desenho, e pagam-nas mais caras só para estarem na moda. “Pode haver maior ignorância e mais rematada cegueira que esta?” Por fim, se os tempos mudam e certas “coisas” perduram (enquanto outras se agravam), e se os nossos antepassados o pudessem confirmar, confesso que ficariam envergonhados. Porque, apesar de avançarmos no tempo, parece que retrocedemos. Texto orientado pela professora de Português, Lina Correia


LÍNGUAS Ode à roda Por João Francisco Rodrigues , 12º A3

INGLÊS The importance of English by Carolina Monteiro, 10ºA3

Ó

roda, és realmente uma brilhante invenção do ser humano. És hoje algo tão banal, tão comum, que já ninguém reconhece o quão importante foi a tua criação.

W Tu foste aperfeiçoada ao longo dos tempos e desempenhaste uma papel importantíssimo no desenvolvimento da sociedade e no progresso humano. Tiveste tantas funções ao longo do tempo, ajudaste-nos a descobrir e a conquistar continentes, a obter alimento, foste importantíssima na revolução industrial, na criação e no desenvolvimento de máquinas, como o carro, o comboio, o avião, que nos permitem, simples seres humanos, percorrer grandes distâncias num abrir e fechar de olhos. E para além disto, tu consegues e sempre conseguiste algo tão fascinante como fazer nascer um sorriso no rosto de uma criança. És o fruto de um momento de inspiração de um ser humano e és agora a base da criação e do desenvolvimento de vários elementos do nosso dia-a-dia, de algo tão complexo e tão útil, como um automóvel, e de algo tão simples e que tem um efeito tão substancial numa criança, como um brinquedo. Ó roda, a vida sem ti seria tão diferente que nós nem conseguimos imaginar como ela seria. Texto orientado pelo professor de Português, Luís Gonçalves

hen we think in English, it is clear that it’s the most important language in the world, because it’s the language that we all know, recognize and use. We learn English as a foreign language, like most countries in Europe, except England, where it is not compulsory to le-

arn a foreign language. We find and need English everywhere: in films, technology, sports, business, air travel\ We also find English words everywhere, such as on the internet, where we use some words like sign in, link, upload, download, Facebook and many others. To sum up, it is important to know English because it is eveywhere.

“ Letters to Juliet”: a fantastic movie by Inês Paixão, 10ºA3

“Letters to Juliet” was a movie that I loved from the beginning to the end. First of all, romantic comedies are my favourite type of movies and second, the main actress is one of my favourite. Lots of people had told me how beautiful it was and that I should definitely watch it, but I hadn´t had any time yet! I also loved the fact that they (the main characters) had to go looking for the right person and had lot of tries, until they found the right one. Generally, I loved this movie and it has a very well written script. Textos orientados pela professora de Inglês, Página 19 Margarida Beato


PROJETOS Prémios de Mérito: testemunhos de professores (Continuação da pág. 4)

Sobre Catarina Ferreira

À Mariana Afonso Projeto: Developing Training Materials for Teaching Golf Tourism Por Fátima Pires (Coordenadora de Projetos)

O

Professor José Baía (Presidente da CAP do AEJAC), Catarina Ferreira (Prémio de Mérito) e Rui Horta (Presidente do Rotary Clube de Tavira)

Dr. Jorge Correia (Patrono do AEJAC), Mariana Afonso (Prémio de Mérito) e Rui Horta (Presidente do Rotary Clube de Tavira)

Contudo, quero também salientar o seu valor enquanto pessoa, reconhecido pelos colegas que a elegeram repetidamente como delegada de turma, e reconhecido pelos professores que sempre realçaram a sua disponibilidade para ajudar os outros e o seu bom senso na análise das questões que se colocavam no quotidiano escolar. No tempo em que vivemos em que as pessoas tendem a querer dar nas vistas e os jovens a querer ser populares, a Catarina nunca precisou de impressionar os outros pelo caminho do espetáculo/fama. A aluna demonstrou que o sucesso de uma pessoa não passa pela busca desenfreada da popularidade. Há caminhos bem mais interessantes a seguir e que têm por base os valores do trabalho, do empenho e da dignidade.

A Mariana é uma excelente aluna, mas é também um ser humano admirável, pela grande humanidade e solidariedade que sempre demonstrou pelos outros, mas que fez sempre de uma forma muito discreta. Estou-lhe grata por ter passado pela minha vida e desejo-lhe muitos sucessos e felicidades.

A professora de História, Teresa Brito Tavira, 20/11/2013

Página 20

Isabel Pinheiro (Professora de Português,) A Mariana é uma menina cheia de encantos e qualidade das quais destaco as mais notáveis: É dotada de um espírito crítico e assertivo, com objetivos bem definidos que procura atingir com tenacidade e tranquilidade. Desejo-lhe muitas felicidades e sucessos pela vida fora. Um abraço da Professora de Geografia, Esmeralda Gonçalves

projeto Developing Training Materials for Teaching Golf Tourism insere-se no âmbito do programa europeu Leonardo da Vinci. Trata-se de um programa dirigido aos alunos dos cursos profissionais, com vista ao desenvolvimento de competências adicionais ao currículo, facilitadoras da integração no mercado de trabalho. No âmbito do projeto, deslocar -se-ão duas alunas da turma 11º TTUR, em março, a Bilbao, Espanha, onde se encontrarão com colegas de outros seis países europeus, trocarão experiências e contactos. Ainda no âmbito deste projeto, realizou-se uma reunião na Turquia, na cidade de Diyarbakir, em novembro, onde estiveram presentes os professores António Silva e Fátima Pires. Neste projeto participam dois institutos europeus de certificação de competências, três escolas secundárias com cursos profissionais e duas escolas de turismo. Pretendemos, por um lado, aperfeiçoar as nossas práticas, através do trabalho em equipa, aprendendo com aqueles que têm melhores resultados e mais experiência, e contribuir, por outro lado, com o que estiver nas nossas possibilidades, em prol dos alunos e da Europa.


ARTES VISUAIS

Pรกgina 21


CINEMA História Trágica com final feliz / Persépolis Por Diogo Gonçalves e Luís Duarte,10º A2

Q

uinta-feira, 28 de novembro, foi dia de ida ao cinema, no âmbito do Programa JCE (Juventude, Cinema e Escola). Após o visionamento da curtametragem de Regina Pessoa, História trágica com final feliz e do filme Persépolis, de Marjane Satrapi, tentámos encontrar as semelhanças e as diferenças entre estas duas películas. História trágica com final feliz:

Esta curta-metragem mostra uma menina que tem um coração que bate muito forte, o que incomoda toda a vizinhança. Esta situação faz com que a menina seja posta de parte pela população, por ser diferente dela. Há aqui um paradoxo: quem é diferente porque tem um grande coração, ou seja, quem é grande porque se afeiçoa aos outros, é que é diferente e, então, até pode ser rejeitado por isso. Voltando à história, vemos que, aos poucos, as pessoas se vão acostumando e acabam incorporando aquele som nas suas vidas. Porém, um evento incrível muda tudo. Este evento simboliza a liberdade de espírito da menina. Com umas asas eleva-se ao céu. Liberta-se pela morte? Persépolis: O filme relata a história de uma rapariga que, em crescimento, conta a Página 22 história da revo-

lução islâmica, que ocorreu no Irão, em 1979. Marjane pertence a uma família de intelectuais que pretendem lutar a favor dos seus direitos e contra o regime imperialista do Xá. Este filme divide-se em três momentos: A infância da rapariga, na qual se vai apercebendo da história do seu país e, simultaneamente, das injustiças que os fundamentalistas islâmicos impõem sobre as mulheres, como estas serem obrigadas a usar o véu. Por fim, a revolução tão desejada chegou, mas cheia de defeitos, tal como a monarquia do Xá. A ida da rapariga para a Europa. Onde esta é submetida a muitas injustiças, porque é encarada como a expressão do extremismo e fundamentalismo religioso que sempre se associa ao Irão. De novo regressada ao Irão, ela percebe que pouco mudou e que, apesar de ser profundamente iraniana, não pode continuar a vivar lá, devido aos grandes preconceitos e injustiças aí existentes. Assim, decide trocar a sua terra natal pela França, cheia de otimismo em relação ao futuro. Relação entre as duas películas:

Nós pensamos que estes filmes mostram que existem pessoas em todas as culturas que lutam contra os preconceitos, o que nos fez lembrar o texto da Alegoria da Caverna e a lição que dele tiramos. Consideramos que há várias outras semelhanças, como é o facto de a menina da curtametragem ser posta de parte e “gozada” por ter um sentimento diferente das outras pessoas e, na longa-metragem, a jovem Marjane quando é enviada para a Europa, porque os seus pais

receiam pela sua vida, afinal, também lá é rejeitada, já que levava consigo a marca de uma cultura. Apesar disso, a jovem arrojada luta contra esses preconceitos. Outra semelhança é que tanto uma como outra história são contadas por raparigas, que, numa idade precoce, começam a tomar consciência do que se passa consigo ou à sua volta. A nossa apreciação: Nós achamos que estas histórias de animação são muito comoventes e sentimentais e mostram como a partir dos olhos de uma criança se pode perceber a história de um país, ou levar-nos a pensar melhor sobre o significado da diferença - de novo. Relembrámos, por isso, o texto platónico. Também achamos que existe uma luta contra os preconceitos em ambos os filmes.

Trabalho orientado pela professora de filosofia, Maria Alberta Fitas


CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS

Equipa de alunos da escola vencedora do projeto MEDEA 4 — 2012-2013 Por Norberto Mestre ( Professor de Física e Química)

A

pós ter desenvolvido e submetido ao júri do projeto, ainda no ano letivo transato, um trabalho onde foi analisado o efeito da radiação de baixa frequência e criado um suporte de comunicação e divulgação eletrónico do mesmo (ver o trabalho em http:// www.coulombianos.blogspot.pt/ ), a equipa os Coulombianos foi considerada, de entre um conjunto de equipas de todo o país - continente e ilhas -, e por unanimidade, uma das três vencedoras. A equipa vencedora era

constituída pelos seguintes elementos: Alice Abreu, Ana Pires, Beatriz Silva, Bruno Fernandes e Kevin Rodrigues. Na 4ª edição do MEDEA, o prémio dos alunos foi constituído por “Diploma de vencedor 1º Prémio personalizado”, “Pasta com elementos da SPF (Gazeta de Física, caneta e tapete para rato)”, inscrição como sócio da Sociedade Portuguesa de Física (1 ano, início em janeiro de 2014), “Inscrição na 19ª Conferência Nacional de Física” e “Cheque FNAC”. Tal como aconteceu na edição anterior, a sessão solene e pública irá decorrer na 19ª Conferência Nacional de Física, que de-

correrá em setembro de 2014 na Universidade de Lisboa | Instituto Superior Técnico. Foram colaboradores ativos em determinado momento do trabalho desenvolvido, os professores Cristina Castilho, José Afonso, Maria da Conceição Santos e Paula Viegas. A responsabilidade e coordenação do projeto perante a Sociedade Portuguesa de Física esteve a cargo do professor Norberto Mestre. É gratificante saber que os nossos alunos desenvolvem competências e conhecimentos que depois são reconhecidos a nível mais alargado e por outros atores que não os da escola. Página 23


e-mail: biblio.estavira@clix.pt

Dr

e-mail: biblioblogue@gmail.com

Ficha Técnica

olas to de Esc TAVIRA n e m a p u Agr reia usto Cor g u A e g . Jor

Chefe de Redacão: Ana Cristina Matias Conselho de Redação: Carmen Castro, Lina Correia, Mª Antonieta Couto e Ana Paula Mana Redação: Alunos e Professores do AEJAC Paginação: Ana Cristina Matias

BIBLIOTECA ESJAC h p://www.estbiblioblogue.blogspot.com/

h p://www.facebook.com/biblioteca.esjac.tavira

CONCURSO GESTORES PROMISSORES

O

s alunos de Economia A e Economia C estão muito empolgados com a sua participação no Young Business Talents (YBT) 2013. Este concurso, organizado pela NIVEA e a Book-it, com o apoio da Secretaria de Estado do Desporto e Juventude, é o mais importante ao nível da Europa, sendo o primeiro ano que o mesmo se realiza em Portugal. O YBT é uma competição de gestão com base num simulador de terceira geração que permite pôr em prática alguns dos conhecimentos teóricos

sobre gestão, aprendendo a gerir uma empresa virtual. Desde novembro que as seis equipas da nossa escola, orientadas pela professora Carmen Castro, têm correspondido aos desafios semanais propostos por este concurso. São elas: Equipa RCR (André Rodrigues, Gonçalo Romão e Victor Chiscã) e Equipa Brilteam (Beatriz Oliveira, Inês Domingos, Lia Cavaco e Rúben Vitória) do 10º B; Equipa Vocks Economy (Rui Pereira, Sérgio Rato, Stan Weterings e Mário Nunes) e Equipa RAM Incorporated (Rúben Frangolho, Marcos Araújo e António Ama-

ral), do 11ºB; Equipa RGMBusiness (Rositsa Kutreva, 11ºB, Giulia Bittel , 11º A3 e Marco Torquato, 11º E); e Equipa J3M (Luís Conceição e João Afonso, 12º B, João Nobre e João Luís, 12º A3). Esperamos que as nossas equipas não esmoreçam e que continuem a gerir as suas empresas com determinação e eficácia, permitindo que a maioria aceda à prova final.

Clube Mentes Empreendedoras continua em ação

O Clube Mentes Empreendedoras já angariou novos membros e a par de outros elementos que estão a dar seguimento a

Ana Cristina Matias, Carmen Castro e Teresa Afonso realizaram um workshop no dia 30 de outubro de 2013 e reúnem-se com regularidade à sexta-feira à tarde. A sessão de trabalho de 29 de novembro de 2013 contou novamente com a presença da mentora, Marta Correia. O que é certo é que um dos projetos apresentados em 2013 já produziu efeitos práticos, tendo a Comissão Administrativa Provisória concretizado projetos iniciados em anos tran- o desejo de muitos alunos: a satos continua muito ativo. escola já está equipada com Com a presença da mentora cacifos para os alunos. Marta Correia e as professoras


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