Odes e-book

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BIBLIOTECA da ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JORGE AUGUSTO CORREIA - TAVIRA

Odes

Coordenador: Luís Gonçalves

Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia 2017

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ODES


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FICHA TÉCNICA ©2017, Biblioteca da Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia Rua Luís de Camões, 3 8800 – 415 Tavira Tel. 281 320 440 E-mail: biblioblogue@gmail.com www.estavira.com

Título: Odes Autor: Alunos de Português do professor Luís Gonçalves, 12.º ano, 2016-2017 Coordenador: Luís Gonçalves Revisão e edição: Ana Cristina Matias Capa: Diogo Mendes (12.º E)

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Índice

Ode à ventoinha ............................................................................................................................ 7 Ode ao verão ................................................................................................................................. 8 Ode à derrota .............................................................................................................................. 10 Ode ao avião ................................................................................................................................ 12 Ode à cama.................................................................................................................................. 13 Ode ao telemóvel ........................................................................................................................ 14 Ode à caneta e ao papel............................................................................................................... 15 Ode aos matemáticos .................................................................................................................. 17 Ode ao corretor ........................................................................................................................... 19 Ode a ti, mano ............................................................................................................................. 20 Ode à televisão ............................................................................................................................ 22 Ode à nossa equipa...................................................................................................................... 24 Ode ao inverno ............................................................................................................................ 26 Ode à amizade ............................................................................................................................. 27 Ode às sufragistas ........................................................................................................................ 28 Ode ao computador ..................................................................................................................... 30 Ode à criatividade ........................................................................................................................ 31 Ode aos fones .............................................................................................................................. 32 Ode ao tempo .............................................................................................................................. 34 Ode à música ............................................................................................................................... 35 Ode ao mar salgado ..................................................................................................................... 36 Ode ao planeta Terra ................................................................................................................... 37 Ode à memória ............................................................................................................................ 38 Ode aos afazeres.......................................................................................................................... 39 Ode à felicidade ........................................................................................................................... 41 Ode à areia .................................................................................................................................. 42

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Ode aos bombeiros ...................................................................................................................... 43 Ode à minha infância ................................................................................................................... 44 Ode Ad Patres*1........................................................................................................................... 46 Ode às animações ........................................................................................................................ 49 Ode ao acordeão ......................................................................................................................... 50 Ode a Tavira................................................................................................................................. 51 Ode à música ............................................................................................................................... 52 Ode ao mar .................................................................................................................................. 53 Ode às decisões ........................................................................................................................... 55 Ode ao tabaco ............................................................................................................................. 57 Ode ao barulho ............................................................................................................................ 59 Ode à solidão ............................................................................................................................... 60

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Prefácio

No seguimento do estudo de Fernando Pessoa e seus heterónimos, pedi aos alunos do 12.º ano que, à semelhança de Alberto Caeiro e Álvaro de Campos, redigissem uma ode. O resultado foi bastante positivo porque, com maior ou menor resistência, quase todos os alunos mostraram os seus dotes. Perante tal produção literária, falei com a professora bibliotecária, Ana Cristina Matias, que teve a excelente ideia de dar a conhecer a toda a comunidade escolar o trabalho dos alunos das três turmas envolvidas (A1, B, E), com a criação deste e-book, que serve para mostrar algum do muito talento que, por aí, anda escondido. O resultado desse trabalho é o que agora se apresenta, com a indispensável colaboração da professora Ana Cristina Matias. Agradeço a todos os alunos que colaboraram; agradeço também ao Diogo Mendes (12.º E) que desenhou a capa do e-book. Obrigado, caros alunos e cara colega.

Luís Gonçalves (Professor de Português)

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Ode à ventoinha

Ah, saber soprar o vento Como tu sopras, Numa tremenda tarde de verão.

O leque em minha mão Não sopra tanto como tu fazes, em meu proveito.

Rodas quase o suficiente, Para fazer as fitas, Penduradas na porta, Balançar de alegria.

Frio, enquanto sopras, não o sinto; Calor, também não, Eu diria que o clima Contigo se tornou ameno.

Se eu não te tivesse Ao meu lado, Nesta tarde teria sofrido com o calor, Mas agora está frio, por isso está quieta!

Cláudio Encarnação, 12.º A1

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Ode ao verão Ó verão! Ó meu querido verão! Apenas cinco letras que nos trazem grande emoção.

És para muitos a mais ansiada estação e, segundo as outras três, a mais desarrumada, ó verão!

Quando chegas, tiras do baú tudo o que o outono, o inverno e a primavera guardaram. Tiras do baú o Algarve, que é esquecido por todos durante o ano; Tiras do baú os dias quentes e longos e o sol abrasador; Tiras do baú as tão desejadas férias e viagens; Tiras do baú a praia, os mergulhos, o bronzeado e os escaldões; Tiras do baú os turistas e a confusão; Tiras do baú as festas e os festivais com os amigos; Tiras do baú as noites animadas e o céu estrelado.

Enfim, tiras isto tudo do baú. Há quem diga: que confusão! Para mim, é imaginação e que grande imaginação! Pois não há mais nenhuma estação que ofereça o que tu ofereces, ó verão!

É incrível: quando gostamos de algo o tempo passa a voar. Quando dou por mim, já te estás a ir embora.

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Já consigo ouvir chegar o outono! (vem a resmungar) Ó verão, que confusão! Já viste esta desarrumação? Mas não te preocupes, ó verão, que ele não é mais arrumado. Espera só até ele começar a espalhar folhas por todo o lado!

Daniela Pereira, 12.º A1

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Ode à derrota

Fogo! Mais uma derrota! E já não são duas nem três! Chega! Para mim chegou ao fim, acabou-se de vez!

Ainda ontem eu sonhava Que era hoje que iria vencer, Mas depois do dia de hoje Já nem me apetece viver.

Vou deitar-me na minha cama À espera que a sorte me venha procurar. Para quê esforçar-me mais? Amanhã vai ser igual aos outros dias, Mais uma derrota e mais uma dor de cabeça para me irritar.

Agora estou bem, Sem tretas para me preocupar. Quando alguém vencer por mim, Que me venha aqui invejar.

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Até que uma força me inquieta, Senta-me na cama E deixa-me a pensar. Desistir será mesmo a melhor solução? Andei eu a esforçar-me e a gastar tempo Para agora deixar tudo em vão?

Levanto-me, Inspiro fundo, Ganho coragem para enfrentar este e outro mundo!

Posso não vencer amanhã, Mas sei que um dia irei triunfar. E quando esse dia chegar, Da derrota me irei lembrar, Porque, afinal, diz-me tu, ó derrota! Se no teu lugar viesse primeiro a vitória Será que a minha entrega era a mesma?

David Cruz, 12.º A1

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Ode ao avião Voar, o que é voar? Nossos antepassados consideravam esse verbo Inconcretizável para o Homem. Lá eles sabiam que o céu é para os pássaros E a terra para os homens, Pois aos homens asas os deuses Não concederam. Porém, novos tempos, novas invenções, Avião, uma das melhores criações. Ó aviões! Essas aves metálicas Que agora dominam o céu! A maquinação do dom do voo Partilhada com qualquer um! Que maravilha! Alturas inatingíveis no passado, agora ultrapassadas. Que maravilha! Céu antigo das aves, espaço novo para os homens. Que maravilha! Ontem, sonho impossível; hoje, realidade acima das nuvens. Avião? Excelente invenção Sem dúvida! O Homem Superou os deuses, Deuses que o condenaram a uma vida de um céu distante. Filipa Guerreiro, 12.º A1

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Ode à cama Saio de casa a pensar em ti e chego ansiosa por ouvir o teu farfalhar! Minha rica cama, é o céu para os anjos e tu para mim. És aquele amigo que não discute, se faço o que me dá na real gana. Tu não te importas se ressono ou se falo alto, quando ando mais cansada e stressada. Contigo falo sem filtros e nos teus braços eu sou feliz, faço o que me apetece e não tenho uma voz sempre a incomodar-me com o que devo ou não devo. Acredita, nunca me canso de ti, apesar de a minha mãe não gostar muito da nossa relação. Acredita, penso em ti várias vezes ao dia, principalmente quando me levanto cedo ou estou terrivelmente cansada. Oh! Aqui, junto a ti sinto que tenho companhia para toda a minha vida. Inês Silva, 12.º A1

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Ode ao telemóvel O que hei de fazer sem ti? Sim, sem ti? Neste momento és tudo para mim!

Todos te têm, Ninguém consegue passar sem ti.

Evoluíste com o tempo, Mil funções tens, Da família ao namorado Emoções obténs.

Esta coisa está viva, Não é apenas um aparelho. A todos nos cativa, Em padrão infravermelho.

Do telemóvel estou a falar, Que indispensável nos é ao serão!

Com um telemóvel na mão, Sabemos sempre onde estão As pessoas que amamos, E que sempre contactamos…

Em mil palavras te posso descrever, Mas com isto finalizei e não mais escreverei. Lavinia Feher, 12.º A1

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Ode à caneta e ao papel É impossível existir num mundo cruel Melhor par de utensílios que a caneta e o papel, Pois para quem quer expressar os seus pensamentos Ou quem quer mostrar os seus dolorosos sentimentos, Para quem quer refletir, esvaziar ideias lotadas, Ou ideias brilhantes que vão ser criticadas, Ou, deixando-me de pessimismos, para fazer outras coisas Como escrever uma simples lista de compras, Ou fazer do papel um pequeno engenho Pegar na caneta e esboçar um desenho! Ou apenas riscar, se estiver zangado, Ou escrever uma carta de demissão no trabalho, Ou uma carta para consolar a desolação de uma amiga, Ou um postal de Natal para uma tia querida, Sozinha, esquecida, no seio da família.

Ou para casos como o meu, Que não é um caso particular, Preciso deles para escrever o que De outra forma não consigo expressar.

Eu sei. São objetos muito usuais. Mas têm em mim um efeito renovador: Eles retiram de mim aquilo que está a mais Aliviam o meu ser e retiram-me esta dor.

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Porque se disser bem alto quais os meus pensamentos, Não vão entendê-los, não vão sequer ouvi-los. E se gritar bem alto quais os meus sentimentos, Não vão percebê-los, muito menos senti-los.

Então, para quê dizer, Se posso expressar-me de outra maneira? Se posso pintar um quadro, Vaguear pelas ruas loucamente, Compor uma música, Esboçar um desenho… Ah! Mas nada disso me dá prazer! Refletir? Já o faço. Desenhar? Não o sei fazer. Então, só me resta pegar na caneta E começar a escrever!

E por isso escrevo! Escrevo porque estou viva! E sinto! E quero! E posso! E preciso!... Preciso tanto!!! E é por isto que não há nada mais no mundo Que eu queira agradecer Que ter uma caneta e um papel Com as quais possa escrever.

Maria Beatriz Carmo, 12.º A1

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Ode aos matemáticos

Tu, tu aí! Tu que inventas fórmulas. Chega aqui, aqui bem pertinho de mim!

Diz-se qual é o teu segredo, de onde vem essa imaginação? Pascal, Einstein, Newton, Digam-me! Exijo que me digam!

Tu, tu aí! Tu que não precisas de estudar, tu que acordas com ideias e que as consegues realizar ! Chega aqui, Aqui bem pertinho de mim.

Cresçam axónios! Aumentem sinapses! Multipliquem-se neurónios! Preciso de vocês!

Tim, Tim, Tim! Quero ideias, Poder ser mais como vocês e menos como eu…

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Tu, tu aí! Tu que me tens complicado a vida, Tu que vês números num triângulo, Meu Deus! Num triângulo.

Não quero mais esta vida, Monótona, reles. Não quero mais existir, Não me consumam pensamentos irrelevantes.

Tu, tu aí! Tu que és a ciência, a aritmética Vem até mim, Não me deixes sozinha, não aqui.

Mariana Castro Sousa, 12.º A1

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Ode ao corretor

Corretor que eu guardo no meu estojo, Trago-te comigo todos os dias. Se me engano ao escrever, Rapidamente te utilizo e até chego a dizer Que é quase impercetível o meu erro cometido. Ah, corretor, quem me dera a mim que em tinta fita ou pincel, Pudesses apagar mais que o papel.

Mariana Gomes, 12.º A1

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Ode a ti, mano Já me contaram que quando eu nasci Tu não me querias, Utilizaste a escola como álibi, Mas quando me viste, deste as boas-vindas.

Já tinhas 10 anos, Conhecias algumas crianças, Mas eu não causava muitos danos E tu criaste esperanças.

Foste conhecendo aquele humano Que invadiu a tua casa, Esqueceste a ideia de engano E começaste a dar-lhe asa.

Não deixavas ninguém tocar-me Como se fosse uma boneca de porcelana. Expulsavas tudo o que era infame E começaste a chamar-me mana. Trataste me como uma princesa Deste-me tudo o que podia desejar, Uma princesa portuguesa, Sem nunca me abandonar.

Brincámos com carrinhos, Lias-me histórias, O nosso próprio mundo construímos

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E juntos criámos uma bíblia de memórias. Tu és meu irmão E meu melhor amigo. Olho para ti com admiração, Fazendo de ti o meu porto de abrigo. Tu tens sempre razão E em ti procuro auxílio. Eu adoro-te do coração, Faço de ti um consílio. Rimos até não podermos respirar Com o “Moce” e tudo mais. Às vezes, chegamos a chorar, De tanto gozar com piadas sociais. Temos o mesmo signo E o mesmo ascendente. E quando digo que és digno, Acredita que estou ciente. Fiz esta ode a ti, Mano, Porque és a melhor pessoa Que alguém pode ter na vida. Podia ter escrito muito mais, Mas deixava de ser uma ode E passava a ser a obra d’ Os Maias. E nesta estrofe nem rimei, porque Tu não precisas. És o melhor, Seja em prosa ou rima. Sónia Baltazar, 12.º A1

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Ode à televisão Ó Televisão, de início Preta e branca todos viam, Desde casas de campo até edifícios, C om as anedotas do Herman todos se riam. Ó cores que, passados uns anos, chegaram, Trouxeram alegria e felicidade, Todos se deslumbraram, Com tamanha felicidade. Mickey e Pato Donald marcaram A infância que os adultos de hoje tiveram; Mas também Tom Sawyer, Rua Sésamo, Heidi e Marco. Infância, ah infância minha, cheia de bonecos infantis e séries familiares. Inspetor Max, Batatoon, Noddy… Um mundo destinado às crianças que A televisão trouxe para o futuro. Ó Princesa Diana, que em 1997 nos deixou, Devido a um acidente que alguém causou. Ó Torres Gémeas, que em 2001 desabaram, E com elas todos os sonhos se acabaram. Ó Terrorismo em França, Que deixaste Paris em alerta a 13 de novembro de 2015. Ó Marte, que tiveste em tempos água na tua superfície.

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Ó 25 de Abril, que com os teus cravos encarnados, Te libertaste da ditadura e conseguiste a liberdade. Ó cravos, ó Salazar, ó ditadura. Ah Liberdade! Ó Nicolau Breyner, que com o seu grande talento, Nunca cairá em esquecimento. Ó Donald Trump, que num grande segundo, Mudaste tudo neste mundo. Ó acidentes aéreos, que de um momento para o outro, Acabaram com a vida e transformaram o mundo noutro. Momentos que marcaram a televisão, Como outros tantos, Alguns fragilizaram o coração, E outros encheram-nos de encantos. Herman José, José Alberto Carvalho, Ricardo Araújo Pereira, Ruy de Carvalho, Maria do Céu Guerra, Eunice Muñoz, Grandes nomes que marcam a televisão portuguesa. Soberbos! Magníficos! Atores, apresentadores, humoristas. Não interessa a profissão. A televisão deu-lhes a fama e eles contribuíram para o sucesso da televisão em Portugal. Ó nossa televisão futurista, Que no passado não havia, Concursos, Reality Shows e Entrevistas, Que marcam a televisão de hoje em dia. Rúben Bento, 12.º A1

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Ode à nossa equipa A nossa força vem desta união Que nos liga como uma corrente, Corrente de aço que não quebra, Nem com um grito, nem com uma queda.

Esta nossa equipa Somente me dá a alegria De poder jogar cada dia, Com a maior energia.

Melhor equipa não poderia pedir. Temos quem chegue às alturas, Quem olhe para cima e tente desesperadamente Alcançar a estrutura daquela rede, E quem tenha a calma e a paciência a prémio; Há aquelas que não acreditam que conseguem, Outras que desesperam. Existem algumas que tentam ir sempre à bola, Tentando resgatar, até as mais impossíveis,

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Com um pé que pode acertar na cabeça de alguém. Aparecem também aquelas que têm a força E que nos fazem sentir pena Daquelas que do outro lado tentam jogar. Há também quem seja geneticamente idêntico, Mas, de aparência, poucas semelhanças apresente.

Entre nós, o riso não falta, Já a calma, às vezes, escapa, Porém, nada de chatices, Porque somos todas uma só.

Ser equipa é ser como nós: Haver apoio e elogio, Preocupação e dedicação.

Somos uma família, Somos uma por todas E todas por uma.

Teresa Lopes, 12.º A1

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Ode ao inverno

O vento como um lamento Sopra forte, sopra sempre, Dança com as folhas a contento.

O frio embala no vazio Entre uma e outra constipação A esperança de um novo estio.

Do céu triste cai a chuva, Deixando a nuvem nua E grande agitação na rua.

Saudade fria no coração, Mas sem o Inverno nunca saberia Como se chega ao Verão.

Tomás Alves, 12.º A1

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Ode à amizade

Conhecidos temos muitos, Que nos rodeiam ao longo da vida, Mas são poucos os verdadeiros amigos, Por isso devemos mantê-los no dia a dia.

Com eles partilhamos momentos de alegria E juntos ultrapassamos todos os obstáculos, Ficando com tudo isto na memória, Para um dia podermos contar a nossa história.

Aceitamos as diferenças E agradecemos a presença, Pois sem amigos neste mundo Tudo estará perdido sem fazer sentido.

Yana Voroshylova, 12.ºA1

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Ode às sufragistas

Obrigada Sufragistas, mulheres de armas! Vocês sim, ainda antes do tempo dos nossos avós, a milhares de quilómetros de nós, contra mentalidades conservadoras, rejeitadoras de mudança, lutaram pelo direito ao voto feminino e até à sua candidatura para futura eleição.

Muito além de um movimento com interesses políticos e/ou económicos, que é verdade que existem, não estivéssemos nós a falar de humanos na sua generalidade como agentes da ação, falemos do seu cariz social.

Este foi, sem sombra para dúvida, um dos primeiros e mais significativos passos duma grande caminhada, ainda hoje em processo, cuja meta assenta na igualdade de género.

E se o que mais custa é realmente o arranque inicial, tenhamos todos resistência, não vamos desistir a meio!

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Talvez isto soe como uma ameaça, mas não é nada mais do que uma bandeira branca. Porque sejamos sinceros, ainda hoje, em pleno século XXI, há muitas barreiras pela frente. Ultrapassá-las em contrarrelógio seria o ideal, e torna-se mais fácil se estivermos juntos.

Aceitemos que nós, Mulheres, temos capacidade suficiente para sair da gaiola e voar, falta que nos libertem as asas!

Ana Martinho, 12.º B

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Ode ao computador

Ó motherboard, é em ti que começam as coisas! Tu que sacias a tua fome de energia através da fonte de alimentação e a transferes para o processador.

E vós, teclado e rato, que já existem em todos os feitios e com todos os efeitos!

E tu, placa gráfica, que não te contentas com as setes cores do arco íris, mas exiges milhões de tonalidades cromáticas para mostrares a tua beleza artística, pixel por pixel!

Ó memoria, saúde seja preservada e nunca venhas a sofrer de Alzheimer. Para que te protejas, usa o escudo antivírus!

António Rosa, 12.º B

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Ode à criatividade

Criatividade, onde estás tu? Procuro-te por todo o lado, porém, não te encontro…

Porquê? Por que não te encontro eu? Há tanto tempo que ando atrás de ti, exercendo tantos esforços que, no fim, acabam por ser em vão.

Já passou tanto tempo desde o nosso último encontro. Lembras-te? Lembras-te de como nós éramos felizes, juntos? Tu iluminavas-me com ideias e pensamentos de uma tal Inocência e incredibilidade, em que eu jamais pensaria, e eu… Eu guardava esses pensamentos e ideias inocentes em mim, Não as criticava nem muito menos enxovalhava, Porque era genuíno, algo que parecia fazer parte de mim, pois, No fim, tu própria fazes parte de mim, certo?

Então, se tu fazes parte da minha pessoa, Por que não te encontro eu agora? Como foi que te perdi, se és parte de mim?

Hugo Domingues, 12.º B

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Ode aos fones

Não sei por onde e nem como começar, sei apenas que, mesmo que eu não te sirva para nada, irei sempre amar-vos.

Se não existissem, eu mesma teria de vos inventar, mas claro que não seria algo tão perfeito como atualmente são.

Por vezes gostava de ser uma entrada de um dispositivo, isto só para poderes reparar em mim, mas infeliz e felizmente que não sou.

Infelizmente, pois, caso fosse, de certeza que faríamos um casal perfeito, até já imagino como seria: "clackkk"; seria a pequena melodia que reproduziríamos ao encaixares em mim, algo que seria inexplicável para mim. Felizmente, pois assim consigo receber o que tu transmites, toda essa tua perfeição, consegues fazer com que só eu mesma te consiga ouvir e isso faz com que me sinta mais íntima contigo.

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Continuo a amar-te, apesar dessa tua rebeldia. Eu sei que tens inimigos, bolsos, malas, sacos, eu sei que tu e eles não se dão bem, mas quem sofre com isso sou eu, pois tu ficas sempre muito revoltado, parece até que te tornaste num diabo, todo entrelaçado e cheiinho de nós, e depois eu tenho de te acalmar, desfazendo tudo o que fizeste com esses teus inimigos; mas, no final, fico sempre satisfeita, pois podemos retomar a nossa vida de volta.

Com todas essas tuas perfeições e imperfeições, continuarei sempre a amar-te, pois salvas-me sempre de momentos de tédio ou outros quaisquer, e apesar de eu não ser uma entrada de um dispositivo, sempre poderás encaixar nos meus ouvidos.

Iryna Akerman 12.º B

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Ode ao tempo

Não sei o que faça, não sei o que pense. Já tentei dar a volta ao tempo, mas o tempo deu a volta ao tempo.

Mas o que é o “tempo”? Uma unidade de medida? Pois bem, não sei! Mas enquanto não sei, o tempo passa e eu continuo sem saber o que faça, nem o que pense.

Vou pedir ajuda! Mas ajuda a quem? Estão todos ocupados, a perder o seu tempo com o tempo E eu estou aqui, a pensar no tempo que já perdi.

Limito-me a aceitar o tempo, e a aceitar tudo aquilo que perdi.

Jorge Minhalma, 12.º B

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Ode à música

Música é muito mais que uma simples voz E uma combinação de ritmos, Tal como a poesia, Que não são apenas frases.

Música é liberdade de expressão, Que desperta em nós sentimentos divergentes, Pois tanto nos alegra e anima Como nos lamenta e entristece.

Música é um estado de carência inexplicável, É uma necessidade que chega a tornar-se primária Impossível de a substituir.

Música é recordar, é sentir, é viver, É partilhar o sentimento com quem se identifica E gozar a liberdade que esta transmite.

José Rodrigues, 12.º B

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Ode ao mar salgado

Ó mar salgado, Tu que curas as minhas mágoas, Tu que és grande e me fazes feliz a teu lado, Tu que ocupas mais de metade do mundo E que preenches todo o meu vazio; Tu que tens tanto dentro de ti, Tanto para dar ao mundo E que nós destruímos A ti e à tua mãe, a Natureza.

És azul, azul da cor dos meus olhos, Azul da cor do céu. Quando me envolvo nas tuas ondas, Só sinto alegria e felicidade. Por vezes sinto nostalgia E saudade dos tempos de infância; Nostalgia de estar longe de ti no inverno Quando tudo se torna num grande inferno.

Ó mar salgado, Tu que me deixas neste estado, Estado este de ansiedade e de saudade.

Laura Pereira, 12.º B

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Ode ao planeta Terra

Oh Terra, Bem tão valioso E que nós tão mal cuidamos. Razão do nosso ser. E nós até conseguimos prever O que te vai acontecer.

Para todas as doenças Arranjamos uma solução E tu que sofres de degeneração ambiental E sofres como se fosses um doente normal.

Luna Kafcsak, 12.º B

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Ode à memória

Se não pudesse relembrar Toda a vida que vivi Seja na infância inocente Ou até mesmo nesta vida de adolescente, E todos os momentos em que cresci E as vezes em que não quis saber de ti…

Se não pudesse relembrar, O quanto foste, és e serás, Boa e por vezes má, Nesta vida tão fugaz…

Se não te pudesse relembrar A ti, memória, Acredita que não haveria história Nem esta dedicatória.

Maria Madalena Santos, 12.ºB

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Ode aos afazeres

Não me obriguem a escrever odes, nem poemas, nem fábulas e muito menos histórias de encantar. Não tenho tempo para isso! Nem tempo, nem cabeça! Para mim, escrever é como um divertimento, uma fuga à realidade que tanto me atormenta. E sem energia, Sem foco, Transformo o que poderia ter sido algo notório numa execução apática que me leva ao esgotamento.

Se é para ser feito, pois que seja, mas bem!

Não o entendam como o capricho que não é. Não pensem que o faço por indolência ou desfeita… A verdade é que tenho em mim todos estes pensamentos singulares e ideias, presos com pesadas correntes, como que um segredo que anseio mas não posso contar.

Para além disto, não consigo, porque me dói, porque me fere, porque pensar magoa, faz sentir…

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E eu sinto que, a cada dia que passa, sou menos eu e mais como os outros, menos homem e mais máquina.

Oh! Quem me dera poder desenlear-me, arranjar tempo para as coisas, deter todos os segredos do universo…

Para ser feliz é preciso tanta calma… e eu ando tão apressado Tenho saudades de experienciar algo mais do que ansiedade, mais do que esta pressão, de viver!

Ah, de viver… e de olhar, e de apreender, e de cheirar, e do palato das coisas… Hoje em dia perduro apenas como o pó da pessoa que outrora fui, perco dias e, nos entretantos, momentos que ficam adiados, caindo no esquecimento porque tenho muito que fazer…

Sempre muito que fazer…!

Afazeres estes que sobreponho à minha felicidade, que me consomem o tino! Por isso. peço-vos: não me obriguem a escrever! aria Machado, 12.º B

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Ode à felicidade

Felicidade de te ver, Felicidade de te encontrar, Só espero nunca te perder.

Por vezes encontro-te, Quero agarrar-te, Tu foges mas não me deixas apanhar-te. Parece que andamos a brincar.

Que felicidade poder ver-te em todo o lado, No rosto de uma criança que brinca, Num velhinho que caminha, No pássaro que esvoaça por entre os galhos de uma árvore, Nas abelhas que saltitam de flor em flor. Tudo isto é vida.

Mariana Moreno, 12.º B

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Ode à areia

Ai como eu gosto destes grãos, Nunca vi tamanha imensidão, Grãos que se transformam em castelos. Grãos que se transformam em muralhas Para combater as mais fortes ondas. Nunca grãos foram tão amados, Costumam ser odiados, postos de lado no prato. Nunca grãos causaram tanta diversão Como todos os grãos que formam esta imensidão.

Micael Pereira, 12.º B

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Ode aos bombeiros

Os bombeiros são pessoas com uma das profissões mais louváveis. São eles que estão lá para todos, 365 dias por ano, 24 sob 24 horas. Não baixam os braços perante uma situação difícil. Ficam longe de casa, quando são chamados para emergências. Vão para a luta dos fogos sem saber se voltam.

“São corajosos como um astronauta, dedicados como um médico, fortes como um atleta, inteligentes como um cientista.” São os heróis da vida real que dão a vida por nós.

E são os mais esquecidos por todos nós. A maior parte das pessoas só se lembra deles quando precisa, mas depois esquece-se novamente.

Os bombeiros são os verdadeiros heróis, os verdadeiros anjos sem asas, os verdadeiros soldados da paz.

Patrícia Martins, 12.º B

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Ode à minha infância Fui uma criança estúpida, Mas estupidez é sinónimo de felicidade. Ninguém faz ideia do que eu daria Para poder voltar àquela idade.

Tempo em que a maior preocupação Era comer doces às escondidas E culpar o meu irmão.

Disseram-me que gorda não devia ser, Por isso apresentaram-me à passadeira E obrigaram-me a correr.

Chorei, chorei E com lágrimas ácidas e corrosivas a cair Estraguei a passadeira E comecei maquiavelicamente a rir.

Ia para o campo com os meus avós. Capturava formigas E metia-as à luta. Apurava a vencedora E soltava-as no fim da disputa.

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Dormíamos frequentemente na casa deles. A rainha da cozinha era a minha avó, Com aquelas comidas que, de tão esquisitas, não deixam de ser boas. Já o meu avô era o rei do dominó!

Depois, ao pequeno-almoço, Pão torrado com azeite. Era caganeira certa Se o acompanhasse com leite.

Sempre tive medo de galinhas Em 2014, surgiu o das gaivotas. As primeiras só com batatinhas As segundas bem podiam todas bater as botas.

Queria ser uma sereia E desenhar profissionalmente. Em vez disso, uma cauda de areia E Economia, infelizmente.

Ó passado Da felicidade desvanecida! Que, mesmo que não reavive, Jamais será esquecida

Sónia Madeira, 12.º B

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Ode Ad Patres*1

Ditosa Nação, Pátria amada, escudo eterno Ó verdadeira Lusitânia, volvida em nove séculos, Nove séculos de grandezas, feitos e conquistas. Portucália viriática, foste nascendo, Nascendo e crescendo… Por entre as brumas do mar, As pedras de sal, rochas, pedras, fendas, Força dos marinheiros Marinheiros esses que teus filhos são. Se são teus filhos, são portugueses, E se são portugueses são venturosos privilegiados, Por neste “país à beira mar plantado” Terem nascido.

Cruzámos mares, Fizemos Império Fabricámos novos Portugáis, novas Lusitânias Em todos os continentes que Deus criou. As hostes que correram os infiéis desta nação Colocaram padrões Em tanto lado, Tanto lado, Tanto sítio, Tanto lugar,

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Em tanta praia, em tanta floresta, em tanta montanha… Somos grandes! Somos Portugueses! A nossa Pátria vai do Brasil a Timor, Do Minho ao Cabo da Boa Esperança.

A Nagasáki aportámos, Tânger subjugámos. Dominámos o Ceilão Diu, Goa e Damão. Citânias lusíadas espalhámos!

Bravos, valentes, gloriosos, Humildes de coração Somos portugueses, e fomos nós, Nós, portugueses, que o nosso Portugal conquistámos Exulta Lusitania felix*2 Glória victis*3 Omnes lusitani exultant Quia omnes sancti sunt(5)

Ó minha lusitana gente! Nós merecemos O que nós fizemos. Porque marroquinos – vivem a egrégia herança;

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Porque persas – guardam como tesouros as lusas memórias; Porque brasileiros – vivem sob a égide do pavilhão das naus; Porque Angolanos, Moçambicanos, gente de São Tomé e Guiné – são ínclitos descendentes; Porque tantos indianos, chineses…. se fazem falantes da imperial língua; Porque timorenses – gozam o orgulho de nos antípodas do continente termos triunfado; Porque na romana península, paduanos adoram e veneram uma língua que é portuguesa. E porque todas as gentes de Cabo Verde são lusitanas! Dominámos o globo, heróis do mar! Carpent tua poma nepotes*4 E que saibamos, nação valente, cuidar do que criámos E não nos esqueçamos, nobre povo, Que, em Portugal, o Sol que nasce não tem ocaso Tal como o Império.

Tomás Bravo, 12.º B __________________________ *1 - “Para os antepassados”. *2 – “Alegra-te, ó Portugal feliz!” - Título da Carta Apostólica proclamada pelo Papa Pio XII em Roma, no dia 16 de janeiro 1946, sétimo do nosso Pontificado, que eleva Santo António de Lisboa a Doutor da Igreja (S. to António que é o português mais conhecido no mundo). *3 – “Glória aos vencedores” – antítese da expressão Vae victis (Ai dos vencidos!). *4 – “E que os teus netos/vindouros colham os teus frutos” – Segunda parte de um verso de Virgilio (Éclogas, IX, 50). (5) – Alegrem-se todos os lusitanos / porque (todos) são virtuosos/nobres.

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Ode às animações Eu gosto é de animações, ver algo que parece real, mas não é. Se são verdades ou invenções não sei, mas por coisas boas tenho fé.

Sentir aquele movimento camada por camada, um centímetro diferente e por si mostrar o sentimento daqueles que o fizeram para aquele que o sente.

Animações contêm emoções, um mundo diferente dos outros, cheias de diversidade e inspirações, o melhor do todos os encontros.

Sem as animações não seria como sou, uma vida cheia de diversões e uma personalidade que melhorou.

As animações para muitos são especiais, transmitem por si várias sensações, Divertidas, Tristes e muito mais, e, no fim, espalham felizes expressões. Beatriz Barros, 12.º E

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Ode ao acordeão

Meu caro amigo, És tu que estás a meu lado Nos momentos bons e nos maus Contigo sinto-me bem, Beltuna.

Toco contigo todos os dias, Levas-me para lugares distintos, Dás-me sensações magníficas. Contigo sei que evoluí, Beltuna.

Muitas vezes os meus desabafos são contigo, E por incrível que pareça, O meu sucesso também é feito contigo, Beltuna.

Existem dias em que estou desejando de te tocar, Porque sei que vou ficar mais alegre. Adoro as grandes galas onde vou contigo, Beltuna.

Nunca me deixaste mal e espero continuar a dar muitos espetáculos contigo, meu grande companheiro, Beltuna.

Gonçalo Justo, 12.º E

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Ode a Tavira

Oh Tavira, tu tens encantos! Quando o luar se reflete nas águas do rio, Escondes os teus segredos.

Oh Tavira, tu tens encantos E contas segredos de anos a fio. Pasmamos quando na ponte vemos a lua Espelhada no rio.

Oh Tavira das igrejas e do castelo mourisco, Também és terra de poetas e do mediterrâneo petisco.

Oh Tavira, tu és para mim Uma das mais belas cidades, Seja porque aqui nasci Ou porque cá tenho amizades.

Inês Rodrigues, 12. º E

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Ode à música

Oh Música, Tão difícil de definir, És jogo físico e emocional A compor, a tocar, a ouvir.

És combinação de sons e ritmo, És combinação de sons e silêncios, És ritmo e melodia.

Em ti descarrego a tristeza E manifesto a alegria.

És linguagem universal, Manifestação de sentimentos, Inspiração de momentos. És o sol da minha vida Onde me perco e deleito, Onde encontro a paz perdida!

Inês Rodrigues, 12. º E

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Ode ao mar

A tua calma acalma-me, A tua revolta revolta-me, Então, hoje eu venho louvar-te, Hoje, eu venho louvar o mar.

Venho louvar-te por me descreveres, Por me descreveres tão bem! A tua bipolaridade constante Que demonstra quem eu sou a cada segundo.

Quantos segredos escondes nas tuas profundezas? E quantos escondo eu? Quantos segredos trazes à tona em cada onda? E quantos trago eu? Nenhum, mar, nenhum, Se calhar, não somos assim tão parecidos, Se calhar, não somos assim tão iguais, Se calhar, não passas de uma mera desilusão, Isso mesmo, Uma mera desilusão.

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Como posso confiar em ti? Como posso eu sequer igualar-me a ti Sem sequer te conhecer por dentro?

Ó mar, No final de contas, Eu não demonstro nada E tu, mar, tu também não demonstras nada. Ó mar, eu louvo-te, Louvo-te por me descreveres tão bem, Nesta nossa igualdade desigual.

Margarida Gomes, 12.º E

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Ode às decisões Hoje faço um louvor às decisões, a todas as decisões assentes e fundamentadas em boas intenções.

Hoje guardo e emolduro todas as horas, todas as horas passadas às claras na busca de respostas. Será que sim? Será que não? A todos os resumos de conversas que foram, que virão e que nunca aconteceram.

A todas as decisões bem e mal fundamentas que têm como única intenção a busca pelas boas intenções. Para… continua… Nenhuma delas me pertence, estou rodeada de banais convenções sociais que não me dizem nada para além do que devo fazer, do que devo ser, até mesmo no que devo acreditar.

E eu assim o faço, Porque assim me mandam! Ah! É loucura acreditar que a decisão me pertencia.

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Tu que dizes quais são as boas intenções, Tu que dizes que sabes quais são as melhores decisões Cala-te, cala-te que o inferno esta cheio de boas intenções e se nem o céu eu sei que existe, e o inferno é uma mera ilusão! Cala-te, Deixa-me tomar as minhas próprias decisões para ao menos saber aquilo que elogio, aquilo que louvo, daquilo que realmente a minha ode fala.

Beatriz Abrantes, 12.º E

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Ode ao tabaco Na vida descobri que poucos são os vícios que são eternos. Todos eles eram… eram angustiantemente efémeros.

Em tempos o meu vício foram as pessoas, todas elas efémeras, angustiantes desilusões banais… que raramente estavam lá para mim.

Depois descobri-te a ti. A ti e a tua inebriante dose de nicotina, a ti e ao teu cativante fumo, que emprenha os meus pulmões, que dá um novo sentido ao meu respirar. Ao vício que me mata lentamente, mas que acima de tudo me consola.

Oh, como eu odoro o teu fumo, Oh, como eu adoro a forma como me relaxas, Oh, como eu te adoro a cada intervalo, como eu venero a tua companhia ao café, ao lado da bebida, ou quando estamos só os dois. Oh, ao teu lado eu não temo a morte, não temo as horripilantes imagens que te acompanham.

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Tantas vezes desiludido por pessoas que eu venerei, não a elas, mas a ideia que tinha delas, mas tu não. Tu nunca me desiludes e sei que estaremos juntos, até que a morte nos separe.

Beatriz Abrantes, 12.º E

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Ode ao barulho Hoje venero o som, o angustiante barulho que tu dizes que impede de pensar.

Oh, mas eu sei que mentes. Eu faço a minha introspecção nos cafés, nas ruas, em qualquer sala de teatro, em plena praça pública.

Eu penso no som. Eu penso nos atrofiantes barulhos, eu existo no compasso das canções, nos ávidos diálogos de conexões humanas. É ai que eu existo.

Mas tu insistes no silêncio, na tenebrosa solidão. Tu insistes que só aí existo realmente, que só aí me conheço e me compreendo.

Mas eu terei tanto silêncio quando for empurrado para o abismo, ou, quem sabe, salte para o abismo. Eu, que terei o silêncio para toda a eternidade, deixa-me ter barulho. Beatriz Abrantes, 12.º E

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Ode à solidão

Ó solidão, não disfarces a dor que se sente Sozinha num recanto com a escuridão. Ó solidão, a dor a nós próprios mente. A maldade, a perda, a ferida. Só e somente solidão. Se um dia nos alegra e outro dia nos fere, Quer amanhã eu chore ou eu ria, É para que a solidão não espere. Desprezar a dor é em vão, Melhor será até o choro do que a alegria. Tristeza faz mal à solidão.

Renata Enes, 12.º E

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