Kihodara de Sousa Nacimento

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FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE – FAINOR CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

KIHODARA DE SOUSA NASCIMENTO

CENTRO DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS: AURELINO PEREIRA SANTOS.

VITÓRIA DA CONQUISTA – BAHIA, DEZEMBRO DE 2016


KIHODARA DE SOUSA NACIMENTO

CENTRO DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS: AURELINO PEREIRA SANTOS.

Projeto Apresentado à Faculdade Independente do Nordeste – FAINOR, para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista. Professor Orientador: Líbera Dall’Orto.

VITÓRIA DA CONQUISTA – BAHIA, DEZEMBRO DE 2016


KIHODARA DE SOUSA NASCIMENTO CENTRO DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS: AURELINO PEREIRA SANTOS.

Projeto Apresentado à Faculdade Independente do Nordeste – FAINOR, para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista. Professor Orientador: Líbera Dall’Orto.

Aprovado em ___/___/______

Banca examinadora: _____________________________________________________ Líbera Dall’Orto Orientadora Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR

_____________________________________________________ Daniel Borba Avaliador Interno Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR

_____________________________________________________ Flaviana Lobo Correia Avaliador Externo Instituição

VITÓRIA DA CONQUISTA-BAHIA


Dedico este trabalho ao meu avô Aurelino Pereira Santos (in memorian), minha inspiração. Para sempre em minhas lembranças.


AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por sua graça e soberania em minha vida, “Porque dele, por ele e para ele são todas as coisas.” Aos meus pais e aos meus irmãos pelo apoio, amor, carinho e paciência durante os momentos difíceis e de ausência. Aos meus amigos e colegas, em especial àquela que sempre esteve ao meu lado, Thatyara Alves. Aos mestres e à minha orientadora que contribuíram e me incentivaram nesta pesquisa, depositando em mim confiança e sobretudo, paciência. E todos os amigos que colaboraram direta e indiretamente para a realização deste sonho, o meu eterno e carinhoso agradecimento.


RESUMO O objetivo do presente trabalho consistiu em elaborar um Projeto Arquitetônico em Vitória da Conquista/BA com o propósito de atender a população idosa. Mais especificamente, foi desenvolvido um Centro de Convivência para idosos que seria implantado estrategicamente em uma área de grande expansão da cidade para melhor promover a integração social e intergeracional. Deste modo, pretende-se criar um ambiente que ofereça bem estar, integração social e qualidade de vida através de uma arquitetura funcional e convidativa para o público externo. Para a realização dessa proposta de trabalho, foi necessária uma revisão da literatura especializada e a pesquisa de campo sobre o tema em questão. Tendo em vista essas considerações, espera-se que o projeto proposto desempenhe o papel de referência na cidade e contribua para debates futuros a cerca da relação entre velhice, qualidade de vida e arquitetura. Palavras chave: Idoso, qualidade de vida, arquitetura.


ABSTRACT The aim of this study was to elaborate an Architectural Project in Vitรณria da Conquista/BA with the purpose of attending the aged population. More specifically, it was developed an Elderly Coexistence Center that would be strategically implanted in an area of great expansion of the city to better promote social and intergenerational integration. Thus, it is intended to create an environment that offers wellness, social integration and life quality through a functional and inviting architecture for the external public. In order to accomplish this work proposal, it was necessary to review the specialized literature and a field survey of the subject. In view of these considerations, it is expected that the proposed project will play the role of reference in the city and will contribute to future debates about the relation between old age, quality of life and architecture. Key words: Elderly, quality of life, architecture.


LISTA DE IMAGENS Figura 1 - Planta Centro Geriátrico Santa Rita .......................................................... 22 Figura 2 - Sala de Descanso, Centro Geriátrico Santa Rita ...................................... 23 Figura 3 - Área de Convivência, Centro Geriátrico Santa Rita .................................. 23 Figura 4 - Integração do ambiente interno e externo, Centro Geriátrico Santa Rita .. 24 Figura 5 - Jardim externo, Centro Geriátrico Santa Rita ........................................... 24 Figura 6 - Piscina, Centro Geriátrico Santa Rita ........................................................ 25 Figura 7- Lian Gong, CRI .......................................................................................... 26 Figura 8 - Aula de alfabetização, CRI ........................................................................ 26 Figura 9 - Coral, CRI ................................................................................................. 27 Figura 10 - Artesanato masculino, CRI ...................................................................... 27 Figura 11 - Aula de informática .................................................................................. 28 Figura 12- Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade ................................... 29 Figura 13- Aula de Artesanato, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade ... 29 Figura 14- Espaço externo, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade ......... 30 Figura 15- Sala de informática, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade ... 30 Figura 16- Área externa, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade30 Figura 17- Salão de eventos, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade ...... 31 Figura 18- Sanitário feminino, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade31 Figura 19- Sanitário masculino, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade .. 32 Figura 20- Piscina, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade ...................... 32 Figura 21- Sala de atendimento médico, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade ......................................................................................................................... 33 Figura 22- Acesso salão, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade ............ 33 Figura 23- Salão de beleza, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade ........ 34 Figura 24- Localização .............................................................................................. 35 Figura 25- Vista Aérea da localização e Entorno Fonte: Google Earth ........ 36 Figura 269- Vista da Avenida Olivia Flores e Rio de Contas. .................................... 36 Figura 27- Vista da Avenida Olivia Flores. ............................................................. 37 Figura 28- Vista da Avenida Olivia Flores e Rio de Conta ......................................... 37 Figura 29- Vista da Avenida Olivia Flores e Rio de Contas ............................. 37 Figura 30- Vista frontal Figura 31- Vista posterior .......................................................................................... 54 Figura 32- Pátio coberto Figura 33- Jardim sensorial ....................................................................................... 54 Figura 34- Pátio coberto Figura 35- Jardim sensorial ....................................................................................... 54 Figura 36- Jardim Sensorial Figura 37- Pergolado e coreto ................................................................................... 54 Figura 38- Jardim Figura 39- Jardim contemplativo ............................................................................... 55 Figura 40- Coreto Figura 41- Academia ao ar livre................................................................................. 55 Figura 42- Recepção Figura 43- Vista lateral .............................................................................................. 55


SUMÁRIO 1

TEMA .................................................................................................................. 11

2

JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 12

3

OBJETIVOS........................................................................................................ 14 3.1

OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 14

3.2

OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 14

4

METODOLOGIA ................................................................................................. 15

5

EXPLORAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 16 5.1

O ENVELHECIMENTO ................................................................................ 16

5.2

O ENVELHECIMENTO EM VITÓRIA DA CONQUISTA .............................. 17

5.3

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE .............. 19

5.4

A ARTE TERAPIA NA TERCEIRA IDADE ................................................... 19

5.5

CENTRO DE CONVIVÊNCIA ...................................................................... 21

6

PROJETOS REFERÊNCIAIS ............................................................................. 22 6.1 CENTRO GERIÁTRICO SANTA RITA EM CIUTADELLA, MINORCA – ESPANHA .............................................................................................................. 22 6.2

CENTRO DE CONVIVÊNCIA DO CRI NORTE, SANTANA – SÃO PAULO 25

6.3 CENTRO DE CONVIVÊNCIA - PROGRAMA VIVENDO A TERCEIRA IDADE, VITÓRIA DA CONQUISTA........................................................................ 28 7

APRESENTAÇÃO DA ÁREA .............................................................................. 35 7.1

LOCALIZAÇÃO ............................................................................................ 35

7.2

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO TERRENO .................................... 36

7.3

ESUDO HELIOTÉRMICO ............................................................................ 38

7.4

USO DO SOLO ............................................................................................ 39

7.5

MASSA EDIFICADA..................................................................................... 40

7.6

SISTEMA VIÁRIO ........................................................................................ 41

7.7

LEGISLAÇÃO .............................................................................................. 42

8

CARACTERÍSTICAS DO TERRENO ................................................................. 44

9

TOPOGRAFIA .................................................................................................... 45

10

DEFINIÇÃO DO PARTIDO .............................................................................. 46

10.1 CONCEITO DO PROJETO .......................................................................... 46 10.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO ...................................................................... 46 10.3 JUSTIFICATIVA DE OCUPAÇÃO CONSTRUTIVA ..................................... 47 11

PROGRAMA DE NECESSIDADES ................................................................. 48

12

FLUXOGRAMA ............................................................................................... 50


13

DIMENSIONAMENTO DOS AMBIENTES....................................................... 52

14

REFERÊNCIAS ............................................................................................... 54

15

APÊNDICE ...................................................................................................... 57


11

1 TEMA O presente projeto tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da população idosa. Uma edificação que proporcione ambientes completamente humanizados, visando sempre o bem-estar e qualidade de vida do público alvo. Os idosos, nos últimos anos, têm representado uma parcela cada vez maior da população. Esse processo acelerado do envelhecimento, causa mudanças físicas e psicológicas. Diante desse cenário, nos deparamos com a falta de espaços e centros de convivência que atendam de forma exclusiva e apropriada a população idosa. Sendo assim, o Centro de Convivência, não apenas atende aos aspectos de uma edificação de qualidade arquitetônica, mas que possa favoreça a integração dos indivíduos com atividades de lazer, desenvolvendo as suas potencialidades artístico e cultural, a saúde física e mental, o relacionamento familiar, e sobretudo o reconhecimento da sua importância para a sociedade .


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JUSTIFICATIVA Conforme relatórios apontados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística), o número de pessoas com idade acima de 60 anos, triplicará nos próximos 20 anos. Atualmente a porcentagem de idosos no Brasil é de 12,5%, e deve alcançar os 30%. No que diz respeito a cidade de Vitória da Conquista (BA), onde o projeto esta locado, verificou-se que a cidade ocupa a terceira colocação entre os municípios baianos com maior população idosa. Ficando atrás de Salvador e Feira de Santana. Para o presidente do Centro Internacional para Longevidade no Brasil e membro da Rede Global de Cidades e Comunidades Amigáveis aos Idosos da OMS, Alexandre Kalache, a população brasileira tem diminuído a taxa de natalidade por diversos fatores, mas o principal seria a redução do número de filhos do brasileiro. Pois nascendo menos crianças, e pessoas vivendo por mais tempo obtém-se um aumento no número de idosos. (SORDI, 2005) E o fato de que o Brasil será reconhecido como um país de idosos nos próximos anos, não elimina a preocupação com as condições do país em oferecer uma qualidade de vida aprimorada para população idosa. Tendo em vista que ainda é um país que enfrenta barreiras em infraestrutura, educação, saúde e um cenário político atual extremamente delicado e incerto. E essas questões, querendo ou não refletem diretamente na qualidade de vida dos idosos. Por certo, ainda é um grande desafio para todos. Sobretudo já podemos pontuar de maneira positiva a preocupação com a população idosa, e um desses pontos é o Estatuto do Idoso, que garante condições de dignidade e cidadania. O Estatuto do Idoso esclarece em seus artigos: No Art.2 “O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta LEI, assegurando-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade” (FEDERAL, Senado. Estatuto do idoso. Brasília (DF): Senado Federal, 2003.) No Art.3 “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público, assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”. (FEDERAL, Senado. Estatuto do idoso. Brasília (DF): Senado Federal, 2003.)

Hoje já existem muitas casas e centros de apoio ao idoso nas grandes cidades, mas em sua maioria não atendem de modo geral e com eficácia as suas


13 necessidades. Entende-se que há premência da implantação de mais instituições desse tipo para receber e atender com qualidade essa população em crescimento acelerado. Tendo em vista essas evidências, surgiu o interesse de desenvolver um trabalho que procure destacar a abordagem da arquitetura para o desenvolvimento de um centro de convivências para idosos. A contribuição do trabalho reside na possibilidade de se propor um mecanismo para se aprofundar o grau de socialização de idosos, os quais estão inseridos em um processo de envelhecimento que prejudica diretamente a criação e o aprofundamento de vínculos sociais. Desse modo, o projeto apresenta uma proposta de valorização de todos os aspectos psicológicos e a preocupação com uma infraestrutura de qualidade que proporcionará um ambiente agradável, seguro, com a acessibilidade assegurada, e o envolvimento do tema com a arquitetura, projetado com espaços para atender as restrições de mobilidade, gerando segurança e bem-estar. Há um cuidado em reintegrar os idosos à sociedade, sendo assim, oferecendo condições de conforto, e onde não se sentirão sós através do desenvolvimento de atividades culturais, de lazer, atividades físicas, convívio com a natureza, cuidados médicos, e atividades de arte terapia. Todas as atividades voltadas pelo objetivo de evitar a ociosidade e eliminar a depressão, a baixa estima, estresse e necessidades reais de saúde mental e física. De fato, o projeto visa melhorar a qualidade de vida do idoso, nesse caso, incorpora-se a participação e convívio com seus familiares em atividades oferecidas pela instituição com ambientes agradáveis que possam garantir além da qualidade de vida e o bem-estar a participação e integração.


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3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Baseia-se em desenvolver um projeto arquitetônico onde os idosos serão acolhidos com o cuidado necessário e total atenção às questões mais simples que permeiam às suas necessidades como ser humano.

3.2

OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Uma edificação que assegure a acessibilidade exigida pelas normas, e

garantindo segurança aos idosos.  Propor ambientes acolhedores, projetados para proporcionar integração e motivação em todas as atividades.  Definir espaços que possam oferecer o contato e a participação familiar em atividades, reuniões, minimizando o isolamento e abandono, por ambas partes.  Proporcionar a cidade de Vitória da Conquista um local de integração para a terceira idade, um local onde sintam prazer em estar, incentivando-os ao engajamento social.


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4 METODOLOGIA A metodologia adotada para este estudo teve como objetivo identificar as necessidades iminentes aos idosos e concluir quais contribuições para melhorar a qualidade de vida deles a partir das necessidades encontradas durante as pesquisas. Foi utilizado para embasamento teórico, pesquisa bibliográfica exploratória, consultas em artigos, livros, projetos sociais, sites especializados, normas técnicas e legislações; onde será possível extrair conhecimento sobre a atual situação do idoso, o processo de envelhecimento ao longo dos anos e estimativas desse processo. Etapas:  Pesquisas e estudo de materiais de apoio, tais como bibliografias referenciais, legislações.  Realização de entrevistas com os coordenadores do grupo da terceira idade, programa existente em Vitória da Conquista, que trabalham com a inclusão dos idosos; e pesquisa de observação de campo.  Pesquisa sobre projetos arquitetônicos existentes, toma-los como referência arquitetônica.  Definir o local, bairro, terreno para a implantação do projeto, fazendo a análise de impacto de vizinhança e levantamento topográfico.  Elaboração do programa de necessidades e fluxograma, baseados nas necessidades encontradas a partir das pesquisas realizadas.


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5 EXPLORAÇÃO TEÓRICA 5.1

O ENVELHECIMENTO

“A velhice se faz presente em todas as dimensões do ser. O organismo do homem idoso tem singularidades que lhe são próprias”. (HERMÓGENES, 1996, p.77). O envelhecimento é mais uma fase do ciclo da vida do homem. É o desenvolvimento humano que é responsável por caracterizar o declínio de algumas das suas capacidades funcionais, de resistência, mobilidade física, da visão, entre outras. E relacionado a essas características existe ainda a questão da tecnologia avançada do mundo atual, o que traz consigo, uma perda do papel social que o idoso exerce; pois com a redução de suas capacidades fisiológicas, surge uma competição com os jovens, colocando-o em uma situação de marginalizados. E essa perda do papel social gerando um sentimento de inutilidade, e até mesmo solidão, podendo desencadear problemas psicológicos, afetando a baixa estima do idoso deixando-o suscetível à depressão. [...] a velhice representa uma etapa do desenvolvimento humano, cuja principal característica é a elevada perda da capacidade de adaptação e menor expectativa de vida. Cria-se com isso uma excessiva vulnerabilidade e reduzida viabilidade diante das forças normais de mortalidade. (AMÂNCIO, 1975, p.36)

A velhice é um processo normal do prosseguimento do ser humano, exatamente como a infância, juventude, e maturidade, cada uma com as suas variações e espcificidades; sejam elas com aspectos cronológico, biológico, social ou psicológico. As mudanças em todo processo são de fato inevitáveis. A velhice deve ser compreendida em sua totalidade porque é, simultaneamente, um fenômeno biológico com consequências psicológicas, considerando que certos comportamentos são apontados como características da velhice. (DE FREITAS, QUEIROZ e DE SOUZA, 2010, p.408)

E segundo Freitas et al (2002, p.10), a velhice é a última fase da vida definida pela diminuição da capacidade funcional e de trabalho, da resistência, calvície, perdas psicológicas e motoras, do papel social e alterações afetivas e a eclosão da solidão como resultado. Compreende-se, então, que a velhice é uma sequência da vida com variações em sua trajetória. Cada pessoa carrega consigo as suas implicações, sejam elas no contexto do estilo de vida, do próprio organismo ou da sociedade e ambiente em que está inserido. Todo esse processo de envelhecimento que marcou muito o século XX e sabe-se


17 que será motivo de destaque para os próximos anos, aumentou o nível de interesse e um olhar mais atento tanto das instituições quanto em estudos e pesquisas, buscando por melhorias em condições de saúde e de qualidade de vida para os idosos. Pois além de envelhecer, é necessário envelhecer com qualidade e saúde. Quebrar a visão preconceituosa historicamente de uma sociedade que os marginaliza e deixa-os em situação de inutilidade é de fato uma conjectura a ser enfatizado. Zimerman afirma: [...] As pessoas mais saudáveis e mais otimistas têm condições de se adaptarem às transformações trazidas pelo envelhecimento. Elas estão mais propensas a verem a velhice como um tempo de experiências acumuladas, de maturidade, de liberdade para assumir novas ocupações e, até mesmo, de liberação de certas responsabilidades. (Zimerman, 2000, p. 25)

5.2

O ENVELHECIMENTO EM VITÓRIA DA CONQUISTA Ao observar o desempenho do Brasil em relação aos indicadores demográficos

durante os anos de 1991 a 2010, percebeu-se que o país adentrou o século 21 apresentando algumas melhoras em termos de qualidade de vida. O Índice de Desenvolvimento Humano de Longevidade (IDH-Longevidade)1 aumentou de 0,66 em 1991 para 0,81 em 2010, o que representou um incremento de 23,26%. Ao observar a probabilidade de sobrevivência até 60 anos2, o valor saltou de 70,93% para 84,05%, implicando um aumento de 18,50% no período analisado (IBGE, 2016). Outra constatação importante é que o número de idosos aumentou expressivamente. Em 1991, a população de 65 anos ou mais era de 7.085.847, sendo de 14.049.006 no ano de 2010. Isso significa que a população de idosos quase que dobrou em pouco menos de duas décadas. Em relação à taxa de envelhecimento3, que representa a participação de idosos no total da população, o valor de 7,36% observado no final do período (2010) é 53,38% superior a estatística de 1991 (4,38%). Portanto, esses dados são evidências que mostram uma clara evolução do percentual de pessoas idosas na população brasileira (IBGE, 2016). O IDH-Longevidade é calculado pela média geométrica dos três subíndices das abordagens que compõem o índice: longevidade, educação e renda. Este indicador define a esperança de vida ao nascer como o número médio de anos que as pessoas que mora em um lugar específico viveriam a partir do nascimento. É importante destacar que o índice varia entre 0 e 1. Portanto, valores maiores do índice significam que a longevidade da população aumentou (IBGE, 2016). 2 É a probabilidade de uma criança recém-nascida viver até os 60 anos, se permanecerem constantes ao longo da vida o nível e o padrão de mortalidade. Assim, quanto maior é o valor da estatística, maior é a probabilidade da criança viver até a idade citada (IBGE, 2016). 3 É construída a partir da razão entre a população de 65 anos ou mais de idade e a população total multiplicado por 100 (IBGE, 2016). 1


18 No entanto, as informações organizadas por unidade da federação mostraram que o estado da Bahia não apresentou um resultado satisfatório em termos de desenvolvimento humano no quesito longevidade. Em 1991, o IDH-Longevidade foi de 0,580. Já em 2010, esse número subiu para 0,783. Verificou-se, portanto, um aumento de 34,54% no período. Todavia, dentre as 27 unidades federativas, o estado da Bahia ocupou apenas a 21ª posição no ranking dos maiores índices no ano de 2010, ficando a frente apenas do Sergipe (0,781), Acre (0,777), Piauí (0,777), Maranhão (0,757) e Alagoas (0,755). Outra constatação importante é que a Bahia registrou em 2010, a quarta maior população de idosos do país (população de 65 anos ou mais) com o número de 1.013.309, perdendo apenas para São Paulo (3.228.313), Minas Gerais (1.591.549) e Rio de Janeiro (1.425.430). Assim, ao observar o baixo crescimento do IDH-Longevidade ao mesmo tempo em que se constata um grande contingente de pessoas idosas, surge um grande desafio aos formuladores de políticas públicas no sentido de desenvolverem estratégias de assistência a essa faixa etária da população (IBGE, 2016). No que diz respeito a cidade de Vitória da Conquista (BA), verificou-se que a informação de 21.295 pessoas com 65 anos ou mais no ano de 2010, coloca essa cidade na terceira colocação entre os municípios com maior população idosa do estado, ficando atrás de Salvador (164.225) e Feira de Santa (32.896). Apesar disso, o fato a destacar é que a taxa de crescimento anual da população de idosos entre 1991 e 2010 da cidade em destaque (4,27% a.a), superou as taxas de crescimento das duas cidades baianas mais populosas em termos de pessoas idosas4. Ao analisar a taxa de envelhecimento, constatou-se um aumento de 4,26% em 1991 para 6,94% em 2010, o que representa um acréscimo de aproximadamente 63% na participação de idosos no total da população de um período para outro. Outra estatística da cidade em pauta e que merece destaque está relacionada a probabilidade de sobrevivência até 60 anos de idade. Em 1991, a probabilidade foi de 60,05%, enquanto em 2010 a estimativa assumiu o valor de 85,67%. Em outras palavras, a garantia de longevidade até os 60 anos aumentou em cerca de 43% em quase duas décadas (IBGE, 2016). A partir deste conjunto de dados, podem-se chegar às seguintes conclusões sobre as características demográficas do município de Vitória da Conquista: a) a cidade possui uma das maiores populações de idosos do estado; b) a participação de idosos no total da população aumentou expressivamente em um período de quase duas décadas; c) 4

Salvador e Feira de Santa apresentam taxas de crescimento anuais para a população de 65 ou mais de idade entre os anos de 1991 a 2010 de 4,19% e 4,18%, respectivamente.


19 a possibilidade do cidadão conquistense chegar aos 60 anos de idade aumentou consideravelmente nos últimos 20 anos.

5.3

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE A atividade física aparece como uma forma de permitir que os indivíduos na

terceira idade tenham mais saúde e tenha maior independência. Os benefícios são evidentes tanto na aptidão física quanto na esfera psicológica, levando essa população a uma reintegração na sociedade. Então a atividade física permite que o idoso tenha mais saúde e independência, melhorando a sua qualidade de vida. Os benefícios são irrefutáveis, tanto da capacidade física quanto psicológicas. Neri, 2001 indica que as dificuldades que o idoso apresenta em realizar atividades diárias, é devido aos problemas físicos, que acarretam em complicações a autonomia, que por sua vez gera um agravo na saúde emocional. Além de favorecer a capacidade funcional, a atividade física pode ajudar na realização de atividades do cotidiano do idoso, além do menor risco de desenvolver doenças degenerativas. Diminui as dores nas articulações, melhora a glicose, aumenta a capacidade aeróbica, a força e flexibilidade. O tipo de exercício físico recomendado para idosos no passado era mais o aeróbio pelos seus efeitos no sistema cardiovascular e controle destas doenças, além dos benefícios psicológicos. Atualmente, estudos mostram a importância dos exercícios envolvendo força e flexibilidade, pela melhora e manutenção da capacidade funcional e autonomia do idoso. (MONTENEGRO e FRANCHI, 2005, p.4)

Segundo Maria Ivone Novais, educadora física e coordenadora do grupo Vivendo a Terceira Idade na Cidade de Vitória da Conquista há 18 anos, a atividade física é importante para todos, independentemente da idade, mas para o idoso é tão ou mais significativa, pois evita as perdas naturais da velhice, pois abe-se que existe uma perda muito grande de massa óssea e muscular. Também dá ênfase à escolha das atividades, pois é importante escolher uma que lhe seja prazerosa e com monitoria de um profissional especializado.

5.4

A ARTE TERAPIA NA TERCEIRA IDADE A arte oferece a possibilidade de ver e viver o mundo em diferentes maneiras. Não

importa o estado físico ou mental, ela tem o poder de dar ao ser humano a habilidade


20 de criar o seu mundo a partir da sua realidade vivida. Desperta a criatividade e as potencialidades muitas vezes adormecidas com o tempo. “Diz-se que a arte salva o homem da banalidade do quotidiano. (...) Através dela uma vida pode abranger um contexto maior, alternando-lhe o ângulo de visão. A arte possui a virtude de aliviar a espécie humana, e por extensão, toda a vida deste planeta da violência, do absurdo, da loucura e da miséria, em suas múltiplas e variadas formas” (TRINCA,1988, p.9)

A arte terapia vai além de aplicação psiquiátrica, tem um campo de atuação muito amplo para diversos tratamentos médicos, e de instituições, prevenção de doenças motoras e até mesmo na educação. A partir dos estudos que perduraram durante anos até alcançar aceitação da arte como terapia, hoje é possível obter-se resultados positivos e que comprove a sua validade. Conforme Schambeck (2004) A arte-terapia é um processo terapêutico que utiliza recursos expressivos diversos com o objetivo de auxiliar o indivíduo a se comunicar com o seu inconsciente. O processo pode ser desenvolvido através de desenho, pintura, colagem, tecelagem, construção, criação de personagem, e outros, podendo provocar transformações internas. O objetivo maior da arte-terapia não é a estética das produções, mas sim a recuperação da possibilidade de cada um criar livremente e com isso possibilitando um melhor convívio com as pessoas e com o mundo. A arte-terapia é vista como uma alternativa de promoção, preservação e recuperação da saúde.

Sabe-se que o envelhecimento resulta em diversas alterações no ser humano, trazem limitações físicas e fisiológicas. E a partir dessa situação há um reconhecimento maior de valorização de todo trabalho realizado pelo idoso, pois compreende-se que é exigida uma dedicação e esforço maiores para a realização do mesmo. Apesar de toda limitação e redução de suas capacidades físicas, não deve haver impedimento para o contato e realização da arte em seu cotidiano, essas atividades aprimoram a sensibilidade, a maneira de como o indivíduo percebe a vida podendo viver uma realidade em que a sua participação social é realmente ativa. A estimulação da criação artística no cotidiano do idoso, afeta as suas características psíquicas, aumentando a autoconfiança e o seu poder de realização. É uma maneira de se comunicar e relacionar com o mundo além de aflorar recordações do seu passado despertando sentimentos e sensações. Para Andrade (2000, p.39) O mundo da arte pode ser usado para ajudar o ser humano a exteriorizar e dar uma outra forma a seus afetos e recordações do passado. O indivíduo, muitas vezes, necessita da presença de alguém que facilite esse processo de dar forma simbólica aos afetos não verbais, desejos, fantasias e imagens que lembram uma maneira primária de pensar e codificar suas experiências passadas.


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5.5

CENTRO DE CONVIVÊNCIA O Centro de Convivência é conhecido por ser um espaço que promove

encontros e convívio envolvendo as esperas de aprendizado e desenvolvimento das diversas dimensões que envolvem a pessoa com idade acima de 60 anos. O centro tem o objetivo de amparar, proteger, cuidar e zelar pelo indivíduo. Desse modo, além de moradia adequada, promove um conjunto de profissionais da área da saúde em função de atender e contribuir para melhor qualidade de vida do idoso. Também faz parte, projetos de cunho social, que desenvolvem a cidadania e o trabalho em equipe de forma que incentive a integração participativa na sociedade e um envelhecimento ativo. Segundo Silva (2003, p.10) “Um Centro de Convivência para idosos deve se basear numa concepção de cuidado que privilegie a reintegração sócio-política cultural do idoso, em conformidade com a Política Nacional do Idoso. ” Em seu Capítulo IX, elucida: Este tipo de moradia é implantado em edificações que atenda de fato as Normas de Acessibilidade. Dando preferência para que a sua implantação seja feita dentro da malha urbana, possibilitando uma integração com a sociedade de fácil acesso, pois não se trata de uma instituição fechada, o objetivo é realmente o contrário, de evitar a segregação, o isolar-se. Conforme MPAS (2001) o Centro de Convivência “É o espaço destinado à freqüência dos idosos e de seus familiares, onde são desenvolvidas planejadas e sistematizadas ações de atenção ao idoso, de forma a elevar a qualidade de vida, promover a participação, a convivência social, a cidadania e a integração intergeracional. ” O Estatuto do Idoso garante todos os direitos pertencentes aos indivíduos que possuem idade acima de 60 anos, assegurando-os de todas as oportunidades para a maior qualidade de vida, liberdade e dignidade. Art. 37. [...] § 2o Toda instituição dedicada ao atendimento ao idoso fica obrigada a manter identificação externa visível, sob pena de interdição, além de atender tod a legislação pertinente. § 3o As instituições que abrigarem idosos são obrigadas a manter padrões de habitação compatíveis com as necessidades deles, bem como provê-los com alimentação regular e higiene indispensáveis às normas sanitárias e com estas condizentes, sob as penas da lei. Art. 38. [...] II – implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados ao idoso; III – eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de acessibilidade ao idoso; (FEDERAL, Senado. Estatuto do idoso. Brasília (DF): Senado Federal, 2003.)


22

6 PROJETOS REFERÊNCIAIS 6.1

CENTRO GERIÁTRICO SANTA RITA EM CIUTADELLA, MINORCA – ESPANHA Figura 1 - Planta Centro Geriátrico Santa Rita

Fonte: <Site http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/626312/centro-sociosanitariogeriatrico-santa-rita-manuel-ocana>

O Centro Geriátrico foi projetado pelo escritório de arquitetura Manuel Ocaña, sendo finalizado em 2007. O objeto principal do projeto foi garantir acessibilidade e a autonomia dos idosos. O edifício possui composições que gera movimento e acesso direto dos ambientes internos aos jardins. A arquitetura diferenciada de fato tende a estimular os sentidos dos idosos juntamente às atividades realizadas. É de fato um ambiente que remete ao otimismo, além disso, as suas cores, curvas e jardins faz do Centro Geriátrico um lugar atraente para se estar. A acessibilidade é também uma característica primordial, seus corredores foram projetados para serem um piso único, sem qualquer barreira arquitetônica, garantindo assim a autonomia física dos idosos.


23

Figura 2 - Sala de Descanso, Centro Geriátrico Santa Rita

Fonte: Site http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/626312/centrosociosanitario-geriatrico-santa-rita-manuel-ocana Figura 3 - Área de Convivência, Centro Geriátrico Santa Rita

Fonte: Site http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/626312/centrosociosanitario-geriatrico-santa-rita-manuel-ocana

Com seus jardins internos que dão maior integração entre os idosos e a natureza, oferece bem-estar e prazer nas atividades de reabilitação, pois possuem temática colorida nas diversas áreas que compõem o fechamento da construção, dando vida ao concreto aparente existente.


24

Figura 4 - Integração do ambiente interno e externo, Centro Geriátrico Santa Rita

Fonte: Siite http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/626312/centrosociosanitario-geriatrico-santa-rita-manuel-ocana

Figura 5 - Jardim externo, Centro Geriátrico Santa Rita

Fonte: Site http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/626312/centrosociosanitario-geriatrico-santa-rita-manuel-ocana

O Centro Geriátrico Santa Rita, possui 68 unidades de dormitórios, com banheiros acessíveis que são dispostos de forma orgânica na edificação. As lajes possuem aberturas que permitem a iluminação natural nos espaços socioculturais, sala de descanso, terapia ocupacional, reabilitação e na área da piscina. É possível perceber a preocupação e atenção com o idoso ao considerar todos os aspectos oferecidos pelo Centro, desde a idealização ao projetar o edifício às


25 atividades e cuidados oferecidos.

Figura 6 - Piscina, Centro Geriátrico Santa Rita

Fonte: Site http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/626312/centrosociosanitario-geriatrico-santa-rita-manuel-ocana

6.2

CENTRO DE CONVIVÊNCIA DO CRI NORTE, SANTANA – SÃO PAULO O Centro de Referência ao Idoso (CRI) na Zona Norte inaugurado em 2005, é

um ambulatório com serviços e especialidades médicas voltadas ao idoso. Localizado em Mandaqui, Santana – São Paulo. Dentre os seus setores, possui o Centro de Convivência, que potencializa o envelhecimento ativo promovendo uma programação diversificada, atividades e oficinas que cumprem o Programa de Envelhecimento Ativo da Organização Mundial de Saúde (OMS), favorecendo na saúde física e mental e na reinserção social, estimulando a autonomia e resgatando a qualidade de vida. O Centro de Convivência possui 06 tipos de atividades, sendo elas atividades educativas, físicas, culturais, temáticas e complementares, além das atividades manuais que tem por objetivo gerar renda. As atividades executadas no Centro de Convivência são: Atividades Físicas: Ginástica, Abdominal, Vôlei, Basquete, Atletismo, Dança Sênior,


26 Lian Gong, Yoga, Relaxamento, Bocha e Caminhada Temática.

Figura 7- Lian Gong, CRI

Fonte: Site: http://www.crinorte.org.br/centro-de-convivencia/atividadesfisicas.php

Todas as atividades físicas são realizadas com regras especificas e adaptadas ao público idoso, para garantir melhor execução e segurança. Atividades Educativas: Mente Aberta (discussão que promove reflexões sobre o envelhecer na sociedade e o autoconhecimento), Alfabetização, Inglês, Jogos de mesa (proporciona a participação dos idosos em campeonatos). Figura 8 - Aula de alfabetização, CRI

Fonte: Site: http://www.crinorte.org.br/centro-de-convivencia/atividadeseducativas.php

Atividades Culturais: Dança de Salão, Coreografia, Dança ciruvulas, Coral, Violão,


27 Flauta, Teatro, Contação de Histórias e Origami.

Figura 9 - Coral, CRI

Fonte: Site: http://www.crinorte.org.br/centro-de-convivencia/atividadesculturais.php

Atividades Manuais e de Geração de Renda: Tricô e crochê, Macramé, Artesanato masculino, Amarradinho, Corte e Costura, Técnicas Artesanais, Meia de seda, Pintura em tecido, Bordado em pedraria, Biscuit, Tapeçaria, Pintura em Tela, Fuxico, Artesanato com areia, Bonecas, Arte em Jornal, Tear, Patchwork. Figura 10 - Artesanato masculino, CRI

Fonte: Site: http://www.crinorte.org.br/centro-de-convivencia/atividadesmanuais-e-de-geracao-de-renda.php

Atividades Temáticas: Sarau Literário, Cine CRI, Bailes Temáticos.


28 Atividades Complementares: Informática, Biblioteca, Salão de beleza. Figura 11 - Aula de informática

Fonte: Site http://www.crinorte.org.br/centro-de-convivencia/atividadescomplementares.php

6.3

CENTRO DE CONVIVÊNCIA - PROGRAMA VIVENDO A TERCEIRA IDADE, VITÓRIA DA CONQUISTA Programa Vivendo a Terceira Idade, é mantido pela Secretária de Ação Social

da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista. Surgiu em 1997, na primeira gestão do Prefeito Guilherme Menezes, quando não possuía nenhuma política direcionada para o desenvolvimento dos idosos. Inicialmente foram criados dois grupos, o programa era feito em bairros através de uma equipe que se deslocava até eles. Com o passar do tempo o programa foi se expandido, e a criação de novos grupos foram sendo implantados na cidade. Atualmente o Centro de Convivência é formado por 10 grupos, recebendo cerca de 400 idosos com idade acima de 55 anos. A maioria são mulheres e tem um número máximo de homens participativos, aproximadamente 30.

A maioria deles são

independentes e não necessitam de acompanhamento de algum familiar. Desde 2008, as atividades são desenvolvidas no espaço cedido pela Prefeitura Municipal. Uma casa tombada pelo Patrimônio Histórico, que foi adaptada para a realização do Programa.


29 Figura 12- Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade

Fonte: Arquivo Pessoal.

São realizadas atividades recreativas e educativas, dentre elas: Artesanato com materiais recicláveis, bordado, corte e costura, pintura, crochê, grupo de teatro, grupo de contadores de histórias, e grupo de canto coral. Atividades completares com aulas de informática, escolarização e aulas de culinária. Figura 13- Aula de Artesanato, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade

Fonte: Arquivo Pessoal.


30 Figura 14- Espaço externo, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade

Fonte: Arquivo Pessoal. Figura 15- Sala de informática, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 16- Área externa, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade

Fonte: Arquivo Pessoal.


31

Figura 17- Salão de eventos, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade

Fonte: Arquivo Pessoal.

O local possui um salão para a realização de eventos, comemorações especiais, os bailes temáticos, e reuniões. Verificou-se ainda sanitários feminino e masculino que são adaptados para atender portadores de necessidades especiais, pessoas com mobilidade física reduzida, além das rampas de acesso que são adaptadas, já que o local não foi projetado para tal fim. Figura 18- Sanitário feminino, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade

Fonte: Arquivo Pessoal.


32

Figura 19- Sanitário masculino, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade

Fonte: Arquivo Pessoal.

O espaço não é completamente adequado, deixando a desejar principalmente na acessibilidade. Por ser um espaço adaptado para o Centro de Convivência de Idosos, não dispõe de espaços adequados destinados à realização de muitas atividades, principalmente físicas. O espaço possui uma piscina, mas está desativada devido à falta de manutenção do motor. O que impossibilita de desenvolver atividades de hidroginástica e hidroterapia. Figura 20- Piscina, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade

Fonte: Arquivo Pessoal.


33 O Centro de Convivência em parceria com a Secretaria de Saúde oferece atendimento médico com um clínico uma vez por semana, faz o atendimento básico e encaminha o idoso para exames especializados. O Centro também conta com um salão de beleza para e mensalmente tem o baile dos idosos e comemorações específicas. Figura 21- Sala de atendimento médico, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade

Fonte: Arquivo Pessoal.

As instalações não foram projetadas e pensadas desde o início para tais funcionalidades, mas são adaptadas, e atendem as normas mínimas de funcionamento e acessibilidade. Figura 22- Acesso salão, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade

Fonte: Arquivo Pessoal.


34 Figura 23- Salão de beleza, Centro de Convivência, Vivendo a Terceira Idade

Fonte: Arquivo Pessoal.

Segundo a coordenadora do Programa Maria Ivone, a maioria dos idosos chegam sozinhos, depressivos, e com baixa estima. E a partir do envolvimento com as atividades, vão se agrupando, criando vínculos de amizade, o que gera benefícios extraordinários, pois observa-se que há uma significativa melhora da auto estima e na qualidade de vida dos idosos.


35

7 APRESENTAÇÃO DA ÁREA 7.1

LOCALIZAÇÃO

O terreno em estudo, localiza-se no bairro Candeias, onde a sua crescente expansão tem sido evidente nos últimos anos. Um bairro relativamente comercial, que predomina a tipologia horizontal, mas com grandes especulações para construções verticais. Figura 24- Localização

Fonte: Fonte Pessoal, 2016.

Localizado na avenida Olivia Flores e a rua, Candeias III, sendo ele um terreno de esquina, foi escolhido por apresentar boa localização, bons acessos das vias, com um fluxo de linhas de ônibus frequente, infraestrutura em geral, com redes de água, esgoto, transporte público, ruas pavimentadas e uma vasta área de vegetação de pequeno e grande porte. Outro ponto positivo a ser considerado é, estar próximo ao CEMAE (Centro Municipal de Atenção Especializada) o que possibilita aos idosos que já vão fazer consultas regularmente, a participarem de atividades oferecidas pelo Centro de Convivência.


36 Figura 25- Vista Aérea da localização e Entorno

Fonte: Google Earth

1.Terreno em Estudo 2. CEMAE (Centro Municipal de Atenção Especializada) 3. UFBA (Universidade Federal da Bahia) 4. Colégio Oficina 5. Shopping Boulevard 6. Anel Viário 7. Sesi 8.UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) 9. Avenida Olívia Flores 7.2

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO TERRENO Figura 269- Vista da Avenida Olivia Flores e Rio de Contas.

Fonte: Arquivo Pessoal.


37 Figura 27- Vista da Avenida Olivia Flores.

Fonte: Arquivo Pessoal Figura 28- Vista da Avenida Olivia Flores e Rio de Conta

Fonte: Arquivo Pessoal Figura 29- Vista da Avenida Olivia Flores e Rio de Contas

Fonte: Arquivo Pessoa


38

7.3

ESUDO HELIOTÉRMICO De acordo com o estudo heliotérmico feito, foi constatado que a predominância

dos ventos se encontra no sentido nordeste (VNE) e sudeste (VSE). As chuvas (CH) tem como predominância de origem a região Sul.

As regiões de nascente e poente, encontra-se demarcadas e indicadas através da legenda de cores do mapa, por apresentar ausência de faixa litorânea, as influências dos ventos leste e efeitos de maritimidade, não se fazem presentes.


39 7.4

USO DO SOLO A região onde o Centro de Convivência será implantado é predominantemente

residencial, com grandes terrenos ainda inabitados, poucas construções de múltiplo uso e dois grandes empreendimentos comerciais, sendo um deles voltado para Av. Olivia Flores e o outro para a Av. Luís Eduardo Magalhães. Nesta região também se encontram locadas diversas edificações institucionais como: educacionais, religiosas e jurídicas. Nas proximidades do terreno proposto, está sendo construído o Shopping Boulevard, que terá a maior estrutura comercial da região.

LEGENDA:


40 7.5

MASSA EDIFICADA A ocupação na área abrangente é predominantemente de terrenos vazios e

edificações residenciais com menos de 4 pavimento. O terreno esta situado em uma área em desenvolvimento, devido a construção do Shopping. O seu entorno imediato, é composto pela UFBA e a quadra de esportes, e CEMAE que não ultrapassam 4 pavimentos.

LEGENDA:


41 7.6

SISTEMA VIÁRIO O terreno está próximo a importantes vias coletoras e da principal via arterial da

cidade, sendo assim, bem servida de transporte público e fácil acesso. A via principal é a Olivia Flores, sendo ela a via de acesso ao terreno e às Universidades. Há previsão de que com a construção do Shopping Boulevard, o fluxo de veículos nessa avenida se intensificará, principalmente se tratando de horários específicos.

LEGENDA:


42 7.7

LEGISLAÇÃO Código de Obras Plano Diretor de Vitória da Conquista NBR – 9050 – acessibilidade NBR – 9077 – saídas de emergência Estatuto do Idoso Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa, RDC’s e Portarias – normas especificas para ambientes de atendimento à saúde.

Código de Obras e Plano Diretor A legislação que se refere ao espaço urbano de Vitória da Conquista é o Código de Obras, mas não há nenhum item referente a espaços de convivência para idosos. Dessa forma, itens de atividades recomendadas pelo Código de Obras foram observados e destacados. S – 2. Serviço de saúde, saneamento e assistência social - S - 2-4. Assistência à saúde sem internamento S – 4. Serviços de esporte, lazer e diversão - S - 8-1. Academia de ginastica, esporte, dança e outros de cultura física - S - 8-17. Salão de baile IN – 1.4 Outras atividades governamentais não classificadas

NBR 9050/2004 A NBR9050 é uma norma universal especifica sobre acessibilidade, ela estabelece critérios para a construção e instalação de edificações, mobiliários e equipamentos urbanos. Sendo assim, essa norma se faz extremamente importante na edificação proposta. Pois a maioria dos idosos apresentam mobilidade reduzida. Garantindo a


43 utilização autônoma e segura de todos os usuários do Centro de Convivência para Idosos. NBR 9071/2001 Norma direcionada às saídas de emergência, que garante a segurança dos usuários da edificação. Dessa maneira, são respeitadas as saídas de emergência no projeto. Estatuto do Idoso O Estatuto do Idoso, é uma lei Federal nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, criada para atender e garantir os direitos sociais das pessoas acima de 60 anos. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC 50 de 21 de fevereiro de 2002 Regulamenta as necessidades de atualizar as normas existente na área de infraestrutura física em saúde. Portaria nº 810 de 22 setembro de 1989 no Ministério de Estado da Saúde Define os padrões para funcionamento de casas de repouso, clinicas geriátricas e outras instituições destinadas ao atendimento de idosos, a serem observados em todo território nacional.


44

8 CARACTERÍSTICAS DO TERRENO Para a localização do Centro de Convivência foi escolhido o terreno onde a sua característica inicial é de uma Gleba, ou seja, é uma porção de terra que ainda não foi submetida a nenhum parcelamento, segundo determina a Lei nº 6.766/79, por ainda não ter sido loteada, nem desmembrada. Para a utilização do terreno é necessário usar os percentuais definidos pela zona especifica do local, a ZR-6. Título: Quadro, Critérios e Restrições Aplicáveis às Zonas e Corredores de Usos.

Fonte: Plano Diretor 2015.

A área é de Expansão Urbana Preferencial, que estabelece os seguintes parâmetros: Coeficiente de Aproveitamento CA – CAB 0,5 – CAM 3,0 Coeficiente de Ocupação CO – 0,60 Coeficiente de Permeabilidade CP -0,20 Recuos Mínimos – Frontal 3,00m – Lateral 1,50m Dimensões mínimas dos lotes – Lote mínimo 360,0 m² - Testada mínima 12,0 m² Área da Gleba: 150.000,00m² Área institucional com 8% Área verde e de lazer 15% Sistema viário 13% Comércio e Serviço2% Foi definida para implantação do empreendimento, uma área institucional de 14400.0000m².


45

9 TOPOGRAFIA O terreno tem uma declividade que varia entre os níveis 885 e 886, o que corresponde a 1m de diferença e 1% de declividade. Sendo assim, levando em consideração as dimensões do terreno, é uma diferença de pouco significado, mas que pode ser muito útil na utilização do escoamento das águas pluviais e sanitário.


46

10 DEFINIÇÃO DO PARTIDO 10.1 CONCEITO DO PROJETO Sabe-se que independente da idade é um direito de todo ser humano a convivência na sociedade de modo a desenvolver seu papel social. E com os idosos é de extrema importância um olhar mais preciso, pois além de carregarem experiências e histórias que podem contribuir de maneira positiva na sua relação intergeracional, essa convivência social é o ponto de partida para que haja melhoria em sua saúde psicológica e física. Além da integração social, a interação do idoso com o meio verde, propicia bem estar em diversas esferas, que são aspectos fundamentais para alcançar um envelhecimento saudável, já que a maior parte da sua vida, foi de convivência com a natureza, sendo assim, estimular uma reaproximação do idoso com o meio verde é fator fundamental na concepção do projeto, o que é pouco oferecido pela cidade. Dessa maneira a edificação do Centro de Convivência para idosos, em Vitória da Conquista, busca qualidade arquitetônica e elementos naturais para a contribuição do desenvolvimento de atividades físicas e de arte terapia. Prioriza a funcionalidade e humanização dos ambientes com integração de área verde, proporcionando assim, bem-estar visual e emocional aos usuários. A proposta é para atender uma demanda de 400 idosos, sendo ele um empreendimento de caráter público. Sendo assim, há uma necessidade em priorizar pela racionalização da obra, utilizando elementos para atender a sustentabilidade da edificação, como sistema de aguas das chuvas para irrigação das áreas verdes, energia solar para aquecimento da piscina, além disso, projetar ambiente em que as aberturas sejam amplas, visando a iluminação e ventilação natural em todos os ambientes.

10.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO Como partido foi adotado a própria localização, de forma que possa facilitar a inserção, convívio e integração do idoso com a sociedade. Com uma visibilidade privilegiada da área, permite mostrar a figura do idoso cada vez maior, pois o grande


47 fluxo de pessoas pela avenida principal permite esse privilégio. Com a possibilidade de amplas áreas verdes situadas como praças desde o início da edificação, possibilitam a tração dos pedestres e a permanência no local, por se tratar de um espaço agradável e atrativo para todas as faixas etárias. Para os idosos que utilizaram do espaço, cria-se a edificação com ampla área verde em formas orgânicas, além de implantar itens pontuais que instigam ainda mais a sua vontade de desfrutar dos espaços externos, como por exemplo o coreto e jardim sensorial. Na edificação, buscou-se a simplicidades das formas, mas também oferecer funcionalidade, que por se só já demonstram. Além disso, a utilização de materiais e cores que trabalhem com os sentidos, criatividade e conforto dos idosos.

10.3 JUSTIFICATIVA DE OCUPAÇÃO CONSTRUTIVA A implantação do empreendimento possui grande importância ao projeto na questão da reinserção do idoso na comunidade, a começar pela escolha do terreno, o qual está inserido na área de expansão da cidade, próximo a importantes meios de transportes e de equipamentos que servirão de apoio ao Centro de Convivência. O edifício é implantado de forma mais centralizada dentro do lote, a fim de seu entorno ter bastante área livre para a criação de área verde. A área verde será trabalhada em caminhos projetados de forma orgânica, evitando o padrão de jardins retos. Dessa forma, criando uma movimentação natural à medida que o pedestre caminha, prevenindo a monotonia dos passeios e entrono da edificação. A orientação solar, os sentidos dos ventos e fluxos de pedestres conduz a forma do projeto e a localização de cada ambiente, favorecendo a insolação, e a ventilação natural. Deste modo, sua arquitetura se deu em três blocos interligados por área verde e um espelho d’agua.


48

11 PROGRAMA DE NECESSIDADES

SETOR ADMINISTRATIVO Ambiente Recepção Secretaria Sala coordenação Sala administrativa Sala de reunião Almoxarifado

Atividade Encaminhamento, ambiente de estar e aguardar Informações gerais e atendimento aos usuários Sala para o coordenador geral. Coordenação das atividades e documentação. Administração geral do empreendimento. Coordenação das atividades e documentação Reuniões para os funcionários Depósito de materiais de expediente

SETOR SAÚDE Ambiente Consultório médico Psicologia Pilates Fisioterapia Assistência social Sanitários fem/mas

Atividade Sala de consulta para avaliação de saúde dos idosos Atendimento de consultas psicológicas Realização de exercícios específicos Atendimento e seções de fisioterapia Atendimento social para os idosos Utilização dos idosos. Feminino e masculino

SETOR SERVIÇO Ambiente Área de serviço DML Depósitos

Atividade Apoio para a realização da limpeza Depósito para material de limpeza Utilizados para a guarda de materiais em geral Copa/cozinha Destinado para as refeições dos funcionários Lanchonete/café Destinado para a venda de lanches para os usuários Depósito de lixo Abrigo para todo o lixo gerado no empreendimento


49 Camarim Central de gás Carga e descarga stacionamento geral

Sala para atender artistas que apresentarão no palco do salão de festas Espaço para a acomodação dos GLP utilizado na copa/cozinha e lanchonete/café Destinado apenas para a carga e descarga de materiais Destinado aos veículos dos usuários, visitantes e funcionários

SETOR CONVIVÊNCIA E LAZER Ambiente Hall de entrada Sala de jogos Biblioteca Sala de informática Sala de multiusos Ateliers para oficinas Academia Piscina Salão de eventos Sanitário e vestuário usuários Academia externa Horta Orquidário Quiosque Pergolado/jardim contemplativo para leitura Pista de caminhada

Atividade Área de socialização Lazer Espaço intelectual Aulas de computação / Espaço de interatividade e pesquisas Local para aulas de dança, coral, projeto de filmes, etc. Aulas de artesanato, pintura, costura, arte terapia em geral Atividades físicas Natação, hidroginástica e lazer Eventos, bailes e confraternizações Atendimento aos usuários Exercícios de ginástica ao ar livre Práticas agrícolas Cultivo de orquídeas Espaço de convivência Espaço de convivência / Espaço para leitura ao ar livre Realização de atividade física: caminhada ou corrida.


50

12 FLUXOGRAMA Setor Administrativo:

Setor Saúde:

Setor Convivência:


51 Setor Lazer:


52

13 DIMENSIONAMENTO DOS AMBIENTES

Ambiente Recepção Sala coordenação Sala administrativa Sala de reunião Almoxarifado Sanitário func. Copa / cozinha Área de serviço DML

Ambiente Recepção Consultório médico Psicologia Pilates Fisioterapia Assistência social Sanitários fem/mas Sanitários PNE

SETOR ADMINISTRATIVO Demanda Quant. De pessoas 01 01 recepcionista 01 01 funcionário 01

03 funcionários

01 01 02 01 01 01

08 funcionários --03 pessoas por sanitário 09 pessoas -----

SETOR SAÚDE Demanda Quant. De pessoas 01 26 - recepcionista e usuários 03 02 - médico e paciente

Área 60m² 18m² 27m² 28m² 9m² 28m² 20m² 12,40m² 9m²

Área 60 m² 18m²

01 01 01 01

02 - psicólogo e paciente 05 - fisioterapeuta e pacientes 07 - fisioterapeuta e pacientes 02 - funcionário e usuário

18m² 40m² 43m² 18m²

02

01 usuários em cada

4m²

02

01 usuário em cada

5m²

SETOR SERVIÇO Ambiente Demanda Quant. De pessoas DML 02 ---Apoio 02 ---Depósitos 02 ---Dep.Jardinagem 01 ---Copa/Apoio 01 03 funcionários Lanchonete/café 01 ---Abrigo de lixo 01 ---Camarim 01 05 usuários Estacionamento 01 78 vagas geral

Área 5m³ 7,50m² 19m² 12m² 15,28m² 8,50m² 22m² ----


53 Ambiente Hall de entrada Sala de jogos / Pátio coberto Biblioteca Sala de informática Sala de multiuso Ateliers para oficinas Academia Sala de dança Piscina Salão de eventos Sanitário e vestuário usuários Sanitários PNE Academia externa Jardim sensorial Jardim contemplativo Horta Coreto Orquidário

SETOR CONVIVÊNCIA E LAZER Demanda Quant. De pessoas 01 15 usuários 01 ----

Área 65m² 251m²

01 01

---13 - professor e usuários

102,35m² 75,98m²

01

35 - professor e usuários

60m²

03

17 – funcionario e usuários

45m²

01 01 01 01

----------

87m² 33m² 142m² 287m²

----

33m²

----

12m² 82m²

01

----

145m²

01

----

82m²

01 01 01

----------

150m² 28m² 75m²

120 pessoas

02 02 01

20 usuários


54

14 IMAGENS DO PROJETO Figura 30- Vista frontal

Fonte: Arquivo pessoal. Figura 32- Pรกtio coberto

Fonte: Arquivo pessoal. Figura 34- Pรกtio coberto

Fonte: Arquivo pessoal. Figura 36- Jardim Sensorial

Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 31- Vista posterior

Fonte: Arquivo pessoal. Figura 33- Jardim sensorial

Fonte: Arquivo pessoal. Figura 35- Jardim sensorial

Fonte: Arquivo pessoal. Figura 37- Pergolado e coreto

Fonte: Arquivo pessoal.


55 Figura 38- Jardim

Fonte: Arquivo pessoal. Figura 40- Coreto

Figura 39- Jardim contemplativo

Fonte: Arquivo pessoal. Figura 41- Academia ao ar livre

Fonte: Arquivo pessoal.

Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 42- Recepção

Figura 43- Vista lateral

Fonte: Arquivo pessoal.

Fonte: Arquivo pessoal.


56

15 REFERÊNCIAS AMANCIO, Aloysio; CAVALCANTE, PC Uchoa. Clínica Geriátrica. Rio de Janeiro: Atheneu, 1975. AMANCIO, Aloysio. O problema social da velhice. Rio de Janeiro, 1975. ANDRADE, Liomar Quinto de. Terapias Expressivas: Arte-Terapia, Arte-Educação, Terapia Artística, São Paulo: Vetor, 2000.180p. DE FREITAS, Maria Célia; QUEIROZ, Terezinha Almeida; DE SOUSA, Jacy Aurélia Vieira. O significado da velhice e da experiência de envelhecer para os idosos. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 44, n. 2, p. 407-412, 2010. FEDERAL, Senado. Estatuto do idoso. Brasília (DF): Senado Federal, 2003. FRANCHI, Kristiane Mesquita Barros; MONTENEGRO, Renan Magalhães. Atividade física: uma necessidade para a boa saúde na terceira idade. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 18, n. 3, p. 152-156, 2005. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Estatísticas sobre demografia para o Brasil, estados e municípios (1991-2010). Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: 4 jun. 2016. Neri AL. Maturidade e velhice. Trajetórias individuais e socioculturais. Campinas: Papirus editora; 2001. SCHAMBECK, LENIR DALSASSO. Arte-terapia na terceira idade: busca da felicidade, prazer, integração e promoção da saúde. Monografia apresentada à diretoria de Pós-graduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense–UNESC, para a obtenção do título de especialista em suade pública e ação comunitária. Criciúma, 2004. SILVA, Sidney Dutra da. A implantação de um centro de convivência para pessoas idosas: um manual para profissionais e comunidades. Rio de Janeiro: CRDE UnATI UERJ, 2003. SORDI, Jaqueline. Número de idosos quase triplicará no Brasil até 2050, afirma OMS.

30/09/2015.

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em

<

http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-

estilo/vida/noticia/2015/09/numero-de-idosos-quase-triplicara-no-brasil-ate-2050afirma-oms-4859566.html> Acesso em abril 2016. TRINCA, W. Arte interior do psicanalista. São Paulo: E. P. U., 1988.Zimerman, G. I. (2000). Velhice: aspectos biopsicossociais. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.


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16 APÊNDICE


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