TURMA 4.3 Projetos: Biblioteca ConVida / A arte da escrita /Laboratório de Leituras
UM RIO Um rio é um curso permanente de água doce. Os rios são importantes para fornecer peixe, através da atividade piscatória, servem de via de comunicação e transporte, para praticar desportos náuticos, usar a sua água na rega dos campos, produzir energia elétrica… Alguns rios de Portugal são: Minho, Lima, Cávado, Ave, Douro, Vouga, Mondego, Tejo, Sado, Mira, Guadiana…
RIO DOURO Escolhemos falar sobre o rio Douro porque a nossa cidade situa-se na sua margem direita e todos os dias temos o privilégio de o admirar e o prazer de o adjetivar! “O Rio Douro é muito belo! Por entre estreitos e sinuosos caminhos corre pitoresco, belo, belíssimo, brilhante, brilhantíssimo, alto, altíssimo, rápido, rapidíssimo, grande, enorme, fresco, fresquíssimo, forte, suave, calmo, turbulento, agitado, azulado, esverdeado, limpo, bonito, lindo, pesado, pesadíssimo, rico, muito rico, riquíssimo, gelado, álgido, muito frio, ondulado, mau, pior, péssimo, malíssimo, abundante, corajoso, destemido, brincalhão, gracioso, fascinante, ativo, imponente, respeitoso, implacável, impressionante, agradável, navegável, merecedor, esguio, confortável, encantador, grandioso, interessante, especial, quente, regalado, satisfeito, maravilhoso, meigo, alegre, triste, maroto, amigo, magnífico, essencial, esperto, carinhoso, fiel, enfim… um rio, que podemos contemplar e deliciar os nossos sentidos!”
Nasce a 2080 metros de altitude, na Serra de Urbión, em Espanha, passa nas cidades de Miranda do Douro, Régua Vila Nova de Gaia e vai desaguar no Oceano Atlântico, junto à cidade do Porto. Numa pequena parte do seu percurso, faz fronteira com Espanha, ao longo de 112 km, é o segundo rio mais extenso da Península Ibérica. O seu percurso total é de 927 Km, dos quais 213 km exclusivamente em território nacional. No início do seu curso é um rio largo e pouco caudaloso. De Zamora à sua foz, corre entre fraguedos e canais profundos. A bacia hidrográfica do Douro tem uma superfície de aproximadamente 18.643km quadrados em território português o que corresponde a cerca de 19,1% da sua área total que é 97,603km quadrados.
No Rio Douro rolavam, noutros tempos, brilhantes pedrinhas que se descobriu serem de ouro. Daí o nome dado a este rio, Douro (de+ouro). Já outra versão diz que o nome do rio deriva do latim duris, ou seja, 'duro', atestando bem a dureza dos seus contornos tortuosos, e das paisagens que atravessa, nomeadamente as altas escarpas das Arribas do Douro, no trecho Internacional do rio, entre Miranda do Douro e Barca d'Alva. A derivação por via popular do seu nome sugere romanticamente uma ligação a "Rio de Ouro (D'ouro)", mas tal não tem aderência histórica. A UNESCO incluiu, em 14 de dezembro de 2001, a região vinhateira do Alto Douro na lista dos locais que são Património da Humanidade, na categoria de paisagem cultural.
O forte declive do rio, as curvas apertadas, as rochas salientes, os caudais violentos, as múltiplas irregularidades, os rápidos e os inúmeros “saltos” ou “pontos” tornavam este rio indomável. Com
a
construção
de
barragens,
criaram-se grandes albufeiras de águas tranquilas, que vieram incentivar a navegação turística e recreativa, assim como a pesca desportiva. Excluindo-se os períodos de grandes cheias, pode dizer-se que o rio ficou domado definitivamente.
No troço nacional do Douro, a instalação de eclusas
em
paralelo
com
as
barragens
hidroeléticas permitiu a criação de um canal de navegação fluvio-marítima.
Várias são as espécies que vivem neste habitat. Após a construção da barragem, foi feita a introdução de carpa que, podendo atingir acima dos 20 kg, tem a propriedade de se alimentar de tudo, fazendo a limpeza das barragens mesmo em condições precárias de oxigenação de águas. Mais recentemente, surgiram o achigã, a perca, o lúcio e o lagostimvermelho. Pode ainda encontrar-se, com abundância, a boga e o barbo e até mexilhão (idêntico ao do mar). No seu curso entre Bemposta e Picote, as suas águas espelhadas refletem tudo o que as rodeia: as nuvens, o sol, os montes, as fragas, as aves (patos, garças, águias, abutres, gaivotas…). Nas fragas mais altas as aves de rapina, guardam os seus ninhos. Viajando, de barco, pelo Douro, observando as arribas, pode ver-se o habitat dos abutres, grifos, águias, pombos bravos, andorinha, etc.,
e nas ladeiras a perdiz, a rola, o estorninho, o melro, o papa-figos, e outros … Dentro das matas de zimbros, estevas, carvalhos, sobreiros, pinheiros e outras variedades de vegetação das encostas do Douro, podem ainda encontrar-se espécies cinegéticas, que são uma das maiores riquezas naturais da região: a corça o javali, o coelho, a lebre, o lobo, o texugo, a gineta…
O rio Douro foi e é uma fonte de riqueza. Antigamente, fazia mover as azenhas, permitia a pesca, irrigava os campos ou enchia os poços das melhores hortas. Atualmente o maior aproveitamento é a produção de energia elétrica nas barragens. Ele é espantoso, de tal maneira que é procurado por muitos turistas. Nós adoramos viver perto dele. A cidade perderia toda a beleza sem este monumental RIO DOURO!