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Na orla de uma extensa floresta morava um lenhador e sua esposa. Eles tinham apenas uma filha, que era uma menina de três anos. Mas eles eram tão pobres que não tinham mais o pão de cada dia e já não sabiam o que haveriam de
dar-lhe para comer. A mãe da menina ajoelhou-se a rezar pedindo que um milagre acontecesse e
pudesse ter alguma coisa para poder dar à sua filha. Logo de seguida uma grande luz apareceu transportando um belíssimo anjo com uma grande cesta com muitos, mas mesmo muitos, alimentos dizendo-lhe: - Toma esta cesta para a tua família. A mãe, sem acreditar no milagre que lhe aconteceu, foi dormir muito contente e feliz.
No dia seguinte, acordou bem cedo e preparou um belo pequeno-almoço para a sua família. A filha nem queria acreditar no que estava a ver. Saltou de alegria e contentamento. A família queria agradecer aquele milagre e decidiram fazer o bem ajudando alguém que também estivesse a passar dificuldades. Ora aconteceu que numa manhã a mãe foi dar um passeio pela floresta e encontrou um menino perdido. Cheia de pena, pegou nele e levou-o para sua casa. Quando chegou, contou à filha o sucedido e esta disse-lhe que ia pedir ajuda para fazer uns cartazes e ia espalhá-los pela floresta para tentar encontrar a família do menino. As pessoas, quando passavam ficavam espantadas, porque conheciam o
menino mas não sabiam quem eram os seus pais.
Na casa da menina estavam todos em grande ansiedade à espera que alguém lhes comunicasse o paradeiro dos familiares do menino.
Poucos dias depois, apareceram os pais do Simão, assim se chamava o menino, muito contentes pelo facto do filho estar bem.
Ora os pais do Simão eram muito ricos e, como forma de agradecimento, deram à família do lenhador um pouco de dinheiro, muita comida e um belíssimo
trabalho. Com esse dinheiro, cerca de mil e duzentas libras, mandaram construir uma pequena casa com belas pinturas, móveis, quartos, salas e jardim.
Passaram-se os anos e a nossa menina que se chamava Marta tornara-se uma bela rapariga e tinha vários amigos o José, o Carmindo, a Rita, o Carlos e,claro, o Simão com quem se entretinha a conversar.
Um dia a meio da noite, a Marta acordou e tendo espalhado o sono resolveu dar um passeio. Ela não foi nada esperta ao tomar esta atitude. Estava muito escuro
e a floresta à noite era muito perigosa. Quando o sono chegou, depois de andar um pouco, ela resolveu regressar. No caminho para casa encontrou um animal ferido e muito mal tratado. Aproximou-se dele, embora com medo que algo lhe pudesse acontecer. Viu então que se tratava de um pequeno cão de cor acastanhada e que tinha uma pata ferida. Muito preocupada, Marta correu para casa e pediu ajuda aos pais. Estes, que se encontravam a dormir, foram logo com ela ao local onde se encontrava o cãozinho e trouxeram-no para casa. Lavaram a pata ferida e ligaram-na colocando em seguida o cachorro a dormir no sofá.
Na manhã seguinte, os amigos de Marta apareceram em sua casa e logo que esta lhes contou a história do cachorro ficaram muito tristes. O Simão que tinha sempre ideias muito inteligentes exclamou: -Podemos chamar o Sr. António para ver o cãozinho, pois é muito entendido com animais, parece veterinário. Assim que ouviram esta ideia todos se fizeram ao caminho. Este tratou muito bem do cãozinho cortou-lhe as unhas, limpou-lhe os ouvidos e tratou da sua pata ferida. De volta a casa a Marta ficou assim com um novo membro na família. Mais um dia chegou e, como habitualmente, mãe e filha cumpriam as tarefas que sempre realizavam, ou seja, dar de comer aos mais pobres e necessitados. Chegavam sempre cansadas mas muito felizes, nunca tinham deixado de cumprir essa tarefa desde o dia em que também elas próprias tinham sido ajudadas.
Num dia de sol a Marta e os seus amigos foram brincar com o cãozinho que já estava bem de saúde e a mãe sugeriu que lhe deviam dar um nome. A Marta
respondeu: - Vamos chamar-lhe Tico.
Todos concordaram com o nome e à noite a mãe conversando com a Marta lembrou-se de como tinham cuidado do Simão, dizendo-lhe como era importante
fazer o bem, quer fosse um animal quer fosse uma pessoa. A este propósito a Marta perguntou:
- Mãe, podemos convidar o Simão para vir cá jantar? - Sim. Claro! - Retorquiu a mãe.
O convite foi feito e o Simão ficou muito feliz pois sem elas saberem estava a preparar uma grande surpresa.
Eram sete da tarde, tocaram à campainha, era o Simão. Jantaram, comeram a sobremesa e subitamente o Simão exclamou: - Tenho um pedido a fazer à Marta. Ajoelhou-se e pediu: - Marta, queres casar comigo? Ficaram todos admirados com este pedido e a Marta respondeu excitada: - Claro que sim! E …beijaram-se. A mãe e o pai de Marta estavam muito emocionados. Para o noivado convidaram todos os habitantes da floresta (o Sr. António, o Carmindo, o José, a Rita, o Carlos e muitos mais). O casamento realizou-se, cheio de alegria e animação e a lua-de-mel foi nas Canárias. Nove meses depois nasceu um belo rapaz de seu nome Afonso, que veio
animar a floresta e encher de alegria os seus pais. O Tico tinha agora um companheiro de brincadeiras.
Conto elaborado e ilustrado pelos alunos do 5º B no âmbito do projeto aler+
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Ana Silva
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Beatriz Barreto
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Bruna Oliveira
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Bruno Ramos
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Bruno Baptista
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Carolina Baptista
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Edgar Gonçalves
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Gabriel Gomes
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Gonçalo Soares
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Hélder Gomes
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Mariana Roriz
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Mariana Rodrigues
Colorização •
Rafael – 5ºE