Diogo Fernandes e Ricardo Pecegueiro
Marรงo de 2017
Diogo Fernandes e Ricardo Pecegueiro
Crónicas de Fernão Lopes
Março de 2017
Agradecimentos
A realização deste trabalho concretizou-se na disciplina de Português, em pareceria com a biblioteca escolar do polo 3, no âmbito do “Referencial: aprender com a biblioteca escolar”. Queremos agradecer à nossa professora de português que nos orientou na elaboração do mesmo.
Agradecemos,
também,
à
professora
Maria
José,
coordenadora da equipa das bibliotecas escolares do agrupamento de escolas de Macedo de Cavaleiros pela oportunidade que nos deu em trabalhar as literacias da informação.
Resumo
Neste trabalho retratamos uma época distinta da literatura, sendo o tema principal, as crónicas de Fernão Lopes, principalmente a crónica de D. João I. A crónica de D. João I dá-nos uma informação acerca do quotidiano do povo português daquela época e do estilo de vida da população. Esta
crónica afirma que o povo português sentia imensas dificuldades, nomeadamente a fome visto começarem a escassear os alimentos. Palavras-chave: Fernão Lopes;
Crónicas; Revolução e Mestre de Avis.
Índice
Conteúdos
Diap.
Introdução
7
Vida de Fernão Lopes
8
Crónicas
9
Definição e origem de crónica
10
Excerto e análise do cerco de Lisboa
11
Conclusão
12
Introdução
No âmbito da disciplina de Português, foi-nos colocada a proposta da realização de um trabalho de pesquisa sobre Fernão Lopes, nomeadamente a crónica de D. João I.
Neste trabalho realizamos uma breve apresentação sobre a vida e obra de Fernão Lopes. Destacamos ainda a sua figura de cronista no reino. Apesar da sua extensa obra focamo-nos sobre a crónica de D. João I, mais precisamente o excerto “O cerco de Lisboa”.
Vida de Fernão Lopes
Fernão Lopes nasceu em Lisboa, entre 1380 e 1390 e morreu em Lisboa, no ano de 1460.
Viveu numa das épocas da História de Portugal. Foi o 4.° guarda-mor da Torre do Tombo de 1418 a 1454, tabelião geral do reino e cronista de todo o reino de Portugal, e até antes de Portugal ser reino, no entanto, desde o tempo do borgonhês Conde D. Henrique até Pedro I de Portugal.
As suas Crónicas desapareceram, no tempo do rei D. Afonso V, restando apenas as Crónicas de D. Pedro, de D. Fernando e de D. João I.
Crónicas
Das crónicas que Fernão Lopes escreveu, apenas três existem atualmente:
Crónica de D. Pedro Crónica de D. Fernando Crónica de D. João I
Definição e origem de “Crónica”
A Crónica é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica. A palavra crónica é derivada do grego "chronos" que significa "tempo". Nos jornais e revistas a crónica é uma narração curta escrita pelo mesmo autor e publicada numa seção habitual do jornal, na qual são relatados factos do quotidiano e outros assuntos como a arte, o desporto e a ciência.
Excerto e análise do “Cerco de Lisboa”
Na cidade nom havia trigo pera vender, e se o havia, era mui pouco e tam caro que as pobres gentes nom podiam chegar a ele; ca valia o alqueire quatro livras; e o alqueire do milho quareenta soldos; e a canada do vinho três e quatro livras; e padeciam mui apertadamente, ca dia havia i que, ainda que dessem por uũ pam ũa dobra, que o nom achariam a vender; e começarom de comer pam de bagaço de azeitona, e dos queijos das malvas e raízes de ervas, e doutras desacostumadas cousas, pouco amigas da natureza; e taes i havia que se mantinham em alféloa. No logar u costumavom vender o trigo, andavom homeẽs e moços esgaravatando a terra; e se achavom alguũs grãos de trigo, metiam-nos na boca sem tendo outro mantimento; outros se fartavom d’ervas, e beviam tanta agua, que achavom mortos homẽes e cachopos jazer inchados nas praças e em outros logares.
A ação passa-se, na cidade Lisboa, escasseando mantimentos como: trigo, milho, vinho e pão. Passamos de um plano geral para o particular isto está explicito nas linhas (10 a 14). Neste parágrafo podemos ver que as pessoas começavam a ter
fome, tentando assim apoderar-se dos Paços do Concelho.
Conclusão
Ao longo do desenvolvimento do trabalho apercebemo-nos que a literatura portuguesa é muito rica e vasta em várias temáticas. Com a realização do mesmo concluímos que as temáticas, apesar de épocas históricas diferentes, não são estanques, pois repetem-se em distintas épocas.
Bibliografia
• Pinto, E.C.; Fonseca, P.; Baptista, V.S. (2010). Plural Português – Cursos Profissionais de Nível Secundário. Lisboa: Lisboa Editora. • http://ensina.rtp.pt/artigo/as-cronicas-de-fernao-lopes/, consultado em 25 de fevereiro de 2017.