13ª Bienal de São Paulo (1975) - Catálogo

Page 1

XIII bienal de s達o paulo outubro dezembro 1975 parque ibirapuera . s達o paulo brasil patrocinada pela prefeitura municipal de s達o paulo



XIII Bienal de São Paulo Promovida e organizada pela Fundação Bienal de São Paulo, com o patrocínio da Prefeitura do Município de São Paulo, e a colaboração do Governo do Estado. de São Paulo, e do Ministério das Relações Exteriores.

17 de outubro a 15 de dezembro de 1975

Pavilhão "Armando de Arruda Pereira"

Parque Ibirapuera, São Paulo - SP



Homenagem Sua Excelência o Senhor. General Ernesto Geisel Presidente da República Sua Excelência o Senhor Paulo Egydio Martins Governador do Estado de São Paulo Sua Excelência o Senhor Olavo Egydio Setúbal Prefiito Municipal de São Paulo

-3


Comissão de Honra Sua Excia. o Sr. Brigadeiro Joelmir Campos de Araripe Macedo Ministro da Aeronáutica Sua Excia. o Sr. Alysson Paulinelli Ministro da Agricultura Sua Excia. o Sr. Comandante Euclides Quandt de Oliveira Ministro das Comunicações Sua Excia. o Sr. Ney Aminthas de BarrO"s Braga Ministro da Educação e Cultura Sua Excia. o Sr. Geueni.l Silvio Frota Ministro do Exército Sua Excia. o Sr. Mário Henrique Simonsen Ministro da Fazenda Sua Excia. o Sr. Severo Fagundes Gomes Ministro da Indústria e Comércio Sua Excia. o Sr. Maurício Rangel Reis Ministro do Interior Sua Excia. o Sr. Armando Ribeiro Falcão Ministro da Jusriça Sua Excia. o Sr. Almirante-de-Esquadra Geraldo de Azevedo Henning Ministro da Marinha Sua Excia. o Sr. Shigeaki Ueki Ministro das Minas e Energia Sua Excia. o Sr. João Paulo dos Reis Velloso Ministro da Secretaria de Coordenação e PlanejamentO" Sua ExCÍa. o Sr. Antonio Francisco Azeredo da Silveira Ministro das Relações Exteriores Sua Excia. o Sr. Paulo de Almeida Machado Ministro da Saúde Sua Excia. o Sr. Arnaldo da Costa Prieto Ministro do Trabalho e da Previdênéia Social Sua Excia. o Sr. General Dirceu de Araujo Nogueira Ministro dos Transportes

4


Sua Excia. o Sr. Geraldo Gurgel Mesquita Governador do Estado do Acre Sua Excia. o Sr. Divaldo Suruagi Governador do Estado de Alagoas Sua Excia. o Sr. Henoch da Silva Reis Governador do Estado do Amazonas Sua Excia. o Sr. Roberto Santos Governador do Estado da Bahia Sua Excia. o Sr. Adauto Bezerra Governador do Estado do Ceará Sua Excia. o Sr. Elmo Serjo Farias Governador do Estado do Distrito Federal Sua Excia. o Sr. Élcio Alvares Governador do Estado do Espírito Santo Sua Excia. o Sr. Irapuã Costa Júnior Governador do Estado de Goiás Sua Excia. o Sr. Osvaldo da Costa Nunes FreJÍre Governador do Estado do Maranhão Sua Excia. o Sr. José Garcia Neto Governador do Estado de Mato Grosso Sua Excia. o Sr. Antonio Aureliano Chaves de Mendonça Governador do Estado de Minas Gerais Sua Excia. o Sr. Aluísio da Costa Chaves Governador do Estado do Pará Sua Excia. o Sr. Ivan Bichara Sobreira Governador do Estado da Paraíba Sua Excia. o Sr. Jayme Canet Júnior Governador do Estado do Para·ná Sua Excia. o Sr. José Francisco de Moura Cavalcante Governador do Estado de Pernambuco Sua Excia. o Sr. Dirceu Mendes Arcoverde Governador do Estado do Piauí

5


Sua Excia. o Sr. Almirante Floriano Peixoto Faria Lima Governador do Estado do Rio de Janeiro Sua Excia. O Sr. Tarcisio Vasconcelos Maia Governador do Estado do Rio Grande do Norte SUa Excia. o Sr. Sinval Sebastião Duarte Guazelli Governador do Estado do Rio Grande do Sul Sua Excia. o Sr. Antonio Carlos Konder Reis Governador do Estado de Santa Catarina Sua Excia. o Sr. José Rolemberg Leite Governador do Estado de Sergipe Sua Excia. o Sr. Arthur Henning Governador do Território do Amapá Sua Exda. o Sr. Roberto Clodoaldo Pinto Governador do Território de Fernando de Noronha Sua Excia. o Sr. João Carlos Marques Henriques Netto Governador do Território de Rondônia Sua Excia. o Sr. Fernando Ramos Pereira Governador do Território de Roraima Sua Excia. o Sr. Abraham JacobusFrançois Viljoen EnÍbaixador da África do Sul Sua Excia. o Sr. Horst Roding Embaixador da·República Federáida Alemanha Sua Excia. o Sr. Manioun Kabbani Embaixador da Arábia Saudita Sua Excia. o Sr. Angel Robledo Embaixador da Argentina Sua Excia. o Sr. John Robert Kelso Embaixador da Austrálià Sua Excia. o Sr. Friedrich Hartlmayr Embaixador da Áustria

6


Sua Excia. o Sr. Jacques Houard Embaixador da Bélgica Sua Excia. o Sr. Atanas Kalbov Embaixador da Bulgária Sua Excia. o Sr. Vice-Almirante Hernán Cubillos Embaixador do Chile Sua Excia. o Sr. Victor G. Ricardo Embaixador da Colômbia Sua Excia. o Sr. Chan-Ho Song Em baixador da Coréia Sua Excta. o Sr. Seydou Diarra Embaixador da Costa do Marfim Sua Excia. o Sr. Coronel Oscar Rank Altamirano Embaixador de EI Salvador Sua Excia. o Sr. José Pérez del Arco Embaixador da Espanha Sua Excia. o Sr. John Hugh Crimmins Embaixador dos Estados Unidos da América Sua Excia. o Sr. Michel Albert Georges Legendre Embaixador da França Sua Excia~ o Sr. Derek Dodson Embaixador da Grã-Bretanha Sua Excia. o Sr. Aristotelis Hatzoudis Embaixador da Grécia Sua Excia. a Sra. Francisca Fernandez HaU Zuiiiga Embaixatriz da Guatemala Sua Excia. o Sr. János Beck Embaixador da Hungria Sua Excia. o Sr~ Mordekhai Shneerson Embaixador de Israel Sua Excia. o Sr. Carlo Enrico Giglioli Embaixador da Itália 7


Sua Excia. o Sr. Dragi Stamenkovic Embaixador da Iugoslávia Sua Excia. o Sr. Atsushi Uyama Embaixador do Japão Sua Excia. o Sr. Victor Alfonso Maldonado Embaixador do México Sua Excia. o Sr. Alonso Ortega Urbina Embaixador da Nicarágua Sua Excia. o Sr. Aslam Malik Embaixador do Paquistão Sua Excia. o Sr. Contra-Almirante J. Wenteslao Benites E. Embaixador do Paraguai Sua Excia. o Sr. Gonzalo Fernandez Puyo Embaixador do Peru Sua Excia. o Sr. Edward Wychowaniec Embaixador da Polônia Sua Excia. o Sr. Vasco Luis Caldeira Coelho Futsher Pereira Em baixador de Portugal Sua Excia. o Sr. Simons Senghor' Embaixador do Senegal Sua Excia. o Sr. Rassem Raslam Ministro Conselheiro, Encarregado de Negócios da Síria Sua Excia. o Sr. Hamilton Shirley Amerasinghe Embaixador de Srilanka Sua Excia. o Sr. Emil A. Stadelhofer Embaixador da Suíça Sua Excia. o Sr. Albert Gerard Montano Embaixador de Trinidad y Tobago Sua Excia. o Sr. Carlos Manini-Rios Em baixador do Uruguai Sua Excia. o Sr. Humberto de Jesus Moret Arellano Embaixador da Venezuela

8


Sua Excia. o Sr. Leo Henry Evans Cônsul Geral da África do Sul Sua Excia. o Sr. Josef Reufels Cônsul Geral da Alemanha Sua Excia. o Sr. Ministro Eduardo Maria Bretan Cônsul Geral da Argentina Sua Excia. o Sr. Rudolph Jan Clemens Maria Schneemann Cônsul Geral da Austrália Sua Excia. o Sr. Otto Heller Cônsul Geral da Áustria Sua Excia. o Sr. Willy de Smaele Cônsul Geral da Bélgica Sua Excia. o Sr. Fernando Cisternas Matus Cônsul Geral do Chile Sua Excia. o Sr. Oscar P. Landmann Cônsul Geral da Colômbia Sua Excia. o Sr. Hi-Shul Moon Cônsul Geral da Coréia Sua Excia. o Sr. Raul Tadeo Figueiroa Cônsul Geral de EI Salvador Sua Excia. o Sr. Fernando Martinez Westerhausen Cônsul Geral da Espanha Sua Excia. o Sr. Frederic Chapin Cônsul Geral dos Estados Unidos Sua Excia. o Sr. Michel de Camaret Cônsul Geral da França Sua Excia. o Sr. George Edmund Hall Cônsul Geral da Grã-Bretanha Sua Excia. o Sr. Cristas Savanides Cônsul da Grécia Sua Excia. o Sr. Adhemar da Rocha Azevedo Cônsul da Guatemala

9


Sua Excia. o Sr. Jozsef Kowesdy Representante da Hungria Sua Excia. o Sr. Léon Feffer Cônsul Honorário de Israel Sua Excia. o Sr. Conde Paolo VaIfré Di Bonzo Cônsul Geral da Itália Sua Excia. o Sr. Djordje Hadzi-Nikilajevic Cônsul Geral da Iugoslávia Sua Excia. o Sr; Massao Ito Cônsul Geral do Japão Sua Excia. o Sr. Nicola Hientgen Cônsul de Luxemburgo Sua Excia. o Sr. Alberto Sanchez Luna Cônsul Geral do México Sua Excia. o Sr. Vicente Amato Sobrinho Cônsul da Nicarágua Sua Excia. o Sr. Brian Simclair Representante da Nova Zelândia Sua Excia. o Sr. Aurélio Benitez Ortiz Cônsul Geral do Paraguai Sua Excia. o Sr. Noé Hernan Ramirez Lituma· Cônsul Ger.al do Peru Sua Excia. o Sr. Stanislaw Kownacki Cônsul Geral da Polônia Sua Excia. o Sr. Diamantino Real Cônsul Geral de Portugal Sua ExÓa. o Sr.·Mohamed Zouheir Akad . Cônsul Geral da Síria Sua Excia.oSr. Joseph Anton Graf 'Cônsul Geral da Suíça . Sua Excia. o Sr. Italo Leon Sordo Alonso Cônsul do Uruguai Sua Excia. o Sr. Oswaldo Gamez Calcaõo Cônsul Geral da Venezuela

10


Sua Excia. o Sr. Manoel Gonçalves Ferreira Filho Vice-Governador do Estado de São Paulo Sua Excia. o Sr. Adhemar de Barros Filho Secretário de Administração Sua Excia. o Sr. Pedro Tassinari Filho Secretário da Agricultura Sua Excia. o Sr. José E. Mindlin Secretário de C~ltura, Ciências e Tecnologia Sua Exeia. o Sr. José Bonifácio Coutinho Nogueira Secretário da Educação .sua Excia. o Sr. Roberto Cerqueira Cesar Secretário Extraordinário para Assuntos Metropolitanos Sua Excia. o Sr. Nelson Gomes Teixeira Secretário da Fazenda Sua Excia. o Sr. Raphael Baldacci Filho Secretário do Interior Sua Excia. o Sr. Manoel Pedro Pimentel Secretário da Justiça Sua Excia. o Sr. Jorge Wilheim Secretário do Planejamento Sua Excia. o Sr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Secretário da Promoção Social Sua.Excia. o Sr. Jorge Maluly Neto Secretário de Relações do Trabalho Sua Excia. o Sr. Walter Leser Secretário da Saúde Sua Excia. o Sr. AntoQio Erasmo Dias Secretário da Segurança Pública Sua Excia. o Sr. Francisco Henrique Fernando de Barros Secretário de Serviços e Obras Sua Excia. o Sr. Thomaz Pompeo Borges de Magalhães Secretário dos Transportes Sua Excia. o Sr. Ruy Silva Secretário do Turismo 11


Sua Excia. o Sr. Mário Osassa Secretário do Abastecimento Sua Exda. o Sr. Celso Hahne Coordenador das Administrações Regionais Sua Excia. a Sra. Leopoldina Saraiva Secretário do Bem Estar Social Sua Excia. o Sr. Sábato Antonio MagaJdi Secretário de Cultura Sua Excia. o Sr. Hilário Torloni Secretário da Educação Sua Excia. o Sr. Sergio Silva de Freitas Secretário das Finanças Sua Excia. O Sr. Fernando Proença de Gouveia Secretário de Higiene e Saúde Sua Excia. o Sr. Teófilo Ribeiro de Andrade Secretário dos Negócios Internos e Jurídicos Sua Excia. o Sr. Caio Pompeu de Toledo Secretário Municipal de Esportes Sua Excia. o Sr. Benjamin Adiron Ribeiro Coordenador Geral do Planejamento Sua Excia. O Sr. Aurélio Ara6jo . Secretário de Serviços e Obras Sua Excia. O Sr. Olavo Guimarães Cupertino Secretário de Transportes Sua Excia. o Sr. Armando Simões Neto Secretário de Turismo e Fomento Sua Excia. O Sr. Otávio Camilo Pereira de Almeida Secretário de Vias Públicas

12


FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO

Diretoria Executiva Francisco Matarazzo Sobrinho Presidente oscar P. Landmann

1.0 Vice Presidente (Presidente em exercício)

Luiz Fernando Rodrigues Alves 2.0 Vice Presidente Oswaldo Silva Diretor Administrativo Dilson Funaro Diretor Financeiro Romeu Mindlin Armando Abreu Sodré

Diretor Cultural Diretor de Relações Públicas

Francisco Luiz de Almeida SalIes Diretor Adjunto Paulo Nathanael Pereira de Souza Superintendente Ministro Francisco de Assis Grieco .Representante do Ministério das Relações Exteriores


Conselho Administrativo Albert Bildner Aldo Calvo Aldo MagneHi Antonio Sylvio da Cunha Bueno Benedito José Soares de Melo Pati Celso Neves Cesar Giorgi Dora de Souza Edgard Baptista Pereira Edmundo Vasconcellos Ema Gordon Klabin Erich Humberg Érico Siri tuba Stickel ErmeJinO Matarazzo Ernst Guenter Lipkau Francisco Papaterra Limonge Neto Giannandrea Matarazzo Haidêe SalJes de Oliveira Criado Perez Hasso Weiszf10g Hêléne Matarazzo Hélio Rodrigues Hermínio LunardelJi Isabel Moraes Barros João Baptista Prado Rossi João de Scantimburgo João Fernando de Almeida Prado João Leite Sobrinho

14

José de Aguiar Pupo José Geraldo Nogueira Moutinho José Gorayeb José Humberto Affonseca José Maria Sampaio Correa José Mindlin Julieta Maia Justo Pinheiro da Fonseca Lauro de Barros Siciliano Luiz Diederichsen Villares Manoel Esteves da Cunha Júnior Mareio Martins Ferreira Maria do Carmo de Abreu Sodré Otto Heller Oswaldo Arthur Bratke Oswaldo Correa Gonçlaves Paulo Uchoa de Oliveira Plinio Croce Roberto Maluf Roberto Pinto de Souza Rubens José Matos Cunha Lima Sábato Antonio Magaldi Sebastião Alnieida Prado Sampaio Victor Simonsen Wilson Dias Castejon Wladimir de Toledo Piza Wladimir do Amara1 Murtinho


Conselho Fiscal Élio Cipolina Hércules Augusto Masson Mário Cappanari

Conselho de Ane e Cultura Isabel Moraes Barros - Presidente Wolfgang Pfeiffer Aldemir Martins Norberto Nicola Olívio Tavares de Araújo OlneyKfÜse José Simeão Leal

Homenagem Póstuma: Luís Lopes Coelho

Documentação e Cursos Raphael Buongermino Netto Áurea Pereira da Silva Fábio Magalhães Vera Helena Schmuziger Maria Cecília Martins Pimenta

Coordenação geral Professora e pesquisadora Professor e pesquisador Professora e pesquisadora Assessora cultural

Projeto da montagem Laonte Klawa Arquiteto Maria Cecília Machado de Barros Programadora Visual Guimar MoreIo SuperVIsor.

Catálogo Paulo dos Santos Ferreira Diagralilação, produção e coordenação geral Irene E. Sabatini Coleta e tráfego de informações Silvia Maz~a Tradução

Cartaz Rogério Batagliesi e Maria Elisabeth

S~

Nogueira 15



Apresentação Abrigando em seu setor internacional as representações oficiais de quarenta e dois países, a XIII Bienal de São Paulo oferece uma significativa visão do panorama artístico - cultural contemporâneo. A participação hiJrs concours de renomados artistas latinoamericanos vem evidenciar os aspectos que configuram a existência de uma unidade cultural e artística, não explicável unicamente como decorrência do parentesco de língua e coloniz~ão. Distribuem-se pelos restantes setores as exposições de: jóias, as Pinacotecas do MOBRAL, arte do Alto Xingu, arte experimental, fotografia, teatro e cinema. Esta última apresenta a retrospectiva da produção brasileira num período que, além de ser marcado por outras características relevantes, corresponde ao da gestação do cinema\novo. Também à margem da premiação geral, algumas das obras dos mais consagrados nomes do cenário artístico brasileiro estão reunidas na Sala Brasília, de onde sairá o acervo inicial do Museu do Artista Brasileiro, a ser instalado na capital federal. Organizada, como as anteriores, de forma a presetvar a mais ampla liberdade de critérios de constituição, livre de limitação temática, destituída de enfoques pré-determinados e isenta de vinculações a particulares correntes estéticas ou diretrizes de pesquisa, esta XIII Bienal engloba as mais diversas e conflitantes tendências, refletindo a problemática com que se defrontam, em nossos dias, artistas, críticos e público, e sua perplexidade diante de uma cultura em transição. Será errôneo supor que a fidelidade aos princípios de organização originais e a manutenção do cal;"áter global da manifestação sejam sinônimo de ausência'de renovação. A contínua e continuamente intensificada renova-

ção operada ao longo de um quarto de século é suficiente para afastar essa hipótese. Ocorre que hoje os meios e as formas de expressãoevoluem e se expandem à velocidade do progresso científico e tecnológico: mediante a incorporação de métodos de pesquisa, linguagens e instrumental de trabalho - quer resultantes, quer ferramentas daquele progresso - e ainda através da exploração de novos temas e conceitos, tanto extraídos diretamente do novo contexto técnicocientífico, quanto oriundos das transformações sociais dele decorrentes. Ocorre também que, sob pena de se tornaram instáveis e efêmeras, as instituições são obrigadas a um niínimo de rigidez estrutural que lhes tolhe parcialmente a agilidade para acompanhar bruscas mudanças como as que, no caso específico de manifestações do gênero da Bienal de São Paulo, são necessárias para manter permanente sintonia e concordância de fase com a evolução dos processos criativos. As novas formas de relacionamento espectador .;: obra impostas pela maioria das atuais ten. dências da arte experimental exigem reformulação e reaparelhamento do espaço físico da exposição que transcendem largamente as possibilidades imediatas e mesmo próximas - das entidades organizadoras. Para a superação desse obstáculo - que não admite imediatismos - a Fundação Bienal de São Paulo realiza a sua mais significativa e profunda renovação: reestrutura-seorgânica e funcionalmente para transformar-se numa entidade permanentemente a serviço da cultura, constap.temente atuante, promovendo e incentivando, no âmbito que lhe é próprio, todas as iniciativas capazes de assegurar a divulgação, o conhecimento, a discussão e a pesquisa. Francisco Matarazzo Sobrinho

17



PAISES PARTICIPANTES


Países Participantes

Africa do Sul Alemanha Arábiá Saudita Argentina Austrália . Áustria Bélgica Brasil Bulgária Chile Col&mbia Coréia Costa do Marfim EI Salvador Espanha Estados Unidos França Grã-Bretanha G reCIa I· Guatemala Hungria 20

Israel Itália Iugoslávia Japão Luxemburgo México Nicarágua Nova Zelandia Paquistão Paraguai Peru Pol&nia Porto Rico Portugal Senegal S'IrIa . Srilanka Suíça Trinidad y Tobago Uruguai Venezuela


,

AFRICA DO SUL Exposição organizada pela "The South Afrkan Associa tion of Arts". Comissário: Charles du R y Em decorrência do curto intervalo que separa suas sucessivas apresentações a Bienal de São Paulo tornou-se um fluxo ininterrupto de artistas e obras de arte. Embora os trabalhos expostos sejam por vezes circunscritos a temas propostos pelos comitês de seleção envolvidos, não houve nenhuma tentativa de estabelecer para estas Bienais uma abordagem temátka tal como a que existe no caso da Documenta. Dentro desse espírito de liberdade de escolha, não procuramos selecionar obras de acordo com um conceito central. Os trabalhos representam artistas que buscam, cada qual, uma visão pessoal. Os enfoques divergentes e a variedade de meios de expres~~o dos artistas selecionados são representativos de uma' característica da arte· sul-afrkana. Asobras de Claude van Lingen criam, à primeira vista, a impressão de construções extremamente leves e suaves dentro de invólucros transparentes.

Gassner se deixasse flutuar num sonho do qual ele comunica visões que são interpretadas nâo somente através da cor e da forma mas também por meio de suas pinceladas emotivas. Seus desenhos são por vezes alegres e brincalhões, mas existe sempre um retorno à sua denodada procura dos essenciais, nos quais, através de acuradas imagens, ele torna reconhecíveis pela mente consciente seus sentimentos instintivos e às vezes subconscientes. Em comparação com Gassner, Patrick O'Connor tem uma aproximação mais direta com o seu público. Suas obras são legíveis e tratam temas específicos focalizados sob o prisma da realidade contemporânea. Apesar de seus assuntos ·sublinharem frequentemente uma preocupação com os problemas atuais, existe um vestígio de mistério na repetição de elementos, ganhando um efeito cumulativo que empresta às séries uma dimensão emocional mais profunda.

As linhas brandas e a aparente ausência de peso são contudó enganadoras, pois foi necessário um grande esforço para conter a espuma de borracha.

Deparamo-nos finalmente com o trabalho alegre de Hardy Botha. Não obstante sua atitude seja irônka, a visão é suavizada por um otimismo espontâneo que invariavelmente se impõe. O resultado é uma i.ovial e rica fantasia de trama e cor, baseada em temas de circo. O entusiasmo natural que transparece com tanto vigor nas suas pinturas está presente de forma mais sutil nas litografias nas quais ele patenteia sua ,habilidade técnka. Confiamos que cada um desses artistas deixará sua marca pessoal no desenvolvimento de nossa arte, e é com prazer que os vemos representar a Africa do Sul nesta Bienal. c.J. du Ry

O elemento surpreendente nessas obras não depende portanto apenas do conceito forma-linha-cor mas reside principalmente nas inesperadas tensões resultantes da combinação de diferentes materiais. Esses efeitos que Claude' van Lingen obtém em cada uma de suas obras foram criados numa atmosfera totalmente diversa daquela das pinturas espirituais de Charles Gassner, nas quais símbolos extremamente simplificados da vida quotidiana são empregados numa quase críptica afirmação· em pintura, para servir como meio entre a realidade e seu conceito projetado. É como se

21


ÁFRICA DO SUL

Carel Antoon (Charles) Gassner Nascido em Enschede, Holanda, em 1915. Estudou na "Reimann School", em Berlim, de 1936 a 1939, e de 1946 a 1947 com o professor Cox, na Academia de Belas Artes, em Haia. Veio para a África do Sul em 1948 e permaneceu alguns anos, antes de emigrar para a Austrália, onde trabalhou em Brisbane, sob a· orientação dos professores Max Feuering e Bisietta, antes de voltar definitivamente para a África do Sul em 1953. Já em 1949 e 1950 fez algumas exposições individuais com a "South African Association of Arts~' (S.A.A.A.), tendo depois feito exposições em Sydney, na David Jones Gallery, bem como em Perth, Melbourne, Adelaide e Brisbane. A partir de 1955 expõe regularmente com a S.A.A.A. em Cape Town. Em 1970 expõe na Galeria Greuze, em Paris, e em 1972 na Galeria Lidchi, em Johannesburg. De 1965 a 1969 na Galeria Wolpe, de Cape Town; em 1968 na Galeria Linda Goodman, de Johannesburg, e em 1974 na Galeria de Arte William Humphreys, em Kimberley.

Claude van Lingen Nascido em Johannesburg, em 1931. Obteve o Diploma de Professor de Arte em 1952 e subsequentemente passou a lecionar no ensino secundário, de 1953 a 1964. Em 1961 fez uma viagem à FUroP~, a fim de trabalhar sob a' orientação de Henri Goetz e Selim Turin, em Paris. Em 1965 foi nomeado professor do Johannesburg College of Art, sendo presentemente o chefe do Dc;partamento de Belas Artes daquele estabelecimento. Começou a trabalhar com espumas flexíveis em 1971. Em 1973 conquistou o "Ernest Oppenheimer Memorial Trust Award Art South Africa Today". Suas exposições individuais mais importantes entre 1962 e 1974 foram: na S.A.A.A., em Pretória e Johannesburg, nas galerias 101, Lidchi e Goodman, deJohannesburg, e duas vezes em Durban, uma das quais na 22

"Durban Art Gallery". Entre os vários grupos de que participou, figuram: "Transvaal Academy", durante seis anos, entre 1957 e 1963; "Artists of Fame and Promise", durante cinco anos, entre 1959 e 1964. Esteve também presente no "Republic Festival Exhibition", Pretória, 1966; "Art South Africa Today"; "Durban 1973"; "Exhibition of S. A. Artists", e "Johannesburg Art Gallery 1975".

Patrick O' Connor Nascido em Bloemfontein, em 1940. Obteve o seu Bacharelato em Belas Artes na Universidade de Witwatersr"nd, em Joha nnesburg , em 1964, e foi nomeado professor da Universidade de Durbati Westville no mesmo ano. Desde 1971 leciona pintura no Colégio do Natal para Educação Técnica Avançada. Desde 1968 tem realizado exposições individuais em Durban, Pretória e Joh"nnesburg. Foi incluído na Bienal de São Paulo em 1969. Participa frequentemente de exposições coletivas nas principais galerias de arte de Durban e Jo•.annesburgo Em 1973 foi-lhe encomendado um mural pára a Administração Provincial do Natal, em Pietermaritzburgo Viajou várias vezes pela Europa e esteve presente na exposição itinerante de artistas gráficos da África do Sul.

Hardy Botha Náscido em Kroonstad, em 1942. Obteve o diploma de ," Belas Artes com Mike Edwards, em Bloemfontein, em 1967. Trabalhou como "designer" e pintor, viajou pela Europa, fez várias exposições individuais em' Cape Town e Bloemfontein até 1972, data em que começou a trabalhar no BosweU Wilkie's Circus, como palhaço. Ein 1973 fez uma exposição em StelJenbosch e outra na S.A.A.A., em Cape Town. Em 1974 o seu trabalho foi escolhido para ser especialmente exibido na' embaixada da África do Sul em Lisboa e, em 1974.e 1975, expôs respectivamente nas salas da S.A.A.A., em Cape Town e Pretória.


AFRICA 00 SUL

CareI Antoon (Charles) Gassner 1.

Natureza morta - composição, 1975. meio misto sobre papel 58 x 89,5 em

2.

Paisagem, 1972. meio misto sobre papel 56,5 x 89,5 em

Patrick O'Connor 11. Porta de Abortadeira, 1975. óleo sobre painel 210 x 95 em 12.

Porta escura, 1974. óleo sobre painel 210 x 95 em

3. Composição abstrata, 1975. meio misto sobre papel 64 x 89,5 em

13. A minha porta, 1974.

4. Composição abstrata, 1970. meio misto sobre papel 56,5 x 76 em

14. A porta do Tut. óleo sobre painel 210 x 95 em

5. "Bleu growth", 1975. meio misto sobre papel 56,5, x 69,5 em

15. A porta do quarto, 1974. óleo e acrílico sobre painel 210 x 95 em

6. Paisagem do Karoo, 1972. meio misto sobre papel 50 x 76 em

16. A porta do "Free State': 1974. óleo e acrílico sobre painel 210 x 95 em

Claude van Lingen 7. Flexível contido n.O 1. espuma de poliuretano flexível 212 x 78 x 52 em 8.

Flexível contido n.o 2._ espuma de poliuretano flexível 212 x 50 x 50 em

9. Espuma e coluna envoltos. 407 x 132,5 e 178 x 33 x 33 em

10. Flexível movido mecanicamente

cadeira e móvel. espuma de poliuretano flexível

óleo e acrílico sobre painel 210 x 95 em

17. A "suite" do corpo. oito gravuras de uma série de nove 53 x 113 em

Hardy Borha 18. Dança da primavera. óleo sobre tela 81 x 101,5 em 19. Circo à beira-mar. óleo sobre tela 101,5 x 86 em 20. Leão na jaula. óleo sobre painel 52,8 x 103,5 em 23


ร FRICA DO SUL

21. Fantoche.

. รณleo sobre tela 22. Brincadeira de palhaรงo.

litografia 47 x 43 em 23. Garota borboleta. litografia 37 x 45 em 24. Espetรกculo fantoche.

litografia 45 x 36 em 25. A bela e o monstro. litografia 30x38em 26. Enigma do papagaio.

litografia 33 x 41 em 27. O mรกgico. litografia 45 x 40 em

24


ALEMANHA Exposição organizada pelo Wallraf-Richartz Museum der Stadt, Colônia. Comissária: Evelyn Weiss

A contribuição alemã à última Bienal de São Paulo ofereceu um cenário artístico caracterizado pela sistematização, por estruturas em série, conteúdos conceituais e parcimônia dos meios visuais. Este ano apresenta-se um aspecto completamente diferente. Novamente comparecem três artistas que não pertencem a nenhuma escola ou grupo e que em seus trabalhos colocam questões e apresentam resultados diferentes: Georg Baselitz, Palermo e Sigmar Polke. O elemento vinculativo que os une é um interesse comum pela pintura em toda a escala de seus aspectos como meio de comunicação, como ramo tradicion;l, como simples veículo de conteúdos ou como PQ~sibilidade de expressar relações espaciais. Todos os três artista.s nasceram no território da atual República Democrática Alemã, vindo posteriormente para a República Federal da Alemanha. Dois deles adotaram pseudônimos em uma determinada fase de suas vidas. Palermo, o nome do mafioso Blinky Palermo, e Baselitz, o nome de sua cidade natal, Deutschbaselitz. Embora isso possa parecer coincidente casualidade, na verdade provaveIm'ente o abandono do próprio nome e a adoção de um novo, abstraindo-se Os verdadeiros motivos individu~is, representa expressão de um determinado comportamento psicológico, de um determinado padrão de conduta. Todos os três passaram por uma longa e pormenorizada formação acadêmica, em Düsseldorf e Berlim, com renomados mestres, como Josef Beys, Karl Otto Gõtz, Gerhard Hõme e Hann Trier. Apesar de amigos eles são independentes um do outro no que diz respeitO à conduta individual e áreas de interesse: Baselitz vive com sua família em um castelo nas proximidades de Hildesheim; Palermo, sozinho, ora em Nova Iorque ora em Düsseldorf, e Polke

a

com muitos amigos em uma fazenda perto de Mõnchengladbach. Georg Baselitz nasceu em 1938 em Deutschbaselitz, na Saxônia, encontrando-se desde a década de 50 em Berlim, sendo o grande "out-sider" no cenário artístico alemão, sendo dificilmente enquadrado em grupos, sempreirritante na tensão entre pintura tradicional e uma nova visão intranquilizante. Quando ele pinta seus quadros realmente de cabeça para baixo, então surge uma concepção pictórica que não é abstrata, porém também não é narrativa ou anedótica. Baselitz: "Para mim o problema era não criar quadros anedóticos, descritivos. Por outrolado, sempre odiei a nebulosa arbitrariedade da teoria da pintura abstrata. A inversão dos motivos em quadros ofereceu-me a liberdade de me defrontar com problemas de pintura." Nos últimos anos Baselitz tem-se limitado cada vez mais a motivos clássicos, tais como retratos, naturezas mortas, pássaros, paisagens. Aí a composição se torna sempremaís livre, a aplicação de cores mais brilhante e apaixonada. Os quadros de Baselitz nunca são claramente determináveis e classificáveis: logo se tenha reconhecido o motivo, a composiçãO, a abundante aplicação de cores passa para o primeiro plano. Todavia essa generosidade sensitiva nunca resulta em deHrio, em êxtase. As composições parecem concentradas, cheias de vigor, repousando tranquilamente em si mesmas. A inversão das coisas, o mundo às avessas: motivos velhíssimos que induzem à especulação. Para o artista porém, cada um de seus quadros é um organismo existente por si só, que não precisa de explicação metafísica. "Quero evitar que surjam (com relação a meus quadros) quaisquer interpretações e explicações".

25


ALEMANHA

Sigmar Polke nasceu em 1941 em OIs, na Baixa Silésia. De 1961 a 1967 estudou na Academia de Düsseldorf. Para ele a pintura é apenas uma das possibilidades de expressão ao lado do filme e da fotografia, do desenho e da arte gráfica, surgindo muitas vezes obras que são uma mistura desses meios de comunicação. Polke manuseia muito inortodoxa e teimosamente conteúdos e formas de expressão, enquanto seu comportamento estreitamente ligado ao meio ambiente e à sociedade marca suas obras, n::s quais muitas vezes também colaboram os seus amigos e conhecidos. Em seus trabalhos reluzem as contradições que despertam com frequência perplexidade e surpresa no observador. Contradição entre intuição e raciocínio intelectual, entre individualismo máximo e vinculação ao grupo, entre a utilização de motivos tradicionais e técnicas completamente inéditas, entre profunda seriedade e compaixão e alegria circense. Nos mais recentes quadros dos anos 1974-75, aqui expostos, sobrepõem-se vários níveis; est6rias, figuras e cores estão estratificadas umas sobre as outras, cruzam-se, transluzem-se, fundo e primeiro plano dos quadros estão em constante movimento e, mal se tenha focalizado· a vista, o assim chamado fundo passa a primeiro plano. É como a corrida irracional de pensamentos e devaneios, de idéias e impressões aparentemente absurdas, que ao mesmo tempo agem sobre n6s. Em contraposição dialética à imagem diversificad~ e possessa de Polke, está a formulação clara de Palermo. "Dou preferência a uma linguagem de formas simples, até bastante pobre. No decorrer de meu trabalho ela se desenvolveu no sentido de uma simplicidade cada vez maior. Pintura para mim é a tradução da realidade material e visual em normas estéticas." Seu vocabulário d'e formas reduziu-se paulatinamente a formas geométricas elementares: o triângulo e o retângulo. Sua visão orienta-se assim, cada vez mais, para o sentir essas for-

26.

mas elementates no espaço, isto é, a vivência da natureza, que se realiza no detalhe. Em sua mais recente série de quadros (acrílico sobre alumínio) percebe-se uma tensão sensível entre as formas rigidamente geométricas e simples e as superfícies de cores vibrantes. A luminosidade e a transparência típicas são alcançadas pela aplicação sobreposta de diversas camadas de cores, às vezes até quinze cores. A esse desenvolvimento livre da cor, Palermo chegou apenas ultimamente. A sensação de viver a forma e a cor já o ocupa há muito tempo. , 'Ver qualidades de superfícies, formas e cores: se olho uma superfície de água sinto naturalmente diferentemente do que se olho uma superfície de cor azul. Quan.:. do consegui alcançar essas possibilidades. em um quadro, considero-o como concluído." (Palermo 1973). Três artistas, três posições basicamente diverg~ntes com relação à pintura. Isso já se torna perceptível atravês da técnica adotada: um pinta com os dedos (Baselitz), o OUtro utiliza sprays e cotlage (Polke), o terceiro \utiliza exclqsivamente o pincel (Palermo). A arte da década de 60 foi caracterizada por uma quantidade de experiências euf6ricas; novos meios de comunicação, como o vídeo, a fotografia e o filme foram apresentados pela vanguarda como os mais marcantes e de maior força de expressão. Variantes artísticas proliferaram rapidamente em grande quantidade e a inflação 6tica foi alcançada com rapidez. A arte da década de 70 (em cuja metade nos encontramos) está caracterizada por uma tranquilização e reflexão do cenário artístico. A explosão da arte da década dourada de 60 passa por uma análise profunda, tendo sido substituída a extrorversão parcialmente superficial por uma ocupação introvertida e pela análise dos pr6prios meios, do seu mecanismo e suas recepções. Nesse processo a pintura volta ao centro do interesse. Evelyn Weiss.


ALEMANHA

Georg Baselitz

Georg Baselitz

Nascido a 23 de janeiro de 1938 em Deutschbaselitz, Saxônia, RDA. Seu nome de família é Kern. Estudou pintura na Academia de Arte de Berlim Oriental com o professor Behrens-Hangler, de 1956 a 1957. De 1957 a 1964 estudou na Academia de Artes de Berlim Ocidental, onde obteve o título de mestre, tendo sido aluno de Hann Trier. Em 1961 foi divulgado o manifesto Primeiro Pandemdnio, e, no ano seguinte, o Segundo Pandemdnio. Foi bolsista da Villa Romana, em Florença, em 1965, tendo conquistado o prêmio . 'Villa Romana". Em 1966 mudou-se de Berlim para Besthofen, perto de Worms. O Círculo Cultural da Federação das Indústrias Alemãs concedeu-lhe uma bolsa, em 1968. Em 1971 fixou residência em Forst, Weinstrasse. Mudou-se, em 1975 para o Castelo de Derneburg, perto de Hildesheim. Há mais de dez anos vem colecionando pinturas e desenhos, principalmente da ép.oca do Maneirismo (começo do século XVI).

1. Gaivota, 1973. pintura digital óleo e papel sobre tela 162 x 130 em

Palermo Nasceu em Leipzig, em 1943. De 1962 a 1967 estudou na Academia de Arte de Düsseldorf com Bruno Goller e Joseph Beuys. Reside em Düsseldorf, Mõnchengladbach e Nova Iorque.

Sigmar Polke Nasceu em Oels, Baixa Silésia, em 1941, De 1961 a 1967 estudou na Academia Estadual de Arte de Düsseldorf com Gerhard Hoeme e Karl Otto Gõtz. Foi professor hóspede na Escola Superior de Artes Plásticas de Hamburgo nos anos 1970 e 1971. Reside em Willich, perto de Mõnchengladbach,

2. Asas, 1973. óleo e papel sobre tela 200 x 130 em 3. As bétulas, 1974-75. óleo e papel sobre tela 200 x 130 em 4. Arbustos, 1975. óleo e papel sobre tela 200 x 130 em 5. Arbustos azuis, 1975. óleo e papel sobre tela 200 x 130 em 6. Regato da floresta, 1975. óleo e papel sobre tela 200 x 130 em 7. Freixo, 1973. óleo e papel sobre tela 200 x 162 em. 8. Interior de atelier azul. 1973-74. óleo e papel sobre tela 200 x 162 em 9. Floresta jovem, 1973. óleo sobre tela 200 x 162 cm 10. Dique no lago de areia. óleo sobre tela 200 x 162 em 11 - 21.

Águias, 1975. onze águas-fortes e xilogravuras 70·x 50 cm 27


ALEMANHA 22 - 52. Sem título, 1975. trinta desenhos e impressões de prova 70x50cm .

Palermo 53. Sem título, 1975. colagem e acrílico sobre alumínio ·26,7 x 21 em (4 peças) 54. Quatro formas brancas, 1975. acrílico sobre alumínio 26,7 x 21 em (4 peças) 55. Sem título (amarelo), 1975. acrílico sobre alumínio 26,7 x 21 cm (4 peç;ts) 56. Vermelho, amarelo e azul, 1975. acrilico sobre alumínio 26,7 x 21 (4peças)

57. Branco, vermelho e preto (para H. Friedrich), 1975. acrílico sobre alumínio 26,7 x 21 em (3 peças) 58. Coney lsland I, 1975. acrílico sobre alumínio 26,7 x 21 cnl.(4 peças) 59. Coney Island 11, 1975. acrílico sobre alumínio 26,7 x II cm (4 peças)

60. O regresso, 1975. acrílico sobre alumínio 26,7 x 21 em (4 peças)

28

Sigmar Polke 61. Senhora cavalo (<:avalgada pela Alemanha), 1975. dispersão sobre tela 180 x 150 em 62. Caveira (cosmético de mercúrio), 1975. dispersão sobre linex 200 x 150 cm 63. Senhora naguilé (folclore de s~nho no Bar do Crocodilo), 1975. técnica mista, tela levemente corroída 130 x 150 cm 64. Chicote "Art Deco" (hésame, hésame mucho). dispersão sobre tela ISO x 150 cm Kunsthalle Kiel 65. Tango, 1973. óleo e carvão sobre tecido 194 x 194 em e no x 130 em (2 peças) Galerie Springer, Berlim 66. Mulher se penteando. 1963-69. óleo sobre tela Coleção Stroher, Landesmuseum Darmstadt 67. Casalzinho, 1972. óleo sobre tela ISO x 150 cm Coleção Stroher, Landesmuseum Darmstadt 68. Domadora (circo), 1968. dispersão em tinta sintética 180 x 240 cm Coleção Franke,.Munique

69. Sáurios, 1974. óleo sobre tela 130 x 150 em Beatrice. Hagenauer, Zurique


ARGENTINA Exposição organizada pelo Ministério de Relações Exteriores e Culto, Buenos Aires. Comissário: Roberto Del Villano Conta Gropius, em suas memórias, que em pleno auge da Bauhaus, um desses críticos profetas, que nunca faltam, ocupou a tribuna para anunciar que as artes plásticas tradicionais seriam absorvidas definitivamente pelo desenho· industrial. Em meio à agitação geral, um dos mestres voltou silenciosamente a seu estúdio, retomou seus pincéis e continuou sua paciente e teimosa tarefa como se nada houvesse acontecido. Chamava-se Paul Klee. A história registra seu nome, do mesmo modo que esqueceu o daquele apocalíptico anunciador de fatídicas notícias. Se bem que a história nunca se repita com exatidão, sóe ocorrer que, em épocas de crise, os homens se comportem de modo análogo. N estes últimos anos temos tido oportunidade de ouvir uma vez mais o anúncio da morte da pintura de cavalete, a definitiva sujeição da arte à tecnologia:, ou a assimilação do conceito expressivo do trabalho estético pela mais ampla rede do mundo da comunicação. Não obstante a ferocidade das oposições - ao menos na Argentina - há artistas que continuam trabalhando com lápis e pincel nas mãos e que parecem nâo estar dispostos a abandonar tão antigos instrumentos de trabalho. Será por demais interessante a confrontação de suas descobertas com as daqueles que, ou persistem na mesma teimosia, ou já se lançaram por ramos mais espetaculalares e, por que não dizê-lo, mais curtos, no campo da conquista espiritual. Não é nossa intenção negar técnicas novas nem obstruir caminhos que de algum modo conduzam (através da visão para as artes visuais) a essas metas daquilo que perdura frente ao que parece em termos de criatividade humana.

Não acreditamos que, no domínio da criação, o media-o tismoda arte possa ser substituído pelo imediatismo de outro tipo de urgências. Talo critério que sem dúvida norteia esta seleção da obra dos artistas argentinos. Vidas inteiras, de dedicação sem esmorecimentos, presidem o trabalho destes mestres argentinos. Para quem confunda mestria com senectude, lembramos que todos os mestres, em algum momento de suas vidas, foram mais jovens, e que muitos deles não chegaram à velhice. Expoentes máximos de suas respectivas tendências (o que não exclui a existencia de outros expoentes), cada um deles representa o altíssimo grau de depuração a que chegou a arte de nossa América. A construção de timbre metálico de Alfredo Hlito, um dos precursores do concretismo continental, temperada hoje pela cor de ecos impressionistas; a pintura a aquarela de Roux, cujos registros tonais o fazem credor do triunfo das mais brilhantes tradições barrocas, leia-se Velázquez, Rembrandt e Goya, sem esquecer a ascendência gaulesa dos Poussin e dos David, tudo banhado pela luz do Rio da Prata; os desenhos sabiamente coloridos de Benedit, que trazem à lembrança Leonardo, que, como ele gostav.a de acercar-se dó mundo da ciência e da invençâo mecânica; as construções densas de experiência espacial e de significado poético de María Simon, que reúnem a dupla tradição cultural de nossa terra, toda essa riqueza de sensibilidade e inteligência foi dirigida a esse mundo maravilhoso, e para nós inesgotável, das artes plásticas; inesgotável à medida do gênio dos criadores que continuem capazes de arrancar vibração e luz espiritual ao mundo inerte da matéria. Rafael Squirru

29


ARGENTINA

Guillermo RouxNasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1929. Recebeu na infância as primeiras lições de arte de seu pai, Raúl, conhecido ilustrador. Cursou a Academia Nacional de Belas Artes, em Buenos Aires. De 1954 a 1959 residiu em Roma, onde ingressou em uma bottega. Praticou aí a técnica do afresco, do mosaico, da escultura e do desenho arquitetônico. Estudou nos museus e dedicou-se à cópia dos grandes mestres. Viajou por toda a Itália, França, Portugal e Espanha. Em 1959 voltou à Argentina, indo residir em Jujuy por seis anos. Esteve em Nova Iorque durante os anos de 1965 e 1966, tendo conquistado o primeiro prêmio do Graphic International Studio, para ilustrar os clássicos norte-americanos. Retornou à Argentina em 1967, fixando residência em Buenos Aires, onde atualmente trabalha. Teve suas obras apresentadas nas seguintes exposições individuais: Galeria Peuser, Buenos Aires, 1951; Desenhos e collages. na Galeria Bonino, Buenos Aires, 1969; Desenhos e aquarelas, na Galeria do Triângulo, Buenos Aires, 1971; Desenhos e aquarelas, na Galeria Bonino, Buenos Aires, 1972; AqJarelas, na Marlborough Fine Art, Londres, Inglaterra, 1973; Desenhos e aquarelas, na Galeria Buchholz, Munique, Alemanha, 1974. Seus trabalhos figuram no acervo das seguintesinstituições: Fondo Nacional de las Artes, Buenos Aires; Museu de Arte Moderna, Nova Iorque;Coleção Graphische Sammlung (Galerie Verein), Munique: Universidade do Texas, Estados Unidos; Coleção René Withofs, Bruxelas; Coleção da Galeria Buchholz, Munique; Coleção Galeria Buchholz, Bogotá, e coleções particulares. "Esta simbiose objeto-homem está intimamente ligada a Ionesco e a Beckett, e expressa a nulidade da vida diá. ria, a banalidade dos atos e das palavras rotineiraS. Sem dúvida Roux não dissolve o cerebral, o racionalmente

30

demonstrável, no nada puro. Até a anatomia alenta a idéia de uma alma: a identidade de alma e corpo é o verdadeiro tema de Roux; seria impossível querer relacioná-lo com o surrealismo. Não analisa nem extrai motivações do inconsciente ... Um pintor que expressa mais pelo que esconde, do que outros fazem pela ostentação, assim como há já algum tempo não tínhamos oportunidade de ver." Doris Schmidt in Die Zeit, Munique, 24-6-74.

"Roux, em seus trabalhos, demonstra o poder de comunicação intrínseco de sua pintura. Seu alto nível transcendente está sempre ligado a uma arte de tensões, de desassossegos ... " Frederico Martino in Revista Redacción, n.O 27, Buenos Aires, mlio-75. "Uma vez mais, está o mundo entre o ideal e o atroz dos antepassados, esse mundo no qual Roux faz, da simbiose de personagens severas e móveis funéreos, uma ferramenta da mais cruel e penetrante poesia ( ... ) dessa vertigem Roux extrai seus melhores efeitos, apesar de não sér absolutamente um pintor de efeitos. Ao contrário, o vigor de sua técnica impecável não se permite o menor excesso; e o pavor quase mágico que é suscitado por suas criações - tal é a perfeição evocadora das aparências materiais - é detido também nos limites do suportável, pela absoluta harmonia da composição e do colorido." Ernesto Schóo in Revista Panorama, Buenos Aires, 7-2-74 .


ARGENTINA

María Simon Nasceu em Tucumán, Argentina. Estudou escultura com Jean Labourette e com Libero Baddi. Apresentou-se em 1963 na Exposição Rioboo, em Buenos Aires. Em 1964 viajou para Londres com bolsa de estudos do Conselho Britânico. Nesse mesmo ano expôs no Instituto de Arte Contemporânea I.C. A ., em Londres, e publicou um livro, Strangers, em colaboração com o poeta Michael Horowitz. Conquista em 1966 o prêmio' 'Georges Braque" , em Buenos Aires. Passou a viver em Paris e expôs, ainda em 1966, na Galeria lris Clert; no Museu de Belas Artes de Buenos Aires (Plásticas com Plásticos); no Instituto Di Tella, Buenos Aires, além de Técnicas e Materiais, no Museu de Belas Artes de Buenos Aires. No ano seguinte, participou do "Salon de Mai", em Paris. No ano de 1968 seus trabalhos figuraram nas seguintes mostras: Plásticas com Plásticos e Técnicas e Materiais, no Museu de Belas Artes, Buenos Aires; exposição\no Instituto Di Tella, Buenos Aires, e no "Salon de Mai" , em Paris. Em 1971 apresentou-se em Metal e Arte, no Museu de Arte Moderna, de Buenos Aires, bem como no "Salon de Mai" e "Réalités NouveUes" , em Paris. Participou em 1972 da Bienal de Menton, na França, e figurou novamene no "Salon de Mai" e em "Réalités Nouvelles"; apresentando-se ainda em A escultura na cidade, nQ Palácio dos Doges. Nesse mesmo ano concorreu às Bienais de Veneza e de Tóquio. No ano seguinte participou da Bienal da Tapeçaria de Lausanne1 da Bienal da Gravura de Lubjana, da IH Bienal da Gravura de Porto Rico, além de figurar nas exposições das galerias: Space 2000, Bruxelas; Denise René e Varenne, Paris. Compareceu, em 1974, ao I Simpósio de Escultura na cidade, em Santa Cruz de Tenerife, e ~pôs nas galerias Denise René e Aele, em Madrid. Suas obras foram também apresentadas no Museu de Arte Moderna, de Paris; no Museu de Belas Artes, de Bordeaux, e no Museu de Arte Moderna da cidade de Paris. No corrente ano realizou uma exposição no Centro VenezuelanoArgentino, em Caracas.

Alfredo Hlito Nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1923. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes. Suas primeiras pinturas abstratas datam de 1945. Participou da fundação do Grupo de Arte Concreta, em 1946, bem como das exposições desse movimento, além de publicar trabalhos teóricos nas revistas Arte Concreta e Nueva Visión. Em 1952 figurou na exposição Pintura e Escultura deste Século, no Museu Nacional de Belas Artes, de Buenos Aires. No ano seguinte realizou uma viagem à Europa, participou de duas exposições coletivas de artistas argentinos, uma no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro, e outra no Stedjelik Museum de Amsterdam, obteve um prêmio de aquisição na Bienal de São Paulo e apresentou-se na Exposição de Arte Argentina, em Nova Delhi. Em 1956 concorreu à Bienal de Veneza e figurou na exposição Cem Anos de Pintura Argentina, em Washington. No ano de 1960 participou da Exposição·· Internacional de Arte Concreta, do Museu Kunsthaus, em Zurique, e exibiu a série Espectros, pinturas haseadas nos efeitos puramente lumlnicos da cor, na Exposição da Galeria Bonino, em Buenos Aires. Participou,no ano seguinte, da Exposição Arte Contemporânea Argentina, do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; da Bienal de São Paulo e da Exposição Pintura e Escultura Moderna Argentina na Inglaterra. Em 1963 suas obras foram apresentadas na Exposição de,Pintura Argentina, no Chile, e na Exposição da Galeria Rubbers em Buenos Aires. No ano seguinte mudou-se para o Mé::·· xico, onde residiu durante nove anos. Figurou na Exposição Arte Latino-Americana Desde a Independência, no Palácio de Belas Artes, no México, em 1967. No ano seguinte participa da exposição retrospectiva do Movimento Arte Concreta Invenção, na Sociedade Hebraica Argentina, em Buenos Aires, além de realizar uma retrospectiva individual no Palácio de Belas Artes do México. Em 1973. expôs na Galeria Carmen Waugh, em Buenos Aires, aonde voltou a residir. 31


ARGENTINA

Suas obras figuram em museus e coleções particulares em vários países. . 'Um fato que eu considero particularmente significativo é o regresso de Alfredo Hlitoà Argentina. Trata-se de um ato de afirmação como sempre o foi sua pintura. Sua permanência no México permitiu-lhe trabalhar isoladamente, em plena liberdade, segundo ele próprio atesta. Um luxo difícil de ser alcançado, também para o artista que, por vezes conscientemente e por vezes não, autolimita sua capacidade ou se deixa levar por circunstâncias que não permitem seu desenvolvimento autêntico. Aqui, 1974, um Hlito distinto se apresenta, mas também poder-se-ia dizer que é o mesmo Hlito que se afirm;t. Afirmar-se, para um artista, é amadurecer, afinar-se, cristalizar, viver uma imagem. Quase dez anos para indagar uma imagem, processo hoje pouco habitual, ante tantos exploradores de novas imagens em seu afã de descobrir a imagem notícia. Estas obras condicionadas pela reflexão, contrastam, surpreendem e não se incorporam completamente ao esquema habitual de Buenos Aires, parecem estar fora do contexto do panorama a que estamos acostumados: nem manifestos ideológicos, nem elementos do folclore urbano, nem outros apoios figurativos. Participa da abstração, é certo, não geométrica ~ contrariamente ao que teríamos suposto, de acordo com seus antecedentes - a não ser de uma abstração ao serviço da recomposição de uma imagem obsessiva, que se afirma em suas variações, que tem a presença do mágico, que bordejá o surreal, que se expõe e se impõe como presença, frente a quem a interroga. Mais que olhá-la, observâmo-Ia com curiosidade de maneira surda e retraída de comunicação.

32

Fosca como imagem, eloqüente como realização pictórica, sua realidade ambígua seduz profundamente, seja pela francá rudeza sem concessões e pela obstinada presença, seja por seu sensível feitio da melhor tradição, plástica. Dois extremos numa só imagem Mesoamérica, revelada a um nível prístino, autêntico, não banal e manuseado como é comumente conhecido. Imagemdepurada pelo filtro da reflexão e da meditação torna possível que a monumentalidade totêmica de sua estrutura seja realizada com sensibilidade dinâmica pela trama entretecida que Hlito sabe manejar e que tem sido o seu leit-motiv de sempre, para comunicar a dimensão de espaço através de uma constante: a visão ótica. Sem dúvida, atualmente, as dificuldades são maiores, pela introdução na cena - espaço da contraditória e abrupta presença da figura. Já não é mais somente um campo dinâmico com anotações espaciais que o enfatizam. Agora são essas imagens poderosas - não sei como chamá-las de outro modo que enfrentam o espectador de maneira surpreendente, tomando-o, ao início, de assalto, para depois fazê-lo compreender que elas se encontram apoiadas no espaço e que toda sua imponente presença, afirmando-se em sua lei de gravidade, fazendo massa na terra, não é outra coisa senão o vibrante apoio dinâmico, apoio e recurso criativo deste artista. Sem atraiçoar sua capacidade de expressão, com as mesmas regras do jogo praticadas há-muitos anos, Hlito aparece agora com estas presenças atemporais, que me permitem a satisfação de escrever estas linhas de boas vindas a Buenos Aires." Samue1 Paz


ARGENTINA

Luis Fernando Benedit Nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1937. Diplomou"-se em Arquitetura em 1963. Expõe individualmente desde 1961. Residiu em Madrid e em Roma de 1964 até 1968, estudando desenho e paisagística. Desde 1968, suas obras incluem organismos vivos, plantas e animais. Atualmente, reside em Buenos Aires. !e".e .suas. obras apresentadas nas seguintes exposições lOdlvl~uals: Galeria Lirolay, Buenos Aires, 1961 e 1962; Galena R.ubbers, Buenos Aires, -1963; Galeria Lirolay, ~uenos Alres, 1964; Galeria Europa, Paris, 1965; Galena La Ba~ance, Bruxelas, 1966; Galeria Rubbers, Buenos Aires e Exposição Barha Azul, Museu de Arte Moderna de Buenos Aires (juntamente com Vicen"te Marotta e M. Angel Rondano), 1967; Micro"-Zoo, Galeria Rubbers ...lf3uenos Aires, 1968; União Panamericana, Washington, 1969; Galeria Buchholz, Munich, 1972; Projetos, Museu de Arte Moderna de Nova York, 1972; C.A.Y.C., de Buenos Aires, 1973; Galeria Spectrum, Antuérpia, 1975; Galeria Bonino, Buenos Aires, 1975; The Whit~chapel Gallery, Londres, 1975; Galeria Buchholz, Munich, 1975. Se~s ~ra~alhos figuram ainda, a partir de 1961, nas prin~

prlnclpals mostras artísticas de inúmeros países e integram hoje o acervo das seguintes instituições: Museu de Arte Modema, Buenos Aires; Museu de Belas Artes Buenos Aires; Museu de Belas Artes de La Plata; Muse~ Rosa Galisteo de Rodrigues, Santa Fé; Museu de Belas Artes de Tandil; Fundo Nacional das Artes Buenos Aire~; Museu de Arte.Mo~erna, Nova Iorque; Coleção Bramff, Museu da Unlversldade do Texas, Austin; Fundação de Arte de Connecticut; Museu de Rhode Island· Museu da Organização dos Estados Americanos Wa~ shington. " ,

"0 procedimento usado por Benedit para realizar seus desenhos, responde, antes de mais nada, a um vivo sen'" tim ent o de compreensão da natureza e a uma atração científica enriquecedora, demoristrados ao longo de suas múltiplas experiências com plantas e animais. Dessas experiências, as mais importantes quanto a escala, foram as apresentadas na XXXV Bienal de Veneza, em 1970. Na etapa atual, ele opta por uma documentação simples, direta, porém extremamente minuciosa e variada. Em primeiro lugar, situa-se nuO! determinado 10cal. Aí interessa-se pela fauna e pela flora, das quaisescolhe vários exemplares para estudo, registrando dados sobre o dia, hora e lugar exatos, efetuando um levantamento adicional do ambiente. Prossegue com uma descrição naturalista do elemento escolhido, que completa com dados zoológicos ou botânicos, fornecidos por um dióonárioespecializado. Fica então em condições de redesenhar artificialmente o indivíduo, recorrendo a mecanismos mais ou menos complexos. Atinge, assim, o confronto d·o natural e do artificial, uma oposição que é, ao mesmo tempo, uma conjunção. Os desenhos de Benedit possuem a dupla condição de serem esquemas e pontos de partida de um desenvolvimento posterior, porém completo em si mesmo, pois sua apresentação de protótipos de possíveis indivíduos é cheia de vida e de plasticidade. Oferecem o esmero e a sobriedade de um estudo científico, unidos a uma inter- " pretação poética do ambiente natural. Benedit nos propõe assim uma metalinguagem na qual a arte e a técnica, a espontaneidade e a reflexão, encontram um justo meio de equilíbrio." Guillermo Whitelow

33


ARGENTINA

Guillermo Roux 1. Conversação na sala de visitas, 1972, aquarela sobre papel 87 x 65 em 2. Madame Récamier, 1973. aquarela sobre papel 76,5 x 71 em

3. Retrato de menina aquarela sobre papel 58 x 53 em 4. A banda, 1973. aquarela sobre papel 58 x 53 em 5. Sala de espera, 1974. aquarela sobre papel 47,5 x 58 em 6. Jogo interrompido, 1973. aquarela sobre papeI61 x 53,5 em 7. Retrato de família, 1974. aquarela sobre papel 108 x 95 em 8. O tenista, 1974. aquarela sobre papel 57,5 x 82,5 em 9. A visita, 1975. aquarela sobre papel 76 x 87 em 10. Goya e as Mayas, 1975. aquarela sobre papel 104 x 85 em

11. A Gioconda, 1975. aquarela sobre papel 77x67em 34

12. Terceto barroco, 1975. aquarela sobre papel 70 x 100 em

13. Encontro, 1975. aquarela sobre papel 63,5 x 73 em 14. A capa azul, 1972. aquarela sobre papel 96x77 em

María Simon 15. Homenagem a Borges. bronze 128 x 90 x 65 em 16. Caixa N.o 2. bronze 40 x 41 x 45 em

17. Caixa N.o 5. bronze 25 x 15 x 50 em 18. Caixa N.O 3. bronze 30 x 30 x 15 em 19. Caixa N.O 4. bronze 45 x 30 x 43 em 20. Caixa N.o 1. bronze 52 x 52 x 24 em 21. Caixa N.o 1. alumínio 52 x 22 x 35 em 22. Caixa N.o 2. alumínio 22 x 52 x 41 em


ARGENTINA 23. Caixa N.O 3. alumínio 28 x 50 x 25 em 24.'Grande caixa. alumínio 200 x 280 x 250 em 25. Caixa N.o 1 bis. ferro negro '52 x 60 x 17 em 26. Caixa desenvolvida N.o 2. ferro negro 60 x 48 x 47 em 27. Caixa desenvolvida N.o 2 bis. ferro negro 71 x 120 x 95 em 28. Desenvolvimento de caixa N.o 1 fen:p negro 57 x 48 x 58 em 29 - 30. Caixas montadas. ferro negro 48x50x50em 31 - 36. Caixa múltipla. ferro negro 56 x 57 x 23 em 37. Caixa desdobrada. ferro negro 35 x 67 x 46 em 38. Caixa desdobrada. ferro negro 35 x 67 x 46 em 39, Grande caixa desdobrada. ferro negro 205 x 200 x 150 em 40. Tapete caixa prateada. 22Q x 172 em

41 - 44. Sem título. gravuras (alumínio) 45 - 50. Sem título. gravuras (madeira) Alfredo Hlíro 51. Simulacro, 1965. óleo 130 x 100 em 52. Simulacro UI. 1966. -óleo 150 x 100 em 53. Efígie I, 1969. acrílico ' 130 x mo em

54. SimuÍacro 1,1969. acrílico 130 x 100 cin

55. Simulacro 11, 1970. acrílico 130 x 100 em 56. Efígie lacônica, 1970. acrílico 150 x 100 em 57. Efígie, 11, 1970. acrílico 130 x 100 em 58. Efígie, 1971. acrílico 150 x 100 em 59. Efígie oca, 1971. acrílico 15Q:x 100 em

35


ARGENTINA 60. Efígie eloquente, 1972. acrílico ISO x IDO cm

72. Efígie hermética, 1974. acrílico ISO x lIO cm

83. Homenagem a Fabre 10. desenho a tinta e lápis 50 x 70 em.

61. Simulacro VH, 1973. acrílico 130 x 100 c;m

73. Simulacro X, 1975. acrílico 130 x IDO cm

84. Homenagem a Fabre lI. desenho a tinta e lápis 50x70cm

62. Efígie eloquente I, 1973. acrílico ISO x IDO em.

Luis Fernando Benedit

85. Homenagem a Fabre 12. desenho a tinta e lápis 50 x 70 cm

63: Efígieeloquente H, 1973. acrílico 120 x 80 cm 64. Efígie eloquente IH, 1973. acrílico lIO x 80 cm 65. Simulacro V, 1974. acrílico 100 x 80 cm 66. Simulacro VI, 1974. acrílico 100 x 80 em 67. Efígie oca I, 1972. acrílico 80x60cm 68. Simulacro IV, 1975. acrílico 100 x 80 cm 69. Efígie fendida, 1975. acrílico 155 x 120 cm 70. Efígie irrompida, 1974. acrílico 155 x 120 cm

71. Efígie fendida H, acrílico 155 x 120 em 36

1972~

74. Homenagem a Fabre 1. desenho a tinta e lápis 70 x 100 cm 75. Homenagem a Fabre 2. desenho a tinta e lápis 70 x IDO cm 76 Homenagem a Fabre 3. desenho a tinta e lápis 70 x 100 cm 77. Homenagem a Fabre 4. desenho a tinta e lápis 70 x IDO cm 78. Homenagem a Fabre 5. desenho a tinta e lápis 70 x IDO cm 79. Homenagem a Fabre 6. desenho a tinta e lápis 70 x 100 em 80. Homenagem a Fabre 7. desenho a tinta e lápis 70 x IDO cm 81. Homenagem a Fabre 8. desenho a tinta e lápis 70 x IDO em 82. Homenagem a Fabre 9. desenho a tinta e lápis 70 x 100 ctn

86. Homenagem a Fabre 13. desenho a tinta e lápis 50 x 70 em 87. Homenagem a Fabre 14. desenho a tinta e lápis 50 x 70 em 88. Homenagem a Fabre 15. desenho a tinta e lápis 50x 70 em 89. Homenagem a FaDre 16. desenho a tinta e lápis 50 x 70 em

90. Homenagem a Fabre 17. desenho a tinta e lápis 50 x 70 em. 91. Homenagem aFabre 18. desenho a tinia e lápis 50 x 70 em 92. Homenagem a Fabre 19. desenho a tinta e lápis 50 x 70 em


AUSTRÁLIA Exposição organizada pela' 'Craft Association of N ew Wales." Comissário: Mervyn Horton

Imants Tillers Nasceu em julho de 1950, em Sydney, Austrália. Estudou arquitetura na Universidade de Sydney, .de 1969 a 1972. Durante esse período dedicou-se ininterruptamente à pintura, tendo suas obras expostas em várias mostras municipais de arte. Participou também daS' atividades da "Power Fine Arts Shop", a princípio como artista e posteriormente como instrutor. Em 1970 realizou experiências envolvendo a aplicação de métodos de computação como meio auxiliar em pintura. Seu particular objetivo era a elaboração de um programa que permitisse produzir uma distribuição aleat6ria de cores mantendo constante a densidade de cor por unidade de área. Em conexão com seus estudos trabalhou também, em 1972, para engenheiros consultores e participou da pre-

paração de programas de computação. Sua tese de bacharelado (arquitetura) teve o título: "Guia da pintura a óleo para principiantes - um exame de algumas formas de arte pós-objetual, sob um enfoque mais amplo, fora de um contexto histórico da arte." Um apêndice a essa tese incluía unia extensa análise de uma exposição de Joan Grounds, em termos de uma estrutura prdeterminada, e estudos de 28 transformações imagem-estrutura, que constituem a base das obras da Natureza morta n.o 2. Em 1973 foi instrutor de projeto na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Sydney, preparando, ao mesmo tempo, sua primeira mostra individual, Momentos de inércia.

Em 1974 tr:J balhou como desenhista projetista para consultores paisagísticos, além de dedicar-se intensamente à sua obra Conversas com a noiva. "Imants Tillers tem 25 anos e sua biografia artlstlCa tem início somente há seis anos, em 1969, ocasião em que ajudou a envolver Christo's Little Bay e tomou parte em algumas exposições municipais de arte. Não frequentou nenhuma escola de arte e nem teve até recentemente ,muitos contactos com artistas profissionais. Mesmo agora, seus amigos são na maioria artistas que se colocam em posição oblíqua frente à opinião pública e cujos nomes e rostos ainda não são familiares à geração média, já estabelecida, de artistas reais - os premiados em concursos de pintura, os professores seniors das escolas de arte, os que se encarregam de suprir o estoque das galerias. A súbita adoção desse jovem artista pelas instituições de arte australianas, extremamente conservadoras e tímidas (compras pelos colecionadores e galerias; seleção para representar a Austrália na exposição concursó de São Paulo; nomeação para notificação na revista "Arte e Austrália") deve ser significativa. O sistema estabelecido de aprendizado é,' evidentemente, desintegrado. A arte não mais é uma habilidade esotérica num ofício, comunicada através de um sacerdócio, se bem que ainda seja, misteriosamente, uma matéria de eleição. Era uso ter um teste para os verdadeiros artistas que, diúa-se, devia ser objetivo e i:Jdependente de contexto: a excelência do trabalho. Não era suficiente (em teoria - na prática era absolutamente suficiente) ter estudado

37


AUSTRÁ.UA na Slade, sob a orientação de Henry Tonks, ou em Nova York com Hans Hoffmann. Qualquer juri de sensibilidade, formado por membros de associação, deveria ser capacitado a ver imediatamente, ou quase imediatamente, a excelência da boa arte, sem ter que ler primeiro as notas do catálogo. Aí está Imants Tillers (e, naturalmente, ele não está só), sem nenhuma credencial de alguma guilda (corporação) respeitável, obviamente eleito apesar do fato de que ninguém sabe como selecionar um juri. Nem todos os aspectos do novo jogo são irreconhecíveis. Algumas coisas são bastante familiares, apesar deterem uma nova ênfase. A imaginação e a inteligência ainda são respeitadas, mas a inteligência especialmente eclipsou a velha e deslavada idolatria de "qualidade sentida" como sendo uma das mais importantes virtudes artísticas. Entendo, por inteligência, a capacidade de relatar domínios num traçado artístico: revisar uma inteira epistemologia estética, pensando em informação em vez de impressões sensoriais; aliar a arte à biologia, com a vida e com o meio-ambiente; especular quais os sistemas mais significativos do que as relações - na arte assim como na vida. Não entendo, por inteligência, a capacidade de passar por exame de competição de espécie livresca, se bem que Imants Tillers - ganhador de medalha na Universidade de Sydney como graduado em arquitetura - tem certamente essa habilidade. Ou não somente isso. Entendo o poder da invenção que registra continuamente imagens de toda sorte, mesmo de fontes tais como as academicamente depreciativas tais como o oculto e o mágico, ao serviço de novos planos e analogias. E por "imaginação", eu entendo a capacidade de pensar esses temas através de termos concretos, e de manifesta-los nas formas públicas de arte. Imants Tillers foi influenciado pdo trabalho do biologista von Bertalanaffy, Teoria dos Sistemas Gerais, mais ainda do que - digamos - por "Arte e Cultura" de Greenberg, não porque ele fosse um jovem especialista de preferênci~ no campo científico, a quem não tinha sido dito o que um ambicioso artista deveria ler, mas

38

simplesmente porque é absolutamente uma construção humana mais profunda em seu próprio direito, mais relevante para a vida e, enfim, mais poderosa para a arte. Em um ato de notas para Natureza morta n.o 1 (de: Momentos de inércia, 1973), ele escreve: "Quando as peças se encontram num espaço de exposição, as partes individuais do sistema serão arranjadas de modo fortuito ou casualmente ... O problema (da compreensão) é levantado porque o pensamento ocidental tem sido em termos relacionais (por exemplo, pensamento em termos de calor e frio, preto e branco, dia e noite, vida e morte) e o queé aqui apresentado é uma situação que é plenamente compreensível somente em termos holísticos - isto é, tratando cada peça como parte de um esduema organizacional maior, não tendo merecimento intrínseco artístico algum em si mesmo, meramente um valor posicional dentro do sistema. É uma espécie esquisita de gracejo dizer que os colecio-

nadores irão agora comprar elementos de um sistema de Tillers para dependurar nas paredes de suas casas (para todo o mundo, como se fossem pinturas), entre as coisas que são pinturas - e não sofrem na comparação. As obras de Imants tillers se desenvolveram, e individualmente atingiram uma complexidade e uma alusividade, que não pode ser apresentada num breve artigo geral, como este. Mesmo sendo planamente, descrever essa produção que abrange seis anos, iria exceder a quota de espaço não deixando espaço algum para interpretação, argumentos e crítica. Uma lista de verificação com breves notas pelo artista, excluindo comentários, ocupa quinze folhas de papel almaço e deveria ser publicada separadamente. Tão facetada é a obra, que a gente poderia devotar um artigo a esse aspecto, perguntando-se por exemplo porque uma obra de Adrian Feint (um artista de nenhuma preeminência) está quase obscurecida sob as sequências de Momentos de inércia, de Tillers.


AUSTRÁLIA Imants Tillers (às vezes, ele se assina Immensa Thrills - PalpitaçÕes Imens;ls) respeita imediatamente Marcel Duchamp, e as obras qU(j ele preparou para a Bienal de São Paulo são, de certo modo, uma reconstrução de O grande vidro. "De certo modo", na verdade, pois Conversas com a noiva (como poderia se intitular a obra) não se parece de maneira alguma com A noiva despida ... Reconstruçíio é a palavra exata para o processo a que as imagens e as idéias são submetid!!;s no pensamento de Imants Tillers, em parte através de um cálculo ou de uma máquina de transformações lógicas, e em parte através de oportunidade fortuita, coincidência e acidente. Seu processo produtivo repercute um processo natural: macroscopicamente, há uma coerência e uma continuidade, ao passo que a fundação atômica ou genética é imprevisível e propensa à mutação. O primeiro problema, a se considerar com esses sistemas e reconstruções, é o de compreendê-los apropriadamente, e isso reque~ tempo e paciência. Não entendo, com isso, o ú:mp()' e a paciência do contemplador desinteressado, que pode não interpretar mal a essência estética de sua alrha de corrente modernista nos primei.ros cinco minutos de exposição inerte, mas por vezes muito mais ativa e probatória, demandando seja pensamento inquisitivo, seja ação. Muitos artistas pós-objetuais fizeram somente a mais superficial ruptura com o formalismo, o apresentacionalismo e a sensibilidade de elite. Eles trabalham num novo meio, incorporando talvez uma extensão exagerada (seja espacial, seja temporal), mas são fundamentalmente executores de padrões bonitos, cujos modelos são tornados artificialmente de acesso difícil e cujos apre~i.1dores constituem um sub-grupo de público com bons olhos. É a característica dessa espécie de artistas que ele ou ela esteja reticente e enigmático quanto à obra, mc:~no ao ponto de insistir, às estetas dos anos-passados, de que ele fala para sipróprio~ ou não. Há sempre, naturalmente, um fim para o que pode ser dito, ou mostrado, sobre o trabalho de arte, mas esse fim é usual-

mente um· tanto mais além do que se pode supor -.e mesmo quando isso é alcançado, níio é o caso de que a apreciação da arte, como arte, se encontre toda e unicamente no lado longínquo de um entendimento mais rico. Ao contrário, muito disso, senão a sua maior parte se encontra dentro dos limites do discutível, e já te~ sido realizado. Imants Tillers ,não é um obscurantista, se bem que sua obra não se explique a si mesma. Contra a semente contemporânea ele está pront,o a falar e escrever sobre o assunto e a colocar o expectador, o mais próximo possível, em sua própria posição para compreender o assunto. O enigma final, se é que há um, é intrínseco e não a consequência de um acanhamento irritante, ou de um artifício pretensioso. Nada do que o artista faz é insincero: para o inquiridor paciente ele deitará todas as cartas sobre a mesa. Se o jogo permanece misterioso, o artista é tão vítima quanto qualquer um de nós. Disse já que nem um catálogo compreensivo nem mesmo a análise de um trabalho é possível de ser apresentada a fundo no 'presente espaço. Nem serviria, um maço de fotografias casuais dar a essas páginas nada a não ser um ar agradável, sem sentido e intrigante, pois ninguém poderia ser fotógrafo de uma obra de arte, e- nada daria a razão dos sistemas aos quais elas pertencem, num sentido deduzível. Uma peça maior, Momentos de inércia, já foi vista nas galerias, e publicada e?I C.A.S. Broadsheet, no número de Janeiro de 1974. Também irá aparecer no próximo número, para 73-74, que setor~ou uma publicação bienal, devido a pressões econômIcas da Europa, e poderá, eventualmente, aparecer como "75-76". A obra Conversas com a noiva irá aparecer, com documentação de auxílio, na Bienal de São Paulo, mais adiante, neste ano. O uso mais sensível desse espaço pode portanto ser o de dar uma aceitação mais a~pJa para um trabalho, comparativamente pouco conhecIdo, para o qual, algumas folhas das notas do artista são disponíveis, assim como a documentação fotográfica da descrição do artista.

39


AUSTRÁLIA Anexo, é uma obra que foi feita para a trienal de escultura de Mildura, de 1973, e deve ter sido uma das peças menos entendidas nessa exposição, pois havia tão pouco para ser visto. Há já um paradoxo, porque envergava, ou cingia, o espaço inteiro. Eis que o artista escreveu sobre o trabalho: "Essa peça consiste de duas tendas, barbantes, grampos, conectores e fotografias. As duas tendas são colocadas sobre o diâmetro do círculo maior (aproximadamente 500 pés), que pode ser contido dentro dos limites da Paisagem escultural, nos pontos em que esse círculo tuca esses limites físicos". Donald Brook Imanls Tillm e

andefinif30 da arle na Austrália

George Baldessin Nasceu em Melbourne e~ 1939. Estudou no Real Instituto de Tecnologia de Melbourne, entre 1958 e 1961, e na Chelsea School of Art, em Londres, em 1962. Nesse mesmo ano e no seguinte frequentou também a Academia de Belas Artes de Brera, Milão. Retomou à Austrália em 1964 e, em 1966, tendo recebida o prêmio de escultura "AJcorso Sekers", visitou o Japão. Figurou nas seguintes exposições: Gravura Australiana em Revista, 1963; Gravuras Australianas Hoje, 1966; Bienal Internacional da Gravura de Ljubljana, 1966~8-70; Bienal Internacional da Gravura de Bradford, 1969; Bienal Internacional da Gravura de Cra.cóvia, 1969; A Estampa Australiana, 1971; Gravuras Australianas ContemporAneas, na Nova Zelândia, 1971; Imagens - Gravuras Australianas, na índia, 1971; Gravuras Australianas, no Victoria and Albert Museum, Londres, 1972; Pintura e Escultura Contempoclnea da -Austrália, na Nova ZelAildia, 1973-. Suas obras integram () acervo das seguintes instituições: Museu de Arte Moderna~ Nova Iorque; Coleções Na40

cionais Australianas, Camberra; Todas as Galeria's Estatais; Galerias Municipais de BaJIarat, Newcasde; Geelong, Launceston e Shepparton. "O trabalho de George Baldessin, que será apresentado na Bienal de São Paulo este ano, na representação da Austrália, nos proporciona um resumo dinâmico de sua carreira artística até o presente momento. Uma avaliação de seu treinamento e subsequente trabalho, revela o crescimento e a formação fundamental desses trabalhos embora, também, proporcione uma chave para o entendimento da individualidade excepcional, e da natureza e significado de sua forma. Biomhos ocasionais com a"anjos para assenlo são fórmadospor sete painéis gravadós, suspensos por colunas, com uma cadeira não funcional em cada extremidade. Imagens ocasionais de um fuarto de cidade, são apresentadas em uma gravura única, formada por vinte e cinco ilustrações sobre papel laminado de prata. Entre 1958 e 1961, Baldessin frequentou o Instituto Real de Tecnologia de Melbourne. Nesse período, dedicou-se ao estudo da pint~ra e da técnica da gravura, produzindo só ocasionalmertte trabalhos tri-dimensionais. Sua arte, durante esse período -embora historicamente falando, a arte australiana das décadas de 40 e dos primeiros anos da de 50 fosse de um estilo expressionista, especialmente em Melbourne, e nos últimos anos da década de 50 se dividisse entre um decrescente interesse na Escola de Paris e o Expressionismo Abstrato Americano - não se enquadra em nenhuma tradição ou escola. A posição individual de Baldessin pode ser talvez caracterizada pelos tipos de transgressões que ele fez de um meio para outro durante esses anos. Seu trabalho mostra uma capacidade de negligenciar as tradições e as delimitações impostas sobre os vários meios-ambientes, e consequentementeao tempo em que ele, pela primeira vez, pintou sua ~scultura causando a si mesmo olhares de desagrado dos escultores puristas da época, seu desejo era encontrar uma técnica e uin material que facilitassem uma melhor solução para seu intento. Em 1962: Baldessin foi a Londres, onde frequentou aulas ao vivo e usou da prensa para gravura


AUSTRALIA na Escola de Arte de Chelsea. Foi nessa altura dos acontecimentos que ele decidiu se inscrever na Academia de Belas Artes de Brera, em Milão. Em seu requerimento de inscrição, pediu para ter a oportunidade de trabalhar sob a orientação de Marino Marini. Foi finalmente aceito, graças às qualificações que tinha apresentado, e a uma série de fotografias de suas pinturas, gravuras e desenhos. O que tinha atraído Baldessin para a Academia era o sistema de atelier, onde o estudante trabaartista - sislhava diretamente sob a orientação de tema esse incomum na Austrália. Mais ainda, e isso foi mais importante, Baldessin foi atraído para Marini pela sua capacidade de mudar da pintura para a escultura, levando suas formas e interesses para outro meio, e que esse artista entendia, também, a sua escultura. Enquanto esteve na Academia, Baldessin entrou em estreito contacto com um russo-italiano, AJik Cavaliere; um escultor, neo-dadaísta que trabalhava de maneira figurativa. Foi Cavaliere que deu ênfase a uma necessidade, no trabalho de Baldessin trabalho esse na fase de formaçã~, de romper uma te~dência em direção a um gosto estético e um tanto enrijecido com ascendências para a imagem. A lição foi importante, porque, por ocasião de sua primeira exposição individual na Austrália, em meados de 1964, a sensibilidade cultivada tinha sido profundamente controlada, a elegância minada pela aparência de figuras corpulentas e desajeitadas. Essa colisão de estilos foi subsequentemente mantida e explorada por Baldessin. Frequentemente, a elegância da linha ou a sensualidade da fórma é forçada de volta por Uma aspereza da textura da superfíde, ou a imagem feminina é denegrida pelos arranhões de tipo .. graffitti" , rabiscados ao longo dos corpos.

um

Muitas das imagens e das preocupações mostradas em seu mais recente trabalho, encontram sua fonte nessa primeira exposição. Todavia, a disposição preponderante desses trabalhos primitivos é mais áspera, a rudeza da imagem e a tonalidade pardacenta, criam' uma cena seca e rígida. Essas paisagens e esses interiores são

, povoados por atores, ou talvez sereias, um mágico, e parafernálias de circo.. O filme de Ingmar Bergman . 'Serragem e Broca tel", que Baldessin assistiu em Londres, pode ser isolado como sendo a fonte direta de grande parte de seu trabalho. As figuras, também, são encontradas como que embainhadas em interiores apertados e abafados, e não é senão mais tarde qU,e este mundo introspectivo se abre num espaço lírICO e harmonioso. Na escultura, a figura é sujeita a processo muito maior de enrijecimento, ·as formas se tornam não somente corpulentas, mas também como que inchadas e super-exageradas, ao passo que em outros trabalhos a figura é ou contorcida, ou parcialmente desfigurada, e· quase biomórfica em sua qualidade. Aí, a figura de atriz, à guisa de dançarina, é usada, mal proporcionada e precariamente equilibrada nas pontas dos pés. Como com outras figuras, a verdadeira existência da imagem, está equilibrada. Significativamente, uma das primeiras esculturas exibidas, foi intitulada Personagem e recinto, uma figura feminina de pé contra uma área achatada que circunda a forma. Esse quadro é transportado para a gravura que se torna o meio-ambiente físico e emocional da figura que o habita. De modo crescente, os trabalhos tri-dimensionais mostraram o impulso pictórico fundamental de BaJdessin, que era explicitamenú: levado a efeito por essa invasão de meio-ambiente hi-dimensional, olhando para a figura num espaço habitável, enquanto que também devia se levar em consideração a forma escultural. Aí, novamente, está expressada a irreverência de BaJdessin por uma singular maneira .de estilo de trabalho, e sua maneira de contrabalançar poderosamente essas qualidades nos limites da imagelll. O caráter de sua arte se estendeu, durante os anos d'a década de 60 e os primeiros anos da década de 70, com experimentação vigorosa e subsequente desenvolvimento dos materiais e técnicas por ele usados. BaJdessin usou chapas muito maiores, e por vezes modeladas, e num determinado estágio produzia uma série de estampas, não imprimidas no papel, mas engastando a imagem marcada com tinta entre camadas de resina de polir

41


AUSTRÁLIA peças fundidas. Finalmente, com o uso de fibra de vidro, e mais tarde resina de polir peças fundidas, Baldessin pôde produzir um trabalho como os painéis, Biomhos ocasionais com arranjos para auento. Aí, a forma volumétrica é controlada e achatada pela superfície rigorosamente bi-dimensional e estampada. Foi talvez a qualidade da luz nas gravuras translúcidas, que estimulou seu uso de papellaminado de prata como na estampa contínua, Imagens ocasionais de um quarto de cidade, de que a fonte de luz parece emanar de e não refletir para fora da imagem. Além do mais, a superfície prateada relembra uma das chapas estampadas, e a natureza essencial do próprio meio. Consequentemente, o potencial e a apropriação de imagens industriais e urbanas são facilmente compreendidos. Todavia, estamos novamente postos em confrontação pela ambiguidade e tensão de sua imagem. A formação de tipo esfumaçado na estampa continua poderia também ser uma forma amorfa transitória. Há a presença, em toda sua obra posterior, desse constante inter-jogo e tensão entre a imagem e a retenção da forma. Os interiores são controlados pela estruturação pictórica e a linha tensa da fig~ração é deixada flutuar em largos espaços dilatados. Da mesma forma, esse processo· de mutação permeia o significado do motivo central como se fosse na presença penetrante da imagem feminina. Ela oferece uma sensualidade poderosa. mas indefinível, elegante e assim mesmo se derramando numa foma contorcida e entrelaçada. O que a gente também pode testemunhar, nessa figura, é o processo de despersonalização das primitivas figuras de circo para a representação e finalmente para a personagem. Em ambos os Biomhos ocasionais com a"anjos para auento, e as Imagens ocasionais de um quarto de cidade, é o próprio material escolhido que mede a qualidade de seu comportamento. Considerando a magnitude do empreendimento, as qualidades da arte de Baldessinnessas duas obras, estão agora sujeitas aum exame profundo. Otrabalho exige claramente uma alta ordem de organização pictórica, ao passo que requer um primor e um controle seguro do 42

meio. A vitalidade criativa de Baldessin é revelada na clareza da linha, a articulação e a amplitude do espaço, e no registro sutil e poderoso de sua textura. A arte de Baldes~in reflete a seriedade de seu empenho em descobrir e integrar um meio mais simpático para uma mais completa exploração desses elementos pictóricos e imagem figurativa." Charles Merewether

Imants Tillers 1.

Conversas com a noiva, 197.5.

George Baldessin .2. Imagens ocasionais de um quarto de cid~de, 1975.

3. Biombos ocasionais com

arranjos para assento, 1975.


ÁUSTRIA Exposição organizada pelo Ministério Federal de Educação e Cultura. Comissário: Peter Baum

Cornelius Kolig Nasceu em: Vorderberg; Caríntia,em 1942. Fez o curso secundário em Villach, de 1952 a ·1960. Em 1958 "teve seu primeiro quadro exposto no Landesmuseum da Caríntia, em Klagenfurt, obtendo um prêmio de promoção.TIe 1960 a 1965 estudou na Universidade de Viena e na Academia de Belas Artes de Viena, com Dobrowsky, Boeckl e Weiler. De 19§3 a 1975 realizou diversas exposiçõesindiyiduais, nos principais museus e galerias de Viena, Graz, Klagenfurt, Villach e Linz. Figurou também em várias exposições coletivas, de 1968 a 1974. "Em 1968 ocorreu a primeira ·série de exposições, recebidas pelo público:com um misto de interesse e ceticismo, que fizeram de Cornelius Kolig um dos mais COI1ceituados artistas da vanguarda austríaca, aliás rica em originalidade nos anos sessenta e início dos setenta. Este escultor," criador de objetos e artista gráfico, nasceu em Vorderberg, na Caríntia, em .J942 e mostrou, já cedq, uma atitude flexível diante da experimentação artística. Essa atitude foi uma das principais condições de seu desenvolvimento artístico. E o seu ímpeto exigente de novas experiências pôde servir-se de seu interesse inventivo pOr novos materiais (entre os quais plexiglas, espuma endurecida e PVC), da espontaneidade de suas reações, da Sua riqueza de idéias," e de suas possibilidades de expressão artística extremamente inovadoras.

As· esculturas em pl~xiglas e os objetos criados pelo pintor ·caríndo podem ser ordenados em fases logicamente sucessivas e interpenetrantes.Estas obras foram editadas numa monografi~ sobre oartist'a em 1973, ilustrada abundantemente com fotografias, sendo compiladas pela Edition Tusch. A primeira dessas fases vai de 1962 a 1964. Kolig estudava ainda na Academia· de Belas Artes, que ele terminou em 1965. O primeir<? grupo de seus trabalhos experimentais abrange gravuras-raios-X e esculturas-raios-X. Em 1968, no fim da n fase, surgiram, além de outras obras experimentais de Kolig, seus trabalhos mais antigos em plexiglas colorido, em espuma endurecida e em ferro cromado~ Estas obras são a base da seleção feita ·para a apresentação na atual Bienal de! São Paulo, pois elas são particularmente importantes para a compreensão do conjunto da obri de Kolig e de sua busca e encontro de novas formas estéticas. A parte mais importante da coleção são os trabalhos mais recentes de KoJig, .dos anos de 1974 e 1975, os quais são complementados por vários desenhos a lápis e esboços. Um jogo de futebol de mesa, concebido receqtemente como múltiplo, encerra a coleção. Assim, em claras sequêndas progr~ssivas, Kolig sublinha o seu desenvolvimen;.. to e esforço iniciado há muito com vista ·a ampliar o conceito tradicionalmente estático de escultura. Os impulsos e estímulos mentais que ele - concretizando-os numa Estética provada - coloca constantemente em discussão de um modo sempre novo, contêm algo de contemporâneo,. de sintomático para o nosso hoje, sempre sublinhando a emoção e intuição. Kolig não pretende de modo algum visualizar habilidades 43


AUSTRIA técnicas, que estão à base de seus objetos, em parte muÍto dispendiosos, mas sim transmitir o seu universo de experiências e de formas numa auto identidade de criatividade e arte, feita de inúmeras e imponderáveis relações e associações." Peter Baum

Hans Staudacher Nasceu em 14 de janeiro de 1923, em St. Urban am Ossiachersee, na Caríntia. Autodidata, é membro da Wiener Secession,do Forum Stadtpark, em Graz, e do Karntner Kunstverein, em Klagenfurt. Além da condecoração recebida no' 'Prêmio Marzotto", em 1958, conquistou, em 1965, um dos principais prêmios da Bienal de Tóquio. Em 1975 a Edition Tusch, em Viena, publicou monografia escrita por Peter Baum: Hans Staudacher - Informal Lírico, Leirismo, Ações.

Realizou exposições individuais, de 1948 a 1975, em Villach, Klagenfurt, Viena, Salzburg, Graz, Veneza, Paris, Essen, Copenhague, T(>quio, Karlsruhe e Linz. Desde 1953 tem participado de inúmeras exposições internacionais. "0 pintor Hans Staudacher nasceu no ano de 1923 em St. Urban, na Caríntia, e é considerado há mais, de 20 anos' um dos artistas de pintura não-figurativa mais importantes da Austria. Seus trabalhos devem ser enquadrados sobretudo dentro do informal lírico, utp. estilo dominado pelo gesto e no qual se espelham a tensão e a multiplicidade de uma agitada ortografia. Os quadros escolhidos para a Bienal de São Paulo exemplifi·, caro tal característica. A exposição engloba 35 pinturas a óleo e guaches dos anos 1958 1975.

a

As obras do artista austríaco, impregnadas de momentos, tanto pitorescos 'como gráficos, demonstram, em sua inesgotável riqueza formal e colorida, em todos os seus matizes, tensões e reflexões rítmicas, ora em super-

44

abundância, ora em sobriedade, a capacidade dê assimilação e a potência criativa de seu autor. Os quadros e as folhas de Staudacher, obras em grande formato e seus estudos em miniatura, são, apesar de sua espontaneidade e liberdade de expressão muitas vezes confundidas com pura arbitrariedade, produtos de uma execução artística consciente, feita de um raciocínio alerta e sensível, num permanente prestar-contas-a-si-mesmo do artista, baseado nulil equilíbrio de intelecto e intuição. O objetivo do artista não reside na imagem, porém no quadro como resultado de uma autônoma criação de formas correlacionadas a um"novo sentido. O fator predominante encontra-se na forte ligação de Staudacher à natureza, combinada à absorção de associações do dia a dia moderno, ao fragmentário das nossas relações, à velocidade do hoje ou às possibilidades criadorasdojaz~. Distração e meditação são equivalentes, igualmente necessárias. O sinal, o traço rápido, é significativo em muitas de suas composições. Ele próprio cunho~ o termo quadros-momento. El!=s surgem normalmente etit série, Como produtos do momento, subordinados às condições da forma diáriaartlstica. O jogo improvisado de linhas, manchas e cores é enriquecido com letras, pedaços de palavras e sentenças incompletas. Staudacheras subordina estritamente às circunstâncias da composição. O escrito e o pintado combinam-se de maneira equivalente. Em suas poesias-estampas ele cita contemporâneos famosos, utilizãndo, porém, igualmente o efeito de collage com letras aplicadas em ritmo, maculaturas e outros materiais provenientes de detritos, setor importante para o artista. As interligações e as dependências da arte e da vida, não constituem um lema para Hans Staudacher. A pintura significa para ele - como exemplo de plenitude de vida - uma auto-realização, segundo as' condições a ela aplicáveis. Em sua intensidade e rítmica, em suas ligações transversais, em seu acervo de provérbios,' seus quadros visam ativar o observador.


ÁUSTRIA A conexão à reaJidade encontra-se multiplamente cifrada. A pintura de Hans Staudacher leva à reflexão e não a soluções patenteadas. Como o pr6prio artista disse i:Ima va: seus quadros visam "intervalos de raciocínio."

são raras em sua obra. O artista prefere o modelo generalizado de lima situação de ânimo, de um conflito, renun~iando a q~lquer individualização ou reprodução de t1pO naturabsta. A tensão e a força de suas abstrações reforçam o seu conteúdo real.

Peter Baum

Gotthard Muhr é um artista que se interessa pelo homem no seu abandono existencial, na sua criaturalidade.

Gotthard Muhr Nasceu em 1939 em Schwanenstadt, na Alta Áustria. Estudou de 1958 a 1964 na Academia de Belas Artes de Viena, obtendo o grau de Mestre para Pintura e Artes GráfiCas. Estudou também na Faculdade de Filosofia da Universidade de Viena. Em 1966 recebeu o Prêmio Nacional Austríaco para Artes Gráficas e o Pratlio do Estado da Baixa Áustria no 10.0 Concurso Austríaco de Artes Gráficas, em Innsbruck. De 1969 a 1970 estudou em.Berlim. A part1r de 1965, suas obras são apresentadas em exposiçõc;s individuais em Linz, Viena, Burgenland e Wels, além de figurarem em diversas exposições coletivas, na Áustria e no exterior.

Ele evita, porisso, tudo o que se possa opor à expressão artística adequada de tal atitude. Suas formulações são diretas e imediatas. Elas são vitais na composição, impregnantes e refletidas no traçado tecnicamente perfeito e nos valores da aquatinta - água forte .. Gotthard Muhr rejeita o meramente decorativo. Ele renuncia a todo complemento falso ou anedota distrativa. Quando não se trata de um puro preto e branco ele prefere nas suas gravuras um contraste vermelho e preto pronunciado, que permite gradações e que encontra sempre de novo uma correspondência .na agressividade de seus temas. O que ele tem a dizer, ele o diz sem rodeios. Gotthard Muhr professa com isto o humanismo e a verdade, que não estão menos ameaçados na arte do que na vida." Peter Baum

"As artes gráficas na Áustria depois de 1945 dispõem de uma série de importantes gravadores. Entre estes encontra-se Gotthard Muhr, artista gráfico e pintor, nascidoem 1939· em Schwanenstadt na Alta Áustria. A sua obra pode ser vista como a continuação da tradição expressionista representada na Áustria por EgoD Schiele e Oskar Kokoschka, por Alfred Kubin e Richard Gerstl. A aspereza e agudeza das suas formulações· codificadas tomam-rio, porém, não só um artista original e voluntarioso, mas também extremamente atual e inusitado. Sua arte de se comunicar c<?m as pessoas t~a profundamente. Muhr disseca a psyChé humana e serve-se para isto de 11lila fantasia impregnante e metaf6rica. Rela. ções s~b6licas e insinuações enigmáticas e ocultas não

Cornelius Kolig 1. Sem titulo, 1968. ferro cromado e plexiglas lUS em (altura) 2.

Sem titulo. 1968. ferro cromado e plexiglas 112 em (altura) 45


AUSTRIA 3. Sem título, 1968. ferro cromado e plexiglas 120 em (altura) Neue Galerie der Stadt Linz, Woligang - Gurlitt _ Museum 4. Sem título, 1968. plexiglas, goma-laca e espuma endurecida 54 em (altura) 5. Sem título, 1968. ferro cromado e plexiglas 30 em (altura) 6. Sem título, 1969-70. ferro cromado, PVC e plexiglas 43 em (altura) 7. Sem título, 1969 (75). ferro-bronze cobreado e plexiglas 44 em (altura) 8. Sem título, 1970. plexiglas e alumínio 20 em (altura) 9. Sem título. 1971. ferro cromado, plexiglas, água e bomba de ar 104 em (altura) 10. Sem título, 1971. ferro cromado, plexigJas, clorofila e bomba de ar 91 em (altura) 11. Sem título 1971. ferro cromado e plexiglas 70 em (altura) 12. Jogo de mesa, 1973-75. ferro, alumínio, plexiglas, madeira e couro 13. Sem título, 1973~ plexiglas, madeira e Umpadas tubulares 86 em (altura) 46

14. Sem título, 1974. plexiglas, madeira, ferro cobreado e goma-laca 50 em (altura) 15. Sem título, 1974. plexiglas, madeira, ferro zineado e lâmpadas tubu• lares 150 em (altura) 16. Sem título, 1974 .. ferro e plexiglas 108 em (altura) 17. Sem título, 1974. ferro e plexiglas 120 em (altura) 18. Sem título, 1975. ferro, ferro cromado e plexigla!i 120 em Caltura) 19. Sem título, 1975. ferro e plexiglas 47 em (altura) 20. Sem título, 1975. ferro, ferro cromado e plexiglas 43 em (altura) 21-32. Sem título, 1974-75.' 12 molduras, cada uma com 4 des.enhos, formando um conjunto

Hans Staudacher 33. Poesia objetiva, 1958. óleo e colagem sobre juta 150 x150 em 34. Poesia de aniversário, 1958-59. óleo e colagem sobre juta 155 x 155 em


AUSTRIA 35 Rastros, 1959. óleo e colagem sobre juta· 130 x 200 em 36. Felix Austria (ou O jogo com a dama falsa), 1959. óleo e colagem sobre fibra dura . 95 x 130 em

47. Sem título, 1959. guache 85 x 65 em 48. Dor devida à fricção. 1959. guache 50 x 35 em

37. Série NU, 1960. óleo sobre tela 200 x 160.cm 3.8. Poesia objetiva, H. Chopin, 1960. óleo sobre tela 120 x 100 em 39. Poesia do dia das mães, 1960. óleo sobre juta 95 x 48 em

49. Ida e volta, 1959. guache 50 x 35 em 50. Boliche com nove bolas, 1959. guache 50 x 35 em 51. Primeiro dia dá sorte, 1959. guache . 50 x 3), em

40. Séri~ NU, 1960. óleo sobre tela 160 x 200 em 41.. Poesia objetiva, óleo sobre juta 200 x 160 em

46. Rastros ocres e vermelhos, 1959. guache 76 x 54 cm

J. J. Lévêque, 1961.

42. Série NU, 1964. óleo sobre tela 120 x 100 em

52. O amor tem I, 1959. guache 50 x 35 em 53. Harmonia, 1959. guache. 50 x 35 em

43. Comparação, 1958. guache 65 x 50 em

54. Poesia de números, 1959. guache 50x35em

44. Sem título, 1958. guache 79 x 58,5 em

55. Lírica, 1959. guache 50 x 35 em

45. Da série NU, 1959. aquarela e nanquim 70 x 50cm

56. Ilha azul, 1959. guache 54 x 38 cm 47


AUSTRIA

57.2 x3 = 6, 1959. guache 38,5 x 26,5 cm

68. "38". guache 35 x 50 cm

58. Rastros, 1959. nanquim e aquarela 65x48,5cm.

69. Cometa azul. guache 50 x 70 cm

59. Poesia-DDT, 1959. nanqUlm 70x50cm

70. 1, 2, 3, 1970. nanquim e guache 60x44cm

60. Até a cruz, 1960. nanquim e guache 64,5 x 47,5 cm

71. Poesia explosiva, 1970.

61.

Da série NU, 4

+7 =

guache 60x44cm 11, 1960.

72.

guache 61 x 43 cm

Sem título, 1970. guache 60 x 44 cm

62. Poesia objetiva, Emmanuel Looten, 1960. nanquim e guache 70 x 50 cm

73. O sabe-tudo, 1973. guache 76,5 x 64 cm

63. Assinatura, 1960. guache 50 x 35 cm

74. Sem título, 1973. nanquim e guache 64x48cm

64. A via crueis de cada um, 1960. guache 48,5 x 65 cm

75. AuguSt M. Trost 74, 1975. guache 62,5 x 88 cm

65. Sem título, 1961. guache 53,5 x 76 cm

76. Ilha lírica, 1974. guache 76,5 x 64 cm

66. Mestre de natação Spargel, 1962. guache 50 x 35 cm

77.

67. Sinal ABC, 1963. guache 53,5 x 38,5 cm

78. Sem título, 1974. guache 76,5 x 64 em

48

Expansão, 1974. guache 76,5 x 64 cm


AUSTRIA 79. Composição em azul, 1974. nanquim e guache 70 x 50,S em

89. Participa!, 1972. aquatinta e ponta-seca 30,2 x 14,4 em

80. Amor-vida, 1974. guache 70,5 x SO em

90. Pequeno concerto de sapos, 1972. aquatinta e ponta-seca 35 x 46 em

81. Começar! Terminar! 1975. guache 76,5 x 64 em

91. Verme, 1972. aquatinta e ponta-seca i4,5 x 35,5 em

82. Sem título, 1975. guache 76,S x 64 em

Gotthard Muhr 83. E1;Il , cima e em baixo, 1970.. aquatinta e ponta--seca . 40 x 16,5 em 84. Caracóis, 1970. aquatinta e ponta-seca 31,7 x 44~8 em 85. Ficar fora de si, 1970. aquatinta e ponta-seca 32x 4S em 86. Heróis, 1971. aquatinta e ponta-seca 39 x 42 qn 87. Carregador de cacos, 1971. aquatinta e ponta-sçca 24,4 x 43,8 em 88. Escabelo de camponeses, 1972. aquatinta e ponta-seca· . 37 x 25,8 em

92. Corcunda do caixão, 1973. aquatmta e ponta-seca 36,5 x 32,2 em 93. Subvenções, 1973. aquatinta e ponta-seca 29,7 x 48 em 94. Melhor o gato no saco que nenh um saco, 1973. aquatinta e ponta-seca 35,5 x 34 em 95. Plenitude da cornucópia, 1973. aquatinta e ponta-seca 23,5 x 39,5 em 96. Spitzenreiter, 1973. aquatinta e ponta-seca 34,5 x 39,S em 97. Espeto e caixa de fumo, 1973. aquatinta e ponta-seca 28,4 x 42 em 98. Natureza morta com cavalo, 1973. aquatinta e ponta-seca 32,8 x 46,5 em

49


AUSTRIA

99. O soldado de cavalaria, 1973. aquatinta e ponta-seca 30,5 x 20 cm

104. Homem da bofetada, 1974. aquatinta e ponta-seca 42 x 33 em

100. O Inabalável, 1974. aquatinta. e ponta-seca 39,7 x 29,9 cm

105. Firme, 1975. aquatinta e ponta-seca 36,5 x 56 cm

101. Montanha dos Jodler, 1974. aquatirita e ponta-seca . 39,6 x 56,7 em .

106. Sichelziche, 1975. aquatinta e ponta-seca 34,2 x 18,8 cm

102. Injeção de agressão, 1974. aquatinta e ponta-seca 32,6 x 29 em

107. Salsicha de porco, 1975. aquatinta e ponta-seca 37,5 x 57,3 em

103. Ombudsmann, 1974. aquatinta e ponta-seca 34,7 x 46,2 em

108. Mesa de domingo, 1975. aquatinta e ponta-seca 33 x 49 em

50


BÉLGICA Exposição organizadapeIo "Ministerie van Nationale Opvoeding en Nederlandse Cultuur" Comissário: Paul Delmotte

Desta veZ a Bélgica não focaliza as últimas tendências da arte belga mas solicita a atenção do forum internacional de arte de São Paulo para dois já consagrados artistas flamengos da região de Bruxelas. Ambos nasceram na província de Brabant e cresceram em meio a suas arraigadas tradições, doces e ternas, porém plenas de vitalidade. Seu panteísmo encontrou como fonte o solo fértil e as suaves colinas de Brabant, e também esse toque Bruegheliano tão manifesto no caráter de seus habitantes. EstãO\ambos na casa dos cinquenta, o que implica já terem atingido o pleno desenvolvimento da personalidade e o completo domínio das técnicas de sua arte, e portanto a faculdade de integral auto-expressão. As informações apresentadas no catálogo permitem penetrar o significado mais profundo de suas obras. Exprimo o desejo de que, por ocasião da XIII Bienal de São Paulo, esses dois artistas possam suscitar o mesmo interesse e desfrutar o mesmo reconhecimento' de' que são a]vo na Europa. Paul Delmotte

Rik Poot NasCeu em 1924, entre as brumas da pequena cidade industrial de Vilvorde. Duas impressões antagônicas marcaram-no profundamente: uma atmosfera campestre evocadora das paisa~

gens de Breughel e a inexorável invasão industrial. Em 1944 e 1945 cursou a Academia de Bruxelas. Em

1948 fixou-se em Grimbergen, onde construiu seu próprio ateIier. A necessidade o leva a participar de diversos concurSos. Ainda em 1948 conquista o primeiro -prêmio numa exposição ao ar livre, em Anderlecht. No ano seguinte ganha o Prêmio Godecharle e o Prêmio da cidade de Liege. Cinco vezes premiado em 1953: no _Concurso Internacional do Monumento ao Prisioneiro Político (5.0 prêmio); numa exposição ao ar livre, em Forest (1.0 prêmio); no Concurso Internacional da Sabena (5.0 prêmio); Prêmio da cidade de Bruxelas (1.0 prêniio) e Prêmio de Roma (2.0 prêmio). Em 1954 recebeu menção para o Prêmio da Jovem Escultura e em 1959 conquistou o Prêmio Coopal. Desde 1962 é professor da Escola Nacional Superior de Arquitetura e Artes Visuais "La Cambre", encarregado do curso de escultura. Participa, desde 1948, de todas as exposições ao ar livre tanto na Bélgica como no exterior. Como MarceI Duchamp,-considera que a tualmente o gênio não pode viver senão no "underground" . Realizou exposições individuais em diversas cidades da Bélgica e da Holanda, em Colônia, Düsse1dorf, Môna' co, Paris e Londres. Figurou em exposições coletivas na Holanda, Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Hungria, Bulgária e Canadá.

51


BÉLGICA

Maurice Wijckaert Nasceu em Bruxelas, em 15 de novembro de 1923. Em 1956 participou da fundação da Taptoe. Obteve menções no concurso Jovem Pintura Belga, em 1957, e na VI Bienal de São Paulo, em 1961. . De 1956 a 1975 realizou exposições individuais em Bruxelas, Albisola Mare, Veneza, Essen, Munique, Milão, Colônia, Rotterdam, Deinze, Paris, Anvers, Bergamo e Turim. Participou das seguintes eXP-Qsições internacionais: Galeria Bremer, Berlim, 1956; j01Jem Pint1Wa Belga, Diest, 1958; Instituto Carnegie, Pittsburgh, 1959; VI Bienal de São Paulo, 1961; Museu do século XX,· Viena, 1961; Prêmio Marzotto, 1962; Galeries Pilotes, Lausanne, 1963; Bienal de Veneza, 1964; Instituto Carnegie, Pittsburgh, 1967; Visão, Cor, Palazzo Grassi, 1967; Kunstmarkt, Colônia, 1969-70; 'Salão de Maio, Paris, 1970; Atelier Clot & Blanc, Galeria de França, 1972; Litografias, Palácio de Belas Artes, Cidade do México, 1973; Bienal Internacional de Arte, Campione d'ltalia, Suíça. 1974. Suas obras integram o acervo de diversos museus em Bochum, Bruges, Bruxelas, Gand, Helsinki, Lausanne, Messina, Pittsburgh, São Paulo, Schiedam, Silkeborg, Viena, Milão.

Rik Poot 1. A última hora.

escultura 40 em (altura) 2. Astronauta esquecido, 1968. escultura 25 x 24 em

52

3. Dançarina, 1971. escultura 36,5 x 16 cm 4. Mulher se escondendo, 1971. escultura 75 em (altura)

5. Cavalo estendido, 1975. escultura 70 em (altura) Coleção Vansttenland, Schilde 6. Perto do canal, (homem e mulher). escultura 7S cm (altura) Sztelman, Antuérpia

7. Tartaruga, 1975. escultura 40x40em 8. Cavalo empinado, 1968. escultura 55 x 55 cm

9. A grande concha caracol, 1968-69. escultura 100 x 100 x 220 em Museu Middelheim, Antuérpia 10. Entre carne e pele. escultura 75 em (altura) Gemeentekredient van Belgie, Bruxelas 11. Dormir, 1975. escultura 100 x 100 cm Coleção A. Dewulf, Bruxelas 12. Prisioneiro, 1975. escultura 45 x 30 em Coleção A. Dewulf, Bruxelas


BÉLGICA 13. Cidade próspera. escultura 50x40cm 14. Metamorfose. escultura 45 x 40 cm 15. O estrangeiro. escultura 50 cm (altura) 16. Descanso. escultura 42 cm (altura) 17. O julgamento. prata (n peças) 7 a 8 cm (altura) 18. Planeta dos macacos. bt;onze (l2 peças) 6 em (altura) 19. A assembléia. bronze (9 peças) 6 cm (altura) 20. Objetos diversos. prata (lO peças) 6 a 7 cm (altura) 21. Objetos di versos. bronze (10 peças) 6 a 7 em (altura)

Maurice Wijckaert 22. O olhar longínquo, 1962. pintura 100 x 120 cm Coleção Françoise e Baudouin Michiels

23. Os últimos dias, 1962. pintura 87 x 95 cm Coleção Françoise e Baudouin Michiels 24. O grande campo, 1963. pintura 100 x no cm Coleção Françoise e Baudouin Michiels 25. Os encantos da viagem, 1964. pintura 100 x 81 cm Coleção Françoise e Baudouin Michiels 26. Azuis, 1967. pintura 100 x 120 cm Coleção Françoise e Baudouin Michiels 27. Oh, as belas nuvens, 1966. pintura 100 x 120 cm Coleção Françoise e Baudouin Michiels 28. Pôr do sol, 1968. pintura no x 140 cm Coleção Françoise e Baudouin Michiels 29. Zig-zag Konyor, 1970. pintura 140 x 160 em Coleção Françoise e Baudouin Michiels 30. Poesia e realidade, 1973. pintura 100 x 120 cm Coleção Françoise e· Baudouin Michiels 31. Sem título, 1973. pintura 100 x 120 cm Coleção Françoise e Baudouin Michiels 53


BÉLGICA

32. Sem título, 1972. pintura 50 x 60 em Coleção Françoise e Baudouin Miehiels

40. ComposiçãO vermelha e verde. pintura 100 x 120 em Galeria Carrefour, Bruxelas

33. A chave dos sonhos, 1975. pintura 165 x 200 em Coleção Françoise e Baudouin Miehiels

41. Grandé composição azul, 1975. pintura 240 x 200 em Coleção Lorenzelli,Bérgamo

34. Paisagem em forma de papel de música, 1962. pintura 97 x 130 em GaleriaVan de Loo, Munique

42. Sem título, 1967. pintura 200 x 240 em Coleção Lens de Belas Artes

35. Atrás do espelho, 1967. . pintura 100 x 120 em Galeria Vande Loo, Munique 36. Retrato presumido, 1969.' pintura 100 x 120 em Galeria Van de Loo, Munique 37. Dias felizes, 1972. pintura 89 x 116 em Galeria Van de Loo, Munique 38. A grande abertura, 1973. pintura 100 x 81 em Coleção P. De Groof, Bruxelas 39. Homenagem a S.R., 1967. pintura 140 x 160 em Galeria CarrefQur; Bruxelas

54

43. Sem título, 1969. pintura 100 x 120 em Coleção Lens de Belas Artes 44. Sem título, 1975. pintura 200 x 240 em Coleção Lens de Belas Artes 45. Sem título, 1975. pintura 140.x 160 em Coleção Lens de Belas Artes 46. Vermelho frágil, 1974. pintura 100 x 80 em Coleção Lens de Belas Artes 47. Anima para sempre, 1973. pintura 100 x 80 em Coleção Lens de Belas Artes


BRASIL Exposição organizada a partir das premiações da Bienal Nacional 74 e da seleção efetuada em São Paulo.

Os gregos fascinaram os romanos. Picasso, fascinado, "descobriu" a arte negra e inventou o Cubismo. Nós, os brasileiros, fascinados, descobrimos (e assimilamos) o mundo. Isso foi a partir de 1951. N aquele ano começava a Bienal de São Paulo e a revolução estética que ela traria à nossa pobre, desinformada, raquítica e ingênua arte "contemporânea". Antes da guerra, apenas a Semana de 19~2 tinha alterado, um pouco, o nosso delírio morno, perdido numa nostalgia e idolatria muito exageradas pela Europa. Perdão, pela França. Depoi$ doa guerra surgiram o Museu de Arte 'de São Paulo (MASP) e a Bienal de São Paulo. A .I~rovíncia se assustou um· pouco e os quadros acadêmicos e as estátuas de mármore da Avenida Paulista estremeceram, um pouco, nas suas bases. Naquele tempo, onde andava a arte brasileira? Um pouco (muito expressivo) da arte ocidental ainda está no MASP, o museu-orgulho dos paulistas. Como se sabe, povo pioneiro. Lá na mesma Avenida Paulista. no lugar dos quadros acadêmicos e das estátuas de mármore branco (esverdelldo) está um acervo que resume o pensamento humano de alguns séculos .. Nas paredes brancas e vazias da Bienal de São Paulo não existe nada. Museu-vivo do homem do século vInte, a Bienal de São Paulo não guarda vestígios físicos do que ela mostrou nesses últimos 25 anos. Nem preCisaria, tal a sua força revolucionária e o seu jeito muito especial de reunir, mostrar e absorver a arte do mundo. Para depois começara irradiação. Neste prédio sólido e solene' passou o

pensamento estétiço, político e social do homem do século vinte. Em apenas 25 anos! (Sem esses 25 anos a arte contemporânea brasileira estaria, certamente, na estaca zero. Ou reeditando as discussões da Semana de 22. Ou - ainda - querendo saber se pintura figurativa é mais importante (válida) que a abstrata). A Bienal de São Paulo, repito, é um museu-vivo. Até nisso ela é pioneira e revolucionária. Para quem não tem tempo ou é muito "jovem" (?!) existe a opção arqueológica do vestígio indestrutível: Arquivo & Memória. Perguntas (mesquinhas) que meu irmão me fez ontem à noite, depois do jantar. - Quem é mais construtivo: Francisco Matarazzo Sobrinho ou Pietro Maria Bardi? - Quem é mais "contemporâneo": Walter Zanini ou a c,idade de Brasília? - Quem é mais misterioso: Greta Garbo ou Waldick Soriano? ' - O texto do }õrnalista deve. ser literário ou apenas informativo?' - Quem é mais elegante: Audrey Hepburn, Wilza Carla ou Tereza Leite de Souza Campos? - Quem é

~

melhor: Picasso ou Portinari?

- Quem é mais erudito: o crítico que veio da literatura ou o que saiu do jornalismo? -

Quem é mais sexy: Regina Duarte ou Leonor Fini?

55


BRASIL - Quem está mais lúcido no momento: Roberto Pontual ou Walmir Ayala? ~

Quem é mais honesto: Denise Rennée, Malvina Gelleni ou Pierre Restany? "

- Quem tem, no momento, uma verdade mais "absoluta" : Juscelino Kubistcheck de Oliveira ou D. Evaristo Arns? - Quem faz a melhor diagramação: Vasarely? TV Globo? Jornal da Tarde? Mondrian? Los Angeles Times? Abelardo Zaluar? The New York Times? - Quem é mais brilhante: a estrela Vega ou o stra.rs? - Quem é mais contundente: Telmo Martino quando escreve ou Aracy Amaral quando fala? - Quem é mais alegre: Ed Sullivan ou Chacrinha? - Quem é "Qlais feminina: Florinda Bolkan ou Veruska? - Quem é mais .. nacionalista": Aldemir Martins ou Bernard Buffet? - Na hora do acoplamento quem deu a primeira torção para a direita: a Apollo ou a Soyuz? - Quem é mais original: Claes Oldenburg ou Antonio Henrique Amaral? -

Quem é mais inventivo: Givenchy ou Clodovil?

-

Quem é melhor: Sérgio Mendes ou Ray Conniff?

- Quem renovou mais: Jagoda Buié ou Madeleine Colaço? (Última -

exaustiva - pergunta):

- Quem chegou primeiro: Hartung ou M.aria Bonomi? A revista Veja ou o Time? Emerson Fittippaldi ou "O Sputnik? Tereza D'Amico ou Robert Rauschenberg? Walter Lewy ou Ma.gritte? Cal"tier Bresson· ou Stefania Bril? Albers ou Arcangelo lanelli e Paulo Roberto Leal? Antes foi' o fascínio. Hoje, a realidade. Sem h~ildade e sem introspecção ninguém descobre nada. Nemmesmo a identidade nacional da arte. E Hoje, vale a pena

que cada país tenha sua marca registrada na sua arte? Vale. A grandeza da arte africana aí está, provando, afirmativamente a discutida polêmica. Os Estados Unidos, depois de dois séculos de absorção, apreensão e aquisição da arte universal encontraram seu prórpio caminho a partir da Pop Art. Que, por sua vez, redescobriu um gênio: E. Hopper. (Sua influência na arte atual é enorme~ eficaz. Rememher Rafael Canogar e pelo menos três artistas da Espanha nesta XIII Bienal). E o Brasil, como está depois de 1951? Mal, confuso. Com muito ódio concentrado. Reclamando - sempre e monotonamente - contra a Bienal de São Paulo. Como se ela fosse a culpada pelo vazio da invenção pessoal. Como se ela tivesse a obrigação de dizer (principalmente aos que ainda estão copiando, perdão, assimilando a arte do mundo) que é preciso parar. Parar e pensar. Pensar e .mudar. Mudar e construir. Construir mergulhando - com sinceridade e sem demagogia ou falso ufanismo - na noss~ realidade cultural. Nos nossos problemas sociais, políticos, econômicos. No nos~o folclore tão odiado, incompreendido, desconhecido \~ mal amado.

f: preciso esquecer o fascínio. O delírio também. f: preciso ter a coragem d'a humildade e ver o que somos. f: preciso que a nossa arte reflita a nossa verdade cultural.

f: precjso assumir o que somos. A Arte Brasileira só será respeitada e admirada lá fora. e por nós m~os quando ela for uma extensão natural do que somos. Caso contrário, ainda vão continuar sorrindo de nossos trabalhos,_do nosso número sempre tnaiorde artistas expondo o arremedo (subproduto) da Arte do mundo. Mas hoje, vale a pena ter preocupações com uma arte nacional? Com uma Arte Brasileira? Vale. A Arte Brasileira só vai surgir (ou aparecer) quando esquecermos, também, o '#estilo mediterrâneo" ou "neodás&i,ço" da nossa arquitetura. E quando nossos ápartamentos à beira-mar não tiverem veludo vermelho, móveis dourados, lustres de cristal, prataria. Olney Krüse


BRASIL

Gessiron Alves Franco

(Siron Franco)

Nasceu em Goiás, em 1948. Participou da Bienal Nacional em 1974 e de inúmeras exposições coletivas e individuais no Rio e em São Paulo.

Paulo Emílio da Silveira Lemos Nasceu em Minas Gerais, em 1949. Participou da Bienal Nacional em 1974.

Beatriz R. Dantas Lemos Nasceu em Minas Gerais, em 1949. Expôs na Bienal Nacional, em 1974.

Edison Benício da Luz

(equipe Etsedron)

Proposta Para se identificar o processo de arte contínua dentro dos seus fundamentos primordiais, é bastante acentuar seu caráter ariimístico em relação a um povo, cujas imagens refletem o desespero existencial regressado a si mesmo, uma tensão conflitante e frenética que em todos os sentidos se desenvolve, ultrapassando fronteiras. Tal tipo de manifestação se apresenta engajado no relacionamento cotidiano e contínuo, mais sensivelmente no ponto onde se sincronizam imaginação e criati~ida­ de, bastando para isso que haja liberdade. A sua complementação visceral é multifacetada, consequência da versatilidade de elementos que compõem. cada conjunto isolado. Um dos propósitos desta manifestação conscientizada é trazer à tona uma observação que incide sobre todas as articulações da integração da arte, apoiada no modu.r vivendi de' UJJl, povo, cujas tradições e origens se tornam palco e platéia da tragédia friamente executada com todo o requinte da tecnologia contemporânea - a fragmentação do índio, a destruição de suas raizes culturais e de seu hahitat.

Outra característica da manifestação é procurar introduzir o anti-tempo, consoante baseada na estrutura do hoj'e, uma afirmação que abre um novo conceito de harmonias, originando uma manifestação cujo comportamento e continuidade fundem-se nos labirintos da comunicaçã<?, com razões profundas, comuns, na busca do real e do imaginário. A ânsia em vencer o tempo em relação ao processo veloz, que avança ante os nossos olhos, por sobre os resquícios de valores culturais que cedem lugar ao inautêntico, violentamente consumido por uma massa mal orientada. Tudo isso cria em nós uma inquietação, já antes apresentada, em relação aos nossos valores, um gosto bastante singular, onde há um "que" de aberto e paradoxal. Impulsionam-nos os vexames de uma civilização distorcida nos 'seus valores pela incompreensão do homem, que resulta na destrui'São do próprio homem. Não há em nós a preocupação do enfeite, deixamos isto para outro tipo de anti-arte que vem, falsamente, caracterizar o verdadeiro estilo da arte brasileira. Nem estamos imbuídos de uma concepção romântica de tempos atris, em que o artista se deleitava em reproduzir a nature2a na sua forma mais radical. Há uma concentração de qualidades com o obje~ivo único do enfeite e do supérfluo, ,que fogem ao objetivo da arte de hoje, mas é consumida e absorvida pelo desconhecimento e desinteresse do observador, em forma de espaguete. A arte contínua surgiu para nós como uma necessidade de ,assentar nossos sentimentos em busca de uma arte própria, de cunholuniversal, que se fizesse presente dentro de nossos próprios valores. Entregar-se a uma arte de engodo massificante é prejudicar os processos coletivos e o futuro de uma arte que venha a definir a cultura de um povo. Arte é a' manifestação do espírito dentro do sentido político e sodal e econômico, -e ainda se identifica como a transmissão do espírito no tempo e no espaço. Desgastou-se a imagem da cópia e do lirismo falso, sem conteúdo, de manifestação direta e absorvida, imenso abismo de frases desarticuladas, proferidas 57


BRASIL por fàlsos profetas contemporâneos de imaginação medieval, engendrada· pelo medo e a angústia do futuro mal prenunciado dos consumidores de espaguete.

Ciências

Qual o sentido da arte no mundo de hoje senão retratar os conflitos dos oprimidos perante os opressores, cujos dentes afiados não deixam escapar sua presa? A energia age dentro do ambiente, desarticula as formas, partindo do restrito geométrico, num efeito de doutrinação coletiva, sobre um desenvolvimento de formas anti-naturais que representam a crueldade de uma época ao manifestar-se em várias direÇões.

Valentin Calderon (Arqueo.logia) Geraldo Milton da Silveira (Ciências Médicas) Carvalho Luz (Ciências Médicas) Celia Maria Luz (Ciências Médicas) Humberto Machado (Direito) Altamirando Luz. (Direito) Tiburcio Barreiros (Direito) Pedro Algustinho (Antropologia) DUrval Benício da Luz (Pesquisa Ecológica) José Maria Maia (Ciências Médicas) Marília Porpino Maia (Ciéncias Médicas)

Medo, combate, alma, víscera, agonia e corpo, corpo, corpo, corpo.

Danfa

Você não articula mais, não articula, articula, gesticula, vincula. Passe por nós, diante de nós e perante nós, por mil vezes alcançadas as lamúrias e os emblemas furtivos calcados em si, em si, em si. Entretanto, diria de modo significativo, da forma sem conceito e sem harmonia. Respirar o ar ar arar, ou contar 1,-2,3 até 10

Clyde Morgan (Dançarino) Carlos Magno Lourival Miranda Grimaldi Bonfim (Elementos Etnográficos) Milton Sampaio (Element~s Etnográficos) Arquitetura - plástica

Antonio Luiz M. Andrade (A. L. M. Andrade) ComunicaftJo - lahoratÓl'io

O número nós fazemos sentir presente, a energia age dentro do ambiente again e again, que tudo é questão de recomeçar

Carlos Ramon Sanc,hez

Em várias direções

Fernando Pereira Carlos Francisco de Almeida Sampaio (Chico Diabo) Edison da Luz

Equipe

MNsica

Artes Pltístúas

Djalma Silva Luz Joel Estácio Barbosa

Edison Benício da Luz (autor do projeto) Carlos Francisco de Almeida Sampaio (Chico Diabo) Palmiro Nascimento Cruz Jod EstácioBarbosa Lígia Milton Ronaldo Golcman 58

Cinema

Música - laho,.atÓl'io

Djalma Silva Luz Edison da Luz Carlos Francisco de Almeida Sampaio (Chico Diabo)


BRASIL Crítica de Arte - pesquisa e transposição literária

Ad~sonTavares

Matilde A. de Matos

Nasceu em Fortaleza (Ceará), em 1948. Autodidata, dedicou-se à pesquisa com figuras populares nordestinas, especialmente ex-votos. Participou de várias exposições coletivas em Fortaleza, Belo Horizonte, Santo André e, em São Paulo, da pré-Bienal, em 1970, da Brasil Plástica em 1972 (primeiro prêmio nacional), da XII Bienal, em 1973, e da Bienal Nacional, em 1974.

Poesia Rural e Urbana

Franklin Machado Fotografia - audto-visual

José Olavo Foto - laboratório

Hamilton Luz Música - coral

Samuel Kerr "Arqueologia

Luiz Galdino \

Documentação

Luiz Augusto Milal1ese Dança - laboratório e pesquisa

Edison da Luz Carlos Francisco de Almeida Sampaio (Chico Diabo) Colaboração

Governo do Estado da Bahia Roberto Figueira Santos Maria Amélia Menezes Santos (Senhora do Governador) Solange Hortélio Franco Sônia Pa"ranhos Gantois (Difusão Cultural) Estudos de Elementos Etnográficos

"Filipe Benício da Luz

Medeiros

"Quando estive na Igreja de São Francisco das Chagas, no Caniodé, há alguns anos, à cata de ex-votos do nordeste, não chegava a supor que depois iria ter pela frente, cá t:m São Paulo, um artista capaz de fazer do ex·voto a fonte inspiradora de sua arte simples, agressiva e sincera. O ex-voto representa para os entendidos como a literatura de cordel e a legítima pintura primitiva - uma fonte autêntica e permanente da cultura popular brasileira. E Aderson Medeiros, com suas montagens de aníagem em torno do ex-voto - justamente de São Francisco do Canindé - transmite com realismo a inspiração criativa e a imanente força de comunicação do homem sofrido daquela vasta região do país ... Luís Ernesto M. Kawall "Aderson Medeiros é um pesquisador de seu próprio mundo, um mundo nordestino, com suas figueas típicas, suas cenas sertanejas, seu lirismo místico, s~ dramaticidade. Com um material pobre, consegue comunicar-se e denunciar esse mundo, longínquo interiormente, " mas tão próximo de nós, Iniciou seus tra.balhos na tela, como pintor, mas sua imaginação forte e empreendedora não se sentiu à vontade apenas em duas dimensões. Aos POUCO!!, foi colando ex-votos, e aos poucos as figuras de seu mundo foram-lhe exigindo uma saída. Ao ganhar as três dimensões, os ex-votos de Aderson ganharam a vida, tornaram-se mais que personagens, um dramà vivo. O artista cdou uma obra autêntica, humilde na sua amostragem, mas agressiva e criadora. Nãoé omaterialquefaz o artista, mas exatamenteocon-

59


BRASIL trário. Aderson Medeiros nos faz ver essa verdade." Alberto BeuttenmüIler

Auresnede Pires Stephan Nasceu em São Paulo, em 1947. Estudou comunicação visual e desenho industriaJ na Faculdade Armando Alvares Penteado (São Paulo). Participou das seguintes coletivas: Brasil Plástica,1972; XII Bienal de São Paulo, 1973 e Bienal Nacional, 1974, Em Busca do Verde. Equipe: Auresnede Pires Stephan, coordenação geral,' Antônio Celso Sparapan e Ciro Saito, pesquisa e do~umen­ tação; Luigi Zanotto (Veneza), Matelda Capisani (Veneza), Aldo Caselli (Veneza), Tullio Bonso (Veneza), participa.fão estrangeira com a colaboração de mais de 350 participantes brasileiros.

José Alves de Oliveira Nasceu em Valença do Piauí, em 1916. Participou da Bienal Nacional de São Paulo, em 1974.

José Valentim Rosa (Mestre Valentim) Nasceu em Minas Gerais, em 1911. Apresentou-se na Bienal Nacional de São Paulo, ~1974.

Iazid Thame Nasceu no Rio de Janeiro, em 1931. Autodidata, começou a expor em 1960 no IX Salão de Arte,ly(oderna do Rio de J a n e i r o . ' .

60

Participou, ainda, de exposlçoes coletivas: II Salão Anual de Arte, no Paraná, 1962; Salão Nacional de Arte Moderna, 1962-1964-1968-1970-1971; Salão Paulista de Arte Contemporânea, 1968; Salão Oficial de Santos, 1968; Salão Municipal de Belas Artes, em Belo Horizonte, 1968; Bienal da Bahia, 1968; Bienal de São Paulo, 1969; Exposição de Arte Contemporânea Brasileira, em Milão, Brescia, Berna, Genebra, Barcelona, Viena e Haia, 1970; Pré-Bienal de Cali, Colômbia, 1970; I Bienal de Artes Gráficas, em Cali, Colômbia, 1971; Bienal de Artes Gráficas, em Florença, 1972; 11 Salão de Artes Visuais, em Porto Alegre, 1973; Coletiva "Arte Gráfica Brasileira de Hoje", na E~panha, 1974; Bienal Nacional de São Paulo, 1974; Coletiva "28 Artistas do Brasil", em Lima, Bogotá, Caracas, La Paz, 1975. Individualmente expôs na Galeria Sobradinho, 1962; na Galeria Vila Rica, 1962; na Galeria Cantu, 1968; na Galeria Soleil; na Galeria San Diego e no Museu de Arte Moderna em Bogotá, 1972; na Galeria Ineli, em Porto Alegre, 1973 e na Gale~ia Casarão, em São Paulo, 1974. Bastam, todos num tempo só, num "simples apertar do botão", para que nós fiquemos no completo isolamento, desconhecendo a nós próprios, ou melhor: seremos carcaças ocas e que apenas num simples tocar, lâminas frágeis vão balançar num infinito repleto de luzes desconhecidas. - Refletiremos: - como fomos tolos nesta terra! - Que adiantou a cor que Deus criou e colocou diante de nossos olhos? - Que adiantou o paladar do que nos foi feito deglutir? - Que adiantou o aroma de que nos foi feito abundar os pulmões-? - Que adiantou o canto da natureza se não conseguimos sequer tomar conhecimento ao passar pQr nossos ouvidos? - Que adiantou tatear as ferramentas que nos foram confiadas se não soubemos usá-las devidamente? - Que adiántou não usarmos a intuição e vermos certamente visto o que existia atrás de nós. . .


BRASIL

Flávio Carneiro Nasceu em Belo Horizonte, em 1956. Proposta: REFLEXOS E COZINHA O trabalho apresentado é a aplicação prática de parte de um trabalho teórico sobre arte conceitual. Esta primeira fase limita-se à arte ambiental. Por este motivo não me aprofundarei no aspecto teórico, uma vez que este engloba diversos setores artísticos e se faria necessário o comentário de cada um deles, ainda que façam parte de um todo. Antes de começar a falar sobre a obra em si, faço uma síntese do trabalho teórico para melhor situá-los, colocando-me à disposição para qualquer esclarecimento futuro, no que diz respeito à teoria e/ou àsua aplicação. O trabalho se inicia com uma crítica ao surrealismo, em que se destaca uma série d~ falhas ao nível de desvio da proposta por parte de alguns surrealistas mais con. sagrados que visava muma maior aceitação pública. Desta maneira vieram a prejudicar uma evolução estética. Logo em seguida é realçado um plano válido do surrealismo, que pretendo vir a utilizar como alternativa em arte conceitual. Este plano é relativo à capacidade de atingir o inconsciente, causando reações involuntárias e se liga também ao seu grande teor conotativo, capaz de proporcionar maior número de ínterpretações e portanto de reações. A partir daí, entro em arte conceitual, a partir de uma pequena síntese histórica. -

Retrospecto Histórico (síntese)

Até pouco tempo atrás, o artista era quase que só intuitivo, ou seja, o artista tinha acesso a filósofos, poe-

tas, porém as teorias relativas à arte, principalmente pictórica, deixavam muito a desejar. Com a consagração de teóricos que começaram a surgir no século passado (conseqüência da Revolução Industrial e ascenção da burguesia), o artista começou a ter maior acesso às teorias relativas ao seu trabalho. Atualmente os artistas já têm total acesso a teóricos de comunicação visual, comunicação de massa, estética, semiologia, enfim, a tudo que possa ser usado em suas obras. -

Arte Pensada

Estamos na Época da arte pensada, onde o artista não é, necessariamente, nem deve ser apenas intuitivo. Ele já pode receber uma sérk de informações teóricas e aplicar estes conceitos em seu trabalho. Não prego uma arte totalmente fria e racional, mas a organização do intuitivo no plano ~rtístico. Ainda uma observação: na época em que se estuda assiduamente comunicação, o fator mais importante da obra é a participação de quein está recebendo a mensagem. - Arte Conceitual . . . toda forma de manifestação artística que vise a participação do observador, usando para isto; além da intuição artística, conceitos teóricos aplicados, pª-ra a comunicação com o observador, tomando esta partici. pação como parte da obra. Uma vez que isto não aconteça, a obra não se completa. Ou seja, a obra em si é apenas uma parte da criação artística, a outra é o observador é sua atitude diante da obra, sendo que esta segunda parte também deve s~r indicada pelo artista. Por tudo isto, arte conceitual é arte de vanguarda, é nossa época.

61


BRASIL - O Trabalho; a 'proposta Agora eJ(,plico como foi fcitoo trabalho, em suas di'versas fases, para que se observe um certo método ractonal que partiu do intuitivo para organizá-lo, obedecendo à proposta no setor ambiental. Na primeira fase pensei ao nível das reações. Para se determ1nar um certo tipo de reação, os observadores;se limitam a certas classes sócio / intelectuais, pois para uma reação x, precisamos de um público x, que se identifique .exatamente com a proposta e reaja conforme o programado. Não achei interessante direcionar minha proposta a um . púbI1co determinado. Resolvi usar de uma alternativa surrealista, e parti para uma ampliação do teor conotativo. Desta. maneira. consegui maiores possibilidades de interpretação, podendo atingir a .um maior número de pessoas de tipos diferentes; A partir disto, as reações seriam diferentes a cada interpretação. Passeia exigir Reação, e não Reação Determinada, de maneira que qualquer atitude diante da obra passa a ser. reação, até a não reação, passa a ser uma atitude do observador perante o que cl-tegoua captar na obra. Ainda como reforço a esta alternativa de maior teor conotativo, resolvi trabalhar ao nível do inconsciente, para isto misturando o real ao irreal e a lógica à ilógica, trabalhando com objetos do cotidiano. Após determinar um tema, pensei na linguagem a ser utilizada e eséolhi a fotografia, por ser esta a mais adequada à proposta, ou seja, o real da fotografia, retratando coisas reais ao nível irreal de uma boneca vivendo entre coisas do cotidiano do homem, como objetos de cozinha.

62

Já planejara tudo: só não sabia quantas fotos senam necessárias para retratar uma estória, uma seqüência. Em poucos minutos, juntei todos os objetos que achei necessários, e, em 40 minut<;>s tirei mais de 50 fotografias. Revelei o filme, fiz ampliações e escolhi 30 fotos, com as quais formei uma seqüência. As fotos apresentavam falhas técnicas e de comunicação tremendas, porém a seqüência era boa. A partir delas, comecei a refazer uma por uma com muito cuidado de iluminação e foco e a suprimir ou adicionar objetos, até conseguir a seqüência desejada. Esta parte estava pronta, agora era preciso cuidar do ambiente. A seqüência era um ciclo. O ambiente deveria ser redondo. O nome: Reflexos e Cozinha Reflexos ao nível.de reações e cozinha como cotidiano de qualquer tipo de pessoa, sugerindo um almoço. Determinei o tamanho das fotos e a partir disto comecei a dimensionar o trabalho com base em teorias de comunicação visual. Por exemplo: Alguém, situado a duas vezes e meia a miior dimensão do objeto (no caso: fotografia), está a uma distância que permite uma boa visualização do ambiente e da mesa. Além. disto, foi levado em conta o fator circulação, com base etn estrutura arquitetônica; e a distância entre as fotos, um pouco longa, é proposital para evitar a seqüência muito cinematográfica, que para certo público, pode interferir na reflexão sobre cada foto, vindo a se perder no todo.


BRASIL A mesa no centro é real, palpável, porém existem garfos de mentira (fotos) ao lado de pratos de verdade, pães .. de papel ao lado de pães verdadeiros.

f: uma ceia de· algo humano, um vdório pela toalha negra, e pelo sangue dos copos~ um almoçO' mórbido. O ambiente é branco e vinho, comQ o sangue e a pureza (com espaços vazados) e na saída há uma pia branca com um sabonete sujo de sangue'para que vocês (o públiêo) lavem suas mãos após saborear este almoço, como no cotidiano de sua vida. Não é isso? Qualquer reação é válida . . . Ah! Tem uma parte sonora, só barulho e uma criança chorando ...

Agora podem julgar, ou seja, reagir ao trabalho. A aceitação deste é uma reação, uma reação de um certo ...

públ~o

A não aceitação também é reaçã~, de um outro público ... Flávio Carneiro

Edgar de Carvalho Jr. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1944. Estudou pintura no Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro, de 1963 a 1968. Formou-se.em direito pela F~uldadede Direito da Universidade Federal do Rio.de Janeiro. Foi professor de arte no Museu deBelas Artes e no Museu da Imagem e do Som (Rio de Janeiro). Entre outras, participou das seguintes mostras coletivas: XVI Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro,- 1966; I Feira de Arte do Rio de Janeiro, no Museu de.Arte Moderna, 1969; 11 Salão de Verão, no Museu de Arte Módema, 1970; 11 Feira de· Arte do Rio de Janeiro, no Museu de Arte Moderna, 1970; XIX Sa-

lão Nacional de Arte Moderna, no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, 1970; XX Salão Nacional de Arte Moderna, MEC, Rio de Janeiro, 1971; IV Salão de Verio.J no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, 1972; Bienal Nacional de São Paulo, 1972; XXI Salão Nacional de Arte M:oderna, MEC, 1972; VIII Salão de Arte COntempod.nea de Campinas, 1972; XXII Salão Nadonal de .Arte Moderna, MEC, 1973; Bienal Internacional de São Paulo, 1973; Jovem Arte Coiltempor4nca, no Museu de Arte Contmporinea, 1973; V SaJão de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte, 1973. Realizou a seguinte mostra individual: Museu. Nacional de Belas Artes, 1973. cron8me.tro instrumento de medição do tempo. relógio de grande precisão. ·não foi o relógio, mas a alfabetização reforçada pelo relógio que criou o tempo abstrato elevou o homem a comer, não quando tinha fome, mas na hora de comer. iempo!arle arte/tempo o tempo medido, não segundo a singularidade da e~eriência privada I mas segundo unidades abstratas e Uniformes, gradualmente penetrou tio sentido da vida. não apenas trabalhar;;rnas também comere dormir, acabaram por se acomodar mais· ao relógio do que às necessidades orginicas. a relação homem-tempo cada vez mais se afir.rl1;a. o croDÓmetrona plástica 75 é uma espécie de alerta e que no processo de condicionamento do homem ao relógio e que este sirva para atrasar senão 11lgumas hora·s pelo menos alguns minutos. o desastre total. o homem acorda~ levanta-se, aliinenta-se, trabalha, diverte-se e volta a dormir, 63


BRASIL con~icionado

ao tempo, ao relógio. o relógio tornou-se instrumento de mecanização da sociedade. até as necessidades fisiológicas passaram a sofrer a rapidez disciplinar do tempo. o relógio p~ssa a exercer um papel de sincronização das tarefas humanas. minha agenda estd cheia

é comum numa sociedade moderna, ouvir-se: "hoje minha agenda está cheia": às lOh tenho que ir para o escritório, a audiênda será às 14h, almoçarei às 15h e irei ao bânco sacar o cheque às 16h, chegarei para jantar lá para às 21h. "para o homem· de hoje, o tempo é· picado em pedacinhos". o tempo fala vivemos elétricamente num mundo instantâneo, tempo e espaço seinterpenetram totalmente num mundo espaço-temporal. hoje. é até fácil almoçar às 12 h em nova iorque e ter uma indigestão às 18h em'paris. para marshall mac1uhan em "os ineios de comunicação" o relógio é uma máquina que produz segundos, minutos e horas em linha de montagem. processado desta forma uniforme, o tempo . se vê separado dos ritmos da experiência humana. em suma, o relógio mednico contribui para criar· aim.agem deJlm universo numericamente quantificado e meéilnicamente acionado, os sonetos de shakespeare estão repletos dos temas ligados à vida diária, medida pelo relógio. . quç horas são?

nas sociedades modernas a pontualidade se torna vital para· a afirmação ou mesmo à sobrevivência de um individuo, em determinada 64 ,

área.social. "bato cartão às 8h, como este ano não tive nenhum atraso ou falta, recebi uma promoção"; me atrasei hoje 15m, será que vão descontar no meu ordenado?"; tenho dentista marcado para às 10h"; entro no outro emprego às 13h"; "teriho aula a partir das 7h"; "se chegar atrasado cinco minutos o professor não deixa entrar"; "o ônibus sairá às 14h30m". por outro lado, leonard doob, em "comunicação na áfrica" cita "o turbante, a espada e, hoje, o despertador, são usados ou carregados para significar elevada posição social". pode-se presumir que muito tempo vai-se passar até que o africano consulte o relógio, a fim de ser pontual . . . rádio-relógio: a hora certa minuto a minuto

até a chegada dos missionários no século 17, chineses e japoneses, por milhares de anos, haviam medido o tempo por graduações de incensos. não somente as horas e os dias, mas também .as estações e os signos zodiacais eram simultaneamente indicados por uma sucessão de fragrâncias cuidadosamente coordenadas. grandes mudanças ocorreram no ocidente quando se descobriu a ~ssibi1idade como algo que aContece entre dois pontos. na era da eletrônica, a sofisticação em termos de medição do tempo adquiriu várias formas. a música ou o noticiário que são interrompidos para um locutor dizer a hora, as rádios que dedicam sua programação inteira voltada em tomo da hora - a rádio-relógio. as tvs que jogam no vídeo de minuto a minuto a hora certa. O relógio digital colocado em lugares estratégicos.


BRASIL

Evandro Carlos Jardim

Ermelindo Nardin

Nasceu em São Paulo, em 1935. Estudou na Escola de Belas Artes de São Paulo, de 1953 a 1959. Fez o curso de gravura em metal, sob a orientação do Professor Francisco Domingo (1956-57).

Nasceu em Piracicaba, em 1940. Estudou na Escola de Belas Arte de São Paulo, no período de 1957 a 1962. Fez curso de gravura sob a orientação do Prof. Domingos Segura, de 1959 a 1962. Lecionou xdogravura na Escola de Belas Artes de São Paulo, de 1961 a 1962. Participou freqüentemente de exposições coletivas, das quais destacam-se: Jovem Arte Contemporânea, MAC São Paulo, em 1967, 1968, 1970 e 1971; II Bienal de Artes Plásticas, Salvador, em 1969; 28 Artistas da Nova Geração, no Museu de Arte Contemporânea, São Paulo, em 1969; Salão do Jovem Artista de Campinas, no Museu de Arte Contemporânea de Campinas, em 1968, 1969 e 1970; O Desenho Brasileiro 74, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1974; Bienal Nacional de São Paulo, em 1974.

Participou de vári<l:s exposições coletivas, das quais destacam-se: IX Bienal de São Paulo, 1967; Aspecto d:1 Gravura Brasileira Contemporânea, MAC, 1968; Panorama da Arte Atual Brasileira, MAM, São Paulo, 1971 e 1974; I e 11 Jovem Gravura Nacional e 11 Jovem Desenho Nacional, todas no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo. Suas principais mostras individuais foram: Museu de Arte de São Paulo, 1963 e 1973 e Galeria Madrix, Indiana, Estados Unidos, 1968.

Iolanda Soares Freire Memória: Trabalho baseado num conto do folclore brasile'iro: Os passarinhos da Figueira. a história

- uma morte.

a contadora

Glauco Pinto de Morais

da história - vestida em luto. o ambiente - o enterro.

caracterizado por uma sepultura de barro, sobre uma padiola de madeira, apresentando capim em forma de cabelo. Em baixo, sustentando a sepultura, uma grande gaiola encerra um passarinho vivo e figo fresco Colocados nas quatro extremidades da sepultura, os quatro castiçais com velas. a saudade - uma coroa de hortências. a comida

Esteve também presente em exposições individuais no Museu de Arte Contemporânea de Campinas, em 1968; na Galeria do SESC, São Paulo, em 1968 e no Museu dt Arte de São Paulo, em 1975. Participou de vários júris e comissões.

- o figo

comido em prato de barro sobre a toalha de tafetá.

A partir de 1968, participou das seguintes coletivas: Galeria Leopoldina, Porto Alegre, em 1968 e 1969; I Salão de Artes Plásticas da Ilha de Santa Catarina, em 1972; Galeria Banmérico, em Porto Alegre, em 1972; Galeria Esphera, em 1972; Galeria Gerdau, em Porto Alegre, em 1973; II Salão de Artes Visuais do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, em 1973; Coletiva dos Pintores Brasileiros, Galeria Salomé, em Nova Orleans, em 1973; VI Salão deVerão, no Rio de Janeiro, em 1974; Galeria San Raphel, em Punta del Este, em 1974; Exposição itinerante de Arte Gaúcha, MEC, em 1974. Fez exposições individuais em Porto Alegre e no Rio de Janeiro.

6S


BRASIL "0 hiperrealismo não se constitui em movimentoorganizado, no Brasil, embora, diferentemente da pop-art, encontramos nele muito mais possibilidade de adequação a uma aproximação local de um novo realismo vigetlte em todos os grandes centros internacionais· de criatividade. ; Quando Glauco PiQto de Moraes pirita uma locomotiva, li. • de um poster, esta' aucom a crueza e espântosa poeSia torizando um símbolo universal e aberto. Contornando a realidade como assunto e como menságem, este pintor gaúcho alcança uma aproximação muito feliz do hiperrealismo, que poderíamos situar como inovação local do enfoque do real, este novo realismo que vem acontecendo já há algum· tempo e que só agora ataca o terreno da fotografia, documentando com Canta frieza o túmulo do progresso' e seus monumentos. Com a naturalidade de um tempo em que as revelações instandneas e quasi compulsórias tem razão de ser, pode-se dizer' que Glauco Pinto de Moraes tem como artista menos de três anos de existência. Seus dois primeiros anos' foram envolvidos no labor esteticista e literatlzante de um surrealismo que pesquisava espaços metafísicos e formulava personagens épicos (guerreiros). Este foi o tempo de adestramento técnico, do domínio instrumental. Em seguida, municio da informação e sobretudo compelido por uma energia criadora das mais raras que temos conhecido, desafiou o limite do fotográfico em função do registro de detalhes e panodmica d.as máquinas (locomotivas). Insintivamente fiel aos ditames do hiperrealismo, abstratizou conceitualmente esta revisão do quaotidiano, ampliando quasi 'muralisticamente os temas.' Através 'do hiperrealismo a pintura instigou a fotografia, envolveu-a e interpretou-a, quasi como uma revanche da imagem abatida muna tentativa de triturar seu agressor. O hiperrealismo está' enraizado na realidade fotográfica; principalmente por não organizar compositivamente seu modelo, mas por se cingir à margem de im66

provisação e surpresa do instandneo. É claro' que o pintor hiperrealista deve saber pintar muito melhor do que <> clássico paisagista ou fixador de naturezas mortas que parecem vivas. Daí a impropriedade de aproximar a arte acadêmica, do !mbito do hiperrealismo, como tem acolitecido em depoimentos precipitados de certos observadores do fenômeno. -Os acadêmicos estão derÍlasiado dentro dos motivos, efetivamente envolvidos e mergulhados no entusiamo de retratá-los. A antiga advertência da necessidade de distanciamento 'emocional do assunto, voltou a assumir o primeiro plano, em atitudes como a do hiperrealismo, que colocam entre o artista e a realidade, o pos$Ível enfoque da maquina fotográfica, ou insinuam o instrumento captador do artista a se comportar como o mecanicismo, para desarraigar da realidade uma nova poesia bem mais difícil e gratificante. É o caso de Glauco Pinto de Moraes, revelado para o Rio de Janeiro no último Salão de Verão. A locomotiva como símbOlo está certamente arraigada em sua memória de infância e juventude. Os in~riores' riograndenses foram muito transpassados por este meio de transporte tão banal e tão curtido de lima nostálgica poesia. Exatamente as formas das antigas m~quinas é que brotam do depoimento de Glauco Pinto de Moraes, numa delação do obsoleto que não deixa de ser a impressão digital de um certo período da nossa vida. O irrepetíve1se repete, o dinossauro volta a nos perturbar pedindo contas de sua eXtinção. São os' monstros de fora que' apelam para os nossos monstros interiores, estes vigentes, e que pressionam nossa consciência a decidor por um exame sincero e corajoso dos submundos que cinicamente conseguimos dissimular, ao preço de certas superações disfarçadas e ditas progressistas. Progredirá o homem em sua hora do lobo? Então avulta a face poderosa e limpa de uma locomotiva de Glauco Pinto de Moraes, então nos agridem suas ferragens prontas para o movimento. E há sombras, resquícios de torturantes minúcias metálicas, brilhos de fogos de fornalha nas curvas das rodas. Uma pintura altamente


BRASIL profissional reproduz o aparente prosaismo do nosso tempo, desentranhando disso uma pungente poesia. O puro verso de Ezra Pound me ocorre no momento de encerrar esta apresentação: "O que amas de verdade permanece, o resto é escória". A arte deve levar cada um ao inventário do que é amado na raiz do ser, e uma locomotiva de Glauco Pinto de Moraes passa a valer tão profundamente, por comprovar o patético da declaração do poeta. O que este pintor gaúcho ama com a capacidade de fazer permanecer, é a seriedade de sua arte, única chance de colaborar na revelação interior do mundo, do homem. E o valor de sua pintura, neste momento, é um docUmento atual como poucos numa hora reinvindicante de vanguardas." Walmir Ayala Rio, julho de 1974.

José\ de Diago Dentre as inúmeras exposições, participou de: Salão de Arte de San Fernando, em Buenos Aires, em 1949 e 1950; Salão Nacional de Gravura e Desenho, em Buenos Aires, em 1952 e 1953; Salão Paulista de Belas Artes, em 1956, 1957, 1958 e 1959; Salão Paulista de Arte Moderna, em 1967 e 1968; IX Bienal Internacional de São Paulo, em 1969; Salão Paulista de Arte Contemporânea, em 1970, 1971, 1972 e 1974; Salão de Arte Contemporânea de Santo André, em 1971, 1972, 1974 e 1975, e BienaJ Nacional, em 1972 e 1974.

Alegre Sarfaty Grzywacz

tÍvas: Salão de Artes Plásticas, em Sorocaba, em 1973; Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul, em 1974; Poluição Ambiental e Problemas Ecológicos, na Galeria Espade, em São Paulo, em 1974; XXIII Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1974; Coletiva na Petite Galerie, do Rio de Janeiro e São Paulo, em 1974; VIII Salão de Arte Contemp01~ânea de Santo André, em 1975; Coletiva na Galeria de Arte Bonfiglioli, em 1975.

Marcos Concílio Nasceu em São Paulo, em 1945. Juntamente com outros artistas, criou em 1967, em São Paulo, o centro de estudos e pesquisas de arte. Participou das seguintes exposições coletivas: Salão do Artista Jovem, no Museu de Arte Contemporânea, em Campinas, em 1971 e 1972; Salão de Verão, no Museu de Arte Moderna do,Rio de Janeiro, em 1972; Salão de Arte Contemporânea de Santo André, em 1972; Bienal de São Paulo, em 1972; Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul, em 1973; Brasil Export 73, em Bruxelas; Salão de Arte Contemporânea, em Campinas, em 1974; Salão Paulista de Arte Contemporânea, em 1974, e na Galeria Informalart, em Toronto, Canadá, em 1975. Realizou mostra individual na Galeria KLM de São Paulo, em 1972, e na Galeria Astréia,em São Paulo, em 1974.

Maria Albernaz (Gretta)

Nasceu em Atenas, em 1947. Veio pl\ra o Brasil em 1964. Frequentou a Faculdade Armando Alvares Penteado e realizou estágios em várias firmas de propaganda. Fez uma viagem de estudos à Europa, em 1970. Organizou, em 1973, o Grupo Gral (Gretta, Rosa, Astarte e Lia). Entre outras, participou das seguintes exposições cole-

Nasceu no Rio de Janeiro, em 1952. Realizou diversos cursos: no Instituto de Belas Artes, do Parque Lage, Rio de Janeiro; na Escola de Belas Artes da UniversidadeFederal do Rio deJaneiro; na Escola de Belas Artes de Genebra (Suíça); aperfeiçoamento fotográfico para técnica de serigrafia, nos laboratórios da Kodak, em Lausanne (Suíça). Executou um mural decorativo nu67


BRASIL ma das ruas de Genebra. em 1974, e participou de uma exposição coletiva no Centro d'Art Contemporain da Sala Patino, nessa mesma cidade.

Dolly Moreno Cidadã norte-americana, de origem egípcia, Do11y Moreno vive no Brasil desde 1969. Estudou na Universidade de Artes Plásticas, no Cairo; no L'Atelier, em Alexandria; na Escola de Belas Artes de Paris; no Queens' Col1ege de Nova Iorque, e na Fundação Armando Álvares Penteado de São Paulo. Oentre outras, participou das seguintes exposições: Salão Paulista de Arte Contemporânea, em 1971 e 1972; I Exposição de Múltiplos Brasileiros, na Galeria Múltipla de São Paulo, em 1973; Galeria Gloria Luria, em Miami, em 1974; Galeria Jean Claude Bellier, Paris, em 1974, e Galeria Selected Artists, em Nova Iorque, em 1975, e na VI Feira de Artes da Suíça. "A participação está na moda. Em política, na educação, na arte. Mas, isso fica muitas vezes - no campo da arte - como uma idéia ao vento. Nós propomos uma participação pelo e!>pírito, no sentido de se introduzir o espectador materialmente à criação de um objeto." Ool1y Moreno, uma delicada figura loura, quer transformar isso. Com suas esculturas magnetizantes que ela está expondo esta semana em Paris, na Galeria JeanClaude Bellier, a participação não está só na palavra. Sobre os cilindros ou os blocos de linhas puras, em aço ou· em couro amarelo, pedeitamente liso e polido, as bolas ou os "palitos de fósforo" são encaixados de mil e uma formas. O espectador transformado em ator libera com as 'pontas dos dedos essas bolas, esses pedaços de metal brilhante. Eles ativam a sua fantasia, criam uma figura, que se transforma um instante depois. S0bre esses espelhos cúbicos e cilíndricos, ele espalha e salpica bolas e bastonetes, ao gosto de sua imaginação. Tudo é possível. A mátéria torna-se cúmplice do movimento.

Não se trata de mágica. E a explicação é simpJe.s: - Minhas esculturas são fortemente magnetizantes diz Ool1y Moreno. E q~alquer que seja a forma que se dê ao conjunto (constituído geralmente de um ou dois blocos, de pedaços móveis, ele ficará sempre uno. Bem, se um espectador mais violento resolve pegar muitas bolas e lançá-las longe, é possível· fazê-lo. Mas, quem quererá fazer isso? É tão mais divertido conseguir a cada: movimento dos dedos uma imagem nova e única, multiplicando seus horizontes. Em Miami, por exemplo, onde Ool1y expôs antes de vir a Paris - as 20 peças que ela apresentou foram todas vendidas no dia da inauguração. Para prevenir uma. corrida, o marchand da galeria onde Ool1y expôe agora pediu-lhe para fazer três exemplares de cada modelo. Ool1y - uma americana de origem egípcia que vive no Brasil depois de alguns anos- ainda está espantada com esse sucesso. E, ao invés de se lançar com grandes frases metafísicas sobre o sentido de sua arte, como gostam de fazer os grllndes artistas, ela prefere se ·refugiar na técnica e explicar como procede para corlSeguir esses estranhos objetos. - Eu tenho um grande atelier em São Paulo-diz ela - com enormes máquinas para trabalhar em aço. Mas é um trabalho manual, e de alguma maneira perigoso, especialmente por causa das soldas. Eu utilizo eletricidade e sei que se tocar a menor ponta de metal, eu me eletrocuto. É como se me sentasse na cadeira elétrica! Por isso tenho que ter cuidado. Mas ninguém quer trabalhar comigo ... É necessário ser motivada como eu para fazer isso. - Sobre a magnetização que existe em todas as minhas esculturas, eu estudei seriamente durante três meses com um engenheiro especializadt> neste campo. E porque é perigoso, porque a matéria-prima c~sta muito caro, porque é necessário se renovar, Do11y se promete, a cada peça, que esta será a última. E cada vez uma nova idéia surge, ela recomeça. Mas talvez, seu retomo ao Brasil, dentro de alguns

68


BRASIL dias, vá marcar uma nova etapa: ela recebeu o pedido de criar três escuÍturas gigantes, de 15 metros cada uma ... Arlete Chabrol

Ivan Freitas Nasceu em João Pessoa, em 1932. Participou de inúmeras exposiçõos coletivas no Brasil e no exterior a partir de 1960. Entre suas exposições individuais destacam-se: Museu de Arte Moderna, Bahia, em 1960; Galeria Barcinski, Rio de Janeiro, em 1962; Galeria Relevo, Rio de Janeiro, em 1965 e 1968; Galeria Bonino, Rio de Janeiro, em 1973; Galeria Collectio, São Paulo, em 1973; Galeria Arte Global, São Paulo, em 1975.

Antonio Celso Sparapan Nasceu em Jaú, em 1950. Estudou desenho industrial na Faculdade "Aldo Armanavres Penteado", em São Paulo de 1969 a 1972. Cursa atualmente a Faculdade de Ar~uitetura e Urbanismo "Brás Cubas", em Mogi das Cruzes. Trabalhou em desenho industrial e comunicação visual, dedicando-se também ao ensino nessas áreas. Entre suas exposições coletivas destacam-se: Arte Jovem, em Jaú, em 1968; Salão do Artista Jovem no Museu de Arte Contemporânea de Campina$, em 1969, 1971 e 1972; Salão Nacional de Arte Universitária na UFMG, em Belo Horizonte, em 1969 e 1970; Exposição Jovem Arte Contemporânea no MAC-USP, em ~970, 1971 e 1972; Salão Paulista de Arte Contemporânea no MASP, em 1971 e 1972; Salão de Arte Contemporânea no MAC, em Campinas, em 1971; Bienal Nacional de São Paulo, em 1972; II Bienal de Santos, em 1973; XII Bienal Internacional de São Paulo, em 1973; Prospectiva 74, no MAC-USP, em 1974 e no IX Salão do Automóvel em 1974. "QUALQUER APRESENTAÇÃO SERIÁ: , .

EXERcíCIO PÁRA MAIS UM POUCO". A. C. SPARAPAN

Bernardo Caro e Equipe Convívio Nasceu em Itatiba, em 1931. Professor de pintura e artes industriais do curso de educação artística da Universidade Católica de Campinas. Entre suas exposições, destacam-se: IX Bienal Internacional de São Paulo, em 1967; Bienal da Gravura, em Biella, em 1967; I Bienal de Gravura, em Quito, em 1968; Pré-Bienal de São Paulo, em 1970 e 1974; Brasil Plástica 72, em 1972 e XII Bienal de São Paulo, em 1973. "As coisas só são reais depois que resolvemos concordar com a sua realidade. Ver é uma faculdade especial que a pessoa pode desenvolver e que lhe permitirá perceber a natureza final das coisas. É uma percepção intuitiva que faz compreender alguma coisa imediatamente. Talvez, a faculdade de sentir através das interações é descobrir significados e motivos ocultos. Temos o hábito de fazer o mundo sempre se adaptar aos nossos pensamentos e quando isso não se dá, nós simplesmente o obrigamos a adaptar-se. Isto foi, isto é, isto será ... " Luiz Mário Pollo Presidente do Clube de Arte Moderna de Campinas

Equi pe Convívio Adriana Del Pillar Biapchi - Vifía del Mar, Chile Berenice Henrique Vasco de Toledo - Amparo, SP Edda Lungershausen - Koenigsberg, Alemanha Edison De1bel - Campinas, SP Edson Renato Zago - Campinas, SP Lúcia de Vasconcelos Affonso - Campinas, SP Luiz Carlos de Carvalho - Tupã, SP Márcia Tomasi Novaes- Campinas, SP Maria Sílvia Martini de Barros - Campinas, SP Nicole Van Parys Naday - Valência, Espanha Rosa Maria de Toledo Piza Fuzatto - Piracicaba, SP 69


BRASIL 10. O viajante artificial. Rosana Penteado Camargo - São Paulo, SP Sônia Carolina Martins Coutinho - Centenário do Sul, PR óleo sobre aglomerado Sely Pinotti - São José do Rio Preto, SP 120 x 150 em Wladimir Fera - Campinas, SP 11.

O alvo.

óleo sobre aglomerado 120 x 150em

Gessiron Alves Franco (Siron Franco) Da série Fábulas de Horror 1. Sorrisos. óleo sobre aglomerado 180 x 200 em

12. Habitante da Megalópole óleo sobre aglomerado 120 x 150 em

2. A traição das palavras. óleo sobre aglomerado 180 x 200 em

13. Notícias internacionais óleo sobre aglomerado 120 x 150 em

3. O ditador. óleo sobre aglomerado 180 x 200 em

Paulo Emílio da Silveira Lemos

4. Assassinatos. óleo sobre aglomeradó 120 x 150 em

14. Trabalho I. audio-visual

5. O espelho. óleo sobre aglomerado 120 x 150 em 6. Divertimento do rei. óleo sobre aglomerado 120 x 150 em

7. Negociata. óleo sobre aglomerado 120 x 150 em 8. O herói do século XX. óleo sobre aglomerado 120 x 150 em 9. Festa.. óleo sobre aglomerado 120 x 150 em

70

Beatriz de R. Dantas Lemos

15. Trabalho II. audio-visual 16.

Trabalho IH. audio-visual

Edison Benício da Luz (equipe Etsedr.on) 17. Selvicoplastia - Projeto Ambiental . Etsedron In, 1975. arte contínua

Aderson Tavares Medeiros 18. Procissão, 1975. ex-votos, madeira,. aniagem e outros materiais 40 figuras


BRASIL

Auresnede Pires Stephan 19.

32.

madeira

Em busca do verde, 1975. gravura, fotografia e arte ambienta.1

Homem primitivo.

33.

Mulher a Deus. madeira

José Alves de Oliveira (Dezinho) 20.

madeira 21.

Anjo Gabriel com vela, 1974. madeira

23.

Centurião, 1974. madeira

Mulher Cabeça. madeira

35.

O índio. madeira

Nossa Senhora demãos postas, 1974 madeira

22.

34.

Cristo crucificado, 1974.

36. Homem . madeira

primitivo.

Flávio Carneiro 37.

Reflexos e cozinha. arte ambiental

José Valentim Rosa (Mestre Valentim) 24.

Pçixe Gregira.

Edgar de Carvalho Jr. 38.

25. M~lher do Egito. madeira 26. 27.

Evandro Carlos Jardim

madeira.

A noite no vidro fantasia brilhante, 1975.

Indio do Egito

13 x 15,5 em

Mulher da Selva.

madeira 28.

Xiclo - X.

39.

água-forte e água-tinta

. 40. Rio Pinheiros - figuras da

margem I, 1974-75 ..

madeira 29.

água-forte e água-tinta 19 x 24 em

Homem de mão no bolso. madeira

41.

30. Cabeça pedra-sabão.

Mulher e família. madeira

Rio Pinheiros - figuras da margem lI, 1974. água-forte e água-tinta 5x 5 em, 8 x 10çm, e 8 x 10 em

madeira 31.

O cronOmetro (projeto), 1957. painéis, fotos, relógios de pontO e cronômetros

madeira

42.

A céu aberto, 1975. água-forte e água-tinta 19 x 12 em 71


BRASIL

Iolanda Soares Freire 43. Os passarinhos da figueira, 19~. arte viva slides, super 8, móveis, objetos, montagem, pássaros e frutas

Ermelindo N ardin 44. Desenho V, 1975. 58 x 72 cm 45. Desenho VI, 1975. 58 x72 cm 46. Desenho VII, 1975. 58 x 72 cm 47. Desenho VIII, 1975. 58 x 72 em 48. Desenho IX, 1975. 48x72cm

53. Painel 3, 1975. grávura mista 150 x 61 em 54. Painel 4, 19i5. gra vura mista 150 x 61 cm 55. Painel 5, 1975. gravura mista 150 x 61 cm 56. Painel, 6 1975. gravura mista 150 x 61 cm

Alegre Sarfaty Grzywacz (Gretta) 57. Protoplasma I de um certo ~ngulo, 1975. carvão 100 x 70 em

Glauco Pinto de Moraes

58. Protoplasma 11 de um certo ~ngulo, 197~,~. carvão 100 x 70 cm

49. Recorte 2 (clocúmento), 1975. óleo sobre tela com impressão serigráfica 150 x 150 cm

59. Protoplasma 111 de um certo ~ngulo, 1975. carvão 100 x 70 cm

50. Recorte 3 (documento), 1975. óleo sobre tela com impressão serigráfica 150 x 150 em

60. Protoplasma IV de um certo ~ngulo, 1975. carvão 100 x 70 cm

José de Diago

61. Protoplasma V de um certO ~ngulo, 1975. carvão 100 x 70 em

Da série Cidadão 6.

51. Painel!, 1975. gravura mista 150 x 61 cm 52. Painel 2, 1975. gravura mista 150 x 61 cm 72

Marcos Concílio 62. Sem título, 1975. ecoline so~re papel 95 x 95 em


BRASIL

63. Sem título, 1975. ecoline sobre papel 95 x 95 em

73. Brasília, 1975. aço inoxidável e latão 50x30cm

64. Sem título 1975. ecoline sobre papel 95 x 95 em

74. Esfera lI, 1975. aço inoxidável e latão 25 em (diâmetro)

65. Sem título, 1975. ecoline sobre papel 95 x 95 em

75. OM, 1975. latão 40 x 35 em

66. Sem título, 1975. ecoline sobre papel 95 x 95 em

76. Maternidade, 1974. aço cromado 45 x 40 em

Maria Albernaz 67. Desenho I. foto e desenho 1013 x 70 em 68. Desenho II. foto e desenho 100 x 70 em

69. Desenho IIt foto e desenho 100 x 70 em 70. Serigrafria I. serigrafia sobre papel e desenho 100 x 70 em 71. Serigrafia II. serigrafia sobre papel e desenho 100 x 70 em .

Dolly Moreno 72. Microcosmo, 1975. aço inoxidável 75 x 75 em

77. Amizade, 1975. aço inoxidável 50 x 15 em

Carlos Páez Vilaró Da série Itinerários. 78. Viaje desde el ptinci pio aI resultado deJ

negocio de la Guerra. técnica mista 200 x 200 em 79. Viaje al interior del alma desalmada

de las cosas. técnica mista 200 x 200 em 80. Vuelta aI mondo em 80 dictadores. técnica mista 200 x 200 em 81. Viaje de ojos cerradoshacia um destino

de ojos abiertos. técnica mista 200 x 200 em

73


BRASIL

82. Viaje en castidad hasta Ia interrogante

de los caminos que se bifurcam. técnica mista 200 x 200 em

Mário Céspedes 83. A guerra, 1974. arte tato-sensorial 180 x 80 em 84. A paz, 1974. arte tato-sensorial 180 x 80 em

90. Uma parte 4, 1975. pintura 160 x 130 em 91. Uma parte 5. 1975 pintura 160 x 130 em

José Brasil de Paiva (Paiva Brasil) 92. Integração, série 5, 1975. módulo em cedro encerado e fotos 900 em

Antônio Celso Sparapan

José Benedito Fonteles (Bené Fonteles)

85. Exerdcio para mais um pouco, 1975 .. arte conCeirual

93. Conceitos visuais (projelo).

Lourenço M. Dantas e Luís Guardia Nero Grupo Interferência 86. XII Bienal na XIII Bienal. 22 x 16 em

Romildo Pai va 94. Condicionamento I. água-forte e água-tinta 6Ox80em

Emiko Mori (Emi Mori)

95. Condicionamento 11. água-forte e água-tinta 6O·x 80 em

87. Uma parte 1, 1975. pintura 160 x 130 em

96. Condicionamento lU, água-forte e água-tinta 6Ox80cm

88. Uma parte 2, 1975. pintura 160 x 130 em.

97. Condicionamento IV. água-forte e água-tinta 80x60em

89. Uma parte 3, 1975. pintura 160 x 130 em

98. Condicionamento V. água-forte e água-tinta 60 x 70 em

74


BRASIL

Massuo Nakakubo 99. Serigrafia A, 1975.

serigrafia

108. Construção ou vende-se material usado IL 1975.

desenho 104 x 69 em

73 x 73 cm 100. Serigrafia. B, 1975.

serigrafia 73 x 73 cm

.

109. Construção ou vende-se material usado IH, 1975.

desenho 104 x 69 cm

101. Serigrafta C; 1975.

. serigrafia . 73 x 73 cm 102. Serigrafia D, 1975.

1l0. Construção ou vende-se material usado IV, 1975.

desenho 104 x 69 cm

serigrafia 7~ x 7~ cm 103. Serigrafia E, 1975.

serigrafia 73 x 73 cm

Edgar Rocha 104. Um operário gráficojmpresso em 96 x 66, 1975.

fotomécânica 96x66cm 105. Um operário gráfico impresso em 96 x 66, 1975.

fotomecânica 96 x 66 cm 106. Um operário gráfico impresso em 96 ·x 66, 1975.

fotomecânica 96x66cm

lU.

Construção ou vende-se material usado V, 1975. desenho 104 x 69 cm

Jaime Yesquénluritta

I, 1975. tinta acrílica e laca sobre tela 200 x 200 em

112. Sistema direcional

113. Sistema direcional H, 1975.

tinta acrflica e laca sobre·teJa 200 x 200 cm

IH, 1975. tinta acrílica e laca sobre tela 200 x 200 cm

114. Sistema direcional

lI5. Sistema direcional IV, 1975.

tinta acrílica e laca sobre tela

Geraldo José dos Santos 107. Construção ou vende,..se material usado I, 1975.

desenho 104 x 69 cm

200 x 200 cm 116. Sistema direcional V, 1975.

tinta acrílica e laca sobre tela 200 x 200 cm

75


BRASIL

Miled José Andere (Miled) 117. Luz (projeto). Megumi Yuasa (Megumi) 118. Paisagem com vegetal,1975. cerâmica 70x 50x 50cm

127.

O inacidente ou roteiro para interferência e regisrro numa área central de cidade. arte aplicada integrada à paisagem

Décio Paiva Noviello 128. Paisagem 1, 1975. desenho IS x 70 cm

119. Sem título, 1975. cerâmica 120 x 50x 50cm

129. Paisagem 2, 1975. desenho 51 x 70 cm

Sem título, 1975. cerâmica' 40 x 140 x 30 em

130. Paisagem 3, 1975. desenho 51 x 70 cm

120.

121. Paisagem com três montes, 1975. cerâmica 60x 70 x 15 cm

131. Paisagem 4, 1975. desenho 51 x 70 cm

122. Montanha ... ação do homem, 1975. cerâmica 65 x 43 x 30 cm

132. Paisagem 5, 1975. desenho 51 x 70 cm

Michinori Inagaki

Ivan Freitas

123. Interações, 1975. objetos (conceituaI) 150 x 50 x 50 cm

133. Receptor em 360 Leste, 1974. construção cinética 150 x 100 x 7 cm

124. Intçrações, 1975. objetos (conceituaI) 250 x 20 x 20 cm

l34. Receptor lunar, 1975. construção cinética . 100 x 100 x 7 em

125. Interações, 1975. objetos (conceituaI) 120 x 120 X 50 cm

135. Receptor solar, 1975. construção cinética 100 x 100 x 8 cm

126. Interações, 1975. objetos (conceitual) 150 x 30 x 30 em

136. Fronteira azul, 1974. construção cinética 305 x 158 x 16 em

76


BRASIL

137.

Usina azul, 1974. construção cinética 140 x 75 x 16 em

138.450 Leste, 1975. construção ei nética 135 x 110 x 14 cm 139.

Receptor em 18 0 , 1975. construção cinética 110 x 75 x 18 em

140.

Receptor em 450 construção cinética 120 x 100 x 14 cm

Leste, 1975.

141.

Catalisador, 1975. construção, técnica mista 150 x 110 x 18 cm

Bernardo Caro e equipe Convívio 142.

Sempre, 1975. pape] e madeira 8 cabeças, 6 menires e 1 dólmen 600 x 1400 x 500 cm

Iazid Thame 143.

Organização científica do destino terrestre, 1975. serigrafia (14 peças) 115 x 80 cm

144.

Organização dos planetas unidos; 1975. serigrafiaC9 painéis) 240 x 98 em

77


CHILE Exposição organizada pelo "Museo Nacional de Bellas Artes" . Comissária: N ena Ossa Puelma Hector Herrera é um artista decorador de telas, de alto nível. Suas raízes se afundam no popular do Chile e, mesmo tratando-se de um artista culto, as formas resultantes de sua cultura nada mais fizeram do que fortalecer os rasgos que o aparentam com as louceiras e oleiras de Quinchamalí, tanto pelas formas que cria dos mundos zoológico e ornitomorfo, quanto pejos caminhosque ele percorre para libertar seus arabescos, estender su"as cores ou enriquecer os planos ou recursos texturais de muita eficácia. Entre as diversas formas que se repetem, da arte louceira de Quinchamalí, encontram-se os mealheiros de barro, as jarras de uma bela cor negra, brilhante pela brunidura. O desenho em negro de Hector Herrera corresponde aos negros da singela olaria que brota do vale central chileno. Porém, analisando mais profundamente esse desenho, percebe-se que seu jogo ornamental com aves, pássaros, flores e folhas, transborda pelos espaços, ocupando-os num tenaz e prolífero jogo "de arabescos. Seu norte está marcado pelo horror ao vazio. Logra assim umas composições cheias de formas e ritmos de caprichosos e vistosos elementos naturais transformados, metamorfoseados e enriquecidos pela imaginação, e postos a viver num" mundo prof~ndamente poético. Um mundo de poesia ingênua, que é o mundo de Hector Herrera. "

o

pintor Rodolfo Opazo pertence a uma geração de novos artistas chilenos; surgida nos anos 50, e vinculados a Roberto Matta. Artistas como Ricardo Irarrázaval, Mario Toral, do mesmo modo que Rodolfo Opa-

78

zo, oscilam com diversos caracteres, derivados de sua marca pessoal, entre um expressionismo heterodoxo e um surrealismo metafísico, em que está presente uma espontaneidade à margem de todo engajamento consciente e sem consideração programática, conforme os conhecidos manifestos surrealistas. "O desenvolvimento de Opazo tem sido coerente e enraizado dentro da mesma corrente plástica. A seus estudos na Escola de Belas Artes, seguiu uma espécie de fauvismo aprazível - se é que cabe aí uma consideração dessas; logo, configurou seu super-realismo w,etafísico, que deu seu grito na série de obras queintitulou, genericamente, de Equinócios. Telas estas nas quais projetou ambiciosas "paisagens do ego" ou "inscapes" (paisagens interiores), para usar uma linguagem mattiana --.: com matéria cromática muito diluída, matizes e tintas muito fundidas, mediante "frottis" (camadas transparentes de tinta), isso tudo completado a toque de pincel. Em seus primeiros Equinócios r~solveu com força e sutileza, sérios problemas composicionais, que lhe permitiram separar de uma vez sua obra em direção a uma poesia pictórica de radical intensidade subjetiva. Sempre em suas observações tão próprias, o pintor avança, em meados da década de 6O,para uma franca figuração irrealista, singularmente pessoal, na qual sua im:agem centraliza-se no corpo humano; uma força expressiva incomum, confinante no objetivo, lhe permite armar .conjuntos com uma humanidade macabra, cadavérica, de outros mundos; vagueiam ou pousam estáticos,protagonistas de além-túrilUlo mesclados - por vezes - caprichosamente, a urna arquitetura geomét"ri-


CHILE ca, esvoaçante e deliciosamente absurda, por entre planos celestes ou terrestres, desolados e desérticos. Morte e fumos são, por si mesmos, elementos suficientemente poderosos, porém, a Opazo não bastam. A esses elementos, agrega um terceiro: o erotismo. E não se trata de um erotismo recatado, respeitoso e púdico; mas um erotismo que se apresenta impudico, vergonhoso e manifesto, com descrições, alusões e sugestões perfeitas e normalmente e~plícitas." Na etapa atual, com a qual compõe o conjunto que vai apreseritar na Bienal de São Paulo, onde logrou suas primeiras palmas internacionais, há um prolongamento do discreto, com novas variantes. Na parte técnica, segue a mesma linha de cromatização: branco, cinza, café e azuL No que diz respeito à expressão, o nu aparece decapitado com elegância ou recomposto, em fragmentos, como um mecanismo orgânico heteróclito. Cultua, assim, um duplo ídolo - a máquina e o homem, num recíprdco intercâmbio de poderes. A paisagem em si mesma, móvel ou estática, corresponde, para ele, a um .. desterrado planetário" , panl usar a idéia cara a Sidney Yanis. Imagem que adquire acentos de obsessão, e dentro da qual nos entrega novos elementos para descobrir a Jerônimo Bosche sua' melancolia do Paraíso. Esta pintura. cobre a dimensão do equilíbrio jústo e nela vemos como o humor e o desespero levam o artista a construir altares para defender certas recordações e também para introduzir o erótico, o sarcástico, em alusões refinadas, jogos raros e invenções provocadoras. Victor Carvacho Herrera

Hector Herrera Nasceu em Tomé, na província de Concepción, em 10 de agosto de 1926. Autodidata, expôs pela primeira, vez em 1950, em sua cidade natal. Desde 1951 participou das seguintes exposições: na Galeria EI Sótano, Concepción, 1951; no Instituto Chi. leno:-Nortea1I.lericano de Cultura, Santiago, 1952; na

Galeria Carmen Vaugh, Santiago, 1953; na Municipalidade de Chillán, 1954; na Exposição coletiva no HaU Central da Universidade do Chile, 1955; no Instituto Chileno-Francês de Cultura, Valparaíso, 1956; no Institut~ Chileno-Britânico, Santiago, 1957; na Exposição coletiva no Instituto Chileno-Norteamericano de Cultura, Santiago, 1958; no Instituto Brasileiro de Cultura, Santiago, 1960; na Exposição coletiva, juntamente com outros 14 artistas chilenos, no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, 1962; no Instituto ChlIeno-Britânico de Cultura, Santiago, 1963; na Municipalidade de San Miguel, Santiago, 1965; em Exposição coletiva, ~ vários países Latino-Americanos, 1967; no Instituto Chileno-Francês de Cultura, Santiago, 1968; em Expsoição no Museum Shops, Smithsonian Institution. Washington 1970; na GaleriaLes Passeurs, Paris, 1971; em Exposições coletivas em diferentes partes do país, 1972; em Exposição no Museu de Arte Colonial da Igreja de São . Francisco, Santiago, 1975; no Instituto Cultural de Las Condes, Santiago, 1975. Em 1962 fez cinco ilustrações para o livro Arte de Pássaros, de Pablo Neruda.

Suas obras figuram em coleções particulares, em quase todo o mundo.

Rodoldo Opazo Nasceu em Santiago do Chile, em 1935. De 1957 a. 1959 viajou pela Europa. Recebeu uma bcrlsa de estudos da União Panamericana em Nova Iorque para o período 1962-63. Em 1964 foi nomeado professor da cadeira de pintura da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Chile e, em 1970, leciona como professor convidado na Escola de Arte da Universidade Católica. Realizou exposições individuais na Universidade do Chile, em 1960, ria União Panamericana, Washingtqn, em 1962; no Instituto Panamenho de Arte; Panamá, em 1964; na Galeria Marta Faz, Santiago, em 1965; na 79


CHILE

Galeria Galatea, Buenos Aires, em 1967; na Galeria Arca, La Paz, em 1968; na Galeria Rubbers, Buenos Aires, em 1969; na Galeria Central de Arte, Santiago, em 1970; na Galeria Rubbers, Buenos Aires, em 1971; na Galeria El Parque, Medellín, em 1973; na Galeria A. Arango, Bogotá, em 1973. Figurou nas seguintes exposições coletivas: Arte Sul-Americana, Hoje, Texas; V e VHI Bienal de São Paulo; H e IH Bienal de Córdoba; Exposição em homenagem a Rubén Darío, Manágua; Exposição em homenagem a Rubén Darío, Universidade de Porto Rico; Internacional de Desenho, Universidade de Porto Rico; Internacional de Desenho, Universidade Central de Caracas;

Heçtor Herrêra 1.

O sol escrito. anilina sobre tapete 206 x 111 em

2. O mocho. anilina sobre tapete 111 x 82 em

3. O caregal10 anilina sobre tapete 111 x 86 em 4. Pássaro lua. anilina sobre tapete 111 x 82 em

5. Pássaro entre espigas. anilina sobre tapete 111 x 82 em 6. Pássaro com mariposas. anilina sobre tapete 111 x 86 em 80

V, VIII e X Festival de Arte, Cali; II Bienal de Coltejer, Medellín; Pintura Latino-Americana, no Museu Carro I Reece, Tennessee; Arte Latinoamericana, Midland Group, Nottingham; Arte Atual da América e da Espanha, Madri; VI Bienal de Paris, no Museu. de Arte Moderna de Paris; Pintura Chilena, no Museu Nacional de Belas Arte, Buenos Aires; Instituto de Arte Contemporânea, Lima; Quatro Pintores Chilenos, no Instituto de Arte Contemporânea, Lima; Prêmio Codex, Buenos Aires; Qua tro Artistas Chilenos, EstúdioActual, Caracas; I e H Bienal de Montevidéo; Surrealistas do Novo Mundo, Galeria Aele, Madri; Três Artistas Chilenos, Galeria Aele, Madri; Salão Latinoamericano, Lima.

7. Pássaro entre girassóis. anilina sobre tapete 111 x 86 em

Rodolfo Opazo 8. Oráculo, 1975. óleo 160 x 160 em 9. Pintura 1, 1975. óleo 150 x 150 em 10. Pintura 2, 1975. óleo 150 x 150 em 11. Pintura 3, 1975. óleo 100 x 100 em 12. Medusa, 1975. óleo 100 x 100 em


CHILE

13. Pintura 4, 1975. óleo 100 x 100 em

24. A cidade da conciliação, 1973. óleo 160 x 160 em

14. Pintura 5, 1975. óleo 100 x 100 em

25. O ósculo do Senhor Dieguez, 1974. óleo 80 x 70 ctn

15. Pintura 6, 1975. óleo 100 x SO em

26. A sentença n.O 2, 1973. óleo 55 x 46 em

16. Pintura 7, 1975. óleo 80x60em

27. A sentença n.O 3, 1974. óleo 55 x 35 em

17. Pintura 8, 1975. óleo SOx60em

28. O admirável, 1974. óleo 100 x 100 em

18. A sentença, 1974.

29. Conversação ao amanhecer, 1974. óleo 140 x 140 em

ó120 45 x 56 em ·19. A mansão do pranto n.O 1, 1973. óleo 65 x 54 em 20. O Senhor Rodriguez, 1973. óleo 80x 70 em 21. A oferenda, 1973. óleo SO x 72 em 22. A simples caminhante, 1973.· óleo 9Ox72em 23. O ponto morto do amanhecer n.O 1, 1973. . óleo 100 x SOem

30. Altar para se defender da melancolia, 1974. óleo 150 x 150 em 31. Detalhe de uma visita aos monumentos nacionais, 1974. óleo 160 x 140 em 32. A confrontação da aurora, 1974. óleo· 160 x 160 em 33. O nascimento de Venus, de BotticeUi, 1974. óleo 160 x 160 ctn

81


CHILE

34.

O parto, 1974. óleo 100 x 80 em

35.

O ponto morto do amanhecer n.O 2, 1974. óleo 45 x 30 em

36.

O diálogo, 1974. óleo 30 x 40,5 em

37.

O anjo caído, 1974. óleo 30 x 40 em

38.

Sem título, 1974. óleo 65 ~ 54 em

82


COLOMBIA Exposição organizada pelo "Instituto Colombiano de Cultura". Comissária: Edith Landmann

Carlos Rojas Nasceu em 1933. Estudou pintura na Escola de Belas Artes da Universidade Nacional, em Bogotá, e decoração na Escola de Belas Artes em Roma. Frequentou o curso de mosaico no Instituto de Belas Artes, em Roma. Professor de desenho na Universidade de Los Andes e de Escultura na Universidade Jorge. Tadeo Lozano, de Bogotá. Lecionou também, durante dez anos, na Universidade Nacional de Bogotá, na cadeira de desenho. Dentre suas exposições individuais, destacam-se: Galeria Er-callejón, Bogotá, em 1957, 1960, 1961 e 1963; La Tertulia, Cali, em 1958; Biblioteca Nacional, em 1958-1962; Sociedade Colombiana de Arquitetos, Bogotá, 1960; Galeria de Arte Moderna, Bogotá, em 1964, Museu de Arte Moderna, Bogotá, em 1965; Banco de la Republica, Pereira, em 1966; Biblioteca Luis Ange1 Arango, em 1967 e 1969; Convidado especial no Festival de Arte de Cali. Figurou nas seguintes exposições coletivas: Pintura Colombiana, na Galeria Vargas Rocha, Bogotá, 1957; Bienal de Veneza, 195,8; Bienal do México, 1958; Cinco pintores abstratos, Biblioteca Luis Angel Arango, Bogotá, 1958; Jovens pintores estrangeiros, Roma, 1959; O obelisco, Washington, 1960; SalãO" Nacional, Bogotá, 1961; Primeiro Salão de Pintura, Pereira, 1961;'Segundo Salão de Pintura, Pereira, 1962; Salão Intercol de Artistas Jovens, Museu de Arte Moderna, Bogotá, 1964; Primeiro Salão, Universidade Nacional, Bogotá, 1964; Pintura Latino-Americana, Caracas, 1965; Museu de Belas Artes, Dallas, 1966; Galeria Nacional do Ca-

nadá, 1966; N'egret e Rojas, Galeria Nacional, CaH, 1966; Salão Rodin, Museu Rodiri, Paris, 1966; Primeira Bienal de Quito, 1968; Primeira Bienal de Coltejer, Medellín, 1970. Conquistou os seguintes prêmios: Aquisição,Primeirc. Salão lntercol de Pinturajovem, 1964; Terceiro Prêmio, Salão da Universidade Nacional, 1964; Primeiro Prêmio Especial, XVII Salão Nacional de Artistas, Bogotá, 1965; 1.0 Prêmio, XX Salão de Artistas Colombianos, Bogotá, 1969.

Alvaro Barrios Nasceu em Barranquilla, em 1945. Estudou na Escola de Belas Artes da Universidade do Atlintico, ria Universidade de Perusa (Itália), e na Fundação Giorgio Cini, em Veneza. Suas principais exposições individuais foram: Museu de Arte Moderna de Bogotá, 1967; Galeria Marta Traba, Bogotá, 1968; Museu La Tertulia, Cali, 1~69; Galeria Belarca, Bogotá, 1970. Entre as principais mostras coletivas de que participou, destacam-se: I Bienalde Coltejer, Medellín, 1968; Exposição Panamericana de Artes Gráficas, Museu La Tertulia, Cali, 1970; I Bienal Americana de Artes Gráficas, Museu La Tertulia, Calí, 1971; VII Bienal de Paris, Parq:ue Floral de Vincennes, Paris, 1971; IH Bie· nal de Coltejer, Medellín, 1972; Para um perfil da,arte Latino-Americana, Museu Emilio Caraffa, Córl;loba, 1972; Para um perfil da arte Latino-Americana, Galeria: Amadís, Ma~ri, 1973; Sistemas de Arte nai América

83


COLÔMBIA Latina, Centro Cultural Internacional, Antuérpia, 1974; Arte Latino-Americana, em: Escola Superior para aperfeiçoamento artístico, Hamburgo, 1974; Sistemas de Arte na América Latina, Instituto de Arte Contamporânea, Londres, 1974; Sistemas de Arte Latin -Americana, Palais des Beaux-Arts, Bruxelas, 1974; IX Bienal de Tóquio, Museu de Arte Moderna, Tóquio, 1974; Arte e Ideologia na América Latina, Agora Studio, Masstricht, Holanda, 1975; Sistemas de Arce na Amé~ rica Latina, Palazzo dei Diamanti, Ferrara, 1975; Arte de Sistemas na América Latina, Espaço Pierre Cardin, Paris, 1975. "A hipertrofia da tarefa artlstlca, deteriorando seus significados, e o sentido rijo, descarnado e olímpico que traz benefício a tal crescimento, também se notam no trabalho de um desenhista excepcional: Alvaro Barrios. Introdutor da estória em quadrinhos na atual arte colombiana, Barrios usou com surpreendente desembaraço esse repertório que, desde as fotografias de Rodolfo Valentino até os balões onde o Super Homem coloca seus propósitos ameaçadores, vive dos aspectos mais pitorescos do século XX, sempre que dito estilo pitoresco tenha partido das classes mais esnobes e sofisticadas da sociedade. Sua capacidade pessoal para integrar tintas e recortes colados e a maleabilidade de seu desenho que tão rapidamente resolve com perfeição um decalque de fotografia antiga como se retorce nas concepções viscerais da neo-figuração, o projetam muito além do nível medíocre dos simples adaptadores de recursos . Não somente adapta, pois, esses recursos a seus propósitos técnicos, mas os aproveita e exprime ao máximo para que dêem um alto tom satírico que carece de objetivo preciso, indo porfm dirigido contra tudo e contra todos. Barrios, não obstante, não é um crítico, mas um humorista sem crueldade. Por isso, se suas imagens poderiam ser filiadas à neo-figuração, ele carece por completo do espírito desse grul'0 e nada agilmente

84

na corrente Pop. Nele, o espírito dramático desaparece. Fazendo girar festivamente a dupla máscara do drama, escolhe a comédia. Barrios é um notável comediante que, a partir de 1968, se separa das aderências plásticas do primeiro período (cor, colagens, quadrinhos) para se dedicar a um desenho mais limpo, mais inesperado em seus detalhes imaginativos e mais embebido de uma rebuscada deselegância de bom tom, que o aproxima do arabesco do "art noveau"; e daí, salta sem esforço para cópias e entalhes onde o Kitsch triunfa sem reticências, sintetizado nos desenhos com incrustrações prateadas de onde Alvaro Barrios faz nascer cadeiras, cabeleiras, rostos, corpos mais ou menos tr,ançados e irreconhecíveis, percorrendo uma rampa que ascende, definitivamente, em direção a uma sofisticação plena". Marta Traba in História aberta da Arte Colombiana, 1974 "Apelando para a estética do ridículo, Alvaro ,Barrios desenvolveu uma obra de fantasias monocromátic;as que ele encerra em caixas com colagens, que estão muito próximas da novíssima e adquirida predileção pela nostalgia. Não obstante, a obra de Barrios não é feita com a finalidade de satisfazer a predileções momentâneas, mas com a finalidade de ser permanente. Variáveis históricas adicionarão sem dúvida novos significados aos elementos originais desta obra, executada qté agora, com a habilidade técnica do verdadeiro desenhista que f;rz magia com a linha e que emprega tonalidades difíceis, para conseguir texturas inauditas, por exemplo, de revista velha. O tempo pode denegrir o brilho pejorativo dos "dourados" sobre o exagero sentimental e comercial da película mexicana e do cartão postal. Porém, de Barrios, tem que permanecer a verdadeira essência de um trabalho gráfico impecável, cujo poder principal se radica na imaginação do artista, em sua paixão não só de absorver a realidade mas de controlá-la definitivamente.


COLÔMBIA É difícil aproximar-se das caixas de Alvaro Barrios sem

registrar em nós mesmos a admiração que sente quem compreende, pela primeira vez, a realidade arbitrária da poesia. Em toda sua obra, existe uma ilógica beleza poética que a aparenta com o surrealismo sem diminuir o compromisso do artista com sua própria linguagem. E existe também, em toda sua obra, uma certa independência formal que lhe permite, por exemplo, colocar seus desenhos em inesperados planos tridimensionais. Barrios cria graficamente cada parte da colagem, colocando um acento totalmente próprio ao silêncio nostálgico de suas paisagens. Porém, as próprias caixas, sua forma, sua textura, sua intenção, são indicações da amplitude, da inquietação plástica e conceitual de Barriós, avisos de projeções iminentes, sinais de que sua obra é imprevisível, porque faz parte de um processo ainda incompleto e que por ser incompleto, continua, precisamente, tendo completa validade." Eduardo Serrano in Dez anos de Arte Colombiana, 1971 "Se no legado cultural da arte colombiana se ouviam os ecos dos grandes mestres do Renascimento, ainda que através da.s reproduções, então, por que não buscá-los diretamente (como o fez Botero, na Europa) ou encontrá-los a meio caminho nessa mesma reprodução (como o propõe Beatriz Gonzales). Se se necessitava de um passado grandioso em termos pictóricos, por que não, inventá-lo a partir do memento mori que une à obra de Alvaro Barrios o anônimo que confeccionou a delicada coroa de flores . 'feita com o pano da última ca~ misa, últimás luvas e última gravata, usadas pelo General José Antonio Páez" da seção iconográfica do Museu Nacional de Bogotá."

fiel à nossa própria história pessoal. Cada criação já foi criada em nossa própria vida, porém, sua fugacidade, impede-nos recapturar um momento vivido do mesmo modo nítido e real. A arte é a resposta mais próxima a esse milagre. É a versão'esotérica de nossa passagem natural pela paisagem terrestre. Essa paisagem onde todos os seres do Cosmos nos falam, como dizia Millet, não só de si mesmos, das árvores, das nuvens, das montanhas, mas também do homem que a habita. São essas paisagens ocultas, vibrantes dentro de cada paisagem aparente no universo, as que desejo ver através de minhas obras. Como uma lente interior que esquadrinhasse a fundo as palmeiras, as rochas e todos os objetos de um mundo paralelo e distante, meus trabalhos gráficos levalIl também o s,elo de uma nostalgia pelo não conhecido e por todos os mundos perdidos que existiram ou existem entre nós, silenciosamente. Algo do que nunca saberemos, mas que de algum modo estranho, se manifesta e cria. Alvaro Barrios in Artistas contemporJneos colombianos, 1974

Carlos Rojas 1.

técnica mista 50 x 250 cm 2.

Horizontes verticais, 1974 técnica mista 50 x 250 em

3. Horizontes verticais, (a Jacqueline Nova) técnica mista 50 x 250 cm

.Lourdes, Blanco in Arte Colombiana, Hoje 4.

"Só queria dizer que a arte, tão misteriosa quanto a vida e a própria morte, só tem razão de ser quando é

Horizontes verticais, ·1974.

Horizontes verticais, 1974. técnica mista 50 x 250 em

85


COLÔMBIA 5. Horizontes verticais, 1975. técnica mista 50 x 250 cm

16. Horizontes transparentes, 1974. técnica mista 120 x 120 cm

6. Horizontes verticais, 1975. técnica mista 50 x 250 cm

17. Horizontes transparentes, 1975. técnica mista 120 x 120 cm

7. Horizontes limitados, 1974. técnica mista 170 x 170 cm

18. Horizontes transparentes, 1974. técnica mista 120 x 120 cm

8. Horizontes limatados, 1974. técnica mista 170 x 170 cm 9. Horizontes limitados, 1975. técnica mista 170 x 170 cm 10. Horizontes limitados, 1974. técnica mista 170 x 170 cm 11. Horizontes limitados, 1973. técnica mista 170 x 170 cm

Alvaro Barrios 19. Verlaine e Rimbaud pecando. técnica mista 100 x 100 x 130 cm 20. O basebolista perdido (Homenagem a René Magritte). técnica mista 100 x 100 x 30 cm 21.

O Angelus (Homenagem a Millet). técnica mista 100 x 100 x 30 cm

12. Horizontes limitados, 1973. técnica msita 170 x 170 cm

22. O anjo da guarda. técnica mista 100 x 100 x 30 cm

13. Horizontes limitados, 1975. técnica mista 170 x 170 em

23. Gravura popular impressa através de

14. Horizontes limitados, 1974. técnica mista 170 x 170 em

15. Horizontes transparentes, 1974. técnica mista 120 x 120 cm

86

.

um periódico. gravura, prova de autor 45 x 60 x 3 cm 24. Gravura popular impressa através de

um periódico. gravura, prova de autor 45 x 60 cm


COLOMBIA

25.

Gravura popular impressa através de um periódíco. gravura, prova de autor 45 x 60 em

26.

Gravura popular impressa através de um periódico. gravura, prova de autor 45 x 60 em

27.

Gravura popular impressa através de um periódico. gravura, prova de autor 45 x60 em

28.

Gravura popular impressa através de um periódico. gravura, prova de autor 45 x 60 em

29.

Gravura popular impressa através de . um periódico. gravura 190 x 70 em

87


COREIA Exposição organizada pela "Korean Fine Arts Asso: ciation" . Comissário: Kim Chung-Sook

Y oon Hyung-Kuen

Kim Jong-Kun

Nasceu em 12 de abril de 1928. Participou da Exposição de Artistas Coreanos Contemporâneos em Seul, realizou uma exposição individual em Seul, participou da X Bienal de São Paulo, e da exposição de 13 artistas contemporâneos de Seul, em Kyoto, no Japão, além de participar do II Salão dos Independentes, em Seul.

Nasceu em 29 de maio de 1933. Realizou uma exposição individual em Pu San, além de participar da E~po­ sição de Intercâmbio de trabalhos de artistas contemporâneos Coréia-Japão, no Japão; da Exposição ISPAA de Kobe, no Japão; do II Salão dos Independentes, em Seul e da Exposição Busan do Grupo Hyuk em Kyoto, no Japão.

Park Seo-Bo Nasceu em 15 de novembro de 1931. Ganhou o IPrêmio na Exposição Internacional de Jovens Artistas, em Paris, participou da III Bienal de Paris, da VIII Bienal de São Paulo e do I Festival Internacional de Pintura, na. França. Realizou uma exposição individual em Tó-

Han Young-Sup Nasceu em 27 de junho de 1941. Participou da e~posi­ ção do Grupo Non-Col, em Seul, da Exposição de Gravura Contemporânea, em Seul, da I Bienal de Seul e do II Salão dos Independentes, de Seul.

qUIo.

Lee Oc-Ryun Kim Yong-Ik Nasceu em 20 de outubro de 1947. Participou da Exposição do Grupo Esprit de Seul} da Exposição de Gravuras de 10 artistas, em Seul e do II Salão dos Independentes, em Seul.

Nasceu em 27 de novembro de 1949. Participou do I SalãÓ dos Independentes de Seul, da I Exposição de Jovens Artistas Coreanos, -em Seul e do II Salão dos Independentes, de Seul.

Kim Hong-Seok KimHan Nasceu em 15 de outubro de 1938. Participou da exposição de seis Artistas Coreanos! em Seul, da VII Bienal de Paris, da Exposição de Vanguarda de Seul e da I . Bienal de Seul.

88

Nasceu em 20 de julho de 1935. Participou da I Exposição Internacional de Arte Dong-A em Pu San, da II Exposição de Arte Coreana, em Seul, denominada Grande Prêmio. Participou da Exposição de intercâmbio de trabalhos de artistas contemporâneos Coréia-Japão, no


CORÉIA Japão, da Exposição Busan do Grupo Hyuk, em Kyoto, e do II Salão dos Independentes, em Seul.

Shim Moon-Seup Nasceu em 9 de fevereiro de 1942. Participou do I Grande Prêmio de Arte Coreana, em Seul, da VII Bienal de Paris, da III Trienal da índia e da IX Bienal de Paris.

Um Tai-Jung Nasceu em 18 de dezembro de 1938. Participou da XII Bienal de São Paulo, da 11 Trienal da índia, além de ter realizado uma exposição individual em Tóquio e de ter participado da Exposição de Arte Nacional Coreana em Seul.

Rhee Seund Ja Kim Kwang-Woo Nasceu em 18 de março de 1941. Participou da II Exposição Grande Prêmio de Arte Coreana, em Seul, do I Salão dos Independentes, em Seul, da Exposição de Escultura Japão-Coréia, no Japão, da I Bienal de Seul de o II Salão dos Independentes, de Seul,

Nasceu em 3 de junho de 1918. Participou da Bienal de Ljubljana, da Bienal Internacional de Arte Gráfica da Alemanha, é tem obras no Museu de Arte e História de Genebra, no Museu Nacional de Arte Moderna de Seul, e no Museu de Arte Moderna de Tóquio.

Park Chong-Bae Kirp Chong-Hak Nasceu em 11 de outubro de 1937. Participou da IH Bienal de Paris, da VI Exposição Bienal Internacional de Gravuras, em Tóquio, da XII Bienal de São Paulo, do II Salão dos Independentes de Seul, além de ter realizado uma exposição individual, em Tóquio.

Song Jeng-Gi

Nasceu em 9 de dezembro de 1935. Participou da IV Bienal de Paris, da IX Bienal de São Paulo, da Exposição de Pintura e Escultura de Michigan, nos Estados Unidos, além de ter realizado exposições individuais no Estado de Michigan e em Nova Iorque.

HanMook

Nasceu em 5 de junho de 1942. Participou do I e do II Salão dos Independentes de Seul.

Nasceu em 6 de março de 1914. Participou da Bienal Internacional Asiyàgawa, em Kobe, no Japão, além de ter realizado exposições individuais em Seul e Osaka.

Chung Chang-Seung

Y oon Hyung-Kuen

Nasceu em 1.0 de julho de 1942. Realizou uma exposição individual em Seul. Participou da I Exposição de Arte Coreana, denominada Grande Prêmio, em Seul. Participou, também, da Exposição Internacional de Gravuras, na Itália, da IX Exposição Bienal Internacional de Gravuras, em Tóquio, e do li Salão dos Independentes, em Seul.

1. Algodão cor ferrugem, 1975. óleo sobre algodão 161 x 141 em 2.

Algodão azul

ferrugem~ 1974.

óleo sobre algodão 145 x 176 em 89


CORÉIA

3. Algodão cor ferrugem azul. 1974. óleo sobre algodão 184 x 184 em 4. Algodão cor ferrugem, 1975. óleo sobre algodão 182 x 181 em 5: Algodão cor ferrugem, 1975. óleo sobre algodão 210 x 88 em

Park Seo-Bo 6. Escritura n.O 60-73, 1973. Üpis e óleo sobre tela 162 x 130 em 7. Escritura n.O 9-37, 1973. lápis e óleo sobre tela 300 x 180 em 8. Escritura n. O 3-74 1974. lápis e óleo sobre tela 162 x 97 em 9. Escritura n. O 59-74 1974. lápis e óleo sobre tela 300 x 195 em 10. Escritura n. O 64-74 1974. lápis e óleo sobre tela 300 x 195 em

Kitn Y ong-Ik 11.

Posição objeto I. sobre tecido 180 x 180 em

Sprt1.."I

12. Posição objeto lI. spra)' sobre tecido 180 x 180 em

Kim Han. 13. Louvor ao oriente. aquarela em papel :oriental 120 x 120 em 14. Louvor ao oriente. aquarela em papel oriental 120 x 120 em 15. Louvor ao oriente. aquarela em papel oriental 120 x 120 em

Kim ]ong-Kun 16. Produto 75-10, 1975. estopim, tela 162 x 130 em

17. Produto 75-11,1975. estopim, tela 162 x 130 em 18. Produto 75-12. 1975. estopim, tela 162 x 130 em.

Han Y ong-Sup 19. Relação 21. frottage sobre tecido e madeira 170 x 140 em

2QRd~ã02L. . frottage sobre teeldo e niadetra 180 x 180 qIi 21.

Relação 23. frottage sobre tecido e madeira. 170 x 140 em


CORÉIA

Lee Oc-Ryun 22.

Série vento IV.

Kim Kwang-Woo 31.

cola e tecido 95 x 188 em 23.

24.

Série vento IV.

Kim Chong· Hak

cola e tecido 95 x 188 em

32.

Kim Hong·Seok

26.

27.

Song Jeng-Gi 33.

34.

Abrir e fechar n. O 24-75 1975. lin.ha e óleo sobre tela 162 x 130 em

Chun Chang-Seung

Abrir e fechar n.O 30-75, 1975.

35.

Shim Moon-Seup 28. Explorando 744. . pedra . 61 x O x 5 em

Explorando 756.

Explorando 759. pedra 51 x 9 x 9 em

Madeira S. óleo sobre madeira 175 x 175 em

36.

Madeira 4. óleo sobre madeira 120 x 120 em

Um Tai-Jung 37.

pedra 43 x 34 x5em 30.

Declínio. folhas caídas e tecido 200 x 200 x 10 em

linha óleo sobre tela 162 x 130 em

29.

Folhas caídas. folhas caídas e tecido 200 x 200 x 10 em

Abrire fechar nO. 21-75, 1975. linha e óleo sobre tela 162 x 130 em

Sem título. madeira, pedra e tecido 1.000 x 1.000 em

Série vento IV. cola e tecido 95 x 188 em

25.

Natureza + Homem + Evento. madeira 60 x 600 em

Trabalho n. O 21-74. bronze 67 x 50 x 40 em

Rhee Seund J a 38.

Cidade de janeiro, 1974. acrílico 195 x 130 em

91


CORÉIA 39

40.

acrílico 200 x 200 em

44. Sem título. bronze fundido 68 x 35 x 20 em

Yim e Yang I, 1975.

Han Mook

Yim e Yang I, 1975.

acrílico 200 x 250 em 41.

Yim e Yang lI, 1975. acrílico 250 x 200 em

42.

Yim Y~ng n.O 1-75, 1975. acrílico 250 x 200 em

45. Espirais n,O 8. gravura 5,6x 7,6 em 46. Espirais n.O 13. gravura 5,6 x 7,6 em

Pai-k Chong-Bae

47. Espirais n.O 12 gravura 5,6 x 7,6 em

43. Sem título. "bronze fundido 67 x 37 x 22 em

48. Espirais n. O gravura 5,0 x 6,5 em

Kim Whanki

(hors concours)

Nasceu na ilha de Kijua, na Coréia do Sul, em 1913. Ingressou no Departamento de Belas Artes da Universidade de Nihon, em Tóquio, em 1933 e na Academia "Avant Garde", em"Tóquio, no ano seguinte. Organizou o grupo "Baig Man" em 1936 e realizou quatro exposições, em Tóquio, em abril,julho, outubro e dezembro desse a n o . ' O quad,fo Recordação da sala 25 foi exposto e premiado na 23a. Exposição de Nikakai, em Tóquio, em 1936. Realizou a primeira exposição individual na Galeria Amagi,.em Tóquio, em 1937, Foi integrante d6 grupo " Associação de Belas Artes Liberdade", em 1937. Organizou o grupo de vanguarda "Neo-realismo", em 1948. Lecionou no departamento de Belas Artes da Universidade Nacional de Seul, de 1946 a 1948. Foi membro do júri da exposição Nacional de Belas Artes, de Seu!, em 92

17

49. Espirais n.O 18 gravura 5,6 x 7,6 em 1948, 1955, 1959 e 1962. Lecionou no Colégio de Belas Artes Hong Ik, como professor e Deão, em Pu San e Seul, de 1953 a 1955 e de 1959 a 1962. Serviu como membro da Academia da Coréia, em Seul, de 1954 a 1962. Em maio de 1956 viajou para Paris. e em maio de 1959 voltou a Seul. Foi presidente da Comissão Nacional da Associação Internacional de Artes Plásticas, da UNESCO, em Seul, em 1960. No ano seguinte foi viceadministrador da Federação Nacional de Artes, em SeuL Em 1963 foi presidente da Associação de Belas Artes, em Seul. Em setembro do mesmo ano participou como Comissário e como artista da VII Bienal de São Paulo, onde foi agraciado com menção honrosa. No mês seguinte, viajou para Nova Iorque. Em setembro de 1964 foi-lhe concedida uma bolsa de estudos daJDR 3 Fund., para 14 meses. Faleceu noUnited Hospital, em Port Chester, Nova Iorque, no dia ~? de julho de 1974.


CORf:IA Na década de 30Whanki havia desenvolvido uma versão orientalizada do abstracionismo ocidental, então em voga. Sua principal diretriz parece proveniente da fase final do cubismo sintetico, ao qual ele associou um nivelamento de uma delicadeza claramente oriental. O estilo inicial .de Whanki é o resultado da harmonização de tendências transculturais, tanto mais que o nivelamento adotado pelo modernismo ocidental é em grande parte decorrente da influência da arte japonesa a partir de 1860. Whanki começou a expor em Nova Iorque nos anos 60. Manifestava nessa época a tendência para um tipo de abstração' no qual "Os objetos eram ainda perceptíveis.· À medida que prosseguia, paSS.ou a admitir em suas telas tramas extremamente planas que guardavam uma relação complexa com o campo e as tendências da pintura novaiorquina no mesmo período. Não estava interessado nos resultados formalmente definidos de opticalidade, n'ivelamento de superfícies, equivalência tonal e outros que tais. Ao contrário, suas pinturas de campo assemelhavam-se a vistas diretas para cima ou para baixo do espaço urbano aberto - delicadas insinuações da estrutura da cidade flutuando num campo de luz suavemente luminosa. Então, Whanki começou a preencher esse espaço com algo semelhante à trama de uma rede fileiras de quadrados contendo cada um uma. pinta de cor. Tais obras, que começaram a surguir nos anos 70, são geralmente monocromáticas, de azuis ricamente acinzentados. A orientação da textura subordina-se inteiramente às inflexões sem fim do artista. Há uma regularidade nessas pinturas de campo, mas ela é altamente pessoal, uma regularidade sobrevivida. Da distância percebe-se apenas um véu de tons modulados cortado por estreitos corredores onde a tela permanece nua.Estas linhas prendem as texturas do artista à superfície e aos limites do quadro. Em suas última's obras Whanki descobriu uma excelência e delicadeza derivada do ato da pintura no seu mais fundamental. Ao simples ato de recobrir a superfície ele deu uma auto-suficiência como de

caligrafia que não requer tradução, que é válida simplesmente como oportunidade de percepção. Carter Ratcliff "Whanki na Galeria Poindexter, 18/2 - .8/3/75" in Art International Review

Usando sua tinta como um corante transparente e deixando saa tela mostrar-nos sua textura natural, o Sr. Whankidesenhou algumas das mais belas' tapeçarias . que se pode desejar e pouca diferença faz que estejam esticadas em chassis como pinturas. Sua ingenuidade-em manipular seu motivo favorito, um pequeno quadrado cercando um ponto redondo irrégular, parece incan.sável. John Cahaday in New York Times - 2/10/71

1.

10-VIIl-70, 1970. óleo 292,5 x 212,5 cm

4. 23-XII-71, 1971. óleo 292,5 x 207,5 cm

2. 27-VIlI-70, 1970. óleo 292,5 x 212,5 cm

5. 20-Il-73, 1973. 6leo 260 x 208,75 cm

3. 14-XIl-71. 1971. óleo 292,5 x'207,5 cm

6. 12-IV-72, 1972. óleo 260 x 205 cm

93


CORÉIA

7. 18-V -72, 1972. óleo 260 x 205 em

18. 20-III-74, 1974. óleo 260 x 165 em

29. 12-V-70, 1970. óleo 232,5 x 170 em

40. 20-V -69, 1969. óleo 175 x 125 em

•8. 5-VI-72, 1972. óleo 260 x 205 em

19. 20-IX-72, 1972 . óreo 260 x 125 em

30. 16~V-74, 1974. óleo 203 x ISO em

41. 22-X-73, 1973. óleo 180 x 130 em

9. 27-VIl-72, 1972. óleo 260 x 205 em

20. ·16-X-73, 1973. óleo 260 x 112,5 em

31. 26-V -71, 1971. óleo 203 x 125 em

42. 9-V -7 4, 1974. óleo 175 x 125 em

10. 19-VIlI-72, 1972. . óleo 260 x 205 em

21. 5-IV-71, 1971. óleo 250 x 250 em

32. 4-VI-71, 1971. óleo 203 x 125 em

43. 19-111-74, 1974. óleo 175 x 125 em·

11. 10-X-73, 1973. óleo 260 x 205 em

22. 19-VIl-7l, 1971. óleo 250 x 200 em

44~

12. 2~X-73, 1973. óleo 260 x 205 em

33. 3-V-71, 1971. óleo 210 x 147,5 em:

2}. 17-IV-71, 1971. óleo 250 x 200 em

34. 27-Il-70, 1970. óleo 207,5 x 145 em

45. 22-IV-74, 1974. óleo \', 175 x 125 em

13. 24-IX-73, 1973. óleo 260 x 205 em

24. 3-VII-7l, 1971. óleo 250 x 200 em

35. 8-IV-68, 1968. óleo 205 x 155 em

46. 6-1I1-74, 1974. óleo 175 x 125 em

14. 4-VI-73, 1973. óleo 260 x 205 em

25. 3-VII-72, 1972. óleo 250 x 200 em

36. Sem título, 1970. óleo 205x 150 em

47; 5-VIll-71, 1971. óleo 175 x 125 em

15.5- IV-73, 1973. óleo 260 x 205 em

26. 3-XII-7l. 1971. 6leo 250 x 125 em

37. 27-IX-70, 1970. óleo 200 x ISO em

48. 9-11l-70, 1970. óleo 147,5 x 100 em

16. 17"'"VIIl-73, 1973. óleo 260 x 205 em·

27. 9-XII~7l, 1971. óleo 250 x 125 em

38. 22-IX-70, 1970. óleo 200 x 150 em

49. 10-11l-70, 1970. óleo 147,5 x 100 em

28. 1-VI-70, 1970. óleo 232,5 x 175 ein

39. 29-Y;-69, 1969. óleo 175 x 125 em

50. Lua e montanha,. 1959. óleo 99x80em

17. 16'-IX-73, 1973. óleo· 260 x 205 em.

94

26-11-74, 1974. óleo 175 x 125 em


COSTA DO MARFIM Exposição organizada pelo "Ministere de L'Education NationaIe - Sécrétariat d'Etat, Chargé des A.ffaires Culturelles" . Comissário: Mário Lorenzi

Christian Lattier Nascid.o em 25 de dezembro de 1925, em Troko, Grand Lahou. Frequentou a Escola Regional de Belas Artes de St. Etienne em 1946-47, e a Escola Nacional Superior de Belas Artes de Paris, em 1947~56. Em 1953 conquis tou o l.o Prêmio das Catedrais de França e, no ano seguinte, o l.o Prêmio Chenavard. Duas vezes selecionado para o segundo ensaio do concurso de Roma, 1955-56. Nomeado Professor na Escola Nacional Superior de Be1,,!s Artes de Abidjan em 1962. Figurou nas seguintes exposições: Maison des Beaux-Arts, Paris, 1959; Primeira Bienal de Paris, 1959; Museu Rodin, 1959; Salão de Confronto, 1961; Prefeitura de Abidjan, 1963-65; Centro Cultural Francês, 1969. Grande Prêmio das Artes Plásticas Contemporâneas todas as disciplinas do 1.0 Festival Mundial das Artes . Negras de Dakar, 1966.

Gérard Santoni Nascido em 19 de março de 1943 em Divo, Costa do Marfim. Em 1969 obteve o Diploma Nacional de Belas Artes (Opção Decoração). Trabalhou como decorador em Saint Laurent duVar, em 1969-70. Em 1970. colaborou, como cenógrafo, com a Televisão da Costa do Marfim. Em outubro de 1973 fez estágio de formação, no comando dos quadros superiores da Administração do Estado, na Escola das Forças Armadas da Costa do

Marfim, em Bouake. Em outubro de 1974 foi nomeado para as funções de Cenógrafo Chefe na Televisão da Costa do Marfim. Foi nomeado para o cargo de Professor de expressão gráfica no Estúdio-Escola da Rádio Televisão da Costa do Marfim - R.T.I., em outubro de 1974. Foi responsável pela cenografia de grandes programas de televisão, como A poltrona branca, Convidado da semana e Show 4B. Realizou dois curta-metragem: Santuário e O grito do Muezzin. Figurou nas seguintes mostraS coletivas: Galeria Knd Internacional, Nice, 1969; Fundação Maeght, Saint Paul de Vence, 1970; 1.0 Festival Internacional de Arte Contemporânea, 1973 e Semana da Costa do Marfim, Dakar, 1973.

BouMonney Nascido em 1948, em Anyama-Zonsonkoi. Foi aluno da Escola Nacional Superior de Belas Artes de Abidjan, de 1968 a 1972, e d.a Escola Municipal de Arte e de Arquitetura de Marseille-Laminy, em 1973. Participou de exposições na Galeria de Marseille; na. Galeria das Artes e da Civilização Africana; no Museu Matc Chagall, em Nice; em Aix-en-Provence, Reims, Amiens e Rou~n; na Bélgica no Museu Royal de Bruxelas e no Palicio de Belas Artes em Bruxelas. Figurou também no 3.0 Festival Internacional de Arte Africana Contemporânea de 1975, em Abidjan.

95


COSTA DO MARFIM

Christian Lattier 1.

Amélia. escultura 120 em ( altura)

Gérard Santoni 7. Poder negro. pintura 180 x 100 em

2. Cristq. Bai~o - relevo 160 em (envergadura)

8.

3. Pietá.

9. Os gênios da água. .pintura no x 100 em

escultura 250 em ( altura) . 4.

!t orquídia. máscara

5. O homem de barbicha. máscara 6. Viva as férias. escultura 200 em (altura)

.96

Clarão de esperança. pintura 120 x 100 em

Bou Monney 10. As três dançarinas. pintura 130 x 98 em


EL SALVADOR Exposição organizada pelo Centro Nacional de Artes, com a colaboração do Mnistério da Educação. Comissário: Raúl Tadeo Figueiroa

Vive, em nosso dias, o povo salvadorenho, um período de fervente entusiasmo no desenvolvimento das artes plásticas e, ao mesmo tempo, os artistas tentam assentar suas bases de maneira firme, pelo que diz respeito aos seus valores estéticos.

o realismo toma Jugar e desloca o tratadismo tradicional dos temas indigenistas. A jovem pintura salva:dorenha se lança no campo da figuração e cada pintor imprime em sua· obra as características próprias de sua personalidade, uma personalidade calcada na exuberância que lhe é dada pelo grandíssimo ânimo, que era a característica de seus ancestrais Maias e Pipiles. Galerias de arte, salas de pintura, exposições, tão abundantes e frequentes na República de EI Salvador, trazem, como fruto; uma plêiade de jovens pintores, que já ultrapassaram as fronteiras da fama. Nesta Bienal de São Paulo, a mais importante da Amé~ rica Latina, EI Salvador nos traz três jovens pintores, cada um tendo uma marcação de figuração modernista e contemporânea. Roberto Antonio Galicia, de trinta anos apenas, com seus· quadros de estilo arquitetõnico:, de grande renome

em seu País, ganhador de medalhas em Salões e Galerias de Arte. Antonio Garcia Ponce, que se destaca como estrela de primeira grandeza na galeria dos pintores ceiltro-americanos, ganhador, já, de três prêmios nacionais. Suas figuras reúnem toda a intensidade da vida moderna, com traços fortes e claro-escuros ressaltantes. Víctor Maximiliano Barriere, de esmerada formação, de cultura humanística, dedicou à pintura um carinho todo especial, destacando-se no momento presente como figura de primeiríssimo plano dentro da pintura salvadorenha. Primeiro Prêmio de Pintura da Universidade de EI Salvador; destaca-se na Bienal de San José de Costa Rica, é expositor nas mais importantes galerias de arte de toda a América Central, México e Estados Unidos. Em sua pintura a cor se dilui, a harmonia se irmana e a suavidade de suas figuras leva o selo indelével da sensibilidade do artista. Nas obras dos três artistas encontra-se plasmada a constailte inquietação da pintura salvadorenha, na qual, sem deixar de lado as idiossincrasias de cada autor, nota-se o anelo de se assentar pé firme no panorama da Amêrica de nossos dias, tão carregada de emotividades. Raúl Tadeo Figueiroa

97


ELSALVAOOR

Roberto Antonio Galicia Nasceu em 22 de dezembro de 1945-. Estudou pintura na Escola' Privada ·de Arte de Carlos Gonzalo Canas. Estudou arquitetura na Universidade Aut.ônoma de El Salvador. É professor dé desenho e diretor do Departamento de Artes Plásticas do Centro Nacional de Artes. Realizou exposições individuais na Galeria Forma, San Salvador, 1968, 1969,1970 e 1974; na Sala Nacional de Exposições, San Salvador, 1971, e na Galeria Altamar, San Salvador, 1973. Participou das seguintes exposições coletivas: UniversidadeCat6lica, San Salvador, 1972; Universidade NacionaI, San Salvador, 1969; Bienal Centroamericana de Artes Plásticas, San Salvador, 1973; Embaixada de El Salvador, Guatemala, 1972;' Salão de Paris, França, 1973; Salão Internacional Xerox, Panamá, 1973. Recebeu Medalha de Prata no Salão de Paris e obteve o 3.0 lugar no Salão Noé Canjura. Sua obra figura em coleçõe~ particulares, na América .. Latina, em Washington e em Paris.

Antonio Garcia Ponce Nasceu em Guazap'a, El Salvador, em 1938. Estudou pintura na Academia "Valerio Lecha", San Salvador. Suaob~a, integrada em "séries", é considerada como uma das mais importantes entre a dos j~vens pintores centroamericanos. Foi agraciado com três prêmios nacionais. Realizou as seguiiltes exposições individuais: Teatro Nacional "Ruben Darío", Manágua, 1959; Aliança Francesa, Nicarágua, 1961; Universidade Central de Quito, Equador, 1968; Galeria Reforma, México, 1968; Dutra Gallery, Nova Iorque, 1970; Galeria Karel, México, 1971; Galeria de Arte "0 Café Literário," Guatemala, 1971-; Dutra Gallery, Nova:)orque, 1971; Galeria D'Zeiro, Rio de Janeiro, 1972; Linley Gallery,

98

Montreal, Canadá, 1972; Galeria Pecanins, México, 1972; Aliança Francesa, San Salvador, 1972; Galeria Romain, Bogotá, 1973; Naive Gallery, Nova Iorque, 1973; Dorion Gallery, Montreal, Canadá, 1973. Figurou nas seguintes exposições coletivas: ArtÍst Finger, Haiti, 1967; Instituto de Arte Contemporânea, Lima, 1967; Instituto Panamenho de Arte, Panamá, 1967; Sala Nacional de Desenho, Marrocos Espanhol, 1968; Art Center, Lima, 1968; Segundo Salão dos Jovens, Caracas, 1968; Galeria de Arte Moderna, Santo Domingo, 1969; Instituto Cultut:al Israeli, México, 1969; Instituto Ítalo-Latinoamericano, Roma; 1969; Galeria Mer-Kup, México, 1970; Nova Casa de Cultura, Lima, 1971; Sala Internacional Paris Sul, FranÇa, 1972.

'Vítor Maximiliano Barriere Nasceu em San Salvador, República de EI Salvador,' dia Lo de maio de 1941. Recebeu sua educação básica em diversos colégios de Los AngeJes, Estado da Calif6rnia, e em EI Salvador. Fez seus estudos universitários na Universidade de San Diego, Calif6rnia. Fez seus estudos de pintura e desenho na Escola de Belas Artes de San Salvador. Foi selçcionado, em 1964,· entre os cinco pintores que representaram El S~lvador no Salão Esso de Artistas Jovens. Foi agraciado com o primeiro Prêmio no Primeiro Certame de Pintura, da Universidade de El Salvador. Participou da Primeira Bienal de San José de Costa Rica. Realizou exposições individuais na Casa da Arte; Centro EI Salvador, Estados Unidos; Instituto Salvadorenho de Turismo; Aliança Francesa e Galeria 1~2-3-. Participou de exposiçÕes coletivas na Embaixada dos Estados Unidos; na Galeria Dideco; na Galeria Forma; na Casa da Arte; na Feira Internacional de EI Salvador; na Galeria 1-2-3; na Sala Nacional de Exposições; no Banco Nacional da Guatemala; na Galeria Watergate, Washington; no Centro EI Salvador, Estados Unidos, e no Instituto Salvadorenho de Turismo.


ELSALVADOR

Realizou uma exposição em conjunto com a pintora . israelense Ohela Tal, patrocinada pela Embaixada de Israel, na Galeria Forma.

Fez viagens de estudo no'México e nos Estados Unidos. Tem obras suas em coleções· particulares, no México, nos Estados Unidos e na América Central.

·1

Roberto Antonio Galicia 1. Contribui~ão

subdesenvolvida ao 'progresso espaciaL·

óleo e acrílico sobre cartão . 75 x 100 em. 2.

Homenagem a uma moeda de cinco. óleo e acrílico sobre cartão 75 x 100 cm

3. Diariamente.

óleo e acrílico sobre cartão 75 x l00cm

5. A vaca passeando na varanda. tinta sobre papel de ilustração 150 x 100 cm . 6. O pássaro morto dentro do espelho

tinta sobre papel

.

150 x 100 em

Víctor Maximiliano Barriere 7. Espelho de água. pintura 79,5 x 67 cm 8. Terra de Vulcões

Antonio Garcia Ponce 4. A concubina na sala de audiências tinta sobre papel de iiustração 150 x 100 em

pintura 79,5 x 67 em 9. Pintura. pintura 146,3 x 79,3 em

99


ESPANHA EXPQsiçã;o organizada pela "Dirección General de Relaciones Culturales,del Ministerio de Asuntos Exteriores", Madri. Comissário: Luis Gonzáles-Robles. É lógico que todo artista lute consigo mesmo, para alcançar a expressão que satisfaça o mais possível suas inquietudes plásticas; quando o artista é consciente de sua obra, dos problemas por ela suscitados, sua luta se torna feroz, seu esforço titânico, porém, esforço e luta não serão estéreis se tudo isso for realizado com uma serena objetividade, no desenvolvimento de esquemas bem determinados e concebidos, de acordo com sua sensibilidade plástica.

Sem intç::nção de dramatizar, atreverme-ia ~ afirmar que, às vezes, a situação do artista é angustianté, porque não somerite ele sofre os problemas naturais acima assinalados, mas porque, de mais a mais, deve fazer frente ,lambém ao bombardeio insistente à que é submetido pelos cada vez mais influentes meios de comunicação, que conformam com rigor umas modas às quais, reconheçâmo-Io benevolamente, é muito difícil subtrair-se. E aqui entra em jogo o equilíbrio que deve ter o artista, para rião se deixar levar mais do que de seu honesto e firme compromisso com o labor empreendido; que cada dia seja mais e mais um avanço para a solução de todos' os problemas plásticos que provocam sua sensibilidade artística. É forçoso reconhecer que poucos podem evitar a influência do meio ambiente em que vivemos, no qual, quem sabe, as perturbadoras influências dos meios de comuniéação já tenham atingido o máximo, chegando a provocar uma grande confusão. Afortunadamente, há jovens artistas, na atualidade, que vão cumprindo sem pressas, nem perigosas pausas, tod'o o lógico processo de sua criatividade plástica.

100

Embora sejam numerosas as tendências vigentes e válidas na atualidade, pareceu-nos interessante colocar nossa atenção, desta vez, numa parcela bem significativa, como é a do Realismo, para conformar, dentro da temática dessa realidade atual e tradicionàl da Espanha, um panorama - o mais homogêneo possível - para sua apresentação nestã XIII edição da Bienal de São Paulo. Não me canso de repetir que o artista espanhol de todos os tempos teve, e continua tendo, uma especial predidileção pela matéria, que trata com deleite. Uma matéria na qual se recreia, à qual sabe extrair qualídades insuspeitadas. Isto seria, quem sabe, o denominador comum que poderíamos assinalar como dado mais singular entre os nove artistas que a Espanha apresenta no concurso da Bienal paulista: Ignacio Berriobefia, Abel Cuerda, Eufemiano Sánchez, Javier Navarro de Zuvillaga, Luis Saez, Javier Serra de Rivera, Cristóbal Toral, Joaquín Vaquero Turcios e José Luis Verdes. Pois bem, se os jovens artistas espanhóis souberam tratar com personalidade a matéria, em toda uma série de interessantes experiências no campo da Abstração - em seu momento oportuno - não são menos interessantes as investigações levadas cabo, no que se refere ao tema do Realismo: uin realismo, como é' natural, não referido ao chamado "acadêmico", que não nos interessa neste caso, mas ao conceito que dessa realidade, como fenômeno atual de expressão, têm hoje nossos jovens artistas. E é curioso observar que, para chegar a este conceito do real, têm sido inelutavelmente primordiais as

a


ESPANHA

experlênClas abstratas anteriormente realizadas, isto é, que não foi estéril aquele rompimento feito com o rigor formal que exigiam aquelas regras acadêmicas que já não tinham razão de ser, porque outra linguagem plástica se impunha às novas gerações. Assim o compreenderam muitíssimos artistas, e um exemplo o temos nestes nove que oferecem uma sincera e pessoal intenção no bem fazer e no bem dizer, sobre um tema tão fascinante como é a nova Imagem da Realidade. Para esta XIII edição da Bienal paulista, também acreditamos que seria conveniente prestar atenção ao que têm continuado a fazer alguns dos artistas que a Espanha tem apresentado nas anteriores Bienais de São Paulo, e que obtiveram insignes galardões. O critério para a sua seleção atual foi o de escolher aqueles artistas, cuja obra atual haja sofrido uma benéfica e lógica evoluç~o com o correr do tempo: Modesto Cuixart,

José Luis Fernandez del Amo, Rafael Leoz de la Fuente, César Olmos, Joan Ponç, Rafael Richart e Dado Villalba, cujas obras completam um amplo panorama da arte atual na Espanha. A ausência de Rafael Canogar, Grande Prêmio Itamaraty, na XI Bienal, se deve a que o artista está realizando um profundo processo de renovação de sua mensagem plástica e não achou oportuno mostrar esta nova produção até que seu ciclo o tenha satisfeito. Acreditamos sinceramente contribuir, desse modo, aos escopos de divulgação pedagógico-culturais que a Fundação Bienal de São Paulo se propôs realizar com suas diversas manifestações artísticas, e de modo concreto com esse certame, que ano após ano vai consolidando seu bem conquistado prestígio internacional com essa singular e heróica teimosia, que lhe infunde a incrível fé de seu fundador, Francisco Matarazzo Sobrinho. Luis González-Robles

19nacio Berriobefia

JavierSerra de Rivera

Nasceu em Madri. em 1941.

Nasceu em Barcelona, em 1946.

Abel Cuerda

Crist6bal T oral

Nasceu em Albacete, em 1943.

Nasceu em Málaga, em 1940.

Eufemiano Sánchez

Joaquín Vaquer,o Turcios

Nasceu em Sevilha, em 1921.

Nasceu em Madri, em 1933.

Javier Navarro de Zuvillaga

José Luis Verdes

Nasceu em Madri, em 1942.

Nasceu em Madri, em 1933.

Luis Saez Nasceu em Burgos, em 1925.

101


ESPANHA Participação Especial (hors concours)

Modesto Cuixart Nasceu em Barcelona, em 1925.

José Luiz Fernandez delAmo Nasceu em Madri, "em 1914. '"

Rafael Leoz de la Fuente Nasceu em Madri, em 1921. \'

César Olmos Nasceu em Valladolid, em 1936.

JoanPonç N~sceu

em

Barcelona~

em 1927.

Rafael Richart Nasceu em La Coruõa, em 1922.

Darío Villalba Nasceu em San Sebastian, em 1939.

Alberto Sánchez Nasceu em Toledo, em 1895. Faleceu em 1962. "Era o verão de 1934. Alberto Sánchez residia no EI EscoriaI, em Madri, em cujo Instituto era professor de desenho. Num aposento contíguo ao dele permaneci durante o mês de julho e parte de agosto. Vi-o trabalhar. Pela sua maravilhosa intuição que o situa na proa" das melhores vanguardas, pudemos admirar esculturas em' material provisório, das mais audazes estilizações e sincretismos - incrível.! - sobre temas ovóides enla102

çados em ma"ssas harmoniosas. Quão feliz teria sido se as tivesse podido fundir em bronze! Ali estavem brancas e frágeis, tão vulneráveis a qualquer estrago que só resta delas a lenibrança daqueles que tiveram a ventura de admirá-las. Depois, nas paredes de seu quartq, uns desenhos coloridos que ilustravam uma obra de Garcia Lorca, e que não foram utilizados na sua versão teatral. Eram desenhos não só da cenografia como também das personagens do drama. Eram como Sola nas menos sofisticados, maltrapilhas e bêbados de subúrbio, vistos sem preconceitos literários, numas cores densas e opacas, encadeados num desenho sólido. E algo mais que não creio que tenha sido recordado: um talento literário que suponho que tenha permanecido inédito. Ali nos leu fragmentos de um livro de descrições plenas de vigor expressivo. Ainda recordamos aquelas vistas da La herrerfa e de Las dehesas deI EscoriaI, com os touros roçando a casca das árvores que ficavam polidas. Sentia li terra. Eram baforadas de paisagem que seus olhos ~orviam. Fazia-nos caminhar para além do que ele chamava o limite. Grupo juvenil o nosso, no qual {iguravam as Sanchas, as Dubois, algum professor do Instituto, algum escritor novato ... Depois, a guerra e a preocupação pelo destino de Alberto, já casado com Clara Sancha (filha do célebre pintor espanhol Francisco Sancha - 1874 Málaga, 19360viedo), e veio-nos da Rússia um Quixote assessorado por ele. Aliêstava outra vez Alberto, nessa" película com o cavaleiro com a armadura e o escudo amassados, com uma paisagem de terra, terra, com duques libertinos, com o herói sempre vencido. E, subitamente, como uma explosão de genialidade que nos surpreendeu, contemplamos em Madri a grande exposição de Alberto (no Museu Espanhol de Arte Contemporânea, 1970), com esculturas e desenhos e grandes aquarelas, que nos revelou" uma genialidade que interpretava de maneira inédita e profundamente racial o ser da Espanha. Aqui, em sua escultura e em seus desenhos está o homem, a terra, os instintos, a história, a [orça telúriCa, o quixotismo, a visão ao mesmo tempo infinita e terrena de nossos horizontes. A análise ascética de seus valores plásticos


ESPANHA

não . é o mais importante. Suas formas não poderão libertar-se desse halo de santidade ibérica que as rodeia, por que há nelas uma transubstanciação das energias elementares de sua terra, em versão escultural. São formas abstratas as que suas mãos modelam? Não, ao contrário. Superação da realidade no seu além limite físico, no seu íntimo concreto e representativo, em seu anseios espirituais de uma terra, sem deixar de ser terra. É isto que motiva novas conformações, interpretações da mulher, do homem e do touro, que com robusta plasticidade exibem volumes ideais. Aqui a imaginação não se evade do mundo real, mas o torna mais acentuadamente plástico, e como que moldado nos sulcos dos campos e daspaixões humanas. . ,,~

Sua Múlher castelhana ergue:-se alta, estelar, mas com severa altivez de choupo castelhano. Porque existe não sei que misteriosa relação, certamente não formal e programática, com EI Greco, que determina essa tendência, ao mesmo tempo robusta e zenital de suas imagens. Não sabemos bem se esse Pássaro que bebe o faz em águas do Tejo ou na imensa claridade do céu toledano. Assim como esse touro, despojado da carne e .mantendo apenas o fero ímpeto acometedor, conservando a graça de uma investida ao vôo circular dessa eterna capa com que o homem o engana. E fica o traço límpido, tranquilo e rmole.ro do ataque taurino. E essa Mülher, que é a síntese de uma vitória ibérica. O importante não é a cabeça, mas a significação de proa gentil, com ritmo de vento e arredondado de pregas que a prendem à terra.

Tudo genuinamente alusivo, mas, ao mesmo tempo, com uma plástica na qual se concentram, como i)0 grão de trigo, todas as possibilidades de expansão imaginativa. Seus Touros ibéricos, imóveis e perenes como os de Guisando (Avila), contemplando, em sua serena fortaleza, os séculos futuros. Mulheres coroadas por estrelas. Todo o mundo de Alberto na escultura maciça e espiritual, que agora já podemos contemplar, eternizadas em bronze. Todo esse mundo escultórico não seria possível se por trás dele não existisse um pensamento fértil que encontrou seu veio nas formas plásticas. Nelas não há nada extremado, nada exacerbado, nem de um expressionismo fácil. Nada tampouco de um classicismo que teria arrefecido sua paixão terrena. Todas no exato ponto no qual confluem a terra e a idéia. Os que, como nós, tiveram a ventura de conhecer Alberto e ouvir suas confidências, podem julgar a adequação de sua escultura a suas preocupações intelectuais. Suas formas plásticas emergiam déteorias que estilizavam a -realidade sem debilitá-la. Ou melhor ainda, reforçando as misteriosas energias dessa terra da qual ele próprio parecia brotar, encarnando em sua arte suas mais puras essências. José Calmon Aznar Teoria de Alberto

103



ESPANHA

não. é o mais importante. Suas formas não poderão libertar-se desse halo de santidade ibérica que as rodeia, por que há nelas uma transubstanciação das energias elementares de sua terra, em versão escultural. São formas abstratas as que suas mãos modelam? Não, ao contrário. Superação da realidade no seu além limite físico, no seu íntimo concreto e representativo, em seu anseios espirituais de uma terra, sem deixar de ser terra. É isto que motiva novas conformações, interpretações da mulher, do homem e do touro, que com robusta plasticidade exibem volumes ideais. Aqui a imaginação não se evade do mundo real, mas o torna mais acentuadamente plástico, e como que moldado nos sulcos dos campos e das paixões humanas. \

Sua Múlher castelhana ergue:-se alta, estelar, mas com severa altivez de choupocastelhanó. Porque existe não sei que misteriosa relação, certamente não formal e programática, com EI Greco, que determina essa tendência, ao mesmo tempo robusta e zenital de suas imagens. Não sabemos bem se ess~ Pássaro que hehe o faz em águas do Tejo Ou na imensa claridade do céu toledano. Assim como esse touro, despojado da carne e .mantendo apenas o féro ímpeto acometedor, conservando a graça de uma investida ao vôo circular dessa eterna capa com que o homem o engana. E fica o traço límpido, tranquilo e rebolero do ataque taurino. E essa Mülher, que é a síntese de uma vitória ibérica. O importante não é a cabeça, mas a significação de proa gentil, com ritmo de vento e arredondado de pregas que a prendem à terra.

Tudo genuinamente alusivo, mas, ao mesmo tempo, com uma plástica na qual se concentram, como i;tO grão de trigo, todas as possibilidades de expansão imaginativa. Seus Touros ihéricos, imóveis e perenes como os de Guisando (Avila), contemplando, em sua serena fortaleza, os séculos futuros. Mulheres coroadas por estrelas. Todo o mundo de Alberto na escultura maciça e espiritual, que agora já podemos contemplar, eternizadas em bronze. Todo esse mundo escultórico não seria possível se por trás dele não existisse um pensamento fértil que encontrou seu veio nas formas plásticas. Nelas não há nada extremado, nada exacerbado, nem de um expressionismo fácil. Nada tampouco de um classicismo que teria arrefecido sua paixão terrena. Todas no exato ponto no qual confluem a terra e a idéia. Os que, como nós, tiveram a ventura de conhecer Alberto e ouvir suas confidências, podem julgar a adequação de sua escultura a suas preocupações intelectuais. Suas formas plásticas emergiam dé teorias que estilizavam a realidade sem debilitá-la. Ou melhor ainda, reforçando as misteriosas energias dessa terra da qual ele próprio parecia brotar, encarnando em sua arte suas mais puras essências. José Calmon Aznar Teoria de Alherto

103


ESPANHA

Ignacio Berriobena 1. O refúgio, 1972. água-forte 50 x 39 em 2. A camisa, 1972. água-forte 50 x 33 em 3. A caminho, 1972. água-forte 50 x 33 em 4. O traslado, 1972. água-forte 31 x 24 em 5. Pato na água, 1973. águac..forte 33 x 25 em 6. A luz, 1973. , água-fbrte 32 x 24 em 7.0 colosso, 1973. água-forte 70 x 34 em 8. O engano, 1973. água-forte 50 x 35 em 9. O protetor, 1973. água-forte 50 x33 em

10. Capa longa, 1973. água-forte 50 x 35 em 11. Ajuda, por favor, 1973 água-forte 50 x 33 em 104

17. Sem tampa, 1973. _.' Jgua-forte '50 x 33 em 13. O pequeno defensor, 1974. água-forte 50 x 34 em 14. Abaixo ou acima, 1974. água-forte 50 x 33 em 15. O benfeitor, 1974. água-forte 50 x 33 em 16. Os arrojados, 1974. água-forte 32 x 24 em 17. Luz nas trevas, 1974. água-forte 32 x 22 em 18. A parábola da flor no tronco, 1974. água-forte 32 x 25 em 19. Tentado, 1974. água-forte 35 x 25 em 20. O gato-lobo, 1975. água-forte 50 x 33 em 21. Coisas velhas, 1975. água-forte 40x30em 22. Os ateus, 1975. água-forte 32 x 23 em


ESPANHA

Abel Cuerda 23. Caminho do Sabá, 1974. óleo 250 x 250 em 24. Módulos para a construção de um circo, 1974. óleo 250 x 250 em

33. Entre a razão e o sonho lI, 1975. óleo 145 x 145 em 34. Entre a razão e o sonho III, 1975. óleo 145 x 145 em .

Euferniano Sánchez

35. Entre a razão e o sonho IV, 1975. óleo 145 x 130 em

25. Incomunicação com o Eu, 1973. óleo 130 x 97 em

36. Entre a razão e o sonho V, 1975. óleo 145 x 145 em

26. Incomunicação com os outros, 1973. óleo 190 x 155 em 27. Incomunicação com a natureza, 1974. óleo 100 x 81 em 28. Incomunicação com as instituições, 1974. óleo 170 x 140 em 29. Incomunicação com o além, 1975. óleo 140 x 170 em 30. Incomunicação com a cultura, 1975. óleo . 225 x 170 em

Javier Navarro de ZuviHaga 31. Projeto de teatro móvel. . arquiterura teatral (maquete e fotografias)

Luis Saez 32. Entre a razão e o sonho I, 1975. óleo 227 x 185 em

37. Entre a razão e sonho VI, 1975. óleo 145 x 130 em 38. Entre a razão e o sonho VII, 1975. óleo 145 x 145 em 39. Entre a razão e o sonho VIII, 1975. óleo 227 x 185 em

Javier Serra de Rivera Série Diálogos 40. O voltarete vermelho, 1975. óleo 195 x 150 em 41. A conversação, 1975. óleo 150 x 195 em 42. O pianista, 1975. óleo 200 x 175 em

105


ESPANHA

43. Diálogo, 1975. óleo 162 x 160 em

53. Os emigrantes, 1975. óleo sobre tela 2S0 x 292 em

44. O pintor e a modelo, 1975 óleo 162 x 160 em

54. O emigrante morto, 1975. óleo sobre tela 184 x 224 em

45. O pintor, 1975. óleo 162 x 130 em

55. As maletas, 1975. óleo sobre tela 226 x 270 em

Cristóbal Toral

)oaquín Vaquero Turcios

Série A viagem

Série Invocação da realidade

46. A Cama, 1974. óleo sobre tela ~56 x 169 em

56. Invocação de George Orwell, 1975. óleo 200 x 200 em

47. O fardo, 1974. , óleo sobre tela 248 x 292 em

57. Invocação de MarceI Proust, 1975. óleo 200 x 200 em

48. A viagem, 1974. óleo sobre tela 120 x 130 em

58. Invocação de Jorge Luis Borges, 1975. óleo 200'x 200 em

49. Moça com maleta, 1974. óleo sobre tela 212 x 240 em

59. Invocação de Virgínia Wolff, 1975. óleo 200 x 200 em

50. D' aprés As meninas de Velázquez, 1974-75. óleo sobre tela 278 x 237 em

60. Invocação de Scott Fitzgerald, 1975. óleo 200 x 200 em

51. D' aprés A família de Carlos W de Goya, 1975. óleo sobre tela 235 x 278 em

61. Invocação de Dylan Thomas, 1975. óleo 200 x 200 em

52. O trem, 1975. óleo sobre tela 251 x 305 em

62. Invocação de James Joyce, 1975. óleo 200 x 200 em

106


ESPANHA

63. Invocação de Pablo Neruda, 1975. óleo 200 x,2QOem José Luis VerdeS 64. O mito da caverna (Platão), 1974-75. arte experimental: ambiente audio-visual, composto de 12 murais, 8 acrílicos e 9 esculturas de alumínio 1130 x 1010 em Alberto Sánchez (hors concours) 65. Maternidade, 1928. bronze 84 em (altura) 66. Touros ibéricos, 1956. brohze 98 cni (altura) 67. Touro, 1956. bronze 92 em (altura)

Modesto Cuixart (hors coneours) 72. Composição, 1974. óleo 300 x ISO em 73. Lirilia, 1975. óleo 225 x 150 em 74. Nerxos, 1975. óleo 225 x 150 em 75. Habanera, 1975. óleo 140 x 200 em 76. Figura, 1975. óleo 140 x 200 em José Luis Fernandez dei Amo (hors eoncours) , Novos pueblos realizados em 1960-70

68. Mulher castelhana,1956. bronze 87 em (altura)

77 - 79. Vale de Agra. , arquitetura (fotografias) 100,x 100 cm

69. Mulher castelhana, 1958. bronze 52 em (altura)

80. Arrabalde de Jumilla. arquitetúra (fotografias) 100 x 100 cm

70. Minerva dos Andes, 1958. bronze ' 81 em (altura)

81 ~ A vereda. arquitetura (fotografias) 100 x 100 cm

71. Mulher com uma bandeira, 1961. bronze ll7'em (altura)

82. Miraelrio. arquitetura (fotografias) 100 x 100 cm

107


ESPANHA

Rafael Leoz de la Fuente (hors concours) 83. Teoria arquitetônica. estudo da divisão e orientação do espaço arquitetônico prismátieo e sua aplicação às artes decorativas (20 painéis de fotografias) 100 x 150 em

92.

VIII, 1975. serigrafia 81 x 50 em

93. IX, 1975. serigrafia 89 x 50 em

84. 47 objetos. mármore, metal, cristal ótico, ouro e prata

94. X, 1975. serigrafia 85 x 50 em

César Olmos (hors coneours)

95. XI, 1975. serigrafia 89 x 50 em

85. I, 1975. serigrafia 85 x 50 em 86. 11, 1975. serigrafia 89 x 50 em 87. 111, 1975: serigrafia 51 x 50 em 88.

IV, 1975. serigrafia 50 x 58 em

89. V, 1975. serigrafia 88 x 50 em 90.

VI, 1975. serigrafia 85 x 50 em

91. VII, 1975. . serigrafia 85 x 50 em

108

96. XII, 1975. serigrafia 89 x 50 em 97. A/75, 1975. litografia 70x48em 98. B/75, 1975. litografia 70x48em

Joan Ponç (hors eoneours) Suite Brasil 99. As flores, 1957. óleo 51 x 18 em 100. Duas personagens voando, 1958. óleo 100 x SOem 101. Barrete que voa, 1958. óleo 57.5 x 32 em


ESPANHA 102. Palhaço vermelho, 1959. óleo 70x30em

113. Suite Caps, 1958-59. desenho 50x70em

103. Três barretes, 1959. óleo 90 x 120 em

114. Suite Caps, 1958-59 . . gesenho 50 x 70 em

104. Palhaço em azul, 1960. óleo 100 x 80 em

115. Suite Ocells, 1961. desenho 50 x 70 em

105. A flor, 1961. óleo 51 x 18 em

116. Suite Ocells, 1961. desenho 50 x 70 em

Suite de São Paulo 106. Suite São Paulo, 1954. têmpera e nanquim 57- x 70 em 107. Suite São Paulo, 1954 . . têmpera, pastel e tinta 40x70em

117. Suite Ocells, 1961. desenho 50 x 70 em 118. Suite Ocells, 1961. desenho . 50 x 70 em 119. Suíte Ocells, 1961. desenho 50 x 70 em

108. Suite São Paulo, 1954. têmpera e nanquim 47,5 x 62,5 em

Suite Atual

109. Suite São Paulo, 1954. têmpera e nanquim 54,6 x 62,5 em .

120. Suite quadrada A pequena, 1968-69. desenho 50 x 50 em

110. Suite torturas, 1956. desenho 55 x 88 em

121. Suite quadrada B pequena, 1968-69. desenho 50 x 50 em

111. Suite torturas 1956. desenho 55 x 88 em

122, Suite amarela, 1969. desenho 70x70em

112. Suite Caps, 1958-59. desenho 50 x 70 em 109


. ESPANfIA

Rafael Richart 123. O avarento~ Moliere, 1960. Telltro Espanhol de Madri, Companhia Nacional cenografia e figurinos (fotografias) 124. O anz..ol de Fenisa~ Lope de Vega, 1961. Teatro Nacional Maria Guerrero, Madri cenografia e figurinos (fotografias)

128~ O an'{olde Feni.ra~ Lope de Vega .. esboço de figurinos

129. O avarento Moliere. esboço de figurinos

Dário Villalba (hors concours)

125. Becket ou a Honra de Deu.r~ 1962. Teatro Espanhol de· Madri, Companhia Nacional cenografia e figurinos (fotografias)

130. A oração, 1975. técnica mista 179 x 135 x 267 ctil

126. O anz..ol de Feni.ra~ Lope de Vega. . esboço de cenário

131 - 137. Série A oração 1975. serigrafia 114 x 162 cm

127. O an'{ol de Feni.ra~ Lope de Vega. esboço de figurinos

110


ESTADOS UNIDOS Exposição organizada pelo "Contemporary Arts Center", de Cincinnati. Comissário: Jack Boulton

"Em 1964, Nam June Paik comprou o primeiro aparelho portátil de vídeo a ser vendido nos Estados Unidos. Dez anos após, já é possível, sem qualquer impropropriedade, falar do vídeo como um meio de expressão com uma tradição. No decorrer do último decênio, tornou-se cada veZ mais patente que o vídeo-conio-arte não é a penas uma nova tecnologia destinada a proporcionar entretenimento visual. É um instrumento que permite a exploração de tópicos importantes da arte contemporânea. VIDEO ART USA originou-se com um levantamento histórico e erudito da arte do vídeo de âmbito internacional, organizado com minha ativa colaboração, por Suzanne Delehanty, do Instituto de Arte Contemporânea da Universidade da Pennsylvania em Filadélfia, para nossas respectivas instituições e dois ouuos museus da América do Norte. Ao reorganizar a contribuição dos Estados Unidos à VIDEO ART, a fim de ser exposta na América Latina, procurei aderir tanto quanto possível à nossa concepção original: mostrar a variedade de opções exploradas pelos artistas que estão trabalhando com o vídeo e reconhecer a relação que existe entre esses depoimentos estéticos pessoais e o macrosistema gigantesco de televisão comercial. Embora adote um sistema de coordenadas históricas, VIDEO ART USA pretende evitar qualquer conclusão taxativa da ordem histórica. VIDEO ART USA não passa, na realidade, de uma resenha de 32 artistas, cujo denominador comum é uma

mesma tecnologia. O objeto da presente mostra não é propriamente promover a referida tecnologia, porém examinar as diversas maneiras em que é empregada por diferentes artistas. Historicamente, a primeira vez que o vídeo foi apresentado no contexto das "belas-artes" foi como escultura. Duas instalações esculturais foram incluídas na presente exposição. Uma é de autoria de Nam June Paik, a figura ancestral da arte do vídeo. Ela incorpora o videotape num contexto escultural, enaltecendo, de maneira superlativa, a capacidade que o vídeo tem de fundir culturas e povos diferentes numa "aldeia global!" A outra é de autoria de Peter Campus, escultor do período pós-arte mínima, o qual se utiliza do vídeo como intrumento de uma exploração altamente sofisticada e cerebral da natureza da percepção. São três os tipos de videotapes incluidos na exposição: aqueles qe orientação sociológica que documentam ou revelam certos aspectos -de nossa vida naciona( os quais são ignorados ou tocados apenas superficialmente pela televisão comercial; que se concentram na pesquisa e manipulação das complex'idades do potencial eletrônico do meio e, finalmente, aqueles refletindo o período pós-arte mínima, os quais são utilizados pelos artistas para explot;:ar ou transmitir preocupações estéticas de um teor mais amplo. Finalmente, a fim de chamar a atenção para a continuidade que existe entre a televisão regular e o vídeo como arte, incluímos também, além do trabalho de colagem de Telethon, a obra de Ernie

111


ESTADOS UNIDOS

Vito Acconci Kovacs que escrevia, dirigia e interpretava seus próprios programas, de modo muito semelhante ao de alguns artistas que atualmente trabalham com o vídeo preparando seus próprios videotapes. A guisa de um lembrete do influente impacto visual da propaganda comercial pela televisão, incluímos também uma dessas propagandas, de autoria <le Andy Warhol, artista muito conhecido e que não faz palite dos artistas que trabalham normalmente com o '",ídeo. Há sempre a tentação, numa exposição de vídeo, de se acrescentar mais um videotape, depois mais outro e mais outro, prolongando-a em relação ao tempo, enquanto que suas dimensões físicas permanecem inalteradas. No entanto; procuramos escrupuiosamente em nossa dec.isão não exibir vi.,deotapes além da quantidade que um espectador infatigável conseguisse ver em um só dia. Procuramos além do mais, escolher, sempre que possível, videotapes que não dependessem tanto do conteúdo verbal, a ponto de se tornarem ininteligíveis a um espectador que não entenda inglês. Esperamos que, graças ao uso do projetor do vídeo A~vent, grupos numerosos de pessoas que visitarem a Bienal possam ter uma idéia da grande variedade de trabalhos representados na exposição. Aqueles que desejarem ver outros trabalhos e apreciá-los mais tranquilamente, poderão fazê-lo através dos aparelhos menores dispostos no recinto apropriado. Gostaria de aproveitar esta oportunidade a fim de expressar minha gratidão a Suzanne Delehanty, sem cujos esforços .esta exposição teria sido absolutamente impossível. Gostaria ainda de agradecer a cooperação e assistência de N am June Paik e a Peter Campus, . bem como de todos os demais, cujo apoio foi de imenso valor: Nina Sundell, afiliada a Independent Curators Incorporated, David Ross, Michael Quigley, Howa~d Wise, Joyce Nereaux, e os quatro de Cincinnati: Ragland Watkins, Bill Roughen, David Niland e Candy Clark." Jack Boulton J12

Nasceu em 1940, no Bronx, Nova Iorque. Vive atualmente em Nova Iorque. Algumas Exposições Individuais: 1969 Galeria Carr House, Escola de Desenho de Rhode Island, Providence, Rhode Island. 1970 Universidade Wesleyan, em Middletown, Connecticut; Escola de Arte e Desenho da Nova Escócia, em Halifax, Nova Escócia. 1971 Museu de Arte ConceptuaJ, São Francisco. 1972 Instituto das Artes da Califórnia, em Valência, Califórnia. Algumas Exposições e Eventos: 1969 Langllage III Galeria Dwan, em Nóva Iorque; Trabalhos de RlIt/ I-IV Liga de Arquitetura de Nova Iorque, Nova Iorque; 587.087 Museu de Arte de Seattle, em Seattle, Washington. 1970 955.000 Galeria de Arte de Vancouver, em Vancouver, Colúbia Britânica; Art il1 the Mind Museu de Arte Allen Memorial, Oberlin College, Oberlin, Ohio; Informação Museu de Arte Moderna, Nova Iorque; Software Museu Judáico, de Nova Iorque; Atividades GrtlVadas Escola de Arte Moore, em Filadélfia. 1971 Corpo Galeria John Gibson, em Nova Iorque; Arte Projetada Museu de Arte do Finch College, No~à Iorque; Sonsbee k '71 Arnhem, Holanda; Arte de Sistemas Museu de Arte Moderna, Buenos Aires; Doca 18 Museu de Arte Moderna, de Nova Iorque; Prospecto '71: Projeção, Kunsthalle, Düsseldorf; Apresentação ao vivo do Videotape do Artista Museu de Arte do Finch CQUege; Nova Iorque. 1972 Notas e Partituras para Som, Museu de Arte do Mills College, em Oakland, Califórnia; Documenta 5 Kassel, Alemanha Ocidental. 1973 Contemporânea Roma. 1974 Arte Agora '74, Centro John F. Kennedy para as Artes Cênicas, Washington, D.e.; Projeto '74, Colônia.

Eleanor Antin Nasceu em 1935, em Nova Iorque. Formou-se pelo City College de Nova Iorque. Fez estudos pós,"graduados em Filosofia na Nova Escola de Pesquisa Social, na mesma cidade. Estudou arte dramática na Escola de Arte Dramática Tamara Daykarhanova, também em Nova Iorque. Vive atualmente em Solana Beach, Cali-


ESTAOOS UNIDOS fórnia. Algumas Exposiçõe~ Individuais: 1972 Biblioteconf!mia Escola de Arte e Desenho da Nova Escôcia, em Halifax, Nova Escócia. 1973 Parte de uma Autobiografia Centro das Artes Visuais de Portland, Oregon; 100 Botas Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. 1974 A Bailarina e o Rei Galleriaforma, em Gênova, Irália; Narrativas Centro de Arte e Comunicação de Buenos Aires; Diversos Egos Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque. Algumas Exposições Coletivas: 1969 Linguagem III Galeria Dwan, em Nova Iorque. 1971 Arte de Sistemas, Museu de Arte Moderna de Buenos Aires; Exposição Cartões Postais de Banco de Imagens, Galeria de Arte da Universidade da Colúmbia Britânica, em Vancouv~r; Bienal de Paris. 1972 Encontros Pamplona, Espanha; Invisível/Visível, Museu de Arte de Long Beach, Califórnia; Bienal de Arte Coltejer, em Medellín, Colômbia; Arte de Sistemas lI. Museu de Arte Moderna de Buenos Aires. 1973 Estreia Porconvite Womanspace, em Los Angeles; Gravuras Dimensionais Museu de Arte do Município de Los Angeles; Arte dos anos '70 Cehtro Xerox Square, em Rochester, estado de Nova Iorque. Projeção Ursa la Wevers, Colônia'. 1974 Flash Art Kunstverein de Colônia; Foco-Arte Norte-Americana 1974 Museu do Centro Cívico de Filadélfia; Projeto '74 Colônia; Autobiografia ArtSpace, em Nova Iorque. Apresentações: 1972 Avant-Garde Festival Nova Iorque. 1974 Black is Beautiful Universidade da Califórnia em Irvine; Eleanor 1954 Womanspace, Los Angeles.

John Baldessari Nasceu em National City, Califórnia. Formou-se em 1953 na Faculdade Estadual de San' Diego, em San Diego, Califórnia. Em 1957, obteve ó Mestrado em Arte, pela mesma escola. Vive atua,lmente em Santa Monica, Califórnia. Algumas Exposiç'Qes Individuais: 1964 Museu de Arte de La Jo11a, em La Jo11a, Califórnia. 1968 Galeria Molly Barnes, em Los AngeIes. 1970 Galeria Richard Feigen, em Nova Iorque. 1971 Galeria Konrad Fischer, em Düsseldorf; Escola dé. Arte e De-

senho da Nova Escócia, em Halifax, Nova Escócia. 1972 Galeria ToseUi, em Milão. 1973 Galeria Sonna· bend,. em Nova Iorque. 1974 Galeria MTL, em Bruxelas. Algumas Exposições Coletivas: 1969 Arte por Telefone Museu de Arte Contemporânea de Chicago; Exposição Anual Museu Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque; Linguagem III Galeria Dwan, em Nova Iorque; Kon~eption-Conception Stadtisches Museu de Leverkusen, na Alemanha Ocidental. 1970 Atividades Gravadas Escola de Arte Moore, em Filadélfia; Conce~ tual ArtJ Arte PoveraJ Land Art Galeria Cívica de Arte Moderna de Turim, Itália; Arte' na Mente Galeria de Arte Allen Memorial, Oberlin College,. em Oberlin, Ohio; Software Museu Judaico de Nova Iorque; Informação Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. 1971 Prospecto '71: Projeção Kunstha11e, de Düsseldorf; Doca 18 Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. 1972 Documenta 5 Kassel, Alemanha Ocidental; Arte Conceptual Kunstmuseum de Basiléia, Suiça; Bienal de Vene~ai St. Jude Video Invitationdt Museu e Galeria de Arte de Saisset, da Universidade de Santa Clara, em Santa Clara, Califórnia; Atitudes do Sul da Califórnis Museu de Arte de Pasadena, em Pasadena, Califórnia;Bienal Museu Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque, 1973 Circuito: Exibição de Videos de Artistas Convidados

Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque. 1974 Projeto '74 Colônia:. '

Lynda Benglis Nasceu em 1941, em Lake Charles, Louisiana. Formou-se em Belas-Artes, em 1964, pelo Newcomb College, Nova Orleans, Louisiana. Vive atualmente em Nova Iorque. Algumas Exposições Individuais: 1969 Universidade de Rhode Island,' em Kingston, Rhode Island. 1970 Galeria Paula Cooper, em Nova Iorque; Galeria' Janie C. Lee, em Dallas, Texas. 1971 Galeria Hayden, do Instituto de Tecnolpgia de Massachussets,.em Cambridge, Massachussetts. 1972 Galeria Hansen-Fuller, em São Francisco. 1973 Museu de Arte Everson, em Syracuse, Nova Iorque. 1974 A Torrerelógio, em Nova

113


ESTADOS UNIDOS Iorque. Algumas Exposições Coletivas: 1969 Outras Idéias Museu de Arte de Detroit, em Detroit; Prospecto '69 Düsseldorf; Arte e Processo IV Museu de Arte do Finch Col1ege, Nova Iorque. 191i Vinte-seis por Vinte-seis Vassar College, em Poughkeepsie, Nova Iorque; Trabalhos para Novos Espaços Centro de Arte W alker, em Minneapolis, Minnesota. 1972 Exposição de Mulheres Artistas Norte-Americanas GEDOK. Kunsthaus, Hamburgo; Pintura Novas Opções Centro de Arte Walker, em Minneapolis, Minnesota; Pintura e Escultura Hoje Museu de Arte de IndianapoJis, em IndianapoJis, Indiana; XXXII Exposição Anual, Instituto de Arte de Chicago, em Chicago; St. Jude Video Invitational Galeria de Arte e Museu de Saisset, da Universidade de Santa Clara, em Santa Clara, Califórnia. 1973 Bienal Museu Whitney de Arte Americana, em Nova Iorque; Circuito: Exibição de Videos de Artistas Convidados Museu de Arte Everson, em Syracuse, Nova Iorque; Opções e Alternativas Galeria de Arte da Universidade de Yale, em New Haven, Connecticut; Opção 73 / 30: Obras de Arte Recentes Centro de Artes Contemporâneas, em Cincinnati, Ohio. 1974 Projeto' 74 Colônia; Projeto: Video Museu de Arte Moderna, Nova Iorque.

City College de Nova Iorque. Vive atualmente naquela mesma ddade. Algumas Exposições Individuais: 1972 Galeria Bykcrt, em Nova Iorque. 1973 na mesma Galeria. 1974 Museu de Arte Everson, em Syracuse, Nova Iorque; A Cozinha, Nova Iorque. Algumas Exposições Coletivas: 1972 Arte Projetada Museu de Arte do Finch College, em Nova Iorque e Galeria de Arte Corcoran, em Washington, D. e.; Galeria Bykert, Nova Iorque. 1973 Bienal Museu Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque; Circuito: Exibição de Viçjeo Artistas Convidados Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque; Bienal de São Paulo,· Re-Visão Museu de Artes Contemporâneas, em Houston, Texas. 1974 Galeria Leo Castelli e A Cozinha, ambas em Nova Iorque; Projeto '74 Colônia Artpark, emJ..ewiston, Nova Iorque; Novos Espaços e Locais de Aprendizagem Centro de Arte Walker, em Minneapolis, Minnesota; Imagens Projetadas ainda no mesmo Centro; Arte Agora '74 Centro john F. Kennedy para as Artes Cênicas, em Washington, D. e. Transmissões: 1973 Três Transições WGBH-TV de Boston. 1974 R-G-B Laboratório de Televisão, WNET-TV de Nova Iorque; Grupo de Coincidências WGBH-TV de Boston.

Jlm Byrne

DouglasDavis

Nasceu em Chicago City, Minnesota. Estudou na Universidade de Minnesota, eni Minneapolis, Minnesota. V ive atualmente naquela mesma cidade. Exposição Individual: 1975 A Cozinha, em Nova Iorque. Algumas Exposições Coletivas: 1975 Novos Espaços e Locais de Aprendizagem Centro de Arte Walker, em Minnéapolis, Minnesota. 1975 Akagawa Byrne, também no Centro de Arte Walker de Minneapolis. Bienal Museu Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque.

Nasceu em 1938, em Washington, D.e. Formou-se pela American University, na mesma cidade, em 1956. Obteve o Mestrado em Arte, em 1958, na Universidade Rutgers, do estado de Nova Jersey, em Brunswick. Vive atualmente em Nova Iorque. Algumas Exposições Individuais: 1972 Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque; A Cozinha, em Nova Iorque. 1973 Museu de.Arte do Finch Col1ege, em Nova Iorque. 1974 Galeria Fischbach, Nova Iorque. Algumas Exposições Coletivas: 1970 Arte Projetada Museu de Arte do Finch College, em Nova Iorque. 1971 Dez Apresentações em Videotape, também no mesmo museu; Video América Livre Museu da Universidade da Califórnia em Berkeley. 1973 St. Jude Video Invitational Museu e Galeria de Arte de Saisset, Universidade de Santa Clara, em Santa Clara,

Peter Campus Nasceu em 1937, em Nova Iorque. Formou-se em Psicologia pela Universidade Estadual de Ohio, em Columbus, Ohio. Frequentou o Instituto de Filme, do

114


ESTADOS UNIDOS Califórnia. 1974 Confronto Artef V/deo.'74 Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris, França; Arte como um Ritual Vivo Neue Galeria, Landesmuseum, em Graz, Austria. VldcofArtefImpacto Galeria Impact, em Lausanne; Suíça; Edições Vldeo Distrihuição Galeria Germain, em Paris; Projeto '74 Colônia; Arte Agora '74 Centro John F. Kennedy para as Artes Cênicas, em Washington, D. C. Transmissões: 1970 "Números: Um Acontecimento em Videotape" WGBH-TV de Boston, para Variações em Vldeo. 1971Hokkadim Eletrônico, programa de transmissão e recepção pela televisão, WTOP-TV e Galeria de Arte Corcoran, de Washington, D. C. 1972 Fale Livremente! WGNY-TV e Museu de Arte Everson, em Syracuse, Nova Iorque. 1974 Os Tapes Austr/acos ORF-TV da Austria.

Ed Emshwiller Nasceu em 1925, em Lansing, Michigan. Formou-se pelalJniversidade de MichiganJ em Ann Arbor, Michigan, em 1949. Frequentou a Escola de Belas-Artes de Paris e a ArtStudents League de Nova Iorque, em 1949-50. Estágio como cineasta na Universidade de CorneU, em Ithaca, estado de Nova Iorque, em 1970. Estágio como artista na WNET-TV, televisão educativa de Nova Iorque, em 1973; Bolsista da G~~genheim. Vive atualmente em Wantaugh, estado de Nova Iorque.' Algumas Exposições Coletivas: 1971 Vídeo Show Museu Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque. 1972 Festival Nacional de Vídeotape Escola de Arte e Desenho de Minneapolis, Minnesota; Festival de Imagem por Computador A Cozinha, em Nova Iorque. 1973 Exposição na mesma galeria; Circuito: Exihição de Vldeo de Artistas Convidados Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque; Centro Cultural Americano de Tóquio; Centro Cultural Americano de Paris. 1974 Circuito Aherto: O Futuro da Televisão, Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Algumas -Exibições de Filme: 1967 Festival Oherhausen; em Oberhausen, Alemanha Ocidental. 1969 Cine-Prohe Museu de Arte Moderna_ de Nova Iorque.

Terry Fox Nasceu em 1943, em Seattle, Washington. Freqüentou, em 1961, a Escola Cornish de Artes Conjuntas, em Seattle, Washington. Freqüentou, em 1962-1963, a Academia de Belas-Artes, Roma. Vive atualmente em São Francisco. Algumas Exposições Individuais: 1970 Galeria Reese PaUey, em São Francisco; Museu de Arte Conceptual, São Francisco. 1972 Agência de Arte Moderna, Nápoles. 1973 Museu de Arte da Universidade da Califórnia, em Berkeley. 1974 Museu d'e Arte Everson, Syracuse, Nova Iorque. 1975 Arte/Filasf22 Florença, Algumas Exposições Coletivas: 1970 Os Anos 80 Museu de Arte da Universidade da Califórnia, em Berkdey. 1971 Doca 18 Museu de Arte Moderna, 'Nova Iorque; Arte de Sistemas, Museu de Arte Moderna, Buenos Aires; Prospecto '71: Projeção, KunsthaUe, Düsseldorf. 1972 Notas e Partituras para Som> Museu de Arte do Mills College, em Oakland, Califórnia; Apresentação ao Vivo em São Francisco, Museu de Arte do Porto de Newport, Newport Beach, Califórnia; Bienal de Arte Coltejer Medellín, Colômbia; Encontros Pamplona, Espanha; Video West Museu de Arte Everson, em Syracuse, Nova Iorque; Arte de Sistemas lI, Museu de Arte Moderna, Buenos Aires; St. Jude Video Invitational Galeria e Museu de Arte de Saisset, Universidade de Sªnta tiara, em Santa Clara, Califórnia; Documenta 5 Kassel, Alemanha Ocidental. 1973 Video Kunststichting, Rotterdam; Circuito: Exihição de V Ideo de Artistas Convidados Museu de Arte Everson, em Syracuse, Nova Iorque. 1974 V/deo para Colecirmadores Museu de Arte do Município de Los Angeles, Los Angeles; Arte Agora '74 Centro John F. Kennedy para as Artes Cênicas, Washington, D. C.; Flash Art Kunstverein, Colônia; Projeto '74 Colônia ..

Frank Gillette Nasceu em 1941, em Jersey City, Nova Jersey. Estudou pintura de 1958 a 1962 no Instituto Pratt, Nova Iorque. 1973 Publicou Between Paradigms. Vive atualmente em Nova Iorque. Algumas Exposições Individuais: 1973 115


ESTAIX>S UNIIX>S Museu de Arte Everson, em Syracuse, Nova Iorque. 1974 Arte/ Filas/22 Florença; A Cozinha, Nova Iorque. Algumas Exposições Coletivas: 1969A TV como Meio de Criaçíio Galeria Howard Wise, em Nova Iorque. 1970 Visão e TeletJisíio Museu de Arte Rose, da Universidade Brandeis, Wa1tham, Massachussetts. 1971 Ar Museu de Arte Everson,em Syracuse, estado de Nova Iorque. 1972 St. Jude Video lnvitational Galeria e Museu de Arte de Saisset, da Universidade de Santa Clara, Santa Clara, Califórnia. 1973 Circuito: Exihiçíio de Vídeo de Artistas Convidados, Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque. Bienal de Síio Paulo. 1974 Novos Espaços e Locais de Aprendi'{agem Centro de Arte Wlilk:er, MinneapoJis, Minnesota; Vídeo para Colecionadores Museu de Arte do Município de Los AngeJes, Los Angeles, Galeria Leo CasteJli, Nova Iorque;Arte Agora '74, Centro John F. Kennedy para as Artes Cênicas, Washington, D. C.; Projeto '74 Colônia; Confronto Arte/ Vídeo 74 Museu de Arte'Moderna da Cidade de Paris; O V/deo como Forma de Arte Museu de Arte do Smith CoUege, Northampton, Massachussetts; Norte-Americanos e Europeus em Florença Museu de Arte de Long Beach, em Long Beach, Califórnia.

Martha Haslanger Nasceu em 1947, em Dearbon, Michigan. Formou-se em Literatura Alemã pela Universidade Denison, em GranvilJe, Ohio, em 1969. Obteve o Mestrado em Belas Artes na Universidade East Michigan, em Ypsilanti, Michigan, em 1974. Agraciada cotn uma bolsa do ArquivoReal de Cinema, da Bélgica, em 1974. Vive atualmente em Cambridge, Massachussetts. Algumas Exposições Coletivas: 1972 Fotografia '72 Museu de Arte de Toledo, etn Toledo, Ohio; Rumos e Atitudes Galeria Sill da Universidade de East Michigan, em YpsiJanti, Michigan; Galeria Mente e Vista, em Toronto. 1974 Outra vez na Galeria SiJJ; Universidade de Michigan, em Ann Arbor, Michigan. 116

Festivais de Cinema: 1973 Festival de Cinema de Ann Arhor, Michigan. 1974 Mulheres no Mundo do Cinema, também em Ann Arbor; novamente, Festival de Cinema de Ann Arhor, Michigan (Prêmio Focus); Festival de Cinema do Kenyon College, em Gambier, Ohio; EXPRMNTL5 V Concurso Internacional de Cinema Experimental Arquivo Real de Cinema, da Bélgica, em Knokke-Heist, Bélgica.

Naney Holt Nasceu em Worcester, Massachussetts. Formou-se em Ciências pela Universidade Tufts, em Medford, Massachussetts. Vive atualmente em Nova Iorque. Algumas Exposições Individuais: 1972 Galeria de Arte da Universidade de Montana, em Missoula, Montana; Universidade de Rhode Island, em Kingston, Rhode Island. 1973 Galeria LoGiudice, em Nova Iorque. 1974 Galeria Bykert, em Nova Iorque; Galeria Walter Kelly, em Chicago. Algumas Exposições Coletivas: 1972 5 Artistas Galeria John Weber, em Nova Iorque; Esp"irço de Trahalho Bleeker Street, No. 10, Nova Iorque; Encontros Pamplona,Espanha; 6 Artistas Galeria John Weber, em Nova Iorque; 1973 Mulheres Cineastas Centro Çultural de Nova Iorque; Circuito: Exibiçíio de Vídeos de Artistas Convidados Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque; Arte em Evolução Centro Xerox Square, Rochester, estado de Nova Iorque; c. 7,500 Instituto das Artes da Califórnia, em Valência, Califórnia. 1974 Interferências na Paisagem Galeria Hayden do Instituto de Tecnologia de Massachussetts, em Cambrídge, Massachussetts; Vídeo Galeria Leo CasteIli, em Nova Iorque; Filme Galeria Sonnabend, em Nova Iorque; Arte Agora '74, Centro John F. Kennedy para as Artes Cênicas, Washington, D. C.; Vídeo para Colecionadores Museu de Arte do Município de Los AngeJes; Pintura e Escultura Hoje 1974, Indianápolis, Indiana; A Torrerelógio, em Nova Iorque; Projeto '74 Colônia; Confronto Arte/ Vídeo '74 Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris, França; Artpark, em Lewistown, Nova Iorque.


ESTADOS UNIDOS

Joan Jonas Nasceu em Nova Iorque. Formou-se pelo Mount Holyoke College, em South Hadley, Massachussetts. Freqüentou a Escola do Museu de Boston. Obteve o Mes-trado em Belas-Artes na Universidade de Colúmbia em Nova Iorque. Estudou dança com Tricia Brown. Vive atualmente em Nova Iorque. Alguns recitais de Dança: . 1970 Por Baixo Estúdio de Alan Saret, em Nova Iorque; Exame no Espelho 19th Street YMHA, Nova Iorque; Universidade da Califórnia, em San Diego; Som Retardado Jones Beach, Nova Iorque. 1971 Por Cima Cape Breton, Nova Escócia. 1972 Telepatia Visual do Mel Orgtinico Galeria Lo Giudice, em NovaIorque; L'Attic, :m Roma e Instituto de Arte de São Francisco' Atraso 1traso, nas margens do Tibre, em Roma; Doc~menta Cassel, Alemanha Ocidental. 1973 Perda de Sincroniza-ão Vertical do .Mel Orgtinico Galeria Leo Castelli, em -.Jova Iorque e Festival d'Automne em Paris' Funil na ~ontetnp~rtinea, em Roma. 1974 P;rda de Si~cronização Vertical do Mel Orgtinico Museu de Belas Artes de Boston; Funil A Cozinha, em Nova Iorque e na Universidade 1e Massachussetts, em Amherst, Massachussetts; Cre(Júsculo Galeria Schema, em Florença; Projeto '74 Colônia; Túnel Centro de Arte Walker em Minneapolis Minnesota. Algumas Apresentações'de Filmes e Video~ tapes: 1973 Filmes Galeria Leo Castelli, em Nova Iorque. 1974 Filmes feitos por Artistas Forum de Cinema, em Nova Iorque. 1975 Antologia Arquivo do Filme, Nova Iorque; Norte-Americanos e Europeus em Florença Museu de Arte de Long Beach, em Long Beach, Califórnia.

5

Allan Kaprow Nasceu em 1927, em Atlantic City, Nova Jersey. Estudou pintura em 1947-48 na Escola de Belas-Artes Hans Hoffmann, em Nova Iorque. Formou-se, em 1949, pela Univer~idade de Nova Iorque, em Nova Iorque. Em 1952 obteve o Mestrado em História da Arte na Universidade de Colúmbia, tambémelIÍ Nova Iorque. Vive

a~u:lment~ ~m ~asadena, Califórnia. Algumas Exposlçoes Indlvlduals: 1953 Galeria Hansa, em Nova Iorque. 1959 Galeria Reuben, em Nova Iorque. 1967 Museu de Arte de Pasadena, em Pasadena, Califórnia. 1974 Ao Vivo Galeria Stefanotty, em Nova Iorque. Algumas Exposições Coletivas: 1957 A Escola de Nova Iorque: Segunda Geração Museu Judaico de Nova Iorque. 1958

Exposição Internacional de Pintura e Escultura Contemportinea de Pittsburgh Instituto Carnegie, em Pittsburgh . 1959 Arte Fora do Comum Museu de Artes Contemporâneas, em Houston, Texas. 1960 Novos Meios, Novas Formas, Versão I Galeria Martha Jackson, em Nova Iorque. 1967 Quadros para Ler, Poesia para Ver Museu de Arte Contemporânea de Chicago. 1969 Trabalho Museu Judáico de Nova Iorque. 1970 Happening & Fluxus Kunstverein, em Colônia. 1974 Contemportinea Roma; Projeto '74 Colônia. Alguns Happenings e Eventos: 1958 Concerto de Música Nova, Obra Sonora The Living Theatre, em Nova Iorque. 1960 Coca-Cola, Shirtey Cannonball? Judson HaU, em Nova Iorque. 1961 Arte em Movimento Stedelijk Museum, em Amsterdam. 1962 Chicken YMj YWHA, em Filadélfia. 1964 Festival de Vanguarda de Nova Iorque. 1970 Tag (Etiqueta) Conferência de Desenho de Aspen, em Aspen, Colorado. 1973 Unidades Termais Básicas Museu VoJkswang, em.Essen, Alemanha Ocidental. 1974 II Rotina Galeria Stefanotty, em

Nova Iorque. Trânsmissões: 1967 "Watching" (Assistindo) em Gateway to the Arts WCBS-TV de Nova Iorque. 1969 Hello (Alô!) WGBH-TV de Boston.

Beryl Korot Nasceu em 1945, em Nova Iorque. Formou-se em Literatura e História da Arte em 1967, pela Universidade da Cidade de Nova Iorque. 1970 co-fundadora e redatora de Radical Software. Agraciada com uma doação do Programa do Serviço Público do Estado de Nova Iorque para o Artista Criativo em 1971-72. Agraciada com uma doação do Conselho para as Artes do Estado de Nova Iorque para a criação de videotapes e produção de Radical Software. Vive atualmente em Nova 117


ESTADOS UNIDOS Iorque. Algumas Exposições Coletivas: 1973 Mulheres na Arte Museu de Arte do Finch College, em Nova Iorque; A Cozinha, em Nova Iorque; Circuito:.Exibifão de Video de Ãrtistas Convidados Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque. 1974 Museu de Arte Moderná da Cidade de Paris, França; Mulheres em Filme e em Vídeo Universidade do Estado de Nova Iorque, em Buffalo; Festival CAPS de Vídeo, Universidade de Syracuse, estado de Nova Iorque; Projeto '74 Colônia; Arte Agora '74 Centro John F. Kennedy para as Artes Cênicas, Washington, D. C. 1975 Bienal Museu Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque.

Ira Schneider Nasceu em 1939, em Nova Iorque. Formou-se pela Universidade Brown, em Providence, Rhode Island. Estudou história da arte. 1960-61 Universidade Ludwig MaximiJian, em Munique. Obteve o Mestrado em Psicologia em 1964, na Universidade de Wisconsin, em Madison, Wisconsin. 1962-68 Produziu e dirigiu oito filmes. Desde 1970 co-fundador e redator-chefe de Ra-· dical Software. Desde 1971, Presidente da Raindance, fundação para a arte de comunicação por meio de vídeo. Vive atualmente em Nova Iorque. Algumas Exposições Individuais: 1974 Manhattan é uma Ilha A Cozinha, em Nova Iorque; Do Filme ao Vzdeo Arquivo-antologia do Filme, em Nova Iorque. 1975 The Kitchen, em Nova Iorque. Algumas Exposições Coletivas: 1969 A Televisão como Meio de Criação Galeria Howard Wise, em Nova Iorque. 1970 Visão e Televisão Museu de Arte Rose, da Universidade Brandeis, em Waltham, Massachussetts. 1974 Circuito: Exposição de Vídeo por Artistas Convidados

Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque; Arte Agora '74 Centro John F. Kennedy para as Artes Cências, Washington, D. C.; Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque; Confronto Arte/ Vídeo '74 Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris; Festival da Vanguarda de Nova Iorque. Ambientes para Vídeo e Trabalho em Teatro: 1969 Colônia Global, em 118.

Nova Iorque. 1971 Escola de Desenho de Rhode Island, em Providence, Rhode Island. 1972 Conferência Matri'{ Internacional de Vídeo em Vancouver, na Colúmbia Britânica. Transmissões: 1972 Televisão por Cabo, Canal D, em Nova Iorque. Co-produtor da cobertura, para Top Value Television, das Convenções Nacionais dos Partidos Republicano e Democrático, transmitida pela Metromedia.

Paul Kos Nasceu em 1942, em Rock Springs, Wyoming. Freqüentou a Universidade de Georgetown, em Washington, D. C. Obteve o Mestrado em Belas-Artes, em 1965, no Instituto de Arte de São Francisco. Vive atualmente em São Francisco. Algumas Exposições Individuais: 1969 Participação-cinética Centro de Arte de Richmond, Califórnia. 1971 Galeria Reese Palley, em Nova Iorque. 1974 Museu M. H. de Young, em São Francisco. Algumas Exposições Coletivas: 1970 Art in the Mind Museu de Arte Allen Memorial, do Oberlin College, emOberlin, Ohio; Os Anos 80 Museu de Arte da Universidade da Califórnia, em Berkeley. 1971 Fish, Fox, Kos Galeria e Museu de Arte de Saisset, da Universidade de Santa Clara, em Santa Clara, Califórnia; Trabalhos em Vídeo 112 Greene Street, Nova Iorque.-Í9n S,: JuJ.e Video Invitational, Galeria e Museu de Arte de Saisset, da Universidade de Santa Clara, Califórnia; San F,ancisco Performance Museu de Arte do Porto de Newport, em Newport Beach, Califórnia; Artistas em Vídeo de São Fran;' cisco Museu de Arte de Tacoma, em Tacoma, Washington; Vídeo-Oeste I Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque. 1973 Bienal de São Paulo; Circuito: Exibição de Vídeos de Artistas Convidados Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque; Gute"e'{-Solana, Glassman, Kos Museu de Arte de La Jolla, em La Jolla, Califórnia; Exposição Coletiva de Vídeos Galeria LeoCastelli, em Nova Iorque. 1974 Arte Agora '74 CentrQ John F. Kennedy para as Artes Cênicas, Washington, D. C:; Vídeos para Colecionadores Museu de Arte do Município de Los Angeles; ContemporJ-


ESTADOS UNIDOS nea Roma; Trigon '74 Neue _Galerie, Landesmuseum Joaneum, em Graz, Austria; Projeto '74 Colônia. Transmissão: 1974 Vídetr. A Nova Vaga produzido pelaWGNH -TV de Boston.

Ernie Kovacs Nasceu em 1919, em Trenton, Nova Jersey. Freqüentou a Escola de Arte Dramática de Nova Iorque. De 1936 a 1939 atuou em palcos de teatros de verão. Colunista do Trentonian, de 1945 a 1950; locutor de rádio e diretor de programas especiais para a Rádio WTTM de Trenton; Nova Jersey. Agraciado com o Prêmio H. P. David do jornalismo, em 1948. Gravou o seu primeiro programa de televisão em 1951: The Early Eyebalt Fr~!ernal Marching Society nos estúdios da WP1Z-TV, em Filadélfia. Escreveu e dirigiu programas de televisão, nos quais trabalhou de 1951 a 1961. 1951 The Ernie Kovacs Show CBS-TV de Nova Iorque. 1952-54 Kovacs Untimited, tambéflil par"a a CBS-TV de Nova Iorque. 1957 Trabalhou no filme Operation Madbalt daColúmbia Pictures; escreveu Zoomar, obra publicada pela Doubleday and Company, de Nova Iorque. 1961 Selecionado como melhor diretor de televisão pelo Grêmio de Diretores da América; escreveu e dirigiu um programa mensal especial, Closeup, no qual também trabalhou, produúdopela ABC-TV de Nova Iorque. Faleceu em HoHywood, Califórnia, em 1962.

Richard Landry Nasceu em 1938, em Cecília, Lotiisiana. Formou-se em Engenharia Mecânica pela Universidade do Sudoeste da Louisiana; em Lafayette, Louisiana. Vive atualmente em Nova Iorque. Algumas Exposições Individuais: 1974 Galleriaforma, em Gênova; Galeria Texas, em Houston, Texas; Galeria Leo CasteIli. em Nova Iorque. Algumas Exposições Coletivas: 1972 Arte em Evoluf30 Centro- Xerox Square, em Rochester, estado de Nova

Iorque. 1973 V ideotapes por Artistas da Galeria Leo CasteHi, em Nova Iorque; Bienal Museu Whitney de Arte Moderna Norte-Americana,-em Nova Iorque; Circuito: Exibif30 de Vídeo de Artistas .convidados Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque; Festival de Artes ContemporJneas Museu de Arte Allen Memorial, do Oberlin College, em Oberlin, Ohio. 1974 Arte Agora '74 Centro John F. Kennedy para as Artes Cênicas, Washington, D. C. Alguns Conéertos: 1972 Galeria Leo Castelli, em Nova Iorque; Solos 112 Green Street, Nova Iorque; Música

Incidental para Pro-rzenium I Buhen der Stadt I Kõln Kammerspiele Ubieuring, Colônia; Música Incidental para Proszenium lI, Documenta 5 Kassel, Alemanha Ocidental. 1973 Solo..Quadrafdnico Retransmitido Bleeker Street, No. 10, Nova Iorque; Solo Quadrafônico Retransmitido A Cozinha, em Nova Iorque; IV Rergistrar Max's Kansas

City, em Nova Iorque. Gravação: 1972 Solos Galeria Leo Castelli, em Nova Iorque, gravado em concerto por Chatham Square Productions, Nova Iorque, Estéreo LP 17. Transmissões de Televisão: Televisão Acesso Público, Canal D, Nova Iorque.

Les Levine Nasceu em 1936, em Dublin, Irlanda. Freqüentou a Escola Central de Artes e Ofícios de Londres"de 1953 a 1957. Emigrou para o Canadá em 1958. Vive atualmente em Nova Iorque. Algumas Exposições Individuais: 1965 Galeria Isaacs, em Toronto. 1966 Galeria Fischbach, etn Nova Iorque. 1967 Centro de Arte WaJker, em Minneapolis, Minnesota; Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. 1970 Novo Setor em Bremen, Galeria de Gestlo, em Bremen, Alemanha Ocidental. 1972 As Dificuldades: Documentário de um Artista sobre Ulster Museu de Arte do Finch College, em Nova Iorque. 1974 Linguagem -:- Emof30 + Sintaxe = Mensagem Galeria de Arte de Vancouver, em Vancouver, Colúmbia Britânica. 119


ESTADOS UNIOOS

Exposições Coletivas: 1965 VI Bienal de Escultura Canadense Galeria Nacional do Canadá, em Ottawa. 1966 O Objeto Transformado Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. 1967 Dada, Surrealismo e a Epoca Atual, também no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque; Canadti '67 Comissão de Exposições do Governo, Edifício da·Union Carbide em Nova Iorque; Schemata 7 Museu de Arte do Finch College, em Nova Iorque. 1968 Fundação Maeght, St. Paul de Vence, França. 1969 Vistio e Televistio Museu de Arte Rose, da Universidade Brandeis, em Waltham, Massachussetts; Presença do Pltistico Museu Judáico de Nova Iorque; Bienal de Stio Paulo; Entre o Objeto e o Ambiente, Instituto de Arte Contemporânea da Universidade da Pennsylvania, em Filadélfia; Exposiçtio Anual Museu Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque. 1970 Arte Monumental Museu de Cincinnati, em Cincinna~i, Ohio. Atividades Gravadas: Escola de Arte Moore, em Filadélfia; Software Show Museu Judaico de Nova Iorque; Informaçtio Museu de Arte Moderna de Nova Iorque; Arte na Mente Museu Arte Allen Memorial do Oberlin College, em Oberlin, Ohio; Bienal de Arte Coltejer, em Medellin, Colômbia. 1974 Ao Vivo Galeria Stefanotty, eni Nova Iorque; Projeto '74 Colônia.

Philip Morton

AndyMann

Nasceu em 1941, em Fort Wayne, Indiana. Formou-se em Ciências pela Universidade do Wisconsin, em Madison, em 1964. Obteve o Mestrado em Arte na Universidade da Califórnia em Davis, em 1966. Vive atualmente em Altadena, Califórnia.

Nasceu em 1947, em Nova Iorque. Serviu na Marinha dos Estados Unidos de 1965 a 1969. Formou-se pela Universidade de Nova Iorque, em Nova Iorque, em 1973, cidade onde vive atualmente. Algumas Exposições Coletivas: 1972 A Cozinha, em Nova Iorque. 1973 Bienal de Stio Paulo; Trigon '73 Neue Galeria Landesmuseum Joaneum, em Graz, Áustria; A Cozinha, em Nova Iorque; Circuito: Exibiçtio de Vídeo de Artistas Convidados Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque. 1974 Vídeo para Col-t6ionadores Museu de Arte do Município doLos Angeles; Arte Agora '74 Centro John F. Kennedy para as Artes Cênicas, Washington, D. c.; Projeto '74 Colônia. 120

Nasceu em 1945, em Sandy Lake,Pennsylvania. Formou-se em Pedagogia da Arte, em 1967, pela Universidadedo Estado da Pennsylvania, em University Park, Pennsilvania. Obteve o Mestrado em Arte na Universidade de Purdue, em Lafayette, Indiana, em 1968. 1969 Deu início a um programa experimental de vídeo, estabelecendo mais tarde o Banco de Dados sobre Vídeo, no Instituto de Arte de Chicago. 1974 Estabeleceu o P-Pies, ou Pied-Piper Interactioning-System, estação de televisão por cabo, em South Haven, Michigan. Vive atualmente em Chicago. Algumas Exposições e Apresentações: 1969 Bienal do Sudeste e do Texas, Museu Isaac Delgado, em Nova Orleans, Louisiana.1970 Ritual Filmei VídeoChicago;Museu Isaac Delgado. 1972 Videópolis Universidade de Illtnois, Circ1e Campus, em Chicago. 1973 Em Consagraçtio de Novo Espaço, uma função utilizando o Processador de Imagem sandim e o sintetizado r de Vídeo Paik-Abe, também na Universidade de Illinois, Circle CaWPus. Melhor que o Amor Escola do Instituto de Chicago. 1974 Terminus-Imirage Chicago.

Bruce Nauman

Algumas Exposições Individuais: 1966 Galeria Nicholas Wilder, em Los Angeles. 1968 Galeria Leo Castelli, em Nova Iorque. 1971 Stedelijk van Abbemuseum, em Einhoven, Holanda, 1973 Museu de Arte do Município de Los Angeles; Museu Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque; Kunsthalle, em Düsseldorf. Algumas Exposições Coletivas: 1967 Escultura Norte-Americana dos Anos 60 Museu de Arte do Município de Los Angeles. 1968 Documenta 4 Kassel, Alemanha Oci-


ESTAOOS UNIDOS dental. 1969 Arte por Telefone. Museu de Arte Contemporânea de Chicago; Anti-ilustio: Procedimentos e Materiais Museu Whitney de Arte Norte-Am.ericana, em Nova Iorque; O Certo no Lugar E"ado Museu Stedelijk, em Amsterdam; XXXI Exposiftio Bienal Galeria Corcoran, de Arte, Washington, D. C.; Quando as Atitudes Tornamse Forma KunsthaUe, Berna, Suíça. 1970 Contra a Ordem: Acaso e Arte Instituto de Arte Contemporânea da Universidade da Pennsilvania, em Filadélfia; Exposiftio Anual Museu Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque. Informaftio Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. X Exposiftio Internacional do Japtio, em Tóquio; Ativididades Gravadas Escola Moore de Arte, em Filadélfia. 1971 Arte Projetada Museu do Finch College, em Nova Iorque; VI Exposiftio Internacional do Guggmheim Museu Soloinon R. Guggenheim, em Nova Iorque. 1972 Diagramas e Desenhos Museu KroUer-MuUer, na Holanda. 1913 Arte Norte-Americana-Terceiro Qllartel do Século Museu de Arte de Seattle. em Seattle,_\Washington. 1974 ConteinporJnea Roma; Projeto '74 Côlônia.

Dennis Oppenheim

Shum, em Düsseldorf; Arte da Tma Museu de Arte Andrew Dickenson White, na Universidade de CorneU, em Ithaca, estado de Nova Iorque; Exposiftio Anual Museu Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque. 1970- Contra a Ordem: Acaso e Arte Instituto de Arte Contemporânea da Universidade da Pennsilvania, em Filadélfia; Arte ConceptualfArte Povera fArte da Tma Galeria Cívica de Arte Moderna, em Turim; Atividades Gravadas Escola Moore de Arte, einFiladélfia; Informaftio Mus_eu de Arte Moderna de Nova Iorque. 1971 Bienal de Paris; Prospecto '71: Projeftio Kunsthalle, em Düsseldorf; Sonsbeek '71 Arnhem, Holanda, Doca 18 Museu de Arte-Moderna de Nova Iorque. 1972 Dando Relevt1ncia ti Megalópolis Centro Cultural da Cidade de Nova Iorque; Documenta 5 Kassel, Alemanha Ocidental. 1974 Arte Agora '74 Centro John F. Kennedy para as Artes Cênicas, Washington, D. C. ;Projeto '74 Colônia.

Nam June Paik Nasceu em 1932, em Seoul, Coréia. Formou-se em 1956 pela Universidade de Tóquio. Estudou música, história da arte e filosofia. 19~58 Universidade de Munique, Conservatório de Freiburg e Unirversidade de Colônia. 1958-1961- Estúdio de Música Eletrônica da Rádio de Colônia. Estagiou como artista na WGBH-TV de Boston em 1969 e na WNET--TV de Nova Iorque em 1971. Vive atualmente em Nova Iorque.

Nasceu em 1938, etn. Ml!.son City, estado de Washington. Vive atualmente em Nova Iorque. Algumas Exposições Individuais:1968 Sistemiti Básicos _ Galeria John Gibson, em Nova Iorque. 1969 Relatório: Algumas Apresentações Individuais: 1959 Galeria 22, Dois Projetos Oceoanográficos Museu de Arte Moderna de em Düsseldórf. 1960 Atelier Mary Bauermeister, em Nova Iorque. 1972 Projefões Escola de Arte e Desenho Colônia. 1962 Kammerspiele, em DüsseIdorf. 1963 Gada Nova Escócia, em Halifax, Nova Escócia. Projefões Parnass, em Wuppertal, Alemanha Ocidental. leria de Sombra de 2.000 pés Galeria Tate, em Londres. 1973 Galerta Bonino, em Nova Iorque. 1971 Sintetizador 1965 Galeria Ileana Sonnabend, em Paris. de Vldeo Pai k'-Abe, também na Galeria Bonino, em Nova Algumas Exposições Coletivas: 1969955.000 Galeria de Iorque. 1972 Cine-Probe Museu de Arte Moderna de Nova Arte de Vancouver, em Vancouver, Colúmbia BritâniIorque. 1973 The Kitchen, em Nova Iorque; 1974 Muca; Arte segundo Planos Kunsthalle, em Berna, Suíça; seu de Arte Everson, em Syracuse, estado dt: Nova Arte por Telefone Museu de Arte Contemporânea de ChiIorque. cago; Quando Atitudes Tornam-se Forma Kunsthalle, em Algumas Apresentações Coletivas: 1962 FestivafFluxus Berna, Suíça; O CertOnfJ LNgarE"ado Museu Stedelijk, do Museu de Wiesbaden, Alemanha Ocidental. 1967 em Amsterdam; Arte da Tma Galeria de Televisão Gerry

121


ESTADOS UNIOOS cago; X E';posição Internacional de Arte do Japão, ~m Tóquio. 1970 Exposição Anual Museu Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque; VI Exposição Anual Museu Solomon R: Guggenheim, em Nova Iorque; Prospecto '71: Projeção KunsthaIle, em Düsseldorf; Arte e Tecnologia Museu de Arte do Município de Los Angeles; SonslJeek '71, Arohem, Holanda. 1972 Documenta 5 Kassel, Alemanha Ocidental. 1973 Opções e Alternativas Alguns Rumos na Arte Norte-Americana Recente Galeria de Arte da Universidade de Yale, em New Haveo, Connecticut; ContemporJnea Roma. 1974 A Linha comfJ Linguagem: Desenho de Seis Artistas Museu de Arte da Universidade de Princetoo ,em Princetoo , Nova iersey; Arte Agora '74 Centro John F. Kennedy para as Artes Cênicas, Washingtón,'D. c.; Projeto '74 Colônia.

Luz.'em OrlJita Galeria Howard Wise, em Nova Iorque. 1968 CylJernetic Serendipity Instituto de Artes Contemporâneas, em Londres, A Máquina.Jlº Fim da Era Mecdnica Museu de Arte Moderna, de Nova Iorque. 1969 A TV como Meio de Criação Galeria Howard Wise, em Nova Iorque; Visão e Televisão Museu de Arte Rose, da

Universidade Brandeis, em WaItham, Massachussetts. 1971 St.]ude Video Invitational Museu e Galeria de Arte de Saisset, da Universidade de Santa Clara, em Santa Clara, Califórnia. 1973 Circuito: ExilJição de Vldeo de Artistas Convidados Museu de Arte Ev,e'rson, em Syracuse, estado de Nova Iorque. 1974 Circuitos AlJertos: o Futuro da Televisão Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. o

Algumas Transmissões: 1960 O Meio é o Meio WGBH-TV de Boston. 1970 Comuna do Vldeo, também na WGBH-TV de Boston. 1972 Promoçãode Nova Iorque WNET-TV de Nova Iorque. 1974 Tributo a John Cage, também na WNET-TV de Nova Iorque.

Keith Sonnier Nasceu em 1941, em Mamou, Louisiana., Formou-se peja Universidade do Sudeste da Louisiana, em Lafayette, Louisiana, em 1963. Em 1966 obteve o Mestrado em Belas Artes peja Universidade Estadual Rutgl\t's; em Brunswick, Nova Jersey. 1974 Bolsista da Guggenheim. Vive atualmente el1l Nova Iorque.

Richard Serra Nasceu em 1939, em São Francisco. Formou-se peja Universidade da Califórnia em Berkeley. Obteve o Mestrado em Belas-Artes na Universidade de Yale, em New Haven, Connecticut. Vive atualmente em Nova "Iorque. Algumas Exposiõçes Individuais: 1966 Galeria La Salita, em Roma. 1968 Galeria Ricke, em Colônia. 1971 Galeria Leo Castelli,em Nova Iorque; Museu de Arte de Pasadena, em Pasadena, Califórnia. 1974 Escola de Artes Visuais, em Nova Iorque. Algumas Exposições Coletivas: 1968 Exposição Anual Museu Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque. 1969 O Certo no Lugar E"ado Museu Stedelijk, em Amsterdam; Quando as Atitudes Tornam-se Forma Kunsthalle, em Berna, Suíça; Anti-ilusão; Procedimentos/ Materiais Museu Whitney de ,Arte Norte-Americana, em Nova Iorque; Fundação Teodorana: Nove Artistas Jovenf Museu Solomon R.' Guggenheim, em Nova Iorque; Arte por Telefone Museu de Arte Contemporânea de Chi12.2:

000

Algumas Exposições Individuais; 1966 Galeria Ricke, -em Colônia~ 1970 StedeJijk van Abbemuseum, em Eindhoven, Holanda. 1971 Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. 1974 Galeria Leo Castelli, em Nova Iorque. Algumas Exposições Coletivas: 1967 Nove na Leo CasteUi Depósito Castelli, em Nova Iorque. 1969 Quando as Atitudes Tornam-se Forma Kunsthalle, em Berna.:Suíça; OCerto no Lugar E"ado Museu StedeJijk, em Amsterdam; . Anti-ilusão: Procedimentos e Materiais Museu Whitoey de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque. 1970 LXIX Exposição Americana Instituto de Arte de Chicago; X Exposição Internacional do Japão, em Tóquio; Informação Museu de Arte Moderna.. de Nova Iorque; Contra a Ordem: Acaso e Arte Instituto de Arte Contemporânea da Universidade da Pennsylvania, em Filadélfia; Exposição


ESTADOS UNIDOS

Billy Adler Anual Museu Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque. 1971 Prospecto '71: Projeção Kunsthalle, em Düsseldorf; Bienal de Veneza. 1973 Opções e Alternativas - Alguns Rumos na Arte Norte-Americana Recente Galeria de Arte da Universidade de Yale, em New Haven, Connecticut; De 3D para 2D: Seis Desenhos para Escultura Centro Cultural de Nova Iorque; Festival de Arte Contemporânea Oberlin College, em Oberlin, Ohio; Contemporânea Roma. 1974 Arte Agora '74 Centro John F. Kennedy para as Arte Cênicas, Washington, D. C. ;Projeto '74 Colônia.

Skip Sweeney Nasceu em 1946, em Burlingame, Califórnia. Formouse em Artes Cênicas, em 1968, pela Universidade de Santa Clara, em Santa Clara, Califórnia. Em 1968 fundou O Olho Elétrico, grupo dedicado a apresentações e experiências de vídeo. Em 1970 fundou, juntamente com Arthur Ginsberg, Video Free America. Vive atualmente em São Francisco. Algumas Exposições Coletivas: 1971 Video Show Museu Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova·lorque. 1973 Vídeo como Arte Paris. Trabalhos: 1970 Philo T. Farnsworth Vide o Obelisk São Francisco. 1971 Vídeo para ACjDC; de HeathcoteWilliam, no Chelsea Theater Center, em Nova Iorque (em colaboração com Arthur Ginsberg).1972 Efeitos Visuais pára Kaddish, de Allen Ginsberg, também no Chelsea Theater Center (em colaboração com Arthur Ginsberg). 1973 Efeitos Visuais para Kaspar, de Peter Handke ainda no Chelsea Theater Center (em colaboração com Arthur Ginsberg). Apresentações: 1971 Museu de Arte da Universidade da Califórnia, em Berkeley. 1972 Estúdio Video Free America. São Francisco. 1973 The Kitchen, em Nova Iorque; Repertory Dance Theater, da Universidade de Utah, em Salt Lah City, Utah. 1974 Festival de Vanguarda em Nova Iorque.

Nasceu em 1940, em Nova Iorque. 1962 Formou-se pela Universidade da Pennsylvania, em Filadélfia. 1963 Obteve o Mestrado na Escola de Comunicações Annenberg, da Universidade da Pennsylvania, em Filadélfia. Vive em Los Angeles.

John Margolies Nasceu em 1940, em Nova Iorque. 1962 Formou-se pela Universidade da Pennsylvania, em Filadélfia. 1964 Obteve o Mestrado na Escola de Comunicações Annenberg, da Universidade da Pennsylvania, em Filadélfia. 1964-68 Redator adjunto da revista Architectural Record. 1966-68 Architectural League, Nova Iorque. 1969-70 Filósofo da casa, Federação Americana de Artes, Nova Iorque. Vive em Nova Iorque. Histórico do Grupo: Em 1970 Adler e Margolies organizaram Telethon, um trabalho de cooperação, voltado para a documentação e apresentação de fenômenos ambientais. Em 1972, Telethon fundou a Coleção de Televisão, nas Galerias de Arte da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara. Publicou, em colaboração com Van Schley e Ilene Segalove, "The T.V. Environmem"; em Radical Softwaré, em fevereiro 1973; "Road.:. side Mecca in California" em Progressive Architecture, em junho de 1973. Algumas Exposições:. 1970 Morris Lapidus: Architecture of Joy Liga de Arquitetura de Nova Iorque. Atividades Gravadas: Colégio de Arte Moore, em FiladéHia, 1971 XXI Conferlncia Internacional de Desenho Aspen, Colorado; Museu de Arte de Pasadena, em Pa.sad~na, Califórnia; Museu de Arte da Universidade da Califórnia, em Berkeley; Galeria de Arte de Vancouyer, em Vancouver,' Colúmbia Britânica; Museu de Arte de Baltimore, em Baltimore, Maryland. 1972 Galerias de Arte da Universidade da Califórnia,em Santa Bárbara; Museu de Artes Contemporâneas de Houston, .' Texas. 1974 Projeto '74 Colônia. 123


ES:rAOOS UNIDos

Steina Vasulka Nasceu em Reykjavik, Islândia. Estudou violino na Escola de Música de Reykjavik e no Consevatório de Música de Praga. Tocou com a Orquestr~ Sinfônica Islandesa e como autÔnoma em ·Nova Iorque.

W oody VasuIka Nasceu na Tcheco-Eslováquia. Estudou na Academia de Cinema de Praga. Fez documentários na Argélia, Islândia e Tcheco-Eslováquia. 1970 WOQdy e Steina começaram a coloborar em experiências como vídeo. 197.1 Fundou A Cozinha, em Nova Iorque. 1972 Estagiou como artista na KQED-TV de São Francisco. 1973 Estagiaram ambos como artistas na WNET-TV de Nova Iorque. Vivem atualmente em Nova Iorque. Algumas Exposições Individuais de maior impord.ncia: 1973 Circ.uito: Exi!;içíio de Vldeo de Artistas Convidados Museu de Arte Everson, em. Syracuse, estado de Nova Iorque. 1974 Projeto '74 Co16nia; EXPERMNTL5, V Concurso InteNl4cional de Cinema Experimental (seção de vídeo) Arquivo Real de Cinema da Bélgica, em KnokkeHeist, Bélgica. 1975 Arte do Vldeo Smithsonian Insti-. tute, Washington, D.C.

Bill Viola Nasceu em 1951, em Flushing, Nova Iorque. Em 1972/73 instalou e operou o Synap's~ Cable TV System: na Universidade de Syrilcuse, em Syracuse; estado de Nova Iorque. Obteve o Mestrado em Belas-Artes pela: mesma universidade. Consultor Técnico em 1973-74, para instalações· de vídeo no Museu de Arte Evers~n, em Syracuse. A partir de 1974,.Diretor técnico de Art{fapes/22em Florença. Vive atualmente em Florença. Algumas Exposições Individuais: 1973 Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque; 1974 A C~zínha, em Nova Iorque; Museu e Galeria de Arte de Saisset, da Universidade de Santa Clara,· em Santa Clara, Califórnia. 124

Algumas Exposições Coletivas: 1972 St. fude Video Inv;tational na mesma galeria. 1973 Circtl#o: Exi!;içíio de Vldeo de Artistas Convidados Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque; Chocorrtla 73 Chocorua, New Hampshire; Festival de Wanguarda de Nova Iorque. 1974 Arte Agora '74 Centro JohnF. Kennedy para as Artes Cênicas, Washington, D.C.; Vldeo/Arte/Impacto Galeria Impacto, em Lausanne, Suíça; Confrontf! Arte/VIdeo 74 Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris, França, ·1975 Bienal Museu Whitney de Arte NorteAmericana, em Nova Iorque. .

AndyW~rhol Nasceu em 1930, em Filadélfia. Estudou no Instituto de Tecnologia Carnegie., em Pi~tsburgh e na Escola de Arte de Filadélfia. Vive atualmente em Nova Iorque. Algumas Exposições Individuais: 1962 Galeria Ferus, em Los Ange1es; 1964 Galeria Stable, em Nova Iorque. 1965 Instituto·de Arte .Contemporânea da Universidade da Pennsylvania, ~ Filádélfia. 1966 Galeria Leo Castelli, em Nova Iorque. 1968 Moderna Museet, em Estocolmo. 1970 Museu de Arte Contemporânea de Chicago; . Stedelijk van Abbemuseum, em Eindhoven, Holanda. Stedelijk van == bbemuseum; em Eindhoven, Holanda 1971 Gl!-leria Tate, em Londres; Museu Whintney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque. 1972 Centro de Arte Walker, em Minneapolis. Algumas Exposições Coletivas: 1972 NDvos Realistas Galeria Sidney Janis, em Nova Iorque. 1963 A Imagem Popular Instituto de Arte Contempórânea, em Londres. 1964 Ameri kanst Pop Konst Moderna Museet, Estocolmo; O Amhiente de.'64 Instituto de Arte Contemporânea· da Universidade da Pennsylvania, em Filadélfia. 1965 Pop Art No14veau Réalism Etc . ... Palais des Beaux Arts, em Bruxelas. 1967 IX Bienal de S40 Paulo. 1968 Documenta 4 Kassel, Alemanha Ocidental. 1969 Pintura em Nova Ior'iue 1944-1969 MUseu de Arte de Pasadena, em Pasadena, Califórnia. 1971 Prospecto '71: Projeçíio Kunsthalle, em Düsseldorf. 1974 ContemporJnea Roma;


ESTADOS UNIDOS

Pop Art Norte-Ameri,ana Museu Whitney de Arte NorteAmericana, em Nova Iorque. Algumas Realizações no Cinema. 1963-64 CfJ11Ier, dof'1liir e outros filmes "estáticos" em branco e preto. 1965 My Hustler. 1966 Chelsea Girls. 1968 Lonesome Cowboys, Blue M(Jvie.

William Wegman Nasceu em 1943, em Holyoke, Massachusetts. Formouse em Belas-Artes em 1965, pela Escola de Arte de Massachusetts, em Boston; em 1967 obteve o Mestrado em Belas-Artes na Universidade de Illinois, em Urbana, Illinois. Vive atualmente em Nova Iorque. Algumas Exposições Individuais: 1971 Galeria de.Arte do Pomona, Califórnia; Galeria lleana. Sonnabend, em Paris. 1972 Galeria Monrad Fischer, em Düsseldorf; Galeria Êrnst, em Hanover, Alemanha OcidentaL 1974 Galeria D, em Bruxelas; Galeria ToseUi, em Milão. Algumas Exposições Coletivas: 1968 Bienal de Pintura e

Vito Acconci 1. A espia, 1971. preto e branco, silencioso 20 minutos

Eleonor Andn 2.

O rei, 1972. preto e branco, silencioso 53 minutos

.Es,ultura Centro de Arte Walker, em Minneap'olis, Minnesota; Media 1968 Centro de Arte Kohler, Sheboy.gan, em Wisconsin; Cç1J:tro de Arte de Milwaukee" Wisconsin. 1969 Plano e; Projeto em Arte Kunsthalle, em Berna, Suíça; Solt Art I Museu Estadual de Nova Jersey em Trenton; QpandoAtitudes Tornam-se Fof'1l14 Kunsthalle, em Berna, Suíça; Outras Idéias Instituto de Arte de Detroit, Michigan; Arte por Telelon~ Museu de Arte Contemporânea de Chicago; L(J,al e Proçesso Galeria de Arte de Edmonton, em Edmonton, Aberta. 1970 Art in the Mind Museu Allen Memorial, do Oberlin College, em Oberlin, Ohio; Imagens Corporais· Museu de Arte Conéeptual de São Francisco. 197124 Artistas ](Jf}ms de Los Angeles Museu de Arte do Município de Los Angeles; Do,a 18 Museu de Arte Moderna de Nova Iorque; Prospeçto '71: Projeção Kuristhalle, em Düsseldorf; 11 Artistas de Los Angeles Galeria Hayward, em Londres. 1972 Dot:Umenta 5 Kassel, Alemanha Ocidental. 1973 Cirt:Uito: Exibição de Vldeos de Artistas Convidados Museu de Arte Everson, em Syracuse, estado de Nova Iorque; Bienal Museu. Whitney de Arte Norte-Americana, em Nova Iorque. 1974 Projeçto '74 Colônia.

lobn Baldessari 3. Estou produzindo arte, 1971. preto e branco, sonoro . 15 minutos

Lynda Benglis 4. Colagem, 1973. colorido, sonoro 9 mino 35 segundos

125


ESTAOOS UNIDOS

Jim Byrne 5. Translúcido, 1974. preto e branco, sonoro 5 minutos

Peter Campus 6. Sev, 1975. projeção de vídeo em circuito fechado: câmara, projetor e luz vermelha

7. Três transi~ões, 1973. colorido, Sonoro 5 minutos Produzido nos estúdios da WGBH-TV, em Boston.

Douglas Davis 8.

The Austrian Tapes, 1974. colorido, sonoro15 minutos

Ed Emshwiller 9. EncontrOs e cruzamentos, 1974. colorido, sonoro 30 minutos

Terey Fox 10. Tapes infantís. 1974. . preto e branco, sonoro 30 minutos

Frank Gillette· 11. MangJ.le, 1974-75. colorido. sonoro 11 minutos

l26

M~rtha HasJanger 12. Esb~os, 1973. pret<? e branco, silencioso 8 mino 10 segundos

Nancy Holt 13. Underscan, 1974. preto e branco, sonoro 8 minutos Assistência técnica: Carlotta Schoolman.

.J6an Jonas 14. Perda de sincronismo vertical, 1972. preto e branco J sonoro 20 minutos

AlIan Kaprow

15-, A segunda rotina, 1974. preto e branco, sonoro lSminutos

Beryl Korot e Irá Schneidee 16. Comemoração

do Dia da . Independência em Saugerties, 1972. preto e branco, sonoro 15 minut.Js Produzido em Raindance, N. Y .

. Paul Kos 17. Fazendo feitiçaria, 1971. preto e branco, sonoro 8 min. 1 segundo Vídeo: George Bolling.


ESTAOOS UNIOOS

Ernie Kovacs

Dennis Oppenheim

18. Kovacs!, 1951-61. preto e branco, sonoro 20 minutos

24.

Richard Landry 19. Violão dividido, 1974. colorido, sonoro 15 minutos

Les Levine 20. Os maiores sucessos de Les Levine, 1974. colorido, sonoro 30 minutos

Andy Mann 21. Hie noon, 1973. preto e branco, sonoro 11 minutos

Philip Morton 22.

Vívido colorado: terça-feira, a caminho do trabalho, 1974. colorido, sonoro 20 minutos Emprega processador de' imagem Sandin (computadoranalógico) .

Bruce Nauman

Transferência de desenho em dois . estágios: retorno a um 'estado prévio, 1971. preto e branco, sonoro 8 minutos Elenco: Erik e Dennis Oppenheim.

N am June Paik 25. Jardim de TV, 1974. 15 aparelhos de televisão a cores, 5 em preto e bran- . co, vídeo-cassete, splitters, amplificador e videotepe: Global Groove, 1973 colorido, sonoro 30 minutos Produzido nos laboratórios da WNET-TV de Nova Iorque.

Richard Serra 26. Automatização angustiada, 1971. preto e branco, sonoro 4 mino 30 segundos Elenco: Joan Jonas Som: Phil Glass

Keith Sonnier 27. Manipulador de chapa e feixe de rádio, 1972. colorido, sonoro 10 minutos

23. Sincronização sonora, 1969. preto e branco, sonoro 30 minutos ( versão abreviada)

121


ESTADOS UNIDOS

Skip Sweeney

Bill Viola

28. Moogvidium, 1972. preto e branco/colorido, sonoro 15 mino 55 segundos Câmara: Arthur Ginsberg. Sintetizador Moog: Douglas McKechine. Vidium: Bill Hearn. Produzido nos estúdios da Video Free America, em São Francisco.

31. Informação. 1973. colorido, sonoro 30 minutos Produzido nos estúdios da Synapse Cable TV, da Universidade de Syracuse, N.Y.

BiIly AdIer 29. Excertos de televisão 1975. colorido, sonoro (colagem de trechos de programas de televisão comercial) 15 minutos

Steina Vasulka e W oody Vasulka 30. Vocabulário, 1975. colorido, sonoro 6 minutos Multímanipulador: George Brown; Processador de repetição: RuttfETRA; Coloridor duplo: Eric Siegel.

128

Andy Warhol 32. O sorvete clan<lestino, 1968. colorido, sonoro 1 minuto Publicidade da &hrafft's.

William Wegman 33. Tape sem palavras, 1970-74. preto e branco, silencioso 15 minutos


FRANÇA Exposição organizada pelo' 'Musée d' Art Moderne de la Ville de Paris" Comissário: Jacques Lassaigne

Sob o título Idéia, Sistema~ Matéria, a participação francesa na Bienal de São Paulo reúne as obras de três artistas, Honegger, Morellet e Venet, que apresentam interpretações diferentes de uma mesma corrente de pensamento. Trata-se de sistematizar as experiências anteriores para dar à arte uma base científica. O artista esforça-se para libertar-se de todas as referências estéticas, para que suas obras sejam imagens verdadeiramente racionais, independentemente de qualquer pesquisa de expressão. A produção do quadro é deduzida de um sistema codificado, colocado a priori, de um programa. Intensamente marcado pela descoberta dos ladrilhamentos muçulmanos da Alhambra de Granada, que permitem inúmeras combinações, Morellet divide o espaço de maneira uniforme, obedecendo a grades regulares de figuras e a tramas. O próprio título do quadro revela a regra do jogo e a maneira de executar a obra. A cor não é mais repartida segundo espaços privilegiados ou sensíveis, mas de acordo com um sistema lógico, impessoal. Esse sistema é pré-estabelecido ou pode ser ditado por uma intervenção externa, qualquer que seja ela (incluindo o espectador). Honegger recorreu de bom grado ao ordenador, integrando assim às suas pesquisas as técnicas mais avançadas. O artista aceita e até mesmo solicita o acaso, sabendo que nele é possível encontrar tanto estranhas geometrias quanto impulsos irracionais que abalam as certezas adquiridas, contrariam as previsões e os cálculos. Venet leva ao extremo a idéia da imagem racional. Ele

explora desenhos industriais, figuras químicas e diagramas matemáticos, cuja pujança reside unicamente na significação. À execução manual prefere o emprego da fotografia que confere à imagem uma espécie de neutralidade que deixa inalterados os elementos subjetivos. Para Morellet, o rigor do sistema, o automatismo da dedução, deixam à cor todas as oportunidades de existir. Ela pode ser percorrida por vibrações e a introdução do movimento é como a expressão da dúvida e da inquietação na estabilidade. Ele utiliza também o neon como instrumento de significações contraditórias e de jogos aleatórios. HoneJ?ger, por seu lado, preenche o espaço definido por suas fIguras geométricas simples com uma combinação de hachuras e de grafismos minuciosos que permitem à sua mão destacar a cor escolhida, numa espécie de monocromia vívida cuja manifestação mais intensa é o preto. A obra de Honegger mo.stra-se assim, por sua própria matéria, reveladora da sensibilidade de seu autor. Na obra de Morellet, sequência de variações que se desenvolvem sobre si mesmas, cada qual pode reconhecer-se e sentir-se bem. Na obra de Venet não há nada além do que está inscrito. Mas essa própria arid.ez é fecunda e o significado é final. mente imprevisto. É que, na realidade, toda a arte tem hoje tantos pontos comuns com o neo-dadaísmo quanto com o construtivismo. Jacques Lassaigne

129


FRANÇA

François Morellet Nasceu em 1926 em Cholet, na França. :f: autodidata, Sua segunda profissão: industrial. Fez sua primeira exposição pessoal em 1950, na Galeria Creuze, em Paris. Seus primeiros trabalhos sistemáticos com repartição uniforme datam de 1952. Realizou: Sistemas aleatórios, em 1958; Esfero-tramas, em 1962; Neons com ritmos interferentes, em 1963. Foi membro do G.R.A.V. de 1960 a 1968. Realizou as seguintes exposições individuais em museus: van Abbemuseum, Eindhoven; C.N.A.C., em Paria; Kunstverein, em Hamburgo; Schloss Morbroich, em Leverkusen; Kunstverein, em Frankfurt; Palais des Beaux-Arts, em Bruxelas; Kunstmuseum, em Bochum, Musée des Beaux-Arts, em Nantes; Muse1,l Sztuki, em Lodz e também nos Museus de ~irmingham, Newcastle, Edimburgh, Sheffield, Hull, Cardiff, Southampton, Oxford, Leicester, Bordeaux, Rouen, Saintes, Ecreux, Clermont Ferrand, Clamecy,St. Omer, Musée des Beaux-Arts, em Grenoble e Kunstmuseum, em Düsseldorf. Participou das segtiintes exposições internacionais: Arte Concreta, em Zurique; Carnegie Internacional, em Pittsburgh; Nouvelle Tendence, em Paris e Sagabria; Pintura e Escultura de uma década - Documenta 3 e 4, em Londres e Kassel, 54/64; Responsive Eye, em Nova Iorque e outras cidades dos Estados Unidos; Kunst Licht Kunst, em Eindhoven; Luz e Movimento, em Paris; Arte Hoje, e Plus Minus, em Buffalo; Arteônica, em São Paulo; Exposição Universal, em Montreal e Osaka ; Bienal de Veneza; Kinetics, em Londres; Expo 72, em Paris; Grids, na Filadélfia; e Toeval, em Utrecht.

Gottfried Honegger Nasceu na Suíça, em 1917. Frequentou a Escola de Belas Artes de Zurique, onde fez seu aprendizado de decorador. Nessa época, Honegger se interessa por problemas artísticos. Em 1937 funda uma comunidade de trabalho.

130

Passa sua primeira temporada em Paris, em 1939, como artista livre. A guerra vem interromper sua estada, fazendo-o retornar à Suíça. Torna-se professor de artes aplicadas em Zurique, membro do "Werkbund" suíço e da Aliança Grafica Internacional "AGI". :f: o ano de 1950 que marca suas primeiras exposiçÕes e publicações. Em 1958, Honegger deixa seu atelier de Zurique e viaja para Nova Iorque. Realizou as seguintes exposições individuais: Galeria Martha ]ackson, em Nova Iorque; Galeria Fillon, em Paris; Galeria Lâ.wrence, em Paris; Galeria Gimpel e Hanover, em Zurique; Galeria Gimpel Fils, em Londres; Galeria Thelen, em Colônia; Wuttembergischer Kunstverein, em Stuttgart; Kunsthaus, em Zurique; Museum am Ostwall, em Dortmund; Galeria Valley House, em Dallas; Galeria Gimpel e Weitzenhoffer, em Nova Iorque; Galeria Swart, em Amsterdã; Badischer Kunstverein, em Karlsruhe, Galeria Teufel, em Colônia; Galeria de Arte Moderna, na Basiléia; Galeria Müller, em Stuttgart; Galeria Denise René, em Paris e Carnegie Internacional, em Pittsburgh.

Bernar Venet Nasceu em 20 de abril de 1941, em Saint-Auban, nos Alpes da Alta Provença, na França. Residiu em Nice até 1966, quando se estabeleceu em ·Nova Iorque. Mora também em Paris, desde 1972. Após ter realizado uma série de quadros ~ecobertos de alcatrão (1961 a 1963), seguida de obras baseada nas montagem de cartões de embalagem (pintura industrial, 1963-1965), expôs no Museu de Ceret, em julho de 1966, um de seus primeiros trabalhos baseados na exploração de signos monossêmicos: Planta, perfil e elevação de ltm tubo. Sucedem-se logo outros desenhos industriais, figuras de química" e diagramas matemáticos. Elabora-se então uma" obra que irá levar aos extremos os desenvolvimentos possíveis da imagem racional. Após ter terminado um programa de trabalho pré-estabelecido em 1967,


FRANÇA Bernar Venet cessou definitivamente toda e q ualq uer produção de obras a partir de dezembro de 1970. "Muitos pontos comuns ligam entre si Honegger, Morellet e Venet. Suas obras são o produto visual de um programa. Todos os três trabalham no campo da imagem racional, oposta à imagem expressiva. A produção do quadro é deduzida de um sistema colocado a priori. A relação a ser considerada é a da regra que ordena o quadro. Honegger, nascido na Suíça em 1917, trabalha definitivamente em Paris desde 1960. Há cerca de dez anos vem recorrendo aO ordenador em suas experiências de organização da estrutura pictórica. Isto o conduziu a eliminar toda e qualquer interferência subjetiva. Agora a obra se concretiza em imagens em série. A grande originalidade reside na técnica que Honeggerqualifica de epiderme do quadro. Trata-se de uma longa elaboração manual que sombreia a superfície, até enegrecê-la inteiramente. Essa fisicalidade monocromática dá uma notável presença ao preto, que conserva as características do material empregado (grafite de chumbo). Morellet, nascido em Anjou em 1926, pertenceu ao grupo .de pesquisas de arte visual (1960-1068). Desde 1952 dedica-se a levar aos extremos a sistematização codificada da imagem. O quadro é inteiramente pré-determinado e pode ser descrito com precisão: trama de li-

2. 3.

em .1963, os ritmos interferentes do neon. Nascido no sul da França em 1941, o próprio Berner Venet é proveniente dessa disciplina do racional, embora tenha sido, durante a sua permanência em Nova Iorque, classificado como artista conceitual. Levdu a investigação intelectual até o ponto de abandonar qualquer código formal, para explorar o da linguagem matemática e o da imagem gráfica. Nenhuma inclinação lhe dita a escolha de motivos e ele recorre à escala dos valores científicos para determinar a importância do assunto selecionado. A idéia prevalece sobre o resultado visual. Há apenas a considerar a introdução, no domínio artístico, de símbolos que só admitem uma única in terpretação. Dada a importância atribuída às pesquisas de caráter geométrico nos países latino-americanos, pode-se imaginar que a presença das obras desses três artistas será marcante nesta XIII Bienal. Ao saber da indicação de Morellet, o presidente da Bienal de São Paulo encomendou-lhe a execução de uma obra especialmente destinada a figurar sobre a nova fachada da exposição." Françoise Marguet

7. N.o 72006, 1972. tramas duplas

François Moreller 1. N.o 71022, 1971. tramas interferentes

nhas paralelas 00 180 360 72°. Do começo ao fim, essa ordem é rigorosamente respeitada. Em 1958 seus sistemas passaram a incorporar o acaso e,

4.

N.O 71073,

1971. trama com tira de

8. N.o 72031, 1972. tramas simples

1971. tramas com tiras

5.

NO 71078,

2. N.o 73007, 1973.

N.O 71026,

6.

N.O 71025,

1971. tramas com tiras

1971. tramas com tiras

N.O 71082,

1971. tramas desiguais

tramas duplas 10.

No 74022, 1974. tramas com tiras

11. N.O 74028,

1974. tramas com tiras

12. N.o 74055, 1974. tr;tmas interferentes 8,5 cm e 7,7 cm 13. Sem título, 1972. 3 neons com 3 ritmos

131


FRANÇA

Gottfried Honegger. 14~

p 726, 1973. óleo 100 x 100 em

15. p 744, 1975. óleo

150 x 100 em 16. p 750, 1975. óleo 150 x 100 em

17. P 733. 1974. óleo

150 x 150 em 18. P 731, 1974. óleo 150 x 150 em

19. P 740, 1975. óleo

150 x 150 em 20.P 748~ 1975. óleo

150 x 150 em 21. P 746, 1975. óleo

150 x 150 em 22. P 749, 1975. óleo

150 x 150 em 23. P 753, 1975. óleo

250 x 200 em 24. P 754, 1975. óleo

250 x 200 em

132

25. Z 464, 1967. . óleo

200 x 300 em 26 a 31. Sem título, 1975. desenhos 100 x 70 em

Bernar Venet 32. Representação gráfica da função y = - x.2j4, 1966. acrílico sobre tela 150 x 115 em

33. A reta n' representa a função y = 2 x + 1, 1966. acrílico sobre tela 170 x 117 em

34. Cálculo da diagonal do retângulo, 1966. acrílico sobre tela 121,5 x 86 em

35. Vectores iguais - Vectores opostos, 1966. acrílico sobre tela 100 x 150 em

.

36. A emissão infravermelha de NGC-7027,1968. painéis de fotos 380 x 130 em

37. Interação do Vento estelar com nebulosas difusas, 1968. painéis de fotos

280 x 130 em 38. Wall Street, 1968. ISO x 110 em


" ,.'

GRÃ-BRETANHA Exposição organizada pelo "British Couneil". Comissário: G. M. Forty

Esta mostra é de arte britânica e é de desenho. De dez a quinze anos para cá. a arte britânica tem assistido a desenvolvimentos extraordináriamente rápidos e variados. As exposições costumam destacar aspectos selecionados, constando em· geral do trabalho de um ou dois artistas e limitando-se, algumas vezes, a uma tendência ou a um movimento. Desse modo, só conseguem transmitir muito pouco, ou mesmo nada, do contexto em que· tem lugar esta ou aquela realização específica e acabam por dar uma noção deturpada, não apenas de todo um panorama nacional, mas também de realizações individuais.

o que é impossível é conseguir uma mostra que seja de fato representativa do que está acontecendo, mesmo quando limitada aos melhores exemplos do trabalho desenvolvido de acordo com as diversas orientações exploradas no momento. O que se pode fazer é juntar, em número· sufíciente, obras de força capaz de revelar ta-nto o caráter de atividades individuais, como as preocupações comuns ou complementares que correspondam a· algumas das questões dominantes da época. Para tanto, o tamanho relativamente reduzido dos desenhos oferece, do ponto de vista prático,_ vantagens consideráVeis quan<1ouma exposição se realiza a grande ~is­ t.tocia. Apresenta aindaoutros-porttos positivos; dentre eles. neste caso, o fato de podermos mostrar nossos 22 artistas. em sua forma de expressão mais válida_ como

denominador-comum. Além do mais, por ser a forma de arte menos teatral, mais íntima e menos retórica, o desenho é a que, muitas vezes, mais revela sobre o artista e seus ideais. . Tomamos a maior liberdade possível com o termo de.unho para nele incluir as mais declaradas pinturas em papel; estudos já elaborados para outras obras específicas; outros meios de çxpressão e outra escala; ensaios gráficos de uma linha de pesquisa que pode QU não culminar em obra correlata; esboços e desenhos trabalhados, feitos como desenho pelo desenho e, ainda, outros que podem ser tidos como documentaçãq, ou como variantes ou extensões de outros trabalhos. A mostra simultânea de todos eles revela muita coisa sobre a função do desenho na arte moderna em ..geral serve de lembre.te quanto à importância constante do· desenho.

e

Não faz muito, a ênfase generalizada que se dava à ação direta e espontânea parecia negar ao desenho quaisquer perspectivas viáveis nas atividades de vanguarda. Mas, o desenho não só sobreviveu, como parece ter assumido um valor novo e, mals ainda, uma nova escala de funções. Mais uma vez, um repto, dos que têm ocorrido no desenrolar da história· da arte moderna, o que fez foi valorizar o objeto contestado, deslocando-o de um pIa:no convencional e dando-lhe novo sentido. No breve comentário que _se segue, procuramos apresentar a função, ou as funções, dos desenhos expostos, bem cQmo

133.


GRÃ-BRETANHA particularizar sumariamente a natureza ger.~l do trabalho de cada artista. O desenho de Michel Sandle, de 1971, Outro estudo para Monumento com Mickey Mouse e Metralhadora em Bronze (em Desenhos tendo em vista Monumento para os EE.UU ... )

é o único da' mostra que corresponde inteiramente à tradição renascentista do desenho como meio de experimentar com imagens e esclarecer problemas que podem interferir com a realização dessas imagens. (Existe algo de inconfundivelmente Leonardesco na maneira de o artista visualizar e abstrair a explosão de uma bqmba.) Suhmarinos em Jaula de Vidro com Torpedo é desenho um tanto diferente; um guache que poderia também ter começado como pesquisa. Mas a transparência implícita no tema e a transparênCia inerente ao meio de expressão induziram o artista a desenvolver seu desenho como objeto independente, apenas indiretamente ligado à atividade básica de escultor. O terceiro desenho também se relaciona à idéia de monumento e cabe aqui ressaltar que Sandle tem demonstrado sua capacidade quanto a grandes e complexas esculturas de notável vigor formal e ímpeto emocional. Esse tipo de escultura, tanto em aparência como em termos filosóficos, fica em ex~r~mo oposto quando relacionado ao da obra de WIlltam Tucker. Quanto a este artista, a única mensagem que sua obra se propõe transmitir diretamente é a que emana da própria realidade da escultura; as mensagens indiretas, as implicações, são evidentemente infinitaS. Quanto aos desenhos aqui expostos, representam um prolongado processo de meditação que, sem interrupções psicológicas, tem sua continuidade na lenta modelagem das esculturas. É o caso da série retilínea Porte, de 1973, e das duas séries curvilíneas Beulah e Fugue, de 1971-72 e 1972. Os desenhos Sonetos a Or/eu de Rilke demonstram uma variante desse processo. Fazendo seus traços em papel transparente, Tucker consegue manipular os elementos que decidiu explorar, como se fossem construções em miniatura. Os seis desenhos expostos são semelhantes a outros que o artis!a escolheu para ilustrar os Sonetos a Or/eu, em recente tradução de Chris'topher Salvesen.

134

Barry Flanagan também é escultor. Seus desenho, ~om .a possível exceção de suas colagens com papel colando, de 1967, não se prendem à sua escultura, a não ser num sentido bastante indireto. Eles revelam, como suas es'" culturas, o caráter peripatético dos olhos e da mente de um artista intrinsecamente curioso, indagador das coisas e pessoas, bem como dos meios de expressão artística, dotado ainda do toque leve dos mestres do desenho e de um senso-de-humor irreverente que brinca com os valores tradicionais, deixando-os sutilmente abalados. Em contraste, os desenhos de Michael Craig-Martin ligam-se diretamente à obra tridimensional do artista, quer como documentação e registro, quer como desenvolvimento. Seu longo compromisso para com o que se poderia chamar objeto possível-impossível, que continuou até os dias de hoje assumindo formas diferentes, prossegue por meios gráficos e escultóricos, simultaneamente. Podemos ver, aliás, como uma certa dose de tratamento escultórico entra em cena para a concepção de um desenho. Para Carl Plackman a arte é o eventual encontro de um significado numa realidade irracionalmente encontrada. Sua escultura é ambiental, no sentido em que ele a concebe num espaço dado e, até certo ponto, a .submete;ls exigências latentes desse espaço; e o faz acrescentando à peça uma quantidade dos mais variados elementos, sempre se atendo a um processo totalm,ente poético. Seus desenhos seguem fórmula parecida, na medida em que rupturas e justaposições de imagens e sinai~ normalmente disparatados acabam por representar atitudes e mensagens emocionais quase plenamente definíveis. Estar num ambiente-Plackman não é necessáriamente estar sujeito a um choque ou a uma experiência surrealista. No entanto, a gente se vê despojado do apoio habitual das pretensões, ficando só, consigo mesmo; como talvez diante do espelho negro de Contradição Vivente. O efeito é desconcertante. Mesmo assim, o resultado


GRÃ-BRETANHA final é o oposto; equilibrad~ e revelador de uma ordem psicológica mais verdadeira que, normalmente, se reveste da ordem imposta correspondente a métodos e categorias racionais. Clive Barker também se mostra tanto escultor, quanto artista gráfico. Os meios, no seu caso, são claramente secundários perdendo importância na sua exploração, em parte paráfrase, em parte paródia, de imagens, cujos valores, para o artista, dependem dos múltiplos significados que elas já assumiram na mente do espectador. Ele usa a palavra 'forgery' num de seus títulos em inglês. Em inglês, 'forgery' e o verbo 'to forge', como seus equivalentes em português, sugerem quase um jogo de palavras, com a ambiguidade que encerrani, sugerindo a fabricação de alguma coisa, como quem forja metal, ou a fabricação de quem inventa e cria algtíma coisa. Por outro lado, evoca a idéia de falsificação, contrafação, imitação, processos fundamentais para a arte de todos os tempos. Os ~tsenhos de Bridget Riley representam a fase final de estudos para pintura. Seus desenhos assumem as características, quando não as funções, do modelo em contexto renascentista. Eles têm também a presença de uma peça independente, uma peça de câmara, por assim dizer, permitindo a compreensão mais íntima e a assimilação mais fácil dos métodos e propósitos da artista, que o apelo óptico de suas grandes telas não permite. O rótulo 'Op Art', como a maioria dos rótulos, enfatiza apenas um aspecto da arte de RiJey. Talvez fosse mais razoável ou produtivo considerar sua arte como forma desenvolvida, mas não intelectualizada, de um expressionismo abstrato, controlado e condicionado à nossa receptividade visual. Seria o caso de evocar-se aí o Kandinsky das últimas telas, que são prolongamentos calculados e sistemáticos de suas composições mais livres, mas igualmente emotivas, de 1910-20. Também não é descabido considerar Riley como um tipo de construtivista, montando estruturas compelícuJas de cor, quando· outros podem recorrer ao aço ou aos plásticos. Não importa que ângulo adotamos para observar os quadros de Riley; só não nos sentimos desligados, quando reco-

nhecemos que eles se justificam a si mesmos e principalmente para a artista, como imagens que encerram poderosa carga de expressão. As mesmas considerações poderiam, evidentemente, ser atribuíveis à obra de outros. pintores abstratos nesta exposição - e, na verdade, a toda arte abstrata seja qual for a finalidade adicional que possa reivindicar e, mais diretamente, às pinturas sobre papel que representam alguns artistas expositores. Paul Huxley e John Hoyland expõem pinturas menores, em alguns casos refletindo trabalhos maiores.já realizados e, em outros, a fonte de onde deverão ou poderão sair obras em maior escala. Os dois pintores trabalham com cor e espaço. Huxley explora uma aparência .de logicidade para encobrir a manipulação anárquica de relações de escala e espaço visual, com efeito quase surrealista. Hoyland se expressa através de imagem que transmite a idéia de explosão de energias - energias que parecem pertencer, no mínimo, tanto à própria pintura quanto ao pintor - e disfarça:, ao mesmo tempo, a seletividade e o orde:namento que o arrojo do artista encobre. As peças expostas de John Walker também são objetos completos. Re1acionam-se~ em caráter e técnica, às pinturas efêmeras que tem feito ultimamente, com giz em quadro-negro. Nas duas escalas a imagem fala de. movimento e mudança, embora mais suavemente aqui. É notável como Walker conseguiu captar nesses desenhos a volatilidade de suas pinturas em quadro-negro., Só pode depor a seu favor todo o esforço feito por pintores de todos os séculos para tentarem captar os efeitos transitórios .e, assim, as imagens da transitoriedade e tudo o que isso implica. Tendo escrito em Londres por ocasião da exposição comemorativa do segundo centenário do nascimento de Tumer, tomo a liberdade de evocar aqui o aparente abstracionsis11l0 do grande pintor~ que tanto preocupou seus contemporâneos. Era na verdade um realismo que infringia os limites atribuídos ao realismo pelas regras da arte e peJos hábitos de apreciação. No caso Walker, tem-se também a sensação de ser real a configuração por ele criada, um acontecimento real en135


GRÃ-BRETANHA volvendo materiais e forças, mais testemunhado do que inventado. Os trabalhos de óleo sobre papel de Ian Stephenson são chamados estudos e, no entanto, como no caso de Riley, nós os vivemos como composições de câmara, que contrastam com as peças sinfônicas que são suas grandes pinturas. O toque, a exploração lenta e meditativa do espaço por meio de cor, densidades, deslocamentos, intervalos e repetições correspondem a características muito semelhantes nos dois tipos de trabalho, que o artista vem desenvolvendo há mais de dez anos. Acontece que aqui o papel funciona· como luz, enquanto as telas, mais densamente cobertas, sugerem o espaço cósmico, no qual só .as partículas de matéria, os pontos de tinta, indicam a passagem da luz. Por tudo isso, os quadros pequenos encerram um lirismo que é o oposto da natureza épica de seus quadros grandes. Bill Jacklin é mais conhecido por suas gravuras e seus desenhos, dos quais as peças aqui expostas são bem representativas. Mas também no caso de Jacklin, os trabalhos expostos são feitos numa escala íntima, envolvendo um tema que ele explora também na grande escala de quadros maiores. Em cores, ou em preto e branco, suas linhas sempre se desdobram em luz e espaço. Levado ao extremo, seu estoque insistentemente limitado de pinceladas e tons serve para explorar um mundo aparentemente ilimitado. Chega a surpreender, tendo-se em conta a fu~ção primordial do desenho, que sejam raros nesta mostra os desenhos de caráter rigorosamente preparatório. Aí caberiam Riley e Sandle, este num dos desenhos. Talvez o mesmo se pl,J.desse dizer de Rita Donagh. Mas, para isso~ seria preciso incluir nessa categoria as tentativas e provas que contribuem para o empreendimento culminante que corresponde a uma pintura em si e não a um ensaio para pintura. Sua maneira de pintar, congregando objetos dentro de um espaço ou contra um espaço traçado com cuidado e imagens que podem, ou não, encerrar qualidades comparáveis de forma.e sentido, gera um ti136

po de magia poética, que permanece intencionalmente fluido. Quanto mais exata e quase científica a sua pesquisa, tanto mais urgentes as questões formuladas que permanecem sem resposta final. O caráter acentuadamente emocional do trabalho de Donagh, desenho ou pintura, decorre dessa oposição. Bernard Cohen apresenta desenhos que, no sentido mais amplo, representam explorações com vistas à pintura. Mas, na verdade, suas pinturas são empreendimentos exploratórios em si mesmas que, provavelmente, promovem· a devolução das idéias para os desenhos, tal como podem aparecer, nascidas em elementos contidos na pintura. Grandes ou pequenos, seus trabalhos incorporam regras e rituais predeterminados. E deles o artista usa e abusa a fim de atingir o mais amplo âmbito possível de expressão. Não existe estilo ou imagem identificadora, a não ser as características de um crescimento cons.tante e de variedade. Tem-se a impressão de que Cohen organiza seus jogos pictóricos para que tenha de resolver problemas criados por eles; mais aindã; para que eles o conduzam a descobertas de puro acaso. Pàra ele seu trabalho justifica-se, de.sde que o leve numa viagem que não termine onde começou. De maneira comparável, os desenhos de Jeremy Moon, morto há pouco tempo, são ocasiões para a descoberta de novos elementos, bem co~o para a verificação de variantes de elementos conhecidos. As mostras de suas pinturas tendiam a apresentar suas descobertas, numa determinada direção, e assim reforçavam uma aparência de lógica que já era sugerida por suas superfícies claras e puras. No entanto, as estruturas que ele. oferecia em pintura nunca eram lógicas, mas, sim; baseadas em enigmas e contradições visuais. Seus deserihos ilustram um pouco da inventividade e também do grau de seleção que se contém nos trabalhos mais públicos. Diferente em intenção·e resultado, a mostra de Richard Smith e Peter Joseph representa trabalhos ligados pelo que encerram como caráter acentuadamente construído. Smith, muitas vezes, já transformou suas telas em


GRÃ-BRETANHA objetos tridimensionais. Aqui as folhas de papel, os aros e linhas de barbante enfatizam a qualidade de objetos que os trabalhos enCerram e, assim~ contrariam e, por isso, destacam o ilusionismo sedutivo das superfícies que ele fez com lápis, giz e crayon. Joseph, na busca de efeitos especiais de tensão e espaço que apresenta grandes afinidades com a arquitetura, usa em seus desenhos a cor e a superfície já existentes nas folhas de papel. O mesmo sistema informa suas grandes pinturas, que, dado o seu tamanho, quase chegam a ser arquitetura. Mas o papel dá concentração e, quando as peças em papel estão isoladas em campo neutro, dá inviolabilidade que as destaca das pinturas. Móveis e isolados, como as pinturas jamais poderiam ser, os desenhos afirmam sua natureza ideal; são afirmações em si mesmos e livres do caráter condicional a que as pinturas, maiores, não se podem furtar, dadas as contingências de lugar e meio-ambiente. Qualquer coisa dessa mesma relação entre pintura grande e desenho pequeno aparece no trabalhotle Martin Naylor, cujas eSCulturas - a princípio instalações ambientais que reuniam uma variedade de . objetos achados e feitos, sugerindo uma tecnologia ultrapassada e complicada - acabaram por tornar-se mais suscintas, mas, nem por isso, menos oblíquas em suas implicações. Os desenhos expostos são, em certo sentido, páginas de estudos, cada configuração podendo ser o ponto de partida para uma peça escultórica. Mas são também. objetos compostos, nos quais a repetição e a variação, dentro da linguagem limitada dos sinais e das reações, equivalem a uma afirmação que se distancia de suas esculturas e que lhes pode servir de complemento, no que elas apresentam como envergadura. David Hockney.e Peter Blake são desenhistas natos de extraordinária qualidade. Os esboços de Blake pertencem a uma tradição de notação espontânea e imediata, mas ao mesmo tempo habilmente seletiva,· diante de uma variedade de motivos, que remonta ao século dezoito. Cada artista de peso imprim,e-Ihe uma variação toda sua, expressiva de sua própria personalidade e dos interesses de sua geração. No caso de Blake, por exem-

pJo, nota.,se uma reação especial a inscrições e anúncios que· nos lembra sua reputação inicial de artista 'Pop', bem como de alguéindotado de um discernimento instintivo para com detalhes funcionais e períodos que ·ajusta dentro de estilos as peculiaridades dos nossos interesses. Os corpos que ocupam e, teoricamente~ justificam essas estruturas e mobiliários parecem transitórios quando a eles comparados, sejam de homens ou de animais; o artefato sobrevive nas anotaçõea a lápis feitas pelo artista efêmero. (Creio que é esse caráter, mais do que ecos quanto aos temas, que, algumas vezes, relaciona. esses esboços aos de Sickert.) Os desenhos de Uo· ckney são mais clássicos, tanto no sentido de serem posados e compostos mais requintadamente (emprestando assim importância .permanente aos temas), como por seu desenvolvimento mais c,?mpletocomo obras de arte (lngres mais do que Sickert). Embora Hockney seja identificável em cada linha, o resultado final é impessoal; seja um desenho a tinta, como o interior em Schloss PreJau, seja o mais exuberante, em lápis e crayon de Janela do Louvre, um relativamente imediato e o outro exigindo mais tempo e esforço e com vistas a uma pintura, parecem ter sido concebidos no exato momento em que o desenho apareceu e ganhou identificação, separando-se tanto do artista como do tema. Isso é especialmente acentuado nos desênhos de retrato; obras-primas de um gênero que não tem florescido neste século, exigindo o mais rigoroso equilíbrio entre a curiosidade ~umana e simpatia, de um lado, e os direitos e necessidades independentes presentes no desenho. A figura de um modelo e as sugestões do grini de conhecimento de que goza o artista com relação ao modelo vêm unidu sem conflitos eni obras de grande força objetiva. Quanto a Colin SeH, seus dotes de desenhista não são menores, mas suas intenções são mais complexas e variadas. Ele é conhecido antes de mais nada como artista gráfico, produzindo desenhos e gravuras, eptbora também faça pintura, escultura e cerâmica. Seus desenhos expostos são uma prova da variedade de propósitos à qual ele aplica sua ha. bilidade e das diversas técilicas que emprega~ Seus de-

137


GRÃ-BRETANHA senhos mais antigos são' declarações aguçadamente -irônicas, ;lO lado do que os mais recentes parecem muito mais razoáveis e até congratulatórios. Mas acho que a beleza deles e sua relativa atitude direta são como que um véu de sedução através do qual escapam mensagens de presságios enganadores, que causam impacto muito maior, exatamente por não virem anunciadas à superfície. O extraordinário desenho Pavíio, por exemplo, por mais persuasiva que seja sua concepção em carvão, logo se revela como imagem assustadora, talvez corporificando a antiga lenda de Argus Panoptese- a origem mitológica do pavão. A arte de Tom Phillips é 'sistemática', sendo como. é baseada em processos especificos e definíveis que, uma vez estabeletldos, são seguidos meti~ulosan1enú:. Esses processos são, contudo, arbitrários e não se definem como tema ou motivação. Nem sugerem, por outro lado, como costuma aconteCer em arte sistemática, quilquer validade absoluta para a arte do indivíduo ou para toda e qualquer arte. Phillips, muitas vezes, trabalha em escala de desenho. A série aqui exposta consiste de composições visuais invocando Bach e reCorrendo a métodos paralelos aos do compositor. Existe, em essência, um tom jocoso nas maquinações de Phillips; uma profunda jovialidade comparável- digamos ~ à de Borges. Mas o produto final é sempre assinalado por admiração e afeto pelo motivo escolhido ou pelo tema. Assim, mesmo que a superfície seja impessoal, ou só revele inflexões pessoais sob observação minuciosa, o impulso ,que gera a atividade é sempre emocional. Alguns dos nomes que mencionei talvez já sejam conhe- cidos. É o caso das personalidades que estão dando projeção à arte britânica no panorama artístico mundial. Cabe considerar. no entanto~ que não fazemos aí grandes dif~enças. Na Grã-Bretanha- todos -esses artistas são admirados e respeitados. E se é verdade que nos causa

138

prazer o sucesso de caráter mundial de alguns deles, também é verdade que não os vemos isolados dos seus colegas. O que é mais curioso é que artistas existem que desempenham no contexto artístico da Grã-Bretanha papéis que não se relacionam diretamente com o prestígio de que gozam internacionalmente. Hoyland, Smíth e Walker, por exemplo, exerceram considerável e evidente influência sobre pintores jovens, com seu exemplo e, mais diretamente, ensinando. Enquanto isso, Stephenson, Donagh, Huxley e Craig-Martin, também professores, não parecem contar com seguidores imediatos. Isso também se aplica a Tuckeé e Cohen. Bastante conhecidos nas escolas de arte de Londres por suas idéias fundamentalistas sobre a natureza da escultura e do desenho e grandes _expoentes ·dessas duas' manifestações artísticas, não têm ddxado influência direta; tal como acontece com Hockney e Riley, cuja obra é bem conhecida, mas que existem como fenômenos relativamente isolados no mundo artístico britânico. -Cabe d~,tacar que esta mostra não aborda algumas áreas de importante atividade artística na Grã-Bretanha. Dessas a mais óbvia é a da pintura objetiva ou realista. Trata~se de se tor que tem merecido uma projeção ambígua, dada a ·recente tendência determinada por uma voga internacional que favorece a arte 'neo-realista', ou 'hiper-realista', ou 'foto-realista', fazendo com que boa parte da atenção que agora recebe seja tão arbitrária quanto ;l relativa ohscuridade a que foi sujeita diante de tendências do após-guerra. P fato é que a Grã-Bretanha conta com artistas de talento excepcional, que desenham e pintam figura,s e outros motivos com uma. aplicação que eleva essa atividade consagrada pelo tempo, colocando-a- ao nível de uma arte original e vigorosa. Uma seleção das obras desses artistas poderia muito bem compor outra mostra de importância. Norbert Lynton


GRÃ-BRETANHA

Clive Barker Nasceu em 1940. Estudou no Colégio de Tecnologia e Arte de Luton, 1957-59, e trabalhou na Vauxhall Motors. Começou a fazer objetos em 1962. Sua primeira exposição em Londres foi em 1968. Participou de várias exposições coletivas, inclusi~e a do Salon de la Jeune Peinture, em Paris, 1967; a de Jovens Artistas Britânicos, no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, 1968, e a da Metamorphose de l'Objet, no Palais des BeauxArts, Bruxelas, 1971.

Peter Blake Nasceu em 1932. Estudou no Colégio Técnico e, a seguir, na Escola de Arte de Gravesend e no Colégio Real de Arte em Londres. Mais conhecido como um dos pioneiros da Arte 'Pop' britânica na década de 60. Sua primeira exposição foi em 1962, tendo também participado de mostras coletivas: London the New Scene, Turnê 'nos EE.UU. e a da Pop Art Redefined, na Hayward Gallery, Londres 1971. Uma grande retrospectiva de sua obra percorreu a Alemanha e a Holanda, 1973.

Bernard Cohen Nasceu em 1933. Começou a estudar pintura em 1919 e Frequentou, 1951-54,a Slade School of Art de Londres, onde mais tarde lecionou. Viveu em Paris e viajou pela Europa, 1954-56. Professor Visitante da Universidade do Novo México, em Albuquerque, 1969-70. Participou de exposições internacionais, inclusive a da Biennale des Jeunes em Paris, 1961, a Documenta IlI, em Kassel, 1964, e da Bienal de Veneza, em 1966. Teve uma grande retrospectiva de suas telas e desenhos na Hayward Gallery. de Londres, 1972.

MichaelCraig-Martin Nasceu em Dublin, em 1941, e vive atualmente em Londres. Estudou na Universidade de Yale, 1961-63. Lecionou na Academia de Arte, em Bath,1966-70. Artista-

-residente no King's College de Cambridge, 1970-72. Primeira exposiÇão de escultura em Londres, 1969. Participou da mostra 16 escultores Britânicos na Galeria Bonino, de Buenos Aires, 1970; na New Art, na Hayward Gallery de Londres, 1972, e da Biennale des Jeunes, Paris, 1975.

Rita Donagh Nascida em 1939 e vive em Londres. Estudou no Departamento de Belas Artes da Universidade de Durham, 1956-62. Em 1972 recebeu o Prêmio John Moores da Exposição de Liverpool e, 1975, participou do Festival Internacional de Pintura de Cagnes-sur-Mer. Atualmente, leciona, em regime de tempo parcial, na Slade School of Art, da Universidade de Londres.

Barry Flanagan Nasceu em 1941. Estudou na escola de St. Martin em Londres, 1964-66. Sua primeira exposição de escultura foi em 1966. Participou da Décima Bienal de Tóquio, em 1970, da Terceira Bienal de Medellín e, em 1975, de uma exposição do Centro de Arte e Comunicação de Buenos Aires. Lecionou na Inglaterra e nos EE.UU. Participa, com sua obra recente, da Biennale des Jeunes de Paris, 1975.

David Hockney Nasceu em 1937. Estudou no Colégio Real de Arte de Londres, 1959-62. Foi premiado na Biennale des Jeunes, Paris, 1963, e recebeu prêmios em exposições de artes gráficas em Ljubljana, Cracóvia e Lugano. Viveu por algum tempo nos EE.UU. e vive atualmente na França. Desde 1960 vem expondo pintura e desenho em diversas mostras na Europa e nos EE.UU. Importante exposição de suas telas e de seus desenhos realizou-se no Museu das Artes Decorativas, em Paris, 1974.

139


GRÃ-BRETANHA

John Hoyland

Jeremy Moon

Nasceu em 1934. EstudQ.~ DO Colégio de Arte de Sheffield, 1951-56, e nas escolas .da Academ.ia Real, 1956-60. Em 1964 recebeu a Bolsa.-de-estudos. Stuyvesant e o Prêmio para Artista Jovem, em Tóquio. Sua primeira exposição em I:.ondres foi em 1964. Expôs em Munique e Nova York em 1967. Assistente Principal de Pintura na Escola de At:te deChelsea, em Londres, 1960-69. Parti~ipou, com Anthony Caro, da contribuição brit4nica à Décima Bienal de São Paulo, 1969.

Nasceu em 1934. Estudou Direito em Cambridge. Sua primeira exposição de pintura em Londres foi em 1963. Tem participado de diversas mostras internacionais, inclusive a Nova Exposição Internacional Maitlichi, em Tóquio, 1967. Lecionou na Escola Central de Arte de Londres e na de Chelsea. Morreu em 1974 num desastre de motocicleta.

Paul Huxley

Nasceu em 1944. Estudou no Colégio de Leeds e no Colégio Real de Arte de Londres. Professor-visitante na Escola Nacional de Artes Decorativas de Nice, 1972-73, e Gregory Fellow em Escultura, na Universidade de Leeds, 1973-74. Participou da mostra Escultores Bridnicos, em 19721 na Academia Real de Londres e, em 1975, do Salão de Realidades Novas, Par:is, 1975.

Nasceu em 1938. Estudou na Escolfl de Arte de Harrow e nas da Academia'Real, 1953-00. Ganhou uma Bolsa -de-estudos Stuyvesant para uma viagem aos EE.UU., onde viveu de 1965-67. Sua primeira exposição de pintura em Londres foi em 1963; em Nova York, em 1967. Ganhou. uma Bourse de Séjour na Biennale des Jeunes, Paris, 1965. Nomeado· Professor-visitante da Cooper Union, Nova York, 1974.

Bill Jacklin Nasceu em 1943 em Londres. Estudou na Escola de Arte de Walthamstow, 1960-64, e no Colégio Real de Art~, 1964-67. Sua primeira exposição de pintura em Londres foi em 1970. Desde 1969, tem participado de exposições; dentre elas a Bienal de Gravura de Tóquio, 1972, e, 1973, a English Painting'Today e a do Museu. de Arte Moderna de Paris.

.Peter Joseph Nasceu em' 1929. Autodidata. Vive e trabalha em Londres. Sua primeira exposição em Londres foi em 1966. Participou de coletivas, como a de Pintores Ingleses, em Gelsenkirchen, Alemanha, em 1968, e a de Três Pintores; na Hayward Gallery de Londres, em 1973. Recebeu o Prêmio John Players, em Nottingham, 1968. f: autor deóbras ambientais ao ar-livre.

140

MartinNaylor

Tom Phillips Nasceu em 1937. Estudou no St. Catherine's CoI1ege, Cambridge, e, a seguir na Escola de Artes e Ofícios de CamberwelL Peças musicais de sua autoria foram executadas nó Festival de Bordéus, na França, e transmitidas pela rádio na Grã-Bretanha e na Itália. Uma retrospectivade suas telas e seus desenhos foi levada, no início deste ano, para a Holanda, Alemanha e Suíça.

Carl Plackman Nasceu em 1934. Desenvolveu aprendizado como arquiteto, 1959-60. Depois de ter prolongado seus estudos, entrou no Colégio Real de Arte de Londres, 1967-70. Participou de diversas exposições coletivas, inclusive a de Escultores Britânicos de 1972, na Academia Real, em Londres, e a Biennale des Jeunes, em Paris, 1973. Leciona atualmente em Londres.


GRÃ-BRETANHA

Bridget Riley Nasceu em 1931. Estudou no Goldsmith College e no Colégio Real de Arte, em Londres. Sua primeira exposição em Londres foi em 1962; em Nova York, 1965. Recebeu o Prêmio Internacional de Pintura na Bienal de Veneza, 1968, e outro prêmio na Bienal Internacional de Tóquio, em 1972. Importante retrospectiva de suas telas e seus desenhos f,oi exposta na Alemanha, Suíça, Itália e em Londres, 1971-72.

Michael Sandle Nasceu em 1936.· Estudou na Slade School em Londres e, tendo conseguido uma Bolsa-de-estudos, viajou pela Europa e, em seguida, estudou litografia em Paris, no Atelier Patris. Participou, como escultor, da Biennale des Jeunes, em Paris, 1966; da Documenta IV, em Kassel J 1968, e da mostra de Esculton:s Britânicos de 1972, na Academia Real, em Londres. Lecionou no Canadá e na Alemanha.

Colin Self Nasceu em 1941. Teve Bolsa-de-estudos para a Slade School of Art, de Londres. Mais conhecido por seus desenhos, tem produção nos setores da pintura, escultura, das artes gráficas e da cerâmica. Expôs na Biennale des Jeunes, em Paris, 1963, e na exposição Pop Art Redefined, na Hayward Gallery de Londres, 1969. Prêmio da Bienal de Gravura de Bradford, 1968. Esteve nos EE.UU. e no Canadá, tendo também vivido por algum tempo na Alemanha. .

Richard Smith Nasceu em 1931. Estudou no Colégio Real de Arte, em Londres, 1954-57. Obteve li chamada Harkness Fellowship e viveu em Nova York, 1959-60.· Sua primeira exposição de pintura em NovaYork foi em 1961; em

Londres, 1963". Obteve o Grande Prêmio na Décima Bienal de São Paul~, em.1967, e representou a GrãBretanha, em 1970, na Bienal de Veneza. Expôs seus trabalhos recentes no Museu de Arte Contemporânea de Caracas, em 1975. Importante retrospectiva, na Tate Gallery de Londres, 1975.

Ian Stepheoson Nasceu em 1934. Estudou no King ColIege de Newcastle upon Tyne. Lecionou em Newcastle e em Londres. Recebeu Prêmio de Pintura~ Pr~mio Marzotto, em 1964, tendo participado da Biennale des Jeunes, Paris, em 1967, e da mostra Pintura Britânica de Hoje, em Paris, 1973.

William Tucker Nasceu em 1935. Cursou História na Universida4e de O:x:ford e, a seguir, estudou Escultura na Central School de Londres. Participou, com john Walker, do Pavilhão Britânico da Bienal de Veneza, em 1972. Foi um dos da Nova Geração de escultores que apareceu na década de 1960 e é também bastante conhecido pelo que tem escrito sobre escultura contemporânea. Escolhido para selecionador da mostra The Condition of Sculpture Today, na Hayward Gallery, Londres, 1975. .

Joho Walker Nasceu em 1939. Estudou no Colégio de Arte deBirmingham e, a seguir, na Académie de la Gradn Chaumiere, em Paris. Nomeado Gregory Fellow em Pintura na Universidade de Leeds, em i967, e viveu em Nova York, depois de ter recebido a Harkness Fellowship, 1969-70. Primeiras exposições em Londres e Nova York, em 1967 e 1970, respectivamente. Participou da Biennale des Jeunes Artistes, Paris, 1969, e, com William Tucker, do Pavilhão Britânico na Bienal de Veneza, em 1972.

141


GRÃ-BRETANHA

Clive Barker

Bernard Cohen

1. Magritte, 1968-69. tinta e pincel em papel de aveia 78 x 56 em

10. Sem título, 1964. meios mistos em papel 56 x 76 em

2. Van Gogh fabricado, 1969. tinta e pincel em papel de aveia 79 x 56,5 em

11. Sem título, 1964. crayon 52 x 63 em

3. Estátua da Liberdade, 1972. lápis 76 X 51 em

li. Sem título,

Peter Blake

13. Sem título~ 1973.

4. Bertram Mills, 1961. lápis 28 x 20,3 em 5. Bertram Mills, 1961. lápis 21,5 x 12,5 em 6. Jimmy Scott, Bertram Mills, 1961. lápis 21,5 x 13,3 em 7. Bertram Mills, 1961. lápis 21,5 x 12,5 em . 8. Sala-de-estar, 1963. lápis 21,5 x 12,5 em

9. Circo Bertram Mills, Temporada 66-67, 1967. lápis 23 x 15 em

142

1972.

guache 50 x 58,7 em aquarela 41,3 x 42,5 em 14. Sem título. 1973. lápis 39,5 x 30 em 15. Sem título, 1973. aquarela 64,8 x 76 em 16. Sem título, (Preto), 1973. guache 57 x 76 em 17. Sem título, 1974. . aquarela 38 x 57 em 18. Sem título (Estudo para pintura), 1974. aquarela 24 x 57 em

\


GRÃ-BRETANHA Michael Craig-Martin 19. Caixa que não fecha, 1967. lápis e fablon em papel quadriculado 27 x 40,5 em 20. Unico, 1967. lápis e fablon em papel quadriculado 27 x 40,5 em 21. Desenho - Proposição H,. 1968. pena em papel quadriculado 42 x 55 em 22. Progressão de

5 caixas com tampa às

avessas, 1969. tinta em papel quadriculado 42 x 54 em Rita Donagh 23. Fi~ura, Estudo N.o 1, para pintura N.o 4 'Andy' (com néon), 1967. lápis 31 x 31 em

28. Nu em cores, 1967-68. pena e diluição 25 x 33,5 em 29. Seis .desenhos sem título, 1967-68. lápis e giz em papel 26x20cm 30. Chapéu. gravata e bolsa, 1972. pena de feltro (2 colagens) 29 x 23 em e 24 x 25 em David Hockney 31. Schloss Prelau, 1970. pena 36 x 43 em 32. Nick, Hotel de la Paix, 1972. pena 35,5 x 43,2 em 33. Ossie lendo em Munique, 1972. crayon 55 x 46 em

24. Série Warhol: Pintura 3, Simetria Subterrânea. meios mistos em papel quadriculado 119 x 86 em .

34. Celia. 1973. lápis, giz e crayon 64,8 x 49,5 em

25. Quarto Branco - desenho sobre reflexões em três semanas de maio, 1970. lápis, crayon e guache 55,5 x 76 em

35. Lila de Nobilis, 1973. lápis, giz e crayon 64,8 x 49,5 em

Barry Flanagan

36. Janela do Louvre contra a luz, 1973. lápis e crayon 64,8 x 49,5 em

26. Seis colagens de papel colorido, 1967. pena e diluição 26x20em 27.Figuras vermelhas em pé, 1967-68. tinta em papel 26 x 19,7 em

John Hoyland 37. Sem título, 1969. acrílico em papel 54,5 x 75 em 143


GRÃ-BRETANHA 38. Sem título, 1970. acrílico em papel 53,5 x 75 cm

47. Desenho para Pintura (2), Bege/Preto, 1973. papéis coloridos 76 1 2 x 551 8 em

39. Sem título, 1971. acrílico em papel 59 x 84 cm

48. Desenho para Pintura, (3), - contorno Amarelo / verde, 1973. . papéis coloridos 76,2 x 55,8 em

Paul Huxley 40. V 27 1970, 1970. acrílico em papel 69x64cm 41. VIII 7 1970, 1970. acrílico cin papel . 69x64cm 42. VIII 21 1972, 1972. acrílico em papel 69x64cm 43. VIII 28 1972, 1972. acrílico em papel 60x64em

Bill Jackli n 44. N.o 7 1973. aquarela . 20,3 x 20,3 em 45. N.o 10 1972. aquarela 20,3 x ,20,3 em

Perer Joseph 46. Desenho para Pintura - Amarelo Preto, 1973. papéis coloridos 76,2 x 55,8 em

144

49. Desenho para Pintura (4), contorno Rosa/Vermelho, 1973. papéis coloridos 76,2 x 55,8 em

Jeremy Moon 50. Desenho 71/93, 1971. eastel em papel 20,3 x 25,3 em 51. Desenho 71/77, 1971. pastel em papel 20,3 x 25,3 em 52. Desenho 71 /3, 1971. pastel em papel 20,3 x 25,3 em 53. Desenho 71/94, 1971. pastel em )?apel 20,3 x 25,3 em 54. Desenho 73/5, 1972. pastel em papel 20,3 x 25,3 em

Martin Naylor 55. Fortaleza 6, 1975. guache e colagem 100 69crn

x

56. Fortaleza 7, 1975. guache 100 x 69 em


GRÃ-BRETANHA

Tom Phillips

Michael SandJe

57. Desenho de Vida, 1962. lápis 23 x 16 em

72.

58. A Mulher do Açougueiro, 1974. lápis 20 x 17 em 59-66. 8 Variações sõbre o nome de João Sebastião Bach, 1975. meios mistos 20 x 20 em

Carl Plackman 67. Sem título, 1972. colagem, lápis e diluição 50"x 70 em

68. Sem título, (Ábaco), 1973. colagem, lápis, pena, diluição e clipes 50 x 70 em 69. Contradição Vivente, 1973. lápis, tinta e chapa fotográfica 75 x 64 em

Desenhos tendo em vista Monumento para os EE.UD.: Mickey Mouse esfolado e metralhadora em bronze, 1971. lápis, tinta e aquarela 58,5 x 79 em

73. Estudo para monumento transmutador, 1973. pena e guach e 58 x 79 em 74. Submarinos em jaulas de vidro com torpedos, 1973. guache e tinta em papelão branco 65 x 88 em

Colin Self 75. Bloco de apartamentos, Wolsey Road, Hornsey N8 e mulher com capote de astracã, 1964. lápis 53,5 x 36,8 em

Bridger RiJey

76. Abrigo ânti-radiativo N.o 4, - Salsicha Assada a Infravermelho e Consumidor, 1965. lápis, lápis de cor e papel fluorescente 53,5 x 39 em

70. Sequência Final de estudo para pintura, 1974. guache em papel 69x 190 em

77. Pavão, 1969. carvão 38 x 63,2 em

71. Esboço Final para pinrura, 1973. guache em papel 105 x 105 em

78. Casa em Bacton, 1972. pastel 16 x 20 em 79. Margaret com "décor" ao fundo, 1972. esferográfica e lápis 23 x 17,5 em

145


GRÃ-BRETANHA

80.

Estudo para Jardins - Jardins de How Hill, Norfolk, 1972. lápis em papel 22 x 28 em

William Tucker 87.

Richard Smith 81.

Desenho (H4), 1973.

.- .

. lápis e giz em papel com barbante colorido 157,5 x 82,5 em 82.

Desenho 1973 CH5), 1973. lápis e crayon e barbante colorido

Sonetos a Orfeu de Rilke 1970.

6 desenhos não esc~lhidos para ilustração a uma tradução de Christopher Salvesen publicada por Alistair McAlpine. lápis em papel-manteiga 67,3 x 77,5 em

88.4 Desenhos com vistas a uma Escultura, 1972. pena em papel de jornal 42 x 29,8 em

157,5 x 82,5 em

Ian Stephenson 83.

Perpectiva· 5, estudo em "spray", 1965. óleo em papel com colagem 61,5 x 56,5 em

84.

Perpectiva 6, estudo em "spray", 1965. óleo em papel com colagem 61,5 x 56,5 em

85.

Circunspecto 22, estudo em "spray", 1966. óleo eril papel com colagem 61,5 x 56,5 cm

86.

Estudo Respectivo óleo em papel com colagem 51 x 76 em

146

John Walker 89.

Sem título N.O 1, 1972-73. giz em papel 99,5 x 139,7 em

90. Sem título N.O 4,. 1973. giz e lápis 101 x 138,5 cm


GRÉCIA Exposição organizada pelo "Ministry af Culture and Science" . Comissário: G. P. Kournoutos

Trabalhando com suas hábeis e indagadoras mãos, à sombra da Acrópole de Atenas, o escultor grego Christos Capralos vem há anos orientando seus' passos, sem . compromissos, em direção à nossa era contemporânea. . Em seu caminho artístico as formas do passado estão dispersas e sua vitalidade presente é cheia de um desejo criatí~o e de um sentimento de envolvimento, que aprofundam e crescem com a certeza de que o passado permanece atrás dele, esmagadoramente real. A surpreendentemente elemental interpretação que o artista nos oferece da clássica biga carrega sua mensagem, a mensagem da nossa própria época, mensagem que os mais jovens da sua geração interpretam, sempre cada vez mais, em sua busca da libertação de seus próprios elementos. A identidade da nossa era,corporificada nessas formas que intencionalmente se desintegram, não sem uma certa - ainda que imperceptívelmelancolia, inquietação; e em outras formas que irrompem~ atrevidas e descuidadas, no farto material de um passado incomparavelmente fértil e na celebração indefinida de um futuro igualmente indefinido - esta identidade é expressa com clareza e vigor, por vezes instintivo e violento, característicos de uma evidente intenção de emancipação. Essa intenção se exprime plasticamente por meio de

uma série de formas interligadas, formas que em última análise compõem o mundo estético de toda uma geração - a geração de hoje - enquanto cada um dos artistas cujas obras aqui comparecem imprime sua marca no caráter de sua época . Tomando como pano de·fundo os edifícios do período neo-clássico, cuja tranquilidade é justificada pela solene severidade do passar do tempo, Marios Vatzias lança com vigoroso relevo as torturadas questões em que se debate a juventude de hoje como também, tisnado pelo sangue' de sua árdua luta, seu afã de construir a história de sua era, uma era justificada pelo seu próprio heroísmo. A Escola Politécnica é seu símbolo. Uma combinação de elementos contrastantes cria uma tela que ao mesmo tempo perturba e liberta. Daniel Gounarides é. atot:1Ileatado pelo.tema do conflito surgido em nossos dias entre as dimensões do homem e as do meio que o cerca: um conflito que é produto das nossas próprias mãos, que destrói toda a quietude mental e espiritual, forçando o indivíduo a enfrentar a torturante questão: desespero e auto-destruição, ou a árdua luta pela solução definitiva .... a da harmonia.

Em formas austeras e reticentes, embora não mudas, a tragédia da solidão humana é retratada num estilo que tem algo da magnitude da antiga arte grega.

147


GRECIA Stathis Logothetis trabalha com cores e formas numa disposição absolutamente simples, aparentando a ausência de arte e de planejamento, como se foss~m compostas por um processo puramente natural. Vigoroso e original, como se forjado pela natureza. Um caminho deci:;ivo, sem correlações, sem extensões negativas no seu próprio caminho passado. Poderia ser esse também o caminho da sua época? Nem mesmo esta pergunta é evidente. A única certeza é: mais adiante. Athanassios Stefopoulos permite que sua obra caminhe paralelamente, conjugada à dos outros, em direção, por assim dizer, a um objetivo comum. O indivíduo, único responsável por seus próprios caminhos, destitui sua responsabilidade de qualquer conexão com o tempo; um tempo com começo e fim específicos. E um compromisso, tão específico quanto, dentro desse tempo. O _tempo é nosso e a responsabilidade por esse mesmo tempo também é nossa. Nada além disso. Cores e linhas, expressão de um trágico conflito interior, são lançadas sobre a tela, veemente pintura do significado do tempo, nossa própria alma e nossa própria história. G. P. Kournoutos

Participou das seguinte mostras coletivas:"representou a Grécia na Bienal de Veneza, 1962; Galerias ParkeBernet, Nova Iorque, 1963; Pittsburgh Internatíonal. Estados Unidos, 1964; International de Carrara, Itália, 1965; Internacionalde Padova, 1965; The Samuel Fleischer Art Memorial. Filadélfia, 1965; Sonsbeek 66 Internacional, Arnhem, 1966; Pittsburgh Internatíonal, Estados Unidos, 1967; Internacional Padova, 1967; Museu ao ar livre Hakone - Internacional, Tóquio, 1971; Bienal de Veneza, Scultura Nella Cittá, 1972; IX Concorso Internazionale del Bronzetto, Pádua, 1973.

Daniel Gounarides Nasceu em Thessalonica em 1934. Estudou na Escola de Belas Artes de Atenas, com bolsa de estudos, de 1953 a 1958 e, também com bolsa de estudos, do Estado, de 1960 a 1964 na Escola Nacional Superior de Belas Artes, Escola Nacional Superior de Artes Decorativas e Artes Gráficas e na Escola Estíenne. Desde 1966, tem ~l1sina­ do desenho e artes gráficas na Escola Vakalo de A~tes Decorativas, em Atenas.

Christos Capralos Nasceu em Panetolio, em 1909. Estudou pintura na -Escola Superior de Belas Artes de Atenas, de 1929 a 1934. Estudou escultura em Paris, sob a orientação de Mareel Gimond, na Academia Grande Chaumiêre e na Academia Colarossi, de 1934 a 1940. Voltou à Grécia em 1940 e trabalhou, até 1946, em sua aldeia natal. Realizou as seguintes exposições individuais: mostra individual em Atenas, 1946; mostra individual de cerâmicas, em Atenas, 1~50; mostra individual com pedras marinhas, em Atenas. 1953; mostra individual,_ em Atenas, 1957; mostra individual na Galeria Martha_ Jackson, de Nova Iorque, 1963; na Park Gallery, Detroit, 1963; na Frankische Gallery am Marientor, em Nuremberg, 1964; em Cincinnati Art Museum, Estados Unidos, 1967; em Albert White Galleries, Toronto, 1969; mostra individual, com pinturas, em Atenas,1972.

148

Fez várias exposições individuais e tomou parte em grandes exposições de grupo de Arte Moderna da Grécia, seja na Grécia, seja no exterior. Nessas, se incluem: Expósição Internacioqal de Artistas Jovens, Moscou, 1957; I Bienal da Pintura Jovem, Paris-, 1959; Artistas e Escultores Gregos, Museu de Arte Mo- derna, Paris, 1962; Salão de Outono, Pari!); Salão de Arte Livre, Paris; Salão da Pintura Jovem Européia, Mulhouse, 1966; Bienal de Gravura, Pistoia, 1968; VIII Bienal de Alexandria - 2.0 prêmio de pintura; Exposição Onze Artistas Gregos, Galeria de Eendt., Amsterdam; Exposição Dez Artistas Gregos, Maarssen. Membro do grupo organizador de exposições de arte em fábricas da Grécia. Trabalhos de Gounarides estão em coleções públicas e particulares, na Grécia e no exterior.


GRÉCIA

Athanassios Stefopoulos Nasceu em 1928 em Amphissa, na região de Phokis. Após completar a escola secundária, entrou na Escola de Belas Artes de Atenas, em 1946. Foi-lhe concedido o diploma em pintura, com duas menções, e inscreveu-se na Escola de Gravura, em 1952. Ganhou uma bolsa de estudos da Fundação do Estado.de Bolsas de Estudos, em 1956, para a continuação' de seus estudos durante mais de um ano. Permaneceu em Paris, com seus próprios meios, até 1964. Estudou litografia por um ano, sob a orientação do professor René Jaudon, na Escola Nacional Superior de Belas Artes, e pintura durante três anos, na mesma escola, sob a orientação do professor M. Brianchon. Além disso, estudou Arquitetura Grega na Escola Especial. de Arquitetura. Frequentou a Escola Prática de Altos Estudos, na Sorbonne, por dois anos, sob a dire:ção do professor de La-Coste Messeliêre. Em 1958 frequentou o primeiro e segund.o ano de estudos em História Geral da Arte, na Escola do Louvre. Voltou para a Grécia, em 1964, onde tem ensinado desenho linear e planejamento urbano. Ensinou na Escola S.T.A., de 1967 a 1970: Também visitou e estudou em museus da França, Alemanha, Suíça, Bélgica,' Holanda, Espanha e Itália. Expôs em várias mostras individuais e tomou parte nas maiores exposições de grupo na Gr.écia e no exterior, incluindo-se: Museu de Arte Moderna, Paris, 1956; Prêmio de Deauville; Artistas Associados, Londres, 1956; Artistas Associados, Museu de Arte Moderna, Rouen, 1956; Salão de Outono, Grand Palais, Paris, 1956; Bienal de Alexandria, 1958; Galeria Sarla, Paris, 1959; Salão da Pintura Jovem M.M.P., 1959; C.N.A. Gallery, Chicago, 1974.

Trabalhos de Athanassios Stefopoulos estão expostos em coleções particulares na França, Alemanha, Estados Unidos, Israel e Grécia.

Marios Vatzias Nasceu em 1926 em Metaxohori, Condado de Larissa. De 1948 a 1953 estudou na Escola de Beals Artes de Atenas. Fez várias exposições individuais e participou em maiores exposições de grupo, seja na Grécia, seja no exterior, incluindo-se: Exposição Internacional de Moscou, 1957; I B%nal de Paris, 1959; VII Bienal de Alexandria. 1967; Galeria da Universidade de Paris, 1969. Trabalhos de Vatzias estão presentes em coleções públicas e particulares, na Grécia e no exterior.

Stathis Logothetis Nasceu em 1925 em Pyrgos, Rumelia Oriental. Em 1934, sua família se transferiu para Thessalonica. Abandonou seus estudos na Escola de Mc;.dicina para estudar m~sica no Conservatório do Estado de Tessalonica, onde obteve o diploma de violino, e tam bém ria Academia de Música de Viena. Em 1954 começou a estudar arte seriamente. Em 1972, foi agraciado com uma bolsa de estudos em Berlim Ocidental, pela Associação de Intercâmbio Cultural com a Alemanha. Seus trabalhos foram expostos em onze exposiçQes individuais em Atenas, Thessalon(c"ll, Viena e Berlim;' em três Exposições de Arte Pan-Helê'nica, 1963, 1967 e 1975; e em vinte e cinco exposiçõ}:s de grupo, em Atenas, Thessalonica, Nicósia, Bérlim, frankfurt, Stuttgard e outras.

149


GRÉCIA

Christos Capralos 1.

A biga.

Macios Vatzias 10.

Daniel Gounarides 2. Cidade. acrílico 135 x 120 em

3. Cidade. acrílico 170 x 150 em 4. Cidade acrílico 180 x 132 em 5. Cidade. acrílico 100 x 80 em

Athanassios Stefopoulos 6.

7. Paisagem 73. óleo 100 x 146 em 8~

Paisagem 70. óleo 100 x 146 em

9. Tríptico 74. óleo 150 x 1.56 em

150

11.

Apresentação de um herói - I. vinil 116 x 116 em

12.

Apreseotação dos heróis. vinil 116 x 89 em

13.

Apresentação de um herói - II vinil 116 x 116 em

Stathis Logothetis 14.

Opus 160. técnica mista 200 x 240 em

15.

Opus 163. técnica mista 150 x 250 em

Paisagem 73. óleo 73 x 100 em

Retirada. vinil 146 x 97 em

bronze e madeira 156 x 265 x 62 em

16.

Opus 170. técnica mista 120 x 80 em


GUATEMALA Exposição organizada pela "Dirección General de Cultura y Bellas Artes" . Comissário: Victor Vasquez Kestler

o

homem irremissivelmenteestá condenado a vicomunidade que comercia com ver em comunidade os serviços individuais todos .oferecemos ou vendemos um serviço e todos ped1mos ou compramos todos somos .dependentes os serviços dos demais alguns comerciam.até. c?m o.sangue v1da. _consciência esta tnd1v1dualtdade esta sobdao dentro da coletividade nos levou a delimitar fronteiras a levantar muralhas a proteger-nos dos demais dentro de cercos espinhos antepomo-n~s ao vizinho estranho ~:m~nhante conclusão uma perda total de conSC1enC1a essência de comunicação de coletividade de comunidade e o mais grave todos o sabemos e não o aceitamos confrontamos transcendemos é uma verdade muito pesada que todos levamos às costas.

ele

a resseSe amanhã todos nos propuséssemos tromear nossos cercos com árvores frutíferas cercos com frutas car o espinho por uma fruta como símbolo de vizinhança plantaríamos nosso primeiro ato real de vizinhança de dentr.o para fora regressar a fruta " a seu estado s11ves-

tre a sua essência rodeêmo-nos de frutas rodeêmo-nos de fior rodeêmo-nos de mel abelha rodeêmo-nos de aroma paisagem rodeêmo-nos de sorriso a árvore dOe frutas é a melhor máquina natural para converter a energia em alimento alimento que mitigaria a fome angústia ânimo alimento que mitigaria o porvir paz concórdia aproveitemos inteligentemente esta energia sílvestre vital ideal pois " todas as demai~ energias estãq em crise. Esta compacta e incompleta análise pretende semear interessar motivar a qualquer lwmem mulher família a qualquer raça "a qualquer ideologia a qualquer religião a qualquer paisagem a qualquer universidade escola colégio a qualquer vizinho a meditar a pensar a sentir" a semear um pepara que amanhã codaço de nosso ser lhamos humanos. Luis Diaz O homem --:- fome e ároore de fruta

151


GUATEMALA

Joyce Nasceu em 193.8, na Cidade do México, e tem cidadania guatemalteca. Estudou no México, nos Estados Unidos e Tailândia. Realizou as seguintes exposições individuais: Salão Pedro de Alvarado, do Instituto Guatemalteco Americano, 1965; Galeria Vittorio, Pinturas Neon, Cidade de Guatemala, 1968; Salão Enrique Acunã, Escola Nacional de Artes Plásticas e Esculturas Cinéticas, Guatemala, 1970; Galeria Vittorio, Esculturas Cinéticas, Guatemala, 1970; Galeria Macondo, Esculturas Esteles, Guatemala, 1973; Retrospectiva na Galeria Feokarril, Guatemala, 1974; 3 Artistas na Galeria Trend House Gallery, Tampa, Flórida, 1975. Participou das seguintes exposições coletivas: Bangkok, na Tailândia, em 1963 e 1964; UNICEF, na Guatemala e "Juannio" - Arte Nacional e internacional, na Guatemala, em 1965; I Bienal Centroamericana de Artes Plásticas, em El Salvador, Galeria Macondo, na Guatemala e "Quinze artistas guatemaltecos, na mesma Galeria, em 1974; "Quatro Álbuns de Gravuras",Escola Nacional de Artes Plásticas, na Guatemala, Esculturas na "Trent House Gallery" , na Flórida, Gravuras, no Auditório da "Casa de la Cultura de Occidente", na Guatemala, "A Mulher na Plástica Guatemalteca Contemporânea", na Escola Nacional de Artes Plásticas, na Guatemala, e "Young Artists '75", Quarta Exposição Internacional, em Nova Iorque, em 1975. Conquistou o Primeiro Prêmio de Escultura, na Exposição Nacional de Juannio, em 1972.

"Joyce. Assim, simplesmente. Joyce. Nasceu na cidade de México, filha de mãe guatemalteca. Bem cedo começou a viajar pelo mundo, conhecendo gentes e paisagens, idiomas e idiossincrasias. E um dia, um belo dia, como se regressasse, instalou-se na Guatemala, conviveu com os guatemaltecos e adotou nossa nacionalidade. Não obstante, agora que se prepara novamente para partir, pediu, como uma mostra de carinho para com a Guatemala, para exibir seu trabalho criativo dos últimos anos num evento tão importante como a Bienal de São Paulo, amparada pela bandeira guatemalteca. E concedeu-se-lhe tal honra porque o sentimento é mútuo. Agora pois, a série de esculturas que apresenta na XIII Bienal de São Paulo, constitui uma atitude totalmente contraditória a seu entusiasmo anterior pela experimentação cinética (com todas as suas mecânicas complicações surpreendentes), dando a sensação de ter retomado um caminho de volta à forma estática. Porqu~estas esculturas bidimensionais, inspiradas, segundo ela, nas esteiras pré-colombianas, estão muito longe dos serões em que trabalhava com circuitos e dínamos, lâmpadas e ventiladores. E nesta atitude, menos especulativa mas de maior sensibilidade, elegeu como tema primordial de inspiração (que a inspiração ainda existe) uma figura perfeita. A circunferência. Uma figura sublimada no sol pelos po~ vos primitivos e profanada em nosso tempo pela forma circular da moeda. Uma linha fechada cuja área encerrou a sabedoria dos calendários pré-colombianos e a cabalística dos horóscopos medievais. Uma linha, enfim, sem princípio nem fim, como dizem que é a eternidade ... " Victor Vasquez Kestler

152


GUATEMALA

Luis Diaz Nasceu em 5 de dezembro de 1939, na Guatemala. Foi professor primário em 1958, ingressando na Faculdade de Arquitetura, USAC, em 1959. Abandona, no ano de 1961, a faculdade de arquitetura, passando a ser assessor artístico, de 1962 até 1973. É professor de arte no colégio Valle Verde, desde 1964

até o momento, tendo feito sua primeira exposição individual de pintura naSala Acuna. Foi co-fundador da primeira galeria de arte DS, Guatemala. No ano de 1969 foi assessor artístico dos projetos da Cidade Universitária Rafael Landivar, Ministério de Educação da Guatemala e da Cidade Universitária de San Carlos, Guatemala. Co-autor do projeto da Biblioteca Central e do Centro de Recursos Audio-Visuais,

Joyce l.

Nascimento. ferro cromado e pintura 102 x 91,5 x 15 cm

2. Entrelaçamento. ferro cromado e pintura 81,5 x 109 x 15 cm

3. Fragmentação. ferro cromado e pintura 98 x·197 x 16,5 cm

4. Intimidade. ferro cromado e pintura 102 x 91,5 x 15 cm

participou daXI e da XII Bienal de São Paulo, em 1971 e 1973, respectivamente, recebendo nesse mesmo ano uma bolsa de estudos de observação, de um mês, nos Estados Unidos. Em 1974 foi co-autor do projeto e planificação do condomínio residencial Bougamvillia, na Guatemala, sendo, em 1975, assessor artístico do projeto de La Plaza dei Sol, Guatemala. Participou de 24 exposições individuais, na Guatemala e de exposições coletivas na América Central, Estados Unidos, Panamá, Colômbia, Venezuela, Chile, Brasil, Porto Rico, França, Itália e Alemanha. Além de vários prêmios nacionais, recebeu as seguintes distinções: Grande Prêmio na I Bienal Centro Americana, em Costa Rica; Grande Prêmio Latino Americano na XI Bienal de São Paulo.

5. Procriação. ferro cromado e pintura 105 x 145 x 46 cm 6. Mutilação. ferro cromado e pintura 102 x 91,5 x 15 cm 7. Cataclisma. ferro cromado e pintura 102 x 91,5 x 15 cm

Luis Diaz 8. O homem -fome e árvore de fruta montagem ambiental

153


ISRAEL Exposição organizada pelo "Ministry of Education and Culture" . Comissário: Gila BaIlas

Israel está representado nesta XIII Bienal de São Paulo por Pinhas Eshet, jovem expoente de projeção da arte contemporânea israelense. Tendo iniciado sua carreira artística como escultor, permanece até hoje, antes e acima de tudo, um escultor, embora crie numa variedade de meios, tais como o desenho, a serigrafia e a mer delagem, usando também cores. A evolução da escultura de Eshet é marcada por uma tendência nítida e inabalável a partir deformas orgânicas apresentadas em materiais de expressiva qualidade (madeira, aço tosco fundido), para formas geométricas cada vez mais simples, executadas em materiais neutros, sem textura. Isto foi, para usar suas próprias palavras, "um processo de redução visando alcançar uma criação com uma auto-contida vitalidade". Desnudando desse modo a forma de elementos subjetivos e sentimentais, ele foi capaz de alcançar um novo poder de expressão, uma expressão que jorra do inter-relacionamento de linhas, formas, volumes e cores. Nesse nível, o material torna-se neutro e insignificante. É escolhido estritamente de acordo com .a função que deve desempenhar. . A tela esticada sobre as construções de madeira adapta-se not;,tvelmente à finalidade proposta pelo próprio Eshet na série 3-D Fabrications: criar obras tri-dimensionais que transmitam uma sensação de volume não apenas pela via convencional do contraste luz-sombra, . mas também por meio da cor. A cor em seu trabalho não é um mero suplemento ou decoração para um relevo ou escultura. Para ele, a cor é um meio escultural para engendrar sensações de relevo ou intaglio, por vezes . contrárias à condição física real.. Portanto, a cor serve

154

para criar volume onde ele não existe e torná-lo imperceptível onde ele existe. Há aí um elemento 'de surpresa intencional. Não só visual mas também mental: as formas de 3-D Fabrications são intencionalmente simples e familiares, mas "comportam-se" de um modo diferênte de nossas expectativas. É só porque à primeira vista elas se mostram facilmente perceptíveis e quase sem sofisticação, que elas emergem a um exame mais detido e de um ângulo diferente comó formas complexas e até mesmo impossíveis. Assim como o uso da cor por Pinhas Eshet é de Um escultor e não de um pintor, também o fato de suas obras serem penduradas nas paredes não as transforma em pintura. Elas são esculturas que, em vez de serem colocadas no chão, são penduradas nas paredes, porque nessa posição podem ser vistas mais convenientemente. E assim como uma escultura apoiada no chão pode elevar-se ao longo da parede, uma escultura fixada à parede pode descer até o chão. Seu desenvolvimento no espaço definido pelas paredes estabelece uma ponte entre esse espaço e as paredes com as obras de arte que elas exibem. Esta ponte acentua o envolvimento das pessoas que se movem dentro do espaço definido, e faz com que elas não sejam apenas espectadores despreocupados das composições, mas se sintam como se estivessem colocadas no meio dessas obras de arte e, até certo ponto, condicionando-as com seus movimentos. Deste ponto de vista, as 3-D Fabrications de Pinhas Eshet atuam como con:dutoras da comunicação e influenciam o comportamen.to e a atitude das pessoas que entram em sua órbita. Gila BaIlas·


ISRAEL

naco~.em

Pinhas Eshet Nasceu em 1935 na Romênia e foi para Israel em 1950. Estudou escultura sob a orientação de Rudoph Lehman e, após ter completado seu serviço militar, continuou seus estudos no Colégio de Mestres de Arte de T el-A viv. Em 1959 foi à Itália, estudar com Marino Marini na Academia de Brera, em Milão. Voltou para Israel em 1964. Desde 1968 é lente de escultura e chefe do departamento de escultura da Academia de Arte Nacional Bezalel, em Jerusalém. Os trabalhos de Pinhas Eshet foram exibidos em numerosas exposições individuais em galerias e museus de Israel e do Exterior. Também tomou parte em várias exposições coletivas: Exposição. do Prêmio A vezzano, na Itália, em 1963; Bienal de Paris, em 1965; Grande Prêmio Internacional de Arte Contemporânea de Mô-

1966 e 1967; Exposições de Outono do Museu de Tel~Aviv, de 1965 em diante; Exposição Labyrinth no Museu de Israel, em Jerusalém, em 1967; Exposição aberta no novo Museu de Tel-A vivem 1971 e a IV Bienal de Artes Gráficas de Florença, em 1974.

Em 1966, Pinhas Eshet foi agraciado com o Prêmio Dizengoff da Municipalidade de Tel-Aviv e do Museu de Tel-Aviv, e em 1968 ganhou o Prêmio Aika do Museu de Israel, para arte jovem israelense. Especialmente para a Bienal de São Paulo, Pinhas Eshet planejou relevos que, em certos pontos, se tQrnarão esculturas tridimensionais que penetram no espaço, estabelecendo unia continuidade e unidade ambiental entre as paredes e o espaço delimitado por tais relevos, na sala de exposição israelense. Esse é um tema que ocupou o escultor por um longo tempo e que agora apa-' rece numa obra de largas dimensões, no contexto de uma exposição internacional.

Pinhas Eshet 1. Saída de emergência, 1975. acrílico em tela moldada sobre construção de madeira 220 x 220 x 40 em

3. Trem da meia-noite, 1975. acrílico em tela moldada sobre construção de madeira 220 x 220 x 40 em .

2. Subindo escada abaixo, 1975. acrílico em tela moldada sobre construção de madeira 220 x no x 40 em

4. Ruptura das linhas inimigas. 1975. acrílico em tela moldada sobre construção de ma<leira 250 x 280 x: 140 çm

o'

155


ITÁLIA Exposição organizada pelo "Istit;uto Italo Latino Americano", com i colaboração do "Museo d'Arte Moderna e della Quadriennale di Roma". Comissário: Bruno Mantura

"A escolha da representação italiana na XIII Bienal de São Paulo, para 'poder apresentar, de maneira coerente, uma linha da arte na Itália destes últimos anos, con: centrou-se em artistas que operam no campo da pesquisa estética, desde o comportamento até a arte conceitual e pobre, a "body-art". Outros nomes, certamente; deveriam ter comparecido nesta representação - pense-se, por exemplo, no de Kounellis - mas mesmo dentro das limitações, parece-nos que se possa seguir corretamente o quanto foi feito naquela direção. Dos operadores estéticos, .apresenta-se aquela parte de sua produção, realizada em forma de objetos com sua "respeitável artisticidade". A operação estética em sua pesquisa, em sua tndência de envolver o meio ambiente e o espectador, requerendo destes um notável esforço de participação "criativa" para integrar, concluir ou definir o objeto "suspenso", tinha privado os fruidores dos tradicionais" objetos artísticos", ou exibindo materiais dos quais tinha-se subtraído o significado do significan": te, misturando-os depois disso conforme uma liberdade absoluta, ou confiando a operaçij:o mesma à efêmera apresentação dos "happenings". Michelangelo Pistoletto, já presente na IX Bienal, confirmou nestes anos, de modo mais que convicente, a validade de sua operação. A definição do espaço, ligado de modo ambíguo a esquemas perspécticos é, na ausência de profundidade, entendida em sentido formal, e em

156

seu resolver-se num .espessor mínimo entre dois espessores mínimos: o do espelho - testemunha de uma realidade animada, externa à obra, e o da serigrafia - testemunha interna, imóvel e colorida. Alfano, desde 1969, de "O Quarto das Vozes", transcreve signos sonoros sobre a tela, dando início à série de auto-retratos anônimos. Neste, que será exposto agora, a luz e os sons se estratificam, dobra após dobra, criando uma estrutura segundo a razão espacial <,la tela. Alviani, que tinha sempre mais aprofundado, estudado a técnica, a mobilidade das superfícies, seja naquelas da dimensão de um quadro, seja naquelas mais vastas do meio-ambiente, exalta, nas Cromagens espectrológicas, o "fazer-se" "da obra nas passagens infinitesimais partindo da cor, até instaurar; como valor primário, a indefinição entre imagem e imagem e entre objeto e objeto. Na série das onze folhas da História Natural da Multiplicação de Alighiero Boetti, pequenos traços de caneta esferográfica se deslocam, como que por acaso, no. tabuleiro de xadrez, condicionante do papel quadriculado, mas casual somente na aparência, pois uma lógica .. do jogo" regulamenta o crescimento dos signos, de folha em folha. Em Sem título, de Clemente, as manchas - quatro pequenas folhas de chá fotografadas - umas menores, outras maiores -levitam um tema como que de crepús-


ITÁLIA culo ou de alvorada, sobre.\ltD lugar desolado, quinze vezes repetidas, sempre conforme um ritmo quaternário, de quadra em quadra, na sigla das molduras. Ao examinar a fachada da Igreja do Redentor, de Palladio, Fabro põe a si mesmo a questão da ordem Ce de seu significado), e renegando a ordem, como ele próprio escreve - através de contaminações históricas e abusos filológicos - a estabelecer a arbitrariedade de cada problema. Em A Itália de Ouro, ao contrário, é fácil entender como o concentrar-se dos significados estende o operar estético a todo o campo antropológico. As frias chapas de aço, cristal e ferro, de Mattiacci, contrapõem secamente idéia e matéria. De Mattiacci, são também apresentadas algumas fotos, documentos de algumas ações densas de matéria e de violência corpórea. O corpo é suspenso, por Pennone, na ambígua esta tuariedade do calque. A brancura do gesso é aproximada à cor dos diapositivos: a cisão para-tática da operação tem propepsão, por adição, a reencontrar seu significado originário. Árvores verdadeiras e falantes - seria, talvez, uma espécie de .. divertimento" sobre uma tema dantesco? - são apresentadas por PateUa, cOmo para condicionar o espectador e o ambiente. Usando, assim, a antiga técnica da pintura, ele pinta o mar em uma hipérbole sobre a qual desliza sua assinatura agigantada.

O público brasileiro poderá, por fim, apreciar a elegante obra gráfica de Lorenzetti, que se projeta sobre uma rigorosa seleção de elementos da percepção visual.

Bruno Mantura

CarloAlfano Nasceu em 1932. Vive em Nápoles. Diplomou-se no Liceu Artístico e na Academi~ de Pintura de Nápoles. Realizou as seguintes exposições individuais: em 1969: Galeria Nacional de Arte Moderna, Roma. Em 1970. Geleria Modern Agency, Nápoles. Em 1972: Galeria do Ariete, Milão; Galeria Folker Skulima, Berlim. Em

1974: Galeria Art in Progress, Mônaco; Kunsthalle, Berna; Galeria Sonnabend, Paris; Galeria Folker Skulima, Berlim. Em 1975: Galeria der Spiegel, Colônia; Kunstverein, Heidelberg. lixpiJSições coletivas: em 1967: V Bienal da Pintura Jovem, Paris. Em 1968: Revort 2, VI Semana Internacional, Palermo. Em 1969: As duas naturezas, Nápoles; Artistas Contemporâneos - Módena Art Agency, Spoleto; Ao ,além da pintura, Sãn Benedetto del Tronto. Em 1970: Arte e Crítica, Moderna; Amor meu, Montepulciano; Vitalidade do Negativo, Roma. Em 1972: Encontros Internacionais de Arte, Roma. Em 1973: X Qua-' drienal Nacional de Arte, Roma; Italy Two, art arourid· '70 - Museu de Filadélfia, Centro Cívico.

Getúlio Alviani Nasceu em Udine, dia 5 de setembro de 1939. Em 1959 interessa-se por problemas inerentes à plasticidade estrutural e à informação visual, colaborando ne> campo industrial. Em 1960 trabalha' com· estruturas monocromáticas polivalentes e ambientes residenciais transformáveis. No ano seguinte trabalha objetos plásticos em· série, programação para estruturas· ótico-dinâmicas e problemas de vibratilidade luminOsa; em 1962 trab~lha com estruturas especulares. Projeta tecidos, com critériçfs' cinético~visuais, para Germana Marucelli, tecidos esses que dão início,nq mundo inteiro, à moda .. op-art", e :ntraainda a fazer parte ativa do movimento internacionalchamado de "nouvelle tendence recherche contil1uelle" , no ano de 1963. Em 1964 trabalha com cromoestruturas e no ano seguinte faz estudos sobre elementos padronizados para conjuntos parietais, problemas de integração com a arquitetura e meio-ambiente. Em 1967 trabalha com objetos luminosos de movimentação mecânica, apresentação de fenômenos químicos, e faz o estudo do diafragma entre olho e objeto. Em 1969 faz estudos sobre o comportamento psicológico do homem, imitido na problemática ambiental, atrav6sdo aguçamentoda percepção visual e, em 1970, faz estudos é técnicas de realização, sobre as fenomenologias cromáticas visuais. 157


ITÁLIA Realizou as seguintes exposições .individuais: em 1961, Mala Galerija, Ljubljaria em 1962, Galerija Suvremente Umjetnosti, Zagreb; Studio F, Ulm, Galleria La Cavana, Trieste: em 1963, Stadisches Museum Schloss Morsbroich, Leverkusen; Amstel 47, Amsterdam; em 1964, Galeria Del Deposito, Gênova; Galeria Cadario, Milano; Galeria La Bussola, Torino; em 1965; Galerie Smith, BriIxelles; Galeria La Polena, Gênova; Galeriadel Naviglio, Milão; em 1966, Galeria Notizie, Torino: Galeria del Leone, Venezia; (op) Art Galerie, Esslingen; em 1967, Galerija Doma Omladine, Belgrado; em 1968, Galeria Fuscher Steinhardt, Frankfurt; em 1969, Galeria Alice Pauli, Lausanne; New Smith Gallery, Bruxelas; Galeria de Arte Moderna, iH,sel;Galeria Naviglio-Incontri, Milão; em 1970, Galeri~ 58, Rappers, wil; Galeria Conkright Caracas; em 1971, Galeria Denise René, Hans Mayer - Düsseldorf; em 1972, Galeria St. Stefan, Viena; Galeria Il Centro, Napoli; em 1973, Galeéia Reckermann, Col6nia;, em 1974, Galeria Plura, Milão; Galeria Krzysztofory, Cracovía; Galeda Conkright, Caracas; em 1974, Galeria E. Bolzano; Participou das seguintes exposições cole ti vas: em 1962, "Arte Programada Olivetti" , em Veneza, Roma, Tries te, Düsseldorf, Londres;'em 1963, "Nove Tendencije 2", em Zagreb, Vene2a, Leverkusen, Düsseldorf;:'Além do Informal"; San'Marino; "Bewegte bereiche der Kunst" , Krefeld; "Zero", Berlim; V Bienal de Ljubljana; em 1964, "O hoje ,de amanhã", no Museu da Cidade de Arras; "Novas tendências", Palais du Louvre, Paris; XXXII Bienal de Veneza; "44 protagonistas' da visualida de estruturada", Milão; "MovilI).ento''', Galeria Denise René, Paris; IV Bienal de Tokyo; em 1965, "Are Today", Albright Knox Art Gallery, Buffalo; "Nul 1965" no Mus'eu Stedelijk de Amsterdam; "Novas Tendências 3", Zagabria; VII Bienal de São Paulo; "Arte e Movimento", Tel-Avív; "iuz~ Movimento e Ótica", Palácio de Belas Artes, Bruzelas; "O olho responsivo" ,Museu de Arte Moderna de Nova York; e também nos museus das cidades de Seattle, Saint Louis, Passadena e Bcltimore; "Sigma", Bordeaux; "Exposição deA.rte Italiana Contemporânea", em Grnnes,"M6naco, Post-

158

-

dam, Roma, Colônia, Dortmund, Bergen, Oslo, Buca'::-' rest, Belgrado, Lisboa, BeHast, Edimburgo e Montreal; em 1966, "Exposição Internacional de "Cinética", em Antuérpia; "Weib tind Weib", na Kunsthalle, Berna: 11 Salão das Galerias Piloto, em Lausanne; XXI Salão das Rea~idades Novas, Paris; "Arte da Idade do Espaço", em Johannesburg; 'A Exposição para o Primeiro Prêmio do Museu de Arte Contemporânea", Nagaoka; I Biepal de Cracóvia; em 1967," Artes Gráficas 67", na Galeria de Arte da Universidade, em Lexington; "Do Construtivismo na Cinética, de 1917 a 1967" ,Krefeld; "O espaço da Imagem", no Palácio Trinci, em Foligno; "Prêmio Pittsburg 1967", no Instituto Carnegie de Pittsburg; "Exposição de Arte Contemporânea Italiana" , .' no Museu Nacional de Arte Moderna de Tokyo: "Movimento", no Museu de Arte Contemporânea de Montreal; "Arte objetual", em Bolonha; em 1968, "Jovens Italianos", Instituto de Arte Contemporânea de Boston; "Pintura e Escultura Italiana Recente"~ no Museu Hebráico de Nova Iorque; "A Arte Viva", na Fundação Maeght em Saint Paul de Vence; "Movímentq-::, na Galeria Redfem, em Londres; "Cinetismo - espetáculo - meio-ambiente", em Grenoble; "ArteOp", na Kunsternes Hus, em Oslo; "Dodecaédro", em Praga; "Danuvius 68", Bratislava"; "Arte Cinética", Berlim; "Ars Multiplicata", na I\unsthalle de Col6nia; "Movimento", em Detroit; "Documenta 4", em Kassel; "Prospecto 68", na' Kunsthalle Esta4ual, de Düsseldorf; "Arte Experime,ntal" , no Museu de Arte dnd ustria, em Saint Etienne; em 1969, "Arte Ótica", Kunst und Museiimverein, Wuppertal; "Arte Construtiva: elemento + prinCipio", em NÜremberg; "ESculturas nos Parques", Piestany; "Arte enquanto jogo - jogo enquanto arte" na Kunsthalle de Estado. em Rechlinghauser; "Arte Italiana atual", no Palácio de Belas Artes, etn Bruxelas; "Arte não plana", Kunsthalle, Berna e Mônaco; "Arte concreta", Karlovy vary, Hoste; "Do construtivismo à arte cinética", Chicago; em 1970, "Tendencias 4", Zagreb; "Kun~tere machen plane, andareauch!" na Kuns,thaus de Hamburgo; "Vitalidade do Negativo", Roma; em 1971, "ElE' Italianer Heute", no Museu de


ITAUA Ostwall, Dortmund; "Arte' ltahana", Museu de Arte Moderna da Cidade do México; "Arte nos espaços do homem",Estudio Atual, em Caracas; "Arú: Gráfica do período 1965-1970" , na Kuos~halle de Nüremberg; " Arte·· Concreta", Westfalicher Kunsverein Munster; em 1972, Arte e Tecnologia, em Le Creusot; I Bienal Internacional da Noruega; 11 Bienal-Internacional Britânica, em Bradford; em 1973, XV Trienal de Milão; "Competição Gráfica Mundial 73", em San Francisco; X Quadrienal, Roma; em 1974, Arte Italiana - 5.0 exposição, artística 74, em Basel; "Premio Camel", na Galeria de Arte Moderna de Turim; em 1975; XX Resenha de Arte Contemporânea, em Termoli, onde foi agraciado com o I Prêmio.

Alighiero Boetti Nasceu em Turin em 1940, vive e trabalha em Roma. Realizou as seguintes exposições individuais: em 1967: Galeriá' Christian Stein, Turim; Galeria La Bertesca, Gênova: Em 1968: GaleriaChristian Stein; Turim;Galeria Nienbourg, Milão; Galeria Sperone, Turim; Em 1970: Galeria ToseUi, Milão; Galeria Acme, Brescia. Em 1971: Galeria Konrad Fischer, Düsseldorf; Galeria, Sperone, Turim. Em 1972: Galeria Toselli, Milão. Em 1973: Galeria John Weber, Nova York; Galeria Bonomo, Bari; Galerias Sperone~ Fischer, Roma; Galeria ToseUi, Milão; Galeria MTL, Bruxelas; Galeria Atr' & Project, Amsterdam;Museu de Arte, Lucerna. Em 1974: GaleriaSperone, Turim. Participou das seguintes exposições coletivas: em 1967: Premio San Fedele, Milão; ArtePobre;na Galeria "La Bertesca" , Gênova; Arte Pobre, na Universidade de Gênova. Em 196&: Arte Pobre na Galeria DE' FOSCHERARI, BoMnh'a; Contemplação - Galeria "Spe~one Stein - Il Punto", Turim; O Percurso, Galeria Arco d'Alibert, Roma; O Teatro das Exposições, Galeria "La Tartaruga", Roma; Arte Pobre ,Centro da' Arte Viva, Trieste; Premio Masaccio, Valdarno; UI Resenha das Artes Figurativas, Amalfi; Galeria do Dep6sito, TuriJJl' Em 1969: "Quando as atitudes se tomam forma"

Kunsthalle, Berna; Museu Hans Lange, Krefeld, I.C.A., Londres; Desenhos e Projetos - Galeria Sperone, Turim; Konzeption':' Conception, Museu de Estado, Leverkusen; Mostra Nacional das Galerias de Tendências, M6"; dena. Em 1970: A Fotografia Criativa, no Centro La 'Cappella, Trieste; 111 Bienal Internacional dos Pintores Jovens, Bolonha; Processos de Pensamento, Visualízados, no Museu de Arte de Lucerna; Arte Pobre ,Arte Conceitual, 00 Museu Cívico de Arte Moderna, de Turim. Em 1971: Exposição das obras de dez artistas europeus "K. Fisher", Düsseldorf (Alemanha), e Galeria Sperone, em Turim (Itália); Vitalidade do Negativo, Roma; Arte Pobre, Kunstveriein, Mônaco; VII Bienal.de Paris, Bois de Vincennes, Paris; Galeria John Weber~ Nova Iorque. Em 1972: Documenta 5,Kassel; 420' WestBroadway, Spoleto. Em 1973: 7 Italianos, Galeria "M T L" , Bruxelas; Galeria Sperone & Fischer, Roma; X Quadrienal, Roma. Em 1973/74:Contemporânea "Estacionamento de Vila Borghese", Roma. Em 1975: "24 horas sobre 24", Galeria L'Attico, Roma.

Francesco Clemente Nasceu em Nápoles, .em 1952. Realizou as seguintes exposições individuais: em 1964: Galeria Area, Florença; Banco, Brescia; Galeria Toselli, Milão. Em 1975: Galeria Sperone, Roma. Participou das seguintes exposições coletivas :'·em 1973: CivÍ:c Center Milseum, Philadelphia. Em 1974: Centro Estudantil, Belgrado; Max Protetch, Washington. Em 1975: Galeria Diagramma, Milão; "24 horas sobre 24" , L'Attico, Roma.

Luciano Fabro Nasceu em Turim, em 2á de novembro de 1936. Vive e trabalha em Milão. Realizou as seguintes exposições individuais: em 1965: Galeria Vismara, Milão.~Em.1967: Galeria Notizie,

159


ITÁLIA Turim; Teatro Estável de Turim, Sala das Colunas, Turim. Em 1968: Galeria Notizie, Turim. Em 1969: Galaia "La Salita", Roma. Em 1970: Galeria Toselli, Milão; Bekleidring, Aktionsraum, 1, Mônaco. Em 1971: Galeria de Arte Borgcillha, Milão; Galeria Notizie, Turim. Em 1973: Galeria de Arte Borgonha; Milão. Em 1974: Galeria N otizie" Turim; Galeria del Cortile, Roma; Galeria Sperone, Fischer, Roma; Modern Art, Náp~les; Galeria Patino, Genebra. Em 1975: ,"Banho Borbónico", Pescara; Galeria Christian Stein, Turim. Participou das seguintes exposições. coletivas: em 1966: . 'Esculturas em série", Centro Fly, Milão; Galeria Milão; Galeria Notizie, Turim; Galeria Sperone, Turim; Galeria Novas Tendências, Módena; Galeria Heide Hildebrand, Klagenturt; Premio San Fedele, Milão. Em 1967: Galeria Notizie, Turim; Galeria Sperone, Turim; Galeria Christian Stein, Turim; "Contemplação". nas Galerias: Sperone, Stein,Il PUnto, em Turim; ,"O espaço da imagem"; Trigon 67, Graz; Museu Nadonal para a Arte Moderna, Tóquio; Museu Experimental de Arte Contemporânea, Turim. Em 1968: Galeria Nacional de Arte Moderna, Roma; "Arte Italiana de Cem Anos", no Museu de Estado de Bochum, Berlim e Colônia; Galeria Senatore, Estocolmo; "Arte pobre", Galeria De' Foscherari, Bolonha; "Contemplação", Galeria Flaviana, Lugano; XIV Trienal, de Milão; "Situação '68", Florença; "Aqui Arte Contemporânea", Roma; Galeria "La Salita": Roma; Studio Arte Contemporânea, Roma; Galeria Nacional de Arte Moderna, Roma: 100 obras de arte italiana, do Futurismo a hoje. Em 1969: Festival Internacional, Cagnes-sur-Mer; Campo Urbano, Como; Charlottenburg 2000, Copenhagen; Galeria Toselli, Milão (Sentença 1). Em 1970: IH Bienal Internacional da Jovem Pintura, Bolonha; Processos de Pensamento visualizados, Museu Arte, Lucerna Conceptual Art/ Arte Pobre/ Land Art, Galeria Cívica de Arte Moderna; Turim; Bienal de Tóquio; Imagem Hoje na Itália, Lecco; "Amor meu", Palácio Ricci, Montepulcianci. Em 1971: "Nova Arte Italiana" - 1953-1971; na Galeria de Arte Walken Li-

de

j

160

)

verpool; Art the M01!lent, Zagabria; "Situação - Conceitos", em Inósbru'k, Kuntzon, Mônaco; VHBienal de Paris; "Persona", Belgrado; Galeria Marilena Bobomo, Bari; Arte Internacional e'Feira de Informação, Colônia; Notas para uma tese sobre o conceito de citação e sobreposição; "GAP" - Studio de Arte Contemporânea, Roma. Em 1972: Bienal de Veneza; Documenta 5, Kassel; FILMPERFORMANCES, Festival dos Dois Mundos, Spoleto; Studio Carioni, Milão; IKl +, Düsseldorf. Em 1973: A pesquisa estética de 1960 a 1970, X Quadrienal, Roma; "ltalia Dois - Arte por volta de 70", Museu de Filadélfia, CivieCenter'; Con_. cílios de Arte da Irlanda do Norte, Belfast; Em 1973-74: Galeria Contemporânea, Roma. Em 1975: "Buscando sempre coisas novas", Anversa; Museu Progressivo, Livorno.

Carlo"'Lorenzetti Carlo Lorenzetti nasceu em: 1934, em Roma, onde vive e trabalha. É titular da cátedra de Plástica, no Inátituto Estadual de Arte, de Roma. Realizou as seguintes exposições individuais: em 1962: Galeria "Topazia Alliata", Roma. Em 1964: Galeria Ferrari, Verona. Em 1965: Galeria La Salita, Roma. Em 1967: Galeria Arco d' Alibert, Roma. Em 1968: Galeria 11 Segnapassi, Pesaro. Em 1969: Galeria Poliantea, Terni; Galeria II Segnapassi, Pesaro. Em 1970: Galeria Flori, Florença; Ga.1eria "Aqui Arte Contemporânea" , Roma; Galeria II Cavallino, Veneza; Galeria Tiziana, Nova Iorque. Em 1971: Exposição individual de escultura ao ar livre, na Praça Margana, em Cura, da Assessoria para as Belas Artes, do 'Município de Roma; Galeria Ferrari, Verona. Em 1972: Galeria La Polena, Gênova; XXXVI Bienal Internacional de Veneza - Aspectos da escultura italiana contemporânea; Veneza; Galeria Primo Piano; Roma; exposição individual de esculturas nas ruas, na cidade de Anghiari. Em 1973: Galeria Primo Piano, Roma. Em 1974: Galeria Gcidel, Roma., Em 1915: Galeria MARCON IV, Roma.


ITÁLIA Participou das seguintes exposiçÕés coletivas: em 1962: Esculturas na cidade, Festival dos Dois Mundos, Spoleto; Exposição Internacional de Escultura, Galeria Toninelli, Milão;S artistas, sobre Roma, na Galeria Toninelli, Milão. Em 1964: Quadros e esculturas da Italsider, Gênova; Mostra Internacional "Arte na Mobilia", Vi1la Reale, Monza; Esculturas em metal, Galeria Cívica de Arte Moderna, Turim; Pintores e escultores de Roma, Festival das Artes Plásticas de Menton. Em 1965: VI Exposição Internacional de Arte do pequeno bronze, no Palácio "deUa Ragione", Padova. Em 1966: XVIII" Expsoição internacional' de arte do Fiorino, no Palácio Strozzi, Florença; Pequenas esculturas, na Galeria Malborough, Nova Iorque. Em 1967: Salão Internacional dos Jovens, na Galeria Cívica de Arte Moderna, Milão; Expsoíção Mundiai de Montreal, Pavilhão Italiano; V Bienal Internacional de Escultura, Cidade de Carrara;IX Bienal Internacional de Arte, de São Paulo; Museu de Belas Artes, de Caracas. Em 1968: VII B,ienal do Mediterrâneo, Alexandria do Egito; Pequeno~ formatos de artistas de sete países", na Galeria do Disque Rouge, Bruxelas; "Revort 2", VI Semana Internacional na Galeria Cívica de Arte Moderna, Palermo. Em 1969: 11 Bienal Internacional do Esporte nas Belas Artes, Madri; V premio de escultura Reno-Tibre, Kunstverein, Colônia; XIX Bienal Internacional de Arte do Fiorino, em Palacio Strozzi, Florença; VII E:xposição Internacional de Arte Gráfica, Europahaus, Viena; I Resenha Intemacional de serigrafia, Varese; I exposição Internacional de Arte Gráfica, Barcelona. Em 1970: Arte e ambiente, resenha internacional de Gráfica, Matera; Gráfica internacional,Comsky Gallery, Los Angeles; XXXV Bienallt;lternacional de Veneza, secção experimental. Em 1971: Bienal Internacional de Arte, XX Premio do Fiorino, Florença; Aspectos da gráfica européia, Ca' Pesaro, na Bienal de Veneza; Prêmio Tibre-Reno, de gráfica, Kunstverein, Colônia; XXXII Exposição Internacional de Arte Cinematográfica, esculturas na entrada do Palácio do Cinema, Bienal de. Veneza. Em 1972: IV Bienal Internacional de Gráfica. Cracóvia; XXXVI Bienal Internacional de Ve-

neza, aspectos da escultura italiana contemporânea. Em 1973: X Exposição Internacional da Gravura, Ljubljana; 11 Bíenal Internaciona.l da pequena escultura, Mutsarnok, Budapest; IV Exposição internacional de arte '73, Basiléia; 111 Mercado internacIonal para a arte internacional~ DüsseldorLEm 1974: V Exposição de arte internacional, Basiléia; V Bienal Internacional da Gravura, Cracóvia; IKI 74, Düsseldorf. Em 1975 :111 Trienal Internacional de arte contemporânea, Nova Delhi; II Bienal Internacional de Arte, Montevidéu. Participou ainda das seguintes exposições nacionais: em 1959: Exposição Ministério da Instrução Pública, Galeria Nacional de Arte Moderna, Roma. Em 1961-1963-1965-1967: Bienal Nacional da arte do metal, Gubbio. 1961-63-1965 - Resenha das artes figurativall de Roma e do Lácio, Roma. Em~962: "Exposição Nacional de desenhos italianos modernos"~ no Centro Olivetti, Ivrea. Em 1963-64-1965-1966 - Prêmio Castelo Svevo, Termoli. Em 1964: Estruturas de Visão, Palácio Torlónia, Avezzano. Em i965: Estruturas visuais· exposição itinerante: nas cidades de Roma, Nápoles,'Florença, Terni; Imagens de espaço, Galeria Feltrinelli, Roma; I Trienal de Arte do Adriático, CivitanovaMarche; IX Quadrienal Nacional de Arte, Palácio das Exposições, Roma. Em 1966: Estruturas Significantes, exposição itinerante, nas cidades de Livoma, Gênova, Turim; Totalidade - unicidade - significado, Galeria L'Ângolo, Sássari; Jovem escultura italianl!" Galeria. Çadario, Milão; Nova escultura italiana, Palácio Capponi, Florença; Nova. escultura italiana,. Galeria Arco d'Alibert, Roma; XVI Prêmio Sassoferrato, Paláclo Oliva. Sassoferrato; XVII Prêmio Avezzano, Palácio Municipal, Avezzano; A Leitura da Linguagem Visual, Castelo do Valentino, Turim; Nova escultura italiana, Galeria La Polena, Gênova. Em 1967: Museu experimental de arte moderna, Museu Cívico, Turim; Convergências, Galeria Cadario, Roma; Prêmio arte .hoje, Galeria Número, nas cidades de Florença e Roma; LVIII Bienal Nacional de Arte, Palácio da Gran Guardia, Verona. Em 1968: VI Bienal Romana, Palácio das 161


ITAuA Exposições, Roma; Desenho contemporâneo de escqJtores italianos, Palácio Sturm,Bassano del Grappa; Exposição as duas situações, Galeria Fiamma Vigo, Roma; Propostas para uma coleção, Galeria 11 Nuovo Carpine, Roma; IH Exposição Mercado Nacional de Arte Contemporânea, Florença; GráfiCa Contemporânea, Galeria Aqui Arte Contemporânea, Roma. Em 1969: Gráfica 69, Galeria 11 Cerchio, Roma; Gráfica as duas situações, Galeria Número, Florença; Tempo 10, Galeria Cadario,Roma; Presenças de esculturas, Galeria Artes Visuais, Roma; Escultores em Roma, Ga.ler ia Arco d' Alibert, Roma; Resenha de arte contemporânea -- Novos matçriais, novas técnicas, Palácio Comunal, Caorle; I Éxposição "Encontro", Rocca Malatestiana, Fano; XIV Prêmio Castelo Svevo, Termoli; Trienal de Arte do Adriático, CivitanovaMarche; 11 Exposição de Arte Gráfica Contemporânea, Pescara; V Resenha doMeio:-·dia, Nápoles; I Resenha da Jóia Artística assinada, Turim. Em 1970: Exposição dos a.spectos dos gráficos romanos, Bu.carest; A escultura e o campo, Seregno; A relação natural, exposição de escultura ao ar livre, Novara; IV Resenha de arte contemporânea, Palácio Comunal, Acireak Em 1971: Escultura italiana contemporânea no centro históricg, Bo~onha; Exposição de gráfic~ contemporânea, Sondrio; Múltiplos, Rocca Malatestiana, Fano. Em 1972: Esculturas eritre o verde, Villa. Chigi, S. Quirico d'Orcia; A Serigrafia, Museu de Roma, Palácio Braschi, Roma; I Resenha Nacional de arte contemporânea, Saint Vincent; O projeto é suficiente, Centro La Cappella, Trieste. Em 1973: X Quadrienal Nacional de Arte, Palácio das Exposições, Roma; Sobre papel, Galeria 11 Segnapassi, Pesaro. Em 1974: Resistência - Liberdade, Galeria Marcon IV, Roma; Esculturas ao ar livre, Hilton, Roma I enCOntro de arte, Palácio Comuna1, Bossico; Esculturas na cidade, Município de Fano; XIX Prêmio Castelo Svevo, Palácio Comunal, Termoli; I Exposição .de Escultura, San Silvestro, :Montecompatri; Direito à Casa Especuladores à Barra, Galeria Spazioarte, Roma. Em 1975: Materiais para um centro público de arte contemporânea, Galeria Comunal de Arte Contemporânea,· Ca162

gliari; Incoart 75, Roma; VIII Bienal de Arte do Metal, GubbiQ.

Eliseo Mattiacci Eliseo Mattiacci nasceu em Cagli (província de Pésaro), em 13 de novembro de 1940. Vive em Roma. Realizou as seguintes exposições individu~is: em 1967: Galeria La Tartaruga, Roma. Em 1968: Galeria L'Attico, Roma. Em 1969: Circo Massimo, Roma; Galeria L'Attico, Roma; Galeria Alexandre lolas, Paris. Em 1970: Galeria L'Attico, Roma. Em 1971: Galeria ToseIli, Milão. Em 1972: Galeria L'Attico, Roma; Bienal de Veneza. Em 1973: Galeria Alexandre lolas Paris· Galeria Alexandre lolas, Milão. Em 1974: Gale;ia Ale~ xandre lolas, Nova Iorque. Participou das seguintes exposições coletivas: em 1961: Galeria Nacional de Arte Moderna, Roma (1.0 prêmio para a escultura); VI Bienal - 1963: VIII Bienal. - 1965: X Bienal (2.0 Prêmio seção artística) - 1967: XII Bienal de Arte do Metal, de Gubbio. Em 1962: Galeri~Na­ cional de Arte Moderna, Roma. Em 1963: IV Bienal de Arte Figurativa, L' Aquila. Em 1965: Quadrienal Romana. ·Em 1967: O Espaço da Imagem, Foligno; 11 artistas dos anos 6Õ·-Festival dos dois mundos, em Spoleto; Bienal dos jovens, Paris; "Espaço e Arte Pobre-;· Galeria La Bertesca, Gênova; (Mattiacci e Pascali) na Galeria de Arte Moderha, Roma; Galleria La Tartaruga, Roma. Em 1968 : Eurodomus, Turim; Bienal de Arte ·Romana, no Palácio da Exposição, Roma; Extra Stadische Museum, Wiesbaden; Arte Pobre e Ações Pobres, Amalfi; Situação68, Florença. Em 1969: VIII Bienal de ArteConú:mporânea, San Benedetto dei Tronto; Prospect69, na Kunsthalle de Düsseidorf; As Duas Naturezas, na Galeria 11 Centro, Nápoles; Os materiais, Aqui Arte Contemporânea, Roma; 12 escultores italianos, Kunstverein, Hamburgo. Em 1970: Terceira Bienal . Internacional (Janeiro de 1970), Bolonha; Museu de Arte de Lucerna; "Situat{on Concepts", em Innsbruk e Viena. Em 1971: Prêmio Trípoli; Arte Italiana, no


IUGOSLAVIA Museu de Liverpool. Em 1972: "ANULADO", Ençontros Internacionais de Arte, -Roma; "Um livro é um livro é um livro", Livraria Arcana, Roma; Galeria Schema, Florença. Em 1973: "A pesquisa estética de 1960 a 1970", Quadrienal de Rofua; "Itália 2, Arte por volta de 1970", Museu de Philadelphia; Galeria La Salita, Roma. Em 1974: "Video", Museum am Ostwall, Dortmund. Em 1975: "Fotomedia", Rotonda di Via Besana, Milão; "Ghenos Eros Thanapos", Galeria De' Foscherari, Bolonha; Diagrama, Milão e La Salita, Roma; Fabro, Kounellis, Mattiacci, Paolini, na Galeria La Salita, Roma; Fabro, Mattiacci, Paolini, Pistoletto, na Galeria Cenobio Visualitá, Milão; "24 horas sobre 24"; Galeria L'Attico, Roma; Preparo de trabalhos, Galeria L'Attico, Roma.

zados, Museu de Arte de Lucerna; Conceptual Art/Arte Pobre/Land Art, Galeria Cívica, Turim; Dois decênios de eventos artísticos na Itália: 1960-1970", Palácio Pretorio, Prato. Em 1971: "Formulação", Galeria Addison de Arte na América, Philip Academy, Andover, Massachussetts; Arte Pobre, Kunstverein, Môna- co; VII Bienal de Paris. Em 1972: Documenta 5, Ksasel, Em 1973: X Quadrienal Nacional de Arte, Roma; 8 Artistas Italianos, Galeria "MTL ART & PROJECT" , nas cidades de Bruxelas e Amsterdam; Arts Council GalIery; Belfast. Em 1974: "Project 74", KunsthalIe, Colônia.

Luca Patella Luca Patella nasceu em Roma, em 30 qe janeiro de 1934, onde reside e trabalha.

Giuseppe Penone Nasceu em Garessio em 1947, vive e trabalha em Turim. '.\

Realizou as seguintes exposições, individuais : em 1968: Depósito Arte Presente, Turim. Em 1969:Galeria Sperone, Turim. Em 1970: Aktionsraum, Mônaco; Galeria Toselli, Milão. Em 1971: Encontros Internacionais, Roma. Em 1972: Galeria Paul Maenz, Colônia. Em 1973: Galeria Paul Maenz, Colônia; Galeria Toselli, Milão; Galeria Sperone, Turim. Em 1974: Galeria Sperone-Fischer, Roma; Galeria Venster, Rotterdam; Galeria Schema, Florença. Em 1975: Galeria Paul Maenz, Colônia; Galeria Sperone, Turim; Saman Gallery, Gênova; Galeria Sperone, Nova Iorque. Participou das seguintes exposições coletivas: em 1969: Prospect 69, Kunsthalle, Düsseldorf; Arte Conceitual, no Museu de Arte de Leverkusen; Mostra das Galerias de Tendência, Módena. Em 1970: Bienal da Jovem Pintura - "Janeiro 70", Bolonha; X Exposição de Arte Internacional do Japão, "Entre o homem e a matéria", Galeria de Arte Metropolitana, Tóquio; "Fotografia criativa", Centro "La Cappella", Trieste; "Informação", Museu de Arte Moderna, Nova Iorque; Arte e Crítica 70 - Módena; Processos de pensamento visuali-

Fez estudos clássicos e artísticos, tambéin sob a direção de S. W. Hayter, em Paris. Freqüentou cursos científicos, sobre a concepção química-estruturai-eletrônica, com R. Riesz, em Montevidéu, e cursos de estudos psicológicos com ~. Bernhard. Artista pesquisador, utiliza e inventa vários mcios expressivos(psicologia, . relatórios, textos, fotografias, testes, aulas,colóquios, filmes, outros meios de proj.eção, "performances", ambientes':'gráfica, meios sonoros ...). Realizou as seguintes exposições individuais: Galeria, Alibert, . Roma, 1961; Calcografia Nacional, Roma, 1967 (projeções); Galeria L'Attico, Roma, 1968 e 1969; Clube Novo Teatro, Milão, 1969 (filmes); Galeria Na cional de Arte Moderna, Roma, 1969 (filmes); Galeria Nacional de Arte Moderna, .Roma, 1970; Filmstudio, Roma, 1970;Centro Apollinaire, Milão, 1971; Encontros Internacionais de Arte, Roma, 1972; Encontros Internacionais de Arte, Roma, 1973; Galeria Seconda Scala, Roma, 1973; Galeria L'Attico, Roma, 1974; CastelIo Svevo, Bari, 1976; CAYC, Buenos Aires, 1976; Museu I.C.C., Antuérpia, 1976. 163


ITALIA Participou das seguintes exposições coletivas: XXXIII Bienal Internacional de Arte de Veneza, 1966; VI e VII Bienal Internacional de Tóquio e Kyoto, em 1966 e 1968 respectivamente; VII Bienal de Ljubljana, 1967; VI Bienal de San Marino, 1967; V Bienal de Paris, 1967 (onde obteve um prêmio internacional para Cinema e Fotografia); Mostra Internacional do Cinema, de Veneza, 1969 (premiado na secção experimental); "Conceito de Arte, da Europa", nas cidades de Nova Iorque, Rio e Buenos Aires; "Informação", Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, 1970; "Nova Arte Italiana", na Galeria de Arte Walker, Liverpool, 1971; XXXVI Bienal Internacional de Arte, de Veneza, 1972 (O Livro como lugar de pesquisa); X Quadrienal Nacional de Arte, Roma, 1973 (expõe e toma parte da Comissão coordenadora da exposição); Italia 2, Phildelphia,1973; "Photomedia", Museu am OstwalI de Dortmund,1974; "Video Arte", em Lausanne e Bruxelas, 1974; "Encontro Internacional sobre Video", Paris, 1975; "Jovem arte italiana·", no Mseu I.c.c., Antuérpia, 1975; "24 horas", Galeria L'Attico, Roma, 1975; "Artevideo", Rotonda della Besana, Milão, 1975; "Fotomedia", Rotonda della Besana, Milão, 1975; "Arte sociológica", Vaduz-Lund-Bruxelas-Buenos Aires, 1975-1976; "Didática", Modigliana, em Forli e Turim, 1975; "Falar e escrever", La Tartaruga, Roma, 1975; "24'horas sobre 24", Galeria L'Attico, Roma. Conquistou os seguintes prêmios: Bienal Internacional de Paris, 1967; Mostra internaCional do Cinema (seção experimental), Veneza, 1969; Prêmio Pascali para 1975. Obras de Luca PatelIa se encontram, entre outros lugares, em: Museu de Arte Moderna, Nova Iorque; Galeria Nacional de Arte Moderna, Roma; Museu Cívico, Cagliari; Museu da Universidade, Parroa.

Michelangelo Pistoletto Nasceu em Biella, em 1933. Re'alizou as seguintes exposições individuais: em 1960: Galeria Galatea, Turim. Em 1963: Galeria Galatea, 164

Turim. Em 1964: Galeria Ileana Sonnabend, Paris; Galeria 11 Leone, Veneza; Galeria Sperone, Turim. Em 1965: Ideal Standird, Milão; Galeria Friedrich, Mônaco.Em 1966: Centro de Arte Walker, Minneapolis; Galeria Il Leone, Veneza; Galeria Sperone, Turim; Galeria La Bertesca, Gênova. Em 1967: Galeria Zwirner, Colônia'; The Hadsofl Gallery, Detroit; Palácio de Belas Artes, Bruxelas; Galeria del Naviglio, Milão; Galeria Ileana Sonnabend, Paris; Galeria Kornblee, Nova Iorque; Galeria Sperone, Turim. Em 1968: Galeria L'Attico, Roma; XXXIV Bienal de Veneza. Em 1969: Galeria Kornblee, Nova Iorque; Museu Boymans van Beuminghen, Rotterdam; Badischer Kunstverein, Karlsrhue; Galeria de Arte Albright Knox, Buffalo. Em 1970: Modern Art Agency; Nápoles; Galeria Dell' Ariete, Milão; Galeria Sperone, Turim; Em 1971: "PLAGIAr', Galeria Sperone, Turim (juntamente com Pisani); "PLAGIAT" , Galeria La Salita, Roma. Em 1972: "PLAGIAT", Kunstverein, Frankfurt; Galeria TonineUi, Roma. Em 1973: "PLAGIAT" , Galeria Malborough, Roma (juntamente com Pisani); Galeri"..,bell' Ariete, Milão. Em 1973/74: Kestner Gesellschaft, Han., nover. Em 1974: Galeria Gunther Sachs, Hamburgo. Participuu das seguintes exposições coletivas :.em 1958: É agraciado com o II Prêmio San Fedele. Em 1959: Morgan's Paint, Rimini; II Bienal de San Marino; Coletiva na Galeria Lorenzo Delleani, BieHa. Em 1961: III Bienal de San Marino; Centro Olivetti, "Jovem Pintura no Piemonte", Ivrea. Em 1962: Concorre ao Prêmio Fiorino, em Florença e ao Prêmio Alfieri, em Asti. Em 1963: Concorre ao Prêmio Ramazzotti, em Milão; participa da exposição "Aspectos da Arte Contemporânea", na cidade de L'Aquila e da exposição coletiva "Desenhos" na Galeria Ileana Sonnabend, em Paris . .Em 1964: Exposição "Novo Realismo", Gementemuseum, Den Hoog; "Figuração e desfiguração, a figura humana após Picasso", no Museu de Belas Artes de Gand; "Mitologias cotidianas", Museu de Arte Moderna de Paris; "Novo Realismo Pop Art", "Museu dos 20", Jahrhunderts, em Viena; Prêmio Ramazzotti, Milão; Carnegie International, Pittsburg. Em 1965:

e


ITÁLIA

Lunds Kunsthalle, de Lund; "Novo Realismo e Pop Art", Academia da Arte, Berlim; "Pop Art. Novo Realismo", Palácio das Belas Artes de Bruxelas; "Além do Realismo", Galeria Pace; Nova Iorque; V Bienal de San Marino; "Pistoletto, Dorazio e Fontana", na Galeria Friedrich, de Mônaco; "8 pintores italianos", na City Gallery de Zürich; "Pop", Galeria Sperone, Zürich. Em 1966: "O objetO transformado" ,Museu de Arte Moderna de Nova Iorque; XXXIII Bienal de Veneza; "Aquisições recentes", Museu de Arte Moderna de Nova Iorque; "Arte habitável", Galeria Sperone, Turim. Em 1967: IX Bienal de São Paulo (foi agraciado com um prêmio); VI Bienal de San Marino; "O espaço dos elementos", Galeria Attico, Roma; "O espaço da imagem", Foligno; "Arte Pobre", Galeria De' Foscherari, Bolonha; Detroit Institute of Arts, Detroit; "Contemplação", Galeria Sperone, Turim; Bienal dos Jovens, Museu de Arte Moderna de Paris. Em 1968: IV Docu.menta, Kassel; "Pintores europeus, hoje", Palácio das Artes Decorativas, Paris; "Arte Pobre", Amalfi; "Pintura e escultura italiana recente", Museu Hebráico de Nova Iorque. Em 1968: "A observação da imagem " , ICA, Londres; "O percurso", Galeria Arco d'Alibert, Roma; "Arte Pobre", Centro Arte Viva,

Trieste; "Opções", Milwankee Art Center, Chicago; "Imagens Humanas", na Kunsthalle, de Darmstadt. Em 1969: "5 artistas italianos", Karlsruhe; "Pintores europeus, hoje", no Museu Hebráico de Nova Iorque; "Warhol -PistOletto", The New Gallery, Cleveland, Ohio; "Pintores Europeus, Hoje", Coleção Nacional de Belas Artesde Washington; "Quando as atitudes se tornam formas", Kunsthalle, Berna; Exposição "Mercato", Florença; Prêmio da Crítica, Palácio das Belas Artes, Charleroi. Em 1970: Bienal de Bolonha; Processos de pensamento visualizados, Museu de Arte de Lucerna; Land Art/ Arte Povera/ Arte Conceitual, Museu de Turim; Centro La Cappella, Trieste; Mochetti, Piacentino, Pistoletti, na Galeria Toselli, Milão. "Informação", no Museu de Arte Moderna de Nova 'Iorque; "A visualidade do negativo", Palácio das Exposições, Rom.a.Em 1971: Resenha de pintura italiana, Museu de Arte Moderna da Cídade do México; "lI italianos de hoje", Museu Ostwall, de Dortmund; Salvo, Paolini, Pistoletto, na Galeria Notizie, Turim; "Arte Povera " , Kunstverein, Mônaco; EXPERIMENTA, Kunstverein, Frankfurt; Persona, Bitef - Belgrado. Em 1975: I Bienal de Arte da cida de de Imperia (Pinacoteca Cívica} 13 de abril-18demaib.

Carlo Alfano 1.

Fragmento de um auto-retrato anônimo N.o 1, 1969. acrílico sobre tela e neon 200 x 440 em

3.

Cromogramas, 1970-74. placa

33 x 33 em

Aligitiero Boetti Getúlio Alviani 2.

Cromagem espectrológica, 1970-74. placa 55 x 260 em

4. História Natural da multiplicação. 1975. esferográfica sobre papel quadriculado 74 x 103 em (11 painéis) .

165


ITAuA

Francesco Clemente 5. Sem título, 1975. fotografias sobre painel 150 x 210 em

Luciano Fabro 6. A Itália de ouro, 1971. bronze dourado 91 x 42 em 7. Cada ordem é contemporânea de qualquer outra ordem, 1972-73 serigrafia 92 x 71 em

Carlo Lorenzetti 8. Roxo-preto, 1974. serigrafia 75 x 50 em 9. Pasta com 5 serigrafias em relevo, 1975. serigrafia 52 x 50 em

Eliseo Mattiacci 10. Obra 1975, 1975. a) Madrugada, dia, pôr-da-sol, noite. aço, cristal, cobre, ferro 100 x 100 em b) Substituir-se com uma parte do artista - ação fotos

166

c) Refazer-se - ação. tábua com lama e fotos d) Pensar o pensamento - ação. mesa e cadeíra em calque de alumínio, atadura engessada, chapa de cobre e ponta de incisão fotos

Giuseppe Penone 11.

32 pelos. gesso e projeção de diapositivos 29 x 31,5 em

Luca Patella 12. Árvores falantes e perfumadas, 1971. árvore (2) 300 ir 160 em

13. Mar assinado, 1965: tela fotográfica colorida em cor verde água 176 x 137 em

MichelangeJo Pistoletto 14. Garota com garrafinha plástica, 1974. serigrafia sobre aço inoxidável 230 x 125 em 15. Perigo de morte, 1974. serigrafiasobre aço inoxidável 125 x 230 em 16. Homem com chapéu de palha, 1974. serigrafia sobre aço inoxidável 230 x 120 em


IUGOSLAVIA Exposição organizada pda "GakriJt.: Grada Zagn:ha" Comissário: Mari;an SusO\'ski

Apn:st.:ntando-st.: com uma St.:rJt.: significativa dt.: suas no"as tapt.:çarias na Bit.:nal clt.: São Paulo, Jagoda Buic adquirt.: a· rt.:putação dt.: artista qut.: .... como a polorit.:sa Magdakna Ahakanowicz coloca-se à testa da ressurreição da tapt.:çaria, que essas duas artistas n:conduziram à sua origem, transformando radicalmente a concepçã() e a função desta disciplina. Seu papel nesta ressurn:ição í: deomonstrado,' segundo Jean Luc Daval, tanto pelo valor expressivo de suas obras, quanto pela audácia t.: a claraa de sua técnica. ' A brt.:vt.: aventura de nossas reflexões diante da obra de Jagoda Buic só pode reforçar observações desse tipo. Tomando algumas características essenciais, mais exatamente inovações, que Jagoda Buic introduziu em sua obra .:.... comparando-as como fatores independentes no plano das relações dialéticas da equação única da significação e da expressão - poderímos perceber mais facilmente o fundo e o valor de sua ·obra. A artista abandona, de início, a concepção tradicionalista da tapeçaria como quadro tecido ou tradução de quadro. Enquanto que a maior parte daqueles que trabalham em tapeçaria faz cartões ou transporta tdas (no caso de ' pintores) mediante a técnica de tecelagem com material de lã, Jagoda Buic quer assegurárà tapeçaria o valor e o prestígio de uma disciplina autônoma, con-

testando sua categoria de simpks irmã da pintura. AlélTI do mais, não se trata, aqui, de uma obra que se integra num t.:spaço pré-t.:staht.:kcido t.: ft.:chado como era o casoda antigatap<:çaria qu<: s<: incluía no ambi<:nr<: dos salõ<:s <: galt.:'·ias nus dt.: ohra qut.:, st.:ndo imaginati,·;t t.: fundada r:m s<:us próprios rt.:cursos técnicos, não é uma imitação d<: alguma OUtra coisa, da ohra cujo t<:or específico consistr:' ;ustam<:nt<: no empr<:go lógico do material bruto, na pr<:qominância do valor t.:xpr<:ssi\'o sohre a função aplicada decorativa, qut.: é hahitualm<:lltt.: a mais importantt.:, quando st.: trata dt.: tapt.:çaria-quadro. Isto não significa, no entanto, que t.:sta ohra careça dt.: possibilidade de integração. Ao contrário, pode-se facilmente imaginá-Ia na ambiência rústica, aberta t.: clara, construída em madeira, tijolo, cimento ,e vidro; tanto quanto no espaço dos vestíbulos ou sob as arcadas dos velhos edifícios de tijolo e pedra. Istó significa ~omente que esta obra é extremamente difer<:nte, numa palavra - bem anti-tradicional. Porque, contestando essa tapeçaria-quadrq, Jagoda Buic contesta tam bém a concepção da parede como lugar sagrado, a da destinado. Desse modo, a grande parte das tapeçarias não é prevista para a superfície plana da parede, mas para o volume tridimensional do próprio espaço; não é, portanto, plana, mas sinuosa; não está estendida sobre a

167


IUGOSLÁVIA superfície, mas propaga-:-se em relevo no espaço que ela circunda e encerra com suas dobras e pregas, rupturas e ligações curvas. Trata-se de uma regulação moderna do espaço, do "acontecimento", do meio-ambiente. As qualidades que a nossa visão e nosso racionício podem captar, evidenciam que não se trata nem de pintura, nem de relevo, nem de escultura; mas de uma forma de expressão - é uma tapeçaria original - muito autêntica. A autenticidade e a clareza da tapeçaria como ato criativo autônomo, demonstra-se em primeiro lugar na perfeita harmonia entre material e técnica, -a lã e a tecelagem. A independência da pareCle e a adoção da terceira dimensão, a recusa da descrição dos motivos tomados da natureza ou da lembrança, caracterizam o valor fundamenta~ deste ato criativo, seu caráter autêntico e sua expressão autônoma. "Tudo começa pelo fio" - diz Jagoda Buic. É bem o fio, fio de lã bruta, dobrado ou decuplicado, retorcido em alamares ou mesmo em grossos cordões que formam ornamentos ou que flutuam em franjas - é ó material que constrói o ritmo e a estrutura desta tapeçaria. A técnica de tece,.. dura espessa corresponde a esse material, e inversamente; a uniformidade da trama se alterna com as partes rítmicas de ornamentos em relevo, com rupturas e texturas diferentes - a superfície é muitas vezes perfurada e o desenho desta perfuração sugere o espaço iluminado "por de trás", marcando sua integração e a concepção essencial do objeto no espaço. Por conseguinte, este procedimento é função da expressão - já frizamos que não se trata de obra destinada necessariamente à parede ou espaço físico pré-estabelecidos, como seu suplemento decorativo. Função de uma expressão excepcional e dramática, forte e original, que se inpira na arte popular e em seus mitos do passado. Transposta, esta expressão integras-e na corrente das pesquisas atuais abrindo-se facilmente para o futuro, para a aspiração pretendida, para o fundo do essencial,_ do original e do simples. O arquétipo da forma dessas tapeçarias é, também, uma conseqüência do material utilizado, da técnica e da tecedura, do impulso visio168

nário na descoberta do fundamental. É por isso que elas se assemelham, por vezes, aos enormes pássaros notur-nos e às grandes borboletas, por vezes sugerem objetos quase utilitários de um velh-O passado rústico, ou ainda, evocam as vestimentas misteriosas dos gigantes que povoam os contos populares_ A cor reforça a expressividade desta obra. Esta cor se adapta bem ao material, à técnica ê à visão artística; ela é, habitualmente, dos tons naturais do material bruto - lã preta, branca ou escura, _por vezes com reflexos vermelhos e castanhos. Além de duas séries, branca e preta, Jagoda Buic, criou um ciclo vermelho de suas tapeçarias; essa tripla harmonia: preto-branco-vermelho, friza o caráter monumental de sua arte, e particularmente sua tendência de captar a natureza do essencial: trata-se de sinais do essencial, sinais expressivos e penetrantes que, com suas consonâncias e significados, tendem a preencher o espaço. A cor completa essa expressão e conclui a cenografia de uma expressividade dramática, sombria e difícil, que, por seu lado e a seu modo, testemunha a experiência humana sobre a vida e a morte. Falando da expressividade desta tapeçarta, falamos, de fato, de suas emanações. Para falar dessas emanações, da impressão que a obra de Jagoda Buié nosdes~pêrta, insinuando tantas recordações e pressentimentos, quanto imagens, seria preferível recorrer ao poeta, a Jure Kastelan, que escreve: "Nos corredorel> destas inquietudes o sol não se põe, esse labirinto ê il~minado, é sombrio de luz. Esses espaços não escondem nem fantasmas, nem quimeras. Aqui há solidão e frescas chuvas de montanhas. E festas razoáveis. E sonhos. E pedra, que não é de pedra. E uma mão que deixa sua inscrição firme e segura, que transforma a fuga'cidade do tempo em formas." Sim, há tudo isto, mas acima de tudo esta última - esta mão que, por ser guiada por uma inteligência técnica excepcional ao mesmo tempo qu-e por uma força intuitiva igualmente excepcional -- soube transformar o tempo e o destino do homem em forma visual. Miodrag B. Protic


IUGOSLÁVIA

Jagoda Buié Nasceu no dia 14 de março de 1930., em Split. Fez seus estudos na Academia de Artes Aplicadas e de História da Arte, em Zagreb, e freqüentou os cursos da Seção de Cenografias e Costumes de Cinecittá, em Roma. Diplomou-se na Academia für angewandte Kunst em Viena. em 1954. Desde 1954, ocupa-se intensamente de cenografia e .. costumes" de teatro e de desenho industrial. Em 1962 começa a abordar a tapeçaria, realizando estruturas monumentais, em relevo e em três dimensões. Realizou as seguintes exposições individuais: na cidade de Split, em 1964; em Dubrovnik e em Osijek, em 1966; em Belgrado e em Subotica, 1967; expõe em Buenos Aires, no Centro de Artes Visuais Torcuato di Tella, na

Jagoda Buic 1. Cercanias pretas, 1975. formas, flexões, continuidades pelo de cabra e sisal alto cadilho 350 x 750 x 250 em (7 elementos) 2. Formas móveis ao vento e à água, 1973. sisal e fibra vegetal alto cadilho 350 x 140 em

3. Reflexos brancos; 1974. lã alto cadilho 250 x 300 em

Galeria Knoll International e na cidade de Dubrovnic, 1968; na Galeria Knoll International de Frankfurt, 1970 ; na Galeria Vladimir Nazor em Zagreb, 1971; na Galerie de l'Espace Pierre Cardin, em Paris e também nas cidades de Dubrovnic, Split e Ljubljana, 1972; na "Association des Architectes", Maison d'Iran, em 'Lausanne, na Galeria Alice Pauli, em Bordeaux, com figurinos da peça "Macbeth" e em Montreal em "Le Carrefour des Arts", em 1973; realiza importante exposição de suas tapeçarias. em Paris, no Musée d'Art Moderne, em 1975. Participou de inúmeras exposições coletivas, desde 1955, . entre as quais: IX Bienal de São Paulo em 1967; XXXV Bienal de Veneza, em 1970.

4. Vermelho com brio IH, 1975. pelo de cabra - alto cadilho 280 x 260 em 5 .. Estrutura 75~ 1975. sisal e pelo de cabra técnica livre 300 x 250 em 6.

Composição, 1975. pelo de cabra e sisal técnica livre 250 x 280 em

7. Desenhos. 1975.

169


J.APÃO Exposição organizaga pela "Japan Foundation - Kokusai Koryu Kikim". Comissário: Yusuke Nakahara

A . invenção da gravação visual em fita magnética ou "video-tape" revolucionou imediatamente o nosso pensamento a respeito da televisão, que até então era somente a transmissão unilateral das imagens. Agora, com o "video-:-tape", qualquer um pode transmitir cenás e pessoas em movimento, causando a transferência inevítável do cinema amador em nossas casas (home 1I'J()vie) para esse novo meio de comunícação. No entanto, por causa de preços não muito modestos, o uso de máquinas vídeo não se tem popularizado ainda; não há dúvida, porém, que dentro em breve o uso se intensificará. Correntemente, o maior entusiasmo pelo uso desse novo sistema vídeo se encontra no meio dos artistas. Mesmo no Japão, o interesse pelo uso dessa máquina entre os artistas jovens intensificou-se durante esses últimos anos, resultando em várias exposições individuais tanto como em grupo. Todavia, não é justo concluir pelos fatos até agora mencionados, que todas as obras usando o método vídeo sejam imediatamente consideradas obras de arte. Isto porque apesar da Arte ser uma noção abstrata, não pode escapar dos precedentes históricos, e em considerar todas as obras de vídeo como Arte, corremos '0 risco de reduzi-las a uma nova forma· de expressão.

170

Podemos aceitar obras de vídeo como. obras de arte, mas isto não é o mesmo que considerar qualquer obra de vídeo como Arte. Há fotografias que são consideradas obras de arte, mas à fotografia não se limita em ser somente Arte. O mesmo acontece com o vídeo. Preferivelmente, o vídeo deve ser emancipado das restri.ções da Arte, e relacionar-se com ela, como uma de suas funções. O vídeo tem facilitado o "feedback" da imagem, que é um efeito original, impossível ao filme. Atravês do "feedback", relacionam-se as nossas funções subjetivas de quando vemos um objeto, e as nossas funções objetivas de quando somos vistos, possibilitando a objetivação do próprio mecanismo visual. Portanto, o vídeo nos oferece a possibilidade de iluminar a arte visual por um novo ângulo. . Katsuhiro Yamaguchi e Keigo Yamamoto são dois artistas que no Japão foram os primeiros a se interessar pelo sisteina vídeo. Porém, o ponto mais característico que eles têm em comum, é o grande interesse pelovídeo, não somente como um novo método de expressão, mas como um sistema pelo qual a função do "ver" foi colocada em um novo foco, O artista Katsuhiro Yamaguchi apresenta dois de seus estudos. Um deles é um estudo da paisagem de uma


. JAPÃO pintura, vendo-a em reposiç~es através do equipamento vídeo com quatro televisores e câmaras.

o outro é um estudo da relação entre o pintor e o

modelo, isto é, entre quem vê a pintura e quem é visto nela usando o sistema vídeo, com câmara e televisor, par; ver e rever a obra de Velázquez intitulada As Meninas. Como já devem ter notado, esses dois estudos têm como propósito, sistematizar a relação entre a imagem e a visão· ao observar uma pintura. O artista Keigo Yaniamoto, por· sua vez, tenta nos conscientizar, através do esquema do jogo vídeo, sobre a imprecisão da nossa percepção visual. Para isso utiliza a assimetria da imagem reversa do televisor. Através dos jogos "GOMOKUNARABE" e "CÓPIA" não podemos deixar de notar a dificuldade surpreendente que existe em perceber e depois reproduzir visualmente. Esses seus jogos tentam realmente sistematizar a peN:epção visual e o "feedback" que é nada mais que a nossa própria reação como espectadores. Os dois estudos do artista Yamamoto estão relacionados intrinsecamente com a estrutura da percepção visual. Ambos estudos dos dois artistas acima mencionados, possuem a característica de induzir o espectador dentro do sistema. IstQ é, o espectador é capturado no meio da relação entre o "ver" e o "ser visto". Imitando a célebre frase de Shakespeare em Hamlet, podemos dizer que: "ver ou ser visto, esta é a questão". Apesar de ambas as criações de Yamaguchi e de Yamamoto serem bastante sofisticadas, penso que são importantes indicações das grandes possibilidades no uso do sistema vídeo e da televisão. Mas, não passam de ser uma, ou talvez duas, das inúmeras possibilidades ainda existentes. A minha· razão em apresentar os estudc;>s dos artistas Yamaguchi e Yamamoto nesta Bienal de São Paulo é, porque.a Bienal é uma exposição de Arte, e também porque creio que as obras destes dois artistas estão in-

trinsecamente rçlacionadas à arte visual. Isto é, essas obras são ·um êomentário artístico usando o sistema vídeo e tele~isqr, mÍl desenvolvimento que creio próprio de ser chamado uma espécie de "META-ARTE". Iusuke Nakahltra

Katsuhiro· Yamaguchi. Nasceu em Tóquio em 1928. Graduou-se na Universidade Nipon, em Direito, em 1951, efetuando pesquisas e estudos com Shozo Kitashiro no mesmo ano. Destacam-se entre suas exposições individuais: Primeira exposição, Vitrine (trabalhos de vidro), na Galeria Matsushita, em 1952; Galeria Takemiya, em 1953. Participou das seguintes exposições coletivas: Primeira exposição japonesa Independente, por Yomiuri, 1949; Exposição Abstrato e Ilusão, no MUseu Nacional de Arte Moderna de Tóquio, em 1953; Exposição da Arte Abstrata Japonesa e Americana, no Museu Nacional de Arte Moderna de Tóquio, em 1954; Exposição dos trabalhos Vitrine na Galeria Wako, Exposição Artistas de Hoje 55 - Olhos Vazios - Vitrine n.o 28 e outros sete no Museu de Arte Moderna da Prefeitura em Kariaga. wa, e Exposição do Grupo Clube de Arte Número 7, na Galeria Sato, em 1955; Sétima exposição de Trabalhos Selecionados, A transição da Noite, Vitrine n.o 46, em 1956; Participação no Grupo de Escultura Contemporânea, em 1960; Terceira exposição do Grupo de Escultura Contemporânea, La Set, em relevo, em 1962; Exposição de Arte Tri-dimensiodal na Galeria Akiyama, Exposição '65, com Minami Iada, em Fuugetsudo, Exposição Artistas de Hoje no- Museu da Cidade de Yokoh~a, em 1964; Primeira exposição da Escultura Japonesa Contemporânea - Projeto Rendez-Vous - a força constrangedora, Exposição de pinturas e esculturàs no Novo Japão no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, em 1965; Sétima exposição de Arte Contemporânea Japonesa, Em relação ao C, 1966; V Exposição Internacional de Escultura no Museu Guggenheim, 1966; XXXVIII Bienal de Veneza, Primeira exposição 171


JAPÃO de Esculturas Contempodneas de Suma, na Galeria Suma Mobile em Kobe, em 1968; Exposição de Arte Contemporânea Japonesa, Exposição Internacional de Arte Cinética - Electro Magic 69, Exposição de Arte Contemporânea Japonesa - Crisântemo Fluorescente, no Instituto I.C.A. em Londres, em 1969; Exposição de Arte na Expo '70, Natureza Morta - Apocalipse n.o 1, em 1970; Formação do Grupo Vídeo Hiroba, Exposição de Video-Comunicação Faça-o Você Mesmo, com e:quipamento, com o trabalho Video Evento - Coma, Exposição do Video Japonês e Americano - Semana Video, 1972; Exposição da Arte Contemporânea Japonesa, O Panorama de Vinte Anos de Arte Contemporânea, Exposição de Arte ao Computador, Video-Retrato, em 1973; Expresso Video, Exposição de Video em Tóquio e N.ova Iorque, 100 pés de fihnes - Festival Exposição Internacional de Arte no Japão _- Exercício de Video, las meninas, Exposição de Video Japonês na Universidade: de Santa Clara, Festival Media da Nova Música, Festival de Jogo dos Videos de Karuizawa, Festival de Arte Japonesa em Vancouver e Montreal, Exposição de Arte - Computador 74, Conceptrip, Viagem e E.rpiral: Show de Video na Universidade de Pennsylvania, Show de Video Forma Contemporânea, '74; Exposição de Arte Contemporânea no Museu da Cidade de Yokohama, Exposição da Arte Contemporânea Japonesa nos Países Escandinavos, em 1974; Exposição Panorâmica da Arte Contemporânea no Museu de Arte de Seibu, Exposição O livro como objeto; em 1975. Recebeu os prêmios: IV Exposição de Arte Contemporânea em Nagaoka, Grande Prêmio, em 1967; Prêmio do Museu NaCional de Arte Moderna de Tóquio, e:n 1968; Primeira Exposição Internacional de Escultura Contemporânea em Hakone; Os Declives na Paisagem, Prêmio para .. exc~lência de .seu trabalho, em 1969. É autor do livro Teoria Amorfa da Arte, publicado em 1967 pela Editora Gakugei. Atividade ampla desde a pintunl, escultura, até vídeo. Tendo como obras principais: Vitrine, pintura original utilizando o vidro; Relevo, usando a tela de arame; 1'7".

Escultura-colagem de tela, saco de juta e haste de ferro; Escultura luminosa, com -a forrie de luz dentro do objeto de acrílico; Relevo albóreo, chapa de metal com imãs; Evento-v/deo, usando câmara vídeo; e outros mais.

Também ativo na planificação e construção de uma estação vídeo, na pesquisa do vídeo para a comunicação local, em decoração, e em cenário teatral. O MEIO DE COMUNICAÇÃO E O TEMPO REAL (circulação infinita da imagem) Há sempre o que aprender. Sentado no teu lugar predileto, nada deve separar-te da mesa de poesia. Revela imediatamente teus pensamentos espontâneos, neste momento real não podes hesitar. Pois se deixares dissipar este tempo precioso, esse momento não há de voltar. (Da obra de Basho.) " Um verdadeiro exemplo da busca da vida no tempo real surgiu primordialmente nesta época de Basho e sua poesia de forma renku. Assim como a tecnologia criou o produto, a imagem real foi criada pelo meio de comunicação. Assim como a técnica não deixa de se aproximar infinitamente da natureza, ·0 meio de -comunicação também não deixa de se aproximar infinitamente do ser humano.

o

realismo que concebemos artificialmente até agora é somente uma técnica de cópia manual e exata dos 'objetos modelos. O mesmo acontece no que se refere ao emprego de palavras, e à retratação em quadros. Mas o realismo de agora em diante será alcançado por uma nova forma de tempo imediato. '--As informações que temos do passado e a imagem e os projetos futuros estão todos cristalizados dentro do


JAPÃO tempo real. Não podemos .esquecer que possuímos a opção de escolher o melhor meio para a concretização de nosso alvo. Se formos escolher agora um meio de comunicação, optaremos pelo meio eletrônico, porque só esse meio tem possibilidades de acomodar a urgência global e física de toda a humanidade,

o

meio eletrônico sempre possui uma transcendência natural que pode criar os mesmos fenômenos naturais como a micro-vibração da luz, o movimento da atmosfera, a mudança da temperatura, e a variação da um idade. A nossa cultura poss~i uma hierarquia de meios devida à sua fisiologia complexa. Cada meio diferente constrói umas. das camadas da nossa cultura. A cultura é o mecanismo que o homem escolheu dutanre a ~ua socialização, e é também um elemento necessárlO para a manobra do meio. A técnica de comunicação por meio eletrônico está atualmente transformando as nossas vidas. Portanto, o artista precisa extrair esse novo mecanismo do tempo real. O teste que segue é uma breve apresentação utilizando a máquina vídeo, do mecanismo deste meio de comulllcação.

Vídeo-exercício n.o 1: Sobre As Meninas de Velásquez, 1975. O motivo inicial desta obra de Velázquez foi retratar. a Rainha Margarita, no entanto, o verdadeito tema me parece ser algo diferente. O tema me parece ser o próprio mecanismo do meio de comunicação que foi utilizado neste quadro. A estrutura desta pintura não é tão simples como a de Cézanne por exemplo. Nela estão incluídas a relação entre o pintor e o modelo, e a relação entre o pintor e o espectador. É óbvio que Velázquez estava tomando em considera-

ção, enquanto pintava a sua obra, o impacto e a rea-

çãô que causaria aos seus espectadores. Na época desta pintura, o rei e a rainha eram os espectadores principais que o artista teria que considerar. Mas na nossa época, todos nós tornamo-nos espectadores. Usando o método NEKO, fiz um facsímile da pintura de Velázquez, mantendo as suas dimensões originais. Depois, usando uma câmara vídeo, filmei vários personagens deste facsímile, e os reproduzi numa tela monitora em frente da réplica. Na primeira etapa deste método de comunicação, o facsímile da pintura e a respectiva reprodução na tela monitora são mostrados aos espectadores. Depois, usando uma outra câmara vídeo, filmei os espectadores e a tela monitora da primeira etapa. Este filme é então colocado numa segunda tela monitora. Os espectadores experimentarão então,oacontecimento do tempo real quando olharem a réplica da pintura, na primeira tela monitora, e na segunda tela monitora simultaneamente. De uma coisa substancial, a pintura de Velázquez passa a ser um objeto informativo. E os personagens da pintura, incluindo o próprio autor, passam a ser através do meio eletrônico, um fenômeno ao vivo. Isto é possível porque os espectadores que participam deste meio eletrônico, são também um fenômeno ao ao vivo.

Keigo Yamamoto Nasceu na Prefeitura de Fukui em 1936. Graduou-se na Universidade de Fukui, em 1958. Reaiizou as seguintes exposições individuais: A Terra O processo mitológico - seriado, na Galeria Muramatsu,. Tóquio, em 1970; Ação e Repetição, seriado para o vídeo, na Galeria-16, Tóquio, em 1972. Participou das seguintes exposições coletivas: Exposição "Alice no país das maravilhas", Galeria T~quio, em 1967; XII Exposição Mainichi, na Companhla Jor-

173


JAPÃO nalística Kyoto Mainichi e Departamento Daimaru de Negóc:ios, Exposição da III Competição para Bolsas de estudos para a França, no Museu de Arte Municipal de Kyotó, Exposição "Espaço Contemporânea '68", com o trabalho LII~ e Mtio-Amhiente, no Departamento de Negócios Sogo, em Kobe, Exposição "Tendências na Arte Contemporânea" no Mseu Nacional de Arte Moderna de Kyoto, VII Exposição de Arte Japonesa Contemporânea no Museu Metropolitano de Arte em Tóquio, Exposição "Artistas de Hoje" no Museu dos Cidadãos de Yokohama, em 1968; Artista convidado na IX Exposição de Arte Japonesa Contemporânea na Seção' 'Fronteira da Arte Contemporânea", no Museu Metropolitano de Arte de Tóquio, em 1969; "O Evento do fogo e da fumaça", seriado apresentado na Fukui, Tóquio, Toyama e Kanazawa, em 1969 e 1971; Exposição Nacional do projeto para "Operação Vesúvio" na Galeria Seki. de Tóquio, Exposição "Partes" na Galeria Shinanobashi de Osaka, Exposição da "Retina Aberta" e "A Imagem nas Garras da Águia", durante a "Semana do Vídeo" no Centro Americano de T 6quio, "Operação V esúvio", na Galeria 11 Centro, em Nápoles, em 1972; Exposição "A Forma de Hoje", "Cinema Equivalente", Museu Municipal de Arte de Kyoto e Koa Art Hall, em 1972-1974; Exposição durante a "Conferência da Matriz de Vídeo Internacional", no Museu Municipal de Arte de Vancouver, no Canadá, Bienal de Kyoto de 1973 - exposição na seção "A Arte das Massas" - no Museu Municipal de Arte de Kyoto, Exposição no Festival Internacional do Filme, em Pesaro, na Itália, em 1973; Exposição Independente de Kyoto, no Museu Municipal de Arte de Kyoto, em 1973 e 1975; Expresso Tóquio-Nova Iorque de Vídeo, na Galeria Tenjosajiki, de Kyoto, Arte Contemporânea 73"'74 na Koa Art Hall de Kyoto, Vídeo Kyoto 74 na Galeria Sigunamu em Kyoto, XI Exposição de Arte Internacional no Japão no Museu Metropolitano de· Arte em Tóquio, "Vídeo Comunicação", na· Koa Art Hall em Kyoto, "Novos Media de Música", na seção de Vídeo em Karuizawa, Festival do jogo de vídeo de Karuizawa 74 no HaU dos Turistas em Karui174

zawa, Convidado no Festival de Arte do Japão '74 com vídeo - no Museu de Arte Contemporânea de Montreal e no Museu de Arte Moderna de Vancouver no Canadá, "XIV Show de vídeo anual - por convite - de St. Jude" da Galeria de Arte Saisset nos Estados Unidos, Exposição Internacional "Significação", no Museu Municipal de Arte de Kyoto, em 1974; Exposição de Vídeo Arte no Museu de Arte Contemporânea de Chicago e no Centro de Cincinnati de Arte Contemporânea, nos Estados Unidos, Arte Agora '75, no Museu de Arte Moderna de Hyogo. H Encontro Aberto Internar.:ional sobre vídeo, no Espace Pierre Cardin, em Paris, Projeto "Exibismo", de método para método, na Galeria da Prefeitura de Kanagawa, IH Encontro Aberto Interncacional sobre vídeo na Galeria Cívica de Arte Moderna, no Palazzo dei Diamanti, em Ferrara, na Itália, em 1975. Recebeu os seguintes prêmios: Exposição Ichiyo, prêmio por excelência do trabalho, em 1963; Exposição Shell, H prêmio, em 1967. O VíDEO-JOGO: OBSERVANDO ARELAÇÃÓENTRE O NOSSO OLHO OBSERVADOR E O OLHO ALHEIO QUE NOS OBSERVA por Keigo Yamamoto, Agosto de 1957. Olhamos o espelho a fim de nos observ;lrmos. Fazendo poses em frente do espelho, observamo.s o espelho. Então, motamos no subconsciente que observamos o espelho para podermos observar a nós mesmos. No espelho, a nossa esquerda é refletida à esquerda, a nossa direita à direita, e a frente de frente a nós. Isto é devido a uma relação simétrica à linha. Todavia, no televisor vídeo, bem diferente do espelho, a nossa esquerda é produzida à direita, e a nossa direita à .esquerda, devido a uma relação assimétrica, que gira a linha por 180 graus em torno do ponto. Portanto, a percepção que adquirimos através da tela do vídeo é uma percepção física.


JAPÃO Esta nova conscientização s.e desenvolveu em nossas vidas para se tornar um instrumento para a melhor percepção da existência humana e dos sentidos espirituais. Portanto, <> confronto com o televisor ·vídeo é uma real façanha da conscientização humana no desenvolvimento Copérnico. Comecei a me erivolver na criação de jogos utilizando este novo sistema vídeo, durante uma época, quando estava realmente deslumbrado e interessado em observar a relação entre o nosso olho observador e o olho alheio que nos observa. Meu interesse foi ainda mais fortalecido quando descobri que da maneira que o jogo progredia, ele esclarecia a relação ente os jogadores e as várias coincidências que apareciam quando partes escondidas do jogo foram resolvidas. Est.a~ ..fartes ocultas s~o geralmente convençõ~s criadas

artlflclalmente por nos, mas acho que a crlação das condições iniciais exerce um papel importante no esclarecimento da natureza do conhecimento e da consciência humana. A estrutura deste vídeo-jogo, isto é, a determinação das condições e regras, me parece estar criando repentinamente uma nova linguagem para a comunicação através da tela do vídeo. Assim como a nossa linguagem foi criada pelo pOvo, a linguagem para a tela do vídeo é também uma forma de arte tipicamente popular, e é um fato inegável que uma parte déste novo vocabulário foi criado através do vídeo-jogo. Também, esta nova liguagem, provavelmente será.uma grande força para realizar algo que simples retratos não podem fazer, isto é, ela talvez alcance a transmissão da Lógica.

Vídeo-jogo: Gomokunarahe Maneira de jogar: 1. Esse jogo é para três pessoas.

2. Cada pessoa deve sentar-se na sua cadeira respectiva A, B, ou C. 3. As pessoas sentadas nas cadeiras A e C são os jogadores, e a pessoa na cadeira B é o juiz. 4. O jogador da cadeira A recebe as pedras pretas com a vantagem de iniciar o jogo, e o jogador da cadeira B recebe as brancas. No entanto, esta pedra preta inicial não pode ser colocada sobre a marca negra no meio do tabuleiro. S. Cada jogador coloca na. sua vez, uma de suas pedras sobre o cruz~ento das bnhas do tabuleiro que está sobre a mesa dlante dos assentos de cada jogador. 6. Nest~ jogo, gan~a quem conseguir agrupar primeiro:. em bnha reta, Clnco peças da sua cor. Pode-se alinhar as peças no sentido vertical horizontal ou diagonal. ' . ' 7. O jogo prossegue num recíproco ataque e defesa, pelo qual o jogador bloqueia o seu adversário e ao mesmo tempo constrói o seu jogo. 8. Dos dois televi~ores que estão diante de cada jogador A e .C, o de clma. reflete a posição das pedras do adversárIo, e o de ba1xo reflete a composição das pedras pretas e brancas dos dois tabuleiros, que o j'uiz, a pessoa que está no assento B, transmite durante cinco segundos depois de cada jogada. 9. É importante olhar atentamente o televisor tomando consciência de estar sendo observado, e ter 'cuidado e~ não colocar a sua pedra em cima de uma pedra já eXlstente; do adversário, pois se o fizer, a derrot;l é

175


JAPÃO

imediata, mesmo. que o. adversário. não. tenha a sua fo.rmaçw co.mpleta ainda. 10. O juiz sentado. na cadeira B deve transmitir, apertando. o. bo.tão do. interrupto.r, a imagem co.mpo.sta do.s· tabuleiros do.s do.is jo.gado.res após cada jo.gada, durante cinco. segundo.s.

11. O juiz declara vencedo.r aquele que co.nseguir fo.r~ mar primeiro. uma linha reta co.m cinco. pedras da mesma co.r, o.u no. caso. do. adversário. co.lo.cara sua pedra so.bre Dutra já existente de cor o.po.sta. O resultado. do. jo.go. é indicado. pelo. juiz que deve apertar o. bo.tão. !iIa lâmpada vermelha para0 perdedor, e o.bo.tão. da lâmpada azul para o. vencedo.r. So.bre o. sistema do. vídeo-jo.go.: Geralmente para se jo.gar uma partida de xadrez, de

Katsuhiro Yamaguchi 1. Sobre As meninas de Velázquez, 1975. vídeo.-exerdcio. 2. Paisagem em vídeo. vídeo.-exerdcio.

3. Auto-relatório de vídeo vídeo-exerdcio.

176

go, o.u mesmo. de tênis, USamo.s UlIl.-sõ'tabuleiro. o.u uma só quadra. Mas este vídeo.-jo.go. difere deles no. emprego. de do.is tabuleiro.s a fim de pro.po.rcio.nar maio.res o.po.rtunidades ao.s participantes que po.dem estar separado.s po.r quilômetro.s de distância. Po.r exemplo., uma pesso.a que mo.ra em São. Paulo. e Dutra em Tóquio., no. o.utro. lado. do. glo.bo., po.dem disputar este vídeo.-jo.go., via satélite, e jo.gar imediatamente.

f: também impo.rtante lembrarmo.s que não. só o.bserVamo.s as co.isas co.m o.s no.sso.s o.lho.s, mas que so.mo.s também o.bservado.s po.r o.lho.s alheio.s. Po.rtailto., usando. a câmara vídeo., o. pro.pósito. deste jo.go. é a co.nscientização. do. o.lho. alheio. que no.s o.bserva. Este é o. jo.go. da no.ssa co.nscientização. da diferença sutil entre o. no.sso. o.lho. o.bservado.r e o.o.lho. alheio. que no.s o.bserva. \

Keigo Yamamoto 4. Gomokunarabe vídeo-jogo. 5. Cópia. vídeo-jogo.


// LUXEMBURGO Exposição organizada pelo "Ministere des Affaires Culturelles" .

Pierre-Edrnond Hoffrnann

Pierre Ziesaire

Nasceu em Luxemburgo, em 12 de setembro de 1933. Estudou filosofia e direito de 1954 a 1956. Frequentou a Academia de Belas Artes, em Düsseldorf de 1956 a 1958, e a Academia Real de Belas Artes, em Bruxelas no ano seguinte. Completou sua educação artística em 1960. Foi professor do Instituto Pedagógico Luxemburgo, em 1963.

Nasceu em 23 de janeiro de 1938 em Esch-sur-Alzette, Luxemburgo. Pintor e gravador autodidata; desde 1967, realiza pesquisas e trabalhos na tradição do COflStrutivismo, aliado a um cromatismo dinâm1co dos elementos fonna-cor-espaço.

Participou de diversas exposições em Luxemburgo e no exterior. Ele mesmo executa e edita seus trabalhos grá-' ficos.

Recebeu Prêmio da Crítica na Bíenal dos Jovens em . Esch-Alzette (Luxemburgo), em 1971.

Ilustrou edições de: Hyosciamine, poemas de Léon Noesen (6 águas-fortes em cores), Luxemburgo, 1973; e Manda/a, poemas de Léon Noesen (13 águas-fortes em cores), Luxemburgo, 1975.

Participou de exposições no seu próprio país e no exterior.

Editou um livro em 1973 e uma pasta artística, em 1975 com serigrafias de sua execução. Trabalha ainda no magistério como professor de educação estética e desenho técnico.

177


LUXEMBURGO

Pierre-Edmond Hoffmann 1.

Abside, 1966. recorte de cartão 43 x 61 em

Pierre Ziesaire 7. S-lO-75jWZj20-06, 1975. serigrafia 60x9Oem

2. O muro, 1973. água-forte e água-tinta 21 x 29,7 em

8. S-1l-75jWZj20-06,.1975.

3. O gato enforcado, 1973. água-forte e água-tinta 21 x 29,7 em

9. S-12-75jWZj20-06, 1975. serigrafia 60 x 90 em

serigrafia 60x90em

4. Os troncos cruzados 1975. água-forte e água-tinta 21 x 29,7 em

10. S-13-75jWZj20-06, 1975.

5. Ressaca, 1975. água-forte e água-tinta 21 x 29,7 em

11. S-14-75jWZj20-06, 1975. serigrafia 60x90em

6. Esplendor vegetal, 1975. água-forte e água-tinta 21 x 29,7 em

12. S-15-75jWZj20-06, 1975. serigrafia 60x9Oem

178

serigrafia 60x9Oem


MÉXICO Exposição organizada pelo Museu Nacional de Bellas Artes . .comissário: Juan Acha

Entre 1960 e 1970, o escultor e pintor Manuel Felguérez realizou uma poderosa e numerosa obra mural. Algumas dessas composições são extraordinárias, tanto pelas suas dimensões como pelo rigor e pela novidade de sua feitura. ,l>enso, de modo particular, no grande mural do dne Diami.\e; sobretudo, na admirável composição do edifício que hospeda·o Concamin. Esta última obra é um vasto e intrincado conjunto de alàvancas, tornos, rodas, eixos, polias e arandelas. Surpreendente imagem do movimento num instante de repouso, esta fantástica engrenagem evoca imediatamente o mundo surpreendente da Ode triunfal de Alvaro deCampos. Não obstante,como se confirmando mais uma veZ que entre nós os melhores esforços estão condenados à indiferença pública, quase ninguém quis inteirar-se da importância e da significação destas obras. Desde a rebelião de Tamayo .contra o muralismo ideológico, a maioria de nossos bons artis tas raramente realizou incursões na arte oficial. O único que opôs ao muralismo tradicional, uma concepção diferente de parede, foi Carlos Mérida. Seguindo uma direção distinta à deMérida, se bem que até certo ponto, complementar, Manoel Felguérez fez outra arte mural, deveras monumental, onde a pintura se alia à escultura. Pintura mural escultórica ou, mais exatamente, relevo policromado.

O novo muralismo de Felguérez rompeu tanto com a tradição da Escola Mexicana, como com sua própria arte da juventude. Suas primeiras obras inscrevem-se no informalismo e no tachismo, tendências estéticas então predominantes. Mas, já naquela época, uma observ~ção atenta teria podido descobrir, sob o informalismo não figurativo daquelas obras, uma geometria secreta. O expressionismo abstrato, mais que destruir, ocultava a estrutura racional subjacente. Não é estranho que uma ordem invisível sustentasse aquelas construções e destruições.passionais. Felguérez é, antes de mais nada., um -escultor, filiado ao -construtivismo. Suas preocupações plástiGas estão mais próximas de um Zadkine ou um Gabo que de um Pollock ou de um De Kooning. Sua predilição pela geometria e suas construções levou-o à arquitetura e esta à arte pública. O espaço arquitetônico não obedece somente às leis da geometria e às da estética, mas também às da história. É um espaço construído sobre um espaço físico que é, também, um espaço social. Até 1960, Felguérez interessa-se cada vez menos pela produção de quadros e esculturas para as galerias e busca a maneira de inserir sua arte no espaço público: fábricas, cinemas, escolas, teatros, piscinas. Naturalmente, não se propôs a repetir as experiências da arte ideológica - patrimônio dos epígonos sem idéias - e

179


MÉXICO menos ainda decorar as p"aredes públicas. Nada mais estranho a seu temperamento ascético e especulativo do que a decoração. Não, sua ambição era muito diferente: mediante a conjunção da pintura, escultura e arquitetura, inventar um novo espaço. Os anos da consolidação do regime nascido da Revolução Mexicana (1930-1945) também foram os da gradusl separação das correntes iniversais na esfera da arte e da literatura. No fim desse período, o país voltou a fecharse em si mesmo e o movimento artístico e poético degenerou num nacionalismo acadêmico não menos asfixiante e estéril do que o europeísmo da época de Porfírio Diaz. Os primeiros a se rebelar foram o~.poetas, seguid()s quase imediatamente pelos novelistas e pintores. Entre 1950 e 1960 a geração a que pertence FelguérezCuevas, Roio, Gironella, Lilia Carrillo, García Ponce - empreendeu uma tarefa de saneamento estético e intelectual: limpar as mentes e os quadros. Aqueles moços tinham um imenso apetite, uma curiosidade sem l!mites e um instinto seguro. Cercados pela imcompreensão geral, porém decididos a restabelecer a circulação universal das idéias e das formas, atreveram-se a escancarar as janelas. O ar do mundo penetrou no México. Graças a a eles, os artistas jovens podem, agora, respirar um pouco melhor. Na década seguinte, cada um desses artistas prosseguiu sua aventura pessoal e enfrentou seus próprios fantasmas. Temperamento especulativo, e que desmente pela clareza, precisão e profundidade de seu pensamento, o célebre dito de Duchamp ~ tonto como um pintor - Felguérez terminou este período de busca exterior com uma busca interior. Não à procura de si mesmo mas na de uma outra plástica. O resultado desse exame crítico foram os relevos polícromos de 1960-1970. Esta experiência, como era de se prever, num artista tão lúcido e exigente consigo mesmo, levou-o a outra experiência: a constituída pelas ()bras que compõem esta exposição e que o artista, tão acertadamente, chamou de O espaço múltiplo. Com suas novas obras, Felguérez passa do espaço público do muro ao espaço multiplicador de espa-

180

ços. A partir de uma forma e de uma cor de duas dimensões, por sucessivas combinações tanto mais surpreendentes quanto mais estritas, chega ao relevo, e do relevo à escultura. Caminho lógico que é também metamorfose das formas e construção visual. Cada forma é o ponto de partida para outra forma: espaço produtor de espaços. O artista dissolve assim a separação entre o espaço bidimensional e tridimensional; a cor e o volume. O espelho, que é o instrumento filosófico por excelência; emis~or de imagens e crítico das imagens que emite, ocupa um lugar privilegiado nos objetos plásticos de Felguérez: é um reprodutor de espaços. Outra nota diferenciadora: o artista não concebe o múltiplo como mera produção em série de exemplares idênticos; cada exemplar engendra outro e cad"a uma dessas reproduções é a produção d~ um objeto realmente diferente. A arte pú.;. blica de Fe!guérez é uma arte especulativa. Jogo da variedade e da identidade, o grande mistério que não cessa de fascinar oS homens, desde a era paleolítica. Na regularidade cósmica - revoluções dos corpos celestes, o curso das estações e dos dias- se enlaçam repetição e mudança. O espaço múltiplo de Felguérez é uma analogia plástica e intelectual do jogo universal. entre o um e o outro: as diferenças não são senão as imagens da identidade ao refletir-se a simesma;por sua vez, a identidade é só um momento, o da conjunção na uni~o e separação das diferenças. Em O espaço múltiplo, Felguérez faz a crítica de sua obra de muralista-escultor. Através dessa crítica, consegue uma nova SÍntese de sua dupla vocação, aespeculativa e a sociaL Sua análise das formas se resolve em uma espécie de conceitualismo, para empregar um termo em voga, que poderia aproximá-lo da descendência de Duchamp. Porém, o conceitualismo desses artistas é uma desencarnação, e Felguérez tende exatamente ao contrário: sua arte é visual e tátil. Nãó é um texto que fala mas um objeto que se expõe. As proposições de Felguérez não nos entram pelos ouvidos, mas pelos olhos e pelo tato: são coisas que podemos ver e tocar. Mas, são coisas dotadas de propriedades mentais e animadas não por um mecanismo mas por uma lógica. Os espaços múltiplos


MÉXICO nã() falam: desdobram-se silenciosamente diante de nós e transf()rmam-se em outro espaço. Suas metamorfoses nos revelam a racionalidade inerente das formas. Os espaços, literalmente, se produzem e se edificam diante de nossos olhos com uma lógica que no fundo não difere da semente que se transforma emraiz, caule, flor, fruto. Lógica da vida. Formas-idéieM, diz Felguérez, excelente crítico de si próprio. Mas não há nada estático nesse mundo: as formas, imagens da perfeição finita, produzem, pela combinação de seus elementos, metamorfoses" infinitas. Não Um espaço para contemplar, mas um espaço para construir outros espaços. Uma arte que tem o rigor de uma demonstração e que, não obstante, nas fronteiras entre o acaso e a necessidade, produz objetos imprevisíveis. Os objetos de Felguérez são proposições visuais e táteis: uma lógica sensível que é, também, uma lógica criadora. Octávio Paz

Manuel Felguérez Nasceu em Zacatecas, no México, em 1928. Realizou s~usprimeiros estudos na Cidade do México. Foi dis':' cípulo de Ossip Zadkine em Pads, durante os anos de 1949 e 1950; assistente de Francisco Zúõiga no México. Realizou sua primeira exposição individual' de cultura na IFAL, em 1954, obtendo uma bolsa de estudos do Governo Francês. Em 1955 expôs na Casa do México, em Paris. Desde 1957 expõe regularmente no México, primeiramente na Galeria Antonio Souza e, desde 1961, na Galeria Juan Martin. Suas principais exposições individuais foram: na Galeria Bertha Schaffer, Nova Iorque, 1959-1960; na Galeria da União Pan-Americana, Washington, 1960; no Instituto de Arte Contemporânea, Lima, 1961; ~etros­ pectiva deI Lago UNAM, México, 1964; Cása das Américas, Havana, 1966; Museu de Arte Moderna, Bogotá, 1967; O Espaço Múltiplo, Museu de Arte Moderna, México, 1973; Huston Kauffman Gallery, 1974.

Participou de mais de cem exposições coletivas,' entre as quais: Exposição de Arte "Coult Carebbean", Museu de Arte Moderna, Boston, 1957; XX Bienal de Aquarelas, Museu de Brooklyn, Nova Iorque, 1958; Bienal dos Jovens, Paris, 1959-1961; VI Bienal de Tóquio, 1961; VI Bienal de São Paulo, 1961; Arte Atual da América e da Espanha, em Madri; Barcelona, 1963; A Nova Geração, Uqiversidade do Texas, México e Museu de Arte, Austin, 1966; Expo 67, Pavilhão do México, Montreal, 1967; I Trienal da índia, Nova Delhi, 1968; Expo 70, Pavilhão do México, Osaka, 1970. De 1960 a 1970 realiza trinta murais escultóricos integrados à arquitetura, na Cidade do México: Mural de ferro no Cine Diana; mural Canlo ao oceano no Desportivo Baía; a Invenção destrutiva, na Confederação das Câmaras de Comércio; escultura monumental México 68, no Museu de Arte Moderna, etc. Suas obras integram o acervo -de vários museus e coleçõespúblicas: Museu de Arte Moderna, México; União Pan-Americana de Washington; Casa das Américas de Havana; Museu de Arte Moderna, Bogotá; Museu de Arte Moderna, Nova Delhi; Museude'Arte Moderna, Tóquio, etc. Realizou também trabalho didático em diferentes universidades. Em 1967 foi convidado como crítico visitante pela Universidade de CorneU, nos Estados Unidos. Em 1968, obteve o Segundo Prêmio Internacional de pintura, na I Trienal da índia. Em 1973 foi nomeado membro da Academia de Artes. Em 1974 obteve uma bolsa de estudos da Fundação Guggenhfim. Desde 1973 é pesquisador junto à Universidade Nacional Autônoma do MéXICO.

181


MÉXICO

Manuel FeIguérez 1.

A estratégica das estruturas, 1973. laca sobre tela 180 x 125 cm

2. A influência da escuridão, 1973. laca sobre tela 123 x 150 cm 3. Retrocesso de lima imagem, 1973. laca sobre tela ISO x 125 em 4. Limite de uma sequência. 1973. laca sobre tela 125 x 150 cm 5. A energia do ponto zero, 1973. laca sobre tela 125 x 150 em. 6. Tempo de crescer, 1973. laca sobre tela 125 x 150 em

12. O estímulo laca sobre tela 125 x 125 em 13. D26 - Fuga de cilindros, 1973. laca sobre tela 125 x ISO em 14. D2 - Jogo de dois planos, 1973. . laca sobre tela 125 x 125 em 15. D14 - Projeção cúbica, 1973. laca sobre tela 125 x 125 em 16. D16 - A linha exposta ao plano, 1973. . laca sobre tela 125 x ISO em 17. D1S - A unidade inversa, 1973. laca sobre tela ISO x 125 cm

7. As duas soluções~ 1973. laca sobre tela 125 x ISO cm

18. D21 - Elemento que produz a evidência, 1973. laca so bre tela 125 x 150 em

8. O autômato ~e Hagelberger, 1973. laca sobre tela ISO x·125 cm

19. D22 - Homenagem a Lobachevsky, 1973. laca sobre tela 125 x 150 cm

9. Signo convexo, 1973. laca sobre tela· 125 x ISO cm

20. D27 - Experiência comum, 1973. laca sobre tela 125 x ISO cm

10. Origem da Redução, 1973. . laca sobre tela 125 x ISO em

21. D28 - Ponto análogo, 1973. laca sobre tela 150 x 125 em

11. Lógica da interferência incerta~ 1973. laca sobre tela 125 x 125 cID

22. D29 - Lei do fator nulo, 1973. laca sobre tela 150 x 125 em

182


MÉXICO 23. D31 - Combinação 144 A, B, C, D laca sobre tela 125 x 125 cm

34. D14 - Projeção cúbica, 1973. meta} e poliéster polícromo 120 100 x 20 cm

24. D32 - Combinação 144 A. B, C, D laca sobre tela . 125 x 125 em

35. D7 - Motivos transformados, 1973. latão e poliéster polícromo 100 x 120 x 20 em

25. D33 - Combinação 144 A, B, C, D laca sobre tela 125 x 125 em

36. Limite de uma sequência, 1973. latão e ferro 100 x 120 x60 cm

26. D34 - Combinação 144 A, B, C, D laca sobre tela 125 x 125 em 27. Limite de uma sequência, 1973. poliéster polícromo 10(} x 120 x 20 cm 28. Signo convexo, 1973. poliéster polícromo . 80 x 100 x 25 em

x

37. A energia do ponto zero, 1973. cobre e ferro polícromo 100 x 120 x 100 cm 38. Signo convexo, 1973. aç.o e ferro polícromo 8(}x 100 x 80 em 39. Homenagem-a;N. Lobachevsky, 1973. aço e ferro polícromo 96 x 115 x 36 em

29. Origem da redução. 1973. poliéster polícromo 100 x 120 x 20 em

40. Combinação 144 A, 1973. aço e ferro polícrom o 90x 90 x90em

30. Homenagém a Looochevsky, 1973. poliéster polícromo 100 x 120 x 20 cm

41. Jogo de dois planos, 1973. serigrafia ISO x 5(} x 60 em

31. O estímulo "D", 1973. poliéster polícromo 100 x 120 x 20 em

42. A estratégia das estruturas, 1973. serigrafia ISO x 50x 60 em

32. Combinação 144 A, 1973. poliéster polícromo 100 x 12(}x20 cm

43. A influência da escuridão, 1973. serigrafia 150x50x6Ocm

33. Fuga de cilindros. 1973. metil1 e poliéster polícromo 100 x 120 x 20 cm

44. Ritmo complexo, 1973. serigrafia 150 x 50 x 60 em

183


MÉXICO

4S.

Motivos transformados, 1973. serigrafia ISO x 50 x 60 em

46.

SS.

.

Limite de uma sequéncia, 1973.

serigrafia ISO x SO x 60 em S6.

serigrafia 150 x ·SO x60 em . 47

A energia do ponto zero, 1973.

Tempo de crescer, 1973.

S7.

As duas soluções, 1973.

S8.

Projeção cúbica, 1973.

S9.

A sentinela-(-verde), 1973.

60.

A sentinela (cinza), 1973.

61.

Treze - A linha expulsa ao plano (verde), 1973. serigrafia 150 x SO x 60 em

S4.

A linha expulsa ao plano (laranja), 1973. serigrafia ISO x SO x 60 em

Homenagem a Lobachevsky, 1973.

Lógica da inferência incerta, 1973.

Harmonia modificada, 1973. serigrafia ISO x SO x 60 em

62.

serigrafia ISO x SO x 60 em S3.

Elemento que produz a evidência, 1973.

serigrafia ISO x SO x 60 em

serigrafia 150'x 50 x 60 em S2.

O estímulo B, 1973. serigrafia ISO x SO x 60 em

63.

Experiência comum, 1973. serigrafia ISO x SO x 60 em

64. Lei do fator único, 1973. serigrafia ISO x 50 x 60 em 6S.

Tensão rumo a três, 1973 .. serigrafia ISO x SO x 60 em

184

1973.

serigrafia ISO x SO x 60 em

serigrafia ISO x 50 x 60 em SI.

A unidade inversa,

serigrafia ISO x SO x 60 em

serigrafia 150 x 50 x 60 em SO.

Signo convexo, 1973.

serigrafia ISO x SO x 60 em

serigrafia ISO x 60 x 50 em 49.

.

serigrafia ISO x SO x 60 em

serigrafia ISO x 50 x 60 em 48.

O autômato de Hagelberger, 1973.


NICARAGUA Exposição organizada com a colaboração da Embaixada do Brasil na Nicarágua.

Bernard Dreyfus 1. Vassouras em preto e branco. técnica mista (verniz e plástico) 80 x 80 x 40 em (3 cubos montáveis)

lS5


NOVA· ZELÂNDIA Exposição organizada pela Arts Coundl of New Zealand ... Comissário: Geoff Thornley

Geoff Thornley Nasceu em Levin no ano de 1942. Freqüentou em Elam a Escola de Artes Plásticas, de 1960 a 1964. Viajou pela Europa e Estados Unidos entre 1968 e 1969. Em 1974, foi agraciado com o prêmio do Conselho de Artes Queen Elizabeth II. Partidpou das seguintes exposições: Primeira exposição individual, na Galeria Barry Lett, 1967; Dez anos de pintura na Nova Zelândia, em Auckland, Galeria da: Cidade de Auckland, 1968; Arte da década de 60,

Galeria de Arte da Cidade de Auekland, 1970; Jovens contemporâneos da Nova Zelândia, na Galeria de Arte da Cidade de Auekland, 1971; Exposição do Prêmio de Arte Benson and Hedges, 1972; Pinturas de 1971-1972, Exposição individual, na Galeria Barry Lett, 1972; Pequenas pinturas 1972-1974, Exposição individual, Galeria Petar James, 1974, Séri"e Albus, Exposição individual, Galeria Petar/Janies, 1975; Duas Gerações de Abstração na Nova Zelândia, Centro de Arte qa Co\ munidade Pakuranga.

Geoff Thornley 1. Cinza/albus n. O 1.

mistura média 113 x 113 em 2. Vermelho/ albus n. O 2.

mistura média 113 x 113 em

}. Cinza/albus n. O 3. mistura média 113 x 113 em

4. Negresco/albus n.O 4. mistura média 113 x 113 em

5.Cinza/albus n.O 5. mistura média 113 x 113 em 186

6.. Cinza/albus n.O 7. mistura média 113 x 113 em 7. Ocrelalbus n. O 9.

mistura inédia 113 x 113 em

8. Cinza/ albus n.O 10 mistura média 113 x 113 em

9. Albus n.O 11. mistura média 113 x 113 em 10. Albus n.O 12. mistura médiá 113 x 113 em


PAQUISTÃO Exposição organizada pelo "Ministry of Foreign Affairs" .

Ijazul Hassan Nasceu em Lahore, em 4 de março de 1940. Estudou pintura no Departamento de Belas Artes da Universidade Punjab e na Escola de Artes Saint Martin, em Londres. Participou de todas as grandes mostras cole-· tivas realizadas no Paquistão entre os anos 1956-75, tais como: Exibição de Arte Nacional em Karachi 1960; . Exibição Internacional de Pintur~ e Escultura~ realizàda em Milão, 1961; Exibição de Arte Comunitária, em Lahore, em 1962 e, em 19-72 a Exposição de Artistas Paquistaneses, organizada pelo Conselho de 4-rtes do Paquistão, que percorreu a Ásia, Europa e Estados Unidos; "Lahore Contemporânea 75", no Museu de Lahore, em 1975. Realizou as seguintes exposições individuais: na Galeria de Arte Contemporânea, em Rawalpindi, em 1966; no Conselho de Artes do Paquistão, Lahore, 1966 e em· Karachi, em 1971. .Colaborador de diversas publicações, é aUtor de umaobra sobre arte no Paquistão (no prelo). É secretário geral da Ali Pakistan Artists EtJuity, associação que congrega pintores, escritores, músicos, atores e artistas de. rádio e ~devisão.

em

Salima Hashami Nasceu em Delhi, em 1942. Estudou na Faculdade Nacional de Artes de Lahore; de 1960 a 1962, e na Academii1 de Artes Corsham, Inglaterra, entre os anos 1962 e

1965. Ensinou na Faculdade de Artes de Lahore em 1965 e 1966; estudou e lecionou em Londres, de 1966 a 1969. Desde 1970 ensina na Faculdade -Nacional de Artes de Lahore. Participou de inúmeras exposições coletivas em Londres, Frankfurt,- Lahore, Karachi e Rawalpindi; na Exposição enviada à Ásia e América do Sul pela PNCA. Tem obras na Galeria Nacional em Slamabad. TrabalhOli na B.B.C. e faz programas regulares na TV e rádio do Paquistão.

Nighat Idrees Freqüentou a Universidade Feminina de Lahore, onde recebeu o grau de Bacharelato em 1957. Fez o curso de pós..,graduação em Belas Artes na Universidade de Punjab. Passou dois anos na Universidade de Minnesota como bolsista da Ford, obtendo o grau de Mestrado em Arte, em 1963, com ênfase especial no desenho de modas~ decoração -e artes gráficas. Participou de várias exibições no Paquistão e nos Estados Unidos,.e de quatro mostras·individuais no Paquistão. Figurou na exposição itinerante de pintura, promovida pelo Conselho Nacional de Artes do Paquistão, que percorreu o Sudeste da Ásia e países da Amériea do Sul. Tem obras na Galeria Nacional de Artes, em Slamabad~ Trabalha, atualmente, como Chefe do Departamento de Belas Artes no Home and Social Science CoUege, em Lahore.

18.7


PAQUISTÃO

Ghulam Rasul

S. Safdar Ali

Nasceu em 1942. Fez o curso de mestrado em Belas Artes, pela Universidade de Punjab, Lahore, em 1964. Recebeu, durante o tempo de faculdade, inúmeros prêmios em pintura. Foi professor na Faculdade de Lawrence, Ghora Gali, de 1964 a 1965. Graduou-se em pintura e artes gráficas pela Universidade de Northern Illinois, Dekalb, 1971-72. Foi conferencista junto ao Departamento de Belas Artes da Universidade de Punjab, Lahore, entre os anos 1965 e 1973. Obteve o primeiro prêmio em artes gráficas na Exposição Nacional de Pinturas e Artes Gráficas, em 1973. Foi diretor das Artes Visuais do Conselho Nacional de Artes do Paquistão, em Islamabad, em 1974. Tem obras em inúmeras coleções públicas: Smithsonian Institute Washington; Philadelphia Museum of Art, Pennsylvania; Northern Illinois University Dekalb, Illinois; University Board of Regents, SpringEield, Illinois; National Museum of Pakistan? Lahore; Agriculture University, Lyalpur; Pakistan High Commission, Londres; Administration Staff College, Lahore, e em várias coleções particulares no Japão, Grécia, Irã, Turquia, Suíça, França e Paquistão (Galeria Nacional de Islamabad).

Nasceu em 1924, em Gujrat. Foi membro fundador do Clube Muçulmano de Desenho Artístico, em Bombaim, em 1943 e do Círculo de Arte de Lahore, em 1952.

Fez 12 exposições individuais de pinturas, nas principais cidades do Paquistão, entre 1966 e 1975 e outras 7 que peréorreram várias cidades dos Estados Unidos, entre 1969 e 1972. Participou de todas as mostras coletivas reali:.;,a.das no Pllquistão entre 1964-75. Participou de várias exposições coletivas realizadas em Washington, Springfield, no estado da Califórnia, Dekalb e Chicago. Participou da mostra enviada ao estrangeiro pelo Conselho Nacional de Artes do Paquistão: exposição de pintura, R.C.D. em 1973, exposição itinerante de artistas gráficos paquistaneses a serexibida em todas as capitais dos países europeus, e exposição itinerante de pintura a ser mostrada nas principais cidades do Sudeste asiático.

188

Participou de várias exposições coletivas: em Lahore, nos anos de 1956, 1958, 1960; I, II e 1I1 exposições Nacionais em 1958, 1959 e 1960; Pinturas Contemporâneas, em 1961 e 1962, em Rawalpindi; Exposição Nacional de Pinturas e Artes Gráficas, 1973; Pavilhão od Paquistão na Feira Mundial de Nova Iorque, em 1964; exposição de pintura em Tóquio, Teerã, Ankara e Estados Unidos; Bienal de Paris, em 1966. Através da PNCA suas obras foram exibidas no sudeste asiático e em vários países da América do Sul. Apresentou-se individualmente: no Conselho de Arte do Paquistão, em Lahore, em 1953, 1964, 1966, 1968 e 1970; em Mauree, 1953; na Universidade de Punjab, Departamento de Belas Artes, em 1957; Sociedade de Galerias de Arte Contemporânea, Rawalpindi, em 1965, 1967,1969 e 1970. Foi Diretor da S.V. e Companhia de Publicidade, Lahore. Foi agraciado com o escudo da Universidade 1957, oferecido pelo Departamento de Belas Artes, Universidade de Punjab, com o segundo prêmio para pinturas, na Exposição Nacional de Pinturas, Esculturas e Artes Gráficas, 1961.

Ali Imam Nasceu em Narsingpur, em 1924. Estudou na Escola de Arte de Nagpur e na Escola de Arte Sir J.J., em Bombaim, de 1941 a 1945. Formou-se pela Universidade de Punjab, em 1949. Mestre em Arte, pela Faculdade de Lawrence Muree e Escola Pública de Sadiq (Bahawalpur), de 1952 a 1956. Foi premiado com o escudo da Universidade de Pujab em 1955. Viajou para o Reino Unido em 1956. Dirigiu o Instituto de Artes em Karachi, em 1967. Participou de exposições coletivas realizadas no Pa-


quistão. e na Bearlane Gallery, Oxfo.rd; na Jo.hn Whibey Gallery, na Wo.od-sto.ck GaHery, no. Ro.yal Institute Gallery, no Newcasde Museum, na Po.rtal Gallery, na PiccadiHy Gallery, no. Commonwealth Institute Gallery, na Beaux-Arts Gallery, na Co.medy Gallery, na Kensington Art Gallery (Londres) e da Exposição itinerante organizada pelo. Co.nselho. Nacional de Artes do Paquistão. enviadas ao. Sudeste da Asia e América do. Sul. Realizo.u lflumeras individuais expostas nas pincipais cidades do. Paquistão.. Tem o.bras na Galeria de Arte de Islamabad. Umdo.s mais antigos pintores do. Paquistão, Ali Imam domina sua técnica de criar figuras brancas CDm sutil modelagem. Impastüc de branco co.ntrastando. com branco.-fo.sco, voltando a trilha da clássica pintura figurativa dando. a seus mo.delos um sentimento de monumentalidade, tão raro entre os artistas de hoje. '.\

Lailâ Shahzada Nasceu em Kathiawar. Formo.u-se pela R.DoS. de Londres. Foi premiada com a estrela de bronze, RDS e com a Medalha de Ouro., pela RDSde Lo.ndres. Participou da exposição itinerante, o.rganizada pelo. Conselho. Nacional de Artes do. Paquistão., enviada à América do. Sul. Apresentou-se em várias mo.stras individuais, classificadas em 4 séries: Experimental, Madeira Flutuante, Série do. Vale Indu e Forma-Odic. Laíla Shahzada, umã das principais pinto.ras Paquistanesas divide sua obra em diversas fases. Atravessando. o período. experimental, explo.ra atualmente símbo.lo.s tradicionais tais co.mo. motivo.s relacio.nado.s co.m as figuras de Buda.

PAQUISTÃO mente índia). Estudou em Amritsar, em Laho.re, em Delhi e em Paris. Expôs em: Paris, Londres, Lo.uson, Berns. Zagrib, No.va Iorque, Teerã, Bo.mbaim, Delhi, Simla, Amritsar, Aligarh, Laho.re, Islamabad e Karachio Trabalhou com o pro.fessor Edmem Huzzi, na Escola Nacional Superio.r de Belas Artes de Paris (pinturas, desenho.s e afresco.). Fo.i incumbido. pelo governo. da -índia Britânica de elaborar, para publicação do.s desenhos murais da Asia Central (afresco), trazido por Auriel Stine. Decoro.u vários lugares importantes, inclusive o Darbar Hall, (Vicero.y House), Nova Delhi, Birla Temple, State Bank o.f Pakistan. Ganho.u o. concurso. ambiental com o. projeto do edifício da Assembléia de Baluchistan e o. embelezamento da cidade de Karachi.

Masud Kohari Nasceu em Bombaim, em 15 de junho. de 1937. Estudou no. U.S.I.S. Sketch Club, Conselho de Artes de Karachi. Participo.u de várias exposições coletivas: na feira mundial de pintura de Nova Io.rque, em 1963; na P.A.C.C., em Karachi, em 1966; na Aliança Francesa de Karachi, em 1966; em Londres, em 1966; da V Bienal regional de Teerã, em 1966. Realizo.u as seguintes expo.sições individuais: na P.A.C.C., em Ka,,"achi, em 1962; no. Conselho. de Artes de Karachi, em 1963; na U.S.LC., em Hiderabad, em 1964; na Galeria de Artes, em Rawalpindi, em 1967; no. Co.nselho de Artes do Paquistão, em Lahore, em 1967; na Galeria Co.-o.p, em Rawalpindi, em 1967; na Galeria Simone, em IJaris, em 1970; EXpôs ainda trabalho.s em cerâmica no. Conselho de Artes do Paquistão., em Karachi em 1968 e em Paris em 1970.

Sade QuainNasceJlem Amroha, em junho de 1930. Formou-se pela Universidade de Agra, em 1948. Fo.i premiado. co.m Tamgha-e-Imtiaz, em 1960, pelo presidente do. Paquis-

Ahmed Syed Nagi Nasceu a 2 de fevereiro. ge 1916, em Amritsar (atual-' 189'


PAQUISTÃO tão. Recebeu o primeiro prêmio na exposição Nacional de Pinturas do Paquistão, em 1960. Foi agraciado com a medalha do presidente pelo Pride of Performance, em 1962. Participou das seguintes exposições: no Museu Moison de CuIture, em Le Havre, em 1962; Comptoir Swiss-Lausanne (com desenhos), em 1966; no Clube do automóvel da França, em Paris, em 1966. Expôs individualmente na Galeria Lambert, em Paris, em 1962; na Galeria Mona Lisa, em Paris, em 1962 e nas principais cidades do Paquistão apresentou pinturas baseada"s na poesia de Ghalib. Exibiu ainda trabalhos caligráficos em vários países do Oriente Médio. Realizou inúmeros murais: Gtterra e paz, em Karachi, em 1965; Voo, no escritóio da PIA, em Paris, em 1966; A saga do trabalho, em 1967. Visitou a Austrália a convite do governo australiano, em 1975.

AhmadKhan Nasceu em Shahjehnpur, em 1938. Graduou-se em Artes p.ela Faculdade de Artes de Lahore, eni 1962. Completou seu trabalho de pesquisa sobre a Arte Folclórica do Paquistão, em 1963. Participou de numerosas exposlçoes entre outras: da Nacional de Arte Contemporânea em Lahore, em 1964; da-Comunicação Através da Arte, apresentada em La"hore, Peshawar, Rawalpindi e Karachi, em 1964; da Pintura Contemporânea, em Rawalpindi, em 1964; do Festival de Arte em Peshawar, em 1965; da Pintura Contemporânea em L1.hore, em 1965; de Tipógrafos em Karachi, em 1967; de Tipógrafos do Paquistão no Instituto Pratt, Nova Iorque, em 1967; de Pintores do Paquistão, exposição que percorreu a Europa Ociden" tal, Estados Unidos e Canadá, de 1971 a 1972 e na Bienal de Tóquio, em 1972.

Zahur-ul-Akhlaq Nasceu em Delhi, em 1941. Estudou Belas Artes na

190

Faculdade de Artes de Lahore, de 1958 a 1962. Íngressou no corpo docente da Faculdade Nacional de Lahore, em 1962. Fez o curso de pós-graduação no Hornsey College of Art, em 1966. Foi agraciado com uma bolsa de estudos no Royal College of Art, em Londres de 1968 a 1969. Participou das seguintes "exposições coletivas: Galeria de arte contemporânea em Rawalpindi, em 1963-1964; Exposição Nacional de Arte Contemporânea, em Lahore, em 1964; Seis Jovens Pintores do Paquistão, no Ceilão, em 1964; A Pintura do Paquistão, mostra que percorreu os Estados Unidos eCanadá, em 1966; R.C.D., Bienal de Teerã, em 1966; V Bienal de Paris, em 1967; Oxford Gallery, em 1967; Galeria Ansdel, em Londres, em 1967; Associação de Artes Gráficas de Londres, em Londres, em 1967; Galeria Vecameer, em Paris, 1968; Lahore Contemporânea 71, no Museu de Lahore, em 1971. Realizou inúmeras individuais: na Embaixada Sudanesa em Karachi, em 1963; Galeria de Arte Contemporânea, em 1964; Conselho de Arte do Paquis~o, em Lahore, em 1964, 1966 e 1970 e na Galeria de Arte em Rawalpindi, em 1970.

Jamil Naqsh Nasceu em Karana (1ndia) em dezembro de 1936. Estudou pintura em miniatura com Uslad Haji Mohammad Sharif, na Escola de Artes de Lahore, de 1954 a 1956. Participou de inúmeras exposições coletivas, tanto no Paquistão como no exterior. Realizou mostras individuais em Karachi, em 1960; em Lahore (AI han .rak Council), em 1963; no Conselho de Artes de Karachi, em 1964 e na Galeria de Arte do Paquistão, em Karachi, em 1966. Foi agraciado com a Medalha de Ouro, conferida pela" Artes do Paquistão, de Karachi. Possui obras nas coleções nacionais, no Paquistão e no exterior e nas coleções particulares do país e do exterior.


PAQUISTÃO

Ijazul Hassan 1.

Ahmed Syed Nagi

Pintura.

8.

Óleo

98,7 x 158,8 em.

117,5 x 155 em

Masud Kohari

Salima Hashàmi 2.

Manchas de vinho. óleo

.

52,5 x 5) em

Nighat Idrees 3. O passo de Khyber. óleo

4Ox4Oem

Ghulam Rasul 4.

Tatde de verão.

9. Nabula. óleo 50x 75 em

Sade Quain 10. Pintura. óleo 90 x 120 em

AhmadKhan 11.

90x6Ocm

87,5 x 87,5 em

S. Safdar Ali Paisagem. óleo 65 x 87,5 em

Alilinam 6. O primeiro passo óleo 90 x lOS em

Natureza morta. óleo

óleo

5.

Senhora da terra.

óleo

Zahur- UI- Akhlaq 12.

~

Pintura. óleo 102 x 160 em

13. Série de 4 desenhos. a) Em direção do desenho, 1974. lápis sobre papel 42 x 25 em

b) Em direção de UI Akhlaq, 1974.

Laila Shahzada 7. Larkana (série dos vales indús) óleo .. 65 x 140 em

lápis sobre papel 42 x25 em

e) Em direção 'de UI Akhlaq; 1974. lápis sobre papel 42 x 25 em 191


PAQUISTÃO

d) Em direção ao desenho, 1974. lápis sobre papel 42 x 25'cm

.

Jamil Naqsh 14. Mulher com pássaro. óleo 76 x 86 em

192


PARAGUAI Exposição organizada Pelo "Ministério de Educación y Culto" Comissário: Pedro Di Lascio

Pedro Di Lascio Fez seus estudos no Ateneu Paraguaio, sob a direção dos professores Jaime Bestard e OfeHa Echague de Kunos. Mais tarde, iniciou-se nas técnicas e estilos modernos da pintura com o professor brasileiro João Rossi. Efetuou várias viagens de observação e estudo a São Paulo, Montevidéu, Buenos Aires e Córdoba. Realizqu várias exposições individuais no Paraguai, Buenos Aires e Brasil e participou de inúmeras mostras coletivas internacionais tendo conquistado vários prêmios.

Hermann Guggiari Nasceu em 20 de ma.rço de 1924 em Assunção.

Osvaldo Salerno Nasceu em 18 de maio de 1952, em Assunção.

Carlos Colombino Nasceu em 20 de outubro de 1937 em Assunção.

Edith Jiménez Nasceu em Assunção, Paraguai. Iniciou sua aprendiza-

gem de gravura com Lívio Abramo, em Assunção, em 1967; ganhou bolsa de estudos oferecida pelo governo brasileiro e aqui permaneceu até 1960, aperfeiçoando--se em gravura, na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo. É co-fundadora do Grupo "Arte Nova", fundado em 1953, do "Círculo pro Arte" e colabora com o Centro de Artistas Plásticos do Paraguai, fazendo parte de sua Comissão de Direção. De 1961 a 1963 dirigiu um atelier de Arte Infantil, no Secretariado Paraguaio de Meninas. Fundou, em 1965, o Museu de Arte Moderna de Assunção. Desde seu regresso do Brasil até o presente, responde pela cadeira de gravura no Atelier da Missão Cultural Brasileira, em Assunção. Participa das jornadas culturais organizadas por essa Instituição, pelo interior do país. Representa seu país em Mostras Internacionais em todo o numelo. Em 1965 esteve nos Estados Unidos com exposição itinerante pelo país e em 1972 passou a integrar o grupo de artistas cujas obras formaram a Pinacoteca do Senado Federal de Brasília. Suas obras fazem parte de inumeráveis coleções. e estão presentes no Museu de Arte Moderna, em Nova Iorque; no Museu da Imagem, de Buenos Aires; na BibliO'teca Nacional de Paris, nO' Museu do Smith College, em Massachussetts, na coleção Braniff Internacional, etc.

193


PARAGUAI "Edith Jimenez não é uma artista, é .uma injustiça que corre paralela ao tempo com seus ocasos e suas tormentas, suas ilusões, suas traições e'snas guerras . Para não falar de guerra pode-se nomear revoluções,' mud,anças e mesmo mudanças que redundam no fortalecimento do sistema.

Entre os criadores que não se deixaram manejar pela publicidade do Norte, conta-se, no vasto Universo da criação, Edith Jimenez ::- uma flecha certeira e, não porque solitária, menos venenosa em uma região onde as ,pontes são as únicas Obras de Arte reconhecidas' e reconhecíveis.

Dizer que não se deve confundir arte com política é uma verdade tão conhecida que é excusado dizê~la, porque sea política - a mais prostituída das artes, é o manejo de alguns homens para manejar a outros homens, a arte é a encenação e o salto que dilata o homem em seu afã de infinito, não de glória, porque nã9se pode buscar a glória escamoteando a intemporaliditde.

Sua carreira, de artista da gravura, não conheceu vicissitudes desde seus primeiros trabalhos com Lívio Abramo, o niestre sul-americano de quem separou-se estilisticamente há anos, para buscar sozinha e em segredo as profundíssimas águas cercadas de tubarões e de delfins, da imaginação.

O naufrágio de OO,ssa civilização ocidental, jamais foi retratado pelos políticos (sua causa), nem pelos historiadores; tem sido retratado por essa minoria perigosa que as convenções chamam de' artistas. Se o fato de defender demonstrando, denunciando ou sentindo o gênero humano à altura do atentado é fazer política (piada que não merece essa manifestação tão chã) a arte é política em sua acepção de compromisso. Pablo Picasso, o mais perfeito e o mais radical dos artistas da história da arte, é um revolucionário marcado por seu tempo, assim como antes aconteceu com Velázquez com suas Meninas a mais misteriosa tela jamais' pintada. Bosco - desordenadamente sublime, Goya - para quem nossas prisões não teriam sido suficientes, Van Gogh - e somente estou citando pintores - não escritores, que há escritores também, e nem niesmo artistas plásticos, definição que não me agrada, porque a aparento com a expressão "artistas de material plástico" do final da década passada e início desta. Finalmente, a investigação, se há, não deixou de ser uma agressão incontrolada ao sistema que o próprio sistema tragou. A liberdade se transformou num bumerangue fatal, onde a arte não perdeu, mas o homem perdeu energia valiosa para a luta, a enérgica luta contra o instituído.

194

Sua obra divide-se em três períodos, até a pouco tempo meio confusos, mas esta confusão era exclusivamente provocada pela ausência da cristalização da última etapa. Com ela, {) caos toma forma e se converte em um caminho claro, as profundas solidões da poesia e sua cor so- . bressai ao vinho e ao mel. E a forma, inimiga do frio, não evoca sensualidade, é a própria sensualidade,' não o erotismo gratuito, a licenciosidade dos sentidos separados do coração - não. Propõe um amor visceral através das belas formas ou as monstruosas deformações do pensamento, enfim, aqui e agora como seus companheiros - Luisa Nevelson, na escultura, Passolini no cinema, Wladimir N abokov na literatura e Gaudi (com seu parque Gruel) na arquitetura. Se eu lhe negava. no início, o título de artista, o máximo a que possa aspírar um ser humano, dizia-o em funçãodo espetáculo. não do rito, porque aí ela o é, pois a solidão que dá a alquimia da criação é um preço doloroso que pagam os iniciados. Ela não transcende, ainda, bairrismo exclusivista e é um erro que deve ser solucionado com o tempo para furtar-se no futuro Co futuro é wna convenção, como o passado), aos arrependimentos tardios da ignorância. Dificilmente, no que ainda resta de uma década -

um


PARAGUAI

grito - de forma e de cor, de angústia e de medo, p0derá alcançar cumes tão altos e tão solitários como a obra de Edith Jiménez.

Nossos anos não são gratuitos e o/prazer de' poder participar desta rara, raríssima perfeição, é um comPromisso com o que nos resta de existência.··. José Antonio Prattes

Pedro Di Lascio 1.

escultura de aço e acrílico 300 x 200 x 500 cm

Composição geométrica multicor, 1. óleo sobre tela 75 x 75 cm

2.

8.ltaipu.

Composição geométrica multicor, 2. óleo sobre tela 7'5 x 75cm

3. Cbmposição- geométrica multicor, 3. óleo sobre tela 75 x 75 cm 4. Composição geométrica multicor, 4. óleo sobre tela 75 x 75 cm

5. Composição geométrica multicor, S óleo sobre tela 7'5 x 75 em

Hermmann Guggiari

Osvaldo Salerno 9. Composição. gravura 300 x 300cm 10.

Composição. .·gravura 300 x 300 cm

Carlos Colombino 11. Entalhe 1. pintura 160 x 160cm

12. Entalhe lI. pintura 160 x 160cm

6. Imagem de um homem livre. es<;ultura em aço 250 x 100 x 60 cm

13. Entalhe IH. pintura 160 x 160 cm

7. Ser. escultura de ferro e película .de vidro l00,x 60 x 40 em

14. Entalhe IV. pintura 160 x 160cm

195


PARAGUAI

15. Entalhe V. pintura 160 x 160 em

23. A 24. O

17. O Encontro. madeira e linóleo 18. O conhecimento. madeira e linóleo

19. Pico da Mirandola. madeira e linóleo 20.

A chama. madeira e linóleo

21.

A soma. madeira e linóleo

22.

O filtro. madeira e linóleo

196

material.

madeira e linóleo

Edith )iménez 16. Encontro marcado. madeira e linóleo

decomposição.

madeira e linóleo

25.

Até Praga. madeira e linóleo

26. A fruta toledana madeira e linóleo

27. Jerusalém. madeira e linóleo 28.

O teto. madeira e linóleo

29.

Retorno às fontes madeira e linóleo

30. Caos. madeira e linóleo


PERU Exposição organizada pda ... Asociación Peruana de Artistas Plásticos" Comissário: Francisco Abril de Vivero

Milner Cajahuaringa

Colomba Gereda

Estudou na Escola Nacional de Bdas Artes de Lima ' onde é atualmente professor.

Fez seus estudos na Escola de Artes Plásticas da Universidade Católica Peruana, em Lima;

Participou de mais de 70 exposições coletivas, desde 1958. Participou da VI e da VII Bienal de São Paulo. Da I e da 11 Bienal dos Jovens de Paris, em 1959 e 1961· da exposição de arte da América e Espanha em Madri' 1963; da n Bienal Americana de Córdoba n~ Argentina' 1964; da H Bienal da Gravura, em Santiago do Chíle: 1965; dos S~lões de Arte de CaH, 1966 e da Nicarágua; da I e IH BIenal de Arte de Coltejer, Medellín, 1968 e 1972; Encontro da Plástica Latino-Americana em Havana, 1972; Galeria Bucholtz, Bogotá, 1974;' Pintores Pe~uanos na ~aleria Corcoran de Washington e Três Mll Anos de PIntura Peruana em Madri Viena Roma Londres e Lisboa.· ' ." ,

Participou das seguintes exposições: Associação Peruana Britânica, Lima, 1966; Instituto de Arte Contemporâ~ea, Lima, 1967; Galeria da Fundação paras as Artes, MIraflores, 1968; Galeria Trapecio, Miraflores, 1968; Salão de Pintura da Municipalidade de San Isidro, 1969; Galeria Castro Sotó, Miraflores 1969· Galeria RodriguesSeavedra, Miraflores, 1971; Primeiro Salão de Inverno da Aliança Francesa, Lima, 1971; Galeria AcrópoJis, Lima, 1973; Galeria "9", Miraflores, 1973; Primeiro Salão de Artes Plásticas, Museu de Arte, Lima, 1973; Segundo Salão de Artes Plásticas, Museu de Arte, Lima, 1974.

Realizou, além disso, numerosas exposições individuais no Peru, Estados Unidos e Europa.

Foi agraciada com o Primeiro Prêmio de Pintura, da Associação Peruana Britânica, em 1963 e 1966.

Tem suas obras no Museu qe Arte Moderna- de Nova Iorque e no Museu de Córdoba. Foi agraciado com o Prêmio Internacional Arte- da América e Espanha, em 1963..

o

.

"

Miguel Àngel Cuadros Estudou na Escola Nacional de Belas Artes, onde é atualmente professor.

197


PERU Participou de várias exposições internacionais: VI Bienal de São Paulo, 1961; Expsosição Interamericana em Santiago, Chile, 1962; Pintura Peruana na União Panamericana de Washington, 1962; VII Bienal de São Paulo,. 1963; Arte da América e Espanha, Madri, 1963; Arte da América e Espanha, em Paris, Hamburgo, Barcelona e Londres, 1964; Pintura Peruana, na Sociedade de Belas Artes de Montevidéu, 1964; Pintura Sul-ameriéana, na Universidade Houston, 1965; Pintura Peruana, naGaleria Integra, Buenos Aires, 1970. Além disso, realizou várias exposições individuais no Peru: Instituto de Arte Contemporânea, 1960; Instituto Art Center, 1964; Galeria La Artística, 1967; Galeria Línea, 1970; Galeria Mutual, Peru, 1972; Galeria' '9", 1974.

Julia Escalante Ramirez Estudou na Escola Naciona~ de Belas Artes do Peru, pintura, gravura e cerâmica. Ganhou a medalha de ouro no fim de seus estudos. Essa jovem pintora participou de várias exposições coletivas: Art Center Miraflóres, 1969; I e· 11 Salão das Artes Plásticas, Museu de Arte, Lima, 1973-1974; 6 em Pintura, Galeria Viernes, em Miraflores, 1975; Jovens Artistas 75, Internacional Play Group, Nova Iorque, 1975. Foi agraciada com Menção Honrosa, na Exposição Arte no Parque, Miraflores, em 1973 e 1974.

Gast6n Gerreaud Autodidata, formado na Europa, particularmente em Roma e Paris, tomou parte, desde 1956, de diversas exposições internacionais, coletivas e individuais: Galeria L'Universale e Galeria II Torcollire, Roma, 1965; 11 Mostra de Arte Contemporâne.ade Vigna Clara, Roma, 1957; Galeria Tomalité, Paris, 1958; Exposição pessoal 198

no Instituto de Arte Contemporânea, Lima, 1960; I Salão da. Fundação para as Artes, Museu de Arte de Lima, 1966; Artistas Peruanos Contemporâneos, Galeria Corcoran, Washington, 1966; Philadelphia Art Museum, Galeria IBM, Nova Iorque, 1967; 11 Salão da Fundação para as Artes, Museu de Arte, Lima, 1967; Galeria Castro Soto, Lima, 1967; Três Mil Anos de Pintura Peruana, em Madri, Lisboa, Roma, Viena el:ondres, 1968; Galeria Moncloa, 1968; New York Center Gallery,para Relações Interamericanas, 1970; Galeria' '9", Miraflores, 1973; Galeria Warren Henkle, Houston, Estados Unidos, 1973; Galeria "9", Miraflores, 1974; II Salão das Artes Plásticas~ Museu de Arte, Lima, 1974; Galeria Ars Longa, Houston, Estados Unidos, 1974; Galeria Forum, Galeria Ivonne Briceõo, Lima, 1975.

David Herskovitz Estudou no Pratt Institute, onde se formou bacharel em Arte e da Liga de Estudantes de Arte, em Nova Iorque. Expõe desde 1955 nos Estados Unidos, em Little Studio, em Nova Iorque; Sociedade de Artistas Audubon, XIV Exposição Anual; Artistas Knickebocker, X Exposição Anual; Exposição do Velho Testamento, Primeira Exposição Anual; Salão Esso, Lima, 1964; Exposição Rodante da Associação Jueves, 1965; Instituto de Arte Contemporânea, Lima, 1965; II Salão de Artes Plásticas, Museu de Arte, Lima, 1974; Galeria Trapeeio, Miraflores; 1975; Instituto Panamenho No'rteamericano, Panamá, 1967; Galeria Bucboltz, Bogotá, 1974. Foi agraciado com os seguintes prêmios: Prêmio Windsor and Newton, para óleo, 1957; I Prêmio para óleo, Qa I Exposição Anual do Velho Testamento, em Pittsfield, Massachussetts, Estados Unidos. Tem suas obras ;m ~useus e coleções, nos Estados Unid os, Peru e Colombta.

Julia Navarrete Fez seuS estudos na Escola de Artes Plásticas da Uni-


PERU versidade Católica do Peru, em Lima, onde é atualmente professora. Participou das segui ntes exposições: Exposição Concurso Esso para artistas jovens, Lima, 1964; 25.0 Aniversário da Escola de Artes Plásticas da Universidade Católica, Lima, 1965; Pintores Peruanos, na Galeria Moncloa, Lima, 1967; IH Bienal de Arte de Ibiza, Espanha, 1968; Exposição individual, na Galeria Trapecio, Lima, 1974. Foi agraciada com o Prêmio Estímulo, no IV Concurso de Pintura do Instituto Cultural Peruano Norteamericano, 1964.

Miguel Nieri Estudou na Escola. Nacional de Belas Artes de Lima, onde é atualmente professor. Fez estudos de técnica de litografia, na Escola de Belas Artes de Paris, 1962-63. PartiQipou, d~sde 1959, de numerosas exposições coletivas. Participou da H Bienal de Arte de Córdoba, Argentina, em 1964; Pintores Peruanos Contemporâneos, no Pensa cola Art Center, nos Estados de Flórida, Alabama e Georgia, Estados Unidos, em 1965; Exposição Nacional de Belas Artes de Madri. assim como na Galeria EI Bosco, Galeria Seiquier, em Madri, 1966 e 1967; VII Festival de Arte de Cali, 1967; Exposição na Galeria Castro Soto, Lima, 1967; Pintura Peruana, no Instituto Cultural Peruano Norteamericano, de Lima; Treze Pintores Peruanos, no Banco Continental; Treze Pintores, no Instituto de Arte Contemporânea, em Lima, Festival Americano de Pintura, II Bienal de Lisboa, 1968; Figuração de Ontem nos Pintores de Hoje, na Fundação para as Artes, em Lima, 1969; Exposições na Galeria Trapecio e Galeria Carlos Rodriguez, em Miraflores; Panorama da Pintura Peruana de Hoje, na Galeria MutuaJ, Peru, 1972; I Salão de Bodegón, Galeria Trapecio, Miraflores, 1973; I Salão de Artes Plásticas, Museu. de Arte; Lima, 1973; Segundo Salão de Artes PlástiCas, Museu de Arte, Lima, 1974.

Foi agraciado com o prêmio Servulo Gutierrez, em Lima.

Edith Sachs Estudou na Escola de Artes Plásticas da Universidade Católica do Peru. Participou de numerosas exposições coletivas, desde 1964, no Peru: Salão de Artes Plásticas, no Instituto de Arte Contemporânea; Instituto Cultural Peruano Brj~ tânico, Associação Nadonal de Escritores e Artistas; Galeria Banco Continental; Associação Hebraica, 1964; 10 Pintores Jovens, Galeria Cultura e Liberdade; 25.0 Aniversário da Fundação das Artes Plásticas da Universidade Católica de Lima, Museu de Arte, 1965; Inauguração do Atelier 406, 1966; Galeria Fundação para as Artes, Inauguração da Galeria Sérvulo Gutierrez, Exposição Pintura e Poemas de Raquel Jodorowski, na Galeria Internacional; II Salão da Fundação para as Artes, no Museu de Arte, Exposição da Coleção Paul Grinstein, no Museu de Arte, em 1967; Cinco Pintores Peruanos, na Galeria Trapecio; H Salão das Artes Plásticas, no Museu de Arte, em 1974; Galeria Forum; Pintoras Peruanas, na Galeria Petro Peru, 1975. Além dessas exposições, realizou as seguintes exposições: Galeria Solisol, Lima, 1965; Instituto Cultural Peruano Norteamericano, Lima, 1965; Atelier 406, Lima, 1966; Galeria Século XX, Buenos Aires, 1966; Galeria Onerm, Lima, 1974 ; Galeria "Ttapecio, Miraflores, 1974; Galeria Ivonne Bric:eõo, Lima, 1975.

Venancio Shinki Estudou na Escola Nacional de Belas Artes do Peru, em Lima. Participou de diversas exposições internacionais: VII Bienal de São Paulo, 1963; Pintura Peruana em Montevidéu, Uruguai, 1963; 11 Bienal de Arte Americana, em Córdoba, 1964; Pintura Contemporânea Peruana, em

199


PERU

Washington, Nova Iorque e Filadélfia, 1965; Universidade de Santa Maria, Chile, 1965; Arte Peruana na Flórida, 1966; Galeria Kiko, em Houston, 1967; 3000 anos de Pintura Peruana, em Madri, Roma, Viena, Londres e Lisboa, 1968; I Bienal de Quito, 1968; I Exposição de Pintura Continental· dos Países da Área Andina, IAC, Lima, 1970; I Encontro da Plástica Latino-Americana, em Havana, Cuba, 1972; Salão da Independência, em Quito, 1972; Galeria "9" de Miraflores, 1973; II Salão das Artes Plásticas, no Museu de Arte, Lima, 1974. Entre outras distinções, mereceu as seguintes: I Prêmio do Instituto Cultural Peruano Norteamericano, em 1964; Prêmio da Bienal de Tecnoquímica, em 1966; Prêmio Fomento da Cultura, em 1967.

Armando Villegas Participou de numerosas exposições internacionais, entre outras, desde o X até o XV Salão Nacional Colombiano; da IV e da V Bienal de São Paulo; da I e da II Bienal do México; 3000 anos de arte colombiana, em Miami, Washington e na Itália; I Bienal de Córdoba, na Argentina; I Bienal de Quito, Equador; II Bienal de Coltejer, Medellín; Expõe ininterruptamente desde 1953, em Bogotá, Caracas, Washington, Madri e Paris. Acaba de realizar uma exposição na Galeria "9", em Miraflores, Lima. Recebeu. os seguintes prêmios: I Menção de Honra, no Salão da Municipa:Iidade de Lima, 1955; I Prêmio do Salão dos Escritores e Artistas, em Bogotá; II Prêmio do Concurso Mural de Coltejer, Medellín, 1957; II Prêmio do XI Salão Nacional Colombiano, de. Bogotá, 1958; Menção de Honra no XV Salão Nacional Colombiano, em Bogotá, 1963; Menção.de Honra, I Bienal de Quito, Equador, 1968. 200

Milner Cajahuaringa 1.

Tuyutuc llimpi 20, 1975. óleo 120 x 100 em

2. Tuyutuc llimpi 21, 1975. óleo 120 x 100 em

3. Tuyutuc llimpi 18, 1975. óleo 100 x 80 em

Colomba Gereda 4. Os Andes. óleo 141 x 110 em 5. Marte. óleo 140 x 100 cm 6. Arauto negro. óleo 100 x 70 cm

7. Pulsion óleo 92 x 80 cm

Miguel An gel Cuadros 8.

Nem paraíso nem inferno técnica mista 200· x 140 cm

9. Variações da sombra sobre a cidade. técnica mista 200 x 140 cm


PERU 10.

A cidade cabe num quarto. técnica mista 200 x 170 em

Julia Escalante Ramirez 11.

Fraternidade Universal

19. Anciã em cadeira de rodas 1 óleo 153 x 141 em

Julia Navarrete 20.

óleo 150 x 125 em 12.

Intimidade feminina. óleo ISO x 125 em

óleo sobre madeira 244 x 170 em

Miguel Nieri 21.

22.

C6nstrução 1

23.

técnica mista . 100 x 80 em 15.

Construção lI. técnica mista 120 x 120 em

16.

Edith Sachs 24.

Ancião na cadeira de rodas I. óleo 183 x 153 em

Maternidade. técnica mista 122 x 106 em

25.

Três realidade. técnica mista 100 x 106 em

Dávid Herskovitz 17.

Variações sobre um tema óleo 150 x 122 em

Construção lU. técnica mista 110 x 140 em

Expressão parakense. óleo 170 x 125 em

Gastón Gerreaud 14.

Paisagem hermética óleo 122 x 122 em

13. Filantropia. óleo 150 x 125 cin

As portas do espaço edíptico).

26.

Quando sonhamos. técnica mista 122 x 106 em

18. Ancião na cadeira de rodas Il óleo 153 x 141 ctn

201


PERU

Venancio Shinki

Armando Villegas

27. Senhor, Senhor. óleo 100 x 130 em

30.

28. Velha árvore. óleo 100 x 120 em

31.

29.

Estoicidade.

Iconografia fantástica 1. técnica mista 120 x 100 em

Iconografia fantástica lI. técnica mista 120 x 100 em

32.

óleo 100 x 120 em

Iconografia fantástica lU técnica mista 120 x 100 em

33.

Iconografia fantástica IV. técnica mista 120 x 100 em

202


POLÔNIA Exposição organizada pelo Centralne Biuro Wystaw Artystycznych. Comissário: Andrezj

Na XIII Bienal de Arte Moderna de São Paulo, a Polônia apresenta as pinturas de Tadeusz Brzozowski um dos mais eminentes artistas modernos poloneses. A posição especial do trabalho de Tadeusz Brzozowski na arte polonesa e européia, tem origem na extraordinária consistência com a qual o artista conduz o seu diálogo com os tempos modernos e toca nos mais íntimos aspectos da vida humana. Nas questões humanas, nada é insignificante demais para constituir, para Brzozowski, um problema artístico. Profundamente interessado nas transformações que ocorrem na arte moderna e seguindo as realizações dOa arte de vanguarda _mundial, Brzozowski permanece, todavia, um pintor tipicamente polonês, cuja arte tem suas raízes profundamente implantadas na tradição cul~ tural polonesa. Eis como o próprio artista define sua atitude em relação à arte: ..... A associação com a arte, da mesma forma que com uma pessoa proporciona-me imensa satisfação. Gostada de conhecer o máximo possível sobre a arte e, quanto mais envelheço maior é a minha curiosidade. Ao mesmo tempo eu sinto uma necessidade irracional de não me separar da Mãe Terra, de minhas próprias raízes - e essa necessidade mantém os t;neus pés no chão e aciona minhas forças motivadoras que fazem da minha arte o que ela é. A tradição na qual vivo, a

J.

Wroblewski

tradição polonesa, está intimamente ligada a mim de modo natural. E assim eu agarro a tradição com a mão esquerda, com todas as minhas forças e tento apanhar com a direita o dia de hoj e e tudo o que nos. vem. E eu me sinto como que perdido entre essas duas forças que me pressionam. ... Estou tentando ser fiel a mim mesmo, - embora hoj-e isso seja antiquado. É por isso que eu continuo cavando o mesmo buraco cada vez mais fundo: quero que a minha arte se aprofunde e se aperfeiçoe, ainda que eu não esteja seguro de ter êxito nisso. Eu procuro contatos com outras pessoas nesse sentido, porque gostaria de dizer-lhes coisas importantes - a verdade acerca do homem. Sobre a condição humana e suas dificuldadese também que essas dificuldades podem ser superadas. J\1as quanto a esse problema, o ~ais importante em minha obra, eu não posso expressar-me diretamente ... " Os organizadores do pavilhão polonês na XIII Bienal de Arte Moderna exprimem sua esperança de que a exposição dos trabalhos de Tadeusz Brzozowski proporcione ao público brasileiro e internacional, a oportunidade de uma familiaridade mais íntima com a arte moderna da Polônia. Andrezj jan Wróblewski

203


POLONIA

Tadeusz Brzozowski Nasceu em Lvov em novembro de 1918. Estudou na Academia de Belas Artes de Cracóvia. Licenciado em 1946. É professor na Escola Superior do Estado de Belas Artes de Poznan, desde 1962. Membro do grupo internacional de artistas Phases. Realizou murais, pinturas de cavalete, cenografias, decorações de interiores, tapeçarias.

nal de São Paulo, em 1959; Alternative Attuali, L' Aquila, Itália, 1962; Art Since 1950 American and International Seattle World's Fair, Seattle, em 1962; Every Art Movement has its own Maters, Chicago, em 1962; XXXI Bienal Internacional de Arte, Veneza, 1962; Figuratie Defiguratie de Menseliske Figuur Sedert Picasso, Ghent, em 1964; "Exposition de l'Association Internationale des Arts Plastiques, tóquio, 1966; II Internationa1e Ausstellung der Zeichnunà, Darmstad, em 1967; ROSC '67, A poesia da visão, Exposição Internacional de Arte da Pintura· Moderna e Arte Celta Antiga, Dublin, 1967-1968; I Bienal de Legnano, Legnano, em 1968; I Medunarodni Susret Likownih Umietnika, Belgrado, em 1968; exposições do grupo Phases, em Paris, em 1964, e Lille, em 1968; além de Mont~ maurfAude, em 1968-1969; Strasbourg, em 1970;Poznan, Wroclaw, Sopot, Slupsk, em 1971; Nice, em 1972; II Mepunarodna Izlozba Origjnalnog Cretza, Rijeka, em 1970 e 1974.

Realizou as seguintes exposições individuais: Salas de Exposições DESA, em Varsóvia, em 1956; Galeria Krzywe Kolo, em Varsóvia, 1960; Galerie Lambert Paris, em 1960 e 1966; Galeria MPIK , Torun , em 1963'·, Galeria das 13 Musas, em Szczecin, em 1963; Museu Nacional, Poznan, em 1963-1974; Galeria SPAM Varsóvia, em 1964; Galeria Od Nova, Poznah, em' 1965; Galeria Wspo1czesna no Club MPIK Ruch, Varsóvia, em 1966; Galeria DESA, Cracóvia, em 1966 e 1970; Azyl Club, Torun, em 1969; Galeria PSP-ZPAP Ka' towice, em 1970.

Foi agraciado com os prêmios: Prêmio de F. Nul1o,

Participou de exposições nacionais e internacionais: XI Trienal de Milão, em 1957; I Bienale van de jonge hedendaagse schilderkunst, de Bruges, em 1958; V Bie-

Veneza, em 1962; Prêmio do Ministério da Cultura e Artes, 2.a classe, em 1965; Prêmio do Ministério da Cultura e Artes, La classe, em 1970; Prêmio dos Críticos de Arte, em 1973.

Tadeusz Brzozowski O centro do universo, 1948.

4. O oficial, 1957. óleo sobre tela 61 x 27 cm

7. O cocheiro. 1959. óleo sobre tela 41,5 x 31 cm

·2. Profeta, 1950. óleo sobre tela 150 x 75 cm

5. Transações, 1958. óleo sobre tela 131 x 95 em

8. Ceitil, 1963. óleo sobre tela 176 x 115 em

3. Sala de adereços, 1951

6. O toucador, 1959. óleo sobre tela 78 x 30 cm

9. Enfado, 1963. óleo sobre tela 124 x 250 em

1.

óleo sobre tela 90 x 78 cm

.

204

óleo sobre tela 115 x 115 em


POLONIA

10. Surpresa 1963. óleo sobre tela 112 x 90 em

21. Basalyk, 1969. óleo sobre tela 6Ox6Oem

32. O distribuidor;1972. óleo sobre tela 34 x 35 em

11. Disparate, 1963. óleo sobre tela 181x 131 em

22. Chinelo, 1970. óleo sobre tela 103 x 57 em

33. CóliCa, 1972. óleo sobre tela 80x50em

12. Casa de penhores, 1965. óleo sobre tela 198 x 118 em

23. Recusa, 1970. óleo sobre tela 98 x'l00 em

34. Comunicação de massa, 1973. óleo sobre tela 91 x 35 em

13. Defeitos 1965. óleo sobre tela: 59 x 50 em

24. O juiz delegado, 1970. óleo sobre tela 139 x 137 em

35. O alfaiate, 1973. óleo sobre tela 131 x 50 em

14. Vestíbulos, 1965. óleo sobre tela :128 x 138 em

25. O guarda-chuva, 1970. óleo sobre tela 103 x 56 em

36. Madrasta, 1973. óleo sobre tela

15. C~lção zuavo, 1965, ólêo sobre tela 130 x 57 em

26~ Interrupção, 1970.

37. O sapo, 1973. óleo sobre tela 66 x 196 em

16. Favores; 1966. óleo sobre tela 131 x 251 em

27. O desordeiro, 1971. óleo sobre tela 113 x 68cm

38. Camarada corajoso, 1973. óleo sobre tela 101 x 99 em

17. Cortesias, 1967. óleo sobre tela 129 x 141 em

28. O galante, 1972. óleo sobre tela 137 x 136 em

39. O namoro de Zelota, 1974. óleo sobre tela 131 x 50 em

18. Pó facial e rouge; 1967. óleo sobre tela 134 x 101 em

29. Terçol, 1972. óleo sobre tela 137 x 136 em'

40. O tratante, 1975. óleo sobre tela 131 x 50 em

19. Alta velocidade, 1968. óleo sobre tela 236 x 139 em

30. O resmungão • .1972. óleo sobre tela 34 x 35 em

41. Hostilidade, 1975. óleo sobre tela 196 x.66cm

20. Escuridão, 1969. óleo sobre tela 6O'JÇ 61 em

31.Primus, 1972. óleo sobre tela 111 x 68: em

42. Rasoura, 1975. óleo sobre tela 196 x 66 em

J

óleo sobre tela 139 x 137 em

98x 99 em

105


POLONIA

43. Murmurações, 1975. óleo sobre tela 196 x 66 em " 44. O charlatão, 1975. " óJeo sobre tela " 55 x 132 em 45. Pequenos cascos, 1975. óleo sobre tela " 180 x 130 em 46. O bobalhão, 1975. óleo sobre tela 66 x 33 em"

206


PORTUGAL Exposição organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian Comissário: Sommer Ribeiro

Julio Pomar Nasceu em Lisboa em 1926. Frequentou os Cursos de Pintura das Escolas Superiores de Belas-Artes de Lisboa e Porto. Expôs pela primeira veZ em 1943. Em 1~.48 realizou as suas pdmeiras esculturas, colaborou em diversos jornais e publicou um álbum de "XXVI Desenhos". No período de 1949'"1951 realizou cartões para tapeçarias, vitrais, afrescos e cerâmica. Em 1951, dedicou-se à gravura e contribuiu ativamente para a organização da Cooperativa "Gravura".

Em 1957 e 1961 são-lhe atribuídos os Prêmios de Gravura e de Pintura, respectivamente na I e II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. Bolseiro daquela Institutição em 1963, instala-se em Paris, onde vive atualmente. Realizou exposições individuais: Desenhos, Galeria Portugália, Porto, 1947; Pinturas, desenhos. e cerâmicas, Sociedade Nacional de Belas Arte, Lisboa e Galeria Portrigália, Porto, 1950; Desenhos, Galeria de Março, Lisboa, 1952; Pinturas, Galeria do Diário de Notícias, Lisboa, 1962; Tauromaquias, Pinturas, Galeria La Cloche, Paris, 1964; Obras recentes 1963-65, Galeria' de Arte Moderna, S.N.B.A:, Lisboa, 1966; Gravura 1956-

-63, Cooperativa Gravura, Lisboa, 1967; Ilustrações Pantagruel, Galeria lU, Lisboa, 1967; ,46 Pinturas, 12 Desenhos (1969-1973), Galeria lU, Lisboa, 1971; Pinturas, Galeria III, Lisboa, 1974: Participou de exposições coletivas: Exposição de Arte Moderna,S.P.N., Lisboa, 1943; Exposição dos Independentes, Porto, 1945; Exposições Gerais de Artes Plásticas, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1946-57; II Bienal de São Paulo, 1953; I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Gulbenkian, Lisboa, 1957; I Bienal Internacional de Tóquio, 1957; Salão da Jovem Gravura, Museu Nacional de Arte Moderna, Paris, 1959; II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Gulbenkian, Lisboa, 1961; Exposição Internacional dos Jovens Artistas, Tóquio, 1964; ,Pinturas Européias, Galeria Suilerot, Paris, 1964; Arte Portuguesa, Bruxelas, Paris e Madri, 1965; Gravura Portuguesa Contemporânea, Fundação Gulbenkian, Paris, 1969; O banho turco, Museu do Louvre, Paris, 1971; 10 anos de Arte Portuguesa Paris, Fundação Gulbenkian, Paris,1971; Pintura Portuguesa de Hoje, Barcelona, Salainanca e Lisboa, 1973; O Retrato, Galeria La Cloche, Paris,1973; Gravura Portuguesa Contemporânea 1970'-75, Fundação Gulbenkian, Paris, 1975.

em

207


PORTUGAL

Paula Rego Nasceu em Lisboa, em 1935. Em 1954 passou a frequentar a Slade School of Fine Arts (Londres) e em 1962 foi bolsista da Fundação Calouste Gulbeljlkian, em Londres. Sócia do London Group, desde 1964. Prêmio de crítica Soquil em 1971. Suas principais exposições individuais foram: Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1966; Galeria S. Mamede, Lisboa, 1971; Galeria da Emenda, Lisboa. Participou de exposições coletivas: Young Contemporanies, Londres, 1955; London Group. Londres, 1959-1960-1961-1964-1965-1973; 11 Exposição de Artes Plásticas, Fundação Gulbenkian, Lisboa, 1961; Six Artists, Institute of Contemporary Arts, Londres, 1965; Ima· gem não Imagém, Galeria Quadrante, Lisboa, Bienal de Tóquio" 1967; Arte- Portuguesa, Bruxelas, Paris, Madri, 1968; X Bienal de São Paulo, 1969; 10 artistas da Galeria S. Mamede,' Lisboa, 1972; Pintura Portuguesa de Hoje, Barcelona, Salamanca, Lisboa, 1973; Artistas Modernos Portugueses; Galeria Quadrum, Lisboa', 1973; Expo A ICA, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1974; Figuração Hoje, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1975.

Ângelo de Souza Nasceu em Lourenço Marques em 1938. Frequentou, a partir de 1955-56, a Escola Superior de Belas-Artes do Porto - Curso de Pintura - tendo-se diplomado, em 1963, com adassificação final de vinte valores. Exerce, desde novembro de 1963, a função de segundo assistente, além do quadro, do 5.0 grupo, nas mesma Escola, com a responsabilidade de regência de cadeiras e é, desde novembro de 1972, por concurso, professor agregado. Foi bolsista, durante parte do curso Superior de Pintura e já, depois de formado, da Fundação Calou~te Gulbenkian. 208

No ano de 1967-64 foi-lhe atribuída uma British Council Schollarship para frequentar, em Londres, a Saint Martin~s School ôf Art-advanced course of pa'inting. tendo também frequentado a Slade School of Fine Art, printmaking department. Posteriormente, no ano de 1970, integrado no grupo"os quatro vintes", voltou a ser subsidiado pela Fundação Calouste Grilbenkian. Realizou, a partir de 1962, cenografias e figurinos para vários espetáculos encenados pelo Teatro Experimental do Porto. Fez parte da equipe encarregada, em 1970, da cenografia e figurinos para a festa do Dia de Portugal ' na Feira Internacional de Osaka. Desde o ano de 1966 tem-se dedicado, conjuntamente, à pintura e eSCültura e, desde 1968, à'fotografia e cinema de formato reduzido. Realizou exposições individuais: Pintura, na companhia de Almada Negreiros, Galeria Divulgação, Porto; 1959: Pintura, escultura e desenho, Poliute, Lourenço Marques, 1960; Cerâmica; Galeria Divulgação, Porto, 1960; Desenh-o, Galeria Divulgação, Porto, 1963; Pintura, Cooperativa Arvore, Porto, 1964; Pintura, GaletiaDivulgação, Lisboa, 1965; Pintura e desenho, Cooperativa Arvore, Porto, 1965; Pintura, !i-aleria lU, Lisboa, 1966; Pintura, Cooperativa Arvore, Porto, 1966; Pintura e escultura" Galeria Buc~oltz,lLisbolt, 1968; Pintura e escult1ira~ Galeria Divulgação, Porto, 1968; Escultura e desenho, integrada numa. sêrie de exposições do grupo os quatro'vintes, Galeria Alvarez, Porto! 1970; Escultura, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1972; Pintura dos anos 1965-66 e 71, Mini-Galeria, Porto, 1973; Pintura, 1971-75, Galeria Quadrum, Lisboa,1975~ Participou das seguÍlltes exposições coletivas: I Bienal de Paris, 1959; 11 Exposição de Artes Plásticas, organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa,1961; Expesição inaugural ~ Cooperativa Arvore, Porto, 1963; Sete Pintores Portugueses Contemporâneos, Galeria Tempo, Fvnchal, 1965; Exposição de Arte Moderna Portuguesa, organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian.Bagdad, 1966; H axposição de Arte Moderna, Funchal, 1967; Exposição do grupo Os quatro vintes,


PORTUGAL Galeria Alvare·z e Árvore, Porto, 1968; Exposição do grupo Os quatro vintes, S.N.B.A., Lisboa, 1969; Exposição Comemorativa do Cinqücntenário da morte de Amadeu de Souza Cardoso, Amarante, 1969; Exposição inaugural da Galeria Ogiva, Óbidos, 1970; Exposição do grupo Os quatro vintes, Galeria Desbriere, Paris, 1970; Exposição 'do .grupo Os quatro vintes, Galeria Zen, Porto, 1971; Exposição de Homenagem a Josefa deÓbidos, Óbidos, 1971; ExposiçãoA.I.C.A.-S.N.S.A., Socieade Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1972; I Bienaldos Artistas Novos, organizada pela Fundação Cupertino de Miranda, Famalicão, 1973; 26 Artistas de Hoje, exposição' dos artistas contemporâneos, contemplados com os prêmios e menções honrosas Soquil, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1973; Pintura Portuguesa de Hoje, SaIam anca, Barcelona e Lisboa, 1973; Exposição de Artistas Modernos Portugueses, exposição inaugural da Galeria Quadrum, Lisboa,1973; Salão de Março, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisbok, 1974; Abswlção-:Hoje, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1975.

Eduardo Batarda Fernandes Nasceu em Coimbra em 1943. Matriculou-se em 1960 na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. 1963-67 Curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. 1967-68 Curso Complementar de Pintura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. 1968-71, ilustrador de vários livros, atividade a que tem continuado a dedicar-se. 1971-74 Bolsista da Fundação Calouste Gulbenkian na School of Painting, Faculty of Fine Art; Roral College of Art, em Londres. Possui o diploma desta instituição (MARCA) e nela lhe foram atribuídos os seguintes prêmios: "Sir Alan Lane" (critica de arte, em 1973) e "John Minton" (pintura, em 1974). 1974.,.75 Desde o regresso a Portugal, colaborou como crítico de arte no semanário "Sempre Fixe". Realizou as seguintes exposiçÇ')es individuais: Galeria ,Quadrante, Lisboa, 1968; Fundação Calouste Gulben-

kian, Lisboa, 1975. Participou das seguintes exposições coletivas: Salão de Maio, Sociedade Nacional de Belas Artes~ Lisboa,I966; II Exposição de Arte Moderna do Funchal; 1967; Exposição de Arte Universitária. Sociedade de Belas Artes. 'Lisboa, 1967; Novas Iconologias. Galeria Buchholz. Lisboa, 1967; Últimas revelações da Arte Portuguesa, Galeria Quadrante, Lisboa, 1967; Galerias do Royal College of Art, Londres, 1971: Galerias do Royal College of Art, Londres, 1974.

Júlio Pomar 1. Banho turco, 1970. acrílico sobre tela 162 x 130 cm 2. Banho turco. 1970. acrílico sobre tela 130 x 162 em 3. Graça de abril, 1974. acrílico sobre tela 114 x 162 em 4. Fernando Pessoa,1974. acrílico sobre tela 162 x 115 cm 5. Tereza, 1975. acrílico sobre tela 114 x 162 cm Paula Rego 6. O enforcado, 1969. colagem, 'guache e acrílico sobre tela 12(}x 95 em

209


PORTUGAL 7. O narcisista, 1973. colagem, guache e acrílico sObre tela 122 x 122 em

17. Pintura, 1975. acrilico sobre tela 200 x 170 em

8. A grade, 1973~ colagem, guache e acrílico sobre tela 180 x 210 em

18. Pintura, 1975. ~crílico sobre tela 200 x 170 cm

9. Abdicação, 1974. colage1;Il, .guache e acrílico sobre tela 116 x loocm

19. Pintura, 1975. acrílico sobre tela 200 x 170 cm

10. Brancaflor (da série Cantos Tradicionais . Portugueses). guache 55 x 88 em 11. Brancaflor (da série Cantos Tradicionais Portugueses) . guache. 55x·88 em 12.

Brancaflor (da série Cantos Tradicionais

20. Pintura, 1975. acrílico sobre tela 200 x 170 cm 21. Pintura, 1975. acrílico sobre tela 200 x 170 em 22. Pintura, 1975. acrílico sobre tela 200 x 170 cm

Portugueses) . . guache 55 x 88 em 13. O diabo gato. guache 55 x 88 em 14. Astrês cabeças de ouro. guache 55 x 88 cm 15. Os dois vizinhos. guache 55 x 88 em

Eduardo Batarda 23. No chão, que nem uma seta, 1974. aquarela sobre papel 78 x 58 em 24. Mais uma perigosa infiltração trotskista (O rapto do polvo unido), 1974. aquarela sobre papel 78 x 58 em

Angelo de Sousa

25. Tintarella di luna (poema ecológico),1974. aquarela sobre papel 78 x 58 cm

16. Escultura, 1969-70. . aço insoxidável dimensões variáveis

26. O que faZ sorriras senhor~s, 1974 . aquarela sobre papel 78 x 58 em

210


PORTUGAL

27. Nova realidade (pintura livre escorre), 1974. aquarela sobre papel 78 x 58 em 28.

Nova realidade (inspiraçiio germJnica) ou,J,{ecuerdo de Otto Dix, 1974. aquarela sobre papel 78 x 58 em

29. Anarquistas de Petrogrado preocupados com Constadt, 1974. aquarela sobre papel 58 x 78 em

30.

Pintura executada até abril de 1974. aquarela sobre papel 78 x 58 em

31. Pintura executada até abrirde 1974. 1974. aquarela sobre papel 78 x 58 em 32. Pintura executada até abril de 1974. 1974. aquarela sobre papel 78 x 58 em

211


SENEGAL Exposição organizada pelo "Ministere de la Culture, Musée Dynamique", Dakar. Comissái.-io:Bocar Pathé Diong

o

grande etnólogo Léo Frobenius definiu a arte africana em sua essência como sendo "áspera, severa, tectônica". Essas palavras se aplicam exatamente às obras dos artistas senegaJe~es. Mais do que representar, eles devem revelar. Vela neles o espírito que os liga aos sentimentos, ao modo de vida de seus irmãos. Vejo riuma interiorização cada vez mais aprofundada e na descoberta de estrutur~s fundamentais de' caráter universal, o futuro da arte afrIcana. Desconfiando de todas as facilidades, das explosões da cor, do encan to ingênuo, do primitivÍsmoedas simplificaçõ~s. As forças espirituais de um povp levam por vezes séculos velando em silênció, o recolhimento e a obscuridade de suas catacumbas impostas, e bruscamente entram na era moderna com seu vigor milenar, mas sob novas e diferentes formas. A esses artistas está reservado, na Africa, o ~el que desempenharam, depois de Bizâncio, os primeiros pintores do Ocidente. . Jacques Lassaigne

Bocar Pathé Diong Nasceu em 1946, em Kaolack, no Senegal. Foi aluno da Escola Nacional de Arte e professor de Educação Artística.

212

Manifestações das quais participou: Festival Mundial da Arte Negra, err. Dakar, 1966;· Quinzena Artística Sacsen, em Dakar, 1970; Dez Anos.de Arte Senegalesa, em Estocolmo, 1970; XI Bienal· de São Paulo, 1971; Festival Internacional de Pintura de Cagnes-sur-Mer, França, 1971; SemanaSenegalesa na Tunísia, Tunis, 1971; Arte Senegalesa Contemporânea em Liege, Bélgica, 1973; 11 Salão dos Artistas Senegaleses em Dakar, 1974; Exposição no Centro Cultural Americano de Dakar, 1974; Festival Internacional de Quebec, C~{ladá, 1974; Arte Senegalesa Contemporânea, em Paris e em Estocolmo, 1974; Expôs em 1975 em Viena, Roma e México. "BocarPathé Diong é, dentre os artistas senegaleses, um dos mais talentosos pintores. Sua obra, já importante, se insere no q!ladro do que se estabeleceu chamar de patrimônio cultural do mundo negro. Foi, sem dúvida, depois do festival mundial da arte negra, que a arte de Bocar !lffiadureceu. O Senegal de hoje, tão propício à eclosão· literária e artística, propiciou-lhe a criação artística. O que nos impressiona na obra de Bocar Diong, é o alto grau do símbolo, o poder da evocação, o entusiamo dQ ritmo que daí se desprendem, sendo sua dinâmica ética e estética. Como os grandes mestres, Diong . busca sempre traduzir a vida em sua simplicidade cotídiana; dai provém essa tirâ'nica necessidade de fidelidade, que se manifesta, em nome da verdade sempre a conquistar.


SENEGAL Atualmente a meio caminho entre o 3.0· salão dos artistas senegaleses e o festival das artes negro-africanas de Lagos, Bocar Pathé Diong, pintor e poeta, nos dá seu ponto de vista, sobre questões ligadas à criação. "Eu li seus poemas. Especialmente aquele qlle o senhor intitulou de Sol Negro. ~ lindo. Esse poema, tão medido e ritmado, é também o tema de uma de suas telas. Qual é a parte do poema na obra d,<:>. artista que o senhor é?" Sol Negro - um poema7uma pintura, uma canção ... De preferência uma Olnção. Mas o sentido simples e profundo dessa obra· se distingue em sua significação simbólica. Por que simbólica? Porque está ligada ao cósmico. O sol é, e sempre foi, o signo primeiro da vida, o traço de união entre o dia e a noite, digo, entre a vida e a morte. Cada ser ressente em si mesmo, em momentos diferentes de sua existência, esse galopar do tempo ritmado pelo sol, esse mesmo sol que é por vezes de ouro, para a nossa paz, e por vezes de lama suja e preta por nossas penas. O poeta e o pintor formam, etn mim, um todo. Ambos exprimem""se. Complementando a visão. Trata-se de uma seqüência, e não de uma alternância. ~ isso que liga o poeta ao pintor." Mamadôu Traoré Diop

Ibou Diouf Nasceu em 1943, em Tivaouane, no Senegal. De 1961 a 1966 freqüentou a escola Nacional de Artes, Seção de Pesquisas Plásticas (Senegal). Obteve em 1966 o 1.0 prêmio no concurso de Cartazes do I ~estival Mundial das Artes Negras,. no mesmo ano o grande prêmio de tapeçaria, do 1 Festival Mundial das Artes Negras. Entrou como cenógrafo no Teatro Nacional Daniel Sorano em Dakar, em 1969. Realizou pesqusas sobre matérias plásticas, durante sua permanência na Suíça, em 1973. Participou das seguintes exposições: I Festival Mundial da Arte Negra, Arte Contemporânea, Dakar, 1966; V Bienal dos Jovens, Paris, 1"967; Expo 67, Montreal,

Canadá, 1967; I Festival.Cultural Pan-Americano, Arte Contemporânea, em Argel, 1969; X B~enal de São Paulo, 1969; Arte Senegalesa, Paris, Mont-de'-Marsan, Mâcon, França, 1969; Exposição individual no Centro de Intercâmbio Cultural de língua francesa, Dakar, 1970; Dez Anos de Arte Senegalesa em Estocolmo, 1970; XI Bienal de São Paulo, 1971; Bienal dos Jovens de Paris, 1971; Semana Senegalesa nã Tunisia, Tunis, 1972; Salão dos Artistas Senegaleses, Dakar, em 1973 e 1974; Arte Contemporânea Senegalesa, Liege, em 1973; II Salão dos Artistas Senegaleses, Dakar, 1974; Arte Senegalesa, Hoje, Paris, 1974; Arte Contemporânea em Estocolmo, 1974; Arte Contemporânea Senegalesa, Viena e Roma, 1975.

Younous Seye Nasceu em 1940 em Saint-Louis, Senegal. Pintor autodidata. Participou das seguintes exposições : I Festival Cultura, Pan-Africano, em. Argel, 1969; Exposição individual no Centro de Intercâmbios Culturais de língua francesal em Dakar; 1971; Exposição individual no Hotel Ivoire, em Abidjan, Costa do Marfim, 1973; I Salão dos Artistas Senegaleses, pakar em 1973 e 1974; Arte Senegalesa, Hoje, Paris, em 1974; Exposição individual no Teatro Daniel Sorano, Dakar em 1975.

Souleymane Keita Nasceu em 1947, em Dakar. Foi aluno da Escola Nacional de Artes de Dakar (artes plásticas) e chefe do Atelier de cerâmica de Soumbédioune. Participou das seguintes exposições: Centro Cultural de língua francesa de Dakar, 1969; I Festival Cultural Pan-Africanode Argel e Árte Senegalesa, apresentada eni Paris, Mont-de-Marsan· e Mâcon, na França, em 1969; Dez ânos de arte no Senegal, em Estocolmo, Festivalde I(ê, na Nigéria ~ Semana Senegalesa, em Mar-. rocos, em 1970;. Bienal dos Jovens em Paris, ExPosição

213


SENEGAL

particular de pintura .no Centro Cultural Francês em Dakar, Semana Senegalesa no Camerum e Exposição individual no Centro Saint-Exupéry, na Mauritânia, em 1971; Aquarelas senegalesas, no Centro Gaston Berger, em Saint-Louis, em 1972; Arte Senegalesa, Hoje, em Paris, em 1974; Três pintores senegaleses,no Centro Cultural Americano, em Dakar, em 1975. "Souleymane Keita; artista-pintor senegalês, cursou durante quatro anos a Escola de Artes de Dakar. Em seguida freqüentou os ateliers de cerâmica de Soumbédioune. Foi para de uma experiência enriquecedora, pois, daí em diante ele percebeu que somente a pintura lhe permitia exprimir-se totalmente e realizar-se. Abandoná então a cerâmica e volta definitivamente à pintura. Souleymane pinta uns guaches suaves, fluidos e sutis. Artista sensível, exigente, dono de seu ofício, ele se coloca entre os bons artistas de sua geração. Notamos, em suas obras, muitas maternidades, muitas vezes maternidades com gêmeos. Na África, o nascimento de gêmeos é con~iderado como uma marca do destino, um ppder particular. Se em certas regiões via-se nisso um sinal maléfico, os gêmeos foram também considerados como manifestações ideais de fecundidade, tornando-se, quase, objeto de culto. O nascimento gemelar nunca passa desapercebido na África, especialmente na África Ocidental. Esse nascimento tendo um aspecto mítico, Souleymane parece ter sido sensível a ele. Notemos também em suas obras várias cenas de aldeia, assim como de apresentação de peixes. Os tons utilizados pelo artista são muito suaves, muit~ pálidos, muito sóbrios. Entretanto, desde que a fauna submarina aparece, as cores se reavivam, explodem em vermelhos vi-

214

vos, em azuis elétricos, em amarelos-ouro. f: a multidão-salpicada de lama dos fundos coralíferos. A linha geométtiêa se afirma, e o estilo toma uma feliz aparência de art déco. Para as óbras onde a mulher aparece, Souleymane Keita envolve seus traços. Há enlaces, abraços e apertos. A linha não mais constrange, ela envolve docemente. A arte se torna poesia, sensibilidade e delicadeza. Em toda a obra desse artista, notamos essa alacridade das lembranças da infância, que tomam, aqui, dimensões joviais, da realidade por vezes esfumada onde a interpretação permanece bastante pessoal." Nicole Amiel

Amadou Seck Nasceu em 1950, em Dakar. Foi aluno da Seção de Pesquisas de Artes Plásticas na Escola Nacional qe Artes, \, em Dakar. Participou das seguintes exposições: I Festival Mundial das Artes Negras, em 1966; Expsoição Universal de Montreal, Canadá, 1967; Centro de Intercâmbios Culturais de Língua Francesa, Dakar, 1968; I Festival Cultural Pan-Africano (Arte Contemporânea), Argel, 1969; no mesmo ano, Semana Senegalesa, no Camerum, Bienais de Paris e de São Paulo e Exposições individuais em Dakar, Rouen e Evreux. Em 1972 participou da Feira de Lausanne, na Suíça, da Semana Senegales, na Tunísia, fez cenários do filme A Estrela do Sul e participou do I e 11 Salão dos Artistas Senegalesesa, em Dakar. Em 1974: Exposição individual de desenhos e guaches na Galeria La Tortue, Paris; Arte Senegalesa,Hoje, em Paris e Arte Contemporânea Senegalesa, em Estocolmo. Em 1975: Arte Contemporânea Senegalesa, em Viena e em Roma. . .


SENEGAL

Bocar Pathé Diong 1.

Khawaré. óleo sobre tela propriedade do patrimÔnio nacional

2. Oi~pério óleo sobre iela

Ibou Diouf

Younous Seye 4. Mulher com cauris. propriedade do pa:trimÔnio nacional

Souleymane Keita 5. parada. óleo sobre tela

3. O juramento.

Amadou Seck

óleo sobre tela

6. O grande juiz. óleo sabre tela

,I

.1

215


SÍRIA

Na República Arabe Síria, os trabalhos no campo da arte figurativa tiveram início logo após a independência, efetuada em 1946. No primeiro ano da independência, foi realizada a primeira exposição de pintura e escultura, reunindo trabalhos de todos os artistas nacionaIS.

Não foi por acaso que a independencia do país funcionou como marco iriicial para esta arte, e sim porque a nova vida nacional propiciou um ambiente favorável com influências diretas e imediatas sobre a cultura artística. Podemos dizer ainda que a arte figurativa na Síria nasceu com a conscientização nacioflal e cultura através das revoltas populares contra o colonialismo que explodiam aqui e acolá, de um período para outro, promovendo-se a.desocupação das forças colonialistas e a independência nacional. Antes disso, a pintura não passava de uma retratação da natureza que competia com a máquina fotográfica, sem contudo poder esconder a simplicidade ou a padronização involuntária que oscilava entre imptessionismo e a retratação superficial mais próxima da tradicional pintura européia de salões d os séculos passados. Havja também um classicismo próprio de alguns artistas neste período, sem passar de um volume reduzido de trabàlhos sérios devido ao curto fôlego da manifestação. " . A primeira exposição acima citada também não apresentou maturidade precisa, com laços fortemente 'atados à nova mentalidade e às novas técnicas em implantação por todo o país. Ela reuniu trabalhos que variavaPl 'entre o clássico e o impressionismo, incluindo

216·

muitas fantasias e vocações surrealistas. Mesmo assim f-oi uma iniciativa de grande valor, servinçlo de termômetro para avaliar a apreciação popular para o conseqüente entusiamo que levou o governo a oficializá-la como manifestação anual, colocando à disposição dos artistas vários prêmios materiais que servem de estímulo até hoje ... E desde os anos cinqüenta a arte passou a desenvolver-se em todas as dimensões.

o governo passou a oferecer bolsas· de estudos para os

que apresentavam vocações artísticas, enviando os bolsistas ao exterior para colher novas informações sobre a progressão artística, permitindo o aumento do número de artistas no país. Estas correntes começam a tomar lugar na arte Sír~ll sob vários aspectos, pois nela encontrava-se a imitação, o enxerto e a verdadeira assimilação das técnicas mundiais para serem usadas no âmbito nacional, recebiam os resultados positivos e negativos juntos, mas os negativos começaram a diluir-se no estilo próprio do nosso artista que começou a procurar a sua própria entidade para ser autêntico. Neste período de tempo, marcado de grandes eventOs extraordinários, próprios aos períodos revolucionários: a guerra de Suez,. a unificação e separação com o Egito, 8 de março, a guerra de 67 e a guerra de 73 ... O artista árabe evoluiu no estilo por meio da procura de formas adaptáveis a estes acontecimentos. E aqui não podemos esquecer. um aspecto importante nas obras de vários artistas, inspirados em dguns elementos de sua herança árabe, aspecto que foi o ponto de encontro entre estes :artistas e alguns artistas europeus que tentaram a'1?~oveitar alguns elementos da mesma herança. Destes,


SíRIA a .título de exemplo, podemos citar: Klee, Matisse e Plcasso.É a~sim, o artista sírio - como seus irmãos artistas árabes em vários estados -,- ao buscar inspiração na sua herança autêntica, marcou esse ponto de encontro de ambos com o artista ocidental ... Diante desta situação podemos sentir grande otimismo, que nos leva a rejeitar a idéia da imitação, pois nada mais há do que uma coincidência causada pela inspiração da mesma fonte, fonte que pertence de direito ao seu legítimo herdeiro. A herança, a nosso ver, para o homem contemporâneo de modo geral, não é senão o conjunto de vários elementos em estado primário, deles é possível ressuscitar o que pode viver e proporcionar à vida moderna aseriedade e o sangue. Mas cantar o passado glorioso e sua~ realizações, significando contentamento pelo passado e esquecimento do presente, é fato negativo, destruidor e mortal. Nosso artista sabe diferenciar entre os dois aspectos . . 1

Sua inspiração do passado nada mais é do que um ~le­ t;nento a fav?r. da vida que constrói a nova civilização arabe e partlctpa da evolução da civilização universal.

Mahmud Hammad Nasceu em Damasco, em 1923. Estudou desenho e escultura em Roma. Participou, desde 1944, da maioria das exposições realizadas no país, bem com~ organizou várias exposições na Itália e em outros países. Ganhador de vários prêmios, principalmente do prêmio do Conselho Superior de Arte e Literatura, em 1969. Atualmente é Diretor da Faculdade de Belas Artes em Damasc~.

. Massír Shouri Nasceu em Damasco, em 1920, Formou-se na Faculdade de Belas Artes no Cairo. Participa de exposições oficiais desde 1950. Ganhador de vários prêmios, realizou várills expOsições individuais. Atualmente é professor na Facul4acle de Belas Artes em Damasco. .

Fateh AI-Modares Nasceu em Alepo, em 1922-. Estudou arte em Roma e Paris. Participou de diversas exposições oficiais, obtendo um 1.0 prêmio em 1952. Figurou em exposições em Washington'Cuma das quais individual), e em outras capitais. Ganhou medalha de honra da VI Bienal de São Paulo, em 1961 e prêmio do Conselho Superior de Artes e Literatura, em 1968. É professor na Faculdade de Belas Artes em Damasco.

Nadir AI-Nabáa Nasceu em Damasco, em 1938. Estudou arte no Cairo e Paris. Participou de várias exposições nacionais e tnternacionais. Realizou várias exposições individuais. É professor na Faculdade de Belas Artes de Damasco.

~m

'Naim Ismail Nasceu na Antioquia, em 1930-. Estudou arte em Istambul, participou de várias exposições nacionais e internac~onais. Ganhou. prêmio do esta~o pelo conselho supertor de Artes e Ltteratura, em 1968. Realizou várias exposições individuais. Diretor de belas artes no Ministério da Cultura.

Ghassan AI-Sibaí Nasceu em Homs, ef!1_1939. Estudou pintura na Alexandria e escultura em Paris. Participou de diversas exposições nacionais.e internacionais. Catedrático da cadeira de escultura na Faculdade de Belas Artes de Damasco.

Is-Eldin Shamut Nasceu em Damasco, em 1942. Estudou na Faculdade de Belas Artes em Damasco. Especializou-se na arte de escultura, em Paris. Participou de diversas exposições naci.onais e internacionais. Professor de escultura na Faculdade de Belas Artes, em Damasco.

217


SíRIA

Mohamad Daaduch

Assad Curabi

Nasceu em Damasco, em 1934. Estudou pintura, escultura e artes plástiças em Roma. Participou de várias exposições nacionais e internacionais. Posssue uma sala de exposição em Damasco.

Nasceu em Damasco, em 1941. Cursou desenho na Faculdade de Belas Artes em Damasco. Pasrticipou de várias exposições nacionais e internacionais. Realizou diversas exposições individuais. Professor de desenho e pintura na Faculdade de Belas Artes em Damasco e no Centro de Arte Figurativa do Ministério da Cultura.

Sakher Ferzat Nasceu em Damasco, em 1943. Cursou desenho na Faculdade de Belas Artes em Damasco. Participou de exposições nacionais e internacionais. Realizou várias excursões artísticas na Europa e exposições individuais. Professor de desenho na Faculdade de Belas Artes de Damasco.

Ghiath Akras

Mahmud Hammad

Fateh AI-Modares

1. Escrita árabe L óleo sobre tela 55 x 75 cm 2. Escrita árabe 2. óleo sobre tela 55 x 75 cm 3. Escrita árabe 3 óleo sobre tela 55 x 75 cIp. 4. Escrita árabe 4. óleo sobre tela 55 x 75 em

Massir Shouri 5. Obra nO 31. acrílico sobre tela. 50::ic 75 cm 218

C ursou arte no Cairo e escul tura em Madrí e Paris. Teve participação na maioria das exposições oficiais. Expôs em Paris, Cairo, Cracóvia e outras capitais. Conquistou o 2.0 prêmio da Bienal de Alexandria em 1971. Professor de escultura na Faculdade de Belas Artos em Damasco.

11.

6. Obra n. O 52. acrílico sobre tela 59 x 79 cm 7. Obra n.O 53. acrílico sobre tela 70x50cm

Estudo em azul.

I',

óleo sobre tela 70x50cm

16. Obra n.O 2. acrílico sobre tela 50x50cm

12. Aldeia. óleo sobre tela 50x 70 em

17. Rosto. 'acrílico sobre tela 80 x 60em

13. A noiva. óleo sobre tela 50 x 70 em

i.,!

18. Vista n.O 1. acrílico sobre tela 80x80em

8. Obra n.O 54. acrílico sobre tela 75 x 90 cm

Nadir AI-Nabáa

9. Obra nO 55. acrílico sobre tela 65 x 81 cm

14. Rosto. acrílico sobre tela 50 x 50 cm

Naim Ismail

15. Obra n.O 1. acrílico sobre tela 50x50em

20. O longo caminho. óleo sobre teI;! 100 x 83 cm

·10.

Obra

h.O

16.

acrílico sobre tela 75 x 75 cm

19. Rosto - flores. acrílico sobre tela 8Ox80cm


SíRIA 21. Golao. óleo sobre teia 72 x 93 em 22. Represa de Eufrates. óleo sobre tela 100 x 70 em 23. Para o Campo. óleo sobre madeira 100 x 45 em 24. Maternidade. óleo sobre madeira 70x50em 25. Despida. óleo sobre madeira 70 x 50 em

Ghassao AI-Sibaí 26. A~e de duas cabeças. gravura 27 x 32 em 27. Rosto. gravura 25 x 35 em 28. A queda. gravura 35 x 20 em 29. Um homem e uma mulher. gravura. 32 x 12 em 30. Diálogo. gravura 33 x 20 em

3l. No quarto. gravura 33 x 20 em

Is-Eldio Shamut 32. Trabalho 0.01. gravura 65 x 50 em 33. Trabalho 0.0 2 gravura 50 x 37 em 34. Trabalho 0. 0 3. gravura 54 x 38 em

Mohamad Daaduch 35. Nu 0. 0 1. óleo sobre tela 70x 100 em 36. Nu 0. 0 2. óleo sobre telâ' 70x 100 em 37. Duas ouas. óleo sobre tela 70 x 100 em 38. Nu 0.0 3. óleo sobre tela 70x 90 em 39. Nu 0. 0 4. óleo sobre tela 70x 90 em 40. Nu 0. 0 5. óleo sobre tela 70x90em

Sakher Ferzat 41. Trabalho 0. 0 201. 120 x 70 em 219


slRIA

42. Trabalho nO 202. 70x50cm

50. Trabalho n. O S.

43. Trabalho n. O 203. 120 x 70 em

Ghiath Akras

44. Trabalho n. O 204. 70 x 50 em

45. Trabalho n. O 205. 120 x 70 em

Assad Curabi 46. Trabalho n.O 1. óleo sobre tela 47. Trabalho nO 2

óleo sobre tela 48. Trabalho n. O 3 óleo sobre tela

49. Trabalho n. O 4. óleo sobre tela

220

óleo sobre tela

51. Janela. escultura 25 x 23 em 52. Há um homem atrás de cada janela escultura 25 x 21 em 53. Crianças e Napalm. escultura . 31 x 23 em

54. Mulher crucificada. escultura 23 x 16 em

55. Há um homem atrás de cada janela escultura 24 x 38 em


SRILANKA Exposição organizada pelo Departamento de Assuntos Culturais do Srilanka, Colombo. Comissário: Donald Abeysinghe

o

povo do Srilanka é herdeiro de uma tradição artís~ tica há longo tempo estabelecida, tanto no terreno da pintura como no das demais artes. A história da arte no Srilarika é tão antiga quanto a da própria ilha, que se inicia no século V antes de Cristo.

A pintura contemporânea, por conveniência, pode ser sub-dividida em três categorias distintas, ou .. escolas" - a oriental, a acadêmica e a moderna. Os fatores que goverqam o crescimento da pintura no Srilankaja~em nas circunstâncias de sua história mais recente, quando o país se tornou uma república completamente independente, em 1973. Isto capacitou o artista, aO mesmo tempo em que redescobria sua herança nacional, a assimilar também alguns dos aspectos das melhores influências contemporâneas de outros países. Esta união essencial de respeito para o passado e de consciência do presente, tem sido favorável à atividade criativa. Não é surpreendente que a arte de nosso tempo tivesse que refletir as transições que tiveram lugar em outros países: as velhas e as novas tradições coexistem lado a lado. Será um ponto bastante claro que nenhum grupo de artistas, por muito bem selecionado que seja, poderá representar realnlente uma seção representativa das tendências da pintura .Im as potencialidades dos pintores interessados: mesmo um número três veZes maior de artistas ,dificilmente poderia conseguir incluir todas as

correntes existentes que, tomadas em seu conjunto, formam o fluxo principal da pintura no Srilanka. To~ davia, cada trabalho dos jovens contemporâneos selecionados é característico, seja pdo que dii respeito ao artista, seja em relação à geração em que ele vive. Isto dá uma idéia da riqueza, do talento dos jovens artistas de hoje, em busca de novos caminhos em direção a uma expressão própria mais completa, através de novas técnicas e interpretações.; a maioria deles revela uina tendência audaciosa no terreno da exploração e da experimentação.

Donald Ramanyaka Estudou Artes no Atelier da Escola de Arte, fundada por Gate Muldalyar A.C.G.S. Amerasekera, e com o pintor russo Dimitri Sofronoff. Dedica-se sobretudo à pintura de paisagens. Realizou exposições na Sociedade das Artes do Srilanka, nas Galerias do Instiqlto Real de Londres e participou de mostras internacionais em Nova Delhi, na Rússia, na China e em outros países. Atuallllente é presidente"do conselho das artes de Co~ lombo e vice-presidente da Associação Mundial dos Artistas e da Sociedade das Artes do Srilanka. É membro do Conselho de-Artes, Cultura e Ofícios, do Conselho Cultural do Srilanka. É o primeiro pintor desse país a ter trabalhos televisionados pela B.B.C. (1954). Participou do programa internacional de visitas aos Estados Unidos, em 1971, como representante oficial do governo do Srilank-a ,para as artes.

221


SRILANKA

H.A. Karunaratne

Mano Madawala

Dedica-se às artes gráficas, principalmente à litografia. Como pintor, ganhou vários prêmios locais. Obteve do Governo Japonês uma bolsa de estudos para pesquisa junto à Universidade de Belas Artes de Tóquio. Expôs na mostra internacional de artes gráficas. Realizou três exposições individuais, em Tóquio, entre 1959 e 1962. A Sociedade Amigos da Ásia concedeu-lhe U{I1a bolsa de estudos para viagem, em 1962. Recentemente, recebeu outra bolsa de estudos da Sociedade Fullbright, para estudar artes gráficas no Instituto Pratt de Nova Iorque. Leciona artes gráficas no Colégio de Belas Artes. Execútou um dos murais do aeroporto· internacional Bandaranaike, em Srilanka.

Militar de profissão, é um pintor autodidara. Alia o dinamismo do homem de ação à sensibilidade do artista. Realizou várias exposições individuais e coletivas. Tecnicamente, sua obra. foi influenciada pela gravura em ponta de prata usada no século XVI. Fruto dessa influência são os desenhos em branco e preto, presentes na XIII Bienal. Eles foram inspirados pelo poeta e visionário Kahlil Gibran, de origem libanesa.

Stanley Kirinde Há nos trabalhos de Stanley Kirinde uma especial preocupação pela textura. Sem ser um pintor realista, ele faz da realidade cotidiana o seu tema.

T ilak Abeysinghe

Priyadharshini Gunatillake

Nasceu em 23 de março de 1929. Estudou no'Colégio Rahula, no Colégio Matara, de St. Sylvester, em Kandy, Srilanka e no Colégio do Governo, de Belas Artes, de 1951 a 1956. Completou sua formação artística com o professor Dbmenico Cantatore, na Academia de Belas Artes de Brera, em Milão.

É autodidata e pertence à nova geração. Realizo~ duas

Expôs, anualmente, na Sociedade do Srilanka de Exposições de Arte (Galeria de Arte) e na Galeria Times. Seus trabalhos foram também expostos na Itália, Inglaterra, Nova China e Paquistão. Foi agraciado com inúmeros prêmios e distinções, entre os quais se destacam: prêmio do presidente e os concedidos pela Sociedade das Artes do Srilanka. Suas pinturas fazem parte do acervo permanente da Galeria de Arte do Srilanka. Além da pintura, o artista dedica-se ainda a: cenografia, fotografia, moda, cinema e ilustração de livros, especialmente infantis. Atualmente trabalha como desenhista no Departamento de Inspeção Geral do Srilanka: . .

222

exposições individuais em Srilanka, em 1972 e \1975, apresentando trabalhos em têmpera e aquarela. Participou de várias exposições coletivas em Colombo. É considerado o porta-voz da nova geração. Fez desenhos para capas de livros. .

Albert Dharmasiri Nasceu em Dedigama, em dezembro de 1938. É um artista gráfico e desenhista de selos. Diplomou-se em Londres, onde realizou exposições. Atualmente, leciona no Colégio Governamental de Belas Artes, ernColombo. Expôs na Bienal de Gravuras de Tóquio e na Bienal de São Paulo, em 1963.

Upasena Gunawardena Aos 16 anos, ingressou no Colégio Mahinda, em Galle e ganhou a Medalha Estrela de Prata, na Exposição da


SRILANKA"

Academia Real para Crianças, em Londres. Estudou pintura e escultura no Colégio do G.ove:no de Belas Artes, de 1954 a 1957. Realizou sua pnmelra exposição de pinturas, em 1968, ilustrando 108 versos 0.0 poema de Sinhala Selalihini Sandesaya, que foram mais tarde reeditados. Em 1959 estudou sob a orientação de Sri Ram Kiokar, em Santiniketan, na índia. Participou de várias exposições no seu país e no exterior: na Sociedade das Artes do Srilaoka; na Lanka Mahajana Kala Mandalaya; na Bienal de São Paulo, em 1967 e 1969; na Bienal de Paris, em 1969 e na Exposição "O homem e seu mundo", em Montreal, em 1969. Exerce ainda a profissão de cenógrafo e figurinista. Ilustrou inúmeros livros de autores locais. Foi recentemente convidado para ilustrar a capa da revista Hemisphere; publicação Ásia/Austrália. ' É secretário da Associação de Arte da Lanka Mahajaoa Kala Mandalaya.

zada pela Sociedade de Belas Artes do Srilanka; no mesmo ano, recebeu a medalha de ouro para o melhor trabalho criativo na Exposição de Arte inter-escola, organizada pela Federação de Estudantes Budistas do Srilanka; ganhou o Pavão de our(), prêmio concedido na exposição de pinturas do Srilanka, dirigida por Hela Kala Sangamaya.

w. A. Ariyasena Estudou no Colégio Técnico do Srilanka. Foi agraciado "com uma bolsa de. estudos pelo Departamento cultural, para estudar arte na Europa. Atualmente, leciona n.o Instituto de Estudos Estéticos, na Universidade de Srtlanka.

Q. V. Saldin Completou um curso de desenho e pintura, no Colégio Técnico do Srilanka. Obteve uma bolsa de estudos, da Academia de Belas Artes, em Florença. Atualmente, leciona no Instituto de Estudos Estéticos, na Universidadede Srilanka.

Sarath S.H. Fez o ~urso de pintura e escultura no Colégio Governamental de Belas Artes de Colombo. Expôs seus trabalhos na Galeria Lionel Wandt, de Colombo, em 1972 e em 1974 e na Galeria Bmich. Atualmente trabalha coco Diretor de Arte de dois filmes Sinhala.

Lionel Ranaweera Fez o curso de escultura no Colégio Governamental de Belas Artes. Obteve inúmeros prêmios, tanto em pintura como em escultura: o certificado de distinfão, concedido à melhor pintura, pela Sociedade de Belas Artes do Srilanka; o- Prêmio Presidente, para a melhor pintura, na Exposição Anual de 1971, realizada e organi-

Sarath Surasena Nasceu em Colombo, em 30 de junho de 1942. Estudou arte no Colégio Governamental de Belas Artes, em Colombo. Estudou desenho industrial na Inglaterra, com bolsa de estudos concedida pelo programa educacional Strive (Sociedade para Treinamento de Indústrias Rurais e Empreendimentos de Aldeias). Estudou arte indiana e estética, durante seis meses, na Universidade Vishva Bharathi, em Shantiniketan, no Bengala (índia). Estudou desenho e cerâmica na Nippoo Toki Kabusiki Kaisha, no Japão. É atualmente, chefe da corporação de cerâmica do Sri-

223


SRILANKA

lanka, na seção de desenho e professor. VIsItante de História da Arte no Instituto de Estudos Estéticos na Universidade de Srilanka.

AshleiHalpe É autodidata. Expôs, pela primeira vez; na Sociedade

das Artes do Srilanka, em 1951. Realizou exposições em Colombo, Bristol, Londres e São Paulo. Foi orientado em seu trabalho por Donald Ramanayake e Harry Pieris.

Sunil Premadasa Pintor autodidata. Executa sUas obras dentro dos padrões tradicionais e utiliza tintas de sua própria fabricação caseira. Foi agraciado com prêmios e certificados nas exposições de que participou. Tomou parte em exposições na Alemanha e no Japão. Além de pintor, é, também, jornalista e poeta.

Tilak Abeysinghe·· 13. Paz e ilusão. óleo

Q. V. Saldin Ritmo.

l.

óleo

Mano Madawala 2.

O espírito cativo desenho

H. A. Karunaratne 3. Trio. óleo 4. O cego. óleo

Stanley K.irinde 5. Históriade Jataka. óleo

Ashley Halpe 6. Coração das trevas. óleo

224

Sarath Surasena 7. Jagan Matha R Pasupathi. óleo

. 8. Dois reis. óleo

Sunil Premadasa 9. O mundo da mulher. óleo

Priyadharshini Gunatillake 10.

Composição. óleo

Donald Ramanyaka Il.

No auge do meio-dia. óleo

Lionel Ranaweera 12.

Aspectos da vida. óleo

14. Flores. óleo 15. Estudo (branco e preto). pintura

S. H. Sarath 16. De casa em casa. óleo

W. A. Ariyasena 17. Composição; óleo

Albert Dharmasiri 18. Pois monges budistas. óleo 19.

Nu. água-forte

Upasena Gunawardena 20. Lugar refrigerado. óleo


SUIÇA Exposição organizada pela "Office Fédéral des Affaires Culturelles et la Commission Fédérale des Beaux-Arts··. Comissário: Lisetta Levi Após a segunda guerra mundial o conceito de arte construtiva tornou-se por assim dizer o marco distintivo da jovem arte suíça no cenário internacional. A arte concreta representada por Max Bill, Richard P. Lohse e CamilJe Graeser teve sólida descendência que vive ainda hoje. Isto foi evidenciado em várias participa.ções da Suíça na Bienal de São Paulo. Mas cedo fá se tinham igualmente manifestado na Suíça outras tendências. Estas mal se dei:xam reduzir a um denominador comum, a t}ão ser talvez por um certo elemento irracional. Po~ deríamos então chamá-las de, mitologias individuais. A obra de Gianfredo Carnesi na última Bienal nos fQrnece um b<l>m exemplo. Cada um dos três artistas apresentados este ano ocupa um lugar de destaque na arte suíça atual. Têm poucas características em comum. Rolf beli, desenhista e pintor genuíno, tornou-se na década de cinquenta o maior representante do tachismo na Suíça. Inicialmente, suas pesquisas basearam-se no estudo da articulação do espaço pictural. Reconhecendo, entretanto,' que estas pesquisas poderiam lançá-lo no expressionismo abstrato, voltou-se então para os objetos do meio circundante, a maddra e posteriormente o ferro fundido. Tomando-os como assunto pictórico, o artista estudou-os COnl uma meticulosidade quase camponesa imprimindo-lhes um estranho caráter. Nesta época o interesse pela pintura epelo desenho ganha um novo alento. As regulares temporadas em sua propriedade rural, Saint-Romain, na Borgonha, exerceram uma influência decisiva sobre sua vida e sua arte. Descobriu a terra como matéria construtiva. O ser humano

se esconde atrás de uma crosta térrea ou dum feixe de palha; em obras recentes, torna-se· ser quimérico, biomorfo: homem-cogumelo ou homem-cacto. Em expressiva linguagem gráfica e pictórica este ente primitivo, este ser da natureza se contrapõe às manifestações degeneradas das civilizações urbanas. CarlBucher veio à pintura em 1960 como autodidata. N a época, sua obra infomal inspirava-se nas "texturologias" de Dubuffet. Mais tarde delineou a forma duma astronave fantasmagórica. Durante prolongadas estadas no Canadá e nos Estados Unidos estes "landings" assumiram a forma de corpos de intenso colorido. Após as Ações em museus americanos com a apresentação de matérias sintéticas fluorescentes, Bucher voltou a uma criação plástica tranquila, quase anônima. Seu regresso a Zurique marca nova fase de criação a partir da maleahilidade plástica de estofos e panos. Renuncia à policromia. Aplicando uma técnica própria à matéria sintética, fixa as dobras de tecidos e encerados em relevos rígidos. Ou cobre armações de panejarnentos. Os relevos e corpos hirtos que resultam deste processo têm superfície arenosa, áspera e sua cOr varia do cinza claro ao 'avermelhado escuro. Estes vultos têm. o aspecto enigmático de relíquias calcinadas de um mundo inumano. Urs Luthi salientou-se, mal completara vinte anos, com pintura:s, assemelhando-se a moldes delicadamente coloridos. Nessa época sofre a influência da Pop Art e também a do construtivismo. Participou de Ações, fez


SUíÇA tentativas com filmes e logo descobriu a própria pessoa que veio a se tornar mais e mais o tema central. Isto significava renunciar à pintura e, paralelamente a sutís trabalhos de desenho, recorrer ao uso cada vez mais exclusivo da fotografia para a representação e encenação da própria pessoa. Tenta toda classe de alargamento e alienação de sua figura. No processo ganha sentido a área crepuscular entre feminino e masculino. Aspectos dos travestis são investigados. Luthi traz assim importante contribuição ao domínio do "transformer". Faz parte dos elementos fundamentais de sua obra impregnada de narcisismo a representação do próprio ego como receptáculo dos estados de alma e das situações próprias ao ser humano. Isto é evidenciado principalmente nas obras cíclicas. Luthi é hoje um dos principais represe-utantes da "body art", ou arte corporal, que usa do próprio corpo como linguagem figurativa. Willy Rotzler

Participou de inúmeras exposições coletivas, sendo as principais: Neuchâtel, Musée des Beaux-Arts, "La pinture abstraite en Suisse", em 1957; Cassel, Documenta 2, em 1959; Paris, Musée d'art moderne, Salon de mai, em 1959; Pittsburgh, International exhibition of modern art, 1961; São Paulo, VII Bienal, em 1963; Zurique, Kunstgewerbemuseum, "Geschichte der Collage", 1968 ; Veneza, Bienal Internacional de arte gráfica, em 1971; Genebra, III Salon de la jeune gravure suisse, em 1971; Paris, 31 artistes suisses conte1P.por~ins, em 1972; Cassel, Documenta 5, em 1972; Winterthour, Genebra, Lugano, Ambiente 74, 1974.

Rolf Iseli

Carl Bucher

Nasceu em Berna, em 1934. Entre 1950-54 estudou na Escola de artes e ofícios de Berna. Realizou uma estadia em Paris, ligando-se nesta época à corrente pictéJrica informal.

Nasceu em Zurique, em 1935. Fez estudos de diri:lto na Universidade de Zurique. Cursou a Escola de artes e ofícios de Zurique, dedicando-se à pintura. Começou a expor a partir de 1961. Realizou o primeiro "landing", astronave fantástica, em 1963. Sua estada em Montreal e Toronto, como bolsista do Conselho das Artes do Canadá, data de 1970. Adotou durante 365 diãÇa alcunha de "Carl Lander" derivada da palavra , 'landing" .

Em 1962 foi a Nova Iorque; entrou em contato com Barnett Newman, Alfred Jensen, AI Held. Em 1964 teve início a série de colagens. Realizou, em 1966, as primeiras litografias, gravuras sobre cobre e Objetos em madeira colorida. Estada em Moscou em 1967. Produziu seus primeiros objetos de metal e ferro, em 1959 e no ano seguinte utilizou a terra como matéria pictórica. o

St. Gall, 1971; Galerie Mollenhoff, Colônia, 1971; Galerie Raeber, Lucerna, 1972; Galerie Riehentor, Basiléia, 1972; Galerie Gaetan, Genebra, 1973; Galerie Stummer + Hubschimd, Zurique, 1973; Museum, Ulm, 1974; Cabinet des Estampes, Genebra, 1975; Kunstmuseum, Berna, 1975; Galerie Veith Turske, 1975.

Vive desde então alternadamente em Berna e Saint-Romain, na Borgonha. Expôs individualmente em: Berna, Galerie 33, em 1965; Galerie Riehentor, Basiléia, 1960; Galerie Bernard, Soleure, 1962; Galerie Renée Ziegler, Zurique, 1965; Kunsthalle, Berna, 1965; Galerie Toni Gerber, Berna, 1968; Kunstmuseum, Lucerna, 1968; Galerie Loeb, Berna, 1970; Kunstverein, Soleure, 1970; Galerie Lock, 226

De 1972 a 1973 viveu em Hollywood e Santa Barbara (Califórnia), voltando para Zurique em 1974. Suas exposições individuais foram: no Clube Bel Étage, Zurique, 1962; na Galeria d'arte Santacroce, Florença, 1963; na Galeria Bischofberger, Zurique, 1966 e 1969; na Galeria d'Art moderne, Basiléia, 1970; no Museum of Contemporary Crafts, Nova Iorque, 1971; Musée d'art contemporain, Montreal, 1971; Gallery Moos, Toronto, 1971; Tacoma Art Museum, Washington, 1972; Los Angeles Country Museum of Art, 1972; Cal.,


SUíÇA Ester Bear gallery, Santa Barbara, 1973; Kunsthaus, Zurique, 1975. Participou de várias mostras coletivas, sendo as principais: Galerie Handschin, "Perspectiven", Basiléia, 1964; Galerie d' ArtModerne, "Unter 40" , Basiléia, em 1967; Helmhaus, "Zürcher Künstler, Zurique", em 1968; Pulchri Studio, Haia, em 1968; Galerie d'art moderrie, "Dimensionen 1969", Basiléia, em 1969; "Terre des hommes", Montreal, 1972 e 1975; VI Exposition suisse de sculpture, Bienne, 1975.

Urs Lüthi Nasceu em Lucerna, em 1947. Frequentou a Escola de artes e ofícios de Zurique e a Academia de Bl'era em Milão. Fez suas primeiras exposiçÕes de quadros e objetos em 1966. Realizou, em 1968, filmes de curta metragem e utilizou a fotografia para a encenação da própria pessoa. A partir de 1970, além de desenhos, produz somente cidos de fotografias sobre tela ou sob forma de publicações - Performances - em relação com exposições.

Vive em Zurique e Milão. Realizou inúmeras exposições individuais, sendo as principais: Galerie Beat Mader, Berna, 1966; Galeria Palette, Zurique, em 1966-1969-1972 e 1975; Galleria Diagramma, Milão, em 1972 e 1973; Galerie Krinzinger, Innsbruck, em 1973; Paris, Galerie Stadler, em 1974 e 1975; Galerie Schema, Florença, em 1974; Ga. lerie De Appel, Amsterdam, em 1975. Suas principais exposições coletivas foram apresentadas em: Knnsthaus, "Wege und Experimente", Zurique, 1968; Kunstmuseum, "Visualisierte Denkprozesse", Lucerna, 1970; Cultural Center, "Swiss avant-garde", Nova Iorque, 1971; VII Biena1e de Paris, Paris, 1971; Museu de arte moderna, Rio de Janeiro, em 1973; Musée Rath, "Biennale suisse de l'image multipliée", Genebra, em 1974; Gallery André EmlIlerich, Nova Iorque, em 1974; Galerie Stadler, "L'art corporel", Paris, 1975; Museum of contemporary art, Chicago, 1975; Institute of contemporary art, Pennsylvania, 1975; IX Biennale de Paris, Paris, 1975.

Rolf Iseli 1.

Sombra azul, 1972. guache 105 x 105 em

4. Homem de St-Romain, 1973. guache, terra, palha 80 x.110 em

2. Cogumelo. 1974. guache 105 x ISO cm

5. Ieti, 1973. guache, terra, palha 80 x 110 em

3. Estados caóticos, 1974. guache lOS x 1SOcm

6. Macaco primitivo bernês, 1975. guache com terra 80 x 110 em 227


SUíÇA

7. Homem do junco, 1975. guache, terra, junco 80 x 110 em

17. Peça para parede 27, 1974. polystone 140 x 130 em

8. Homem da terra, 1974. guache com terra 80 x no em

18. Peça para parede 52, 1975. polystone 140 x 240 em

9. Homem solutreano, 1973. guache, terra, palha 80 x no em

19. Peça para parede 53, 1975. polystone 152 x 141 em

10. Homem cogumelo A, 1974. litografia 81 x 122 em

20. Peça para parede 60, 1975. polystone 152 x 141 em

11. Homem cogumelo B, 1975. litografia 81 x 122 em

21. Peça para parede 62, 1975. polystone 255 x 43 em

12. Homem cogumelo C, 1975. litografia 1/2 81 x 122 em

22. Peça para parede 72, 1975. polystone 175 x 190 em

13. Homem cogumelo D, 1975. litografia 3/6 81 x 122 em

23. Peça para chão 27, 74, 1975. polystone . 122 x 140 x 140 em

Carl Bucher

24. Peça para parede 77, 1975. polystone 238 x 18 em

14. Peça para parede 17; 1974. polystone 150 x 225 em

25. Peça para parede 82, 1975. polystone 235 x 41 em

15. Peça: para chão 21, 1974. polystone 173 x 95 x 73 em

Urs Luthi

16. Peça para parede 21, 1974. polystone 367 x 79 em

26 - 46. "The numbergir}", 1973. fotografias sobre tela (20) 98x69em

228

I.


TRINIDAD Y TOBAGO Exposição organizada pelo "Ministry of Education and Culture". Comissário: M. P. AUadin

o número de exposições coletivas e individuais,

realizadas anualmente em Trinidad y Tobago comprova o contínuo interesse no campo das Artes Visuais por parte da maioria dos habitantes desse pequeno país. Bancos, escolas, salões de igrejas, o Museu Nacional e a Galeria de A~te, centros da comunidade,· todos são locais para exibir artes e ofícios de vários graus de sofisticação. As formas de expressão pictórica s.ão também mutáveis· e crescentes. Considerando que; no passado, os quadros eram limitados, em grande parte,. a ·simples pintllra e desenho, hoje em dia, mais e mais quadros são executados com os processos de colagem, gravura e batik. Além disso, as obras de escultura são cada vez mais frequentes.

Os temas também estão mudando. De um interesse inicial f()calizado principalmente no meio local, passa-se à exploração progressiva de temas ~e imagens internaCIonaIS. A produção de obras n,ão figurativas é crescente. As obras incluídas nesta XIII Bienal são, como habitualmente, poucas,· mas conseguem dar uma fndicação daquilo que ç:stá sendo feito em termos de criatividade artística no campo da pintura, no atual estágio de nos. so desen'volvimento. M. P. Alladin

tantes artistas·do país. É conhecido internacionalmente no campü da educação artística e da museología. Estudou na Grã-Bretanha, com bolsa de estudos, alCançando certificado de mestrado no Colégio de Birmingham de Artes e Ofícios, e também nos Estados Unidos, na Universidade M. A. Columbia. Ensinou no Canadá e nas Indias Ociden~ais, tendo viajado e estudadü extensiva~ mente. Desde 1944 seus trabalhos têm sido exibidos em exposições coletivas e individuais na Grã-Bretanha, na Espanha, nos Estados Unidos, no Canadá, em São Paulo e na região do Caribe.Está presente em coleções de vários países. Participou de várias comissões e foi agra·· ciado com vários prêmios e distinções importantes pela ·'S1la arte, seus produtos artesanais e seu trabalho de organização. Além da escultura, interessa-se tambéÍn por literatura e rádio. Seus temàs incluem çenas de gênero e também experimentais, de expressão não-objetiva em varias media.

Alexis Ballie Nasceu em 1930. É pintor, gravador, conferencista e professor de Arte no Teacher's Collgee. Em 1966-1967 estudou arte na Inglaterra, no Goldsmith's College, Universidade de Londres, como bolsista do Commonwealth do Reino Unido. Seus trabalhos são, tecnicamente, de alta qualidade e têm· sido mostrados em exposições coletivas, nas índias Ocidentais, no Canadá (Expo 67), nos Estados Unidos, na Inglaterra cem São Paulo. O homem e a paisàgem são seus temas preferidos.

M. P. Alladin

Vera Baney·

Nasceu em 1919, em Trinidad. É um dos. mais impor-

Ceramista e gravadora. Estudou no Colégio de Arte


TRINIDAD Y TOBAGO

Brighton, na Inglaterra, na Alfred University e na Universidade de Maryland. Realizou quatro exposições individuais em Trinidad, uma nos Estados Unidos, e participou de numerosas exposições coletivas em Trinidad, no Canadá e nos Estados Unidos. Seu trabalho está presente no Museu Nacional e na Galeria de Arte de Trinidad, e em coleções particulares locais e de vários países.

Isaiah Boodhoo Boodhoo nasceu em 1932. Após ter concluído seus estudos no Naparima Teacher's College, frequentou o Brighton College de Artes e Ofícios, na Inglaterra (A. T. c., 1962), onde fez seu aprendizado em artes. Obteve o título de Mestre de Artes e, posterIormente, o de doutor, pela Escola de Belas Artes nós Estados Unidos. Participou de várias exposições coletivas em Trinidad, na Inglaterra, nos Estados Unidos e em São Paulo. Realizou exposições individuais em Trinidad. Além da pintura, dedica-se à' ajuda à criação literária e ao magistério no Teacher's College em Trinidad.

Willie Chen Nasceu em 1934. É autodidata. Começou a pintar e a expor há uma quinzena de anos. Participou de mostras coletivas em Trínidad, na Inglaterra e Estados Unidos. Expôs individualmente em seu país. Obteve vários prêmios. Além de pintor é também homem de negócios.

Holly Gayadeen Nasceu em 1930. É professor de arte e artista. Estudou arte e e~ucação artística no Colégio de Arte West of . England, em Bristol, como bolsista do Commonwealth. Obteve o bacharelado em Belas Artes na Escola de Arte da Califórnia, nos Estados Unidos. Participou de im-

portantes exposições locais e internacionais: na Inglaterra, no Canadá, nos Estados Unidos, no Caribe e em São Paulo. Gayadeen é pintor, ceramista e desenhista, e trabalha em vários medias, estando constantemente fazendo experiências com novas formas e idéias. Foi agraciado com importantes comissões e foram feitas importantes aquisições de suas obras. Desenvolveu, ao longo dos anos, uma técnica e um estilo que oscilam entre a expressão semi-abstrata e a abstrata.

Jones Gilbert Nasceu em 1926. É professor da escola secundária de Artes e Ofíçios.Começou a pintar em 1950. Estudou recentemente nos Estados Unidos, onde obteve o Grau d(Mestre em Arte e Educação Artística. Realizou exposições individuais em Trinidad e nos Estados Unidos. \"Seus temas, geralmente refletem a vida local e são executados em estilo naturalístico. Atualmente é Presidente da Associação de Professores, de Arte.

Samud Ishak Nasceu em 1928, na Guiana. Estudou arte no Teacher's College, em Trinidad, Organiza cursos, além de ensinar arte em instituições educativas. Participou de várias exposições coletivas, n~cionais e internacionais: na In,glaterra, Canadá, e em São Paulo. Seus trabalhos estão presentes em diversas coleções. Executa seus trabalhos, de conteúdo figunitivo, em óleo ou encáustica.

Arthur Magin Nasceu em 1912. Excetuando um curto período passado na Escola de Arte de Heartherley, no Reino Unido, em 1963, é autodidata. Participou de exposições organizadas pela Sociedade de Arte de Trinidad; desde 1960 e de


TRINIDAD Y TOBAGO outras internacionais, nas índias Ocidentais, no Canadá, nos Estados Unido!;>, no Reino Unido e em São Paulo. Individualmente expôs em Trinidad. Atualmente, Magin efetua experiências, especialmente com époxi, meio com o qual ele produz abstrações em cores brilhantes.

Nina Squires Nasceu em Trinidad, em 1929. Começou a pintar na Inglaterra em 1953. Estudou por um breve período em Hammersmith e na Escola Central de Artes e Ofícios em Londres. Em 1953 foi-lhe concedida a distinção Alcoa. Seus trabalhos têm sido expostos em outras comunidades das índias Ocidentais, na Inglaterra, nos Estados Unidos, Brasil, Espanha e Canadá. Tecnicamente suas obras são serigrafias e óleos e seus temas incluem naturezas mortas e vários aspectos do meio ambiente.

Noel Vaucrosson Nasceu em 1932. Exerce a profissão de arquiteto. Obteve

M. P. Alladin l.

País em desenvolvimento.

Líderes poderosos. acrílico 165 x 117,5 cm

Alexis Ballie 3. Arranjo de árvore. linogravura 65 -'Ç 47,5 cm

Marguerite Wyke Estudou pintura na Escola de Arte Grand Central de Nova Iorque e na Academia Ronson de Paris. Seus mosaicos, em cerâmica e vidro fundido - técnica estudada com Madame Étienne Martin, em Paris - figuram em coleções particulares no Canadá, nos Estados Unidos, nas índias Ocidentais e na Dinamarca. Em 1962 foi presidente da Comissão que organizou as comemorações da independência de Trinidad y Tobago e foi agraciada com a Ordem do Império Britânic.o. Participou de numerosas comissões governamentais, relacionadas com artes visuais e outras atividades culturais.

Vera Baney 4.

Delta. água-forte 40 x 47,5 cm

monogra vura 75 x 45 cm 2.

o grau de mestrado em 1967, na Universidade McGill, no Canadá. Participou de mostras coletivas e individuais em Trinidad e no Canadá, em São Paulo e Washington. Possui obras na Coleção Nacional de Trinidad y Tobago e em coleções particulares no Caribe, no Canadá, Estados Unidos, Inglaterra e Austrália. Seus trabalhos têm sido expostos na representação de Trinidad y Tobago. Trabalha de preferência com aquarela e seu estilo oscila entre o realismo e o semi-abstrato.

5. Ilusão Noturna. água-forte 40 x 47,5 cm

Isaiah Boodhoo 6.

WiIlie Chen 7. Noturno. óleo 75 x 100 cm

Holly Gayadeen 8. V 00 dos pássaros amarelos. monogravura 60 x ,?7,5 cm

O rei e a rainha dos Bandos. óleo 101,2 x 86,2 cm

231


TRINIDAD Y TO'BAGO

9. Olho do furacão. acrílico 87,5 x 67 em

Jones Gilbert 10. Tr:~alhadores

no preparo da compra.

Nina Squires 15. Mulher aflita. óleo 80 x 62,5 em 16.

óleo 9Ox60cm

acnltco ' 67,5 x 57,5 em

, Samuel Ishak Amor de mãe.

11.

pintura sobre cera 55x 65 cin

Noel Vaucrosson 17. A ~~lta de nossos antepassados do Caribe N. o 1 acnbco, aguada 80 x_95 em 18.

12.

Bananas.

Joeirdros;

Lar na floresta d~ nossos ancestrais do Caribe. aquarela 80 x 95 em

óleo 55 x65 em

Marguerite Wyke Arthur Magin 13.' Embrião. époxi 76,2 x 56,2 em 14.

Figuras dentro da noite. époxi 76,2 x 56,2 em

232

19.

E!egia a Moçambique. ,pIntura e colagem 85 x 67 em

'

"


URUGUAI Exposição organizada pelo Ministério de Cultura, Comissão Nacional de Artes Plásticas. Comissário :Jorge Paéz Vi!aró

Zoma Baitler Nasceu na Europa, em 1908.' Estudou na Escola de Artes e Ofícios, de 1922 a 1927, candidatando-se ao ateIier do pintOr. Paul Kaufmann, na Lituania. Radicou-se no Uruguai em 1927. Estudou com Joaquim Torres García em 1935. Em 1937 foi editor da revista de arte Perieo. Realizou diversas viagens à Europa, Estados Unidos, Extremo Oriente e Africa do Sul. Desempenhou várias vezes as funções de Adido Cultural do Uruguai em Israel, foi membro da ComissãO Nacional de Belas Artes e ministrou cursos e conferências pela telev~são uruguaia. Expôs no Salão de Artes Plásticas, em 1937; no Salão Oficial, em 1938 e 1947; no Salão Municipal de Artes Plásticas, em 1939, em 1942, em 1944 e em 1949; no Salão Nacional, 1939, 1942, 1944, 1952 e 1962; no VI Salão de Outono, em 1945; na Bienal Hispano-Americana, em Barcelona, 1951; na Bienal de Veneza, em 1958; tendo também realizado exposições individuais e participado de várias coletivas no Url,lguai e no exterior. Detentor de diversos prêmios, suas obras figuram em coleções particulares na França, Canadá, Venezuela, Brasil, Suíça, Itália, Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha e Israel, além de integrarem o acervo dos principais museus uruguaios. . 'Uma grande evolução marca a pintura de ZQma Bai.: der. desde suas primeiras fases impressionistas até a maturidade nesta escola, verdadeiro. pós-impressionismo nacional, com características próprias. (. .. ). ... E a,qnele artista impressionista que andava por chá-:-

caras e campos, ladeiras e caminhos, montanhas e morros enfrentando a natureza com seu cavalete colocado à ~aneira dos pioneiros franceses, tornou-se quase um introvertido, e foi no. atelier que encontrou a maturação de seu talento. Não que natureza deixasse deinteressá-Jo. Pelo contrário, seus temas têm início na visão objetiva das coisas. Mas é já a nova senda do pintor, a recriação do objeto, o que· o estimula a prosseguir sobre uma mesma tes~itura, e dedicar-se à minuciosa faina de arrancar-lhe todo o .sumo cromático que ela pode conter para expressar-se. ( ... ).

a

Enche-se de luz e trabalha novamente napai~agem. Mas esta já possui a rígida disciplina de um trato severo e amplo. O arsenal do inipressionista deixou-lhe a beleza das cores. Eé com meditada, esclarecida pri::disposição a essa beleza, que ele se aprofunda com aptidões atinentes à composição., que se exercita e se aprimora no estilo. Aquela depuração que se foi gestando durante anos, chega aqui aos quadros de Zoma com a lógica de seus grandes recursos. ( .. ). O tempo passa·. Os interiores, as ruas, são ditados por um controle de equilíbrio, sem apagar o fator emotivo. Aí reside, a nosso ver, o valor de sua obra. Serve,.se da técnica, da escola, sem no entanto chegar a juntar-se ao imitativo. A idéia de que a pintura é uma engrenagem que há séculos vem proporcionando ensinamentos e deixando um espaço que poucos sabem ver, opõe-se o claro exemplo de um pintor uruguaio que soube ver e tri unfar . " Eduardo Vernazza (excertos de comentário)

233


URUGUAI

Jorge Paez Vilar6 Nasceu em Montevidéu, em 1922. Realizou numerosas viagens de estudo pela Europa e pela América. Foi comissário nas Bienais de São Paulo e Veneza. Ex-Membro da Comissão Nacional de Belas Artes, fez parte do Juri InternaCional da X Bienal de São Paulo. Participou de inúmeras exposições, sendo as principais: Mostra Internacional em Punta del Este, em 1953; American Art of Today, Museu de Dallas, Texas, em 1959; 14 Artistas do Uruguai, M.A.M., São Paulo, em 1960; Mostra Inaugural do Museu de Arte Moderna de Buenos Aires, no mesmo ano; I Bienal de Córdoba e Arte Americana de Hoje, Bogotá, em 1962; Exposição de Arte Americana, no Instituto de Arte Contemporânea de Lima, Mostra Internacional de Barranquilla, na Colômbia, Exposição "EI Arte Actual de América y Espana", na Espanha e outros países europeus, Festival Internacional de Spolleto, em Roma e São Marino e VII Bienal de São Paulo, em 1963; XXXII Bienal de Veneza e 11 Bienal Americana de Arte de Córdoba, em 1964; Exposição Inter-Americana de Pintura, na Colômbia e VIII Bienal de São Paulo, em 1965; Museu Nacional de Belas Artes, Mostra do Retrato da pintura uruguaia e 111 Bienal Americana de Córdoba, em 1968; Festival de Artes de Caracas, Mostra de Arte Uruguaia, em Madri, 100 Anos de Pintura Uruguaia, na Corcoran Gallery of Art, Washington, em 1967; Bienal Americana de Quito, I Exposição Internacional de Desenho, no Museu de Arte Moderna de Rijeka, Desenhos Estampas Montevideanas, Exposição de Desenhos, I.C.A., Lima, Exposição Internacional de Desenhos, na Universidade de Porto Rico, em 1968; I Bienal de Pistóia, Florença, Exposição de Desenhos "14 com elTango". Galeria Arthea, Buenos Aires e Exposição Temas de "La Boca", Galeria Wildenstein, Buenos Aires, em 1969; 11 Bienal de Coltejer, Medellín, 11 Bienal Internacional de Desenhos, no Museu de Arte Moderna de Rijeka, Exposição Desenhistas do Uruguai, na Universidade de Porto Rico, e Salão Independente Internacional da Universidade Nacional Autônoma do México,

234

em 1970; Estampas montevideanas, no Centro dé Artes de Purlta del Este, Galeria Carmona, de Buenos Aires, Galeria Pecannins, no México, Salão Independente e XI Bienal'de São Paulo, em 1971. Realizou as seguintes exposições individuais: Galeria Pizarro, Buenos Aires, 1961; União Panamericana, O.E.A., Washington, 1961; Galeria Witcomb, Buenos Aires, 1962 e 1965; Museu de Córdoba, 1962; Instituto Cultural Chileno-Brasileiro, Santiago, 1963; Instituto General Eletric, Montevidéu, 1966; Mostra de Desenhos, Van Riel, Buenos Aires, 1967. Obteve vários prêmios em salões nacionais, entre 1961 e 1971; na VII Bienal de São Paulo ganhou o prêmio internacional de pintura "Caio Alcântara Machado"; na 11 Bienal de Desenhos em Rijeka, conquistou o prêmio internacional "Mladost". Suas obras integram o acervo de vários museus em São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Montevidéu, Santiago e Rijeka, e de inúmeras coleções particulares. "Com a evolução da arte moderna, o desenho, que foi durante muito tempo considerado uma arte menor a serviço das artes maiores como a pintura, escultura e arquitetura, liberta-se das limitações de tamanho, e da restrição ao plano, para conquistar b volume e o formato monumental. Alguns plásticos latinoamericanos como Cuevas e Abularach, encarregam-se de incentivar o processo em seu início. Jorge Paez Vilaró lança-se, incansável nessa linha do desenho mural. Nosso pais conta com uma longa tradição de desenhistas de primeira linha tanto entre os pináculos da arte uruguaia - Joaquín Torres García e Rafael Barradas - quanto entre novas gerações, a cuja frente se situa Hermenegildo Sabat. Paez pertence à geração intemediária, integrada por pintores para quem, em sua maioria, o desenho é uma atividade secundária. Há quase uma década realiza no Sbte Municipal uma grande mostra de desenhos, que bem testemunha suá preocupação pela linguagem gráfica. Naturalmente pas-


URUGUAI sava a integrar o "Dibujazo", movimento que surge no Uruguai a partir da década de 70. Sua singularidade, no Desenho, tem sido sempre o humor. Na mostra que compõe a remessa à XIII Bienal de São Paulo, Jorge Paez Vilaró abandona o barroquismo que caracterizou sua produção anterior, sintetiza as imagens, conseguindo assim, maior vigor expressivo. Inserido sempre na problemática citadina e popular, prossegue com seus temas de cafetinas e tangos. Alguns de seus trabalhos como El último tango em Goes, que parafraseia o tão controvertido filme O último tango em Pari.r, dão a tônica de sua veia irônica. Cada desenho gigante constítui-se de duas ou mais partes, que possuem validez no conjunto e também isoladas, dada a riqueza dos cinzas e a particular valorização das diferentes zo:.. nas.

Zoma Baitler 1.

A oficina óleo sobre tela 100 x 80 cm

2.

Solidão. óleo sobre tela 100 x 80 em

3. Interior amarelo. óleo sobre tela 100 x 80 cm 4.

A visita óleo sobre tela 100 x 80 cm

5. Interior. óleo sobre tela °100 x 80 em

o Desenho, que na sociedade atual ocupa um lugar privilegiadopor sua preeminência nos meios de comunicação de massa, tem sido cultivado em quase todas as suas formas, pelo infatigável criador uruguaio: desenhos animados, estórias em quadrinhos, cartazes, capas de discos, revistas, cassetes e publicidade em geral. Porém, no meio de tantas possibilidades abertas, parecia surgir uma limitação fundamental: o mural. Jorge Paez Vilaró demonstra com seus atuais trabalhos que ali também adquirem vigência a linha e o traço. Por tal capacidade de superação, Jorge Paez Vilaró adquire uma dimensão muito significativa na história da arte nacional contempodnea." Maria Luisa Torrens

6. Barco na solidão. óleo sobre tela 100 x 80 cm

Jorge Paez Vilaró 7. O último tango em Goes (Homenagem ao CaféVaccaro). desenho com tintas 750 x 300 cm 8. Esterzinha, OS homens te fizeram: mal

desenho com tintas 225 x 300 cm 9. Tangueando forte ou O centopéia. d~senho com tintas 225 x 300 em

235


URUGUAI 10. Malena canta o tango. desenho com tintas 150 x 225 cm

20. Natureza Morta. óleo sobre tela 58x48em

11. Homenagem a Carlitos Gardel. desenhá com tintas 150 x 225 em

21. Figura. óleo sobre tela 70x94cm

12. Antes te chamavam Margot,e agora,

22. Figura com boina vermelha. óleo sobre tela 49x 6Q em

és margarita. desenho com tintas 150 x 225 em

13. Auto retrato milongueando. desenho com tintas 150 x 225 em 14. A sentadinha. desenho com tintas IsO x 225 em 15. Já estou arrependido de' ter te amado tanto. desenho com tintas 150 x 225 em

Hugo Nantes 23. Cabaré. óleo sobre fibra 8Ox6Ocm 24. Cabaré óleo sobre fibra 80 x 60 em

o

16. Auto-retrato no bairro sul. desenho com tintas 150 x 225 em

José Luis Montes 17. Natureza morta. óleo sobre tela 68 x 58 em, 18. Natureza morta. óleo sóbre tela 68x49cm 19. Natureza Morta. 6leo sobre tela 69 x 59 em

25. Interior. óleo sobre fibra 80 x 60 em

26. Cabaré. óleo sobre fibrá ,80 x 60 em 27. Cabaré. óleo sobre fibra 8Ox60em 28. Cabaré. óleo sobre fibra 80x6Odn

Carlos Tonelli 29. Pedra Branca. óleo 46x 41 em


URUGUAI

30. Processo para pedra azul. lápis e tinta nanquim 82 x 81 em

36. Paisagem. acrílico 68 x 88 em

31. Processo para o caminho da iniciação lápis e tinta nanquim 77 x 75 em

37. Paisagem.

32.

Processo para presença do tem pIo.

técnica mista 71 x 91 em 38.

lápis e tinta nanquim 80x80cm

Paisagem. técnica mista 71 x 91 em

33. Processo para as dez mil coisas. lápis e tinta nanquim 92 x 85 em

39~

34. Processo para a pedra branca. lápis e tinta nanquim 80 x 80 em

40. Casas no porto. esmalte 80 x 100 em

O toureiro. técnica mista 80 x 100 em

Julio Verdie 35. Paisagem. esmalte

73 x 93 em

237


VENEZUELA Exposição organizada pelo "Instituto Nacional de Cultura y Bellas Artes" . Comissário: Humbert Jaimes Sanchez

Luis Guevara Moreno Nasceu em Valencia, em 1926. Estudou na Escola de Artes Plásticas e Aplicadas, entre 1942 e 1946. Cursou ainda a Escola Superior de Belas Artes de Paris. Estudou gravura, pintura mural e litografia com os professores Ducos de Llahaye, Jean Jaudon e Goerg. Freqüentou o atelier de Andrés Ljote e o Atelier de Arte Abstrata de Dewasne e Pillet. Realizou as seguintés exposições individuais: Atelier Livre de Arte, Caracas; Sala Cruz del Sur, Caracas; Sala Mendonza, Caracas; Centro de Belas Artes, Maracaibo; Galeria EI Muro, Caracas; Museu de Belas Artes, Caracas; Galeria Framauro em Caracas. Conquistou os seguintes prêmios: Prêmio para alunos da Escola de Artes Plásticas de· Caracas, elp. 1947; Prêmio' 'José Loreto .Arismendi·· no Salão Oficial de Arte, Prêmio "Enrique Otero Vizcarrondo" e Prêmio IVENCA, em 1955; Prêmio· "Arturo Michelena", no Salão Arturo Michelena de Valêqcia, Prêmio .. Armando Reverón" e Prêmio "Boulton",. em 1957; Prêmio de Desenho no Salão Arturo Michelena, em 1958; Primeiro Prêmio de Desenho no Salão de Desenho e Gravura organizado pela Faculdade de Arquitetura, Prêmio Nacional de Pintura, Primeiro Prêmio no Salão Planchart, em 1959;·Prinieiro Prêmió "Julio T. Arce" em Barquisimeto, em 1960; Primeiro Prêmio do Salão organizado pela Casa de Cultura de Maracay, em 1961; Prêmio

238

"Emil Fridman" para desenho, no Salão OfiCial e Prêmio "Antonio Esteban Frías", em 1962; Primeiro Prêmio de Desenh'O e Gravura no Salão organizado pela Faculdade de Arquitetura, em 1966; Prêmio Nacional de Desenho e Prêmio Nacional de Gravura, em 1969; Primeiro Prêmio de Gravura no Salão Arturo Michelena de Valêacia e Primeiro Prêmio de Desenho no Salão Arturo MicheIena, em 1970.

José Antonio Davila Nasceu em Nova Iorque; em 1937. Reside na Venezuela e estuda nas Escolas de Artes Plásticas de Valência e Caracas. Realizou as seguintes exposições individuais: Instituto Cultural Venezuelano-Soviético; Galeria "EI Muro"; Caracas Tl).eatre Club; Círculo de Belas Artes âe·Maracaibo; Círculo Galeria Mérida; Museu de Arte Moderna, Mérida, Galeria de Arte Contacto, em Caracas. Conquistou os seguintes prêmios: Prêmio Popular, Salão Planchart; Terceiro Prêmio do Primeiro Salão de Jovens Pintores; Menção Honrosa ao Prêmio Enrique Otero Vizcarrondo no Salão Oficial; Prêmio Clube de Leones, Primeiro Salão Julio T. Arce; Primeiro Prêmio Salão de Jovens Pintores, organizado pelo Colégio Médicg; Prêmio Popular Julio 1. Arce; Prêmio Andrés Bello, no Salão de Jovens Pintores em Barquisimeto; Prêmio "Roma", no XVIII Salão Oficial de Arte Ve-


VENEZUELA

nezuelana~ Prêmio "Enma Silveira", no Terceiro Salão Julio T. Arce, em 1957~ Prêmio "Armando Reverón" no IV Salão Julio T. j\rce, em 1958~ Prêmio "Enrique Otero Vizcarrondo", no XIX Salão Oficial de Arte Venezuelana, em 1959; Prêmio "Rafael Monastério", no V Salão Julio T. Arce, em 1959'; Prêmio especial, no VI Salão Julio T. Arcç, em 1960-; Prêmio "Frederico Brandt" e Menção honrosa· ao Prêmio Nacional de Pintura no XXII Salão de Arte Venezuelana, em 1961; Primeiro Prêmio julio T. Arce, em 1971 ~ Prêmio' 'José Loreto Arismendi" no Salão Oficial, em 1964; Prêmio

"Antonio Edmundo Monsantos" no Salão Arturo Michelena, em 1964; XXIX Salão Oficial de Arte Venezuelana' Prêmio "Emil Fridman" para desenho, em 1965; Prêmio ''José Loreto Arismendi" no XXIX Salão Oficial, em 1968; Prêmio "Sociedade Amigos do Museu", no XXIX Salão Oficial, 1968; Primeiro Prêmio no Salão I.V.P. de Caracas, em 1969; Prêmio "Galeria Acquavella" no XXX Salão Oficial de Arte V enezuenala, em 1969; Prêmio "Arturo Michelena" no Salão Arturo Michelena, em 1969 e o Primeiro Prêmio no Salão D'Empaire, em Maracaibo, em 1969.

Luis Guevara Moreno

José Antonio Dávila

1. Repressão 60. técnica mista sobre tela 180 x 180 em 2.

O tirano, acrílico sobre tela 180 x 180 em

3. Miranda-cor

acrílico sobr~ tela 180 x 150 cm

4. Eldorado. acrílico sobre tela 180 x 150 em

).. O regresso.

6. Os pássaros, 1972.

a) E todo ônibus... acrílico sobre tela 170 x 80 cm

b) Pode nos levar... acrílico sobre tela 170 x 130 cm

c) Ao ignorado sítio que... acrílico sobre tela 170 x 170 cm 7. Todos têm sua sombra, 1975. acrílico sobre tela 175 x 151 cm

acrílico sobre tela 170 x 150 cm

')1.0


URUGUAI

8. O que há comigo... são meus rostos! acrílico sobre tela 120 x 120 cm 9. Sempre existe um reverso, 1975. acrílico sobre tela 121 x 210 cm

10. Alguma vez você soube exatamente o que seja o amor?, 1975. acrílico sobre tela 150 x 150 cm

11. Como foi alimentado meu ódio, 1975. acrílico sobre tela 120 x 120 em



ESTADOS UNIDOS

EdEmshwiller. Encontros e cruzamentos, 1974.


ALEMANHA

1. Sigmar Polke. Caveira, 1975


ALEMANHA

2. Sigmar Polke. Senhora cavalo (cavalgada pela Alemanha), 1975.


ALEMANHA

3. Georg Baselitz. Regato da floresta, 1975.


ARGENTINA

4. Ary Brizzi. SuperfĂ­cie modificada 2, 1973.


ARGENTINA

. 5. Ary Brizzi. Densidade 7, 1975.


ARGENTINA

6. Ary Brizzi. Focus 6, 1975.


ARGENTINA

7. Ary Brizzi. Focus 4, 1975.


ARGENTINA

8. Alfredo Hlito. Simulacro IV, 1974.

9. Alfredo Hlito. EfĂ­gie fendida, 1975.


ARGENTINA

10. Luis Fernando Benedit. Projeto escaravelho de รกgua B, 1975.

11. Luis Fernando Benedit.

Projeto escaravelho de รกgua C, 1975.


ARGENTINA

12. Maria Simon. Homenagem a Borges.

13. Maria Simon. Caixa

!Z.O

2.


ARGENTINA

14. Maria Simon. Grande Caixa.


ARGENTINA

15. Guill ermo Roux. A Gioconda, 1975.


AUSTRĂ LIA

16. George Baldessin. Biombos ocasionais com arranjos para assento.


AUSTRĂ LIA.

17. Imants Tillers. Conversas com a noiva, 1975.


AUSTRIA

18. Cornelius Kolig. Sem tĂ­tulo, 1975.


ÁUSTRIA

19. Gotthard Muhr. Corcunda do caixão, 1973.

20. Hans Staudacher. Até a cruz, 1960.


BÉLGICA

21. Maurice Wijckaert. A chave dos sonhos, 1975.


BÉLGICA

22. Rik POOt. Cidade próspera.


CHILE

23. Mario Toral. Prisioneira de Pedra I, 1975.


CHILE

24. Mario Toral. Prisioneira de Pedra XII, 1975.

25. Mario Toral. Prisioneira de Pedra XVIII, 1975.


CHILE

26. Rodolfo Opazo. Da sĂŠrie: Da harmonia, 1975.

27. Hector Herrera. PĂĄssaro entre espigas, 1975.


CHILE

28. Edgar Negret. Escadaria, 1974.


COLÔMBIA

29. Carlos Rojas. Horizontes limitados, 1974.


COLÔMBIA

30. Alvaro Barrias. Verlaine e Rimbaud pecando.


CORÉIA

31. Whanki KIM. 27-IX-70, 1970.


CORÉIA

32. Whanki KIM. 12-IV-72, 1972.


CORÉIA

33. Whanki KIM. 16-IX-73, 1973.

34. Whanki KlM. Cem mil pintas, 1973.


CORÉIA

35. Young-Sup HAN. Relação 21.

,

36. Oc-Ryun LEE. Série vento IV. ;


CORÉIA

37. Hong-Seok KIM. Abrindo e fechando n.o 21-75.


CORÉIA

38. Moon-Seup SHIM. Explorando.


CORÉIA

39. Kwang-Woo KIM.

40. Chong-Hak KIM. Sem título.


CORÉIA

41. Jeng-Gi SONG. Declínio lI.

42. Chang-Seung CHUNG. Madeira 5.


COR f:I A

43. Hyung-Kuen YOON. Algod達o azul ferrugem, 1974.

44. Seo-Bo PARK. Escrita n.o 9, 1973.


CORÉIA

45.

46.

Yong-Ik KIM. Lugar objeto I.

Han KIM. LOl1vor ao oriente.

47. Jong-Kun KIM. Produto.


CORÉIA

4~.

Seund.Ja RHEE. Cidade de janeiro, 1974.

50. Mook HAN. Espirai.r

11.0

13.

49. Chong-Bae PARK. Sem título.


EL SALVADOR

51. Roberto Antonio Galicia. Contribuição subdesenvolvida para o progresso espacial.

52. Victor Maximiliano Barriere. Terra de vulcões.


EL SALVADOR

53. Antonio Garcia Ponce. A concubina na saZa de audiĂŞncias.


ESPANHA _

55. Ignacio Bcrriobcí'ia. Pato na água, 1973.

54. Alherto Sánchcs. Matemidade, 1928.


ESPANHA

56. Modesto Cuixart. Habanera, 1975.


ESPANHA

57. Eufemiano Sánches. Incomunicação com os outros, 1973.


ESPANHA

58. Rafael Leoz de la Fuente. M贸dulo arquitet么nico.

59. C茅sar Olmos. AJ75, 1975.


ESPANHA

60. Joan Ponรง. Palhaรงo em azul, 1960.


ESPANHA

61. Luis Saez. Entre a raz達o e o sonho lI, 1975.


ESPANHA

62. Javier Serra de Rivera. O pianista, 1975.


ESPANHA

63. Cristóbal Tora!. D'apres "As meninas" de Velázquez (da série "A viagem"), 1974-75.


ESPANHA

64. Joaguin Vaguero Turcios. Invocação de Jorge Luis Borges (da série ··Invocação da realidade"), 1975.

65. José Luis Verdes. O mito da caverna, 1975.


ESPANHA

66. Darío Villalba. A oração, 1974


FRANÇA

\

I

,

I ' --I-t---

I;

1I

I

------t----------

I

----

------\:.-_.

'

.JlO

Y

70 60

,\

il .

i \

--~---'. ...\ \ \ \

_Ia

B9,24J - ReFrisentalion 9':!!l'!!Lque de la fonction Y'"'-=f~ On obtient une porobole !!)'2!!Lpour oxe OJL-

67. Bernard Venet. Representação gráfica da função y

68. François Morellet. Esfera, trama múttiptli.


FRANÇA

69. Gottfried Honegger. N.Y. 673, 1972.

70. Gottfried Honegger. P. 638, 1971.


GRĂƒ-BRET ANHA

7l. Clive Barker. Van Gogh fabricado, 1969.

72. Peter Blake. Sala de estar, 1963.


GRÃ-BRETANHA

73. Bernard Coehn. Sem titulo, 1964.

74. Michael Craig-Martin. Progressão de 5 caixas com tampas às avessas, 1969.


GRÃ-BRET ANHA

75. Rita Donagh. Quarto branco, 1970.

76. Barry Flanagan. Chapéu, gravata c bolsa, 1972.


GRĂƒ-BRETANHA

77. Barry Flanagan. Nu em cores, 1967-68.

78. David Hockney. Nick, Hotel de la Paix, 1972.


GRÃ-BRETANHA

79. John Hoyland. Sem titulo, 1971.

80. Paul Huxley. VIII 28, 1972.


GRÃ-BRETANHA

82. Jeremy Moon. 71 /93,1971.

81. Bill Jacklin. N.o 7, 1973.


GRÃ-BRETANHA

·*1 - '... L':\·· ;/ ...:.

;Ji

.\ :

~

;

!

\ .... / "

I '

//

/ 83. Mardo Naylor. Fortaleza 7, 1975.

84. Tom Phillips. Desenho de vida., 1962.


GRÃ-BRETANHA

• ••••••••• oeoecoooo--_ ..• (J(X)()Qo. oooe .00CiCX:le000- •

. . . . . . . . . .1",

.......... .......... .. ........

.......... ..........

~

•••••••••• ........... .......... •••••••••••• . .........,. ••

-

85. Carl Plackman. Sem titulo (Ábaco), 1973

86. Bridget Riley. Sequ;ncia final de estudo para pintura, 1974.


GRĂƒ-BRETANHA

87. Michael Sandle. Desenhos tendo em vista monumento para os EE.UU.: Mickey Mouse esfolado e metralhadora em hronze, 1971.

88. Colin Self. PavĂŁo, 1969.


GRĂƒ-BRETANHA

"

,.

89. Richard Smith. Desenho 1973 (H5), 1973.

".

90. Ian Stephenson. Perspectiva 6, estudo em "spray", 1965.


GRÃ-BRETANHA

91. Willian Tucker. Sonetos a Or/eu de Ril ke, 1970.

92. John Walker. Sem título n.o 4, 1973.


GRÉCIA

93. Daniel Gounarides. Da série "Cidade", 1974.


GRÉCIA

94. Marias Watzias. Retirada, 1973.

95. Stathis Lagathetis. Opus 160.


GRf:CIA

96. Athanassios Stefopoulos. Paisagem 73.

97. Christos Capralos. Biga.


GUATEMALA

98. ]oyce.

99. ]oyce.


ISRAEL

100. Pinhas Eshct. Trem da meia-noite.


ITĂ LIA

101 Pier Luigi Nervi. Sede da U.N.E.S.C.O., Paris, 1958.


ITร LIA

102. Picr Luigi Nervi. Palรกcio dos Esportes, Roma, 1960.


ITÁLIA

103. Picr Luigi Nervi. Auditório das audiências pontifícias, Roma, 1970


ITÁLIA

,

-

~~

/'"

t7J-/Q

.

~,:~~

#~ .1, ....

104. Pier Luigi Nervi. Estudo da cobertura do trono pontifício. Auditório das audiências pontifícias (esboço original do autor) - Roma, 1970.

.1


;TテキIA

105. Carlo Alfano. Fragmento de um auto-retrato anテエnimo n.o 1,1969.

106. Getulio Alviani. Cromograma, 1970-74.


ITÁLIA

-.

.

' .. , ,

. . . \; !.:

~

~.

;.

,.

:".' .

.~.

107. AHghiero Boetti. História natural da multiplicação, 1965.

108. Francesco Clemente. Sem título, 1975.


ITĂ LIA

109. Luciano Fabro. Cada ordem ĂŠ contempordnea de qualquer outra ordem, 1972-73.

llO. Carlo Lorenzetti. Sem titulo, 1975.


ITÁLIA

111. Eliseo Mattiacci. Substituir-se com uma parte do artista (ação), 1972.

112. Giuseppe Penone. 32 pelos, 1974


ITAUA

".

'.t

113. Luca Patel1a. Mar asssinado, 1965,

114. Michelangelo Pistoletto. Homem com chapĂŠu de palha, 1974.


IUGOSLÁVIA

IlS Jagoda Buie. Cercanias lI, 1975


JAPテグ

116. Keigo Yamamoto. Video-jogo: "Gomokunat'abe", 1975.


JAPテグ

ll7. Keigo Yamamoto. Vテュdeo-jogo: Cテウpia, 1975.


JAPテグ

118. Katsuhiro Yamaguchi. Vide o-exercテュcio n.o 1: sobre ツキ'As meninas" de Velテ。zquez, 1975.


LUXEMBURGO

119. Pierre-Edmond Hoffman. O gato enforcado, 1973.

120. Pierre Ziesaire. S-10-75 jWZj20-06, 1975.


MÉXICO

121. José

LUIS

Cuevas. Homens vestidos de mulher.


MÉXICO

122. José Luis Cuevas. Auto-retrato com amigas.


MÉXICO

123. José Luis Cuevas. Irmãos de caridade.


MÉXICO

124. Manuel Felguérez. Limite de uma sequência, 1973.

125. Manuel Fe1guérez. Lei do fator nulo, 1973.


NICARAGUA

126. Bernard Dreyfus. Vassouras em preto e branco, 1975.


NOVA ZELÂNOlA

127. Geoff Thornley. Cinza/Albus n.o 10.


NOVA ZELÂNDIA

128. Geoff Thornley. Albus n.o 11.


NOV A ZELÂNDIA

129. Geoff Thornley. Albus n. o 12.


PAQUISTテグ_

130. Zahur-ul-Aklac. Em direテァテ」o ao desenho,1974.


PAQUISTテグ

131. Nighat Idrees. O passo de Khyber.


PAQUISTテグ

132. Sade Quain. Pintura.

133. Ali Iman. O primeiro passo.


PAQUISTテグ

.134. Ghulam Rasul. Tarde de verテ」o.


PARAGUAL

.135. Edith ]iménez. Sem título

136. Pedro di Lascio. Composição geométrica multicor.


PERU

137. Fernando de Szyszlo. Da série "Waman Wasi" (A casa do falcão), 1975.


PERU

138. Fernando de Szyszlo. Da série "Waman Wasi" (A casa do falcão), 1975.


PERU

139. Fernando de Szyszlo. Da série "Waman Wasi" (A casa do falcão), 1975.


PERU

140. Fernando de Szyszlo. Da série "Waman Wasi" (A casa do falcão), 1975.


PERU

14l. Milner Cajahuaringa. "Tuyutucilimpi' , .

142. Colomba Gereda.


PERU

144. Julia Escalante RamĂ­rez. Fraternidade universal. 143. Miguel Angel Cuadros. Nem paraĂ­so nem inferno.


PERU

146. Miguel Nieri la Riva.

145. David Herskovitz. Anci達o na cadeira de rodas

r


PERU

147. Edith Sachs. Trds realidades.


POLテ年IA

148. Tadeusz Brzozowski. Favores, 1966.

149. Tadeusz Brzozowski. "Basalyk", 1969


POLテ年IA

ISO Tadeusz Brzozowski. Camarada corajoso, 1973.


PORTO RICO

151. Luis Hernandez Cruz. Sombra arqueol贸gica I.


PORTO RICO

1 '\2. Luis Hernandez Cruz. Deuses de pedra.


POKTO RICO

153. Luis Hernandez Cruz. Pintura III.


PORTUGAL -

154. Eduardo Batarda Nova realidade (lIlspiração germânica) ou "Recuerdo de at!o Dix", 1974.

155. Angelo de Souza. Escultura, 1969-70.


PORTUGAL

156. Julio Pomar. Banho turco, 1970


PORTUGAL

157. Paula Rego. Abdica.ção, 1974.


SENEGAL

158. Bocar Pathe Diong. 路'Khawar茅".

159. Ibou Diouf. O juramento.


SENEGAL

160. Younous Seye. Mulher com cauris.

161. Souleymane Keita. Parada.


SENEGAL

162. Amadou Seck. O grande juiZ, 1970.


Sร RIA

163. Mahmud Hammad. Escrita รกrabe. 164. Mahmud Hammad. Escl'itct รกrabe.


SĂ?RIA

165. Nassir Shouri.

166. N assir Shouri.


SĂ?RIA

167. Fateh AI-Modares. Estudo em azul.

168. Fateh AI-Modares. AldĂŠia.


SENEGAL

169. Nadir AI-Nabรกa. Rosto.

170. Nadir AI-Nabรกa. Obra n.o 2.


SĂ?RIA

171. Naim Ismail. Para o campo.

172. Naim Ismail. Golall


SÍRIA

173. Ghassan AI-Sibaí. Ave de dtta.r cabeçaJ.

174. Ghassan AI-Sibaí. Diálogo.


SĂ?RIA

175. Is-Eldin Shamut. Trabalho

!l.0

1.

176 Is-Eldin Shamut.


SĂ?RIA

177. Mohamad Daaduch.

178. Mohamad Daaduch.


SĂ­RIA

179. Sakher Ferzat. Trabalho n.o 203.

180. Sakher Ferzat. Trabalho 11.0204.


SĂ­RIA

181. Assad Ourabi.

182. Assad Ourabi.


SUIÇA

183. Rolf Iseli.


SUíÇA

184. Rolf Iseli. Homem de St- Romain, 1974.


SUíÇA

185. Carl Bucher. Peça para chão n.o 27, 1974-75.


SUíÇA

186. Carl Bucher. Peças para chão.


TRINIDAD Y TOBAGO

187. M. P. Alladin. LĂ­deres pode1'Osos.

188. Alexis BalEs. Arranjo de drvore.


TRINIDAD Y TOBAGO

189. Vera Baney. Delta.

190. Isahia James Boodhoo. O rei e a rainha dos bandos.


TRINIDAD Y TOBAGO

191. Willie Chen. Noturno.

192. Hally Gayadeen. Olho do furac達o


TRINILl'eD Y TOBAGO

193. Jones Gilbert. Trabalbadores no preparo da copra.

194. Samuel Ishak. Joeireiros.


TRINIDADY TOBAGO

195. Arthur Magin. Embri達o.

196. Nina Squires. Bananas.


TRINIDAD Y TOBAGO

197. Noel Vaucrosson. A volta de nossos antepassados do Caribe N.o 1.

198. Marguerite Wyke. Elegia a MOfambique.


URUGUAI

199. Augusto Torres. EdifĂ­cio com letreiro alaranjado.


URUGUAI

200. Augusto Torres. ArmazĂŠns do porto.


URUGUAI

201. Augusto Torres. Composição de ritmos.


URUGUAI

202. Jorge Pacz Vi/aró. O último !Cingo em GoeJ - Hommtlgem ao Café Vaccaro.


URUGUAI

........ 203. Jorge Paez Vilar贸. A/ltes te chamavam Margot e agora 茅s Margarita.


URUGUAI

204. Jorge Patz V da r贸.

J谩 e.rtoll arre pendzdo de ter amado tallto.


URUGUAI

205. José Luis Montes. Figura, 1975.

206. Julio Verdié. Paisagem, 1973.


URUGUAI

207. Zoma Baitler. Interior. 208. Hugo Nantes. CabarĂŠ.


URUGUAI

209. Carlos T onelli. Pedra branca.


VENEZUELA

210. AleJandro Orno Sem título


VENEZUELA

211. José Antonio Dávila. O que há comigo ... são mau rostos.', 1975.

212. Luis Guevara Mortno. Mirandcl cor.


BRASIL

213. Iazid Thame. Organiz.ação científica do destino terre.rtre, 1975.

214. Auresnede Pires Stephan. Em bu.rca do verde.


BRASIL

215. Dolly Moreno. Microcosmo, 1975.

216. Gessiron Alves Franco. O alvo, 1975.


BRASIL

217. Edison BenĂ­cio da Luz (Equipe Etsedron). Selvicopltlstia, projeto ambiental Etsedron UI, 1975.

218. JosĂŠ Alves de Oliveira. Anjo Gabriel com vela, 1974.


BRASIL SAíDA DE SOM

Cf HORA-RELÓGIO

RELÓ~S // I

tkRAS DO MUNDO

---"-/7,'--+--'--~---+----r--

PAINEL PRETO

"",

,

ç

I:~

~

, Ir

RELÓGIOS DE PONTO

1!

I

/

' a JEJI [] m ~

t, ~~~ [1 RJ m

~ , ., ~ :~ ~ ,I

J

CRONOMETRO PAINEL DESTINADO À COLOCAÇÃO DE FOTOS Cf TEMPO

/

/

~------------------------,

PAINEL PRETO

Cf FOTOS TEMPO

I

AREA DESTINADA À DOCUMENTAÇÃO

/

220, Edgar de Carvalho Junior, O cronômetro, 1975,


BRASIL

221. Evalldro Carlos Jardim. A noite, no vidro fCl1ztaJia-brilhante, 1975.

222. Evandro Carlos Jardim. Rio Pinheiros -

figuras deI metrgem, 1975.


BRASIL

223. Michinori Inagaki. Interações, 1975.

224. José de Diago. Cidadão 1, 1975.


BRASIL

225. Carlos Páez Vilaró. Viaje de ojos cerrados hacia tm destillo de ojos abiertos.

226. Alegre Sarfary Grzywacz Protoplasma I de um certo ângulo, 1975.


BRASIL

227. Ermelindo Nadin. Desenho V, 1975.

228. Maria Carmem Albernaz. Sel'igr({jia lI.


BRASIL

229. Antonio Celso Sparapan. ExercĂ­cio para mais um pouco (projeto), 1975.


BRASIL

230. Edgar Rocha. Um operรกrio grรกfico impresso em 96 x 66,1975.


J3RASIL

231. Megumi Yuasa. EsCltltura.


BRASIL

232. Massuo Nakakubo. Serigrafia A, 1975.


BRASIL

233. Emiko Mori. Umei parte, 1975.


BRASIL

234. José Brasil de Paiva. Integração - série 5, 1975.


BRASIL

235. Geraldo José dos Santos. Construção

011

vende-se melteriel!tlseldo lIl, 1975.


BRASIL

to!~.-o~po:lctal 4_ _ ",,:'m ... 1Iepelo dil'eler 4e Dom.

eU.

4elllo,~l<;:>el.!o

.0m

7taneo. no ~nto 1 SImpósio de Enfi:.!ÚI•• de Tráftogo do

_me ..

que

No!'dnte~

"l!T..d •

sI<_cnu-

...... _ l a ! para>" 'bom filno_111o d. <lO 1raIl·

no !ln!!ll.

aIno

• fad!l<l... na obt<llfió

,. eartetra de ~blutl~O. o: <i!.i! .oontM.bui para # pou... CO r-e....,mto à2 ':;!!J di! tr4-.n .. JlI!).

'No , ..4l, 1. pr\no!fla! éOlic>

~6:" .:..~trod.~l.:' .

4eJaJ· eu1hdouuneDte Ut-

"" d. _",tal' qu~ ;:roj",to de transito e.o fvo.4amentb de 4Ut' ele de~ ittmpre-. bençf'clar prlr,

o t"'>'~ ,~~ ~ e 9 ~eot~ttVO"'~<;,,,,t

~te

,0>.,

236. Glauco Pinto de Moraes. Recorte 3, 1975.


BRASIL

.237. Marcos Concílio. Sem título, 1975.


BRASIL

238. DĂŠcio Paiva Noviello. Paisagem 4, 1975.


BRASIL

239. Jaime YesquĂŠnluritta. Sistema Direcional llI, 1975.


BRASIL

240. Romildo Paiva.


BRASIL

241. Aderson Medeiros. A prociss達o, 1975.


BRASIL

242. Jonas dos Santos. O pรกssaro e o lixo, 1975.



ESTADOS uNIDOS

Nam June Paik. Jardim de TV, 1974.


SALAS ESPECIAIS



ARGENTINA

Ary Brizzi

(hors concours)

Pintor, escultor e desenhista. Nasceu na cidade de A vellaneda, província de Buenos Aires, em 11 de maio de 1930. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes "Manuel Belgrano" e na Escola Superior de Belas Artes "Ernesto de la Cárcova", onde obteve o título de professor de desenho e decoração mural, em 1951. Realizou viagens ao exterior. É professor de Pintura na Escola Nacional de Belas Artes "Prilidiano Pueyrreión". Foi pesquisador do Centro de Investigações em Comunicação de Massa, Arte e Tecnologia da Cidade de Buenos Aires. Realizou as seguinte exposições individuais: Gente de Arte de A vellaneda, em 1958; Galeria do Centro Argentino pela Liberdade da Cultura, em 1964; Galeria Bonino, em 1967, 1969 e 1971; Organização dos Estados Americanos, Washington, D.C., em 1970; Museu de Belas Artes, Santiago, em 1971; .. Esculturas", Centro Cultural de San Martín e Galeria da CEMIC, em 1972; Galeria del Mar, Mar del Plata e Galeria Rubbers, em 1973; Galeria Estudio Actual, em Caracas e Galeria Ipanema, no Rio de Janeiro, em 1974; Galeria Rubbers, em 1975. Participou de uma centena de exposições coletivas, no país. Foi agraciado com inúmeros prêmios nacionais desde 1952, sendo os principais: prêmio por voto do público na Exposição da Jovem Pintura Argentina, em 1952; prêmio nacional de escultura, Salão de Artistas Jovens da América Latina, em 1965; prêmio aquisição, I Salão "Plástica com Plásticos", em 1966; prêmio Crítica de Arte do XVI Salão Nacional de Artes Plásticas, em 1967; primeiro prêmio de Pintura, "Fundação Lorenzutti", em 1968; primeiro prêmio do Salão de Arte Moderna de. Córdoba, em 1969; primeiro prêmio de Pintura do LIXSalão Nacional de Artes Plásticas, em 1970 e Prêmio Fundo Nacional das Artes para a Melhor Exposição da Temporada de 1971. Foi ganhador de vários prêmios internacionais, entre outros: primeiro prêmio para Estrangeiros, na I Bienal de Quito, em 1968; segundo prêmio no Salão Austral e

Colombiano de Pintura, Calí, em 1968;' menção honrosa na II Bienal de Arte Coltejer, Medellín, em 1970; grande prêmio do Salão da Independência, Quito, em 1972. As obras de Ary Brizzi fazem parte de coleções particulares do país e do exterior, e engrossam o acervo de vários museus em Buenos Aires, em Boston, em Quito, em Cali e em Bogotá. "É grande honra para nosso país e para Ary Brizzi em particular, ter sido convidado para uma sala especial, com que a Bienal de São Paulo quis mostrar os mais altos níveis alcançados pela criatividade desta época. Em países que, como o nosso, contam com um substancial conjunto de talentos capazes de merecer esse galardão, parece justo que, nesta oportunidade, a distinção tenha recaído em Ary Brizzi.

Não se trata de incorrer em comparações odiosas. Queremos simplesmente registrar que ode Brizzi é um caso lealmente sustentado pelo trabalho e pela infatigável trajetória de uma vida dedicada sem esmorecimentos à conquista de sua própria imagem. Militante no. âmbito das correntes da máxima depuração formal, a arte de Brizzi pertence a um gênero ainda não classificado, e que me atreveria a definir como o de um oticismo lírico. Verdadeiro poeta do degradé e do contraste tonal, Brizzi logrou, através de sucessivas etapas, configurar uma arte na qual os opostos ficam transcendidos numa síntese que, sem dúvida alguma, tem sua chave na transcendente capacidade do criador. Rigor linear e de composição e intuição do grande espaço vibram em contraponto com a cor dos mais sensíveis matizes, tudo orquestrado nessas melodias que nos fazem pensar em Brahms, o compositor predileto de nosso grande Borges .. , Rafael Squirru 411


ARGENTINA

1. Focus 2, 1975, acrílico sobre tela 150 x 150 em

6. Focus 7, 1975. acrílico sobre tela 150 x 150 cm

2. Focus 3, 1~J75. acrílico sobre tela ISO x 150 cm

7. Focus 8, 1975. acrílico sobre tela . ISO x 150 em

3. Focus 4, 1975. acrílico sobre tela 212 em (diagonal)

8. Superfície modificada 2, 1975. acrílico sobre tela 212 cm Cdiagonal)

-~.......

4. Focus 5, 1975. acrílico sobre tela 150 x 150 cm·

9. Densidade 7, 1975. acrílico sobre tela 150 x 150 em

5. Focus 6, 1975. acrílico sobre tela 150 x 150 cm

10. Densidade 8, 1975. acrílico sobre tela 150 x 150 cm

412


CHILE

Mário Toral (hours concours) Mário Toral nasceu no Chile, em 1934. Artista residente na Universidade de Fordham em 1973-1974. É membro da Guggenheim Foundation Fellowship, em 1974-1975. Participou das seguintes exposições individuais: Museu de Arte Moderna, São Paulo, em 1955; Ministério da Educação, Rio de Janeiro, em 1956; Galeria de "As Folhas de São Paulo", em 1958; Galeria Beaux-Arts, Paris, em 1959; Galeria Vila Rica, São Paulo, em 1961; Galeria Central, Santiago, em 1963; Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, em 1964; Galeria Central, Santiago, em 1965; Galeria Central, Santiago, em 1967; Galeria EI Patio, Santiago, em 1968; Galeria Central, Santiago e Instituto da Providencia, Santiago, em 1969; Galeria Carmen Vaugh, Buenos Aires, em 1970; Galeria Central, Santiago, em)971 e 1972; Galeria Fendrick, Washington, e Organização de Estados Americanos, Washington, em 1973; Washington College, Chestertown, Fordham University, Nova Iorque, Museu de Arte Moderna, Rijeka e Pavilhão Arquitetural, Murska Sobota, em 1974; Galeria Brickell, Miami, Galeria Aele, Madri, Galeria Nartex. Barcelona e Galeria André Zarre, Nova Iorque, em 1975. Suas obras figuram no acervo das seguintes entidades: Museu Metropolitano, Nova Iorque; Museu de Arte Moderna, Nova Iorque; União Pan~Americana, Washington; Museu de Brooklyn, Nova Iorque; Museu de Arte Moderna, Rijeka; Museu de Arte Contemporânea, Santiago; Museu de Belas Artes, Santiago; Museu de Belas Artes, La Habana; Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro; Museu de Arte Moderna, São Paulo; Vinkovic Galerija, Iugoslávia. Conquistou os seguintes prêmios: l.o prêmio para gravura, Salão de Belas Artes, Paris, 1961; l.o prêmio para

gravura, Salão Oficial, Santiago, 1962; Menção honrosa na V Bienal Internacional da Gravura, Ljubljana, Prêmio "La Tercera", na I Bienal Americana da Gravura, Santiago e Prêmio da Crítica, Santiago, em 1963; 1.0 Prêmio de Artes Gráficas no Museu de Arte Contemporânea, Santiago, em 1966; Prêmio "Wolf" na IX Bienal de São Paulo, em 1967 e Prêmio Vinkovic, na IH Bienal de Desenho, em Rijeka, em 1972. "Transformando transformações, Toral forma suas formas. Ele se eleva através de cavernas subterrâneas, alcançando por fim as Torres de Babel.

Prisioneiras dessas Torres, as mulheres nos fitam, com seus olhos imensos. Imensos olhos levados pelo mar. Como palácios de madrépora, esses pináculos se levantam, e de suas janelas distantes podemos ouvir o uivo do vento é o tempo. Toral explora o mundo escondido que jaz à nossa espera nessas torres. Estátuas do mar, de mulheres do marlavadaspela maré alta. Tóral as deixa encalhadas, imóveis sobre os picos, seu brilho trazendo tormento. Toral é mestre dessas torres, pois ele içou-se das mais baixas profundezas e agora nos enfrenta. Essas estátuas, essas mulheres de Babel, pedras cativas do ar colorido. Para aí permanecer até que renascido, Toral se eleve em novo vôo, abandonando-as. Então elas irão fechar suas pálpebras, e esperá-lo cantando." Pablo Nerudà

4n


CHILE

XII,

1. Prisioneiras de pedra I, 1975. óleo sobre "tela 146 x 114 em

12. Prisioneiras de pedra óleo sobre tela 186 x 101 em

2. Prisioneiras de pedra 11, 1975. óleo sobre tela 146 x 89 em

13. Prisioneiras de pedra XIII, 1975.

3. Prisioneiras de pedra 111, 1975. óleo sobre tela 130 x 97 em

14. Prisioneiras de pedra óleo sobre tela 151 x 151 em

XIV,

15. Prisioneiras de pedra óleo sobre tela 151 x 151 em

XV,

4. Prisioneiras de pedra óleo sobre tela 131 x 89 em

IV,

1975.

5. Prisioneiras de pedra V, 1975. óleo sobre tela 131 x 81 em 6. Prisioneiras de pedra óleo sobre tela ·161 x 81 em

VI,

7. Prisioneiras de pedra óleo sobre tela 100 x 100 em

VII,

8. Prisioneiras de pedra óleo sobre tela 100 x 100 em

VIII,

1975.

1975.

1975.

9. Prisioneiras de pedra IX, 1975. óleo sobre tela 100 x 100 em 10. Prisioneiras de pedra X, 1975. óleo sobre tela 116 x 89 em 11. Prisioneiras de pedta óleo sobre tela 186 x 101 em 414

XI,

1975.

1975.

óleo sobre tela 151 x 151 em 1975.

1975.

16. The worldof tomorrow 111, 1969. aquarela 77x56em L

17. Totem Vlt 1972. aquarela 103 x75 em 18. Totem IX, 1972. aquarela 103 x 75 em 19. Woman and stones 111, 1972. aquarela 103 x 75 em 20. Body of a woman aquarela 103 x 75 em

VIII,

1972.

21. Woman and stones lI, 1972. aquarela 103 x 75 em

22. W ornan and stones X, 1974. aquarela 103 x 67 em


CHILE

23. Woman and stones VII, 1974. aquarela 77 x 57 em 24. Stone captives I, 1974. litografia 60 x 90 em 25. Stone captives lI, 1974. litografia 6Ox90em

415-


COLOMBIA

Edgard Negret (hors concours) Nasceu em Popayán em 1920. Estudou na Escola de Belas Artes de Cali. Viajou para Nova Iorque em 1949 e viveu na Europa, de 1951 a 1955, retornando a Nova Iorque, onde residiu até 1963. Em 1958 obteve uma bolsa da UNESCO para estudar arte indigena nos Estados Unidos. Nesse mesmo ano lecionou escultura na nova escola de pesquisa social de Nova Iorque, na Universidade dos Andes e na Universidade Nacional de Bogotá. Realizou as seguintes exposições individuais: Palácio d~ Bellas Artes, Cali, em 1943; Convento de San Francisco, Popayán, em 1944; Biblioteca Nacional, Bogotá, em 1946; Sociedad de Ingenieros, Bogotá, (com Eduardo Ramírez), em 1948; Peridot Gallery, Nova Iorque, em 1950; Galerias de Arte, Bogotá e Galerie Arnaud~ Paris, em 1951; Museo de Arte Contemporáneo, Madri, em 1953; Peridot Gallery, Nova Iorque, em 1955;Pan American Union, Washington, D.e., em 1956; Gres Gallecy, Nova Iorque (com Jack Youngerman), em 1957; Biblioteca Nacional, Bogotá, em 1958; David Herbert Gallery, Nova Iorque, em 1959; Museo de Bellas Artes, Caracas, em 1962; Galeria de Arte EI Callejón, Bogotá, em 1963; Graham Gallp-y, Nova Iorque (com Eduardo Ramírez), em 1964; Museo de Arte Moderno de Bogotá, em 1965; Graham Gallery, Nova Iorque, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Introducción de Marc Berkowitz: Esculturas de Negret, Galeria Siglo XX, Quito, Casa de la Cultura, Guayaquil, Museo de Zea, Medellín e Casa de Don Benito, Cartagena, em 1966; Biblioteca Nacional de Bogotá e Gãlerie Simonne Stern, Nova Orleans, em 1968; Museo La Tertulia; Cali e Galeria Boruno, Nova Iorque, em 1969; Stedelijk Museum, Amsterdã e Galeria San Diego, Bogotá (com Rojas), em 1970; Galerie Buchholz, Munchen e Stadtische Kunsthalle, Düsseldorf, em 1971; no mesmo ano foi feita ainda uma Retrospectiva (1956-1971)"no Museo de Arte Moderno de Bogotá; Retrospective at the Museum of Fine Arts, Caracas, em 1973; Instituto de Cultura Puerto Riqueiía Museo de Bellas Artes, Sàn Juan, 416

Galeria Bonino, Nova Iorque, Galeria Pyramid, Washington, Galeria de Arte Corcoran, Washington, D.C. e Múseo de Arte Moderno, de Bogotá, em 1975. Participou das seguintes mostras coletivas: Instituto Colombo-Britânico, Cali, em 1944; VI Salon de Artistas Nacionales, Biblioteca Nacional de Bogotá, em 1945; VII Salon de Artistas Nacionales, Biblioteca Nacional de Bogotá, em 1946; Universidad dei Cauca, Popayán, Sala Beethoven, Cali, e Primer Salon de Artistas Jovenes, Biblioteca Nacional de Bogotá, em 1947; Contemporáneos Colombianos y Europeos, e Galerias de Arte, Bogotá, em 1948; The Summer Exhibition, &ulptors Gallery, Clay Club Sculpture Center, Nova Iorque, em 1949-50; &ulpture and Paintings fromColombia, New School for Social Research, Nova Iorque, em 1950; The Year's Work, Peridot Gallery, Nova Iorque, Sixtyfirst Annual Exhibition, Sheldon Memorial Art Gallery, University of Nebraska, Lincoln, V Salon des Realités Nouvelles, Paris e Primera Bienal Hispano-Americana de Arte, Madri, em 1951; Divergences, Galerie de Babylone, ·Paris e VI Salon des Realités Nou~el1es,·· Paris, em 1952;Tendencias, Galeria Buchholz;Madrie The Unknown Political Prisoner Contest, London, em 1953; Artistes étrangers en France, Petit Palais, Paris e New Acquisitions, The Museum of Modern Art, Nova Iorque, em 1955; From Latin America, Institute of Contemporary Arts Collections, Washington, D.e., Gulf Caribbean Art Exhibition, Museum of Fine Arts, Washington, D.e., Pittsb:urgh International Exhibi_ tion, Departinent of Fine Arts, Carnegie Inst.itute,Pittsburgh, em 1956; Úirections in Sculpture, Riverside Drive Museum, Nova Iorque, May Salon, Camino Gallery, Nova Iorque, XIX Salón de Artistas Nacionales, Biblioteca Nacional de Bogotá, Richard Demarco Gallery, Edinburgh, Baltimore Museum of Art,·Baltimore, Painting and Sculpture from the Nelson Rockefeller Collection Albany Institute of History and Art, Nova Iorque e IV Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 1957; XXIX Esposizione Biennale Internazionale d'Arte, Veneza, em 1958; The 1958 Pittsburgh


COLÔMBIA Bicentennial International Exhibition of Contemporary Painting and Sculpture, Department of Fine Arts, Carnegie Institute, Pittsburgh, em 1958; South American Art Today, Museum of Fine Arts, Dallas, Texas, em 1959; 3500 Years ofColombian Art, Lowe Art Gallery, Miami, 30 Years at The New School, New School for Social Research, Nova Iorque, em 1960; Recent .)culprure, David Herbert Gallery, Nova Iorque, Geometrics and Hard Edge, The Museum of Modern Art, Nova Iorque e 2e. Exposition Internationale de Sculprure Contemporaine, Musée Rodin, Paris, em 1961; Biblioteca Luis-Angel Arango del Banco de la República, Bogotá, Arte Colombiano, Kolumbianische Kunst von der Fruhzeitbis Zur Gegenwart, Rautenstrauch-]oestMuseum, Colônia, Staatliche Kunsthalle, Baden-Baden, Arte de Colombia, Galleria Nazionale d'Arte Moderna, Roma, Yale University Art Gallery, Yale University, New Haven. Salón de Arte Moderno, Biblioteca Luis-Angel Arango del Banco de la República de Bogotá, em 1962; Festival dei Du Mondi, Spoleto, X Salon de Artistas Nacionales, Biblioteca Nacional de Bogotá e Adquisitiones y donaciones, Museo de Bellas Artes de Caracas, em 1963; New Personalities, Pepsi Cola Exhibition Gallery, Nova Iorque, Lateinamerikanische Kunstausstellung, Berlim, 10 Artistas Colombianos, Centro Colombo-Americano, Bogotá, Puristas, Galeria 25, Bogotá, XVI Salon de Artistas Naci0nales, Biblioteca Nacional de Bogotá e Salón Anual de Arte, Cúcuta, em 1964; VIII Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Introduccion de Jorge Oteiza, em 1965; 3e. Esposition Internationale de Sculpture Contemporaine, Musée Rodin, Paris, em 1966; Richard Demarco Gallery, Edinburgh, Axiom Gallery, London e Galeria Nacional, Calí (com Rojas), em 1967; Guggenheim International Exhibition 1967, Sculpture from Twenty Nations, The Solomon R. Guggenheim, Nova Iorque (1967-68), Art Gallery ofOntario, Toronto, The National Gallery of Canada, Ottawa e Montreal Museum of Fine Arts, Montreal, em 1967-68; Cart vivant 1965-1968, Fondation Maeght Saint-Paul (AM),

XXXIV Esposizione Biennal Internazionale d' Arte, Veneza e Documenta 4, Internationale Ausstellung Kassel, em 1968; Cologne Fair 70, em 1970; Estudio Actual, Caracas, em 1971. Conquistou os seguintss prêmios: Silver Medal at the VIII Biennal of São Paulo, em 1965; Special Award for the Arts XIX Salón Nacional, Colombia, em 1967 e David Bricht Prize for Sculpture XXIV Biennale, Veneza, em 1968. "A escultura de Edgar Negret, nua e ascética, projetase no espaço com um movimento que parece detido no tempo, dando porém a impressão de continuar. Negret já realizou experiências com escultura cinética, obviamente válidas e úteis. Projetadas no espaço e detidas no tempo, as formas criadas por Negret são de uma pureza singular, refinada e nobre. Seus gestos plásticos, ao mesmo tempo simples e grandiloqüentes, são realidades nitidamente espanholas. Gestos essenciais de grande artista, de grande toureiro. A pureza da cor sobressai a pureza do gesto; esculturas inteiramente brancas, inteiramente negras, ou azuis, ou vermelhas, sem amabilidade, sem falsa alegria. Máscaras, torres, navegantes projetados no tempo e no espaço, afirmações plásticas serenas, simples e tremendamente poderosas, de um artista autêntico de nosso tempo. Marc Berkowitz "A exposição de Edgar Negret na Bienal de São Paulo é a mais importante obra até hoje produzida pela escultura colombiana. Negret foi, portanto, um pioneiro da escultura contemporânea na Colômbia, o que não é, necessariamente, um juízo de valor. Mas, além desse mérito, Negret aprimorou, ao longo de aproximadamente dez anos de trabalho com metais, uma linguagem poderosamente original. Embora possa ser classificado entre os neo-clássicos, ou neo-geométricos, ou escultores de artistas, sua 417


COLÚMBIA obra não repete as descobertas gerais nem se prende totalmente a nenhuma posição de grupo : é exclusivamente sua, elaborada com estranho e obstinado sentido perfeccionista, até que o espaço interno e as chapas de metal aceitem a profunda disciplina rítmica que lhes é imposta. Este enérgico jogo de relações formais não pode, de forma nenhuma, ser considerado como ostentação de uma habilidade manual: um conteúdo denso, tranqüilo, o sustém e anima. Deixarque as formas transcorram, fluam lentamente, se acoplem, transfigurem-se até adquirir p~jante personalidade: tal é o contexto que irriga as formas. Negret tem sua maneira pessoal de ser clássico: é um purista sinuoso, cheio de barroquismos íntimos. Contradição? Claro que sim: mas contradição formulada e resolvida numa obra tão tranqüila quanto inquietante. E que precisamente dessa dialética e;xtrai seu poder e sua força." Marta Traba "As esculturas de Edgar Negret parecem ter sido montadas com vigas I, vigas T, peças de ventilador e outras

1. Templo.

formas industriais de aço. Mas essas partes não são nem achados nem sucata de construção recuperada. Realmente cada parte foi projetada pelo escultor e produzida sob medida para um projeto pré-determinado. Consequentemente as esculturas, ao contrário de serem engenhosas adaptações de material já pronto, são produtos de pura elaboração, desde o início, a despeito de sua origem nominal como formas usuais. Isto faz uma grande diferença e explica porque as esculturas de Negret têm uma precisão e elegância - digamos sensibilidade clássica - oposta ao arrojado romantismo, a rudeza e o ar de improvisação, típicos da escultura montada. Elas se investem de uma qualidade de repouso - ou pelo menos de perfeito equilíbrio - que as diferencia de outras esculturas do clã do aço industrial. Têm também uma beleza técnica que transforma a habilidade prática do rebitador em perícia de artista. Mais uma veZ Negret produziu um belíssimo grupo de esculturas.' . John Canaday

alumínio pintado 131 x 72 x 116 em

4. Máscara. alumínio pintado 56x 58 x 29 em

2. Acoplamento. alumínio pintado 131 x 89 x 116 em

5. Máscara. alumínio pintado 43 x 38 x 20 em

3. Dinamismo.

6. Escada; alumínio pintado 92 x 90 x 95 em

alumínio pintado 258 x 85 x 85 em 418


MÉXICO

José Luis Cuevas (hors concours) Nasceu numa fábrica de papel, em Triumph Alley, Cidade do México, em 1934. Aos quatro anos realizou os primeiros desenhos é cópias das gravuras que ilustram velhas edições de "Los Cuentos de Calleja". Aprendeu a ler pelas estórias de Paulo e Virgínia. Em 1944 matriculou-se na Escola de pintura e escultura La Esmeralda, onde permaneceu pouco tempo. Estudou gravura com Lola Cueto no Colégio da Cidade do México, em 1948. Nesse mesmo ano fez sua primeira exposição e conhenheceu Mireya, seu primeiro modelo. Fez conferências sobre Dostoievsky, Dickens e Romain Rolland. Realizou em 1953 uma exposição individual na Galeria Prisse, da Cidade do México. Visitou hospitais, onde executou desenhos e fez dissecações de cadávers. Retratou prostitutas e infelizes crianças do distrito de Nonoalco. Em 1954 entrou em contato com o crítico, José Gomes Sicre, que o convidou a expor na União Pan Americana, em Washington, D.C .. Numa entrevista concedida ao Times atacou violentamente os muralistas mexicanos. Execu'tou vários retratos de Exra Pound. Realizou em 1955 uma exposição individual na Galeria Edouard Loeb, em Paris. Nesse mesmo ano a coleção Artistes de ce temp.; publicou a primeira monografia do artista, ~om textos de Jean Cassou e de Philipe Soupault. Realtzou em 1952 duas exposições individuais: na Galeria Proteo, da Cidade do México e no Palácio de Belas Artes de Havana, Cuba. Ao lado de Alexander Calder, Stuart Davis e Morris Graves participou da exposição Quatre Maitres de la ligne no Museu Napoule, sul da França, em 1957. Nesta época desenvolveu intensa ativida~e edit~­ rial e intelectual. Passou dois meses como artlsta reSldente na Escola de Arte de Filadélfia, ilustrando na ocasião o livro Os mundos de Kaf ka e de Cuevas, publicado pela Falcon Press, de Filadélfia. Nessa época expõe pela primeira vez, individualmente, em Nova Iorque, na Galeria Aenlle. Viajou pela América do Sul, onde realizou. várias mostras individuais: no Instituto de Arte Contemporânea, de Lima; na Galeria de Arte Con-

temporânea de Caracas; na Galeria Bonino, de Buenos Aires, Participou em 1959 da V Bienal de São Paulo (sala especial), recebendo o primeiro prêmio internacional de desenho. Em 1960, o Museu de Arte de Filadélfia, adquiriu 71 desenhos de Cuevas. Ainda nesse ano expôs individualmente na Galeria David Herbert de Nova Iorque, na Galeria Silvan Simone de Los Angeles e no Art Center de Fort Worth, Texas, com uma retrospectiva. Viajou para Roma em 1961 e aí expôs na Galeria L'Obelisco de Roma; a Universidade do Texas em Austin apresentou uma retrospectiva do artista, no mesmo ano. Realizou em 1962 as seguintes exposições individuais: Galeria Sixtina de Milão; Jerold Morris International de Toronto (Canadá); Galeria Silvan Simone, de Los Angeles e no Occidental College, de Los Angeles. Completou a série de litografias para a ilustração do livro Recodações da infJncia, editado pela Kanthos Press, de Los Angeles. Em 1963 a União Pan Americana, em Washington, D.e. apresentou uma retrospectiva dos seus trabalhos gráficos de 1947-62, que foram expostos em Nova Iorque e México. Em 1964 participou de inúmeras mostras individuais: na Galeria Profili, de Milão; na Galeria Silvan Simone, de Los Angeles; na Livraria Luis Angel Arango, de Bogotá. Em 1965 trabalhou no atelier Tamarino, de Los Angeles, a convite da Fundação Ford, onde completou as litografias para o livro Cuevas-Charenton. Elas foram expostas na Galeria Misrachi, no México, no ano seguinte, provocando uma violenta reação no público. Em 1967 foi selecionado por um juri internacional para participar da exposição "Rosk 67", no Museu Nacional de Dublin, na IrIa-nda, que reuniu os 50 pintores mais importantes dos últimos quatro anos. Nesse mesmo ano expôs em Nova Iorque, na Galeria Grace Borgenicht e na Cidade do México. Foi agraciado com o primeiro prêmio internacional para gravura na I Trienal de Nova Delhi, índia, em 1968. Passou dois meses em Nova Iorque, onde completou a série de desenhos sobre a violência, encomendada por Art in America. No atelier Mourlot, de Nova Iorque, completou a série de 419


MÉXICO lJ[ogr;lfias para o livro: Crime, por CuevcI.r. No mesmo ano real izou exposições i nJi viduais em inúmeras galerias dos Estados Unidos e Canadá. Em 1969 passou dois meSeS em San Francisco, executando as litografias para o livro HomelJt/gem a Qmvedo. Expôs individualmente na Gakria Glade, de Nova Orleans. Em 1970 Expôs 100 desenhos e 16 litografiãs na Galeria Misrachi, ria Cidade do México, participou de happening.f na Ca:hfórnia e de inúmeras exposições no seu país e nos E.stados Unidos. Em 1971 participou de seminários e exposições em EI Salvador, Costa Rica e Porto Rico. Viajou para Londrt:s e Paris, em 1972. Em Paris, trabalhou no estúdio da lmprimerie Clot, Bramsen et Georges, onde execUtou uma nova série de litografias. Realizou várias exposições individuais em Chicago, San Fracisco e .outras cinco galerias dos Estados Unidos. Participou com suas litografias, Comédias de Cuevas, da Bienal de Veneza. Foi realizada uma mostra de mais de 100 trabalhos no Museu de Arte Moderna na Cidade do México, intitul:J.da Josf Luis Cuevas: Ilustrador de seuJempo. Em 1973, a Galeria Rothmann, de Toronto (Canadá), apresentou uma exposição do artista que, mais tarde, percorreu vários museus canadenses. Juntamente com José Goméz Sicre preparou a sua biografia e o exame crítico de sua obra. Expôs e publicou, na Cidade do México, 275 páginas do seu diário. Realizou exposições individuais no Museu de Arte Moderna de Bogotá, na Galeria Aele de Madri e na Galeria Pecanins de Barcelona. Em 1974 expôs individualmente no "Palais des Beaux Arts" de Bruxelas, na Galeria Múltipla de São Paulo e no Museu de Arte Contemporânea de Caracas. No ano seguinte realizou outras exposições individuais: no Museu de Belas Artes de San Diego, Estado da Califórnia, no Museu de Arte de Phoenix, Estado do Arizona e no Palace Califórnia na Legião de Honra, em San Francisco. Intelectual - Polêmico - Literário - todas descrevem acuradamente José Luis Cuevas e sua obra. A mente indagadora e fértil deste prolífico artista produziu um legado de obras que o coloca entre os artistas reconheci420

damente grandes do México, e estabelece suas cn:dellciais internacionais como um dos mais de'stacadns desenhistas deste século. A delicadeza de sua linha e as tonalidades sutÍs de suas aquarelas aliam-se aos efêmeros contatos da realidade que impregnam a ohra do artista. Em seu livro sohre Cuevas, Carlos Fuentes declara que "as figuras de .José Luis Cuevas estão em guerra consigo mesmas, com sua própria aparência. O-artista, com grande sa hedori a, despoja a cor de seu brilho; uma atmosfera ocre, a luz de estrelas mortas, pretos e cinzas, palidez sensitiva que penetra por difusão; cores que represent am um m 0mento de transfiguração, ocasos e auroras, morte e loucura, orgasmo. É somente esta cor decisiva que permite ao profundo aspecto da arte de Cuevas ser percebido sem perder seu mistério; aparências em vias de serem determinadas por aparecimento ou desaparecim~nto ... Cuevas olha, vê, rçage, fantasia e desenha seus temas em uni contexto de transcrição. O tema é raramente fácil de ser classificado e a qualidade enigmática de suas afirmações é a de uma tensão calculada entre nossos próprios limites culturais e morais e aqueles que são exagerados para explorar e identificar a realidade em um contexto social e humano. Em nossa" época esclarecida" tratamos a pessoa disforme ou demente com compaixão, piedade e compreensão. Disseram-nos para não fitar ou apontar as criaturas infOrtunadas mas para ignorá-Ias de uma maneira sofisticada e compreensiva. O criminoso é alguém a ser evitado e reabilitado por algum outro. Seu mundo é para, ser compreendido pelos psiquiatras, peios policiais, pelos agentes do bem-estar social e ministros. José Luis Cuevas retrata em seus desenhos o lado humano de sua existência de preferência a explorar os motivos que os colocaram em suas respectivas situações. Estamos treinados para aguardar a Morte: raramente falamos dela no quadro de referência da primeira pessoa. Fuentes observa que Posada, num salto sobrenatu-


MÉXICO ral, elimina a distância entre o que é e o que aparenta ser, entre o que alguém sofre e o que alguém deseja. A fusão de opostos separados por positivismo liberal: .. a morte é uma fiesta, uma fiesta é uma luxúria ímpossfvel, a luxúria é um desgaste mortal, um excesso, uma orgia sem aurora, uma longa noite de caveiras sorridentes que andam de bicicleta, um excesso de violência, um sol cujos raios são adagas assassinas~ amantes beijàndo-se através das grades de suas celas; uma sombra sepulcral que evoca todas as cores perdidas. Amor e Morte: tudó é possfvel se participarmos .desta orgia de opostos." Uma recente infecção cardfaca levou o artista à beira da morte e impeliu suas avaliações de uma pesquisa vitalícia de interpretações da Morte. Num contexto completamente diferente, a recente morte de Picasso afetou seu ponto de vista e excitou sua imaginação para explorar os temas e o estilo de Picasso em relação aos seus pr6prios valores artfsticos pessoais. A mais direta in-

1. A cura do bócio. aquarela 35 x 24 em 2.

Homens vestidos de mulher. aquarela e tinta 30x 45 em

3.

Auto-retrado com atores. aquarela 35 x 50 em

4.

A sala de jantar do Doutor Martinet. aquarela 47 x 65 em

terpretação de Picasso, aparece em As verdadeiras Senho., ritas de Avinhão e em Auto-retratos morreu .

A volta à exploração interpretativa da matéria-tema e dos estilos de vida de outros- artistas pode ser notada num exame geral da obra de Cuevas. A série inteira dedicada ao Casal Amolfini de Van Eyck e os vários desenhos que giram ao redor di'vida e do estilo de Rembrandt, são interpretações dos elementos humanos e da relação entre os temas envolvidos e, em menor grau, o estilo no qual foi representado. Cuevas explora continuamente e reformula as conhecidas relações e idéias de semelhança entre o assunto e o artista, sem permitir que o estilo do artista limite seriamente sua pr6pria produção final. Ronald D. Hickman

5. Malformações congênitas. aquarela 47 x 65 em 6. O mercado de carne

de Hamburgo. aquarela e tinta 68,5 x 93,5 em 7. Dezessete desenhos de

O mercado de Hamburgo. tinta sobre papel 22,5 x 30 em 8. Agonizante aquarela e tinta 65 x 98,5 em

o dia em que Picasso

9. A morte de Santa Sebastiana. aquarela e tinta 65 x 98,5 em 10. Cadáver. aquarela e tinta 65 x 98,5 em 11. Cadáver e palhaço aquarela e tinta 65 x 98,5 em

12. O mercado de carne

de Hamburgo Il aquarela e tinta 65 x 100 em

421


MÉXlCO 13. Auto-retrato desenhando. aquarela 31 x 47 em

23. O professor 'de desenho. tinta 30 x 45 em

33. O campeão. tinta e acrílico 55 x 75 em

14. A besta do mar. aqUarela 31 x 47 em

24. Anciãs desnudas. .:tinta 30 x 45 em

34. As verdadeiras senhoritas

15. Malformações congênitas 11 aquarela 31 x 47 em

25. Auto-retrato com modelo. tinta 30 x 45 em

16. Auto-retrato coo amigas. aquarela 31 x 47 em

26. O mercado de carne

17. Auto-retrato na Herberstrasse. aquarela 47 x 31 em 18. O mercado de carne

de Hamburgo IH. aquarela 31 x 47 em Coleção Robert Krause 19. A família. aquarela 31 x 47 em 20. Esboço do natural

de um cad:iver I. tinta 30 x 45 em 21.

Esboço do natural de um cad:iver IL tinta 30 x 45 em

tinta e aquarela 67,5 x 103,5 em Coleção: Robert Krause 35. Prostitutas (8 esboços

do natural). cor, lápis e tinta 53,5 x 48,5 em

vi

aquarela e tinta 31 x 47 em (2) 56 x 75 em 27. Dia de visita no cárcere. aquarela 31 x 43,5 em

36. Segundo San Franco e Dürer. lápis e pena 71,5 x 48,5 em 37. Mulher velha e evocação

de Carlo Van Loo. aquarela e lápis de cor 45 x 62,5 em

28. Auto-retrato com camponesas

de Andorra. aquarela 31 x 43,5 em 29. Auto-retrato goiesco. aquarela 31 x 43,5 em

38. Quatro prostitutas

de Acapulco. aquarela 70 x 51,S em 39. Três desenhos

com textos.

30. Delinquentes Lecumberri.

tinta, lápis e aquarela 48,S x 58,S em

aquarela 31 x 43,5 em 31. As verdadeiras senhoritas

40. Retratos de

de Avinhão.

Carlos Vao Loo.

pena e tinta 30 x 45 em

lápis e aquarela 30 x 23,S em

E. Wagner.

Rosa Raymond.

Esboço do natural de asilo de velhos.

tinta 30 x 45 em

pena e tinta 30 x 45 em

crayon, aquarela e pena 28,S x 21 em

22. Retrato do colecionador

422

de Hamburgo

de Avinhão.

32. Auto-retrato com

41.


MÉXICO 42. O segredo de

Walter Raleigh.

Rembrandt.

eollage, pena e aquarela 45 x 30 em

aquarela e tinta 35 x 50 em

43. A parelha. tinta e aquarela 75 x 106 em 44.

51. O estúdio de

Cegos no Bordel. tinta e aquarela 47 x 66 em

52. A aula de desenho. pena 35 x 50 em 53. Os assassinos. tinta 47,5 x 105 em

45. Os espantalhos. aquarela, tinta e erayon 45 x 56 em

54. Os objetos. aquarela, ovo e tinta 28,5 x 22,5 em

46. Auto-retrato ,

55. 74 auto-retratos de:

com mensagem. eollage, lápis e aquarela 60x 45 em Coleção Fine Arts Gallery de San Diego 47. ~ensagem de

Armand Delille. collage, tinta e aquarela 32,5 x 45 em 48. Mensagem de

Armand Delille. eollage, tinta, lápis e aquarela 32,5 x 45 em 49. Retrato do crítico

O dia em que Picasso morreu. pena e tinta 11 x 10 (cada um)

56.. Cabeça n.O 3 - ao verso: O pintor Domenichino tinta e aquarela 67,5 x 102,5 em 57. Irmãos de caridade. tinta e aquarela 70 x 111 em 58. A comida de Goya. tinta-e aquarela 75 x 107,5 em

José Gomes S. tinta e aquarela 76 x 100 em 50. O doutor Roman e

sua luta contra a loucura. tinta e aquarela 75 ;X 103,5 em

59. Goya no mercado de carne. pena e tinta 75 x 107,5 em

60. A toureira I pena 75 x 107,5 em 423


MEXICO

6l.

o mercado de carne de Hamburgo V. aquarela 76 x 105 em

62. A aula de desenho 11. aquarela e tinta 66 x 120 em 63. Os discípulos de Goya I. cor, lápis e aquarela 71,5 x 97,5 em 64. Auto-retrato com Santa

Ursula e cadáver. pena e aquarela 50 x 35 em 65. Prostitutas I. pena e aquarela 32,5 x 45 em 66. Prostitutas 11. aquarela 45 x 32,5 em 67. O prostíbulo. pena e lápis de cor 30 x 43,5 em

424

68. Visita conjugal. pena, aquarela e lápis 28,5 x 47 em 69. A toureira 11. tinta e aquarela 56 x 76 em 70. O segredo de

Walter Raleigh. litografia 56 x 71 em 71. Cabeça n. aquarela e tinta 55 x 75 em 72. O baile. aquarela e tinta 55 x 75 em 73. O obreiro. aquarela e tinta sobre estampa 42,5 x 67,5 em 74. O obreiro de João Carreno. lápis de cor 71 x 97,5 em


-

Fernando de Szyszlo (hors concours) Fernando de Szyszlo nasceu em Lima, em 1925. Em 1943 iniciou os estudos de arquitetura, que abandonou pouco depois. Estudou pintura na Escola de Arte da Universidade Católica de Lima, sob a direção de Adolfo Winternitz, de 1944 a 1946. Residiu em Paris e Florença de 1949 a 1955. Professor de pintura na escola de Arte da Universidade Católica de Lima, desde 1957. Permaneceu em Washington, como assessor da divisão de artes visuais da União Pan-Americana, de 1958 a 1960. Foi professor visitante junto ao departamento de arte da Universidade de Cornell, Ithaca, Nova Iorque, em 1962 e conferencista visitante da Universidade de Yale, New Haven, Estados Unidos, em 1966. Realizou inúmeras exposições individuais, entre as quais se destacam: Instituto Cultural Peruano-Norteamericano, Lima, em 1974; Galeria de Lima, em 1948 e 1952; Sociedade de Arquitetos, Lima, em 1951; União Pan-Americana, Washington, D.e., em 1953; Galleria Numero, Florença, em 1955; Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, em 1956; Instituto de Arte_Contemporânea, Lima, em 1956, 1960, 1962, 1965 e 1968; Museu de Arte Moderna, São Paulo, em 1957; Galeria Bonino, Buenos Aires, em 1961; Galeria Bonino, RiodeJaneiro, em 1962; White Art Museum, Universidade Cornell, Ithaca, Nova Iorque, em 1963; Galeria Marta Faz, Santiago do Chile, em 1963; Museu de Arte Moderna, Bogotá, em 1964; Museu de Belas Artes, Caracas, em 1964; Galeria. Artes, Quito, em 1966; Casa das Américas, Havana, em 1968; Galeria San Diego, Bogotá, em1970; Galeria Carmen Vaugh, Buenos Aires, em 1970; Galeria Juan Martin, Cidade do México, em 1971; Galeria EI Morro, San Juan, Porto Rico, em 1971; Museu de Arte da Universidade de Porto Rico, San Juan, em 1971; Galeria San Diego, Bogotá, em 1972; Centro para Relações Interamericanas, Nova Iorque, em 19"72; Museu de Arte Moderna, Bogotá, em 1973; Museu de Arte Moderna, México, em 1973;Galeria da Bienal Coltejer, Medellín, em 1973; GaleriaForsythe, Ann Arbor, Mi-

PERU chigan, em 1974; Galeria Juan Martln, Méxlcu, 1974.

t1H

Principais exposições coletivas: Salão de Maio, Paris, em 1951; IV Bienal de São Paulo, em 1957; XXIX Bienal de Veneza, em 1958; Carnegie International, Pittsburgh, em 1958; "The U.S. Collects Pan American Art", Instituto de Arte de Chicago, em 1959; "América Latina: Novos Inícios", Instituto de Arte Contemporânea, Boston, em 1961; Guggenheim International, Nova Iorque, em 1963; Arte da América Latina desde a Independência, Universidade de Yale, New Haven, em 1966; A Década Emergente, The Solomon R. Guggenheim Museum, Nova Iorque, em 1966. Possui obras em. inúmeras coleções públicas: Museu de Arte Moderna de Bogotá, Museu Interamericano de Pintura, Cartagena; Museu de BeJas Artes de Caracas; Instituto de Arte Contemporânea de Lima; Museu de Arte Contemporânea de Santiago do Chile; Museu de Arte Moderna de São Paulo; Casa da Cultura, Quito; Museu de Belas Artes, Dallas; Museu de Arte da Universidade do Texas, em Austin; Museu de Arte de San Francisco; Organização de Estados Americanos, Washington, D.e.; Museu de Arte, Lima; Casa das Américas, Havana; Bienal Coltejer, Medellín. "Szyszlo foi um dos poucos, entre nós, que não compartilhou a concepção da arte como simulacro de equilíbrios formais. Para ele, é expressão de desejos e aspirações, símbolo da unidade do homem com o universo (e Will Grohmann não se equivocou, ao falar do panteísmo de sua pintura), do anseio de erigir sobre o vazio e a morte, comovedoras imagens de nossa condição humana." Emilio A. Westphalen in Revista Peruana de Cultura, Lima, julho de 1964. "Anti-formal, depreciativa de todo academismo abstrato, esta pintura magnífica reitera, como uma revelaç~o-, o poder da imagem livre: porém esse poder se vincula, cada vez mais, ao peso de seus conteúdos. E a Fernando de Szvszlo pesa-lhe o mundo americano e pesa 425


PERU nele e em sua alma, com tão duro anseio, que a pintura adquire, evidentemente, todo o seu sentido significante. Marta Traba in La Nueva Prensa, Bogotá, maio de 1964. "S~.;yszlo é um dos poucos pintores em cuja obra, o fato de ser latino-americano, éum atributo da forma mais do que uma referência pictórica. Ele é inevitavelmente peruano assim como Braque é inevitavelmente francês, não obstante compartilhe os problemas universais e esteja alerta às preocupações que todos os artistas de hoje têm em comum. O que me parece mais importante no trabalho de Szyszlo, é a intensa presença de conteúdo com seus definíveis elementos visuais, literários e formais. O elemento visual se evidencia nas insinuações de paisagem, que, por vezes, podem ser seguidas até uma particular reminiscência da paisagem peruana." Thomas M. Messer, Diretor do Museu Guggenheim, in: "The Emergent Decade", Nova Iorque, 1966.

"Não quero dizer que a pintura de Szyszlo seja uma pura construção intelectual, mas que é uma luta entre o rigor e a espontaneidade. Não é só um pintor inteligente, é uma sensibilidade reflexiva, lúcida. Suas formas, tensas e velozes, são por vezes agressivas, cruéis; outras, suas cores re-concentradas têm cintilações de selvagem entusiamo. Vôo fixo, explosão e reserva. Muitos pintores - estimulados pelo exemplo de Picasso, mudam com freqüência de estilo; Szyszlo não muda: amadurece. Avança, para dentro de si mesmo." Octavio Paz in Corriente Alterna, México, 1967. Quando se fala de pintura contemporânea do Peru, sem dúvida, o primeiro nome que surge naturalmente é o de Fernando de Szyszlo. Mas essa escolha inevitável não se baseia unicamente em um nome de ampla repercussão, mas no interesse muito particular pOI: uma obra que . conserva o espírito de um manancial inexaurível de 426

mitos, símbolos e matérias circulando intimamente pela trama delicada e profunda de uma linguagem lírka universal. " Hugo Parpagnoli Diretor do Museu de Arte Moderna de Buenos Aires, 1968. "Assim, na obra de Szyszlo, encontramos poeticamente. expressada essa mesma realidade latino-americana com a qual nos defrontamos diariam:·~nte. Essa realidade, que no terreno polítieo, social e econômico é luta cotidiana da persistência contra o movimento, da repressão contra a revolução, é afinal contínua violência. Continuidade, próxima da monotonia, no ser, sempre, uma explosão de busca angustiosa. Szyszlo, a exemplo do que realizam Garcia Marquez, Lezama Lima, Cortazar ou Carpentier no campo da literatura, nos abala e nos comove com sua obra, pois esta não é senão um caminho que conduz à nossa própria imagem." Jesus Velasco Márquez in Revista da Universidade de México, maio de 1971. "Sua pincelada, sem perder sua intensa espontaneidade gestual, preserva todo o seu sedoso valor táctil, traço tão característico de seu esplêndido ofício ... Persistem certos elementos formais cuja reiteração lhes confere um caráter definidamente simbólico. É o caso dos pequenos círculos em ramos e cachos que se debulham ou gotejam: sementes, sangue ou esperma cuja. significação nos parece estar ligada à ordem vital da transmissão, a procriação e a fecundidade, assim como os da haste e a fenda, que sem dúvida participam de um código sexual intimamente unido às imagens arquetípicas que nutrem sua expressão." Javier Sologuren in Revista Postdata, Lima, fevereiro de 1974.


PERU

1-13. Da série "WamanWasi" (A casa do falcão). acrílico sobre tela 200 x 200 em 200 x 140 em 200 x 140 em 200 x 140 em 200 x 150 em 200 x 150 em 150 x 150 em 150 x 150 em 150 x 120 em 150 x .120 em 150 x 120 em 150 x 120 em 150 x 120 em 14-18. Gravuras em cores. mlxogravura 76 x 56 em

427


PORTO RICO

Luis Hernandez Cruz

(hors concours)

Nasceu em San Juan de Porto Rico, em 1936. Realizou as seguintes exposições individuais: Biblioteca da Universidade de Porto Rico, 1958; Instituto de Cultura Portorriquenha, 1961; Galeria Campeche, San Juan, 1962; Museu da Universidade de Porto Rico, 1962; Galeria Sol 13, San Juan, 1963; Galeria First Federal, San Juan, 1964; Instituto de Cultura Portorriquenha, 1965; La Casa del Arte, San Juan, 1966; Instituto de Cultura Hispánica, Madri, 1968; La Casa del Arte, San Juan, 1968; Universidade de Porto Rico, Recinto de Mayaguez, 1969; Museu da Universidade de Porto Rico, 1970; Galeria Caravan House, Nova Iorque, 1971; Newark Museum, New Jersey, 1971; Exposição Itinerante (desenhos e gravuras), Porto Rico, 1971; Instituto de Cultura Portorriquenha, San Juan, 1971; Galeria Casablanca, SanJuan, 1972; Instituto de Cultura, SanJuan, 1972; Departamento de Instrução Pública, Porto Rico, 1973; Museu del Grabado, San Juan, 1973; Museu Espanhol de Arte Contemporânea, Madri, 1973. Participou das seguintes exposições coletivas: Arte atual da América e da Espanha, Madri, 1963; Salão Esso de Artistas Jovens, Washington, 1964; Primeiro Salão Panamericano de Arte, Cali, 1965; Galeria IBM, Nova Iorque, 1966; A Nova Abstração, Museu da Universidade de Porto Rico, 1967; A Nova Abstração, Galeria Tibor de Nagy, Nova Iorque, 1967; Pintura Estrutural, La Casa del Arte, San Juan, 1967; II Bienal Coltejer; Medellín, 1970; I Bienal Latino-Americana, San Juan, 1970; Exposição Internacional de Natal, Caravan House, Nova Iorque, 1971; 11 Bienal de Gravura LatinoAmericana, San Juan, 1972; Seleção da Bienal de San Juan, Pratt Institute, Nova Iorque, 1972; VIII Bienal Internacional da Gravura, Tóquio; A Herança Cultural de Porto Rico, Museu do Bairro, Nova Iorque e Museu Metropolitano de Nova Iorque, 1973; Bienal de Arte . Gráfica e Arte Seriada, Segovia, 1974; 111 Bienal de Gravura Latino-Americana, San Juan, 1974; XI Bienal de Ljiubljana, Iugoslávia. 428

Recebeu as seguintes distinções: Primeiro prêmio, 1961-1962, Concurso I.B.E.C., San Juan; Primeiro prêmio, 1963, Concurso Instituto de Cultura Portorriquenha, San Juan; Primeiro prêmio, 1964, Concurso Esso, Porto Rico; Murais Centro Médico de Porto Rico, 1964-1965, San Juan; Prêmio Nacional de Porto Rico, 1972, Segunda Bienal da Gravura Latino-Americana de San Juan. A .pintura portorriquenha das últimas três décadas tomou, indefectivelmente, duas direções: de um lado, um figurativismo expressionista, tendência à qual aderiu a maioria dos artistas do País, e de outro lado, a tendência abstracionista, com pouquíssimos seguidores. Httnandez Cruz destaca-se, em Porto Rico, como o cultor mais constante da abstração na pintura. Inicialmente, tratou o problema da figura humana em sua obra, abandonando-a na ocasião em que se introduzia no "campo de forças" que é a verdadeira abstração. Dedicou os últimos doze anos a uma busca incessante de uma expressão autêntica. Já em sua última grande exposição individual, no Mu~ seu de Arte Contemporânea de Madri, ele nos dava soluções. Sua pintura de dois anos atrás respondia a uma realidade não muito afastada de peculiaridades insulares. Estas formas que, bem explícitas ou sugeridas, escondidas em borbotões sob uma enorme atmosfera que a tudo inundava, não se poderia dar a não ser em um lugar todo coberto de sol, de espuma e de atmos.~ fera: Porto Rico. As onze pinturas que compõem esta exposição, são uma pequena amostra de outras soluções para o problema da realidade abstrata que vem sendo trabalhada por Hernadez Cruz. Já aqui se persegue uma expressão mais precisa do signo. Nas pinturas anteriores (1969-1972), o signo estava. como que velado na atmosfera, agora está claro, despido. Em termos gerais, segue o mesmo plano de estrutura: zonas amplas de cores planas que vão se reduzindo até se comprimirem em notas de cor ou textura trabalhada até que a superfkie tome um va-


PORTORICU

lor significativo. Os anterioes cordões de pintura, levantados para demarcar linhas, como nervuras, acentuam agora a forma total.

intenção de concretizar signos que respondem ao mundo telúrico americano, Hernandez Cruz possui a luz, o espaço, que são o marco de sua terra: Porto Rico.

Pois bem, que valores de conteúdo têm esses signos, ou a forma total? Vemos claramente uma intenção de penetrar no mundo misterioso do autóctone americano. Invoca-se um sentimento que vais desde a paisagem exuberante, até a pedra do tempo antigo. Os títulos servem de guia: Pedra de Sacrifício, Sombra Arqueológica, Pedra-altar, etc. - O fato de que não se limite a uma gama de cores, mas investigue, ao contrário, os brancos, vermelhos, azuis e marrons de diversas tonalidades, nos dá a pista para uma obra onde ainda resta muito caminho a percorrer.

Não podemos falar de uma pintura portorriquenha, e nem, tampouco, de uma pintura americana, em t,ermos de novas técnicas ou imagem autônoma livre de influências européias ou americanas. Não obstante, se há uma pintura àmericana de conteúdos, é nesse sentido que Hernandez Cruz é um pintor latino-americano. O valor autônomo da mancha, a cor e a textura que outrora deu lugar ao mal-entendido da arte pela arte, sustenta agora esta expressão essencial de que estamos falando, cor, luz, textura, estruturando um postulado que somente se possa dar num âmbito geográfico, mas com intenções unlversalS.

Embora possamos situar Hernandez Cruz na mesma linha de ação de Bonevardi, Szyszlo e até Obregon, na 1.

Pedra de Sacrifício. acrílico sobre tela 152 x 127 em

2.

Sombra Arqueológica I. acrílico sobre tela 127 x 152 em

3. Deuses de Pedra.

7. Pintura I. acrílico sobre tela 183 x 152 em

8. Pintura 11. acrílico sobre tela 183 x 152 em

9. Pintura 111. acrílico sobre tela 183 x 152 em

acrílico sobre tela 152 x 127 em

4. Pedra de quartzo, pássaro fóssil. acrílico sobre tela 152 x 127 em

10.

5. Centro de rapinas.

11. Pintura V. óleo sobre tela 183 x 152 em

acrílico sobre tela 152 x 127 em 6.

Pintura IV. acrílico sobre tela 183 x 152 em

Pedra-altar. acrílico sobre tela lS2.x 127 em

429


URUGUAI

Augusto Torres

(hors concours)

Nasceu em Terrasa (Barcelona) em 1913. Filho do famoso pintor uruguaio Joaquín Torres-Garcia e de mãe catalã. Sua vocação para a pintura manifestou-se precocemente, aos quatro anos. Passou parte de sua in~â.n~ __ cia em Nova Iorque e na Itália. Radicolf-'se ~,Vtlle­ franche-sur-Mer, em 1925; mudou-se para Paris em 1927. Foi nomeado desenhista do Museu Trocadero, em 1929. Estudou com Julio Gonzalez, em 1930 e com amedé Ozenfant, no ano ·seguinte. Entre 1931 e 1932 conheceu Piet Mondrian,. Van Doesburg, Van Tongerloo, Arp, Lipchitz, Severini e muitos outros, frequentadores do atelier de seu pai. Mudou-se para Madri em 1933 onde frequentou a escola de cerâmica. Passou, então, a trabalhar sob a orient;tção de seu pai. Em 1934 viajou para o Uruguai, fixan'ào-se em Montevidéu. Integra a Associação de arte construtiva, fundada por seu pai em 1936. Nesse mesmo ano, expõe no Salão dos "Surindependents" de Paris. Em 1942 foi criado o atelier Torres-Garcia em substituição à Associação de Arte Construtiva, visando preparar os alunos recém-chegados. De

I,

Estrutura com elementos de porto. óleo sobre tela 73 x 60 em

1936 a 1949 participou de mais de cento e cinquenta exposições coletivas dos discípulos de Joaquín TorresGarcia, tanto no Uruguai como no exterior. Expôs em Buenos Aires, em 1945; em Santiago, em 1947; em Washington, em 1948. Com a morte de seu pai, encarregou-se, a partir de 1949, do ensino no atelier TorresGarcia. Viveu em Paris d.e 1954 a~956, participando do Salão dos Surindependents. Expõe em Nova Iorque juntamente com outros componentes do atelier Torres-Garcia, em 1960. Realizou várias exposições em Montevidéu, de 1962 a 1966. Realizou inúmeras viagens ao exterior a partir de 1967, radicando-se em Barcelona. Expôs em Madri, na Galeria Monzón, em 1974. Em 1975 foilhe dedicada uma retrospectiva, na Galeria Dau aI Set, em Barcelona. Participou das Bienais de Porto Alegre, Veneza, São Paulo, México e Colômbia. Executou inúmeros murais, entre 1943 e 1968, destacando-se na casa de Freddy Gutman, em Buenos Aires; no Hospital SaintBoix de Montevidéu. No edifício do Sindicato Médico de Montevidéu, no edifício do Banco do Rio de la Plata, de Montevidéu (projeto de Antonio Bonet). . \

4. Edifício com letreiro alaranjado. óleo sobre cartão 70 x 43 cm

2. Armazéns do porto. óleo sobre tela 73 x 60 em

5. Forma.

3. Fragmento de barco óleo sobre tela 73 x 60 em

6. Forma branca. óleo sobre tela 100 x 81 cm

430

óleo sobre cartão 45 x 98 cin


URUGUAI

7. Ritmos verticais com elementos. óleo sobre tela '100 x 81 em

12. Porto.

óleo sobre tela 60 x 73 em

8. Interior com mesa e objetos. óleo sobre tela .97 x 88 em

13. Edifício com relógio

9. Natureza morta.

14. Construção com elementos de barco. óleo sobre tela S4 x 81 em

óleo sobre tela 77 x 63,S em 10. ComposiçãO de ritmos

óleo sobre cartão 98 x 80 em

óleo sobre tela 62x66cm

lS. Natureza morta. óleo sobre cartão 7S x 94 em

11. Com posição· com fruteira.

óleo sobre tela 6S x 81 em

431


VENEZUELA

Alejandro Otero (hors

concours)

Nasceu em EI Manteco, Distrito Piar do Estado Bolívar, em 7 de março de 1921. Passou a infância em Upata. Dos 10 aos 18 anos viveu em Ciudad Bolívar. Em fins de 1939 foi para Caracas, ingressando na Escola de Artes Plásticas e Artes Aplicadas, onde seguiu os cursos de: pintura, moldelagem, vitrais, eSpIaltes e o de formação para professores de educação artística. Entre 1943 e 1945 foi professor nesta escola, do curso infantil de experimentação, e do curso de vitrais. Em fins de 1945 viajou para Paris, aí permanecendo até fins de 1948. Neste mesmo ano viajou para Washington, onde realizou sua primeira exposição, com obras executadas entre 1945 e 1948. Esta exposição foi apresentada em principio de 1949, no Museu de Belas Artes e no Atelier Livre de Arte, no Instituto Pedagógico, em Caracas. Voltou a Paris em meados de 1949; aí criou, juntamente com alguns amigos, a revista Los Disidentes, folheto polêmico destinado a agitar o ambiente e a lutar pelas novas iéias artísticas. Retornou a Caracas em 1952. No período de 1952 a 1955 dedicou-se fundamentalmente ao problema da síntese das artes murais para a concha acústica José Angel Lamas, na Escola de Engenharia, e das policromias diversas, tanto para a Cidade Universitária como para outros edifícios de Caracas. Entre 1955 e 1960 realizou os Coloritmos. Essa fase caraquenha foi de uma intensa atividade: polemizou, escreveu para periódicos e revistas, organizou exposições, participou da criação da Escola de Artes Plásticas e do seu corpo docente, e foi nomeado coordenador do Museu de Belas Artes. Voltou para Paris em 1960, onde realizou uma extensa obra, que compreende relevos, combinação de objetos de várias naturezas, e colagens de cartas, envelopes, ,selos, sobre suportes de velhas armações de janelas, pedaços de móveis, etc 432

Em 1964 regressou a Caracas. Aí exerceu, por dois anos, o cargo de presidente do recém criado Instituto Nacional de Cultura e Belas Artes. Paralelamente, seguindo o curso de sua evolução anterior, iniciou-se numa nova série de colagens, desta vez usando pedaços de revistas coloridas. Em 1967, após alguns meses de retiro, teve início o período das Estrutura.r Especiais ou Esculturas em Escala Cívica, obra que continua desenvolvendo atualmente. Em 1971 recebeu uma bolsa de estudos da Fundação Guggenheim, sendo convidado a participar da equipe de trabalho do Centro para Estudo! Visuais Avançados, do MIT, em Cambridge, Estado de Massachussetts, instituto do qual faz parte como' 'Fellow", de forma permanente.

Em 1974 começou uma nova série de obras pictóricas, denominada Pranchão, e atualmente está realizando, para a CD. de Bogotá, uma escultura em escala cívica, chamada Ala Solar. Realizou inúmeras exposições individuais, destacando-se: União Panamericana, Washington, em 1949; Museu de Belas Artes, Atelier Livre de Arte e Instituto Pedagógico, Caracas, em 1949; Galeria de Arte Contemporânea, Caracas, em 1957; Museu de Belas Artes, Caracas, em 1960; Museu de Belas Artes, Galeria "EI Muro" e Sala Fundação Eugênio Mendoza, Caracas, em 1962; Galeria Wulfengasse, Klagenfurt, Áustria, em 1963; Sala Fundação Eugênio Mendoza, Caracas, em 1965; Galeria Signals, Londres, em 1965; Bienal de Veneza, Pavilhão da Venezuela, em 1966; Galeria Conkright, Caracas, em 1971; Adler Castillo, Caracas, em 1974; "Ala Solar", Bogotá, em 1975. Participou de várias exposições coletivas, sendo as principais: Salão Oficial de Artes Plásticas, Caracas, entre 1941 e 1970; Salão dos Superindependentes, Paris, em 1948;Salão das Realidades, Paris, em 1952; Exposição InternaI, no Carnegie Institute, Pi ttsburgh, em 1955; Galeria Denise René, Paris, em 1957; Bienal de São Paulo, em 1957; Salão Interamericano de Barranquilla, Colômbia, em 1960; Bienal de Veneza, em 1962; A arte lati-


VENEZUELA

noamericana em Paris, no Museu Municipal de Arte Moderna, Paris, em 1960; Festival dos dois mundos, Spoleto, Itália, em 1963; Exposição Internacional do Prêmio Guggenheim, Museu Guggenheim, Nova Iorque, em 1964; O Hoje de Amanhã, no Museu de Arras, França, em 1964; II Bienal Interamericana de Córdoba, Argentina, em 1964; Arte na A!J1érica Latina desde a Independência, Universidade de Yale, Estados Unidos, em 1965; I Bienal da Gravura, Porto Rico, em 1969; Gráfica, Fundação Eugênio Mendoza, em 1970, 19i1, 1973 e 1974. Prêmios: Prêmio Mérito Especial para Alunos de Artes PIasticas, Caracas, em 1943; Três prêmios particulares no Salão Arturo Michelena, Valencia, Venezuela, em 1946; Prêmio john Bulton, Caracas, em 1957; Prêmio

particular no Salão D'Empaire, Maracaibo, em 1957; Prêmio Nacional de Pintura, Caracas, em 1958; Menção Honrosa na Bienal da São Paulo, em 1959; Primeiro Prêmio no Salão Interamericano de BarranquiJla, Colômbia, em 1960; Prêmio de Artes Aplicadas em Esmalte sobreMetal, juntamente com Mercedes Pardo, Caracas, em 1964; Bolsa de Estudos da Fundação Guggenheim, Nova Iorque, em 1971-1972; Condecoração Cruz de Bogotá, em 1975. Está representado nos seguintes museus: Museu de Belas Artes, Caracas; Museu de Arte Moderna, Nova Iorque; Coleção Permanente da União Panamericana, Washington; Museu da Universidade de Arizona, Estados Unidos; Museu de Dallas, Texas e Cidade Universitária, Caracas.


ITÁLIA

Pier Luigi Nervi

(hors concours)

Nasceu em 1891 em Sondrio, aldeia dos Alpes italianos. Filho de um agente postal, viveu em inúmeras cidades italianas antes de ingressar na Universidade de Bolonha. Embora manifestasse desde criança uma incJinação pela mecânica, decidiu dedicar-se à engenharia de estruturas. Em 1923 associou-se com Nebbiose, um empreiteiro. O cinema Augusteo~ em Nápoles, um dos seus primeiros projetos de edifício inteiramente de concreto, foi bastante criticado na época, pela aparente falta de sustentação de sua estrutura. No estádio municipal de Florença, que ele considera seu primeiro projeto importante, Nervi denuncia as tendências que iriam marcar seu estilo. Em 19.40 o governo italiano ençarreg6u-o do trabalho

1.

Desenhos originais do Prof essor N ervi.

que ele considera o mais importante do ponto de vista estrutural: o projeto de 8 hangares, no qual ele empregou pela primeira vez elementos pré-fabricados, segundo uma técnica própria. Este projeto cOnstitui provavelmente uma das bases da teoria de Nervi concermente à economia. A escassez de açó provocada pela guerra, obrigou-o a restringir o emprego desse material. Tendo projetado inúmeros edifícios famosos nas últimas três décadas, Nervi atribui o início de sua celebridade ao projeto do Pavilhão de exposições em Turin, no qual o cimento-armado serviu pela primeira vez como elemento estrutural na construção de uma grande abóbada. Entre seus inúmeros projetos destacam-se: o Palácio do Trabalho de Turin, o Palácio do Esporte de Roma, o edifício da sede da UNESCO em Paris e o Auditório das Audiências Pontifícias.

6.

esboços de projeto 70x70cm 2.

Estádio de Florença. fotografias 70 x 70 cm (3 painéis)

Turin, Palácio das exposições. fotografias 70 x 70 cm ( 4 painéis)

7. Salão de festas de Chianciano. fotografias 70 x 70 cm

Lanifício Gatti.

3. Hangar para aviões de Orvieto. fotografias 70 x 70 cm (2 painéis)

8.

4. Hangar para aviões de Orbetello. fotografias 70 x 70 cm (2 painéis)

9. Sede da UNESCO em Paris fotografias 70 x 70 cm (2 painéis)

S.

Construções Navais. fotografias 70x 70 cm

434

fotografias 70 x 70 em

10. "Palazzetto dello sport", Roma fotografias 70 x 70 cm (3 painéis)


ITÁLIA

11. Estádio Flaminio, Roma. fotografias 70 x 70 em (2 painéis)

18. Palácio dos esportes, Norfolk, Virgínia. fotografias 70 x 70 em (2 painéis)

12. Palácio do esporte. Roma. fotografias 70 x 70 em (3 painéis)

19. Palácio dos esportes, Kuwait. fotografias 70 x 70 em (3 painéis)

13. Estrada sobre-elevada, Roma.

20.

fo~ografias

70x 70 em (2 painéis)

Ponte sobre o estreito de Messina. fotografias 70 x 70 em (2 painéis)

14. Palácio do trabalho, Turin. fotografias 70x70em

21. Catedral de St. Mary, San FrallÓsCô. fotografias 70 x 70 em (2 painéis)

15. Estação de ônibus, Nova Iorque. fotografias 70 x 70 em (3 painéis)

22. Auditório das audiências pontifícias, Roma. fotografias 70 x 70 em (8 painéis)

16. Fábrica de papel Burgo, Mantova. fotografias 70 x 70 em

23. Embaixada da Itália, Brasília. fotografias 70 x 70 em (3 painéis)

17. Arranha céu Montreal. fotografias 70 x 70 em (2 painéis)

435


BRASIL

Jonas dos Santos Nasceu em Recife, em 1947. Pertenceu ao Atelier de Artes Livre, de 1965 a 1966 e frequentou a Escola de Arte de 1966 a 1968, em Recife. Com Link Harper fundou, em 1969, a União Visual Estúdios, em Recife. No ano seguinte a Hanius-Housius, em Washington, e, em 1971, O pássaro e o lixo (The bird and the dirt), também em Washington.

o pássaro e 6 lixo (The bird and the dirt) "O próprio nome do grupo que Jonas Santos criou e vem dirigindo em Washington há quatro anos sugere a natureza da substância de suas pesquisas e o arsenal de onde provém a matéria prima que lhe dá forma: The Bird and The Dir~, o pássaro e o lixo. Em outras palavras' o vôo e a fantasia que emergem ~os detritos da natureza e da civilização. Com uma diferença, porém: toda a energia criadora que palpita inquieta dentro de cada apresentação pública do grupo, e mesmo em cada um dos objetos que constituem a totalidade de sua

436

existência, visa à restauração da dignidade dos elementos naturais e manufaturados que entram na constituição do universo delirante, m as minuciosamente artesanal do artista, cujo esforço maior reside na tentativa de reintegração no cotidiano dos elementos rejeitados que estão na base dessa modalidade expressiva, e que justament e representam as duas forças vitais por excelência, :m interação: o homem e a natureza. . Esse processo de restauração e reintegração tem como instrumento único a fantasia ilimitada, da qual tudo mais são acessórios, que vão dos galhos, de ossoscsecos e de latas de atum até a sofistacação técnica do video, da fita magnética, do filme e da fotografia, passando pelos animais empalhados, por velas, incenso, cordas, botões, sedas e cetins, fitas coloridas, algodões, patas ressecadas de galináceos e o desenho e a pintura tradicionais. A metamorfose tudo absorve, tudo transfigura, tudo subordina às linhas mestras do processo e do objeto resultante: o ritu~l, a celebração, a magia e a religiosidade profana. Seus protagonistas são gnomos e duendes, reincarnados em répteis, pássaros, serpentes


BRASIL

e na tropical jaca, unidos em ritos encantatórios de supersticiosa compulsão e de barroca festividade. Duas são as fontes das quais a expressão de Jonas Santos se origina. Das tradições pluricult~rais do Brasil ~~e herdou as celebrações dos cultos africanos de YemanJa, a rainha do mar, e da Umbanda, a magia branca; dos indígenas, a arte plumária e a pin~ura corporal..! das tradições populares urbanas, a alegria e a expansao do carriaval, no qual tudo se funde e todas as formas afloram.Mas principalmente do Nordeste, onde ele nasceu e se criou herdou a extraordinária capacidade de aproveitar de 'modo criador os restos da natureza e o lixo da civilização, precisamente um dos aspectos mais candentes da antropologia cultural daquela região do Brasil. A outra grande fonte são as correntes da vanguarda norteamericana dos anos recentes, de onde provêm a conceitualização e a minimalização, presentes em todas as maneiras de aproveitar os materiais na composição e na confecção, reduzindo-os à sua essencialidade, mesmo quando transfigurados no processo pessoal de elaboração.

Estamos, portanto, diante de um esforço, que intuitivamente pretende sintetizar as conquistas e os impasses da arte compartimentada e fragmentada de nossa civilização - tecnológica, urbana e desenraizada - e o reencontro com o deslumbramento da experiência telúrica ritualística e mágica - que está na própria origem do homem - num exercício que pede a participação do espectador. Resta-nos aguardar, com grande curi.o~i­ dade, a continuidade do processo, que nesta exposiçao atinge sua primeira definição crjstalizada.·· José M. Neistein Brazilian-American Cultural Institute, Washington, D.e. 1.

Catucu*, (Rituais das Américas -

integração de artes visuais), 1975. arte experimental: construção ambiental, pinturas, esculturas, objetos, fotografias, áudio-visuais, vídeo-tapes e partituras.

• Nome extraido-criado das linguagens indigenas das Américas. Significado abstrato dos sons das linguas.

437



REGULAMENTO ~ )URIS INDICE



REGULAMENTO CA PITULO I - DAS MANIFESTAÇOES Art. 1.0A XIII Bienal de São Paulo, considerando as variadas, profundas e seguidas transformações que ocorrem no cenário artístico mundial, será organizada de modo a apresentar as novas realizações artísticas, ao lado de uma visão crítica da história da arte. Art. 2.0A XIII Bienal de São Paulo, a realizar-se nos meses de outubro a dezembro de 1975, objetivando prosseguir em sua condição de empreendimento artístico de vanguarda e fonte de informação internacional para os artistas e o público, diretamente e através dos veículos de comunicação, será constituída de mani.festações várias, a seguir classificadas em cinco partes: lo As tendências contemporâneas da arte experimental: vídeo~tape, filme super 8, áudio visual, envios postais, arte viva, arte aplicada integrada à paisagem e outros OBS.: Para a realização dessa manifestação, serão efetuados convites, nacional e internacionalmente. 20 Representantes do Brasil e do exterior, em salas nacionais. OBS.·: As representações do exterior serão de responsabilidade exclusiva dos países participantes. 30 Apresentação histórico-crítica dos movimentos artísticos das décadas de 50 e 60 com enfoque a partir dos artistas premiados na Bienal de São Paulo. 40 Uma exposição especial de um grande artista do pas~ sado, que tenha influído nas tendências da arte contemporânea. 50 Seminários e simpósios com conferencistas convidados e participação de artistas, críticos de arte, universitários, etc

CAPíTULO II - DAS PARTICIPAÇOES Art.3.0Cada país participante indicará um comissário como responsável único junto à Bienal, e ao qual compete: a) remeter até o dia 20 de junho de 1975, as fichas de inscrição, relação especificada, preços e fotos das obras, um prefácio relativo à mostra selecionada, dados biográficos dos artistas para o catálogo geral, e para divulgação prévia pela imprensa. Para facilitar a orientação do público, durante a mostra, em cada sala, sugere-se a elaboração de resumos biográfico individuais e uma visão crítica da obra de cada artista participante, escrita pelo próprio comissário ou um crítico de arte por ele designado; b) fornecer instruções sobre a montagem da exposição, destacando, específica e graficamente, as de força e luz (sistema elétrico do Brasil: PAL-M - 60 ciclos 525 linhas - V.T. HAIG*BANG), além de outras indicações de natureza museológica ou estética; c) colocar na guia de exportação, como destino, além de São Paulo, outra ou outras cidades brasileiras, nas quais a mostra irá ser igualmente apresentada, além da cidade ou cidades do exterior, para onde as obras serão devolvidas após o encerramento da exposição; d) os trabalhos deverão chegar até o dia 15 de Julho para os nacionais e 15 de Agosto de 1975 para os internacionais, remetidos de uma só vez, juntamente com os catálogos que venham a ser preparados pelos países participantes; e) os trabalhos serão endereçados à XIII Bienal de São Paulo, Fundação Bienal de São Paulo - Caixa Postal 7832 - São Paulo, Brasil, via porto de Santos quando remetidos por niar ou aeroporto de Viracopos ou Con-

441


gonhas; se o transporte for aéreo; f) todas as obras deverão ser acompanhadas de processo alfandegário, mesmo no caso de transporte gratuito; g)são de responsabilidade da Bienal as despesas de transporte no Brasil (do local de desembarque à sede da Bienal e desta ao local de reembarque), desembalagem, reembalagem das obras e montagem, quando não especial; h) se as obras exigirem instalações especiais, a Bienal deverá ser previamente participada, correndo as despesas por conta do expositor; i) para que as obras sejam encaminhadas a outra exposição fora do Estado de São Paulo, é necessário um entendimento prévio com a Bienal, não se responsabilizando a Fundação pelas despesas extraordinárias decorrentes de transporte, embalagem e seguro. j) devido às exigências alfandegárias, as obras estrangeiras não poderão permanecer no país por prazo superior a doze meses, a contar da data de entrada.

CAPíTULO III - DA PREMIAÇÃO Art. 4.0São os seguintes os prêmios instituídos para a exposição de Artes Visuais: a) "Prêmio Itamaraty", no valor de US$ 12.500,00 (doze mil e quinhentos dólares) - será atribuído, independentemente de técnica, a quem obtiver, no mínimo, 6/7 dos votos do Juri de Premiação, não podendo esse prêmio ser concedido "ex-aeque"; b) "Grande Prêmio Honorífico XIII Bienal de São Paulo", a ser atribuído a um artista altamente representativo, a critério do Juri de Premiação; c) dez prêmios regulamentares, denominados "Bienal de São Paulo", no valor global de US$ 30.000,00 (trinta mil dólares), que serão atribuídos, em parcelas iguais de US$ 3.000.00 (três mil dólares) aos artistas mais representativos, independentemente de técnicas, destinando-se 2 exclusivamente a latino-americanos; e) o "Prêmio Governador do Estado de São Paulo", no 442

valor de Cr$ 15.000,00 (quinze mil cruzeiros), será atribuído à obra mais relevante de expositor brasileiro; f) o "Prêmio Prefeitura do Município de São Paulo", no valor de Cr$ 15.000,00 (quinze mil cruzeiros), será atribuído à obra de pesquisa mais relevante de exposi tor brasileiro. CAPITULO IV - DO JURI DE PREMIAÇÃO Art. 5.0O Juri de Premiação será composto de 5 (cinco) críticos de arte, dos quais um brasileiro e quatro estrangeiros, de renome internacional. § único: A indicação dos participantes do Juri atenderá às áreas geográficas representadas na XIII Bienal. Art. 6.0O Juri de Premiação, do qual não poderão fazer parte os Comissários, reunir-se-á sete dias antes da abertura da Bienal, dispondo de cinco dias para tomar suas deliberações. Art. 7.0Ao artista premiado nas Bienais anteriores não será atribuída a mesma láurea, concorrendo, porém, aos demais prêmios. Art. 8.0Os prêmios recebidos no Brasil, mesmo os de valor indicado em dólares, serão pagos em cruzeiros, de acordo com a taxa cambial vigente na data. CAPíTULO V - SEÇÃO DE VENDAS Art. 9.0A aquisição de obras expostas na XIII Bienal será feita exclusivamente através de sua Seção de Vendas. Art. 10.0À Bienal de São Paulo caberá sempre a percentagem de 15% (quinze por cento) do preço marcado em cada obra adquirida, e as listas de preços da Seção de Vendas ficarão à disposição do público.


Art. 11.0O Expositor e a Bienal, somente de comum acordo, poderão modificar as condições de vendas ou de preços. Art. 12.0Para facilitar a uniformização da contabilidade, o preço das obras estrangeiras deve ser indicado em dólares americanos. Art. 13.0Do pagamento das obras adquiridas serão deduzidos os tributos legais vigentes, incluindo-se o Imposto de Renda sobre o valor da obra e taxa cambial. Art. 14.0-'No caso de doação de obras a particulares, serão pagos pelo artista ou pelo beneficiado a comissão de 15% Cquinze por cento), destinados à Fundação Bienal de São Paulo, e o Imposto de Renda que for devido. CAPITULO VI - DISPOSIÇOES GERAIS Art. 15.0As decisões do Juri de Premiação são irrecorríveis.

Art. 16.0Embora tomando as cautelas necessárias, a Bienal não se responsabiliza por eventuais danos sofridos pelos trabalhos enviados; caberá ao expositor ou às delegações, se assim o desejarem, segurar as obras contra todos os ri scos. .

Art. 18.0Se houver divergência de grafia nos nomes inscritos ou no valor das obras, prevalecerá a constante na ficha de inscrição. Art. 19.0A Bienal exime-se da eventual omlssao, no catálogo geraI- ou na montagem, se as datas de chegada das inscrições e dos trabalhos não forem respeitadas. Art. 20.0A assinatura da ficha de inscrição implica a aceitação das normas deste Regulamento. Art. 21.0A Bienal solicita aos Consulados a designação de um funcionário devidamente credenciado a fim de acompanhar a abertura dos volumes, conferir as obras com as guias de exportação e assinar a ata de ocorrências. Tais atos serão realizados na chegada e na devolução das obras. Art. 22.0Os casos omissos serão resolvidos pela Fundação Bienal de São Paulo. São Paulo, Abril de 1975 Patrocínio da Prefeitura Municipal de São Paulo

Art. 17.0É vedada a retirada de trabalhos antes do encerramento da Bienal.

443


Premiação Juri Internacional Alemanha Argentina França México Brasil

Werner Schmalenbach Rafael Squirru Jean Dominique Rey Fernando Gamboa Paulo Mendes de Almeida

Artistas Premiados Grande Prêmio ltamaraty (US$ l2,5oo.oo) Jagoda Buic

IUGOSLÁVIA

Grande Prêmio Honorífico da XIII Bienal Internacional de São Paulo, a ser atribuído a um artista altamente representativo. Manuel Felguérez

MÉXICO

Prêmio Internacional Bienal de São Paulo (la prêmios de US$ 3,000.00) Fez-se uma distinção entre os dois primeiros prêmios e os oito restantes, que figuram em ordem alfabética.

Primeiro: Guillermo Roux Segundo: María Simon Carl Bucher Siron Franco Edith Jiménez François Morellet Sigmar PoJke Carlos Rojas Ângelo de Sousa José Luis Verdes

444

ARGENTINA ARGENTINA SUíÇA BRASIL PARAGUAI FRANÇA REPUBUCA FEDERAL DA Al.EMANHA COLÔMBIA PORTUGAL ESPANHA


Prêmio "Governador do Estado de São Paulo" (Cr$ 15.000,00) Evandro Carlos Jardim

BRASIL

Prêmio "Prefeitura do Município de São Paulo" (Cr$ 15.000,00) Ivan Freitas

BRASIL

Prêmio "Indústrias Vi1Iares" (US$ 3,000.00) Katsuhiro Yamaguchi

JAPÃO

Grande Prêmio Latino-Americano "Francisco Matarazzo Sobrinho" (US$ 1,000.00) Joyc<: GUATEMALA Prêmio Internacional de Gravura "Armando de Arruda Pereira" (US$ 300.00) Michdangdo Pistoktto ITÁLI.\ Prêmio "Wanda Svevo" - Gravura latino-americana (Cr$ 5.000,00) jorg<: Pa<:z V i1arú

Nota explicativa Estados Unidos da América do Norte: com referência à contribuição dos Estados Unidos da América do Norte à XIII Bienal de São Paulo, o Juri Internacional lamenta profundamente que, por motivos técnicos e falta de tempo, tenha sido inteiramente impossível ao Júri considerar exatamente o valor dos 31 (trinta e um}-artt$a.s-americanos que integram essa apresentação de vídeo-arte. Entretanto, o Júri faz questão de mencio-

nar especialmente que ele considera esta apresentação da América do Norte como uma contribuição de valor extraordinário à XIII Bienal Internacional. Grã-Bretanha: O Júri Internacional destaca igualmente a contribuição da Grã-Bretanha por seu alto valor de qualidade e homogeneidade em seu conjunto.

445


Juri de Premiação - Bienal Nacional 74

Artistas Premiados

Lisetta Levy Morgan Motta Olney Krüse Antonio Bento José Teixeira Leite

Bernardo Caro e Equipe Convívio Mário Céspedes e Maria M. de Moura Gessiron Alves Franco Ivan Freitas Beatriz Lemos e Paulo Emílio Lemos Edison Benício da Luz e Equipe Etsedron Aderson Tavares Medeiros· Auresnede Pires Stephan José Alves de Oliveira José Va1entim Rosa Iazid Thame

446


Juri de Seleção Nacional Flávio Motta Wolfgang Pfeiffer Danilo di Prete Harry Laus Olney Krüse Lisetta Levy Walmir Ayala

Artistas Selecionados Alegre Sarfaty Grzywacz (Gretta) Antonio Celso Sparapan Carlos Paez Vilar6 Décio Paiva Noviello Dolly Moreno Edgar de Carvalho Júnior Edgar Rocha Emiko Mori (Emi Mori) Ermelindo Nardin Evandro Carlos Jardim Flávio Carneiro Geraldo José dos Santos Glauco Pinto de Moraes Iolanda Soares Freire Jaime Yesquénluritta José Benedito Fonteles (Bené Fonteles) José Brasil de Paiva (Paiva Brasil) José de Diago Lourenço M. Dantas e Luis GuardiaNeto (GnJpo Interferência) Marcos Concílio Maria Carmen P. de Lysandro Albernaz (Maria Albernaz) Massuo Nakakubo Maurício Fridman Megumi Yuasa Miled José Andere (Miled) Romildo de Paiva

447


t

-- -- -- - -- -~

...C)l

!:.

~

tJ::l

tJ::l

tJ::l

trl

trl

trl

<:

~

~

trl

~

~

trl

Z

- -- - -Z

Z

Z

Z

VI

VI

VI VI

VI

VI

<: ......

<:

tJ::l

<: ...... tJ::l

trl

trl

tJ::l ...... trl

~

......

Z

Z

trl

<:

...... ......

tJ::l ......

tJ::l

trl

trl

tJ::l ...... trl

~ ~

tJ::l

8

trl

Z Z Z ~t'"' >t'"' >t'"' >t'"' >t'"' >-t'"' >-t'"' >t'"' >-t'"' > > > > t'"' t'"' t'"' t'"' "tl .--, .--, .--, .--, .--, .--, .--, .--, .--, ..,... .--, .... ---. .... .... ---. .... \O.... .... \O.... \O.... G .... \O.... \O.... \O.... .--, \O \O \O n' \O o~ 0\ 0\ o..... -J ~ .... .... ..... ' - ' 'U> ..... .... U> i' -' '-' ...., ' - ' ~ ' - ' ~ ' - ' ' - ' ' - ' ' - ' .::e.. Q..

n

,

~

Z

Z

~

li>

VI

VI

~

'-'

OI

n

'"

• • .... .... • .... .... • .... • • .... .... • .... • ........ • .... • .... .... • ••• ..... o

.... ..... o-

.....

t-I t-I

t-I

.....

00

t-I

\O

..... o

t-I

.j>.

.... .0-

V>

Ó\

.... .... ....t-I ....

• ••

V> \O

.... ..... .... ..... ;... ..... \O ,

.

•• ••

•• • ••• •• ••• •• ••• • •• •• ••• •• •

•• ••• ••• ••

• •• •• •• ••• •• •• •• • •

•• • • •

••• •• • • •• ••

••• ••• •• •• • ••

•• • ••• •• •• ••

•• • ••

••• •• •• •• •• • • • • • •• • •• •• ••• •• •• •• • • •• •• •• • •• •• •• •• •• • •• •• •• •• • - -

••• • • • •• •• •• • •• •• • • • • •

• •• •• •• •• •

•• ••• ••• ••

• • • •• • ••• ••• ••• ••• ••• •• •• •• •

•• •• • •• ••

• •• • • •• • •• ••• •• •

Q..

AFRICA DO SUL ALEMANHA ANTILHAS HOLANDESAS ARABIA SAUDITA ARGENTINA AUSTRALIA AUSTRIA BARBADOS BBLGICA BOLlvIA BRASIL BULGARIA CANADA CHILE CHINA CHIPRE COLOMBIA. CORBIA COSTA DO MARFIM COSTA RICA CUBA DINAMARCA ELSALVADOR EQUADOR ESPANHA ES,TADOS UNIDOS ETIÓPIA FILIPINAS FINLÃNDIA FRANÇA GRÃ-BRETANHA GRBCIA GUATEMALA

~ CI.l

""d

a.

n

~.

~ ~ ~

Ot (D CI.l


...... ...... N

.......... ......

N

......

.... ......

-I>. 00

......

....

O

0\ N

\O

....

.... 00

0\

.... N

.... O .... O N

.... N .... V>

......

....

.'

••• •• ••• ••• • ••• ••• • • • •• •• • •• •• • • • •• • •• • •• • ••• •• •• •• • • •• • ••

i.

V>

.... -I>. -I>.

...... 0\

........ -I>.

0\ \O

0\

....

•• •• •• •• • • ••

...... -I>.

.......... ...... N

\O

""" ~

•• •• -I>. N

V>

O

•• • •• •

•••

• •• • ••• •• • •

••• • •

~

--

•• •• •• •• •• • • • • •• • 1. • • • • • • • • •• •• ••••• •••• •• •• •• • •• ••• ••••• • •• • • ••

•• • • • •• • ••• ••• • •• • •• • • • • •• •• •• • • •• • •• • •• •• •• • • • •• •• •• •• •• • •• • • • • •• • •• •• •• •• •• •• •• •• •••••• V> V>

V> -I>.

....

0\

V> -I>.

V> -I>.

V>

O

IRÃ

• •

ISRAEL ITÁLIA IUGOSLÁVIA JAMAICA JAPÃO LlBANO LUXEMBURGO MALÁSIA MExICO NICARÁGUA

NIGERIA NORUEGA NOVA CALEDONIA NOVA ZELÃNDIA PANAMÁ PAQUISTÃO PARAGUAI PERU POLONIA

• •

PORTO RICO PORTUGAL QUENIA REPÚBLICA ÁRABE UNIDA REPÚBLICA DOMINICANA REPÚBLICA DO SUDÃO ROMENIA SANTA LÚCIA

••• • • ••• ~

•• • • • •

• ••• -I>. N

• ••• •• • ....O

........

~

SENEGAL SíRIA SRILANKA SUECIA SUíÇA TAILÃNDIA TAITI TCHECOSLOVÁQUIA TRINIDAD Y TOBAGO TUNíSIA TURQUIA U.R.S.S. URUGUAI VENEZUELA VIETNÃ

Total de Participantes


Os Premiados

IV BIENAL (1957) Grande Prêmio: Giorgio Morandi (Itália)

I BIENAL (1951) Roger Chastel (França) Max Bill (Suíça) Giuseppe Viviane (Itália) Renzo V espignani (Itália) Danilo Di Prete (Brasil) Victor Brecheret (Brasil) Osvaldo Goeldi (Brasil) Aldemir Martins (Brasil)

Ben Nicholson (Grã-Bretanha) Jorge de Oteisa (Espanha) Yoso Hamaguchi Qapão) Frans Krajcberg (Brasil) Frans Weissmann (Brasil) Fayga Ostrower (Brasil) Wega Nery (Brasil) Fernando Lemos (Brasil)

V BIENAL (1959) II BIENAL (1953) Grande Prêmio: Henri Laurens (França) Rufino Tamayo (México) Henry MODre (Grã-Bretanha) Giorgio Morandi (Itália) Ben Shahn (Estados Unidos) Alfredo Volpi (Brasil) Emiliano Di Cavalcanti (Brasil) Bruno Giorgi (Brasil) Livio Abramo (Brasil) Arnaldo Pedroso d'Horta ·(Brasil)

III BIENAL (1955) Grande Prêmio: FernandLéger (França) Alberto Magnelli (Itá1ia) Mirko (Itália) Anton Steinhart (Áustria) Alfred Kubin (Áustria) Mi1ton Dacosta (Brasil) Maria Martins (Brasil) Marcelo Grassmann (Brasil) Aldemir Martins (Brasil) . . Caribé (Brasil) 450

Grande Prêmio: Barbara Hepworth (Grã-Bretanha) Modesto Cuixart (Espanha) Francesco Somaini (Itália) Riko Debenjak (Iugoslávia) José Luis Cuevas (México) -Manabu Mabe (Brasil) Arthur Luiz Piza (Brasil) Marcelo Grassmann (Brasil)

VI BIENAL (1961) Grande Prêmio: Maria Helena Vieira da Silva (França) Yoshishige Sai to Qapão) Alícia Peõalba (Argentina) Leonard Baskin (Estados Unidos) Tadeusz Kulisiewicz (Polônia) Iberê Camargo (Brasil) Lygia Clark (Brasil) Isabel Pons (Brasil) Anatol Wladyslaw (Brasil) Prêmio Decenal da Bienal de São PauloJulius Bissier (Alemanha)


VII BIENAL (1963) Grande Prêmio: Adolph Gottlieb (Estados Unidos) Alan Davie (Grã-Bretanha) Arnaldo Pomodoro (Itália) Cesar Olmos (Espanha) Sonderborg (Alemanha) Yolanda Mohalyi (Brasil) Felícia Leirner (Brasil) Roberto de Lamônica (Brasil) Darel Valença Lins (Brasil)

VIII BIENAL (1965) Grande Prêmio (ex-aequo) Alberto Burri (Itália) Victor Vasarely (França) Kumi Sugai (Japão) Marta Colvin (Chile) Janez Bernik (Iugoslávia) Joan Ponç (Espanha) Danilo Di Prete (Brasil) Sérgio CamargQ (Brasil) Maria Bonomi (Brasil) Fernando Odriozola (Brasil)

IX BIENAL (1967) Grande Prêmio: Richard Smith (Grã-Bretanha) Flávio de Carvalho (Brasil) Johns Jasper (Estados Unidos) César (França) Fumiaki Fukita (Japão) David Lamelas (Argentina) Carlos Cruz-Diez (Venezuela) T adeusl Kantor (Polônia) Michelangelo Pistoletto (Itália) Josua Reichert (Alemanha) Jan Schoonhoven (Holanda)

Grande Prêmio Latino-Americano "Francisco Matarazzo Sobrinho": Alejandro Obreg6n (Colômbia)

X BIENAL (1969) Grande Prêmio: Erich Hauser (Alemanha) Ernst Fuchs (Austria) E,duardo Ramirez (Colômbia) Marcelo Bonevardi (Argentina) Anthony Caro (Grã-Bretanha) Waldemar Zwierzy (Polônia) Robert Murray (Canadá) Jiri Kolar (Tchecoslováquia) Herbert Dister (Suíça)

XI BIENAL (1971) Grande Prêmio: Rafael Canogar (Espanha) Prêmio "Vinte Anos de Bienal" Giuseppe Capogrossi (Itália) Nicola Carrino (Itália) Libero Badii (Argentina) Alfred Hofkunst (Suíça) Omar Rayo (Colômbia) Vjenceslav Richter (Iugoslávia) Günther U ecker (Alemanha) Haruhiko Yasuda (Japão) Paulo Roberto Leal (Brasil) Prêmio Latino-Americano "Francisco Matarazzo Sobrinho": Luiz Diaz Aldana (Guatemala) 451


XII BIENAL (1973) Grande Prêmio:Jean Michd Folon'(Bé}gica~ Migud Berrocal (Espanha) Leonardo Matsoso (Africa do Sul) KIaus Rinke (Alemanha) John Armstrong (Austrilia) Dario Villalba (Espanha) H. C. Westermann (Estados Unidos) Hugues Patrice (França) Amalia deI Ponte (Itália) Chihiro Shimotani Qapão) Franciszek Star:owiesky (Polônia) Bohdan Mrazek (Tchecoslodquia) Armando Sendin (Brasil)

452

Equipe Etsedron (Brasil) Equipe Três (Brasil) Equipe Projeto Aberto (Brasil) Sergio Augusto Porto (Brasil) Juan Antonio Roda (Colômbia) .Equipe Anti-Comunicação (Brasil) Horia Damian (França) Jean Otth (Suíça) Alexandre Bonnier (França) Fred Forest (França) Ritzi/peter Jacobi (Alemanha) Regina Corowdl (Estados Unidos) Gerald Minkoff (Suíça) Derrick de Kerckhove (Canadi) Radu Varia (França) Merendaz (França)


Índice Alfabético Remissivo dos Artistas Participantes. Os números da primeira coluna referem-se à página do texto informativo e os da segunda, à reprodução da obra_ ABEYSINGHE iilak ACCONCI Vito ADLER Billy AKHLAQ Zahur-ul AKRAS Ghiath ALBERNAZ Maria Carmen P_ Lysandro ALBERTO (ver SÁNCHEZ Alberto) ALFANO Cu-lo

SRILANKA

A LI S_ Safda r

PAQUISTÃO

ALLADIN M_P_ A L-MODARES Fatch AL-NABÁA Nadir A L-SfBA t G hassall ALVIANI Getulio :\NDERE Mikd .I0Sl: r\ NT IN Ekollor ARIY/\SENA W_ A_

TRINIDAD Y TOBAGO

BA I TLER ZOll1a BALDESSIN (;wrgc BALDESSARI.lohll BALLlI-: Alois Br\ NEY \' era BARh:ER Ui\-e B:\RRIERI-: VÍ(w-r Maximiliano BARRIOS Ah-aro BASELlTZ (;wrg BATARDi\ Eduardo BENÉ FONTELES (\'cr FONTELES.Jost Benedito) BENEDIT Luis Fernando BENGLlS Lmda

ESTADOS UNIDOS ESTADOS UNIDOS PAQUISTÃO SÍRIA BRASIL

222,224 112, 125 123,128 190, 191 218,220 67,68,73

130 228

ESPANHA ITÁLIA

SÍRIA SÍRIA SÍRIA ITÁLIA BRASIL F.5TADOS UNIDOS SRILANKA

URUGUAI AUSTRÁLIA ESTADOS UNIDOS TRINIDADYTOBAGO TRINIDAD Y TOBAGO GRÃ-B-RETANHA ELSALVADOR

COLÔML~IA ALEMANHA PORTUGAL

156, 157, 165 188, 191 229,231 217,218 217, 218 217, 219 156-159, 165 76 112, 125 223, 224 233, 235 40-42 113, 125 229, 231 229,231 135, 139, 142 97-99 83-87 25-27 209-211

105 187 167, 168 169, 170 173, 174 106

207 16 188 189 71 52 30 3 154

BRASIL ARGENTINA ESTADOS UNIDOS

29, 33, 36 113,125

10,11

453


BERRIOBENA Ignacio BLAKE Peter BOETTI Alighiero BOODHOO Isaiah BOTHA Hardy BRIZZI Ary BRZOZOWSKI T adeusz BUCHER Carl BUIé Jagoda BYRNEJim CAJAHUARINGA Milner CAMPUS Peter CAPRALOS-Christüs CARNEIRO Flávio CARO Bernardo CARVALHO Edgar (Júnior) CÉSPEDES Mário CHEN Willie CHUNG Chang-Seung CLEMENTE Francesco COHEN Bernard COLOMBA COLOMBINO Carlos CONcILIO Marcos CRAIG-MAR TIN Michael CUADROS Miguel Angel CUERDA Abel CUEV AS José Luis CUIXAR T Modesto CURABI Assad DAADUCH Mohamad DANTAS Lourenço M. DÁ VILA José Antonio DAVIS Douglas DEZINHO Cver OLIVEIRA José Alves de) DHARMASIRI Albert 454

ESPANHA GRÃ-BRETANH,~

ITÁLIA TRINIDAD y TOB,~GO ÁFRICA DO SUL ARGENTINA POLÔNIA SUíÇA IUGOSLÁVIA ESTADOS UNlDOS PERU EST ADOS UNIDOS GRÉCI,A BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL TRINIDAD Y TOBAGO CORÉIA ITÁLIA GRÃ-BRETANHA PERU PARAGUAI BRASIL GRÃ-BRETANHA PERU ESPANHA MÉXICO ESPANHA SÍRIA

SÍRIA BRASIL VENEZUELA EST A DOS U;-.; Inos

100, 101, 104 S5 137, 139, 142 72 156, 159, 160, 165 107 230, 231 190 21-24 411-412 4-7 203-206 148-150 226, 228 185, 186 167-169115 114, 126 197,200 141 114, 126 147, 148, 150 97 61-63, 71 69,77 63,64,71 219, 220 74 230, 231 191 89, 91 42 156, 159, 160, 166 108 136, 139, 142 73 197, 200 142 193, 195 67, 72, 73 237 134, 139, 143 74 197, 198, 200, 201 143 100, 101, 105 419-424 121-123 101, 102, 107 56 218, 220 181, 1~2 218,219 74 238-240 114, 126

BRASIL SRILANK:\

222,224

117, 178 211


DIAZ Luis DI LASCIO Pedro DIAGO José de DIOUF Ibou OONAGH Rita DREYFUS Bernard EMI MORI (ver MORI Emiko) EMSHWILLER Ed ESCALANTE RAMIREZ Julia ESHET Pinhas EUFEMIANO (ver SÃNCHEZ Eufemiano) FABRO Lucia,no FELGUEREZ Manuel FERNANDEZ DEL AMO José Luis FERZAT Sakher FLANAGAN Barry FONTELES José Benedito (BENÉ FONTELES) FOX Terry FRANCO Gessiron Alves (SIRON FRANCO) FREIRE Iolanda Soares FREITAS Ivan FRIDMAN Maurício GALICIA Roberto Antonio GERREAUD Gastón GA YADEEN Holly GERREAUD Gastón GILBERT Jones GILLETTE Frank GOUN AR IDES Daniel GRZYWACZ Alegre Sarfaty (GRETTA) GUARDIA Luis (Neto) GUGGIARI Hermann GUNA TILLAKE Priyadharshini GUNAW ARDE NA Upasen,l

GUATEMALA PARAGUAI BRASIL SENEGAL GRÃ-BRETANHA NICARÁGUA

151, 153 193, 195 67,72 213, 215 136, 139, 143 185

136 214 592 75 126

115, 126 198, 201 154, 155

241 (pag) 144 100

BRASIL ESTADOS UNIDOS PERU ISRAEL ESPANHA ITÁLIA MÉXICO ESPANHA SÍRIA GRÃ-BRETANHA BRASIL ESTADOS UNIDOS BRASIL BRASIL BRASIL

157, 159, 160, 166 109 179-184 124, 125 101, 102, 107 218-220 179, 180 134, 139, 143 76,77 74 115, 126 57,70 216 65, 72 69,76,77

BRASIL ELSALVADOR ÁFRICA DO SUL TRINIDAD Y TOBAGO PERU TRINIDAD Y TOBAGO ESTADOS UNIDOS GRÉCIA BRASIL BRASIL PARAGUAI SRILANKA SRILANKA

97-99 21-23 230-232 198,201

51

230, 232 115, 116, 126 147, 148, 150 67,72 74 193, 195 222,224 222,224

193

192

93 226

455


HALPE' Ashley HAMMAD Mahmud HAN:\'-ong.,Sup, HANMook HASHAMI Salima HASLANGER Martha HASSAN Ijazul HERNANDEZ CRUZ Luis HERRERA Hector HERSKOVITZ David HLITO Alfredo HOCKNEY David HOFFMANN Pierre-Edmond HOLT Naney HONEGGER Gottfried HOYLAND john HUXLEY Paul IDREES Nighat IMAMAli INAGAKI Michinori· ISELIRolf ISHAK Samud ISMAIL Nitim jACKLIN Bill JARDIM Evandro Carlos jIMÉNEZ Edith jONASjoan jOSEPH 'Peter jOYCE . KAPROW Alian KARUNARATNE H. A. KEITA Souleymane KHAN Ahmad KIM Chong-Hak KIM'Han 456

SRILANKA SíRIA CORÉIA CORÉIA PAQUISTÃO ESTAOOS UNIOOS PAQUISTÃO PORTO RICO CHILE PERU ARGENTINA GRÃ-BRETANHA LUXEMBURGO ESTADOS UNIDOS FRANÇA GRÃ-BRETANHA GRÃ-BRETANHA PAQUISTÃO PAQUISTÃO BRASIL SUíÇA TRINIDAD Y TOBAGO SÍRIA GRÃ-BRETANHA BRASIL PARAGUAI· ESTAOOS UNIOOS GRÃ-BRETANHA GUATEMALA ESTAOOS UNIOOS SRILANKA SENEGAL PAQUISTÃO CORÉIA CQRÉIA

223,224 217,218 88, 90 89,92 187, 191 116, 126 187, 191 428,429 78-80 198,201 29,31, 35, 36 137, 139,143 177, 178 116,126 130,132 135, 140, 143 135, 140, 144 187,191 188, 189, 191 76 226-228 230,232 217-219 136, 140, 144 65,71 193-196 117,126 136, 1.40, 144 152, 153 117,126 222,224 213,215 190,191 89,91 88, 90

163, 164 35 50

151-153 27 145 8,9 78 119 69, 70 79 80 131 133 183, 184 194 171,172 81 221,222 135

98, 99

161 40 46


KIM Hong-Seok KIM Jong-Kun KIM Kwang-Wood KIM Whanki KIM Yong-Ik KIRINDE Stanley KOHARI Masud KOLIG Cornelius KORUT Beryl KOS Paul KOVACS Ernie LANDR Y Richard LA TTIER Christian LEE Oc-Ryun LEMOS Beatriz R. Dantas LEMOS Paulo Emílio S. LEOZ DE LA FUENTE Rafael LEVINE Les LOGOTHETIS Stathis LORENZETTI Carlo LUTHI Urs LUZ Edison Benício da

CORÉIA CORÉIA CORÉIA CORÉIA CORÉIA SRILANKA PAQUISTÃO ÁUSTRIA ESTADOS UNIDOS ESTADOS UNIDOS ESTADOS UNIOOS ESTADOS UNIDOS COSTA 00 MARFIM . CORÉIA BRASIL BRASIL ESPANHA ESTADOS UNIOO~ GRÉCIA ITÁLIA SUíÇA BRASIL

MADA WALA Mano MAGIN Arthur MANN Andy

SRILANKA

MARGOLIES John MATTIACCI Eliseo MEDEIROS Aderson Tavares MONNEYBou MoNTES José Luis MOONJeremy MORA.ES Glauco Pinto de MORELLET François MORENO Dolly MORENO Luis Guevara

ESTADOS UNIDOS

TRINIDAD Y TOBAGO ESTADOS UNIDOS.

ITÁLIA BRASIL COSTA 00 MARFIM URUGUAI GRÃ-BRETANHA BRASIL FRANÇA BRASIL VENEZUELA

88,91 88,90 89,91 92-94 88,90 222,224 189, 191 43-46 117, 126 118, 126 119, 127 119, 127 95,96 88,91 57, 70 57, 70 101, 102, 108 119,127 148-150 157, 160-162, 166 227,228 57,70 222,224 230,232 120,127

37 47 39 31-34 45

18

36

110 217

195

123, 128 157, 162, 163, 166 111 59, 70 241 95,96 236 205 136., 140, 144 82 65~7, 72 236 130,131 68 68,69,73 215 238,239 212 457


MORI Emiko (EMI MORI) MORTON Philip MUHR Gotthard MURO Juan Fernandez NAGI Ahmed Syed NAKAKUBO Massuo NANTES Hugo NAQSHJamil NARDIN Ermelindo NAUMAN Bruce NA VARRETE Julià NA VARRO DE ZUVILLAGA Javier NA YLOR Martin NEGRET Edgar NER VI Pier Luigi NIERI Miguel NOVIELW Décio Paiva NUNO Fernando O'CONNOR Patrick OLIVEIRA José Alves de (DEZINHO) OLMOS César OPAZO Rodolfo OPPENHEIM Dennis OTERO Alejandro PAIK Nam June PAIVAJosé Brasii de PAIVA Romildo PALERMO PARK Chong-Bae PARK Seo-Bo PATELLA Luca PATHÉ DIONG Bocar PENONE Giuseppe PHILLIPS Tom PISTOLETTO Michelangelo 458

BRASIL ESTADOS UNiDOS ÁUSTRIA ESPANHA PAQUISTÃO BRASIL URUGUAI PAQUISTÃO BRASIL ESTADOS UNIDOS PERU ESPANHA GRÃ-BRETANHA COLÔMBIA ITÁLIA PERU BRASIL

74 120, 127 45, 49, 50 625 189, 191 75 236 190, 192 65,72 120,127 198, 199, 201 101, 102, 105 137, 140, 144 416-418 434,435 199,201 76

233 19

232 208 227

83 28 101-104 146 238

ESPANHA ÁFRICA 00 SUL BRASIL ESPANHA CHILE ESTADOS UNIDOS VENEZUELA ESTADOS UNIDos· BRASIL BRASIL ALEMANHA CORÉIA CORÉIA ITÁLIA SENEGAL ITÁLIA GRÃ-BRETANHA ITÁLIA

21-23 60,71 101, 102, 108 79-82 121,127 432,433 121, 127 74 74 25-28 89,92 88, 90 163, 164, 212, 213, 157, 163, 138, 140, 156, 164,

218 59 ·26 210 407 (pag) 234 240

166 215 166 145 166

49 44 113 158 U2 84 114


PLACKMAN Carl POLKE Sigmar POMAR Júlio PONCE Antonio Garcia PONÇ Joan POOT Rik PREMADASA Sunil

GRÃ-BRETANHA

SRILANKA

85 134, 140, 145 1,2 25-28 207,209 156 97-99 53 101, 102,108, 109 60 22 51-53 223,224

QUAIN Sade

PAQUISTÃO

189-191

SRILANKA

221,224 223,224 188, 191 208-210 89, 91, 92 101, 102, llO 135, 141, 145 75 83,85,86 60,71 29, 30, 34

RAMANYAKA Donald RANA WEERA Lionel RASUL Ghulam REGO Paula RHEE SeunclJa RICHART Rafael RILEY Bridget ROCHA Edgar ROJAS Carlos ROSA José Valentim ROUX Guillermo SACHS Edith SAEZ Luis SALDIN Q. V. SALERNO Osvaldo SÁNCHEZ Alberto (ALBERTO) SÁNCHEZ Eufemiano (EUFEMIANO) SANDLE Michad SANTONI Gérard SANTOS Geraldo José dos SÁNTOS Jonas dos SARTH S.H. SCHNEIDER Ira SECK Amadou SELF Colin SERRA DE RIVERA Javier SERRA Richard

ALEMANHA PORTUGAL EL SALVADOR ESPANHA BÉLGICA

SRILANKA PAQUISTÃO PORTUGAL CORÉIA ESPANHA GRÃ-BRETANHA BRASIL COLÔMBIA BRASIL ARGENTINA

PERU ESPANHA SRILANKA PARAGUAI ESPANHA ESPANHA GRÃ-BRETANHA COSTA DO MARFIM BRASIL BRASIL SRILANKA ESTADOS UNIDOS SENEGAL GRÃ-BRETANHA ESPANHA ESTADOS UNIDOS

199,201 100, 101, 223,224 193, 195 102, ,103, 100, 101, 134, 141, 95,96 75 436,437 223,224 ll8,126 ll4, ll5 137, 141, 100, 101, 122,127

132

134 157 48 86 230 29 15

105

147 61

107 105 145

54 57 87 235 242

162 88 145 105, 106 62 459


-

SEYE Younous SHAHZADA Laila SHAMUT Is-Eldin SHIM Moon-Seup SHINKI Venancio SHOURI Nassir SIMON María SIRON FRANCO (ver FRANCO Gessiron SMITH Richard SONG Jen-Gi SONNIER Keith SOUSA Angelo de SPARAPAN Antônio Celso SQUIRES Nina STAUDACHER Hans STEFOPOULOS Athanassios STEPHAN Auresnede Pires STEPHENSON !an SURASENA Sarath SWEENEY Skip SZYSZLO Fernando de THAME !azid THORNLEY Geoff TILLERS Imants TONELLI Carlos TORAL Cristóbal TORA L Mário TORRES Augusto TUCKER William UBEDA Angel UM Tai-Jung VAN LINGEN Claude V AQUERO TURCIOS Joaquín VASULKA Steina VASULKA Woody

460

SE~EG.\L

P.\QUIST.\O SÍRi.\ CORÍ:i.\ PERU SÍRi.\ .\RGE:-":TI:-.!:\

AI~es)

213.21') 189. 191 i17;218 89.91 199. 202 217. 218 29. 31. 34. 3')

160

136, 141, 146 89.91 122, 127 208-210 69. 74 231, 232 44-49 147, 149, 1')0 60.71 136. 141. 146 223.224 123. 128 42')-427

89 41 1')') 229 196 20 96 214 90

60,77 186 37-40,42 236,237 100, 101, 106 413-41') 430.431 134, 141, 146

213 127-129 17 209 63 23-25 199-201 91

17'). 176 38 16'). 166 12-14

IIR.\SIL GR.4;-BRET.\NH.\ CORÍ:IA ESTADOS U:-": IDOS PORTUGAL BRASIL ·TRINIDA[) Y TOIIAGO ÁUSTRIA GRÉCIA BRASIL GRÃ-BRETANHA SRILANKA ESTADOS UNIDOS PERU BRASIL NOVA ZELÂNDIA AUSTRÁLIA URUGUAI ESPANHA CHILE URUGUAI GRÃ-BRETANHA

137-140

ESPANHA CORÉIA

89,91

ÁFRICA DO SUL

21,22,23 100, 101, 106, 107 64 124,128 124,128

ESPANHA ESTADOS UNIDOS ESTADOS UNIDOS


231,232 130, 132 100, 101, 107 237 101,103, 110 73,74 234-236 200,202 124, 128

197 67 65 206 66 225 202-204

135, 141, 146 124,128 147, 149, ISO 125,128 52-54 231,232

92

BRASIL

170-173, 176 170, 171, 173-176 75 88-90 76

118 116, 117 239 43 231

LUXEMBURGO

177, 178

120

VAUCROSSON Noel VENET Bernar VERDES José Luis VERDIÉJulio VILLALBA Darío VILARO Carlos Paez VILARO Jorge Paez VILLEGAS Armando VIOLA Bill

TRINIDAD Y TOBAGO

WALKERJohn WARHOL Andy WA TZIAS Marios WEGMAN William WljCKAERT Maurice WYKE Marguertte

GRÃ-BRETANHA

YAMAGUCHI Katshiro YAMAMOTO Keigo' YESQUÉNLURITTA Jaime YOON Hyung-Kuen YUASA Megumi ZIESA IR EPiern:

FRANÇA ESPANHA URUGUAI ESPANHA BRASIL URUGUAI PERU ESTADOS UNIDOS

ESTADOS UNIDOS GRÉCIA ESTADOS UNIDOS BÉLGICA . TRINIDAD Y TOBAGO

JAPÃO JAPÃO BRASIL CORÉIA

94 21 198

461


ESTADOS UNIDOS

SALA

BRASlUA

-.

-

------------------------------------------,.---,r----r--4-~~õr----r_--~----or----r_--~----~--~~--~~--~----~--~, ANDAR TÉRREO

TÉRREO

" ANDAR

462


.

. .

.

GRÃ _TANHA

ÇOLO....

ESPANhA

E.........

.

ESPA .."A

.

HJGUSl.AVIA

ARGE.MTlNA

POLONIA

MÉXICO

FRANÇA

5UIÇA

AUSTRlA

ALEMANHA

2! ANDAR

•....., iiiIIiiiiiE

GUIERT

.n!~

r OORÉIA

-~

..

~

-:.J _.....

ARTE EXPERIMENTAL

SALA ~R/CAAi.

3!' ANDAR

463



Deixam de figurar neste catálogo as informações referentes a algumas representações nacionais, ainda não recebidas pela Fundação Bienal de São Paulo, bem como outras cuja inclusão não foi possível, dada a exiguidade de tempo. Uma publicação suplementar conterá as informações aqui omitidas, além das referentes aos setores de: Jóias Arte indígena (Alto Xingu) Pinacotecas do MOBRAL Fotografia Teatro Cinema A Sala Brasília será objeto de um catálogo especial, que apresentará os dados referentes aos artistas expositores e suas obras.

465



Agradecimento A diretoria executiva da Fundação Bienal de São Paulo agradece a inestimável colaboração das entidades: SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial; Curso Objetivo; Companhia Suzano-Feffer de Papel e Celulose; Olivetti do Brasil S.A.; General Motors do Brasil S.A.; Volkswagen do Brasil S.A.; Chrysler do Brasil S.A. e Mercedes-Benz do Brasil S.A., que de inúmeras formas contribuíram para o êxitC! desta realização.

467



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.