Fundação Bienal de São Paulo – Relatório de Gestão 2022-2023
RELATÓRIO DE GESTÃO
CONTRIBUIÇÕES À SOCIEDADE
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTRIBUIÇÕES À SOCIEDADE
Estive por cinco anos à frente da Fundação Bienal de São Paulo, um farol para a cultura, a arte contemporânea e a educação. Enquanto instituição cultural e espaço onde o contemporâneo deve ser experimentado em seus aspectos mais contundentes, ela sempre foi um produto do seu tempo – e, por consequência, das mudanças dos paradigmas que experimentamos com o decorrer de suas mais de sete décadas de história.
O segundo mandato, em 2022, começou já a todo vapor. A 59. Bienal de Veneza – com o coração saindo pela boca, ocupou o Pavilhão do Brasil com expressões da nossa língua que ganharam cor e forma nas obras do artista Jonathas de Andrade. Nosso programa de mostras itinerantes alcançou públicos inéditos dentro e fora do Brasil com os recortes da 34ª Bienal de São Paulo – faz escuro mas eu canto. Celebramos parcerias já tradicionais e outras inéditas com instituições em dez cidades diferentes, sendo oito no país e duas no estrangeiro. Também recebemos visitantes ao longo dos quatro encontros do Pavilhão aberto, quando abrimos as portas da casa da Bienal para que todos pudessem conferir de forma direta a joia arquitetônica moderna que é o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, além de participar de uma programação pensada para todas as idades.
A 35ª Bienal de São Paulo, intitulada coreografias do impossível, povoou o Pavilhão da Bienal entre setembro e dezembro de 2023. Foram 662 mil visitantes, em uma exposição diversa em todos os aspectos: seu público foi formado por gente de todas as idades, faixas sociais e etnias; nunca vimos tantas pessoas que, pela primeira vez, visitavam uma exposição de arte. Dentre esse público, tivemos um número recorde de grupos de museus internacionais, o que impactou favoravelmente a economia do turismo da cidade.
Com relação à mostra, cerca de 80% dos 121 participantes eram de origem afrodiaspórica ou indígena, oriundos dos mais diferentes contextos. Ela mesma foi composta sem hierarquia por duas curadoras afrodescendentes, uma brasileira e uma europeia, e dois curadores, um europeu e um brasileiro afrodescendente, em inédita composição e forma de trabalho.
O programa educativo, reconhecido no mundo todo como um dos grandes diferenciais da Bienal de São Paulo, continuou, ao longo da minha gestão, uma prioridade da Fundação, com esforços contínuos para sempre aprimorá-lo.
Todas essas ações só são possíveis por meio do apoio de uma extensa rede de patrocinadores e parceiros. De 18, quando assumi a presidência da Fundação em 2019, passamos para 42 empresas patrocinadoras, contribuindo para uma gestão financeira sustentável, com maior diversidade de fontes de recursos. Tudo isto, além da parceria com as três instâncias do governo – federal, estadual e municipal.
Em 2023, aliás, fruto de nossa parceria com o Governo Federal, recebemos o Leão de Ouro de melhor participação nacional na 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, com a mostra Terra, feito até então inédito para o país.
A robusta governança da Fundação Bienal, composta por um Conselho de Administração e pela Diretoria Executiva, foi fundamental para seu bom funcionamento, bem como o competente trabalho da equipe permanente da instituição, também reforçada nestes últimos anos.
Os cinco anos que estive à frente da Fundação foram de grandes desafios, mas também de grandes realizações. A resiliência e a tenacidade são parte da matéria-prima de que é feita a Bienal.
É com muito orgulho e sensação de dever cumprido que me despeço da sua presidência. Desejo sucesso e sorte à minha sucessora, a competente Andrea Pinheiro, que integrou minha diretoria. Que ela encabece a história da próxima Bienal e tenha a satisfação que tive na liderança dessa instituição vital para a arte e para a cultura no Brasil.
José Olympio da Veiga Pereira
2022 — 2023
CRÉDITOS
GESTÃO E INICIATIVAS INSTITUCIONAIS
GOVERNANÇA
A Fundação Bienal de São Paulo conta com uma sólida governança, que atua de forma ativa e plural, assegurando a sustentabilidade financeira da instituição e sua conexão com as questões mais atuais.
A estrutura fundacional da Bienal é composta de:
• uma Diretoria Executiva com até dez membros, eleita bianualmente;
• um Conselho de Administração com até sessenta membros de perfil diversificado (intelectuais, empresários e gestores culturais);
• um Conselho Consultivo Internacional com até 36 membros, composto de profissionais de ampla atuação no circuito internacional das artes e da cultura.
Juntas, essas instâncias lideram o corpo técnico permanente da instituição e as equipes especializadas de cada projeto, como curadoria, arquitetura e expografia.
Diretoria executiva
José Olympio da Veiga Pereira foi reeleito presidente da Fundação Bienal de São Paulo em dezembro de 2021 e ocupou a presidência de janeiro de 2022 a dezembro de 2023, depois de um primeiro mandato bem-sucedido, que excepcionalmente se estendeu por um triênio (2019-2021), devido às condições impostas pela pandemia de Covid-19, em consonância com o estatuto da instituição. No biênio 2022-2023, sua Diretoria Executiva assumiu a seguinte composição:
presidente
José Olympio da Veiga Pereira
1º vice-presidente
Marcelo Mattos Araujo
2º vice-presidente
Andrea Pinheiro
Ana Paula Martinez
Daniel Sonder
Francisco José Pinheiro Guimarães
Luiz Lara
Maria Rita Drummond
Vista do Pavilhão da Bienal
Conselho de Administração
Em dezembro de 2018, Julio Landmann foi eleito presidente do Conselho de Administração para um mandato de dois anos. Em dezembro de 2020, foi reeleito para o cargo, no qual permaneceu até dezembro de 2022. Landmann ocupou a presidência da Diretoria Executiva da Fundação entre fevereiro de 1997 e fevereiro de 1999, quando esteve à frente da realização da 24ª Bienal de São Paulo, uma edição memorável da mostra, lembrada como “A Bienal da Antropofagia”.
Foi sucedido por Eduardo Saron, eleito presidente do conselho em dezembro de 2022. Saron é também presidente da Fundação Itaú e participa do conselho de diversas instituições culturais, como o Museu Judaico de São Paulo, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) e o Museu do Ipiranga.
Julio Landmann
1 jan 2019 — 1 jan 2023 (2 mandatos)
Eduardo Saron
1 jan 2023 — 1 jan 2025
Novos membros no biênio
Adrienne Senna Jobim
Flávia Cipovicci Berenguer
Flavia Buarque de Almeida
Flavia Regina de Souza Oliveira
Nina da Hora
Ex-membros no biênio
desligamento em junho de 2022
Geyze Marchesi Diniz
Marisa Moreira Salles
José de Menezes Berenguer Neto
falecimento em setembro de 2022
Beatriz Mendes Gonçalves Pimenta Camargo
desligamento em maio de 2023
Isabel Longo Marinho Lutz
Cacilda Isabel Villa Nova Teixeira da Costa
A Fundação Bienal de São Paulo registra seu agradecimento a José Olympio da Veiga Pereira por seus cinco anos na presidência da Diretoria Executiva (2019-2023). Durante esse período, a Fundação realizou duas edições históricas da Bienal de São Paulo; recebeu um Leão de Ouro por melhor participação nacional na 18ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza; mais do que duplicou seu número de patrocinadores, diversificando suas fontes de recursos e tornando-se ainda mais sustentável financeiramente; ampliou sua presença internacional; triplicou sua presença nas redes sociais; e aumentou o alcance de seu programa educativo.
Para o próximo biênio, ele é sucedido por Andrea Pinheiro, que o acompanhou durante os cinco anos de sua gestão como segunda vice-presidente. A Fundação Bienal lhe dá as boas-vindas e deseja que possa continuar o excelente trabalho realizado por seus predecessores.
in memoriam
A Fundação Bienal de São Paulo lamenta o falecimento de Emanoel Araujo e Beatriz Mendes Gonçalves Pimenta Camargo, em setembro de 2022, e de Danilo Santos de Miranda, em outubro de 2023.
Empresária e colecionadora, Beatriz Mendes Gonçalves Pimenta Camargo fez parte do Conselho da instituição por mais de vinte anos, da 24ª à 34ª edição da Bienal. Artista, intelectual, pesquisador, professor, curador e gestor público, Emanoel Araujo fez parte do Conselho entre a 27ª e a 34ª edição da mostra. Além disso, atuou diretamente na Bienal por meio de seus trabalhos, expostos na 9ª, 13ª e 35ª Bienal, além de ter sido curador da Sala Especial – Mestre Didi na 23ª Bienal. Gestor com ampla atuação no cenário cultural nacional, Danilo Santos de Miranda fez parte do Conselho entre a 30ª e a 35ª edição da Bienal. O Sesc SP, parceiro histórico da Fundação Bienal, foi liderado por Danilo durante décadas, gerando imensuráveis frutos na área da cultura e da educação.
Comitê de governança e ética
Conselheiros
2022 Claudio Sonder
Alberto Whitaker
Daniela Villela
Manoela Queiroz Bacelar
Marcelo Eduardo Martins
Octavio de Barros
Sérgio Spinelli
2023 Alberto Whitaker
Daniela Villela
Manoela Queiroz Bacelar
Octavio de Barros
Sérgio Spinelli
Susana Steinbruch
Ligia Fonseca Ferreira
Comissão de ética
Ana Paula Martinez
Fernando Schüler
Francisco Pinheiro Guimarães
José Olympio da Veiga Pereira
Diretores Membros natos
Ana Paula Martinez
Francisco Pinheiro Guimarães
José Olympio da Veiga Pereira
Eduardo Saron –Presidente do Conselho
Comitê de indicação
2022 Eduardo Saron
Ana Helena Godoy Pires
Elizabeth Machado
Fabio Magalhães
Daniela Montingelli Villela
2023 Daniela Montingelli Villela
Ana Helena Godoy Pires
Elizabeth Machado
Fabio Magalhães
Eduardo Saron
Ana Paula Martinez
Francisco Pinheiro Guimarães
José Olympio da Veiga Pereira
Eduardo Saron –Presidente do Conselho
Conselho fiscal
Conselheiros
2022 Alberto Whitaker
Carlos Alberto Frederico
Eduardo Saron
Octavio de Barros (suplente)
2023 Edna Sousa de Holanda
Flávio Moura
Octavio Manoel Rodrigues de Barros
Comitê de captação
Conselheiros
2022 Rosiane Pecora
Ana Helena Godoy Pires
Marcelo Eduardo Martins
Rodrigo Bresser
2023 Rodrigo Bresser – coordenador
Rosiane Pecora
Tito Enrique da Silva Neto
Kelly de Amorim
Camila Appel
Flavia Cipovicci Berenguer
Manoela Queiroz Bacelar
Comitê internacional
Conselheiros
2022 Maguy Etlin
Ana Helena Godoy Pires
Beno Suchodolski
Maria Ignez Costa Barbosa
Neide Helena de Moraes
Pedro Aranha Corrêa do Lago
Susana Steinbruch
2023 Beno Suchodolski
Maguy Etlin
Neide Helena de Moraes
Pedro Aranha Corrêa do Lago
Diretor convidado
Daniel Sonder
Diretores
Andrea Pinheiro
José Olympio da Veiga Pereira
Luiz Lara
Andrea Pinheiro
José Olympio da Veiga Pereira
Luiz Lara
Membros natos
Alfredo Setubal
José Olympio da Veiga Pereira
Julio Landmann
Eduardo Saron (Presidente do Conselho)
Ana Helena Godoy Pires
José Olympio da Veiga Pereira (Presidente da Diretoria Executiva)
Conselho Consultivo Internacional (International Advisory Board – IAB)
O Conselho Consultivo Internacional (International Advisory Board – IAB) da Fundação Bienal de São Paulo, instituído em 2018, constitui uma comunidade dinâmica que reúne indivíduos influentes no cenário artístico internacional com o propósito de posicionar a Fundação Bienal como uma instituição de relevância global.
Suas iniciativas incluem a divulgação internacional das atividades da Fundação, conexões com possíveis instituições parceiras, participação em discussões estratégicas de âmbito internacional, colaboração em esforços de captação de recursos e apoio financeiro. Em contrapartida, seus membros têm benefícios exclusivos. Ser um membro do IAB significa participar ativamente da narrativa internacional da Bienal de São Paulo.
No biênio 2022-2023, os membros do IAB desempenharam um papel estratégico ao facilitar conversas curatoriais em instituições estrangeiras, oferecer apoio a eventos sociais da Bienal e atrair público internacional para a Bienal de São Paulo.
Composição atual (dezembro 2023):
Maguy Etlin, Brasil – presidente
Pedro Corrêa do Lago, Brasil – vice-presidente
Andrea de Botton Dreesmann & Quinten Dreesmann, Holanda / Reino Unido
Barbara Sobel, EUA
Catherine Petitgas, França / Reino Unido
Frances Reynolds, Brasil / Espanha / Argentina
Mariana A. Teixeira de Carvalho, Reino Unido
Mélanie Berghmans, Bélgica
Miwa Taguchi-Sugiyama, Japão
Paula Macedo Weiss & Daniel Weiss, Alemanha
Sandra Hegedüs, França
Desligamento em novembro de 2022:
Debora Staley, EUA
Registro do Pavilhão aberto 2022
A equipe permanente da Fundação Bienal de São Paulo
A equipe permanente da Fundação Bienal de São Paulo é formada por um corpo técnico de profissionais que trabalham para garantir a qualidade na execução dos projetos da instituição em todas as suas etapas e o desenvolvimento de ações sustentáveis, em consonância com o compromisso da Fundação com a arte e com a cultura.
Superintendência executiva
A superintendência executiva responde diretamente ao conselho e à diretoria da Fundação Bienal de São Paulo. Abaixo dela estão as superintendências de projetos e comunicação e as seguintes áreas: Administrativo-financeiro, Arquivo Bienal e Relações institucionais e parcerias. As áreas compartilham projetos e se complementam em suas atribuições, trabalhando juntas na formação de públicos cada vez maiores, na preservação da memória, no diálogo com campos diversos de pensamento, no fomento à cultura, na produção e circulação de conteúdos sobre arte e na autonomia, independência e transparência de seus processos e resultados.
Também é responsabilidade da superintendência executiva assegurar a duradoura parceria da Fundação Bienal com o Governo Federal. As participações brasileiras nas Bienais de Arte e de Arquitetura de Veneza ocorrem no Pavilhão do Brasil, mantido pelo Ministério das Relações Exteriores. No biênio, essas participações foram fruto de uma parceria da Fundação com a Secretaria Especial da Cultura, órgão do Ministério do Turismo (2022), e, posteriormente, com o recriado Ministério da Cultura (2023) –responsáveis pelo desenvolvimento da política cultural do país.
Administrativo-financeiro
A equipe de Finanças é responsável pela gestão dos recursos financeiros da organização, abrangendo desde a contabilidade detalhada até o controle do fluxo financeiro. Isso inclui a elaboração de relatórios, o acompanhamento das despesas e receitas, bem como a garantia de conformidade com
as regulamentações fiscais e contábeis vigentes, assessorando auditorias externas periódicas. Além disso, a equipe é responsável por prestar contas dos projetos incentivados, garantindo transparência e concordância com as exigências dos programas. A área de Gestão de materiais e patrimônio é responsável pela salvaguarda do patrimônio histórico que é o Pavilhão Ciccillo Matarazzo. A equipe também supervisiona a gestão da compra e do estoque de materiais, a manutenção predial para garantir um ambiente seguro e funcional, e a coordenação de reformas em colaboração com os órgãos públicos ligados à proteção de bens tombados. A área abarca ainda a gestão de recursos humanos, coordenando o recrutamento, treinamento e desenvolvimento dos colaboradores, bem como a gestão de tecnologia da informação que assegura a infraestrutura digital necessária para as operações da Fundação.
Relações institucionais e parcerias Área responsável pelas relações da Fundação Bienal de São Paulo com instituições culturais, poder público e empresas da iniciativa privada interessadas em promover e potencializar o trabalho da Fundação. Também é responsabilidade da área o desenvolvimento das estratégias de captação e parcerias, viabilizando mais de 90% dos recursos da instituição.
Entre as principais fontes estão: captação nacional e internacional via leis de incentivo e editais, cessão de espaço do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, além de projetos especiais, como eventos de captação, serviços e produtos. Junto à superintendência executiva da Fundação Bienal, o departamento está à frente do desenvolvimento das atividades do Conselho Consultivo Internacional, seu programa anual e demais iniciativas que mantêm a instituição conectada ao cenário da arte contemporânea global.
Arquivo Histórico Wanda Svevo
Concebido em 1955 por Wanda Svevo, então secretária geral do Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Arquivo Histórico Wanda Svevo – também
conhecido como Arquivo Bienal – é um centro de referência em arte moderna e contemporânea. Devido ao conteúdo de seu acervo, foi tombado em 1993 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, o Condephaat. Os critérios adotados para a organização de seu acervo têm como fundamento a história da Fundação Bienal de São Paulo e dos eventos realizados por ela, destacando sua origem, o processo de produção e as atividades por ela exercidas.
A disponibilização dos seus bens para pesquisadores e interessados é uma extensão essencial no trabalho de salvaguarda do Arquivo Bienal. A cada ano, parte de seu acervo é digitalizada e pode ser acessada de forma direta no banco de dados da instituição, que também conta com informações detalhadas sobre o histórico da Bienal.
Superintendência de projetos
A equipe de Produção é responsável por impulsionar a realização de eventos. É o elo entre a concepção artística e a sua materialização no espaço expositivo, transformando ideias em realidade. O escopo de trabalho engloba uma gama diversificada de tarefas, desde o planejamento inicial até a execução e desmontagem das exposições. Isso inclui a pesquisa de locais adequados, o desenvolvimento de orçamentos e cronogramas, a coordenação logística com emprestadores, a ponte entre a curadoria e a arquitetura da mostra, a conservação das obras expostas e a contratação de uma vasta gama de fornecedores. Uma das características mais importantes da área é o gerenciamento dos múltiplos aspectos de um projeto simultaneamente, garantindo que todos os detalhes sejam planejados e realizados. A área de Educação é responsável pelas ações de difusão e mediação da Fundação e seus projetos. Existentes desde a 1ª edição da mostra, em 1951, as iniciativas de relacionamento com públicos diversos, em especial com professores e estudantes das redes pública e privada de ensino, educadores, universidades e outros parceiros institucionais fazem parte de um trabalho contínuo da Bienal para que diferentes públicos tenham acesso aos conteúdos e
experiências proporcionados pelas exposições. Desde 2009, a Fundação conta com uma equipe permanente de Educação, responsável pela concepção e implementação do projeto educativo de cada edição da mostra, além de outras iniciativas desenvolvidas nos intervalos entre as Bienais, como o programa Pavilhão aberto e minicursos sobre arte.
Superintendência de comunicação
A área de comunicação é organizada em torno de três frentes estratégicas que se complementam.
A primeira delas diz respeito à criação de pontes entre os projetos da Fundação e os seus mais variados públicos, seja por meio da imprensa e da publicidade, seja por meio de canais diretos, como as redes sociais, sites e newsletters. A segunda frente, por sua vez, abarca a edição e o design das peças editoriais, como o catálogo, o guia, a sinalização, entre tantas outras extensões materiais ou digitais demandadas pelos projetos, além da criação e da aplicação de identidades visuais. A terceira, por fim, contempla a documentação e registro, seja em foto, vídeo ou outra linguagem, para cada iniciativa da Bienal – tanto de natureza artística quanto institucional. Com o objetivo de alcançar públicos cada vez maiores e de fomentar a circulação e a produção de conteúdos sobre arte contemporânea no Brasil e no mundo, a comunicação também é responsável por coordenar projetos especiais, como podcasts, webséries, documentários, audioguias inclusivos e eventos.
A comunicação é entendida como uma importante frente de trabalho da Bienal em sua missão de democratização do acesso à arte, contribuindo tanto para a divulgação junto a públicos variados dos projetos da Fundação, quanto para a produção e difusão de conteúdos relacionados às mostras e ao universo da arte contemporânea por meio de seus diversos canais, que abrangem de publicações impressas às redes sociais.
Gestão de pessoas
Ao longo de 2023, a gestão de pessoas ofereceu palestras e conversas para os colaboradores da Fundação Bienal de São Paulo, abordando temas que atravessam as relações de trabalho, aprimoram o convívio e transformam a cultura da empresa.
Ciclo de palestras com Montenegro Castelo
Advogados Associados, escritório de advocacia trabalhista que atua há mais de cinco décadas na área contenciosa e consultiva em São Paulo
Temas abordados:
• Jornada de trabalho e banco de horas (30 mar): Os palestrantes falaram sobre o funcionamento das jornadas de trabalho, os seus mecanismos de controle, os direitos e os deveres que envolvem a gestão do banco de horas e, por fim, a legislação que abarca a relação entre colaboradores e empresa.
• Relações no ambiente de trabalho (13 abr): Foi tema da palestra o ordenamento jurídico responsável por regulamentar as relações hierárquicas e não hierárquicas presentes no escritório, passando por assuntos como pessoalidade e interpessoalidade, limites das responsabilidades entre diferentes partes e mecanismos de resolução de dissenso.
• Saúde no trabalho (13 jul):
A palestra abordou o tema da saúde física e mental, descrevendo a acepção jurídica em torno da salubridade, as formas de prevenção de enfermidades ocupacionais e a regulação que contempla as normas de segurança e de saúde no espaço de trabalho.
Palestra sobre diversidade e inclusão no trabalho, com André Fonseca, consultor, educador e pesquisador independente nas áreas de diversidade, comunicação e gestão cultural (29 jun)
O palestrante introduziu temas que envolvem comunicação inclusiva e população LGBTQIA+, propondo práticas que tornam o ambiente de trabalho mais diverso e acolhedor.
Acessibilidade e inclusão
Implementação da política de acessibilidade
Dando prosseguimento à sua política de acessibilidade desenvolvida em 2021, a Fundação Bienal de São Paulo continuou, em 2023, a trabalhar com a consultoria Mais Diferenças no desenvolvimento interdepartamental de medidas de acessibilidade para a 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível. Por meio de uma atuação coordenada entre as áreas de curadoria, educação, comunicação, produção e gestão de patrimônio, foram expandidas as ações para tornar a Bienal um ambiente mais inclusivo e acessível.
No âmbito da gestão predial, 2023 foi um ano importante pela instalação de plataforma elevatória que permite o deslocamento de pessoas com restrição de locomoção entre o térreo e o primeiro pavimento, bem como pela readequação
Maquete tátil, 35ª Bienal de São Paulo, 2023
GOVERNANÇA E GESTÃO
do auditório do terceiro pavimento, conforme descrito posteriormente nesta seção. As ações de acessibilidade que acompanharam a exposição, por sua vez, são mais bem descritas na seção sobre a 35ª Bienal de São Paulo deste relatório, e incluem: visitas mediadas acessíveis; textos em Braile e em fonte ampliada; maquetes, cartaz e plantas táteis; sinalização em fonte ampliada; audioguia inclusivo e videolibras, além de site com recursos de acessibilidade (tradutor automático de texto para Libras e opções de ajuste de contraste e tamanho da fonte), área de leitura fácil e descrição de imagens. Além disso, ao longo de 2023, todas as imagens veiculadas nos sites da Bienal, em suas newsletters e em suas publicações de redes sociais passaram a contar com descrição para pessoas com deficiência visual. Para a implementação de tal prática, a Mais Diferenças ofereceu um treinamento de descrição de imagens em três encontros para as equipes de comunicação e do Arquivo Histórico Wanda Svevo.
P de pessoa
No dia 21 de setembro de 2023, foi realizado no Lounge Bienal, por meio de parceria institucional com a área de Valor Social da Globo, o lançamento da campanha P de Pessoa, de awareness sobre os direitos das pessoas com deficiências. A Fundação Bienal, parceira de mídia da Globo, foi selecionada para sediar o evento devido ao seu destaque, dentre as demais instituições culturais, como espaço inclusivo e acessível.
Com apresentação de Antonio Lessa, superintendente executivo da Fundação Bienal de São Paulo, e Cristovam Ferrara, head de Valor Social da Globo, o evento contou com a presença de nomes como Rodrigo Hübner Mendes, Flávia Cintra e representantes do Comitê Paralímpico Brasileiro, entre outros. Ao final do lançamento, foi realizada uma visita mediada à 35ª Bienal de São Paulo –coreografias do impossível, em que todos os recursos de acessibilidade da mostra foram explorados. A ação rendeu, ainda, uma inserção no Jornal Nacional sobre os eventos e as medidas de acessibilidade adotadas pela mostra.
Evento de lançamento da campanha P de Pessoa. Página ao lado: vistas da 35ª Bienal de São Paulo, 2023
GESTÃO FINANCEIRA
Com o compromisso de assegurar a sua sustentabilidade, a Fundação Bienal tem diversificado suas fontes de recursos e ampliado suas redes de parcerias.
Entre 2022 e 2023, a instituição contou com um grande aumento no número de patrocinadores, um expressivo aumento na quantidade de parceiros e maior diversidade entre os apoiadores.
Alocação dos recursos no biênio
com pessoal (Folha de pagamento/ Encargos/Benefícios)
A Fundação Bienal tem suas contas analisadas por diferentes órgãos externos de controle e realiza prestações de contas anuais de seus balanços, projetos e cumprimento de regras estatutárias. Internamente, a Diretoria presta contas da gestão financeira e dos projetos para o Conselho de Administração da Fundação, responsável por aprová-las a cada ano. Todos os demonstrativos financeiros e documentos de relevância da instituição podem ser consultados publicamente na área de transparência do Portal Bienal em bienal.org. br/transparencia.
Área de transparência no Portal Bienal
Auditoria externa
A auditoria Ernst & Young Auditores Independentes concluiu pela adequação, sem ressalvas, das demonstrações financeiras da Fundação Bienal com as práticas contábeis adotadas no Brasil relativas ao ano fiscal de 2022. No primeiro semestre de 2024, a mesma empresa irá analisar o exercício de 2023. Em 2022, a auditoria KPMG aprovou, sem ressalvas, as demonstrações financeiras do exercício de 2021.
Subvenção da Prefeitura de São Paulo
A Fundação teve a aprovação sem ressalvas de suas contas e seus projetos desenvolvidos nos anos fiscais de 2021 e 2022 pela Comissão de Fiscalização de Subvenções Culturais da Secretaria Municipal de Cultura e pelo Tribunal de Contas do Município. A aprovação referente ao ano de 2023 está prevista para ocorrer em 2024.
Ministério Público do Estado de São Paulo
A Promotoria de Justiça de Fundações da Capital (Curadoria de Fundações) do Ministério Público do Estado de São Paulo aprovou a prestação anual de contas de 2021 e 2022. A aprovação referente ao ano de 2023 está prevista para ocorrer em 2024.
Vista da 35ª Bienal de São Paulo, 2023
RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E PARCERIAS
Os projetos conduzidos pela Fundação Bienal contam sempre com a colaboração e a generosidade de uma extensa rede de empresas e órgãos governamentais. Um evento da dimensão de uma Bienal de São Paulo apenas é possível graças ao engajamento de patrocinadores, que contribuem de forma direta com recursos financeiros, e parceiros, que colaboram com serviços e ações pro bono. Já consolidado depois de anos de realizações conjuntas, esse grupo de patrocinadores e parceiros também se envolve com o evento por meio da participação direta e ativa de setores das próprias empresas em ações que amplificam e potencializam o alcance social da Bienal.
No âmbito internacional, apoios financeiros para a participação de artistas de outros países são concedidos por organizações estrangeiras, como órgãos governamentais, fundações e entidades privadas, centros de pesquisa, entre outros. Em sua maioria, esses apoios são voltados à participação de artistas nascidos, residentes ou atuantes no país da instituição apoiadora. O trabalho de captação e elaboração de projetos é feito em estreita colaboração com os curadores de cada edição da Bienal, que também auxiliam na pesquisa de oportunidades e elaboração das candidaturas. Dispositivos diplomáticos como embaixadas e consulados também são peças estratégicas na intermediação e identificação de possíveis apoiadores.
No biênio 2022-2023, a Fundação Bienal de São Paulo contou com:
42 patrocinadores
• Itaú
• Instituto Vale
• Bloomberg
• Unipar
• Iguatemi
• Sesc
• Votorantim
• Alupar
• Sabesp
• EMS
• Oliver Wyman
• Pottencial
• Osklen
• Bahia Asset
Contrapartidas
• Vivo
• Iochpe-Maxion
• PEPSICO
• Verde Asset
• Credit Suisse
• JHSF
• Atlas Schindler
• Klabin
• BR Partners
• XP
• CSN
• Mattos Filho
• Ultra
• B3
• 45 ocorrências de visitas mediadas na 35ª Bienal para público de interesse do patrocinador
• Dos 42 patrocinadores, 18 usufruíram das contrapartidas oferecidas em diversos formatos
• A equipe de mediação da 35ª Bienal contabilizou 357 visitas demandadas pela área, somando um público total de 4.974 pessoas
• Exibição de vídeos institucionais de 18 patrocinadores no Café Bienal no biênio
• Rede D’Or
• JSL
• JP Morgan
• Copersucar
• Singulare
• Ageo Terminais
• Racional
• Banco Safra
• Biolab
• Banco ABC
• Comgás
• Rodobens
• Hermes Pardini
• Rolamentos CBF
Contrapartidas especiais
• Show de projeto social apoiado por patrocinador
• Sessão de cinema para grupo de interesse do patrocinador
• Coquetel seguido de visita mediada com fala da curadoria
• Palestra online com equipe de mediação da Bienal
• Palestra presencial no local indicado pelo patrocinador com equipe de mediação da Bienal
• Visita em horário exclusivo para patrocinadores
• Evento exclusivo para o patrocinador durante a montagem da exposição
• Uso exclusivo do espaço do Pavilhão
25 apoiadores estrangeiros
• Acción Cultural Española (AC/E)
• Consulado General y Centro de Promoción de la República Argentina en San Pablo
• Consulado Geral da República Dominicana em São Paulo
• Consulado Geral da República Federal da Alemanha
• Consulado Geral do Reino dos Países Baixos
• Embaixada da Bolívia no Brasil / Consulado Geral da Bolívia em São Paulo
• Embajada de España en Brasil
• Etxepare Basque Institute
• Federal Ministry Republic of Austria –Arts, Culture, Civil Service and Sport
• Fundação Suíça para a Cultura Pro Helvetia América do Sul
• Institut français
• Institut Ramon Llull
• MO.CO. Esba – École Supérieure des Beaux-Arts de Montpellier
• Mondriaan Fund
• Open Society Foundations
• Phileas – The Austrian Office for Contemporary Art
• República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
• The National Center for Art Research, Japan
• Y.ES Contemporary
• 6 apoios diretos realizados por particulares e pessoas físicas, uma novidade para a Fundação Bienal
7 apoiadores nacionais
• ,ovo
• Chocolat du Jour
• DOJO
• Beck’s
• BVLGARI
• Rosewood
• Tereos
16 parceiros
• Abril
• Arte1
• Band
• CNN
• Contemporary And
• Estadão
• Folha de S.Paulo
• Governo do Estado de São Paulo | Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo | ProAC – Programa de Ação Cultural
• Governo Federal | Ministério da Cultura | Pronac – Lei de Incentivo à Cultura
• JCDecaux
• MECA
• Meio e Mensagem
• Prefeitura de São Paulo | Secretaria Municipal de Cultura
• Rede Globo
• Sesc
• Terremoto
Ações com patrocinadores e apoiadores Durante as exposições do programa de mostras itinerantes da 34ª Bienal e ao longo da 35ª Bienal de São Paulo, foram realizadas ações pontuais da equipe da Fundação junto a parceiros:
• Palestra e visitas mediadas para colaboradores da Bahia Asset Management na itinerância da 34ª Bienal de São Paulo no Museu de Arte do Rio – MAR (RJ).
• Palestra “As Bienais de São Paulo: 35ª Bienal –coreografias do impossível” para colaboradores da Osklen.
• Palestra “As Bienais de São Paulo: 35ª Bienal –coreografias do impossível” para colaboradores da Coopercaps (apoio Pepsico).
• Palestra “Coreografias do impossível e educação” para professores da rede municipal de educação de Rio Grande da Serra (SP), parceria UNIPAR.
• Palestra “A Bienal de São Paulo e a 35ª Bienal” para parceiros da Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda (RJ).
• Palestra “Coreografias do impossível e educação” para professores da rede municipal de educação de Cubatão (SP), parceria UNIPAR
De cima para baixo: ações com a Companhia Siderúrgica Nacional, a Coopercaps e a rede municipal de educação de Cubatão, 2023
Cessão de espaço
Como entidade responsável pela salvaguarda do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, a Fundação Bienal detém a prerrogativa de ceder o uso do espaço a fim de captar recursos para a manutenção do edifício e da própria instituição. Com essas parcerias, o público ganha acesso a este importante patrimônio arquitetônico em situações e contextos diversos, para além da duração da Bienal de São Paulo.
Evento NFT Brasil, 2023
No biênio, foram realizados 44 eventos:
2022
• Storm Challenge
• SP-Arte
• Conversa com Bial (gravação)
• Todos pela Educação
• ILTM
• Convenção Aramis
• Festival SESI de Robótica
• Congresso da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo
• Feira do Empreendedor – Sebrae
• Simasp
• Festival do Café
• Virada ODS
• Storm Challenge
• Ciab Febraban
• Exposição Whirlpool Brastemp e Consul
• Desfile Arezzo
• Gourmet Nordestino Experience
• IBM
• Sap Now
• Inova Klabin
• Boomspdesign
• Desfile Charth
• Premiação Profissional do Ano –Rede Globo
• Clínica de Carros
• Congresso e Mostra Internacionais de Tecnologia da Mobilidade Sae Brasil
• Adote um Gatinho
2023
• Perdigão – Maior sanduíche de mortadela do mundo
• Ocupação Mário Pedrosa (gravação)
• Lançamento de carro – Chevrolet
• Storm Challenge
• Estrelinha (gravação)
• Lançamento de carro – Hyundai
• Filmagem ,ovo
• SP-Arte
• Desfile Charth
• MMA Impact Brasil 2023
• ILTM
• Desfile Arezzo
• SOS Mata Atlântica
• NFT Brasil
• BCB 2023
• Tudum – Netflix
• Cyrela
• Festival do Café
Eventos de lançamento da Hyundai e da ILTM Latin, na Travel Week, 2023
Parcerias internacionais
Antes da abertura da 35ª Bienal de São Paulo, ocorreram ações com a equipe curatorial para promovê-la, criando parcerias estratégicas na ampliação da influência cultural da Bienal de São Paulo. Essas discussões curatoriais exploraram temas e conceitos que ajudaram a moldar a 35ª Bienal, antecipando seus destaques e estabelecendo um diálogo significativo com um público global.
Conversa aberta com Manuel Borja-Villel 21 fev 2023
Kunstinstituut Melly
Roterdã, Países Baixos
Apoio: Mondriaan Fund
Conversa aberta com Diane Lima, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel 6 mar 2023
Villa Arson
Nice, França
Conversa aberta com Grada Kilomba 14 mar 2023
KW Institute for Contemporary Art Berlim, Alemanha
Conversa aberta com Grada Kilomba 2 mai 2023
Hochschule für Bildende
Künste-Städelschule
Frankfurt am Main, Alemanha
Conversa aberta com Diane Lima e Hélio Menezes
27 mai 2023
New Local Space – NLS Kingston Kingston, Jamaica
Conversas abertas com Grada Kilomba no KW Institute for Contemporary Art, e com Manuel Borja-Villel no Kunstinstituut Melly, 2023
International Biennial Association – iba Fundada em 2012, a iba (International Biennial Association) é uma associação artística sem fins lucrativos criada como uma plataforma para estabelecer, pesquisar e trocar conhecimentos entre instituições e profissionais das artes. Hoje em dia, conta com mais de sessenta representantes, entre eles Sharjah Art Foundation, Istanbul Biennial, Berlin Biennale for Contemporary Art, Yokohama Triennale, Biennale Jogja Foundation, Ural Industrial Biennial of Contemporary Art, Biennale of Sydney, Biennial of Media Arts of Santiago, Biennale Africaine de la Photographie e Liverpool Biennial. Em 2023, a Fundação Bienal de São Paulo correalizou a 10ª edição da assembleia geral com o tema “Quais são as nossas responsabilidades?”. Durante três dias, discutiram-se os papéis da Bienal de São Paulo e a elaboração coletiva de um código de valores compartilhados.
Os membros das seguintes instituições participaram da assembleia:
• Aichi Triennale
• la maison de la poésie
• INSTITUTION LABS
• V–A–C Foundation / GES-2 House of Culture
• Zagut
• Counterpublic
• Sharjah Art Foundation
• Institute of International Visual Arts – iniva
• Fundación Paiz
• ifa - Institut für Auslandsbeziehungen
• Yokohama Museum of Art/ Yokohama Triennale
• Istanbul Foundation for Culture and Arts (İKSV)
• Biennale of Sydney
• Cuenca Biennial
• Toronto Biennial of Art
• Pi art festival
• Vera List Center for Art and Politics
Registos da 10ª edição da assembleia geral da iba, 2023
EDUCAÇÃO
Parcerias governamentais
A Fundação Bienal tem orgulho de suas duradouras parcerias e interlocuções com as diversas instâncias do poder público. A seguir, apresentamos como essas colaborações se delinearam durante o último biênio para as ações educacionais.
Governo Estadual / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Em 2023, com o objetivo de incentivar a visita presencial de estudantes da rede pública estadual de São Paulo à 35ª Bienal, foram oferecidos transporte e alimentação a 648 estudantes e visitas mediadas a 2.042 estudantes do ensino fundamental I e II e do ensino médio. Também foi realizado o projeto Bienal na escola em conjunto com a Diretoria de Ensino Sul 3, com visitas às escolas E.E. Antônio Pereira Lima e E.E. Hermínio Sachetta e visitas mediadas na 35ª Bienal com estudantes das mesmas instituições. Também foi realizada a formação de professores no projeto “Metodologias de ensino: Estratégias de ensino prático e recursos educacionais”.
Bienal na escola, 2022
Centro Paula Souza, autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico
• Curso: Da arte moderna à contemporânea e curadoria da Bienal de São Paulo (2022)
data de realização: 8 set – 20 out
perfil dos participantes: professores de artes e correlatos do eixo de linguagens e ciências humanas
Capacitação em parceria com o Centro Paula Souza, que tratou das relações entre arte moderna e arte contemporânea a partir da história das Bienais e de referências teóricas sobre temas e movimentos artísticos dos períodos abordados. O curso também contemplou os diferentes processos e metodologias curatoriais nas Bienais. Os encontros aconteceram no formato síncrono e presencial, com visitas mediadas ao Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP), Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), Museu Afro Brasil Emanoel Araujo e Pavilhão Ciccillo Matarazzo.
• Curso: Da arte moderna à contemporânea e escolhas curatoriais (2023)
data de realização: 15 mar – 27 abril perfil dos participantes: professores de artes e correlatos do eixo de linguagens e ciências humanas
Capacitação em parceria com o Centro Paula Souza, que tratou das relações entre arte moderna e arte
Visitas mediadas ao Pavilhão da Bienal e ao Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, 2023
contemporânea a partir da história das Bienais e de referências teóricas sobre temas e movimentos artísticos dos períodos abordados. O curso também contemplou os diferentes processos e metodologias curatoriais nas Bienais. Os encontros aconteceram no formato síncrono, assíncrono e presencial, com visitas mediadas no MAC USP, MAM-SP, Museu Afro Brasil Emanoel Araujo e Pavilhão Ciccillo Matarazzo.
• Curso: 35ª Bienal de São Paulo: coreografias do impossível (2023)
data de realização: 4 set – 30 nov perfil dos participantes: professores de artes e correlatos do eixo de linguagens e ciências humanas estrutura: percurso assíncrono (34h) e visita presencial à exposição (6h) carga horária total: 40h participações: 163
A capacitação introduziu a proposta curatorial da 35ª Bienal de São Paulo por meio de videoaulas pautadas pelos dois movimentos da publicação educativa da mostra: Aqui, numa coreografia de retornos, dançar é inscrever no tempo e Meu modo de pensar é um pensar coletivo/ antes de estar em mim já esteve nelas. Com base em percepções não lineares nem progressivas sobre o tempo e na união
Registro de ação de difusão sobre o primeiro movimento da publicação educativa da 35ª Bienal de São Paulo, 2023
entre o político, o histórico, o orgânico, o físico, o emocional e o espiritual, foram exploradas relações entre as obras e práticas artísticas de participantes da 35ª Bienal. Em diálogo com os conteúdos das videoaulas, também foram disponibilizados vídeos apresentando artistas e seus projetos para a 35ª Bienal, assim como ações práticas que poderiam ser propostas pelos educadores aos seus estudantes nos diferentes contextos de atuação. O percurso de cada cursista foi acompanhado por meio do preenchimento de formulários, construindo um Diário de Bordo, que auxiliou nos diálogos durante o encontro presencial na exposição.
• Seminário: O centenário da Semana de 22 –concepções, rupturas e perspectivas (2022)
data de realização: 25 maio formato: online público: 19 participantes (professores das ETECs do Estado de São Paulo)
• Palestra: 24º Congresso de Tecnologia da FATEC –coreografias do impossível e educação (2023)
data de realização: 4 out formato: presencial público: 9 estudantes da FATEC
Visita temática entre as obras de Rosana Paulino, 35ª Bienal de São Paulo, 2023
Governo Municipal
Secretaria Municipal de Educação
• Curso: 35ª Bienal de São Paulo: coreografias do impossível (2023)
data de realização: 1 ago – 23 set perfil dos participantes: professores de educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, educação de jovens e adultos e coordenadores pedagógicos estrutura: 12 ações, incluindo videoaulas gravadas (20h), encontro online síncrono (1h), atividades não presenciais (16h), visita presencial à exposição (3h) carga horária total: 40h participações: 714
Por meio de videoaulas, a capacitação introduziu a proposta curatorial da 35ª Bienal, que se articulou como um espaço de experimentação para diálogos com pensadores, artistas, pesquisadores, ativistas, curadores e poetas, compondo uma Bienal sobre a “criação do possível, num mundo governado por impossibilidades”. O desenho coreográfico das aulas foi pautado pelos dois movimentos da publicação educativa. Com base em percepções não lineares nem progressivas sobre o tempo e na união entre o político, o histórico, o orgânico, o físico, o emocional e o espiritual, foram exploradas relações entre as obras e práticas artísticas dos participantes das coreografias do impossível. Também foram apresentadas ações práticas que pudessem ser propostas pelos educadores aos seus estudantes nos diferentes contextos de atuação. Ao fim, os participantes realizaram visitas presenciais à 35ª Bienal com a equipe de mediação.
Visitas mediadas com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, 2023
Parcerias com instituições culturais e do terceiro setor
Sesc São Paulo
• Encontros sobre a publicação educativa e os artistas da 35ª Bienal de São Paulo (2023)
data de realização: 16 ago – 27 set perfil dos participantes: professores, educadores e público geral interessado formato: encontros síncronos online participações: 182
Experimentação a partir dos conteúdos e propostas práticas que fazem parte da publicação educativa da 35ª Bienal, assim como a partir de obras de artistas da mostra. Durante os encontros, os participantes foram incentivados a produzir e compartilhar reflexões e/ou novos conteúdos a partir de suas relações com os textos, obras e práticas pedagógicas apresentados. Unidades participantes: Sesc Campinas, Sesc Presidente Prudente, Sesc Ribeirão Preto e Sesc Sorocaba.
• Palestra: Semana de 1922, modernismo e artistas indígenas contemporâneos (2022), a convite do Sesc Bauru data de realização: 19 abr formato: online
público: 20 participantes
Itaú Cultural
• Curso: Entreolhares (2023)
Realizado em parceria com a Fundação Bienal de São Paulo, o curso foi dividido em dois módulos com propostas distintas. O primeiro foi composto de duas oficinas ministradas por Edgar Calel e Inaicyra Falcão, artistas participantes da 35ª Bienal de São Paulo. No segundo módulo, foram propostas duas visitas à Bienal, com a participação de Denilson Baniwa, Carmen Silva (Cozinha Ocupação 9 de Julho –MSTC) e equipe da Bienal.
• MÓDULO 1: Oficinas com artistas
8 e 9 nov
Oficina 1: Nuestro encuentro después del día de los muertos / Nosso encontro depois do dia dos mortos, com Edgar Calel
Introduzindo o calendário maia, o artista convidou o público a pensar sobre o tempo e o espaço para onde nos movemos quando sonhamos. Os alunos foram convidados a abordar com o objetivo de criar uma obra que resultasse em uma lembrança da atividade realizada.
16 e 17 nov
Oficina 2: A roda como produtora de alegrias –mover, pensar e sentir coletivamente como inteligências ancestrais, com Inaicyra Falcão e Kleber Damaso
Das rodas de samba, plurais e diversas, aos componentes vertiginosos e extáticos da álea – temos a sinergia do mover e do rodar como dispositivos composicionais. A oficina propôs laboratórios práticos e coletivos de pesquisa, como espaços de encontro e problematização das maneiras de fazer e compartilhar poéticas do mover. Propôs, ainda, estímulos ao mergulho nas práticas de investigação e composição
Registros de oficina com Edgar Calel e ação com Inaicyra Falcão, 2023
dos estados moventes, a partir de estudos comparados sobre o samba de roda, prevalecendo a estratégia “ação-reflexão-ação”, que parte da observação participativa e da participação observante.
• MÓDULO 2: Visitas à Bienal
20 nov
Encontro 1: Denilson Baniwa e Cozinha Ocupação 9 de Julho – MSTC
Refeição no espaço da Cozinha Ocupação 9 de Julho – MSTC no Pavilhão da Bienal, seguida de uma conversa sobre as ações que a Ocupação tem realizado, relacionadas à justiça alimentar e à luta por moradia. Em uma oportunidade de diálogo sobre a colaboração entre os dois projetos na 35ª Bienal, Denilson Baniwa falou de seu trabalho, trazendo reflexões sobre a mudança alimentar no Brasil pós-colonial; o consumo de embutidos e alimentos industrializados; e a troca de sementes no Brasil indígena.
23 nov
Encontro 2: Visita mediada à 35ª Bienal de São Paulo com a equipe da Bienal
Os alunos foram convidados a um percurso relacionado com os conteúdos trazidos nos encontros anteriores, desdobrando-os a partir de relações com outros participantes da 35ª Bienal.
total de participações: 39
Registro de ações durante a 35ª Bienal de São Paulo, 2023
Outras parcerias para ações de difusão
Além das ações já citadas, também foram realizados encontros e palestras por meio das seguintes parcerias:
• Coletivo Djunta Mon
• EMEF Hipólito José da Costa
• EMEI Villa Lobos
• Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM)
• Fábrica de Cultura – Catavento Cultural
• Festival Cultura e Sustentabilidade –Cinemateca Brasileira
• Festival MECA – Inhotim
• Instituto Arte na Escola
• Museu das Culturas Indígenas
• Organização Paulista de Arte Educação (OPAE)
• Projeto Extensões (Oficina Cultural Oswald de Andrade)
• Projeto Núcleo Luz – Edasp
• Universidade Metropolitana de Santos (Unimes)
• Universidade Presbiteriana Mackenzie
Ação de difusão no Museu das Culturas Indígenas e ativação na 35ª Bienal de São Paulo, 2023
Cursos e encontros
Modernismos africanos e afrodiaspóricos, com Bruno Pinheiro e Luciara Ribeiro (2022)
Entre 14 de julho e 18 de agosto de 2022, o público da Bienal pôde participar gratuitamente do curso a distância Modernismos africanos e afrodiaspóricos na Bienal de São Paulo. Organizado pela equipe da instituição, foi composto de seis encontros online, sempre às quintas, das 19h às 21h, com emissão de certificados para os participantes. As discussões partiram de análises sobre o espaço que ocuparam os artistas envolvidos em projetos modernistas de contextos africanos e seus territórios de diáspora, nas seis Bienais organizadas pelo Museu de Arte Moderna (MAM-SP), entre 1951 e 1961.
Para entender como se deu a formação de uma arte de origem africana que rompe com as produções anteriores, os encontros foram conduzidos pelos docentes Luciara Ribeiro e Bruno Pinheiro. Luciara é educadora, pesquisadora e curadora, com mestrado em história da arte pela Universidad de Salamanca e pelo Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo. É docente no Departamento de Artes da Faculdade Santa Marcelina. Bruno Pinheiro é mestre em estética e história da arte pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) e doutorando em história pela Universidade Estadual de Campinas.
participações
Programa do curso:
Aula 1, 14/07 – A Bienal de 1951 no contexto do pós-guerra: rearticulações e crítica racial
Aula 2, 21/07 – O modernismo no Haiti e sua internacionalização até a Bienal de São Paulo
Aula 3, 28/07 – Modernistas negros nos Estados Unidos: entre o New Deal e o pós-guerra
Aula 4, 04/08 – A Bienal de São Paulo e as tensões políticas do Sul Global
Aula 5, 11/08 – Egito e África do Sul: centros dos modernismos africanos na década de 1950
Aula 6, 18/08 – Entre o nacional e o continental: qual o lugar das artes e artistas africanos em uma Bienal moderna
Conteúdos do curso Modernismos africanos e afrodiapóricos, 2022
Cruzando os campos: diálogos entre arte contemporânea e futebol (2022) Entre 20 de outubro e 10 de novembro, o público da Bienal pôde participar de forma gratuita do minicurso a distância Cruzando os campos: diálogos entre arte contemporânea e futebol, composto de quatro encontros online, com duas horas de duração, sempre às quintas, das 19h às 21h. O curso foi desenvolvido e ministrado pela equipe da Fundação Bienal com apoio cultural do Museu do Futebol e emissão de certificado para os participantes.
A partir de um mergulho na história das Bienais e na documentação do Arquivo Histórico Wanda Svevo, o curso buscou cruzar experiências culturais aparentemente distantes, abrindo um campo de diálogo ainda pouco explorado, que pretendeu falar para e com públicos que ainda não se aproximaram da arte contemporânea, mas vivenciam a cultura do futebol. Ao mesmo tempo, os públicos que já conhecem e acompanham a programação da Bienal foram convidados a conhecer um ponto de vista diferente sobre artistas e obras exibidas nas mostras.
Conteúdo do curso Cruzando os campos, 2022
Programa do curso:
Aula 1, 20/10 – Nacionalismos em campo: o sistema de representações nacionais nas Bienais de São Paulo e Copas do Mundo
Aula 2, 27/10 – Futebol e arte à brasileira: imaginários e identidades na produção artística nacional
Aula 3, 03/11 – Bienais e Copas do Mundo em tempos de autoritarismo
Aula 4, 10/11 – Isso é arte? O que aconteceu com o futebol? Arte contemporânea e futebol moderno
participações
Pavilhão aberto 2022
Pavilhão aberto 2022
Organizado pela equipe da Fundação Bienal de São Paulo e lançado em maio de 2022, o Pavilhão aberto 2022 foi a segunda edição do programa que permite aos visitantes acesso ao prédio vazio, com palestras e atividades complementares. Durante as visitas, o público teve a oportunidade de conhecer o Pavilhão Ciccillo Matarazzo de outra maneira, descobrindo aspectos históricos, urbanísticos e curiosidades da Bienal. Para o ciclo de 2022, o formato dos encontros foi aprimorado, contando com oficinas para crianças, conteúdos digitais e visitas conduzidas pela equipe da Fundação Bienal, além da já conhecida palestra realizada por uma pessoa convidada. Para cada encontro, a equipe preparou também uma seleção de músicas que tinha relação com a história das Bienais.
A primeira edição do Pavilhão aberto aconteceu entre setembro de 2019 e janeiro de 2020, e reuniu ações com os arquitetos e curadores. Em 2022, o programa tratou de questões relacionadas a preservação, modernização e usos contemporâneos do patrimônio histórico e arquitetônico que é o Pavilhão da Bienal. Os quatro encontros foram divididos em dois programas com enfoques complementares. O primeiro, que aconteceu no primeiro semestre, parte do protagonismo do Pavilhão na criação de um imaginário de futuro para abordar conflitos contemporâneos que atravessam esse importante eixo cultural da cidade de São Paulo. No segundo semestre, o programa partiu da reforma das escadas rolantes do edifício para discutir o lugar do restauro e formas de intervenção da arte no território.
3.352 pessoas
Pavilhão aberto 2022 – Registros do Encontro 3, Encontro 2 e Encontro 1
Programação
Encontro 1: Moderno na arquitetura
15 maio
10h e 10h45: Oficina Birutas Voadoras para crianças, com Samara Costa
11h: Conversa com Guilherme Wisnik
14h e 16h: Visita mediada
10h às 18h: Circulação livre pelo Pavilhão
Encontro 2: Urbanidades possíveis
11 jun
11h: Conversa com Louise Lenate Ferreira da Silva
14h: Visita mediada
15h: Programação para crianças – Oficina de dança free step com Grupo Crossover 10h às 18h: Circulação livre pelo Pavilhão
Encontro 3: Ações para uma cidade compartilhada
16 jul
11h: Visita mediada
13h: Oficina livre de dança free step
13h30 às 15h30: Programação para crianças – Contação de histórias Fazendo retratos para serem lembrados no futuro, com Markito Alonso e Rodrigo Taguchi
16h: Conversa com padre Julio Lancellotti e a artista Carmela Gross 10h às 18h: Circulação livre pelo Pavilhão
Encontro 4: O lugar do restauro, o território da arte 5 nov
11h: Visita mediada
13h30 às 15h30: Programação para crianças – Caravana Lúdica de Jogos do Mundo
14h: Visita mediada
16h30: Conversa com Benjamin Seroussi, Graziela Kunsch e Luiz Fernando de Almeida 10h às 18h: Circulação livre pelo Pavilhão
Pavilhão aberto 2022 – Encontro 2 e Encontro 4. Página ao lado: Encontro 1 (esquerda), Encontro 3 (direita)
COMUNICAÇÃO
Durante o período compreendido entre 2022 e 2023, a comunicação da Fundação Bienal de São Paulo deu continuidade ao movimento iniciado no triênio anterior, em que, para além das atividades de divulgação e produção de conteúdo tradicionalmente atribuídas ao setor, ampliou o desenvolvimento de seus próprios produtos e projetos, apresentados a seguir. Eles englobam desde publicações até um novo site para a instituição e produções audiovisuais.
O período também foi marcado por iniciativas que buscaram promover uma integração mais abrangente entre a Fundação e os desafios contemporâneos. Destacam-se o programa de influenciadores “Vozes Bienal”, projetos de cross branding e a realização de tours com marcas e produtos de parceiros que antes não faziam parte de nosso escopo. Todas essas inovações serão apresentadas em detalhes na seção referente à 35ª Bienal de São Paulo.
Cabe ressaltar, ainda, a centralidade das redes sociais nas estratégias de comunicação da instituição, fundamental para a conexão com o público jovem e para o papel educativo da instituição. No biênio, a Bienal ampliou sua produção em vídeo por meio de postagens diárias no Instagram Reels e em sua nova conta no TikTok, bem como no YouTube Shorts, e deu continuidade à postagem diária de conteúdos estáticos no Instagram e no Facebook, chegando a números de engajamento e alcance recordes. Pavilhão aberto 2022
Bienal de São Paulo desde 1951 (2022)
Em março de 2022, a Fundação Bienal lançou o livro de ensaios Bienal de São Paulo desde 1951, organizado por Paulo Miyada, que foi curador-adjunto da 34ª Bienal – Faz escuro mas eu canto. Colaboraram com a obra 35 pesquisadores, críticos, gestores culturais e artistas de formação diversa. Além dos textos, o livro conta ainda com uma pesquisa elaborada de imagens, muitas delas inéditas para o público em geral, colhidas do Arquivo Histórico
Wanda Svevo e de outras fontes. Bienal de São Paulo desde 1951 marcou uma dupla comemoração: os setenta anos de realização da exposição e os sessenta anos da própria Fundação Bienal. A fim de ampliar o acesso à publicação, foram lançadas duas edições: uma em português e outra em inglês.
Evento de lançamento
No dia 31 de março, o auditório do Pavilhão recebeu alguns dos autores do livro para mesas de conversa, todas mediadas por Paulo Miyada:
Mesa 1. Do que cabe aqui
Bruno Pinheiro, Cláudio Bueno, Lula Wanderley e João Simões
Mesa 2. Quando o fora está dentro
Caroline Saut Schroeder, Fernanda Albuquerque e Regina Teixeira de Barros
Mesa 3. Arte e mais que arte
Francisco Alambert, Glaucia Villas Bôas e Tiago Gualberto
17 × 24 cm
304 páginas
tiragem
2500 (português); 1500 (inglês)
Paulo Miyada, curador e organizador do livro, 2022
#34bienal – Minidoc Faz escuro mas eu canto / Though it’s dark, still I sing (2022) Lançado em 2022, o curta-metragem documental aborda a realização da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto, exposição que se desdobrou no espaço e no tempo e atravessou os desafios da pandemia. Realizado pela Fuerza Filmes, conta com depoimentos de Jacopo Crivelli Visconti e Paulo Miyada, curador geral e curador adjunto da edição; José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo; Antonio Lessa, superintendente executivo da Fundação Bienal de São Paulo; Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da Japan House; além de falas coletadas entre os visitantes da mostra.
Novo portal: bienal.org.br (2022)
Em 2022, remodelamos o Portal Bienal com o objetivo de desenvolver um layout mais atual e responsivo, facilitando seu uso através de um sistema de gestão de conteúdo (CMS) mais amigável e um sistema de armazenamento em nuvem que comportasse e ampliasse os conteúdos virtuais hospedados nele. O projeto, realizado com a Compass UOL, permitiu ao Portal ser ligado aos demais hotsites das mostras com um design mais arrojado, aposentando o sistema Mercúrio até então utilizado (CMS) em favor do WordPress, um sistema amplamente adotado que permite menos tempo de aprendizado para futuros desenvolvimentos. O novo portal também conta com armazenamento em nuvem pela Amazon Web Services e uma ferramenta de agendamento própria para as visitas mediadas.
+bienal (2022)
A Fundação Bienal de São Paulo expandiu suas fronteiras digitais com a inauguração de uma nova área editorial chamada +bienal, plataforma lançada em conjunto com o novo portal da instituição, em dezembro de 2022. Gerido pela equipe da Fundação, o +bienal surge como um espaço digital dinâmico com uma variedade de conteúdos atualizados de forma periódica, contribuindo para o compromisso da instituição de se posicionar como uma importante plataforma de divulgação artística e participante ativa nos debates da arte contemporânea.
Uma variedade de editorias compõe os conteúdos publicados, como entrevistas com artistas, textos comissionados, ensaios visuais, notícias de assuntos relacionados à Bienal e obras de arte digitais. Com o +bienal, a Fundação Bienal de São Paulo criou um novo canal de acesso direto ao seu público online e expande seu papel como agente criador de conteúdo no cenário artístico contemporâneo. Em 2023, foram publicados oito textos comissionados, um ensaio visual e a primeira obra digital, chamada Ausências ou sintomas?, de Gustavo Caboco, realizada em conjunto com as equipes do Arquivo e de educação a partir das presenças e ausências indígenas no Arquivo Histórico Wanda Svevo.
Histórias da Bienal (2023)
Apresentada por Gisele Kato, a série Histórias da Bienal é uma parceria entre o canal Arte1 e a Fundação Bienal de São Paulo, com patrocínio da Bloomberg. Foi veiculada em 2023 na grade do Arte1 e está disponível online no canal do YouTube da Fundação Bienal e no aplicativo Arte1 Play.
Sinopse dos episódios
Episódio 1: O começo de tudo
No primeiro episódio da série, conhecemos as motivações que levaram o empresário Ciccillo
Matarazzo a criar a Bienal de São Paulo, em 1951, e entendemos por que o artista Heitor dos Prazeres, vencedor de um prêmio de pintura na primeira edição da mostra, demorou para alcançar uma posição de artista brasileiro de relevância internacional.
Episódio 2: Arte e política
No segundo episódio da série, refletimos sobre momentos em que contextos políticos do Brasil se impuseram de forma mais direta na arte.
Episódio 3: O poder dos curadores
O terceiro episódio da série mostra como o papel e a figura do curador vêm mudando ao longo dos anos. A primeira Bienal a ter um curador foi a 16ª, em 1981, com Walter Zanini. Nos anos 1990, esse profissional chegou a ser tido como um “todo-poderoso”, capaz de alavancar ou afundar carreiras. Mas, hoje, uma atitude centralizadora faz cada vez menos sentido.
Episódio 4: Outras histórias Neste episódio, aborda-se como tem crescido a necessidade de se adotar outras narrativas e perspectivas na arte, além da visão ocidental e europeia. Os artistas Cildo Meireles e Regina Silveira relembram suas participações na 24ª Bienal.
A fotógrafa Maureen Bisilliat fala da sala “Xingu Terra”, que ela assinou com o sertanista Orlando Villas Bôas e o cacique Aritana Yawalapiti na 13ª Bienal. E os artistas Daiara Tukano e Gustavo Caboco dizem por que a 34ª edição ficou conhecida como a “Bienal dos Índios”, alcunha dada pelo amigo Jaider Esbell.
Episódio 5: Mais perguntas, menos respostas Neste quinto episódio, os artistas Maurício Ianês e Carla Zaccagnini falam de suas participações naquela que ficou conhecida como a “Bienal do Vazio”. E os artistas Tatiana Blass e Jonathas de Andrade falam de suas participações na 29ª Bienal, que investiu na comunicação com o público.
Episódio 6: coreografias do impossível
O último episódio da série é dedicado à 35ª Bienal. Os quatro curadores conversam sobre a exposição ao longo do programa, e também há falas dos artistas Ana Pi, Tadáskía, Luana Vitra, Kidlat Tahimik e Daniel Lie. Esta edição foi um convite a uma revisão das estruturas verticais de poder e uma provocação para a imaginação de outros mundos possíveis.
Web Summit Rio (2023)
O Web Summit é o maior evento de tecnologia e dos setores criativos e de inovação do mundo. Surgido em 2009 na Irlanda, hoje conta com edições em diferentes países, como Qatar, Portugal e Estados Unidos. Pela primeira vez na América do Sul, a conferência ocorreu no Rio de Janeiro entre os dias 1 e 4 de maio de 2023, reunindo lideranças, investidores, autoridades políticas e culturais, além de mais de mil startups de 28 países diferentes, totalizando um público de mais de 20 mil pessoas por dia. Representando a Fundação Bienal de São Paulo, o superintendente executivo Antonio Thomaz Lessa Garcia realizou uma fala para o público do evento. Nela, ressaltou a importância de uma instituição de arte de mais de setenta anos sempre se manter atual, contemporânea e antenada nas questões mais urgentes de seu tempo. Para a Fundação, iniciativas como o Web Summit Rio são importantes convites para novos públicos conhecerem a Bienal de São Paulo e uma oportunidade para trocar experiências com áreas e agentes de diferentes setores da economia criativa e de tecnologia do mundo todo.
Imprensa (2022-2023)
A divulgação das programações e conteúdos da Fundação Bienal por meio da imprensa é fundamental para aumentar sua visibilidade e cativar públicos diversos. No biênio, por meio da colaboração com as agências Nova PR e Index Conectada (no âmbito nacional) e Sutton (internacionalmente), o tradicional trabalho de assessoria de imprensa foi ampliado para englobar novos canais de comunicação, como contas oficiais de veículos de imprensa e de formadores de opinião nas redes sociais, com resultados expressivos:
7.822 inserções da imprensa nacional R$ 535.004.643,00 de valoração
318 inserções em veículos internacionais em 25 países
O detalhamento das estratégias e resultados por projeto está disponível nas seções referentes às mostras realizadas.
Registro durante a pré-abertura para imprensa da 35ª Bienal de São Paulo, 2023
Arte contemporânea no Brasil e no mundo: Instagram, Facebook, YouTube, TikTok e X
No biênio 2022-2023, os conteúdos da Fundação
Bienal de São Paulo tiveram recorde de volume de produção e retorno do público em todos os seus perfis em redes sociais. Além de divulgar seus projetos, atualmente a instituição opera com uma agenda semanal de conteúdos sobre arte contemporânea dentro e fora das Bienais. O biênio foi marcado pelo ingresso da Fundação Bienal nas ferramentas de vídeo das redes sociais. Cerca de quinhentos produtos audiovisuais sobre arte foram criados no período visando abastecer perfis novos no TikTok e no YouTube Shorts e consolidar a presença institucional no Instagram Reels. Dos engajamentos totais do biênio, mais de 10 milhões são visualizações em vídeos.
timelines alcançadas
interações totais (curtidas, visualizações de vídeos, comentários, compartilhamentos, salvamentos) 6,5
Newsletters
Durante o biênio, intensificamos nossa estratégia de envio de newsletters, buscando uma maior regularidade e contato com o público decorrente da ampliação de formas de produzir conteúdo da Fundação Bienal. Para tanto, unificamos nossas ferramentas de mailing e e-mail marketing (anteriormente divididas em três bases diferentes) em uma única ferramenta, o RD Station.
Nossa base conta atualmente com 51.568 leads (contatos), divididos principalmente entre contatos nacionais e internacionais. A taxa média de abertura das newsletters em português é de 30%, e em inglês, 40%, acima da média do mercado. Em 2022, foram enviadas 48 newsletters, referentes a anúncios como o lançamento do livro Bienal de São Paulo desde 1951 e o calendário do programa de mostras itinerantes. Já em 2023, foram enviadas 102 newsletters, sobre assuntos institucionais, como a troca das escadas rolantes, a peça Monstro, o novo portal Bienal; sobre as Bienais de Veneza de Arte e Arquitetura; sobre a 35ª Bienal e e-mails semanais com a programação pública. Nossa newsletter mais lida de 2023 foi a de credenciamento dos profissionais da cultura e da imprensa para os eventos de pré-abertura da 35ª Bienal.
Tour virtual – 34ª e 35ª edições da Bienal de São Paulo
Como forma de ampliar o acesso às Bienais de São Paulo para além do público que tem a oportunidade de visitar o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, a Fundação Bienal realiza consistentemente há mais de uma década tours virtuais das mostras, permitindo uma experiência digital da exposição.
Para a realização do tour virtual da 34ª Bienal de São Paulo – faz escuro mas eu canto, foi desenvolvida uma parceria com o Google Arts & Culture, que realizou a captura da mostra, disponível no Google Street View. Já para a 35ª Bienal – coreografias do impossível, a captura foi realizada por uma equipe externa, e está disponível em servidor interno da Bienal e no Google Street View.
As visitas virtuais são importantes para a documentação e o registro das exposições, mantendo as edições da Bienal vivas mesmo após a sua conclusão.
MEMÓRIA: ARQUIVO HISTÓRICO WANDA SVEVO
Nos últimos anos, o trabalho desenvolvido pelo Arquivo Histórico Wanda Svevo se concentrou na digitalização do acervo textual, iconográfico, sonoro e audiovisual para disponibilização e consulta online para pesquisadores do mundo todo.
Projeto Acervos
Os avanços e resultados concretos alcançados nos últimos dois anos evidenciam o compromisso contínuo de preservar, difundir e tornar acessível um patrimônio documental de relevância inestimável para a arte e a cultura contemporâneas.
Digitalização
Tendo como ferramentas centrais o banco de dados online e o banco de imagens para acesso à documentação, foi iniciado em 2022 um projeto de digitalização de toda a documentação textual já tratada e armazenada no Arquivo, que vem sido disponibilizada online, para acesso público e aberto, no banco de dados do Arquivo. Foram também criadas galerias para visualização da documentação por evento, além da documentação do Fundo Francisco Matarazzo Sobrinho, cartazes e registros fotográficos.
São mais de 80 mil documentos disponíveis – entre eles, toda a documentação do Fundo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), de 1947 a 1962.
Gestão documental
Em 2023, foi concluído o projeto para a elaboração de um modelo de gestão para os documentos (físicos e digitais) da Fundação Bienal de São Paulo, com o objetivo de identificar as tipologias documentais existentes e definir os requisitos necessários para a gestão dos registros das atividades das áreas. Como resultado, foram entregues o Plano de Classificação, a Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos e o Esquema de Metadados de 512 tipos documentais relacionados a 65 atividades, distribuídas em 25 processos e dez macroprocessos. Deverá ser implantada a Política de Gestão Documental institucional a partir de 2024, o que permitirá um maior controle do ciclo de vida da documentação e, consequentemente, de prazos de guarda e sua destinação final.
Tratamento de acervos
No biênio 2022-2023, foram desenvolvidas atividades de tratamento e preservação de acervos documentais nos diferentes suportes, dando continuidade ao trabalho iniciado em 2015. Como resultado, foram alcançados até o momento:
Documentação textual
• 93% da documentação textual armazenada no arquivo já catalogada, abrangendo o período de 1948 a 2002 (2.236 caixas)
Documentação iconográfica, sonora e audiovisual
• 68% da documentação iconográfica em suportes físicos já catalogada, abrangendo o período de 1948 a 2003 (79.603 documentos)
• 25.127 imagens em suportes físicos digitalizadas
• 39.834 imagens nato-digitais catalogadas (26ª a 31ª Bienal)
• Cerca de 1.400 fitas de vídeo e gravações sonoras digitalizadas
Biblioteca
• 83% da documentação bibliográfica catalogada (28.710 itens)
Banco de dados
Atualmente conta com mais de 400 mil registros. No biênio, foram inseridos 40.345 novos documentos, 2.336 entidades, 25 eventos e 786 obras, além de mais de 45 mil imagens de documentação textual dos fundos Museu de Arte Moderna de São Paulo, Bienal de São Paulo e Ciccillo Matarazzo, além de cartazes e registros fotográficos realizados entre 2022 e 2023.
Acessos online:
• 149.258 visualizações de páginas
• 17.290 usuários
• 27.397 sessões
• 17.238 downloads de imagens
Dados abertos
Em julho de 2023, a Fundação divulgou a disponibilização do modelo e estrutura de gestão do banco de dados do Arquivo Histórico Wanda Svevo por meio da plataforma GitHub. Esse modelo permite a implantação de um sistema de gestão de acervos documentais em instituições culturais e de memória. O Arquivo, com mais de um milhão de documentos, oferece acesso online a mais de 400 mil registros e 80 mil documentos digitalizados. A Fundação é a primeira instituição cultural do Brasil a adotar essa tecnologia, resultado de estudos que vêm sendo realizados desde 2015 pela sua equipe na aplicação do software livre Collective Access.
Essa iniciativa incorpora os princípios do movimento aberto GLAM (Galerias, Bibliotecas, Arquivos e Museus), promovendo o amplo acesso ao patrimônio cultural. O modelo desenvolvido pela Fundação Bienal segue padrões internacionais e permite a descrição de fundos, coleções, eventos, entidades e obras de arte. Ao compartilhar esse pacote, a Fundação incentiva outras instituições culturais a adotarem softwares de código aberto e apoia o desenvolvimento de seus próprios modelos de dados.
Com esse passo à frente, a Fundação Bienal de São Paulo não apenas colabora com a democratização do acesso à arte contemporânea, mas também promove a divulgação de informações abertas a todos os públicos.
Banco de imagens
Criado para dar acesso ao registro fotográfico corrente, o banco de imagens no Resource Space é utilizado internamente pelas equipes da Bienal e armazena atualmente mais de 208 mil documentos. Entre 2022 e 2023, foram disponibilizadas 72.872 novas imagens, sendo cerca de 15 mil imagens dos eventos realizados no biênio.
Além dos registros fotográficos, audiovisuais e sonoros digitalizados ou nato-digitais, o banco de imagens armazena os mais de 90 mil documentos textuais digitalizados, que, por meio de API, são compartilhados para visualização e download no banco de dados público do Arquivo.
Ações de conservação preventiva Além das ações rotineiras de conservação de acervos realizadas pela equipe, no ano de 2023 foi executado, com o auxílio de profissionais especializados, o serviço de higienização de todo o acervo bibliográfico, composto de cerca de 28 mil volumes já catalogados.
Higienização da biblioteca
28 mil volumes
Higienização de cartazes
3.733 itens higienizados entre 2022 e 2023
Ações de difusão
Conversa com ausências – Gustavo Caboco
A partir de um convite da Fundação Bienal, no final de 2022, o artista Gustavo Caboco se propôs a pensar e pesquisar as presenças indígenas no Arquivo Histórico Wanda Svevo. O projeto levantou um debate sobre a impermanência e as ausências indígenas no Arquivo a partir de perguntas como: o que é arquivo? Essa ideia se aplica às populações indígenas? O que poderia vir a ser um arquivo-indígena?
Em 2023, a partir de sua pesquisa na documentação e também por meio de conversas com a equipe e com o próprio Arquivo, Caboco, em parceria com Tipuici Manoki, apresentou a obra digital Ausências ou sintomas?, disponível no Portal Bienal, e a publicação Isso tudo não me diz nada no evento Conversa com Ausências, realizado em 28 de outubro de 2023, durante a 35ª Bienal de São Paulo. Gustavo e Tipuici, com a participação de Almires Martins Guarani e Boe Liberio, transferiram ao acervo do Arquivo uma representação do conhecimento de seus povos e familiares em forma de documento-pena-fio de algodão – a semente de um arquivo indígena na Bienal de São Paulo.
Atendimento a pesquisadores (até 20 nov 2023)
Atendimento a pesquisadores estrangeiros (até 20 nov 2023)
Fomento à pesquisa e formação
O acervo do Arquivo Histórico Wanda Svevo é utilizado com frequência para montagem de exposições e edição de catálogos e livros de arte, revelando a importância de sua documentação. Esses documentos fizeram parte de exposições recentes, como Alegria aqui é mato, na Casa Roberto Marinho (2022), Heitor dos Prazeres é meu nome, no Centro Cultural Banco do Brasil (2023), ambas no Rio de Janeiro, Murilo Mendes, poeta crítico: o infinito íntimo, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (2023), Miguel dos Santos: Paintings and Sculptures, 1968–1990, na galeria Galatea, em São Paulo (2023), e a Ocupação Mario Pedrosa, no Itaú Cultural, também em São Paulo (2023). Além disso, o acervo serviu de base para publicações como Forming Abstraction: Art and Institutions in Postwar Brazil, editado pela California University Press (2022), e Os jardins residenciais de Roberto Burle Marx em Fortaleza, lançado pela Fundação Waldemar Alcântara (2023). Essas colaborações evidenciam a relevância do arquivo não apenas na preservação histórica, mas também na difusão da arte e da cultura.
Visitas técnicas
Além de prestar atendimento a pesquisadores, o Arquivo Bienal recebe também visitas técnicas de grupos interessados em conhecer as práticas desenvolvidas para tratamento, preservação e difusão do seu acervo documental. Entre 2022 e 2023 foram recebidos mais de dez grupos, com cerca de cem estudantes e pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, entre eles alunos do curso de bacharelado em fotografia do Centro Universitário Senac, do curso técnico em processos fotográficos da Etec Carapicuíba e do curso técnico em arquivo da Etec Parque da Juventude.
USOS E CONSERVAÇÃO DO PAVILHÃO DA BIENAL
A Fundação Bienal de São Paulo é responsável pela salvaguarda do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, concessão assegurada pela Lei Municipal 127/2018. Projetado por Oscar Niemeyer, esse patrimônio histórico é um marco da arquitetura moderna brasileira e um dos símbolos da vida cultural da cidade. No biênio, diversas ações foram implementadas com o objetivo de garantir sua preservação, manutenção e modernização.
Registro da substituição da escada rolante, 2022
As ações realizadas em 2022 e 2023 seguem o plano de gestão de conservação e modernização do Pavilhão. Esse documento estabelece um diagnóstico e as metas a serem realizadas a curto, médio e longo prazo, visando a garantia de uma política de administração para o uso adequado dos espaços e dos componentes construtivos, bem como a manutenção periódica do imóvel, garantindo a integridade física do bem cultural. Seu principal objetivo é o planejamento integrado para a conciliação dos processos políticos e administrativos de dotações orçamentárias e de captações financeiras a fim de atender as necessidades técnico-operacionais das obras e dos serviços.
Atividades regulares de preservação patrimonial realizadas no biênio
• Manutenção dos revestimentos internos e externos: reparo de paredes, lajes e pilares.
• Manutenção dos pisos: reparo de trechos danificados.
• Manutenção elétrica: substituição e monitoramento de lâmpadas, reatores, equipamentos e quadros elétricos.
• Manutenção hidráulica: substituições e reparos de válvulas, registros, pequenos trechos de tubulação, pontos de dreno, metais, louças e desentupimentos.
• Manutenção nos brises, vidros e caixilhos: substituição de trincas, aplicação de vedação, lubrificação das ferragens e limpeza.
• Manutenção de pintura: reaplicação das pinturas de todas as paredes internas do edifício, dos fundos das lajes, das escadas de emergência e da rampa externa.
• Manutenção para preparação do Pavilhão antes e depois de eventos.
• Higienização dos reservatórios de água.
• Dedetização e desratização.
• Higienização dos mobiliários da recepção e do Café Bienal.
• Higienização dos bebedouros, coifas e da cozinha do Pavilhão.
• Higienização da rede de esgoto com a Sabesp e da fossa do Lounge Bienal.
• Manutenção preventiva dos sistemas contra incêndio, cabines elétricas, gerador, equipamentos de ar condicionado, elevadores, escadas rolantes, bombas hidráulicas, catracas e cancelas, garantindo a regularidade patrimonial com o alvará de funcionamento e AVCB válidos, com renovações anuais/bianuais.
O gerenciamento das atividades de manutenção que ocorrem de forma regular é acompanhado pelo departamento de gestão predial. Em 2022, foi iniciada a implantação de um software para auxiliar na execução e acompanhamento de atividades de manutenção predial e de infraestrutura com o objetivo de tornar mais eficientes os cronogramas e as ações.
Metas alcançadas
Substituição parcial de piso de madeira – Lounge Bienal (2022)
Foi realizada a substituição dos painéis de madeira danificados pela ação de isópteros. A estrutura compõe o palco do auditório presente no Lounge Bienal.
Impermeabilização da laje da rampa externa (2022)
Esse projeto de conservação, aprovado nos três órgãos de patrimônio, previa a impermeabilização da laje da rampa externa, com raspagem, aplicação de manta asfáltica, teste de estanqueidade e nova proteção mecânica. Fizeram parte da reforma: a demolição e a remoção da impermeabilização antiga; a limpeza da superfície; a preparação dos pontos de escoamento de água; a aplicação de argamassa de regularização e arredondamento dos cantos; a aplicação do primer como ponte de aderência entre o substrato e a manta impermeável; a colagem da manta com maçarico (conforme norma NBR 9952/2007 da ABNT) e, por fim, a instalação de rufos sobre as muretas perimetrais da cobertura da laje externa.
Substituição das escadas rolantes e restauração de suas muretas (2022)
A obra, iniciada em agosto do mesmo ano, desenvolveu-se em cinco etapas e contou com as aprovações dos três órgãos de patrimônio, Conpresp, Condephaat e Iphan:
1. Demolição dos fechamentos das casas de máquinas, recorte no piso para a retirada do maquinário, desmontagem de todos os elementos das escadas antigas, como fechamentos laterais, guarda-corpos e degraus.
2. Içamento das treliças das antigas escadas e corte dessas estruturas para o descarte.
3. Restauro das partes internas das muretas.
4. Adequação do vão e içamento das novas treliças.
5. Instalação de todos os elementos.
Finalizada a substituição, ainda foram realizados alguns ajustes de engenharia, como fechamento visual da casa de máquinas, complemento de corrimão junto às escadas fixas e instalação dos pisos táteis.
Instalação de rede wifi e 5G (2022/2023)
Foi realizada a distribuição de antenas de wifi por todo o Pavilhão da Bienal. A cobertura fica disponível durante a contratação para eventos (cessão de espaço) e possibilita o uso da internet no edifício durante a Bienal de São Paulo para visitantes e colaboradores. Também foi realizada a distribuição de sinal 5G para aprimorar a recepção de equipamentos dentro do espaço.
Reforma do auditório – terceiro pavimento (2023)
A reforma do auditório do terceiro pavimento foi executada com aporte parcial da Unipar, patrocinadora da Fundação Bienal. A fim de resgatar o projeto original sem deixar de modernizá-lo, foram realizadas as seguintes ações ao longo da reforma: raspagem de todo o piso, nova calafetação e aplicação de verniz acetinado para alto tráfego; decapagem das pinturas, dos pés metálicos e dos encostos de madeira das poltronas; reparos nos assentos e limpeza geral; instalação das poltronas restauradas, com nova
configuração de layout dentro das normas de segurança e acessibilidade; instalação do sistema de ar condicionado; readequação do quadro elétrico e dos cabos de alimentação.
Instalação de plataforma elevatória, escadas metálicas e patamar metálico – térreo e mezanino do primeiro pavimento (2023)
Atendendo às normas de segurança e acessibilidade, a reforma, que contou com as aprovações nos três órgãos de patrimônio, consistiu na implantação de uma plataforma elevatória e nova escada metálica (conectando o térreo ao mezanino) e de um patamar metálico (no mezanino). A reforma foi precedida pela demolição da escada metálica anterior e pela realização de novas fundações para os novos pilares metálicos.
Reforma do vestiário masculino – Lounge Bienal (2023)
Seguindo o projeto contemplado via Pro-Mac 2022 para o vestiário masculino do Lounge Bienal, foram realizadas as seguintes ações: substituição dos revestimentos de piso e pastilha; instalação de nova rede hidráulica e elétrica; substituição das louças e metais; instalação de divisórias sanitárias e novos boxes, pias, cubas, espelhos e armários.
Substituição de equipamentos de ar condicionado –terceiro pavimento (2023)
Foi realizada a substituição de doze equipamentos de ar condicionado no terceiro pavimento do Pavilhão, atendendo uma área de 1400 m². Também foram implementados sistemas automatizados de controle de umidade e temperatura, além de adequações de engenharia civil e elétrica.
Performance de Ricardo Aleixo, 35ª Bienal de São Paulo, 2023
Práticas de sustentabilidade (2023)
• Mercado de compra de energia: encerramento do contrato de demanda com a distribuidora de energia e início dos estudos para compra de energia de outros fornecedores com custo mais baixo, possibilitando uma economia de energia de 40% por ano (estimativa).
• Neutralização da emissão de carbono: por meio da compra de certificados de energia limpa, foi realizada a neutralização de 97.848 tCO2 (toneladas de carbono equivalente) emitidas durante a montagem da 35ª Bienal de São Paulo.
OUTRAS INICIATIVAS INSTITUCIONAIS
Peça
Monstro (2023)
Com realização do Ministério da Cultura e da Fundação Bienal de São Paulo, com apoio institucional do Sesc, a peça Monstro teve duas apresentações no Sesc Santo André: dias 9 e 10 de março de 2023, às 20h, com entrada gratuita.
O espetáculo do grupo As Malecuias, produzido a partir de texto inédito de Karen Sacconi e encenado por Marcos Suchara, Milena Faria, Eliete de Faria e Anselmo Ubiratan, revisitou a estrutura da tragédia grega.
Na trama, sob a influência de um líder recém-chegado ao poder, uma mulher passa a levar seu cachorro a uma rinha de cães, defendida pelo novo líder como prática e símbolo dos novos tempos, representando a supremacia do mais forte e o culto à violência. Com a morte de um faxineiro que fazia a limpeza da carnificina, a rinha é colocada em xeque, deixando a mulher e sua mãe em lados opostos. O título da peça, Monstro, remete sobretudo à deformidade moral da concepção de justiça em tempos de barbárie, que leva a um desfecho fatal.
Divulgação
Ecumene: Global Financial Forum (2023)
A Fundação Bienal de São Paulo foi convidada a participar do Ecumene: Global Financial Forum, uma plataforma para discussão das questões-chave do desenvolvimento sustentável de longo prazo da economia mundial, aprimoramento da agenda financeira e desenvolvimento de novas abordagens para a implementação dos principais objetivos do Acordo de Paris.
No dia 29 de setembro de 2023, a superintendente de comunicação da Fundação Bienal, Caroline Carrion, e o gerente de educação, Thiago Gil Virava, representaram a instituição na mesa The Role of Contemporary Culture in the Transformation of the City and the Region [O papel da cultura contemporânea na transformação da cidade e da região], com moderação de Alisa Prudnikova, diretora da GES-2 House of Culture e da V–A–C Foundation e comissária da Ural Industrial
Biennial of Contemporary Art. Também participaram da mesa Alisa Zhikhareva, do grupo curatorial Klopovnik; Elizaveta Likhacheva, diretora do Museu Estatal Pushkin de Belas Artes; Sergey Kapkov, fundador do Centro de Desenvolvimento Urbano da Universidade Estatal de Moscou e do grupo de empresas S. Kapkov; e Viktor Shalay, diretor do Museu de História do Extremo Oriente Vladimir K. Arseniev.
Vista da 35ª Bienal de São Paulo, 2023
MOSTRAS
34ª BIENAL DE SÃO PAULO –PROGRAMA DE MOSTRAS ITINERANTES 085
59ª EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE ARTE –LA BIENNALE DI VENEZIA 095
18ª MOSTRA INTERNACIONAL DE ARQUITETURA –LA BIENNALE DI VENEZIA
35ª BIENAL DE SÃO PAULO 113
Faz escuro mas eu canto
2021
PROGRAMA DE MOSTRAS
ITINERANTES
Instalação de Marinella Senatore na itinerância de Belém, 2022
O programa de mostras itinerantes da Fundação Bienal teve sua primeira edição há mais de dez anos, em 2011. Antes de se consolidar como uma iniciativa institucional, recortes da mostra principal já viajavam para outras cidades. Em 1952, ano subsequente à primeira edição do evento, obras premiadas foram exibidas em Belo Horizonte.
A criação do programa possibilitou um estreitamento dos laços entre instituições culturais do Brasil e do mundo, ao mesmo tempo que fortaleceu a presença da Bienal de São Paulo em um circuito que extrapola o âmbito da capital paulista. Desde então, 34 cidades já receberam exposições do programa, sendo cinco delas no exterior.
10 cidades
174.663 visitantes 375 obras
13
instituições parceiras
7.600 m2 de área expositiva
336 inserções na mídia nacional e internacional
47 artistas
964
participantes em 84 ações de difusão
Performance de Daiara Tukano na itinerância do Rio de Janeiro. Página ao lado: itinerâncias de Belém e Campinas, 2022
Em abril de 2022, a Fundação Bienal deu início ao programa de mostras itinerantes da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto, exposição que recebeu 700 mil visitantes no Pavilhão da Bienal e na rede de instituições parceiras, entre 2020 e 2021.
Para a itinerância, Jacopo Crivelli Visconti, curador-geral da 34ª Bienal, organizou as exposições a partir de enunciados – objetos ou elementos imateriais utilizados pela curadoria para reunir obras e artistas, criando eixos temáticos de modo a provocar novas e múltiplas interpretações e leituras. Ao todo, oito cidades brasileiras e duas no exterior receberam 375 obras de 47 artistas diferentes distribuídas entre seis enunciados curatoriais.
São José do Rio Preto, SP Campos do Jordão, SP Belo Horizonte, MG Fortaleza, CE Belém, PA Rio de Janeiro, RJ Santiago, Chile Arles, França
Itinerâncias de Belém, Belo Horizonte e Campinas, 2022
O programa de mostras itinerantes só é possível devido às parcerias com o poder público e com outros espaços de cultura. Para as itinerâncias da 34ª Bienal de São Paulo, foram firmadas as seguintes parcerias:
• Centro Cultural Vale Maranhão (Instituto Cultural Vale) e Casa do Maranhão
• Sesc Campinas
• Sesc Rio Preto
• Palácio Boa Vista – Governo do Estado de São Paulo
• Palácio das Artes – Fundação Clóvis Salgado, APPA – Arte e Cultura
• Espaço Cultural Unifor
• Solar da Beira e Mercado Ver-o-Peso –Prefeitura de Belém e Fundação Cultural do Município de Belém
• Museu de Arte do Rio – MAR
• Centro Nacional de Arte Contemporáneo Cerrillos – Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile
• LUMA Arles
– 20/11/2022 Solar da Beira e Mercado Ver-o-Peso Belém
–22/1/2023
1/10 – 27/11/2022 Centro Nacional de Arte Contemporáneo Cerrillos Santiago
16/12/2022 –6/3/2023 LUMA Arles, Parc des Ateliers Arles
exposição 1: Os retratos de Frederick Douglass exposição 2: Cantos Tikmũ’ũn exposição 3: A imagem gravada de Coatlicue + Hiroshima mon amour, Alain Resnais exposição 4: O sino de Ouro Preto + A ronda da morte, Hélio Oiticica
Lista de artistas participantes
Abel Rodríguez
Adrián Balseca
Alfredo Jaar
Alice Shintani
Amie Siegel
Ana Adamović
Andrea Fraser
Anna-Bella Papp
Arjan Martins
Beatriz Santiago Muñoz
Carmela Gross
Clara Ianni
Claude Cahun
Daiara Tukano
Daniel de Paula
Deana Lawson
E.B. Itso
Eleonore Koch
Frida Orupabo
Gala Porras-Kim
Gustavo Caboco
Hanni Kamaly
Haris Epaminonda
Jaider Esbell
Joan Jonas
Jungjin Lee
León Ferrari
Lothar Baumgarten
Lydia Ourahmane
Manthia Diawara
Marinella Senatore
Melvin Moti
Naomi Rincón Gallardo
Neo Muyanga
Nina Beier
Noa Eshkol
Paulo Kapela
Paulo Nazareth
Regina Silveira
Seba Calfuqueo
Sueli Maxakali
Sung Tieu
Tony Cokes
Uýra
Victor Anicet
Zózimo Bulbul
Ações de difusão nas mostras itinerantes da 34ª Bienal
Nos encontros e palestras para educadores e professores dos parceiros do programa, a equipe da Fundação Bienal apresentou os conceitos, as pesquisas curatoriais e os artistas que integraram a 34ª Bienal.
Baseadas na publicação educativa da mostra, Primeiros ensaios, as ações também apresentaram ensaios práticos que foram exercitados com os educadores e com o público local interessado.
Encontros continuados de formação para educadores das instituições:
70 ações
duração das ações: 2 — 4 horas cada uma
Participações: 594
Número de educadores participantes:
Centro Cultural Maranhão e Casa do Maranhão: 40
Sesc Campinas: 14
Sesc Rio Preto: 6
Palácio Boa Vista: 10
Palácio das Artes: 15
Espaço Cultural Unifor: 18
Solar da Beira e Mercado Ver-o-Peso: 7
Museu de Arte do Rio – MAR: 10
Centro Nacional de Arte Contemporáneo Cerrillos: 3
LUMA Arles: 4
Total: 127 educadores
Palestras e ações de difusão: 14 ações
duração das ações: 1 a 3 horas cada uma
7 cidades: Campinas, São José do Rio Preto, Belo Horizonte, Belém, São Luís, Fortaleza e Santiago (Chile)
Participações: 370
Total geral de ações de difusão
84
ações de formação ou palestras
964 participações
Ações de difusão nas itinerâncias de São Luís, Fortaleza e Belém. Página ao lado: instalação de Marinella Senatore na itinerância de Belém, 2022
Ação com patrocinadores e apoiadores: 20-21 jan 2023
Palestra e visitas mediadas para colaboradores da Bahia Asset Management na itinerância da 34ª Bienal de São Paulo no MAR (Rio de Janeiro)
Redes sociais
As mostras itinerantes da 34ª Bienal tiveram extensa campanha nos perfis sociais da Bienal, que incluiu tours pelas etapas, vídeos inéditos, colaborações institucionais e cobertura ao vivo dos eventos de abertura. Ao todo, esses conteúdos somaram 2 milhões de pessoas alcançadas, 146 mil interações e 807 mil visualizações em vídeo.
Imprensa
A divulgação das mostras na imprensa foi realizada em parceria entre as equipes da Fundação e agências de assessoria das instituições parceiras. Ao longo do ano, foram contabilizadas 336 inserções na imprensa nacional e internacional.
Sinalizações e publicações
A partir de desdobramentos da identidade visual da 34ª Bienal, foram desenvolvidos projetos de sinalização específicos para cada localidade e foram editadas publicações para algumas etapas do programa de mostras itinerantes desta edição. Esses materiais foram distribuídos gratuitamente e continham informações sobre as obras e os artistas selecionados para cada cidade. Também foi editada e publicada no portal da Fundação a lista de obras de cada itinerância.
Sesc Campinas e Sesc Rio Preto – Guia eletrônico
Por meio do celular ou qualquer outro dispositivo móvel, o visitante pôde acessar gratuitamente os guias eletrônicos das itinerâncias no Sesc para conferir conteúdos digitais sobre os artistas e as obras das duas mostras. O material foi produzido pelo Sesc São Paulo e editado pela Fundação Bienal de São Paulo.
Sesc Campinas 39 páginas
Sesc Rio Preto 34 páginas
Palácio Boa Vista
Fôlder
16 × 22 cm (fechado), 48 × 22 cm (aberto) tiragem: 10.000 exemplares
LUMA Arles
Fôlder
17 × 24 cm (fechado), 68 × 17 cm (aberto) tiragem: 15.000 exemplares
Espaço Cultural Unifor
Fôlder
22 × 16 cm (fechado), 22 × 47,5 cm (aberto) tiragem: 10.000 exemplares
Itinerância de Arles. Na página ao lado, de cima para baixo: itinerâncias de São José do Rio Preto, Rio de Janeiro e Belém, 2022
Marcadores de página e cartões-postais foram produzidos para a itinerância de Fortaleza.
23 abril — 27 novembro · 2022
PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA
Jonathas de Andrade
com o coração saindo pela boca
A relação da Bienal de São Paulo com a Bienal de Veneza acompanha a criação da mostra paulistana, que foi fundada pelo imigrante italiano Ciccillo Matarazzo com base na experiência intercultural e internacional do evento de seu país natal. Ainda em 1950 – um ano antes da realização da 1ª Bienal de São Paulo, Ciccillo foi o responsável por enviar a primeira delegação de artistas brasileiros para expor na Bienal de Veneza. Desde então, a realização das participações nacionais brasileiras em Veneza tem sido outorgada, não sem intervalos, pelo Governo Federal às instituições realizadoras da Bienal de São Paulo. Organizadas com o intuito de promover a produção artística nacional no mais tradicional evento de arte do mundo, desde 1964 as exposições passaram a ocorrer no Pavilhão do Brasil, projetado por Henrique Mindlin e construído nos Giardini venezianos.
444.833 visitantes
197 dias de exposição
Registro da montagem. Página ao lado: vistas da exposição, 2022
Comissário
José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação
Bienal de São Paulo
Curador
Jacopo Crivelli Visconti
Artista
Jonathas de Andrade
Realização
Fundação Bienal de São Paulo, Ministério do Turismo do Governo Federal, por meio da Secretaria Especial de Cultura, Ministério das Relações Exteriores e Embaixada do Brasil em Roma
Expressões populares no Brasil que se utilizam de partes do corpo humano em metáforas, como “nó na garganta”, “cara de pau”, “olho do furacão”, “das tripas coração”, “de braços cruzados”, “empurrar com a barriga”, entre dezenas de outras, inspiraram a exposição de Jonathas de Andrade, Com o coração saindo pela boca, para o Pavilhão do Brasil na 59ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia, que abriu em 23 de abril e se encerrou em 27 de novembro de 2022.
Considerado um dos artistas brasileiros mais representativos de sua geração, Jonathas de Andrade concebeu o projeto a partir do convite de Jacopo Crivelli Visconti (curador também da 34ª Bienal – Faz escuro mas eu canto, realizada em 2020/2021), apontado pela Fundação Bienal como curador da representação brasileira na bienal mais antiga do mundo.
A proposta para o Pavilhão do Brasil partiu do profundo interesse do artista em pensar a formação e as idiossincrasias do povo brasileiro. “Existem centenas de expressões populares com partes do corpo para descrever sentimentos e situações. Elas envolvem literalidade e absurdo para dar conta da subjetividade, o que, para o momento do Brasil, é muito revelador. Usar essas expressões para falar da perplexidade do corpo brasileiro diante do presente em tantas instâncias – política, social, ecológica – me parece muito potente. As expressões dessa coleção compõem bem esse panorama emocional nacional”, explica o artista, que inseriu no espaço expositivo impressões fotográficas, esculturas – algumas delas interativas –e um vídeo.
Com curadoria de Cecilia Alemani, a Biennale Arte 2022 retirou seu título do livro The Milk of Dreams [O leite dos sonhos], da artista surrealista Leonora Carrington.
Registros da instalação Com o coração saindo pela boca. Página ao lado: eventos de abertura, 2022
Eventos de abertura
Uma movimentada agenda de reuniões e celebrações marcou a abertura de Com o coração saindo pela boca.
No dia 20 de abril, foi realizado o coquetel de boas-vindas da Fundação Bienal de São Paulo, no hotel The St. Regis Venice. No dia 21, ocorreu a reunião do Conselho Consultivo Internacional, no Baglioni Hotel Luna, e a solenidade de abertura do Pavilhão do Brasil, com falas do presidente da Fundação Bienal, de autoridades do Governo Federal e do artista Jonathas de Andrade. Também aconteceu nesse dia a festa Pé na jaca, confraternização com gestores culturais, parceiros e convidados em homenagem ao artista. Complementando esses eventos, representantes da Fundação também fizeram parte de visitas oficiais por pavilhões nacionais guiadas por curadores, artistas e pesquisadores, como Eduardo Xerez, Hilde Teerlinck, Madalena Corrêa Mendes, Miranda Stacey, Reid Shier e Yasmina Reggad.
Publicação
A publicação da mostra assumiu o formato de fôlder, todo em italiano e inglês, com o texto curatorial e um mapa do espaço expositivo com o título de cada obra do Pavilhão. Quando o fôlder é desdobrado por inteiro, o verso revela um cartaz com uma vista de uma das obras da exposição. O material foi distribuído de forma gratuita para os visitantes da Biennale.
Redes sociais
Ao longo do mês de julho de 2022, a Bienal de São Paulo visitou a Bienal de Veneza – exposição que inspirou sua criação, em 1951 – em uma série de posts especiais sobre os participantes da edição. E para ativar as expressões populares exibidas na mostra, uma campanha de posts foi veiculada de maio a novembro de 2022. Ao todo, esses conteúdos somaram 1.1 milhão de pessoas alcançadas, 84 mil interações e 67 mil visualizações em vídeo.
Imprensa
A divulgação na imprensa nacional foi realizada pela Nova PR, enquanto a imprensa internacional ficou a cargo da Sutton, sob coordenação da Fundação Bienal. Ao longo dos meses que antecederam a mostra e durante o período expositivo, foram alcançadas 202 inserções na imprensa, sendo 132 nacionais e 70 internacionais. As matérias distribuíram-se entre mídia impressa, TV e online.
aberto – 42 × 59,4 cm
fechado – 21 × 14,8 cm
tiragem
10.000 exemplares
18 ª MOSTRA INTERNACIONAL DE ARQUITETURA –LA BIENNALE DI VENEZIA
20
MAIO — 26 NOVEMBRO · 2023
PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA
Leão de Ouro de melhor participação nacional, 2023
A Mostra Internacional de Arquitetura de Veneza foi criada em 1980 como mais um braço da Biennale di Venezia, fundada no final do século 19 como a primeira mostra internacional recorrente de arte contemporânea. Desde 1996, a Mostra de Arquitetura intercala-se com a exposição de arte no calendário da Biennale. Foi nesse mesmo ano que a Fundação Bienal de São Paulo tornou-se encarregada de selecionar os curadores e produzir as exposições de arquitetura, em parceria com o Governo Federal, responsabilidade que detém até hoje em reconhecimento à excelência de seus projetos e aos bons resultados alcançados nesse trabalho conjunto.
138.825
visitantes 196
dias de exposição
Comissário
José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo
Curadores
Gabriela de Matos e Paulo Tavares
Participantes
Ana Flávia Magalhães Pinto; Ayrson Heráclito; Day Rodrigues, com colaboração de Vilma
Patrícia Santana Silva; coletivo Fissura; Ilê Axé
Iyá Nassô Oká (Casa Branca do Engenho Velho); Juliana Vicente; povo indígena Mbya-Guarani; povos indígenas Tukano, Arawak e Maku; Tecelãs do Alaká (Ilê Axé Opô Afonjá); Thierry Oussou; Vídeo nas Aldeias
Vistas da exposição
Intitulada Terra, a representação do Pavilhão do Brasil na Biennale Architettura 2023 propôs repensar o passado para desenhar possíveis futuros, trazendo para o centro do debate agentes esquecidos pelos cânones arquitetônicos, em diálogo com a proposta curatorial da edição, Laboratory of the Future [Laboratório do futuro].
A exposição teve curadoria conjunta dos arquitetos Gabriela de Matos e Paulo Tavares, apontados pela Fundação Bienal de São Paulo, e contou com a participação do povo indígena MbyaGuarani, povos indígenas Tukano, Arawak e Maku, das Tecelãs do Alaká (Ilê Axé Opô Afonjá), do Ilê Axé Iyá Nassô Oká (Casa Branca do Engenho Velho), de Ana Flávia Magalhães Pinto, Ayrson Heráclito, Day Rodrigues com colaboração de Vilma Patrícia Santana Silva (Grupo Etnicidades FAU-UFBA), coletivo Fissura, Juliana Vicente, Thierry Oussou e Vídeo nas Aldeias.
Margareth Menezes, ministra da Cultura, entre os curadores da mostra, 2023
Partindo de uma reflexão sobre o Brasil de ontem, o de hoje e o do futuro, a mostra colocou a terra como elemento poético e concreto no espaço expositivo. Para isso, o piso do Pavilhão foi aterrado, pondo o público em contato direto com a tradição dos territórios indígenas e quilombolas, além dos terreiros de candomblé. Inaugurada em 20 de maio, a mostra permaneceu aberta até o dia 26 de novembro de 2023.
Leão de Ouro: a melhor participação nacional
Um feito histórico – e inédito: o projeto Terra recebeu o prêmio máximo do júri internacional da mostra!
Os ganhadores foram selecionados por um júri composto pelo arquiteto italiano Ippolito Pestellini Laparelli, a arquiteta palestina Nora Akawi e a curadora americana Thelma Golden, junto ao zimbabuano Tau Tavengwa, coeditor da Cityscapes Magazine e a arquiteta polonesa Izabela Wieczorek. Segundo o júri da Bienal de Veneza, o Pavilhão do Brasil foi vitorioso por apresentar “uma exposição de pesquisa e intervenção arquitetônica que levam ao centro as filosofias e imaginários de populações indígenas e negras em direção a modos de reparação”.
Os curadores Gabriela de Matos e Paulo Tavares recebem o Leão de Ouro de Gennaro Sangiuliano, Ministro da Cultura da Itália, 2023
Eventos de abertura
Um jantar de boas-vindas foi realizado no Chiostro di San Francesco della Vigna, evento de relacionamento e prospecção para a Fundação Bienal de São Paulo que reuniu diretores, conselheiros, artistas, curadores e autoridades brasileiras. As comitivas da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e do embaixador do Brasil em Roma, Hélio Vitor Ramos, marcaram presença nas solenidades de abertura da mostra, que também receberam o presidente da Confederação Suíça, Alain Berset. A movimentada agenda em Veneza também contemplou, entre outras atividades, um coquetel de abertura no Pavilhão do Brasil, visitas guiadas com a pesquisadora Rose McHugh pelo Pavilhão Central da Bienal e pelo Arsenale e a recepção do artista Joseph Kosuth em seu ateliê.
Registros dos eventos de abertura com Ana Paula Martinez, Gabriela de Matos, Hélio Menezes, Hélio Vitor Ramos Filho, Marcelo Araujo, Margareth Menezes e Paulo Tavares, 2023
Publicação
Foi produzido um fôlder em inglês e italiano que ficou disponível de forma gratuita aos visitantes da mostra. O material contou com informações sobre a exposição, mapa do espaço com a lista de trabalhos e textos da curadoria da mostra e do presidente da Fundação Bienal de São Paulo. Desdobrado, seu verso guarda o cartaz de Terra
Site
Foi desenvolvido um site específico para a mostra em parceria com o estúdio Fissura, em inglês e português. O hotsite traz a documentação de todos os textos e obras presentes na exposição, aproximando o público brasileiro e internacional da exposição e mantendo sua memória viva. Acesse: terra.bienal.org.br
Redes sociais
A premiada exposição que ocupou o Pavilhão do Brasil em Veneza teve sua divulgação antecipada nas redes sociais por meio de vídeos de montagem e um minidocumentário com seus curadores. Semanalmente, os projetos participantes foram apresentados. Ao todo, os conteúdos sobre a mostra em redes sociais somam: 290 mil pessoas alcançadas, 18 mil interações e 142 mil visualizações em vídeos.
Imprensa
A gestão de imprensa da mostra foi liderada pela Fundação Bienal de São Paulo com a assessoria das agências Index (nacional) e Sutton (internacional). Tivemos boa capilaridade nas nossas inserções, com destaque para o anúncio do projeto e o primeiro Leão de Ouro recebido pelo Pavilhão do Brasil.
Foram 123 inserções de mídia em veículos nacionais e 113 em veículos internacionais, em 13 países.
aberto – 42 × 59,4 cm
fechado – 21 × 14.8 cm
tiragem
10.000 exemplares
Site oficial da exposição
6 setembro — 10 dezembro · 2023
A segunda bienal mais antiga do mundo e o maior evento de arte contemporânea do hemisfério Sul e das Américas recebeu visitantes entre os dias 6 de setembro e 10 de dezembro de 2023. Com 121 participantes, a Bienal trouxe à tona novas perspectivas sobre o mundo a partir das urgências dos tempos atuais. A exposição apresentou aproximadamente 1.100 obras de arte de diferentes linguagens, distribuídas pelos 30 mil metros quadrados do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, que passou por adequações de acessibilidade e renovações para receber o evento.
A 35a Bienal de São Paulo – coreografias do impossível foi uma edição histórica em diversas frentes. Além de contar com um projeto curatorial inovador, o evento também foi marcado por novas propostas de comunicação, educação e relações entre a exposição e seus públicos e parceiros.
+1.100 obras
121 participantes
662.604 visitantes 89 emprestadores de obras, entre instituições e coleções particulares
1.373
inserções na imprensa nacional
113 inserções na imprensa internacional
77.852 participações em visitas mediadas e ações de difusão
1,3 mi de visualizações do site da mostra
12,5 mi de pessoas alcançadas nas redes sociais
Vistas das salas de Dayanita Singh e Deborah Anzinger. Página anterior: vista da instalação de Denilson Baniwa, 2023
Projeto curatorial
A 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, organizada pelo coletivo curatorial formado por Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, contou com 121 participantes do Brasil e do mundo que exibiram mais de 1.100 obras no Pavilhão Ciccillo Matarazzo. Com uma organização de formato inédito na Bienal, a proposta de formar um grupo com uma relação horizontal, sem a figura de um curador-chefe, foi uma sugestão da própria equipe de curadores e parte constituinte do projeto da 35ª Bienal. Nas palavras do próprio coletivo sobre o projeto da mostra: “Nosso objetivo foi criar uma edição sem categorias ou estruturas limitadoras. Essa visão nasceu em nossa equipe
curatorial, na qual abraçamos um sistema descentralizado, afastando-nos das normas tradicionais. Escolhemos conscientemente não ter um curador-chefe, buscando dissolver estruturas hierárquicas. Nossa lista abrange um amplo espectro de formas artísticas e vozes de vários territórios ao redor do mundo. Então, a pergunta que permanece é: como as impossibilidades de nossa vida cotidiana refletem na produção artística? As coreografias do impossível nos ajudam a perceber que diariamente encontramos estratégias que desafiam o impossível, e são essas estratégias e ferramentas para tornar o impossível possível que encontraremos nas obras dos artistas”.
Participantes
Ahlam Shibli
Aida Harika Yanomami, Edmar
Tokorino Yanomami, Roseane
Yariana Yanomami
Aline Motta
Amador e Jr. Segurança
Patrimonial Ltda.
Amos Gitaï
Ana Pi, Taata Kwa Nkisi
Mutá Imê
Anna Boghiguian
Anne-Marie Schneider
Archivo de la Memoria Trans (AMT)
Arthur Bispo do Rosário
Aurora Cursino dos Santos
Ayrson Heráclito, Tiganá
Santana
Benvenuto Chavajay
Bouchra Ouizguen
Cabello/Carceller
Carlos Bunga
Carmézia Emiliano
Castiel Vitorino Brasileiro
Ceija Stojka
Charles White
Citra Sasmita
Colectivo Ayllu
Cozinha Ocupação 9 de Julho –MSTC
Daniel Lie
Daniel Lind-Ramos
Davi Pontes, Wallace Ferreira
Dayanita Singh
Deborah Anzinger
Denilson Baniwa
Denise Ferreira da Silva
Diego Araúja, Laís Machado
Duane Linklater
Edgar Calel
Elda Cerrato
Elena Asins
Elizabeth Catlett
Ellen Gallagher, Edgar Cleijne
Emanoel Araujo
Eustáquio Neves
flo6x8
Francisco Toledo
Frente 3 de Fevereiro
Gabriel Gentil Tukano
George Herriman
Geraldine Javier
Gloria Anzaldúa
Grupo de Investigación en Arte y Política (GIAP)
Guadalupe Maravilla
Ibrahim Mahama
Igshaan Adams
Ilze Wolff
Inaicyra Falcão
Januário Jano
Jesús Ruiz Durand
John Woodrow Wilson
Jorge Ribalta
José Guadalupe Posada
Juan van der Hamen y León
Judith Scott
Julien Creuzet
Kamal Aljafari
Comissionamento de obras
Uma das missões da Fundação Bienal de São Paulo é o fomento da criação artística, que se dá principalmente pelo comissionamento de um crescente número de obras criadas especialmente para a mostra. Uma marca da arte contemporânea, o comissionamento de trabalhos que correspondam ao projeto curatorial é uma forma da exposição colocar os visitantes em contato com o novo, com o inédito, com produções que dialogam de forma direta com o seu próprio espaço expositivo. Para a 35ª Bienal de São Paulo, mais de 30% das obras da exposição foram comissionadas pela Fundação, que se orgulha de capitanear projetos originais lado a lado com a equipe curatorial.
Kapwani Kiwanga
Katherine Dunham
Kidlat Tahimik
Leilah Weinraub
Leopoldo Méndez
Luana Vitra
Luiz de Abreu
M’barek Bouhchichi
MAHKU
Malinche
Manuel Chavajay
Margaret Taylor Goss Burroughs
Marilyn Boror Bor
Marlon Riggs
Maya Deren
Melchor María Mercado
Min Tanaka, François Pain
Morzaniel Ɨramari
Mounira Al Solh
Nadal Walcot
Nadir Bouhmouch, Soumeya Ait
Ahmed
Nikau Hindin
Programa de residências
Niño de Elche
Nontsikelelo Mutiti
Patricia Gómez, María Jesús González
Pauline Boudry / Renate Lorenz
Philip Rizk
Quilombo Cafundó
Raquel Lima
Ricardo Aleixo
Rolando Castellón
Rommulo Vieira Conceição
Rosa Gauditano
Rosana Paulino
Rubem Valentim
Rubiane Maia
Sammy Baloji
Santu Mofokeng
Sarah Maldoror
Sauna Lésbica por Malu Avelar
com Ana Paula Mathias, Anna Turra, Bárbara Esmenia, Marta Supernova
Senga Nengudi
Como pensar políticas de redistribuição através das práticas artísticas? Qual é o papel de plataformas como as bienais na construção de processos formativos? E levando em consideração o cenário político vivido, qual é o papel das coreografias do impossível na criação de acessos para os contextos artísticos?
O programa de residências artísticas integrou a construção das redes da 35ª Bienal e teve como objetivo criar relações com espaços autônomos e independentes que dialogassem com os conceitos fundamentais das coreografias do impossível. Durante os encontros da programação pública no dia 14 de outubro de 2023, os artistas participantes socializaram as pesquisas, projetos e contribuições realizadas durante as residências.
Sidney Amaral
Simone Leigh, Madeleine Hunt-Erhlich
Sonia Gomes
stanley brouwn
Stella do Patrocínio
Tadáskía
Taller 4 Rojo
Taller NN
Tejal Shah
The Living and the Dead Ensemble
Torkwase Dyson
Trinh T. Minh-ha
Ubirajara Ferreira Braga
Ventura Profana
Wifredo Lam
Will Rawls
Xica Manicongo
Yto Barrada
Zumví Arquivo Afro Fotográfico
Programa de residência Ëntun Fey Azkin
Contou com a participação dos artistas Auá Mendes, Xadalu Tupã Jekupé e Natali Mamani, que circularam por vários lugares do Território Mapuche ao longo de uma semana, entre os dias 6 e 14 de maio de 2023.
Programa de residência Sertão Negro
Contou com a participação dos artistas Gaama Gloria “MaMa G” Simms, Juliana dos Santos e Mario Lopes, que vivenciaram a residência artística entre 13 de setembro e 13 de outubro de 2023, sendo uma semana no Quilombo Kalunga e três semanas no Sertão Negro.
Arquitetura e expografia: um novo percurso
A equipe do Vão foi convidada para o desenvolvimento do projeto arquitetônico e expográfico da 35ª Bienal de São Paulo. Os sócios do escritório Anna Juni, Enk te Winkel e Gustavo Delonero são reconhecidos por sua habilidade em criar espaços que provocam a interação e a reflexão.
Com o projeto da 35ª Bienal de São Paulo, o Vão propôs um olhar inovador sobre a coreografia do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, explorando a relação entre o espaço expositivo e a experiência do visitante. O grupo teve como desafio enfrentar as próprias convenções conceituais e estruturais modernistas do prédio, para assim criar um outro fluxo de movimento na relação entre obras e pessoas. O projeto arquitetônico desenvolvido pelo
Vão ofereceu uma experiência nova para os visitantes do Pavilhão na 35ª Bienal de São Paulo, convidando o público a explorar o espaço em uma nova visão dele: o vão central do Pavilhão da Bienal foi inteiramente fechado pela primeira vez na história.
Para os arquitetos, a proposta vai além de um novo olhar sobre o icônico Pavilhão: “Buscamos, desde o princípio, um desenho que se colocasse entre o desejo de não reencenar a coreografia espacial existente mas que, ao mesmo tempo, não impusesse uma coreografia outra, totalmente desvinculada das suas lógicas internas. Para isso deveríamos dançar com o existente e com o disponível. Ou seja, para além da atenção em reutilizar os materiais remanescentes das antigas exposições, tínhamos como objetivo criar espaços a partir dos elementos construtivos que constituem o Pavilhão.”
Vista da instalação de Torkwase Dyson, 2023
Estudo para a arquitetura da mostra, Vão, 2023
Programação pública
A programação pública foi realizada com o apoio da Open Society Foundations e concebida para dialogar com as obras que integraram a 35ª Bienal. Ela incluiu performances, encontros com artistas, conversas e ativações de obras.
Performances e ativações de obras
As participações de Aline Motta, Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda., Ana Pi, Benvenuto Chavajay, Davi Pontes e Wallace Ferreira, Denilson Baniwa, Guadalupe Maravilla, Inaicyra Falcão, Luiz de Abreu, Marilyn Boror Bor, Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed, Niño de Elche, Ricardo Aleixo, Rubiane Maia, Sauna Lésbica, The Living and the Dead Ensemble, Ventura Profana e Will Rawls envolveram a realização de performances e ativações ao longo de todo o período expositivo.
Mesas e oficinas
Para esta Bienal, a programação de conversas e oficinas foi bastante intensa e importante, com atividades que envolveram convidados especiais no auditório do Pavilhão e nos espaços das obras de Denise Ferreira da Silva, Ibrahim Mahama, Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed, além da Sauna Lésbica.
Público
15.784 pessoas
Performance de Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. na instalação de Kidlat Tahimik, 2023
Programação pública completa
5 set Guadalupe Maravilla – ativação da obra
Sound Baths Ceremony
Ibrahim Mahama conversa com a equipe de educação da Bienal
Will Rawls – performance A Phrase that Fits
6 set Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – performance Imponderabilia institucional
Marilyn Boror Bor – performance Monumento vivo
Mesa de abertura: Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes, Manuel Borja-Villel convidam Leda Maria Martins e Gladys Tzul Tzul
Sauna Lésbica – mesa “E se existisse uma Sauna Lésbica?”, com Malu Avelar, Ana Paula Mathias, Anna Turra, Bárbara Esmenia e Marta Supernova
Philip Rizk – exibição de Mapping Lessons e conversa do artista com Manuel Borja-Villel
Sauna Lésbica x Contemporary And (C&) – “Futuridade negra brasileira na arte contemporânea”, mesa com Rosana Paulino, Aline Motta e Castiel Vitorino Brasileiro
Sauna Lésbica – A Festa – O rolê que a gente não teve
Niño de Elche – concerto flamenco com Yerai Cortés, Iván Mellén e Poliana Lima
7 set Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – performance A rigor
Guadalupe Maravilla – ativação da obra Sound Baths Ceremony
Will Rawls – performance A Phrase that Fits
Nadir Bouhmouch, Soumeya Ait Ahmed – ativação da obra Assays contra mono(-) cultura e conversa com Hélio Menezes
“Praticando a recusa” – mesa com Tina Campt, Cameron Rowland, Arthur Jafa, Zakiyyah Jackson, Saidiya Hartman e apresentação de Diane Lima
Roda de Kizomba #1 – Grada Kilomba e Dino d’Santiago com Kady e Djodje
Denise Ferreira da Silva e Fórum Feminista Negro convidam Saidiya Hartman
Luiz de Abreu – performance O samba do crioulo doido, com interpretação de Calixto Neto
8 set Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed – performance Velvet, por Mariela Scafati
Tejal Shah – workshop “Interbeing: explorando o eu, o outro e o mundo através da arte & não dualidade”
Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – performance Vidro
Benvenuto Chavajay – performance Em direção a Xib’alb’a
Rubiane Maia – performance A língua sempre se dobra diante do inquestionável ou maldito –Livro-performance capítulo VI
Roda de Kizomba #2 – Grada Kilomba e Kalaf Epalanga com Indi Mateta e João Reis
Sauna Lésbica – “Vapor de ideias”, conversa com o Colectivo Ayllu a partir da obra de Gloria Anzaldúa
Denise Ferreira da Silva e Fórum Feminista Negro convidam Alessandra Tavares e Silvia Baptista
Aline Motta – performance A água é uma máquina do tempo
9 set Tejal Shah – workshop “Interbeing: explorando o eu, o outro e o mundo através da arte & não dualidade”
Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – performance 360º
Guadalupe Maravilla – ativação da obra Sound Baths Ceremony
Sauna Lésbica – “Vapor de ideias”, conversa com Leilah Weinraub
Will Rawls – performance
A Phrase that Fits
Ana Pi – performance The Divine Cypher
10 set Tejal Shah – workshop “Interbeing: explorando o eu, o outro e o mundo através da arte & não dualidade”
Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – performance Sit-in
“Wifredo Lam: um artista no cruzamento de culturas” – palestra de Jacques Leenhardt
16 set
Sauna Lésbica – workshop “Toque poético, vivência de automassagem”, com Romária Sampaio
Coletivo AMEM – oficina de Ballroom: “Sistema de ensino”, com Felix Pimenta
Coletivo AMEM – oficina de Ballroom: “Elementos do Vogue”, com Zaila
Sauna Lésbica – “Vapor de ideias”, conversa com Jurema e Nicinha
17 set Sauna Lésbica – workshop “Identidade sapatão”, com danirampe
Coletivo AMEM – performance Ball do tempo
23 set Cozinha Ocupação 9 de Julho (MSTC) – mesa: “moradia = pertencer (saúde+educação+cultura) / acessibilidade”
24 set Sauna Lésbica – mesa “Meu corpo é minha casa, brincando e aprendendo com Carro Cris”, com Agatha Pereira dos Santos e Valdemir dos Santos Batista
Sauna Lésbica – mesa “Educação e sexualidade na infância e adolescência”, com Beatriz Cruz e Elânia Francisca
1 out Sauna Lésbica – “Tortilleras –convergências lesbo-poéticas”, conversa com Joana Côrtes, Jadsa e Raíssa Éris Grimm com mediação de Bárbara Esmenia
6, 7, 8 out
Sarah Maldoror – exibição de Ana Mercedes Hoyos e Monangambé
Apresentação de Ana Pi, 2023
12 out Will Rawls – performance A Phrase that Fits
14 out Sauna Lésbica – “Tortilleras –convergências lesbo-poéticas”, conversa com Formigão, Elizabeth Menezes e Auritha Tabajara com mediação de Bárbara Esmenia
“Programa de residência Sertão Negro”, mesa com Gaama Gloria “MaMa G” Simms, Juliana dos Santos e Mario Lopes
“Programa de residência Ëntun Fey Azkin”, mesa com Auá Mendes, Xadalu Tupã Jekupé e Natali Mamani
15 out Sauna Lésbica – oficina “Freestyleira: mandando rimas, produzindo conhecimentos”, com Gabi Nyarai
19 out Trinh T. Minh-ha – exibição de Reassemblage
20 out Kidlat Tahimik – exibição de Perfumed Nightmare
21 out Kidlat Tahimik – exibição de Memories of Overdevelopment e Turumba
Cozinha Ocupação 9 de Julho – MSTC: mesa “Soberania alimentar”
22 out Kidlat Tahimik – exibição de Who Invented the Yoyo? Who invented the Moon Buggy?
Performance de Will Rawls, que contou com a participação de A TRANSÄLIEN, Flip Couto, Preto Téo e Sheyla Ayo, 2023
24 out Trinh T. Minh-ha – exibição de Reassemblage
28 out Will Rawls – performance
A Phrase that Fits
DENDORÍ Ciclo de performances de e com Ricardo Aleixo –workshop para Desvios para a dispersão
DENDORÍ Ciclo de performances de e com Ricardo Aleixo – Desvios para a dispersão
DENDORÍ Ciclo de performances de e com Ricardo Aleixo – Um ano entre os humanos
29 out Sauna Lésbica – “Leitura ininterrupta, exaustiva e paciente”, mesa com Maria Isabel Iório
Brejo, a feira da Sauna Lésbica
DENDORÍ Ciclo de performances de e com Ricardo Aleixo – No que pensam os pés quando longe da bola
2 nov Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – performance Visita técnica
Will Raws – performance
A Phrase that Fits
Cozinha Ocupação 9 de Julho – MSTC: mesa “Empreendedorismo feminino, trabalho coletivo e solidário”
Trinh T. Minh-ha – exibição de Reassemblage
3 nov Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – performance Cartão de visita
4 nov Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – performance Apontamentos
5 nov Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – performance Frestas
7 nov Trinh T. Minh-ha – exibição de Reassemblage
11 nov Sauna Lésbica – “Tortilleras –convergências lesbo-poéticas”, conversa com Janaú, Simón Magalhães, Diana Salu e mediação de Bárbara Esmenia
DENDORÍ Ciclo de performances de e com Ricardo Aleixo – No meio do redemunho
DENDORÍ Ciclo de performances de e com Ricardo Aleixo – O tempo todo tudo muda
Coletivo Afrobapho – performance e dança afrodiaspóricas
12 nov Coletivo Afrobapho – oficina “Vogue Dance”, com Lunna Montty
DENDORÍ Ciclo de performances de e com Ricardo Aleixo – Diário da encruza
Sauna Lésbica – oficina de fanzines: autonomia e criação com Julia Thyssen
Coletivo Afrobapho – oficina “Danças Urbanas”, com Elivan Nascimento
15 nov Will Rawls – performance A Phrase that Fits
Inaicyra Falcão – apresentação de Tokunbó: Sons entre mares
16 nov Trinh T. Minh-ha – exibição de Reassemblage
17 nov Casa de Candaces – workshop “Posing n Serving the New Way”, com Star Princess Mavi Candace
Casa de Candaces – workshop “Beauty in the Class”, com Statement Princess Cussy Candace
Casa de Candaces – workshop “LIKE A FEM QUEEN”, com Baby Lua Candace
18 nov Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – performance Ronda
Casa de Candaces – performance III Black’N’Gold Ball
19 nov Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – performance Cofre
20 nov Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – performance Isopor
21 nov Trinh T. Minh-ha – exibição de Reassemblage
23 nov Visita mediada virtual à 35ª Bienal, com Instituto Arte na Escola
24 nov Visita ao Quilombo Cafundó
25 nov Sauna Lésbica – “Aprendendo a ouvir: maternidade sapatão”, conversa com Aline Brito, Alessandra Ayabá e mediação de Danielle Almeida
Cozinha Ocupação 9 de Julho –MSTC: mesa e oficina com Instituto Comida e Cultura
26 nov Sauna Lésbica – mostra de filmes: A felicidade delas, Rebu, Neirud, Uma paciência selvagem me trouxe até aqui
30 nov Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami, Roseane Yariana Yanomami e Morzaniel Ɨramari – mostra de filmes yanomami
2 dez Sauna Lésbica – Sauna A Festa: O rolê não acaba nunca
Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami, Roseane Yariana Yanomami e Morzaniel Ɨramari – mostra de filmes yanomami
6 dez Will Rawls – performance A Phrase that Fits
Davi Pontes e Wallace Ferreira –performance Repertório n. 3
7 dez Will Rawls – performance A Phrase that Fits
Gira Coletiva – ativação Cartas além tempo
8 dez Fórum Feminista Negro convida Leda Maria Martins, mediação de Diane Lima
9 dez Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – performance Espelho
Denise Ferreira da Silva – ativação da instalação Sensing Salon, com Valentina Desideri
DENDORÍ Ciclo de performances de e com Ricardo Aleixo – O peixe não segura a mão de ninguém
Sauna Lésbica – “Aprendendo a ouvir”, com Ellen Oléria e mediação de Danielle Almeida
Cozinha Ocupação 9 de Julho – MSTC: apresentação do Parque do Rio Bixiga com Teatro Oficina
Cozinha Ocupação 9 de Julho – MSTC: apresentação “Slam das minas”
Ventura Profana – performance How Deep Is the Ocean?
10 dez Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – performance Descanso
Cozinha Ocupação 9 de Julho (MSTC) –“Aquilombamento sonoro”, Pastoras do Rosário convidam Filhas da Mãe África
DENDORÍ Ciclo de performances de e com Ricardo Aleixo – Afrodadafro
Daniel Lie – ativação: desmontagem pública de Outres
2 fev 2024 Denilson Baniwa – Colheita do milho
Evento da programação pública com Coletivo Afrobapho, 2023
Educação
Entre 2022 e 2023, a Fundação Bienal de São Paulo concebeu e desenvolveu os movimentos da publicação educativa e todo o projeto educativo das coreografias do impossível, além das demais ações de difusão descritas previamente na seção de parcerias e de outras iniciativas institucionais no presente relatório.
Difusão 2022
126 encontros
5.039 participações
Difusão 2023
102 encontros
8.549 participações
TOTAL 3.432 ações de educação
77.852 participações
Com destaque para a participação de
18 mil professores e educadores, impactando mais de
800 mil alunos da rede pública e particular
Mediação 2023
3.204
ações
64.246 participações
Publicação educativa: três movimentos Com base em uma pesquisa das publicações educativas de edições anteriores da Bienal de São Paulo e de outras instituições culturais, a Fundação propôs uma nova experiência para a 35ª Bienal, desdobrando-a no tempo, em três movimentos. Lançado em 29 de abril de 2023 e intitulado aqui, numa coreografia de retornos, dançar é inscrever no tempo, o primeiro movimento da publicação educativa da 35ª Bienal contou com a participação de Leda Maria Martins, Françoise Vergès, Sandra Benites, Anderson Feliciano e Thiago Vinicius de Paula da Silva – Agência Solano Trindade, bem como de artistas participantes desta edição do evento: Inaicyra Falcão, Pauline Boudry / Renate Lorenz e Torkwase Dyson. Lançado dia 14 de setembro de 2023, o segundo movimento, meu modo de pensar é um pensar coletivo / antes de estar em mim já esteve nelas, reuniu contribuições de Sueli Carneiro, Geni Núñez e Kênia Freitas, bem
fechado – 24 × 20 cm
96 páginas
tiragem
5.500 exemplares
como de artistas participantes da exposição: Aurora Cursino dos Santos, Ceija Stojka, Daniel Lie, Denilson Baniwa, Kapwani Kiwanga, Malu Avelar, Nontsikelelo Mutiti, Rosana Paulino, Sarah Maldoror, Trinh T. Minh-ha e Wifredo Lam. Ambas estão disponíveis para download no portal da Fundação e no site da mostra, além de terem sido distribuídas gratuitamente aos participantes das ações de difusão e aos professores e educadores que realizaram visitas mediadas durante a 35ª Bienal.
O terceiro movimento caminhar através da dança, através da esquiva e de seus saberes, seguimos aprendendo, foi finalizado em março de 2024 e será lançado em uma série de eventos nas mostras itinerantes, com distribuição gratuita dos exemplares. Seu conteúdo principal é composto de registros e relatos das ações educativas realizadas durante as coreografias do impossível.
fechado – 24 × 20 cm
96 páginas
tiragem
5.000 exemplares
número total de publicações distribuídas
8703
Curso de formação para a equipe de mediação da 35ª Bienal (2023)
Realizado por meio de encontros presenciais e virtuais, utilizando materiais de pesquisa disponibilizados no ambiente virtual Google Classroom, o curso contemplou o estudo de artistas da mostra, leituras e discussões sobre arte contemporânea e sua relação com questões sociais e políticas do mundo de hoje. Adotando saberes transdisciplinares, pretendeu-se abordar diferentes perspectivas que relacionam, entrecruzam ou tencionam modos diversos do fazer poético e pedagógico no que tange às práticas de mediação e colaborar com o compromisso de debater e difundir a arte contemporânea. O curso foi estruturado a partir da noção de encruzilhada. De acordo com a poeta, ensaísta, dramaturga e professora Leda Maria Martins, a encruzilhada pode ser compreendida como um enclave metodológico de cruzamentos, encontro de mais de uma cultura e consequentemente mais de uma episteme. A concepção de Leda Maria Martins possibilita tomar saberes não hegemônicos como válidas fontes de conhecimento. Foram realizadas palestras com convidados (abigail Campos Leal, Allan da Rosa, Anne Lafont, Antônio Bispo dos Santos, equipe Mais Diferenças e Geni Núñez), conversas com o coletivo curatorial, com a equipe de arquitetura e com artistas da 35ª Bienal (Aline Motta, Daniel Lie, Denilson Baniwa, Luana Vitra, entre outros). Como resultado desse processo, os mediadores desenvolveram propostas de trabalho contemplando a diversidade de públicos e de assuntos presentes na mostra.
duração: 19 jun – 31 ago 2023 (11 semanas) carga horária total: 180 horas
O processo seletivo aconteceu entre abril e maio de 2023, com a contratação de 44 profissionais de diversas áreas do conhecimento (história, letras, artes visuais, dança e teatro, por exemplo), vinte em regime de estágio e dois auxiliares. Considerando os estudos da equipe sobre o projeto curatorial e os projetos de artistas, os diálogos com o coletivo curatorial das coreografias do impossível, a experiência e o entendimento do trabalho de mediação em outras edições da Bienal de São Paulo, foi definido o seguinte perfil de profissional:
• educação formal ou não formal;
• disponibilidade de horário, inclusive nos finais de semana
• habilidade para trabalhar de forma coletiva
• desejável: pesquisa e/ou experiência com assuntos relacionados a acessibilidade, gênero, raça e classe
• desejável: fluência em línguas (em especial, Libras, espanhol e inglês)
Equipe de mediação da 35ª Bienal de São Paulo, 2023
Visitas mediadas
Com o objetivo de promover acessos diversificados à arte contemporânea, a equipe de mediação buscou atender públicos diversos, considerando diferentes modos de se relacionar com os conteúdos da mostra. As visitas envolviam a construção, junto com os visitantes, de uma conversa a partir de obras da exposição, cultivando uma relação de troca de conhecimentos e percepções. Inclusivas, com ampla grade de horários, as visitas mediadas podiam ser agendadas ou espontâneas, conforme a procura do público.
Foram oferecidas: visitas agendadas para grupos, visitas temáticas, acessíveis, em inglês e espanhol, e para convidados das equipes de relações institucionais e de comunicação. A presença de mediadores na exposição em quatro espaços de mediação estrategicamente localizados em cada um dos andares do Pavilhão possibilitou o atendimento e a escuta de públicos espontâneos que não participaram de visitas mediadas, mas puderam dialogar sobre arte e conhecer mais sobre a 35ª Bienal de São Paulo. Para ampliar ainda mais esse público, a Bienal desenvolveu programas com o apoio de ônibus e de alimentação, em parceria com a secretaria de educação de São Paulo, como o Programa de Iniciação Artística para Primeira Infância (PIAPI), e outras instituições culturais e educacionais, como Projeto Arrastão, Espaço Cultural Jardim Damasceno e Centros para Crianças e Adolescentes (CCAs).
Ações de mediação: 2.891
Público: 52.383
Duração: até 2 horas
De cima para baixo: visitas mediadas nas instalações de Denise Ferreira da Silva, da dupla Ana Pi e Taata Kwa Nkisi
Mutá Imê, e na sala da Frente 3 de Fevereiro, 2023
Visitas acessíveis
A equipe de mediação foi preparada para receber pessoas com deficiências físicas, sensoriais, intelectuais e com mobilidade reduzida. Foram oferecidas visitas com interpretação de Libras, duas vezes por semana, em dias e horários fixos. A equipe de mediação desenvolveu percursos acessíveis e um roteiro tátil para pessoas cegas ou com baixa visão. A exposição contou com materiais de apoio sobre a 35ª Bienal e o Pavilhão: textos impressos –curatoriais e sobre obras e artistas – em fonte ampliada e em Braile, maquetes táteis, videoguia em Libras e audioguia inclusivo, realizados com a equipe de comunicação.
Visitas temáticas
Dispositivos táteis da exposição, 2023
As visitas temáticas consistiram em percursos na exposição com focos específicos desenvolvidos pela equipe de mediação a partir das pesquisas e interesses surgidos ao longo do curso de formação. Foram propostas cerca de trinta visitas temáticas, como as dedicadas às crianças acompanhadas por seus responsáveis ou cuidadores com bebês de colo, entre outros recortes.
Programa de ativações da equipe de educação
Os encontros contaram com diversas atividades, como conversas com convidados, coreografando novos movimentos da publicação educativa, além de ativações de obras da exposição:
30 set
Françoise Vergès em conversa com a equipe de educação da Bienal
7 out
Encontro sobre a publicação educativa da 35ª
Bienal: conversa sobre infância com Regina Aparecida Pereira, Cintia Aparecida Delgado (Quilombo Cafundó) e Sandra Benites
28 out
Conversa com ausências: Gustavo Caboco e convidados (mais informações sobre o evento podem ser encontradas na seção sobre o Arquivo Histórico Wanda Svevo do relatório)
16 nov
Encontro sobre a publicação educativa da 35ª
Bienal: conversa sobre o texto desviar para se encontrar: reflexões com base no livro The Lesbiana’s Guide to Catholic School, de Geni Núñez, com a autora e Anna Luisa de Castro
26 nov
Coreografando danças sem chão com Agência Solano Trindade
30 nov
Encontro sobre a publicação educativa da 35ª
Bienal: conversa sobre o terceiro movimento
2 dez
Coreografando danças sem chão com Coletivo Djunta Mon
Ações com patrocinadores e apoiadores Em parceria com a equipe de relações institucionais da Fundação Bienal de São Paulo, foram realizadas ações que estreitaram laços entre os colaboradores das empresas patrocinadoras e apoiadoras da 35ª Bienal de São Paulo e a própria mostra:
28 set
Palestra “As Bienais de São Paulo: 35ª Bienal –coreografias do impossível” para colaboradores da Osklen
6 out
Palestra “As Bienais de São Paulo: 35ª Bienal –coreografias do impossível” para colaboradores da Coopercaps (apoio Pepsico)
10 nov
Palestra “Coreografias do impossível e educação” para professores da rede municipal de educação de Rio Grande da Serra, parceria UNIPAR
27–28 nov
Palestra “A Bienal de São Paulo e 35ª Bienal” para parceiros da Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda
29 nov
Palestra “Coreografias do impossível e educação” para professores da rede municipal de educação de Cubatão, parceria UNIPAR
Françoise Vergès em ativação da instalação de Denise Ferreira da Silva, 2023. Abaixo, Agência Solano Trindade em ativação da instalação de Ibrahim Mahama, 2023
Comunicação
Identidade visual
Em consonância com o projeto curatorial, o desenvolvimento das peças de comunicação da 35ª Bienal assumiu um caráter processual, incluindo elementos gráficos que se transformavam e se adensavam ao longo dos diferentes momentos do projeto. A identidade visual da edição configurou a obra comissionada da artista Nontsikelelo Mutiti, reconhecida artista visual e educadora nascida no Zimbábue. Seu comprometimento em exaltar o trabalho e as práticas de comunidades negras do passado, do presente e do futuro é evidenciado por sua abordagem conceitual no design, em publicações e em práticas de arquivo. Ela ocupa atualmente a posição de diretora dos estudos de pósgraduação em design gráfico na Yale School of Art, nos Estados Unidos.
Projeto editorial
O catálogo da exposição reuniu textos comissionados escritos por 43 autores sobre os 121 participantes da mostra, além de ensaios escritos pelo coletivo curatorial e pelos autores convidados: Denise Ferreira da Silva e Rizvana Bradley, Gladys Tzul Tzul, Hagar Kotef, Ilenia Caleo, Leda Maria Martins e Tiganá Santana. O guia reproduziu na íntegra o conteúdo comissionado do catálogo sobre os artistas em formato de bolso. Ambas as publicações foram lançadas na abertura do evento e comercializadas na Loja Bienal e na Livraria Travessa.
O projeto editorial também abarcou o fôlder-mapa, que disponibilizou, além do mapa da exposição, informações úteis aos visitantes sobre os serviços oferecidos no evento. Para esta edição da Bienal, uma novidade foi introduzida: a distribuição mensal da agenda da programação pública; como o mapa, também foi publicada no formato fôlder e distribuída de forma gratuita para todos os visitantes.
Sinalização na entrada do Pavilhão da Bienal e cartaz da mostra realizado pela artista Nontsikelelo Mutiti, 2023
A publicação educativa, desta vez dividida em três movimentos – dois publicados em 2023 e um publicado em 2024 –, também compôs o projeto editorial da mostra. Mais informações sobre os movimentos podem ser encontradas na seção de educação da exposição no presente relatório.
tiragem set – 30.000 exemplares; out – 10.000 exemplares, nov;dez – 10.000 exemplares
Site da mostra
O site da 35ª Bienal de São Paulo, combinado com o Portal Bienal durante a época da exposição, alcançou mais de 1,7 milhão de visualizações, um recorde, e cresceu em áreas em relação à edição anterior: podcast, movimentos –dedicada à ampliação da publicação educativa em conteúdos digitais, e Leitura Fácil – área de acessibilidade dos conteúdos online da exposição. A página mais acessada foi a “Planeje sua visita”, destacando a importância da comunicação de serviços durante a Bienal. Além disso, o site reúne todas as informações relevantes sobre a exposição, sendo de extrema importância para sua memória e registro.
Vozes Bienal
Com um grupo de 42 embaixadores virtuais voluntários, conhecidos como Vozes, a Bienal ecoou seus valores no mundo digital e refletiu sobre os assuntos trazidos à tona pelas obras e pelos participantes da mostra. O projeto foi avaliado em R$ 1.708.236,00 e demonstrou impacto significativo, com grande engajamento dos influenciadores em diversas atividades, incluindo uma visita ao Quilombo Cafundó, participações em takeovers nas redes sociais, visitas mediadas, eventos e parcerias com marcas.
O time de influenciadores foi extenso, diversificado e incluiu os seguintes nomes:
Ana Carolina Ralston
Ana Hikari
Anendfor
Astrid Fontenelle
Barbara Alves
Consuelo Blocker
Dandara Queiroz
Djamila Ribeiro
Facundo Guerra
Família Sanko
Fernanda Simon Fizemos um Rolê
Gilson Rodrigues
Isa Silva
Janaron Uhãy Pataxó
Jess Brasil
Johanna Stein
Kananda Eller
Kevin David
Laís Franklin
Lilian Farrish
Luanda Vieira
Luísa Matsushita
Luiza Adas
Mari Stokler
Maria Carolina Casati
Maria Prata
Mel Duarte
Nanaths
Paulo Borges
Qual é o Rolê?
Rachel Maia
Regina Casé
Renan Quinalha
Rita Carreira
Sabrina Fidalgo
SP Afora
Stefano Carta
Stephanie Ribeiro
Thai de Melo
Turistando SP
Vivi Villanova
Postagens de influenciadores que integraram o Vozes Bienal, 2023
Podcast Em obras – primeira temporada
Pela primeira vez, a Fundação Bienal de São Paulo colabora com a icônica marca italiana Bulgari no lançamento de um podcast produzido pela Trovão Mídia: o Em obras. O podcast marcou o encerramento da 35ª Bienal de São Paulo no Pavilhão Ciccillo Matarazzo e o início de sua itinerância pelo Brasil e pelo mundo.
Com episódios cativantes de diversos formatos, como entrevistas, fluxo de consciência e exploração do processo criativo dos artistas, além de debates sobre as urgências contemporâneas, o podcast tem como princípio estimular a criatividade e promover a divulgação da arte contemporânea para um público mais amplo. Em catorze episódios, a temporada propõe uma continuação – dentro dos seus ouvidos – das experiências, encontros e inspirações da exposição.
O podcast segue em produção e está disponível de forma gratuita no perfil da Bienal de São Paulo no Spotify, Apple Podcasts, Deezer, Amazon Music e Soundcloud.
Episódios lançados em 2023:
Episódio 1: Denilson Baniwa e Louise Lenate Ferreira da Silva Louise Lenate Ferreira da Silva, arquiteta e urbanista, curadora da 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, e Denilson Baniwa, artista da 35ª Bienal de São Paulo, mergulham na história do Parque Ibirapuera e no significado do terreno que abriga a Bienal de São Paulo, explorando suas tensões e contradições ao longo do tempo.
Episódio extra: Diane Lima e Gabriel Massan Gabriel Massan, artista que se destaca por suas obras inovadoras, utilizando tecnologias como inteligência artificial, realidade aumentada, esculturas virtuais, interatividade e hologramas, compartilha sua jornada criativa com Diane Lima, do coletivo curatorial da 35ª Bienal de São Paulo. Desde sua origem em Nilópolis, Rio de Janeiro, Gabriel redefiniu sua conexão com a arte e a tecnologia, o que resultou em projetos notáveis, incluindo a reinterpretação da icônica serpente da Bulgari em celebração aos 75 anos da marca.
Episódio 2: Tadáskía
Tadáskía, artista da 35ª Bienal de São Paulo, revela os bastidores do seu processo criativo na elaboração das obras Desenhando animada e Ave preta mística, explorando a inspiração e a experiência sensorial por trás de sua criação.
Tour de branding: Sua marca + Bienal de São Paulo
Partindo do reconhecimento de que muitas marcas, hoje, operam como canais de comunicação ao criarem conteúdo que atinge de forma direta seu público-alvo, a Fundação Bienal de São Paulo concebeu o Tour de branding, uma estratégia para aproveitar a presença desses agentes durante a mostra.
O projeto convidou marcas a participarem gratuitamente de uma visita mediada às obras mais impactantes da exposição, promovendo suas ações de marketing de influência. Como contrapartida, foi solicitado que as marcas mencionassem a Bienal em suas redes sociais, colaborando para ampliar o alcance da arte contemporânea a um público mais diverso e superar as limitações da bolha digital.
A aproximação com esses agentes e a organização dessas visitas representam uma modernização da comunicação e o alcance de públicos altamente envolvidos com suas marcas de desejo. A iniciativa contou com 36 grupos compostos de marcas, portais, veículos de mídia, personalidades da mídia e influenciadores alinhados com nosso universo de multiplicidade, criatividade, qualidade e excelência, interessados em associar suas marcas à Bienal. Algumas marcas que participaram incluem Hermès, Ferragamo, Neeche, NV by Nati Vozza, Hypebeast, Oxygen, Casa Gabriel, Lenita, Index, PopComm, Fashion revolution, IDA, JanSport, entre outras.
Visita mediada durante Tour de branding e posts nas redes sociais das marcas parceiras, 2023
Imprensa
A divulgação, interlocução e mediação da mostra junto à imprensa foram lideradas pela equipe da Fundação Bienal de São Paulo com a assessoria das agências Index Conectada (imprensa nacional) e Sutton (imprensa internacional).
Conversa aberta
O primeiro evento com o coletivo de curadores da 35ª Bienal de São Paulo foi uma conversa aberta com a presença de imprensa, influenciadores e público no Pavilhão da Bienal no dia 27 de abril de 2023. Com inserção garantida em todos os veículos de grande circulação nacional e de nicho, o evento contou com 500 visitantes, público que superou o planejado.
Coletiva e pré-abertura para a imprensa
Realizada em 4 de setembro de 2023, a coletiva de imprensa da 35ª Bienal de São Paulo contou com 340 jornalistas credenciados e 186 jornalistas presentes, brasileiros e estrangeiros, além das pessoas que acompanharam o evento por streaming no canal da Bienal no YouTube. Destaque para a presença massiva de emissoras de televisão: Globo, SBT, EBC, CNN, Cultura, Band, Arte1 e TV Brasil. Após a coletiva, a exposição ficou aberta para visitação exclusiva dos jornalistas credenciados. Durante o evento, tivemos inserções televisivas ao vivo e realização de fotos para um editorial da revista Marie Claire, além da gravação de um programa especial do Metrópolis sobre a 35ª Bienal.
Registros da coletiva de imprensa e demais ações de comunicação durante a abertura da exposição, 2023
Press trip
Realizada entre 2 e 6 de setembro de 2023, a press trip da 35ª Bienal de São Paulo, organizada com o intuito de ampliar o reconhecimento internacional da mostra, foi realizada em parceria com o Instituto Inhotim – para onde os jornalistas puderam seguir após sua visita à Bienal – e com o hotel Rosewood São Paulo. Por meio desses apoios, foi possível ampliar a quantidade de jornalistas convidados para 12, a saber:
Alex Vicente – El País
Amah-Rose Abrams – Wallpaper
Ana Maria Battistozi – Clarín
Ayanna Dozier – Artsy
Cheryl Tiu – Vogue Philippines
Danie Sepúlveda – Terremoto
Gabriela Angeletti – The Art Newspaper
Ingo Arend – Monopol
Keely Shinners – ArtThrob
Peifen Sung – FT China
Precious Adesina – Artnet
Suzette Bell-Roberts – ArtAfrica
A programação oferecida aos jornalistas envolveu participação nos eventos de pré-abertura da Bienal (festa, coletiva e pré-abertura para imprensa, coquetel e pré-abertura para convidados e profissionais do meio), almoço de boas-vindas e coquetel de despedida no hotel Rosewood e visita às instituições culturais parceiras, IMS Paulista e Itaú Cultural, com caminhada pela avenida Paulista no domingo.
Imprensa nacional
Em 2023, a imprensa cobriu amplamente todas as iniciativas da Fundação Bienal. Com excelente repercussão, a Bienal teve como destaque no primeiro semestre o anúncio parcial da lista de artistas; já o segundo semestre, concentrou-se na abertura da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, em especial no projeto curatorial e nos participantes.
em números
Total de publicações de 2023: 1.373
Valor publicitário total: R$ 161.368.238,00
Total público de mídia impressa: 25.334.055
Total de visitantes únicos web: 502.449.961
Total de páginas visitadas na web: 1.476.703.752
Registros da cobertura da imprensa sobre a mostra, 2023
Imprensa internacional
Na imprensa internacional, tivemos grande repercussão durante todo o ano com o principal momento sendo a abertura da 35ª Bienal de São Paulo. Foram 113 inserções em veículos como: BBC, CNN Style, Le Monde, The Art Newspaper France, Architect’s Journal, Euronews, Dezeen, Elle Décor, Vogue Philippines, WallPaper, ArtReview, Vanity Fair España, The National, ArtThrob, Art Africa, Art in America, El País, Público Portugal, Il Giornale dell’Arte, ArtDependence, The Eye of Photography, ArtNews, C&, Vogue India, Le Quotidien de l’Art, Ocula Magazine, Frieze, El Mercurio, entre outros.
Cross branding
Para a 35ª Bienal de São Paulo, foram fechadas parcerias estratégicas de cross branding, em que as marcas se beneficiam uma da força e da potência da outra. Uma das parcerias foi com a Bulgari, para a produção do podcast Em obras, Mionetto, Água na Caixa e Chocolat du Jour foram distribuídos nos eventos de abertura, inclusive coletiva de imprensa, e os convidados da press trip puderam se hospedar em um dos melhores hotéis de São Paulo, o Rosewood.
Campanha publicitária
A campanha “Bienal de São Paulo: o ponto de encontro de todos os pontos de vista” foi planejada e desenvolvida pela DOJO, agência oficial da Fundação Bienal de São Paulo, que trabalhou de forma pro bono. A produção do vídeo publicitário foi realizada pela ICONOCLAST. A veiculação ocorreu majoritariamente com parcerias de mídia nos principais veículos de comunicação: Globo, CNN, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Grupo Band, Arte1, Veja, Veja SP, Meio&Mensagem, MECA, JCDecaux e Hello. Internacionalmente, ainda foram firmadas parcerias de mídia e conteúdo com as revistas Contemporary And e Terremoto.
Período de veiculação da campanha 4 set – 10 dez 2023
Audiências: AS 18+ e AS 18-23
Plataformas: Meta, Google, TikTok e veículos bonificados (Globo, CNN, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Grupo Band, Arte1, Veja, Veja SP, Meio&Mensagem, MECA, JCDecaux e Hello)
+6,8 milhões de pessoas alcançadas com as campanhas online (+19,5% do planejado)
+9,6 milhões de visualizações dos vídeos (+878% do planejado)
+45,1 milhões de impactos (+206% do planejado) offline: 19,5M (43,4%) online: 25,5M (56,6%)
+455 mil visitas no site 29% das visitas tiveram origem em mídia paga com taxa de engajamento de 74%
Redes sociais
A campanha em redes sociais para divulgar a 35ª Bienal de São Paulo começou a ser veiculada no mês de julho de 2023, quando a exposição tornou-se o tema exclusivo dos perfis da Bienal no Instagram, Facebook, YouTube e TiktTok. Ao todo, foram produzidos mais de mil conteúdos inéditos em torno da mostra, desde carrosséis de imagens com histórias sobre obras e artistas participantes até uma produção diária de Instagram Stories com notícias e coberturas ao vivo da programação.
O destaque da campanha esteve em uma intensa produção de vídeos, distribuídos entre Instagram Reels, TikTok e YouTube Shorts. Um diferencial em relação às edições anteriores foi que a Bienal criou editorias em vídeos de até um minuto customizados para a 35ª Bienal – que foram publicados de segunda a sexta durante o período expositivo. Essas editorias incluíram um aquecimento com timelapses de montagem e dossiês de artistas participantes. A partir da abertura, em setembro, foram criados vídeos imersivos com a linguagem POV (point of view), que permitiram ao público virtual ver cada detalhe de complexas instalações, videoentrevistas com artistas e curadores da edição apresentando trabalhos, vídeos de cobertura de performances e demais eventos da programação. A crítica de arte e repórter da
revista piauí Tatiane de Assis foi a convidada da edição para apresentar uma editoria de vídeos semanais sobre obras que dialogam com fatos históricos. Ao todo, os conteúdos sobre a 35ª Bienal em redes sociais somam 12,5 milhões de pessoas alcançadas e quase 6 milhões de interações (5 milhões apenas em visualizações de vídeo).
Guia digital
Para facilitar a experiência de visitação da mostra, a Fundação Bienal firmou uma parceria com a Bloomberg Connects, um aplicativo gratuito com guias para mais de duzentos museus e espaços culturais por todo o mundo. Com ele em mãos, o visitante tinha a oportunidade de ampliar sua visita com informações e detalhes sobre a 35ª Bienal, como textos, fotos e vídeos sobre os participantes e suas obras, e assistir a conteúdos audiovisuais sobre arte contemporânea, além de descobrir a localização dos artistas da mostra e acompanhar a programação pública. Sendo o primeiro parceiro da Bloomberg Connects na América Latina, a exposição atingiu 8.175 visualizações em 21 línguas diferentes, tornando o conteúdo da Bienal mais acessível a um público nacional e internacional.
Relações institucionais e parcerias
Eventos de pré-abertura
Profissionais das artes, imprensa, educadores, colecionadores, patrocinadores, parceiros institucionais e representantes do poder público foram convidados a visitar a 35ª Bienal em eventos de pré-abertura, nos dias 2, 4 e 5 de setembro de 2023. No sábado, dia 2, 1.210 convidados estiveram presentes na festa da Fundação Bienal no Auditório Ibirapuera. Na noite de 4 de setembro, 4.500 convidados compareceram ao coquetel da pré-abertura. O dia seguinte, por sua vez, contou com a presença de 7.677 pessoas, entre convidados e indivíduos que haviam realizado credenciamento prévio online no site da Fundação Bienal.
Os eventos de pré-abertura têm como objetivo celebrar a inauguração de mais uma edição da Bienal ao lado de seus participantes, profissionais e público especializado, ao mesmo tempo que busca reforçar laços e parcerias institucionais.
Evento de pré-abertura no dia 4 de setembro, 2023
Programa
internacional
Recepção de grupos
Atenta às tendências observadas nas edições recentes da Bienal de Veneza (arte em 2022 e arquitetura em 2023), e em resposta às demandas de grupos e representantes institucionais interessados em visitar a Bienal de São Paulo, a Fundação desenvolveu um projeto especial de recepção de público estrangeiro, integrado ao programa internacional da 35ª edição do evento. Durante os três meses de exposição, aproximadamente 1.050 visitantes internacionais foram acolhidos pela 35ª Bienal de São Paulo, com uma média mensal de 350 visitantes. Esse público foi acomodado por meio do projeto de recepção de
grupos institucionais, totalizando cerca de oitenta agendamentos, com uma média de 27 atendimentos por mês.
Todos os grupos e indivíduos que agendaram visitas mediadas receberam atenção especial da equipe da Fundação Bienal de São Paulo e dos concierges da 35ª Bienal, com sugestões de roteiros personalizados em São Paulo, reservas no restaurante da Bienal e recomendações de prestadores de serviços como agências de viagens, guias e empresas de transporte. Também foi fornecido aos visitantes internacionais um kit de boas-vindas, contendo um guia cultural de São Paulo, uma pequena bolsa, um caderno, uma caneta e um lápis da Bienal.
1.050 visitantes
80 grupos institucionais
Visitas mediadas com grupos internacionais, 2023
Grupos internacionais
Alemanha LEAP
Neue Nationalgalerie
Argentina Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires – MALBA
Museo Nacional de Bellas Artes
Chile Centro Cultural La Moneda
Fundación Antenna
Colômbia Museo de Arte Moderno de Medellín
Coreia do Sul Leeum Museum of Art in Seoul
Dinamarca New Carlsberg Foundation
Espanha Fundación Museo Reina Sofía
EUA El Museo del Barrio
Ford Foundation
Guggenheim
Mies Crown Hall Americas Prize – MCHAP
New Museum
Open Society Foundations
Public Art Fund
Tate Americas Foundation
The Art Institute of Chicago
França Amis du Centre Pompidou
Institut français
Global International Biennial Association – IBA
WCCF – World Cities Culture Forum Summit 2023
Grécia Museum of Cycladic Art
Japão 21st Century Museum of Contemporary Art, Kanazawa
Mori Art Museum
México Museo de Arte Contemporáneo de Monterrey – MARCO Museo Universitario de Arte Contemporáneo
N. Zelândia College of Creative Arts, Massey University
Peru Museo de Arte de Lima – MALI
Reino Unido British Council
Suíça Pro Helvetia South America
Turquia Arter Museum
SAHA Association
Representantes de ministérios de relações exteriores também visitaram a 35ª Bienal, incluindo:
Alemanha Consulado Geral da Alemanha em São Paulo
Embaixada da Alemanha no Chile
Bélgica Consulado Geral da Bélgica em São Paulo
Embaixada da Bélgica em Brasília
Chile Consulado Geral do Chile em São Paulo
Colômbia Consulado Geral da Colômbia em São Paulo
Delegação da Colômbia com jovens muralistas
Equador Consulado Geral do Equador em São Paulo
França Consulado Geral da França em São Paulo
Embaixador da França
Global Representantes consulares do Grupo de Países da América Latina en Caribe
Holanda Consulado Geral do Reino dos Países Baixos em São Paulo
Delegação de Museus Holandeses
Israel Consulado Geral de Israel em São Paulo Luxemburgo Consulado de Luxemburgo em São Paulo
Mali Consulado Honorário do Mali em São Paulo
México Consulado Geral do México em São Paulo
Panamá Consulado Geral do Panamá em São Paulo
Paraguai Consulado Geral do Paraguai em São Paulo
Suíça Consulado Geral da Suíça em São Paulo
Ministério das Relações Exteriores da Suíça
Uruguai Consulado Geral do Uruguai em São Paulo
Visita temática na instalação do Archivo de la Memoria Trans, 2023
Student Week
O caráter educativo das atividades da Fundação Bienal de São Paulo a destaca entre as exposições internacionais de arte contemporânea. O contínuo cultivo de relações com professores, alunos, educadores, universidades e parceiros institucionais é parte essencial do trabalho para garantir acesso a diversos públicos. Em 2023, durante a 35ª Bienal, a primeira edição do Student Week foi realizada entre os dias 23 e 27 de outubro, a fim de receber a comunidade educacional internacional.
Uma agenda especial foi elaborada e ofereceu uma visão privilegiada das operações da Fundação Bienal de São Paulo, um panorama da 35ª Bienal de São Paulo e uma amostra
das atividades e instalações culturais da cidade. O kit de boas-vindas incluiu também uma credencial e um pin para integração e identificação em museus e espaços culturais parceiros, que receberam os estudantes de forma facilitada e gratuita, dedicando representantes institucionais para sua recepção e acolhimento. Destinada a estudantes dos últimos semestres ou recém-formados em cursos de arte, a iniciativa envolveu as universidades Villa Arson (Nice, França), University of Art & Design – HfG (Offenbach, Alemanha) e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, com um total de 33 alunos e professores.
23 out
• Boas-vindas à Student Week com as equipes de relações institucionais e educação da Fundação Bienal de São Paulo
• Bloomberg apresenta a websérie Histórias da Bienal
• Visita à Pinacoteca de São Paulo
24 out
• Visita ao Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP)
• Visita à 35ª Bienal de São Paulo
• Sessão de cinema com o filme da artista Trinh T. Minh-ha
• Visita mediada à 35ª Bienal: parte 1
25 out
• Conversa com o superintendente executivo da Fundação Bienal de São Paulo
• Conversa com os artistas Davi Pontes e Wallace Ferreira
• Almoço oferecido pela Bienal na Cozinha Ocupação 9 de Julho – MSTC
• Visita ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP)
• Visita ao Museu Afro Brasil Emanoel Araujo
• Visita ao Instituto Moreira Salles (IMS Paulista)
26 out
• Visita ao Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM SP)
• Visita ao Pavilhão Japonês
• Conversa sobre a preservação do Arquivo Bienal e das obras da 35ª Bienal
• Visita mediada à 35ª Bienal: parte 2
27 out
• Visita ao ateliê da artista Alice Shintani
• Visita à Vila Itororó
• Palestra sobre projeto arquitetônico com a equipe do Vão
• Confraternização de despedida
Studente Week: visitas ao Pavilhão da Bienal e ao ateliê da artista Alice Shintani. Página ao lado: visita à Vila Itororó, 2023
International Weekend
O International Weekend não apenas se configura como uma ferramenta para a criação de uma rede de contatos para a Fundação Bienal de São Paulo, mas também desempenha papel fundamental na consolidação da Bienal como um destino artístico global. Atraindo inscrições de profissionais das artes de todo o mundo, o evento foi programado de forma estratégica em uma data alternativa à semana de abertura da Bienal, em setembro, e foi realizado no fim de semana dos dias 28 e 29 de outubro.
O International Weekend 2023 se propôs a acolher até cem participantes, proporcionandolhes uma imersão completa nas atividades e na programação da 35ª Bienal de São Paulo. Nesta edição, foi oferecida uma experiência mais abrangente da própria Bienal – ao contrário das edições anteriores, que se dedicaram à visitação de diferentes espaços culturais. Como havia um número limitado de vagas, foi dada prioridade àqueles que gostariam de participar da iniciativa pela primeira vez.
Visitas mediadas durante o International Weekend, 2023
Cada participante recebeu um kit de boasvindas contendo um guia cultural da cidade de São Paulo, uma pequena bolsa, um caderno e uma caneta da Bienal. Foram oferecidas visitas mediadas, seminários, exibições de filmes, confraternizações e uma vibrante programação pública – tudo apresentado em inglês para a conveniência dos visitantes internacionais. A gratuidade ou entrada facilitada em outros equipamentos culturais do Parque Ibirapuera e arredores, como o Museu de Arte Moderna, o Museu Afro Brasil, o Pavilhão Japonês e o Museu de Arte Contemporânea, foi oferecida durante o final de semana para todos que apresentassem a credencial do programa internacional.
Cultural Guide
14,8 × 10,5 cm 80 páginas
tiragem 750 exemplares
Um guia cultural foi cuidadosamente elaborado pelas equipes de relações institucionais e de comunicação da Fundação Bienal de São Paulo com o propósito de enriquecer a estadia dos visitantes internacionais da 35ª Bienal na cidade. Incluindo detalhes importantes, como telefones úteis e dicas de transporte, o guia reuniu mais de sessenta sugestões de museus e espaços culturais, além de restaurantes com as mais variadas propostas gastronômicas. O guia listou também catorze hotéis parceiros com tarifas especiais exclusivas para os visitantes da Bienal. A disposição dos pontos de interesse e das informações em mapas teve como objetivo otimizar o deslocamento entre as diversas atrações da cidade.
Serviços
Para a 35ª Bienal, a Fundação Bienal de São Paulo preparou um espaço na área externa do Pavilhão com uma programação especial, além de e comes e bebes, com funcionamento de terça a domingo.
Restaurante e café
Restaurante da Cozinha Ocupação 9 de Julho no mezanino do Pavilhão da Bienal, 2023
A Cozinha Ocupação 9 de Julho é uma cozinha comunitária do Movimento Sem Teto do Centro (MSTC), união de trabalhadoras e trabalhadores de baixa renda, dirigida por mulheres, que ocupa prédios abandonados na região central de São Paulo com o objetivo de garantir o direito à moradia e uma reforma política e social que democratize o direito à cidade. O projeto da Cozinha é desenvolvido desde 2017 como um espaço de economia solidária e comunitária para seus moradores. Promove almoços todos os domingos, estimula o comércio local e dá maior visibilidade à luta por moradia. Foi um dos
121 participantes da mostra e expôs bandeiras, registros fotográficos e vídeos – além de oferecer, ao longo de todo o período expositivo, refeições e quitutes no restaurante no mezanino do andar verde e no café do andar azul.
Próximo ao Pavilhão da Bienal, uma estação ecológica de composteiras foi instalada para receber os resíduos orgânicos da Cozinha. O produto do processo de compostagem termofílica foi distribuído para iniciativas de agroecologia urbana familiar e/ou comunitária para finalizar a maturação já nos próprios locais. Por meio de uma parceria com a Sampa+Rural, da prefeitura de São Paulo, foram entregues 1.680 quilos de composto (990 quilos para hortas da Zona Leste e 690 quilos para hortas da Zona Sul). Também foram destinados 1.300 quilos para a aldeia Yvy Porã no Jaraguá e mais duas toneladas para a horta da Ocupação 9 de Julho. No total, a iniciativa produziu 4.980 quilos de adubo semipronto, impulsionando a produção agroecológica da cidade.
Varanda Bienal
A Bienal preparou um espaço de alimentação na parte externa do Pavilhão, com uma vibrante programação musical em seu palco aos finais de semana e feriados. Ao todo, aconteceram 23 shows dos mais diversos gêneros musicais no espaço.
Água
Em todos os espaços de alimentação houve o fornecimento gratuito de água potável para os visitantes, fruto de uma parceria com a Sabesp.
2023
Varanda Bienal,
Loja Bienal
Pela segunda vez consecutiva, a Fundação Bienal de São Paulo teve a sua loja oficial com produtos exclusivos, entre eles cadernos, camisetas, lenços, garrafas de alumínio, marcadores de página, imãs de geladeira, chaveiros, guarda-chuvas, cartelas de adesivos, bolsas, cartazes, utensílios em cerâmica, além de todas as publicações da 35ª Bienal. Os produtos foram desenvolvidos pela equipe de design da Fundação, que também participou na elaboração de produtos especiais em parceria com o artista Gustavo Caboco.
Livraria
A Livraria da Travessa, parceira de longa data da Bienal, apresentou mais uma vez um espaço dentro do Pavilhão trazendo as publicações da 35ª Bienal de São Paulo (catálogo e guia) e uma seleção de títulos de temas e autores que se relacionam com a mostra, além de livros importados e nacionais sobre os artistas e referências presentes na exposição.
Acessibilidade e inclusão
A 35ª Bienal de São Paulo contou com uma série de iniciativas de acessibilidade e inclusão, planejadas com o apoio da consultoria especializada Mais Diferenças, que desenvolveu um projeto abrangente envolvendo diversas instâncias da exposição.
Mediação
Sempre que houve demanda, a Fundação
Bienal disponibilizou intérpretes de Libras para as ações de difusão cultural e mediação. Além disso, a exposição ofereceu audiodescrição das obras para pessoas cegas e materiais de apoio impressos em fonte ampliada e em Braile, contendo o texto curatorial e textos sobre as obras e os artistas. Mais informações sobre mediação podem ser encontradas na seção de educação da exposição no presente relatório.
Cartaz e plantas táteis
Em cada andar da exposição, estava disponível uma planta tátil do espaço. No espaço de mediação do térreo havia, ainda, uma versão tátil do cartaz da mostra, desenhado pela artista Nontsikelelo Mutiti.
Maquetes táteis
No espaço de educação – mediação, o visitante pôde encontrar maquetes táteis do Parque Ibirapuera e do Pavilhão Ciccillo Matarazzo para auxiliar na compreensão das dimensões do edifício.
Acessibilidade física
Elevadores, rampas de acesso, plataforma elevatória localizada entre o térreo e o mezanino, banheiros adaptados, sistema de sonorização de emergência e cadeiras de rodas estavam disponíveis para todos.
Sinalização
No espaço expositivo, todos os textos foram impressos em fonte ampliada, para garantir a leitura a pessoas com baixa visão.
Ferramentas de acessibilidade durante a 35ª Bienal de São Paulo, 2023
Audioguia inclusivo
Com vozes de Dandara Queiroz, Isa Silva, Luanda Vieira, Renan Quinalha e Stephanie Ribeiro, o audioguia inclusivo da 35ª Bienal contemplou vinte obras da mostra, em um roteiro que, se seguido pelo visitante, passaria por todos os três andares do Pavilhão. Cada uma das faixas apresentou histórias relacionadas às obras, comentou os processos de criação de seus autores e trouxe audiodescrições dos trabalhos expostos.
Por ser um audioguia inclusivo, ele também estava disponível em Libras. O material, gratuito, podia ser acessado de três formas: no site da 35ª Bienal, baixando o aplicativo do Musea ou pelos QR Codes disponibilizados nas legendas das obras selecionadas. O projeto foi realizado pela equipe da Fundação Bienal de São Paulo, com consultoria de acessibilidade da Mais Diferenças e distribuição do Musea.
Videolibras
O videolibras, realizado com a consultoria Mais Diferenças, passou por nove obras da exposição que refletiam conceitos curatoriais importantes da 35ª edição. O roteiro envolveu os trabalhos de Nontsikelelo Mutiti, Guadalupe Maravilla, Daniel Lind-Ramos, Diego Araúja e Laís Machado, Carmézia Emiliano, Igshaan Adams, Luana Vitra, Citra Sasmita e Sauna Lésbica por Malu Avelar com Ana Paula Mathias, Anna Turra, Bárbara Esmenia e Marta Supernova.
Site
O site da mostra contou com recursos de acessibilidade, como tradutor automático de texto para Libras e opções de ajuste de contraste e tamanho da fonte. Também foram disponibilizadas no site todas as publicações da 35ª Bienal para visualização e download em PDF, possibilitando a leitura pelo computador e, dessa forma, o acesso a seus conteúdos por pessoas com deficiências visuais.
Leitura Fácil
A Leitura Fácil é um modo de escrita que facilita a compreensão e contribui para conseguir mais equidade em sociedades caracterizadas pela diversidade, pois compreende que a linguagem é um dos campos de luta pela inclusão. Para a 35ª Bienal, a equipe da Fundação
Bienal de São Paulo, junto à consultoria Mais Diferenças, inaugurou a página de Leitura Fácil para encorajar o amplo acesso aos conteúdos da exposição.
Descrição de imagens
Todas as imagens utilizadas no site da 35ª Bienal, no Portal Bienal e nas redes sociais contaram com descrição para leitores de tela no campo alt. Como vídeos ainda não possuem o recurso, conteúdos audiovisuais ganharam textos acompanhados da hashtag #paratodosverem.
Perfil de público geral
A Fundação Bienal de São Paulo comissionou uma pesquisa com os frequentadores da 35ª Bienal de São Paulo a fim de investigar o perfil de seus visitantes e suas avaliações sobre a exposição. O instituto Datafolha entrevistou
1.261 visitantes em quatro momentos distintos: 10 de setembro, 5 a 8 de outubro, 9 a 12 de novembro e 30 de novembro a 3 de dezembro de 2023. Os principais resultados são compilados a seguir.
como tomou conhecimento da 35ª Bienal
familiares, amigos Instagram site da Bienal site de notícias anúncios em outros meios matérias na TV matérias em jornais impressos
anúncios na TV anúncios em jornais impressos
principal razão da visita a São Paulo
lazer / cultura / passear Bienal trabalho / negócios visita a parentes / amigos estudo saúde outro motivo
tempo de estadia em São Paulo
6 6 6 5 19
Kidlat Tahimik Rosana Paulino Ibrahim Mahama Denilson Baniwa MAHKU Arthur Bispo do Rosário Sonia Gomes
avaliação por apectos específicos
Manutenção da exposição e espaço expositivo 4,8
das demais equipes
CRÉDITOS
FUNDAÇÃO
BIENAL DE SÃO PAULO
Gestão 2022-2023
Diretoria
José Olympio da Veiga Pereira · presidente
Marcelo Mattos Araujo · primeiro vice-presidente
Andrea Pinheiro · segunda vice-presidente
Ana Paula Martinez
Daniel Sonder
Francisco J. Pinheiro Guimarães
Luiz Lara
Maria Rita Drummond
FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO
Conselho 2022-2023
Fundador
Francisco Matarazzo Sobrinho · 1898 –1977 presidente perpétuo
Conselho de administração
Eduardo Saron · presidente
Ana Helena Godoy Pereira de Almeida Pires · vice-presidente
Membros vitalícios
Adolpho Leirner
Beno Suchodolski
Carlos Francisco Bandeira Lins
Cesar Giobbi
Elizabeth Machado
Jens Olesen
Julio Landmann
Marcos Arbaitman
Maria Ignez Corrêa da Costa Barbosa
Pedro Aranha Corrêa do Lago
Pedro Paulo de Sena Madureira
Roberto Muylaert
Rubens José Mattos Cunha Lima
Membros
Alberto Emmanuel Whitaker
Alfredo Egydio Setubal
Ana Helena Godoy Pereira de Almeida Pires
Angelo Andrea Matarazzo
Antonio Henrique Cunha Bueno
Beatriz Yunes Guarita
Camila Appel
Carlos Alberto Frederico
Carlos Augusto Calil
Carlos Jereissati
Claudio Thomaz Lobo Sonder
Daniela Montingelli Villela
Eduardo Saron
Fábio Magalhães
Felippe Crescenti
Flavia Buarque de Almeida
Flávia Cipovicci Berenguer
Flavia Regina de Souza Oliveira
Flávio Moura
Francisco Alambert
Gustavo Ioschpe
Heitor Martins
Helio Seibel
Isay Weinfeld
Jackson Schneider
Joaquim de Arruda Falcão Neto
José Olympio da Veiga Pereira (licenciado)
Kelly de Amorim
Ligia Fonseca Ferreira
Lucio Gomes Machado
Luis Terepins
Maguy Etlin
Manoela Queiroz Bacelar
Marcelo Mattos Araujo (licenciado)
Miguel Wady Chaia
Neide Helena de Moraes
Octavio Manoel Rodrigues de Barros
Rodrigo Bresser Pereira
Ronaldo Cezar Coelho
Rosiane Pecora
Sérgio Spinelli Silva Jr.
Susana Leirner Steinbruch
Tito Enrique da Silva Neto
Victor Pardini
Conselho fiscal
Edna Sousa de Holanda
Flávio Moura
Octavio Manoel Rodrigues de Barros
Conselho consultivo internacional
Maguy Etlin · presidente
Pedro Aranha Corrêa do Lago · vicepresidente
Andrea de Botton Dreesmann e Quinten Dreesmann
Barbara Sobel
Catherine Petitgas
Frances Reynolds
Mariana A. Teixeira de Carvalho
Mélanie Berghmans
Miwa Taguchi-Sugiyama
Paula Macedo Weiss e Daniel Weiss
Sandra Hegedüs
FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO
Equipe permanente 2022-2023
Superintendências
Antonio Thomaz Lessa Garcia · superintendente executivo
Felipe Isola · superintendente de projetos
Joaquim Millan · superintendente de projetos
Caroline Carrion · superintendente de comunicação
Superintendência executiva
Giovanna Querido
Marcella Batista
Relações institucionais e parcerias
Irina Cypel · gerente
Deborah Moreira
Laura Caldas
Marjorie Faria
Raquel Silva
Viviane Teixeira
Superintendência de projetos
Produção
Dorinha Santos · coordenadora de produção
Ariel Rosa Grininger
Bernard Lemos Tjabbes
Camila Cadette Ferreira
Camilla Ayla
Carolina da Costa Angelo
Manoel Borba
Nuno Holanda de Sá do Espírito Santo
Tatiana Oliveira de Farias
Educação
Simone Lopes de Lira · gerente de produção
Thiago Gil de Oliveira Virava · gerente de conteúdo
André Leitão
Bruna de Jesus Silva
Danilo Pera
Giovanna Endrigo
Regiane Ishii
Renato Lopes
Tailicie Paloma Paranhos do Nascimento
Superintendência de comunicação
Ana Elisa de Carvalho Price · coordenadora – design
Rafael Falasco · coordenador – editorial
Adriano Campos
Eduardo Lirani
Felipe de Melo Gomes
Francisco Belle Bresolin
Julia Bolliger Murari
Luciana Araujo Marques
Marina Fonseca
Arquivo Bienal
Ana Luiza de Oliveira Mattos · gerente
Laís Barbudo Carrasco · gerente
Amanda Pereira Siqueira
Ana Helena Grizotto Custódio
Anna Beatriz Corrêa Bortoletto
Antonio Paulo Carretta
Daniel Malva Ribeiro
Júlia Maia Lisboa
Kleber Costa Timoteo
Marcele Souto Yakabi
Pedro Ivo Trasferetti von Ah
Raquel Coelho Moliterno
Sheila Virginia Rocha de Oliveira Castro
Leandro Melo · consultor de conservação
Aila Passeto Castro de Sousa · estagiária
Fernanda Lustosa · estagiária
Julia Schettini Alves · estagiária
Milena Ondichiatti Bessan · estagiária
Administrativo-financeiro
Finanças
Amarildo Firmino Gomes · gerente
Edson Pereira de Carvalho
Fábio Kato
Silvia Andrade Simões Branco
Gestão de materiais e patrimônio
Valdomiro Rodrigues da Silva Neto · gerente
Larissa Di Ciero Ferradas · coordenadora
Angélica de Oliveira Divino
Daniel Pereira
Sergio Faria Lima
Victor Senciel
Vinícius Robson da Silva Araújo
Wagner Pereira de Andrade
Planejamento e operações
Rone Amabile
Vera Lucia Kogan
Recursos humanos
Higor Tocchio
Juarez Fonseca dos Reis Junior
Matheus Andrade Sartori
Tecnologia da informação
Ricardo Bellucci
Jhones Alves do Nascimento
Matheus Lourenço
Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas, Secretaria
Municipal de Cultura de São Paulo, Fundação
Bienal de São Paulo e Itaú apresentam
patrocínio master
patrocínio
agência oficial
parceria cultural apoio
realização
Concepção, edição e produção gráfica: equipe da Fundação Bienal de São Paulo
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