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Dados de Catalogação na Publicação (CIP) Internacional (Câmara Brasileira do Uwo, SP, Brasil)
Bienal Internacional de São Paulo (20.: 1989) 20ª Bienal Internacional de São Paulo: Fundação Bienal 1989.
ISBN 85-85298-01-4
1. Arte moderna Exposições -
Século 20 -
Brasil- São Paulo (SP) -
Catálogos 2. Bienal Internacional de São Paulo (20. : 1989). i.
Fundação Bienal de São Paulo. 11. Título.
89-1940
CDD-709.8161074
Indicas para Calálgo Sistemático:
1. Catálogos: Exposições de arte: São Paulo: Cidade 709.816074 2. São Paulo: Cidade: Arte: Exposições: Catálogos 709.8161074
201! BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO DIRETORIA EXECUTIVA Alex Periscinoto, Diretor-Presidente Eduardo Rocha Azevedo, Vice-Presidente José Luiz Archer de Camargo, Diretor Maria do Valle Pereira Rodrigues Alves, Diretora CURADORES Carlos von Schmidt, Curador Internacional João Candido Galvão, Curador de Eventos Especiais Stella Teixeira de Barros, Curadora Nacional CURADORES DAS SALAS ESPECIAIS Casimiro Xavier de Mendonça - A Pintura Abstrata César Luís Pires de Mello - Sala Brecheret e Espaço Brennand Gabriel Borba - Arquitetura Maria Bonomi - Octávio Pereira Mestre-Impressor COMISSÃO DE ARTE E CULTURA Carlos von Schmidt Gilberto Chateaubriand João Candido Galvão José Alberto Nemer Lúiz Paulo Baravelli Marcelo Grassmann Marcus de Lontra Costa Paulo Herkenhof Stella Teixeira de Barros ASSESSORA DA PRESIDÊNCIA Rita Ficher Veloso ASSESSORA DA DIRETORIA Marcélia Lupetti ASSESSORA DE IMPRENSA Sonia Skroski ASSESSORIA JURíDICA Pinheiro Neto Advogados SUPERINTENDENTE Nuno Bittencourt SECRETARIA GERAL Azael Leme de Camargo Elizabeth Pinotti Sanches Maria Rita Marinho Fukumaru Raquel de Oliveira Renato César Carvalho ARQUIVO WANDA SVEVO Antonia Maria Marassi Rizzardi Ernestina Cintra ARQUIVO HISTÓRICO Arlete Miranda de Araújo Elza Maria d'Ávila Rosa Maria Esteves Migotto Vera d'Horta 3
CONSELHO FISCAL Darcio de Moraes Waldemar F. Pereira da Fonseca Walter Paulo Siegel SECRETARIAS DAS CURADORIAS Floripes dos Santos Margarida Sass Vera Maria da Conceição Caldas Rosely Gusman Pedrosa Chagas ASSESSORES DA CURADORIA Nazareth Pacheco e Silva Pieter Th. Tjabbes MONITORIA Berenice Reichmann Forsheim Egydio Colombo Filho Nelson Wendel Pirotta MONTAGEM E Alexandre Américo Alves André Luís Corrêa Benigna Ferreira da Silva Carlita Silva de Jesus Cleide Ferreira dos Santos Davi Cleber O. Mendonça Djalma Menezes de Queiroz Edmílson Alberico Ednaido dos Santos Evangelista Edwino Ferrezin Emilia Moreira Eraldo Machado de Almeida Guimar Morelo Heronides Alves Bezerra Jair Bagio Joel de Macedo Silva Jorge Francisco de Araujo José Aparecido da Silva José Leite da Silva Lenide de Brito Ura Lourival Dias de Oliveira Lucindo Gazola Mazini Luís Vitorino da C. Uma Luiz Antonio Xavier Luiz Augusto dos Santos Luiz Leite da Silva Maria José A. dos Santos Vlarina de Brito Max de Oliveira Mendonça \lélio Lopes da Silva \livaldo Francisco da Costa )dmar Nazaro de O. Rizzi :Jaulo Sérgio da Silva ~aphael Marques Hidalgo ~oberto Aldobello ~omilda José Bispo 3everino Barbosa da Silva 3hirley de Lourdes D. Rizzardi lalter Fabotti Iilma Damasceno Bezerra 4
SUMÁRIO ARTE EM JORNAL
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ATELlER ABERTO·
28
CINEMA
30
COMBOGÓS, LATAS E SUCATAS
32
COMPUTAÇÃO
34
DANÇA
36
DOCUMENTAÇÃO
38
ELETROGRAFIA
49
HUMOR
65
INSTALAÇÕES
75
MÚSICA
82
PERFORMANCES
89
TEATRO EXPOSiÇÕES
99
TEATRO ESPETÁCULOS
119
TEATRO SEMINÁRIO
125
PLANTAS
127
íNDICE
134
AGRADECIMENTOS
137
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INTRODUÇÃO
Dois verbos definem e delimitam as propostas da Curadoria de Eventps Especiais da 20' Bienal Internacional de São Paulo. Eles são SAIR e INTEGRAR. SAIR do prédio da Bienal para INTEGRAR toda a cidade numa grande celebração. SAIR das Artes Plásticas para INTEGRAR todas as áreas de expressão artística num grande festival com teatro, performance, dança, vídeo, eletrografia, computação, música e cinema interagindo para o enriquecimento de cada uma e de todas. Ao contrário do que muita gente pensa, não se trata de novidade alguma. A Bienal não foi criada como feudo das artes plásticas. Tanto que, na sua quarta edição, a de 1957, uma das maiores atrações era a Bienal de Teatro, parte integrante do todo criado e, na época, ainda administrado por Cicillo Mattarazzo, também o responsável pela introdução da arquitetura como parte integrante da mostra internacional. Existe até; no folclore da Bienal, a notícia de que ele teria sugerido a criação da Bienal de Teatro para que o povo pudesse ver alguma coisa "que pudesse entender, já que do abstracionismo ele não vai entender nada". A vocação plástica das últimas curadorias é que provocou a diminuição de outras linguagens, que foram jogadas na incômoda vala comum dos eventos paralelos. Tentanto superar esse vazio criado nos últimos anos, optei por reunir as ações de SAIR e INTEGRAR em dois vetores, um histórico e um atual. No vetor histórico estão reunidas exposições, reconstruções e documentação. No vetor atual, manifestações contemporâneas, espetáculos, processos de criação ainda em gestação para discussão com o público, oficinas de aprendizagem e convívio entre criadores brasileiros e estrangeiros.
Integrar significa ultrapassar fronteiras. O que me interessa são as áreas de intersecção e sobreposição de linguagens. O domínio do já estabelecido fica para os burocratas. O que proponho é a discussão sobre as relações, não sobre as divisões. Sobre o mutante, não sobre o mutável. Fronteiras não me interessam, nem as estéticas nem as geopolíticas. Os eventos foram escolhidos não por sua origem, mas pela sua qualidade. A maioria dos participantes é brasileira por contingências, não por opção. O desconhecimento geral sobre o que poderia significar o projeto dificultou acessos, prejudicou diálogos e interferiu no resultado. Mas não o bastante para invalidá-lo. Isso não significa nenhuma posição contrária à participação dos países nas decisões a respeito do que trazer. A exposição Robert Wilson contou com a colaboração do governo americano, cujos representantes souberam entender a importância de ter o artista aqui representado. O mesmo pode ser dito quanto à Bélgica com relação ao Plan K e à Cuba com relação aos soiistas do Danza Contemporanea de Cuba. Os casos opostos, como o do Japão, que alegou impossibilidade de bancar a vinda do performer Rui Sekido, e o da Iugoslávia, cuja embaixada em Brasília me respondeu que lamentava "informar que nada sabemos a seu respeito" - isso sobre Boris Bucan, que representou oficialmente o país na Bienal de Veneza em 1984 foram resolvidos pela Curadoria com total liberdade e sem nenhuma restrição da Diretoria.
João Candido Galvão
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M
J RNAL
ARTE EM JORNAL Brasil Arte em Jornal é a oportunidade da
repetiçaa. O protótipo criado pelo artista é multiplicado milhares de vezes. ~ um movimento tilo infinito quanto o da rotativa Na verdade, o artista dá o ponto de partida para a implantaçao consecutiva de milhares de imagens. A experiência consiste justamente nisto, nesta possibilidade de intervençilo no sistema de produçoo contemporânea. A experiência Arte em Jornal, repetida em 15 semanas por 15 artistas diferentes, em 45 páginas, tem este caráter experimental e inovador. ~ uma vivência de artecomunicação que atua diretamente no ".ais típico processo de produção de objetos. As páginas-arte criadas pelos artistas intervem e opinam sobre um enigma. ~ possível aclarar a consciência, aprofundar a realidade, agindo no cerne do sistema de produção de nossa época? Ou, paradoxalmente, só é possível agir sobre a consciência da época quando estamos no centro de seu processo de produção? Fernão Lara Mesquna, Diretor de Redação do Jornal da Tarde, colocou à disposição dos artistas todos os equipamentos de urn jornal moderno: uma das maiores gráficas do continente, um corpo de técnicos altamente treinados, arquivos de textos e fotos, equipes de fotógrafos e de redatores, um catálogo de cerca de 150 famílias de tipos, computadores, telex, fax, máquina anamórfica, fotolitos, diretores de arte. A idéia do Jornal da Tarde, liderada por Fernao L. Mesquita, foi eiaborada pela redação em conjunto com os artistas convidados. Desta maneira, o projeto sofreu diversas alteraçOes em seu percurso coletivo e, individualmente, cada artista organizou a sua maneira particular de trabalhar. A nossa época é visual. De alguma maneira, todos os objetos, idéias e conceitos, são imagens. Tudo se oferece ao olhar e é feito por ele. ~ o mundo inteiramente desvendável. Ele se resume a um conjunto de sinais percorridos pelo olhar. O olho, nesta civilização tem muttas aparências. O mundo é uma tela apreendida por um olho tecnológico que o apresenta incessantemente. Definido por pontos, por repetiçOes aceleradas de imagens, por registros imutáveis. Não importa. O significado é de que o mundo é inteiramente apreensível e entendível. A época de comunicação diz isto. O Jornal da Tarde colocou em questoo esta verdade. Foi um longo percurso e as respostas vieram de Maria Bonomi, Renina Katz, Tomia Ohtake, Yutaka Toyota, Ivald Granato, Wesley Duke Lee, Wa~ércio Caldas, Lygia Pape, Marcelo Cipis, L.P. Baravelli, Dudi Maia Rosa, Cláudio Tozzi, Jac Leirner, Hércules Barsotti, e Neison Leirner. Nós estamos orgulhosos do resukado e acreditamos que a experiência valeu para a arte brasileira e nos ajudou na nossa rellexão sobre a realidade da nossa época. O Jornal da Tarde está convicto de que, com este Arte em Jornal, cumpriu o seu papel de jornal informativo, formativo e indagador. Jacob Klintowftz Coordenador
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CLÁUDIO TOZZI-1944 Brasil Você fica pescando imagens nos sonh08 .•. no absurdo ... Como um jardim de televisOes, no horizontal. Era um jardim que,em vez de placas, tinha televisOes - e as formas saíam das televisões. Mas isso é absolutamente mpossível de fazerl Era uma cena de TV na horizontal, em que as imagens, em vez de ficar no plano, iam saindo, elas iam nascendo como se fossem uma flor. Isso é uma coisa ligada à fantasia, mas é uma coisa que me estimula. Eu acho muito bom que isso começou a acontecer porque, antes, eu trabalhava muito com motivo externo na pintura. Antes, eu fazia um trabalho parecido com o do jornalista; uma pesqu:Ja de imagens, era isso. Eu fotografei passeatas ... eu peguei um Guevara no Jornal da Tarde ... Mas, hoje, é uma coisa que vem de uma fantasia, do inconsciente, sei lá de onde vem. E sua proposta para o "Arta em Jornal", que estamos publicando, hoje, no JT? A idéia é a seguinte: utilizar o jornal como espaço que é ... receptáculo de informação, de crítica, de divulgação, e dentro desse espírito pegar uma página e fazer uma diagramação ... e a composição gráfica que de esse conceito de casulo, de espaço em que cada território está dividido nessa página ... Enfim, é um trabalho que estará relacionado com o próprio conceito de espaço ... Eu quis usar a linguagem tradicional do jornal, que é trabalhada com vários tipos de letras, e o Jornal da Tarde tem uma tipo· lagia muito bonita, bastante contemporânea. E, a partir disso, fazer uma diagramação que não fosse a diagramação rígida do jornal, quer dizer, criar um espaço que tenha uma coerência com o título, que é "Casa, casulo, receptáculo" ... Quer dizer que a diagramação nova é uma espécie de redesanho do jornaL .. Enquanto que a capa do trabalho é uma coisa mais associada a um enigma. Enfim, eu queria usar o jornal mesmo como receptáculo da notícia, da crítica, da informação e do debate, e para isso convidei várias pessoas para elaborar textos. A verdade é que são dois cartazas, um de lettura à distãncia, em que se utiliza a cor em massas maiores de áreas, e outro de uma leitura mais próxima, onde você vai ler a 30, 40 centímetros ... Então, existe também essa relação do espectador chegando no jornal. Se ele vê o jornal em cima da mesa, o que vai chamar a atenção é a cor, são essas áreas um pouco mais vibrantes, e depois ele parte para uma leitura que eu chamo de mais íntima. Ora, tudo isso é uma introdução ao pansamento do espaço. E um pouco espaço, quase uma obra aberta. Marcos Faerman
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DUDI MAIA ROSA 1946 a
Brasil Dudi começou a descrevef um procedimento. Ele desejava uma página amarela, no anverso e verso. O seu amarelo não era um qualquef, mas uma cor que ele tinha lormado na sua imaginação e que tentava transmitir 9fn palavras. Como descrever uma cor? Tarefa árdua. Dudi queria que a página fosse impressa duas vezes, recebesse duas camadas de tinta, impregnasse-se de sua imaginação. Por um momento os gráficos chegaram a pensar que o interesse de Dudi Maia Rosa losse o de ter uma página mais pesada, densa, fisicamente mais incorpada. As soluções eram variadas, até o recurso supremo de colocar verniz na tinta para tornar a página de uma densidade difefsnte das outras. Mas a questão não era malérica, mas cromática. Dudi estava inteiramente absorvido pela possibilidade de quebrar o r~mo do jornal, a sua interminável saga de textos elotos com uma cor pura, direta, sem especulação. Esta cor amarela não especulativa continha, na verdade, todas as especulações. O artista dasejava a não interfefência, um cromalismo sem mistura, uma cor primária, uma geratriz entregue ao leitor no primeiro olhar. Mas se o seu desejo tornou-se tão claro, tão objetivo, a SOlUÇa0 passou pelo mesmo percurso. Optou-se pela colocação de uma cor tirada diretamente da "lata". Dudi Maia Rosa debruçou-se sobre as amostras de cores, os matizes 9 escolheu a sua cor, alguma coisa parecida com o ouro que incendiava a sua visao. O impressor apresentou algumas páginas impressas e apontou para as marcas que a rotativa deixa, as amarraçOes gráficas, os limttes possíveis a as mudanças certas que ocorreriam quando a tinta estiver impressa em outro papel. Neste momento, Dudi Maia Rosa demonstrou o seu espírito de artista, de produtor de objetos alormas. A contingência não o assustava. Ao contrário, acho interessante que as marcas do processo estivessem à mostra, disponíveis ao la~or. Ele é um homem vottado para o fazer, para a produção de objetos fisicamente existentes. A realidade deste fazer não o assusta. Ele se revela entusiasmado com estas sinalizaçOes da realidade objetiva. Os lim~es de seu trabalho sao aceitos com naturalidade. Dudi Maia Rosa não é um teórico, mas um prático jogado na expet'imentação de formas e processos. Jacob Klintowttz
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HÉRCULES BARSOTTI· 1914 Brasil Hércules Barsotti é um caso raro de aparente tranqüilidade e mansidão. A sua quietude, às vezes, é de tal ordem que temos dúvidas se ale realmente nos estará escutando. Este silêncio e esta forma mansa de falar pode provocar inquietação no interlocutor, habituado que estamos todos a um certo ritmo febril. Em Barsolti nao, há uma certa ausência, um jeito de se aprox imar das pessoas e dos objetos de maneira vagarosa, lenta, determinada. Esta aproximação é uma -10ntada organizada, determinação, uma opção de relacionamento. Em Barsotti, é uma impressão que fica, nada é por acaso, nada está entregue ao simples jogo casual" sem importãncia. Tudo significa alguma coisa. É desta maneira que a sua pintura caminha, de maneira lenta e com um ritmo especioso, donco e calmo. Ela avança por seus próprios ~"eandros, modifica as relações internas, altera o posicionan"ento do retângulo, transforma faixas cromáticas em franjas, pequenos recortes, cores quase adivinhadas de um mundo escondido. As opções geométricas parecem limitadas e o artista limita ainda mais as suas possibilidades. Na verdade. Hércules Barsolti escolheu uma pequena faixa de atuação e, numa demonstração de virtuosismo perceptivo, descobre permanentes inovações nesta percurso estreito que escolhau para si mesmo. Ele trabalha com Iimttas estreitos e eies nos perecem, afinal de contas, quase infinito. Aí está o artista em suaves demonstrações e evoluções no seu trapézio perticular. Ele faz um número que é só sau, foi inventado por ele e, no dia em que ekl parar, nada mais será feito desta maneira. Esta é o seu espaço, o seu trapézio e o seu número. Estas evoluções graciosas, este jeito de inventar a realidade cromática e mostrar fímbrias e vislumbres de uma percepção atenta. é um apanágio próprio. Ele pertence ao Hércules Barsolti. Descobrimos que a sua faixa de atuação, propositadamente estretta, pertence só a ele e é infinita. Eterna, enquanto dura. A determinação de Hércules Barsotti nAo perece tar limttes. A nossa época acostumouse aos personagens que demonstram a sua certeza de soluções, a ciareza de suas idéias e a verdade de suas atttudes em tom claro, incisivo e reduzível aos 30 segundos. É o tempo de um comercial de televisAo. A mídia tem pressa e o tempo custa caro. É este valor monetário e a convicçAo de que o público não pode entender, na sua maioria, mais do que está contido em 30 segundos, que determina o nosso campo de idéias. Os políticos respondem desta maneira O que passa dos 30 segundos é cortado. Todas as idéias no tempo de anúncio de uma pasta dental. Um executivo é desta maneira. Os artistas dão entrevistas desta maneira. Nos programas culturais, de baixa audiência, há um pouco mais de tempo. Mas é necessário, ainda assim, a permanente intarvençáo do repórter cuja missão não é a de perguntar coisas inteligentes, mas a de procurar tornar inteligente, para o telespectador médio, o que loi dtto pelo entrevistado. Hércules Barsotti é o contrário deste panorama visto da poltrona Ele fala devagar, começa com dúvidas, avança para eliminar algumas possibilidades e, com lenta deliberação, vai chegando às conclusões. E estas conclusGas ainda nao são definitivas, licam parênteses, reticências. Possibilidades de novas considerações. Na" existe nenhuma necessidade afirmativa. Barsotti, definitivamente, não se coloca como um produto comerciával em 30 segundos. Jacob
Klintow~z
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IVAlD GRANATO - 1949 Brasil Durante duas semanas, todos os dias, bem cadinho, Granato frequentou o jornal. Tornouse figura conhecida na redação, nas oficinas, no exame dos computadores silenciosos e indagadores. Duas semanas longe de seu atelier envolvente e barulhento da Henrique Schaumann. Granato ausente no ate!:3!, mas vivendo o processo do jornal, os gráficos da oIicina, os redatores. Ele vestiu a pele de um novo veículo: "Eu usei o computador como pincel, o jornalista como conceito, os gráficos como a mão, a fotografia como uma tela. Juntei esses conceitos e os introduzi no meu trabalho. Quer dizer, o trabalho foi feito através da cornunicaçAo. O trabalho se transformou em comunicaçAo". Esta aventura de Ivaid Granato pegou o espírito da época de maneira instigante. Ele relembrou, no seu trabalho, veihos e queridos mestres. M.C. Escher, o grande transformista gráfico, o homem que transformou, nos seus desenhos progressivos, peixes em pássaros e pássaros em peixes. Outras figuras estao homenageadas. De uma maneira sutil e delicada, feita de maneira nao explícna, por incorporação. Como os mestres gostariam. A essência, afinal de conta, é mostrar que o que é, também nAo é, o que parece uma coisa, pode ser outra a, finalmente, uma forma sempre se transforma noutra forma. Um casal amando é o institnto do réptil e é um casal amando. O homem em várias posições é a vivência sagrada das formas de contato indú, é o cutto do corpo e é, também, o simples prazer de movimentar o corpo. ~ o cuHo do corpo e a brincadeira com o culto do corpo. O que é, nAo é. E o que nAo é, pode muito bem ser. Ivald Granato faz o jogo das transformações e das ilusões dos sentidos e da capacidade de ver. As suas duas páginas-arte sAo uma combinação entre a afirmaçao e a negação. Ivald Granato, Batma, l e Robin é um mestre da ambiguidade. Marcos Faerman
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JAC LEIRNER
a
1961
Brasil Jac Leirner furou o jornal. São perto de mil periuraçOes literais que transmhem segundo a autora uma sensação tátil, não apenas visual, mas real. Mãos e blusa lambuzadas de graxa. Jac escala a impressora Goss de fabricação americana que imprime quarenta e cinco mil exemplares por hora. Com o alicate rompe a ponta de quatrocentos percevejos presos à tranca da impressora. Eles rasgam o papel branco" grafados apenas pelo nome da artista e a palavra furos, em preto. Jac subverteu conceitos e ofereceu perplexidade. Quando expôs sua idéia, os impressores do JT espantaram-se. Ela desprezou todos os recursos gráficos disponíveis para sua intervenção. Passou longe de fotolitos e textos, chegou às máquinas. "Essa menina é louca", insinuaram alguns. Segundos depois, a solução dos percevejos apareceu. Convidada para participar do projeto Arte no Jornal há três meses como representante de úma nova geração de artistas, Jac Leimsr que estréia com uma participação individual na próxima Bienal de São Paulo, no mês de outubro, entregou-se ao seu exercício principal: pensar. Uma tarefa que lhe consome as madrugadas B algumas energias. O desafio foi aceito e o processo de criação longo: - Minha idéia inicial foi fazer um texto ligado ao consumo, à promoção de vendas. Fazer uma edição de jargões publicitários. Depois pensei em fotos ou em vazar a página por pregos fictícios que no verso terminariam em nós. Pensei ainda em fazer uma cadeia de manchas negras substituindo os textos editoriais ou usar a guilhotina, o picote, trabalhar com a tinta das rotativas, manchar todo o jornal. Com os furos cheguei a uma síntese. A informação que é vazada e não se solidifica em texto. Por isso não lapidei uma configuração de furos. ~ uma sedução vazia. O apelo da informação real. Sem reduzir a superfície do jornal, Jac queria "uma representação que se esgotasse por si só". Dos furos originais que percorrem as extremidades do jornal para evitar o deslocamento de suas páginas, Jac chegou ao que define de uma "descontextualização". Ou seja, ampiiou aleatoriamente o campo de ação destes furos, que dançam aos montes pelo papel branco. "Nilo falo sobre nada. O trabalho se impõe. Queria que este jornal virasse um ralador, fosse extremamente áspero".
Coisa Fonseca
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LUIZ PAULO BARAVELLI 1942 s
Brasil o trabalho de Luís Paulo Baravalli, aqui no JT, é natural menta polêmico e contra a correnteza do rio. De que maneira ele se relacionou com o equipamento do jornal, as equipes disponíveis, os arquivos de fotos e textos e tudo o mais? Bom, a verdade é que ele não se relacinou diretamente. Deslizou lunaticamente entre nós, sefTllre sorridente, cético, amável, controlado. Depois, apresentou um trabalho que não é trabalho: "Não é uma obra de arte. É um trecho da minha obra". É necessário esclarecer que Baravelli está continuamente em ação. Ele anota imagens, trechos a detalhes que o agradam, sinais que o impressionam. Tem anotações, esquemas. Espécie de diário de sinais que tocam à sua sensibilidade. Estas duas páginas são exatamente isto: trechos de um longo discurso interior. O artista anota o percurso de sua alma pelo mundo das sensações. Este é o seu relacionamento com a proposta, uma colocação sóbria e veraz de si mesmo. "Hoje o mundo nao tem referências determinantes. Tudo pode ser arte, não há lim~es, não há margens. O artista não senta e faz a sua obra. Acho que o artista emana. Permanentemente ele emana coisas. Este é o seu trabalho. Esta é uma questão sociológica da arte de nossa época As mais variadas manifestações podem ser arte. É um resu~ado da mu~ip\icação dos meios de comunicação. Eu me considero desta maneira, alguém que comete coisas, que tem uma emanação pessoal. Não é um trabalho, é uma emanação: Eu pergunto para Baravalli sobre os seus colegas. Eu notei que, ao contrário de Baravalli, eles se preocu~aram oom o veículo, procuraram entender o que o jornal realmente era, discutiram a mídia que utilizariam. Baravelli, não. Deslizou entre nós e, de maneira rápida e silenciosa, como o seu trabalho noturno, nos remeteu a sua pãgina dupla. Junto vinha um bilhete de neutra ambiguidade. Afirmava que a sua efTllregada havia gostado. Depois, contoume que as pessoas paravam para observar as figuras. Uma emanação? Houve muitas dúvidas, por aqui. Um trabalho próximo e distante do JT, conhecido por ser da iconografia de um conhecido artista. Mas não era muito distante? Consultado, Baravelli reforçou os traços dos d95enhos. Uma neutralidade risonha. Jacob Klintownz
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lYGIA PAPE
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1929
Brasil o que é mais supreendente em Lygia Pape é o seu tempo de permanência no ar. A artista parece estar 24 horas no ar, com uma programaçao insistente, instigante e provocadora. Ela funciona como um gerador que emite mensagens e propostas. De alguma maneira, parece que a artista tem sempre um pedido a fazer, uma ressalva a colocar e que está preocupada em construir histórias da nossa vida cu~ural. Nos últimos anos, depois da morta de Hélio Olticica, ela 58 transformou na propulsora da recuperacão da memória do artista, da discussilo de seu valor e da reavaliaçilo de sua existência no Brasil. O que nAo a impede de se colocar como uma organizadora de exposições, defensora das idéias nao-concretas, divulgadora de sua própria obra de artista gráfica e de vanguarda. Neste percurso nós podemos esperar uma pessoa que ocupa espaços e situações. E, no entanto, a lygia Pape, sentada aqui no jomal, esperando a sua hora ou um encontro, é uma mulher quieta, pequena, silenciosa. Paradoxo de um dínamo muito especial. SenAo, vejamos ... Desta vez, a sua relação é sóbria e formal. Uma Dama em confronto. Talvez seja este o seu mecanismo. As páginas do Arte em Jornal silo um claro exemplo de sobriedade, clareza de utilização de poucos recursos. Mas o seu tema, é do tamanho do mundo. Literalmente a artista dedicou-se a considerar sobre a destrUição ecoklgica e a especular e alertar sobre a transformação" interferência genétICa. Lygia Pape resolveu apontar as questões do futuro, da possibilidade de vida do planeta, as possíveis transformações da vida animal, aí incluindo o homem. E o fez dentro da solidez com que um artista gráfico trabalha. Nenhum espaço lIVre, mas uma palavra que se repete como o som incomum de um martelo. Nilo sabemos o que psrtuba o nosso sono, nao sabemos se este som pertence ao universo onírico ou se é, simplesmente, o vizinho que enloqueceu e destrói paulatinamente a sua própria casa Uma COisa assustadora, uma palavra que se repete formando uma grande IlQura geométrica. E, flsl às suas teses, esta geomelrla está impregnada de emoção. Esta é a origem da dissidência entre o concretismo e o neo-concretisrno. No Rio de Janeiro, Lygia Pape estava entre eles, os artistas nAo gostaram de uma arte sem emoção, de relaçOes exatas e próxima do desenho Industrial. Nilo fazia parte do perfil carioca. De Lygla, inclusive. Jacob Klintowiti
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MARCELO CIPIS • 1959 Brasil Anônimo, figuras ao avesso, almas imigradas, o comum que varra à cena, a possibilidade da representação do mistério. Marcalo Cipis é obviamente um artista jovem. Tem poucas aparições, obra ainda reduzida, encontrou a sua ex-professora Renina Katz na segunda reunião no jornal, ficou com medo, refugiou-se em uma idéia grandiosa e inatacável, despiu este capote e partiu para a luta e, finalmente, afirmou que o sonho recomeça a cada vez, com novos personagens. Há um dado que me impressionou em Marcelo Cipis e que devo relatar. ~ justamente este esforço por despir uma idéia já organizada e se relacionar com novas sITuações. Ele realmente esteve disposto ao fracasso. Ao diabo, as precauçOes, como se dizia nos romances policiais da década de 20 e se repete, ainda hoje, em romances mais baratos ainda. Ao diabo, as precauções. Agora é a hora da vida ou da morte. O detetive vai agir. Marcelo Cipis fez deste jeITo. Nao foi exatamente um detetive do jornal. Aqui estava tudo aberto. Ele ganhou um crachá especial onde estava escrITO, em letras vermelhas: hvre acesso. Ele foi detetive de si mesmo. Descobriu o que o podia tocar, sensibilizar e estruturar. Na sua última exposição (Galeria Doeu menta) havia uma certa mistura. Pinturas que eram ritos maníacos da nossa arte, cenários, inovações, riscos, grafismo. Um jovem Mista ainda indeciso. Ele me lembrou disto, da minha crítica. Eu achava que a sua experiência gráfica liber.sria a pintura dos vícios e dos acessórioo Aqui, no JT, esta é uma experiência gráfi;a única, rara, perticular. Uma aventura no mundo infinITO das possibilidades gráficas de uma gráfica contemporânea de um grande jornal. Marcelo Cipis me conta que muita coisa já começou a mudar. Cenários de uma nova ordem. A palavra cenário reaparece e tem sempre várias conotações. O que emociona o artista é a possibilidade da representação. Recuperar a imagem. Representação da representaçao da representaçao da representaçao. O mutável palco da vida de um artista visual na época do mundo mais visual que o homem já conheceu. Vaie a pena? A alma é grande, é certo, mas os caminhos sao incertos. De alguma maneira, em uma certa ordem, as imagens já são incessantes, recuperáveis, perdidas, sanas, constantes, eternas. Nao é isto a televisão? Por que refazer a televisao? Marcelo saiba que a pintura brasileira está cheia de cacoetes. Esta história intolerável das manchas e das tintas escorridas. Estes acessórios nao 'essenciais, este fingimento de um expressionismo quase sempre inexistente. Maroelo Cipis é desprevenido e jovem. ~ comovente ele reconhecer que está depurando, buscando uma maneira mais intensa de fazer o seu trabalho. Retirar e não acrescentar. Talvez, é pura especulação, seja mais expressiva esta representação de boca tapada. Onde há o minimo, á maior a expressão. ~ no vazio que se estabelece o significado. E é no vazio, na busca da um sentido estalbalecido na ausência de palavras, que existe a possibilidade do risco. Duas páginas completas. A cr'ação do homem, a criação de Deus, a criação da arte. Tudo jogado fora. Inútil. Ali não estava o sonho. O desejo e o prazer, o envoivimento da alma, o mergulho. ~ aqui, neste instante, o sonho. Aqui, finalmente, o sonho. Aqui o sonho. A marca da aventura. Jacob
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Klintow~z
MARIA BONOMI - 1935
Brasil Maria Banomi conta como percorreu, tendo à mão (sempre) novos meios gráficos e para tornar mais eloqOentes as imagens, as formas de expressão realista, naturalista, a de afastamento e - com o laser - a simbolista O recorte das fotos, o estudo da retlculação, o trabalho com o aulooom na distorção intencional, a composição do texto e dos tltulos, o degradê da capa, nada foi deixado ao acaso, mas as med~açOes sobre os temas (antigas e certamente futuras) não cessaram nunca, e agora passavam a ser verbalizadas na entrevista Lembra Dorina Nowell, da Fundação para o Livro do Cego no Brasil, quando ela diz que tudo é escrito, a cultura oi visual e somente o método Braile introduz o mundo pelo lato, pela mão. O livro oi o cofre do sol. As mãos, que para o cego são preciosas, que lhe dão acesso ao universo, e que quando se apóiam na bengala fazem o prolongamento do dedo indicador, que vai ao chão prescrutando o caminho. Paulo Favalli, especialista na linguagem dos surdos-mudos, disse a Maria que os deficientes costumam lembrar que seus olhos são os seus ouvidos, 9 suas mãos são suas bocas. E as mãos transmitem mais que as bocas, pois é o corpo inteiro falando, oi a linguagem da emoção. Os surdos-mudos tornam-se freqOentemente talentosos nas artes manuais, porque usam mais as mãos na sua integração com o mundo. Maria pensa também no lado oculto do universo, e repete a quiróloga Maria José de Oliveira, para quem a mão é um contato com o inconsciente e um retrato do cérebro. A astróloga Lúcia Castro já dissera a Maria que as mãos são fontes captadoras, concentradoras e emanadoras de energia cósmica, funcionando como pilhas elétricas. São o terminal de correntes energéticas que começam na mente. Porque o Brasil é o recordista mundial de acidentes do trabalho e a maior parte desses acidentes acontece com as mãos, a artista pensa nos significados desse mistério. Alguma coisa com o que predestinada sobre o País, onde o principal instrumento do fazer é castigado. Maria conta que ouviu, do advogado trabalhista Aníbal Fernandes, alguma coisa sobre o fato de a legislação de acidentes do trabalho não considerar as mutilaçOes manuais em menores que estudam em conservatórios ou se Iniciam nas artes plásticas. O advogado havia comentado que aqui o trabalho manual é mu~o menos valorizado que o trabalho intelectual, e sobretudo são muito distintos um do outro, o que só o preconce~o explica O meditar sobre a mão já é parte do dia-a-dia da artista: ela deixa vagar seu pensarnsnto sobre o trabalho especializado, principalmente na área da Informática, que' ocupará o espaço anteriormente ocupado pelo homem de macacão. Luis Carlos Lisboa
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NELSON LEIRNER -1932
Brasil Nelson Leirner, quase que acidentalmente, segundo ele, foi o artista definido para encerrar o Projeto Arte em Jornal, desenvolvido pelo Jomal da Tarde durante quinze semanas consecutivas: "Eu acabei pedinc~o para ser o @imo. Alguns artistas já tinham alguns trabalhos prontos e eu não tinha pensado em nada. Às vezes, este tipo de circunstância acaba ajudando a formalizar o trabalho, a agir em cima de um fato". E foi justamente movido por este estímulo, o de encerrar um ciclo de trabalhos, que Leirner elaborou sua criação: encadernando o "Caderno de Sábado", que publica estas invençOBs artísticas, idealizando sua capa e contra capa: Minha idéia inicial foi a de usar uma foto com um casal de zebras transando. E uma escultura da antiguidade babilônica com a mesma imagem. Numa proposta de expor-se a arte. Com a foto real e a BSCuttura colocadas num contexto vivencial da arte. Acidentalmente, mais uma vez, as zebras foram esquecidas. Folheando um livro de xilogravuras de animais do século XIX, que utiliza em suas aulas, no seu ateliê no centro de São Paulo, deparou-se com uma mosca. Era o inseto-objeto para a demonstração de um conceito que serrpre andou junto com sua obra: o artista vinculado ao artesão, despojado de emoção e do passionalismo. A mosca na sopa da sociedade de consumo artístico. A centelha criativa de Leirner fixou-se no inseto, de contornos nítidos e fortes. Optou pelo uso da cor cinza, com 20 por cento de retícula e em cinco minutos, entre uma. de suas crises de rinite, resolveu tudo. Coube à fotomecânica do JT, no papel do artesão, distribuir as moscas numa coreografia prOpria no fundo cinza. A capa estava pronta. Na contra capa, o mesmo cinza, com a listagem dos trabalhos que precederam o de Leirner. • Dei uma imagem de uma nnosca e o rapaz da arte final do JT (Carlos Alberto Kose) fez a composição, deu movimento ao trabalho. É ele que tem a linguagem e o seu domínio. A escolha da nnosca pode fornecer aos espectadores da arte de Leirner inúmeras e quase sempre sombrias interpretaçOBs. Ele silencia: "Deixo em aberto, é algo subjetivo. O papel do artista é dar o mecanismo. Se ele tarrbém der o subjetivo, seu trabalho acabou". Celso Fonseca
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RENINA KATZ -1925 Brasil No começo nllo foi o caos, mas o olho. É a imagem do olho que se insinua quando Renina Katz concebe, no momento primeiro, este trabalho, feito especialmente para os leitores do JT. O olho é uma antiga paixão, até obcessão, na obra desta artista Ela lembra de quantos olhos ela plantou, ao longo do tempo, em quantas criaçOes. Numa fase realista-mágica, então, os olhos eram quase onipresentes. Mas esta obra nasce num contexto muoo especial, num continente cercado de textos, que é o espaço do jomal. O desafio que Renina aceita é o de criar uma obra trabalhando com a própria linguagem do jornal - ou por outra com os recursos orgânicos intrínsecos ao jornal. Isto quer dizer que ela nllo ia operar com os recursos que "usa normalmente, que são os lápis, as tintas, os pincéis. O projeto saiu da cabeça diretamente para encontrar nos meios técnicos que o jornal me ofereceu a linguagem adequada para desenvolver a idéia". Renina decida, então, "tomar ao pé da letra", como diz, a proposta do JT. Pediu para o jornal "um fotógrafo que fotografasse dois olhos". A fotógrafa que foi executar () serviço indagou: "Como? Dois olhos?" - ''Qualquer um, vocá escolhe um, não lem importância. Pode ser o olho da humanidade, não precisa ser o meu, o seu ... " Ela foi e fez. Depois, eu usei o equipamento do laboratório e eles me fizeram a revelação e puseram um olho em várias escalas". A fotógrafa linha apresentado a Renina, na verdade, muitos olhos ... "Aí, eu escolhi um diretto e um esquerdo, porque eu queria dar uma certa dinâmica também E eu queria fazer alguma coisa em que estivesse embutido um certo conce~o. Este é o meu primeiro trabalho conceitual. Eele é concenual nllo porque parte só de um conceoo. É pai que a própria linguagem em que foi trabalhado !Í concenual. Assim, depois eu peço a um outro fotógrafo a fotografia de um visor de computador ou de vídeo. Para que? Eu quero, então, bolar um olho dentro do visor... " Marcos Faerman
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TOMIE OHTAKE - 1913 Brasil Nao é possível dizer que Tomia Ohtake se esconde atrás de seu silêncio. O justo seria dizer que ela se concentra em seu silêncio. Tomia, praticamente, participou de todos os acontecimentos de seu meio cultural. Cooperou com exposições cu~urais, exposições políticas a favor da redemocratização, coletivas de finalidade didática. Em nada ela parece se omitir. Tentou, também, mistérios inesperados. Enveredou pela área da escultura e construiu uma imensa estrela na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Mas n!lo respondeu às reciamações de alg uns artistas cariocas. Uma simples disputa por espaço, parecia O trabalho para Tomie foi o de fazer a sua estrela. A estrela responde por si mesma Na galeria Paulo Figueiredo, na rua Mello Alves, 714, um belo projeto arqunetOnico de Sergio Bernardes, Havia uma piscina perdida, desligada da galeria. Tomia construiu uma forma em escalas cromáticas, uma curva ascendente, que utilizava o reflexo da água para se mutliplicar e transformava a piscina em forma viva e dinãmica. Não explicou nada Fez uma escultura sobre a imigração, ondas sucessivas lembrando as geraçOss que se sucedem. E fez os cenários e figurinos de Madame Butterfly. Nada explicou destas açOss, aparentemente distantes de sua obra consagrada de pintora. Esta independência de sua obra, este desligamento da opinião do público e a fidelidade suprema ao trabalho, MO alteram o fato de que esta é uma senhora de forte opinião. Lentamente preocupou-se em axpressar um universo particular feno de sombras que se adensavam, fOfmas cada vez mais apuradas e, finalmente, imagens ambiguas, entre a abstração e a memória da figura. N!lo sabemos ao certo, esta é a verdada. Muitas destas pinturas podem ser lembranças, traços de um universo perdido, ou fonte luminosa de uma fantasia. A ambiguidade MO é exclusiva de Tomia Ohtake. Ela faz parte da própria arte que MO sa deixa fechar em rólulos, escolas ou gavetas didáticas. O que é veraz, no caso de Tomia Ohtake, é que ela vive plenamente a capacidade e a liberdade da expressa0. De alguma maneira, pode ser dito, desta dama t!lo fina e digna, desta embaixatriz imaginária de um Japão mítico pousada nos trópicos, o que se pode dizer dela é que, na verdade, na mais pura des verdades, Tomia Ohtake faz o que lhe dá na cabeça. Em portug uás arcaico, fora de moda, ela faz o que lhe dá na telha. Jacob KlintoWitz
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WALTÉRCIO CALDAS -1946
Brasil Waltércio Caldas é uma sombra na arte brasileira Há alguma coisa de linguagem, um espectro da linguagem, que se filtra nestes trabalhos tao econômicos, tao afastados do usual, inabituais e, ao mesmo telJl)O, tao próximos do cotidiano. Em nenhum instante ele parece subvertar o real. Não é o seu trabalho. Ele nao está a serviço do surrealismo, não pretende mostrar o outro lado das coisas, não aprofunda os vlncuios das pessoas com o Inconsciente ou com o mundo que está ocutto. De que maneira, então, existe esta sombra? De que se trata e por que nós acreditamos que ele é uma sombra cuja presença se espraia e marca a nossa arte? Wattércio Caldas é um medium do existente. ~ o homem do olhar e da identnicação: aqui há um momento, há uma coisa. Wattércio Caldas é uma sombra indiciando que a arte brasileira é uma produtora de simples objetos. A arte de Waltércio Caldas é a confluência de apontamentos do existente, de congelamento do real. Wattércio Caldas é um mestre de signfficados. Aqui, finalmente, está o artista de corpo Inteiro. Um mestre de significados. A sua obra, neste projeto do JT, demonstra o seu método. Ele desmembrou a idéia de jornal até os seus colJl)Onentes celulares e o concetto de dígttos. Depois, encontrou a função do jornal, o fato de apontar para fora, se produzido para agir do outro lado. O trabalho do artista também não é assim? Feito para estar do lado de fora do artista? No lado de fora ele encontrou a sua fábrica de ar, células e dígttos, as sombras estes dígttos da luz. E interferiu no espaço através da digitação de duas frases: Aquilo Como Aqui, Isto Como Sombra. Um sistema poético consecutivo e, depois, espelhado no JT. Interferir no espaço é alterar o espaço. A significação do existente e a Idéia de escuttura Não uma proposta, mas a intervençao na idéia de escultura O jomal, bidimensional, divulga o registro desta alteração. Nada é bidimensional no mundo. Todas as coisas são tridimencionais. Ou não são nada O homem come o signHicado. ~ outra leitura. Como pode ser igual à alguma coisa ou a ação do verbo comer. Eu como sombra Isto é igual aquilo. Eu como significado. Aquilo como sombra. Isto como aqui. Wattérclo como aqui. Assim é, Sombra como Wattércio. Wattérclo Caldas como Arte em Jornal no JT. Jacob Klintowitz
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WESLEYDUKE LEE -1931
Brasil Wesley Duke Lee, com esta dupla página em Arte no Jorna( feHa de mapas inventados, retoma ao ponto de origem. O artista. da mesma maneira que o mHo, é circular. A história destes mapas está firmada na história de Wesley Duke Lee. É um dê seus momentos mais envolventes, reavaliação do mundo, mergulho na profecia, estabelecimento de uma cartografia transformada em exposiçOes e livro. As imagens no interior dos mapas, cujo arcabouço é o mapa da força aérea americana, são recolhidas nos jomais e nos meios de comunicação e impressas segundo técnicas incipientes. Agora, esta cartografia anímica e objetiva retoma à sua origem e vivem, novamente, nas páginas de um jomal. Este retorno de Wesley Duke Lee não é incomum na sua vida É possível considerar o artista segundo o desejo posHivlsta de permanente progressão. Mas se Isto valer para Wesley deveremos considerar esta progressão através de uma espirai que quase loca na curva anterior. Mais fácil será, contudo, observar Wesley Duke Lee como um artista que trabalha séries completas, fecha o ciclo e, depois de uma allmentacâo variada, reabre novo ciclo. Wesley Duke Lee é associado imediatamente à vanguarda Sem qualquer intenção, no simples ato de sua existência de criador de situaçOes, objetos e Imagens, ele tem se colocado na frente de processos e antecipador de uma sensibilidade. Quando os artistas brasileiros escolhiam a Europa como base de aprendizado e os museus europeus como modelo a ser atingido, Wesley Duke Lee procurava os Estados Unidos e lá, por várias circunstâncias fortuHas, terminava por fazer um curso livre com Leo Leonl na Parsons School 01 Design, New Vork. Era o ano de t952 e o artista tinha 21 anos. Este curso tinha um caráter notável. Em parte, retomava a experiência da Bauhaus e a sua muttidlsciplinaridade e, por outro lado, antecipava os tempos e não se propunha ensinar as pessoas a fazer, mas a pensar. Elas deveriam entrar em contato com várias disciplinas artisticas ou não artísticas e aprender a pensar o conceito. Leonl tinha uma frase que era qualquer coisa como "não fazar, mas pensar". Esta conceito marcou a vida da Wesley. Jacob Klintowitz
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YUTAKA TOYOTA 1931 m
Brasil Não é hábito de Yutaka Toyota entrar em grandes e arrebatadas discussões. Entretanto, ele não se afasta de sua opinião, não concede nada no seu trabalho, persegue uma definição de linguagem que o leva, cada vez mais, para o epicentro de furacão. Não há qualquer necessidade de discussão. Ele não está em questão, está em movimento. O seu percurso é um processo, um caminho que o leva para o ambiente de uma preocupação, para a vivência de uma preocupação e o faz ser, a cada instante, um ser em construção. Yutaka Toyota, com denodo admirável e alucinado, organiza um ser chamado Yutaka Toyota que descobre a sua I~ação com aquilo que nós não conhecemos e que ele intuiu de uma maneira sistemática e não provada. Toyota percebe as dimensões do Universo e pensa que se aproxima e vislumbra alguns dos mistérios. Taivez isto não seja misticismo. Yutaka Toyota tem uma precisão fantástica. Uma vez eu o acompanhei num intrincado tráfego e jamais vi alguém estacionar um carro em espaço tão exíguo. Num só movimento, preciso, severo, sem dúvidas. Foi quando ele me contou de seu passado de aviador e de estudioso da ciência do movimento, de conhecedor de metalurgia. Outra vez, observou em cortes precisos os custos do aço, o preço de oficinas, o sistema de comercializacão da arte e as possibilidades de contato com o público. Nada demais nisto, mas devemos concordar que não é comum discorrer sobre a quarta e a quinta dimensilo, estacionar o carro em uma vaga mínima e falar com gosto das questões da metalurgia. Para Yutaka Toyota o trabalho de produtor de arte é, tudo leva a crer, um sistema integrado de investigação do universo e de aprofundamento do ser. Não aparenta, aos olhos de quem observa, um processo místico. Ele come" bebe com prazer, lida murto bem com os materiais desta vida e n:io demonstra qualquer tipo de alienação em relação aos prazeres desta nossa terceira dimensão. ~ provável que nós estejamos todos habijuados a pensar o misticismo como uma maneira de ligação com o universo e desligamento com a realidade cotidiana. Seja como for, despidos de preconceitos, verfficamos que Yutaka Toyota tem esta admirável combinação que permrte vertiginoso sucesso profissional, habilidade no trato das coisas materiais deste mundo dos homens e um genuíno interesse pela verfficação de realidades sutis e não possíveis de serem provadas. Jacob Klinlowitz
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ATELIER ABERTO
ATElIER ABERTO Brasil o Circuito Atelier Aberto é uma iniciativa da 65 artistas plásticos com 5 a 15 anos de atuação profissional, e consiste na abertura conjunta de 35 ateliers ao público interessado em artes plásticas. No IAB - Inst~uto dos Arquitetos do Brasil Sala Flávio Império, os artistas do circu~o realizam uma exposição que funcionará como central do evento, possibil~ando um primeiro contato com as obras dos artistas, fornecendo informações e facil~ando o roteiro de visttação aos ateliers. Os artistas participantes não possuem entre
si vínculo estético, nem se configuram como grupo ou movimento. Porém, constituem parcela significativa da produção atual em artes plásticas nas áreas de gravura, desenho, pintura, escultura e instalação. O evento se caracteriza pela mobilização de artistas ao redor de um projeto cultural que privilegia a muttiplicidade de tendências pautada na expressão individual.
Relação dos Artistas Participantes do Circuito Aleliar Aberto Adalberto M. Cardoso, Alex Flemming, Ana André, Ana Michaelis, Angela Santos, Angelo Augusto Milani, Arnaldo Batalhini, Arriei Chahim, A. Sérgio, A. Marra, Beralda Altenfelder, Carlos Barmak, Carlos !)enino, Cecília ABS André, Célia Cymbalista, Clara Castallo, Domingos Seno, Eduardo Veren Gueh, Eide Feldon, Eveli Prvupiorka, Fábio Lopes, Fernando Stickel, Flávia Fernandes, Genilson Soares, Geraldo de Souza Dias, Geraldo Paranhos, Hélio Vinci, lole Di Natais, e artistas convidados, Jacques Jesion, Jaime Prades, José Carratu, Ju Corte Real, Júlio Minervino, Karen Siiveira, laurita Salles, luis Carlos Martinho da Siiva (Caita), L. Solha, Madalena Hashimoto, Marcelo Cipis, Mareio Antonon, Maria Teresa Louro, Marina Saleme, Mariannita Luzzati, Marta Oliveira, Mário Fiare, Mário Ramiro, Mônica Barth, Nahurn H. Levin, Nina Moraes, Nazareth Pacheco e Siiva, Paula Ahzugaray, Patricia Furlong, Pedro Lopes Soares, P. Wh~aker, Renata Barros, Roberto Micoli, Sandra Tucci, Sergio Guerini, S. Niculitchelf, Teresa Berlinck, Selma Daffre, Vara Barros, Vara Rodrigues, Zé Cássio Macedo Soares. Dias 16 a 21/10: Abertura conjunta dos ateliers para visitação nos seguintes horários: - Dias 16 e 17/10: das 19 às 22h - Dias 18, 19, 20 e 21/10: das 14 às t8h Para vis nas fora das datas e horários estabelecidos, favor consultar os artistas por telefone. InformaçOes gerais durante o Circu~o Atelier Aberto: 859-6866.
Coordenação: Arnaldo Batalhini Vara Rodrigues
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CINEM
VIVIAN OSTROVSKY
Brasil Biografia Nascida em 17 de novembro em New York (USA) Estudos secundários no Rio de Janeiro (Brasil) Estudos UniversRários em Paris (Psicologia, cinema) Atividades Cinematográficas
- Distribuição de filmes (cine-mulheres internacional) - Organizações de festivais - RealizaçOes de filmes
Filmografia 1980 - Carolyn 2 - com Carolyn Carlson; corealizado com Martine Rousset (expanded cinema) 1981 - Top ten Stylists - com Thierry Mügler, Claude Montana, Karl Lagerfeld, etc. Co-realizado com Software Prod 1982 - Movie (v.o.) 1983 - Copacabana Beach 1984 - Allers-Venues 1984 - Stalingrad-instaliation 1985 - U.S.SA 1987 -'" 1988 - Eat
Outras Atividades: - Jornalismo: Charlie Mensal, Hara Kiri, Revue lmage e Son. Cinemaçã.o, Câmara Obscura (U.SA) - Livros para Crianças.
Obras Apresentadas 1.
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FILME (V.O.): 1982 Super 8 - ampliado para 16mm Sonoro - 10 minutos Produçã.o - realizaçã.o: V. Ostrovsky Montagem: V. Ostrovsky e Gisàle Meichler para a cópia de 16 mm. Som: V. Ostrovsky e Patrick Genêt Itinerário: Paris direçã.o Provence passando por Nova York, Amsterdam, Rio de Janeiro e Jerusalém. Os lugares, as pessoas e as luzes surgem ao acaso durante o percurso. Vagantes noturnos. COPACABANA BEACH: 1983, Super 8 ampliado para 16 mm Sonoro: t O minutos Produçã.o - realização: V. Ostrovsky Montagem: V. Ostrovsky e Gisàle Meichler para cópia 16mm Som: V. Ostrovsky e Patrick Genêt. Cenas cotidianas. Copacabana da aurora ao meio-dia. O físico como cunura e a forma como pesquisa. Como subtítulo, o futebol e Carmen Miranda Trabalho de Câmera e montagem sobre ritmos, at~udes e luzes dos trópicos. Rodado no Rio de Janeiro em 1982. ALLERS- VENUES: 1984 - Super 8 ampliado para 16 mm Sonoro: 15 minutos Produção - realização: V. Ostrovsky Montagem: V. Ostrovsky e Gisàle Meichler para a cópia 16 mm. Som: Vivian Ostrovsky e Patrick Ganêt. A partir do material familiar ao super 8 (família. amigos, paisagens ...) Aller.-Venues desvia do álbum de família por propor uma visão estranha. Allers-Venues é um mini jogo de imagens a sons sobre o vai-a-vem de uma casa durante o verão. ~ o curso de cenas de espaços prosaioos e pacíficos das fúrias. dos ruídos, música. diáiogos inquietantes e graves. A construçao de tonalidades e ritmos dramatiza progressivamente o clima. Nos deixam o flash do brilho da luz do meio-dia para aquela luz do pór do solou da no~e. As cores cedem ao preto e branco sobre uma cena de separaçao evocando partidas mais trágicas. USSA: 1985 - Super 8 ampliado para 16mm Sonoro: 14 minutos Produção - realização: V. Ostrovsky Montagem e Som: V. Ostrovsky e MarieCatherine Miqueau para a cópiade 16mm. Mixagem: Patrick Genêt U.SA.U.R.S.S,: U.S.SA ou maneira de
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ver e compreender outra parte aqui ou aqu; em outra parte. Resumindo, uma história onde a geopolítica não encontrará mais estas grandes distâncias - Moscou, Nova York, Paris, MilM e Berlim. 5. • •• : 1987 Super 8 ampliado para 16 mm Sonoro: 12 minutos Produção - realização V. Ostrovsky Montagem - V. Ostrovsky e Jean Pecheux para a cópia 16 mm Mixagem do som: Patrick Genêt Todos os anos, Sarah e Paul deixam sua casa na Califórnia para vir comer na França Seu ~inerário inclui um máximo de restaurantes "3 estrelas" (os melhores); entre as refeições eles degustam vinhos da região. Nós o seguimos por 8 dias na região de Bordeos. 6. Comer: 1988 - Super 8 - ampliado para 16mm Sonoro: 15 minutos Produção - realização: V. Ostrovsky Montagem: V. Ostrovsky e Français Sculier para cópia 16 mm Mixagem do Som: Patrick Genât Encenação sobre os hábitos na mesa observados em certos locais com humanos e animais.
Cinéma-je ou cinéma-jeu? (Cinema-Eu ou Cinemabrincadeira ?) Os filmes de Vivian Ostrovsky pertencem a dois gêneros desenvoividos, no cinema experimental: o diário filmado e o filmecolagem. Seus filmes são corno a combinação saborosa destas duas categorias em um mesmo prato, que se zombaria das definiçOes e dos gêneros. Se, entretanto, seus filmes parecem mais próximos dos diários filmados, eles o sao na
medida em que as seqüências que os compOem combinam como elementos de colagens. As reiações existentes entre os dois gêneros se estabeiecendo segundo os tratamentos. segundo a montagem das imagens e suas ligaçOes com a música e os sons. Fundindo estes dois conjuntos, a cineasta vai chegar a este objeto particular que é o jornal-mosaico. Os mosaicos sao sempre constituídos de fragmentos que, justapostos uns aos outros, constituem motivos e constroem uma representação dada. Se consideramos o mosaico como uma prática cinematográfica possível, descobrimos então um cinema que utiliza as seqüências como tipos de blocos nos quais se entalha, produzindo estilhaços que podemos organizar segundo crITérios diferentes, e que cada filme, em função de seu conteúdo e seu designo, vai impor. E é nessa prática que surge toda a especificidade do trabalho de Vivian Ostrovsky. De fato, mais que a presença do autor, sensibiliza-nos o seu sutil afastamento, o qual evidencia o que é mostrado/manipulado. O traço do cineasta é, porém, perceptível nos enquadramentos e nas referências cinematográficas de certos planos. Esses enquadramentos podem apresentar-se àqueles do cinema tradicional: ver, por exemplo, em U.S.S.A., o manager saindo de um edifício ou essa pessoa parecendo encontrar-se com outra sob um alpendre, ou ainda o plano de uma mulher na cabine telefônica lembrando os primeiros Godard. Em Movie, o mundo do espetáculo é evocado referindo-se às atualidades e a seus enquadramentos discretos: aqui, Ruggiero Raimondi saudando a multidão, patinadores em feixes luminosos. Mas Vivian Ostrovsky vai perverter também este classicismo manipulando os fatos peia montagem, dando-lhes por isso mesmo uma aparência próxima dos assemblages de Kurt Schwitters
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e das colagens em caixas de Joseph Cornell. Uma outra filiação, esta mais '1í1mica", nos faria associar Dziga Vertov e Bruce Conner, passando por Medvedkine, pela sua maneira de tratar as imagens que ela mesma filmou como objetos achados ou como documentos. A cineasta. como produtora de suas imagens, eclipsa-se em favor dos conteúdos que, sejam eles testemunhas culturais e sociais ou anedotas privadas. Essas apresentações misturadas entre elas, sem nenhuma outra hierarquia a nao ser a do prazer da feliz associação. produzem este efeito de mosaico que vem minar o espírito de diário filmado. A evolução para o imaginário acontece, entre outras coisas, por meio de uma recoloração de película, que cria um desvio com a percepçã.o original da cena. Assim, em Movie, as seqüências aiaranjadas para Harlem, em U.S.S.A., os marrons avermelhados da fechadura do açougue e em ... o sépia da repetição de certos gestos e o amarelo esverdeado da oena campestre final. Essas transformações pelas tonalidades, mas também, como vamos ver, pela montagem fazem com que domine um cinema-jeu (brincadeira) sobre um cinema-je (do eu). Um desiocamento do assunto com fortes conseqüências cinematográficas, Um cinema mais neutro na sua forma e que brinca mais facilmente com seus conteúdos, recorrendo a um humor mais ou menos mordaz. Esta distanciação é tanto mais fácil que Vivian Ostrovsky trabalha a partir de uma quantidade grande de documentos que ela juntou antes. Ela, de fato, acumula as imagens que aia enumera e ciassWica. das quais ela poderá utilizar-se à vontade, segundo suas necessidades para tal ou tal projeto. (...)
Yann Beauvais
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COMBOGOS, LATAS E SUCATAS
COMBOGÓS, LATAS E SUCATAS MAYSUPUCY Brasil Biografia Natu ral: Santos Profissão: Artista Gráfico
Principais projetos - Imagem Cooperativa para Organização - L. Figueiredo. - Marca e Logotipo para Hotel Jatiuca. - Programação Visual para Maksoud Plaza. - Sinalização para Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. - Sinalização para Maksoud Plaza. - Sinalização para Aeroporto de Bata, África. - Sinalização para a sede do SESC, Taubaté. - Montagem de exposição para Arte Nativa Aplicada. - Montagem de exposição para Hidroservice Engenharia de Projetos lida.
GLÁUCIA AMARAL DE SOUZA Biografia Natural: São Paulo
Principais exposições - Exposição Cunural Popular Brasileira projeto nacional- SESC-Vila Nova - São Paulo. - "O Design no Brasil - Hist6ria e Realidade" SESC-Fábrica de Pompéia - São Paulo. - "Mil Brinquedos para a Criança Brasileira"SESC-Fábrica da Pompéia - São Paulo. - "Caipiras, Capiaus, Pau a Pique" - SESCFábrica da Pompéia - São Paulo. - "Entre ato para Crianças" - SESC-Fábrica da Pompéia - São Paulo. - Exposição individual "Roupas Bordadas" Museu de Arta de São Paulo "Assis Chateaubriand". - "Traje um Objeto de Arte?" - Museu de Arte de São Paulo "Assis Chateaubriand". Rio Design Center - Rio de Janeiro.
COMBOGÓS, LATAS E SUCATAS - ARTE PERIFÉRICA Exposição organizada em co-produção Fundação Bienal e MAC USP Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo Parque Ibirapuera - Pavilhão da Bienal 3' Andar De 26 de outubro de 1989 a fevereiro de 1990
A instalação tam como base e ponto de partida a arte popular. A arte do povo expressa algo que é comum a muitos, e murras vezes pode refletir, assim, as idéias que permeiam a comunidade. Qualquer pesquisa pode demonstrar que as obras de arte produzidas pelo povo não somente têm autores individuais dotados de um imaginário estético próprio, como também são abertas ao processo cultural dinâmico que hoje envolve toda a sociedade. A arte do povo jamais encontrou uma forma "autêntica" definitiva. Tem sido sempre akerada no processo de sua transmissão e, com o advento da cultura de massa, essas alteraçOes se tornaram muito mais bruscas e dinâmicas. O povo absorveu e reproduziu, através do tempo, toda espécie de coisas. As profundas diferenças na atitude fundamental e na qualidade que encontramos na arte popular rejeitam a teoria romântica de uma "alma popular" unificada, a comprovam que a arte popular não expressa apenas diferenças de classes ou condiçOes sociais, como também é produzida por indivíduos da diferentes níveis de talento e integridade. Só podemos julgá-Ia pelos mesmos padrões
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Combogós, Latas e Sucatas, 1989 MAC/USP
segundo os quais julgamos qualquer outra forma de arte: por sua qualidade. O projeto objetiva propiciar ao artista popular as mesmas condições de produção que se tem oferecido normalmente ao artista erudRo a, ao mesmo tempo, proporcinar ao espectador as mesmas condiçOes de observação.
Montagem Revisão do cotidiano compondo objetos e elementos utilitários de várias procedências: elementos ligados à construção; pisos de cacos de cerâmica, comibogós-tijolos vasados utilizados na ventilação das casas nas regiões Norte e Nordeste do Pais. Elementos utilitários - A reciclagem da sucata de lata da indústria alimentícia para confecção de utilitários. O reaproveitamento de sacos de embalagem para toalhas e panos de prato.
Elementos de comunicação - Painéis ilustrativos de serviços e bonecos de escapamento de carro. Elementos do imaginário - Pratos de cerâmica policromada representando comidas.
Participantes: 1. Amerides Soler Dias - Botucatu - S.Paulo Piso de caco de cerâmica e comibogós 2. Associação de Abrolhos - Aparecida Chaves, Geraida de Jes us Chaves Coronel Chavier Chaves - Mi nas Gerais Amarradinhos 3. Ismania Aparecida dos Santos - TaubatéSão Paulo Cerâmica Policromada 4. José Francisco Tomé·- Conceição do Rio Verde - Minas Gerais Trabalho em lata 5. José Salvanes - Osasco - São Paulo Painéis
COMPUTA
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FRACTAL ART Brasil Fractais podem ter muitas faCes. Às vezes se apresentam como curvas da draga0, linhas voluptas que dançam e convoluem com corrplexidade, ou podam diluir-se em poeiras cuidadosamente ordenadas. Fractais sao gerados a partir de fórmulas matemáticas aplicadas a um conjunto de números descoberto paio malemático Benoil B. Mande/brot. As imagens, em um processo repetitivo, são feitas de clones menores da imagem mãe. Segmentos assemelham-se com o todo, sua aparência não muda significativamente quando vista sob a lente de um microscópio de poder arbitrário. Essa auto-composição ocorre na própria geração da figura. Resultados são reutilizados no cáiculo de próximos resukados. E seriam impossíveis de serem criados sem o auxílio de computadores. Os resultados podam ser traduzidos em cores e soos. Assim, além de desenhos fantásticos, Iractais podam tarrbém ser usados para gerar músicas. Um efeito musicallascinante é a assim chamada intermitência, que ocorre associada ao efeito de similaridade em desenhos: o mesmo tema ocorre mais ou menos freqüentemente. Fractais decorrem de leis aplicadas à física, biologia, sociologia, alé à arte e simulação de movimentos. E o que os faz tão fascinantes é que, de certa forma, eles sempre existiram, assim corno as fórmulas que definem a atração entre os corpos tarrbém, de certa forma, sempre existiram. Nossa proposta foi concretizá-los, criando uma realidade artificial que os refletisse, os contivesse e os extraísse, unindo a música à imagem, mostrando-os espacialmente, permitindo uma interação, uma interterância, uma vivência Para tanto, foram utilizados d~erentes meios: computadores, sensores, materiais plásticos usados na criação de músicas, imagens, esculturas, compondo um ambiente, em que as pessoas possam interagir e alá mesmo modificar, buscando a evocaçao do todo, do infinito cootido em cada perte.
Asterisco Ponto Asterisco Asterisco Ponto Asterisco: uma sigla comum em Computação, que poderia ser traduzida como Tudo Pool0 Tudo, ou Qualquer Coisa. Porque, dada a heterogeneidade do grupo, ficaria dffícil agrupá-los sob um rólulo comum: um músico (Wilson Sukorski), uma arquiteta (Maria Rita Siiveira de Paula), dois "corrputeiros" (Artemis Moroni, Paulo Cohn), dois engenheiros (Antônio Rentes, Sinésio Fernandes) e um matemático (Milur Sakoda Jr.). Vivências diferentes, sensibilidades dHerent"., que surgiram de um projeto da Bienal anterior, a Música Pessoal, do Wilson e do Paulo. O computador aplicado à música, o corrputador gerando fractais, fractais gerando música, MiM, Artemis e Rentes gerando imagens fractais, reunindo desta forma pessoas de aigum modo ligadas 11 Ciência e à Arte. Imagens e músicas levaram a uma ""oIução natural para o ambiente, envoivendo mais dois aficcionados, Rita e Sinésio, e completando o grupo.
Participação · Ambiente Artamis Moroni Maria Rita Silveira de Paula Sinésio Fernandes · Música Wilson Sukofski PauloCohn . Imagens Antônio Rentes Mitur Sakoda AFlami. MOfOni · Coordenaçao Artamis Moroni
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Fractal Art. Ilustração, Fractais
NÇA
DANZA CONTEMPORÂNEA DE CUBA Cuba Biografia Fundado em Setembro de 1959, com o nome de Departamento de Dança Moderna do Teatro Nacional de Cuba paio professor, bailarino e coreógrafo Ramiro Guerra, o conjunto hoje é conhecido como Danza' Contemporanea de Cuba. Sua proposta é buscar uma linguagem de dança nacional, síntese das raízes afro-hispânicas e das peculiaridades caribenhas, que se define como a técnica cubana de dança moderna, profunda e virtuosa; um estilo novo e de amplas possibilidades expressivas, em harmoniosa integração com o teatro moderno, linguagem contemporânea e de cu~uras ancestrais. Hoje, depois de 30 anos de existência, desenvolveu uma técnica peculiar, uma arte de dança cubana e universal de grande efeito cênico e artístico. É formado por mais de 60 integrantes, na sua maioria egressos da Escola Nacional de Arte de Cuba, que tem surpreendido muito o público ao radar do mundo por seu alIo nível técnico e profissional. Danza Contemporanea de Cuba lem mais de 50 obras de temática variada e níveis expressivos em seu repertório atual, desde coreografias com acento folclÓfico muito marcado e elaborações artísticas plenas por sua plasticidade e poesia. peças de permanente beleza em seus movimentos e mensagens universais ao intelecto humano até obras com preocupações estéticos/sociais que influem no oomportamento do individuo e da Sociedade. Nos seus 30 anos de vida, a Companhia recabeu aplausos do público e da crítica especializada em suas 36 turnês pelas Américas, Europa, Ásia" África, participando dos mais importantes festivais" eventos de dança a nível mundial.
Bailarinos Regia Savent Luís Mariano Luís Robledo Ruben Rodriguez
Programa 1. MACANDAL Coreografia de Manuel Vazquez 2. MICHELANGElO Coreografia de Victor Cueilar 3. TRAVESSIA SOBRE NIAGARA Coreografia Maria-Nela Boao 4. (ESTRÉIA MUNDIAL) Coreografia de Victor Cuellar. Criada especialmente a 20' Bienallntemacional de sao
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OCUMENTAÇAO
AS BIENAIS DOS ANOS 50 Brasil A inauguração aliciai do Museu de Arte Moderna, a 8 de rnarço de 1949, representa o assentamento definitivo do Modernismo em São Paulo. Nesse momento a arte moderna deixava de freqüentar apenas os salões exclusivos da bem nascida elite cultural paulistana - seus cor~osos defensores nos anos 20 e 30 - para se instalar num espaço institucional a que todos podiam ter acesso. O "Museu" vinha com um projeto ambicioso, sintonizado com o ritmo progressista da metrópole em que se transformava sao Paulo. Como sinal dos tempos, à sua frente estava um legítimo representante da colônia italiana ligada àindústria, Francisco Matarazzo Sobrinho, e sua mulher Yolanda Penteado, sobrinha da grande dama do Modernismo dos anos 20, D. Olívia Guedes Penteado. Da proposta do novo museu fazia parte a organização de grandes mostras internacionais de artes plásticas, urna filmoteca, urna escola de artesanato, urna biblioteca, além de intensa programaçâo de conferências e cursos. Ern outubro de 1951 é aberta ao público, no Trianon, a I' Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. A Bienal "albre um novo ciclo das artes plásticas no Brasil" reconhecia a "Útlirna Hora" - e era visitada por "mil pessoas por dia" - inforrnava ''O Tempo". Os anos 50 foram agttados por urna militância artística intensa, e as Bienais forneceram farta munição para alimentar as brigas entre artistas de correntes antagônicas. Figurativistas, albstraclonistas, nacionalistas, internacionalistas, coneretistas, etc., defendiann com convicção suas idéias em cartas, artigos de jornais, rnanifestos, discursos públicos e brigas quentes no "bar ,do Museu". O espírito dessa época está registrado nos documentos que compilem o Arquivo Histórico da Fundação Bienal de São Paulo. O tralbalho de preservaçao e de pesquisa, iniciado em 1984, tem revelado a existência de manuscritos importantes, cartas com textos fundamentais, fotos, projetos, cartazes, flámulas, recortes de jornais, toda urna documentação que traz para o presente um pouco dessa história da Bienal, - uma mostra que nos anos 50 alterou de forma definttiva a face das artes plásticas no Brasil. Das trevas do dep6stto em que permaneceram durante 40 anos, esses documentos estão passando à luz da história. Verad'Horta
Coordenadora: Verad'Horta Pesquisa: Elza Maria d'Avila Barbosa Rosa Maria Estavas Migotto Auxiliar de pesquisa: Arlete Miranda de Araújo
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I' página da "Úhirna Hora", de 20-10-1951. À esquerda Renê d'Harnoncourt, representante do MOMA, de Nova York, recebendo obras para a I' Bienal.
À direita, escultura do italiano Giacomo Manzú.
LE R
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I STUDIO INTERNACIONAL DE ElETROGRAFIA Brasil Eletrografia é um processo fotográfico seco que, aliado ao desenvolvimento tecnológico que assistimos nas últimas décadas, proporciona um sem-número de cópias de uma mesma imagem, com o simples apertar de um bota0. Este processo reedita o desejo ancestral de nossa espécie em refletir· se, como já o fizera a natureza ao moldar as pegadas de nossos mais remotos antepassados. Ferramenta de marcar, de contar e recontar histórias, tanto quanto o martelo e o cinzel, a câmera fotográfica, os filmes, o caMlo, o lápis, os pinçéis, telas, pigmentos e a palavra, é o que a máquina fotocopiadora é. Ainda que em princípio a utilização da aletrofrafia estivesse restrITa aos serviços de uma burocracia de escrnório, seu potencial lúdico nao tardou a seduzir-nos ao seu jogo de confronto, de contato imediato, diálogo entre energias materiais, festa da ebuliçao, choque: rápido, redundante, quente. Açao que gera açao. A eletrografia, em seu estágio atual, conjuga·se bem com os versos de "Morte e Vida Severina", de Joao Cabral de Melo Neto: ..... um caderno novo quando a gente principia ... (e) infecciona a miséria com vida nova e sadia, como o oásis no deserto e o vento na calmaria", ou mesmo com o que disse Man Ray ern seu artigo "Fotografia não é arte", de 1943: "Quando a Fotografia tiver perdido seu azedume, e quando envelhecer como a arte ou o álcool, então se tornará Arte e não permanecerá simplesmente como urna arte, como é encarada hoje". Abrimos o "caderno novo" para mostrar o que se aprendeu com este fotocopiar durante o meio século de sua existência. Este azedo perfume, estação ainda não sacralizada peia Arte Institucional, é o que lhes apresentamos. Aqui: cópias originais pelas mãos de inconforrnados investigadores da reprssentaçao visual, trabalhos os quais S9 não servem aos propósttos convencionais da produção artística, pelo menos acenam a possibilidade de se estar ali, ampliando em alguns palmos, nosso ângulo de visao, contribuiçao efetiva que talvez nos aproxime da equação reveladora da essência de luz projetada de nossa espécie. Quem sabe? Luiz Guimarães Monfaria Coordenador
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ARTHUR MATUCK
Brasil Biografia Nasceu em sao Paulo, E'rasil, em 1949. O professor de Multimídia e Intermidias da Universidade de São Paulo na Escola de Comunicação e Artes, Arthur Matuck, é mestre em Comunicaçao pela Universidade de lowa e Mestre em Artes Visuais pela Universidade da Calnórnia, em San Diego, ambas nos Estados Unidos. Atualmente, finaliza dissertaçao de tese quando obterá o grau de doutor em Artes, pela Universidade de São Paulo. Sua produção em artes gráficas inclui obras como "La Phenomena" (1974); "La Phenomena Medium" (1974);"0 olho prisioneiro" (1975); "Ars Memoria" (1977); "Semion . Um sinal para Informação liberada" (1983) e o "Catálogo I" do Museu de Arte Não Internacionar (1988), produções paralelas: uma coletânea de videotapes que realiza desde 1977. Seus trabelhos já foram apresentados nos Estados Unidos, Itália, Alemanha, França, Áustria e na 17' Bienal Internacional de São Paulo. Sua produção global ti caracterizada pelo poético das novas tecnologias, essência de seus cursos e sua tese de doutorado.
Obras Apresentadas 1. Alproksimigo Sonorigrafia, 2. Alproksimigo Sonorigrafia, 3. Alproksimigo Sonorigrafia, 4. Alproksirnigo Sonorigrafia, 5. Alproksimigo Sonorigrafia, 6. Alproksimigo Sonorigrafia, 7. Alproksimigo Sonorigrafia, 8. Alproksimigo Sonorigrafia,
Alproksimigo . Aproximação, 1989, Sonorigrafia, 100 x 45 em
(aproximação), 1989 100,0 x 45,0 em (aproximação), 1989 100,0 x 45,0 ern (aproximação), 1989 100,0 x 45,0 ern (aproximação), 1989 100,0 x 45,0 em (aproximação), 1989 100,0 x 45,0 em (aproximação), 1989 100,0 x 45,0 em (aproximação), 1989 100,0 x 45,0 em (aproximação), 1989 100,0 x 45,0 ern
BERNARDO KRASNIANSKY Brasil Biografia Nasceu no Brasil em 1951. Há mais da dez anos Bernardo Krasniansky trabalha com lfiogralia, policromia e eletrografia. Mostrou o resultado da suas pesquisas em diversas exposições internacionais de Artes Gráficas, entre elas: IV Bienal da Grálica, Colômbia (1982); I Bienallbero-Arnericana de Artes Gráficas, Uruguai (1983); onde recebeu o Prêrnio General Motors; Intergrafik, Berlim (1987) e a 11 Bienal de Copy Art e Elatrografia, na Espanha (1988). Participou, igualrnente, de inúrneras mostras no eixo Rio-São Paulo, onde conquistou prêmios, tais como: "Melhor Mostra de Desanholl981", na Pinacoteca do Estado da São Paulo e "Prêmio Viagem" no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1982).
Obras Apresentadas 1. Sem título, 1989 Litografia (3 impressões) - eietrografia transferida para padra, 100 x 70 em Edição Almavera 2. Sem título, 1989 Monotipia de aletrografia transferida para pedra, 100 x 70 em Edição Almavera 3. Sam título, 1989 Monotipia de aletrografia transferida para pedra, 100 x 70 em Edição Almavera 4. Sem lílulo, 1989 Monotipia de aletrografia transferida para pedra, 100 x 70 em Edição Almavara 5. Sem título, 1989 Monotipia de eletrografia transferida para pedra, 100 x 70 em Edição Almavera 6. Sem título, 1989 Litografia (3 impressões) - eletrografia transferida para padra, 100 x 70 em Edição Almavera 7. Sem título, 1989 Litografia (3 impressões) - eletrografia transferida para padra, 100 x 70 em Edição Almavera
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o Mito do Labirinto, 1981, Elelrografia sobre papel quadriculado, 31
x 21 em
CHARLES ARNOLD JR. Estados Unidos Biografia Nasceu em Rhode Island, Estados Unidos, em 1922. O nome de Charlss Arnold é história. Professor Emérito do Rochester Institute 01 Technology,' ensinou nesta instituição por mais de três décadas. Estudou ilustraç::io na Rhode Island School of Design, onde também dedicou-se à pintura. A fotografia aparece em sua carreira quando o também histórico Minor White profere uma conferência sobre o tema em Rhode Island. Torna-se Assistente de Curadoria da George Eastman House a partir de 1956, época em que Beaumont Newhall ocupava o cargo de curador. Na<> bastasse a honra dos nomes de Minor White e Newhall estarem vinculados à sua carreira, Charles conquistou amizades que descreve como preciosas: C. 8. Neblette, Neil Croom, Nathan Lyons, Joan Lyons, Owen Butler, Bruca Davidson, Jerry Welssnamm, Harold Edgerton e outros. Ao lado de seu desenvolvimento artistico, a educaç::io foi sua grande preocupação. As duas trilhas lhe trouxeram gratas recompensas. Os trabalhos de Charles Arnold pertencem aos acervos do Museum of Modem Art of New York .. Museu de Arte de Silo Paulo. A Society of Photographie Education concedeu-lhe o prêmio "Regional Teacher of Distinction", e a comunidade internacional do Rochester Institute 01 Technology o prêmio "The Eisenhart Award for Outstanding Teaching", em t987. Como todo artista de relevância, Charles exibiu seus trabalhos nos qualro cantos do mundo. De todas as fonles de seu aprendizado, destaca com orgulho" que considera a mais enriquecedora: sua família. A Eletrografia aparece na carreira de Charles há três décadas, e sobra ala escreveu uma tese de mestrado que é considerada o primeiro texto de teor estético sobre o assunto.
Obras Apresentadas
Sem Titulo, 1988, Eletrografia
1. "Exquistte Night", 1982 Eletrografia, 20,5 x 27,0 em 2. Sem titulo, s.d. Eletrografia, 34,7 x 16,5 em 3. "Bill Gratwick", 1976 Elelrografia, 20,3 x 15,2 em 4. Sem titulo, 5.d. Eletrografia, 23,2 x 32,0 em 5. Sem título, s.d. Eletrografia, 20,2 x 30,0 em 6. Sem litulo, s.d. Eletrografia, 19,0 x 28,7 em 7. Sem titulo, s.d. Eletrografia, 20,5 x 31,5 em 8. Sem titulo, 1984 Eletrografia, 25,7 x 19,5 em 9. Sem titulo, s.d. Eletrografia, 27,0 x 20,5 em 10. Sem titulo, s.d. Eletrografia, 33,0 x 1B,O em 11. Sem titulo, 5.d. Eletrografia, 19,0 x 25,3 em 12. Sem titulo, s.d. Eletrografia, 26,6 x 20,2 em 13. Sem título, 5.d. Eletrografia, 11,2 x 25,5 em 14. "Figure", s.d. Eletrogralia, 34,2 x 20,9 em 15. Sem título, 1978 Elelrografia, 19,6 x 20,3 em 16. Sem titulo, s.d. Eletrografia, 20,0 x 26,8 em 17. Sem litulo, s.d. Eletrografia, 13,3 x 18,3 em 18. Sem título, 1985 Eletrografia, 27,0 x 19,0 em 19. Sem titulo, s.d. Elelrografia, 26,5 x 19,5 em 20. Sem titulo, s.d. Eletrografia, 20,7 x 29,0 em 21. Sem titulo, s.d. Eletrografia, 27,0 x 16,6 em 22. Sem titulo, s.d. Eletrogralia, 22,3 x 28,2 em 23. Sem titulo, 1988 Eletrografia, 26,8 x 18,2 em 24. Sem título, s.d. Eletrografia, 21,5 x 23,2 em
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DINA DAR Polônia Biografia Nasceu na Polônia em 1939. "Electroworks" foi o título da mais irrportante exposição de trabalhos artísticos executados pelo meio eletrográlico em terr~ório norte· americano, e a imagem que serve de cartao de vis~a daquela exposiçao tinha a assinatura de Dina Dar. Só nesta exposiçao as imagens de Dina percorreram as salas do Cooper-Hewitt Museum, George Eastmann House e Center lor Performing Arts 01 Nashville. Dina, lormada em Artes pela Calilornia State University, também estudou Psicologia com Jean Piaget, na Universidade de Genebra, Suíça, e dedicou-se a estudos sobre Educação. Como artista da selação especial da II Bienal de Eletrografia de Valência, Espanha, Dina expandiu uma carreira de exposições que já incluía passagens por Israel, França, Canadá e várias cidades norte:americanas. "Family Shrines: Racent Xerography" e "App'oaches to Xerography" .ao livros que editou sobre o tema deste evento.
Obras Apresentadas 1. China Magic Performance, 1988 Fotocópia PIB pintada, 21,5 x 84,0 ern 2. Light & Roses, s.d. Fotocópia a laser, 21,0 x 63,0 em 3. Flaming Motion, 1989 Fotocópia a laser, 43,0 x 28,0 ern 4. Movement in Red, 1989 Fotocópia a laser, 88,0 x 84,0 em 5. Standing Stil!, 1989 Fotocópia a laser, 4~,O x 112,0 em 6. Twilight Zona, 1988 Fotocópia PIB com intarlerência de aquarela, 21,5 x 84,0 em
Luz e Rosas, 1989, Eletrografia a laser, 24 x 30 em
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FRANZJOHN Líbano Biografia Nasceu em Beirute, Líbano. Exciulndo todo e qualquer processo racional, Franz John explora seu subconsciente e 'aplica-o' à máquina A matéria-prima de sua pesquisa li sefTllle uma estrutura em PVC, que copia e amplia sucessivamente. A cada passo, a máquina seleciona certos traços do PVC copiado, e o original fica. portanto, cada vez mais distante. O trabalho llnal é abstrato, próximo da pintura automática. Seu subconsciente é, pois, substituído pelas propriedades técnicas da copiadora Foi na Faculdade de Comunicaçao Visual de WOrzburg que Franz John começou a trabalhar com copy ar! e mídia eletrônica Desde então tem exposto em diversos museus e galerias, tais como: Cebtt, Hanover (1986el987); Museum IOr Photokopia, MOlhelmlRuhr (1987); 7. Internatlonales Experlmentaliilmfest OsnabrOck (1987) e Vid90 Fest'89, Berlim.
Obras Apresentadas 1. Instalaçao no muro de Berlim (detalhe), 1985 EI9Irografia, 63,0 x 324,0 cm 2. Instalação, 1988
A Galeria Copiada, 1987, Instalação
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HETTA NORROS Finlândia Biografia Nasceu em Helsinque, Finlândia, em 1929. "Pankaamme Kasi Katehen" é título de um épico finlandês que servirâ de tema para o projeto que Hetta Narros apresentará nesta Bienal. Hetta, todos verão, é no mínimo mágica, e por isso mesmo não causou espanto a ausência de material para catálogo em sua carta, confirmando participacão. Ainda assim, racorremos à publicação alemã. APEX. No entanto, ali s6 encontramos duas páginas impressas com seus coloridos trabalhos, seu nome, data e local da nascimento. Sabemos que Hetta ti prêmio de seleção espacial da Bienal de Eletrografia de Valência, Espanha, e que participou, junto com Jurgen Olbrich, Lieve Prins e Wongang Hainke, de um evento na Alemanha e mais nada. Parece mesmo que Hetta é desses artistas que acreditam de maneira radical no discurso da imagem por si só. Mas ela, com certeza, tem outros oredos, pois Pankaamme Kasi Katehen quer dize" Coloque sua máo dentro das minhas.
Obras Apresentadas 1. Sem título, '.d. Eletrografia, 59,2 x 42,0 em 2. Sem título, •. d. Eletrografia, 27,0 x 33, 5 em 3. After the Party I, •. d. Eletrografia, 38,1 x 26,2 em 4. Aftartha Party 11, 3.d. Eletrografia, 29,0 x 38,0 em 5. Stonefairy, 1989 Eletrografia, 35,8 x 23,2 em 6. Nocturnallsland, 1989 Eletrografia, 37,8 x 26,2 em 7. After lhe Party 111, s.d. Elatrografia, 38,5 x 26,0 em 8. Sem título, 3.d. Elatrografia, 59,2 x 42,0 em 9. Sem título, s.d. Eletrografia, 59,2 x 42,0 em 10. Sem título, s.d. Eletrografia, 59,2 x 42,0 em 11. Sem título, s.d. Eletrografia, 59,2 x 42,0 em 12. Sem título, s.d. Eletrografia, 59,2 x 42,0 em
Sem Título, Eletrografia
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JAMES DURAND França Biografia Nasceu em Qusntin, França, em 1944. Durand estudou pintura, fotografia e desenho animado na École des Beaux-Arts de Lilla, e tornou-se Professor Assistente de Estética na Université de Paris VIII, SI. Denis, onde criou um ateliê de pesquisas em Copy Art. Além de dar aulas e participar de exposições tradicionais, Durand faz instalações e performances com copy art. Dentre as numerosas exposições de que participou, destacam-se: "Electra", no Museu de Arte Moderna de Paris (1983); "Photocopier n'est pas copie,", com ateliê inlantil, no Centre Georges Pompidou, em Paris (1986); e a II Bienal Internacional de Eletrogralia e Copy Art, em Valência (1988), onde rscebeu o prêmio "Seleção Especial".
Obras Apresentadas 1. Avec la lumiàre I, 1985/88 Fotocópia a laser, 164,0 x 117,2 ern 2. Avec la lumiàre li, 1985/88 Fotocópia a laser, 164,0 x 117,2 em
Com a Luz, 1985/1988, Fotocópia a laser, 100 x 300 em
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JESUS PASTOR BRAVO
Espanha Biografia Nasceu em Bilbao, Espanha, em 1954. Bravo ê licenciado em Filosofia e doutor em Balas Artes pela Faculdade de Belas Artes de Salamanca, onde leciona atualmente. Fez duas exposições individuais (Galeria la Ciudadala· Pampiona, 1984; e Galeria Caja de Ahorros Viscaina • Bilbao, 1988) e participou de divarsas mostras coletivas. Entre elas: "Investigacion y Nuevas Tecnologias" (Espanha, 1986); Richard Gallery (Boston, 1987); Galeria "Verffica B+ 1" (Itália, 1987); Korea Design and Package Genter (S90ul, 1988); " Bienal Internacional de Elstrografia y Copy Ar1 (Valência, 1988); Bhasat Bhavan Internalional Biennial of Prinls (India, 1989). Além disso, participou de exposições na França, Suíça, Colômbia e México.
Obras Apresentadas 1. Número 6, s.d. Calcografia, 112,0 x 77,0 em 2. Número 7, s.d. Calcografia, 112,0 x 77,0 em 3. Número B, •. d. Calcografia, 112,0 x 77,0 em 4. Número 9, •. d. Calcografia, 112,0 x 77,0 em 5. Número I, s.d. Calcografia, 112,0 x 77,0 em 6. Número 2, •. d. Calcografia, 112,0 x 77,0 em 7. Número 3, •. d. Calcogralia, 112,0 x 77,0 em 8. Número 4, •. d. Calcografia, 112,0 x 77,0 em 9. Número 5, •. d.
"Dobl" Simulacion", 1009, Calcografia, 76 x 112 em
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Espanha Biografia Josá Ramon nasceu em Valência, Espanha, em 1980. J. Fernando nasceu em Alicante, Espanha,
8ml961.
J. Ramon Alcala é professor de Novas Tecnologias da Imagem, na Faculdade de Belas Artes de Cuenca, e diretor do Museu Internacional de Universidade de Castilla - La Fernando Canales é licenciado em Bela Artes pela Universidade PolITécnica de Valência. Trabalham juntos desde 1983 no da eletrografia artística, sob o DS<ludõnimo Alcalacanales. Foram da 2' Bienal Internacional de Eletrografia e Copy Ar! de Valência. Recebaram o de Artistas do Ano de 1988 pelo Fotok.opie (R.F.A.)
Obra Apresentada 1.
Mística, 1989 eletro9ráfica com técnica mista,
x 453,0 em
Trilogia Mística (detalhe), 1989
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JUDV NATAL Estados Unidos Biografia Nasceu em Chicago, Estados Unidos, em 1953. Mastre em Artas a Ciências Fotográficas pelo Rachestar Institule 01 lechnology, Judy dedica-se à fotogravura dasde que graduouse pela Universidade de Kansas. Não é rara, na composição de suas imagens, a intromissão de elementos eletrográficos. No entanto, a predominância na construção da imagem matriz é a fotografia. Para Judy Natal, "a fotogravura... vai em direção oposta à tendência de simplilicacão dos processos fotográficos de hoje, pois a manulaturação artesanal de cada imagem impressa á um ato de amor". Atualmsnte Judy atua como assistente de Nathan Lyons no Centro de pesquisas "Visual Studies Workshop", de Rachaster, EUA, mas seus conhecimentos já foram transmitidos em diversas universidades
americanas. Seus trabalhos já percorreram os Estados Unidos de costa a costa, sempre exibidos nas mais rapuláveis galerias e museus, como lhe Photography Galiery, da Universidade de Oregon; Mussum Df Fine Arts, de Kansas City; Memorial Ar! Galiery, de Rochester; Kathleen Ewing Gallery, de Washington; e no Arts Council of Great Br~ain, na Inglaterra. Apesar de estar presente no acervo do Museu de Arte de São Paulo, esta é a primeira vez que Judy Natal apresenta seus trabalhos no Brasil.
Obras Apresentadas 1. Anallysis 01 Beauty (inspirado em William Hogarth) - Fish Serias, 1988 Fotogravura, 44 x 63 em 2. Memento Mori (autoretrato) - Fish Serles, 1988 Fotogravura, 44 x 63 em 3. Musical Lament - Fish Serias, 1988 Fotogravura, 44 x 63 em 4. lhe Conversation - Fish Serias, 1988 Fotogravura, 44 x 63 em 5. Animal Spirits Serias 1989 Desenho xerográfico, 61 x 46 em 6. Animal Spirits Serias, 1989 Desenho xerográfico, 61 x 46 em 7. Animal Spirits Serias, 1989 Desenho xerográfico, 61 x 46 em 8. Animal Spirits Serias, 1989 Desenho xerográfico, 61 x 46 em
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Fish Serias, Analysis of Beauty, 1988, Photogravure. 22 x 30 em
JURGEN O. OLBRICH
Alemanha Ocidental Biografia Nasceu em Bielafeld, Alemanha Ocidental, em 1955. Passaporte carimbado pela Documenta 8 de Kassel, Alemanha, uma das mais respeitáveis mostras de arte Internacional. Jurgen, junto com WolIgang Hainke, nos traz à Bienal de sao Paulo o fragmento de um trabalho de 1.500 m de comprimento, cuja mensagem direta nos soa como um alerta: "Este nao é um tempo para se engolir a raiva... Este nao é um tempo para congratuIaçOes", e efetiva mais um contato público de seu trabalho, já exibido em Galerias de Kassel, Paris, Calgary, Valência (prêmio seleção especial) e Bremen. Performances, instalaçOes, livros e colaborações em multimídia caracterizam a obra deste alemão, para quem o uso do meio eletrográfico é rotina. "Aperte o botão", nos diz o artista, "mas use sua cabeça 9 olhos para observar a máquina.•• Em performance, meu comportamento, que também Inclui o da máquina, detanmina o resuttado. Eu determino o resuttado às vistas do público".
Obra Apresentada 1. Sem título, 1988 Fotocópia a laser, 60 x 84 em
Sem Título, 1988, Fragmento da Obra, Fotocópia a laser
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lIEVE PRINS Holanda Biografia Nasceu em Amsterdam, Holanda, em 1948. Graduada em Arte pela Escola de Brada, em 1969, deu continuidade a seus estudos na Academia de Cinema de Amstsrdam. Produziu seus primeiros trabalhos eletrográficos entre 81 e 82, " seu fascínio pelas cores resultantes da utilizaci!io daquele processo levaram-na a uma investigaç;lo cromática singular. A arte de "copiar" de Ueve Prins não está só no plano do papel impresso. Expande-se em pe.1ormances corOOjlráficas como as apresentou no Teatro da Bastilha, em Teatro Carrá, de Amsterdam; Malmo Konsthall, na Suécia. e Kasteel Wassenaar, durante a exposiç:l.o Alfa Mooting, na Alemanha, Através de 50 eXPQsicÕBs (100111009) e publicações periódicas, o público espanhol, ttaliano e frances já se familiarizou com o estilo diversOicado de lieve pela primeira vez, é apresentado jora continente europsu.
1. 1986 Fotocópia a laser, 145,0 100,0 em 2. Sem título, s.d. Fotocópia 11 laser, 229,8 x 168,0 cm 3. Strellched Docht8f I, 1986 Fotocópia a laser, 203,0 x 37,0 em 4. Streached Dochter li, 1986 Fotocópia a laser, 203,0 x 37,0 em
Sem Título, 1988, Eletrografia a laser
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Brasil Nasceu em Brasil, em 1949. Formado fi publicidade pela Unisantos, Monjarta deu continuidade a seus estudos no 01 ArI e no Rochester Institute onde
estudou Artes e Suas
Paulo, Gallery
oI Roches!er InstituIs Unidos.
Presente! Passado do Indicativo, 1989, Detalhe, 120 x 20 em
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MARIO NOBORU ISHIKAWA Brasil Biografia Nasceu em Presidente Prudente, Brasil, em 1!M4. Mario Ishikawa começou expondo na década de 60 em salões nacionais. Em 1967 estava presente na IX Bienal de sao Paulo. Em meados da década seguinte, Mario Ishikawa deu início ao trabalho que vem desenvolvendo até o presente momento em multimídia. Participou de exposições em museus nacionais (São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraíba e Bahia) e internacionais (Alemanha, Argentina, Bélgica, Itália, França e Estados Unidos).
Obras Apresentadas 1. Sem títulos, 1976 Heliografia, 42,0 x 30,0 em 2. In hoc signo vincas (Com este sinal venoerás), 1977 Elatrografia P/B, 32,4 x 21,5 em 3. Bloco Comamorali\lO, 1974 Elatrografia PIS, 31,0 x 21,5 em 4. Sem título, 1974 Impress1\o oft·set com matriz gerada por aletrografia, 23,0 x 15, O cm 5. Torneio Democrático, 1974 Elatrografia P/B, 66,0 x 64,5 em 6. Estudos para uma dacsão, 1976 Heliografia, 60,0 x 42,0 cm 7. Allernativaparaunnaconduta, 1976 Heliografia, 42,0 x 30,0 em
Com Este Signo Vencerás, 1970/72, 24 x 30 cm
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PACO RANGEL
Espanha Biografia Nasceu em Castello, Espanha, em 1960. Premiado com a seleção especial na 11 Bienal Internacional de Eletrografia de Valência, Espanha, Paco bisou o feito que conquistara um ano antes na I Bienal Internacional de Eletrografia de Barcelona, Espanha, fatos que parecem rotina em sua bagagem artística, na qual carrega mais de 15 prêmios em exposições pelas pprincipals cidades espanholas, não só por sua produção eletrográfica, como também pelos videotapes que produziu. Adiciona-se a esta jovem carreira de apenas dez anos duas exposiçOes de caráter Internacional, no Pantum Instnute, de Copenhague, e no Cantro Providencial de Artes Plásticas y Diseno, de Cuba.
Obras Apresentadas 1.
Semlítulo, 1988 Eletrografia a laser, 2. Sem título, 1988 . Eletrografiaa laser, 3. Sem título, 1988 Eletrograliaa laser, 4. Sem título, 1988 Eletrografia a laser,
130,0 x 102,0 em 130,0 x 102, Oem 130,0 x 102,0 em 153,0 x 130, Ocm
Huellas, 1989, Eletrografia transferida, 26 x 37 cm
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PAULO
Nasceu em Recife, Brasil, em 1949. Iniciou suas pesquisas de muttimidia em 1969 a, a partir de então, teve trabalhos expostos no Brasil e no exterior. Bruscky destaca como as mais importantes a do Parachule Cente, for Cu~ural Alfair., no Canadá; Centro Lavara Arte, de Milão, na Itália, " na Small Press Arehive, em Antuérpia, Bélgica. Em 1981 recebeu um Guggenheim Fellowship para investigações de artes visuais, entre Holanda e Estados Unidos, e, em 1983, o I Premio Internazionale Andrea Del Sartó, na kálla. Seus trabalhos estlia representados nos seguintes acervos: Museu de Arte Moderna do México, MAC/USP de São Wichita Museum, Cenlro Wilfreda lann Cuba.
da
de
de Artistas
Obras 1. Xe,o/gráfioo, 1932 i=1€ltrOi.,aliia. a laser, 35,5 x 64,8 em 1982 EI'llrc'llr<.fla a 1ase" 35,5 x 86,4 em
latina, 1982
E:~~~~~~~a!~I~a~~se"1982 ~ Elelrografla
86,4 em
lase" 35,5 x 86,4 em
Sem Título, 1988, Xerox colorida
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PATTI Estados Unidos Biografia Professora assistente do Rachaster InstITute Df Technology desde 1984, Patti Ambrogi é uma investigadora permanenle do arrplo horizonte que sua vista alcança. Sua formação artística começa na Universidade de Siena, na Itália, passa pela Academia de Arte de Florença e pelo teatro Shakespeariano, na Universidade de Oxford, Inglaterra, e dali para uma convivência com um lime de primeira linha da fotografia conterrporãnea, corno Nalhan Lyons, Joan Lyans, Sil Labrot, Bea Nettles, Keith Smith, Sania Sheridan, Jim Reilley, Andy Davidhazy ouiros. "The Visionary Pinhais"; "Nikon World", "Fotografia Italiana" são algumas das publicações que registram trabalho de Patti, também "'A'::~;'~~~~
como da Xerox'
Eastman Hou.", 1st. Musaum Canadian Canter lor Hewit! Workshop " Nikon GaI19"'.
Desenho eletrográfico, 19B8
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PIERRE GRANOUX E ANNE VIDAl - GRUPO VARIA QU' A D'ÇA
França Biografia Nasceu em Gap, França, em 1963. Ao concluir a École de Beaux-Arts da Nimes, Granoux foi convidado a participar da I Bienal de Copy Art de Barcelona (1985). Três anos mais tarde recebau o prêmio "Se1eç1!o Especial", na 11 Bienal de Copy Art da Valência. Em 1988, Granoux participou, entre coletivas e individuais, de sete exposições em Nimes, cidade onde vive e trabalha. Recentemente elaborou o cartaz 7eme Festival de Cinéma d'Alês.
Obras Apresentadas 1. Ici, là bas n' I, 1989 Eletrografia, 82,0 x 60,0 em
2. lei, là bas n' li, 1989 Eletrografia, 82,0 x 60,0 em
Visto na Teievisão, 1988, Eletrografia, 150 x 165 cm
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ROlAND HENSS DEWAlD Alemanha Ocidental Biografia Nascsu em Bonn, Alemanha Ocidental,
am 1952.
, \
, t
Estudou design em DOssaldor! e Berlim. Em 1981 recebe os prêmios de dasign "GrafikDasign-Deutschland" e "Voluma". Ensinou design desde 1982 na Fachhochschula, de DOsseldorf, e no ano seguinte foi designado diretor do escritório de design FOr Design, am DOssaldorf. Entre os títulos universitários que obteve estAo: Mestre na Universidade de Belas Artes, da Berlim (1983) a Professor de TipOgrafia na Fachhochschule, de DOsseldorf (1988). Além de publicar diversos artigos sobre design a Copy-Art em revistas alemAs, Dewald é fundador da associaçAo alem;;. Forum Typografie. Dewald participou da várias exposicÕ9s de Copy-Art, especialmente em MulheimlRuhr (1984) e Sambara (1988). Em 1986 esteve na I Bienal de Copy Art da Espanha e. dois anos mais tarde, recebeu o prêmio "Seleçao Especial", de II Bienal de Elelrografia de Valência.
Obras Apresentadas 1. Typewriter. 1989, Eletrografia, 150 x 100 em 2. Comum, 1989 Eletrografia. 150 x 100 em 3. Seems to be a woman, 1988 Eletrografia (15 reducÕ9s e 20 ampliações), 150 x 100 em
Sem Título, 1989, 24 x 30 em
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ROBERTO KEPPLER Brasil Biografia Nasceu no Brasil em 1951. Mármore, metal e madeira são alguns dos suportes que Roberto Keppler utiliza para seu trabalho com fotocópia. Além de engenheiro e designer, Kepplar é também poeta. Em meio a latos, gravuras, livro de artistas, postais e ser vista toda uma produção de e experimental. Este artista Bienais de São Paulo " mostras no Méxioo, Estados 8
outros.
1.
Morro Azul, Raízes, 198218311>4/89
Fotocópias em 2. Fazenda Morro em Raízes - 1983-1>4 n"UGc.... 'a:s. Iilosat, 67 x 92 4. Raízes, 1979-89 3.
Sem Título, 1989, 30 x 20 em
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ARRANZ
Espanha Biografia Nasceu em Barcelona, Espanha, em 1955. Licenciado em História da Arte pela Universidade Autônoma de Barcelona, Arranz leciona na Escola Massana desde 1978, colabora habitualmente em jornais e revistas e participa de seminários sobre eletrogralia. Organizou várias exposições institucionais e deu assistência a numerosas mostras de lotografia, vídeo, pintura e eletrografia. Em 1987 fundou a Sociedade Eletrográfica Ibero-americana. Nos ú~imos três anos, Arranz tem exposto seu trabalho em e!etrografia nas principais cidades da Espanha.
Obra 1.
Natureza Morta, 1988, Eletrografia -
o
Turco - releITura de Ingres, 1988 Eletrografia sobre PVC ,140,0 500,0 em
Da série Homenagem a Morandi, 30 x 42 cm
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VERACHAVES BARCELLOS
Brasil Biografia Nasceu em Porto Alegre, Brasil, em 1938. Tendo cursado durante 2 anos escolas de arte européias, Vera Barcellos retoma ao Brasil e expOe gravura, desenho e pintura A partir de meados dos anos 60 realiza Inúmeras mostras Individuais em museus e galerias no Brasil e no exterior. Em 1973, Vera passa a utilizar a fotografia como suporte, dando Início a uma fase concenual. Dois anos mais tarde ganha uma bolsa do Brnish Councll para cursar o Advanced Printmaking no Croydon College de Londres. Em 1976 representa o Brasil na Bienal de Veneza e, no ao seguinte, participa da XIV Bienal de São Paulo. Enviou trabalhos para mostras internacionais na Alemanha, ~ália, Japao, Argentina, Suíça. Espanha e Polônia. Vera reside em Barcelona deste 19á6.
Obra Apresentada
1. o Peito do Herói, 1966 Fotografia manipulada, pano tingido e metal, 706 x 120 em
o Peno do Herói, 1988, Fotografia manipulada, pano tingido e metal, 706 x 102 cm
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WOlFGANG HAINKE Alemanha Ocidental Biografia (1944, Bad Warrrbrunn, Alemanha) Professor na Universidade de Bramen, Hainke trabalha com experimentaçao gráfica e técnicas de serigrafia Do seu currículo constam: uma pertormance na Documenta de Kassel (1987) e um trabalho desenvolvido juntamente com Nam June Paik e Emmett Williams int~ulado "Concerto per telefono", apresentado em Roma (1986). Participou também de importantes eventos no Canadá, Estados Unidos, Alemanha e Espanha, onde expôs trabalhos em oopy-art, postais, catálogos, múltiplos e livro de artistas.
Obras Apresentadas 1. "Auto-Retrato - 42", 1989 17 Fotocópias A4/ Brothercolor 5500 (Cyeolor) 88 x 300 em 2. "The Endless Copy" (fragmento), 1989 Eletrografia - 1260,0 x 24,0 em
Meister - Bilder - Sarrple 111, 1988, Self partrait, cópia colorida
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HUMOR EM CUBA Cuba Nas artes plásticas cubanas, o humor e sua expresslto na caricatura fazem parte inseparável da arte de vanguarda Essa mesma vanguarda, identWicada como tal pela primeira vez na Exposição da Arte Nova (1927), conta já hoje, desde essa inauguração, com artistas cuja obra mais nclável se debruça sobre a caricatura, na ilustraçao, na gráfica: Rafael Blanco e Jaime Valls. O que é extraordinário - e assim foi frisado várias vezes - é que esses artistas, sobretudo Blanco, apresentaram com o trabalho deles nas publicações periódicas, assuntos e soluçOss que a pintura viria a absorver para definir sua própria modem idade. EDUARDO ABELA - Foi o protagonista do primeiro auge do modemo no domínio da pintura e foi ele, aliás, o criador de EI Bobo, uma das personagens rnais transcendentes na história da caricatura política em Cuba. O vanguardismo pictórico de Abela, que constitui um fato indiscutível, adiou um pouco a reflexão sobre o caráter precursor de sua obra na caricatura. Suas vinhetas de EI Bobo mostram que estamos perante um desenhista que se está a antecipar a algumas das linhas mais influentes da caricatura coritamporánea, de Thurber a Steinberg; acontece com ele, como um paradigma, uma inter-relação quase natural entre campos aparentemente irreconciliáveis. Ao longo da história da arte cubana neste século, outras figuras percorrem o caminho traçado entre a caricatura e a pintura: vão e vêm de um campo a outro. Hernández Cárdenas, Júlio Girona, José Luís Posada, Juan David .ao nomes que coincidem nesta passagem. Ora bem, trata-se, às vezes, de períodos de sondagem, de treino ou de aprendizagem, num pólo ou em outro, emI;lora seja também notável a intenção da conjugar recursos extraídos destes supostos extremos em criações que (no caso em que existir tal intenção) slto bastante ambíguas com respeito às etiquetas, ao uso, em cada momento. Portanto, esta última possibilidade, a de artistas estabelecidos na fronteira entre diferentes tipos de arte (sendo um deles, reiteradamente, a caricatura), verificou-se com relativa freqOência na arte cubana, sobretudo durante os últimos 30 anos. Este fato deve-se em grande parte à necessidade que têm muitos artistas de se lançarem em zonas que os gêneros "do humor" mais tradicionais consideraram simplesmente alheias. Durante a década de sessenta, novas promoções de humoristas gráficos abrem caminho. Um grupo deles consegue reunir-se em EI Pitirre e, desde esse tablóide, expõem uma ruptura com os esquemas fixados para este estilo de publicação satírica. EI Pitirre impõe linhas qualitativamente novas e nutrese do que há de rnais avançado no desenho do humor latino-americano, europeu e norteamericano, e abre caminhos mais amplos para a caricatura, no seu aspecto conceitual. Nesse caso, a gráfica se magnWica, as piadas não estão obrigadas a serem de uma maneira demasiado óbvias; pode-se até prescindir várias vezes do texto e do caráter efetivo da imagem. Dessa experiência, desprenderam-se individualidades, ligadas logo no seu desenvolvimento aos melhores momentos da pintura, do desenho e da gráfica, no período da Ravoluçao: Chago Armada, Eduardo Munoz Bachs, Renê de la Nuez, Frémez, José Luís Posada. Por outro lado, na mesma época, Jesús González de Armas inicia um périplo solitário que o leva, desde a caricatura e o desenho animado mais sintético, até suas pinturas e desenhos de filiaçao expressionista, concentrados no drama das culturas indo-americanas. Durante os anos setenta, surge outra renovação no domínio do humor gráfico nacional, com a peculiariedade, nesta ocasião, de que os protagonistas da ravoita permaneceram na publicaçao de origem (Dedetê) e não lentaram violar os esquemas habituais da caricatura; sua maior pretensão visava, talvez, tornar mais flexíveis os padrOes estabelecidos, torná-los menos rígidos, e pode-se dizer que, em grande medida, o conseguiram. Todos os aspectos excelentes do DedelfJ
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(desde o desenho, extraordinariamente cuidadoso, com relação a outras publicações cubanas coletâneas, alá o seu papel como relator protagõnico da crônica social cubana, durante os últimos vinte anos) expressam-se
no desenvolvimento individual das figuras agrupadas progressivamente à volta deste quinzenário. A maioria desses artistas, mais ainda do que passarem a outros campos, enriqueceram a caricatura cubana por dentro. É óbvio que a incorporação de recursos técnicos e de outro tipo, provenientes da pintura, da gravura ou da cerâmica, coloca-nos, de vez em quando, perante obras localizadas na náocaricatura (obras que nunca foram concebidas para serem reproduzidas na imprensa e nas quais o lado humorístico se retrai ou se dissolve ao máximo). Mas em quase tudo o que foi produzido por estes autores, o humor é o matiz que define a 'unidade" que torna
permeável suas criações. A partir de todos esses artistas, pode reconhecer-se uma linha ininterrupta nas artes plásticas cubanas. Uma linha que serpenteia no terreno da caricatura mais convencional, passando várias vezes sobre os limnes confusos da "arte séria", atravessando o limo fértil de tantas zonas de criação, submergidas em alguns momentos peio humor. Ora bem, essa linha que se parece mais a um caminho saibroso que a qualquer auto-estrada asfakada - é a via hoje freqüentada pelo Chago de Armas, Nuez, Manuel, Cariucho, Ajubel, Simanca, Tomy, Félix, Ares. No entanto, mais além estão os desvios, ocasionais e lógicos, e o fato de que a esse sendeiro se sobreponham outros, por onde passam (por exemplo) a ironia e o espírito mordaz, tão freqüentes na arte cubana mais recente. Mas definitivamente, isto seria já outro assunto.
ALBERTO MORALES AJUBEL Cuba Biografia Nasceu em Vila Clara, Cuba, em 1956. Estudou na Escola de Artes Plásticas "Leopoldo Romanach", Santa Clara. Trabalhou no semanário humorístico "Oedetê". Membro da UNEAC 9 AIAP. Atual Presidente da subseçao de Humor da UNEAC. Publicou caricaturas no semanário humorístico "Melaíto" e no "Oedetê" Cuba. Tarrbém tem publicações na Bulgária, Estados Unidos da América, Canadá, Japão, URSS, Bélgica, Nicarágua, Checoslováqula, ROA, Hungria, Polônia, Turquia, Grécia, França, Argentina, Uruguai, México, Venezuela, Porto Rico, Inglaterra, Itália e Brasil. Realizou desenhos animados para o cinema e a televisão em Cuba. Publicou suas obras nos seguintes livros: Dedetê - Edição - Abril de 1985 Déjalo Pasar - Edição Abril de 1986 Esse animal que ri - Edição José Marti, 1988
Exposições Individuais - Sem palavras - Angola 1972 - Humor Ajubel- Bélgica 1984 - Museu Regional- Guadalajara! Zacateeas 1988
Exposições Coletivas 1974n9 Salao Nacional de Humorismo UPEC - Havana
1977ns Salao Nacional Juvenil de Artes Plásticas Museu Nacional de Belas Artes Havana 1979/81/83/85187 I!IIIIII/IVN Bienal Internacional de Humcr (San Antonio de los Banos) 1981/83/85187 Bienal Internacional de Humor e Sátira da Arte (Gabfovo) 1983/84185186/87/88 Saia.o Internacional de Humorism
Principais Prêmios -
-
Menção Honrosa, Concurso "Ser ou nao Ser", Revista Polônia (Polônia 1975) 2" Prêmio - Prêmio Revista PLUS, Salao Internacional do Humor e da Sátira da Arte - Gabfovo 1981/85 l' Prêmio - Sa~o Internacional de Caricatura - Montreal 1987.
Obras Apresentadas
Sem Título, 1989 Lápis a pastai si cartolina, lOS x 76 em
1. Sem título, 1989 Lápis e pasteVcartolina; 108 x 76 em 2. Sem título, 1989 Lápis a pastel/cartolina; lOS x 76 em 3. Sem título, 1989 lápis e pasteVeartolina; 108 x 76 em 4. Sem título, 1989 Lápis e pastaVcartolina; 108 x 76 em 5. Sem titulo, 1989 Lápis a pasteVcartolina; 108 x 76 em 6. Sem titulo, 1989 Lápis e pastaI/cartolina; 108 x 76 em 7. Sem título, 1989 lápis e pasteVcartolina; 108 x 76 ern 8. Sem título, 1989 Lápis e pastel/cartolina; 108 x 76 em 9. Sem título, 1989 Lápis e pasteVcartolina; 108 x 76 ern 10. Sem título, 1989 lápis e pasteVcartolina; 108 x 76 ern
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Cuba Biografia Nasceu em Cuba em 1958. Possui licenciatura de História da Arte da Universidade de Havana É membro da UNEAC e é da AIAP. Ocupa o cargo de especialista na Direção de Artes Plásticas do Ministério da Cultura em Cuba.
Exposições Individuais 1981 - Humor, Galeria l - Havana 1983 - O Eterno Ver§!:; - Galeria L Havana 1984 - Faculdade de Filosofia" letras da Universidade de Havana - Havana EXIJO$IIç()SS Coletivas Galeria Ralael Padilla de Zaragoza Puebla 1983 - Equipo Hexagono, Galeria de la Havana 1983 - Salão Mundial de Humorismo Knokke Heis! 1986 - Artistas Jovens, Musoo Eduardo Sivori Buenos lIi,e" 1987 - I Festivallntemacional do Desenho Contemporâneo, Centro Nacional de Arte e Cultura George. Pornpidou - Paris 1987/98 - Museu Nacional de Belas Artes Havan 1982 -
P.Ii",,,,I,,,,.i ... Prêmios Prérnio - em coletivo -lImostra Internacional do Desenho Humonstico Desportivo Aneona-I981 Menção - Desenho - I Bienal de Havana - Havana 1984 Mencão - Desenho Gráfico - Salão " Nacional de Artes Plásticas UNEAC - Havana - 1985.
Obras Apresentadas 1.
5 Lições de solidão (Um conjunto de cinco desenhos)
2.
Dime la hora, 1988 Técnica mista/cartolina, 720 x 525 em Un tucan, 1988 Téenica mista/cartolina, 720 x 525 em i,No hay aqua? 1988 Técnica mista/cartolina, 720 x 525 cm i, Vamos ai aqua? 1988 Técnica mista/cartolina, 720 x 525 em He dieho: voy ai bano ... 1988 Técnica mista/cartolina, 720 x 525 em Auto-re!ralo tautológico, 1988 Técnica mista/cartolina, 780 x 585 em Aulo-retralo dialético (Hegeliano), 1988 Técnica mista/cartolina, 780 x 585 em Bésame mucho, 1988 Técnica mista/cartolina, 780 x 585 em Jovem lumínico energético, 1988 Técnica mista/cartolina, 780 x 585 em La tragediadel "Onyx Islands", 1988 Técnica mista/cartolina, 780 x 585 em
3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11.
Un Tucán, 1988 Técnica mista si cartolina, 72 x 52,5 em
68
Cuba
Nasceu em Havana, Cuba, em 1966. Autodidata, membro da 'Brigada Hermanos Saíz. Tem caricaturas publicadas em Dedetê, Juvootud Rebelde. Trabajadores. Granma (Cuba) " em A Semana Cômica (Nic.arágua).
ExpoSi~,OE~S Coletivas 19BI - Salão Nacional de Humorismo UPEC (Havana) 1982 - Homenagem ao 80' aniversário de Nicolás Guilién 1986 - Salão Internacional "Externa" (Havana) 1986187 - S/9th Vomiuri International Cartoon Conles! Vamiuri Shirnbum (Tóquio 1986
Mi restrale sonrie, 1987 Técnica 695
x 500 em 1867
x 695 em 4. 5. 6.
7. B.
9.
mista/c;artolin,a; 500 x 695 em su 1986 mista/cartolina; 695 x 500 em asciende, pero no trarlsei,ende. 1988 Técnica mista/cartolina; 695 x 490 em No te muevas, le vay a.... 1998 Técnica mislalcariolina; 695 x 500 em EI hombre de concreto, tiene tacho de aimíbar, 1988 Embarazo sicológico, 1998 Técnica mislalcartolina; 500 x 695 em
10. Si" título, 1980 Técnica mista/cartolina; 725
575 em
Mi rosto te SOnfie, 1987 Técnica mista si cartolina, 69,5 x 50 cm
69
JESUS GONZAlEZ DE ARMAS Cuba Biografia Nasceu em Havana, Cuba, em 1934. Estudou arqueologia cubana 9 se especializou na arte rupestre cubana. A partir de 1985 utiliza a técnica de calVao para desenho como herança nativa. Se inspira também na pintura espanhola e nos chamados códigos pré e pós-colombianos. Fundador do Grupo Antillano. Membro da União Nacional de Escrtlores e Artistas de Cuba (UNEAC).
Exposições Individuais 1978188 - Galeria da UNEAC - Havana
Exposições Coletivas 1967 - Salão de Maio, Pabellón - Cuba 1970 - Salão 70, Museu Nacional de Belas Artes - Havana 1988 - Fundaçao Jaime Guasch - Madri 1988 - Galeria de Arte Contemporânea Moscou
Prêmios mais Importantes 1952/53/54 - 1'/2"/3" Prêmios -
XVIVXIXlXX 1980/88 -
Salão Nacional de Humor Havana. l' Prêmio - Pintura - Salão Nacional de Artes Plásticas UNEAC - Havana
Obras Apresentadas 1 2 3. 4 • 5 . 6. 7. 8 9 10.
70
Sin título, 1987 Técnica mista/cartolina, 715 x 1020 em Sin título, 1987 Técnica mista/cartolina, 715 x 1020 em Sin título, 1987 Técnica mista/cartolina, 715 x 1020 em Sin título, 1967 Técnica mista/cartolina, 715 x 1020 em Sin título, 1987 Técnica mista/cartolina, 715 x 1020 em Sin título, 1987 Técnica mista/cartolina, 715 x 1020 em Sin título, 1967 Técnica mista/cartolina, 715 x 1020 em Sin título, 1967 Técnica mista/cartolina, 715 x 1020 em Sin título, 1987 Técnica mista/cartolina, 715 x 1020 em Sin título, 1987 Técnica mista/cartolina, 715 X 1020 em
Sem Título, 1987 Técnica mista si cartolina, 71,5 x 108 em
OSMAf'U SIMANCA Cuba Biografia Nasceu em Vila Clara, Cuba, 1960. Estudou pintura ria Escola de Belas Artes em Havana e gravura no Inst~uto Superior de Arte.
Exposições Individuais 1981 1983 -
Humor - Galeria l-Havana Galeria de Arte (Bayama/las Tunes)
Exposições Coletivas 1977
1979/81/83/85/87 1979/81/82/83/88 -
1980
1980
1980
111 e V Bienal Internacional de Humor VII/III/IVN Bienal de Humor SalAo Internacional de Caricatura - Montreal Canadál980 SalAo Internacional de Humorismo-AtenasGrécia SalAo Internacional de Caricatura-IstarnbulTurquia SalAo Internacional de Humorismo-Berlim Alemanha
Obras Apresentadas 1. 2. 3. 4. 5. 6.
Tripas, 1987 T écniea mista, 670 x 535 em Sin titulo, 1988 Técnica mista/cartolina, 505 x 685 em Sicosis por EI Dorado, 1988 Técnica mista/cartolina, 475 x 650 ern Sin Titulo, 1988 Técnica mista/cartolina, 515 x 590 ern Sin título, 1988 Técnica mista/cartolina, 555 x 500 ern Sin título, 1988 Técnica mista/cartolina, 545 x 590 em
Sem Titulo, 1988 Técnica mista si papel, 59 x 54,5 em
71
RENE DE LA NUEZ Cuba Nasceu em Havana, Cuba, em 1937. Diplomado pela Faculdade de Jornalismo da Universidade de Havana. Mambro da UNEAC" AIAP. Atual Vice-presidente da UNEAC. Membro do Conselho Nacional da UPEC. Vice-presidente do Tribunal Cubano Antimperialista de Nossa América (TANA). Publicou 11 livros. t::J(DOSI~;O~I$
Individuais Caricatura de Nuez -Praga Humor Cubano de Nuez - Museu de Arte Contemporânea Michoacán Galeria FITIAMoscou Todo Humor de m Nuez- Museu Nacional de Belas Artes - Havana Um Ralo de Nuez 8aroelona
1977 1978
19S0
1986
1987
Coletivas 1964/66(12174(15(18
1966/87 1971/B7
Salão Nacional de Humorismo - UPEC Havana Salão Internacional de Caricatura - Montreal 8ienallnternacional de Humor" Sátira em Arte Gabrovo
1975 1976
Museu Nacional de Belas Artes - Havana Sátira Cubana Contemporânea, Galeria da Sociedade de Amigos de Belas Artes - Varsóvia"
Principais Prêmios - Ministério da Educação e Cultura, destacado pela luta revolucionária - 1959 - Nacional"Juan Gualberto Gómez" • 1960 - Revista Kokodril - Eulenspiegel - Jean Effel - 1/111111 Bienallntemacional de Humor· San Antonio de los Banos - 1979/81/83 - Bienal do Automóvel, Sfia - 1982/84
Obras Apresentadas Con girasol y bajaychupa, 1986 Técnica mista/papel: 720 x 512 em 2. Monina con gonita, 1986 Técnica mista/papel: 720 x 512 em 3. Los piropos 11, 1986 Técnica mista/papel; 512 x 720 cm 4" Sensemayá la culebra, 1998 Técnica mista/papel; 720 x 512 em 5. Negra con rolos, 1986 Técnica mista/papel; 720 x 512 em 6. 8ongoro Cosongo, 1986 Técnica mista/papel; 720 x 512 cm 7. A uno se la van los cjos, 1986 Técnica mista/papel; 512 x 720 em 8. Sin Título, 1986 Técnica mista/papel: 720 x 512 em 9. Los priopos I, 1986 Técnica mista/papel; 720 x 512 em 10. Yayabó con Ies, 1986 Técnica mista/papel; 720 x 512 em 1.
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Con Girasol y bajaychupa, 1986 Técnica mista 51 papel, 720 x 512 em
TOMAS Cuba Nasceu em Holguín, Cuba, 1949, Autoridade-
Membro da UNEAC " da AIAP t:XIPO~l!ç()e$lndividuai$
Nacional (Havana) Dibujos Humorísticos (Luanda) Galeria "LosTayacanes" (Manágua)
Salão Nacional de Humo rismo UPEC
1969/flll
Havana Salão Juvenil Nacional Museu Nacional de Belas Artes - Havana 1972178/80/83/84/85/88 Salão Internacional de Caricatura - Montreal 1972177 Concurso Sátira da paz - URSS 1975/81/85 Bienal Internacional de Humor" Sátira da
1971177
Arte Gabrovo 19761B2I83/85/861flll
Salão Mundial de
Humoristas (Knokke 1979/81185 Internacional Humor (San Antonio de los Banos) 1984/flll
Concurso Internacional de de Livros NOMA (Tóquio)
Prêmios 197B
1981/85
1983
Prêmio Cartel Revista Juventude do Mundo Budapeste Prêmio UPECITerceiro Mundo - Humor Geral li/IV Bienal Internacional deHumor (San Antonio de los Banos) Medalha de Ouro (coletiva)
Concurso Sátira pela paz (Moscou-1983)
Exposições Permanentes Museu do Humor - Sátira da Arte - Gabrovo Musau do Humor - San Antonio de los Banos
Obras Sin tnulo, 1985 Técnica mista/cartolina, 49J x 370 em 2. Eltierrj:Jo,1007 Técnica mista/cartolina, 490 x 370 em 3. ShaiIf, 1987 Técnica mista/cartolina, 49J x 395 em 4, Fotógrafo, 1987 Técnica mista/caIioIina, 465 x 365 em 5. Teleinviden1e, 1flll7 Técnica mista/caIioIina, 330 x 360 em 6. Uuvia, 1988 Técnica mista/cartolina, 465 x 370 em 7, Verdugopascador, 1988 Técnica mista/caIioIina, 430 x 330 em a Entrevista, 1988 Técnica mista/cartolina, 430 x 360 em 9, Smprandido, 1988 Técnica mista/carto~na, 430 x 310 em 10, Confesión, 1988 Técnica mista/caIioIina, 430 x 335 em 1,
lIuvia, 1988 Técnica mista 51 cartolina, 49,5 x 37 em
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INSTALAÇÕES
ANTONIO Brasil Biografia
1946 Nasce em Assis, São Paulo, Brasil 1965 Salão Paulista de Arte Moderna, sao
Paulo, Brasil 1966 Salão de Arte Contsf11)Orãnea de
Campinas, Brasil (menção honrosa) 1967 Salão de Arte Contef11)Orãnea de Campinas, Brasil (medalha de prata) 1967 Salão Nacional de Artes Plásticas,
Vitória, Brasil (prêmio de malho artista) 1967 Salão de Abril, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil 1967 Galeria Art Art, sao Paulo, Brasil
(exposição individual) 1967 IX Bienal de Slio Paulo, Brasil 1966 Galeria Ponto de Encontro, São Paulo,
Brasil (exposição individual) 1969 X Bienal de Slio Paulo, Brasil
1969 Início do trabalho com a Luz 1971 Camden Artes Center, Londres, Inglaterra 1972 La Jardin D'Explositlon, San Paul de Vinoe, França 1973 "Ipotesi per un"Arte Simbólica" Galeria Panelle S, Locamo, Suiça 1973 Situazione Símbolo - Galeria San Fedeli, Milano, Mlia 1975 Galeria Arte Global, São Paulo, Brasil (exposiçãO individual) 1976 Gabinete de Artes Gráficas, São Paulo, Brasil (exposição individual) 1976 Couleurs de Brésil, Galeria Crearco, Làusane, Suiça 1977 Galerie du Vieux Caveao, Pully, Suiça (exposição individual) 1977 Galeria Luisa Siri na, São Paulo, Brasil (exposiçi'to individual) 1978 Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, BR 9, Rio de Janeiro, Brasil (exposição individual) 1979 National Arts Center, New York, USA (exposição individual) 1979 Der Brasilianisch Kunstler - Galerie B 14, Stuttgart, Alemanha 1980 GaleriaSan Michelle, Brascia, Itália (exposição individual) 1980 Fisio Nornie - Arts Gallery, M ilano, Mlia 1980 Villag9 House Galerij, Deurle,Bélgica (exposição individual) 1961 Galleria dei Naviglio, Milano, Itália (exposição individual) 1982 Galeria Suzana Sassoun, São Paulo, Brasil (exposição individual) 1982 Galleria Owens, Locamo, Suíça (exposição individual) 1983 Galeria 212, Paris, França (exposição individual) 1983 "lhe Big Ladder" - Seala cromatica. Instalação de escultura de 16 melros no Colosseum de Naw York, CoIumbus Cireus, para a New York Art Expo 1983. 1984 "Labirinto· - Galeria GB Arte, Rio de Janeiro, Brasil (exposição individual) 1984 Galeria L'Aftiche, Milano, Itália (exposição individual) 1984 "lhe Kiss" - Galeria Aroo, São Paulo, Brasil (exposição individual) 1985 Galeria de Arte Alberto Bonliglioli, São Paulo, Brasil (exposição individual) 1985 Fred Dortman Gallery, Na", York, USA 1986 Galleryby Svetiana, Munique, Alemanha 1966 Peri-Reneth Gallery, Soulh Harrpton, USA 1986 Seta Anéis - Galeria Centro Empresarial Rio de Janeiro, Brasil (exposição Individual) 1967 Galeria Montesanli, São Paulo, Brasil (exposição individual) 1987 Galeria Montesanti, Rio de Janeíro, Brasil (exposição individual) 1987 Galeria Suzana Sassoun, sao Paulo, Brasil (exposição individual) 1986 Birds 01 Paradise-Fred Doriman Gallery,NewYork,USA (exposiçãoindividual) 1966 Retrospective Exhibillon ai the Gallery Sho, Tokyo, Japão (exposiçãoindividual) 1989 Projeto Natura - Rio Pinheiros Eletropaulo, início dos trabalhos na margem oeste do Rio Pinheiros utilizando árvores vivas, Slio Paulo, Brasil. Este projeto faz parte dos
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Eventos Especiais da XX Bienal Inlernacional de Si'ío Paulo
Projeto Natura, 1989
o Rio Pinheiros representa, para a cidade de São Paulo, murro mais que uma simples hidrovia. A sua retificação promoveu o desenvolvimento da cidade para além de suas margens translormando-o de um rio periferia para uma importante Veia que atravessa o alual aglomerado urbano paulista, A construçao das avenidas marginais ao longo do seu curso loram um falor de fundamental if11)Ortância neste processo. A escolha da faixa de lerra que está enlre o seu leito e as pislas de rodagem para a instalação da escuttura viva nao poderia ser mais ideal.
Ao determinar o plantio de espécies arbóreas que floreçam oom as Gores do espectro, procuro salientar a analogia que existe entre Eletricidade proporcionada pelas águas do rio (que correm em funçao da Usina Henry Bordan) e da Eletricidade que trafega pelas marginais interligando escrit6rlos, fábricas, veículos e pessoas numa febril atividade inteiramente veiculada ao Trabalho. Sa a Luz á um sinônimo de Energia, as sete cores em que a Luz se manifesta representam o Processo Criativo em constante atividade na área aonde a escultura denominada" Projeto Natura .. se insere. Antonio Peticov
ClEBERIOBO Brasil Biografia Nasceu em Porto Alegre, em 1937. De 1958 em diante, o artista participou discretamente de importantes exposiçOes coletivas em sua cidade natal. Em 1961, muda-se para o Rio de Janeiro. Lá, seus pequenos objetos exbidos na Primeira Feira AIAP (Associação Internacional de Artistas Plásticos) desperta curiosidade e admiração de artistas mais antigos que, inclusive, disputam a compra de suas curiosas criaçOss. No mesmo ano, participa de importantes exposiçOes, entre elas a do "Salão Nacional de Arte Moderna" no qual seu trabalho ioi muito bem aceito tanto pelo público como por críticos. O resultado de seu trabalho levou-o a ser convidado para fazer conferências na Universidade do Brasil (Escola Nacional de Beias Artes). Durante o mesmo período tambêm fez conferências no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, culminando com a criação do curso" Área Experimentar', em 1984, no museu. O resukado deste trabalho experimental foi um filme sobre a violência urbana, leito no mesmo ano o
"Um sonho e uma
chamada iI ordem"
Projeto São Paulo, 1989
Marc BerkowUz encontrou uma frase para qualificar a arte de Clebar lobo Machado· A Obra Mensagerrt'. Machado é, efetivamente, um portador de mensagens, e por ser isto o encontrei em cada canto do mundo, ou, mais exatamente, nas duas Arnêricas. Nas duas ocasiões mais recentes, na Califórnia e em Nova Vork • tivemos um privilégio excepcional nestes tempos febris: sonhar juntos. E o que é o sonho de um portador de mensagens se nao a alquimia do pensamento, a aceleração da comunicação ? Escultor, Machado estava S9 contentando até entao com a mediação da obra de arte. Nossos destinos se cruzaram quando o artista cedia a tentação do real, e nao sua metáfora, no momento em que o homem queria reencontrar a vida mais além da arte. Machado concebeu todo um programa de intervençOes, do qual "Octopus" é o ponto de partida, para dar à sua arte a envergadura existencial de um fenômeno vital. Olhe no céu de Nova Vork a evolução de um polvo gigante. Quais serão as reaçOss das pessoas numa esquina ? A imaginação toma o poder entre os arranhacêus de Wall Street, acaricia a estátua da liberdade. Mais do que arte em liberdade, Machado tenta interessar-nos em nossa essencial liberdade de ser. Seu sonho, 59 compartilharmos, é uma chamada à ordem, à ordem existencial, à lei da grande natureza. Pie",,, Restany Paris,12.12.1982
o "PROJETO SÃO PAULO" é na 20' Bienal Internacional de São Paulo o ponto de partida do Projeto Octopus.
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DENISE MllAN Brasil Biografia 1977 Viagem à Espanha; para estudar dança e coreografias espanholas, flarnenco e bolero, com Angel Y Eloy na Academia Mercadas Y Albano, Madrid. 1979 Viagem aos Estados Unidos para cursos de teatro: coreografia e formas teatrais com Bob Ellis Dunn (assistente de John Caga), no Laban Institule; teatro avantgard com Lee Breuer, do grupo Mabou Mines, no Arnerican Festival em Baltimore; e Shakespeare Theater; ritual e teatro com Richard Schechner, no New York School of Arts and Science e no Performing Garaga, New York. 1983 Viagem à Inglaterra, estudos na escola de artes C~y and Guilds, Londres.
Exposições 1980 Produção e direção do video-tape
1982
1983 1984
1987
1988
"Um Laço de Inspiração e Morte " poesias de sua autoria, musicadas por Naná Vasconcelos, em Nova York para o 7th. Annuallthaca Video Festival, New York State Councilon lha Arts, New York. Direção do espetáculo" O Baile da Ilha Fiscal ", coreografia de Ivaldo Bertazzo, teatro Sesc-Fábrica Pompéia e Teatro CuUura Artística, São Paulo. Exposição Coletiva no Festival of Brazil, Nova Mulher, Barbican Canter, Londres. Exposição coletiva no 7· Salão Nacional de Artes Plásticas com a instalação "A VozdoBrasU", Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro. Exposição Coletiva "A Trama do Gosto na Cidade", Bienal, São Paulo. Exposição Coletiva" Brazil Project ", com a instalação " Garden 01 Light ", PS One, New York, EUA. Exposição Coletiva" Panorama de EscuNuras ", Museu de Arte Moderna, São Paulo, &io Paulo. Exposição Individual "Garden of Lighl ", Galeria &ia Paulo. Prêmio APCA 1988.
Obra apresentada Secção do Mundo, 1989 Setores de círculos concêntricos, representam as camadas da Terra e estarao dispostos de forma a evocar diferentes emoções no espectador. Este, ao se deslocar por entre elas em direção ao centro da instalação, caminhará por vias astrenas, que se entrecruzam e abrem-se até o interior do mundo, um núclao sólido.
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Secção do Mundo, 1989
FABIANA DE BARROS Brasil
fabiana de barros
Biografia Nascida em 1957 em São Paulo. Vive, estuda e trabalha em Genàve. 1979 - 83 Faculdade de Belas Artes de S1Io Paulo, FAAP 1988 EspecializaçãO na Escola de Artes Visuais Atelier Carmen Perrin,Genàve.
Exposições Individuais 1986
1987 1987 1987
1989
1900
Pintura em vídeo Muttimídia Galeria de Arte Monica Filguairas São Paulo Tours du Monde Galeria Care 011, Genêva, Suíça História de Amor Museu da Arte de São Paulo (MASP) For Your Safaty Galeria Andata - Rivorno Genêve - Suíça 7/R3 Sala especial na 20' Bienal Internacional de São Paulo Homenagem a Mona! Miguel Zanny Galeria, Barcelona, Espanha.
Obra ~3 Tour. de Monde
inturas L R3
Tours de Monde, 1987
três dimensões
Em fevereiro de 1987, expus na Galeria Care/OH, em Genebra, Suíça, uma série de telas reunidas sob o título 71R 3 Tours de Monde ao mundo"). Esse trabalho se resume ern sete telas, representando torres de sete pontos do mundo: Tóquio (Torre M~subishi), Berlim (Torre da Marcadas Benz) , Genebra (Complexo llôt 13), S1Io Paulo (Edifício Copan), Moscou (Aeroflot), Nova York (Pan Am) e Hong Kong (Hong Kong Shangai Bank). Esta série resuttou no projeto 7/R3, urn trabalho "in progress" que Inclui as sete imagens representadas nas telas, mas acrescidas de terceira dimensão. As torres passam da tela para o plano tridimensional, sob forma de estruturas armadas em cimento e metal. A segunda etapa do projeto prevê erigir as torres em seus lugares de origem, ou seja, as peças tridimensionais ser1l0 construídas nas cidades correspondentes, gerando, assim, uma grande instalação, que utiliza como espaço o mundo: instaiaç1lo em escala mundial. Este projeto já está em andamento desde o ano passado, 1988, quando construí a primeira torre tridimensional na praça em frente ao romplem de edifícios "116113", em Genebra, Suíça. O segundo momento diessa evento será em S1Io Paulo, por ocasi1lo da XX Bienal (outubro). No setor de eventos especiais, será ronstruída a segunda torre, representando o Ed'ício Copan, de Oscar Niemeyer, um dos signos da cidade. Dentro do prédio da Bienal apresentarei um espaço de "memória" de cada passo do projeto, mostrando a execução do trabalho realizado em Genebra e sao Paulo. A construção de cada lorre, em cada uma das cidades envolvidas no projeto, representa uma etapa da grande instalação. Em tese, o sspeClador dessa obra, para conhecê-Ia na sua totalidade, deve refazer o trajeto da artista: ver a instaiaçao Touro de Monde implica re(fazer) o roteiro proposto pela obra, lazer um "tour de monde". Fabíana de Barros
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MÚSICA NA BIENAL o projeto de música para a 20' Bienal Internacional de São Paulo procurou um caminho original, vaiorizando aspectos da produção que tivessem, historicamente, uma relação mais direta com elementos das artes plásticas, que são 00 final das contas o principal centro de interesse do evento. Resu~ou finalmente que o evento central de música da Curadoria de Eventos Especiais será a apresentação de doze obras comissionadas a doze compositores, seis brasileiros e seis estrangeiros. Todas as obras serão eletro acústicas, isto é, gravadas em fita e retransm~idas por um sistema de amplificação, preenchendo quase que totalmente o espaço acústico do prédio, durante {) período de 25 de novembro a 3 de dezembro. Nesta fórmuia de espetáculo musical ficam marcantes muitos aspectos relacionados às artes plásticas. O ritual da apresentação deixa de ser o do concerto, modelo baseado no teatro falado para espaços de palco italiano, e se apropria do ritual da exposição de objetos, criados para os espaços das galerias. 1510 é, a obra de arte musicai li, neste caso, inteiramente elaborada pelo seu criador, não há o chamado intérprete. O compositor executa eletronicamente sua música diretamente na fita magnética. E, à semelhança de um quadro pendurado na parede pelo qual passa e se detém o público, a obra musical estará suspensa no espaço acústico pelo qual circula o público que lhe dedicará sua atenção na medida de seu interesse. Também há que se considerar a relação entre música e arquitetura. Da mesma maneira que as obras de artes plásticas são diretamente afetadas pelo entorno arquitetônico onde estão expostas, isto é, espaços, superficies, cores, iluminação" outros tantos fatores arqunetônicos que influem diretamente na apreciação de um trabalho plástico, também a música sofre influência direta do espaço sonoro onde será exibida. Considere-se, por exemplo, o canto gregoriano e sua perfeita adaptação acústica ao espaço das igrejas medievais caracterizadas pelos grandes espaços internos com alto tempo de reverberação. IV; linhas melódicas largas e fluidas da música desse período, mais do que uma escolha voluntária do compositor, era uma imposição de inteligibilidade devida ao espaço arquHetOnico para a qual fora concebida Não é à toa, por exemplo, que Wagner sonha e chega a construir em Bayreuth um teatro de ópera concebido especialmente para atender a seus desejos de um espaço arquitetônico adequado às suas criações. Outras tantas obras importantes da história da música loram marcadas por sua relação com o visual. Vale lembrar a série dos Quadros de uma Exposição de Moussorgsky, e toda a produçao de caráter funcional para teatro, balé, ópera e cinema. Neste século, diversas obras loram criadas para espaços arquHetônicos especificos, bastando lembrar Varese e Xenakis. Mais recentemente, uma outra corrente se sobrepõe a esta, visando além da adequação arquHetônica, uma Integraçao funcional entre espaço e som. É o caso de Brian Eno com sua música para aeroportos., ou de Redelfi com sua música para piscinas. Na encomenda feHa pela Bienal, todos esses aspectos foram discutidos com os compositores: o ritual de audição diferente da idéia do concerto, a integração das obras a um espaço arqu~etônico espectfico - aliás, de alta reverberação 9 com ruído ambienta - e, finalmente, a articulação funcional que inevitavelmente se estabelecerá entre a música e a exposição por se tratar de uma audição dentro do ambiente de uma mostra de artes plásticas. Evidentemente cada um dos composRores tratou de ""soiver todos esses desafios à sua própria maneira. Para o público, as obras poderão parecer bastante diferenciadas umas das outras, na medida que utilizem técnicas diferentes de música eletrônica, dig.al ou analógica, concreta ou com samplsrs, minimalista ou sonoplástica, enfim, segundo a linguagem pessoal de cada autor. Foi justamente este o objetivo - obter um painel de diferentes soluções musicais para o problema dado da sonorização de um espaço acústico usado em uma funcionalidade especifica. Rodono Coelho de Souza
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CHARLES DODGE Estados Unidos Biografia Charles Dodge é compositor de uma significativa variedade de obras, sendo conhecido principalmente pelo seu trabalho - pioneiro am música computadorizada. A maior parte de sua música com computadores, desde o começo dos anos setenta, incorporou sons de voz humana, gravados ao vivo ou sintetizados, articulando textos de escritores contemporâneos, tais como Samual Beckelt, Virginia Woolf, Da.. Worsley, Wallace Stevens e Richard Kostelanatz. Dodge foi agraciado com um prêrrio da Amarican Academy of Arts and Lelters, outro da Woodrow Wilson National Fellowship e dois da Fundação Guggenheim. As principais apresentações de seus trabalhos incluem a participação no Festical Horizons' 84, da Filarmônica de N_ York, " Festival de Música para Computadores da Sinfônica de San Fmncisco, em 1988, a Bienal de Veneza, O Festival Olímpico de Artes, em Los Mgeles, 9 o Festival de Outono de Varsóvia Dodge é co-autor com Thomas Jerse do livro "Computer Music", editado em 85 pela Schirmer Books. Recebeu comissionamento de obras de diversas entidades, entre as quais da Fromm Music Foundation, da Koussevitzky Foundation, da Nonesuch Records, da Swedish National Radio, da American Composers Orchestra, do MIT Experimental Music Studio, da Colurrbia·Princeton Eletronic Music Canter. Suas obras estão gravadas pelos selos Nonesuch, CRI, Crystal, t 750 Arch, Fylkingen, Folkways " Wergo. Charles Dodge foi presidente da American Composers Alliance e do American Music Canter. ~ professor de música no Brooklin College Ctty University oi New York, onde é diretor do Canter for Computer Music.
Obra Apresentada lmaginary Na"ation (Narração Imaginária) é um trabalho eletroacústico, no qual a ambientação sonora evoca a imagem da cena rural norte·americana. A intervalos irregulares, uma voz abstrata, eletronicamente elaborada, aparece. A voz surge para narrar uma estória, a qual, contudo, não pode ser compreendida como uma fala em qualquer língua conhecida. Ao invés disso, percebemos afinal que a nuance da voz - a velocidade da fala, o contorno de alturas, o tirrbre, os ruídos das consoantes, ate; só pode ser compreendida por sua articulação musical a nao verbal. Ao mesmo tempo ainda se tenta, através do contexto estabelecido pela arrbientação sonora, captar o fio da estória ou uma parta do significado da narração. lmaginary Narration é uma obra em trés partes, cada qual podendo ser considerada como capítulos da estória imaginária Na primeira ouve-se a "voz narrativa" junto com uma variedade de afeitos sonoros, incluindo um caminha0 que parte e depois pára, um cachorro que late distante, a chuva que cai, insetos, uma música de banjo. A segunda seção corrbina a voz imaginária com sons de martelos que, após alguns rrinutos, vão se transformando em sons de instrumentos de percussão. Na terceira parte ouve-se a superposição de uma música eletrônica cromática rápida que se alterna com frases diatônicas mais lentas, sobre a voz imaginária, junto com latidos e rosnados de um cachorro muito indócil no final. A obra foi realizada no Canter lor Computer Music, do Brooklin College da City University 01 New York. Usou·se uma variedade da técnicas para a síntese direta do som digital. O compositor agradece a colaboração de seu assistente David Arzouman.
CONRADO SILVA Uruguai Biografia Conrado Silva é Compositor, Engenheiro Acústico e Professor, nascido no Uruguai em 1940. Foi professor de composição e música eletroacústica da Universidade de Brasília, nos Cursos Lalino . Americanos de Música Contemporânea. UNESP, UNIRIO e UFMG. Foi fundador das Escolas de Música Travessia - Oficina de Música em São Paulo, 1976 e Syntesis - Tecnologia Musical, em São Paulo, 1986. Foi coordenador geral dos Festivais Música Nova e São Paulo e Santos de t 986 e 1989. Entre suas principais composiçOes destacam-se "Musik fur Zehn Kofferradiogerate", obra digttal, Berlim 1964, primeira peça com
computadores a ser realizada por um compositor latino-americano; "Marat-Sade", Montevidéu t966;"Equus", São Paulo 1976 e Rio 1977, música incidental para teatro; "Círculo Mágico Rttual", para a inauguração da 18' Bienal de São Paulo, 1985 e "Espaços Habitados", São Paulo 1988, para voz e eletrônica.
Obra Apresentada Anau· Retrato sonoro da Nau dos Insensatos, à deriva no Amazonas, em caminho inexorável rumo à sua inefável pororoca No interior da nave sucedem·se episódios acólitos, versados em hieróglifos fractais, ou desdobrando·se a partir de amostragens diversas. Música eletroacústica, com geração analógica, processamento e controies digitais, realizada no Studio M, em São Paulo, por encomenda da Bienal de 1989.
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FLORIVALDO MENEZES FILHO Brasil Biografia Florivaldo Menezes Filho nasceu em São Paulo em 1962. EslUdou na Escola de ComunicaçOes e Artes da USP, onde foi aluno de Willy Corrsa de Oliveira e Gilberto Mendes. Em 1966 foi bolsista do DAAD e da FAPESP, fazendo pós-graduação como compositor no Studio fur Elektronische Muslk da Staaliche Hochschule lur Musik - KOln. Em 1987 fez doutoramento na Universlté de Llàge, Bélgica, sob a orientação de Henri Pousseur. Desde 1988 tem freqOentado cursos com Piencikowskl, Stockhausen, Boulez e Klarenz Barlow. Entre suas obras destacam-se Pan, para orquestra, PhantomWortquelle, música eletrônica e Profils écartelés para plano e ffta. Publicou em 87 um livro de ensaios chamado Apoteose de Schoenberg, editado pela Nova StellalEdusp.
Obra Apresentada Contextures I (Hommage a Berio) traz à tona a interdependência entre textura e contexto através do carrinho inverso à constatação científica de que as freqOências nada mais são do que aceleraçOes ao nível do microtempo de pulsaçOes rftmicas que se inserem no macro-tempo. Assim, durante a globalidade da peça tem-se uma grande macro-desaceleração rítmica, onde o intervalo de tempo entre cada pulso Iniciai é de 3 centésimos de segundo e o ú~imo grande evento da obra (uma terça menor espacializada) dura 3 minutos e 25 segundos. No decurso dessa obra temos uma evolução de uma percepção rítmica a uma percepção freqOencial, e não sua direção contrária postulada na teoria da unidade do tempo musical de Stockhausen. A homenagem a Berio, além de celebrar a postura de desrespefto às postulaçOes ortodoxas caracterlsticas de Berio, traz tarrbém um discurso contínuo, principal reivindicação - O Cfmtinuum Musica/- do mestre ~aliano. Nesta obra, realizada no Studio fOr Elektronische Musik de Colônia, Alemanha, os eventos tlmbrístlcos são derivados sinteticamente através da modulação de freqOencia.
FRANÇOIS BAVLE França Biografia François Bayle nasceu em 1932. Em 195860, com a criação do Service de la Recherehe de la Radiodiffusion Française, reuniu-se a Pierre Schaelfer e ao Groupe de Recherehes Musicales (Grupo de Pesquisas Musicais), do qual tornou-se o responsável em 1966. Após a criação do INA em 1975, foi nomeado chefe do departamento INAlGRM. Bayle participou da concepção do Acousmonium (1974), da coleção de discos INAlGRM (1976), e da série de transrrissOes hebdomadárias Franca Musique l'Acousmathàque (1985). CoIaIborou em cicios de concertos, no ensino de música acusmática e participou do desenvolvimento de instrumentos musicais de tecnologia avançada Em 1981 Bayle defendeu o projeto da Fondation Acousmatique para a salvaguarda e a dHusão do repertório do GRM - 40 anos de obras, mais de 300 composftores, mais de 1000 títulos - aberto tarrbém a outros repertórios. Entre os prêmios recebidos deslacam-se a Ordem do Mértto (1976), o Grand Prix Sacam (1978), o Grand Prix du Disque (1981), o Commandeur des Arts el Lettres (1966) e o Prix Ars Electronica (1989). Pode-se reunir suas obras nos seguintes períodos, mencionando-se os títulos principais:
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de 1963 a 66 -Dos recursos instrumentais · Trois portraits d'un-oiseauxqui-n'existe-pas · Archipel, para quarteto de cordas · Pluriel, para orquestra e fita magnética de 1967 a 70 - O espaço dos sons Espaces Inhabttables Jeita de 1970 a 72 - O espaço da escuta L'Experience Acoustique La Divine Comédie Trois réves d'oiseaux de 1973 a 75 - A escrftura acusmática Vibrations composées Grand Polyphonie de 1976 a 80 - As questOes formais Camera escura Erosphàre de 1981 a 85 - As novas tecnologias Son Vitesse-Lurriàre Les coulers de la nui!
de 1985 a 89 - Metaformas et metáforas Motion-Emotion Aér - Théatre d'Ombres
Obra Apresentada Mimameta .. Não, não se trata de um pássaro fabuloso proveniente das quimeras de Borges, nem um ritual exótico de sacrifício para a renovação da luz matinal. Se Meta quer dizer após, além, em torno, ou ao longe, isto não nos esclarecerá quase nada. E se me pode parecer o começo de micro, é para incftar a pensar que me designará macro, estas duas categorias bem conhecidas por serem inconciliáveis. Mas a denegação, já não será ela esclarecedora e perfeitamente suficiente para alimentar a interpretação?... Mimameta foi relizada nos estudios do InaGrm - Instnut National del'Audlovisuel, Groupe de Recherches Musicales, por encomenda da Bienal de Artes de São Paulo de 1989.
JON APPlETON Estados Unidos Biografia Jon Appklton nasceu em Hollywood, Califórnia, em 1939. Estudou no Raad College, na Universidade de Oregon e na Columbia University. Jon Appklton compõe tanto música instrurrnntal quanto música skltroacústica. Recebeu comissionarrnntos das Fundaçoos Guggenheim e Fubright. Appleton é co-inventor do Synclavier Digital Audio System. Atualmente é professor de música no Dartmouth Colklge de Hanover, New Hampshire. ~ também presidente da Society for Ekltro-Acoustic Music dos Estados Unidos e membro fundador da International Conlederation of Elalro-Acoustic Music. Seus trabalhos mais recentes são "Homenaje a Milanes", "Le Darnier Voyage", ... lO the islands", "Brush Canyon" e "Borrego Springs". Mais de trinta de suas obras foram gravadas pelos selos Flying Dutchman s Folkways.
Obra Apresentada Sudoon Death (Morte Súbita) foi corrposta em um Synclaclier Digttal Audia System, usando apenas material sonoro sintetizado. A obra ilustra uma vida vivida plenamente desde a infância e adolescência, marcada pelo esforço e psla realização, quando, de r"pente é interrompida de modo brusco. Foi composta especialmente para a 20' Bienal de sao Paulo.
MANNIS Brasil Biografia José Algusto Mannis nasceu em São Paulo, em 1958. Fez seus estudos musicais com Luis Roberto Oliveira, Comado Silva, Michel Philippot, Philippe Manoury e Guy Reibel (Unesp-Inst. de Artes! Conservatório Nacional Sup. de Música de Paris). Estágios de Informâtica Musical no INNGRM (Groupe de Recherehes Musicalss) em síntese e tratamento de sons. Trabalhou no grupo Itinéraire, em Paris, de 1982 a 1988, como músico elatroacústico, onde foi responsável paio Núcleo de Pesquisas e Realização de Obras, utilizando recursos da eletroacústica e da informática musical. Em seguida foi para o INNGRM, onde de 1988 a 1989 integrou a equipa de planificação e realização dos concertos dessa entidade. Recebeu nos últimos anos encomendas de diversas instttuiçOes, como Radio Franca e Ministério da Cultura e Comunicação da França. Atualrrnnt" reside no Brasil, sendo coordenador do Centro de Documentação de Música Conterrporânaa França-Brasil na Unicamp em Campinas, São Paulo.
Obra Apresentada Duorganum /I t9m entre suas preocupações trabalhar com contextos harmônicos obtidos com o auxílio de um dispoSITivo composto de módulos de transposiçao" "delays". Nas partes mais rápidas, como por exemplo no início, esse contexto harmônico se confunde com a textura, se tornando quase timbre, quando dá ao malarial sonoro uma coloração espacial. A parte final, edificada sobre uma base rítmica virtualmente constante (subrrnrgindo e emergindo ciclicamente), é corrposta de seções justapostas onde, num processo evolutivo, massas sonoras mu~icolores aparecem por erupção no início de cada bloco, até o final desintegrador.
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JUAN BLANCO Cuba Biografia Nasceu em Mariel, Cuba, em 1919. Pioneiro da música eletroacústica em Cuba. Corrpietou seus estudos de corrposição no Conservatório Municipal de Música de Havana. A partir de 1961 abordou as técnicas de criação musical por meios eletroacústicos. Já realizou mu~os trabalhos que incluem músicas para orquestra sinfOnica e diversos grupos instrumentais, coros, etc.; música eletroacústica em todas suas modialidades, espetáculos de "multimídia", ciclos de obras que sob o nome genérico de "estímuios para sona~' utilizam "particellF sui generis com animações cinematográficas, outras de forma geométrica - planas e em três dimensões -, assim como outras em forma de módulos emoIivos 9!ltruturais originados por fenômenos ígneos, químicos, acústicos, elétricos, etc. Seus trabalhos compreendem músicas para dança, teatro, cinema. ginástica, etc.; sonorização de exposições, de audiovisuais, de áreas urbanás e rurais na interrpérie com pistas múttiplas e nas quais exploram as possibilidades de espaço e dos cinestismos sonoros: ambientas sonoros de interiores públicos, hospitais, etc... Juan Blanco é Diretor do Estúdio Eletroacústico ICAP e Presidente da Federação Cubana do CIME/UNESCO. Juan Blanco é, sem dúvida, o corrposHor de maiores recursos e experiências sonoras da vanguarda musical cubana Suas inovações não se limHam aos múltiplos meios empregados (instrumentos, vozes, corpos sonoros de todo tipo, elementos eletrOnicos, etc.) utilizando também diversas fontes de estímulo para a interpretação aleatória (figuras geométricas, imagens de cinema, s~uaçOes dramáticas, fogo, etc.) Angel Vázquez Millares Maio de 1976
RICARDO DAL FARRA
Argentina Bioarafia
Ricarao Dal Farra nasceu em Buenos Aires, Argentina em.1957. ~ professor do Conservatório Municipal de Música em Buenos Aires, co-diretor do Laboratório de Música EletrOnica da Sociedade Argentina para Educaçllo Musical e diretor do Estúdio de Música Eletroacústica ~ membro do corpo ed~orial da revista "Interface, Journal of New Music Research", e correspondente regional para a América do Sul da Computer Music Association. Desde 1968 Dal Farra dirige um programa da Rádio Municipal de Buenos Aires dedicado à eletroacústica e música por computadores. Em 1986 esteve estudanndo e compondo no Center for Computer Research in Music and Acoustic (CCRM A) da Stanford Univers~y, Califórnia. Durante o ano de 1986 foi corrpositor visitante do Centro di Sonologia Corrputazionale della Università di Padova, na ttália. Suas obras eletroacústicas foram tocadas enn importantes festivais internacionais, como o de Hong Kong, Bourges, Battimore, México, Suécia, Canadá, Madri, Cuba e Itália Recentemente apresentou-se enn um programa de livre eletronic no Center for the Fine Arfs of Miami durante o New Music America Festival de 1988.
Obra Apresentada SP4 é uma peça aletroacústica gravada em tempo real pelo autor e produzida por encomenda da Bienal de 1969. Um prograrnna de computador interativo contraia por uma manipulação indireta, os eventos sonoros ao longo da peça, produzindo um complexo de variaçOes rítmicas e distribuições de attura Os sons sintetizados e digHais sao processados através de unidades dig~ais para se obIer versões defasadas, transpostas ou reverberantes do material original. O balanceamento e as superposições de material de fundo são controlados por um painel de mixagem. "SP4" é dedicada a PabIo Dal Farra.
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RODOLFO CAESAR Brasil Biografia Rodolfo Caesar nasceu no Rio de Janeiro em 1950. Estudou música no InstRuro Villa Lobos, atual UNIRIO, e em Paris no GRMGroupe de Recherches Musicalesl Conservatoire National Supérieur de Musique de Paris. Realizou também estudos de filosofia em mestrado da UFRJ, concentrando-se em estética. É membro fundador do Estúdio da Glória, onde compôs vários de seus trabalhos apresentados em eventos como a Bienal de Artes Plásticas de São Paulo e as Bienais de Música do Rio de Janeiro. Suas obras são também executadas na Europa. Desde 1988 está vivendo em Norwich, Inglaterra, como bolsista do CNPq, onde faz doutorado em composição eletroacústica. Com sua obra Vivo, recebeu recentemente o prêmio CDP/Keele de 1989.
Obra Apresentada A Carne da Pedra foi composta no estúdio da Universidade de East Anglia, na Inglaterra. Concebida especialmente para ser difundida no espaço da exposição da Bienal de 89, a obra segue a tradição estrita da música concreta, de transformar eletronicamente sons reais registrados por gravação. Este trabalho é uma continuação da pesquisa anterior do compositor que resultou na obra Introdução à Pedra. Silo usadas aqui gravações realizadas em uma pedreira e com um bloco de sílex. Trata-se de se obter, metaforicamente, a expressão sonora - a carne viva - de uma matéria aparentemente inerte. A forma, alongada, é a de um oorpo que dorme.
RODOLFO COELHO DE SOUZA Brasil Biografia Rodolfo Coelho de Souza nasceu em Silo Paulo em 1952. Foi aluno de oomposição de George Olivier Toni e estudou música eletroacústica com Gonrado Silva. Participou da organização de diversos eventos de música erudtta no Brasil, como os Festivais de Música Nova de B4 a 87 e os Festivais de Inverno de Campos do Jordão de 88 e 89. Em 87 recebeu bolsa de viagem para os Estados Unidos onde visitou treze estúdios de musica eletrônica computadorizada Recebeu o prêmio Lei Sarney corno composttor revelação de 1988 por sua obra Galáxias para piano e orquestra, comissionada pelo pianista norte-americano Jeffrey Jacob. Neste projeto para a 20' Bienal atuou como assessor de música da Curadoria de Eventos Especiais.
Obra Apresentada A obra Construçllc Eletrónica I foi criada no estúdio particular do composttor, em São Paulo. Realizada em técnica de síntese digttal controlada por computador, a obra pretende realizar uma transposição eletroacústica do conoeito instrumental de orquestração. A forma poderia ser associada à forma da Passacaglia barroca, baseada em um elemento obstinado e a superposição de materiais variantes. Valendo-se de prooadimentos da linguagem minimalista, esta peça cria um painel de texturas limbricas sobrepostas à maneira de uma orquestra de sons eletrônicos. Criada especialmente para o espaço arquitetônioo do prédio da Bienal, o uso da forma barroca constitui uma referência à semelhança dbs altos tempos de reverberação desta construção e o das igrejas do barroco brasileiro.
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VANIA DANTAS LEITE Brasil Biografia Vania Dantas Lette começou a estudar música aos três anos, seguindo inicialmente a carreira de pianista. Ainda cedo interessouse pela composição, estudando com Esther Scliar, Guerra Peixe e na Escola Nacional de Música. Em 1972 ganhou o primeiro prêmio do Concurso Nacional de Composição do Brasil com uma "Abertura" para orquestra sinfônica Em 1974 inicia em Londres um estágio da E.M.S. onde tem seu primeiro contato com a música eletrOnica. Monta a partir daí seu estúdio particular no Rio de Janeiro. Participa do grupo Ar. Contemporânea apresentando concertos de música contemporânea por todo o Brtasil. Em 1977 exerce atividade de magistério na Escola de Música Villa Lobos e mais tarde asssume a cadeira de Análise Musical e Música Experimental do curso de música da Uniria. Em 1982 realiza um estágio no Studio de Recherches Electroniques de Bruxelas, onde desenvoive sua primeira tese de composição em processos digitais, apresentada em forma de concerto na catedral de Liàges. Novamente em 1985 e 88 participa de festivais e concertos de música eletroacúslica na Europa, em Bruxelas, Hoianda, Bourges e Rennes. Atualmente trabalha em seu estúdio particuiar na pesquisa de novos timbres e nas técnicas de seqüenciamento da música digital com auxílio de computadores e instrumentos M101.
Obra Apresentada Harmonia dos Espaços utiliza-se exclusivamente de sons eletrônicos analógicos e digitais - com d~erentes tempos de reverberação e processos de tratamento do som. A obra parte da idéia de manipuiar "espaços sonoros" como instrumentos musicais.A maior parte do malElfial caracteriza-se por eliminar os sons reais, trabalhando com a combinaçâo dos diversos tratamentos, ou seja, uma "harmonia" resultante da superposição e deslocamentos dos espaços de projeção dos sons. A obra foi realizada no estúdio particular da autora, por encomenda da Fundação Bienal de São Paulo para a mostra de 1989.
WILHELM ZOBL Áustria Biografia Wilhelm Zobl nasceu em Viena em 1950. Formou-se pela Academia de Música de Viena, onde estudou composição com Friedrich Cama. Estudou musicologia, filosofia e matemática na Universidade de Viena, e fez doutorado em musicologia na Universidade de Berlim. Teve diversas de suas obras publicadas e executadas nos festivais mais importantes de música contemporânea: Donaueschinger Musiktage, Festival de Viena (em 1984 estréia da ópera "O fim do mundo"), Festival de Berlim, Bienaile di Venezia. Pan Music FeslivalSoou I e Festival Música Nova Santos/São Paulo. Desde 1987 atua como professor de música elelroacústica na Academia de Música de Viena. Desde 1988 é presidente da Sociedade Internacional da Música Contemporânea, seção da Áustria.
Obra Apresentada
o Amor Brasileiro fiO 2 loi realizado no "Institui fur Elektroakustik" da Academia de Música de Viena, comissionada peia Fundação Bienal de Sâo Paulo. Em 1819 o compositor austríaco Sigismund Neukomm escreveu no Rio de Janeiro a peça "O Amor Brasileiro", um Capriocio para piano baseado em um lundu brasileiro. O Lundu, originalmente uma dança afro-brasileira, 10rnou-se nos fins do século dezona um gênero popular de dança e de canção 88
cultivado nos salões aristocráticos do Rio de Janeiro. Sigismund Neukomm (1778-1858), um famoso aluno de Haydn, viveu entre 1816 e 1826 no Ria de Janeiro, onde exerceu uma importante função na vida cuttural do Brasil, especialmente devido ao seu conhecimento das conquistas técnicas e estéticas do classicismo vienanse. Exatamente 170 anos depois. esta obra procura criar uma evocação eletroacústica da peça para piano daquele composilor conterrâneo de Wilhelm Zobl. Nesta composição aparecem muitos elementos rítmicos e harmônicos expostos na peça de Neukomm, porém a jornada através do tempo tarmém transformou-os consideravelmente.
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BIENAlXOC Brasil A música é a mais antiga manifestação artística conhecida pela humanidade. A pintura era usada por nossos antepassados para contar a história 9 relatar periodos da antigüidade. Hoje, músicos, artistas plásticos e vídeomak8fs se juntam em um evento único no Dama Xoc para unWicar as artes, EI, em um palco com instrumentos contemporâneos, telão de vídeo e mu"a tinta, passar para o público jovem uma idéia de pluralidade artística, que englobará o que acontece em artes e música no mundo atual. Haroldo Tzirulnik Ficha Técnica Artistas: Grupo TUPINÃODA XPTO XAR.A.N.D.U. Bandas:TUPINÃODA - UMA BANDA SURPRESA XPTO- LUNI XAR.A.N.D.U. - BOMB THE BAGLE (DJs ELlZABETSKY E DIEGOZ)
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GRUPO lUNI - XPTO Dia 19 de outubro
Grupo Luni
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X.A.R.A.N.D.U. Dia 20 de outubro o ATELlER X.A.R.A.N.D.U. é formado por Vera Barros, Marta Oliveira, Carlos Barmak e Edu Verenguel. Juntos há 5 anos, desenvolvem um trabalho basicamente figurativo em telas 9 em esculturas, onde tamas que vão da préhistória à era espacial são oomuns aos quatro integrantes. Expõem em museus e galerias de São Paulo, O uso de oores vivas, fortes e de impacto e a ausência de perspectiva anulam a relação passado, presente e futuro, fazendo com que todos esses personagens oonvivam harmoniosamente num mesmo tempo: trens· bala, elefantes, focas, cangurus, iglus, etes, hospitais, suicidas, bombardeios, margaridas, maremotos, judeus, africanos e muçulmanos. tucanos e rastafarianos, monalisas, autoretratos e medusas, esquiadores, prisioneiros e músicos, moscas, tubarões e astronautas, paranóioos e parabólicas, bioo de jaca e bico de Bunsen são alguns dos temas do X.A.R.A.N.D.U. Pela primeira vez, "80mb the Bagle" e x'A.R.A.N.D.U. apresentam "Studio Big Bang", uma instalação que servirá de cenário para dois DJs - Elizabstsky e Diego Z. - num happening dançante.
Xarandu
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GRUPO Dia 21 de outubro o grupo TUPINÃODÃ existe desde 1982. Sua formaçao atual com José Carratu, Jaime Prades e Carlos DeHino, porém, vem desde meados de 1986. Vem desenvolvendo um trabalho que usa principalmente o espaço urbano conno IaIboratório e suporte de grafrres, murais, perlormances e instalações. Explora diversas questões, como a lógica do espaço urbano, a etemeridade de obra, a proporção do corpo humano em relação ao suporte (gigantisnno), os meios de produção, suas dificuldades, etc. As questões exploradas resuham num processo de crlaçao coletiva em que o suporte passa a deserrpenhar um papel fundamental; materiais e técnicas são pesquisados, gerando experiências e propostas que acabam por questionar a idéia de mercado, a produção, enfim, a funçao do artista contemporâneo. Paralelamente, existe a produção do ateliar, onde são desenvolvidas pesquisas pessoais
sobre suportes convencionais tais como tela,
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papel, madeira e zinco. Este traloalho vem sendo mostrado em exposições, em museus e galerias. O TUPINÃODÃ explora também a mídia eletrônica (TV), ocupa prédios aIoandonados, viadutos, túoois e becos com sua pintura. Toda a produção é documentada em vídeo" milhares da slldes, nos quais poda-se notar a lorte presença do desenho em sua obra, constituindo a cacterística principal de seus painéis urbanos.
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CRISTINA MUTARElU Brasil Biografia Cinema - Atriz da: Fogo e Paixlio, de Isay Weinfald e Márcio Kogan; Anjos da Noite, de Wilson Barros; Romance, de Sérgio Bianchi; Brasa Adormecida, de Djalma Batista; Onda Nova, de JA Garcia e I. Martins./1 Prêmios: APCA 1983 - Melhor Direção de Arte - O Olho Mágico do Amor, de JA Garcia e I. Martins; Secretaria de Estado da Cultura de SP , 1984 - Roteiro DIVERSOES ELETRÓNICAS.
Teatro - Atriz de: O Amigo da Onça, de Chico Caruso, direção de Pauio Beni; TARTUFO de Moliére e Feliz Páscoa de Jean Poiret, direção de José Poss; Neto; Um
Beijo, Um Abraço, Um Aperto de MiJ.o , de Naum Alves de Souza; Parentes Entre Parênteses, de Flávio de Souza /I Direção: Síndrome de Super-Homem, de Flávio de Souza Performances - Atriz de: 14 Noites de Performances, com Patrício Bisso;A/ém da Realidade (Elelro-Performance), com Guto Lacaz; Desfile de Móveis, de Flávio de Souza, com Carlos Moreno e Mira Haar; LeiliJ.o Surreal, com Carlos Moreno e Guto Lacaz.
Publicações -
Mais Bonito que James
Dean , poemas, edição do autor, 1980, Exposição Poucos e Raros; Estrela Vulgar, poemas, com Cristina Santeiro e Zezé Guerra, Ed~ora Escrita, 1982, Programação Visual de Gerty Saruê e Antonio lizárraga. "Novelas Brasileiras" é um espetáculo multimídia comentando as 7 artes: a pintura, a escuhura, o teatro, a música, a arquitetura, a poesia e o cinema As performances são realizadas pelos atores Cristina Mutarelli (Laura Lis) e Carlos Moreno (Dawerson Santos). O cenário é um baú, caixa de surpresas, cartoia de mágico, de onde saem as cenas. Escrtto por Cr.istina Mutarelli e Flávio de Souza e dirigido por Flávio de Souza, "Novelas Brasileiras" conta com a participação de convidados nas diversas áreas: Escultura - "O Pilão", objeto de Guto Lacaz; Pintura - Rs-criação de telas por Guinter Parscnalk; Cinema - Re-Iettura de "Limite" de Mário Peixoto por Cristina Santeiro.
Ficha Técnica Texto: Cristina Mutarelli e Flávio de Souza Direção: Flávio de Souza Assistência de Direção: Cristina Santeiro Atores: Carlos Moreno e Cristina Mutarelli Direção de Arte: Guinter Parschalk Figurinos: Mira Haar Iluminação: Adriana Adam Música: Sal< 50 Funny Participação Especial: Guto Lacaz
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Cristina Mutarelli e Carios Moreno
OTÁVIO DONASCI Brasil Biografia Paulista, 37 anos, formado em Artes Plásticas (FAAP, ASASM), cenógrafo, videoperformer, diretor de muttimídia, criador publicitário.
Prêmios Cenografia - APCA e Mambembe (1982
e 1984)
Videoperformance - Bienal (81) MIS (Videobrasil de 81/87) e 1985 Sala.o Paulista de Arte Contemp. Prêmio Lei Sarney de Mukimidia (1988). Pinacoteca do Estado (convidado 86), além de várias apresentações no eixo Rio-SP (festivais, galerias, eventos, feiras, ruas) e apresentações no exterior: NY (La Mama, PS 122), Paris (C. George Pompidou) (1987 a 1988), Berlin (UFA- FABRIK) (88), Viena (WUK) (1988) Festival du Prato (Lille - FR) Ubu Theatre (Berlin) CriaçAo Publicitária/Promocional CinemaITV (Sawa, Cannes, NY Film Festival, Festival Ibero-Americano).
Videovivo
Desde 1980, vem desenvolvendo uma tese sobre a utilizaçilo da linguagem vídeo na linguagem teatral (Vídeoteatro) através de projetos como as Vídeocriaturas e o Vídeovivo. Trata-se da criaçAo de linguagens teatrais que utilizam vídeo através de técnicas inéditas. Utilizadas em suas performances, elas revelam um universo híbrido onde imagens tridimensionais e atoras reais contracenam no mesmo palco e se tocam. Sua proposta é chegar a um teatro onde a presença da imagem do ator em cena seja tao real como o ator posssibilitando assim um teatro tao fluente e rico como o sonho ou o pensamento. Como diretor pretende preparar atores e performers para utilizaçAo dessas técnicas através de espetáculos mukimidia.
ANALÍVIA CORDEIRO Filha do artista Waldemar Cordeiro e da geógrafa Helena Kohn Cordeiro. Formada em dança pelo Método Lalban com Maria Duschenes (Brasil), e com Merce Cunningham e Alvin Nikolais (NY). Uma das quatro pioneiras mundiais da "Computer Dance"( 1973). Obras exibidas no International Festival of Edinburgh, International Conferenca Computers & Humanities, Art of Spade Era (Huntsville), Arte de Sistemas no Espace Cardin (Paris), ICA (Londres), CAVC (Buenos Aires), WGSH Estaçao Pública de TV (Boston), 20th American Dance Guild (M IT, Boston) e outras. Fundadora do Lalban-Art - Centro Lalban de Dança e Arte do Movimento do Brasil.
"Videovivo" Performance muttimídia de Otavio Donasci com coreografia e interpretação de Analívia Cordeiro. Vldeovivo é uma estória de amor pósmoderna. Um ser escuro (que representa a realidade) apaixona-se pela imagem de uma mulher nua, que o seduz "saindo" fora da tela (através de uma técnica inéd~a de moldagem). Desesperado ele "mergulha" na tela e transformando-se em imagem vivem uma paixão hiperreaL Mas num dado momento a imagem o expulsa da teia e ele apaixonado termina enrolado na tela sob o olhar compadecido de todos. Coreografia: imagem feminina e moldagern de tela: Analívia Cordeiro Figura branca (imagem): Eduardo Lopes Malot Figura preta (ao vivo): Tulius Menezes Operadores de tela: Lygia Caselatto Criaçao, direçao e iluminaçAo: Otávio Donasci
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RUI SEKIDO
Japão Biografia 1937 8 de julho 1957
1968
1969
1970
1971
1971
1972
1972
1973 1974
1976
Nasce em Kanagawa, Japão. Abril Laboratório da Dança de Kuni Chiya. Participa da apresentaçl\o do mesmo. Julho/Agosto Medalha da ouro de Danças no 9" Festival de Amizade Mundial da Juventude em Sofia, Bulgária. Abril Apresantaçl\o de "Ensaio Inter-media" em "Seis Flores da Danças - Buyo Rokkasen" - Honmokutei Dezembro Fundaçl\o de Corpo Parinivana-Parhjaja (batizado por Vutaka Matsuzawa) apresentaçl\o de "Vivência Criativa do Não-Espaço por Meio de Correspondência de Objetos Fotográficos Tridimensionais Estacionários" Academia de Bc. Nitto Abril ''Caminhada por Antigas Terras Santas por Forças da Consciência"Santuário de Shikoku, Ezo, etc. Novembro "Ir Leste-Oeste em Global ArI Vision 71 Ginásio da Box de Korakuen Setembro "Arte de I" em Post Nirvana - Our Commune,Holanda Dezembro "Zasei-Sokusa", em Catastrophy Art Project, Tokyo Milão Agosto "Shokosa" durante a Bienal de Kyoto Outubro Catastrophy Art from East - "la (Posição de Meditaçl\o") em Finlândia. Outubro "Atraído pelo Luar... "Maiza" (" Consciência do Demónio" ) em
Rui Sekido
~vol.l
1977 Agosto
1980 Outubro 1981 Setembro
1988 Julho
Participacão espacial com "Ir" na obra da Vutaka Matsuzawa em Bienal de São Paulo. "Ir" em Misland Information, Australia "Japanese Grass Earth Sky" em ArI on The Move Alemanha "Rokue Hochr em Jalla, Museu de Arte de Tokyo.
Performance do limite entre o Nirvana e o material
o Budismo vê o mundo atravês da uma concepção chamada cinco grandes sentidos. Tudo que existe no mundo consiste em cinco elementos: terra, água, fogo, vento e céu. Nosso corpo também consiste desses cinco elementos, e, finalmente, decompõem-se nestes cinco elementos. De um modo similar, todo material neste mundo existe através de uma relação entre estes elementos, e a substância á o nada. A perlormance de Rui Sekido desenvolve o limite entre o corpo que é gerado desta maneira e dos cinco elementos que geram o corpo. Já que o limite sempre prevê a extinção do material universo, sua performance reflete um movimento contra a virtual evoluçl\o do universo. Contrariamente a muitas danças que aceleram os movimentos, sua dança os anula. Ela é contemplativa e está voltada para expandir a imaginaçl\o indefinidamente. Em outras paiavras, sua dança dá ênfase ao ato de sentar, descansar e ficar em pé, como algo importante. Dentro desta idéia, pode-se ver a influência da YUTAKA MATSUZAWA, um
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mundialmente famoso artista concettual japonês. Enquanto Malsuzawa demonstra a concepçl\o usando a caligrafia, Sekido mostra usando seu corpo como material. Enquanto Sekido tenta mostrar seu corpo como material, infin~amente, símbolos espirituais flutuam à sua frente. Aqui você vê um límpido e genuíno futuro da dança, o qual està sendo esculpido para o nada. Voshi Yoshida (Membro da Associação Internacional de Críticos)
VIVIANA
Argentina HOMENAGEM AXUlSOlAR Biografia Viviana Tellas nasceu em Buenos Aires em 3 de outubro de 1955. Radicada a mais de 7 anos nos Estados Unidos (California). Realizou cursos de Técnica Teatral com Artur Bramlel! e Diana Sapir. Em Buenos Aires ingressou na Escola Nacional de Belas Artes "Manuel Belgrano" Estudou Dança Contemporânea com Suzana Villanueva, Dança de teatro com Ana ~elman Ruben Szuchmacher e Canto com Alicia Lura. Estudou cenografia na Escola Municipal de Arte Dramálica, com lo,enzo Quinleroo
Teatro Atuação Com "Las Bay Biscuits" "Grupo feminino "Las Bay Biscuits" Teatro Musical
"Gênios e Duendes" - Buenos /lires
Direção "Atos de Paixão" - Teatro Espacios "A Força do Destino" - de Orfao Andrade :3 ciclos - Teatro Santa Maria "Primeiro Festival do Teat,o de Maio"Teatro de La Cortada "A Cena" - comentários sobre "Transtorno" de Thomas Bemhard "Festival de Teatro Clássico· - Cemento "EI Debut de La Piba" de R. Cayol, com o grupo de teatro Argentino Gruta Centro Nacional "Ricardo Rojas" "O Dele~e Fatal" de Orfao Andrade Inst~uto Goethe
Cintas, 1924, 26 x 32 em.
TV • Videosl Cinema Monólogo" A Nadadora" - etc ... ParticipaçAo em "Los Subterraqueos", Direção: Bebe Karnin, no ciclo "Apuntes para Una Cullura Popular" Fim de Semana - Média MetragemVideo Profissional Direção: Saivich Cherniki Iniasta (Prêmio Sulamericano do Japão) Montevideo - Média Metragem - Video Profissional Direção: Trilnil Olivieri Metamorfose - Média Melragem - 16 rnm Direção: Maria José Gabin - l' prêmio no Festival da Hungria "Et6fno Sorriso de New Jersey" - Longa Melragem Direção: Carios Sorin "Últimas Imagens do Naufrágio" - Longa Metragem Direção: Elisoo Subieja
Homelnaloem s Xul Solar mais enigmáticos, Xul Sola, é,todavia, um sinal inocente da arte latinoamericana. Xul é um rastro e também um aWabeto. Pintor lanlo das vanguardas e também criador enigmático. Inventor do "panajedrez" do "noocriollo". Xul do anedotário de Borges. Xul aslrológico que pintou o Fet,alo de Asturias. Uma homenagem teatral a um gigante clandestino. Habitar seus quadros tornou-se imprescindível. A partir de sua obra, urna situação tealraJ. O espaço e os personagens. O sonho que 11 tela recorda antes que um olhar o desperte. Uma das mlsslles do teatro - uma de suas paixlles - é animar 11 ()9na revelada pela
imagem. Homenagem a Xul é um trabalho de amor por estas cenas, por estas imagens. Uma indagação temporal (no tempo) contida na tela. Sobretudo, uma resposta dinâmica a esse desafio silencioso que Xullançou ao futuro. Obra: Homenaje a Xul Solar Apresentação: Viviana Tellas Intérprete: Diana Szeinblum Ruben Szumacher Produção Executiva: Graeisla Rodriguez Textos e Investigaçao Histórica: Luis Chitarroni Música: Daniel MeleFO Direção de Arte: Horacio Gallo Assistente de Direção: Miguel Pittier Idéia e Direção: Viviana Tellas
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ALDO CALVO
Brasil Biografia Itália, 1906, naturalizado brasileiro -1955 Pintor, 09nógrafo e 09notécnioo. Membro vnalício do Conselho de Administração da Fundação Bienal de São Paulo.
Principais trabalhos executados como cenógrafo, projetista e consultor cenotécnico Na Europa Teatro Scala de Milao (1936. 1937,1947) Teatro da Ópera do Estado de Be~im (1938, 1939) Teatro do Festival de Salzburg (1939) Festival teatral da Bienal de Veneza (de 1936 a 1947) Teatro da Ópera de San Remo (1936,1937,1938) Teatro da Ópera de Trieste (1939) Festival teatral do Maio Florentino (1936, 1939,1940,1941).
No Brasil "Teatro Brasileiro de Comédia" - São Paulo (1949·1952) (Fundador) "Teatro Castro Alves" - Salvador (1957) "Ballet IV Centenário da Cidade de São Paulo" (1953/1954) "Teatro Nacional de Brasília" - Arquivo Oscar Nlemeyer (1966/1973) "Teatro Municipal de Campinas" - Arquivos Fábio Penteado e Associados (1965) l' prêmio na Ouadrienal de Teatro de Praga (1967). "Tealro e Anffteatro ao ar livre do Centro de Convivência Cuftural de Campinas" Arquivos Fábio Penteado e Associados (1967) Conjunto Teatral do "Palácio das Artes" Belo Horizonte (1966) "Tealro Experimental de la Foire Inlernational de Tripoli" - Liban - Arquivo Oscar Niemeyer (1972) Restauração "Teatro Amazonas de Manaus" (1974) "Teatro Sérgio Cardoso - Bela Vista" - São Paulo (1973-80) "Centro Estadual de Civismo e Cuftura" Paulo - Arquivos Jorge Wilheirn e Associados Reforma do "Teatro Municipal" do Rio de Janeiro - (1976) "Teatro para do "Centro de Convenções do Estado de Pernambuoo" - (1979) Reforma e restauração do "Teatro Municipal de São Paulo" (1985 - 1988) Teatro para o Centro Cuftural de Bauru" (1987/88) "Teatro Municipal de Marlngá" (1987/88)
Os Contos de Holfmann, de Holfenbach, 1952, Rio de Janeiro
sao
Um construtor do teatro brasileiro Aldo Calvo já era artista realizado na Itália, quando o sombrio pós-guerra europeu o fez, oomo a vários outros oompatriotas, iludir-se oom a promessa da América futura. Estabelecido em São Paulo, ele logo participou ~e um projeto que parecia ser de grandeza Infalível. Os trabalhos no Teatro alia Scala de Milão e no Maggio Florentino lhe deram autoridade para oolaborar nos rumos do paloo paulistano. O Industrial Franoo Zamparl havia criado, em 1948, o espaço do Teatro Brasileiro de Comédia, para que os grupos amadores locais pudessem apresentar-se. Vlu-se, de imediato, que a sobrevivência da Iniciativa dependia da profissionalização. Calvo sugeriu a Zampari que chamasse da Argentina o jovem encenador italiano AdoKo Cell. E, com a chegada dele, processou a renovação estética do teatro brasileiro, em termos profissionais, Iniciada no campo amador pelo oonjunto carioca de Os Comediantes. Diversos espetáculos do TBC, além da própria sala, tiveram a marca de Aldo Calvo. Foi até objeto de crítica o tule francês utilizado por Cacilda Becker num figurino de A Dama das CaméHas, signo de orientação quase perdulária. Em certo momento, Celi
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desligou-se da direção artística do elenco, formando nova companhia, ao lado de TOnia Carrero e Paulo Autran, que estreou com visual de Calvo, no Rio de Janeiro, em Olhelo, de Shakespeare. Um dia Calvo me perguntou se eu não achava que a Bienal de São Paulo, fundada por seu amigo Ciccillo Matarazzo, ganharia em incluir em seu programa uma exposição de artes plásticas de teatro. Se eu estivesse de acordo, iríamos propor seu ooncurso no certame vitorioso. Dirigimo-nos a Ciccillo, que entendeu a importancia do acontecimento, ressalvando que não poderia assumir novos ônus financeiros. Sem despesas, a Bienal adotaria o teatro. Redigimos o regulamento, bastante ambicioso, oompreendendo a mostra quatro áreas distintas: cenografia, indumentária, arquitetura e técnicas teatrais. Até nós mesmos nos surpreendemos oom o êxito da convocação: numerosos países enviaram salas magníficas, levando a sério o improviso de um oonvite um tanto vago. Entre dezenas de contribuiçOes inestimáveis, eu lembraria as retrospectivas de Oskar Schlemmer e Jose! Svoboda (cuja obra foi internacionalmente valorizada a partir da acolhida em São Paulo), a presença de Felix Labisse e o programa dedicado a Eugene O'Nein, além dos múftiplos trabalhos de brasileiros
Os cheooslovacos sentiram-se de tal forma gratificados em São Paulo que decidiram criar a Ouadrienal de Praga, nascida da nossa experiência. Para que não houvesse disputa negativa entre os dois países, redigi o convênio que transformava a Bienal de São Paulo em Ouadrienal, a afternar corn a de Praga. O intercâmbio seria benéfioo a ambas, e os artistas brasileiros tiveram lugar de honra nas exposiçOes cheooslovacas, reoonhecidos oom prêmios internacionais. A idéia inicial de Calvo oontinuaria em realização fecunda, se políticas discutíveis não cancelassem o setor de tàatro no quadro do certame. No Brasil, há o vezo meiancólico de suprimir iniciativas meritórias, se elas nasceram de adminis.tração anterior. Por isso, durante mukos anos, o público se viu privado da Bienal ou Ouadrienal das Artes Plásticas de Teatro. Ouem faz essa observação sentese feliz porque a atual diretoria da Fundação resolveu ressusc~ar o certame cênico. E sente-se mais feliz ainda pela homenagem justamente prestada a Aldo Calvo. Nestas várias décadas, ele n!lo permaneceu inativo. Se seu nome não aparece associado a espetáculos teatrais, oontinua vinculado, de maneiras várias, à atividade cênica. A ópera, no Teatro Municipal de São Paulo, tem contado com seu talento indiscutível. Mas a marca mais pessoal de Aldo Calvo, nos últimos anos, se liga à oonstrução e à
reforma de casas de espetáculos. Não estarei fazendo nenhuma revelação indiscreta se afirmar que, muitas vezes, com seu seguro oonheclmento técnico das exigências das montagens, ele vem consertando erros de gente não especializada Em vários casos, arqu~etos inteligentes recorrem a ele, para dar garantia profissional a seus projetos. Com a oolaboracâo de Calvo, Fábio Penteado ooncebeu o Teatro Municipal de Campinas, premiado na Ouadrienal de Praga Empenha-se Calvo, atualmente, em dar realidade a um projeto de Jorge Wilheim, para que São Paulo conte oom uma sala de três mil lugares. Não creio que haja hoje, no mundo, alguém que tenha fe~o tantos projetos técnioos de casas de espetáculos como Aldo Calvo. Sua assinatura valoriza as melhores soluçOes arquitetônicas do País, em que freqOentemente ele precisou adaptar arranjos Insatisfatórios. Artista prático, realista, ele se amolda às exigências especificas de cada proposta. Pelas incontáveis contribulçOes de Aldo Calvo a tantas iniciativas Importantes, eu não tenho dúvida em considerá-lo um dos mais sólidos construtores do teatro moderno brasileiro.
Sábato Magaldi
Bonecôes, Caras e Caretas TONINHO MACEDO:
Brasil Biografia Autor, ator e diretor de Teatro. Criador e diretor do Abaçaí Cu~ura e Arte. Sua formação é da área de Humanas. Vem documentando sistematicamente os mais variados aspectos de nosso folclore e divulgando-os através de publicaçOes e sua projecâo estética. Daí resukaram 4 exposiçOes fotográficas. Como cantor tem divulgado em reckais modinhas, lundus e canções inédkas do folclore brasileiro.
"Bonecões, Caras & Caretas" A representação mítica de seres agigantados povoa a literatura e a arte em geral da antigüidade. Também já de há muito o homem começou a materializar estas figuras, reinterpretando-as em colossais bonecos feitos de vime, taquara, papel, fibras, panos com o material disponível. sao os famosos ''Gigantões", bonecos com formas humanas, de animais ou fantásticos, presentes nas manifestações espontâneas ou dirigidas de todo o mundo. Quase ~sível dizer-se quando surgiram_ Também entre nós sua presença é muito antiga. E é bom lembrar que, se os meios de comunicação celebrizaram os bon9CÕes de Olinda, as pesquisas do Abaçaí Cultura e Arte têm revelado que seu maior reduto está em S1Io Paulo - ocorrem em quase 30 municípios, em festas sacras e profanas, tendo o S9U pico no Carnaval. Muitos conhecem o famoso ''Cord!io de Bichos" de Tatuí". Entretanto, é em sao Bento do Sapucaí que acontecem em maior número e pujança A técnica de confecção mais usual é O "empapolamento' (colagem de tiras de papel), revestindo armaçOes de varetas de bambu ou reproduzindo moldes de barro_ Para um maior Intercâmbio entre os artistas e divulgaçao desta mannestacão, o Abaçeí Cu~ura e Arte vem realizando concentraçOes anuais. Por ocasiao desta XX Bienal, lança o I Festival da Bonecos de Rua do Estado de saoPaulo. Toninha Macedo Coordenador
Bonecos dos municípios de: Aparecida, Bebedouro, Biritiba-Mirim, Cesário-Lange, Cunha, Iguepe, Jacareí, Lagoinha, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Piro-Piracuara, São José dos Carrpos, Pontal, Porto-Feliz, Reduç!io da Serra, Salesópolis, Sako Grande, Santana do Parnaíba, sao Bento do Sapucaí, sao Luís do Paraitinga, Sertaozinho, Ubatuba
Carnavallinlco, 1986 Iguepe
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DANIELA THOMAS
Brasil Biografia Ainda não desistiu do cinema, quer dirigir um filme. Mas essa vocação sabida e planejada foi atropelada por outra, que ela nem sabia que existia. Em 1981, Daniela Thomas concebeu uma caixa de espelhos e reflexos infinitos para Ali Strange Way, texto de Samuel Beckett que Gerald Thomas encenou em Nova York, no teatro La Mamma. Numa identWlcação perfeita com o universo do autor, ela criou um espaço árido e seco, fazendo com que cada mínimo detalhe tivesse o máximo significado, da mesma forma que o pr.óprlo Beckett no seu econômico uso das palavras. A partir daí, essa ex-estudante de História em 78 na Universidade Federal Fluminense, em Niterói, que ao viajar para Londres dividiu um espaço com Gerald, mas cotn O propósito de estudar cinema (chegou até a criar uma produtora, a Crosswind, com alguns amigos), não deixou mais o teatro. Ou melhor, o teatro feito por Gerald Thomas, que nunca mais prescindiu do seu designo Daniela recebeu prêmios por seu trabalho em Quatro Vezes Beckett (O Marrberrbe, pelos figurinos), Carmem Com Filtro (O Moliêre, em São Paulo, pelos cenários e figurinos) e EJetra Com Creta (Moliêre do Rio, por cenários e figurinos). Aponta a literatura de Beckett como uma influência definftiva e não se considera exatamente uma amante do teatro. "Gosto de fazer o que eu faço com Gerald. ~ algo mais próximo de um poema do que de um romance. Um poema cênico. Se as pessoas vissem nosso trabalho dessa maneira, talvez aproveitassem mais." Como começou a trabalhar para o teatro sem nenhum plano anterior, acha que não sofreu influênCias de ninguém. Mas identffica preocupaçOes e caminhos semelhantes aos seus no trabalho de Kazuo Ohno, Bob Wilson, Pina Bausch, Richard Peduzzi e Tadeusz Kantor. Aos quais pode, sem nenhuma injustiça ou pretensão, chamar de ·companheiros·.
Trilogia Katka. 1988
Obra apresentada Trilogia Kafka - 1988
Poesia Cênica, por Daniela A dor de ser escravo da linguagem mora num determinado lugar. Nesse lugar transitam os sintomas de tal estado palológico. Sintomas que vem e vão, como os maus pensamentos. Sintomas/seres perseguidos pelas palavras, sem as quais - quem sabedesapareceriam num vácuo escuro e morbidamente silencioso. Ante o pânico des-carteslano - "não penso, logo não existo· - arma-se a convulsão discursiva. Palavras que são como rezas, desprovidas do tal sentido, providas do mais puro desespero. Em suma, falar para não morrer. Que espaço mais terrível para ecoar esse desespero que uma das salas de uma imensa biblioleca. Aprisionar a oração kafkiana dentro do mausoléu da palavra. Ando sempre em busca desse lugar, esse potencializador do drama. Pois nem os lugares escapam dessa síndrome ... da superslgnificação que consome o planeta. Em que nicho, em que circulo do Inferno vou encarcerar esses pobres personagens, vítimas do excesso? Pensei na flecha de leno, que jamais atinge o alvo, visto que se torna número, razão. Imagine então um discurso dirigido a uma parede de livros, livros antigos, milhares deles. Metáfora que é quase um arquétipo da obsolescêncla. Mais do que conter livros, essa biblioteca deveria ser o túmulo da razão, aquela que tão racionalmente se perde em Kafka. Joseph ComeU me veio à cabeça. O artista americano que transformou a renascença em pap. Suas caixas históricas brincam com a pretensão racionalista dos museus. Nessas caixas convivem fragmentos de tudo: mapas, pinturas em reprodução, páginas de livros, copos, bolas de gude, papagaios, etc ... Elas se parecem muko com as vftrlnes de um ViCloria and A1bert Museum, SÓ que
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desprovidas de qualquer intenção didática. ~ como se a poesia tivesse Invadido o museu. Resolvi então que os personagens kalklanos - devidamente exacerbados por Gerald Iriam sftiar esta biblioteca/museu corneliano. Decidido o lugar, passei a me preocupar com sua arquitetura específica. As dimensões eram importantes. Tentei de alguma forma reviver a sensação de entrar a primeira vez no saguão central da biblioteca do Brftish Museum: a escala era massacrante. Estantes altíssimas. Para tanto, invadi a boca de cena, essa dftadora espacial, tentando reproduzir a escala de uma biblioteca centenária. O peso também era vital. As palavras numa biblioteca são sólidas, pesadíssimas. A madeira suaviza nossa impressão de peso. Pesada é a ponte de ferro, a igreja de pedra, ou então a biblioteca de concreto armado. ~ claro que não existe no mundo uma só biblioteca de concreto armado. Mas como ela seria pesada se existissel O ·concreto armado', além de reforçar a sensação de peso, pOssibilita lançar o cenário para fora do âmbito da ilustracão. Fazê-lo mais uma vez habitar o limbo que existe entre o familiar e o estranhíssimo, insistente preocupação
minha. Peguei emprestado de mim mesma o cubomuttiplicador-de imagens, que serve como quarto para Gregor. Uma espécie de câmara de eco visual, onde centenas de Gregores acordarão transformados nesse inseto/múmia, uma certa manhã. Como sempre, mergulhei no trabalho como quem corre para salvar uma vida, sangue, suor e lágrimas. Como sempre, também, tive a ajuda de quem é mais louco do que eu, porque embarca na minha viagem como se esta fosse o centro de sua própria vida. Me refiro à louca d!l Carla, minha assistente, que emagreceu aqui, comigo e sempre, miraculosamente, às gargalhadas. Dedico esse trabalho a ela e ao Marcelo Dias Alves. Daniela lhomas
Assistentes de Cenografia Marcelo Larrea Carla Callé Alves Cenotécnico José Estevão Bezerra Nascimento Produção Artecultura
DE Brasil Biografia Nasceu em 1899 e morreu em 1973, Pintor, desenhista e arquttelo, Autor de "Experiência no, 2", "Os Ossos do Mundo" e" A Casado Homem do Séc, XX", entre outros. Em 1932 fundou o Teatro de Experiência, proibido de funcionar peio escândalo causado por seu O Bailado do Deus iI/Iorlo, Fundador do Clube dos Artistas Modernos, Participou de várias Bienais (I, li, 111, VII, VIII), Ern 1963 apresentou sala espacial com pintura, escuttura, cenografia" decoração, foi criado especialmente para o A Centooário,
Obras
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LI. """."....
1, A louca, "A Cangaceira", 1953 Guache,51 x 30,3 em 2, A Professora, Bailei "A Cangaceira", 1953 Guaciha,51 x 30,3 em 3, Caipira, Bailei "A Cangaceira', 1953 Guache,51 x 30,3 em Cangaceira, BaileI "A Cangaceira", 1953 Guache,51 em Cangaceira", 1953
em Bailei "A
6,
7,
em 8,
Ballet "A Cangaceira",
em 9,
Ballat "A Cangaceira",
la, Cangaceira', 1953 Guache, 51 x 30,3 em lI, O Fantasma da Horta, BalIet "A Cangaceira',1953 Guache,51 x 30,3 em 12, O Farmacêutioo, Ballet "A Cangaceira", 1953 Guache,51 x 30,3 em 13, O Homem Santo, BaIleI "A Cangaceira', 1953 Guache,51 x 30,3 em 14, O Polltioo, Ballet "A Cangaceira', 1953 Guache,51 x 30,3 em 15, O Recém-Casado, Ballet ,," Cangaceira", 1953 Guache,51 x 30,3 em 16, O Ser Vegetal, Ballet "A Cangaceira:',1953 Guache,51 x 30,3 em 17, O Trabalhador, BaileI "A Cangaceirta", 1953 GUaciha,51 x 30,3 CJTl 18, Ser Mrrológioo, Ballet "A Cangacelra:',1953 Guache,51 x 30,3 em 19, Ser Mrrológioo I, Ballet "A Cangaceira", 1953 Guache,51 x 30,3 em 20, Ser Mrrológioo (M1ios de Cabelo), Ballet "A Cangaceira", 1953 Guache, 51 x 30,3 em 21, A Burguesa, Ballet "A Cangaceira", 1953 (") Guache,51 x 30,3 em 22, A Fe mceira, Ballet "A Cangaceira", 1953 Guache,51 x 30,3 em
A FeITiceira, 1953 (para o belé "A Cangaceira"), guache si cartolina, 58,7 x 30,3 cm
MACiUSP
(00') No decOfrer de quatro séculos, da Renascença até princípios do atual, os cenógrafos insistiram em apresentar décers que reproduziam ou simulavam ambientes, Queriam "representar', Serrpre dentro dos mesmos cânones, Desde Serlio e Bibiena até inícios da centúria atual, os cenários obedecem às mesmas diretrizes que os mestres do pretérito traçaram 8 impuseram, No começo do presente sécuio, precisamente nos segundo 8 terceiro decênios, dois artistas plástioos revoiucionaram a cenografia do bailado: Salvador Dali, com Bacanal e Colóquio Sentimental, "Pavel Tchelttchev com Orleus, Errante e The Cave 01 Sleep, ~ possível, quase certo, que alguém julgue exagerado o que vou afirrnar, Mas antes de dizê-Io, recorro ao sábio conselho de Goethe: "O critioo, em vez de negar-se a si mesmo, deve relacionar, com precisão, os seus sentimentos e idéias com os do artista de quem fala", Assim, não me arrecalo em afirmar que incluo Flávio entre aqueles dois renomados artistas (00')
Nicanor Miranda
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FLÁVIO IMPÉRIO Brasil Biografia Nasceu em 1937 e morreu em 1985. Arquiteto, pintor, cenógrafo, figurinista e professor.
Cenografia para Teatro 1959 Peça: Gente como a geme Autor: Roberto Freire 1960 Peça: Morte e Vida Severina Autor: João Cabral de Mello Neto 1962 Peça: Todo Anjo é Terrível Autor: Ketti Frings (adaptado de Thomas WoHe) 1963 Peça: O Melhor Juiz, o Rei Autor: Lope de Vaga 1964 Peça: Depois da Queda Autor: Arthur Millar 1964 Peça: Ópera dos Três Vinténs Autor: Bertold Brecht 1965 Peça: Arena Conta Zumbi Autores: Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal 1966 Peça: Os Inimigos Autor: Máximo Gorki 1968 Peça: Roda VIVa Autor: Chico Buarque de Holanda 1970 Peça: Dom Juan Autor: Moliêre 1973 Peça: Labirinto, Balanço da Vida Roteiro: Flávio Império, Walmor Chagas, Paulo Hecker Filho e Maria Thereza Vargas. 1975 Peça: Reveillon Autor: Flávio Márcio 1977 Peça: Um Ponto de Luz Autor: Fauzi Arap 1979 Peça: A Falecida Autor: Nelson Rodrigues 1981 Balé: Libertas Quae Sara Tamen Inspirado no Romanceiro da Inconfidência de Cecília Meireles. 1983 Peça: Chiquinha Gonzaga, o Abre Alas Autor: Maria Adelaide Amaral 1984 Balé: Absurdos Roteiro, direção, cenogrtafia, figurinos e roteiro de iluminaç&o: Flávio Império
Exposições de Cenografia Teatral Brasil 1963 VII Bienal de São Paulo -1' Prêmio de Cenografia 1965 VIII Bienal de São Paulo - Medalha de Ouro 1969 X Bienal de São Paulo - Sala Especial 1983 Exposiçao Retrospectiva da Obra Compreendida entre 1960 -1983 "Rever Espaços: O Espaço Cênico segundo Flávio Império -Centro Cu~ural São Paulo
Exterior 1967 Quadrienal de teatro de PragaTchecoslováquia
Obra Apresentada Absurdos, 1984 Canário e Figurinos
"Absurdos" Absurdos é fato, é fantasiai Sem querer, minamos um sabão para quem quisesse escorregar.Certamente fomos os primeiros a tropeçar etoi nesses lombos que percebemos as regras da brincadeira. Sem método, sem IImHe. mas com um indisfarçável encanto pelo prazer de ampliar nossa linguagem e rir muho confortavelmente das perguntas sem respostas e das respostas sem perguntas. Absurdos é sugestao, e os doze trabalhos, um resumo da aventura por este nosferático castelo. Brincamos de herói, fazendo voar a velha locomotiva enferrujada (pelo menos em sonhos), posto que as rodas grudaram nos trllhos. Parada, a grande máquina trabalha em vão. Flávio ImpériG'Suzana Yamauchi
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Flávio Império 9 elenco - Espetáculo Absurdos, Ballet da Cidade de São Paulo,
HILDE WEBER Brasil Biografia Hilde WeIoor nasceu em Waldau (Alemanha) em 9.9.1913, e é brasileira naturalizada. Passou a infância e a juventude em • Hamburgo, onda sstudou artes gráficas. Tendo chegado ao Brasil em 1933, Hilde vem desenvolvendo um trabalho ininterrupto como chargista" ilustradOfa na imprensa de São Paulo" do Rio. Apesar de se ter dedicado também a outras atividades, como a pintura, a cerâmica e a xilogravura, é no desenho que Hilde encontra o caminho para sua expressão COfOO artista.
Exposições Coletivas Participou de cinco Bienais de São Paulo. Fez parte de um grupo de seis Humoristas, que expuseram na Galeria Ambiente, em 1961. Tomou parte na Exposição Coletiva de Caricaturas no Paço das Artes, São Paulo, 1971. Fez
FlJflarte!Brasília, 1000. Tomou "" '~A"~O'""U Coleção Biblio/eca em 1981.
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I
No teatro Cacilda Becker, Hilde viu assim Walmor Chagas e Cacilda Becker na peça "Isso devia ser proibido", de Walmor e 8ráulio Pedroso.
livros
Buchnsr Nick·Bar William ORei Oswalo de Andrade 10. O Sistema Fabrizzi 11. Se coner " bicho bicho come Odullaldo Vianna Filho Vestido de noiva
Ferreir" Gullar
no entanto, passou a fazer da Imprensa,
Herman Lima Caricatura no Brasil"
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J,C. ,;:..".-.. ..-. ...." .. Brasil Biografia José Carlos Serroni tem tesa de graduação interdisciplinar em Cenografia e Arqunetura de EdHíclos Teatrais. Realizou diversos projetos para palcos e trabalhou em reformas " construções de vários espaços teatrais por lodo o Brasil. ~ atualmente, desde 1985, consu~or técnico na área de Edifícios Teatrais da FUNDACEN (Fundação Nacional de Artes Cênicas) do MINC - Ministério da Cultura. Participou em 1987, da Quadrienal de Cenografia, Indumentária" Arquitetura Teatral de Praga, na Tchecoslováquia, sendo o Comissário Geral do Brasil durante o evento, onde levantou os problemas da Cenografia e da Arquitetura Teatral Brasileira. Expôs trabalhos de cenografia e recabau uma das cinco menções honrosas dadas, entre os mais de 40 países participantes. O Brasil recabau a menção de júri internacional '1or combining !,aoRional Latin American Art, wtth the modem 01 lhe thealre:". Serroni ti no " ,esoo,,!lállel Núcleo de Cenografia e de Teatro Macunaíma do - Centro Pesquisa Teatral do SESC sob a coordenação de Antunas Filho. No Brasil, Inumeros eles, por duas vezes <> pela Air Franca. Em teatro destacam-se seus seguintes trabalhos em cenografia" figurinos: -"Sonho de Uma Noite de Verão" e"Hamler" de W. Shakespeare; - "Morte Acidental de Um Anarquista" de Dario Fó; - "Santa Joana" de Bsmará Shaw; - "Morte de Um Caixeiro Viajante" de Arthur Miller; - "Tartufo" de Moliére; - "Katastrofé" coletânea de 4 textos de S. Beckelt; - "Nostradamus" de Doe Comparalo; - "Xica da Silva" de Luís Alberto de IIbreu e - "Paraíso Zona Norte" de Nelson Rodrigues. Seu último trabalho em cenografia é em uma montagem em Nova York com o teatro de Repertório Espanhol, onde faz a cenografia e os figurinos para nova versão de Nelson Rodrigues ("Álbum de Família" e "Toda Nudez Será Castigada") sob a direção de Antunes Filho.
Paraiso Zona Norte. 1989
Obra Apresentada Paraíso Zona Norte, 1989 Cenário A evolução do trabalho de J.C. Serroni ilustra exemplarmente a formaç!io dos cenógrafos brasileiros. Em primeiro lugar há" envolvimento simultâneo com as artes plásticas e " teatro amador. Depois vem a formação de arquneto, que lhe permite resolver estruturalmente as intuições de forma e espaço. Começa finalmente o trabalho do oenógrafo, em teatro e televisão, familiarizando-se com "o estilo' e os mistérios da cenotécnica desvendados cotidianamente. Sobre essa base, construída através do trabalho, o cenógrafo pode ousar uma interferência mais decisiva no processo de construção de um espetáculo. Trabalhando alualmenta com grupos estáveis, Serroni nao se lim~a a traduzir espacialmente a concepção de um diretor. As obras que produz agora acompanham passo a passo a construç&o do espetáculo, incorporando transformações que acontecem no interior de um grupo de trabalho. Não são "ambientes", mas a formalização de uma idéia, de ações e de personagens. Espaços impragnados de tempo. Desde o seu início em 1978, com a encenação de Macunaíma, o Centro de Pesquisa Teatral do SESC se propOe a explorar todas as áreas da criação cênica. Nenhuma questão loi excluída do seu espectro de atividades: a fo,maç&o do ator, a construção do texto, a concepção do espaço cênico, a criação musical e a exploração de recursos cenotécnicos compatív<;>is com as condições de produção do teat,o brasileiro. Impulsionando esse trabalho sobre a linguagem há o desejo de identnicar matrizes da cunura brasileira, modos constantes de
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perceber o mundo e agir sobre ele que constituem, ao longo do tempo, uma determinada configuração social e histórica. Com essa vocação didática, inseparável aliás dos postos avançados da arte contemporânea, o CPT investiga nas suas oficinas o sentido" a matéria dos espaços culturais onde convivem o arcaico e o moderno, as tramas vagetai. e as tramas do traçado urbano. Dessa pesquisa deve emergir não apenas o bom teatro, mas a ampliação da consciência dos seus alares e espectadores.
JOSÉ ANTONIO DA
Brasil É para ser bem lida A todos os brasileiros eu peço Vou contar a minha vida Toda rimada em versos.
Todos me conhecem como pintor E como homem da floresta Tenho mais um valor Sou artista e sou poeta Brasileiro e brasileira Leia bem o que aqui falo Nasci em Sales Oliveira No Estado de São Paulo As glórias que me cobrem Porque escrevo no oompasso Nasci no dia 12 de março De mil novecentos e nove José Antonio da Silva
Obra Apresentada Rosa de CabriúnaJ1986 Cenário e Figurinos
Um Gênio: Silvl'l
Rosa de Cabriúna. 1986
José Antonio da Silva é reconhecidamente um valor maior da arte brasileira, onde marca, há 40 anos, sua presença, saja na Pintura, Poesia, Literatura ou Música. Nascido na região da Alta Magiana e vivendo em São José do Rio Preto, nunca perdeu contato com as recordações da infância, passada em fazendas de café. A roça foi sempre a sua temática, relralador autentico de nosso caipirismo e da alma popular. Seu painel para "Rosa de Cabriúna", encomendado por Antunes Filho, que vi em primeira mão, em sua casa-alelier de sao Paulo, incorpora toda a praxis de sua arte primkivista-pura, bela e telúrica, sem igual no país. Faz bem o SESC em transportar para o teatro o romance de José Antonio da Silva, aproximando a Entidade do Interior vivido e sofrido de nossa terra. Nele está retratado, com as pinceladas e nuances do gênio, toda pintura admirável desse artista, um dos valores eternos da arte nacional - como Portinari, Volpi e Tarsila. Luiz Ernesto Kawall
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LASAR SEGALL
Brasil Biografia
1891 Nascimento em Vilna, Rússia Seu pai, Abel Segall, era escriba de Tora (pergaminho religioso judaico). 1906 Aos t5 anos viaja sozinho para Berlim, onde se fixa. 190719 Cursa a Academia Irrperial de Belas· Artes de Berlim. 1909 Faz ato público de rebelião contra o regulamento da Academia, que abandona, expondo na Freie Sezesslon, um dos movimentos precursores do Expressionismo. 1910 Abandonando a Academia, transferese para Dresden e freqOenta a Academia de Belas-Artes dessa cidade na qualidade de Melsterschueler (aluno-mestre) . Exposição Individual em Dresdeil, Galeria Gurlitt. Desta época datam suas primeiras gravuras. Logo passa a gravar em todas as técnicas-metal, pedra e madeira. 1911/12 Inicio de participação no movimento expressionista na Alemanha. Estada na Holanda e primeira viagem ao Brasil. 1913 Exposições individuais em São Paulo e Campinas. Regresso a Dresden. Na qualidade de cidadão russo é confinado durante parte da primeira Guerra Mundial. 1917/18 Retoma para uma visita a VII na. 1919 De votta a Dresden funda com OIto Dix, Conrad Felixmuller, Oito Lange e outros a Dresdner Sezession-Grupe t9t9 (Secessao de Dresden-Grupo 1919). 1919/23 Participação destacada no Expressionismo alemão. Entre outras, realiza exposições individuais no Folkwang-Museum, Hagen 1920; na Galeria Chames, Frankfurt, e no Gabinete de Estampas do Museu de Leipzlg, 1923. 1923 Viagem ao Brasil onde se fixa definitivamente e adquire a nacionalidade brasileira 1924 Exposição individual em São Paulo 1926 Exposições individuais na Galeria Neumann-Nlerendorf, Berlim, Galeria Neue Kunst Fides, Dresden, e Kunstkabinett Stuttgart, em que exibe motivos da terra e da gente brasileira, trabalhos qualificados pela critica nacional e estrangeira de primeira fase brasileira. 1928 ExposiçOes Individuais em sao Paulo e no Rio de Janeiro. 1928/31 Reside em Paris. 1930 Primeiros trabalhos em escultura. Passa a esculpir em argila, madeira e pedra. 1931 Exposição individual na Galeria Vlgnon, Paris. 1932/34 Após seu retorno ao Brasil, é um dos principais fundadores da Sociedade ProArte Moderna (SPAM), com participação das mais ativas na sua direção. Exposições indMduals na Galeria Pr6-Arte, Rio de Janeiro 1933, Galeria Bragaglla, Roma 1934 e Galeria 11 Milione, Milano 1934. 1935 Primeiro contato com a natureza de Campos do Jordão e inicio da série Retratos de Lucy. 1939 Representa oficialmente o Brasil no Congresso Intemaclonal de Artistas Independentes realizado em Paris. 1937/39 Participa nos três SalOes de Maio (1937/38139) em sao Paulo. 1936/50 Série dos grandes temas humanos universais, em que se incluem os óleos Pogrom, Navio de emigrantes, Guerra, Campo de concentração, ~xodo e o triptico Os condenados. ExposlçOes individuais na Galeria Renou et Colle, Paris 1939, na Galeria NeumannWillard, NewYork 1940, no Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro 1943, na Assoclated American Artists, New York 1948 e na Pan-American Union, Washington 1948. 1951/57 Exposição retrospectiva no museu de Arte de São Paulo, 1951. Convidado de honra com sala especial na I Bienal de sao Paulo, 1951. Convidado de honra com sala especial na 111 Bienal de São Paulo, 1955. Último ciclo de sua obra, destacando-se as séries As erradias, Florestas e Favelas. Convidado para uma exposição Individual no Museu de Arte Moderna de Paris e outros museus da Europa e Israel, sofre em 16 de agosto de 1956 o primeiro ataque da moléstia que iria v~imá-Io, e falece em sua residência em São Paulo, a 2 de agosto de 1957.
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"Sonho de uma Noke de Verão", 1939, Guache e destalhes prateados, 47,1 x 57,5 cm; 38,5 x 51,5 em
Obras Apresentadas
em
1. Projeto para cenário do Balé "O Mandarim Maravilhoso" Ballet IV Centenário de sao Paulo, c. 1954. Nanquim e aguada, 30 x 37(s) , 24,5 x 39,S(c) 2. Projeto de cor para cenário do Balé "O Mandarim Maravilhoso' Ballet IV Centenário de sao Paulo, c. 1954. Guache, 34,9 x 48(5) , 30 x 38,S(c) 3. Projeto para cenário do Balé "O Mandarim Maravilhoso" Bailei IV Centenário de S!io Paulo, c. 1954. Aguada de sépia 9 grafite, 35 x 43(8) ,31,8 x 40 (c) 4. Projeto de cor para cenário do Balé "O Mandarim Maravilhoso' Ballet IV Centenário de sao Paulo, c. 19540 Guache, 31,2 x 38,6 em 5. Personagens do Balé "O Mandarim Maravi/hoso" Ballet IV Centenário de São Paulo, co 19540 Bico de pena nanquim 9 aguada, 39,6 x 29,5
11. Velho Cavalheiro. Projeto de cor para figurino do personagem do Balé "O Mandarim Maravilhoso". Ballet IV Centenário de São Paulo, c. 1954. Guache e grafite, 36,2 x 23,1 cm 12. A jovem. Projeto de cor para figurino do personagem do Balé "O Mandarim Maravilhoso". BalletlV Centenário de São Paulo, c. 1954. Aquarela e grame, 31,8 x 24 em 13. A jovem Projeto de cor para figurino do personagem do Balé "O Mandarim Maravilhoso". Bailei IV Centenário de sao Paulo, c. 1954. Guache, aquarela e grafite, 31 x 23 em 14. A jovem e o Velho Cavalheiro. Estudo para Personagens do Balé "O Mandarim Maravilhoso". Bailei IV Centenário de S!io Paulo, c 1954. Nanquim a bico de pena pincel, 30,7 x 22,7
em
15. A jovem e o malfeitor. Estudo para personagens do Balé "O Mandarlm Maravilhoso'. Ballet IV Centenário de sao Paulo, c. 1954. Nanquim e aguada de nanquim, 30,5 x 22,8
6. O Mandarim Projeto de cor para figurino do personagem do Balé ''O Mandarim Maravilhoso", Bailei IV Centenário de sao Paulo, c. 1954. Guache 9 detalhe prateado, 40 x 29,5 cm 7. O Mandarim Projeto de cor para figurino de personagem do Balé "O Mandarim Maravilhoso", BalletlV Centenário de sao Paulo, c. 1954. Guache, aquarela e detalhes prateados, 40 x 29,6 em 8. O Mandarim Projeto de cor para figurino do personagem do Balé "O Mandarim Maravilhoso", Ballet IV Centenário de sao Paulo, c. 1954. Guache, aquarela, bico de pena nanquim e detalhes prateados, 36,2 x 23,3 cm. 9. O Mandarim Projeto de cor para figurino do personagem do Balé "O Mandarim Maravilhoso", Ballet IV Centenário de São Paulo, c. 1954. Guache e detalhes prateados, 31,3 x 23 cm 10. O Mandarim. Estudo para personagem do Balé "O Mandarim Maravilhoso" BalletlV Centenário de sao Paulo, c. 1954. Desenho a nanquim bico de pena, 31 x 22,7
em
em 16. A jovem e o malfehor. Estudo para personagens do Balé "O Mandarim Maravilhoso". Ballet IV Centenário de S!io Paulo, c. 1954. Desenho a nanquim bico de pena, 31,2 x 23,1 cm 17. A jovem e o malfeito!. Estudo para personagens do Balé "O Mandarim Maravilhoso". Bailei IV Centenário de sao Paulo, c. 1954. Nanquim bico de pena e pincel, El aguada, 30,6 x 22,7 em 18. A jovem e o 98tudante. Estudo para personagem do Balé "O Mandarim Maravilhoso". Ballet IV Centenário de sao Paulo, c. 1954. Desenho a nanquim bico de pena, 30,5 x 22,7
em 19. Malfeitor. Projeto de cor para figurino do personagem do Balé "O Mandarim Maravilhoso". Ballet IV Centenário de sao
20. Malfeiror. Projeto de cor para figurino do personagem do Balé "O Mandarim Maravilhoso". Baile! IV Centenário de sao Paulo, c. 1954. Aquarela e grame, 31,5 x 23 em 21. O estudante. Projeto de figurino para o personagem do Balé "O Mandarim Maravilhoso". Baile! IV Centenário de São Paulo, c. 1954. Aquarela 8 grafite, 31,4 x 23 em 22. O estudante. Projeto de figurino para o personagem do Balé ''O Mandarim Maravilhoso". Ballet IV Centenário de sao Paulo, c. 1954. Guache, 30,5 x 22,7 em 23. Projeto de cor para cenário do Balé 'Sonho de uma noite de verllo", 1938. Guache e detalhes prateados, 41,1 x 57,5 em (s) , 38,5 x 51,5 em (c) 24. Projeto de cor para cenário do Balé "Sonho de uma noite de verilo", 1938. Guache, 50 x 69,4 em (s) ,44 x 60 em (c) 25. Projeto de cor para cenário do Balé 'Sonho de uma noite de verão", 1938. Aquarela, guache e detalhes prateados, 46 x 64,7 em (s) ,36,5 x 46,7 em (c) 26. Projeto de cor para cenário do Balé "Sonho de uma noite deverão", 1938. Aquareia e guache, 50 x 69,S cm 27. Projeto de cor para detalhe de cenário do Balé 'Sonho de uma noite de verilo~ t 938. Guache, 57 x 41 em
"O Mandarim Maravilhoso" ... Cenário ellgurinos do Lasar Segall, nosso grande artista plástico e entusiasta da arte da dança. Os figurinos, tratando-se de gente de urn submundo social, nao lhe deram mutto ensejo. Nao obstante, o traje do Mandarim é extremamente feliz. Tem beleza teatral, em lunçao das cores 9 do extravagante fe~io. Magnífico o cenário, quer pela composlçao arquttetOnica, quer pelo colorido sombrio, turvo, que lembra um mundo à parte ou dos fascínoras e bairro perigoso de uma grande metrópole. Nicanor Miranda
MARIA BONOMI Brasil Biografia Nasceu em 1935. Gravadora, cenógrafa e figurinista.
Exposições Individuais Brasil e 1'10 Exterior
1"10
XXXII Bienallntarnacional de Veneza, Mlia - Sala Espacial 1965 - Metsua Galeria Ljubljana, Iugoslávia 1966 -- Patite Galeria, Rio de Janeiro, Brasil 1970 - Galeria Bucholz, Munique, Alemanha 1966 - Galeria Cosme Velho, São Paulo, Brasil (repete-se em 1970, 71, 72 e
1004 -
75)
1971 - Musau de Arte Moderna do Rio da Janeiro, Brasil Galeria Bonina, Rio de Janeiro,Brasil (repete-se em 73 e 75) 1972·- Bienal de São Paulo, Brasil - Saia Espsclai 1986 - Galeria Múltipla, São Paulo, Brasil
EXIJOs;iCCles Coletivas
no
e 1'110 Exterior 1952 - Museu de Arte Moderna de São Paulo, Brasil 1962 - Bienal de Tóquio, Japão 1968 - Bienal de Paris, França II Bienal Internacional de Gravura, Cracóvia - Polônia (repete-se em 70) 1972 - Blenallntemaclonal de Arte de Veneza, Museu Cá Pesara Veneza, Itália VIII Bienal Internacional de Artes Gráficas de Tóquio, Japão 1977 - IV Bienal Internacional de São Paulo, Brasil 1983 - XV Bienal Internacional de Gravura de ljubljana, Iugoslávia Museu la Tertulia, Galí, Colômbia 1986 - Mostra Brasileira em Praxis, Buenos Aires, Argentina II Bienal de Havana, Cuba VIII Bienal da Gravura de Friedrikstad, Noruega 19a8 - Exposição "Os Ritmos e as Formas Arte Contemporânea Brasileira" "Galpão de Exposição do SESC Pompéia, São Paulo, Brasil que seguirá para o Museu Charlottenborg, Copenhague, Dinamarca Bienal Internacional de Artes Grâ!icas de Ljubljana no Japão RVO - Museu de SaUaido, Japão
Colônia Cecília
Principais Prêmios no Brasil e no Exterior 1965 - Prêmio de Melhor Gravador Nacional de VIII Bienal de São Paulo, Brasil 1966 - Prêmio de Melhor Gravador Nacional no III Saláo de Arte Modema do Distrito Federal, Brasília, Brasil Prêmio de Gravura na V Bienal de Paris, França Prêmio de Gravura da VIII ExposiçãO Internacional de Ljubljana, Iugoslávia, modalidade: xilografia 1979 - Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista ele Criticos de Arta - APCA, São Paulo, Brasil. Malhar artista do ano pelo conjunto de obras 1983 - Prêmio Internacional de Gravura de ljubljana, Iugoslávia, modalidade: litografia 1986 - Prêmio Sarney - Destaque de Gravura da 1987
Principais Prêmios 1'10 lestro Melhor figurinista da Asso<:i,,!;lIo Paulista de Críticos de Teatro - peça As Feiticeiras de Selem. Prêmio de Revelaç1!o como cenógrafo - peça "As feiticeiras de Selem", de Arthur MiUer 1962 - Prêmio Revelação por cenários e ligurinos da Associação Paulista de Críticos de Teatro - APCT - São Paulo, Brasil. Repete-se em 65 e 67. 1965 - Prêmio Moliere como melhor cenógrafo - peça "A Meg8fa
1980 -
-
1972 -
-
-
Domada", de W. Shakespeare (repete-se em 67 e 70). Prêmio de melhor figurinista - peça "A Megera Domada", de W. Shal<espeare. Melhor figurinista da Associacão Paulista de Críticos de Teatro APCT - peça "Peer Gynt", de Henrique Ibsen. Melhor figurinista da Associacão Paulista de Críticos de TeatroAPCT peça "Corpo a Corpo", de Oduvaldo Vianna Filho.
Obra Colônia Cecilia Maquele de Cenário Colônia Cecília foi sem dúvida o trabalho mais gratWicante e comovente que fizemos emleatro. Foi um verdadeiro "Happenning arqueológico" pois ia se moldando a fisionomia do espetáculo à medida que elementos concretos eram individualizados (a bem dizer visualizados) através da bibliografia, nos depoimentos e na documentação existente. Isto cobria desde pesquisas em bibliotecas e arquivos municipais até testemunhos de tradição oral, nas regiões onde viveram os protagonistas da insólita experiência anárquica. Neste ponto muito pesou nossa cumplicidade atávica com a epopéia imigrante. Brilhou a
inventividade do texto de Renata Pallotlini que dirigido pela sensibilidade primorosa e competente de Adernar Guerra, gerou em nossa imaginação cada particular visual que lhe era dramaticamente necessário. Assim desenhamos a "paisagem" com suas referências básicas como símbolos. As araucárias articuladas, as plantações, o rio, as moradias, os utensílios de sobre-vida, enfim os figurinos, cheiro e gosto de cada habitante da ColÔnia Cecília, pois alé então apenas existiu uma lenda numa iocação vagamente determinada... Temos certeza que a primeira fisionomia dessa história Uá não mais lenda) foi de nossa autoria. Tivemos no Paraná, no Tealro Guaira, condiç/las excepcionais de trabalho. A coesão da equipe técnica, com longa experiência teatral e o estímulo borbulhante dos atores, músicos" colaboradores criaram momentos únicos de beleza que culminaram, no dia da estréia, no encontro pessoal com os descendentes dos reais protagonistas da Colônia Cecília, superlotando um !lni:>usque velo da região original do evento, no interior do Paraná Isto foi possível por estarmos longe da megacidade que já se confunde entr" os meios e os fins. Numa Cur.iba extasiada com suas próprias possi:>ilidades, em busca de suas verdades essenciais, pronta para formular uma proposta cultural diferenciada. Curitiba como modelo abrangente, crescendo dia a dia para um Brasil do novo milênio.
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Maria Banami
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NAUM ALVES DE SOUZA Brasil Biografia Nascido em Pirajuí, Estado de São Paulo, em 1942. Foi prolessor de artes plásticas e teatro para crianças e adolescentes durante mais de dez anos. Estudou artes plásticas e realizou várias exposiçOes coletivas e individuais. Começou sua carreira profissional criando os bonecos da séria brasileira de "Vila Sêsamo" 9 os cenários e figurinos para "EI Grande de Coca-Cola", dirigido por Luiz Sérgio Person. Entre inúmeros outros trabalhos na área, destacam-se os cenários e figurinos criados para "Macunaíma" (dirigido por Antunes Filho) e "Falso Brilhante" (por Myriam Muniz) ~ também autor de peças teatrais: Ma.ato"," , No Natal" gente vem ta buscar' /!lo da minha vicia 'Um beijo, um abraço, um aperto de mão , Nijinsky , Suburbeno Coração (todas já encenadas paio autor). Recebeu os principais prêmios do teatro brasileiro: APCA, Mambembe, Moliêre, Zimba.
8"""'''
Obra apresentada Cenas de Outono, 1988 Cenário: Naum Alves de Souza Figurino: Rtta Murtinho
Cenas de Outono Foi a atriz Marieta Severo quem me apresentou os "NOs" modernos de Yukio Mishima. Li e me apaixonei pelos textos. Até ernão só havia lido, do autor, cornos, novelas e a biografia escrita por Scott Stokes. As duas peças curtas, Hanjo e Aoi, nos obrigaram a trabalhar com muito empenho tanto na traducão " adaptação quanto no sentido que daríamos à montagem. Ambas são "peças de texto" densas, mald~as, cruéis, de estilo rebuscado e redundante, contraditórias, apaixonadas, de uma extrema beleza, incomuns em nosso repertório. Minha direção optou por quase ocidentalizar o espetáculo, sem alterar o pensamento do autor nem perder a origem japonesa Música (Edgard Duvivier), figurinos (R~a Murtinho), iluminação (Maneco Quinderé) e visagismo (Fabio Namatame) seguiram os mesmos princípios em suas respectivas criaçOes. Como cenógrafo, procurei criar um espaço único para as duas peças. Neutro, negro, cercado de folhas secas, vagamente japonês, de um ascetismo proposital para servir ao texto e à representação dos atores - Mariata Severo, Silvia Buarque e Eduardo Lago. Tenho verdadeiro horror ao "cenáriolescuhura", excessivamente grandiloqüente, que afoga textos e intérpretes. As peças que formam "ee"".. de Oulooo" "Hanjô", rabatizada oomo "Os leque,,", mostra a paixão obsessiva de uma pintora de 40 anos, "que nunca foi amada, desde a infância", por uma jovem prost~uta que enlouqueceu de amor por um rapaz com quem esteve uma única \/ez. Ela o espera, todos os dias de sua vida, em uma eslaçao ferroviária. "Aoi" ou "Madame" oonta a visita noturna e mortal do "fantasma vivo do ódio de uma mulher repudiada". Madame Hokujo (ou seu fantasma vivo) visita e tortura Aoi, no quarto de um estranho hospital, durante o sono da jovem, até a morte. Simultaneamente, dalronta-se com o homem que ama Ioucarr.ente, por quem loi abandonada, atual marido de Aoi. Mi..hima li! " "'11111'0 "Como na música e na arquitetura. vejo a beleza do teatro na sua estrutura básica " teórica. Essa beleza específica nunca deixou de ser a imagem do que sempre considerei, do fundo do coração, COmo a própria esséncia da arte." Naum Aives de Souza: tradução, cenografia, direção. Edgar Duvivier : música especialmente composta. R~a Murtinho : figurinos Maneco Quinderé : iluminacão Fabio Namalame : visagismo
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Cenas de Outono, t988
A
DE
NARRAR Brasil "A NECESSIDADE DE NARRAR" Depoimentos e Drama n'O Grande V!\o do Saláo Nobre Casa de Detençáo Professor Flamnio Fávero, S1\o Paulo.
o projeto "TeaJro no Presídio" vem propiciando a montagem de espetáculos teatrais em diferentes presidios do Estado de sao Paulo. A partir de 1985, desenvolve laboratórios sistemáticos na Casa de Detençao Professor Flaminio Fávero, cujos pensionistas constituem-se na maior populaçao de segregados por pena de confinamento no mundo atual. Dos contatos humanos que se estabelecem entre a equipe visitante - que dirige o teatro - e a equipe pensionista - que o constrói - surge o Teatro como invençáo coletiva. Drama, interpretaçao, cenários, figurinos, dança, mímica, textos e composição musical são os resunados da participaç!\o espontânea e Inventiva dos indivíduos envolvidos. Mais do que um modelo de método, este projeto procura construir um convívio equalrtário como condiçao para a criaçao. O processo é a sua história.
Participantes Dlfeçao G8fal: Inês de Castro, Sophia Bisilliat, Renato Primo
"-tK.:Bssld.:lde de Narr ar
Comi Companhia de Teatro: Voluntários pensionistas dos pavilhões 2, 4, 5,7,889 Coordenaçao e orientação: Eda Tassara Documentaçao de Maureen Bisillial Coiaboraçao: Secretaria da Cunura do Estado de sao Paulo
J S.P'/lnstituto de Psicologia - S,B.P.C.
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ROMERO DE ANDRADE LIMA Brasil Biografia Nasceu em Recife em 1957. Pintor, Escultor, Gravador e Cenógrafo. 1984 - Expressões
Coletiva de Artistas Nordestinos Rio Design Canter - Rio de Janeiro 1985 - Coletiva dos Finalistas do 11 Prêmio Pirelli de Pintura Jovem MASP - Silo Paulo - SP - Coletiva dos Premiados no 11 Prêmio Chandon de Arte e Vinho Paço das Artes - sao Paulo - SP 1986 - Coletiva de Arte Armorial Galeria Artenossa - Joil.o Pessoa - PB - Salão Pernambucano de Arte Contemporânea Centro de Convenções de Pemambuco - Olinda - PE - Coletiva de Pintura Brasileira Maison des Cuaures du Monde Paris - França - Individual Noites de Solou O Amor" o Tempo Galeria Espaço Vivo - Recife - PE 1987 - Coletiva de Gravadores da Oficina Guaianases Galeria Metropolttana do Recile Recile - PE - II Salão Municipal de João Pessoa Núcleo de Arte Contemporânea da UFPB - João Pessoa - PB - Individual As laras 00 As Guardiãs do Rio Estação Jaqueira - Rede - PE 1988 - Coleliva de Artistas Pernambucanos Centro Cu~ural Adalgisa Falcão Recife - PE - Cenário e Figurino da Peça "As Conchambranças de Quaderna" da Ariano Suassuna Grupo Cooperarteatro - Teatro Waldamar de Oliveira Recife - PE 1989 - Cenário e Figurino do Espelãculo "O Reino do Meio-Dia" de Antônio Nóbrega Car~on Dance Festival - Teatro Municipal de São Paulo, Tealro Municipal do Rio de Janeiro e Palácio das Artes de Selo Horizonte - Individual Os Muros de Babel ou A Memória Ernparedada Galeria Espaço Vivo - RecITe - PE - Projeto de Criação do Teatro Armorial de Bonecos com o petrocínio das Bolsas Vilas de Artes - 19" Sienallnternacional de &ia Paulo Exposição dos Bonecos e Cenários do Tealro Armorial de Bonecos
Obra Apresentada
o Amar e o Tempo Cenografia e Bonecos "Um sinal grandioso apareceu no céu: urna mulher vestida com o sol, lendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas ... urn grande Dragão, cor com sete cabeças e dez chifres, as cabeças, sele diademas; sua cauda arrastava um terço das "strelas do céu, iançando-as para a terra" (Livro do Apocalipse). Somente no contexto mágico e hiperbólico das narrativas apocalípticas podemos teniar decHrar a arte maravilhosa desses pernambucanos iluminados que integram o Movimento Armorial redivivo: a dança insólita, energética, alucinant" de "O Reino do Maio Dia" de Antônio Nóbrega (Carlton Dance Festival), a música "ãspera, arcaica, acarada como gumes de faca-da-ponta" de Antonio José Madureira, os bonecos, cenários, figurinos, pinturas, gravuras" escu~uras brilhantes como "os esmaUe. puros dos estandartes das cavalhadas", '1estivos, nítidos, melálioos e coloridos" como '1oques de clarim" de Romero de Andrade Lirna - pera cnarmos apenas três artistas que mais recentemente tém premiado &ia Paulo com seu trabalho. A inspirá-los os poemas e sonetos de Ariano Suassuna que quintessenclalizam o universo amplo e profundo do Movimento Armarial por
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O Amor e o Tempo (detalha), Boneco
ele iniciado no Recife no começo da década de 70. Ao codificar uma arte já em processo no seio dos artistas criadoras nordestinos, Suassuna assentou as bases teóricas de um movimento de extrema importância na
cuttura brasileira deste século. Segundo sua definição "a arte armarial brasileira é aquela que tem como traço comum principal a ligação com o espírno mágico dos '1olhetos" do Romanceiro Popular do Nordeste (literatura de Cordel) com a música de viola, rabeca 00 pífano que acompanha seus "cantares". e com a xilogravura que ilustra suas capas, assim como com o espírito 9 a forma das Artes e espetãculos populares com esse mesmo Romanceiro relacionados". O Movimento Armorial tem, pois, como meta "realizar uma arte brasileira erudita a partir das raízes populares de nossa cuttura", uma arte expressiva da "visão tragicamente fatalista, cruelmente alegre e miticamente verdadeira que o povo brasileiro tem do real". Definindo especificamente a pintura armarial da qual Romera é um dos expoentes, Suassuna cita suas características:
parentesco com o espírito mágico e poético do Romanceiro e das xilogravuras populares do Nordeste, ausência ou apenas indicação de perspectiva, de profundidade ou relevo; uso predominante de cores puras, distribuídas em zonas achatadas; desenho tosco e forie, quase sempre contornado, como herança de pintura popular; semelhança com os brasões, bandeiras e estandartes dos espetãculos populares nordestinos; parentesco com a cerâmica e a tapeçaria. Ao identificar os traços principais das diversas expressões da Arte Armarial pintura, escultura, cerâmica, tapeçaria, gravura, teatro, cinema, dança, música, arquitetura" literatura - Suassuna não as
vesta em camisa de força, mas apenas codifica manifestações já exislentes, algumas, apontando para outras como a arqu~etura, possíveis buscas das nossas raízes mais autênticas, cobrando-lhes cor, vibração, ousadia, exa~ação dionisíaca, "assim como o Povo, dionisíaco, nos espetáculos populares públicos, se veste de Reis e cria a festa, a dança, a sagração .. : É essa a "aura" que cerca a instalação de ROfr.ero de Andrade Lima na XIX Bienal de São Paulo, uma imensa cobra de 70 metros de extensão, povoada de bonecos "babilônicos" ou líricas estupendos, simbolizando o universo interior e exterior do homem. Problematizando o Amar e o Tempo, ao empreender uma "jornada de dor e paixão através da obra poética de Ariano Suassuna", Romero nos introduz nos labirintos profundos da essencialidade humana. O dilaceramento enire a eternidade e o aniquilamento que nos consome e angustia a todos - ("Dizem que tudo passa e o tempo duro' tudo asfarela: o Sangue há da morre.") - parece ter superada essa polarização através do amor: ("Mas quando a luz me diz que esse Ouro puro' se acaba por linar" corromper,' meu sangue ferve contra a vã Razão' e há de pulsar o Amor na escuridao"). Mas, antes dessa possível, o bicho-homem deve destino enfrentando os monstros do Sertão Estrada anda; condenado a uma sonho, "sem lei nern rei", num mundo que ruge qual tigre maldoso; atirando-se de urn rochedo pardo, quando perseguido, morto mas não desonrado", querendo eternamente partir no barco da madrugada" no vento, mas condenado a ficar "alvo da flecha do Tempo". Já conhecedora dos "Dez Sonetos com Mote
Alheio" que Suassuna escreveu em 83, três dos quais ilustram a instalação de Romero na Bienal, pasma ante a beleza excepcional dos mesmos, e dos demais poemas inclusos na obra "O Amar e () Tempo", gratifica-me a correspondência leliz entre as expressões visual e literária. Ao lado da instalação, Romero apresEmia ainda os bonecos incrivelmente lindos do Teatro Armorial que fazem parte de um projeto patrocinado pela V~al, encamações tr~dimensionais do mundo misterioso do oort<'lo de "A Pedra do Reino" e da saga nordestina em geral e que se destinam a "atuar' no espetáculo sobre tragédia inédita de Suassuna. bonecos são executa.dos com materiajs
voluntariamente pobres, mas sparatosos. C~ando ainda" Suassuna Movimento separata da Pernambucana de Desenvolvimento, RecITe, 1977): "quando falávamos em "ouro", ou "pedras preciosas", estávaf11<lS referência aos vidrilhos, lantejoulas e metais baratos que o povo usa para enfeitar suas roupagens pl'incipescas, nos "autos dos gue"eiros", por Esses metais apesar
são majs
que os "verdadeiros" usados pelos ricos, porque contêm uma quantidade maior de sonho humano". A obra de Romero de Andrade lima possui aquele dom raro de maravilhamento das causas belas e autênticas. Extremamente jovem, o artista já empreendeu complexa escalada em direção à que depois dela, com sua faos radiosa, simples e do
Ilka Marinho Zanotto
TOMAZ SANTA ROSA JÚNIOR Brasil o nome de Tomaz Santa Rosa está relacionado à modernização em vários campos de atividades artlsticas dos anos quarenta e cinquenta. Cândido Portinao, que foi seu amigo 9 influenciador, assim dimensionou a importância de Santa Rosa na vida artlstica brasileira: "Foi o renovador do livro nacional como de nossa cenografia, dando às edições Itterárias e ao teatro a contrbuiç!lo ela seu talento e bom gosto. N. pintura, na iluslração a na critica, Santa Rosa foi sempre o trabalhador honesto e infatigável". Nascido em João Pessoa, Paraiba, em 20 ela setembro de 1909, Santa Rosa transferiu-se elafinitivamente para o Rio ela Janeiro, onde se instalou numa pensão do Catete, em quarto dividido com Josá Lins do Rego. Foi crftico de arte do Diário de Noticias e um dos fundadores das revistas Rio Magazine a Dom Casmurro, esta última importante publicação ela teatro durante os anos quarenta. Na redação do Diário de Noticias, imaginou o famoso personagem Stanisia..... Ponte Preta - que imortalizaria Sérgio Porto -, de cujas crônicas foi o primeiro ilustrador. Fundou, com Jorge Lacerda, em 1946, o jornal A Manha. Também no ensino ela teatro e ela artes visuais Santa Rosa teve dastacada atuação. Coorelanou o Curso ela Desenho e Artes Plásticas, na Fundeção Getúlio Vargas, e lecionou no Museu ela Arte Modarna, na Escola Martins Pena e na Escola Nacional ela Teatro, da qual tornou-se diretor em 1954. Desenvolveu um conjunto de criaçôes cenográficas de espacial importância com o grupo Os Comediantes, do qual foi um dos fundadores em 1938. Sua colaboração com o diretor polonês Ziembinski, na peça Vestido de Noiva, ela Nelson Rodrigues, foi considerada como elemento decisivo para o impacto dessa montagem, não apenas no momento ela sua estréia, em 1943, mas na hislória do lealro brasileiro. Recebeu vários prêmios e medalhas por cenários teatrais e pela participação em salões ela artes plásticas. Em 1956, após representar o Brasil na Conferência Internacional ela Teatro, em Bombaim, na fndia, Santa Rosa morreu em Nova Déll, aos 47 anos, elavido a uma crise renal.
A Obra A concepção ela cenografia ela Santa Rosa loi inovadora no Brasil, por introduzir a discussão de suas relações com os elementos consmutlvos do espetáculo, o que correspondia à tendência modamizador. que o advento da figura do diretor de cena vinha imprimindo em nossos palcos. Seus escrnos e declarações revelam a preocupeção em rspensar a função da cenografia:" A justeza ela suas linhas, o discreto sublinhar da ação bastam-lhe para exercer, com nobreza, a sua função. A sua imortãncia é bem maior quando não é ostentatória, quando apenas segue em linhas simples o ambiente no qual se elasenrolaram os sentimentos dos personagens". Reagia, deste modo, à tradição ela se realizar'IJnicamente a ambientação decorativa da ação dramática, (} que o lavou a comparar o palco com uma v~rine: "Há os que concebem o palco como uma vitrine ela produtos ela baleza. Em mURO iI • co, ela rosa, filós e colunas, um pouco de luz através da qual se pressinta no ar moléculas ela pó-ela-arroz, tomando o espaço cênico frio e impróprio à verdaela teatral, cheia de ativo calor humano". Do mesmo modo que considerava o cenógrafo elavi. fundamentar sau numa interpretação do texto leatral, Santa Rosa concebia () ilustrador gráfico como um intérprete do texto literário. Josá Lins do considerava que os desenhos de Santa resumiam a vida inteira ela seus romances. A obra de Santa Rosa como ilustrador inclui, somente na Editora Josá Olympio, 220 de volumes em que ,evelou o pioneirismo suas concepções ela artes gráficas. Sua cnação como cenógrafo" figurinista para o tealro, a ópera " o balé loi prolicua. Destacamse as montagens ela Vestido de Noiva, A Rainha Morta, A Falecida (com De Comediantes), Terras do Sem Fim, Aroaooa, O EscrallO (com o Teatro Experimental do Negro). Em ambos os grupos, Santa Rosa exerceu uma influência decisiva. De 1952 até sua morte, a ooorelanar e orientar as montagens e balés no
Vestido de Noiva, 1943
Teatro Munic~al, realizando espetáculos marcantes po' suas concepçlles cênicas, como O Guarani, O BalÓeiro de Sevilha, Don Giovanni e Carmen, em 1955 " 1956.
Obras Apresentadas: 1. Estudo para o cenário da Ópera D.Giavanni s/asso Nanquim/cartão - 14,5 x 19,5 cm 2. Estudo para o cenário da Ópera s/asso D.Giovanni Nanquim/guache/cartao - 14,7 x 19,5 em tombo: 1526 3. Estudo para o cenário da Ópera s/asso D.Giovanni Nanquim/guache/cartão -14,3 x 19,6 cm 4. Estudo para o cenário da Ópera D.Giovanni s/asso Nanquim/guache/cartão 19,6 cm 5. Estudo da Ópera s/asso Nanquim/guache/cartão -14,6 x 19,6 cm 6. Estudo para o canário da Ópera D.Giovanni s/asso Nanquim/guaehelpapel - 14,4 x 19,5 em 7. Estudo para o cenário da ÓperaD.Giovanni s/asso Nanquim/guache/papel- 14,3 x 19,6 em tombo: 1531 8. Estudo para o cenário da ÓperaD.Giovanni s/asso Nanquim/guachalpapel-14,4 x 19,7 em 9. Estudo para o cenário da ÓperaD.Giovanni s/asso Nanquim/guachs/cartão -14,6 x 19,2 em 10. Estudo pa,a o cenário da ÓperaD.Giovanni s/asso Nanquim/guachslcarião - 14,4 x 19,6 cm tombo: 1534 t 1. Estudo para o cenário da Ópera O Medium s/asso Nanquim/guachelpapel - 28,8 x 38 em 12. Estudo para o cenário ela Mona Lisa s/asso Aquarela/grame/papel 32,2 em 13. Estudo para o cenário ela Lisa s/asso Aquarela/grafitelpapel 32,2 em 14. Estudo para o cenário ela Usa
s/asso Aquarela/grafite/papel - 23,3 x 32,2 cm 15. Estudo para o cenário Ballet do 4° Centenário s/asso Aquarela/nanquimlcrayonlcartao - 28,6 x 39,2 cm 16. Estudo para o cenário da Ópera Carmem s/asso Têmperelpapel - 7,3 x 23,5 cm 17. Croquis para o cenário da Ópera Carmem s/asso Têmpera/papel - 23,3 x 21,5 cm 18. Estudo para o cenário da Ópera Carmem s/asso Têmperelpapel-10,5 x 20,5 cm 19. Cenário para a Ópera Carmem s/asso Têmperelpapel- 24 x 21 ,8 cm 20. Estudo para o cenário da Ópera Carmem s/asso Têmperalpapel- 27,1 x 18 em 21. Croquis para cenários da La Coeu Magnilique s/asso Aquarela/papel- 22,5 x 30,6 em 22. Croqu is par. o cenário da La Coeu Magnifique s/asso Têmperalpapel- 22,5 x 30,6 cm 23. Estudo de cenários para a Ópera Fausto s/asso Aquarela/nanquimlpapel- 32 x 47,3 em 24. Croquis para a Magia do Circo s/asso Têmperalnanquimllápislpapel9,5x14cm 25. Estudo de figurino para a Ópera Fausto s/asso Guache/gralitelpepel- 32,3 x 22,9 cm 26. Estudo de figurinos para a Magia do Circo s/asso Lápislguachalpepel- 32,2 em 27 .Estudo de figurinos para a Fausto s/asso Grafite/papel- 32,3 x 20,9 28. Estudos de figurinos para a Fausto s/asso Guachelpapel - 32,3 x 29. Estudo de figurino para 11 Fausto s/asso Guache/papel - 32,3 x 45,7 crn 30. Estudo de figurino para a Ópera Fausto s/asso
Guache/papel - 32,2 x 45,6 cm 31. Estudo de figurino para o Guarani s/asso Carvaolnanquimlguache/papel 32 x 47,6 cm 32. Estudo de figurino para a Magia do Circo s/asso Guache/lápis/papel- 32,3 x 45,5 em 33. Estudo de figurino para a Magia do Circo s/asso Guache/papel - 32,2 x 45,4 em 34. Croqui para a Magia do Circo s/asso Caneta tinteiro/aguada/papal 32,3 x 45,4 ern 35. Escola de Maridos - 1943 1) Figurino 10.20 Aquarela - 43,6 x 60,5 em 2) Figurino 10.21 Aq uarela - 46 x 62 em 3) Figurino 10.22 Aquareia - 43,5 x 62,3 em 36. O Segredo 1) Canário 658 Técnica mista - 53 x 32,2 cm 2) Cenário 659 Técnica rnista - 52,5 x 32,6 em 3) Cenário 660 Aquarela - 52,5 x 32,5 em 4) Cenário 661 Aquarela x 32,5 em 37. Ana Chrislie1) Cenário 656 Aqu'lrela - 48 x 33 ern 38. Rua Alegre, 12 - SI Data 1) Cenário 663 Aquarela - 36 x 26,5 em 2) Cenário 664 Aquarela - 35,7 26,5 em 3) Cortina 665 Aquarela - 28,5 x 38 em 4) Cenário 666 Aquarela-15,5x31,7em 39. Uma Loura Oxigenada - 1937 1) Cenário 662 Aquarela - 48 29,6 e 40. Oitenta a Nove - SI Dala 1) Canário 657 Lápis - 39,5 x 30 em 41. Cenário Não Identificado N° registro 655 Aquarela - 25 1B cm
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FRANCO Brasil Biografia 1947 1973 1974
1975
1976
1979 1980
1981
1994
1985
1986
1987
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Nasce em Goiás, antiga Cap~al do Estado de Goiás. Prêmio da viagem ao México, I Salão Global da Primavera realizado em Brasília pela TV Globo. Prêmio de melhor Pintor Brasileiro na Bienal Nacional de sao Paulo. Isençao de Júri, no XXIII Salao Nacional de Arte Moderna-RJ. Prêmio de viagem ao Exterior, no XXIV Salao Nacional de Arte Moderna, no Rio de Janeiro. Prêmio Internacional de Pintura, na XIII Bienal Internacional de sao Paulo. Coletiva de pintores brasileiros, em Osaka - Japao. Viaja para a Europa, com o prêmio do Salao Nacional, residindo em Madri, Paris, Londres, Roma e Estocolmo. Participa da XV Bienal Internacional de São Paulo. Individual no Museu de Arte de São Paulo e no Museu de Arte Moderna da Bahia Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte, para a melhor exposição de pinturas do ano. Participa da IV Bienal de Medelin, na Colômbia. Participa da V Bienal de Valparaíso, no Chile. Coletiva de Artistas Brasileiros, no Museu de Arte Moderna de Bogotá, na Colômbia. Coletiva no Museu de Arte Moderna do Chile Coletiva "Arte Contemporanea Latino-Americana e Japonesa", no Museu de Arte de Osaka, no Japão. Olívio Tavares de Araújo realiza o filme "Universo de Simn", premiado como "Meilleur Essar, no 2" Festival Internacional do Filme sobre Arte, de Montreal, no Canadá. 1982 Individual na Galeria Bonina, no Rio de Janeiro. Prêmio Mário Pedrosa - Associação Brasileira de Críticos de Arte, pela melhor exposição do ano. Coletiva no Museu Matropolitano de Tóquio, Japao. Coletiva "A Cor e o Desenho do Brasil", que percorreu vários países da Europa. Expõe no "National Arts Centre", em Otawa, Canadá. Prêmio na IV Bienallbero-Americana do Auto- Retrato, na cidade do México. Coletiva "Today's" Art OI Brazil, no Museu Hara de Arte Contemporânea, Tóquio, Japao. Direçao de Arte da série documental de televisao Xingu, sob a direção de Washington Novaes. A série mereceu a medalha de ouro 00 Festival Mundial de Televisao, em Seul, Coréia, e foi apresentada em Sala Especial na Bienal da Venezuela. Individual no Escr~ório de Arte, Bahia. Realiza interferência no espaço urbano de Brasília, com o conjunto de 60 esculturas em gesso (antas). que formam a Bandeira Brasileira, e foram colocadas a princípio ern frente à Esplanada dos Ministérios, ern Brasília, e posteriormente doadas à UNB, em Brasília. Coletiva "Futebol de Arte do Brasil". Inicia em São Paulo no Centro Cultural Silo Paulo, segue para o México, por ocasiao da Copa do Mundo de Futebol, percorrendo depois algumas capitais de países latino-americanos. Direção de arte para documentário de Televiséo Pantanal, dirigido por Washington Novaes. O programa foi exibido no Brasil pela Rede Manchete e, posteriormente, ern várias capitais latino-americanas. Coletiva Arte do Século XX, modernidade brasileira, Museu de
Arte Moderna, Paris. Coletiva Itinerante, Arte Fantástica, Museum cf Art, Indianapolis, The Ousen's Museum OI Art, Nova Vork, Center of the Fine Arts, Miami, e Centro de Cultura Contemporanea, na cidade do México. 1988 Exposição ccfetiva 8ao Paulo, Rio e Paris, Galeria Montessanti, sao Paulo e Rio de Janeiro. Galeria 1900-2000, Paris. Particlpaçao da mostra coletiva de pintura Brasil Já, apresentada no Mussum Morsbroichi, Leverkusen, na Galeria Ladesgirokasse, Stuttgart, e Sprengel Museurn, Hannover, Alemanha Ocidental. O Ludwing Museum adquire duas telas de sua autoria, KoIn - Alemanha. Individual Galerie Baecker , Koln -
Alemanha.
Obra Apresentada MARTIM CERERÉ - 1989 Cenário e Figurinos (...) Nada mais típico de Siron do que o alvo humano que atravessa a cena, suspandendo a açao, num momento de perplexidade. É crítica pura da nossa condição atual. Trata-se de um alvo gigantesco, em cujo centro encontra-se encravada uma pessoa humana, urn brasileiro. Tudo é Siron, desde a maneira de apresentar o elenco, através de buracos no pano de boca pintados por ele, como se fossem tocas de tatu, até as alegorias e cores dos personagens. O diretor assina também os figurinos.( ...) Ida Flores Dias
Brasil Biografia Tomia Ohtake nasceu em Kyoto, Japão, chegando ao Brasil em 1936, Iniciou-se nas artes plásticas em 1951, tendo participado de bienais e salões nacionais e regionais, obtendo prêmios na maioria deles, Na Bienal de São Paulo, recebeu o Prêmio Itamaraty, Realizou aproximadamente 20 exposições individuais em São PaukJ, Rio de Janeiro, Naw York, Tokyo, Roma, Lima, Washington DC, Milano, Em 1983, teve uma exposição retrospectiva com 150 obras, no Museu de Arte de São PaukJ e, em 1981 realizou uma pequena retrospectiva no Hara Museum, de Tokyo, Unimamante tem executado trabalhos com grande caráter público, como painéis e esculturas urbanas, cenários, páginas em jornais, e regularmente executa gravuras em serigrafia, lITografia e metal. Tem um livro com suas obras, publicado em 1983, com 250 reproduções a cores, prefácio de P,M, Bardi e texto de Casimira Xavier de Mendonça,
Obra
Alllre,~e!~UI,jU!
Madame Butterfly, 1983 CenárkJ Máscaras para um BalkJ in Maschara, 1989,
Madame Buttertly, 1983
Em 1983, convidada por Tatiana Mamoria e pelo artista plástico Adriano de Aquino para realizar no Teatro Municipal do RkJ de Janeiro novos cenários para a ópera Madama Butterfly, ela acabou pai' criar uma armadilha cênica Ao invés de curvar-se às regras que costumam disciplinar em todos os teatros as montagens da ópera de Giacomo Puccini, escrita em 1903 e que pede a casinha japonesa na colina de Nagasaki, simplesmente transportou a gueisha Cio-CioSan e o seu amado Tenente Pinkerton para um espaço visual de pura paixão, Na verdade, Tomia Ohtake aproveitou um conhecimento ancestral de emblemas e estandartes, pois jamais teve outra experiência anterior com cenografia, Assim, criou para o primeiro ato - quando PinkE!rton conhece a casa que comprou para sua noiva e onde acontece o casamento e sua primeira cena de amor - um espaço amplo de sucessivos espaços infinttos em cores bem vivas, Ao invés do tradicional portal japonês, que dá para o jardim, preferiu usar colunas iluminadas por dentro, que também serviam de pontuação para os movimentos dos personagens, Como os dois atos da ópera passam-se no mesmo espaço cênico, ela decidiu fazer s6 pontuações diferentes para as duas situaçOes, Na albartura do primeiro ato, formas circulares girando no teto davam o clima da festa do casamento, No segundo ato, uma rede anunciava um final dramático, Suspensa do teto, como uma grade, a malha negra servia de parede B aprisionava visualmente Madame Bunerfly entre essa retícula negra" as parede de cores densas pela iluminação, Casimira Xavier de Mendonça "Tomia Ohtake" Ed, Ex Llbris 1983 sao Paulo
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BORIS BUCAN Iugoslávia Biografia Nasceu em Zagreb em 1947, diplomado pala Escola de Artes Aplicadas em Zagreb, em 1967. Diplomado pala Academia de Balas Artes em Zag,eb, em 1972.
Exposições Individuais 1970. Zagreb, Gala,ija Studentskog Canlra 1972. Dubrovnik, Galerija Sebastijan 1973. Zagreb, Galarija Studenlskog Cenlra Splil, Umjetnicki Salon 1974. Beograd, Gala,ija Studentskog Centra 1976. Zagreb, Gala,ija Suv,emane Umjatnosti 1977. Emme,ich, Martinschule am Rhein 1978. Beograd, Salon Muzaja Suvramene Umjetnosti 1963. Krefeld, Fachohschule Niaderrhain 1984. Ljubljana, Cankarjev dom Venezia, la Siennala B4 1985. Shanghai, Ar! Gallary Shanghai 1986. Zagreb, Muzejski prostor 1987. Melbourne, Westpac Gailery, Victorian ArtCentre 1986. Glassboro, New Jersey, Hollybush Festival Arhus, Kunsbaygning, Danmark Copanhage", Kaslrupgardsamlingen, Kunstmuseum Sennaia, Sennaia Art Gallery, Auslralia, Jerusalem, Tha Israel Museum 1989. Melbourne, Perfoming Ar! Museum, Moomba Festival
Trabalhos em Coleções New Vork - Tha Museum 01 Modem Art, Graphic Design Collection Graphic Study Collection New Vor!< - Cooper- Hewilt Museum: Drawings and Prints Collection Munich - Staatliches Museum fur Angewandte Kunst, Internat. Poster Collection Zag'eb - National and Universlty library Jerusalam - Israel Museum London - Victoria and Albert Museum Melbaum" - ViClarian Ar! Centre Washington· Tha library 01 Congress Paris - Musee de la Publicité
Obras Apresentadas 1. Stravinsky: Petrushka Fogo, 1983
o Pássaro de
Silkscreen, 210 x 200 em Croalian National Thealre, Spltt 2. Vokaire: Candide, 1983 Silkscreen, 210 x 200 em Croatian National Theatre, Spm 3. Shakespeare: 01910, 1983 Silkscreen, 210 x 200 em Croatian National Theatre, Spl~ 4. Verdi: Nabucco, 1983 Silkscreen, 210x 200 em Croatian National Theatre, SpIU 5. Puccini: La Soheme, 1984 Silkscreen, 210 x 200 em Croatian National Theatre, Spm 6. Strindberg: O pai, 1984 Silkscreen, 210 x 200 em Croatian National Theatre, Spltl 7. Brasan: Dinnar Parly at lhe Undertaksr's,
VoItair,,: Candide, 1983
1982
Silkscreen, 210 x 200 em Croatian National Thealre, Split 8. Smoje: Roko aOO Cicibela, 19B~ Silkscreen, 210x 200 em Croatian Naliooal Theatre, Spln 9. Tchaikovsky: O lago dos Cisnes, 1988 Silkscreen, 210 x 200 em Croatian National Bailei, Zagreb Hollybush Festival Glassboro, New Jersey 10. Verdi: La Traviata, 1982 Silkscreen, 2"0 x 200 cm Croatian National Theatre, Spltl 11. Mull .... : Germany Dead in Berlin, 1986 Silkscreen, 210 x 200 em Theatre 01 lhe town Osnabruck 12. Strauss: O Cavaleiro da Rosa, 1988 Silkscrsen, 210 x 200 em Theatre 01 lhe lown Osnabruck 13. Buchner: A Morte de Dantoo, 1984 Silkscreen, 210 x 200 em Croatian National Theatre, Split 14. Corrpagnone, Dall'Orto: Ballad abau! Pulcinella, 1984
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Sllkscre8f1, 210 x 200 em Croatian National Thea!re, Split 15. Vardi: Aida, 1984 Silksereen, 210 x 200 em Croalian National Theatre, Spllt 16. Mann: Mephisto, 1983 Silksereen, 210 x 200 em Croatian National Theatre, Split 17. Puccini: Tosca, 1988 Silkscr.,en, 210 x 200 em Hoilybush Festival, Glassboro, Naw Jersey 1B. Marinkovic: AlbatlOS, 1984 Silkscrsen, 210 x 200 em Croatian National Theatre, Split 19. Bakmaz: Ozracje, 1988 Silkscreen, 210 x 200 em Zagreb Theatre 01 Joungesl 20. Aristophanes- Foretlc: lysistrala, 1982 Silkscreen, 210 x 200 em Croalian National Theatre, Split.
SORIS Sua integridade de caráter ou, em outros termos, sua sinceridade torna-<l um individualista sugestivo e original- difícil de seguir" impossível de imitar. l1t:J invés de apossar....., das Idéias de outrem, vence o desafio artístico com arte. Ao invés de posters com o objetivo de anunciar outra obra de arte (concerto, espetáculo teatral, eXrlOSI,çaC)), Bucan produz autênticas obras - como as muitas obras existentes através da história, encomendadas para edifícios públicos, desde igrejas na Idade Média, até casas da cidade e cenários para eventos historicamente relevantes, na época em que eram executados por artistas importantes. Anunciando uma expressão monumentalmente individual Baris Sucan é acima de tudo um artista de nossos tempos. Devor Malicevic
JOSEF SVOBODA Tchecoslováquia Biografia Nasceu na Tchecoslováquia em 1920. Artista nacional, uma das mais importantes figuras da cenografia moderna em todo o rnundo, oomeçou seus estudos corno aprendiz de carpinteiro, recebendo o título de "master craftsrnan" em carpintaria. Depois estudou decoração de interiores e arqunetura na Acadernia de Artes Decorativas de Praga, onde é professor desde 1969. Vem trabalhando com o Teatro Nacional de Praga desde 1948. Desde 1970 ele ocupou os cargos de chefe de operações técnicas e artísticas e de cenógrafo chefe. Desde1973 é dirBlor artístico do Lanterna Mágica. um dos teatros que pertencem ao Teatro Nacional.
Obras
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1. Ciaudel- "Partage de midi" 2 folos coloridas 50 40 em 2. Homero - Odisséia 1000s ooloridas 3() x 40 em Mozar! - Idomenoo 5 fetos coloridas 50 x om 4. Pirandallo - "Seis em busca de um 2 fotos ooloridas em
ele faz é espectador. em aspectos, Svoboda evita os extremos, preferindo instintivamente r"forçar " avivar" poder tradicionalmente evocativo e inerentemente metafórioo do teatro, oom " melhor aproveitamento possível do método cênioo específico que perecer mais importante para determinada produção. O que permarece constante, porém, é sua convicção de que o cenário não deva prenunciar a ação ou proporcionar-lhe um resurno. ~ corno se ele fosse alérgico a um cenário que, por mais impressionante, pareça anunciar" âmago da peça numa única imagem brilhante: teatro é dinâmica, é rnovimento, é uma coisa viva. Portanto, a oonog rafia não deve se, fixa e dizer tudo de uma vez, como costuma ocorrer com o desenho expressionista. O cenário deve desenvolver-se juntamente com a ação, deve colaborar e harrnonizar-se oom sla, ralorçando-a à medida em que ela mesma se desenvolve. Cenografia não oi pano de fundo, nem recipiente; é em si mesma um componente dramático que se integra com todos os oulros componentes ou elementos de produção expressivos, oompertilhando o efeito cumulativo sobre o espectador. E é precisamente para elevar o poder expressivo, sensível e dinâmico da cenografia que Svoboda tantas vezes se utiliza da de instrumentos e que ele dom na com tanta perfeição.
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Estados Unidos Biografia ~ autor, designer e diretor de
aproximadamente 100 trabalhos - entre teatro, ópera, dança, times e vídeo. Ele é mais conhecido, talvez, por suas criações inovadoras como "Einstain on the Beach", sua obra de 1976 - composição Phillip Glass; "Dealh Destruction & Detroit" (1979) a "Death Destruction & Delron li" (1987), por seus dois trabalhos para o Teatro Schaubuhne em Berlim; e a ópera internacional- Civil wars: a tree is best measured when it ia down. Em março de 1988, Wilson dirigiu, desenhou e coraografou uma producão de Dsbussy"La Martyra de Sainl Sebastien" para o BaileI da Ópera de Paris. Em julho de 1888, "Sainl Ssbatien" foi rapresentada no Metropolitan Opera House em Nova York como parte do repertório do Ballet da Ópera de Paris em toumoo nos Estados Unidos e depois foi remontada para abrir a temporada do Ballet em Paris, em novembro de 1988. No mesmo ano, Wilson também dirigiu e desenhou "Quartet", de Halnsr Mullsr para o repertório do Teatro Americano em Cambridge. Escreveu "Parzivar com Tankrerd Doml, para o Teatro Thalia de Hamburgo; "Cosmopolitan Greetings", uma ópera-jazz que 19V9 sua estréia mundial em junho de 1988 na Ópera de Hamburgo, baseada na vida a na carreira da cantora de jazz Bessie Smith, tam música de RoK Liebermann e George Gruntz .. o texto de Allen Ginsberg. Os desenhos, gravuras e móveis de Wilson estão em coleções particulares e museus do mundo.
Obras Apresentadas Desenhos
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1. Hamlstmachine, Hamburgo, 1986 PartV grafite em papel, 22 1/4" x 29 3/4" 2. Hamletmachine, Hamburgo, 1988 Part IV Grafite em papal, 22 1/2" x 29 314" 3. Hamletmachine, Hamburgo, 1986 PartV grafite em papal, 25 1/2" x 39 1/2" 4. Hamlatmachine, Hamburgo, 1986 Pari I Grafite em papal, 26 1/4" x 40 1/4" 5. Hamletmachine, Hamburgo, 1988 Prologue Grafite em papal, 26 1/8" x 40" 6. Hamletmachine, Hamburgo, 1988 Part I Grame em papal, 26" x 39 1/2" 7. Hamletmachine, Hamburgo, 1986
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Õ
LL
Part 11 Grafite em papal, 26 1/4" x 39 314" 8. Hamletmachine, Hamburgo, 1986 Pari IV Grame em papal, 28 5/8" x 40" 9. Hamletmachine, Hamburgo, 1988 Partl-V Grafite em papal, 123/4" x 39 1/2" cada folha 10.Parzival, Soulhampton, NY, 1987 Prólogo Aquarela, lápis de cor sobre papal, 221/4" x 30" I1.Parzival Southampton, NV, 1987 Prólogo Grafite, lápis de cor sobre papal, 221/4" x 30" 12.Parzival, Southampton, NY, 1987 Cena Um Aquarela, lápis de cor sobre papel, 22114" x 30" 13.Parzival, Southampton, NY, 1981 Cena Um Grafite, lápis sobre papal, 21" x 29 3/4" 14.Parzival, 1987 Cena XII Grafite sobre papal, 23" x 28 5/8" 15.Parzival, 1887 Cena XIII Grame e crayon sobre papel, 23 1/6" 28 5/8"
16. Parzival. 1887 Cena XIII Grame 9 crayon sobre papal, 23 1/8" x 28 5/8" 17.Parzival, Cambridge, Mas •. , 1987 Cena XIV Grame sobre papal, 22 1/4" x 30 I/S" 18.Parzival, Soulhampton, NY, 1887
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Cena de Sociedade Grafite, lápis de cor sobre papel, 22 1/4" x 30 1/4" 1~.Parzival, Southampton. NV, 1987 Grafite, crayon sobre papel, 21" x 29 3/4" 20. Parzival, 1987 Grafite e lápis de cor sobre papel, 23" x 29"
Móveis 1. Hamletmachine Mesa" 6 cadeiras, 1986 Mesa de aço 29" x 144" x 12" Cadeiras em aço: total 6. cada 38"xI8"x9" 2. Parzival, 1987 1 mesa em aço: 22 1/2" x 25 1/4" x 25 114" 3. Parz ival, 1987 1 cadeira quadrada em aço: 37" x 153/4" x 15314" 1 cadeira triangular em aço: 37" x 22 314" x 15" 4. Parzival, 1987 1 sofá de aço escovado e madeira: 34 1/4" x 271/4" x 84"
Vídeos 1. Deafman Glance, 1981 Vídeo 27" 2. Vídeo 50; 1980 Vídeo 50" 3. Stailons, 1985 VídeoSS"
Robert Wilson Cenógrafo (... ) o caráter sonhador das saquências de imagens de Robert Wilson se deve muno mais ao fato que, embora frequentemente carregado de a~a emoção, eles são apresentados numa extrema calma, numa atmosfera de movimentos vagarosos, uma singular taUa de emoção por parte dos atores. Freud obssrvou que, nos sonhos, as fantasias são frequentemente separadas dos sentimentos normalmente associados a eles, e aqui também o conceito visual e a emoção são duas coisas distintamente diferentes. (... ) (... ) O termo cenografia parece particularmente apropriado a sste tipo de aproximação do teatro snuado como se. estivesse entre quadro. parformance, instalação e ato, com o sufixo "grafia" implicando a escrita e referindo-se ao suoontendimento da representação nos signWicados. As categorias clássicas como a interpretação e expressão são agrupadas em torno de conceito de representaç1!o, e dotam o elemento de r"produção de uma posiç1!o privilegiada num sentido que pouco promovem o aspecto sstético. Há uma necessidade óbvia de s"bstituir tais categorias: articulaçi'lo no lugar ds representação, cenografia no lugar do arranjo cênico. Como a qualidade material da pintura, junto com as formas, contrastes e correepondências falam na pintura abstrata, a cenografia de Wilson deve ser lida como possia, estrutura e enredo feitos de luz, formas, espaços e som. (...)
Hans-Thi"s Lehmann
TEATRO ESPETテ,ULOS
SCAN UNES PLAN K
Bélgica Biografia Plan K é um grupo de performance muttirnídla criado em 1973 por Frédéric Flamand e alguns amigos. O objetivo mais Importante do grupo é claro: expor e explorar a intera~ de várias disciplinas artísticas. Esta força teatral e os métodos originais que resuttaram estabeleceram firmemente a reputação do Plan K através de uma série de performances internacionais. Os Festivais de Wroclay, na Polônia, Shiraz, no Irã, Festival de Arte Contemporãnea, em Londres, Beaubourg, em Paris, Suíça, México, Holanda, Itália, Brasil, Canadá e Estados Unidos receberam as criaçOes do grupo. Uma companhia de teatro de experimentação e exploração acima de tudo, PIan K está ligado com aqueles processos teatraIS nos quais o ator e espectador (no seu ponto de encontro) desaprendem um tipo de doutrinação cuttural inerente na nossa sociedade, criando e acrescentando novas formas não verbais de comunicaçOes. Na tentativa de desmantelar esta rede de formas de expressão Impostas, Plan K expulsa o ator de sua posição plvilegiada e o coloca a um nível de igualdade com os objetos e imagens. Os métodos de trabalho do Plan K, nos quais objetos e atores formam um corpo que se torna um espetáculo, Interdkam a interpretação imposta, a signKicação estabelecida e conduzem a composição mais e mais para uma linguagem de emoçOes e associaçOes. Os esforços do PIan K para explorar novos recursos artisticos conduzern-nos a praticar um teatro que é mais de intensidade do instinto do que de intencão Intelectual. ~ um teatro no qual, de fato, está perto de tudo (artes plásticas, cinema, movimentos com o corpo, música), exceto das convençOes teatrais convencionais. DeSte 1979 o Plan K Instalou·se em Bruxelas, numa antiga refinaria de açúcar, que rapidamente se tornou um importante local na cena cultural belga A rellnaria do Plan K trabalha com artistas de todas as disciplinas, cujo desempenho paralelo ou complementar anima a companhia.
Espetáculo''Scan Lines-Plan K" 625 ou 819 linhas - A decoração ordinária de
um futuro próximo... Os animados olhos azuis das telas de televisão se tornam os úttimos interlocutores ... A construção de um novo tipo de civilização .•• Qual é o lugar do homem contemporãneo? Scan Unes I ~ o homem mediadorl A partir destas experimentaçOes com Imagens emerge uma nova sociedade, aquela do Médio VISual Banal.
Concepção e Direção Frédéric Flamand deu o primeiro passo no seu longo itinerário de tournées e encontros em 1969 quando Iniciou o "Theatre Laboratolre Vicinar com seu irmão Frédéric Vanl e outros diversos atores, tendo seu tra/balho sido provado em dois filmes pela CBS. Flamand divide seu tempo entre suas atividades de criador e desde 1979, de direlOr de "La Raffineria du Plan K" o primeiro centro Internacional de pesquisa de muttl·arte da Bélgica. Em 1986 recebeu o prêmio de "Melhor Grupo Estrangeiro" no México por "Se as pirâmides fossem quadradas". Em 1987 esse espetáculo foi convidado para o Festival de Teatro da "Documenta 8" em Kassel, Alemanha. Em 1988, Gérard Morlier,.diretor da Ópera Nacional Belga convidou-o para recriar ·Se as pirâmides fossem quadradas", para palco de Opera, logo após esta tournée pela América do Norte e do Sul.
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Ficha Técnica· Plan K 1. Concepcão e direção Frédéric Flamand 2. Atores • Bud Blumenthal • Hayo David • Gilles Monnart • Linhares Junior • Ricardo Carvalho de Souza 3. Diretores técnicos • Bruno Garny e Marco Forcella 4. Vídeo design Carlos da Ponte 5. Música Michael Galasso, New York· Músico Minimallsta, colaborador de BoIb Wilson John Van Rymenant • Compositor de jazz eletrônico. 6. Produção no Brasil • Cristina Barros • Gerald Perret
CRACK A CIDADE MUDA Brasil Biografia A Cidade Muda - uma corrpanhia em construçao, Fundada em 1983, a corrpanhia A Cidade Muda é o resu~ado do encontro de um grupo de artistas vindos de vários campos: artes plásticas, dança e teatro, Desde o início, seu trabalho se caracterizou por um rigoroso" criativo processo de pesquisa do teatro de animaç:í.o, que culminou com o primeiro espetáculo intitulado A Cidade Muda Entusiasticamente aplaudido pelo público e pela critica por seu alto nível artistico e estético, o espetáculo surpreendeu por apresentar o teatro de bonecos com uma qualidade raramente vista em palcos brasileiros, Em 1984-85, além de realizar viagens com o espetáculo, a corrpanhia iniciou um projeto paralelo de bonecos de rua, Desde então realiza paradas, cortejos e intervençOes em ruas e Em o Cidade Muda, AIO 11. cartaz em São Paulo, o escolhido o I;.par:,~a~~~~~~~~~:t~~ Festival Ir em Nova Fribur90, RJ. Em 1987 a corrpanhia recebeu o Prêmio Governador do Estado pelo espetáculo Cidade Muda, Ato 11. Em 1988 o francês concedeu uma A Cidade Muda Ato 11, 1987
um curso com o ma.ri0/1eti,.ta
Crack Crack- Ido inglês! (substantivo) 1, ruptura, quebra; 2. piada; 3. craque, campeil.o, (verbo) 1, romper; 2. estourar; 3, !reslaucar, desvairar, (adjetivo) excelente, brilhante. Crack, o terceiro espetáculo de A Cidade Muda, transcende as realizações anteriores da corrpanhia em tooos os aspectos. A utilizaç:í.o de atores contracenando com bonecos, uma técnica quase tao antiga quanto o próprio teatro de bonecos, é a primeira vez usada pela corrpanhia, A não utilizaç:l.o de palavra falada, que li uma das características dos trabalhos d'A Cidade Muda, também está presente em Cracl<. A ausência intencional da língua falada permite ao espectador ,ealizar sua viagem imaginativa e é" que garanle a sua participaç:í.o no sentido de ler, interpretar e corrpletar" espetáculo. Em Crack os personagens sao envolvidos em intrigantes, e ao hilariantes, situacões do medo, a inveja, a disputa, a solidão, arrependimento, a lome, a gula, são alguns dos lemas abordados de forma instigante.
Ficha Técl'liClll malni""lacão: Eduardo
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DO AMOR BOI VOADOR~NÚClEO 2 Brasil o Grupo de Arte 80i Voador, dando continuidade a suas pesquisas e investigações estéticas, propõe, através da montagem do texto para teatro de Oscar Panizza. O Concilio do Amor, uma reflexão sobre a existência do mal. aual a sua origem? p", que os homens não conseguem viver sem ele? auais as relações de causa/eleito entre o pecado dos homens" a cólera divina? Segundo alguns, tal cólera se exprime sob a forma de Flagelos que se abatem sobre a terra. Se tal afirmação procede, Q texto de Panizza nos fornece algumas pistas para conseguir desenredar os fios que poderiam urdir tão abomináveis maquinações divinas. Nosso espetáculo nasce, fruto deste eterno impasse; os deslizes da humanidade e a fúria implacável dos deuses.
Biografia Gabriel Vilella formou-se em direção teatral pela Escola de Comunicações" Arte. de Silo Paulo (ECIIJUSP). Pelo teatro Universitário dirigiu: Vaisa nO 6 de Nelson Rodrigues, Vem Buscar-me que Ainda Sou Teu, de Carlos Alberto Solfredini. Para o teatro Experimental do E.C. Pinheiros dirigiu: A Cap~al Federal, de Arthur Azevedo, e A Falecida, de Nelson Rodrigues. Em 1989 fundou o grupo da teatro CircoGrafitti, junto com a atriz Rosi Campos. Dirigiu para este grupo o espetáculo Você vai ver o que você vai ver, baseado nos Exercícios de Estilos do francês Raymond Oeneau, atualmente em cartaz no Centro Cuttural Silo Paulo. O Grupo de Arte Boi Voador, sediado em Silo Paulo, tem realizado desde 1984 montagens teatrais centrando o interesse em autores latino-americanos. Durante 14 meses o Boi Voador, sob a supervisão geral e direção artística de Ulisses Cruz, ensaiou "Velhos Marinheiros", obra de Jorge Amado adaptada para o teatro por Carlos Szlack. O espetáculo estreou com um elenco de 25 pessoas, ficando 2 anos em cartaz, tendo percorrido várias cidades brasileiras, além de participar do Fttei - Festival Internacional de Expressão Ibérica, na cidade do Porto, Portugal, onde obteve da critica portuguesa o prêmio de melhor espetáculo. A partir daí o Boi Voador estabeleceu-se como grupo autônomo em regime cooperativado, com produção e administração próprias, contando hoje com cerca de 50 pessoas. O objetivo do grupo era e continua sendo o da pesquisa e da investigação de novas formas dramáticas. Desta forma, o grupo deu continuidade ao trabalho com a montagem do espetáculo "O Despertar da Primavera", de Frank Wedekind, adaptado por Valderez Cardoso Gomes. Paralelamente com outro núcleo, desenvolveu o projeto de montagem do espetáculo ''Corpo de Baile", da obra de Guimarães Rosa, adaptado por Jaime Compri.
o Concílio do Amor, 1989
Ficha Técnica: Atores: Alexa LeinElf Alexandre Paternos! Andréa Araujo Charles Môsller Cristina Pikielny Davi Rocha Taiu Elaine Carvalho Jairo Matos João Fonseca LáliaAbramo Marcos de Azevedo Maria do Carmos Soares Mônica Patrícia Mônica Salmaso Roberta Nunes Luiz Rossi Cristina Cordeiro
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Assistente de DjreÇilo:Carmo Cabrera Figurinos: Charles MOeller e Luiz Rossi Cenários: Gabriel Vilella Luz: Domingos auintiliano Trilha Sonora e Sonoplastia: Tunica Preparação Vocal: Marlene Fortuna Preparaç:l.o Corporal: Fernando Laa Preparação da Ator: Eduardo Coutinho Direção Geral: Gabriel Vilella
MATTOGROSSO
Brasii Um estrangeiro, um judeu errante, um homem de muitos países e de nenhum país, de muítas línguas e de nenhuma língua. Um inovador, que provoca reações extremadas como todos os inovadores. Um artista de múUiplas origens e múitiplas influências. Geral Thomas, 33 anos, nasceu no Rio de Janeiro, lilho de pai alemão e de mãe inglesa. Sua biografia registra a viagem para a Europa muito pequeno e uma volta da família ao Brasil sete anos depois, para morar, É dessa época o aprendizado do seu português perfeito e a descoberta de uma precoce vocaçáo de artista plástico,estimuladapela amizade do pintor modernista Ivan Serpa, a quem loi apresentado quanto tinha 11 anos. Aos 14, este então obstinado pintor, leitor compulsivo e apaixonado por música, foi viver na Inglaterra, onde relinou sua vocaGao intelectual frequentando a lõiblioteca do Museu Bfitânico. Português, Inglês ou Alemão, nenhum desses idiomas jamais o envolveu completamente. A constataçáo da precariedade, superficialidade e formalidade da linguagem é uma das bases do seu teatro, junto com sua paixão pelas artes plásticas, os livros, a música. Bases que, se ampliadas, incluirão também a admiração por Mareei Duchamp, descoberto no ateliê de S8fpa, o primeiro nome numa relação que contém Ping Chog, Meredith Monk, Andrei S8fban, John Jassurun, Patrica Chereau e Tadeuz Kantor. O que une todos elas é a sua contribuicao no sentido de mudar os conceitos do teatro tradicional. Gerald Thomas á um integrante natural desta lista, baterias voltadas contra o teatro convencional," o'teatro que acredtta na situação, a salinha com pais discutindo o destino da filha". Para ele, se as pessoas fazam isso na vida real, estao apenas reproduzindo um clichê que aprenderam em algum teatro mai feito. Há dias, eu vo~ei de uma coletiva me sentindo meio cabisbaixo, estranho, insólito. Anotai na minha agenda .. "Me safei da pergunta: porque Mattogrosso é escrito com dois T, dizendo que era um estado entre Goiás com dois G a Paraguay com dois P.. ." A maioria das perguntas, apasar de parecerem banais demais, são na verdade, infernalmente enormes. O propósito de uma obra nao verbal é precisamente ligado à possibilidade da se fazer desenrolar no palco, ou num filme, etc., um universo de coisas ligadas à experiência não transmissível de outra forma. O propósito desse tipo de trabalho está bem próximo à compreensao, o reconhecimento, a destruicão e a reconstruçáo. O funcionalismo da pergunta do porque dos dois T, portanto, fica massacrado, junto com toda a maquinaria do "entendimento" que, no meu "entender" é a mais chata das categorias da engrenagem do academismo. Escrevo para teatro e ópera no ano de 1989, ano 8fn que ainda não sabemos descrever o sabor de uma beterraba sem entrarmos em assemelhações, ou a cor amarela, sem entrarmos em analogias pobres e inlrutíf8fas. Para conseguirmos nos lembrar do dia anterior, o banco de memórias sofre algum esforço. Não conseguimos, de forma alguma descrever o dia anterior segundo por segundo, imagens, todas elas, justapostas... E mesmo que conseguíssemos, 19\1aríamos 3 dias para descrevar aquele um. Torno público algumas idéias minhas em 1989, ano em que se nota muito nitidamente mais um espaço aicançado a lavor do ceticismo contra a aventura Nilo faz o menor sentido que o artista consiga, da tampos 8fn tempos, criar piadas sinestéticas, para acabar dando emprego às academias que tornarão, contra o tempo, essa piada numa estória fúnabre e macabra. Resposta: o T é o t que falta no Anel dos Nibelungos e é o mesmo que Churchillfazia com as mãos quando se refaria à Vitória ou às equações. E mais, nao é uma obra ecológica. Mas como poderia deixar de ser ecológica se o seu autor, () Gerald Thomas, é um paranóico nesse assunto desde que se publicava 8fn Londres, há vinte e tantos anos, () Blue Print
forSuvival. .. Como toda obra livre ela deve, espero, mostrar todo o meu constrangimento perante a civilização organizada, mas certamente, não vou sublimar nenhum assunto. É a graça da metáfora. O paradoxo é um grande ausente do drama moderno. Monolítico, unilateral, dirigido e curto, o drama de hoje não trata os seres humanos como criaturas, não os remete à conotação extra-coloquiais, nao mistura idéias como a própria cabeça individualizada e descomprometida mistura. A autoria está licando tão pequena que daqui a pouco vai se "esconder" por completo do universo e vai tentar descrever o funcionamento da torneira da pia. E o vai lazer de forma mal feita. Vocês leram na imprensa que Mattogrosso é
Friedrich Emest Matto, é a teoria da "devoluçáo às espécies". Leram que a analogia mais constante feita em Mattogrosso está no início" no fim da tetralogia de Wagner, o Anel dos Nibelungos; portanto, 8fn Ouro do Reno e Crepúsculo dos Deuses. Tudo o que vocês leram até agora vale. Nada, do que vocês leram até agora vale. Mattogrosso é uma obra experimentai. É o que eu batizei de - e graças a Deus o termo já está se espalhando pela Europa Gesamtglucksfaliwark - obra do acaso totai. Nil.o se sabe de onde vem, não se sabe pra onde vai. Qualquer outra coisa, na realidade, nao passa de um indecifrável erro tipográfico se equilibrando na parte superior de uma equação.
sobre o suicídio, ou, eutanásia de uma
floresta. Leram que a floresta loi criada por um deus pra proteger o acidentado Titanic que afundou e precisa ser preservado. Leram que os nibelungos dessa ópera sao mais poderosos: então, diabolungos, mitolungos. Leram que tudo começou na minha cabeça com um trocadilho Darwiniano "survival 01 deleatist" (sobrevivência do derrotista - ao contrário de "survival 01 the fitlest" sobrevivência do mais apto). E que a teoria desse desencantado explorador fictício,
Obra Mattogrosso, 1989
Ficha Técnica Situação, Criação e Direção: Gerald Thomas Música: Philip Glass Cenários e Figurinos: DanielaThomas lIuminaGao: Gerald Thomas "Wagner Pinto
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PAIXÃO SEGUNDO G.H. Brasil Biografia Bailarina clássica durante 25 anos, Marilena Ansaldi atuou durante todo este período sempre como primeira bailarina do Teatro Municipal de São Paulo. Viveu o auge de sua carreira na dança clólssica, quando participou como convidada e como primeira bailarina do Baleet Bolshoi, sendo solista dos espetáculos D. Quixote e A Fonte da Batissaraia, em Moscou, nos anos de 1962 al964, ocasião em que foi saudada e aplaudida por personalidades como Kruchev e Brejnev. Da Rússia segue para Paris onde permanece uma temporada. De volta ao Brasil, em t 966, retoma suas atividades junto ao corpo de Baile do Teatro Municipal de São Paulo, quando dá início ao trabalho como coreógrafa, dirigindo pesquisas de linguagem, agora nos caminhos da dança modarna, trabalho este reconhecido hoje como um marco definitivo na história da dança brasileira. são obras deste período: Medéia, Vestido de Noiva, A Casa de Bemarda Alba, Maria Stuarl, Cenas de um Casamento, elc. Paralelamente realiza coreografias para espetáculos de teatro, destacando--se entre elas a criação coreográfica do antológico espetáculo A Viagem (produção de Ruth Escobar e direção de Celso Nunes), com a qual ganhou o Prêmio de Melhor Coreografia Teatral de 1973. Em 1975, inicia uma nova fase em sua carreira, mesclando linguagens da dança e do teatro sendo a precursora no Brasil de um novo gênero artístico: o TeatrolDança. O êxito desta nova criação é imadiato. O espetáculo "Isso ou Aquilo" (1975Roteiro/Interpretação da Marilena Ansaldi Direção de lacov Hillel) receba o Prêmio Moli"re na categoria especial, Prêmio Governador do Estado e Prêmio Especial da Crítica Paulista. Em 1977 vive novamente" reconhecimento internacional de sua arte. Convidada a participar do Festival Mundial de Teatro de Nancy (França), recaba " Prêmio de "Melhor Espetáculo Individuai", seguindo com" espetáculo para a nália. Daí por diante os prêmios da crítica e o reconhecimento do público se tornar!io cada vez mais freqOentes na nova carreira da grande atriz /bailarina, autora e produtora. Nos anos seguintes, Marilena Ansaldi escreve, interpreta e produz os espetáculos: "Por Dentro e Por Fora· (De Mário e Emilie Chamle - Direção de lacov Hillal - 1976) 1977 - "Escuta, Zé" (Inspirado na Obra de Wilhem Reich - Roteiro de M. Ansaldi - Um dos maiores sucessos da década de 70, fica mais da um ano em cartaz, excursionando em seguida pelas capitais) - t 978 - "Fundo de Olho" (Baseado em Laing - Roteiro de M. Ansaldi) - 1979 - "Um Sopro de Vida" (De Clarice Lispector - Adaptação de M. AnsaldV J. Possi Neto - Espetáculo considerado "antológico" pela crítica especializada, pela imprensa a pelo público. A Associação Paulista de Críticos da Arte deu a Marilena Ansaldi, por "Um Sopro da Vida", o Prêmio de Melhor Atriz e ao espetáculo os prêmios de Melhor Cenografia, Iluminação, Sonorização" Direção. O Ministério da Educação e Cu~ura a o Serviço Brasileiro de Teatro deram a "Um Sopro de Vida" " Prêmio de Melhor Espetáculo do Ano) 1980 - Gani (Roteiro de M. Ansaldi - Texto da Chico Buarque e J. Possi Nelo - Direção de J. Possi Neto). 1962 - "Picasso e Eu" (Roteiro de M. Ansaldi) 1982 - "Jogo de Cintura" 1983 - "S,," (Roteriro de M. 1984 - "Grand Finalle" (Roteiro de Souza, oom Marilena IInsakJi " Lennie Dayle) Em 1965, Marilena IInsaldi é contratada pela Rede Globo para participação especial na Minissérie Rabo de Saia (Direção de Walter Avancini) " na noveia "Selva de Padra" (1986).
Em 1967, Marilena Ansaldi voha triunfante ao Teatro, apresentando o espetáculo "Hamletmachin,,", do escritor alemão Heiner Mull9r, com direção da Márcio Aurélio, espetáculo este que lhe dá o seu segundo Prêmio Moliêre ("Malhor Atriz do Ano") " ainda os Prêmios "Governador do Estado" (Malhor Atriz) e Prêmio Mambembe Ministério da Cultura (Melhor Espetáculo do Ano).
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li Paixão Segundo G.H., 1989
A Paixão
GH
(A celebração uma possibilidade) Espetáculo de Teatro/Dança baseado no livro homônimo de Ciarice Lispector A Paixão Segundo GH é a confissão de uma experiência tormenlosa, motivada por um acontecimento banal. Projelam-se diante dala em figuras mutáveis os contrastes inconciliáveis da existência - amor e ódio, ação, e inação, violência e mansidão, crueldade" piadade, santidade" pecado, esperança e desespero, sanidade e loucura, salvação e danação, pureza e impureza, liberdade e s9rvidao, o balo e o grotesco, humano e o divino, o estado natural e o estado de graça, o sofrimento e a redenção, o inferno" o paralso. Cada um destes pólos se confundem com o seu oposto, na visão abismal que raduz as diferenças e lende a suprimi-Ias. Alegria" dor se interpenetram: presente e futuro tornam-se momentos indivisíveis da existência em ato, idêntica, abolindo a separação e a divisão. Benedito Nunes (extraído do livro de "Clarice Lispector")
Ficha Técnica Texto: Clarice Lispector Adaptação, roteiro musical 8 interpretação: Marilena Ansaldi Direção: Cibele Forjaz Figurino: Marilena Ansaldi Iluminação: Cibele Forjaz Operador de luz: Guilherme Bonfanti Trilha Sonora: Marilena Ansaldi Operador de Som: Alfonso E. Jimenes(Fom). Produtor Executivo: Adalbarto Palma Contra Paulo Ferraz Diretor de Abilio Tavarez
Estréia: 25/1 O - 200 Local: Auditório do MAC - Museu de Arte Contemporânea 3' Piso da BIENAL Datas e horários: 25/10 a 10/12 Terça a Sábado:20h Domingo: 18 horas
TEATRO SEMINÁRIO Raalizaça<> Associação Internacional de Críticos de Teatro/Brasil e 20' Bienal Internacional de sao Paulo.
Dia 21 de novembro· 20h mesa redonda: Relação espaço cênico/artes plásticas
coordenação: Dr.Clóvis Garcia J. C. Serroni Eduardo Amos Siron Franco Naurn Alves de Souza
Dia 22 de novembro· 20h mesa redonda: Robert Wilson Projeções
no teatro brasileiro coordenação: Carmelinda Guimaraes presidente da A/CT/Brasil llka Marinho Zana«o Alberto Guzik Sebastiao Milaré Joa<> Candido Galvao
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EXPOSiÇÃO INTERNACIONAL 01. 01a. 02. 03. 04. 05.
06. 07. 08.
VENEZUELA ROMÊNIA ÁUSTRIA BÉLGICA ESPANHA REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA COLÔMBIA DINAMARCA SUL PORTUGAL
09. 10. 10a. EDDY NOVARRO
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EVENTOS ESPECIAIS
11. AS BIENAIS DOS ANOS 50 12. HUMOR EM CUBA 13. BONECÓES, CARAS E CARETAS 14. HILDE WEBER 15. SALA DE MEMÓRIA 16. FLÁVIO IMPÉRIO 17. FLÁVIO DE CARVALHO 18. LASAR SEGALL 19. ALDO CALVO 20. A CIDADE MUDA - AUDITÓRIO 21. ROBERT WILSON 22. DANIELA THOMAS 23. NAUM ALVES DE SOUZA 24. ROMERO DE ANDRADE LIMA 25. J.C. SERRONI 26. SIRON FRANCO 27. NECESSIDADE DE NARRAR
28. 29. 30. 31. 32. 34. 35.
ARTE EM JORNAL JOSÉ ANTONIO DA SILVA MARIA BONOMI TOMIE OHTAKE TOMAZ SANTA ROSA BORIS BUCAN JOSEF SVOBODA
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EXPOSiÇÃO INTERNACIONAL URUGUAI REPÚBLICA ALEMÃ 03. CUBA 04. PERU
05. 06. FRANÇA oSa. YVES KLEIN --SALA INTERNACIONAL 07. 08. 09. 10. 11. BULGÁRIA 12. ARGENTINA 13. ARGENTINA 14. KUWEIT 15. 16. 17. 18. BRASIL 130
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32. 33, MARCOS COELHO BENJAMIM 34, MARCO DO VALLE 35. 36. 37. 38. 39.
ESTER CARLOS VERGARA EDUARDO SUED EMMANUEL NASSAR FRIDA BARANEK
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40, ANÉSIA E. 41. MÔNICA SARTORI 42. SALAS
43. 44.
- "EFEITO BIENAL" -1954-63 45. VICTOR BRECHERET 46, PEREIRA
STUDIO INTERNACIONAL DE 48. FRACTAL ART
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PLANTA DO 3º ANDAR
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SALAS ESPECIAIS INTERNACIONAIS
01. 02. 03. 038. 04. 05. 06.
14. 15. 16. 17. 18.
07. OS. 09. 10. 11. 12. 13.
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GRÉCIA EQUADOR CHILE VíDEO - CAPELA SISTINA GUATEMALA MARROCOS REPÚBLICA DE SAN MARINO SUíÇA EGITO REPÚBLICA HOLANDA E.UA NORUEGA POLÔNIA
19. 20. 21. 22. 23. 24.
OSWALVO GUAYASAMIN ALFREDO HUTO FRANK STELLA EDDIE FIGGE MARIA HELENA VIEIRA DA SILVA ALAN BELCHER JACEK JARNUSZKIEWICZ RICHARD HAMILTON DAVID HOCKNEY NEIL WILLlAMS DALE CHIHULY
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IN ICE
íNDICE DE ARTISTAS ARTE EM JORNAL Baravelli, Luiz Paulo Barsotti, Hércules Bonomi, Maria Caldas, Waltércio Cipis, Marcelo Granato, Ivald Katz, Renina Leirner, Jac Leirner, Nelson Lee, Wesley Duke Pape, Lygia Rosa, Dudi Maia Ohtake, Tomie Toyota, Yutaka Tozzi, Claudio ATEUER ABERTO Ahzugaray, Paula Altenfelder, Beralda André, Ana André, Cecília Antonon, Márcio Barmak, Carlos Barros, Renata Barros, Vera, Battalhini, Arnaldo Barth, Monica Berlinck, Teresa Cardoso, Adalberto M. Carratu, José Castello, Clara Cipis, Marcelo Chahim, Arriet Cynbalista, Célia Delfino, Carlos Dias, Geraldo de Souza Draffre, Selma Feldon, Eide Fernandes, Flávia Flemming, Alex Fiore, Mário Furlong, Patricia Gueh, Eduardo Veren Guerini, Sérgio Hashimoto, Madalena Jesion, Jacques Levin, Mahum H. Lopes, Fábio Louro, Maria Teresa Luzzati, Mariannita Malta, A. MicoU, Roberto Michaelis, Ana Milani, Angelo Augusto Minervino, Júlio Moraes, Nina Natale, lole Di Niculicheff, S. Paranhos, Geraldo Prades, Jaime
16 13 19 23 18 14 21 15 20 24 17 12 22 25 11
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Przupiorka, Eveli Oliveira, Marta Ramiro, Mário Real, Ju Corte Rodrigues, Vera Saleme, Marina Salles, Laurita Santos, Angela Seno, Domingos Sérgio, A. Silva, Luís Carlos Martinho da (Caito) Silva, Nazareth Pacheco e Silveira, Karen Soares, Genilson Soares, L. Soares, Pedro Lopes Soares, Zé Cássio Macedo Stickel, Fernando Tucci, Sandra Vinci, Hélio Whitaker, P.
28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28
CINEMA Ostrovsky, Vivian
30
COMBOGÓS, LATAS E SUCATAS Souza, Glaucia Amaral de Suplicy, May
32 32
COMPUTAÇÃO FRACTALART Cohn, Paulo Fernades, Sinésio Moroni, Artemis Paula, Maria Rita Silveira de Rentes, Antonio Sakoda, Mitur Sukorski, Wilson
34 34 34 34 34 34 34
DANÇA Boan, Maria-Nela Cuellar, Victor Mariano, Luís Robledo, Luís Rodriguez, Ruben Savent, Regia Vasquez, Manuel
36 36 36 36 36 36 36
DOCUMENTAÇÃO Barbosa, Elza Maria D'Ávila Horta, Vera d' ELETROGRAFIA Alcala, José Ramon Ambrogi, Patti Arranz, Romã Barcellos, Vera Chaves Bravo, Jesus Pastor Bruscky, Paulo Canales, José Fernando Niguez
38 38 50 56 61 62 49 57 50
Dar, Dina Dewald, Roland Henss Durand, James Granoux, Pierre Hainke, Wolfgang Ishikawa, Mario Noboru John, Franz Jr., Charles Arnold Keppler, Roberto Krasniansky, Bernardo Matuck, Arthur Monforte, Luiz Guimarães Natal, Judy Norros, Hetta Olbrich, Jurgen O. Prins, Ueve Rangel, Paco Vidal, Anne HUMOR EM CUBA Ajubel, Alberto Morales Armas, Jesus Gonzalez de Rivero, Félix Ronda Rodriguez, Antonio Eligio Fernadez Robaina, Rene de La Nuez Tirado, Osmani Simanca Zayas, Tomaz Rodriguez
44 59 47 58 63 54 45 43 60 42 41 53 51 46 48 52 55 58 67 70 69 68 72 71 73
INSTALAÇÕES Barros, Fabiana de Machado, Cleber lobo Milan, Denise Peticov, Antonio
79 77 78 76
MÚSICA Appleton, Jonh Bayle, François Blanco, Juan Caesar, Rodolfo Dodge, Charles Farra, Ricardo dai Leite, Vania Dantas Mannis, José Augusto Menezes, Florivaldo Silva, Conrado Souza, Rodolfo Coelho Zobl, Wilhelm
85 84 86 87 83 86 88 85 84 83 87 88
PERFORMANCES Adam, Adriana Caselatto, Lygia Cordeiro, Analivia Donasci, Otavio Funny, Sax So Haar, Mira Ishida, Harume Lacaz, Guto Luni Malot, Eduardo Lopes Menezes, Tulius Moreno, Carlos Mutarelli, Cristina
94 95 95 95 94 94 96 94 91 95 95 94 94
Parschalk, Guinter Santeiro, Cristina Sekido, Rui Souza, Flávio de Tellas, Vivia na Tupinãodá X.P.T.O. X.A.R.A.N.D.U. Yoshida, Yoshi TEATRO EXPOSiÇÕES Bonomi, Maria Bucan, Boris Calvo, Aldo Carvalho, Flávio de Franco, Siron Império, Flávio lima, Romero de Andrade Júnior, Tomás Santa Rosa Macedo, Toninho Necessidade de Narrar Bisilliat, Sophia Bisilliat, Maireen Castro, Inês de Comi, Renato Primo Tassara, Eda Ohtake, Tomie Segall, lasar Serroni, J.C. Silva, José Antonio da Souza, Naum Alves de Svoboda, Josef Thomas, Daniela Weber, Hilde Wilson, Robert
94 94 96 94 97 92 91 93 96 109 116 100 103 114 104 112
113 111 111 111 111
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115 108 106 107 110 117 102 105 118
TEATRO ESPETÁCULOS PLAN K Concepção e direção: Frédéric Flamand
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CRACK, A CIDADE MUDA Direção, roteiro e manipulação: Eduardo Amos e Marco Antonio lima
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CONcíLIO DO AMOR De: Oscar Panizza Direção: Gabriel Vilela
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MATTOGROSSO Direção, criação e situação: Gerald Thomas
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A PAIXÃO SEGUNDO G.H. De: Clarice lispector Adaptação, roteiro e interpretação: Marilena Ansaldi Direção: Cibele Forjaz
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AGRADECIMENTOS Centro Cultural São Paulo Fundacen - (obras de Tomaz Santa Rosa Jr.) The Kitchen Museu de Arte Contemporânea! USP - (obras de Flávio de Carvalho) Museu Lasar Segall - (obras de Lasar Segall) Museu Nacional de Belas Artes - (obras de Tomaz Santa Rosa Jr.) Paula Cooper Gallery Secretaria Municipal de Cultura Teatro Municipal de São Paulo Norma Prado Ana Maria Vieira de Souza Ignez Plese Kiki Cunha Bueno José Carlos Molica Ana Helena Curti Edval Julio de Almeida Pessoa Emilio Kalil Julie Graham José Américo Pessanha Natasha Sigmund
E aos Prefeitos dos Municípios de: Aparecida Bebedouro Biritiba-Mirim Cesário Lange Cunha Iguape Jacareí Lagoinha Monteiro Lobato Natividade da Serra Piro-Piracuara São José dos Campos Pontal Porto Feliz Redenção da Serra Salesõpolis Salto Grande Santana do Parnaíba São Bento do Sapucaí São Luís do Paraitinga Sertãozinho Ubatuba
137
EDiÇÃO DO CATÁLOGO Concepção Gráfica e Programação Visual
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A BIENAL É FEITA POR ARTISTAS. E POR NOMES QUE ACREDITAM NA ARTE. A participacão da iniciativa privada foi fundamental para a realizacão desta XX Bienal Internacional de São Paulo. Ela começou com o apoio efetivo do
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Banco Mercantil de Crédito S/A, a primeira empresa a acreditar nesta mostra quando ela ainda era apenas um projet? e um compromisso com a população. Este exemplo foi seguido por outros nomes, não menos importantes, que patrocinaram as salas especiais do evento e também contribuíram , . com a necessana reforma do prédio, o que garantirá a realizacão das futuras Bienais: A XX Bienal Internacional de São Paulo presta uma homenagem a todas essas empresas, que tiveram a sensibilidade de investir em arte com espírito comunitário. Acreditamos que a próhria Bienal é a mel or forma de agradecer essas colaboracões. ,
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