17ª Bienal de São Paulo (1983) - Exposição: Flávio de Carvalho

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Exposição Flávio de Carvalho

a

1 7. BIENAL DE SÃO PAULO 14 de outubro a 16 de dezembro de 1983

PAVILHÃO ENGENHEIRO ARMANDO ARRUDA PEREIRA PARQUE IBIRAPUERA SÃO PAULO

BRASIL


17.a BIENAL DE SÃO PAULO

DIRETORIA EXECUTIVA Luiz Diederichsen Villares Celso Neves Justo Pinheiro da Fonseca Sylvio Luís Bresser G. Pereira Mário Pimenta Camargo Mário Salazar Gouvêa Roberto Muylaert Stella Teixeira de Barros

Presidente 1.0 Vice-presidente 2.° Vice-presidente

CONSELHO DE ARTE E CULTURA Walter Zanini Ulpiano Bezerra de Meneses Paulo Sérgio Duarte Donato Ferrari Sheila Leirner Glauco Pinto de Moraes Luiz Diederichsen Villares

CURADORIA Walter Zanini Rui Moreira Leite PESQUISA Rui Moreira Leite

Presidente Secretário


PATROCíNIO

GOVERNO FEDERAL Ministério de Educação e Cultura Ministério das Relações Exteriores

Funarte

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Secretaria de Estado da Cultura PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO Secretaria Municipal de Cultura

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APOIO CULTURAL


AGRADECIMENTOS

Aos familiares do artista, Dona Lucia Crissiuma e Paulo R. de Carvalho, que facilitaram o acesso à documentação e ao conjunto de obras de sua coleção. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. A Lidia Kliass, Cassio M'boy, Paolo Maranca, Yolanda Penteado, Marta Rossetti Batista, Cilda Dias da Silva, Dulce Carneiro, Gilberto Ramos, Dr. Frank Julian Philips, Sangirardi Jr., Telê Porto Ancona Lopez, Aparecida e Paulo Mendes de Almeida, Olinto Moura, João Falchi Trinca, Gilda e Antonio Cândido de Mello e Souza, Azis Simão, Fernando Goldgaber, Florence Tavares da Silva, Gilberto Freyre, Embaixatriz Tuni Murtinho, Maria Luiza Strauss, Yone Soares de Lima, Hideo Onaga, João Carvalhal Ribas, Eduardo MaHei, Wanda Silva Neves, Gerda Brentani, Marilu e Eduardo dos Santos, José Roberto Graciano, Hélio Mattar, Marcelo M. Bernardini e Aracy A. Amaral pela atenção e auxílio no acesso à documentação. Às instituições públicas e aos colecionadores que colaboraram das mais variadas formas e consentiram em ceder as obras de Flávio de Carvalho: Biblioteca Municipal Mário de Andrade, São Paulo Instituto de Estudos Brasileiros, USP, São Paulo Museu de Arte Brasileira da F AAP, São Paulo Museu de Arte Contemporânea, USP, São Paulo Museu de Arte de São Paulo, São Paulo Museu de Arte Moderna, São Paulo Pinacoteca do Estado, São Paulo Palácio do Governo, Campos do Jordão Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea, Roma Santusa Andrade, São Paulo Antonio Rangel Bandeira, São Paulo Gilberto Chateaubriand Bandeira de Mello, Rio de Janeiro Vera d'Horta Beccari, São Paulo Napoleão de Carvalho, São Paulo Regina Chnaidermann, São Paulo Israel Dias Novaes, São Paulo Geraldo Galvão Ferraz, São Paulo Luigi Fiocca, São Paulo Renée d' Amico Fourpome, São Paulo Newton Freitas, Rio de Janeiro João Moreira Garcez Filho, São Paulo Severo Fagundes Gomes, São Paulo Dr. Chaim Hamer, São Paulo Afonso Brandão Hennel, São Paulo Cláudia e Ibrahim Eris, São Paulo Lidia Kliass, São Paulo Fúlvia e Adolpho Leirner, São Paulo Dinah Lopes Coelho, São Paulo Renato Magalhães Gouvea, São Paulo João Marino, São Paulo Paulo Egydio Martins, São Paulo Mario Masetti, São Paulo Fernando Barjas Millan, São Paulo Nicanor Miranda, São Paulo Roberto A. Neves, São Paulo Magda Nogueira, São Paulo Hideo Onaga, São Paulo Rodolfo Ortemblad Filho, São Paulo Dr. Frank JulianPhilips, São Paulo Gilberto Ramos, Rio de Janeiro Sangirardi J r ., Rio de Janeiro Eduardo dos Santos, São Paulo Carlos da Silva Prado, Bragança Paulista Fernando Soares, São Paulo Érico Stickel, São Paulo Armando de Campos Toledo, São Paulo Ernesto WoH, São Paulo Martin Wurzmann, São Paulo


SUMÁRIO

3 18 23

Introdução a Flávio de Carvalho/Walter Zanini Introduction to Flávio de Carvalho/Walter Zanini O artista plástico Flávio de Carvalho/Rui Moreira Leite

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O arquiteto Flávio de Carvalho/Rui Moreira Leite

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Flávio de Carvalho, cenógrafo/Nicanor Miranda

65 69 73 77 85

Flávio de Carvalho/Sérgio Milliet Flávio de Carvalho/Newton Freitas Flávio 1 2 3 - Louco Lunático InfantiljSangirardi Jr. Cronologia/Rui Moreira Leite Introdução à bibliografia do artista/Rui Moreira Leite

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Bibliografia

97 101 121

Relação de exposições Relação de obras na exposição Documentação exposta


Mulher Depreciada Recolhe-se em Posição Uterina, 1932; óleo/Coleção Museu d~ Arte de São Paulo.

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INTRODUÇÃO A FLÁVIO DE CARVALHO Walter Zanini

Apresentar o artista plástico e arquiteto Flávio de Car~ valho à luz de novas pesquisas é o principal objetivo desta exposição do Núcleo histórico da 17.a Bienal. Alguns outros aspectos marcantes de sua atividade foram conjugados àquele corpo maior da mostra através de uma documentação selecionada. A intenção dos organizadores é, assim, a de ressaltar os dois pólos referidos e ao mesmo tempo tornar possível uma melhor compreensão dos propósitos interdisciplinares do artista e do intelectual, instigando o interesse para uma obra de grande 'complexidade cultural. De forma meritória concorre para o alargamento dos estudos sobre Flávio de Carvalho o trabalho - parcial. mente efetuado com bolsa da F APESP - do pesquisador Rui Moreira Leite. A ele deve-se o levantamento sistemático, em adiantado estado, das obras do artista pertencentes a coleções públicas e particulares. Sua tarefa estendeu-se paralelamente ao inventário dos projetos e realizações do arquiteto, da produção teatral e coreográfica, bem como do animador cultural, do autor de livros, ensaios e artigos de várias naturezas, do conferencista, do homem das experiências públicas, de viagens e explorações míticas.

penhado na figura humana e em ininterruptas buscas da profundeza fislognomônica, do retrato, é um meio fundamental dessa investigação dialética que reúne o conceptual e a práxis, o plano sensível e a morfologia. A pessoa e a obra de Flávio de Carvalho criaram sem dúvida uma aura carismática. Mas sua contribuição fecunda de estudioso e artista está longe de desfrutar de um justo reconhecimento nas avaliações da cultura contemporânea do país. A obra do pintor e principalmente do desenhista tem sido objeto da atenção crítica, porém a diversidade dos seus talentos não escapou da fama de uma dispersão maluca, de um obstáculo à afirmação de sua capacidade artística. Não faltaram assim os que no passado o viram como indivíduo fragmentário. Numa época de especialização como esta, não é realmente fácil admitir a sobrevivência de homens aptos a uma visão do mundo através de formas múltiplas de linguagem que interpretam a realidade.

Neste catálogo figuram textos críticos, biográficos e de introdução bibliográfica de Rui Moreira Leite, ao lado dos artigos de Newton Freitas e Sérgio Milliet (1), além dos depoimentos solicitados aos escritores Sangirardi Júnior e Nicanor Miranda, que conheceram de perto Flávio de Carvalho. A escolha das obras e da documentação foi efetuada conjuntamente por este curador e Rui Moreira Leite.

Não será entretanto senão pelo conhecimento de sua obra multímoda que encontraremos o exato caminho para apreciarmos devidamente o personagem. Sua contribuição cultural, se não perde a cada apreciação isolada das partes, ganha significado pleno quando considerada contextualmente. Os rumos multimediais que se fizeram sentir na evolução recente da arte, emanados de Marcel Duchamp, com quem Flávio de Carvalho possui certos ângulos relacionáveis, permitiram sem dúvida seu melhor entendimento. Até onde nos é dado saber, ele nada tem de gratuito ou caprichoso correspondendo, ao contrário, a par de aguda sensibilidade, a um pensamento e ação de inegável seriedade e coerência.

Dado essencial das preocupações de .Flávio de Carvalho foi a evolução biológica e mental do homem. Será necessário um dia esclarecer em que medida ele atinge nesses domínios, por entre toda a erudição e brilho que demonstra, a reflexão original. Não é entretanto difícil dar-se conta da vitalidade que norteou suas inumeráveis teorias projetadas não raro em ações comportamentais, como prática psicológica e sociológica. Estudos psicanalíticos que desenvolvia desde jovem resultariam na intervenção provocatória em procissão de Corpus Christi, relatada e analisada no livro Experiência n. o 2. Houve entre outros seus empenhos a~uele muito especial, dirigido ao conhecimento históric e às razões subliminares da evolução do vestuário, qu o conduziriam em certo momento ao desejo de influenciar a moda realizando o seu passeio público de blusa e saiote. A obra do artista plástico, em-

A dano de Flávio de, Carvalho, e quando são passados dez anos de sua morte, tem prevalecido a informação pouco aprofundada. A seu respeito há com certeza dados dos mais conhecidos e outros menos observados além daque-/ les completamente ignorados. Sem dúvida, o pintor e o desenhista foram bastante divulgados: ao longo de quarenta anos sempre estiveram presentes em exposições de maior ou menor vulto, inclusive Bienais. As rumorosas ações que realizou na rua atraíram a atenção popular. Enquanto isso, o arquiteto permaneceu numa posição bastante incômoda e marginalizada. Os vários livros do escritor excelente terão sido mais citados do que lidos - à exceção talvez de Experiência n. O 2 - e sabe-se geralmente muito pouco dos inúmeros textos pubHcados em jornais e revistas, assim como das comunicações que apresentou elJ). congressos de filosofia e psicotécnica, psi3


cologia, arquitetura, estética etc. Há sempre citações das fortes influências que recebeu de Darwin e Freud (devendo acrescentar-se, entre outras mais, a de Nietzsche, a quem pretendia dedicar um templo), porém não houve quem abordasse a questão. Nenhum estudioso do modernismo deteve-se no autor vanguardista de teatro e dança. O criador de uma nova maneira de vestir para os trópicos e as teorias que desenvolveu sobre o assunto aguardam uma tese universitária. Em compensação, o animador cultural motivou freqüentes entusiasmos, muito embora também essa atuação, principalmente nos anos 30, exija atenção mais acurada. O crítico de arte e esteta são praticamente desconhecidos. Há ainda nessa trajetória singular outros ângulos de versatilidade, como o das expedições aventurosas, que lembram romances de ficção, em busca da deusa branca do Amazonas ou do núcleo de gafanhotos em Mato Grosso. Tão fascinante e envolvente quanto a obra é a própria figura de Flávio de Carvalho. Mário de Andrade notara esse homem de alta estatura, "fisicamente grande, vendendo saúde, cheio de força física", cuja "criação revela fortemente o seu ser físico" (2). O porte atlético escondia entretanto uma personalidade tímida (3). O tímido compensava-se nas atitudes agressivas ou de contestação, que lhe valeram perseguições, inimizades e o próprio escárnio. Ateu, ideologicamente progressista, sensível ao pensamento de esquerda mas desencantando-se da URSS ao conhecê-la em 1934, não se inclinava a partidarismos políticos. Muitos dos seus traços de caráter, entre eles o da generosidade, foram curtidos em reportagens, entrevistas e artigos de imprensa e são anedotário fértil da vida cultural paulista. Flávio de Carvalho, que descendia de família nobre fluminense, soube conservar até os anos maduros a aura da infância. A timidez não era freio para inibi-lo quanto a atitudes excêntricas ou de repercussão. O gentleman, como o sense of humour, devia certamente muito aos anos de vivência na Inglaterra onde realizou sua formação profissional de engenheiro, um título do qual sempre fez questão. O dom precoce do artista desenvolveu-se com aprendizagem igualmente feita na Inglaterra e houve nele, no retorno ao Brasil, demorado período embrionário, estudado neste catálogo e presente na mostra, em que demonstra circunscrito aspecto temático. Em fins dos anos de 1920 tomara-se admiração arte chegando a copiá-la (4). Na década de 1930 impõe-se o artista expres4

hxperlênCia n.O 3: lançamento do ruas do ;.:entro de São


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sionista ,também atraído pelo surrealismo. Estas duas situações de linguagem mesclar-se-ão por vezes, e delas ele não se afastará, assumindo uma posição combativa diante das correntes concretas que se afirmariam entre nós no início dos anos de 1950 (5). A concentração nesses campos da expressão, com primazia do primeiro (houve nele absorção do cubismo, visível na escultura, e da abstração lírica e informal, na pintura), e a iconografia restrita que privilegia o retrato e a figura feminina, em termos de desenho e pintura, tornará sua produção das mais unitárias. A penetração no estado psíquico dos modelos que retratou é das preocupações fundamentais do artista, que dedica outro tanto da atenção à captação da força erótica do corpo da mulher assim como à sua análise visceral. _Algumas afinidades podem ser estabelecidas entre a veemência sígnica de Flávio de Carvalho e a caligrafia barroca de Kokoschka . No retrato ateve-se ao vigor dos traços, diferenciando-se, por exemplo, da evolução em sentido diluente que caracteriza a dramática percepção existencial de Giacometti (um artista que ele certamente admirava). A seu modo apegado aos elementos sensoriais, tanto no retrato como na figura interna, é original na busca da persona. Longe dos convencionalismos da verossimilhança, propôs-se a discernir nas disponibilidades da imagem os elementos psicológicos definidores. Nesse processo de construção mental, os meios gráficos e plásticos que prevaleceram foram a descontinuidade freqüente da linha (a carvão e a nanquim, sobretudo) e a pincelada untuosa. Alcançou uma consistência propriamente de estilo ao individualizar a linguagem pela saturação de cores fortes e neutras setorizadas e a escritura que apela ao gesto. Fragmentos gráficos ou pictóricos enlaçam-se convulsamente por vezes deixando zonas abertas que convidam a participação do olhar espectador. "Dissocia-se, retalha-se, decapita-se para ver o que está por dentro", afirma' ele ao definir o expressionismo (6) . A exposição comprovará o nível por ele alcançado nos anos de 1930 e 1940. Até pela década de 1950 preservou seu nível, antes de enfraquecer bastante na última fase . Entre as obras principais de sua pintura, acham-se os retratos de Mário de Andrade, Ungaretti, Nicolas Guillén e Murilo Mendes e, no desenho, a série de sua mãe morrendo.

Mulher Sentada Esperando, 1928, aquarela Coleção Roberto A. Neves.

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As qualidades plásticas de Flávio de Carvalho se fizeram sentir na escultura, onde sua presença é esporádica, com momentos de brio. Uma peça em gesso levada para o bronze, extravagantemente pensada de início para servir de monumento funerário do pai (que ainda era vivo) e a


Retrato de Oswald de Andrade) 1939, aquarela Coleção Israel Dias Novaes.

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Retrato do Cineasta Alberto Cavalcanti) 1950, carv達o.

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que deu sucessivamente outros nomes, é definida por volumes ortogonais cubistas, avançados para a escultura em geral retardatária do Brasil de 1930. Assemelham-se a esse sistema formal projetos de monumentos daquela década em que submete a geometrização e irreprimíveis intenções expressionistas. Diferencia-se depois na modelagem do Monumento ao Prisioneiro Político Desconhecido e nos elementos lineares pouco convincentes do Monumento a García Lorca.

Retrato do Poeta Italiano Ungaretti, 1941, óleo Coleção Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea, Roma.

o

arquiteto é consistente, porém não demonstrou aplicação assídua. Sobre seus rasgos de invenção, Luiz Carlos Daher produziu recentemente um primeiro recenseamento crítico ao tratar do arquiteto e do expressionismo (7) . Neste catálogo aparecem novos dados e as reflexões de Rui Moreira Leite. Flávio de Carvalho foi o que se poderia dizer um perdedor de concursos. Os vários projetos que realizou foram sistematicamente repelidos pela mentalidade acadêmica. Só excepcionalmente puderam ser concretizados. Ele divide com Warchavchik o pioneirismo da arquitetura moderna do país. Ao racionalismo funcional do seu contemporâneo, opunha a subjetividade poética que anima sua obra inteira. Em 1927 e 1928, o projeto do Palácio do Governo de São Paulo e os da Universidade de Minas Gerais, respectivamente, estariam entre os primeiros a serem recusados pelos júris. Dos poucos que se aperceberam do seu poder inovador, num ambiente de perseverança do Ecletismo, foram Álvaro Moreyra (8) e Carlos Drummond de Andrade (9). As idiossincrasias de Flávio de Carvalho reencontram os antigos veios históricos do individualismo arquitetônico que remontam ao maneirismo de Miguel Ângelo . Sua vivência e cultura internacionais, suas assimilações do pragmatismo cubista eram transpassadas para o seu "mentalismo" e expressionismo. Há nele, ao mesmo tempo, uma consciência organicista que se ajusta a teorias que expôs sobre o homem e o meio de vivência.

Mulher Sentada , 1946 , carvão Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

Os projetos trazidos para a exposição, entre eles aquele inédito das casas da alameda Lorena (construídas), permitirão nova avaliação de um trabalho que, aos elãs puramente poéticos (o salão trapezoidal da residência de Valinhos), sabia também juntar imaginativas condições práticas. Nos seus sonhos urbanísticos estava uma concepção que ultrapassava as soluções exclusivamente técnicas do planejamento. O urbanismo era para ele sobretudo instinto artístico consciente das imposições da sociedade industrializada.

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Figura Feminina) 1952, nanquim Coleção Eduardo dos Santos.

Três Mulheres) 1957, nanquim/Coleção Eduardo dos Santos.

Retrato de Maria Karfska) 1949, carvão/Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

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Das muitas leituras que nos oferece a obra de Flávio de Carvalho, uma das mais estimulantes é a do criador do Teatro da Experiência, palco efêmero do Bailado do Deus Morto. A trama da dança e das palavras sarcásticas celebram o fim de deus (animal e antropológico). A atmosfera das palavras, ruídos e certamente dos movimentos coreográficos era herdeira legítima de Dadá. Ao lado de Oswald de Andrade, coube-lhe sem dúvida um papel na renovação da dramaturgia nacional.

NOTAS

(1) Publicados com o mesmo título, Flávio de Carvalho) respectivamente na plaqueta Botella aI Mar, de Buenos Aires, 1948, e no Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo) a 5 de maio de 1962. (2) Mário de Andrade, "Flavio de Carvalho". Diário de S. Paulo,

No dizer de Sérgio Milliet - um dos mais argutos críticos de Flávio de Carvalho - haveria nele "deduções inteligentes, embora discutibilíssimas" (0). É necessário rever este juízo. Nos horizontes especulativos e de ação de Flávio de Carvalho (nas teorias de tipo biológico, antropológico, psicológico, sociológico, artístico, técnico e outras que fervilhavam em seu cérebro), situam-se variáveis do conhecimento que buscam a ciência no plano que valora o investimento da imaginação, acoplando dados artificialmente separados pela metodologia contemporânea. Flávio de Carvalho aproxima as fronteiras da ciência e da arte e contribui para a compreensão do significado de nossa natureza e de nosso comportamento. À distância de todas as soluções rotineiras e pedestres, investiga a verdade não conformado às reduções da ciência formalista ou da arte meramente retinal. Inclui na sua empresa perceptiva e conceitual a sagacidade de uma fina sensibilidade. Resta muito a dizer de Flávio de Carvalho. Não se trata de cobri-lo da adjetivação fácil que hoje campeia no tratamento crítico dos artistas da casa. Estamos no caso diante de um ser humano de porte, de um investigador da mente e de um artista universal. Seu universalismo contrariava contumazes fervores nacionalistas interessados em descartá-lo, o que momentaneamente conseguiram. Flávio é um exemplo de atitude que transcede a voz do ateliê e que se impõe por uma atuação pública. As novas gerações, enriquecidas pela problemática conceptual, encontram sem dúvida nesse homem/idéia toda uma riqueza precursora que o torna referência fundamental para nossa atualidade.

São Paulo, 4 ago. 1934. (3) Referência encontrada amiúde nas crônicas de Quirino da

Silva. (4) Cf. depoimento prestado ao A. por Custódio R. Carvalho,

tio do artista, já falecido, a 8 de outubro de 1982. (5) Além dos muitos depoimentos seus que podem ser consul-

tados na imprensa, registro sua atitude no júri do III Salão Paulista de Arte Moderna. Ele brigou até onde pôde para deslocar as obras de todos os artistas concretos para a seção de Arquitetura, considerando-as meramente "decorativas", (6) L'Aspect Psychologique et Morbide de l'Art Moderne. Co·

municação apresentada ao II Congres International d'Esthétique et de Science de l'Art, realizado em Paris, em 1937 (extrait da Librairie Félix Alcan). (7) Cf. Arquitetura e Expressionismo. São Paulo, Faculdade de Arquitetura e UrbanismojUSP, 1979. Dissertação de mestrado, revista e publicada sob o título Flávio de Carvalho: Arquitetura e Expressionismo, São Paulo, Projeto Editores, 1982. (8) Ver Enrico Schaeffer: Gregori Warchavchik e Flávio de Carvalho - Último depoimento dos dois grandes arquitetos) publicação do Diretório Acadêmico Oscar Niemeyer da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Braz Cubas, Mogi das Cruzes (SP), 1974, p. 9. (9) Cf. Antonio Crispim, pseudo [Carlos Drummond de Andrade]. "Um ante-projecto de universidade". Diário de Minas, Belo Horizonte, 4 novo 1928. (10) Sérgio Milliet. De Cães) de Gatos) de Gente. São Paulo, Martins, 1964, p. 101-3.

Decoração para Baile das 4 Artes no Clubinho, 1951.

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Projeto para PalĂĄcio do Governo do Estado de SĂŁo Paulo, fachada, 1927.

Casa na alameda Lorena, 1936-38.

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Retrato de Murilo Mendes, 贸leo, 1951, Col. Gilberto Chateaubriand Bandeira de Mello.

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CARVALHO

FlĂĄvio de Carvalho himself, as created a charismatic aura. artist is tribution as a scholar acknowledgement rary culture evaluations. been rily that of the designer, attention, however the diversity his talents escape the reputation of an in sane dispersion, of an obstacle to the assertion of his artistic ability. Thus, many were the ones who in the past saw him as a fragmentary individual. In a specialization period such as this, it is not really easy to admit the survival of men capable of a vision of the world through multi pIe language shapes interpreting reality. it will not be but by the knowledge of multiform work that we will find the exact path to duly appreciate the character. His cultural contribution, if it does not lose at each isolated the acquires complete meaning The multimedia paths that were felt m evcJlUlt1C)ll. emanating from Carvalho has certain for his we corresponding, to to a thinking fi.LLWilJll--'

Nicanor lYlJlranaa) de Carvalho The sellĂŞctlon made o

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he received from Darwin and Freud (mentioning, among others, Nietzche's, to whom he intended to dedica te a temple); however, there was no one to tackle the matter. No modernism scholar studied the theater and dancing vanguardist author. The creator of a new wardrobe to be worn in the tropics and the theories he developed on the matter await a university thesis. As a compensation, the cultural activador brought about frequent enthusiasm, although also for this activity, mainly during the 30's, a more accurate attention is required. The art critic and aesthete are practically unknown. There are still in this singular path other versatility angles such as adventurous expeditions, reminding fiction romances, in search of the white goddess of the Amazon or of the locust nucleus in Mato Grosso. Just as fascinating and involving as the work is Flávio de Carvalho as an individual. Mário de Andrade had noted this tall man, "physically large, very healthy, full of physical strength", whose "creation strongly reveals his physical being" (2). However, the athletic figure hid a timid personality (3). Shyness was compensated through aggressive and contestational attitudes, which brought him persecutions, hostilities and even mockery. An atheist, ideologicallY progressist, sensitive to the leftist ideas, whilst disillusioned by the USSR when he visited it in 1934, he did not tend to political partisanships. Many of his character traces, among them that of generosity, were used in reports, interviews and newspaper articles, and are a fruitful collection of anecdotes of the São Paulo culturallife. Flávio de Carvalho, who descended from a noble family from the State of Rio de Janeiro, knew how to preserve childhood's aura until the late years. Shyness was not a brake to inhibit him regarding eccentrical and repercussive attitudes. The gentleman, as well as his sens of humor, certainly owed much to the years he lived in England, where he completed his professional schooling as engineer, a title to which he always attached great importance. The artistic precocious talent was developed during learning, also in England, and upon returning to Brazil, he went through a lengthy embryonic period, studied in this catalog and present at the exhibit, in which he demonstrates a limited thematic spectrum. In the late 20's, he very much admired the art of the insane, having even copied it (4). In the 30's the expressionist artist, also attracted by surrealism, won his way. These two language situations will some times mingle, and from them he will

not depart, assuming a combat posltlOn face to the currents of local concrete art which would stay with us during the 50's (5). Concentration on these expression fields, especially on the first one (in him there was cubism absorption, visible in sculpture, and lyric and informal abstraction in painting) and the restricted iconography which privileges the feminine portrait and figure, in terms of drawing and painting, renders his production most unique. The penetration in the psychic state of the models he portrayed is one of the artist's fundamental concerns, who dedicates as much attention to the capture of the woman's body erotic strength as to its visceral analysis. Some affinities can be established between Flávio de Carvalho's sign vehemence and Kokoschka's baroque calligraphy. In the portrait, he limited himself to the stroke vigorousness, differing, for example, from evolution in the diluent sense which characterizes the existential dramatic perception of Giacometti (an artist he certainly admired). In his way, attached to the sensorial elements, both concerning portraits and the whole figure, he is original in the search of the persona. Far f tom the conventionalism's verisimilitude, he proposed to distinguish in the image availabilities, the defining psychological elements. In this mental construction process, the prevailing graphic and plastic means were the frequent discontinuity of the line (primarily charco aI and China ink) and the unctuous brush stroke. He attained a proper style consistency upon individualizing the language by saturation of strong and neutral sectorized colors and the writing appealing to the gesture. Graphic or pictorial fragments tie convulsively, at times leaving open are as which call for participation of the viewer's eye. "One dissociates, shreds, decapitates, to see what is inside", he says upon defining expressionism (6). The exhibit will evidence the level he attained in the 30's and 40's. Until the 50's, he maintained his level, prior to weakening in the last phase. Among his painting's main works are the portraits of Mário de Andrade, Ungaretti, Nicolas Guillén and Murilo Mendes, and, regarding drawing, the series of his mother dying. Flávio de Carvalho's plastic qualities are felt in sculpture, where his presence is sporadic, with bright moments. A piece in plaster carried to bronze,extravagant1y thought at first to serve as funereal monument for his father (while he was still alive) , and to which he successively gave other names, i8 defined by cubist orthogonal volumes, advanced for the generally lagging sculpture in 19


Brazil of the 30's. Monument designs of that decade in which he subjects geometrization to irrepressible expressionist intentions, are similar to this formal system. Re differentiates himself afterwards in the Monument to the U nknown Political Prisoner and in the unconvincing linear elements of the Monument to García Lorca. The architect is consistente, however he did not show assiduous application. About his flights of invention, Luiz Carlos Daher recently produced a first criticaI survey, when discussing the architect and the expressionism (7). In this catalog, there is new data, as well as reflections by Rui Moreira Lente. Flávio de Carvalho was what could be caIled a contest loser. The several projects he performed were systematically refused by the academic mentality. Only exceptionally were they materialized. With Warchavchik, he divides the modern architecture pioneerism in the Country. To the functional rationalism of his time, he opposed poetical subjectivity which activates his entire work. In 1927 and 1928, the São Paulo Government Palace and the University of Minas Gerais projects were respectively among the first ones to be refused by the juries. Among the few who perceived his innovating power, in an Ecletism perseverance ambient, were Alvaro Moreyra (8) and Carlos Drumond de Andrade (9). Flávio de Carvalho's idiosyncrasies met again the former historical veins of architecture individualism which goes back to Michelangelo's mannerism. Ris international experience and culture, his assimilations of the cubist pragmatism were transferred to his "mentalism" and expressionismo In him, there is, at the same time an organizational conscience which fits the theories he reported on man and his lHe environment. The projects brought to the exhibit, among them the unpublished one for the Alameda Lorena houses (built) wiIl aIlow for a new evaluation of a work rather than the purely poetical momentums (the trapezoidal room at the Valinhos home); he also knew how to join imagina tive practical conditions. In his urbanistic dreams, there was a concept that went further than the planning's exclusively technical solutions. For him, urbanism was above alI an artistical instinct, conscious of the industrialized society's impositions. Among the many written pieces in Flávio de Carvalho's work, one of the most stimulating ones is that of the creator of the Teatro da Experiência, ephemeral stage of the Dead God BaIlet. The dance's plot and that of the sarcastic words celebra te the end of the god (animal and 20

anthropological) . certainly that of the Ch<Jre:ograt=lhy legitima te heiress. Along no doubt had a role in the vation. In Sérgio Milliei' s - one most sharp critics in him there were "intelligent deductions although very disputable ones" (0). It is necessary to review this judgment. In Flávio de CarvaIho's specuIative and action horizons (in the theories on biological, anthropological, psychological, sociological, artistical, technical subjects as well as in others which swarmed in his brain), there are variables of knowIedge which search science in the plane valorizing imagination's investment, coupling data artificiaIly separated by the contemporary methodology. Flávio de Carvalho brings together the frontiers of science and of art, and contributes to the comprehens10n of the significance of our nature and behavior. At a distance of alI routine and pedestrian solutions, he investigates truth, declining reductions of formalist science or of mere retinal art. In his perceptive and conceptual enterprise, he includes the sagacity of a fine sensitivity. There is stm much to be said about Flávio de Carvalho. I t 1S not to cover him with easy adjectivation exists today in the criticaI treatment of the house artists. In this case, we are facing a great human being, an investigator of the mind, and a universal artist. Bis universalism contradicted customary nationalist interested in discarding him, in what they momentarily succeeded. Flávio 1S an example of attitude which transcends the voice of the atelier and imposes itseH through public action. New generations, enriched by the conceptual probIematic, no doubt find in this man/idea a complete forerunner richness, rendering him a reference to our present.


NOTES

(1)

Published under the same title, Flávio de Carvalho, respec· tively in the brochure Botella aI Mar, Buenos Aires, 1948, and in the Literary Supplement of the newspaper O Estado de S. Paulo, on May 5, 1962.

(2)

Mário de Andrade, "Flávio de Carvalho", Diário de S. Paulo, São Paulo, August 4, 1934.

(3)

Reference often found in Quirino da Silva's chronic1es.

(4)

Acc. to statement to the author by the late Custódio R. Carvalho, artist's unde, on October 8, 1982.

(5)

Aside from many of his statements which may be found in the press, his attitude at the IH Salão Paulista de Arte Moderna jury is worth mentioning. He fought as much as he could to relocate the works of aH concrete artists to the Architecture section, considering them merely "decorative".

(6)

L'Aspect Psychologique et Morbide de l'Art Moderne. Communication made to the II Congres International d'Esthétique et de Science de l'Art, held in Paris, in 1937 (extrait Librairie Félix Alcan).

(7)

Acc. to Arquitetura e Expressionismo. São Paulo, Faculdade de Arquitetura e UrbanismojUSP, 1979. Master thesis, revised and published under the title Flávio de Carvalho: e Expressionismo, São Paulo, Projeto Editores,

(8)

See Enrico Schaeffer: Gregori Warchavchik e Flávio de Carvalho - Último depoimento dos dois grandes arquitetos, published by the Diretório Acadêmico Oscar Niemeyer of the Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Braz Cubas, Mogi das Cruzes (SP), 1974, p. 9.

(9)

Acc. to Antonio Crispim. pseudo (Carlos Drummond de Andrade)."Um ante-projecto de Universidade". Diário de Minas, Belo Horizonte, novo 4, 1928.

(lO) Sérgio Milliet. De Cães, de Gatos, de Gente, São Paulo,

. Martins, 1964, p. 101-3.

21


Retrato de ' Marion Konder Schteinitz, 1938, óleo/Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro dé Carvalho.

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o ARTISTA PLÁSTICO FLÁVIO

CARVALHO

Rui Moreira Leite

A obra plástica de Flávio de Carvalho encerra complexidade considerável. Marcado pelo expressionismo e surrealismo, ele exerce sua atividade sob o signo da inquietação e da procura, mantendo-se como "uma curiosidade estética disponível" (1). Em 1932 realiza experiências surrealistas próximas às de Arp e Picabia; desenhos seus de dois anos mais tarde revelam a familiaridade com Matisse, que transparece ainda no Retrato de Marion Konder Schteinitz, de 1938. A intensa vibração colorística dos retratos, somada à deformação das figuras, leva a considerar o expressionismo alemão, e talvez Nolde e Kokoschka, como ponto de partida. Nesta visão retrospectiva de seus mais de cinqüenta anos de dedicação às artes plásticas, cabe destacar a unidade profunda de seu trabalho, moldada pelo equilíbrio tenso e pela densidade nascidos da busca de um estilo (2) • Flávio de Carvalho pertence à segunda geração modernista. Sua formação é marcadamente européia. Ainda antes de iniciar estudos na França, seu interesse pelo desenho é despertado por revistas de ilustração inglesas O ). E é na Inglaterra que, como estudante de engenharia civil, passa a freqüentar o curso noturno da King Edward the Seventh School of Fine Arts. No regresso, afirma sua presença entre os modernos de São Paulo pela participação nos salões e como organizador de exposições e conferências. Realiza, no entanto, uma obra à margem do grupo, recusando qualquer compromisso com a concepção nacionalista em voga, optando firmemente pela investigação pessoal. Até o início dos anos 30, sua atividade como artista plástico é conhecida apenas através da imprensa, por ilustrações e projetos de monumentos (4) publicados, sem regularidade, a partir de 1927. Em 1931 expõe, pela primeira vez, no Salão Moderno da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. Em 1934, apresenta-se no 1.° Salão Paulista de Belas Artes e, em junho desse mesmo ano, inaugura sua primeira individual, mostra que reúne 131 trabalhos e que se transforma em escândalo artístico-policial. Segue em viagem para a Europa, onde permanece por cinco meses, realizando contatos com artistas e freqüentando museus e galerias. O retorno ao Brasil é marcado em especial por sua participação nos Salões de Maio,

quando contribui de maneira para a vinda de obras importantes do exterior. Expõe com regularidade em mostras coletivas, até provocar novo impacto, em 1948, com vigorosa individual no Museu de Arte de São Paulo, posteriormente exibida em Buenos Aires. A partir de então, estabelecidas em São Paulo as primeiras galerias de arte moderna, passa a dispor de espaço com certa freqüência. Seguem-se novas individuais no exterior: Roma, em 1956, e Paris, em 1958. O reconhecimento chega tardio com a premiação atribuída pelo júri internacional da 9. a Bienal de São Paulo, em 1967. De seus estudos na Inglaterra conservam-se desenhos e pastéis, cujo interesse é apenas documental, à exceção de Cabeça do Meu Modelo (1918), que se destaca pelos traços esfumados e uso de um cromatismo intenso, atenuado já em Retrato de Marina Crissiuma (1922), realizado logo após seu regresso ao país. Auto-retrato (1923) insinua a vibração dos trabalhos posteriores, fazendo uso do empastamento e do relevo obtido pelo uso de um pincel sem pêlos. A aquarela tem certo destaque nos trabalhos dos anos 20, possivelmente por permitir que o artista a ela se dedique nos intervalos de seu trabalho como calculista. Retrato (1925), Retrato do Eng. Silva Neves (1928), Mulher Sentada Esperando (1928) são representativas do momento em que a delicadeza irá cedendo lugar ao vigor e à deformação (5) • Desse período são as ilustrações que realiza para comentários sobre espetáculos de bailado publicados na imprensa, em que combina a linearidade com a sugestão do movimento. O início dos anos 30 caracteriza-se pela confluênd~ de estilos que marca em definitivo a produção de Flávio Carvalho. Realiza trabalhos de nítida filiação surrealista, bem como retratos e nus expressionistas. Entre os primeiros situam-se as ilustrações de Experiência n.O 2 e os óleos A Inferioridade de Deus (1931) e Ascensão Definitiva Cristo (1932). A Inferioridade de Deus remete diretamente às ilustrações. Ao centro, a cabeça, definida por traços em rosa, apóia-se em uma superfície redonda, da qual emerge, imensa, uma perna, cujo pé está sobre o degrau de uma escadaria que leva a um ambiente urbano, sugerido por silhuetas de edifícios e um lampião, do qual se avoluma enorme chama à direita da composição; à esquerda, um vazio cinza com uma forma geometrizada em negro.

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Retrato do Eng. Silva Neves, 1928, aquarela/Coleção Roberto A. Neves.

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Cabeça do Meu Modelo, 1918, pastel Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

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Ilustração de A Experiência n.O 2, 1931.

A Inferioridade de Deus, 1931, óleo Coleção Gilberto Chateaubrianda Bandeira de Mello.

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Le Corbusier visto por Flávio de Carvalho, 1928.

Ascensão Definitiva de Cristo é uma composição bastante diversa, em que ressalta a preocupação com o equilíbrio em formas e cores. O centro do quadro é dominado pela sugestão de um rosto ao qual se sobrepõe uma chaminé definindo a série de signos restante: mastros, canhões e bandeirolas (6).

No desenho, compõe uma série de caricaturas para a imprensa: Le Corbusier (1929), Autocaricatura (1932), Ghandi (1933), Prof. Pedro de Alcântara (1933), todas caracterizadas pela economia de traços também presente no Retrato de Tarsila (1928 c.). A série de nus realizados a caneta, de 1934, revela a facilidade de traço na captação da gestualidade natural dos corpos, que a avizinha à de Matisse. Oposto a esses trabalhos é o Retrato de Elsie Houston (1930), em que praticamente não faz uso da linha; o nanquim estabelece com o suporte uma relação próxima àquela da xilogravura. Dá início a sua galeria de retratos com os óleos Carlos Prado (1933), Carmen de Almeida (1931), Elsie Houston (1933), Mme. Bruger (1933), Esther Bessel (1933) e Vera Vicente de Azevedo (1934). São composições expressionistas, realizadas a partir de oposições cromáticas e gradações de tom. As deformações ainda surgem contidas, mas denotadoras da psicologia dos retratados. A pincelada muito fluida chega ao escorrimento, como em Retrato (1933). Os nus são trabalhos de um cromatismo mais rico, de pinceladas densas que chegam ao empastamento, como em De Manhã Cedo (1931). As figuras, de estilização alongada, são definidas por áreas de cor em Ante Projeto para Miss Brasil (1931) e Pensando (1931). Este último, ao contrário dos anteriores, traz a pincelada fluida dos retratos. Já em Mulher Depreciada Recolhe-se em Posição Uterina (1932) faz uso de pigmento dissolvido em óleo de linhaça, o que dá à composição relevo caracterÍstico, levando ainda a limites extremos a distorção da figura e o contraste (7) • Na paisagem, realiza uma primeira série de aquarelas e o único óleo que compôs com esse motivo: Viaduto Santa Efigênia à Noite (1934), marcado pelo colorido próximo àquele dos retratos e por uma luminosidade difusa. Na escultura, projeta peças de inspiração cubista, em que

define a figura por planos de angulação acentuada, tendendo aos poucos à simplificação (8), que pode ser observada ainda no projeto para o painel em feltro Volúpia (1932). Em seu regresso da Europa, em 1935, Flávio de Carvalho ilustra a série de entrevistas que publica na imprensa com pequenos retratos, caricaturais em sua maioria (Roger Caillois, Gustavo H. Minella, Jose! Turneau, T. Tomoeda) Krishnamurti) Prof. Seracky) Gibb Smith).


Nu Sentado, 1934, caneta/Coleção Mário de Andrade, IEB, USP.

Retrato de Mme Bruger, 1933, óleo/ Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

Pensando, 1931, óleo/ Coleção Fernando Barjas Millan.

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Volúpia, 1932, guache e nanquim/Coleção particular.

Viaduto Santa Efigênia à Noite, 1934. óleo/ Coleção João Moreira Garcez Filho.

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Roger Caillois visto por Flávio de Carvalho, 1935.

Retrato, 1937, óleo Coleção Rodolfo Ortemblad Filho.

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Nos óleos então realizados, abandona as pequenas superfícies, adensa e alarga as pinceladas, introduz aos poucos novas cores. Assim acontece em Retrato (1937), Baronesa M. (1937) e Mulher Esperando (1937), que trazem já uma nova estilização das figuras, mas cuja contenção cromática lembra ainda a experiência anterior. Marion Konder Schteinitz (1938) define de certo modo o campo de seus trabalhos posteriores, pelo arrojo da combinação proposta: rosa, violeta, vermelho, verde, azul e amarelo. No desenho, deixa a linearidade ainda presente em Brasil Gerson (1937), especialmente nos nus realizados a caneta; assim como na escultura, as superfícies lisas cedem às asperezas do material: Cabeça de Adolescente (1938), Cabeça de Índia (1938), Mulher Reclinando-se (1938).

né Drouin (1948), Minha Professora de Canto (1948), Madale·na Nicol (1949), Maria Kareska (1949), Murilo Mendes (1950), Elizabeth Nobiling (1950), Alberto Cavalcanti (1950).

o nanquim a pincel, a técnica mais empregada nos desenhos feitos a partir dos anos cinqüenta, traz algo do vigor e gestualidade da pintura, como em Bonadei) Prisioneiro da Luz, dos Volumes e das Trevas (1946), Volúpia (1947), Mulher (1947) e Retrato (1947).

A aquarela, como a estabelecer um contraponto com a agressividade do óleo, é de grande delicadeza (9): Mulher Sentada de Vestido Vermelho (1938) é um testemunho dessa produção. Mário de Andrade (1939) caracteriza novo período na composição dos retratos a óleo, marcado pela agudização na apreensão da psicologia do modelo. É o próprio Mário quem testemunha: "Quando olho para o meu retrato pintado pelo Segall me sinto bem. É o eu convencional, o decente, o que se apresenta em público. Quando defronto o retrato feito pelo Flávio, sinto-me assustado, pois vejo nele o lado tenebroso de minha pessoa, o lado que eu escondo dos outros" (0).

A série prossegue com Oswald de Andrade e Julieta Bárbara (1939), Ungaretti (1941), Jorge Amado (1945), Pablo Neruda (1947), José Lins do Rego (1948), Nicolas Guillén (1948), Maria Kareska (1950), em que apenas a emoção, o poder de sugestibilidade do modelo, norteia o trabalho: a tinta é aplicada diretamente sobre a tela sem qualquer esquema preconcebido. São, no entanto, pinturas às quais não faltam desenho e equilíbrio, apesar da aparente extravagância do colorido e da composição. No desenho a carvão, a partir do início dos anos 40, evolui até a adoção das linhas de força, presentes já em Paula H oover (1943), "sugeridas pelo espetáculo do assunto" e que respondem tanto pelo equilíbrio quanto pelo vigor da sugestão (11). Nessa seqüência de trabalhos, inscreve-se a Série Trágica (1947), em que Flávio registra os momentos de agonia da mãe, em nove pranchas que fazem lembrar Kathe Kollwitz. São muitos trabalhos e, em especial, retratos: Patrícia Galvão (1945), Geraldo Ferraz (1945), Nina (1948), Newton Freitas (1948), Re-

Retrato do Escritor Brasil Gerson, 1937, carvão Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

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Lavínia Viotti (1939) e Teresa d'Amico (1940) são dos últimos retratos realizados a caneta, que o artista parece ter substituído pelo lápis: Wanda Joyce (1943), Yonne Stamato (1946) e Cristian Bües Quillabampa (1947). Na aquarela, o período é marcado pela paisagem, com as séries de Minas (1941), Paquetá (1946) e Cuzco (1947); pelo retrato, com Cabeça de Sangirardi (1939) e Oswald de Andrade (1939), e pela figura feminina, com Menina de Vermelho (1946) e Medusa (1946).

Mulher Deitada, 1938, caneta/Coleção Rodolfo Ortemblad Filho,

Em 1948 compõe uma série de nus a óleo, em que oscila entre o delinear suave das figuras e o trato vibrátil da pincelada, que marca Suntuoso, Lúbrico, Dramático. Realiza nesse momento, com o mesmo colorido em que se destacam terra, azul, amarelo e verde, sua única incursão pela natureza-morta: Flores. Continua a desenvolver no óleo o que denomina "linhas de forças psicológicas", cuja captação depende "de uma introspecção subjetiva entre modelo e artista". São representadas por cores e formas que surgem "em equilíbrio a um dado momento". Define como básico no retrato "a compreensão da personalidade humana obtida pela colocação em evidência das possibilidades dramáticas e 'líricas do personagem" (12). Acrescenta ao conjunto as peças Murilo Mendes (1951), José Geraldo Vieira (1951), Ana Maria Fiocca (1951), Ivone Levi (1951), Paul Rivet (1952), Camargo Guarnieri (1953), Yara Bernete (1953) e Ernesto Wolf (1954). A partir de então um maior rigor na distribuição e áreas das cores norteia as composições: Presença Perpétua do Tempo (1954), Velame do Destino (1954) e Estudo para Nossa Senhora da Noite (1954) são expressões dessa mudança de rumo que se estende ao retrato, como em Niomar Moniz Sodré (1955). Em Nossa Senhora do Desejo (1955) esse rigor se acentua; a figura, que obedece à disposição triangular, é definida em três planos sucessivos. Sobrevêm então as composições abstratas Paisagem Interior (1955) e Paisagem Mental (1955). Em 1956, como a sublinhar o fim da fase, expõe um conjunto dessas obras na Galeria l'Obelisco, em Roma. É o momento em que o desenho a nanquim atinge ex-

pressão definitiva nas séries de retratos e nus femininos. Entre os primeiros, Jean Lurçat (1954), Berta Singermann (1955), Maria Kareska (1955) e Carvalhal Ribas (1955) (13). 32

Cabeça de Adolescente, 1938, gesso Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.


Mulher Sentada de Vestido Vermelho, 1938, aquarela Coleção Fernando Soares

33


Retrato de Mário de Andrade, 1939, óleo/ Coleção Biblioteca Municipal Mário de Andrade, São Paulo.

Retrato de Jorge Amado, 1945, óleo/Coleção Jorge Amado.

34


Retrato de Paula Hoover)

1943, carvão/Coleção Vera d'Horta Beccari.

35


Série Trágica) 1947, carvão

Coleção Museu de Arte Contemporânea.

Série Trágica) 1947, carvão

Coleção Museu de Arte Contemporânea.

36


Retrato de Nina) 1948, carvão Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

o Pintor Bonadei Prisioneiro da Luz) dos Volumes e das Trevas: 1946, nanquim Coleção Severo F agundes Gomes. 37


A escultura, à parte os modelos realizados para os concursos de monumentos (14), conhece ainda uma última peça com Cabeça de Maria Kareska (1950 c.), em que abandona a aspereza dos trabalhos anteriores, chegando quase à superfície lisa em terracota. Na aquarela, realiza as séries de Ouro Preto (1951) ç Araguaia (1952). A primeira é a retomada das composições executadas dez anos antes, quando de uma viagem a Minas com Caio Prado J r., em que cresce o registro de detalhes e o colorido se aviva. A segunda, fruto de uma expedição à ilha do Bananal, desdobra-se em paisagens e retratos de índios carajás. Nos retratos, destaca-se a série de Maria Kareska, tomada por um jogo de luminosidade e transparências. Os últimos anos são marcados pela pesquisa técnica e pelo uso de novos materiais. A partir de 1967, dedica-se à gravura, de início à litografia, em seguida à água-forte. Em 1972, completa duas séries; uma, em lito, vendida por um sistema de mala direta; outra, em água-forte, para álbum produzido por Júlio Pacello lançado apenas em 1974, um trabalho que não chega a amadurecer, embora nem sempre seja destituído de interesse. Em 1967 produz extensa set1e de nus femininos em aquarela, técnica que combina no ano seguinte com o nanquim em nus femininos e retratos, apresentados em individual na Art Galeria. Em 1970 inicia os trabalhos, em tinta fosforescente par0 luz negra, desenvolvendo nova série de retratos e de nus.

o

desenho a nanqulm será presa de um maneirismo em que o traço perde muito de sua força expressiva; os últimos anos serão os da resistência a essas concessões, fruto talvez das encomendas que surgirão especialmente a partir de 1967, quando de sua premiação pela Bienal de São Paulo. A seqüência de sua obra a óleo é marcada quase que exclusivamente pelo retrato e, embora apresente momentos de alta qualidade na expressão plástica, carece da inquietação dos períodos anteriores. Essa inquietação que fez a obra de Flávio de Carvalho caracterizar-se durante todos aqueles anos como "uma interrogação em marcha" (15) • 38

NOTAS (1) Mário de Andrade. "Flavio de Carvalho". Diário de S. Paulo, São Paulo, 4 ago. 1934. (2) Geraldo Ferraz. "Flávio de Dias, Três Pintores, Três São Paulo, 12 set. 1948. (3) Flávio Motta. Brasil. São

,".J<1.1, va1LUV.

ao Estudo do Art N ouveau no p.14.

(4) "Em memoria das victimas do hydro avião 'Santos Dumont', o monumento que lhes vae ser erigido e o projecto do engenheiro Flavio de Rezende Carvalho". Diário da Noite, São Paulo, 26 dez. 1928; "Um Monumento Funerario Modernista". Diário da Noite) São Paulo, 27 jan. 1930; e "Um Monumento Modernista será erguido na necropole do Araçá". Suplemento O Jornal) São Paulo, 23 fev. 1930. (5) Mário de Andrade comenta depreciativamente essa evolução: "Um dia elle manejou com vigor a aquarella, como prova o seu Retrato do Pintor. Hoje, mesmo na aquarella, me parece que elle confunde vigor com grosseria", in "O Salão Paulista II". Diário de S. Paulo) São Paulo, 4 fev. 1934. (6) Outra composição de 1932, Retrato Ancestral) completa o conjunto de óleos surrealistas; o desenho, porém, não deixa nunca de trazer novas composições marcadas por esse veio, em especial suas capas e ilustrações. (7) Gilbert Chase. Contemporary Art in Latin America) New York, Free Press, 1970, p. 189. (8) Compare-se o Monumento às Vítimas do Hidroavião ((Santos Dumont (1928) com o Monumento a Santo Antônio (1931), projetos apenas desenhados, no intervalo entre os quais, em 1930, produz o Monumento Funerário Modernista) do qual realiza um modelo em gesso (e posteriormente cópia em bronze folheado), recebido assim por um crítico quando de sua exibição no 1.0 Salão Paulista " ... uma 'esculptura' que não sei se é um frade de pedra ou vaso babylonico para enfeite de jardim. Pode ser ainda uma porção de coisas ao gosto do observador". Osv. da Sylveira. "Percorrendo o Salão Paulista IV". Folha da Noite) São Paulo, 6 fev. 1934. JJ

(9) "Já com Flávio de Carvalho temos a impressão de aquarela representa um desdobramento da I-lI::J' "VJl1411U4UI::. que há nesta de brutal, de provocador, agressivo exprime-o no óleo. Suas aquarelas são de uma grande sensibilidade." cadeza, brumosas, ariscas, de uma . O Estado de S. Sérgio Milliet. "Aquarelistas de São Paulo) São Paulo, 25 novo 1938. (10) Mário de Andrade. "Um Salão de Feira". Diário de S. Paulo) São Paulo, 21 out. 1941. (11) Flávio de R. Carvalho, "Considerações sobre o desenho". Artes Plásticas) São Paulo, ano I, (2): 3, set./out. 1948. (12) Flávio de R. Carvalho apud Laís Moura. "Flávio de Carvalho". Artes) São Paulo, ano I, (4) n.p., fev. 1966. (13) Do acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York. (14) Prisioneiro Político Desconhecido) 1952;

1954.

(15) Mário de Andrade. "Flavio de Carvalho". Diário de S. Paulo, São Paulo, 4 ago. 1934.


Coleção Família

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triz l?~ra Rib' Kalina r.ACustodl0 ' caneta eIrO d1940 e Carvalho. J

Retrato de' . B"ues Quillab e rtstzan Coleção Ed~:~aJ 1947, lápis o dos Santos.

39


Menina de Vermelho} 1946, aquarela Coleção Cláudia e lbrahim Eris.

Rancho de Pescadores} Paquetá} 1946, aquarela Coleção Gilberto Ramos.

40


Suntuoso, Lúbrico, Dramático, 1948, óleo Coleção Manoel C. Tavares da Silva.

Catedral de Cuzco ao Amanhecer, 1947, aquarela Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

41


í"\ Mulher Sentada, 1955, nanquim Coleção Jocy de Oliveira.

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Estudo para Nossa Senhora da Noite, 1954, óleo Coleção Mário Masetti.

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Retrato do Pintor Jean Lurçat, 1954, nanquim Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho. í-

Retrato de Yvonne Levi, 1951, óleo Coleção Museu de .Arte Brasileira.

43


Cabeça de Maria Kareska) 1950 C., terracota Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

Vista de Ouro Preto) 1951, aquarela Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

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Retrato de Maria Kareska, 1956, aquarela Coleção Armando de Campos Toledo.

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Projeto para Farol de Colombo, perspectiva, 1928.

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o ARQUITETO FLÁVIO DE CARVALHO Rui Moreira Leite

o concurso de fachadas para o Palácio do Governo do Estado de São Paulo, em fins de 1927, é a oportunidade para o início da atuação de Flávio de Carvalho como arquiteto, após cinco anos de aborrecimentos em seu trabalho como calculista de estruturas metálicas e de concreto em escritórios de engenharia. A exposição dos projetos, em janeiro do ano seguinte, consagra a iniciativa. Sua proposta, apresentada sob o pseudônimo de "Efficacia", ganha as atenções do público na exposição e espaço na imprensa. Faz do palácio uma verdadeira fortaleza à prova de golpes, com baterias antiaéreas, base de aviação e holofotes. Os volumes distribuem-se a partir do eixo de simetria representado pelo conjunto de elevadores. A construção desenvolve-se em cinco planos: porão, rés-do-chão, parte nobre, moradia do presidente e base de aviação. No interior do palácio, no hall de festas e no de banquetes, dois painéis decorativos representando um grupo de dançarinas e um quadro da vida rural (1). Em março de 1928 apresenta projeto para Embaixada Argentina no Rio de Janeiro, sendo eliminado nas preliminares do concurso. Sem abandonar a escala monumental do projeto anterior, foge, ainda que timidamente, da rigorosa simetria característica daquele primeiro conjunto de trabalhos (2). A construção compõe-se também de cinco planos: rés-do-chão, salão de festas, parte nobre, residência e cobertas horizontais com praça de esportes. É ainda de 1928 a participação de Flávio de Carvalho no concurso internacional para o Farol de Colombo, a ser construído na República Dominicana. Nesse projeto, curiosa combinação da linguagem do futurismo com a herança pré-colombiana, destaca-se o uso da cor. Nas grandes plataformas compostas em arcos, emprega o verde; nos dois troncos de pirâmide que as travam e no conjunto de blocos que sobre elas se apóiam, o amarelo; na torre do farol, o vermelho. O interior não é menos sugestivo, com painéis decorativos inspirados em arte e mitologia tolteca, maia e asteca. No salão do museu, um grupo de estatuária gigantesca representa o Homem e a Mulher do Novo Mundo. Destacado pela comissão de seleção do concurso, reproduzido no álbum de projetos lançado por ocasião da convocação para a segunda etapa, obtém larga repercussão (3).

A aplicação rigorosa da simetria observa-se ainda em mais dois projetos que encerram a atuação de Flávio nesse ano, ambos para a Universidade de Minas Gerais. Um

deles, intitulado Projeto em Estilo Cubista para a Universidade de Minas Gerais, caracteriza-se por um tratamento mais detalhado nas elevações frontal e lateral, sugerindo painéis ou vitrais. A exemplo do que fizera Mário de Andrade por ocasião do concurso para o Palácio do Governo, Carlos Drummond de Andrade comenta os projetos em artigo publicado no Diário de Minas (4). O primeiro conjunto de trabalhos completa-se com a apresentação de sua proposta para o Palácio do Congresso do Estado de São Paulo, em fevereiro de 1929. Em um repertório formal já definido pelos projetos anteriores, acentua-se agora a verticalidade: são sete planos superpostos (5). Apesar do vocabulário racionalista com que compõe os memoriais, as referências básicas de sua prática projetual são o expressionismo alemão e o futurismo italiano. Sua atuação tem acentuado aspecto polêmico, substituindo sozinha todo o movimento, fazendo de cada novo projeto um manifesto (6) • Segue-se o período de realizações concretas. Em 1935 inaugura-se em São Paulo, na rua Barão de Itapetininga com Dom José de Barros, loja com fachada em alumínio segundo projeto seu, que aparece reproduzido em folheto de propaganda de fins desse ano, em que comunica sua mudança de endereço para a praça Marechal Deodoro (7). Em 1936 tem início a construção do conjunto de dezessete casas na alameda Lorena com rua Rocha Azevedo. A inauguração acontece em junho de 1938, quando Flávio já se encontra às voltas com as obras da casa da fazenda Capuava, em Valinhos.

o grupo de casas destaca-se na paisagem urbana de São Paulo. São dez casas com frente para a rua e a alameda e outras sete internas ao conjunto, com frente para uma pequená praça, a que se tem acesso pela alameda Lorena. As residências que compõem o "L" da Lorena com Rocha Azevedo apresentam características inusitadas. Em algumas, a fachada é composta por um volume curvo sobre o qual fica o solário, com um guarda-sol de concreto; na sustentação do avanço semicircular, uma coluna que mergulha em um espelho d'água. Em outras, os elementos da fachada combinam-se de forma a sugerir um rosto. Não é sem conflito com os moradores do bairro e verdureiros de uma feira das imediações que as casas são aceitas (8). Aqui Flávio pode experimentar suas teorias sobre conforto físico e psicológico, que toma como determinantes do projeto. 47


Projeto para Farol do Colombo, interior, 1928.

Projeto para Farol de Colombo, sal達o do Museu, ~928.

48


Projeto para Palácio do Governo do Estado de São Paulo, vista noturna com holofotes, 1927.

Projeto para Palácio do Governo do Estado de São Paulo, vista aérea, 1927 .

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Projeto para PalĂĄcio do Congresso do Estado de SĂŁo Paulo, 1929.

Projeto para Embaixada Argentina, 1928,

Projeto para Universidade de Minas Gerais, 1928.

50


o conforto físico

é associado ao maior volume de ar das salas e às aberturas reguladas, que permitem, segundo ele, ter ar fresco no verão e calor no inverno. Pensa com isso eliminar a utilização do ar condicionado, cujo custo é "impróprio para casas de aluguel". O conforto psicológico é dado pela escolha das cores, selecionadas "para evitar que provocassem irritação ou melancolia, deixando o habitante em estado de equilíbrio anímico, portanto livre de se lançar num ou noutro pólo emotivo, sem que haja provocação por parte das paredes da casa" (9). A casa da fazenda Capuava traz as marcas do primeiro conjunto de projetos, na monumentalidade e forma do salão central, que recorda os volumes da base do Farol de Colombo. Concebida dentro de "uma visão poética", a casa é "um produto puro da imaginação, tentando criar uma maneira ideal de viver" (10). E nela, tão ou mais importante que a arquitetura, é a decoração, fundamental na criação do ambiente inusitado da moradia, marcadamente a do salão central, de teatralidade calculada, com suas cortinas em tiras de cores variadas, máscaras indígenas, lareira com água corrente e iluminação para formação de vapor colorido. A piscina, com iluminação subaquática, reforça o efeito da visão frontal, refletindo a fachada do salão que parece emergir da mata de eucaliptos. Do salão, desprendem-se como asas as varandas em vigamento de concreto. Os quartos são distribuídos em duas alas onde se encontram também a cozinha, o living, banheiros, o escritório e a sala ancestral, em que os móveis e objetos fazem recordar a casa da família do artista na praça Oswaldo Cruz. Nos quartos, destacam-se a cama fixa, com o estrado montado sobre uma base de tijolos, e o revestimento da parede junto à pia, em alumínio, também presente na cozinha, banheiros e em uma placa refletora no teto do salão central CI1). Essa fase de realizações esgota-se em si mesma. A inexistência de clientes ou o desinteresse de Flávio por projetos convencionais levam-no de volta à rotina dos concursos, em que é sistematicamente derrotado, como no caso das duas diferentes soluções para o Paço Municipal de São Paulo, apresentadas em 1939 (com variante em 1946) e 1952. Os projetos de 1939 e 1946 são quase que alternativas de uma mesma proposta: torre sobre plataforma. O de 1952, ao contrário daqueles, que são inseridos como marcos na paisagem urbana, apresenta a solução para o entorno, além do das edificações.

Loja com fachada em alumínio, em São Paulo, na esquina das ruas Barão de Itapetininga e Dom José de Barros, 1935.

Nessa época, Flávio de Carvalho dá início à construção de um edifício na praça Oswaldo Cruz em São Paulo, onde antes se localizava a residência da família. Por desobediência às normas da legislação, as obras são interrompidas. Sem interesse em rever o projeto, negocia o prédio inacabado com uma construtora (12). Em 1955 projeta, a pedido do maestro Eleazar de Carvalho, a Universidade Internacional de Música. O Monumento à Universidade, marco inicial da obra, e maugurado a 16 de setembro do ano seguinte, em Guaratinguetá, mas o projeto é abandonado. Flávio de Carvalho participa ainda de dois concursos internacionais: para o edifício Peugeot, em Buenos Aires, e para a organização Pan-americana da Saúde, em Washington, em 1961. No Brasil, participa dos concursos para a Assembléia Legislativa de São Paulo (1959), Paço Municipal de Valinhos (1966), Teatro Municipal de Campinas (1967) e Biblioteca Municipal da Bahia (1968). Nova encomenda surge com a possibilidade de construção de uma igreja em Pinhal, mas a iniciativa pessoal de Arnaldo Florence não encontra recursos para sua viabilização. 51


Folheto de instruçþes para o uso das casas, 1938.

Casa na alameda Lorena, 1936-38.

Casa na alameda Lorena, interior.

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Sala Ancestral, na casa da Fazenda Capuava, em Valinhos. (Foto Dulce Carneiro)

Casa da Fazenda Capuava, interior do sal達o central. (Foto Dulce Carneiro)

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Destes trabalhos destacam-se o Paço Municipal de Valinhos e a igreja em Pinhal, nos quais parece reencontrarse com a linguagem dos primeiros projetos, dando às construções características de monumentos. Na igreja, essas características são dadas pela estatuária que a envolve; no paço, pela utilização da forma de pirâmide para a edificação, enquanto as áreas cobertas nas laterais sugerem uma aproximação formal com a casa da Fazenda Capuava.

Pelo menos até que uma nova geração de profissionais abandone o racionalismo frio, de fórmulas acabadas, pelo exercício livre da imaginação criadora, que tem em Flávio de Carvalho um precursor.

A repercussão da atividade de Flávio de Carvalho enquanto arquiteto foi bastante limitada. Em um primeiro momento, contribuiu sem dúvida para questionar a prática projetual reinante com sua ação demolidora em concursos oficiais. No entanto, sua experiência acabou não sendo incorporada pelas gerações que se seguiram. Os únicos marcos concretos deixados por seu trabalho estão comprometidos: o conjunto de casas da Lorena, pelas deformações a que foi e continua sendo submetido; a casa da Fazenda Capuava, em Valinhos, pelo descaso da entidade responsável por sua conservação. Assim, tudo leva a pensar que seu nome não deixará as notas de pé de página a que a historiografia da arquitetura moderna o condena.

(2) "A Embaixada Argentina vae ter sede propria encerrou-se

NOTAS (1) "O novo Palacio do Governo e o projecto modernista". Diário da Noite} São Paulo, 4 fev. 1928, 1 il.; "Ainda o atordoante projeto 'Efficacia'''. Diário da Noite, São Paulo, 6 fev., 1928, 2 il. hontem o concurso de ante-projectos". O Jornal, Rio de Janeiro, 2 mar., 1928, 2 il.; "O Palacio da Embaixada Argentina julgamento dos projectos dos architectos brasileiros". Revista de Engenharia, São Paulo, (47): 46, jun. 1928. (3) Albert Kelsey. Programas y reglas de la segunda etapa del

concurso para la selección dei arquitecto que construirá el Faro Monumental que las naciones del mundo erigirán en la República Dominicana a la memória de Cristobal Colón junto con el informe del jurado internacional los diseiíos y otros muchos también some tidos a la primera etapa [NewYorkJ, Unión Panamericana, 1931, p. 94-96, 13 il. Ao contrário da informação corrente, Flávio não ganhou menção honrosa por seu projeto, que apenas aparece reproduzido no álbum mencionado.

(4) Antonio Crispim, pseudo [Carlos Drummond de Andrade]. "Um ante-projecto de universidade". Diário de Minas, Belo Horizonte, 4 nov., 1928. (5) Câmara, senado, administração, biblioteca; expediente, galerias, público; expediente, descanso; câmara deputados e senado reunidos, administração, expediente; câmara deputados e senado reunidos, galerias para o público; museu, biblioteca; coberturas. (6) Cf. entrevista concedida por Geraldo Ferraz à pesquisa "Introdução à Arquitetura Contemporânea em São Paulo" (São Paulo, IDART), a 11 de junho de 1978. (7) Seu endereço anterior como arquiteto fora o da rua Cristovam Colombo, 1, onde também se localizava o Instituto de Engenharia de São Paulo. (8) Péric1es do Amaral. "S. Paulo tem dezessete casas verdadeiramente próprias para a gente morar!" (Arquitetura). Problemas, São Paulo, ano 1 (8) :53-56, maio 1938. (9) Flávio de Carvalho, apud. art. cito de Péric1es do Amaral. (lO) Flávio de Carvalho, apud. Dulce G. Carneiro, "A Casa de

Flávio de Carvalho". Casa e Jardim, São Paulo, (40): 37, jan./fev. 1958. (11) A idéia inicial era de que essa placa fosse móvel, o que permitiria iluminação zenital durante o dia e vista do céu durante a noite, mas o mecanismo necessário para realizar a operação resultou por demais complicado. (12) Cf. depoimento de Paulo Mendes de Almeida a Rui Moreira Leite, 9 maio 1982. Casa da Fazenda Capuava, 1938. (Foto Dulce Carneiro)

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Projeto para Paço Municipal de São Paulo, 1952.

Projeto para Paço Municipal de São Paulo, 1939, maquete.

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Projeto para Igreja Catedral de Pinhal, 1969.

Projeto para a Universidade Internacional de Música e Artes Cênicas, plano geral, 1955.

Projeto para Paço Municipal de Valinhos, 1966.

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MĂŁos de Cabelo, aquarela, figurino para bailado A Cangaceira, com mĂşsica de Camargo Guarnieri , 1954.

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FLÁVIO DE CARVALHO, CENÓGRAFO Nicanor Miranda

Flávio de Carvalho - o homem e u artista ,não é possível tratar de ambos, em pequenino espaço e breve tempo. Toda personalidade complexa, multifária, demanda biografia pormenorizada. Impossibilitado de abordar as várias facetas do seu talento artístico, limitar-me-e! a discorrer sobre o cenógrafo de bailado. Principiarei asseverando que na minha diuturna freqüentação do meio artístico nacional e estrangeiro, durante mais de meio século, Flávio foi o artista plástico brasileiro mais culto que conheci. Para empregar termo da arte em que ele foi mestre - a arquitetura - , direi que o seu embasamento científico e artístico originou-se da discência na Universidade de Durham e na King Edward the Seventh School of Fine Arts, as duas na Inglaterra. A formação cultural teve vigorosa influência nas suas concepções artísticas. A criatividade nascia, em grande parte, da filosofia que esposava. Durante os muitos anos que com ele conV1V1, sempre notei o profundo interesse que nutria pela antropologia filosófica. Em 1937, a seu rogo, li no Congresso In ternacional de Estética, em Paris, a comunicação L)Aspect Psychologique et Morbide de tArt Moderne, mui apreciada pelo auditório. No decorrer de quatro séculos, da Renascença até princípios do atual, os cenógrafos insistiram em apresentar décors que reproduziam ou simulavam ambientes. Queriam "representar". Sempre dentro dos mesmos cânones. Desde Serlio e Bibiena até inícios da centúria atual, os cenários obedecem às mesmas diretrizes que os mestres do pretérito traçaram e impuseram. No começo do presente século, precisamente nos segundo e terceiro decênios, dois artistas plásticos revolucionaram a cenografia do bailado: Salvador Dali, com Bacanal e Colóquio Sentimental) e Pavel Tchelitchev com Orleus, Errante e The Cave 01 Sleep. É possível, quase certo, que alguém julgue exagerado o

que vou afirmar. Mas antes de dizê-lo, recorro ao sábio conselho de Goethe: "O crítico, em vez de negar-se a si mesmo, deve relacionar, com precisão, os seus sentimentos e idéias com os do artista de quem fala". Assim, não me arreceio em afirmar que incluo Flávio entre aqueles dois renomados artistas. E não é hoje que o afirmo. Há mais de trinta anos, redigindo a crítica do Grupo Experimental de BaIlet, me referi ao bailado de Camargo Guarnieri, nos seguintes termos: "A peça mais brilhante do insigne compositor paulista exigia cenário à altura da

musIca. O cenógrafo Flávio de percebeu argutamente o problema. Sentiu-se reptado e ideou cenário que, pela sua composição, colorido, volume e linhas, é exceção entre tudo que se produziu entre nós. Vale dizer: o mais notável cenário concebido por um cenógrafo nacional e que nada fica a dever aos melhores estrangeiros que têm sido apresentados entre nós" (Diário de S. Paulo, 4 de janeiro de 1951). Hoje acrescento sem temor de erro: superava todos os estrangeiros. Para o Bailado do Deus Morto) Flávio ideou um cenário alumínio de fundo preto. Os atores usavam máscaras e camisolas brancas. No centro metade direita do palco havia, postada, uma coluna de alumínio, vasada em três distâncias simétricas, do chão ao topo. O efeito espetacular, esplêndido, era causado pela projeção de luzes sobre os panos brancos e o alumínio. Para o bailado de Camargo Guarnieri, Flávio imaginou, inicialmente, oito fios quase paralelos, divididos em dois grupos de quatro, cortados por cinco fios transversais, sendo um grupo de três e outro de dois. Após demorado estudo, no entanto, chegou à conclusão de que o efeito cênico, para todos os fins, seria mais ativo se, em vez de fios, fossem largas fitas. Ao mesmo tempo, modificou totalmente a distribuição espacial das fitas, de sorte a não mais lembrarem, nem de longe, os primitivos fios. Contudo, o jogo de fios cruzantes foi aproveitado para o bailado de Prokofiev. A idéia fundamental da cenografia de Flávio era que o artista deve "representar" muitíssimo menos do que outrora, porque hoje pode alcançar resultados surpreendentes graças aos múltiplos e excepcionais recursos da iluminação. Mormente se souber instruÍr os eletricistas a projetarem luzes e colorir o palco com poderosos efeitos. A esse respeito, a lição mais autorizada que o Brasil recebeu foi quando da exibição da ópera norte-americana Porgy and Bess, em nossos teatros. Quarenta eletricistas trabalhavam com máquinas especiais. Os efeitos luminosos eram magníficos. Mas pasme o leitor: o espetáculo norte-americano foi quatro anos após a criação de Flávio para o de Camargo Guarnieri. Se o Bailado do Deus Morto continha assunto - os soluços no primeiro ato e a confissão e o fim do deus, no segundo - , o bailado de Camargo Guarnieri era uma obra abstrata. Ora, na peça dançante, a temática, a essência artística é a organização do ritmo em grande escala e isso só pode ser sustentado pelo espírito musical do 61


Cenรกrio, figurinos e mรกscaras para o Bailado do Deus Morto, 1933 .

Cenรกrio para bailado com sinfonia de Camargo Guarnieri, 1951.

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Foto do espetáculo Ritmos de Prokofiev; apresentado no Teatro Cultura Artística em 1956,

coreógrafo. Diferença enorme, sem dúvida. Foi isso que Flávio captou muito bem, fazendo que as largas fitas, ideadas plasticamente, articulassem junção com a dança. Aquela mesma idéia de funcionalidade que imprimiu à arquitetura das casas da alameda Lorena e da Fazenda Capuava, ele a injetou na ideação cenográfica. É mister, porém, elucidar essa funcionalidade no caso da cenografia. Tenho convicção de que no subconsciente dele, ou mesmo no consciente, vivia atuante a concepção leibnitziana da linha. O que não é para estranhar, pois era excelente sabedor da geometria descritiva. Dessa maneira, a função são as diversas linhas que variam segundo a posição de um ponto, a abscissa, a coordenada, a corda, a tangente ... Conhecia a força da linha. Sabia que ela era vida e movimento, alma do desenho, mestra e dominadora de todas as artes plásticas. Da potência da linha nascia todo o vigor do seu desenho e, quando não, sangue e carne, como na Série Trágica. A execução não cansava de superar a concepção, principalmente no caso dele, pois um longo e duradouro labor de artífice estabelecia a livre comunicação dos sentimentos com os movimentos. Porque era possuidor de todos esses segredos é que se tornou o desenhista extraordinário que a 9. a Bienal de São Paulo premiou, coroando a sua consagração e in ternacional.

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FLÁVIO DE CARVALHO Sérgio Milliet

o clube era embaixo do viaduto Santa Ifigênia, em anos ainda sem arranha-céus. Flávio de Carvalho pontificava, inventando manifestações escandalosas de arte moderna. Até polícia intervinha no negócio, e o lugar não se recomendava à sociedade muito pacata e muito burguesa da São Paulo de então. Freqüentei pouco o local, mas lá se viam, amiúde, Di Cavalcanti, Antonio Gomide, Paulo Mendes de Almeida, Arnaldo Barbosa e outros. Houve depois todos os salões, com Quirino da Silva, e a colaboração sempre barulhenta de nosso grande desenhista. Só vim, porém, a ter maior intimidade com o artista quando começou a receber em seu ateliê da rua Barão de Itapetininga. Culto e irriquieto, Flávio não podia contentar-se com a atividade de pintor. Multiplicava-se, participando de concursos internacionais de arquitetura, escrevendo livros, administrando fazendas, criando fábricas. Como arquiteto, planejara e mandara construir uma série de casas de formas estranhas e que proclamava inteiramente funcionais. Mas Paulo Ribeiro Magalhães, caçoando, observava: "Frias no inverno e quentes no verão", De Flávio há pouco que contar; não por carecerem de pitoresco seus feitos e gestos, mas porque tudo já foi contado, por ele próprio ou pelos amigos. Suas aventuras são públicas e notórias, desde a idéia estapafúrdia de não se descobrir diante de uma procissão, relatada no livro Experiência n. o 2, até a invenção da moda masculina para climas quentes.

o que também se tornou lendário a seu respeito foi o pão-durismo. Afirmam as más línguas que para não perder alguns centavos, possivelmente roubados em cada tijolo, fechou sua olaria. A reputação é tão injusta quanto a de Carvalho Pinto, homem também lúcido demais para ser esbanjador, porém capaz de se mostrar generoso quando necessário. Presidente do Clubinho, sua iniciativa (de Flávio) de mandar fazer uma porta de ferro, a fim de barrar os penetras, prestou-se a mil e uma gozações. Zombaram da "funcionalidade" da solução, como de tantas outras que encontrou e explicava meio em tom de troça, mas que decorriam de intenções razoabilíssimas. O fato é, no caso, que ninguém a mandou tirar e está prestando ótimos serviços. Uma coisa não se negará nunca a Flávio de

originalidade. Uma brota de sua permanente e insaciável não em tentar a execução de nem deixa de topar qualquer aventura suscetível proporcionar uma compreensão mais profunda homem ou um simples prazer. Assim como se entusiasmou pela maneira mais cômoda de morar, ou dietético vida" , técnica pictórica ou se entrega à análise de uma teoria sociológica ou antropológica de deduções inteligentes, embora discutibilíssÍmas. Trata-se de um homem de espírito enciclopédico, de um intelectual do Renascimento, que se teria realizado em qualquer dos ramos de sua atividade, mas preferiu borboletear pelo domínio vasto e complexo do humano, simplesmente. Ficará na história das artes do Brasil ou tão-somente no anedotário dela? Creio que, de um jeito ou de outro, ficará. Certos retratos seus, de uma penetração psicológica extraordinária, não irão nunca para o dos museus. No porão nunca os porão ... Estou pensando em seu Mário de Andrade, da Biblioteca Municipal, em Há mais, porém; seu Ungaretti, em seu Lins do há seus desenhos de mulheres que, mesmo sem as conhecer, temos a impressão de ter encoJtlU'ad:o Sua versatilidade levou-o a um exibicionismo, para muitos chocante, para outros divertido, através do qual como que compensa sua incapacidade bem de escolher. Escolher é renunciar ao que se deixou de lado e Flávio não quer, como Gide, nada do mundo. .. nem os ossos. Renunciaria entretanto a tudo em prol de uma verdade de que se convencesse filosoficamente. Por isso virou, repente, vegetariano. O homem do bom bife inglês e uísque passou a comer capim e beber limonada. Não me espantará da vida fizer a peregrinação ao cremar a carne cansada e alcançar o sem tuestardalhaço, sem notícias nos e multuárias. Quando o conheci, acabava de inventar uma veneziana favelas. Justibaratíssima para ser vendida à gente ficava sua iniciativa com a possibilidade de ganhar mi·· lhões. Mas, embora seja de pobre que se tira porque o rico não o aplica-o, burros de

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Revista Anual do Salão de Maio, 1939.

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da primeira exposição individual. Ao centro, Flávio de Carvalho.

porque, no íntimo, Flávio de Carvalho é um reformador moralista. Um quase pastor protestante. E quem não compreender todas as contradições que se enroscam e enrolam dentro dele não o compreenderá jamais. Vou pela rua Barão de I tapetininga e vejo-o perseguido por moleques a gritarem "peru, peru". Foi o Quirino da Silva quem inventou a brincadeira. E Flávio irritado mas ao mesmo tempo contente.

a mim mesmo propostos. Ei-Io de volta da Califórnia, aonde foi participar de um congresso de filosofia. Se suas teses convenceram ou não, não sei. Mas tenho certeza de que interessaram todo mundo e suscitaram discussões acaloradas. Nada do que ele faz é indiferente. (Texto publicado no Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo, em 5 de maio de 1962, e republicado no livro De Cães, de Gatos) de Gente, de Sérgio Milliet, em 1964.)

Não desejava e não desejo que estas cromcas assumam ares de crítica, nem mesmo de contribuições para a reconstituição de um passado. Com Flávio, entretanto, vão os meus comentários caminhando para uma apreciação do homem e do artista de um ponto de vista nada pitoresco. O homem é por demais complexo, o artista por demais importante, e não sobra espaço para grandes piadas. O meio artístico de São Paulo foi durante algum tempo dominado pela personalidade de Flávio de Carvalho. Tinha seu lugar marcado nesta galeria, não se enquadra, porém, dentro da moldura que eu escolhera. Lamento-o, cheguei a achar que o devia deixar de lado; não considerei justo, porém, ignorá-lo, apesar de sair fora dos moldes 67


Retrato do Escritor Newton

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Newton Freitas.


FLÁVIO DE CARVALHO Newton Frei tas

o primeiro que chama a atenção na personalidade de Flávio de Carvalho é sua aparente dispersão, isto é, a desproporção entre o que cria e abarca, e o que a vida pode lhe oferecer em prol dessas mesmas realizações. Assistimos ao desdobramento de uma atividade humana anti técnica , antiespecializada por excelência. Não é simplesmente o pintor, o desenhista, o ilustrador, o artista que dentro de sua estrita especialidade maneja o pincel ou o lápis. É o artista que escreve, que investiga, que pensa, que pinta, que desenha, que constrói. Mistura e difunde sua inventiva entre duas, três, dez atividades diferentes, complementárias algumas, opostas outras. Ao mesmo tempo em que se dedica a experiências diretas das reações da multidão (sua famosa Experiência n.O 2), não deixa de planejar edifícios, escrever artigos, livros, discutir, pronunciar conferências, montar suas obras de teatro e ser, ainda dentro desse tumulto sentimental, o pintor Flávio de Carvalho. É assim, pois, a negação do homem moderno qUê tem que ser especializado para sobreviver artisticamente. Diz-se em abono dessa tese que, havendo a cultura humana ultrapassado em volume e em extensão as proporções de capacidade do cérebro de um homem, este deve isolar-se dentro de uma especialidade para, pelo menos, aprofundar-se num ramo e chegar a suas últimas conseqüências. E assim vemos nossos músicos encerrados em biombos sonoros e os pintores passar anos, cativos, em prisões de cores. E vemos, por isso, o absurdo de os contatos humanos se tornarem cada vez mais difíceis e áridos, porque nada mais cansador e exaustivo que a convivência com qualquer grupo isolado, ainda quando se trate de artistas puros e de verdadeiro interesse. Sempre se salvam, ou têm mais possibilidade de salvação, os escritores e os médicos dessa desumanização da cultura, pelo contato obrigado com as distintas igrejas fechadas, sonoras ou de cores, tão estancadas como a dos jogadores de futebol ou a dos políticos. Na realidade, que haverá de mais desalentador para um leigo bem-intencionado que penetrar no meio teatral ou no dos jogadores profissionais? A roda gira sempre, inevitavelmente, em torno do mesmo eixo, e o leigo desiste do contato ou morre de tédio. Impossível desconhecer que existem exceções, mas chega-se modernamente até este máximo de especialização: escritores ignorante,s que apenas sabem rudimentos de gramática, mas que têm a seu favor o dom inspirado da ficção. Cobrem assim as deficiências de cultura com o aperfeiçoamento técnico; disfarçam o desconhecimento do drama que descrevem com a experiência de outros escritores. .. Nesse aspecto, posso assegurar que os discípulos de John dos Passos, Malraux, Stein-

beck não aprenderam deles senão o elemento essencial de suas novelas: suas fórmulas mágicas.

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que é mais curioso nesta subdivisão multicelular da especialização, contra a qual estão os católicos (num sentido diverso a que me quero referir), pois o cria e trabalha em sua significação filosófica de que o homem deve manter uma estreita relação de pensamento e de ofício, é que o especialista longe de aprofundar, longe de ganhar nesta penetração isolada de sua arte, afasta-se da essência real da proposta enunciada por sua arte, e esta, despojada dos atributos essenciais e humanos, decai e morre. Creio que contra os intuitivos (líricos) e os especialistas (técnicos), a arte brasileira conseguiu formar uma espécie de arte regional, interessante pela desnudez dos atributos pelos quais podia perdurar. Precisamente em São Paulo, Estado desprovido de caráter regionalista, isto é, de pitoresco regionalismo, onde a cidade é sempre nova, renovada incessantemente e a tal ponto que uma turista norte-americana chegou a dizer: Será muito bonita quando se terminar de construir . .. de São Paulo, sem populações firmemente arraigadas porque os velhos troncos não puderam e não poderão jamais escapar à violenta penetração das correntes imigratórias, neste São Paulo sem o pitoresco do Nordeste, sem o caráter da Bahia, nem os típicos contornos do Sul, de São Paulo saíram e saem os movimentos destinados a' revoluções artísticas. De seu núcleo antipersonalista, anti-regionalista, antinacionista, tão internacionalista que se chegou a dizer que era uma tradução européia, surgiu o movimento mais sério e mais profundo da moderna cultura brasileira. Recapitulando, veremos que os valores destinados a perdurar surgiram de São Paulo, apesar da aparente falta de essência nacional. Não creio que seja mera casualidade que as figuras mais notáveis no campo artístico, no que se refere ao vanguardismo, nasceram ou se desenvolveram em São Paulo. Partindo do ponto de vista amplo de que a cultura é una e universal, o grupo dos artistas modernos, desde a famosa revolução de 1922, com sua Semana de Arte Moderna, defendeu sempre a tese da renovação em todos os terrenos, sem falsos pudores de provincialismo. Com o transcurso do tempo, vemos que aqueles gritos despavoridos que pareciam não corresponder a nenhuma realidade vivente, permaneceram, desbravaram o terreno e deram possibilidades para os que surgiram depois. Desta vanguarda, que não foi jamais regionalista nem nacionalista, o Brasil pôde recolher os frutos dum movimento cultural que aspirou apenas a agitar o ambiente, projetar o país fora de suas vastas fronteiras.

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E não creio igualmente que seja coincidência que saíram de São Paulo os escritores e artistas menos especializados e mais humanamente renascentistas, nesse esforço por abarcar várias ramas e penetrá-las. Mário de Andrade é um típico exemplo do que afirmo e Flávio de Carvalho também. Depois desta parábola para situá-lo, voltemos a esta carreira inquieta e insatisfeita de Flávio de Carvalho. Sabemos que ele esteve sempre na vanguarda e hoje, por curiosa coincidência, quando os próprios revolucionários se sentem preocupados pelas diretivas que lhes exigem menos expansão, menos abstração, mais fixação popular, isto é, mais especialização, Flávio de Carvalho permanece na vanguarda. Pertence ao grupo que vem dizendo coerentemente: o artista tem de ser livre, tanto como pode ser um homem condicionado às exigências de sua natureza e situação de pertencer ao mundo. Livre para lutar, principalmente, pela liberdade, sem partidos, sem outra bandeira que a que seu lenço lhe possa oferecer numa barricada ou uma saia de mulher numa luta de rua. Bandeira individual, pequena, mas sua. Talvez este retorno anarquista pareça uma volta ao tempo em que a maquinaria era incipiente e recente. Mas o erro consiste em que o homem pensa lutar com forças iguais e se esquece que seu maior poder está nessa potência espiritual, que se expande em torrente e corrói a própria base da força organizada. Nada é mais forte que um ser consciente e puro, disposto a jogar-se por uma idéia. Julgo de uma coerência lúcida toda a obra de Flávio de Carvalho, sem recorrer ao existencialismo, nem à psicanálise, nem ao marxismo. Simplesmente ele é um homem que crê no homem. Como elementos básicos cravados em sua própria vida, não despreza nenhuma estaca que lhe sirva para edificar sua casa. Traz, dos pássaros, a cor das penas; e das nuvens, se as pode alcançar, a ligeireza úmida. Da carne, ainda mesmo da materna, arranca o pensamento que transforma sua pintura em algo familiar a todos, algo que nos obriga a dizer: é um corpo vivo e sangrento. E da experiência viva e cheia de cores, suas lascivas mulheres, as que não evita incluir no refinamento sensualista mechões negros de cabelos. Aos amigos, ainda aos mais chegados, lhes descobre o esqueleto, expondo-lhes entre mil linhas esquemáticas, convergentes, que nos dão de repente a chave do que buscávamos. Também reserva para esses amigos as pinturas pastosas, manchadas e violentas. E do povo recolhe esse pó da terra dourada que nenhuma multidão, ainda a mais pobre e disforme, deixa de oferecer.

Quando a investigação se cansa neste sentido, constrói casas, estende planos fabulosos unindo a fria geometria a uma fantástica imaginação construtiva. E o tempo que lhe sobra sempre o impulsa para outras mais profundas penetrações. E então sai à rua à caça de indivíduos para retratá-los em poses espontâneas, refletindo, nesse vai-evém inconstante da gente das ruas, a alma verdadeira das multidões. Tenho a impressão de que a sede de contato com os materiais manejáveis que a terra oferece só se apagaria totalmente em Flávio de Carvalho, se se munisse de uma roca, de um forno de padeiro, de instrumentos para cavar a terra, de muito barro para fazer pratos e potes de cerâmica. Comendo coisas plantadas por ele, mas tendo sempre perto de si um amplo elemento de investigações atmosféricas. Tecendo suas próprias roupas, algumas vezes como artesão e outras como aprendiz, Flávio de Carvalho polariza sua força inventiva num plano monumental de uma ponte, ou num vasto sistema de irrigação do solo, ou na planificação de uma cidade imaginária, dotada dos maiores aperfeiçoamentos da época moderna. Porque uma coisa é evidente: a in quietude artística de que está dotado, ao mesmo tempo que lhe exige este contato direto com a matéria plástica e humana, não pode deslocar-se demasiado do seu centro atual; nenhuma de suas atitudes, por mais renascentistas que nos pareçam, não estão em conflito com o telégrafo sem fios, a televisão e o cimento armado. Quando inventa e põe no mercado um sistema de persianas de alumínio, é fundamentalmente o inventor que se entende perfeitamente com Le Corbusier. E é de Le Corbusier esta definição de Flávio de Carvalho tão natural e lógica: révolutionnaire romantique, apesar de parecer-me este senhor pouco romântico e bastante revolucionário.

(Texto publicado no álbum Flávio de Carvalho, em Buenos Aires, em 1948, e republicado na revista Cultura, edição janeiro-abril de 1949.)

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Projeto de traje para a expedição dos gafanhotos, final dos anos 30.

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FLÁVIO 1 2 3 _.- LOUCO LUNÁTICO INFANTIL Sangirardi J r .

Estou escrevendo estas linhas no dia de Corpus Christi. Quinquagésimo segundo aniversário de uma ruidosa experiência de Flávio de Carvalho: no centro de São Paulo, ele meteu-se no meio de uma procissão, de boné na cabeça e caminhando em sentido contrário ao do cortejo religioso. Sua intenção era estudar a psicologia das multidões, através da reação dos fiéis. A reação foi que quase o lincharam. Pouco tempo depois, Flávio publicava o livro Experiência n.O 2, ilustrado com desenhos seus, no qual relatou e analisou a aventura. Poucos sabem qual foi a sua experiência n.O 1: fingir que estava se afogando e gritar desesperadamente por socorro. Não deu resultado. Nem livro. Flávio de Carvalho gostava de causar escândalo. Não só para se divertir, como para chocar a burguesia. Aliás, ele era de família burguesa, filho de um fazendeiro rico. Formou-se em engenharia na Universidade de Durham, Inglaterra. Era homem de recursos. E, pelas suas atitudes desabusadas e pouco comuns, gente mal-informada considerava-o louco varrido. Em 1956, seguido por grande número de curiosos, Flávio percorreu as ruas centrais de São Paulo envergando estranho vestuário de verão, por ele desenhado. Consistia num saiote, um exótico chapéu de abas largas, blusa folgada de mangas bufantes, sapatilha e meia arrastão. Uma zona! O escarcéu provocado pelo desfile do figurino estival, todavia, foi apenas um capítulo. Em ocasiões inumeráveis, Flávio foi alvo do ódio zoológico dos muares, por causa de sua arte de vanguarda. Como, por exemplo, o Bailado do Deus Morto, que tanta celeuma provocou e que levou a polícia a fechar o seu Teatro da Experiência, no dia seguinte ao da estréia. Indiferente aos ataques que sofria - e até se divertindo com eles - , Flávio de Carvalho vivia em constante ebulição, gerando planos e sonhos, poucos dos quais conseguiu realizar. Planejou e organizou com minúcias uma expedição ao rio das Mortes, com a finalidade precípua de localizar e estudar o berço dos gafanhotos na América do Sul, que o naturalista Oliveira Filho, por detrás de suas barbas apostólicas, afirmava estar localizado no planalto dos Parecis, perto do rio Arinos, onde as plantas são ricas em sílica, defesa natural contra os terríveis ortópteros. A "expedição dos gafanhotos", que contava com a adesão da pintora Tarsila do Amaral, jamais saiu de São Paulo. Flávio de Carvalho participou, em 1952, de concorrência

pública, com um projeto do Paço Municipal de São Paulo. Além do monumental edifício do paço, criou um plano urbanístico de amplas perspectivas, destacando a praça das Sete Torres, prevista para o parque D. Pedro II e destinada a sediar as repartições da prefeitura paulistana. Não foi aceito. Como não foi aceita a grande estátua de Santo Antônio, de cimento armado, tendo no colo um menino Jesus de vidro, com intensa luz interior. Como não foi aceita, ainda, uma escultura de grande beleza plástica e dramaticidade, que ele tinha feito para o jazigo perpétuo da família. Foi criada a pedido de seu próprio pai, que recusou o trabalho depois de pronto, declarando, peremptório: "Quando eu morrer, proíbo que ponham essa coisa em cima de mim!" Flávio usava muito o alumínio. A descrição, escrita, do projeto do Paço Municipal previa que "o gabinete do prefeito será revestido de lambris de alumínio [com tais e tais especificações] e as latrinas do prédio terão o mesmo revestimento que o gabinete do prefeito". A capa de RASM, a Revista do III Salão de Maio, era de alumínio. Eram de alumínio as persianas que ele fabricou, algumas de lâminas coloridas com uma solução de permanganato, popularíssima na época como remédio contra blenorragia. Empregou largamente o alumínio como revestimento de superfícies na sua casa em Valinhos, que os moradores do lugar chamavam de casa-avião. E presente estava também o alumínio nas casas que projetou e construiu na alameda Lorena; tais casas, hoje totalmente adulteradas, eram as únicas do mundo em que o morador, ao receber as chaves, recebia também uma bula com o "MODO DE USAR - Casas frescas no verão e quentes no inverno". Flávio de Carvalho gostava de pintar retratos e figuras humanas. A óleo, guache ou aquarela, trabalhava com invulgar rapidez. Jamais vi Flávio traçar qualquer esboço prévio a lápis ou carvão. Foi assim que fez, em minutos, alguns retratos meus. Num deles, a nanquim, desenhado em noite com artista e modelo algo empilecados, ele me retratou sentado numa cadeira, nu, com a mão direita sopesando os testículos, trabalho que jamais foi exposto. Era sempre com grande garra que nosso herói se entregava a qualquer trabalho. No III Salão de Maio (1939), cuidava pessoalmente dos menores detalhes. Houve um grande jantar de confraternização no recinto da mostra. No centro do salão, foi montado um estrado, para exibição da dança dos leques, com três bailarinas japonesas que havíamos contratado no bairro da Liberdade. Em meio ao jantar, como faltasse ligar os refletores sobre o estrado, Flávio andava de um lado para outro, com


um megafone: "Cadê a vaca do eletricista? Cadê a vaca do eletricista?" Encontrada a vaca do eletricista e ligados os refletores, o espetáculo teve início, logo interrompido quando o pintor Manuel Martins gritou "viva a China!" e as japonesas se retiraram, indignadas. Flávio de Carvalho era um homem realizador. Ao mesmo tempo, tinha algo de lunático, o que motivou sério acidente, por volta de 1940. Flávio estava no meio da rua Barão de Itapetininga, procurando o número de um prédio, quando a roda de um ônibus passou-lhe em cima do pé direito, esmagando-o. Teve que ficar em absoluto repouso. Morava então numa casa da rua Dom José de Barros (n. o 270), que tinha na frente um canteiro com pés de tabaco e, nos fundos, a fábrica de persianas de alumínio, cujo único operário era um carpinteiro japonês. Para proteger o pé imobilizado, o japonês fez um "sapato", ou seja, uma caixa de pinho toda facetada, que o paciente fechava atando vistosa fita azul. Apesar dos tratamentos, o pé não melhorava. Veio um cirurgião renomado, que quis operar, fazendo uma incisão em nervo da virilha. Veio uma rezadeira, trazida pela professora Sebastiana de Morais. Veio por fim, com o pintor Lasar Segall, um médico judeu fugitivo da Alemanha nazista, que examinou detidamente e receitou: "O único remédio é andar". Flávio, aos poucos, foi dando alguns passos. Logo, medindo o pé com um paquímetro, anunciava, animado, que estava desinflamando à velocidade de 0,56 milímetro por dia. Pouco depois já caminhava pelo centro da cidade, de muletas. E aos amigos e conhecidos, que queriam saber o que havia acontecido, ele entregava uma papeleta impressa, onde tudo era contado com os mínimos detalhes, sob o título: Histórico do Pé. Flávio de Rezende Carvalho foi notável desenhista e pintor, engenheiro civil, arquiteto e decorador, teatrólogo, escritor e bombardino de minha banda de música a Lira Musical Flor dos J abaquaras - , na qual os instrumentos eram imitados vocalmente. A banda exibia-se num programa de rádio que hoje chamariam de happening, feito de improviso e com todas as loucuras imagináveis. E era de se ver o entusiasmo e a seriedade com que Flávio ia até os estúdios da Rádio Cultura, no distante bairro do Parque J abaquara, exclusivamente para fazer a sua parte como bombardino.

Ilustração do livro Experiência n.O 2, 1931.

Tinha um espírito bastante infantil, dirão vocês. Mas isso freqüentemente é a marca do gênio. Vejam o retrato de Einstein com a língua de fora. Rio de Janeiro, 2 de junho de 1983.

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Flávio de Carvalho e Eva Harms durante a expedição amazônica, 1958.


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o levantamento sistemático que realizava da vida e obra de Flávio de Rezende Carvalho encontrava-se em seu estágio final quando aceitei o convite para participar da organização desta exposição. Ressalto no entanto aqui a necessidade de confrontar ainda as datas de uns poucos projetos e eventos com fontes primárias, tarefa indispensável pelas imprecisões já identificadas na biografia de autoria do próprio artista, a que recorri apenas em último caso no estabelecimento da cronologia. A bibliografia em periódicos aqui apresentada é muito reduzida em função do espaço disponível, mas selecionada tendo em vista apresentar referências às obras, projetos, experiências e exposições mais significativas. Devo ainda esclarecer que as obras são relacionadas pelos títulós originais, estabelecidos a partir de exaustiva consulta a catálogos de exposições. A impossibilidade de apresentar determinadas obras é em parte compensada por sua reprodução nesta publicação, e que por outra parte evita reproduzir trabalhos que, mais conhecidos, já o foram repetidas vezes. Rui Moreira Leite

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CRONOLOGIA Rui Moreira Leite

1899 Nasce a 10 de agosto, filho de Raul de Rezende Carvalho e Ophelia Crissiuma de Carvalho, em Amparo da Barra Mansa, no Rio de Janeiro. 1900 A família muda-se para São Paulo. 1908 Inicia seus primeiros estudos na Escola Americana, em São Paulo. 1911 É internado por seus pais no Lycée Janson de Sailly, em Paris. 1914 Em viagem pela Inglaterra, é surpreendido pela eclosão da I Guerra Mundial; não pode voltar ao continente por não possuir passaporte. Inscreve-se no Clapham College, em Londres. 1916 c. Transfere-se para o Stonyhurst College. 1918 c. Ingressa no Armstrong College da Universidade de Durham, em Newcastle, onde cursa engenharia civil, e no curso noturno da King Edward the Seventh School of Fine Arts. 1922 Conclui o curso na Universidade (24 jun.) e regressa ao Brasil.

Casa em que nasceu o artista, em Amparo da Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro.

1923 Trabalha como calculista de estruturas de concreto para a Barros Oliva & Cia., em São Paulo. 1924 Transfere-se para o escritório Ramos de Azevedo, onde permanecerá nos três anos seguintes. 1926 Estabelece ateliê na rua Cristovam Colombo, 1, 3.° andar, sala 32, em São Paulo. 1927 Conclui seu projeto para o Palácio do Governo, manifestação pioneira da arquitetura moderna no Brasil. 1928 Inaugura-se a exposição de projetos para o Palácio do Governo: o projeto de Flávio de Carvalho, apresentado sob o pseudônimo de Efficacia, é o mais comentado pela imprensa e pélo público (jan.). Apresenta projetos para Embaixada Argentina, no Rio de Janeiro, e para Universidade de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Participa do concurso internacional para o Farol de Colombo. Projeta Monumento às vítimas do Hidroavião Santos Dumonto 1929 Apresenta projeto para o Palácio do Congresso em São Paulo. Ingressa na Sociedade Comercial e Construtora, que abandona no mesmo ano. Em São Paulo, encontra-se com Le Corbusier, com quem troca idéias em reunião em casa de Paulo Prado. 1930 Participa do IV Congresso Pan-americano de Arquitetos como delegado antropófago, apresentando as palestras A Cidade do Homem Nu e Antropofagia no Século XX. Projeta residência para seu primo Nelson Ottoni de Rezende e Monumento Funerário Modernista, para o jazigo da família no cemitério do Araçá. 1931 Realiza sua Experiência n.O 2, em que enfrenta os fiéis da procissão de Corpus Christi com boné na cabeça e quase é linchado. Publica o livro Experiência n.O 2, que tem ainda nesse ano segunda edição (ambas de 3.000 exemplares). Participa da XXXVIII Exposição Geral de Belas Artes, no Rio de Janeiro, o salão moderno organizado durante a curta gestão de Lúcio Costa na Escola de Belas Artes. Projeta Monumento a Santo Antônio. 1932 Combate na Revolução Constitucionalista. Projeta fortificações em Guaratinguetá. Estabelece ateliê na rua Pedro Lessa, 2, em São Paulo. Funda o Clube dos Artistas Modernos (CAM) com Di Cavalcanti, Gomide e Carlos Prado (23 nov.). Participa do concurso de selos dos Correios do Brasil.

Flávio aos 2 anos de idade.

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1933 Organiza ciclo de conferências e exposições no CAM e cuida pessoalmente de sua divulgação pela imprensa. Cria o Teatro da Experiência, onde apresenta espetáculo de sua autoria, o Bailado do Deus Morto. O teatro é fechado pela polícia. 1934 Participa do 1.0 Salão Paulista de Belas Artes (jan.). Apresenta projeto para concurso de monumento ao Soldado Constitucionalista. Inaugura sua primeira exposição de pintura (28 jun.). A exposição é fechada pela polícia, cinco quadros são apreendidos (12 jul.). A exposição é reaberta por ordem judicial a 26 de julho e se encerra a 8 de agosto. Viagem à Europa. Participa dos Congressos de Filosofia e Psicotécnica realizados em Praga (1-15 set.), viaja pela Europa desenvolvendo grande conjunto de trabalhos que permanecerão inéditos. 1935 Regressa a São Paulo (fev.), iniciando publicação de entrevistas realizadas durante a viagem. Realiza, no Instituto de Engenharia, a conferência A Pintura do Som e a Música do Espaço, sobre a obra do artista tcheco Arne Hosek (mar.). Participa da tentativa de organização de nova associação de modernos de São Paulo, Quarteirão, com Paulo Emílio Salles Gomes, Décio de Almeida Prado, Oswald de Andrade e Vêra Vicente de Azevedo. Estabelece ateliê na praça Marechal Deodoro, 2392, 1.0 andar, sala 104, em São Paulo. 1936 Viaja com um grupo de engenheiros paulistas à Argentina. Publica Os Ossos do Mundo, livro de impressões de viagem prefaciado por Gilberto Freyre. Inicia a construção do conjunto de casas da alameda Lorena. 1937 Participa da exposição do 1.0 Salão de Maio e do ciclo de conferências então realizado, com sua tese O Aspecto Psicológico e Mórbido da Arte Moderna, enviado a seguir ao Congresso de Estética e Ciência da Arte em Paris, onde a apresentação do trabalho é feita por Nicanor Miranda. Estabelece ateliê na praça Marechal Deodoro, 236, 2.° andar, ap. 201, em São Paulo.

Flávio com os pais, em Paris, por volta de 1911.

1938 Participa da organização do 2.° Salão de Maio, sendo responsável pela participação dos surrealistas e abstracionistas ingleses do grupo de Herbert Read. Palestra na Rádio Cultura, A Casa do Homem no Século Xx. Inaugura o conjunto de casas da alameda Lorena, com coquetel oferecido à imprensa (9 jun.). Constrói a casa da Fazenda Capuava. Projeta persianas verticais de alumínio, que produz e comercializa através de sua firma Tropicalumínio que tem como vendedor Rebollo Gonzales. J

1939 Toma banho nu na fonte das Lagostas, na praça Júlio Mesquita, em companhia de Quirino da Silva. Participa dos concursos para o viaduto do Chá, matadouro de Carapicuiba e Paço Municipal. Organiza, com a colaboração de Sangirardi Jr., o III Salão de Maio, edita RASM, que incorpora o catálogo da mostra. Estabelece ateliê na rua Dom José de Barros, 270. Participa do 2.° Salão da Sociedade Francisco Lisboa, em Porto Alegre. 1940 Participa do V Congresso Pan-americano de Arquitetos em Montevidéu. Expõe no V Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, em São Paulo, e no 2.° Salão de Belas Artes do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 1941 Participa do 1.0 Salão da Feira Nacional de Indústrias e do VI Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos. Realiza palestra na Galeria Prestes Maia durante a exposição de desenhos de crianças inglesas - A Percepção na Criança. Realiza viagem a Minas Gerais em companhia de Caio Prado Jr.

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Flávio de Carvalho na Inglaterra, por volta de 1920.


1942 Falece seu pai, Raul de Rezende Carvalho (mar.). Participa do VII Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos. 1943 Enviado pelos Diários Associados ao Paraguai, em seu regresso realiza conferência O Berço da Civilização do Mundo e Notas sobre a Cultura Guarani, no recinto da exposição de Carlos Prado (set.). Publica a série Rumo ao Paraguai pelo Diário de S. Paulo. Reside na praça Oswaldo Cruz, 138. O Teatro da Experiência revive dez anos depois de seu fechamento, em espetáculo para Roger Caillois. 1944 Encerra a série Rumo ao Paraguai (mar.). Participa da exposição Modern Brazilian Paintings na Royal Academy of Arts, em Londres. 1945 Comercializa a produção da Fazenda Capuava em estabelecimento situado na alameda Lorena ("A Vaca"). 1946 Apresenta nova proposta para o Paço Municipal de São Paulo. Participa da Exposição de Pintura Moderna em Homenagem Póstuma a Mário de Andrade. Estabelece ateliê na rua Barão de Itapetininga, 297, 10.° andar. 1947 Falece sua mãe Ophelia Crissiuma de Carvalho. Realiza a Série Trágica, em que registra sua agonia. Participa do VI Congresso Pan-americano de Arquitetos, em Lima, onde retrata o líder aprista peruano Haya de la Torre. Tenta estabelecer indústria de alimentos (Convalsa, Conservas Valinhos S.A.), projeto abandonado no mesmo ano. 1948 Realiza exposição individual no MASP com duração de uma semana, ao fim da qual pronuncia tumultuada conferência sobre sua pintura. Inaugura exposição em Buenos Aires, na Galeria Viau. Publica álbum de reproduções na Argentina, com apresentação de Newton Freitas. 1949 Participa das mostras coletivas patrocinadas pelo Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro: a realizada na inauguração do Edifício Sul América e a Exposição de Pintura Paulista, organizada pela Galeria Domus de São Paulo. 1950 É um dos artistas escolhidos para representar o Brasil na XXV Bienal de Veneza, e participa com as mesmas obras da Mostra d'Arte Brasiliana, realizada em Roma. 1951 Realiza exposição individual na Galeria Domus, em São Paulo, em que, além de óleos, desenhos e aquarelas, apresenta projetos de arquitetura e cerâmicas. Participa da 1.a Bienal de São Paulo e do I Salão Paulista de Arte Moderna. Projeta cenários luminosos para sinfonia de Camargo Guarnieri. 1952 Realiza exposição individual de desenhos no Museu de Arte Moderna em São Paulo (fev.). Decoração para o baile de carnaval no Restaurante Prato de Ouro. Participa da exposição Artistas Brasileiros, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Participa da exposição Civelli à ilha do Bananal, sobre a qual realiza conferência no Clubinho (20 ago.). Apresenta projeto para concurso internacional de escultura Monumento ao Prisioneiro Político Desconhecido, em Londres. 1953 Decoração para baile de carnaval no Instituto de Arquitetos do Brasil, São Paulo. Participa da 2. a Bienal de São Paulo e do júri do III Salão Paulista de Arte Moderna. 1954 Apresenta projeto para Monumento a Anchieta, em concurso internacional de escultura (vencido por Bruno Giorgi), e para Monumento ao Café, em concurso promovido pelos Diários Associados. Decoração para baile de carnaval do Circo PioHn. Cenário e figurinos para o bailado A Cangaceira, com música de Camargo Guarnieri.

Flávio de Carvalho em seu retorno ao Brasil, pbr volta de 1922.

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1955 Participa de coletivas em Lugano e Neuchatel, na Suíça, e da III Bienal de São Paulo. Projeta Universidade Internacional de Música e Artes Cênicas para Guaratinguetá, a convite de Eleazar de Carvalho, e o monumento à mesma universidade. Inicia sua coluna Casa Homem Paisagem no Diário de S. Paulo. 1956 Inicia publicação da série de artigos A Moda e o Novo Homem. Lança seu novo traje de verão para homens, executado por Maria Ferrara, em passeata pelas ruas do centro de São Paulo. Faz conferência no Clubinho, em que demonstra as vantagens do seu new look. Realiza exposição individual na Galeria l'Obelisco, Roma. É eleito presidente do Clubinho. Projeta cenário para bailado com música de Prokofiev, no Teatro Cultura Artística. 1957 Inicia a publicação da série Notas para Reconstrução de um Mundo Perdido, com o título Os Gatos de Roma. É recusado pela Bienal de São Paulo, expondo na mostra paralela Doze Artistas de São Paulo. Tem obras adquiridas pelo Museu de Arte Moderna de New York (o óleo Retrato do Poeta Pablo Neruda, e os desenhos Retrato do Psiquiatra Carvalhal Ribas e Três Mulheres). Premiado com medalha de ouro por seu cenário e figurinos para o bailado A Cangaceira, na I Bienal de Artes Plásticas do Teatro (medalha que só é entregue em 1963). Realiza individuais na Galeria Ambiente, em São Paulo, e na Montmartre Jorge, no Rio de Janeiro. 1958 Conclui a série Notas para Reconstrução de um Mundo Perdido. Participa de expedição ao alto rio Negro, organizada pelo Serviço de Proteção ao fndio, tentando rodar um filme sobre uma tribo de índios louros e a Deusa Branca que lhe deu origem. Desentende-se com o chefe da expedição, amotina-se e o desafia para um duelo a tiros. Tendo este se recusado e procurado abrigo no porão de uma das embarcações, assume o comando da expedição. Realiza exposição individual na Galeria Helene Dale, em Paris. 1959 Projeto para Assembléia Legislativa, em São Paulo. Cenários para Calígula de Camus, no Teatro de Alumínio, na praça das Bandeiras. Realiza exposição individual na Galeria KLM, em São Paulo. 1960 Realiza individual na Galeria São Luís, em São Paulo. 1961 Participa dos concursos internacionais para o Edifício Peugeot, em Buenos Aires; e para o da Organização Pan-americana da Saúde, em Washington. 1962 Apresenta suas Notas para Reconstrução de um Mundo Perdido, em seminário realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia. Estabelece ateliê na avenida Ipiranga, 81, ap. 1608. 1963 Tentativa de organização de retrospectiva de sua obra no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, durante a gestão de Carmen Portinho. Sala Especial na VII Bienal de São Paulo. 1964 Participa do concurso para o monumento Mãe, dos Diários Associados. 1965 Recebe a grande medalha de ouro no XIV Salão Paulista de Arte Moderna, em São Paulo. Cenários e figurinos para o bailado Tempo, no Teatro Ruth Escobar. Individual de Retratos, no Clubinho.

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Projeto para Monumento às Vítimas do Hidroavião Santos Dumont, 1928.


Monumento Funerário Modernista, 1930, modelo em gesso Coleção Museu de Arte Moderna da Bahia.

Projeto para Monumento a Santo Antônio, 1931.

Projeto para Monumento ao Soldado Constitucionalista, 1934.

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1966 Palestra sobre moda na Rex Gallery. Individuais no Museu de Arte Moderna, em São Paulo, e na Galeria do Instituto dos Arquitetos do Brasil, em Porto Alegre. Participa do concurso de projetos para o Paço Municipal de Valinhos. Conferência Arte como Grafia da História, na Chelsea Art Gallery, em São Paulo. 1967 É premiado pelo júri internacional da 9. a Bienal de São Paulo. Realiza individual na Art Galeria, ocasião em que pronuncia a conferência O Bailado do Deus Morto e Motivos que Levam ao Abandono de Deus. Lança o álbum 32 Desenhos na Galeria Atrium. Participa do Seminário de Tropicologia do Recife, organizado por Gilberto Freyre. Apresenta projeto para o concurso do Teatro Municipal de Campinas. Concorre à presidência do IAB pela chapa da oposição. Tem sala especial permanente no Museu de Arte Brasileira, FAAP, inaugurada com mostra retrospectiva. 1968 Realiza decoração, para baile de carnaval, no Teatro Municipal de São Paulo. Projeta e constrói o Monumento a Garda Lorca, inaugurado em cerimônia que conta com discurso de Pablo Neruda. Realiza individuais no Jequitimar Guarujá (jan./fev.), na Galeria Miani (ago.), na Galeria Art. (out./nov.) e na Prefeitura de Valinhos. Participa do concurso de projetos para Biblioteca Municipal da Bahia, em Salvador. 1969 Preside a comissão de artes plásticas do Centro Cultural Garda Lorca, formada por Maria Leontina, Maria Eugênia Franco, Geraldo Ferraz, Francisco Petit e Alfredo Volpi. Realiza mostra individual na Galeria Azulão, em São Paulo. Projeta, a pedido de Arnaldo Florence, a igreja Catedral de Pinhal. Projeto para Monumento ao Café, 1954.

1970 Realiza expOSlçao no Museu de Arte Moderna, São Paulo, com J. Toledo, e, na Minigaleria do USIS, com Walter Lewy e Edl, com trabalhos em tinta fosforescente, presente do cônsul Alan Fisher. Projeta Monumento às Forças Expedicionárias Brasileiras. 1971 Projeta Monumento aos Guararapes, no Recife, e painel de azulejos no Instituto de Arquitetos do Brasil, em São Paulo. Expõe com Moussia Pinto Alves na galeria Girassol, em Tem sala especial na XI Bienal de São Paulo. 1972 O teatro de Arena se propõe a montar o Bailado do Deus posteriormente abandonado. mostras Semana de 22, no MASP, em São Anos de Arquitetura Moderna, no Museu de Arte do Rio de Janeiro. Concorre à vaga da Academia Paulista de Letras, com apoio de de Hollanda e Luís Martins, como candià de Alfredo Buzaid, então ministro da datura Justiça.

1973

de sala em homenagem a Maria Martins e a XII Bienal de São Paulo, que não chegaria a no departamento de História da Faculdade Realiza e Ciências Humanas da Universidade de São de Paulo. Filma O Comedor de Emoções) produção de J. Toledo, que peI·ma.ne<:e inacabado. internado na Santa Casa de Valinhos. inaugurada na Galeria Girassol, com J. Toledo. a 4 de

Projeto para Monumento à Universidade Internacional de Música e Artes Cênicas, 1955.


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Projeto para Monumento a Garda Lorra. 1968.

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Ilustração para artigo

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série "A Moda e o Novo Homem " ,publicada pelo Diário de S. Paulo.


INTRODUÇÃO À BIBLIOGRAFIA DO ARTISTA Rui Moreira Leite

A presente introdução tenta recompor a trajetória dos escritos de Flávio de Carvalho a partir de um levantamento exaustivo de seus artigos e entrevistas em jornal, manuscritos inéditos e conferências. Seus primeiros escritos são artigos e entrevistas publicados na imprensa paulista em meados dos anos 20. Referem-se à arquitetura, comentam eventualmente espetáculos e exposições então realizados. Sua adesão à antropofagia de Oswald de Andrade e Raul Bopp em sua fase radical é marcada pela participação do artista no IV Congresso Pan-americano de Arquitetos com as palestras A Cidade do Homem Nu e Antropofagia no Século XX. Data igualmente dessa fase o projeto do volume de ensaios Brasil/Freud, que integraria a Bibliotequinha Antropofágica (1) • Em 1931 publica Experiência n.O 2, que tem, ainda nesse ano, sua segunda edição. Trata-se de obra escrita mais divulgada, que traz, além do relato do episódio da procissão e sua análise pormenorizada, um curiosíssimo conjunto de ilustrações. É em função desse trabalho que recebe o convite para participar do VIII Congresso de Filosofia realizado em Praga em 1934. A Editora Nacional encomenda-lhe na ocaSlao um livro de viagens, pedido que dá origem a Os Ossos do Mundo. A viagem permite-lhe desenvolver, além desse livro, numeroso conjunto de escritos: Mecanismo da Emoção Amorosa, apresentado como comunicação especial ao VIII Congresso de Psicotécnica que se segue àquele de filosofia anteriormente mencionado; Origens da Arte Popular, desenvolvimento de anotações realizadas a partir de visitas a museus etnográficos europeus; O Homem Desmontável, esboço de peça teatral; A I nquietude do Ocidente, a que nos remete em nota de Os Ossos do Mundo. Em seu regresso da Europa, dá início à publicação de uma série de entrevistas, entre elas as realizadas com Herbert Read, Roger Caillois, Man Ray, Tristan Tzara, André Breton e Ben Nicholson (2). Realiza, ainda em 1935, a conferência A Pintura do Som e a Música do Espaço, sobre a obra do pintor tcheco Arne Hosek. A publicação de Os Ossos do Mundo se atrasa pela recusa da Editora Nacional em aceitá-lo, e o livro é lançado somente em fins do ano seguinte pela Ariel, do Rio de Janeiro. Prossegue sua colaboração irre-

guIar na imprensa do Rio de Janeiro e de São Paulo, qual cabe destacar a polêmica com Geraldo Ferraz por ocasião do 1.0 Salão de Maio, em 1937, quando apresenta o trabalho O Aspecto Psicológico e Mórbido da Arte Moderna} enviado ao II Congresso Internacional de Ciência da Arte, em Paris (3). No ano seguinte, a convite de Sangirardi Jr., pronuncia na Rádio Cultura a palestra A Casa do Homem no Século XX, que, com algumas alterações, seria sua comunicação ao V Congresso Pan-americano de Arquitetos, em Montevidéu, dois anos mais tarde (4) • Em 1939 a organização do III Salão de Maio e a publicação da RASM ensejam novo conjunto de escritos de importância: O Manifesto do 111 Salão de Maio e Um Plano de Seis Anos, cartas programáticas do movimento; e Recordação do Clube dos Artistas Modernos e A Epopéia do Teatro da Experiência e o Bailado do Deus Morto, sistematização de sua atuação no CAM, no início dos anos 30. Em 1941, com seu estudo A Percepção na Criança, participa do ciclo de conferências realizadas na Galeria Prestes Maia por ocasião da exposição de desenhos de crianças inglesas.

o ano de 1943 é o da expedição ao Paraguai como "enviado em missão geopolítica", experiência que se desdobra na conferência O Berço da Civilização do Mundo e Notas sobre a Cultura Guarani e na série de artigos Rumo ao Paraguai, cuja publicação se inicia ainda nesse ano pelo Diário de S. Paulo (5). Quatro anos mais tarde, sua participação no VI Congresso Pan-americano de Arquitetos leva-o a Lima, viagem que dá origem a nova série de artigos, publicados então por O Estado de S. Paulo (6). Em 1948, por ocasião de sua exposição no Museu de Arte de São Paulo, realiza conferência defendendo a individualidade do artista diante da opinião pública. Em 1952 nova palestra, desta vez tratando das observações feitas sobre os índios carajás, realizadas quando de sua participação junto à expedição Civelli à ilha do Bananal. No ano seguinte anuncia a conclusão de Meridiano Sul, que define como "interpretação psicológica e geopolítica da história continente sul-americano" (7). Essa que permaneceu inédita, representa possivelmente o de85


Caderno de anotações de viagem, 1934. Notas para os Ossos do Mundo.

Caderno de anotações de viagem, 1934. Notas para O Mecanismo da Emoção Amorosa. Programa do Congresso Internacional de Psícotécníca, Praga, 1934.

senvolvimento das senes anteriores sobre Paraguai e Peru e de um capítulo abandonado final de Os Ossos do Mundo: de uma coluna no Diário de S.

Esses dois

textos são

e se

NOTAS (1) Raul Bopp. Cobra Norato, 6. ed. Rio de Janeiro. Liv. São José, 1956, p. 9. (2) A publicação desse material prossegue até 1939, em diversos

órgãos de imprensa. A série é inicialmente publicada, com alguma regularidade, pelo Diário de S. Paulo. (3) Deuxieme Congres International dJEsthétique et de Science Librairie Félix Alcan, 1937, T.2 p. 412-5; Nide f Art. canor Miranda. "O Brasil no Congresso de Esthetíca". O Estado de S. São Paulo, 17 novo 1937. (4) Flávio de R. Carvalho. "A máquina e a casa do homem no XX". Dom Rio de Janeiro, 2 mar. 1940; Panamericano - actas y trabaIVlr.ntf>"j(~pn Talleres Gráficos Urte y Curbelo, 1940, (5) Essa

(6) (7) (8)

(9)

86

tentativas anterioFawcett tenta salr res. Em de uma série de com financiamento dos por meio de uma Em fins dos anos dos gatantlot<)S do SuL "A resistência passiva no Titicaca". Walter Zanlni. "Conversa com Flávio de Carvalho". Tribuna da Rio de Janeiro, 27 jun. 1953. Relacionada com esses escritos está a n.O lande um traje de verão homens, no de S. Paulo artigo não integra a série A Moda e o Novo Homem) "Nova moda para o novo homem", de 24 jun. 1956. In: Contribuição Flávio de Carvalho. "Vestuário e 1974, p. 69. ' Paulista à São Paulo,



1. BIBLIOGRAFIA DO ARTISTA-k

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PEDROSA, Mário. A. Bienal de Cá para Lá. In: FERREIRA GULLAR. Arte Brasileira Hoje. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1973, p. 30-1

DAHER, Luiz Carlos. Flávio de Carvalho: Ar,(fuztetiura e Expressionismo. São Paulo, Projeto Editora, 1982

Mundo Homem Arte em Crise. São Paulo, Perspectiva, 1975, p. 277-8 Dos Murais de Portinari aos Espaços de Brasília. São Paulo, Perspectiva, 1981, p. 256; 326

PEIXOTO, Fernando. O Que é Teatro, 4. ed. São Paulo, Brasiliense, 1981, p. 117 PENTEADO, Yolanda. Tudo em Cor-de-rosa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1976, p. 157-8; 248 PIGNATARI, Décio. Contracomunicação, 2. ed. São Paulo, Perspectiva, 1973, p. 235 PONTUAL, Roberto. Arte Brasileira Contemporânea. Rio de Janeiro, Jornal do Brasil, 1981, p. 35-6 PRADO, Yan de Almeida. A Grande Semana de Arte Moderna. São Paulo; EDART, 1976, p. 33; 39; 93-4 REALE, Ebe. Brás, Pinheiros, Jardins . .. Três Bairros, Três Mundos. São Paulo, Pioneira; EDUSP, 1982, p. 132-3, 1 i1. REGO, José Lins do. Dias Idos e Vividos. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1981, p. 201 REIS F.o, Nestor Goulart. Quadro da Arquitetura no Brasil. São Paulo, Perspectiva, 1970, p. 68

MICHELET, René. Criticando o Incriticável ou A Exposição FIá· vio de Carvalho. [São Paulo], s.e. [1934] PIRES, Mário. Flávio de Carvalho; uma vida fascinante. nas, Ativa, 1976 TOLEDO, Maria Conceição Arruda. Flávio de Carvalho. Campinas, Academia Campinense de Letras, 1983

D. Álbuns FLÁVIO de Carvalho. Apresentação de Newton Freitas. Buenos Aires, Ediciones Botella aI Mar, 1948, 27 i1. Álbum de reproduções FLÁVIO de Carvalho. 32 desenhos. Textos de Pietro Maria. Bardi Francisco Luís de Almeida Salles e José Geraldo Vieira. São Paulo, EDART, 1967, 32 pranchas. Álbum de reproduções FLÁVIO de Carvalho. Apresentação de Júlio A. Pacello e Raimar Richers; depoimentos de Carlos Scliar, Francisco Rebolo <?~n­ zales Francisco Stockinger, Geraldo Ferraz, Jayme Maunclo, José 'Geraldo Vieira, Marcelo Gra~smann, l\:1aria L~on~ina, Mílton Dacosta, Noêmia Mourão e Pletro Mana Bard1. Sao Paulo, Acervo Pacello Richers Edições de Arte, 1974, 10 gravuras

REIS Jr., José Maria dos. História da Pintura no Brasil. São Paulo, Ed. Leia, 1944, p. 379, 1 i1. (n.o 296)

E. Participação em Álbuns

RHOSENHAUS, Sophie. O Homem Moderno e a Arte. São Paulo, Alarico, s.d., p. 71

BENTO, Antônio. Panorama da Pintura Moderna Brasileira. Rio de Janeiro, Ediarte, 1966, voI. 1, prancha 11

SANTOS, Paulo F. Quatro Séculos de Arquitetura. Valença, Ed. Valença, 1977, p. 108, 113-4 SOUZA, Abelardo de. Arquitetura no Brasil, depoimentos. São Paulo, Liv. Diadorim; EDUSP, 1978, p. 123-30 SOUZA Ricardo Forjaz Christiano de. Trajetórias da Arquitetura Mode~nista. São Paulo, Secretaria Municipal de Cultural IDART, 1982, p. 11; 13; 17; 22-3; 42-5; 48-53; 56-7; 70-1; 75; 79, 11 i1. SOUZA Wladimir Soares de. Iniciação à Cultura Brasileira. Rio de Ja~eiro, J. Olympio; Didacta, 1974, vo1. 2; p. 41 VALLADARES, José. Artes Maiores e Menores. Salvador, Liv. Progresso, 1957, p. 166 ZíLIO Carlos. A querela do Brasil. Rio de Janeiro, MEC FUNAR'TE, 1982, p. 59; 109

F. Artigos e entrevistas em periódicos

'k

1928 ANDRADE, Mário de. Architectura Moderna I. Diário Nacional, São Paulo, 2 fev. 1928. Arte ANDRADE, Mário de Architectura Moderna cional, São Paulo, 3 fev. 1928. Arte

n.

Diário Na-

ANDRADE, Mário de. Architectura Moderna III. Diário Nacional, São Paulo, 4 fev. 1928. Arte O NOVO palacio do governo e o projecto modernista, Diário da Noite, São Paulo, 4 fev. 1928, 1 i1. .. Listados em ordem cronológica.

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AINDA o atordoante projecto "Efficacia". Diário da Noite, São Paulo, 6 fev. 1928, 2 il.

UM THEATRO que escandalizou - o sr. Flavio de Carvalho fala à PIa te a a respeito do "Bailado do Deus Morto". A Platea, São Paulo, 20 novo 1933. (entrevista)

CRISPIM, Antonio, pseudo [Drummond de Andrade, Carlos]. Um ante-projecto de Universidade. Diário de Minas, Belo Horizonte, 4 novo 1928

1934 GERSON, Brasil. A exposição do homem incrivel. A Platea, São Paulo, 28 jun. 1934

EM MEMORIA das victimas do hydro aVIa0 "Santos Dumont" - o monumento que lhes vae ser erigido e o projecto do engenheiro Flavio de Rezende Carvalho. Diário da Noite, São Paulo, 26 dez. 1928, 1 il. 1930 UM MONUMENTO funerario modernista. Diário da Noite, São Paulo, 27 jan. 1930. (entrevista) UM MONUMENTO modernista será erguido na necropole do Araçá. Suplemento O Jornal, São Paulo, 23 fev. 1930. (entrevista) COMO os architectos modernistas de São Paulo encaram o proximo Congresso Pan-americano. Diário da Noite, São Paulo, 22 maio 1930. (entrevista) UMA THESE curiosa "A Cidade do Homem Nu". Diário da Noite, São Paulo, 1 jul. 1930. CRISPIM, Antonio, pseudo [Drummond de Andrade, Carlos]. A anthropophagia no século XX. Minas Geraes, Belo Horizonte, 10 jul. 1930. 1931 UMA EXPERIENCIA sobre a psychologia das multidões da qual resultou serio disturbio . O Estado de S. Paulo, São Paulo, 9 jun. 1931.

EXPOSIÇÃO de Pintura Moderna de Flavio de Carvalho. Diário de S. Paulo, São Paulo, 28 jun. 1934 DIVERSOS quadros da exposição de pintura de Flavio de Carvalho apprehendidos pela policia. Diário da Noite, São Paulo, 12 jul. 1934 FERRAZ, Geraldo. Os maus costumes de um delegado de costumes. Diário da Noite, São Paulo, 13 jul. 1934 BRAGA, Rubem. Caso de policia. Diário de S. Paulo, São Paulo, 13 jul. 1934 A JUSTIÇA condemnou a prepotencia policial mandando reabrir a exposição do pintor Flavio de Carvalho. Diário de S. Paulo, São Paulo, 26 jul. 1934 ANDRADE, Mário de. Flavio de Carvalho. Diário de S. Paulo, São Paulo, 4 ago. 1934 1935 OS POVOS soffrem mais! na Europa cada vez mais velha Flavio de Carvalho fala aos Diarios Associados ao regressar de uma longa viagem pelo velho mundo. Diário da Noite, São Paulo, 7 fev . 1935. (entrevista)

NÃO se descobriu á passagem da procissão e quasi foi lynchado. Diário de S. Paulo, São Paulo, 9 jun. 1931.

A PINTURA do som e a musica do espaço - a conferencia hontem do sr. Flavio de Carvalho no Instituto de Engenharia. Diário de S. Paulo, São Paulo, 29 mar. 1935

FERRAZ, Geraldo. Experiência numero dois. Correio da Tarde, São Paulo, 29 set. 1931.

1937 XAVIER, Lívio. Os ossos do mundo . Diário de S. Paulo, São Paulo, 5 fev. 1937. Livros Novos

1932 LUIZ, José, pseudo [Drummond Andrade, Carlos]. O homem da rua. Minas Geraes, Belo Horizonte, 11 fev . 1932.

OLIVEIRA, Nelson Tabajara de . Os ossos do mundo. Boletim de Ariel, Rio de Janeiro, anno VI , (6) : 167, mar. 1937

CLUBE dos Artistas Modernos. Diário da Noite, São Paulo, 24 dez. 1932. (entrevista)

O ASPECTO Psychologico e Morbido da Arte Moderna conferencia realizada pelo Sr. Flavio de Carvalho no Primeiro Salão de Maio. Diário de S. Paulo, São Paulo, 22 jun. 1937

1933 EM TORNO da exposição de cartazes promovida pelo Clube dos Artistas Modernos - o cartaz adquiriu na vida moderna a força de uma arma disse á Folha da Noite o engenheiro Flavio de Carvalho. Folha da Noite, São Paulo, 18 jul. 1933. (entrevista) BRAGA, Rubem . Theatro da Experiencia - um laboratorio onde se procura crear para o Brasil, uma nova arte theatraI palavras e detalhes expostos pelo sr. Flavio de Carvalho do Clube dos Artistas Modernos. Diário de S. Paulo, São Paulo, 10 novo 1933. (entrevista) FALCÃO, Brasil. Theatro de Experiencia. Diário de S. Paulo, São Paulo, 16 novo 1933

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MIRANDA, Nicanor. O Brasil no Congresso de Esthetica. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 17 novo 1937 1938 AMARAL, Péricles do. S. Paulo tem dezessete casas verdadeiramente proprias para a gente morar! Problemas, São Paulo, ano I , (8) : 53-6, maio 1938 CASAS frescas no verão e quentes no inverno - o architecto Flavio de Carvalho offerece um "cock-tail" á imprensa na inauguração do primeiro grupo de casas de sua construção. Folha da Manhã, São Paulo, 10 jun. 1938, 1 il.


1941 INICIADA a série de palestras na exposição de pinturas de escolares da Grã-Bretanha - o escritor Flávio de Carvalho falou ontem, na Galeria Prestes Maia, sobre o tema "A percepção na criança." Diário de 5. Paulo) São Paulo, 5 dez. 1941 1943 AS FRONTEIRAS estratégicas do Brasil estão fixadas nas margens do rio Paraguai - entrevista concedida pelo engenheiro Flávio de Carvalho sobre o momentoso assunto. Diário de 5. Paulo) São Paulo, 2 set. 1943 CONFERÊNCIA do escritor Flávio de Carvalho. Diário de 5. Paulo) São Paulo, 12 set. 1943 NUMA FESTA original reviveu ontem o "Teatro da Experiência" de 1933. Diário de 5. Paulo) São Paulo, 25 set. 1943 1948 MARTINS, Ibiapaba. A volta de Flávio de Carvalho. Cor· reio Paulistano) São Paulo, 29 ago. 1948. Notas de Arte O ARTISTA que se preza não pinta para nenhum público declarou às Folhas o pintor Flávio de Carvalho que vai expor em Buenos Aires. Folha da Noite) São Paulo, 6 set. 1948

1958 ULTIMAM-SE os preparativos da expedição que percorrerá regiões desconhecidas visitando afluentes do rio Negro. Diário de 5. Paulo) São Paulo, 24 ago. 1958 RENú, Gustavo. Flávio de Carvalho realiza a sua experiência n.O 4. Revista do Globo) Porto Alegre, 20 set. 1958 PLAYBOY at Work. Time) laün american edition, La Habana, VoI. LXXII, (14): 17, 22 dez. 1958 EXPERIÊNCIA nas selvas amazônicas: Flávio de Carvalho e a Deusa Proibida. O Tempo) São Paulo, 28 dez. 1958 1959 TRANSFORMAÇÃO do vale do Paraíba em Centro Internacional de Arte. O Globo} Rio de Janeiro, 23 novo 1959, 3 i1. (entrevista) 1962 O HOMEM e a civilização. O Estado de 5. Paulo) São Paulo, 18 jan. 1962 MILLIET, Sérgio. Flávio de Carvalho. Suplemento Literário de O Estado de 5. Paulo) São Paulo, 5 maio 1962 1963 SALA especial para Flávio de Carvalho. O Estado de 5. Paulo) São Paulo, 4 maio 1963

D.C.B. Apostillas. Ver y Estimar) Buenos Aires, voI. lI, (7,8): 122-3, outjnov. 1948 1949 FREITAS, Newton. Flávio de Carvalho. Cultura) Rio de Janeiro, ano I, (2): 267-269, janjabr. 1949 1951 MARTINS, Ibiapaba. A Exposição de Flávio de Carvalho. Correio Paulistano) São Paulo, 26 out. 1951 1952 ONAGA, Hideo. Flávio de Carvalho entre os caraJas - o conhecido arquiteto, artista e escritor pronunciará uma conferência sobre a expedição Civelli à ilha do Bananal. Folha da Manhã) São Paulo, 17 ago. 1952 1956 FLÁVIO de Carvalho surpreende a cidade ao apresentar a indumentária do futuro. Diário de 5. Paulo) São Paulo, 19 out. 1956 FLÁVIO de Carvalho exibe seu traje no Clube dos Artistas. Folha da Tarde) São Paulo, 20 out. 1956 LINGUANOTTO, Daniel. Flávio de Carvalho estreou seu new look - é de nylon e de brim, acalma os nervos, evita as guerras, previne resfriados. Manchete) Rio de Janeiro, (236): 72-75, 27 out. 1956 FLÁVIO de Carvalho em Roma. Correio da Manhã) Rio de Janeiro, 15 novo 1956 FLÁVIO de Carvalho expõe na galeria Obelisco de Roma. Folha da Noite) São Paulo, 4 dez. 1956 1957 FLÁVIO de Carvalho apoiado por outros artistas dispostos a agir judicialmente contra o julgamento da Bienal. Diário da Noite) São Paulo, 28 mai. 1957

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Catálogo da primeira exposição individual. 1934.

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EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

1934 1. a Exposição de Pintura de Flávio de Carvalho, rés-do-chão do Prédio Alves Lima, rua Barão de Itapetininga, 10, São Paulo, 27 jun./15 jul. 1948 Exposição de Pinturas e Desenhos de Flávio de Carvalho, Museu de Arte de São Paulo, São Paulo, ago./set. Exposición de Pinturas y Dibujos de Flávio de Carvalho, Galeria Viau, Buenos Aires, 20/30 out. 1951 Exposição do Pintor Flávio de Carvalho, Galeria Domus, São Paulo, out./nov. 1952 Flávio de Carvalho, Desenhos, Museu de Arte Moderna, São Paulo, fev. 1956 Flávio de Carvalho, Galeria l'Obelisco, Roma, 1/15 novo 1957 Desenhos, Galeria Ambiente, São Paulo, abro Desenhos, Galeria Montmartre Jorge, Rio de Janeiro, dez. 1958 Flávio de Carvalho, Galeria Hélene Dale, Pariz dez. 1959 Flávio de Carvalho, KLM, São Paulo. 1960 Flávio de Carvalho São Paulo, novo

Desenhos, Galeria de Arte São Luís,

1963 Flávio de Carvalho, Sala Especial na VII Bienal de São Paulo, São Paulo, set./ dez. 1965 Retratos de Flávio de Carvalho, Clube dos Artistas e Amigos da Arte, São Paulo, out./nov. 1966 Flávio de R. Carvalho 1966, Galeria do IAB, Porto Alegre, abr./mai. Flávio de Carvalho, Museu de Arte Moderna, São Paulo, dez.

Catálogo da exposição individual em Buenos Aires, na Galeria Viau, 1948,

1967 Exposição Retrospectiva Flávio de Carvalho, Art Galeria, São Paulo, 1/30 jun. Flávio de Carvalho, Museu de Arte Brasileira, São Paulo, nov./dez. 1968 Flávio de Carvalho, Jequitimar, Guarujá, jan./fev. Flávio de Carvalho - Aquarelas, Galeria Miani, São Paulo, ago. Flávio de Carvalho - Aquarelas 2, Art Galeria, São Paulo, 15/30 out. Retrospectiva Flávio de Carvalho, Prefeitura de Valinhos, Valinhos. 1969 Retrospectiva das Obras de Flávio de Carvalho, Galeria Azulão, São Paulo, ago./set. 1971 Flávio de Carvalho, Sala Especial na XI Bienal de São Paulo, set./nov. 1973 Retrospectiva Flávio de Carvalho, Museu de Arte Brasileira, São Paulo, jun. Gravuras e Desenhos, Galeria Arte Aplicada, São Paulo, jun. Exposição de Flávio de Carvalho, Museu de Arte Contemporânea, São Paulo, 28 jun./17 set.

L

Catálogo da exposição individual em Roma. na Galeria 1956.

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EXPOSIÇÕES COLETIVAS

1931 XXXVIII Exposição Geral de Belas Artes, Escola Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. 1934 1. Salão Paulista de Belas Artes, São Paulo, jan. 0

1935 Sala de Arte de São Paulo, Salão de Chá da Casa Alemã, São Paulo, jun./jul. 1937 1. Salão de Maio, Esplanada Hotel, São Paulo, maio. 0

1938 2. Salão de Maio, Esplanada Hotel, São Paulo, jun. 0

1939 III Salão de Maio, São Paulo, jul. 2. Salão da Associação Francisco Lisboa, Porto Alegre. 0

1940 2. Salão de Belas Artes do Rio Grande do Sul, Instituto de Belas Artes, Porto Alegre, novo V Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo, São Paulo. 0

1941 VI Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, São Paulo, jan. Exposição de Pintura e Escultura dos Artistas de São Paulo, Sociedade Sul-rio-grandense, São Paulo. I Salão de Arte, Feira Nacional de Indústria, São Paulo, set./out. 1942 VII Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, galeria Prestes Maia, São Paulo, jul. 1944 Exhibition of Modern Brazilian Paintings, Royal Academy of Arts, Londres, nov./dez.

1946 X Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, Galeria Prestes Maia, São Paulo, jan. Exposição de Pintura Moderna em Homenagem Póstuma a Mário de Andrade, Galeria de Arte Itá, São Paulo, 21 fev./ 9 mar. Exposición de Pintura Contemporánea Brasilefía, Instituto de Extensión de Artes Plásticas, Universidade do Chile, Santiago, 12/30 novo 1947 Exposição Conjunta de Pintura e Escultura de Artistas de São Paulo, Galeria Domus, São Paulo, fev. XI Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, Galeria Prestes Maia, São Paulo, set./out. 1948 1. Exposição Artes Plásticas, Galeria Domus, São Paulo, 16/31 jul. 0

1949 Exposição de Pintura Paulista, Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro, jun. I Salão Bahiano de Belas Artes) Hotel da Bahia, Salvador, 1/30 novo Exposição de Pintura e Escultura, Edifício Sul América, Rio de Janeiro. 1950 Exposição de Peças Pertencentes à Coleção de Mário de Andrade, Museu de Arte Moderna, São Paulo, fev./mar. XXV Esposizione Biennale Internazionale d)Arte, Veneza. II Salão Bahiano de Belas Artes) Hotel da Bahia, Salvador) 1/30 novo Mostra d)Arte Moderna Brasiliana, Associazione Italo-Brasiliana, Roma, 4/16 dez. 1951 1. a Bienal do Museu de Arte Moderna, São Paulo, out./dez. Arquitetura na Bienal de São Paulo, Museu de Arte Moderna, São Paulo, out./ dez. I Salão Paulista de Arte Moderna, Galeria Prestes Maia, São Paulo, nov./dez. 1952 Exposição de Artistas Brasileiros, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, abro Artistes Brésiliens, Salon de Mai, Paris. Exposicion de Pintura) Dibujos y Grabados Contemporáneos dei Brasil, Museu de Arte Contemporáneo de la Universidad de Chile, Santiago, out. Mostra Internacional de Arte, Mainichi Newspapers, Tóquio.

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1953 2. a Bienal do Museu de Arte Moderna, São Paulo, dez./fev. 1954 Arte Contemporânea) exposição do acervo do Museu de Arte Moderna, São Paulo. 1955 1. a Exposição Oficial de Pintura em Atibaia, Atibaia, jun. Incisioni e Disegni Brasiliani, Vila Ciani, Lugano, 18 set./ 16out. III Bienal do Museu de Arte Moderna) São Paulo, jan./out. Arts Primitifs et Modernes Brésiliens) Musée d'Ethnographie, Neuchatel, 19 nov./28 fev.

1956 50 Anos de Paisagem Brasileira, Museu de Arte Moderna, São Paulo, fev./mar. Exposição do Retrato Moderno, Palácio da Indústria, São Paulo, dez,/jan. 1957 Arte Moderno en Brasil, Museo Nacional de Bellas Artes, Buenos Aires, 25 jun./28 jul. Siete Dibujantes Brasilefíos, Instituto de Cultura UruguayoBrasilefio, Punta del Este, jul. Siete Dibujantes Brasilefíos, Instituto de Cultura UruguayoBrasilefio, Montevidéu, ago. Doze Artistas de São Paulo, Saguão das Folhas, São Paulo, set./out. Arte Moderno en Brasil, Museo de Arte Contemporáneo, Santiago, 16 set./6 out. I Bienal das Artes Plásticas do Teatro, São Paulo. 1958 Exposição de Pintores Paulistas, Instituto Tecnológico da Aeronáutica, São José dos Campos, jun. 1959 Ausstellung Brasilianischer Kunstler) Haus der Kunst, Munique, jun./set. Brasilianische Kunst des Gegenwart, Stadtischer Museum, Leverkusen, 27 nov./10 jan. Quarenta Artistas do Brasil, galeria São Luís, São Paulo. 1960 Moderne Braziliaanse Kunst, Centraal Museum, Utrecht, 17 mar./15 maio. Coleção Leirner, Galeria de Arte da Folha, São Paulo, jun. 1962 Mostra Inaugural) Galeria do Clube dos Artistas, São Paulo, mar. 1963 Pintura e Escultura Contemporâneas, Museu de Arte Comtemporânea da USP, Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas, Campinas, jul./ago. Pintura e Escultura Contemporâneas, Museu de Arte Contemporânea da USP, Escola de Artes Plásticas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, 16/28 set. Pintura e Escultura Contemporâneas, Museu de Arte Con.temporânea da USP, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Marília, Marília, 9 nov./1 dez. Exposição de Arte do Século XX, Museu de Arte Contemporânea da USP, Pavilhão da Escola Industrial "Prof. a Anna de Oliveira Ferraz", Araraquara, dez. 1964 Goeldi Coleção Nelson Mendes Caldeira, Museu de Arte Brasileira, São Paulo, mar. O Nu Como Tema, Instituto Brasil-Estados Unidos, Rio de Janeiro, abr./maio. Coleção Ernesto Wolf, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, ago./ set. Seleção de Obras de Arte Brasileira da Coleção Ernesto Wolf, Museu de Arte Moderna, São Paulo, out./nov. Arte no IAB) Arquitetos) Pintores, Instituto dos Arquitetos do Brasil, São Paulo, out.

1965 XIV Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo, jun. 8. a Bienal de São Paulo, São Paulo, set./nov. The Emergent Decade, Salomon Guggenheim Museum, New York, dez,/jan.


1966 Art of Latin America since I ndependence, Yale University

Art Gallery, New Haven, fev. Art of Latin America since Independence, University of Texas Art Museum, Austin, fev. 1967 9." Bienal de São Paulo, São Paulo, set./ian. 3.° Salão de Arte de Itapetininga, Casa Presidente Kennedy, Itapetininga, 4/26 novo

1977 Colecionadores das Arcadas, Museu de Arte Moderna, São

Paulo, 4/21 ago. Uma História de Cinco Séculos, Museu de Arte de São Paulo, jan./abr. História da Tipografia no Brasil, Museu de Arte de São Paulo.

1979 Arte no Brasil -

1925 a 1937, Secretaria Municipal de Cultura - IDART, São Paulo, 13 abr. Aspectos da Cenografia e do O Teatro Paulista 40, Secretaria Municipal do Início do Século à Década de Cultura - IDART. São Paulo, 6 iul./5 out.

1980 Arquitetura Moderna em São Paulo 1968 4.° Salão de Arte de Itapetininga, Casa Presidente Kennedy,

Itapetininga, 27 out./24 novo 1969 Panorama da Arte Atual Brasileira 1969, Museu de Arte Mo-

derna, São Paulo, abro Oswaldo Goeldi e Flávio de Carvalho, Museu de Arte Brasileira, São Paulo, jun. Exposição Coletiva, Galeria de Arte Com. Alberto Bonfiglioli, São Paulo, nov. V Salão de Arte de Itapetininga, Casa Presidente Kennedy, Itapetininga, novo 1970 Exposição Coletiva, Galeria de Arte Com. Alberto Bonfiglioli, São Paulo, abro Flávio de Carvalho e ]. Toledo, Museu de Arte Moderna, São Paulo, jun. Black Light Art, Minigaleria USIS, São Paulo, jun. 1. a Mostra de Arte de Limeira, Lions Clube de Limeira, Limeira, 26 jul./2 ago. VI Salão de Arte de Itapetininga, Casa Presidente Kennedy, Itapetininga, 31 out./lO novo Panorama da Arte Atual Brasileira - Pintura, Museu de Arte Moderna, São Paulo. 1971 Moussia Flávio de Carvalho, Galeria Girassol, Campinas,

15/30 jun. Artistas Nacionais, Paço das Artes, São Paulo. Panorama da Arte Atual Brasileira - Desenho, Gravura, Museu de Arte Moderna, São Paulo. VII Salão de Arte de Itapetininga, Casa Presidente Kennedy, Itapetininga, 1/15 novo

1982 Do Modernismo à Bienal, Museu de Arte Moderna, São Paulo, jun. Brasil 60 Anos de Arte Moderna Coleção Gilberto Chateaubriand, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 12 jul./ 26 set. Entre a Mancha e a Figura, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, set./out. Pinacoteca Municipal, Centro Cultural São Paulo, São Paulo, set./out. 80 Anos de Arte Brasileira, Prefeitura de Marília, dez. 80 Anos de Arte Brasileira, Faculdade de Artes e Comunicações, Bauru, dez./ian. Gravadores e Gravuras, Centro Cultural São Paulo, São Paulo, dez./ian. 1983 80 Anos de Arte Brasileira, Fundação Clóvis Salgado, fev./ mar. 80 Anos de Arte Brasileira, Ribeirão Preto, mar. Del 600 ai Modernismo, Museo de Bellas Artes, Caracas, abr./mai.

1972 A Semana de 22 -

Antecedentes e Conseqüências, Museu de Arte de São Paulo, maio. 50 Anos de Arte Moderna no Brasil, A Galeria, São Paulo. set. Obras Doadas pelo Brasil, Museu de Arte Contemporânea, Skopje, Iugoslávia, 1/20 set. 2." Exposição Internacional de Gravura, Museu de Arte Moderna, São Paulo, set. Arte/Brasil 50 Anos Depois/Hoje, Collectio, São Paulo, nov./dez. 50 Anos de Arquitetura Moderna, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro.

1973 A Figura, Collectio, São Paulo, 19 fev./10 mar. Flávio de Carvalho e ]. Toledo, Galeria Girassol, Campinas.

maio/jun. Alguns Aspectos do Desenho Brasileiro, Instituto Brasil-Estados Unidos, Rio de Janeiro, jun. NUGRASP Gravures, Galerie Debret, Paris, 11 out./9 novo XII Bienal de São Paulo, São Paulo, out./nov. Image du Brésil, Manhattan Center, Bruxelas, novo 1974 Tempo dos Modernistas, Museu de Arte de São Paulo, ago./

set. Mostra da Gravura Brasileira, Fundação Bienal de São Paulo, nov./dez. 1975 O Tema é Mulher, Galeria Azulão, São Paulo, out./nov. SPAM e CAM, Museu Lasar SegaU, São Paulo, nov./dez. 1976 Os Salões, Museu Lasar Segall, São Paulo, jun./jul. Aspectos do Modernismo no Brasil, Centro de Convivência

Cultural, Campinas, out.

Capa de RASM, Revista Anual do Salão de Maio, 1939.

99


Velame do Destino, 1954, óleo/Coleção Gilberto Chateaubriand Bandeira de Mello.

100


RELAÇÃO DE OBRAS NA EXPOSIÇÃO i~

ARQUITETURA 1. Projeto para Palácio do Governo do Estado de São Paulo, 1927 a) Fachada (foto) b) Vista noturna com holofotes (foto) c) Vista aérea (original) 2. Projeto para Embaixada Argentina, 1928 a) Elevação frontal e lateral (foto)

3. A Cangaceira, 1954. BaIlet do IV Centenário a) Estudos para figurinos (aquarela) b) Estudo para cenário (guache) 4. Ritmos de Prokofiev, 1956. Teatro Cultura Artística a) Foto do espetáculo b) Maquete do cenário (foto)

DECORAÇÃO DE INTERIORES

3. Projeto para Farol de Colombo, 1928 a) Perspectiva (foto) b) Salão do Museu (foto) c) Salão de Festas (foto) d) Croquis e estudos (originais)

2. Decoração para Baile das 4 Artes no Clubinho, 1951 a) O Pensador de Rodin (foto)

4. Projeto para Universidade de Minas Gerais, 1928 a) Fachada (foto) b) Perspectiva (foto)

3. Decoração para Baile das 4 Artes do Clubinho no Restaurante Prato de Ouro, 1952 a) Estudos (originais)

5. Projeto em Estilo Cubista para a Universidade de Minas Gerais, 1928 a) Fachada (foto) b) Estudos (originais)

4. Decoração para Baile das 4 Artes do Clubinho no Circo Piolin, 1954 a) Estudos (originais) b) Fotos

6. Projeto para Palácio do Congresso do Estado de São Paulo, 1929 a) Perspectiva (foto) b) Estudo (original)

MONUMENTOS

7. Projeto para uma Vila na alameda Lorena, 1936 a) Plantas (cópias heliográficas) b) Fachadas em desenho (fotos) c) Instruções para o uso (foto) d) Interior (foto) 8. Fazenda Capuava, 1938 a) Vista frontal (foto) b) Perspectiva (foto) c) Vista lateral (foto) d) Maquete (foto) 9. Projeto para Paço Municipal de São Paulo, 1939 a) Maquete (foto) 10. Projeto para Paço Municipal de São Paulo, 1952 a) Perspectiva (original) 11. Projeto para Universidade Internacional de Música e Artes Cênicas, 1955 a) Plano geral (original) 12. Projeto para Assembléia Legislativa de São Paulo, 1959 a) Perspectiva (cópia heliográfica) 13. Projeto para Edifício Peugeot, 1961 a) Fachada (original) 14. Projeto para Organização Pan-americana da Saúde, 1961 a) Perspectiva (original) 15. Projeto para Paço Municipal de Valinhos, 1966 a) Visão frontal, mural de azulejos, planta da situação (original) 16. Projeto para Teatro Municipal de Campinas, 1967 a) Perspectiva (original) 17. Projeto para Biblioteca Municipal da Bahia, 1968 a) Perspectiva (cópia heliográfica) 18. Projeto para Igreja Catedral de Pinhal, 1969 a) Perspectiva (cópia heliográfica)

CENOGRAFIA E FIGURINOS 1. Bailado do Deus Morto, 1933. Teatro da Experiência a) Cena do espetáculo (guache) b) Foto do espetáculo 2. Sinfonia de Camargo Guarnieri, 1951. Teatro Municipal a) Cena do espetáculo (guache) b) Foto do espetáculo

*

1. Projeto para decoração do Teatro Municipal, 1936 a) Estudos (originais)

1. Projeto para Monumento às Vítimas do Hidroavião Santos Dumont, 1928 a) Desenho (foto) 2. Monumento Funerário Modernista, 1930 a) Modelo em gesso (foto) 3. Projeto para Monumento a Santo Antônio, 1931 a) Desenho (foto) 4. Projeto para Monumento ao Soldado Constitucionalista, 1934 a) Desenho (foto) b) Maquete (foto) 5. Projeto para Monumento ao Prisioneiro Político Desconhecido, 1952 a) Modelo (foto) 6. Projeto para Monumento a Anchieta, 1954 a) Modelo (foto) 7. Projeto para Monumento ao Café, 1954 a) Estudo (cópia) 8. Projeto para Monumento a Universidade Internacional de Música, 1955 a) Maquete (foto) 9. Projeto para Monumento a Garcíia Lorca, 1968 a) Estudo (original) 10. Projeto para Monumento à FEB, 1970 a) Estudo (original)

EXPERIÊNCIAS 1. Experiência n.O 2, 1931 a) Ilustrações do livro Experiência n.O 2 (fotos) 2. Expedição ao berço dos gafanhotos da América do Sul, fins dos anos 30 a) Projeto de traje (foto) 3. Experiência n.O 3, 1956 a) Maria Ferrara ajusta o traje (foto) b) Flávio de Carvalho no lançamento do traje de verão (foto) c) Estudo para traje de verão (original) d) Blusão (original) 4. Expedição Amazônica, 1958 a) Eva Harms e Flávio de Carvalho (foto) b) O grupo diante de uma embarcação (foto) c) Flávio de Carvalho envergando o traje especialmente concebido para a expedição (foto)

Abreviaturas utilizadas: s/ = sobre, Ass.=assinado, d.=datado, c.s.d.=canto superior direito, c.s.e.=canto superior esquerdo, c.i.d.= canto inferior direito, c.i.e.=canto inferior esquerdo, Cal. = coleção, s/a=sem assinatura, s/d=sem data.

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ESCULTURA 1. Cabeça de Adolescente} 1938. Gesso, 40 alto x 30 proL x 23 largo Ass. e d. atrás na base, no próprio gesso: FLAVIO DE CARVALHO 1938. Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho 2. Cabeça de Índia} 1938, C. Gesso, 40 alt. x 30 prof. x 23 largo S/a, s/do Cal. Dinah Lopes Coelho 3. Cabeça de Maria Kareska} 1950 C. Terracota, 35 alto x 27 proL x 23 largo S/a, s/do Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

17. Retrato de Oswald de Andrade e Julieta Bárbara, 1939. Óleo s/tela, 130 x 97. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1939. Cal. Museu de Arte Moderna da Bahia 18. Retrato do Poeta Italiano Ungaretti, 1941. Óleo s/tela, 110 x 97. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1941. Cal. Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea, Roma 19. Mulher Morta com Filho, 1946. Óleo s/tela, 50 x 61, Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1946. Cal. Afonso Brandão Hennel 20. Retrato de Nicolas Guillén, 1948. Óleo s/tela, 110 x 80. S/a, s/do Cal. Chaim Hamer

PINTURA

21. Retrato de José Lins do Rego, 1948. Óleo s/tela, 81 x 65. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1948. Cal. Museu de Arte Contemporânea, USP

Óleos:

22. Nu Teatral, 1949. Óleo s/tela, 60 x 73,5. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1949. Cal. Esnerto Wolf

1. Auto-retrato} 1923. Óleo s/madeira, 52,5 x 47,5. Ass. c.s.d.: flavio de carvalho, s/do Cal. Rui Moreira Leite

23. Retrato de Maria Kareska, 1950. Óleo s/tela, 110 x 80. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1950. Cal. Museu de Arte Brasileira, FAAP

2. De Manhã Cedo, 1931. Óleo s/tela, 49 x 36,5. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1931. Cal. Renato Magalhães Gouvêa

24. Retrato de Murilo Mendes, 1951. Óleo s/tela, 100 x 70. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1951. Cal. Gilberto Chateaubriand Bandeira de Mello

3. Pensando} 1931. Óleo s/tela, 30 x 52. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1931. Cal. Fernando Barjas Millan 4. Anteprojeto para Miss Brasil, 1931. Óleo s/tela, 43 x 28. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1931. Cal. Fulvia e Adolpho Leirner 5. A Inferioridade de Deus, 1931. Óleo s/tela, 54,5 x 73. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1931. Cal. Gilberto Chateaubriand Bandeira de Mello 6. Mulher Depreciada Recolhe-se em Posição Uterina} 1932. Óleo s/tela, 31 x 55, Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1932. Cal. Museu de Arte de São Paulo 7. Ascensão Definitiva de Cristo, 1932. Óleo s/teia, 75 x 60. S/a. s/do Cal. Pinacoteca do Estado 8. Composição, 1932. Óleo sobre tela, 59 x 55. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1932. Cal. João Marino 9. Retrato do Arquiteto Carlos da Silva Prado, 1933. Óleo s/ tela, 46 x 33. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1933. Cal. Carlos da Silva Prado

25. Retrato de Anna Maria Fiocca} 1951. Óleo s/tela, 70 x 66. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1951. Cal. Palácio Bela Vista 26. Retrato de Yvonne Levi} 1951. Óleo s/tela, 101 x 70. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1951. Cal. Museu de Arte Brasileira, FAAP 27. Velame do Destino} 1954. Óleo s/tela, 65 x 73. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1954. Cal. Gilberto Chateaubriand Bandeira de Mello 28. Estudo para Nossa Senhora da Noite, 1954. Óleo s/tela, 55 x 54. Ass. e d. flavio de r. carvalho 1954. Cal. Mario Masetti 29. Presença Perpétua do Tempo, 1954. Óleo s/tela, 65 x 70. Ass. e d. c.s.d. flavio de r. carvalho 1954. Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho 30. Paisagem Mental, 1955. Óleo s/tela, 73 x 92. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1955. Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

10. Retrato de Mme Bruger, 1933. Óleo s/tela, 44,5 x 36,5. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1933. Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

31. Auto-retrato, 1965. Óleo s/tela, 90 x 67. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1965. Cal. Museu de Arte Moderna

11. Retrato de Elsie Houston, 1933. Óleo s/tela, 46 x 37,5. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1933. Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

32. Retrato do Psicanalista Frank Julian Philips} 1972. Óleo s/tela, 90 x 67. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1972. Cal. Dr. Frank Julian Philips

11a. Retrato} 1933. Óleo s/tela, 45 x 32 cm. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho, 1933. Cal. Paulo Egydio Martins 12. Viaduto Santa Efigênia à Noite, 1934. Óleo s/tela, 38 x 48. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1934. Cal. João Moreira Garcez Filho 13. Mulher Esperando, 1937. Óleo s/tela, 73 x 60. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1937. Cal. Erico Stickel 14. Retrato da Baronesa M., 1937. Óleo s/tela, 93 x 73,5. S/a, s/do Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

33. Retrato do Psicanalista Wilfred R. Bion, 1973. Óleo s/tela, 90 x 67. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1973. Cal. Dr. Frank Julian Philips

Pastéis: 34. Mulher Sentada, 1918. Pastel, 30 x 24. S/a e d. c.i.d.: 1918. Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

15. Retrato, 1937. Óleo s/tela, 72 x 59. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1937. Cal. Rodolfo Ortemblad Filho

35. Cabeça do Meu Modelo, 1918. Pastel, 35,5 x 24,5. S/a, s/do Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

16. Retrato da Sra. Marion Konder Schteinitz, 1938. Óleo s/tela, 81 x 65. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1938. Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

36. Retrato de Marina Crissiuma, 1922. Pastel, 45 x 30. Ass. c.Le.: Flavio de Carvalho. Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

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Aquarelas, guache e tinta fosforescente:

DESENHO

37. Retrato, 1925. Aquarela, 21,5 x 22. Ass. e d. c.i.d.: Flavio de Carvalho 1925. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

1. Nu Sentado, 1934. Caneta, 39,5 x 28,5. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1934. Col. Instituto de Estudos Brasileiros, USP

38. Retrato do Eng. Silva Neves, 1928. Aquarela, 30 x 20. Ass. e d. eLe.: 1928 Flavio de R. Carvalho. Col. Roberto A. Neves

2. Nu Sentado) 1934. Caneta, 39,5 x 25,5. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1934. Col. Instituto de Estudos Brasileiros, USP

39. Mulher Sentada Esperando, 1928. Aquarela, 31 x 17. Ass. c.i.d.: Flavio de R. Carvalho. Col. Roberto A. Neves 40. Volúpia, 1932. Nanquim e guache, 12 x 24. Ass., s/do CoI. particular, São Paulo 41. Mulher Sentada de Vestido Vermelho, 1938. Aquarela, 50 x 36. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1938. Col. Fernando Soares 42. Retrato de Oswald de Andrade, 1939. Aquarela, 44 x 31. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1939. Col. Israel Dias Novaes 43. Cabeça de Sangirardi, 1939. Aquarela, 44 x 32. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1939. Col. Sangirardi Jr. 44. Medusa, 1946. Aquarela, 60 x 40. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1946. Col. Gilberto Ramos 45. Menina de Vermelho, 1946. Aquarela, 83 x 66. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1946. Col. Claudia e Ibrahim Eris 46. Rancho de Pescadores, Paquetá, 1946. Aquarela, 48 x 66. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1946. Col. Gilberto Ramos 47. Casa no Porto, Paquetá, 1946. Aquarela, 48 x 67. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1946. Col. Museu de Arte Brasileira, FAAP 48. Retrato do Eng. Silva Neves, 1947. Aquarela, 32 x 23. Ass. e d. c.s.d.: Flavio de R. Carvalho 1947. Col. Roberto A. Neves 49. Catedral de Cuzco ao Amanhecer, 1947. Aquarela, 50 x 70. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1947. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho 50. Velha Praça ao Anoitecer, 1947. Lápis e aquarela, 51 x 66. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. CoL Ernesto Wolf 51. Vista de Ouro Preto, 1951. Aquarela, 22 x 31. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1951. Col. Família Custódio Ribeiro de Carvalho 52. Igreja em Ouro Preto, 1951. Aquarela, 31 x 22. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1951. Col. Família Custódio Ribeiro de Carvalho

3. Retrato do Escritor Brasil Gerson) 1937. Carvão, 56 x 36. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1937. Co!. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho 4. Mulher Deitada, 1938. Caneta, 38,5 x 38,5. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1938. Col. Rodolfo Ortemblad Filho 5. Mulher Posando, 1938. Caneta, 40,5 x 50. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1938. Col. Museu de Arte de São Paulo 6. Nu Sentado, 1938. Caneta, 52, x 40. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1938. Col. Nicanor Miranda 7. Mulher Sentada, 1938. Caneta, 49,5 x 38,5. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1938. Col. Rui Moreira Leite 8. Retrato da Escultora Teresa d'Amico, 1940. Caneta, 50,5 x 38,5. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1940. Co!' Renée d' Amico Fourpome 9. A Atriz Dora Kalina, 1940. Caneta, 47,3 x 40,3. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1940. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho 10. Nu Sentado, 1942. Nanquim, 49,5 x 35. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1942. Col. Eduardo dos Santos 11. Retrato de Paula Hoover, 1943. Carvão, 65 x 51. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1943. Col. Vera d'Horta Beccari 12. Retrato de Wanda Joyce, 1943. Lápis, 58,5 x 49,5. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1943. Col. Museu de Arte de São Paulo 13. Retrato do Escritor Geraldo Ferraz, 1945. Carvão, 65 x 51 Ass. e c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1945. Co!. Geraldo Galvão Ferraz 14. Mulher Sentada, 1946. Carvão, 65 x 50. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1946. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

15. O Pintor Bonadei Prisioneiro da Luz) dos V olumes e das Trevas, 1946. Nanquim, 66 x 46. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1946. Col. Severo Fagundes Gomes 16. Yone Stamato, 1946. Lápis, 47,5 x 67,7. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

53. Retrato de Maria Kareska, 1956. Aquarela, 85 x 60. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1956. Col. Armando de Campos Toledo

17. Retrato, 1946. Lápis, 60 x 46,5. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO, Col. Eduardo dos Santos

54. Mulher Deitada, 1967. Aquarela, 50 x 70. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1967. Col. Museu de Arte Brasileira, FAAP

18. Série Trágica, I, 1947. Carvão, 66,2 x 51. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte Contemporânea, USP

55. Mulheres, 1968. Nanquim e aquarela, 50 x 70. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1968. Col. Dinah Lopes Coelho

19. Série Trágica, lI, 1947. Carvão, 69,6 x 50,5. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte Contemporânea, USP

56. Duas Mulheres, 1970. Tinta fosforescente, 70 x 50. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1970. Col. Eduardo dos Santos

20. Série Trágica, IlI, 1947. Carvão, 69,7 x 50,1. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte Contemporânea, USP

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21. Série Trágica, IV, 1947. Carvão, 69,7 x 50. Ass. e d. c.s.d.:

FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte Contemporânea. USP 22. Série Trágica, V, 1947. Carvão, 68,4 x 51,3. Ass. e d. c.s.d.:

FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte Contemporânea, USP 23. Série Trágica, VI, 1947. Carvão, 66,1 x 50,9. Ass. e d. c.s.d.:

FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte Contemporânea, USP 24. Série Trágica, VII, 1947. Carvão, 69,4 x 50,4. Ass. e d.

c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte Contemporânea, USP 25. Série Trágica, VIII, 1947. Carvão, 64,3 x 50,4. Ass. e d.

c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. CoL Museu de Arte Contemporânea, USP 26. Série Trágica, IX, 1947. Carvão, 68,6 x 51. Ass. e d. c.s.d.:

FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte Contemporânea, USP

42. Nu, 1955. Nanquim, 70 x 50. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO

DE R. CARVALHO 1955. Col. Eduardo dos Santos 43. Mulher Sentada, 1955. Nanquim, 100 x 70. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1955. Col. Luigi Fiocca 44. Mulher Sentada, 1955. Nanquim, 100 x 70. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1955. Col. Museu de Arte Brasileira, FAAP 45. Mulheres, 1956. Nanquim, 100 x 70. Ass. e d. c.s.d.: FLA-

VIO DE R. CARVALHO 1956. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho 46. Mulher Sentada, 1956. Nanquim, 100 x 60. Ass. e d. c.s.d.:

FLAVIO DE R. CARVALHO 1956. Col. Napoleão de Carvalho 47. Três Mulheres, 1957. Nanquim, 70 x 100. Ass. e d. c.s.d.:

FLAVIO DE R. CARVALHO 1957. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

27. Retrato, 1947. Nanquim, 64 x 47. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Regina Chnaiderman

48. Três Mulheres, 1957. Nanquim, 70 x 100. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1957. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

28. Retrato de Cristian Bües Quillabampa, 1947. Lápis, 67 x 45.

49. Mulher Sentada, 1957. Nanquim, 100 x 70. Ass. e d. c.s.d.:

Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Eduardo dos Santos

FLAVIO DE R. CARVALHO 1957. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

29. Retrato, 1947. Lápis, 63 x 50. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Eduardo dos Santos

50. Três Mulheres, 1957. Nanquim, 68,4 x 98. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1957. Col. Eduardo dos Santos

30. Figuras, 1948. Caneta, 32,5 x 48. Ass. e d. c.s.d: FLAVIO

DE R. CARVALHO 1948. Col. Eduardo dos Santos 31. Retrato de Nina, 1948. Carvão, 58,5 x 74. Ass. e d. c.s.d.:

FLAVIO DE R. CARVALHO 1948. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho 32. Retrato do Escritor Newton Freitas, 1948. Carvão, 58 x 47.

51. Retrato, 1961. Nanquim, 75 x 50. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO

DE R. CARVALHO 1961. Col. Martin Wurzmann

I

52. Retrato da Escritora Magda Nogueira, 1961. Nanquim, 78,5

x 54. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1961. Col. Magda Nogueira

Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1948. Col. Newton Freitas

53. Mulheres, 1961. Nanquim, 63 x 95,5. Ass. e d. c.s.d.: FLA-

33. Retrato de Maria Kareska, 1949. Carvão, 56,5 x 54,5. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1949. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

54. Três Mulheres, 1962. Nanquim, 62 x 96. Ass. e d. c.s.d.:

34. Nu, 1950. Nanquim, 80 x 52. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1950. Col. Lídia Kliass 35. Figura Feminina, 1952. Nanquim, 80 x 50. Ass. e d. c.s.d.:

Flavio de R. Carvalho 1952. Col. Eduardo dos Santos 36. Retrato do Pintor Jean Lurçat, 1954. Nanquim, 70 x 50.

Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1954. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho 37. Mulher Sentada, 1955. Nanquim, 100 x 70. Ass. e d. c.s.d.:

FLAVIO DE R. CARVALHO 1955. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho 38. Mulheres, 1955. Nanquim, 70 x 100. Ass. e d. c.s.d.: FLA-

VIO DE R. CARVALHO 1961. Col. Museu de Arte Moderna FLAVIO DE R. CARVALHO 1962. Col. Gilberto Chateaubriand Bandeira de Mello 55. Mulher Sentada Tricotando, 1963. Nanquim, 58 x 47. Ass.

e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1963. Col. Eduardo dos Santos 56. Três Mulheres, 1964. Nanquim, 70 x 100. Ass. e d. c.s.d.:

FLAVIO DE R. CARVALHO 1964. Col. Eduardo dos Santos 57. Sonho, 1965. Nanquim, 50 x 68. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO

DE R. CARVALHO 1965. Col. Eduardo dos Santos 58. Retrato de Hideo Onaga, 1965. Nanquim, 70 x 50. Ass.

VIO DE R. CARVALHO 1955. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1965. Col. Hideo Onaga

39. Mulheres, 1955. Nanquim, 70 x 100. Ass. e d. c.s.d.: FLA-

59. Duas Mulheres, 1966. Nanquim, 70 x 50. Ass. e d. c.s.d.:

VIO DE R. CARVALHO 1955. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

FLAVIO DE R. CARVALHO 1966. Col. Museu de Arte Moderna

40. Mulher Sentada, 1955. Nanquim, 61 x 46. Ass. e d. c.s.d.:

60. Duas Mulheres, 1966. Nanquim, 70 x 50. Ass. e d. c.s.d:

FLAVIO DE R. CARVALHO 1955. Col. Poeta Antonio Rangel Bandeira

FLAVIO DE R. CARVALHO 1966. Col. Museu de Arte Moderna

41. Três Mulheres, 1955. Nanquim, 49 x 69. Ass. e d. c.s.d.:

61. Retrato da Pintora Santusa, 1968. Nanquim, 70 x 50. Ass.

FLAVIO DE R. CARVALHO 1955. Col. Eduardo dos Santos

e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1968. Col. Santusa B. Andrade

104


Estudos de Movimento do Bailado Russo de De Basile, 1944.

Decoração para Baile das 4 Artes do Clubinho, no Circo Piolin, 1954.

Lançamento do traje de verão em 1956.

105


De Manhã Cedo, 1931, óleo Coleção Renato Magalhães Gouvea

106


Retrato de Elsie Houston) 1933, óleo Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

Retrato da Baronesa M.) 1937, óleo Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho .

107


Flores, 1948, óleo/Coleção Manoel C. Tavares da Silva.

Retrato de Maria Kareska, 1950, óleo Coleção Museu de Arte Brasileira.

108


Paisagem Mental, 1955, óleo/ Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

109


Homem, 1933, aquarela Coleção Mário de Andrade Instituto de Estudos Brasileiros. 110


Medusa, 1946, aquarela Coleção Gilberto Ramos.

111


Mulher Sentada) 1937, nanquim Coleção Jorge Amado.

112


Nu, 1950, nanquim/Coleção Lidia Kliass.

Retrato, 1947, nanquim/Coleção Regina Chnaiderman.

113


,.LJUU,u:uo dos Santos.

114


Mulher Sentada) 1955, nanquim/Coleção Museu de Arte Brasileira.

Três Mulheres, 1962, nanquim/Coleção Gilberto Chateaubriand Bandeira de Mello.

115


Mulher Sentada Tricotando 1963, nanquim/Coleção Eduardo dos Santos.

116


Gustavo Minella visto por Flávio de Carvalho, 1935.

Mulher Posando) 1938, caneta/Coleção Museu de Arte de São Paulo.

117


Retrato de Wanda Joyce, 1943, lápis/Coleção Museu de Arte de São Paulo,

118


Y olZe Stamato, 1946,

Fam铆lia

Cust贸dio Ribeiro de Carvalho.

119


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DOCUMENTAÇÃO EXPOSTA

LIVROS DE AUTORIA DE FLÁVIO DE CARVALHO: Experiência n.O 2, São Paulo, Irmãos Ferraz, 1931. Cal. Rui Moreira Leite Os Ossos do Mundo, Rio de Janeiro, Ariel, 1936. Cal. Rui Moreira Leite A Origem Animal de Deus e o Bailado do Deus Morto, São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1973. Cal. Rui Moreira Leite

Folheto de instruções para o uso das casas da Alameda Lorena, 1938. Cal. Gilberto Ramos Cartão de agradecimento de pêsames, 1942. Arquivo Mário de Andrade, IEB, USP Cartão do estabelecimento comercial "A Vaca", 1945. Cal. Gilberto Ramos Cartão para divulgação do traje de verão, 1958. Arquivo Bienal de São Paulo

Originais: ,'<

PUBLICAÇÕES ILUSTRADAS POR FLÁVIO DE CARVALHO: Raul BOPP. Cobra Norato) São Paulo, Irmãos Ferraz, 1931 (capa). Cal. Rui Moreira Leite Movimento. São Paulo, (1), jul./ago./set. 1935 (contracapa). Cal. Instituto de Estudos Brasileiros, USP

René THIOLLIER. A Louca do Juquery, São Paulo, Livraria Teixeira, s.d. (1939). Cal. Maria Nazareth Thiollier Jornal das Artes. São Paulo, ano I, (3), jun. 1949 (capa). Cal. Rui Moreira Leite

Jacy de OLIVEIRA. O 3.° Mundo, São Paulo, edição da autora, 1959 (capa e il.). Cal. Rui Moreira Leite Oswald de ANDRADE. Memórias Sentimentais de João Miramar, São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1964 (capa). Cal. Rui Moreira Leite Oswald de ANDRADE. Poesias Reunidas, São Paulo, Difusão Européia do Livro 1966 (capa). Cal. Rui Moreira Leite

DOCUMENTOS VÁRIOS

Exemplar de Alguma Poesia, de Carlos Drummond de Andrade, com dedicatória do autor a Flávio de Carvalho, 1930. Carta de Flávio de Carvalho a Carlos Drummond de Andrade, 28 jul. 1930. Cal. Carlos Drummond de Andrade Exemplar de O Homem e o Cavalo, de Oswald de Andrade, com dedicatória do autor a Flávio de Carvalho, 1934 Convite para a 1.a Exposição de Pintura endereçado a Mário de Andrade, 1934. Cal. Mário de Andrade, IEB, USP Catálogo da La Exposição anotado por Mário de Andrade, 1934. Cal. Mário de Andrade, IEB, USP Caderno de anotações da viagem à Europa, 1934-35 Exemplar de Misere de la Poésie de André Breton, com dedicatória do autor a Flávio de Carvalho, 1934 Carta de Flávio de Carvalho a Clóvis Graciano, 1.0 set. 1939. Co1. Clóvis Graciano Exemplar de Poesias, de Mário de Andrade, com dedicatória do autor a Flávio de Carvalho Exemplar de Residencia en la Tierra, de Pablo Neruda, com dedicatória do autor a Flávio de Carvalho

Impressos: Cartão de visita, praça Oswaldo Cruz, 1. 1928 c. Arquivo Mário de Andrade, IEB, USP Álbum de Projetos, 1930. Coleção Mário de Andrade, IEB, USP Folheto de propaganda, 1930 (retrato de Elsie Houston). Arqui: vo Mário de Andrade, IEB, USP Folheto de propaganda do escritório de arquitetura, 1935. Cal. Mário de Andrade, IEB, USP Folheto de propaganda de Os Ossos do Mundo, 1936. Cal. Walter Zanini Cartão de visita, praça Marechal Deodoro, 236, 1937. Cal. Ana Maria Martins

CATÁLOGOS E CONVITES DE EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS: La Exposição de Pintura de Flávio de Carvalho, Rua Barão de I tapetininga , lO, São Paulo, 27 jun./15 jul. 1934. Cal. Mário de Andrade, Instituto de Estudos Brasileiros, USP Exposición de Pintura y Dibujos de Flávio de Carvalho) Galería Viau, Flórida 530, Buenos Aires, 15/30 out. 1948. Cal. Rui Moreira Leite

Os documentos ongmais, salvo explicitação em contrário, pertencem à coleção da Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

1,

121


Exposição do Pintor Flávio de Carvalho, Galeria Domus, São Paulo, out./nov. 1951. Cal. Grifo Galeria de Arte

2.° Salão de Maio, ESj;Jlall1acla Hotel, São Paulo, jun. 1938. Cal.

Mário de Andrade,

Flávio de Carvalho - Desenhos) Museu de Arte Moderna, São Paulo, fev. 1952. Arquivo Bienal de São Paulo.

USP

Revista Anual do Salão de Maio, São Paulo, (1), 1939. Moreira Leite

Flávio de Carvalho; Galeria l'Obelisco, Roma, 1/15 novo 1956. Arquivo Bienal de São Paulo

V.O Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos) São Cal. Mário de Andrade, IEB, USP

Retratos de Flávio de Carvalho) Clube dos Artistas Amigos das Artes, São Paulo, out./nov. 1965. Cal. Rui Moreira Leite

VII Salão do Sindicato dos Artistas

Maia, São Paulo, 1942. Cal. Mário de

Flávio de R. Carvalho -

1966, IAB do Sul, Porto Alegre, abr./mai. 1966. Cal.

Prestes

L HíUU"U'-,

de Pintura e Escultura de Artistas de São

São Paulo, fev. 1947. Cal. Rui Moreira

Flávio de Carvalho) Museu de Arte Brasileira, FAAP, São Paulo,

Leite

nov./dez. 1967. Cal. Rui Moreira Leite

Exposição de Pintura

Retrospectiva das Obras de Flávio de Carvalho, Galeria Azulão,

Rio de Janeiro, jun. 1949. de São Paulo

São Paulo, ago./set. 1969. Cal. Rui Moreira Leite

e Saúde, Bienal

XXV Exposizione Biennale Internazionale

CATÁLOGOS E CONVITES DE EXPOSIÇÕES COLETIVAS: XXXVIII Exposição Geral de Belas Artes, Escola Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, set. 1931. Cal. Mário de Andrade, IEB, USP

1939.

Veneza, 1950.

Arquivo Bienal de São Paulo 18 set.j16 ouL Flávio de Carvalho e ]. Toledo) Museu de Arte Moderna de São

Paulo, São Paulo jun. 1970. Cal. Rui Moreira Leite. Campinas, 15/30

1.° Salão Paulista de Belas Artes, São Paulo, jan. 1934. Cal. Má-

rio de Andrade IEB, USP 1.° Salão de Maio, Esplanada Hotel, São Paulo, maL 1937. Cal.

Flávio de

Rui Moreira Leite

jun. 1973.

Cartão do estabelecimento comercial "A Vaca", onde o artista vendia Produtos da Fazenda

122

Toledo, Galeria

Strauss

1945,

'JíJL<W"V.l,

Campinas, maL/


Dedicatória de André Breton a Flávio de Carvalho, 1934.

Capa para Memórias Sentimentais de João Miramar) de Oswald de Andrade, 1964.

123


CATÁLOGO

EDITORA Maria Otilia Bocchini DIRETORES DE ARTE Donato Ferrari Julio Plaza Antonio Celso Sparapan DOCUMENTAÇÃO E CATALOGAÇÃO I vo Mesquita NORMALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA Sonia Salzstein-Goldberg VERSÃO PARA O INGLÊS Silvia Kempenich PREPARAÇÃO E REVISÃO DE TEXTO Amir de Andrade Régine Ferrandis Regina Andrade Tirelo SECRETÁRIA EDITORIAL Odete Pacheco DATILOGRAFIA Zelaine Mathias de Carvalho Gidalva Maria Carvalho Costa Ana Lúcia Zincaglia FOTOGRAFIA Fotos não creditadas: Leonardo Crescenti NetojGrafitti Capa e pág. 5: Bando de Dados Pág. 54 e 55: Dulce Carneiro CARTAZ Hirokazu Ishikawa COMPOSIÇÃO E FOTOLITOS Linoart Ltda. IMPRESSÃO Pancrom




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