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FOLHA AVENIDA URBE Ano 1 -
f'undaçãoBlenaldeSãoPaulo
Número 1 -
Ci;$ 10,00
UM OUTROOLHARSOBREO COTIDIANO
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DE 25/JAN A 22/FEV DE 1987 PAVILHÃODA BIENAL· PARQUEDO IBIRAPUERA
fUNOACÀO BIENAiDESio PIIUIO• GOJERNO IXl ESTADO DESÃO PIIUIO •
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SEOITTARIA DEESTAIXJ [li\ CULTURA • PREFEI TURA IX) MUNICÍPIODESÃO FlllJIO • SECRETARIA MUNICIPAiDECULTURA
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FOLHA AVENIDA URBE
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Governo do Estado de São Paulo Go v erno And r é Fr an co Mo nt oro
PATROCINIO OFICIAL Prefeitura do Município de São Paulo Prefeito Jânlo da SIiva Quadros
Secretaria de Estado da Cultura Jorge da Cunha Lima , Secretário
,
A TRAMA DO GO STO DlllETOlllA EXECUTIVA Jorg e Wil hei m - Pre siden te Eduard o de M orae s Dan fos _
INDICE
Dlvers6es Eletrõnlcas I. o -
Vice -Presidente
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Secretaria Municipal de Cultura Jorge Anton io M iguel Yu · ne s, Secretário
M en de l A r on is 2 . 0 Vic e • ' Pre siden te Áureo Bonilha · Carlos Eduardo More ir a Fe rreiro Fernand o Rob ert o Mo reira So lle s Hen ri que de Ma cedo N e fto Thoma z Jorge Far k as
Ju lio P/aza
FUNDAÇÃO PAULO
Eletro Eslero Espaço Center Guio Lacaz
- Presiden te Perp ét uo Fran cisco Ma taora zzo
OBJETO ABJETO Giorg ia Giorg i Jr .
Apresenta ção , Jorge Wilheim ... ... ..... .... pág .... MONUDENTllO Reg ina Silvei ra Editorial, Comissão de Arte e Cultura .... .pág . .. :1. Inês Sod ré Scrip ilitti - A ss istente COllllEIO AllTE POSTAL Introdu ção , Sonia Fontanezi .... ... ..... ...... pág .... ~. COMISSÃO DE AllTE E CULTUllA _ João Pira hy Wlomir Bel/o - A ssis tent e Ulp iono Bezerr o de Mene zes Pro;eto da Expos ição e Plantas , Pres iden te ALUGA.SE GllAFFITI Ana M ar ia Bellu zza - Sec retóri a A /e,c Vollou ri Filippe Crescent i, Luiz lou reiro ..... ...... .. pág ... .?. Ald i r Mende s de Souza ENTllADAS BANDElllAS Anna tere so Fab ris Catálogo : Claud ia Matorazzo Equipe Técnica de Arte s Gr6f icas Glauco Pinto de Moraes Cidade/ City/ Cité ........ ...... .................. pág .. ..t da Di vis ão de Pesquisas do ,Lui z Paulo Borovell i Centro Cu/furai São Paulo Maria Alice Milliet de Oliveira Epígrafe Visual ... ....... .. ..... ...... ..... .. ... ,pág ... .~. Projeto Mouri c/o Nogueira Limo Paulo Maffoli - Coordenação Sheilo Leirner Sanduicheria Babo/urbe .... .. ..... .... ... ..... pág ....~. CUU.DOIIIA NO!A: AS INSTALAÇÕES INICI. Terminal Sonora ... .-. .... .... ............... ... ..pág ... ...7. Sonia Fonfanezi - Curador Gero/ AÇAO, LAll DOCE LAll , PONTO Cor/os Moreno - Ass istente DE FUGA MEMÓlllA, PIIAÇ!.S Memória ...... .... .... .... ... ..... .... ..... ..... ... pág .... lJ. DO TEMPO E DA COLUNA SÃO COOllDENADOII OEllAL DA CIJllADOIIIA GEllAL Luiz Norberto Colazzi Loure iro Corpo S.A. I S.A. / Praça do Corpo ...... .. ...pág ... .I!. - ,.IIOJETO DE AllQUITETU•A. ASSESSORIA TÉCNICA INSTALAÇÃO, NOCHPAMAÇÃO Ótica Modos de Ver .. ... .... ... .. ... ........ .. .pág . . ..ll Gobrielo Suzana Wilder VISUAL E MONTAGEM Ivo Mesqu ita Crescenfi Arquiteto Pharmácia .... ... .. ..... .......... ...... .. ...... .. pág .... ?. Fe/ippe Ricardo Buro Hini Respansóve/ Llllan Ayaka Shimizu Arqui(et~ CUllADOIIIA DE MÚSICA O Ponto Chie...... :.. ... .. .. ............ .. .. .... ..pág . !..Q Cor/as Alberto Racho - Estog16r,o . . M l rno Felicidade Frogoso Zambro , A~~a Mor,a K,effer - C'!radar Fragmentos Urbanos ..... .... ........... .. .... .pág . .{.! no_ Estogl6rio · ·- Z1z1Berg~ma~ch, - Assistente Cor/os Morena - Programador Vi Cor/os W1/he1m- Produtor Arranhacéu ....... .... .. .. ......... ......... ... .. .pág.} ./?. suo/ Sania Botisto Ass istente de SUa.CUllADOIIIAS - tradução Souvenir .. ... ...... ... .. .. ...... .... .... ........ ...pág .. ~.~. ODADE /Clrf I OTÍ _COOIIOINAÇÃO E l'IIOOU ÇÃO Praça do Busto ....... ....... ...... ........ ...... .pág.] ..~. - Julio Plaza DA LOJA Tet tl SANDUICHflllA •A•ALUNI Use Seu Museu .. .. ...... .. .... ........ ...... .. .. pág . .1 .. C.,,.. Wllltolm Mourfcio Vi/laço Galeria Art Shopping ............. .......... .. pág ..!._ ~ Marcos Vi/laço -Ass istente PIIOOUÇÃO EXECUTIVA TfllMINAL SONOflO _Jader Rocha - Coordenador Livraria ...... .. ....... .... ... ................ ..... .pág.}.!. Cid Campos João 8/oemer Mareio Bozon Cleide Queiroz Manufactura de Papéis .... ........... .... .... pág . .U!. MEMÓIIIA Adr iana de Mesqu ita Dor ivol Q . L51pes Fascinação ....... ..... ............. .. .. .. ... .... ..pág ...1. _l!. G/6r io Nabue i ra Limo Paulo Moftoli - Coordenação •~ltorlo Domingos Tadeu Chiorelli Apêndice - Buffet Doce .... .... ....... ... .. . pág.! .~ COIIPOS.A Coordenador - Fernanda Lion Afflio Osvaldo Marsig/ io Natureza Morto Limitado .. ... ........ ..... ...pág ..!..9. ÓTICAS MOOOS DE Vlll Dada Boruchello inter Porscholk Hideko S. Honma Material poro Construção ......... ...... ..... pág ..!.?. Gu Cario Fratin - Assist e nte Magda Angela P. Zirlis Diversões Eletrônicos ... ....... ..... ........ .. pág . ?..Q PHAllMACIA Morcela Gers ztel 8/ack Rubens Motuck Marco Anron io P. de Andrade lla sely Nokogawa - Ass istente ob;eto Ab;eto .......... .... .... ............. .. .. pág./!?. Maria José V. Jorente M ima Felicidade F. Zombrano Eletro Esfero Espaço Center ....... .......... pág . ?..~ OPONTOCHIC Mirtes Cristina Marins de Olive ira Norberto Amorim Mon ico Estes S. Rozuk Walter Grossi Moutinho Monudentro .. .. ... .... ...... .................. ...pág.?.}. Assi stente Fat09rollo 23 . Correio. Arte Postol ......... ... ... ......... .... pág . .... Leonardo Crescenti ANANHACÍU Rõmulo Fialdi n i Alugo-se Grafiti .-......... ..... .. .. ............. .pág. ?..4. Roberto Sondava/ Jorge Medifsch - Documenfoçllo Tadeu Jung/e Walter Silve i ra Entradas e Bandeiras .... .. ... ........... .. .... pág . ?..~. Edlçõo do Te.,as Heleno Dei Ciello •FllAGMENTOS URANO$ Praça do Tempo ...... ........... .... ..... .... .. pág . ?.§ Nelson Serenei Preparo~• do Te.,as poro Leon Ferrari A Músico em A TRAMA DO bpaslf)llo SOUVENlll Glória Nogue ira Lima GOSTO, Anna Maria Kief'fer ... ... ... ... ..... pág.?..!. Paul a Mofo/l i Carmelo Gross Monitoria, D. T. Chiarelli ..... ......... ... ... ..pág.?. I!. Luis Frúgoli - Ass istente Cartaz PIIAÇA DO •usro Oz Comuni cação Gr6li co Agradecimentos .. .... .. :... .. ......... .... ..... .pág. J I!. Beta de Souza André Poppovic
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Alberi Lima de Andrade -
Assistente APOIO Fotoptico Ltdo Indústria de Papel Simoã SI A Anhembi - Centro de Feiras e Kibon SI A Congressos SI A Kodok do Brasil Art -Fonte f Le Son Afmo SI A Livrar ia e Editoro Martins Fanfes Bande irart Indústria e Comércio Ltda . de Bandeiras Ltda . Lustres Bobadi/ha 8/ack Decker - 8 D Modas Tasch Elefrodamésficas Ltda . · Nanograf 8/ue -Way Pesquisa TtJxfi/ Natan M6veis para Jardin• Camargo Maia Corretora de Plamarc Seguros Ltda . Polfcia Militar da Estada de Sõa CET - Cio . de Engenharia de Paulo - PM•SP Tr6fego . S.P Lux Luminosos Cio . da Metropolitano de Sõo SCOPUS Computadores Paulo - Metrõ . Secretaria Municipal de Saúde Cio . Vidraria Santa Marina SMS - PMSP Conecto Video Stúdia A Publicidade D;,,portamenta de Parques e Clr,.,tog c§f '~a lid a Áreas Verdes - DEPA VE SUSA - Divisllo Seors . PMSP T«•fogem Clnerama Elka Brinquedos Te/esp SIA EBTC - Empresa Brasileira de Tintas Acrilex Corre/os • Te/'r,rafos Toldo, Dias Estúdio 08J 3M da Sras// SI A ' Estúdio Sossff(IOLedo Tri•Dimensllo Indústr ia • "Fritz """-rt" Plonolotura Com.relo Ltda . Paulista SI A Trol SI A . ACESSO-IM$
JAN A 22 FEV DE 1987
USE SEU MUSEU
Catálogo
Sonia Fontanez i JulioPlaza
Folho de Sõo Paulo S.A.
·
Galeria Art Shopping
Sen,/ços Fat09róflcos
Tacus (Dion ísi o Jacob)
Tatiana Noguei ra - Assistente
Manufoctura
-
AssistentE
do Papéis
Fasclnaféia
Coordenação - Mira Haar Attil io Caeser - Assistente
•uHet Doce (A,..IHllce} Coordenação
Nove/li Korvas Publicidade Ltda . Ubiroyr Castra de Oliveira
Ne if Gabrie l , Dire t or
DE SÃO
- Consel#to de Honra Oscar P. Landmann - President e Luiz Fernando Rodrigue s Al ves Liuz Diede richse n Vil/ares
Pres i dent e
A/do Calvo 8enedifo José Soares
Mariongela Fiorini - Assistente
José Simão Paulo Maffoli
PPA -
- A......,./a de lmp,..,_ Carmelinda Guimarães sora Rosine i Lerias
de Mel/o
E,.,a Gordon Klobin Erich Humberg l'roncisco Luiz de Almeida Solles Hosso Weiszllog .loão Fernando de Almeida Prado
- Cansultorlo
Asses -
Jurldlco
César Go/dino
Justo Pinhe iro da Fonseca Oscar P. Landmonn Oswaldo Arthur Brotke Oswolda Silva Roberto Pinta de Souza Sóboto Antonio Magold i SebostiTao Almeida Prado Sam• paio Alberto Bildner AA/oysio de Andrade Faria Armando Costa de Abreu Sodr4 Coio de Alc6ntora Machado Celso Neve s Cesor Giorg i Dilson Funoro Din6 Lopes Coelho Dora de Souza Edmundo Vasconcellos Érico Sirfubo Sfickel Ernst Gunfer Lipkau Fernão Carlos Botelho Br ocher Franci sco Popaterra Limonge Ne •
noncelro
AdtnlnlstrotltfO
Fl-
Rinaldo Santomauro - Gerente Odmar Lózaro de O li ve ira Rizzi lsmar Alves do Silvo
Jonas E;ic Pereira da Silvo Agostinho de Caires Neto
Alexandre Rizzi GEllÊNCIA DE PI.ANEJAMENTO
Ricardo Burottini - Gerente Lilion Ayako Shimizu - Arqu iteto Edson Oliveira Mon ti lho Alexandre Fukumaru Manoel Olimp io de Fre itas Neto JairBogio Alcide s Silveira Prado
ALFÂNDEGA Ter cio Levy To/oi
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SECllETAllfA Fiarei/a Bonica Guftin
Giannandrea Matorozzo Gilberto Chafeoubriond Hélene Mofarazzo João Marino João de Sconfimburgo Jorge Wilheim José Gero/do Nogueira Moutinho José Gorayeb José Maria Sampaio CorriJa Luiz Diederichsen Vil/ores Luiz Fernanda Rodrigues Alves Manoel Whitaker Salles
Maria Cristina Ré Sariano Marildo Aparecida Modesto Maria das Dores Santos Azoel Leme de Comarga
AIIQUIVOS HISTÓ#llCOS WANDASVEVO Vero D ·Horta Beccor i
Ernestina Cintra · Antonio Marossi Rizzard i Elza D 'Avilo Barbosa Célia da Cunha Campeio
Mareio Martins Ferreiro Maria da Carmo Abreu Sodré Mar ia do Vai/e Pere ira Rodrigues Alves
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Mório Pimenta Camargo
e Serviços
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Guimar Mareio Edwino Ferrez in
Oswalda Carrêo Go nçalves Ofto Helle r Paula Gavião Gonzaga PedraP iva
Lucinda Gozo/a Mazin i
Luiz Antonio Xav ier Jorge Francisco de Araújo
Pietro Mar ia Bard i
Joe l de Macedo Silva Rophael Marques Hidalgo Gilberto de Macedo Sil va Eroldo Mochodo de Almeida
Robert o Duail ibi Roberto Mo/ui Roberto Muyloert
Romeu Mindlin
Anton io Ferreira de Carvalho
Rubens José Maftos Cunho Limo Rubens Ricupero Wladimir do Amaral Murt inho
Robert o Altobello Ednalda dos Santos Evangelista José Aparecido do Silva
_
Diretoria E•ecutllfO
Francisco de Souza Leite Cust6d io Antonio da Silv a Joi/son Barbosa de Ol i veira Heronides Alve s Bezerra José Leite da Si lvo Eli fo Prudente dos Santos José Gonçalves Xav ier
Carlos Eduardo Moreira Ferreira - Diretor Fernando Roberto Moreira
Lourivo l Dias de Oliveira Emilia Moreira Mar ina de Brito
Solles
- Diretor de Macedo
1hoinoz Jo_ rge Forkas -
Neffa Diretor
do Arte e Cultura
Ulpiano Bezerra de Meneses Presidente Ana Maria Belluzzo - Secretório Aldir Mendes de Souza
Annateresa Fabris Claudia Mafarazzo Glauco Pinto de Moraes Luiz Paulo Borovelli Maria Alice Mi/lief de Oliveira
Maur icio Nogueira Lima Sheila Leirner - Curador Geral 19. 0 Bienal Internacional de Sllo
- Secretorlo Goro# i.ecutl.,,. Luiz 'Norberto Secretório
Collazzi Loureiro -
- Awlo
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Lauro Maria Regina Teffi Carlos Wilheln •~
Luiz Augu s to do s Santo s Luiz Leite da Silvo
Jorge Wilhe im - Presidente Eduardo de Moroes Dantas - 1. 0 Vice -Presidente Mendel Aronis - 2. 0 Vice -Pres i• dente Áureo Bonilho - Diretor
· . - Camlallo
Profi ssiona is de Promoção
A ssoci ado s
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Henrique
do Marltetlng
- Asseaorla
Vice -Pre -
Naturoz• Marta Limitada
Material poro Constrllf'la Lenoro de Barros
Pesquisadora Maria lllta C. Marln#to Morly llevuelta
- Consel#to de Admlnlstro~o Erm e lino Mo tarazzo sidente
de de
Gabriela Suzana Wllder - A• seuora Maria lzabel M. #lei• Bronco -
Robe rto Muylo ert José E. Mindlin -
Cultural
Dept. 0 de Asseaorla Plane/amento e E•ecllfÕo Eventos - DAPEE
Sobrinho
(1898 - 1977)
Paulo Fernando Stickel
- Asseaorla
Ivo Me squ ita
Diretor
v,_,
Antenor Logo Roberto P.A.Rovioli - Assistente
Marina Ortega -
Fofoptica
becllf'la do Profeta do Camu• nlC'Of'4a
Llvrorla Agnaldo Farias Chico Homem de Mela
Daniel Annenberg
Giovanni Vannucch i Ronold Kapaz
BIENAL
Centro Cultural
São Pau lo - CCSP
-
Fern ando Rodr igues Brandão Pedro Domingas Coelho Den il son Gomes da Silvo Rubenilda Araújo de Andrade Airtan dos Sonfos Dolva Ribeiro Pascoal
Vi/mo Damasceno Bezerra Ben igno Ferrera do Silvo Corlita Silva de Jesus Romildo José Bispo
Francisco de Assis Gomes Costa Luiz Antonio Xavier Maria José Alves dos Santos
Mecias Noves Pereira Messias Américo Wilson da Si/voo .
- eon.. ,,.. ,,_, Darcio de Morais Waldemar Francisco Pereira Fonseca Walter Paulo Siegl
da
Arthur Mago/hães Andrade Suplente Hilório Franco - Suplente José Luiz Archer de Comargo -
'Suplente
25 JAN .A..22 FEV DE 1987
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FOLHA AVENIDA URBE
UMOUTRO OLHAR SOBRE ACIDADE Quem v isitar a mostra Á TRAMA DO GOSTO estaró passe a ndo por uma cidade inventada , a Cidade Bienal. O olhar é específico: a visão de um grupo de artis tas, coordenados pela Curadora Sônia Fontanez i , que detectaram , no am biente urbano , os signos e elementos que permitem a construção de interpreta ções e re-criações artísticas . Se, por um lado, acida de e todo o ambiente que nos rodeia , fornecem elementos e situações passíveis de re-criação , por outro lado , a vida coti diana está marcada pela influência da produção ortí stko do passado e do presente . Tonto a cidade -
como a a rtEj, constituem produtos de cultura . A cidade é um tecido tramado por sistemas de vida (ir ao t ra balho , fazer compras , nam orar, etc) que se apóia m em uma urdidura física : ruas , pr9ços , espaço construídos . E co mo se fosse uma sequência de palcos , defini dos por cenários , sobre os quais os atores atuam, obedecendo a textos que escrevem e re-escrevem. Hó ocasiões em que os ato res agem coletivamente e seus textos passam o ser um coro . NÕ- vida cotidiana, há muitas tramas urdidas, compondo a tessitura da vida urbano . Uma delas é a lente e mutóvel trama do
A TRAMA DO GOSTO nlio é exposlçéio que poua Mr entendida a fruída como uma exposlçéio convencional da arte. Sua matéria prima e MU d... nvolvlmento nlio alio aqueles que ao aspeclallsta ou amador do ramo Mrla lagitlmo esperar - embora, paradoxalmente, por momentos, ala pareça pressupor da Mu públlco conhecimentos de História da Arta. Ela opera, antes, sobra formas (visuais, verbais, sonoras) cuia urdidura alio sistemas da linguagem e procura trazer à tona a dl-
manslio estética dos fan6manos que comp6em o tecido da vida urbana contemporlinea - referenciada, por vlclultudes da ordem material, a um horizonte .... nclalmentepaullsta.
gosto , o seleção de pre E, rep ito, é um prazer : al ferências e apreciações go, po rtanto , que dó quali que , dentro de cada um de dade o nosso vida. nós , decorrer dos inform ·a Ao passear pela Cidade çõe s de que d ispomos , as da Bienal você perceberá quão cr iativos podem ser si m como do sensibilidade e racionalidade com que os modos de enxergar os · usamos repertório de in- - elementos de nossa vida cotidiano : avenidas, formações . O gosto é co arranha -céus , diversões . · mo um diapasão que v ibro, eletrônicas , sanduicheiras , dentro de nós , quando ex monumentos , correio , postos a um foto , seja este natural , seja cultural : vi - formócios , galerias de ar te, casamento, materiais bramos com um pôr de sol de construção, - terrenos e com uma cantata de baldios, metrô, etc . EspaBach. A amplitude, freços e sons do cidade, do quência e instensidade da vibração dependem do · cotidiano , recriados e reutilizados : assim é o nova apuro do gosto, pois este do Fundação também é passível de se m_ostro Bienal. desenvolver , poro que É possível enxergar , maior e mais frequente se - ja nossos prazer estético . além de olhar; isto é, en-
Para tanto, S6nla Fontanezl, a curadora, a Mus numerosos colaboradoras, optaram paio caminho do logo. Trata... com afeito, de um amplo, complexo e dlvanlflcado logo proposto ao visitante.
Do logo a mostra explora as Inúmeras moda-
trever , de scobr ir e r ecr iar . Como d izia Proust : " A s grandes viagen s de de sco berto são menos a ida o t e r ra s novos , do que novo s maneiras de ver o mundo ". A trama da cidade assim como o tramo d.J própr ia vida cotidiana dos seus ha bitantes, constitui real ida de à disposição do criat ivi dade , e abrange elemen tos que o artista reagrupa e modifico o fim de cr iar uma outro realidade : o obra ou o evento criado. A presente expos ição pretende despertar e ali mentar o curiosidade e o percepção dos visitantes paro essa possibilidade de enxergar a realidade de
e abrir uma trllha para a aprendizagem (ao mesmo tempo soclalizadora e crítica) do funcionamento daua mundo. Como um logo, ala vai do slmplas divertimento, locosas axpans6as que dispensam ossatura mais firma, até as tans6es criadoras diante da resistências definidas. Nessa perspectiva, não teria cabimento exigir uma rígida unidada, uma Unha de condução que permeasse os diversos compartimentos, escrupulosamente. Muitos deles alio, na verdade, quase auto-suficientes a
EDITORIAL lidadas a vlrtualidadas. Daí sua força, daí também algumas llmltaç6es. Como um logo, ela nlio tem que suprir necaHldadas Imediatas, nem chagar a produtos concretos (nlio pretenda demonstrar nenhum conceito, cobrir sistematicamente qualqu !",r problema). Está livre para
-~
. provocar a gratlflcaçlio lnd lvl d ua I /coletiva. Mas, como num logo, essa llbardade é aparenta, ou pardal, amblgua: misturam-se o descomprometimento a os !Imites formais, o gasto ln; ventlvo a a repetlçlio. E por Isso que ala poda produzir experlincla do mundo e da suas regras
A TRAMA
• -~
Poro o nosso cansado e distraído medi ta r , o que estó à visto do topete (cujo desenho nunca se repete) provavel mente seja o esquema do existência terreno ; o avesso do tramo , o outro lodo do mundo {supressão do tempo e do espaço). ou ofrondoso ou glorioso manifestações de ambos ; e o tramo , os sonhos . Isto sonhou , em Teerõ , Moisés Nemon , fabricante e vendedor de topetes, que tem o seu negócio em frente à praça Ferdous i. / Jorge Luis Borges / Goston Podillo, " Memória de un prescindible " .
modo cria ti vo . Ela é um conv it e - qua se uma pro voca ção - à curios idade , ao olh a r atento , à valoriza ção do cotidiano , à percep ção da vida . Ela é também um convi t e à busca do pra zer est ético e intelectual , dentro e fora dos lim ites da mostra . Neste sentido A TRAMA DO GOSTO vincula-se à próxima realização da 19. 0 Bienal " Utopia versus Realidade " - pois objetiva aguçar a percepção e , as sim , ense jar u.ma ma ior fruição da expressão contemporânea da arte . JORGE WILHEIM PRESIDENTE FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO 1 PAULO
se comunicam mal com 01 vizinhos. Outros são redundantes. A qualidada do conteúdo a a limpeza, o f61ago, também podam oscilar: a transliteração, que reforça a sacraliza, às vezes um tantoautocomplacanta, esbarra com a matéria lúdica, que questiona a desmlst lf I c a. Nada disto, porém, lha tira a varva. Prevê-se, para esta exposição, bom sucesso da público. Todos 01 votos para que os visitantes entram nesta festa. A COMISSÃO DE ARTEE CULTURA
Texto quer dizer tec ido ; mas enquanto até aqu i esse tecido fo i sempre toma do por um produto , por um véu acaba do , por trós do qual se conserva , mais au menos escondido , o sentido (a verdade) , nós acentuamos agora , na tecido , a idé ia generativa de que o texto se faz , se trabalha através de um entrelaçamento perpétua ; perdi do - nesta tex tura - a suieita desfaz •se , como uma aranha que se dissolves se a si própria nas secreções constru tivas de sua te ia. Se gostássemos de neologismos , poderíamos definir a teo ria do texto como uma hifolog ia {hypho1 é o tecido e o teia do aranha ). ./ Rolond Borthes , " O Prazer do Tex to ".
DOISMODOS DEVER "Estas galer ias sãa uma na va inve nção do lux o indu s trial, são vias cober tas de vidro e com o piso de mármore , pa s sando por blo cos de prédios , cuio s . propri e tário s se reuniram para tais e speculaçõe s . De do is lado s dess as
·, .
' CIDADE CEGA ,
Edgard Braga• 1982
poema
A aparição de Urboniciono Vie ira Neto em coso me INTRIGOU . Não pelo foto de aparecer em coso , eu jó sab ia que ele v ir i,o no dom ingo , mo s chegou sem telefonar antes e esse não é seu hób ito .
... com o tramo do digital e do
icônico , grafando seu desígnio de fazer nascer , com o suo urdidura : imagens , letras , crianças e sonhos.
TEIADEARANHA pqrq o jovem Ef?.: GARD ~Rf, GA<poet9 do ol9$Jr{~.., :,,,_\l<''::·: ,,... , e do enquanto , qtt e ,ffíUte o ges to n .... ~ ,,,.. "º' <.J
VIVA VIVA BRAGA!
rua s, cu;a ilum inação ve m do alto , exi bem -se as lo;as ma is eleg an te s, de modo tal que uma dessas pas sagens é uma cidade em m iniatura , é até me smo um mundo em min iatura "./ Gu ia Ilus trada de Paris do sé culo XIXI Cultura do Bienal , no pessoa de Ano Maria Belluzzo
Urbo nici o no é um desses poucos am igos que , curiosamente , é o prime iro pessoa que procu ramos poro uma confidência , e o últ imo , quon Desempenhondo os funções de curadora de do o conf idência at inge o ponto de duvidarmos A TRAMA DO GOSTO , em determ inado mo de nosso próprio lucidez . Nessas circunstân cias menta me de i conto de que não haver ia tempo o conf issão é feito com mu ito facilidade o es suf iciente poro escrever o te x to poro O cotólotronhos : fun cionar ias de drogro rios , motorista s go . Entõo ped i o ele que me ajuda sse , pois ho - _de toxi , pes~oo_s que _permonec em em lilos .djsvi o me ocompànhodo desde o iní cio , quando , for çando o ,nd,~no çoo , .ºº n~s~o ofdo , poro. ? em fins de maio , ,~fff&!~ffit<ji, o prJ~!,r OJ>['9l ej q _ .-' ºDlP;? _ de.. ~roouto ~ _(!l!f'!_e_nJ •~~!, - cpm,l!..-.t t efefo ne , l NA Ml>s" o u qu ando se vo o o um aten dendo ao con vite d a~Co mi ssão de A rte e
•FOLHA AVENIDA URBE
PÁGINA 4 velório , quando (sempre ) os amigos do falecido não são amigos entre si. Naquele domingo Urban i ciano me pareceu · como sempre , não fosse qualquer coisa no seu modo de OLHAR . Este espéc i me , inventado à minha própr ia revelia , desde o princípio eslavo destinodo à morte : a morrer de precisão. Eu lhe atribui a grave doença do precisão . Era necessório. O oto de escrever pede sempre um certo sacrifício de intelecto . Raros são os le itores que precisam estor obsorvidos poro sent i r o prazer . con Só à custa de um qualquer divertimento quistamos atenções . Escolhi Urbaniciano , porque seu segundo código (como diria D . Pignatari) sempre foi o ato de escrever , apesar de não saber o primeiro . Não lhe custava nada en contrar em si mesmo o necessório para escrev er , com certeza . Seu infinito desejo de rigor , seu desprezo por convicções e ídolos, asco à facilidade e sensa ções , além dos seus própr ios limites , poderian , contribuir para o trabalho . Construiu uma ilha _ interior e passava o TEMPO a reconhecê -la e fortificó-la . Só conhece dois valores : o possível e o ·.npossível. Nesse estranho cérebro, basta a v ida intensa e breve a vigiar o conhecido e o não conhecido . Raramente se perdeu de vista , porém, vez por outra, perdia seu ponto de re ferência e voltara com pele nova, sempre-mais sensível. Detestava-se, adorava-se e quero env'elhecer com ele . Como sempre , naquela tarde não tocou a campainha , apenas roçou a porta e antes mes mo de abrí -la coloquei óguo no fogo para o ca fé. Enquanto eu lia a citação que abre este te xt o ,. rE:tirada por ele do Gu ia ilustrado de Paris do século XIX , senti seu OLHAR me pe rcorrend o com uma qual idade de timidez , ao retorna r par a um mundo no qua l o conforto é for m ado de comp ro miss o s e o r e presentar se torna um ato de obriga ção desde tão cedo , que sofremo s o r isco d e nos t o rnarmos amigos. Nã o sei qua nto te mp o durou esta indefinição de sen t id o . Sei que quando pe r cebi já estava t om a ndo o café. Ur ban iciano acende u o meu ci garro e di sse: " Sab ia que as maio r es galerias de Par is surg em no dec ên io e meio após 1822 , e a prime ira cond ição para o se u f lor esci m ent o é a alta do com é rcio tê x t i l?" Pouco me importou responder . Notei e nt ão uma espécie de OLHAR alegó r ico ci perpassar minha sala , que mais e parece com uma lojo que vende de tudo . OLHAR em formação , um OLHAR em estranhamento, OLHAR cuja forma de vida envolve e reconcilia o homem e a cida de; olhar que se encaminhava para mais distante. Percebi que Urbaniciano no ENQUANTO OLHAVA minha casa, passava para o estúdio, para meus estojos e ministuras, e sem dúvida alguma ele caminhava em direção ·à RUA. Tentei trocar a fantasia, o devaneio em que me encontro, pelo tom da mais pura realidade. Pura utopia, encontrei a fantasia. No início, o que Urbaniciana me dizia não ul trapassou as limites do real. Apenas introduziu um pouco de complexidade, indefinição de sentida, breve efeitos poéticos , certo grau de duração para conseguir o efeito pretendido . Tentou o tom da melancolia, pois lembrou-se que para Edgar Allan Pae a melancolia é o mais significativo dos efeitos literórias . Não sei se conseguiu . - Tudo começou com uma certa espécie de linguagem, não?:>ALIMPSESTO. E com o dicionório
nas mãos, leu em voz alta :
"PALIMPSESTO": 'raspado novamente ' Pelo latim palimpsestu . Antigo material de escrita, princialmente o pergaminho , usado em razão de sua escassez ou alto preço , duas ou três vezes (duplo palimpsesto) mediante raspagem do texto anterior . 2. Manuscrito sob cujo texto se desco bre (em alguns casos a olho desarmado}, mas no maioria das vezes recor rendo a técnicas especiais , a princípio por processo químico , que arruinava o material , e depois por meio de fotografia , com o emprego de raios infravermelhos , raios ultravioletas ou luz fluorescente , a escrita ou escritos anteriores. "/ Novo Dicionório da Língua Portuguesa pg. 1021 Você não tinha a intenção de algo perfeita, mas algo que mostrasse que tinha estada vivo enquanto fazia . O destino das cidades não apa rece somente nas ruas e praças, mas nas coisas que os homens dizem e fazem . São oproximo damente 150 MODOS DE VER. Como diz l. Car rol! , " um goto pode OLHAR de frente para um rei , mas pode se tornar mais interessante se ele SABE o que é um rei ". - É isos, você chegou na coisa, vivemos um universo de imagens . A fotografia , o jornal , o ' cinema , o cartaz , o televisão, o vídeo-texto , o holografia , a RUA, apresentam -se como veículos motores desta forma de mundo exterior, to talmente artificial, fascinante , que se constrói insistentemente num construindo à nossa volta, caracterizando laboriosamente o que chamamos de CULTURA - este ambiente construi do pelo homem e que , como TEXTO, pode ser lido por ele . Sim , disse ele -, e~ l o rmn s d e :onfiguraçõo do mund o exterior são quose
~ue i nf i nitas e o fio condutor é aquele que as inse r e no UNIVERSO da s IMAGENS . Entr e esta s for ma s de mundo ex te rior há uma qu e me foz lembrar Go eth e dizendo qu e aq ui lo ~ue es tá mai s per to do s noss a s olho s é a mois d ifícil de se ENXERGAR . A RUA est á muito perto de nó s enquanto indiv íduo e. ao mesmo tempo , e nquanto fenôm eno cultural , apre senta -se com o es ta t uto e so cia l. Eu tamb ém pre fi ro a pal avr a r e -imagina ção (com o Haroldo de Campo s) para o exer cício da t r adução. Poro ex emplo : a sinali zaç ão urbana tem como função pr imeiro a de organi zar o tráfego e fazer com que a s pe ssoas cheguem ao seu dEstino sem inconvenientes. No entanto , em suas raízes , ela contém a at itude de repressão. Na Avenida Urbe, o código de sinalização viária tem re -imaginação . Ele sugere um percurso , e , ao mesmo tempo, o resultado do trabalho tem vida própria . O mesmo ocorreu com a programação visual dos painéis . - Continuo a acompanhar a sua leitura, disse eu -, mas e o lugar da arte para você? O contexto, o lugar onde os objetos são colocados , mudam , radicalmente , nossas maneiras de encará -los . Esta atitude não é nennumo novidade . É umo dos coisos que nos ensinou Marcel Duchamp . Urbaniciano me olhou com espanto e d i sse : - E o LUGAR onde nós estamos , modifica tudo que você fez . . Não dei continuidade ao seu pensamen to . Desde o início da con ce itua ção do projet o, a forma já se ap r esentou , se impôs , com o se o GOSTO e a RUA perten cess em a uma síntese in t r ínseca . Não é d ifíci l pe r ce ber que uma RUA pode ser um mostruário do GOSTO de um a CIDA DE. E é aí , em um ponto não muito definido , que estó o nosso papel de aprese ntar o RUA como umo forma de TECIDO. Mas , Urbaniciano jó estava na rua . - Sônia, a especialidade me é impossível. Talvez eu valha um sorriso, ... talvez. Não sou poeta nem filósofo, nem artista , nem outra coisa. Eu não aprofundo nada . Com que direito você me atribui qualidades e vir tude s par a falar de alguma coisa co m ~xclus,vido: de ? Eu sou como o OLHO que VE o qu e VE e nqu an t o CA M INHO , viajo. Meu menor MOVIMENTO j ornais me tir ou do LUGAR ande estou . Com eço o pe rc eb er que o m e u lugar mudo o que VEJO e mudo em mim o minh a maneira de OLHAR. Umo pintura pode ser uma fotografia , uma fotografia pode ser um relógio e um relógio pode ser letras que falam . Só isso . Isso é especialidade? Nesse instante ·comecei a perceber para onde Urbaniciano caminhava. Em raras momentos ele me havia falado um pouco, muito pouco , sobre o seu observador que morava em Mercúrio. Com a mesma euforia e a mesma dor que dó a ausência de qualquer fé, senti que aquilo que me emocionava era ilusão, contudo não me deixei levar pelo seu discurso e continuei em tom mais grave : - O modo ou maneira de abordagem de um objeto altera a natureza desse objeto de qualquer forma, não? Não podemos negar a afirmação da pensamento icônico, não subordinado , mas entretecido no verbal. - Sem dúvida, - disse ele. Isso você mostra na exposição. Estó claro que existe uma lei geral de organização visual expresso nãoverbalmente , uma lei icônico . Malevich fez sua homenagem ao puro ícone, ao quadrado . E, sem dúvida essa lei que você chama de icôni ca .. . o ponto que enquanto caminha define a linha que por sua vez determina contornos , de terminando formas, cor, textura, harmonias, proporções e todos os derivados . Assim Mondrian encontrou Seurat, a quadricromia , a TV, o digital, enfim, em Josef Albers surge ç, unidade mínima, o bit informacional selecionado como personagem central. O que eu queria lembrar a você é Bachelard, quando diz que é preciso chegar bem perto para ampliar a céu . O universo se apresenta ou nós o representamos a partir de signos . Mas essa atividade não é uma atividade misteriosa , são objetos feitos por seres humanos para seres humanos . O quê poderia ocorrer a um OBSERVADOR que est ivesse em outro lugar que nã~ é a TERRA, al guém que estivesse em MERCURIO, por exem plo, que é o planeta mais próximo do Sol, e por isso mesmo o mais difícil de ser observado por causa da intensidade da luz? Urbaniciano jó não me dava muita atenção ; alguma coisa em seu trajeto pela Avenida Urbe havia contribuído para o seu projeto de uma pessoa situada em Mercúrio . Ele consultava o dicionório e leu em voz alta :
contudo dava passos largos . Sempre o imaginei como o fisionomista do interior , tal qual Walter Benjamin aponta Edgard Allon Poe . Mas seu olhar se tornava alegoria , um OLHAR de est ranhamento . .. e antes mesmo de consideró-lo um fis iologista da cidade , eu já o OLHAVA como quem entrevê umq fisiologia cósmica. Ele havia tido uma EXPERIENCIA . Meu pal i mpsesto se ampliava e com Urbaniciano eu viajava para Mercúrio contive , entre tanto , meu . ímpeto , e ele interrompeu meu pensamento . · - Nossa condição humano decididamente me intriga . Por vezes me surpreende , me fasci na , me agride, mas, predominantemente , me intriga . O homem empreendeu viagens a terras distantes, falo línguas diferentes, estuda as diferenças dessas línguas , questiona a nature za , busca a Deus, refuta a Deus , a ele retorna . Fpra deste sei intrigar existem outros caminhos diferentes; falo , portanto , do que conheço, deste repertório particular , incompleto, contraditório, em construção. - Este trabalho é documento de um caminho percorrido e OLHADO - disse eu - , é UMA FORMA DE VER que , ao se relacionar com tantos e infinitos outras MODOS DE VER, me INTRIGA tanto quanto a você . Este trabalho participa da imperfeição e da contrariedade que são atributos do ENQUANTO . Uma cidade se constrói sobre a ruína das anteriores . Embora nova , uma cidade prolonga certa imortalidade, assegurada por lendas antigas , homens da mesma raça , paixão semelhantes , olhos e rostos que retornam , o pôr-do -sol. Demonstração , manuscritos , caligrama , fascinação , labi ri ntos ; a m ist u ra que você faz é apa re nte , Sô nia , são se m pre a m esma coi sa , são metófo r a . .Você quer confu ndir o leit o r de stas páginas, que julga estar lendo um relato de art e ou a r tificia l e , de repente, se encontra com deuses ou com o falso saqrodo? , - Este pensamento não é meu - respondi . E de Borges , é o mito do eterno retorno. As con dições deste trabalho são sempre as mesmas em real id ade : o PALIMPSESTO e seus intricamentos, e acabo de amplió-lo , por vo cê, para uma visão CÓSMICA. Este trab a lho pret en dia simplesme nt e criar alguma base para qu e a pess oa que p ercorrer sua trajetória rece ba info rmações para a comp!eensão da ne ce ssidade de uma ALFABETIZAÇAO VISUAL : pensar por imagens . Pretendia também uma ordem inco mum em momentos que não se escolhe , uma outra forma de organização de elementos, discutir o lugar do que se chama Arte. E você , meu amigo , contribui para o meu trabalho ago ra, na medida em que questiona o NOSSO LUGAR . Em momentos que considero raros, a matéria encontra sua matéria prima perfeita e o pontencial atinge sua contemporaneidade que é atributo da função poética da linguagem segundo Jakobson, Sônia. A influência que o trabalho tem sobre você mesma é incontrolóvel. Você estó destinada de agora em diante a plagiar-se a si mesma, à liberdade de, vez por outra, introduzir no seu trabalho a absoluta arbitrariedade. Flores que se tranformam em monstros, graffiti que tem seu lugar específico e pré-destinado na RUA, o céu como suporte . E agora você me diz que talvez o cosmos possa ser também suporte. -Você passou por uma experiência. Talvez sejam pequenos ou ligeiros exercícios da inteligência humana" negligência errada ou blasfêmia , como voce constuma dizer . E o que eu digo que existe não pode ser aceito como crítica, especialmente no senso comum em que ela é utilizada. No móximo, são definições. . - Nunca uma explicação - disse eu - como diria l. Carrol! , uma charada , pode setornar tão velha e encarquilhada que mais pareça uma explicação . Seu trabalho surge da intesemiose de aproximadamente 150 artistas, sem necessida de de harmonia . Cabe aqui citar também o conto de E.A. Poe , " A Queda da Casa de Usher" : a casa sucumbe sob o mal dos usher , que se havicim tornado tão sensíveis e requintados em sua decadência que jó não podiam suportar qualquer estímulo diferenciado, qualquer informação no v a , qualquer surpresa, qualquer efeito de estranhamento . São eles os representantes de uma certa classe cultural que criou as bases morais e éticas para o conceito de Beleza . - A noção de beleza estó vinculada a padrões de julgamento : só podemos dizer que algo é belo dentro de comparações - complementei. O aperfeiçoamento da idéia de beleza implica em signo novo, isto é, uma informação nova pode ser de qualquer natureza, desde que provoque um estranhamento; pode ser um ruído , uma ameaça, um temor introduzido den"Mercúrio , o mensageiro dos deuses ... da elo- tro do universo de cada um de nós, o que nós quência e dos ladrões entre os romanos . Plane - chamamos conceito de belo . ta interior, o menor do Sistema Solar e o mais - EXPLODIR esse universo , abrindo-o para próximo do sol , o que torna diffcil observó-lo , outros códigos e óreas de conhecimento põe embora -~eja um astro brilhante à vista desarem questão a noção de Beleza . Isso é Belo , mada .. . Sônia . Ele continuou a ler qualquer coisa que falava O Belo implica no ato de se permitir enrique de diômetro e densidade , mas meu pensamen cer as formas significantes , RE-VER, VER OU to estava concentrado nesse homem que, par TRA VEZ, LEMBRAR e RE-CONSIDERAR o que mim, representava a plenitude do interior . No achóvamos Belo . Um dos cominhos pelo qual se õnterior o universo é mais acentuado . Para ele pode chegar é a abordagem de cada produto habitar significa deixar rastros . Urbaniciano , 'artístico' como sistema de linguagem em si e
25 JAN A 22 FEV DE 1987 em relação aos outros . Quando algo é OBSERVADO , VISTO , ENXERGADO , OLHADO atra v és de sua natureza intrínseca , aquilo que o produtor pode fazer com a pintura e só com e la , aqu ilo que um fotógrafo pode extrair da fotograf ia e que só com a fotografia poderia ser feito , estamos começando a VER o mundo imagét ico de forma enriquecedora , para a linguagem e, acima de tudo para nós mesmos . Parodiando Ca ge : 'Abrimos nossos olhos e ouvidos , vendo a vida como ela é . Esta constatação já não precisa de arte, embora sem arte tivesse sido difícil ". Ou como diz Décio Pignatari: " Da idéia do Belo passa -se à beleza da idéia". Um modo de ver que vem de muitos. De muitos em relação ao própr io sujeito, e não como monopólio de especialistas.quer sejam eles representantes do ggsto AR,TISTICO ou representantes do gosto NAO ARTISTICO . Não pdoemos permitir que o reconhecimento real continue a ser transformado numa demanda de consumo de mercadorias . Urbaniciano me intrigava cada vez mais : "Como as pessoas podem cansar-s~ uma das outras?", pensei comigo . - Quero lhe lembrar algo de A . de Campos:
"Assim como há gente que tem medo do novo , há gente que tem medo do antigo . Eu defendereri até a morte o novo por causa do antigo e até a vida o antigo por causa do novo . O antigo que foi novo é tão novo como a mais novo novo . O que é preciso é saber discerni -lo no meio das velhacas velharias que nos imp ingiram durante tanto tempo ". Ho uve uma q ual idade de silêncio na sa la , à qual nós dois jó há mu ito havíam os no s acostumado. Foi Urba ni cian o quem fa lou primeiro: - Mas ... o livro é out ra co isa, o meu li v ro é a extensão da memó r ia e da ima g inação. Ele pt de vir a estar cheio de co is as er rada s, pod e haver uma série de pe sso as q ue nã o est ejam de acordo com a min ha opin ião , m as mes m o assim va i conter a lguma coi sa de sag r ado , nã o para ser ob1et o de respe it o rel igioso , mas para que se ja O LHA DO !=Om o desejo de encontrar algu ma felicid ade . E isto t ambém não é meu , é um pensamento de Borges, você sabe . O que me assusta é o TEMPO , que é a substância de que estou fe ito , é um rio que me leva e eu sou rio , é um fogo que me queima e eu sou o fogo . real. Sinto que A Terra é desgraçadamente talvez eu esteja d i zendo absurdos . A expressão de um sentimento é sempre um absurdo. Bimolidade . .. De repente colou -se . Sofreu. Sofrer é prestar ~tenção suprema a qualquer coisa, e de certa forma Urbaniciano continua sendo um homem da atenção . · Os olhos ·dele são maiores do que tudo que é visível , usa inesperadas, porém verdadeiras palavras que aniquilam uma pessoa, sabem acordó-la em plena estupidez, perante si própria opanhó-la em cheio em ser naquilo que é. Ás vezes é duro, de fato, mas tem horas de requintada e surpreendente doçura em que parece caido dos céus. Durante todo o meu trajeto de discussão, construção e re-construção do trabalho permaneci sentada, lendo, escrevendo, olhando para a varanda, e só percebia momentos em que ele se levantava do sofó, vez por outra , para apanhar livros. Esqueci-me de dizer que Urbaniciano tem o vício de ler, além do café e da etimologia. Sua presença não me desviava o atenção, como sempre aconteceu. No sua presença, nada me pertuba, ele compartilha meus atos, nunca invade o meu círculo de privacidade. Não seria correto dizer que nossa relação é de amor . Nossa relação mais se assemelha a uma cumplicidade de devaneio. Parte de mim vive e se deixa viver poro que Urbaniciano ppossa tramar o seu ato de escrever. Talvez esse ato de escrever a justifique. Não me custa nada confessar que ele criou certas póginas vólidas, mas essas póginos não podem me absolver , talvez porque as coisas boas não pertencem a ninguém, nem mesmo ao outro. Só algum instante de mim paderó sobreviver nele . Pouco a pouco vou lhe cedendo tudo, ainda que conheço bem seu costume de falsear, magnificar, plagiar ou mesmo copiar linhas inteiras de autores que ele admiro . Eu vou permanecer Urbaniciano, cada vez mais ele se parece comigo, e eu com ele. Seu MODO DE OLHAR hoje foi novo e sei que seró assim em momentos espe ciais, em meus melhores momentos . Assim vou me tornando uma grande ausência no lugar de OLHAR paro ele em pleno rosto . TuJo perco e tudo pert~nce ao esquecimento ou a ele , Urbanic .iano. E preciso OLHAR , VER, ENXERGAR , SEGUIR, mudar as coisas e a si mesmo de LUGAR . Deva pensar o tempo todo em minha armadilha: trocar a fantasia pela mais pura realidade. Sempre encontrarei a fantasia, na irrealidade de tudo . É necessório criar um contínuo de irrealidade. Não sei hó quanto tempo Urbaniciano me olhava , mas, quando percebi , jó não sabia mais qual de nós dais escrevia estas póginas e o seu projeto sabre o viagem · a Mercúrio havia percorrido algumas póginas S6nla Fontane:tl Curadora
' ~FÓLHÃ1 A V EN I DA
25 JAN 'A 22 FEV DE 198 7 Agradecimentos
da Curadoria
A Carlos Moreno qu e, apesa r de mim preser va a necessór ia ati tude cent rí fuga , alcan çando d i stâncias que os meus braços não alcança m , sempre . Às pessoas qu e m encio no aba ix o propos ita da ment e em or de m a lfabética . M en cio no por meu s simples pri ncípio do praze r ce nt rí pet o . Dir igem -se para o cent ro , natural c,; nd ição de r epous o, como pessoa , como g esto , com o obra . Coda um deles sabe perfeitamente por qu e e com que a mo r escrevo e faç o impr imir , e repro duz ir em ti pas gró f ico s, seus nomes: An o Màri a Belluzzo , An n o Ma r ia Kieffer ,.A n ton io Tor -
cisio de A . Souza (2 am). Ag naldo F6rias, Ale xandre Calimonis , Beta de Souza , Carlo s " Tintin " W il hei n , Ce -
zar moras de Luccos Cid. Campos, Carlos Alberto Ro-
PÁGINA
URBE
cho, Cocilda Teixeira da Costa , Carlos Moreno , Chico Homem de Mel lo Décio Pignatar i, Denilson Gomes da Silva, Daniel Annexberg, Domingos Tadeu Chiare ll i, Edson Engels, Eduardo de Jesus Rodrigues, Edgard Braga, Felippe Crescenti , Frávio de Souza, G,selda
5
INSTA LAÇÕES
Leirn e r , G io rgio Gi o rgi Jr., Ga b riela Suzana W i lder , Grorio N . Lima , Herme l indo Fiomi nghi . Ivo M e squifo ,
Julio Plaza, Jorge Wilheim . Julia Cesar Vercesi, Jorge Luiz Borges , José Sim ão , João Pir ahy , Luiz Nor~ e rt o C. Lou reiro , Lilian Shi mizy , lenora d e Barros , Ly g,a Cam pos , M aria Cris t ina Ré Sariano , Mari a Rito C._Marinho Morly Rev uelta , M our ic io No gueira lima , Mira Hoor , Mirno Fe! ic idade , Nel so n Serenei , Nor is lisb oa , Omar
Epígrafe visual:Iniciação/ Lar doceLar/ponto defuga
Guedes, 02 Comunicação Gr6l ica Pedro João Cury, Nelson Leirner , Om ar Kh o uri, Pau!a Matoll i, Pau lo M i-
randa. Ricardo 0ntak e, Pedro João Cury, Regina Silvei ra , Robe rto Sand ova l , Sheila l e iner , Rosene i le r ia s, Rod rig o M a no e l Per ei ra, Tad e u Jun g le , Tacus Acus (Dionisia Jacob ), Té rcio le vy Ta lai , Urboniciano V ieira Net o e Ul b ia no Beze r ra d e Menezes , Ubi ray r Cast ro Olive ira , Walter Silv e i ra .
• EDGARD BRAGA nâsceu a 10 de ou tubro de 1897, médico espe cializado em obste trícia e puer icultu ra. Na área literár ia publicou "Se nha", em 1933, "Odes ", em 1951 e "Algo ", emn 1971, ''Tatuag e ns ", em 1976. Em 1976 também a No muq ue Ed içõe s iniciou a publicação de trabalhos de Braga. E vórios con tos esparsos e caligramas em "Oesbragada ", organi z ado por Régis Bonvicino , e editado pela Editora Max Limonad em 1984, quando então organizamos uma expos ição no Centro Cult ural São Pau lo so bre seu trabalho , tenta ndo traduzir um pouco o cres ce n te ;uventude de su a obro . Braga este ve presente na ab er tura de s ta e xposição e paro m im cont inua presente m e smo depo is do dia 9 de se tembr o de 1985.
AARQUITETURA DATRAMA O espaça para a expos ição A TRAMA DO GOSTO nasceu do próprio concepção da mos tra : a Avenida Urbe . Seu desenha recupera a integração dos conceitos da curador ia , das subcuradorias e artistas, e o projeto arqu itetônico em si mesmo, buscando um percurso no i nterior da Bienal , que evoque as sensações e si tuações relacionadas ao espaço urbano de uma metrópole contemporõnea . Arquitetura e Programação Visual unem-se na criação de um simulacro de cidade, de um jogo que explora o olhar da cidadão vis itante sabre o seu ambien te cotidiano . A Av. Urbe nasce da cidade real , tal qual um fio condutor dentro de um espaço de fantasia . Penetra o edif ício no 1. 0 andar onde as instala ções da cidade nova convivem com os serviços (loja , lanchonete , pronto socorro) , resquícios do real. Ao subir a rampa, esta avenida encon tra sua forma definitiva , a eixo da exposição .
Aí ela al inha as diferentes abordagens dos di versas autores nas suas i nte r pretações das imagens da cidade e do equipamento urbano . À margem deste núcleo central dno 2. 0 an dar , um corredor neutro (Av . Marginal) des cre ve a órea de intersecção entre a cidade imagi nada e São Paulo . Nesta faixa o visitante expe rimenta a interpenetração destes dois espaços : coloca-se como marginal, num espaço não palpóvel, que materializa o anonimato e a real dimensão do cidadão . Na rampa de acessa aop 3. 0 andar a Av . Urbe se desfaz em faixas de pedestres, transformando -se num espaça branco , num Mi rante, de onde a cidade observa-se a si mesma . A dualidade , a lúdico termina num " espaço para hereges" simbólica .
Diógenes Campos AIRES(1881-1944) Paisagem de ltapetininga , s.d. óleos / tela , 46,5 x 67 cm Coleção Bonça ltaú S.A .
Felippe Crescenti Arquiteto respansóvel
AORGANIZAÇÃO EAMONTAGEM Como qualquer atividade ligada à criação , arte é um poderoso instrumento de desenvolvimento tecnológica . Da mesma forma que cien tistas e pesquisadores estimulam o surgimento de novos processos e de novos materiais, o ar tista , ao criar , inovo tudo ao redor e acaba por obrigar os circunstantes a criar também , como resposta à sua demanda original. São bons exemplas disso a Bienal de São Paulo e a Tra ma da Gosto . Exposições desse porte tornamse possíveis graças à acumulação , ao longo dos anos , de fatores como : primeiro, a seriedade, a competência e a respeitabilidade de seus or ganizadores ; segundo , e como consequência , o interesse dos art istas em estar presentes à mostras com essas dimensões e prestígio ; ter ceiro , a capacidade que hoje o Brasil - São Paulo, particularmente - pode ostentar em termos de planejar, organizar e montar even tos de qualidade e de grandes proporções . Em outras palavras , o univt:r'so inf inito da c! iaç?o art ística encontrou , aqui, supotte organizacI0 nal e tecnologia de i nfraestrutura em grandes eventos , para que as coisas - as co isas da criação - possam acontecer . Com a Trama do Gosto , ma is uma vez vive mos a experiência fascinan t e que é t ransformar um pavilhão enorme e va zi o em um luga r
"Denominar umobjeto é suprimir trêsquartos dafruição dopoema. queé feitadafelicidade deadivinhá-lo pouco a pouco: sugerHo ...eiso sonho ...''
S.Mallanné
onde milhares de pessoas são instigadas pela provocação da criação artística . Em uma época como a de hoje, quando comprar uma simples lata de tinta jó representa uma façanha, planejar, organizar e montar esta exposiçõa pode não ter sido uma obra de arte , mas sem dúvida foi uma empreitada, muito ttobolhosa . São centenas e centenas os itens envolvidas 1 em uma montagem como esta - as obras de BABALURBE,na cidade Babalu, é uma insta arte , o material que demandam, o extrema zelação ambiental de 600 metros quadrados. pro lo em sua realização física, a simultaneidade jetada por Mauricio Villaça , que abriga a san com que tudo tem de ser fe ita e ma is toda a induicheria da mostra À TRAMA DO GOSTO , no fraestrutura de iluminação , sonorização , lim1 andar do Pavilhão da Bienal. A instalação é peza, segurança , . .. uma teia interminóvel. uma ampliação em escala dos Objetos e Escul Uma teia , .. . um .a teia interminóvel. turas Babalu , assim batizadas para reforçar a Uma teia : é isso mesmo. O trabalho de coor identidade latino-americana da "Dadó Tropi denar e montar a exposição foi justamente o cal" de Villaça . de juntar todos os fias , tecê -los, transformó-los A cidade nem sempre reconhece na pa isaem um pana uniforme, firme , bonito , colorido gem cotidiana seus art istas mais frequentes : os e , principalmente , que representasse a resposgrandes cartazes de cinema com temót iça bita fís ica às idé ias geradas pela curadora e colo zarra . Na BABALUBRE, um ciclorama descreve cadas no papel pelo arqu iteta responsóvel. cenórios , numa linguagem bem característi Os artistas desenharam um belo tecido . ca,dos prédios da cidade . O projeto de 300 me Creio que consegu i mos tecê-los a contento . tros quadrados de murai s fo i e x ecut~do por An t ôn io Escr iba Algarba . Outro detalhe , nes se Luiz Loureiro, trabalha , são o s azulejos pin t ados , caracter ísti Coordenado r Gera l e ca de bares e res tauran tes da cidade . responsá vel pela montagem . e rforNa BABA LURBE, o público torna -se p_ mer de sua pr ópr ia il usã o . Desfrutando da san d uic heira , envolvido pel as o bra s de 30 ar t ist as - con v idad os , o públ ico pode o bserv a r até mes mo um r it ua l de alime nta ção, com co m id as vin das de tod o o Brasi l - nu m tr a balho de Bené O po ema CIDA DE/ CITY/ CITÉ (Aug usto de Cam po s, 1963), estó mo nt ado no pei toril de concreto Font e ll es pel a melhor ia de quali dade de vi da. na frente da fach ada da Bie nal , de fo rma a dar leitura de sde o Por que lbir apue ra . Poro isso, o E, a inda , cer âmi cas, obje t os, pintura s e escultexto -poe ma , estó fe ito co m letra s re cortadas e pintadas de ve rme l ho . tu ras que , po r to da a insta lação, con vi da m a ri r O po ema CIDA DE/ CITY/ CITÉ, int egrado na f achada do pr éd io da Bie nal , fornec e uma lei t ura in d a po lí tic a cu ltur al. Aqui se po de d iscut ir o rea l tegrati va en t re cidade e eve nt o, no mel ho r esp ír ito da mo st ra A TRAM A DO GOSTO. e a i lu são no cotidiano da vida. E a vi da , na BABA LURBE, estó espelha da num gra nde mural ciJULIOP LAZA clorama qu e mostro a cid ade e os e le mentos Sub-Curador fot o , te rra , ar e óg ua .
SANDUICHERIA BABALURB °
,
CIDAD E-J CITY / CITE
RELAÇÃO DE OBRAS
Au g ust o de CA MPOS / Julio PLAZA Espe cia l ização do poema "Cidade / City / Cité " , 1963, publicado Du as Cidade s, SP, 1979.
em Poesia 1949-1979,
CRÉDITOS
Produção -
Oswaldo Aparecido
da Silva e Anto n io Francisco A lbuquerque.
livraria
Babalur be: O Fake do Ritual Dadó. O rso n We ll es foi quem melho r mostrou a ilusão e o falso nas artes plósticas, no fil me F••• fo r Fak e (Verdades e Menti ras), uma fascina nte discussão sob re o qu e é o or ig inal e o q ue são cópias. Estamos mergulh ados num unive rso de obj etos, ar te e valo res Fak e (Falsos),
numa sociedade consumista e cond icionada ao falso e à arte descartóvel. Na estruturação das Objetos Babalu - que foram projetados e desenhados após exaustiva pesquisa de mater ial -; a ilusão criada pelo fake , pelo read y .made , surge de t ruques óticos , cinéticas e cromóticos. O falso fake mos tra ser uma ótima ferramenta para se conhecer a real : pequenas balanças sugerem um in t rigante mato -perpétuo , homenzinhos de br in quedo são performes mitólagicas · de hierofa n ias anórquicas , colunas com car iót ides segu rando bolinhas de pique-pongue conser v am proporções de uma arquitetura alquím ico . Os Objetas Babalu surg iram como asse mbiages anórqu icas em 1984, no dia em que se restabeleceu o autor it ar ismo no Bra si l , com a pe rda da emancipação do povo bras i leiro , q ue rein vind icava eleições diretas para a Pre sidênci a e nova Con st ituição . O Neo d ada ísmo ev oca o mesm o pa no de . f undo do s anos 20 , quan do o nazi-fasci smo teve pron ta respost a anórq uia dos dada ístas em suas asse mb ages e instalaçõ es . Sem d úv ida , a mes m a motivação qu e t ive pa ra os prim ei ros o bjetos . O Bizarro e a A lq uim ia do Pop Construí dos com o bjet os ex t rem a mente famili ar es ao coti di ano das pessoas e à sua in fâ nc ia, os Objetos Baba l u lev a m à ca tars e do Absur do (ce nografia da. cr ue ld ad e de Artaud), do Ka f kia no (esp eci a l de Du cha mp e Max Ernes t ) e do Bizarro (plóstica de W ar hol e Patrick Ca ufie ld). Os Babalu recu pe ram a muta ção do Pop: a reci clagem dos materiais e o bizarro das associaçõ es de cl ichês, que sat ur am nossa reali da de ur bana . Esta rea lida de arquitetônica eu reconstruí, espelhada em dóis universos antagônicos e in -
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FOLHA
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AVENIDA
25 JAN A 22 F'EV DE 1987
URBE
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Alex FLEMMING Sereia li. 1986 pintura acrílica , 2,50 x 1,80 cm Coleção Galeria Mantesanti, S. Paulo Alex FLEMMING · Anla , 1986 pintura acrílica , 1,55 x 1, 1O cm André CANTU Vldeo Experimental , 1986 Bené FONTELES Rltual de Allmentaç6o , 1986 performance CAITO $/Titulo , 1986 técnico mista , 1,30 x 10 x 10 cm CAITO $/Titulo , 1986 técnico misto , 1,00 x 30 x 30 cm CAITO $/Titulo , 1986 - técnico mista , 20 x 7 x 7 cm Dedé FREDIZZI Urbe 1, 1986 fotografia, 70 x 100 cm Dedé FREDIZZI Urbe 11, 1986 fotofrofia , 70 x 100 cm Dédé FREDIZZI URBEIII, 1916 fotografia, 70 x 100 cm Dedé FREDIZZI URIIE IV, 1916 fotografia, 70 x 100 cm Dedé FREDIZZI URIIE V, 1916 fotografia, 70 x 100 cm DeôéFREDIZZI UISE...VI, 1916 -iotogrofio, 100 x 70 cm Denise MILAN _ MEDUSA, 1916
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ah! ah!
ah!
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simétricos , o eixo nos objetos concilióveis: do culto à dos altares de consumo, totêmico aparência e ao corpo, da paisagem sacralizado a beleza (Brasíli a) . Nos objetos assimétricos, profana, onde cada um cuido do seu nariz e dó e des do autoritarismo gostosas gargalhadas cclabro da " polít ica c ultural ". Minha proposta é
dessa cralizar a
aiqu1tctL'!"0
mistifi cando _o objeto
conteoo rôneo
e a utilizaçõo
des -
do espaço.
Relação de Obras
Sou o luxo pop Ba O que eu laço é Alquimia! balu ! Sou o neodadó I Sou a ousadia de rirdes da utopia dos contentes . O que caradamente dó pra rir , dó pra chora r . Dadó . Ah! Ah! Ah! Divirtam -s e .
Ayaa OKAMOTO
Enquanto Isso em Gothan City .. .. 1987 Instalação (bitolas de pvc c/ papel ). 1,50 x 1.10 cm Ale x FLEMMING Sereia 1. 1986
MAURICIO VILLAÇA
Sub-Curador
J
pintura
acríli ca. 2,50 x 1,80 cm
com ·eecultuna em pollNter de lante, vidro e luz. apll~ a45an 1,,0a45
FldDEIHC
OIIJRO 1, 1916 oquório, 1,20 x 70 x 40 cm FRÉDERIC OIIJR011, 1916 oquório , 1,20 x 70 x 40 cm FRÉDERIC OIIJRO Ili, 1916 oquório , 1,20 x 70 x 40 Cr(I FRÉDERIC 1916 OIIJROIV, oquório , 1,20 x 70 x 40 cm FRÉDERIC OBJROÓTICO, 1973 - ·esculturo em madeiro , 1,60 x 80 x · 80cm • Gilberto ROMÃO SANTANA, 1916 cerõmico , 23 x 30 x 20 cm - Gilberto ROMÃO SANTANA, 1916 cerõmico , 90 x 33 x 33 cm M . Therezo Gelain de ANDRADE - -MINIPÃO, 1916 'cerõmico, 10x 10x 13cm M. Therezà Geloin de ANDRADE AMBIGUIDADE, 1916 cerõmica, 60 x 40 x 38 cm M. Therezo Geloin de ANDRADE CIIIOLA, 1916 cerõmico , 40 x 20 x 'I7 cm M. Therezo Geloin de ANDRADE MARACUJÃ, 1916 cerõmico , 30 x 30 x 28 cm Mó rio CRAVO NETO DE MICHELANGELO, DAVID 1915 fotografia , 1,00 x 1,50 cm Oberdon do SILVA S/TiTULO, 1987A - aquarela , 1,20 x 0,80 cm Oberdon do SILVA $/TITULO, 1987 aquarela , 1,20 x 0,80 cm Ozéos DUARTE EVOLUÇÃO 1 "A PROCURA DE DARWIN", 1916 óleo s/ out -door , 80 x 50 cm Ozéos DUARTE EVOLUÇÃO li "A PROCURA DE DARWIN", 1916 acrílico s/ out -door , 1,75 x 50 cm · Ozéos DUARTE EVOLUÇÃO Ili "A PROCURA DE DARWIN", 1986 óleo s/ out-door , 1,77 x 48 cm Ozéas DUARTE EVOLUÇÃO IV "A PROCURA DE DARWIN", 1986 acrílico s/ out-door , 1,88 x 1, 11 cm Ozéas DUARTE EVOLUÇÃO V "A PROCURA DE DARWIN" , 1986 acríl ico s/ out -do or , 1,98 x 64 cm Oswaldo PIRE.S . ..,
TODO DIA O ,SOL LEVANTA, 1916 óleos / tela , 70 x 40 cm Oswalda PIRES COMO ONDAS DOMAR, 1916 óleo s/ telo, 70 x 40 cm Roberto MICOLI CACTUS, 1916 acrílico
s/ lono , ferro
e cimento,
1,70x30cm Roberto MICOLI CACTUS, 1916 CRÍLICO S/ lono , ferro e cimento, 1,20x 30cm Roberto MICOLI CACTUS, 1986 acrílicos / lona, ferro e cimento,
Woldemor CORDEIRO (1925-1973) O BEIJO, 1967 objeto eletra-mecõnica e/ fotografia , 50 x 45,2 x 50 cm Coleção Museu de Arte Contem porõnea do Universidade de São Paula Louro FALZONI INSTALAÇÃO, 1987 Leon FERRARI $/TÍTULO, 1980 arome inox saldado, 2, 10 x 60 x 60 cm Santiago Garcia SAENS ONDE ESTÃ A AMÉRICA?, 1916 técnico misto , 1,90 x 1,74 cm Maurício VILLAÇA SANTA QIA, 1916 ossembloge, 30 x 40 x 25 cm Coleçõo José Eduardo Nicolau , S.Poulo Mouricio VILLAÇA AlrTE C0NCIIIT A, 1916 assembloge , S3 x 17 x 25 cm Coleçõo Soul O. Libman, S.Poulo Mourlcio VILLAÇA OAI.OUIMISTA, 1916 as1embloge, 40 x 50 x 30 cm Coleçõo Wilson Coutinho, S.Paulo Maurício VILLAÇA JOGO DI CINTURA, 1916 ossembloge, 35 x 35 x 37 cm Coleçõo Robert(! Limo, S.Poulo Mouricio VILLAÇA Ice Cream Spllt, 1986 ossembloge, 35 x 35 x 37 cm Coleçõo Marcelo Rufino , S. Paulo Maurício VILLAÇA Mar de RONS , 1986 ossembloge, 35 x 35 x 43 cm Coleçõo Galeria Arte Aplicado , S ?aula Mouricio VILLAÇA Cena de Ccnamento , 1986 ossembloge , 22 x 22 x 27 cm Coleçõo Louro Folzoni , S. Paulo Maurício VILLAÇA A Mulher Placando , 1986 ossembloge, 1,50 x 1,20 x 1,40 cm Coleção Sergia Tchernobilsky , S. Paulo Mouricio VILLAÇA ·
Alice no Pala do Pepino Matafialco , 1986 ossembloge, 35 x 35 x 43 cm
- coleçõo Morcela Rottner, S. Paulo Mouricio VILLAÇA O Casal 11- virou Suahl, 1986 ossembloge, 17 x 21 x 30 cm Coleção Lauro Folzoni, S. Paulo Maurício VILLAÇA . X-Moon , 1986 ouembloge, 49 x 50 cm Maurício VILLAÇA OMELRE À CANFIELD, 1916 - ossembloge, 49 x 50 cm Coleçõo Paulo Lunordelii , S. Paulo Mouricio VILLAÇA SEM AÇÚCAR E SEM AFRO, 1916 ossembloge, 4 ,00 x 2,00 x 60 cm Maurício VILLAÇA APOLO E DIONISIUS, 1916 - ossembloge , 35 x 35 x 32 cm Coleçõo Luiz Norberto Colloui Loureiro, S. Paulo . CRÉDITOS PROFISSIONAIS Antonio Escribano Algabo - mo ralista Uga Romit i - fotógrafo - AGRADECIMENTOS Art -Fonle Lustres Bobod ilho S.P. lux Luminosos Blue Woy Pesquisa Textil Natan Móveis poro Jardim AtmoS / A Elka Brinquedos Trol S/ A Kodak da Brasil Kibon S/ A l eon Ferrari , Jean -Jacques Fréderic,
Vida( ·
Helena Cordeiro , Soul e
Sabina libmon , José Eduarda Ni· colou e Clarinha
bilsky .
e Sergio Tcherno-
PÁGIN A 7
URBE
FOLHA AVENIDA
25 JA N A 22 FEV DE 198 7
pedal de Broin, o computador, contém elementos minim o listo s, pop , raízes brasile iros. A danço misturo movimentos cotidianos , gestos , tiques , com o constante deslocamen t o de corpos no espaço . A cenografia traduz através de imagens e sensações os di versos situações vivenciados durante o performance .
TERMINAL SONORA Trens que percorrem em oi o subsolo do to velocidade grande cidade parando de estoçõo em estação. Pessoas que compram bi lhetes , portem, descem e so bem escadas rolantes, chepalavras, murmuram gam, correm , lêem jornais e espe ram o chegado dos trens ·. Cada ser vivo estó em movi mento, · cada aparelho ligado, acionado móquino cada também. Cada movimento ge ro um som e , juntos , som e movimento, geram um moto· contínuo . O espaço plóstico , mutóvel pelo tempo e pelo homem estó imerso nessa dinâmico, e presente indivíduo cada de si torno -se espectador mesmo , vendo -se atuar num cenór io absurdamente rea l. Part in do dessa s imagen s surgiu TERMINAL SONORA , o enc o ntr o do músi co , da nço e art e s pl ósticos numa es tação d e metrô . A pesquiso pelos ruas d o cidade revelou os tipos mais va riados de pessoas e lugares , de além de uma infinidade sons , ru ídos e imagens . e le t roacústico A músico composto por Cid , Marce lo e Jocson, com o participação es-
composição musical :
Cid Cam pos , Marcelo Bri ssoc, Robe rto Joc o co mpu 1odo r
son e " Broin " -
poema: Cidade (Augu st o de Cam pos ) Augu sto de leitura do poema: Campos (gravado no estúd io OBJ)
coreografia:
Christ ino Covolcon ti , Mórcio Bozon , Mariano Muniz , Patrício Noronha e Rodrigo Noro nha
CID CAMPOS MÃRCIA BOZON SUB. CURADORES
wnografla:
Paulo Alzugo r oy e
Rodrigo Pere ira
TERMINAL SONORA CRÉDITOPROFISSIONAIS
figurino:
Pau lo Alzugoroy
Grupo do roteiro: elabo~o Terminal Sonoro Cid Camp os - ba ixo mú1lcos:
costureira:
Ma rcelo Brissoc - flauto Roberto Jocson - te cl ados / com pu tador bailarinos: Chr isti ono Covolcont i Mórcia Bozon Pat r ício Noronha Rodri go Noro nha
engenhe iro da som : Rober t o Joc-
Zi ri o Oliveira do Rosa
luz :
Rodr igo Pere ira
arquiteto :
Fe lipp e Cre scenti
son
vldeo : fotos:
Nei Sent i Jr .
M arcelo de Breyne
a rt l1ta1 plásticos : Paulo A lzugo r oy
Ag radecime nto s
Rod rigo Pereira
teclados percussão
Meinberg -
- Espaço Viver - Estúdio OBJ - Estúdio Sossega leã o
coordenaçã o g e ral: Cid Campo s e la bo ração do pro feta: Cid Cam po s e Márcia Bozon
elabora ção do roteiro:
de São
Paulo - Metrô - Conecta Video
- Liko
músicos con vid a dos Guelo -
Cio do Metropolitano
-
Grupo
-
Escola Lourenço Castanho Tecelagem Cinerama
-
Fóbio lko (por grand es idéias ) leSon
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25 JAN A 22 FEV DE 1987
,FOLHA AVENIDA URBE
PÁGINAS 1
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"É na experiência que eu faço de um corpo explorador dedica do às co isos e ao mundo , da sensibilidade que me investiu até o mois individual de mim mesmo e me ot roi , ao mesmo tempo, da qualidade oo espaço , do espaço à coiso , e da co isa ao hor izonte das coisas , quer dize r, a um mundo jó e xis tente , que se amarro minha relação com o ser ." Mourice Merleau -Ponty College de France , 1951 Tradução : ~ern o ndo Lion
CORPOS.A. S.A. A PRAÇA DOCORPO
Memória
O núcle o se desenvo lve em três salas : S.A ., PRAÇA DO CORPO e CORPO S.A. As sa las não estão necessariamen te interliga das . A inte nção é provoca r a descoberta pela reflexão so bre a "ca ixa preta " , pela observação na "praça", e através da a nól ise comparativa no sala de ex posição . O "corpo ", mesmo que fisicamente ausente, sempre estó próximo do visi tante. De forma intrigante ou didática , há sempre o estímulo pa ro a descoberta. Na "caixa preta ", a reflexão do conceituai encerrado na sal a comenta de forma sutil a presença do "corpo " fisicament e a usente: De forma lúdica , br inca com a presença do visitante, atraves do cubo suspenso que abriga a p lacenta ma g icam e nte em suspensão no seu interior e , a inda , a t ra vé s do som amb ien te q ue re produ z bati d os ca rdía cos e respiraçã o , do au sê ncia de co r e de luz, do som dos pass ad os sob re os ped regulh os.
"CesfaQ()si" épreuve que ;a fois d 'un lcdps oux choses Ê,t ou monde , d 'un se nsibile qui plus individue i de moi-même et m 'ottire ous /'espace, de /'espace à chose et de lo chose ses , c'est-à-dire à un monde dê iá /à, que se ove c l'être." Mourice .Merleou-Ponty Co llêge de Fronce , 1957
No anfiteatro, o desenho do observaç ã o de um mode lo vivo vai conduzindo did a ticamente poro o descobe rto do "corpo ". Tamb é m o co mpa ra çã o do s trab alh o s, na sala d e e x pos ição , analiticamente conduz ao "corpo"
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FERNANDO LION SUB-CURADO R
CRÉDITOS Tr i lh o Sono ro - Tunice Ob jeto em A crílico - Luigi Corra Professor de Desen ho - Fernando Stickel
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G lório Nogueõra limo Programação do Computador luiz Henrique AJayon AGRADEOMENTO SC0PUS Computodo,,es
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Edição e Coordenoçõo
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SONIA F0NT AHfZJ CURADORA GERAI.
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"A co iso mais d ificil de se ver é a quilo qu e e stá diante do s noss o s o lho s." ( Goe the) O mód ulo MEMÓRIA tem po r obje tivo apresen tar o proce ss o de tr abalho d e todo e qu a lque r criador , e nv o lvido em to do e qua lquer ativi d ade de produção , desen vo lvime nto e apre se nta ção paro o público. O espaç o de a rquitetu ra foi pro posi tada me nte org anizad o como um lab irin to (cretense), fazend o a lu são à formo
lobirínticÓ-lúdico do e loboroçõo do expos ição como obro. · Como d iz Fernando Pessoa. "A obro de art e é primeiro ob ra . depo is obro d e arte ·. A MEMÓ RIA -se insef'e na contempo .-ane idode. Por isso . no centr o desse labirinto se apresen to um computador . para que o púb lico posso chamar o bibliograf ia do subcurador de codo núcleo . O lab irinto genérico pre de o angústia inte lec lual . o qualidade de be leza que r es ide naquilo o que não se pode opor. A beleza r eskle nt e justamente oi . n essa res is êr>do que é vã , inev itável por convenção literário.
ver bal ver ;anela e porta para o mundo entrar e sair . .. fluir , passar fruir, passear
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FOLHA AVENIDA
APRESENTAÇÃO A idéia bósica deste núcleo é apresentar de maneira formal e didótica os mecanismos da visão, desmembrando-os em fo r ma e cor e o partir des tes elementos estabelecer os referenciais de alguns concei tos dos "formos de ver" ou ler o mundo . Assim o mostra estó apre sentado em duas portes , sen do uma científlca / didótico e o outro conceituai / ilustrativo. A óreo científica / didótica estó apresentada em três segmentos abordando o mecanis mo do visõo , a forma dimensional e a cor. O mecanismos da visão é mostrado por meio de quatro painéis transparentes, justa postos, com ilustrações no frente e no Yerso dos painéis, dessecondo o órgõo ocular até o cérebro . Por meio de um feixe de neon com três cores que transporõo os painéis , é descrito o percurso do "sinal" luz coma ocorre biologicamente, exemplificando os diversas etapas de retençõo da ima gem, decodificaçõo das cores e transmissão dos sinais elétricos poro o cérebro . O objetivo é simular formalmente o comportamento da imagem (luz) no percurso do sistema visual , desmembrando as diversos etapas de codificoçõo e decodificoçõo dos impulsos eletro-magnéticos . A "forma " dimensional é apresentada por meio de uma perspectiva construido no espaço , possibilitando o expio-
De acordo com o pensamen to dominante até hó alguns anos , o tradição seria opressora . Nem sempre , porém . O Impressionismo veio romper com a imobilidade do século XIX, e, de ruptura em ruptura , chegou-se b grande ruptura , ao impasse dos anos 70 . As técnicos tradicionais , entõo considerados limitadoras , voltaram, após a crise , a terdes_toque. A pintura a óleo , por
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URBE
ração do espectador no entor no da estruturo que forma o ·- perspectiva . A proposta bósica é permi t ir que o espectador circule pela construção do perspect iva, visualizando o processo de registro bidimensional de imagens tridimensionais e ao mesmo tempo situó -lo no imagem de observador. A cor é mostrada em seus três sistemas : aditivo, partiti vo e subtroti- · . •JU seja , siste ma física (l uz/ TV), sistema físico / químico (tricrômio / pontilismo)e sistema ·químico (mistura de pigmentos). Estes três sistemas sõo apresentados de formo coor denado , visando ilustrar os mecan ismos individuais de atuaçõo de cada um dos sistemas, além de sintetizar em uma único leitura a carac terística do luz bronca na soma das cores primórios do sistema adit ivo, o cinzo / pardo na somatório das cores so sistemas partitivo e o negro / pardo na soma dos cores p r I m ó r i a s d o s i s te m a . substrotivo. A óreo conceituai / ilustrativo que tem como título "Pon tos de vista da arte moderna " apresenta de forma participativa, so conceitos bósicos dos diversos " estilos " do arte moderno . O enfoque central é fazer com que o espectador veja através de " óculos " com lentes especiais , trabalhados ou lapida .das, as mesmas formas que o artista ou corrente artística viam ou vêem o natureza . São opressentados óculos Impress ionistas , cubistas , ex -
exemplo , deixou, graças bs vanguardas , de ter sentido acadêmico - então , limpa do ranço acadêmico, passou a ser incluída no conjunto da produção comtemporõneo . As rupturas que se foram sucedendo pelo século XX tiveram interesse porque descongelaram o arte. No entonto , exigese flexibilidade para sua avaliação . Afinal, uma atitude extremada de vanguarda , hoje ,
Projeto do Espaço
pressionistas , construt ivas, ate . fazendo um percurso cro nológico sobre o história da arte moderno até os tempos outais . Com este projeto abordamos os princípios bósjcos dos mecanismos do visõo, dando
uma interpretação científica e outro intuitiva da visão e pontos de vista , contando com a porticipoção dos espectadores , induzindo-os a verem o mundo ou a formo , filtrado pelo prisma do " lente " que traduz formalmente o signifi -
cada de um ponto histórico .
GUINTER PARSCHALK SUB-CURADOR Agradec imentos Nanograf Dr . Eduardo Mutarelli Cristina Mutarelli
PHARIACIA pode ser conservadora, pois o técnico, por avançado, não garante a Invenção. Neste sentido, o volta b figuração , combatido pelos amigos abs tracionistas, valorizo o traba lho de Philip Guston. Invertendo a tendência então domi -
nante, Guston, retomou a fugira - e se essa postura , naquele tempo , foi entendido como passadismo , foi o que deu , paro a nossa geração , as bases do nova figuroçõo. Hoje, orientações d iversas coexistem
artísticas pacifico -
de v isto
mente . Se, por um lado , uma linha de pensamento afinado com o progresso tecnológico permanece , por outro , o arte figurativa renovo -se , seja no desenho do modelo vivo , seja na anatomia para artistas; sem qualquer conotação retrógada . Reabilitadas as técnicos de desenho , gravura ou pintura, e transmitidos cui dadosamente em oteliês , o re nascimento da figuração colo -
co a pergunto : foi correto ten tar demolir tudo em nome do progresso tecnológico ou , em contrapartida , sobreviverão os técnicos artesanais no mundo tecnologicamente avançado? Fazer póo em casa e cortó-lo com faca afiada a
1-r.
RUBENSMATUCIC Sul>-Curaclor
PÁGINA
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FOLHA A VEN IDA URBE ' . ., ,,_,-~
Relação de Obras
25 JAN A 22 FEV DE 1987
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Rubens MA TUCK Pantanal, Rio Mirand a , 1985 aquarela s/ popel , 73 x 53 cm
Caveira de Jagu a r, 1983 postei s/ popel colorido , 53 ,5 x 73 ,5 cm QUILÁG UA guache s/ popel , 38 x 46 cm Tio Jorge , 1979 têmpera de ovo, 68 x 53 cm História em Oua ·drlnhos: Euphratese ·Mogadom , 1974 ló pis de cor s/ popel . 48 x 32 cm Retrato , 1986 óleo c/ med ium s/ pono pr eparado colado s/ durate x, 67 ,5 x 46 cm Retrata, 1986 pon t o de prato s/ popel preparado , 44 x 35 ,5 cm Poesia de Albeto Caieiro / Fernando Peuoa , 1986 aqua rela s/ pop el , 20 x 30 Letras, 1982 carva lho noc iona l, mo~no , jo corondó e cav i úno
NO "TRABALHAMOS - FAZEMOS ESCURO -, PODEMOS OQUE TEMOS. OQUE DAMOS É DÚVIDA NOSSA E PAIXÃO NOSSA É PAIXÃO NOSSA DEVER. NOSSO ÉA ORESTO DA LOUCURA .;~ ARTE". JAMES HENRY
=·=•=·=·= ·=· :-:•••••••••••• •:•:f,:••••••••••••• :•:•: •:•:• :::::::::::=:•:•:•: :••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
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CHIC OPONTO O Impressionismo detonou um processo revolucionório , revelondo preocupações com o meio do representação que hó muito vinham fermentando no âmbito dos códigos visuais . A busco do recriar o realidade vinho revolvendo o questão do cor , dos pigmentos, dos técnicos , urdindo uma inter mediação que crescio , e toma va corpo .
······· •·· ······~ ••···••······•···············•···•····· ··········~-•.•······················ • ................................... .. •·•.··········· ... .... .. ..•··.................. ..······· ······················································• .. .. .... .......... .................... ..................... .······••• Ao mesmo te mpo que, de ....................... ............................................................... ... •:•.................................. :..................................................... •: um lodo , o me io do represen ................. ....................................... ............ tação aumentava de certo ma -
.
.
neiro o v íncu lo e o fidelidade do obro com o reol, por outro lodo , opresentovo uma indiv i, duo li d o d e crescente tomando-se de vida próprio , todo suo. Inaugurava -se, assim, um universo do represen toção , em que o vínculo com o realidade é relativo e permea do de uma preocupação com o próprio meio.
. . .
xe uma novo abertura no porticipoção do fr u idor de arte : o obro passou o exig ir um esfor _ ço de per cepção . O f ilão , o princípio aprovei tado pe los técnicos tradicio na is, fo i incorporado os inova o ções que corocterizorom século XX. Todo uma ola do produção artístico desenvolvi do uma continu idade do tra balho com os meios, em direção à representação do representoçõo, até desaguar no completo ruptura com o reali dade visual.
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A ambigu idade que corocte ri zo os métodos de insinuação , de ind ução pelo pr im e iro vez no Impress ionismo , Irou-
tempo , os Ao mesmo própr ios técnicos mecânicos (como o indústr io têxtil , o fo . togrof io, o cinema) e eletrônicos (como o TV e o computo os d o r) i nco r poraram ·no princípios desenvolvidos um curso seguindo arte, próprio . Paradoxalmente , esses elementos que foram o móve l do Impression ismo, t ra zendo li berdade no rela ção entr e obro , espectad o r e reo1idode, tornaram-se porte tão
d o s p r ocess o s essencial de repro d uÇão , mecânicos que ali ficaram implícitos , ine rentes e inconscientemente consumidos . O PONTO CHIC mos t ro esse processo desde o Impressio nismo , suas consequên cias no arte e nos me ios mecânicos de representação , evidenciando os elementos explí citos em uns e implícitos em outros . NOttllERTO AMOltlM SUB-CURADOII
25 JAN A 22 FEV DE 1987 Relação de Obras e Reproduç6es
1-CENTRO DOS PRATOS •
Ampl iações fotogrófica s de de talhes de reproduções de obras publicadas em livros . Cada uma das mesas apresenta uma das 5 categor ias propostas por D. A . Dondis em " la Sintax is de 1° Imagem , lntraducc ión ai Alfabeto V isual" , GustavoG illi , 6a . ed . , 1985. A - Meu da C.fes,orlo PRIMITIVISMO
. l - Anôn imo Flamengo , Batalha da Flandres . Museu Goya . 2 - Escola Alemõ do sec. XIV . Cenas ela Vida de Cristo . Museu de Artes Decorat ivas , Par is. 3 - Anôn imo , Colheita do Papiro , Mastaba de Nefer (5° Dinas t ia), Sakarah . 4 - Atr ibu ído ao Pintor de Eufiletes (c. 530 A .C.). A Corrida à
Pé.
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M ... ela Categor ia EXPRESSIONISMO l - Anô nimo Florentino , O In(d et a lh e ) , Batis t ério , ferno Floren ça . 2 - An dré DERAIN , Mulher em • Caml10la , Stoten M use un for Kunst , Cope nho gue . 3 - Vic ent VA N GOGH, Retra to do Carteiro Roull n , Museum of Fine A rts , Boston .
4 - Franci sco GOYA , O. Fusllamentos , Museu do Prado , Ma d ri d . C - M ... da Catet,0rla CLASSICISMO
Maeght , Saint qul, Fondatlon Paul de Vence. Morylln Worhol, Andy 4 Leo Costelll, Col•o Monr-, NewYork .
l - Giovann i BELLINI, Maclona • Santos , Musea dell 'Accademio , Veneza . 2 - Leona rdo da VINCI , A Gloconda , Musée du laurvre , Paris. 3 - Fllipp ino LIPPI, Maclona • o Galler i a Corsini , Menino. Florença. BOTTICELLI, A PRISandra 4 MAVERA, Galleria degli Uff izi, Florença .
DECUPAGEM 11 DE REPRODUÇÃO EM QUADRICOMIA
D - Meu do EMBELEZADO, 1 - Louis DAVID , O Rapto dos Sablnas , Musée du Louvre , Paris . 2 - Gustav KLIMT, As Trh Idades ela Mulher , Gallerio Naziona le d'Arte Moderno , Roma . 3 - Jean Honoré FRAGONARD , O Balanço , Coleçõo Wolloce , lon dre . J.B.S. CHARDIN . Natureza 4 Morta , Mu seu de Am i e n s . Amien s.
E - Mesada FUNCIONALIDADE
1 - Fernand LÉGER. Mulhe res com Buqui de Fiares , Coleçõa Kahn, New Yo r k . 2 - Plet MONDRIAN , Compo sição , Museu Nacional de Arte Mode r na , Parla . 3 - Joan MIRÓ , A Aula de Ea-
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FOLHA AVENIDA URBE
Sõo do is or igina is que sõo coteja • dos com reproduções suas em que o me io é cada vez mais evidente .
A - TARSILA do Amoral . Palso ..... . 1948, óleo s/ telo . 27x37 ,2 cm , Col. Mu seu de A rt e Moderna . S. Paulo . Alfredo VOLPI . Bandeiri B nhas . 1967, têmr.ro s/ made ira , 54 ,5x 15,3 cm , Co . Joõo Mar ino , S. Paulo . 1. Or iginal. · 2. Repraduçõo em quadr icom io com 30 linhos por centí me t ro . 3 . Reproduçõo em quod ric o mio com 15 linha s po r cen tí m e tro . 4 . Reproduçõo em quod ric omi o com 5 li nhos por cen tí m et ro .
OBRAS EM Ili QUE O MEIO DE REPRESENTAÇÃO TQMOU VIDA PRO_PRIA
A - Victor VASARELLI, Vll(alm -C, 1955/1 962. óleo s/ tela , Col. Aços Villare s S.A .. S. Paulo . Ivan Serpa , Composlç6o , B 1972, óleo s/ tela . 52x52 cm (dia gonal) , Col. Joõo Mar ino . S. Paulo . C - PAULO WHITAKER, Um. m• nos , 1986, ser igrafia s/ papel . 120x50 cm . S. Paulo , Coleçõo do auto r.
OBRAS EM IV QUE HOUVE UMA DA RELEITURA REALIDADE DOS ATRAVÉS PONTOS. AMORIM , O Norberto A Privilégio , 1986. técnico mista (9 múltiplo s) , 0,61 x 0,61 cm cada (bloco 185cm), S. Paulo . Col. do Auto r . AMORIM . O Norberto 8 Ponto, 1986, técnico m ist o , 80 x 80 cm , S. Paulo , Col. do Au tor . D - ROMANITA Disconz i , TV Novela nº 10 , 1980. acrílico s/ te lo , 30,5 . x 40 ,6 cm , Porto Alegre . Col. do Au to r . ROMANITA Disco nzi . TV E n° 13 , 1980, acríli co Novela s/ tel o , 30 ,5 x 40 ,6 cm , Porto Aleg re , Col. do A utor. ROMA NITA Disconz i, TV F Comercial n° 1, 1980, acr ílico s/ telo , 30,5 x 40 ,6 cm , Porto A legre , Co l. do Aut or. G - ROMANITA Disconzi , TV
Comercial n° 2 , 1980, acríl ico 1• / telo , 30,5 x 40 ,6 cm , Porto Alegre , Cal. do Auto r . H - ROMANITA Disconzi , TV Novela - Brasil n° 2, 1983, acrllico s/ telo , 46 x 55cm , Porto Alegre , Cal. do Autor . 1 - ROMANITA Disconzí, TV Novela - Brasil n° 1, 1982, 55,5 x 46,5 cm , Porto Alegre , Col. do Autor .
C - Edouard MANET , A Ama zona . s/ d , óle o s/ tela , 88x 1, 16 cm , Col. Mu seu de Arte de Sõo Paulo , S. Paulo . Foto : R6mulo Fialdin l. D - Claude MONET , A Canoa s/ t elo , óleo o Epte, sobre 1,33x1 ,-45 cm. Col. Museu de A rt e de Sélo Paulo , S. Paulo . Foto : R6mulo Fioldin i.
VII-VIDEO
V-TAPETES
Reproduçõo fotogróf ica de tela s de vinhetas da TV Globo de auto Verde KUBA SHIRVAN , A r ia de Han s Doner . caucasiano , 1,28 x 1,75 cm , Acervo _ e Tetraedro s. Globo A André Galeria de Arte, S. Paulo . 1,80x l .aocm . . HERIVAN Bordô B Slmbolo An imado . Se8 caucasiano , 1,34 x 1,96 cm , Acervo quên cia em 8 quadros de 18x2-4 André Galer ia de Arte , S. Paulo . cm . C - Fontó st ico . Sequência em 16 quadro , de 18x24 cm . dançando Mulher D Fanf óst ico . 90x90 qn Reprodu ções fotogról icas de or ig inai s impre ssion ista e compo sto de : 1 or iginal ; 2 - de t alhe ampl iado mostr ando pincelado s e core s Foto : Leo n a r do Cresc ent í uti lizado s. S/ Título , 1987, fot o cor . 1,00xl .OÓ cm . Pierr e Augu sta RENOIR, A Rosa • Azul , 1881, ó leo s/ te lo , 1, 19x74 cm , Col. M useu de Arte de Sõo Paulo , S. Paul o . Foto : Rômul o Pl<?ld lni. ' A - Gru po Har pias e Ogr os G roce G iannouk os B - Pierre A uguste RENO IR, A Â ngelo Dip Conde ssa de Pourtal é1, 1877, B - Laia Deheinzel er óleo s/ tela , 95x 72 cm , Col. Museu C - lu ís Ro berto lopreto de A rt e de São Paulo , S. Paulo. FoD - Mar celo Mon slie ld to: Rômulo Fiold ini .
IMPRESSIOVI NISTAS EM FOCO
VIII FIA
FOTOGRA-
IX · - . PERfO,MAN-
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OS URBANOS FRAGMENT O tra b alho cons ist e d e uma de ima g ens , ou se q uência fra g mentos de ima g ens , relacion a da à visual id a de urb a na. O form a to do su p orte , re a lizatel a s jus t ad o com pequenas p o st a s n a com posiçã o d e um lo n go e estreit o retângu lo . su g ere : a sem e lha nç a com a li nh a do h o riz on te (sky ll ne }; u m co nvite imedi a to a um pe rcurso -passeio ; do o b- uma aproximação para decodificação servador das imagens . das pinturas A elaboração urbade referenciais partiu nos , tais como frag m ento s de rev istos , jo rnais , out -doo rs, ret a lhos ladrilhos , tecido s do cotidi a no , o_rganiza d os gra de na formação ficamente travess ia da uma imaginária cid a de . A linha do horizonte , por representada também estar dos ex t remidades nas retângulos , conduz a uma le i o ue tur a circular . uma vez q ao in ício e v ice f i m remete versa . Durante o percurso , a s ima g en s mod ific a m a linh a do horizonte a té um ponto máximo de verticali da de , o nd e a pai sage m de interi o res e as fa chadas se t ra nsfor m a r ão em abst ra ções , retícul a s e em repetições se ri a is ic ôn icas . Em resum o . es ta le it ura d a cid ad e comp ree nde a pa ss a gem pe lo univ e rso di n â m ic o de u m gr a nde ce ntro ur b ano , o n de se p ret ende m o st ra r a lgu ns de seus a spe ct o s visuais tí p icos e até co nt r aditórios . E, pr incip a lm e nte , o recí p ro co na pai interf e rê n ci a humana sage m .
NELSON SCRENC I Sue-Curado r
DETENDO
OOLHAR
O en co n tro d a pena com o nanquim , papel , got ej ando est a espéc ie de fo rni cação p r olongada que tr opeça o mu da de r um o com ob sessões des v an eci da s q ue às v a ~es e ou de stro e m as aquarelas
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tras vezes as reparam sobrepondo-se os pardos aos lilases mulheres rosados brancas pólidas como o papel virgem antes de se começar , essa prolixa tarefa de satisfazê-lo , implorante, com , as carícias molhadas de tinta negra como era dizem a ejaculação de satanós sobre as mulheres bruxas endemoninhadas queimadas como pa pel equivocado inimigo queimada para se esquecê-lo com os erros as vergonhas , as me dos, como se nunca tivesse ' existido essa esperança rota que vai morrendo à que persegue ou arrojar a pena e o vidro de nanquim e repetir electrostótico :;6 os acertos aquelas riscas ou com a pedra ou com o cobre e o ócido nítrico que devora riscas canaletas fendas trincheiras enredadas sepultura das linhas com que meu arado relegou o papel ou com o pincel empapado para molhó-lo, atravessó-lo e esconder ali dentro as cores secretas cobertas dissimuladas pela camuflagem cinza-azul violenta ou quase rosa-branco como se ali dentro abaixo en tremesclado com as tripas do papel não houvesse nada não houvesse essa cor a verdadei ra ou déixar o pincel e roubar desenhos alheios despedaça d os reconstruidos e mostró-los ao revés da intenção de Durer esse revés com punhal que mata os reverências de Durer ao Cristo do inferno de San Juan metido dentro da óguia de seis asas cheia de olhos na frente e otrós olhos amarelos violetas brancos transparentes turvas
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ou cristalinos inquisidores que se movem desordenadamente cintilam se cerram ou entrecerrados envolvem de luzes o santo e vogando pelo céu e pelos pântanos em busca do pecado centenas de olhas que de repente se detêm desorbitados fixos todos em um ponto como os raios de sol quando atravessam lupa e se concentram todos em um único ponto quase invisível para queimar meus pensamentos etignis corum non extinguitur, _disse Jesus. Sub-curador: Leon Ferrari
Relação de Obras Nelson SCRENCI SEGUIR, 1986 ocrílico s/ tela, 0 ,20 x 10 m Leon FERRARI PASSARELA, 1982 cópia heliogrófica , 100,5 x 160 cm 5/ TÍTULO, 1982 cópia heliogrófica, 100 x 100 cm AUTOPISTA DELSUR, 1981 cópia heliagrólica, 100 x 100 cm DUAS RUAS, 1981 cópia hllliogrófica, 100 x 100 cm 5/ TÍTULO, 1982 cópia heliagrólica , 100 x 100 cm CIDADE, 1980 cópia heliogrólica em poliester , 100 x 100 cm RUA, 1980 cópia heliogrólica em poliester , 105 x280cm AGRADECIMENTOS Angelo Milani
A Idéia Inicial: Um marco na URBE SOM LUZ ESTÓRIAS Algo vertical longo do expectador (sic) -
Expectativa vídeo visível por BINÓCULOS Voyeragem Um perfil dos Habitantes de um edifício - "Representantes" da comunidade local. S.P. 1986 - ou outra grande cidade . CITY. CITÉ.
ARRANHACEU --------
O produto final Ãpós anólise da proposta de montagem da "TRAMA DO GOSTO". A Idéia modificada. fica mos/estamos num STAND (TUDO FECHADO)
cidade se feca em 4s paredes, o Edifício, o vertical, o marco também se fecha em 4 paredes, transformando-se em CAIXA . CUBO. Enviroment que mantendo as características INICIAIS do projeto, recebe OUTRA FORMA. não + vertical. não+ marco. ainda uns edifícios (sic) não + fachadas. fundas. Os arquitetos André Vainer e Guilherme Paaliello projetaram o ESPAÇO -ÇO, onde o VOYER - expectador ( )
A partltvra (slc) 12 televisores 12vldeos 12janelas A comera-fixa mostra o interior de cada apartamento - manã, tarde, noite. O cotidiano das moradores. A slmultonftidade de som e imagem entre as videojanelas forma a partitura de um concerto poro 12 monitores, ambientadas em um espaço. 9x 11 mts. O expectador a 2,5 m de altura encontra-se no terraço edifício defronte . E compõe sua viagem de BINÓCULOS.
Divirtam-se Rol»erto Son<lovol Walte, Sllvelro Tadeu Jungle
Sub-curoclores
Vista do Espaço, por André Vainer
ARRANHA CÉU, 1987 Crloç6o e Dlreç6o: Roberto Sondovol - Tadeu Jungle - Walter Silveira Pro!eto Arqultet6nlco: André Vainer - Guilherme Paoliello Alftltlentoç6o do Espaço: Os Hunos Produçõo de Videa : Bernadette Sondava! Lamardo Aulstente de Produç6o de Vldeo: Gina Azevedo Marques llumlnaç6o Vldeo: Marcelo Coutinho Aulstente de llumlnoç6o: Fóbio Paiva Estúdio: Cockpit Vídeo Vldeo Participantes: José Roberto Agullor, Paulo Mola, Lenora de Barros, Geraldo Anhala Mello, Maria Alice Verguelro, Ellana Fonseca, Marcelo Mansfleld, Karlno Tamln, Grace Glanoukos, Glovana Gold, Sortia Fontanezl, Norls Usboa, Tadeu Jungle, Walter Sllvelra, Lucla Melrelles, Flávlo de Souza, Dulce Aorta, Gigante llrasll, 8ocatto, Jean Guitarra, Solonge Llsl,oa _.
eGutoLacaz.
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· O projeto SOUVENIR foi pensado a partir dos sentidos de uso e apropriação da paisagem no ambiente urbano . Para isto, não bastaria filtrar ou inventariar as manifestações artísticas que tratam da paisagem através das diferentes visualidades e que se estendem desde o painel ou a quadro até o filme e a televisão.
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também se representa na ilusão do quadro . Sem privilegiar uma determinada linha artística par O que me parecia mais analogia ou tmnsparência de instigante era "destacar" ai• leitura, importa conectar ex guns aspectos da ótica urba ~riências de linguagem que na na reivindicação da pai atuam em diferentes diresagem - uma "natureza" de ções, expondo a única uni outra ordem, que configura e dade possível a da reafirma padrões artificiais. fragmentação. Fazem parte deste projeto : Ecologia pelo avesso : natu- a fonte luminosa das praças reza que se materializa em outra escala, se traduz em ..públicas , a cascata plastifi , 'cada, a piscina (como aprooutros materiais, constrói priação do mar, da praia), o através de luzes de neon e
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quadro que representa uma paisagem noturna urbana, o efeito luminoso que empresta uma sensação de luz enluarada, um pôr-de-sol - pintado com tintas acrílicas e ouro e o cartão turístico feito de asas de borboleta .
Guaches / papel , 37 x 53 ,5 cm Coleçõo Pinacoteca do Estado de São Paulo
CACHOEIRA, 1985 plóstico pintado , 4 x 6 m Coleçõo do ortista
Gregório
Carmelo GROSS PISCINA, 1986 Acrllico s / madeiro,
Gruber CORRÊA
MERCADO MUNICIPAL, 1987 ocrpilico s/ tela , 160 x 210 cm Coleçõo do Artista , S. Poulo
CARMELA GROSS
Sub-Curadora
Relação de Obras
Carmelo GROSS
Victor Meirelles
PÓlt-DE-SOL, 1984 ocrpilico s / leio , 1,80 x 1,80 cm Coleçõo César Montoni , S. Paulo.
PAISAGEM DE HUMAITÃ, 1886
ledo CA TUNDA
10 x 8 m
Carmelo GROSS FONTE, 1986 Neon, 1,5x 1 x 1 m
Carmelo GROSS LUAR, 1986 osos de borboleta,
80 x 80 cm
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PT. Praça do Tempo l . Ponto de Fuga 2. Adoração 3 . Espaço para Hereges
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a . Telefone Público b . Auditório 1er. Escada Rolante
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LDL. Lar Doce Lar l . Memória o 2. Entradas & Bandeiras • i: 3 .-Corpo S.A . 4 . Aluga-se Grafiti 5 . Otica Modos de Ver PCI. Praça da Coluna 6. Correio Arte Postal 7 . Pharmacia FU. Fragmentos Urbanos 8 . Monudentro 9. O Ponto Chie d 10. Eletro Esfero Espaço Center 11 . Arranha Céu 12 . Objeto Abjeto 13. Souvenir 14. Diversões Eletrônicas PA. Praça Anexa 15. S.A . P.B. Praça do Busto 16. Material Para Construção 17. Use seu Museu 18. Natureza Morta Limitada 19. Galeria Art Shopping H . Herbário 20 . Buffet Doce d 21 . Livraria 22 . Fascinação 23. Manufactura de Papéis o e 25. Banca de Jornais :í PCp. Praça do Corpo 26 . Acesso ao Terminal Circular Av . Marginal
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1. Cidade Ci ty Cité 2 . Iniciação 3 . Sanduiche ria Babalurbe 4. Palco do Baile 5 . Terminal Sonora
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Iº a. Bilheteria 1~ b. Guarda Volumes
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e. Informações d . Loja e . Monitoria f . Sala de espera g. Posto Médico h. Produção i. Telefone Público j. Lanchonete
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25 JAN A 22 FEV DE 1987 .
-PAGl ,NA 16
PRAÇA DO
Cópid do "discurso prófe rido por D . Abigail Mendes , Exma . Secretór ia Municipal para Fins Culturais , por ocasião da in auguração da PRAÇA DO BUSTO e exposi ção dos Princípios de Construção da Forma.
BUSTO
"Princípios deConstrução da Forma"
Caros concidadãos , Tendo recebido a grata incumbência de elaborar uma exposição de coróter profundamente pedagógico , cujo primeira objetivo seria levar oo inculto povo possan • te e/ ou frequentador das praças públicas , um pouqui nho de cultura , mostrando os princípios de construção da forma , arregaçamos as man gas e trabalhamos .
USESEUMUSEU Vídeo-tape onde se narra o processo de constituiçõo do Museu Imaginário (André Malraux) como transformação do obra artística "original" pelo multiplicador da re~ universo produção.
Sem texto , porém ricamente ilustrado ·s com · gróficos das teorias dos maiores mestres das artes e das ciências , procuramos mostrar os sistemas que estabelecem as relações matemóticas entre as diversas partes das
construções, quer arquitetônicas, quer representativas de seres humanos. Baseados em intensas pesquisas sobre a necesidade de se estasbelecer umo convenção para quem vai construir uma forma , de se seguir alguma "norma" , chegamos à grande dúvida : " Para construir uma forma , você começa pela divisão de um todo ou pela multiplicação de uma unidade?" Heim? Para efeito de discussão, procuramos deixar bem clara essa dúvida surgida . Dentre os diversos códigos construtivos estudados , principalmente dedicados à figura humana , chamou-se a atenção o total desencontro entre as unidades usadas pelos grandes mestre, especialmente com relação à construção da forma feminina . Em destaque, a região compreendida entre o pesco ço e a cintura, é a que apresenta uma maior varie-
dade de códigos construtivos. Resultam da í bustos com ombros largos , seis pequeni nos, músculos imensos , ou membros estreitos com seis e todo o conjunto com aparência flócida . Resolvemos então dedicar esta exposição ao " busto", visto ser farto o material disponível e ser este um assunto de grande interesse público . Cientes de termos cumprido garbosamente mais esta missão pedagógico -cultural , queremos · agradecer ao Sr. Prefeito que, encantado com nosso projeto, cedeu gentilmente parte da verba pública para a construção de uma nova praça que pudesse abrigar nossa exposição, pois a jó existente, mesmo sendo maior , estava tomada por vad ios, marginais e_ ambulantes . Melhor assim . Quero agradecer em elogios o projeto vencedor do concurso público para a cosntrução da praça , agora
batizada de PRAÇA DO BUSTO, projeto este apresentado pelo querido filho do Sr .. Prefeito, que tão bem sintetizou o espírito da coisa . Agradeço , enfim , o apoio total dos meus concidadãos , merecedores de mais esta obra , erguida por este (não por ser meu primo) justamente chamado " o maior Prefeito que a cidade jó teve ". P.S. Ah! sim . O Júnior estó dizendo , que, como sumiram os projetos apresentados , a, praça teve de ser construída às pressas, seguindo somen te os rascunhos ; por isso essa aparência de desenho . Mas ficou legalçzinha , não é, mina gente?
ano
DE SOUZA SUB-CURADOR
AGRADECIMENTOS
DEPAVE- Deptº de Parques e Áreos Verdes da Prefeitura do Município dé Sõo.P<>ulo ._
JULIO PLAZA/ SONIA FONTANEZI
GALERIA ARTSHOPPING/ HOJE ,-VERNISSAGE: A FLOR 1
No século em que os deuses morreram, foram erguidos pequenos templos para preservar alguns fragmentos de magia irremediavelmente dispersos numa ·garnde confusão universal. Batizodos de galerias de arte , revelaram-se oróculos perplexos num tempo de manifestos definitivos e vagas certezas. A Beleza ~ •.:.ª Harmonia eram apenas ~ lhas recordações em algum · exemplar perdido de CHnlos ela Pintura . O que poderia ser. entõo, um digno objeto de culto? Ah ... profanas vernissages de salgadinhos infames! Quantos, na blablação geral realmente atentam ao objeto da celebração? Onde estó o garçom? A cotação no mercado. uma sólida certeza no meio de tantas dúvidas . E quem , enfim , define o gosto? Kitsch é chique? Chique é kitsch? Arte e Vida, afinal quem imita quem? Quem? A Pintura? Morreu? Tudo volta? E quando os próprios habitantes de uma esquecida vernissage acab<Jm por ser as obras? Meu Deus, alguém poderia me dizer que horas soo? Pll morreu! Escuta-se ao longé · num murmúrio a~t
orr1...:-:, •
,to,.:.~':);:-
Mas . .. para sempre, a flor! Musa eterna do chique e do cafona! O bonito universal por excelência! A natureza culminando em forma e cor! Ou, como diria a velha Greta : obrigado a todos por terem vindo, mas ... 1 want ta bealone! TACUS ...
CunNlo,-
Teste de múlt!pla escolha OUISTÃ01 Considerando a ampliação hodierna do conceito de obra de arte, qual, dentre estas alternativas, possui significação estética : a) Um funcionório público , num acesso de cólera , passa a carimbar tudo o que vê à sua frente, Incluindo outros funcionórios e o chefe da repartiçõo . b) Uma confeiteira rancorosa orna um bolo de aniversórlo com pequenos bonequinhas, reproduzindo a matança dos Inocentes, com detalhes realistas de sangue feitos à bas. de geléia de
frombo.ttso. __
- .
c) A tia de um artista plóstico abstrata-geométrico lhe pede para fazer um quodro representando a cena em que Moisés recebe os dez mandamentos . d) Nenhuma das anteriores . e) Todas elas. OUUTÃ02 Se sua tia se emocionasse até as lógrimas diante de um quadro tipo "Floresta pegando fogo", pintado com acrílico fosfcirescente sobre veludo negro , comprado na praça da República você:
a) Vomitaria . b) Acharia graça do Kitsch. e) Negaria veementemente que tal obra possa produzir emoção estética e internaria sua tia numa clinica de esgotamento nervoso . d) Internaria-se numa clínica de esgotamento nervoso. e) Sentiria uma íntima satisfação por fazer parte de uma elite intelectual. f) Mandaria Cézanne à merda e faria um curso para ator de novelas. g) Todas e nenhuma ao mes mo tempo. OUISTÃ03 Se um jovem artista é recusado vórios vezes seguidas pelo Salllo Paulista de Arte Contemporetneo, sem saber por que ele deve : a) Nllo se importar. lt) Matar a júri de modo per-
formótico. e) Tentar o suicídio ingerindo um tub<J de azul de ftalnificilina. ·d) Esconder o fato da família. •) Comemorar o fato com a familia numa churrascaria. f) Desistir da carreira . g) Mudor de estilo. h) Sentir que estó enfim se tornando um artista criativo . 1) Aderir à transvanguarda, antes que acabe. 1) Entrar para o comércio da azeitona na Ceasa. k) Todas as alternativos, incíuindo as que se contradizem .
OUESTÃ04 Se sua tia viuva resolve tornar-se pintora primitiva e, apesar de você ser formada pela FAAP, ela tem uma aceitação muito mair no mercado você : a) Sente-se Integro par não fa . zero jogo do mercado . b) Sente profunda inveja da sua tia. e) Considera que arte é, afi nal , apenas um jogo de inte resses econômicos. d) Cosidera-se um gênio incompreendido e compra um poster de Van Gogh, com a orelha cortada. e) Apesar da reaçõo negativa da sua familia, pede sua tia em casamento.
f} Acha bobagem responder a
este questionórlo. h) Sua tia nõo se dedica à pintura, mas sim às artes marciais.
/
1
OUESTÃ05 Diante destas alternativas, qual você consideraria uma genuína obra de arte : a) Uma quadro de natureza morta . b) Um liquidificador com dellnt ultra-moderno. e) Uma pintura mediúnica. li) A reproduçõo da Mona Lisa . •) A verdadeira Mona Lisa, que voe• nunca viu de perto. f) Uma pedra encontrada numa praia. g) A mesma pedra, exposta numa galeria. h) Alguma alternaltlva nllo mencionada. OUESTÃ06 Se voc;êtem uma diferença de gosta com uma pessoa que você considera muito, a respeito de uma tendência artística você : a) Considera o fato uma saudóvel controvérsia democrótica. b) Considera o fato uma saudóvel controvérsia democrótica , mas sente-se profundamente inseguro, para nõo dizer abalodo, em suas convicções. · e) Considera o outro um perfeitb idiota e, embora respeite sua oplnillo, passa a falar mal d~le pelas costas.
ti)
Entra em proceuo manfaco-depresslvo. e) Acha o foto normal e corriqueira , mos acorda de noite com estranhas pesadelos em que ~ece nu, diante de -
•
uma multidõo que ri de você com escórnio cruel. f) Fantasia o dia do Jufza Final, em que uma voz mellflua, vinda das alturas, deflnlró qual corrente artfsitica tem. enfim, razõo. T&CUS.1 ...
AaTISTASPAnlCIPANTIS
Alciro Kodato Marino Ortega Mari Kanegae Morlza Tiemonn Fernandes
BLACÃODIONAS TACUS OlaASSÓIS YINCINT, 1"6 tinta vinRico 1/ popelõo ondulado, 120x80cm · 80UQUn MAfflSI, 1"6 tinta vlnRlca s/ popel6o ondulado, 120x80cm A fLOlt I O GISTO 1, 1986 . tinta vinílica s/ popel6o ondula: do, 120x80cm fLOltCONCIIITA, 1"6 tinta vlnRlca s/ popelõo ondulado, 120x80cm fLOltCUBISTA, 1"6 tinta vinRlca s/ popel6o ondulado, 120x80cm · PLOltl'ONT'ILHtSTA, 1"6
tinta vlnílka s/ popelõo ondulado, 120x80cm ROII IXNISSIONISTA, , ... tinto vinRico s/ papelao ondula-
do, 120x80cm
YAIOMOll•HSTA, 1... tinto vinRica 1/ popel6o ondulodo, 120x80cm
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25 JAN A 22 FEV DE'1987
FOLH~ AVENIDA URN
JARDIM IMPRESSIONISTA, 1986 tinia vinllica s/ papelõo ondulado , 80 x 120 cm CROMATISMO FLORAL, 1986 tinta vinrlica s/ papelõo ondula do , 80 x 120 cm - FLOR SURREALISTA, 1986 tinia vinllica s/ papelõo ondula do , 80x 120cm
JARDIM DIÁFANO, 1986 tinta vinílica s/ papelõo ondula do , 80x 120cm
FLOR AI.EGÓRICA, 1986 tinta vinilica s/ papel õo ondula do , 80 x 120 cm
POP-FLORAL, 1986 tinta vinllica s/ papelõo ondula da , 80x 120cm JARDIM RACIONAL, 1986 tinta vlnillca s/ papelõa ondulado , BOx 120cm FLORESTINGIDAS, 1986 ·tinta vinfcula s/ papelõa ondula do, 80 x 120 cm .
FLOR E COR, 1986 tinta vinílica s/ papelõo ondula do , 80 x 120 cm
TAPEÇARIA FLORAL NAIF, 1986 tinta vinilica s/ papelõa ondulada , BOx 120cm
FLORESVIGOROSAS, 1986 tinia vinllica s/ papelõo ondulada , 80 x 120 cm
UM CONCEITO V ALE MIL IMAGENS?, 1986 tinta vinillca s/ papelõo ondulado , BOx 120cm ·
FLOR PóS-TUDO, 1986 tinta viníl ica s/ papelõo ondula do, 80 x 120 cm
VASOS, 1986 Flor de Sucata Flor Sorridente
Florzâo Planta Carnívora Uniocular Planta Carnívora Multlocular Planta carnívora (Não se aproxime) .Marcenaria: Toshimitsu Shima da - RELAÇÃO DE REPRODUÇÕES Vitorio GOBBIS ·
v-comFlorN, 1932 óleos / tela , 131 x 96 cm Coleçõo Roberto Marinho , RJ
VASOCOMFLORES, 1941 óleo s/ telo , 100 x 81 cm Coleçõo Roberto Marinho , RJ Foto: Raul lima Cõndido PORTINARI VASOCOMFLORES, 1950 óleos / tela , 73,5 x 60 cm Coleçõo Roberto Marinho , RJ Foto : Raul lima Alberto GUIGNARD JARRA COM FLORES, 1931 óleos / tela , 61,5 x 51 cm Coleçõo Roberto Marinho, RJ Foto: Raul lima
Foto: Raul lima Tadashi KAMINAGAI VASOS COM FLORES, 1973 aquarela , guache , grafite s/ papel, 30 x 45,5 cm Coleção Roberto Marinho , RJ Foto: Raul lima Roberto Burle MARX
Alberto GUIGNARD JARRA COM FLORES, 1937 óleos / tela , 91 x 61,5 cm Coleçõa Roberto Marinho , RJ Foto: Raul lima Emiliano DI CAVALCANTI VASO COM FLORES, 1946
Óleos / tela , 80 x 60 cm Coleçõo Roberto Marinho , RJ Foto: Raul lima
FLOR.ANOTURNA, 1959 Óleos / tela , 162.4 x 96,8 cm Col. Museu d-e Arte Contemporõ neo da Universidade de Sõo _Paulo Franz KRAJCBERG A GRANDE FLOR DO MANGUE 1970 ' ·madeira , 350 x 900 x 800 cm
Emiliana DI CAVALCANTI VASOCOMFLORES, 1738 Óleos / tela , 1 x 33 cm Coleçõo Roberto Marinho , RJ Foto: Raul lima
•
José Antonio da SILVA VASO DEFLORES, 18.1.1961 Óleos / tela , 50 x 70 cm Coleçõo Jaõo Marino , SP Foto : German lorca
Rodrigo de HARO COUVE-FLOR, 1974 ·Óleos / duralex , 30 x 36 cm Cal. Antonio Mgluf , SP
Ernst PFAFF NATUREZA MORTA, Óleos / tela , 130 x 130 cm Coleção Theophilo Stefano, SP Edith BEHRING GRAVURA N. 0 5, 1968 xilogravura , 40 x 60 cm Col. Museu de Arte Moderna , SP Antonio BANDEIRA
Otóvio de ARAÚJO 5/ TÍTULO, 5/D Óleos / tela , 62 x 44 cm Grauben do MONTE LIMA FLORA E FAUNA, 1966 Óleos / tela , Foto: Josenildo Freire le ilão AGRADECIMENTOS Fundação Roberto Marinho Akira Kadato
LIVRARIA "Ninguém sabe melhor que tu , sóbio Kublai , que não se deve nunca confundir a cidade com o discurso que a descreve . E, no entanto , entre um e outro existe ·uma relação."
L~
ltalo Calvlno
021
A linguagem do livro e a linguagem da cidade refletem -se mutuamente . A cida de é o reino do artificial. Índice vivo do homem que nego adopar -se à natureza e subordino aos seus próprios desígnios . Construção de uma realidade outra , resul tado do confronto entre cultura e mundo selvagem . Seria impossível dissociarmos homem e cidade : ela é a sua maior invenção . Sendo a tradução dos cominhos que ele assume paro si . é igualmente o tradução dos seus fracassos e dos seus
JR ~tinripio tttltutdJü: l urtbü ttllt WHAT'5THf; apunbrú:tt llr'mnunbü.í1Jor mu CANIFF? inprinripio apunnrii.l!lriiiapipm IDe:A, fadafunr:1 linripoftlttum rll nictJd. YOU CAN'T tnuobfadútllinipou1ra rcar:1 uira ~12EAKUP lurinrmtbris lu, CONTINUITY ttatluJllonúnü:tt
.ttt•lmtfbrrtã nãromp4mbttiit.Jfu, atro:cuí nomhttttio• THl5 WA'ff itlpmomiffue 4ãnro.J1}ir urnití ttltimoniü ut ttfü,. moníü plJibrm brluminr: utoriinl ttrOttmtH iUü. JRõ rcatilltlu~:ftO ur ttlnmoruü plJibtttt brluminr. Jltar lu~um1: 11ur tUuminat omnftomi~ nrmumiitmt tn4ürmuntlii. ijnmii rll: tt bottat:1münuep ipmfadue ----
le nom6re EXIST.~T-IL ;iuln ·un·nt ,111lWlm.:i1uti•n~l:° f"'hC d·aJ.:onK. ·
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SUC~SPS
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Mos hó uma co ·ndição iner~nte o todo empreendi mento : o linguagem . O homem produz -se porque compartilho linguagens . Este é um dado tão essencial que jó não sabemos quem possui quem . Poro Burroughs , o linguagem é um vírus que veio do espaço . Seja ló de onde tenho vindo , o foto é que estamos aprisionados por elo , acontecemos nos redes simbólicos que engen dramos . Nossos gestos mais inefáveis e fortuitos troem o nosso capturo pelo linguagem : " o que em mim sente 'stó pensando ". No universo dos linguagens . o livro apa rece no campo privilegiado de experimentação do cultu ra no que elo tem de mais arbitrário e fundante : a linguagem verbal, ou , chegando até suo substância último , o palavra e o letra . Cidade e palavra são o efeito respectiva m ente concreto e · c,bstroto do copocidocje ., ..,do , homem ~ n <:rior metóforos de si mesmo Jt:~ :>
[J!_uousque tanücm abutére,Catilina, patientiâ nostrá? quamoiu nos etiamfuror iste tuus eluoet? quem ao finem sese effrenata jactaúit au'ôacia?nihilne te nocturnumpraesi'ôiumÇ/Jalatii,ni/zilurbis vigiliae, nihil timorpopuli, nilúl concursus bonorum. omnzum, nilúl liic muniti-.ss j_T!UJ: .~-~
(
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FOLHA AVENIDA URBE
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sangra m pel a mes m a ferida, como d iri a O ctavi o Paz . A ci dad e tornou -se u m mega sistema de lin guage n s , for mado por infi nit o s cód igo s que se rel aci o n am , se tecem e se tr amam . Aqu i encon tramo s u m ou t ro ne x o e ntr e a lóg ic a da palavra e a lóg ica da ci dade : e las se cón st it uem enquanto do i s un iverso s análogos que se rep r oduzem num jogo infi tino de imagens especu lares imagens múlt ipla s que dialo gam entrre si, fundem -se e repelem -se numa d inâm ico i ncessan t e . Cidade e palavra como o · ave sso do aves so do av es so . O projeto de uma li vra ri a na Avenida Urbe al imenta -se dessa d iscussão e a rec ri o amb ientalmente . Já no no me , a tradu jção vis ua l de sse pro ce sso especu la r. É LIVRA , RIA , es crit o a pa rti r da recri a ção de nosso a lfabe to , su bm e te ndo -o o op er ações · d e r e fl e x o s sucessiv o s, com o se cada letra co lidisse co m a sup erfície de u m espelho e fo sse obri gada a inco rpo rar à sua imagem o reflexo de si próp r ia . LIVRARIA: palavraimagem, exercício limítrofe das letras como ponto último de toda ' abstração simbólica. O ambiente do livraria é uma exploração do espaço · artificial poro além do artifi cialidade urbano . Ele se constrói através de uma r ed e de imagens virtuais formada pela mais abstrata das di mensões criadas pelo ho mem : a dimen são do pala vra . Analogicam e nte à pai sag e m do cidade , criamos uma paisagem tipográfico constituído pelos palavras de todo s o s te mpo s e de todos os espaços . Imagens extraí dos dos li vros do homem recriando seu espa ço o partir do mais rad ical de suas in v ençõ e s (o palavra ): metá fora do condição humana : metalinguagem d o li vro e da cidade . Esse t e rr i tóri o- de - todas os -polovras obrigo , al é m d o ve ndo d e li vros , uma ex po si ção d e Liv ros d e Arti sta s. Essa m os tro , qu e re le v o o l ivro como f o to es t é ti co , a lvo do es pec ula ção do arti sta , harmon
iz o -se
com
o
id éia
borgiona , sub strat o d e todo o proj e to d o Livraria. Se gu i ndo suo trilho , che gam os à livraria / Bibli o te ca, e nten dido co m o laborat ó rio m ági co
ond e
v iv e m
es pírito
s
enc a ntado s , pranto s po r o desp er tar ao prim ei ro cha mado . Ne ssa ex posiç ão d e Livr os d e Arti sta s, co mpare ce m · in úm e ros ex emplo s de como
o livro
con segue
par d e sua literalidad m é tr ica ,
q ue
o
es ca -
e geo -
torno
um
volum e- ob je to comurn , coi sa e ntre coi so s . Exemplo s qu e e exploram os desvelam características
do
I ivro
como
suporte , e ntre elo s o suo natureza se quen cial , conferi do pe lo fra cionam e nto d e suo superf ície (a s pógica s) e que impl ic am num o utro tempo d e apr ee n são da obra . Te mo s o s livro s-arqui tetura
,
qu e
de smontam ;
se
montam
temo s
os
e
qu e
exigem o manuse io e o s qu e devem se r v istos à di stân ci a ; os que re c riam o te x to tipográfico e os qu e e l i m i -
nam os palavras ; o s qu e reforçam suo mat e riolidode e os que o diluem por o explorar conceito s; o s l e ito se o s reproduzido s -à -mão mecanicamente
: os p e qu e no s
e os grandes ; os qu e e os que provocam riso provocam surpresas . Pos si bilida d es infinitos , livro s im ... possíveis e extraordinários livraria retorno
da Avenida Ur be : ao espanto de Babel.
AGNALDO FARIAS CH}CO HQ!,'lfllr\DE MELO SUB-CURADORES
Livros de Artistas Relação de Autores A .L.M. Andrade , Affonso Ávila , Almanaque Biotõn ico Vit alidade , An ton io Dias, Anton io Lizórrogo , ARTERIA1, Arthur Motu ck , Augu sto de Campos, Betty le iner , Carlo s Fojordo, Cloudio Goulor , Código 2, Código 3, Código 4 , Corpo Estro-
nho , Edgord Brogo , Essilo Poroiso, Fernando Borato , Ffoviol . Moit a, Flávio Pons, Frederico Nosser , Ga br iel Barbo , Gerty Soruê, Gret to/ Beccheroni , Guinter Porscholk , Helio Fervonzo, Hudinilson Jr., lvold Gronoto , J. Mede iros, Jornal Dobróbil , José Resende , José Roberto Agu il or , Julio Plozo, Kotio Mesel, ledo Cotundo , lenoro de Barros, L.P. Borovell i , lyg io Clark , leon Ferr ar i, l eonhord Duch, Marcelo Nitsche , Marco Anton io Amo -
rol Resende, Maria do Carmo Secco , Mar ia Ivon e dos San to s, Mar ia
Nobur o lshikow o , Mori o Ramiro, Maurício Fridmon , Miro Scheridel , Mudo , Nelsv Leiner . Nervo Opti co , Nino Moroes, Nino do Volle , Omar Khour i, ON/ OFF 1,2, Oto cili o Camilo , Paulo Bruscky , Poesia em G , Pedro João Cury , Polem 1, Qorpa Estranho, Regina Silveira , Reg,no Valer , Régis Bonvicino , Ricardo Campos, Ricardo Mendes , Ronaldo Azeredo , Rute Gusmõo ,
25 JAN A 22 FEV DE 1987 Sílvi o C.C. Cunho, Tadeu Jungle , Vera Choves Borcello , Villor i Hermonn , Walte r Silveira e Zuco Sordono . • Todo• o• Obro• pert•à col•o íl• Coclldo T•l••lro do C:0.to, S. l'oulo, com ••caallo
dos
..,,utnt•• autor .. : Nino Moroa9, .Padro Joilo Cury, Mo rto Ramiro , w.. t•y Dulc• '-• Corm•lo Groa, Corlos CI__,., , Cltlco H-,.,,, d• M•lo, a.-nlr lul• F•rr•lro .
CRÉDITOS Pintura dos vidro s - Novelli Korvos Publici dade l TOA PATROCiNIO E APOIO Cio. VH rorio Santo Mar ino Livrari a e Editoro Mart ins Fontes LTOA AGRADECIMENTOS A luizio José Rosa Monte iro , Samuel leon e Daniel Annember .
,
MANUFACTURA DEPAPEIS Dob r o , ama ssa , cr e sc.e volú - .! me t r ic amente , e s t r u t u r a : ! fróg i l superfí ci e . Supo r te sóli- gdo de idé ia s - pape l na mõo : Manufatura de Papé is. Mão , m o no , fa ct o , f a ze r, papiro , sus p iro, p la no , volum e, e státic o -d inâmico : o b jeto / e scult u ra ... Desliza su avemente sob re mim, um po nto , uma linha, tem po, intervalo , esp aço , con traponto - músico Vertical , horizontal , co ntr a ~ tempo, outro ponto - CIDADE/ PAPEL.
'o
papel do papel , cidade de papel , o papel da cidade, na cidade do pape l. Nasce a idade dopapel : 105 d .e., há aprox i madamente dois milênios . CHINA , Província de Hunam , T'sai - lun (oficial da corte) . Tri turand o retalhos de seda, cas cas de madeira , restos de rede de pescar e água . Nasce o papel . Rasgo , corta , que ima , reg istra, renasce: casamente, nascimento, lei , contrato , dinhei ro, co rto, trotad o de gu er-
ra / paz . . . A letra, a palavra , a frase , o cor , o verso - branco . Costura , grampeia , monta , cola : supo rt e do linguagem o l ivro . Novos anseios, seios do cria ção comunicação : jornais / revistas . Homem - Tempo - Espaço : ARTE - Testamento cultural do pensamento ... ANTENOR LAGO CURADOR
Relação de Pa rticipantes 1'RTISTAS PLÁSTICOS: A lcindo Moreira Filho
Annett e Be rliner Mari Konego e Mi ri am Simofuso
ARQUITETOS (EJJ:ECUÇÃO DA MAQUETE E DO NUCLEO): Roberto Ravioli Luís Filidis Dônio Meirelles Ofici na da Papel Artesanal: Korom Simão Rocy PA PELARIA: Brasil Design
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PERFORMA DESIGN PROMOCIONAL
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- Renata Melrellas - Paula Paollello
ESCRITÓRIO GRÁ FICO - Elizobeth Corrêo -
T~ rezo Aranha
.PAPÉIS E OBJETOS MALASARTES - Esteio Al var enga - Ciço - Ab igoil (li)
PROE!,UÇÃO GRÁF I CA E CRIAÇAO: Taraza Chrlstlna Leopoldo a SIiva Dora Guarita Lavy
PAPÉIS TROCADOS - Carlos Wolker - Joel Lon_g_o - Eli ano-ATmeido
AGRADECIMENTOS lndú1t r lo de Papel Simão 5 / A
FASCINAÇÃO Uma proposto : reapresentar ao observador do cotidiano um espaço sagrado , elegendo dentro do sagrado o ritual - a cerimônia de casamento . Uma rele itura que propicie ao observador uma integração a um t i po de ritual que , " verbalmente" , já se tornou anacrônico , e , no entanto , é tratado na vida real como um grande espetá culo , oride a protagon ista do sonho é a noivo. Este trabalho parte de um desejo meu , parti cular , de flagrar esse mom e nto . Elementos vin dos dos mais diversas natureza s de linguagem um jogo com armam esse teatro , constituindo leis próprios e d i nâmicos, ao se relacionarem entre si. Esse jogo , esse ritual , é o momento mais esperado no v ida de uma moça . O casamento, como "papel " , possui conce itos de beleza que permeiam os fornecedores de material para o cerimônia . Não importa seos ingredientes vêm da rua São Caetano ou da ave n ida Rebouças , em São Paulo - a metáfora é a mesma e o gosto é o mesmo . Esse "t i po de gosto, por convenção , não se discute . _ Caminhando do absurd o à FASCINAÇAO , tendo aqui, também fascinada , uma releitura desta cerimônia que representa, nesta mostra , o realização dos ritos. Escolhi o linguagem da cena , do teatro , o teatro " petrificado" . Foz parte do meu tra balho criat iv o o humor , aqui também presente . Est e modo de trabalhar uma obra (que para alguns críticos é chamado de nonsense ). para mim é apenas meu modo de ver o vida e mostrar as co isas que me circundam . Não me apre sento como especialista da alguma linguagem . ·Em torno de uma idéia , escolho os cód igos e l inguagens ma is adequados à minha intenção . Sou part idár ia do pr i ncíp io de que " um pouco . de cerimônia sempre é bom" (O . Khourt). e dur ante algum tempo est e trabalho teve tal nome . ,\ ,os não re sisti à FASCI NAÇÃO do absurdo . MIRAHAAR Sub-Curadora
CRÉDITOS Cenotécnico Costureiro
-
Zeca Divino Vieira de Albuquer q ue
Madalena
Pintura de Arte - Ubiroyr Castro de Oliveira APÊNDICE - BUFFETDOC E Espaç o o nde os no ivos re ceberão os cumprimentos Coo rdeno çôo : M ari na O rte g a ·
25 JAN A 22 FEV DE 1987
NATUREZA MORTA LIMITADA art ística do O trabalho gênero " Natureza Morto" na sua formo mais tradicional sugere sempre uma pa rada no temro. Sua tradução do inglês litaral(Stil Life) significa, mente , "Vida Parada ". Este corte plóstico no quoti diano , congelando espaço e tempo, nos remete a pensamentos sobre a transitoriedade e incerteza da vida. A realidade urbana contemporõnea carece de momentos de reflexõo como estes, propiciados pela longa e introspectiva fruiçõo de uma obro de ,; arte. Assim, propomos uma reMorto leituro do Natureza através do apresentação de contemporõneos, trabalhos em diversos técnicos, bem como através do frogmentoçõo de seus tradicionais elementos constituintes, o fruto, as flores , o jarro (cerâmico) , o garrafa (vidro), a toalha, o peixe (animal, coço), o casti çal (objeto) , etc ... e a reogrupoção destes elementos interartistas d o por preto contemporâneos. fotogróficos Reproduções de alguns trabalhos de pintores famosos permitirJo uma rópida avaliação dos origens e evolução do gênéro. O partido arquitetônico , iluminação e trilho sonoro do espaço da mostro foram criados poro recapturar o clima de pa ralisação cósmico encontrado em muitos desses trabalhos . Poro ilustrar este texto, um vaso de Sempre vivos · SEMPREVIVAS MORTAS VIVAS NATUREZA MORTA VIDA PARADA ESPAÇO CONGELADO TEMPO . SUSPENSO BELEZASESTACIONADAS FERNANDO STICKEL SUB-CURADOR
RELAÇÕES.DEOBRAS Am é lia TOLEDO COLHEITA, 1977 / 1982 técnica mista . 52 x 62 x 20 cm Ana Maria STICKEL 5/TiTULO. 1986 instalaçõo Antonio PETICOV THE SUPPER, 1981 poster , 61 x 192 cm Coleção Galerio Suzonna Sassoun CABRAL S/TITULO, 1983 óleo s/ telo , 100 x 80 cm Coleção Dan Golerio de Arte, S. . Poulo . Cecília ABS ANDRÉ NATUREZA MORTA COM PIMENTÕES, 1982 carvão , 38 x 48 cm Cecília ABS ANDRÉ COM MORTA NATUREZA GUARDA-OtUV A E PIMENTÕES,
1982
carvão, 38 x 48 cm BOI (José Carlos César Ferreiro) NATUREZAMORTA, 1981/1986 óleo s/tela, 75 x 100 cm Coleçãol Subdistrito Comercial de Arte , S. Paulo . Carmen AVIAN $/TÍTULO, 1986 aquarela , 16 x 23 cm Carmen AVIAN $/TITULO, 1986 aquarela , 29 x « cm Carmen AVIAN 5/TituLO. 1986 aquarela , 16 x 23 cm Dudi Maia ROSA $/TITULO, 1973 gravura maneiro negra , 10 x 10 cm -Dudi Maia ROSA $/TÍTULO, 1980 acquarela, 24 x 33 cm Ester GRINSPUM lnocaboda N. 0 12, 1983 desenho , 74 x 105 cm INACABADA N. 0 13, 1983 desenho , 74 x 105 cm Fabio CARDOSO $/TÍTULO. 1986 óleo s/ telo , 170 x 190 cm Coleção Subdis tr ito Comercia l de
o
o o
S/ rinn.o 1986
aquarela, 16 x 23 cm Fernanda Coube ARIETA
1/TiruLO, 1986 ...,,...,50ll70cm STICKEL f-ndo OBJETOS, 1986 Insta~ STICKEL ' F-ndo GARRAFAS, 1986 lnstalaç6c, STICKEL F-ndo DEPOIS DO ALMOÇO, 1973 bico de pena / guache , 22,5 x 30,5 cm Coleção Ana Maria . Stict. 0 1. S. Paulo . Feres KHOURY $/TÍTULO, 1986 acrillco s/tela, 75" 120 cm Fer .. KHOURY $/TÍTULO, 1986 acrílicos/tela , 65" 100 cm Flávia RIBEIRO S/TirULO, 1982 grafite e lópis de cor , 70 x 70 cm Flóvia RIBEIRO MOSTRUÁRIO PÉTREO, 1981 grafite lópis de cor e pedras, 27 x 36cm Gilda Vogt Maia ROSA_ NATUREZA MORTA, 1986 acrílicos / tela , 119 x 139 cm Gilda Vogt Maia ROSA O POLVO, 1980 aquarela, 32 x 22,5_cm Gilda Vogt Maia ROSA . PEIXES, s/d óleos / tela . 22 x 14 cm HansLUDWIG Sem Título , 1986 sonora ·, 15 minutos
Gilda MATTAR RABANETES, 1986 fotografia , 50 x 65 cm Gilda MATTAR QNOURA, 1986 fotografia . 50 x 65 cm Gilda MA TTAR ALHO-PORÓ, 1986 fotografia. 50 x 65 cm Gilda MA TTAR -ESCAROLA VERMELHA, 1986 fotografia , 50 x 65 cm Guyer SALLES MANHÃ, 1986 . gravura
em metal , 15 x 19 cm
Coleção Galeria Suzanna Sossoun Guyer SALLES PINHAS, 1981 gravura
em metal , 29 x 40 cm
Coleçõo Galeria Suzonno Sossoun Guyer SALLES $/Título, 1981 aquerela . 28 x 38 cm Coleção Galeria
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Arte, S. Paulo . Felipe TASSARA S/TituLO, 1986 sucata e saldaprata. 40 x 30 x 10 cm Fernanda Coube ARIETA
trilho
PÁGlfl',A 19
FQLH~ -~ ,Y.ENIDA .UR8E
Suzonno Sassoun
Guyer SALLES $/Título, 1983 aquarela , 59 x 77 cm Col eç ão Galeria Suzanna Sossoun
Ivan KUDRNA CONVERSANDO COM MATISSE, 1986 acrílicos / tela , 150 x 110 cm Jeonete MUSA TTI 5 / TÍTULO, 1986 mi sto , 20 x 30 x 10 cm Jo ã o Codos Carneiro
do CUNHA
COMPOSIÇÃO COM GARRAFA, 1984 óleos / tela . 60 x 80 cm Joõo Carlos Carneiro da CUNHA COMPOSIÇÃO COM RELÕGIO, 1984 óleo s/ telo , 60 x 80 cm luiseWEISS BULI, 1986 mista, 30 x 30 x 20 cm LuiseWEISS XÍCARA, 1986 mista, .l0x l0x 10cm luiseWEISS $/TITULO, 1986 lata recortada, 60 x 60 cm Luiz Paulo BARA VELLI BOM DIAI, 1980 gravura , 12 x 15 cm Coleção Fernando Sticke l, S.Poulo Maciei BABINSKI $/TITULO, 1974 óleos / tela , 48 x 48 cm Luizo Strina , Coleção Galeria S.Paulo Margot DELGADO CAIXA DE FIGOS, 1985 têmperas / papelão , 17 x 36 cm
Mar,9ot DELGADO 5/TITULO. 1984 aquarela e lópis de cor 43 x 51 cm Mar,9ot DELGADO $/TITULO, 1980 aquarela e lópis de cor, 43 X 51 cm Maurício VILLAÇA QUITANDA BABALU, 1986 objeto / instalação, h = 100 cm 150 cm MaluMORAIS Coleção de Postais Marisa BICELLI COPO DELEITE, 1975/1986 fotografia pb , 70 x 50 cm Marisa BICELLI A8ÓBORAS, 1975/1986 fotografia pb , 70 x 50 cm Nelson LEIRNER O POIICO, 1967 mista , 83 x 159 x 62 cm Coleção Pinacoteca do Estado , S.Pau lo Nelson LEIRNER NATUREZA MORTA VIVA, 1967 mista , e/ telas de Eugenia Soares , 1,52x82x16 Coleção Flóvio Moita , S.Paulo .
Pedro Al exandri no BORGES (São 'Paulo , SP, 1856- 1942)
de 1986 , Em dezembro 30 anos de comemoram-se nascimento da Arte Concreto no Brasil. A data refere -se à Exposição Nacional de Arte Concreto, realizado em 1956, em São Paulo, no Museu de Arte Moderno (MAM). Esta por promovido exposição, grupos de poetas e pintores paulistas , foi remontado , no íntegro , em fevereiro de 1957, no saguão do Ministério da Educação e Cultura (MEC), no Rio de Janeiro . O Movimento de Arte Concreta (que se estendeu tonto ao plang das artes visuais, quando ao domínio da músico represento e do literatura) dentro de nosso quadro cultural, um momento de renovação estética , de agudo reflexão crítica e de constribuição
original da arte brasileiro no circuito internacional. Data de 1952 a fundação do g ru po Noigandres , com lançamento da revista de mesmo nome . O grupo foi formado , inicialmente , pelos poetas paulistas Augusto de Campos , Horoldo de Campos e Décio Pignatari . Nesse mesmo ano su·rgia , como manifesto e ex posição no Museu de Arte Mo derno de São Paulo , o grupo Ruptura, que reunia os artistas Waldemor Cordeiro, Geraldo de Barros, lothor Chor roux , Cosemir Fejer, Leopoldo Hoor , Sacilotto e Wlodyslow (posteriormente, ao grupo incorporaram-se Noigondres os poetas Ronaldo Azevedo e José Lingo Grune wald) . No campo dos artes plósticos ., afirmou-se o grupo
dos artistas concretos, formado por vórios membros do grupo Ruptura , incluindo Hermelindo l=iaminghi e Mauricio 'Nogueira Lima . Ambos as gru desde o pos, identificados início com tendências constru tiv istos , podem ser considerados núcleos aglutinadores dos vórias correntes de vanguarda do época, no eixo SP/ RJ, e constituem o marco histórico inicial do movimento concreto no Brasil. A poesia concreta nasce de uma reflexão crítico e de uma elaboração teórico que se propunha a levar adiante um conjunto de inovações do linguagem poético . Seu objetivo era extrair um projeto de composição a partir de uma seleção de autores (Mallarmé a Joyce, Pound, Oswold de Andrade,
Pinky WAINER $/TÍTULO, 1986
PERU DEPENADO, 1903
aquarela , 55 x 75 cm Suzann 'a Galeria Coleção soun , S. Paulo. Rosely NAKAGAWA
Sas-
BORGES (Sõo Pedro Alexandrino Paulo , SP, 1856- 1942)
NATUREZA MORTA, 1986 misto , 13x60x
13cm
'Stella Ferroz de CAMAR .GO ALGUIDAR , 1986
cerâmico / instalação Sílvia ELBONI • SALA VERMELHA BRANCA, 1986 instalação Ucho CARVALHO $/TÍTULO, 1986 instalação
COM
ROSA
We sley Duk e LEE OUTROS TEMPOS ... (DO ÁLBUM BRINCA BRAC), 1971 gravura , 26 x 39 c m Coleção
óleos / tela , 164 x 131 cm Coleção Pinacoteca do Estao S. ' Paulo
Éri co Stickel , S. Paulo .
SOPEIRA - DE FAIANÇA FRANCESA (MARSEILLE), SEC. XVII DE LATÃO COM JARRO TAMPA CADEIRA - SEC. XIX MESA DE ALMOÇO - EM VIDO NHÁTICO E JACARANDÁ LITORAL, SEC. XVIII Coleção
do
Museu
da
Ca sa
Bras ilei ro , S. Paulo - AGRADECIMENTOS Pinacoteca do Estado Museu do Casa Brasilei ro
Mariongela Aos
Fiorini
artistas
que
trabalhos especiais onadores e artistas taram suas obras .
executaram
e aos coleci • que em pres-
·CONSTRUÇAO 1PARA MATERIAL João Cabral , etc .) e de proce (espacialização dimentos grófica do poema , método de justaposição e montagem ba seado no estrutura ideogrâmi co etc.) , Além do impacto revolu cionório de sua linguagem, os membros do grupo Noigondres contribuíram com a divul gação, através de um trabalho de tradução criativa, de autores de primeiro importância da literatura no panorama mundial , pouco ou nada conhecidos no Brasil. Fizeram também um trabalho de revisão grófica , redes • cobrindo autores marginaliza dos na história literória brasi leiro , tais como Souzândrode, Pedro Killçerry, e mesmo um representante do Movimento de 22, Oswold de , Androde , sempre olhado com descon • setores por fiança acadêmicos . Outras contribuições embu • tidas no projeto de "arte geral do palavra" do grupo Noigonà indres dizem respeito fluência sobre os meios de comunicação de mosso (diagramação de jornais , revistas , textos publicitórios etc) . É im portante assinalar , ainda, seu no música popular influxo através do Movimento Tropicalistas, atingindo , assim , foi • de diyersificados xas consuma . Os princípios formais dos artistas do grupo concreto coincidiram , naquele momento , com muitas das formulo de poetas ç õ e s dos " Noig andres . Os artis tas con cretos, ·'f6
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UNOIIA
aAllllOS JOSISIMÃO PAUÍ.AMATTOLI sua.cuRADOltES ·
RELAÇÕES OBRAS
DE
Hermelindo FIAMINGHI TRIÂNGULOS COM MOVIMEN. TO ESPIRAL, 1956 esmalte s/ aglomerodo de madei • ro , 0.60 x 0,60 cm Hermelindo FIAMINGHI CÍRCULOS CONCÊNTRICOS E ALTERNADOS, 1957 esmalte s/ aglomerodo de madei ra . 0,60 x 0,60 cm Hermelindo FIAMINGHI VIRTUAL li, 1958 esmalt e s/ oglomerod o de madei ra , 0.60 x 0,70 cm Herme lindo FIAMINGHI DESPAISAGEM COR-LUZ, 1985 e
p ig m e nt os
pur os s/ telo , 1,71 x 1,40 cm Hermeli ndo FIAMINGHI DESPAISAGEM COR-LUZ , 1985 t êm pe ra / e mulsão
e
sinté t ico
pi g men to s
e
pigm ent os
pur os s/ telo , 1,71 x 1,40 cm Hermelindo FIAMINGHI DESRETRATO AUGUSTO CAMPCS, 1985 re tícu lo co r-luz , 1, 15 x l . 15 cm Coleção A ugusto de Compos Hermelindo FIAMINGHI DESRETRATO HAROLDO CAMPOS, 1985
DE
DE
r et ícula co r - lu z , 1,51 x 1,51 cm
Coleção Horo ldo de Compos Hermelin do FIAMINGHI DESRETRATODECIO PIGNATARI, 1985 r e tí cula cor - luz , 1, 7 1 x 1,40 cm Col eção Déci o Pig no tori
Judit h LAUAND DOCÍRCULOAOOVAL,
1958
t into e mo ssa s/ e ucat e><, 0 ,60 ><
0,60 cm Judith LAUAND PINTURA AZUL , TELHA E CINZA Ól eo s/ telo , 0,60 x 0,1,0cm Gero ldQ:de.BARROS COMP -O CONCRETA , 1952 esm a lt e s/ Ke l m i t e , 0 ,60 x 0 ,60 cm Gera ld o d e Barr os
MOV IM El'!TO
CONTRA
M
\l i-
fosco
s/
aglomerado
0,40 x 0,60 cm Coleção Décio Pignatari Mouricio
puros s/ tel 00, 1,71 x 1,40 cm Hermeli ndo FIAMINGHl DESPAISAGEM COR-LUZ, 1986 t êmpe ra / e mul são
MENTO, 1952 esmalte s/ kelmite , 0,60 x 0,60 cm Geraldo de BARROS PIIOJETO OaJETO.FORMA (DESENVOLVIMENTO DE UM QUADRADO), 1953 esmalte s/ kelmite , 0,60 x 0,60 cm Geraldo de BARROS H25M, 1986 montagem de lam inado plóstico s/ aglomerado , 1,22 x 1,22 m . Geraldo de BARROS A47M, 1986 montagem de laminado plóstico s/ aglomerado , 1,22 x 1,22 m . Geraldo de BARROS TRiPTICO, 1986 montagem de laminado plástico s/ aglomerado , 1,22 x 2,00 m . Woldemor CORDEIRO CONTRADIÇÃO ESPACIAL, 1958 esmalte s/ compensado, 0,95 x 1,00m . Coleção Família Cordeiro Waldemar CORDEIRO MOVIMENTO DE DOIS PONTOS NO ESPAÇO, 1952 esmalte s/ compensado , 0,61 x 0,61 cm Coleçllo Família Cordeiro Woldemar CORDEIRO IDÉIA VISÍVEL, 1956 plexiglass , 40 cm Coleçllo Familia Cordeiro Waldemar CORDEIRO CONTIIA O NATURALISMO FISIOLÓGICO OP, 1965 montagem com rodas de bicicle ta, 1, IOx 1,50m Coleçllo Família Cordeiro Woldemar CORDEIRO CONTRAMÃO, montagem c/ objetos de ferro pintado , 1, 10 x 0,70 cm Coleçllo Familia Cordeiro Waldemar CORDEIRO ESTRUTURAÇÃO DE LUZ, 1961 óleos / tela, 1,50 x 1,50 m Coleção Família Cordeiro Luis SACILOTTO RITMOS SUCESSIVOS. 1952 esmalte s/ madeira , 0,40 x 0,55 cm Coleção Vicente Martins Júnior Luis SACILOTTO VIAAÇÕIS VERTICAIS, 1952 esmalte s/ madeira , 0,40 x 0,53 cm Coleçõo Ladi Biezus Luis SACILOTTO CONCREÇÃO 5624, 1956 alumínio pintado, 0,30 x 0,60 cm (relevo) Luis SACILOTTO C8069 têmperas / tela, 0,80 x 0,80 cm Luis SACILOTTO C8223 , têmperas / tela, 0,80 x 0,80 cm Luis SACILOTTO C8332 , !impera vinllica s/ tela, 1,20 x 1,20M Coleção Valter Socilotto Maurlcio Nogueira LIMA ESTANDART 11986 acrílicas / tela , 05,0 x 0,50 cm Mouricio Nogueira LIMA ESTANDART2, 1983 Acrílicas / tela, 0,59 x 0,49 cm Mauricio Nogueira LIMA A LINHA AZUL, 1986 acrílicas / tela, 0,27 x O, 19 cm Mauricio Nogueira LIMA A LINHA ROSA, 1986 O,19 x 0 ,27 cm Maurício Nogueira LIMA A LINHA VERDE, 1986 acrílicas / tela , 0,22 x 0,33 cm Ma'!.ficio Nogueira LIMA TRIANGULO ESPIRAL, 1956 t i nto e mosso s/ eucotex , Coleção Miguel Abrão Khoury Rahme Mauricio N_ogueira LIMA OaJETO RITMICO, 1953
Nogueira
LIMA
5/ TITULO, 1959 óleos / tela , 0,84 x 0,63 cm Coleção Haroldo de Campo s Casimiro FEJER $/ TÍTULO, 1956 esc ultu ra em cr istal.
Coleção Herme li ndo Fiam inghi Lothar CHARROUX 5 / TÍTULO, s/d óleos / tela, 0,49 x 0,57 cm Lothor CHARROUX S/ TPITULO, s/d óleos / tela , 0,49 x 0,57 cm Lothar CHARROUX S/ TÍTULO, s/d óleos / te la, 0,49 x 0,57 cm Lothar CHA RROUX VIBRAÇÃO , s/ d guach e s/ popel , 1,00 x 0,70 cm. Lothar CHARROUX $/TÍTULO , s/ d acríl ico s/ popel , 1,00 x 0,70 cm . lothar CHARROUX ESCULTURA GIRATÓRIA, s/ d desenh o s/ papel revestido em polyes te r . Álfredu Vúirl AMPULHETA . 1960 têmpe ro s/ tela. 1, 16 x O. 73 cm. Coleção Guilhe rme José Franco Al exand ro '.'J0lLN ER
,
BANDEIRA DE PORTO DE SERVIÇO SP, 1986 instalaçõo . POEMAS-OBJETOS: "Pluvial " (Augusto de Campos) " Greve " (Augusto de Campos) " SilêQcio" (Haroldo de Campos) "No Amago do Ômega " (Haroldo de Campos) (Concepçõo : Leonora de Barros / José Simão) "Organismo Áurelo " transcriaçãó de Julie Plaza s/ poema "Organismo " de Décio Plgnatari. " Llfe" - instalação baseada no poema "Life " de Décio Pignatari - aulores : Chico Zorzette / Jorge
introdução de "The Tyger " de Wllliom Blake
TRADUÇÕES
Renovar
AUGUSTO DE CAMPOS
lntraduçllo - "Moke it New" de Confúcio / E. Pound Uma Nuvem de Corvos intraduçllo - "Una nube dl corvi" de Leonardo Sinisgalli JOSÉ LINO GRUNEWALD vértice
HAROLDO DI CAMPOS DICIOPIGNATARI AUGUSTO DE CAMPOS ROLDO DE CAMPOS / . PIGNATARI JOSÉ LINO GltUNEWALD
/ HADÉCIO
um lance vaie vem
apertar o cinto a ordem dos fatores não altera o produto __ AGRIDECIMENTOS -~~~EMIR sólida
DIAS PINO
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25 JAN A 22 FEV DE 1987
FOLHA AVENIDA URBE
desde o grupo Ruptura reo • giom no campo dos artes plósticos , o todo uma vertente subjetivista representado pelo pintura figurativo de coróter expressionista. Ao mesmo tempo estes artistas reagiam também à tendência · obstro• à " concepção hedo cionisto, nista do arte abstrato", nos palavras de Woldemor Cordei• ro, baseado no criação pictóri• co onórquico, sem sentido vi• suai e lógico. O diólogo entre artistas e poetas no Concretis• mo se tornou possível e frutífero o partir do noção de ·consciência de linguagem qué ambos os grupos defendiam . Considerando-se, portanto, o improtância destes progro• mos artísticos que tontos dis• cussões e polêmicos têm gero• do até hoje, propusemos, o partir de uma perspectiva histórico e didótico, o realizo • ção , dentro do exposição A TRAMA DO GOSTO de um se• tor em homenagem ao~ 30 anos de nascimento do Arte Concreto no Brasil. O objetivo de nosso ieg• menta, MATERIAL PARA CONSTRUÇÃO , é mostrar, além do produção artísticos e poético mais representativo do Arte Concreto em suo fase típico (décadas de 50/60); o produção recente dos mem• bros atuantes do movimento, evidenciando o trajetória pos• terior tomado por cada um. Apresentamos ainda uma se• leçõo documental. com o in• tuito de refletir o evolução e repercussão do Concretismo no âmbito nocional e internacional. Pretendemos também , em sintonia com os propostos ge• rois do exposição A TRAMA DO GOSTO, revelar os pontos de contato entre o movimento do Arte Concreto e as suges• tões de algumas formos de linguagem que circulam e poetas concretos o incorporo • çõo criativo de signos do uni• verso urbano-industrial. como o cortoz , os luminosos, os logotipos ou os slogans publi• citórios.
t êm pe ra / e mul sã o
·. 1 '
-
Antonio Salomão Rebouças, Er• _lhos Albino de Souz_o, Fr~nclsco
Achcar, Guilherme José Franco , Helena Cordeiro, Julio .Plozo, Ladi Biezus, Marcos Augusto Gonçal• ves, Miguel Abrão Khoury Rah• me, Moy•es Boumstein, Omar Khouri, Paulo Mirando , Sonia Fontonezi, Vicente Martins Júni• or , Wagner Garcia, Cid Campos , Fanny Khan , Duda Machado , José Suares de Oliveira, Denllson Gomes da Silva, Gabriela Suzana Wilder , Gilberto Prado e Maria Rito e .Marinho · Aos poetas e artistas porticlpon• tes do movimento de Arte Concreta, que colaboraram com . obras, documentos e depoimen•
tos .
Bossoni .
"Velocidade " - objeto baseado em poema " Velocidade " de Ronaldo Azeredo - autores : Chico Zorzette / Jorge 8ossani. PROGRAMAÇÃO DE VT POEMA: CIDADE (Francisco Cezar Filho / Tato Amoral) AC/ JC /walter da Silveira / Pedro ·Vieira) Produção TVDO FÁBRICA DO SOM (Sofia Carvolhosa / Pedro Vieira) HOLOGRAMAS MUDA LUZ
Holograma: Moy... lloumsteln SPIACE TIME/SPAZTEMPO
proleto: Déclo Plgnatarl holograma: Moy... llou-teln
-
RISCO
proleto: Augusto ele Ca,npos holograma: Moy... 11o-,.1n
-
ARCO.iRIS NO AR CURVO
prol•to: Jullo Plaza holograma: Moyses lloumsteln PAPAMORFOSES projeto e holograma :
Moyses
Baumstein
FORÇAS MENTAIS PROJETO: WAGNER GARCIA HOLOGRAMA: MOYSES aAUMSTEIN CARTAZES Cartaz da Ili Bienal Alexandre Wollner Cartaz da IV Bienal Alexandre Wollner - Revoada Internacional ( 1954) - Alexandre Wollner / Geraldo de Barros - Cartaz do IV Centenório ( 1953)- Geraldo de Barros - Cartaz do Salão da Criança Mouricio Nogueira limo Cartaz do Fenit Nogueira lima
Mouricio
RELAÇÃO DE POEMAS AUGUSTO DE CAMPOS dias dias dias ovonovelo tensõo V
eixo uma vez corsom sem um número
!empoes poço pluvial caracol greve linguaviagem limite
olho por olho POEMÓBILES (AUGUSTO CAMPOS / JULIO PLAZA ) EXPOEMAS HAROLDO DE CAMPOS
DE
silêncio no ô mogo de ô mego nascemorre ver navios cri stal ma is ou men o s po es ia e m t e mp o d e f o me po e sia poro totib itexto o in stant e l es bos at W ate rl oo Ice Portra it of the or t ist as an old
man Vio Chuang -Tsé 2 DÉCIO PIGNATARI um mo vi m e nt o
beba coca-cola térra
lif e cavia r abr i r o s parto s
homb re hambre hembro Stele pour v ivre 3 organ is mo
pelé Noosfera Phaneron Stà le our viv re 5
DIVERSÕES ELETRÔNICA .
NA SOCIEDADE PÓS-INDUSTRIAL A MÉDIA COM A MIDIA É A CONSTITUINTE OS MM (MEIOS DE MASSA) NA ERA RISONHA NOS ACOSTUMARAM A HOMOLOGAR OS SEUS " JOGOS DE LINGUAGEM" E A RIQUEZA RETÓRICA DAS IMAGENS NA POBREZA DE SUAS MENSAGENS QUE SE CONSUBSTAll!CIAM COMO REPRESENTAÇÕES NO SISTEMA DA INDUSTRIA CULTURAL E NO "EIXO INDIFERENCIADO E DESCODIFICADO" DO CAPITALISMO QUE " DESTRÓIAS COISA BELAS" OS MERCADOS ESTÃO ATENTOS A TODA DIFERENÇA SUSCETÍVELDE UMA RECODIFICAÇÃO QUE A TORNARÁ INDIFERENTEE ESGOTARÁ SEU SENTIDO O RUÍDO TRANSMUTADO EM MENSAGEM E VICEVERSA RUÍD_QSE PERTURBAÇÕESSÃO INTERFERtNCIAS SEMANTICAS QUE SÃO A RESERVADE SIGNOS POTENCIAIS ESPERANDOSEU TURNO NUMA SOCIEDADE QUE RENOVA tÓGICA E VERTIGINOSAMENTEO MATERIAL SÍGNICO UMA SOCIEDADE SEMIORRÁGICA METÁFORAS DE ANARQUIA EM FUNÇÃO DO ESPETÁCULOIDEOLÓGICOCULTURAL E ARTÍSTICO-MERCANTIL OS MM EJACULAM CONFORME A MODO DA MODA 0-NOVO-COMO-NOVIDADE ·COMO-NOVO ... "O QUE HÁ DE NOVO PINTA NA TELA DA GLOBO" NA UNIQUIOADE DOS MM NÃO SE ASPIRA A UM CONTRA-SENTIDO MAS À EXACERBAÇÃO AD NAU$1UM DA MESMA NATUREZA SIMULATÔRIA E ÀS INTERFERtNCIASRETÓRICAS DEGLUTIDAS NO FLUXO DAS REPRESENTAÇÕES MASSIVAS ONDE O HOMEM VIRA SUCO SE O EXCREMENTOO SEXO A COMILANÇA E BEBEDEIRAA RISADA SÃO PRÁTICAS DA SEMIORRAGIA CARNAVALIZANTE OPOSTA AO ESTILODA CULTURA OFICIAL MEDIEVAL A TÁTICA PRODUTIVA DO HUMOR DIFUSO DA ALEGRIA TELEGUIADA DOS RISOS PROGRAMADOS EM Or-F SERVEÀ FLUlpEZ DAS OPERAÇÕESDE COMUNICAÇAO E CONSUMO E A IDENTIFICAÇÃO " ENTRENÓS" DO GRUPARISMO IMAGINÁRIO COMO FORMA DE GREGARISMO CULTURAL " O QUE HÁ DE QUENTE PINTA NA TELA DA GENTE" NA FACE RISONA DO PÓS-MODERNO A SOCIEDADE MIDDLE CLASS MEDIÚNICA ESPELHA-SE NA MESMICE DA TELA RISONHA FESTA DA MÍDIA ELETRÔNICA ESTEIRRACIONALISMO DO RACIONAL PROMOVE O RITUAL QUE SE APROPRIA DO DESEJOCOLETIVO E INDIVIDUAL ENLATANDO AS PAIXÕES PRÉ-FABRICADAS NO MIMETISMO CULTURAL E NA ÉTICA DO ÚTIL-AGRÁDAVEL À MENOR REALIDADE ERÓTICA MAIS FORMAS SEXUALIZADAS NO ESPETÁCULO NO FUNCIONALI SMO DA PRODUÇÃO DE SENTIDO ONDE SE OBJETIVA A ORDEM SÓCIO-ECONÓMICACULTURAL E NO UTILITARISMO DO PROGRESSISMOMERCANTIL TELEONÔMICO DO LUCRO " OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS" OCIDENTAL-MENTE TUDO MAIS · ENTRA COMO CONTEÚDO DOS MM EM INSTANTANEIDADE INCLUSIVA MIMETIZA -SE E SE TRAVESTE NA ROUPAGEM DOS MÍDIA COMO PROCESSO PRODUTO-D_E-REPRESENTAÇÃO E SOBREVIVENCIA OND~ A OBRIGAÇÃO DE PRODUZIR ALIENA A PAIXAO DE CRIAR
RONALDO AZEREDO ruasol oesteleste
velocidade portões obrem sonhos dourado s
céu m SIGA .. . introdução •- " 1(o" de e.e. cummings
O Tygro_
E LOGO O VOLÁTIL O TUDO-NADA DA LÓGICA DOS PRODUTOS IDEOLÓGICOS DA SOCIEDADE " PÓS-IDEOLÓGICA" QUE BUSCA A IDENTIDADF'NO JOGO ILUSIONISTA DA CATARSE
~'Rr{s:l.W:á:ls'
+'..illit é1f~ NTR'.ÀM NEssA As ARt'1fo COMO CONTEÚDO DAS ARTES PÓS-INDUSTRIAIS O QUE DÁ STATUS 'CULTURAL" AOS MM
.
E PRODUZ ORGASMO NOS ARTISTAS EM TROCA OS MM CRIAM O CÉLEBRE MAS OS MM NÃO SÃO UNIDIMENSIONAIS REPENSANDOSEUSSUPORTES ELESNOS DIZEM NAS SUAS MÚLTIPLAS FACES NA SUA PERFORMANCE: A FUNÇÃO REFERENCIAL POIS OS MM NOS RELIGAM AOS PRODUTOS DE FOt!MA INSTANTÂNEA E INSISTENTE DE TAL MODO A PROLONGAR A MIRADA SOBREO MESMO ELES"!OS FALAM TAMBÉM DA EXARCEBAÇÃO DA FUNÇAO DE CONTATO A PROCURA DO "OUVIVER": V. ESTÁ AÍ? TAMBÉM DA METALINGUAGEM SOFT ATRAVÉS DO FECHAMENTO DOS DISCURSOSSOBRE SI MESMOS QUE SE DESLIZA PARA A PERFORMATIVIDADE DO CONSUMO E SOBRETUDONO REPÚDIO À EXIGtNCIA DE REPRESENTAR MIMETICAMENTE O REAL POIS É A VIDA QUE IMITA O VIDEOCLIP TAMBÉM FALAM DE SUAS MEMÓRIAS DE COMO ARQUIVO DE SEMELHANÇAS E SUPORTESDE "MUSEUS IMAGINÁRIOS" ORGANIZAM A CULTURA DO DISPONÍVEL COMO O SONHO: LONDRESPARIS NEW YORK ETC, ETC, ESTÃO NOS " CHIPS" DE SILÍCIO E FORMAM A " ALDEIA GLOBAL" "A MUDANÇA DE ILUSÃO A RITMO ACELERADO DISSOLVE POUCO A POUCO A ILUSÃO DE MUDANÇA" A INTERFERÊNCIA O UNIVERSOREPRODUTIVODOS MM TRANSFORMA NOSSO MUNDO " NATURAL" EM AMBIENTES-MENSAGENS OS MM SÃO LUGAR E MOTOR DE PROCESSOSDE HI• BRIDIZA<;ÃO TRADUÇAO E CONFLITO COMO COLAGEM AMBIEN • TAL DE SUPORTESE SIGNOS ASSIM O SENTIDODA "ARTE" E "CULTURA" NÃO PROCEDEMAIS DA NATUREZA MAS DOS MM E SEUSPROGRAMAS AS NOÇÕES OE "CRIAÇÃO" "ARTE""ARTISTA" RESULTAMDA HERANÇA SECULAR E DO MONOPÓLIO DO ÚNICO METAFÍSICO MAS A " ESPONTANEIDADE" DA CRIAÇÃO TRADUZIDA NOS DIVERSOSMM SOFREADAPTAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO PELA CAPACIDADE DE ABSORÇÃO DOS DIFERENTE CÓDIGOS QUE EMIGRAM DE UNS MEIOS PARA OUTROS QUEBRANDO A NOÇÃO DE " ARTE" (COMO OBJETO-INFORMAÇÃO INDIVIDUALIZADO) APARECEMOS FENÔMENOS DE COMPLEMENTAÇÃO RELATIVIDADEE DISPONIBILIDADE PRODUÇÃOEfROGRAMAÇÃO A HIBRIDIZAÇAO NOS DÁ A MULTIPLICIDADE DE UNIVERSOSPARALELOSE SIMULTÂNEOS QUE TENDEM A PERDERSEUS CONTORNOS E FRON• TEIRASFIXAS TORNANDO OBSOLETAS AS FRONTEIRAS TERRITO• RIAS E OS PARTIDOSPOLÍTICOS HOJE A ARTE NÃO ESTÁMAIS NA " ARTE" NEM NO " MUSEU" NEM NO " ARTISTA" ELA EMIGROU PARA OS CONGLOMERADOS SÍGNI• cos (INCLUINDO-SEA Í O HOMEM - QUE É SIGNO - ) OS MULTIMEIOS E TAMBÉM O " REAL" QUE É LINGUAGEM DANÇA DE RÉPLICASSIMULACROSE SUBSTITUTOS OS MULTIMEIOS CONSTROEMMULTIREALIDADES CONFLITANTESE DIALÉTICAS SOB O SIGNO DO AMÁLGAMA É A MULTICOMUNICAÇÃO QUE DESCENTRAA AUTO RIDADE E NÃO , TRIBUTA AO CÓDIC0 CENTRAL DA ESCRITA ALFABETICO. O FLUXO DA CORRENTELÓGICA DA CC NSCIÊNCIA É ESTILHAÇADO ABRINDO-SEA FENDA PELOFOLHEAR E A MIXAGEM COM A RUPTURADA LÓGICA LINEAR E DISCURSIVA SURGEMA BRICOLAGEM E OS INTERCÓDIGOS COMO PROLONGAMENTO INFINITO DAS REPRODUÇÕES, O UNIVERSO DA COMUNICAÇÃO VIRA MISTURA E AMÁLGAMA MAS A CAUSALIDADE CONFLITIVA ENTREREPRESENTAÇÕES DE MASSA É UM FATO O RESULTADOÉ UM MOSAICO DE EVENTOS QUE MUDA A NOÇÃO DE HISTÓRIA FOLHEAR-EXPLORAR A MISTURA INTERFERENTE' TORNA-SEPRAXE NO MUNDO ATUA L
/
FOLHA AVENIDA
25 JAN A 22 FEV DE 1987 POR ISSO A B.ETRÕNICA COMANDA MODERNO
O MUNDO
Pós-
.
, '' "
QUE SE FAZ NECESSÁRIO O CONCURSO DO ARTISTA (COMO SENSIBILIDADE VIVA)
O FOlHEAR OSMM COM A VISÃO DESCONTÍNUA EM TIIAJETÇ>S AlEATóRI~
COMO
NOSllVA A MISTURA
E CONTEXTOS CRIADOS PELA TECNOLOGIA
QUE~
CIN~ DOS SIN!\-IS CONFIGURAÇOES PROBABILISTICAS
COMO "RUIOOS COLORIDOS• DE CULTURA MOSAICA .os INSTANTESINSÓLITOS ARTICULAM-SE COMO EM LAUTIIEAMONT : -O RHHCONTRO CASUAL DO GU ARDA-CHUVA
CRIADOR
DE CONSCIÊNCIA
DOS
NOVOS
MEIOS POIS A ARTE ESTÁ DEIXANDO DE SER UM TIPO ESSENCIAL DE OBJETO _PARA PROGRAMAR
UM TIPO ESPECIAL DE ESPAÇO
E ISTO É ..TORNAR O PLANETA UMA OBRA DE ARTE "
E A MAQUINA DE COSTURA NA MESA DE OPERA-
PROGRAMAR ARTE.S NOS MM REPRESENTA DIALOGAR EM RITMO " INTERVISUAL .. E
PERFORMANCE DE SENTIDO
..INTERTEXTUAL " COM OS VÁRIOS CÓDIGOS DA PROPAGANDA
MAS A PRESENÇA DOS MM CONTRA I- DILA TA
E É NESSESINTERVALOS ENTRE OS CÓDIGOS QUE SE INSTAURA UMA FRONTEIRA FLUIDA
E NOS BOMBARDEIA EM MÚLTIPLOS ESPAÇO -TEMPOS CRIANDO A UBIQUIDADE
ENTRE PROPAGANDA E ARTE UMA MARGEM DE CRIAÇÃO
QUE SE DESLOCA DESLOUCA-MEl'ITE AO GOSTO DA
É NESSESINTERVALOS QUE OS MEIOS ADQUIREM A SUA REAL DIMENSÃO
ç.õEs·
MAQUINA
AS SUAS QUALIDADES
E ESTILHAÇA O ÚNICO EM TELEPRESENÇA OU HETEROPRESENÇA
MAS AS COISAS NÃO SÃO TÃO SIMPLES
QUE SE OPÕE AO IDEOLÕGICO ·voL TAR ÀS RAÍZES .. DOS SAUDOSOS ..BONS VELHOS TEMPOS ..
A INOCÊNCIA
ESTÁ EXCLUÍDA DAS LINGUAGENS
E
MEIOS
SUBVERTIDOO CONJUNTO OE NOS~
INSTALAÇÕES
OJLTURAIS
A QUESTÃO ALÉM DE SER POÉTICA E TAMBÉM POLÍTI -
OSMIJlf!M'ÉjO~ E ést./t , z..liM\ • '., CA 1 '5p ÇOOS MODB.OS CU{'túRA'ts ' OE , ~5' OQUEIMPLICANACONSCJÊNCIA M1 ~DA~ ZAJ'llT J" ' u.u> ? ,.v.M3~!cr·21 ; G1J TfMPOS : D•1AM~01_~3'l AUG _l)E OPERAÇOES OE TRANSMUTAÇAO SÍGNICA NO l!EE'SCRITU RA DA HISTÓR[A l)l-'3H3 HR 0A'.;)l-11Jl A z;r- 1 ~;i,;j:{Ji, ~. >n 111 .,10?"1 ,,~,,. ,,,i.. ,, 20 1-1MM <0 210'1 < _ • A CULTURA FIXA DA TRAD IÇÃO IMPLICANDO A PERCEPÇAO DO A TIMO OE TEMPO É ANIMADA_ATRAVÉS DOS MEIOS TEO.ULÕGICOS ENTRE PASSADO E FUTURO : O PRESENTE O CENTRO É DESLOCADO DO PASSADO PARA O FUTURO : TIIANSCUL TURAÇÃO
CONSCIÊNCIA DE LINGUAGEM
3 ALTERNA TIVAS SE APRESENTAM: A ESTRUTURAL
INDUSTRIAL " QUE SE DISSO!.VE ENTRE O VERDADEIRO E O FALSO
OU CRIAÇÃO DE NOVOS MEIOS INTERATIVOS EM REDES
A FICÇÃO E O REAL O PASSADO E AJTURO
É O JOGO EVENTOS
COM AS ESTRUTURAS E NÃO
COM OS
VIRTUALIDADES
A POLÍTICA : COMO FEDERAÇÃO DE INSTANTES
SIMULACROS
POIS CEDER UMA POLEGADA DO QUALITATIVO
·
É CEDER A TOTALIDADE DO QUALITATIVO
A POÉTICA: A INFORMAÇÃO
TOOOS OS PROCB>LMENTP5 ESTÉTICOS
NO SENTIDO DA POESIA
DAS VANGUARDAS HISTôRICAS (A PRÓPRIA TV É A SÍNTESEDA HISTóRIA DA PINTURA) E OS VOMITAM UNGUAGOr
E PERFORMATIZAM
EM ..JOGOS DE
NO SBJ SIS11MA REPROQUTIVO • QUE VISA A OBJETIVAÇAO DA INDUSTRIA CULTURAL
OINSJANn AO LADO DO REPRODUTIVO E CONT)NUÍSTICO
HÃ O PROOUTTVO E CRIATIVO (O INÚTIL) OU PRINCÍPIODO PRAZER QUE NÃO LHOS
A t/TILIOADE
HOMOLOGA
DOS APARE -
QUE SIMULAM UM TIPO DE PENSAMENTO
NA CONTEMPORANEIDADE
PÓS-INDUSTRIAL
E A CONTRAPELO DA AUTORIDADE D~ARTES DÁ -SE LUGAR À INVESTIGAÇÃO
DA TRADIÇÃO •.
E À TRADUÇÃO
, •. t
-
TALVEZ POR NAO SUPORTAR O FLUIR DO TEMPO E O RELÕGIO PARADO DE HIROSHIMA DENUNCIA OASSASSINTAO EM MASSA NUM DIA E HORA DE 45 OS PRINCIPAIS SUPORTES LOGÍSTICOS DE ENCANTAMENTO DA COMUNICAÇÃO NÃO ENFRENTAM ESTA PARADA : DETER O MOVIMENTO PROGRESSIVO CENTRÍFUGO DA COMUNICAÇÃO SIMBÓLICA . PARA SUBSTITUI-LO PELO MOVIMENTO CENTRIPETO PRINCÍPIO DO PRAZER O INÚTIL A " CONTRA -COMUNICAÇÃO O REGISTRO DO TEMPO-PLENO CABE AO SUJEITO HISTÓRICO RESGATAR ESSES INSTANTES PLENOS DE SIMILARIDADE EM CONFIGlJ.RAÇÃO COM OS OUTROS EM FEFERAÇAO DE INSTANTES (POIS CADA INSTANTE DESMORONA EM RESTOS DE PASSADO E FUTURO) É NO TEMPO DA DURAÇÃO DO FLUXO QUE SE ARRAIGAM OS MOMENTOS VIRTUAIS OS POSSÍVEIS INSTANTES POÉTICOS E POLÍTICOS QUE PODEM INTERROMPER O FLUXO DA ÇOMUNICAÇÃO A MANEIRA ZEN ("OU CAMINHO QUE NÃO LEVA A LUGAR NENHUM") E QUE CONFIGURAM A NOSSA SENSIBILIDADE ENTRE O DITO E O ENTENDIDO ·
MAS É A PRÓPRIA TECNOLOGIA QUE DÁ CONTA DA PRIMEIRA ALTERNA TIVA POSSIBILITANDO A CRIAÇÃO DE "(OVOS MEIOS MEDIANTE A ASSOCIAÇAO DE VARIOS DELES COMO PRODUTO QUE~INTETIZA QUALIDADES NUNCA ANTES EXISTENTES ISTO PODE SERVISTO NAS REDES DE COMUNICAÇÃO QUE t/TILIZAM CABLAGEM TELEFÔNICA CRIANDO MEIOS INTERATIVOS QUE DIALOGAM COM O USUÁRIO E ROMPEM OS FLUXOS UNIDIRECIONAIS DOS MM E O LADO DEMOCRÁTICO DOS MEIOS QUE EM REDE NETWORK OU TV A CABO OU VIOEO TEXTO (ENTRE OUTRAS) TENDE A IMPLODIR A SOCIEDADE DE MASSAS E A COMUNICAÇÃO CENTRALIZADA NOS SEUS APARELHOS DE TRANSMISSÃO HERTZIANA BROADCASTING DE INFORMAÇÕES LADO AUTORITÁRIO DA SOCIEDADE INDUSTRIAL PRENUNCIANDO NO DIZER OE W, FLUSSER A SOCIEDADE FASCISTA DO PORVIR
CONTRA AS OLADAS DO CONSIJMO E DA VIVÊNCIA O "l'ROOUSSUMO .. E A EXPERltf.lCIA CQNTRA A MIM.ÉTICA DA NOVIDADE
OU ETERNO-
EffMERO A POÉTICA DO NOVO OU EFÊMERO-ETERNO O INSTANTE
COMPRAZER MAUUHAM PERGUNTA : "QUE TIPOS DE ARTE PO DERIAM SERVIR HOJE PARA SONDAR E R:EVELAR AS DIMENSÕES OCUL TAS DA ELETRÔNICA.,..
NA ARTE PÓS-MÍ.:>IA COMO POSTO DE AÇÃO E OB SERVA ÇAO TODO PENSAMEN TO ARTICULADO
DO FUTU-
ASSIM A ORGANIZAÇÃO DA ESPONTANEIDADE CORRERÁ A CARGO DA PRÓPRIA ESPONTANEIDADE COORDENAÇÃO VS. HIERARQUIA •
DESALITOMATIZA -SE A PERCEPÇÃO HAJA CONSOÊNOA!
IMPLICA NUM MÍ -
NIMO OE MEIOS :
IDBrnACAR OS SIGNOS JÁ É QUALIFICÁ -LOS SEMEARMENSAGENS ART ÍST)CAS E POÉTICAS
A POLÍTICA : REVISITANDO AS SIMETRIAS BENJAMINIANAS ..LER O QUE NUNCA FOI ESCRITO É A LEITURA MAIS ANTIGA ..... ..LEITURA DAS VÍSCERAS " DOS MM ASSIM COMO A LEITURA DAS CONSTELAÇÕES DOS PROCESSOS ESTELARES QUE NOS REVELAM AS " SEMELHANÇAS IMATERIAIS " NOS SEU,S SUPORTES
DE ESTENDER A CONSCIÊNCIA
CRIANDO UM CONTEXTO TAM8ÉM CONSCIENTE PORQUE INSERTA UM ANTI -AMBIENTE
DENTIIO DE CONTEXTOS ANTERIORES
QUE AS OÊNCIAS E TECNOLOGIAS NOSSOSAMBIENTES NA FOIIMA DE -MUSEUSEM MUROS ..
PROGRAMAM
IRONIA NA TELEONOMIA DOS MM DETER O TEMPO DEFERAR OS INSTANTES POIS TUDO SE CONSTRÓ I NO PRESENTE INTERROMP ER O FLUXO (O U CRIAR NOVOS FLUXOS-PIRATAS) PARA O RELÕGIO .,TAL CO MO SE VISLUMBRA NUM INSTANTE DE PERIGO " O SISTEMA NÃO ESTÁ CONSTRU ÍDO PELO ..TEMPO HOMOGÊNEO E VAZIO .. NA COMUNA DE PARIS (E NO PRIMEIRO DIA DE LUTA) DISPAROU -SE SIMULTANEAMENTE SOBRE OS RELÕGIOS DAS TORRES: .... . POUR ARRÊTER LE JOUR ..
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É POR ISSO QUE AS FORMA S TECNOLÓGIC A S QUANDO ABSOLETAS NO TEMPO E FUNÇÃO TORNAM -SE TAMBÉM ARTE O QUE INTERESSA SÃO OS MEIO S E NÃO OS FINS POLÍTICA POÉTICA ORIENTAL-MENTE Júlio
Plaza
Relação de Obras PASSAGEM, 1986 fotografias (5) , 50 x 50 cm (cada) Denise MILAN
1 ODA.LISCA MECÂNICA, 1917 titcnlca mista, 1,90" 80" 32 an 2 - OLIMPÍADA ALQUÍMICA, 1987 1 técnico misto, 2 , 10 x 52 x 25 cm
EQUIPE TÉCNICA Antônio Gobbo Joõo Macarrão Neto Ary Rodrigo Perez JulioPLAZA
T'Al.1973 luz fluorescente
. 1,50 x 1,50 cm
JulioPLAZA
HOMENAGEM 1978
instalação
A
MALEVffCH,
com luz flt -c --escente
chumbo , 1,50 x 1,50 x ·,
e
~o cm
JulioPLAZA
IMAGEMEGA, 1986 fotografia de um aspecto do Cida de de Sõo Paulo . 2 ,00 x 2 ,50 cm
ALUZAZUL, série de cinco fotografias do pai nel luminoso " Publicolor ". 60 x 89 cm JulioPLAZA
ADORA RODA, HOMEM . MULHER· PAZ, LUZ AZUL, 1982
série de fotografias to, 60 x 90 cm
de Videatex-
JulioPLAZA Edição de programo em Videote xto com página s dos seguintes artistas : Arte Visual : Carmelo Cross
Arte Poesia : Alice Ruiz Augusto de Campos lenora de Barros OmarKhourí Paulo leminski Paulo Mirando Arte Narrativo : M . José Paulo M . L. Sontoello Arte Tradução : Alice Ruiz Mônico Costa Paulo Leminski •lnterarte : Julio Ploza NinaMoraes JulioPLAZA
TEXTOS-POEMAS, CIRCULANDO NO PAINEL DIGITAL "TRIDEMENSÂO", 1980/1986 · texto memorizado no painel , 10 x 90cm Hons DONNER Série de Abertura s de Programa s do Rede Globo de Televisão , 1986 video Ken~ OTA S/ TITULO, 1986 fotografia (3) . Maria RAMIRO CAMPO DE FORÇA, 1986 objeto em aço inoxidóvel e resistência tubular infravermelho , 1,20 x 60 x 60 cm Sergio Volle DUARTE VIDEO HIPNOSE, 1981 / 1986
VHS . videotape. 28 minutos Theo WERNECK
s3 título,
1986
àbjeto , José Wagner GARCIA Documentação do projeto
O Me-
dlum das Mídias , 1986 Exposição de fotografias gos , também textos José Wagner GARCIA
e cotólo -
Edição de Sky Art Conference 86 entre o USP e o MIT , VHS , videotope Artistas Participante s: Arthur Mo tuck , Augusto de Campos , Ben Davis , Charlotte Moormonn , Conrado Silvo , David Atherton , Ellen Sebring , Elizobeth Doldring , Guio Locaz, Joe Davi s, José Wagner Gar cia , Julio Plozo , Marco do Volle , Maria Ram iro , M oysés Bau mstein , Nam Jun Poik , Rus Gant e Wilson Sukor ski .
'GRA DECIMENTOS (Apoio
·ft:tESSO - IMS
em
Video ' em
TELESO S/ A (Apoi o Logistico Videotextc) Tri - Dimensões Jndú s tria Comércio Fotoptico
cade ira cadera cde ra dera era
TAMBÉM NA FEBEM (RE\/,0\.TAS DE 1986
DETALMODO f,.J'
ASSIM: O SEMELHANTE O JOGO LÚDICO COM AS REGRAS (A BUSCA DO PRAZER É A MELHOR GARANTIA DO LÚDICO) • O CARATER ESPONTANEO DOS MEIOS (SÓ A CRIATIVIDADE É ESPONTANEAMENTE RICA ) COMO CONTEMPORANEIDADE ENTRE PENSAMENTO -AÇÃO ACASO E IMPREVISIBILIDADE A SOBRIEDADE DOS MEIOS VAZIO SIMPLICIDADE AUSÊNCIA A NATURALIDADE A SERENIDADE O ESSENCJA~ O I_NACABADO O IMPERFEITO A REALIZAÇÃO PRATICA A RESSONÂNCIA E SINCRONIA DO S TEMPOS A ATITUDE DE INTERROGAÇÃO E SURPRESA DIANTE DA COISA TECNOLóGICACOMO ALGO ENIGMÁTICO REMOTO EFÊMERO MISTERIOSO QUE CONFIGURA O NOSSO IMA G IN ÁRIO
O SEMELHANTE DÁ -SE NA TRANSPARÊNCIA DOS MM EM APENAS UM INST A"lTE COM A ..VELOCIOADE-RELÃM PAG O " O ÚNICO POSSÍVEi. CAUSADOR DE RUPTURA COMO O DEMÔNI O DA ANALOGIA QUE INSTAURA A
EM MEIO A MENSAGENS PUBLICITÁRIAS É lJlM. TaflATIVA
ENTRE O DIZÍVEL E O DIZER
4 - EROS At6mlca, 1917 técnica mista, 90 x 80 x 20 cm
CORRIGIDA
ENQUANTO AS REDES NETWORK ANUNCIAM A SOCIEDADE DEMOCRÁTICA RO
NÃO SE CRIAM OBRAS NOVAS E SIM NOVAS ARTES
21
Carlos Fodon VICENTE
Julio PLAZA DO CERTO AO PROVÁVEL
PÁGINA
3 ÁRVORE DO PARAÍSO, 1917 técnico mista , 2,60 x 2 ,00 x 2.00 cm
NESSA
OS MM ENGOLEMEMINSTANTES
••
URBE
EDEN ELÉTRICO
ASSIM
SURGE A --SOOEDADE DO ESPETÁCULO .. OU ..PÓS-
HlSTóRIA E ESPETÁCULO
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22
FOLHA AVENIDA
25 JAN A 22 FEV DE 198 7
URBE
ELETRO ESFERO ESPACO CENTER
Eletro força noarajato
Esferas alegres levitam
Nobrilho infinito donobre caminho
I
Oclima amúsica completa
Entre ...
Trata-se de uma solo fechado com entrada e saído. No interior , 24 aspiradores de pó expelem ar , permitindo que bolos de plástico inflóvel levitem e girem no espaço . Os ' aparelhos compõem um cominho , recoberto por um tapete vermelho . · Os wolk -mon reproduzem uma
que os visitantes recebem na entrado fito para ser escutado durante o passeio
OBJETO ABJETO
/
objetos : objetos-valise, ornitorrincos {in)utilitórios . correspondências analógicas gerando trocadilhos icônicos , atos talhos {em três dimensões ... ) que desautomatizam funções e significados convencionais . da construção da sentida (e do nor.sense), passando pelas relações entre coisas e nomes , talvez , um rascunha d'" metadesign . com certeza , apenas um trabalho acadêmico que trocou o mofa da biblioteca pelo poeira do museu .. .
Gl~~l:Jr.
pelo instalação . Assim : o alto ruído gerado pelos aspiradores de pó ligados é neutralizado pelo áudio nos fones de ouvido . A idéia de fazer entrar uma pessoa de cada vez, foi pensado no sentido de estabelecer uma relação " de muitos contra um" , que é plasticamente desejada . GUTOLACAZ AGRADECIMENTO SUB-CURADOR Block E 0ecker - BE O Eletrodomésticos Ltdo.
1
/
lt
I
-
-
Desenhos Guto Locaz
----------------------------------------------,
Relação de Obras: AIJD01:TEMPISTADI, 1"3 metol / plóstlco, 59 x 24 22 cm
x
AIJUO: 2: CA-CA.C:ADIIRA, 1"3 madeiro/metal , 59 x 38 x 82 cm AIJDO S: MUUU .•• , 1984 vórios materiais , 23 x 12 cm AIJU04: srrhuLO. 1984 Poliester c/ fibergloS5 e louc;o esmaltado, 45 x 30 x 23 cm AIJUOS!lltA, 1985? madeiro esmaltado e lona , 47 x 8 x 78cm AIJDO 6: O.L JECT, 1985 vórios materiais, 25 x 25 x 17 cm
AIJDO 7: CADllaA, 1... madeiro esmaltado e lona , 47 x 82 x78cm AIIJUO 1: "PAS-DE-DEUX", 1916 vórias materiais, 36 x 21 x 21 cm AIJUO 9: $/TÍTULO, 1917 madeiro esmaltado e lona, 47 x 8 x 78cm AIJDO 10: 5/ TÍTULO, 1917 madeiro esmaltado e lona , 47 x
•OOx 78 cm
AGllADECIMENTOS À Fobia Folonche e Floriano Go doy , pelo forço , e à Sônia , pelo to lerõncio .. .
o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o
D
o o o o o o o o o o o
o o o o o o o o o o o
25 JAN A 22 FEV DE 1987
MONUOENTRO é uma dis torção projetivo do silhueta do
Monumento
as Bandeiras ,
de Victor Brecheret, locolizod o junto ao Porque lbiropuero . O trabalho pode inscreverse entre os poéticos do " Ponto de Visto " m que trotam dos modos de ver, conforme os posições e d ireções do olhar . Mos o significado pretendido não derivo apenas do questõo do lugar do olho que sincroni -
.zo , oo deslocar-se, os diversos deformações do silhueta. Também importo o memória perceptivo do monumento , poro os inevitóveis comparações entre o real e suo representoçõo . Neste coso, o ênfase estó no arrancamento do signo , transferido por ao interior de um edifício onde , mais abstrato e hiperort ificiolizodo , se separo de suo referência no porque . A interioridade do MONU -
,
PÁGINA
FOLHA AVENIDA URBE
DENTRO, que inverte o habi tual exterioridade com que são apreendidos os monu . mentas, se apóio no espaço hexagonal onde se estende o silhueta: o visõo necessaria mente parcial só se completo com o giro do espectador.
A lnstalaçao
A planto hexagonal tem 16 m de diômetro e os 5 painéis que fecham o espaço medem
23
8 m de comprimento por 5 m uma imagem fotogrófico to gor privilegiado poro o visuo de altura , aproximadamente. mado de um ôngulo perpendl lizoçõo ; . A silhueta tem uma extensõo . culor ao lodo maior desde o • recursos de Perspectiva De de 40 m. Um topete de gramo socelerodo , aplicados à vert icentro do face que olho poro o artificial acompanho o formo calidade, poro o· correção óti lbiropuero . A imagem contordo hexagano, formando uma co dos medidos mais altos . nado , depo is de inscrito numa faixo de 2 m de largura , junto REGINA SILVEIRA molho ortogonal, sofre os seSub Curadora aos poinés . gu intes deformações : • d istensõo no comprimento , Operaclonallclacle de modo o _alcançar o propor Relação de Obras çõo 1:8; . A silhueta , um preenchi• inclinação de 30 grous , para Regina Sll VEIRA mento plano do contorno do lelo , de modo o rasurar o - Monudentro, 1986/87 monumento, se or igino de instalaçõo , 5 x 40 m " Ponto de Visto ", enquanto lu -
CORREIO ARTE .POSTAL ,1
..
_,., _ ,_.... ...., _.-.,, '
Ftt ~ fi-tt:
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•
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¼-'~
No era do comunicoçõo de mosso , o ARTE POSTAL pode ser considerado um dos pou cos m'e ios de troco de infor mações que escapou à lei do massif icação . É, antes de tu do , um me io expressivo de re valor ização do comunicação interpessoa l, uma onórquico prótico cont ra o super poder do moss med ia A ARTE POSTAL - Partiu poro o con quisto de uma posição de defeso , tipo zona franco, onde grupos marginais de operação artísti co querem e dividem o desejo de ag itar os vi as con venc i ono i s de corres pondênc ia , transformando -os em art e . E. a inda por esse me io transfo r mando o própria vida . A ARTE POSTAL se ut iliza qua se semp r e do si gno palavra -im ag em , ex trapolado do Ba bel do lin guag e m de mo s med ia poro uma correç ão do leit ura sóci o-cultura . É, sobr e t udo , umo sério tentativ o d e reciclogem do utilização do linguagem visua l. Do s primit ivos grofitis no s pared e s dos caverna s ao alfa bet o precri stão , dos sig no s r úst ico s às estrutura s con te m porâneo s do li ng uage m in te rnacion a l, comun ica r magica m e nte sempre f oi e cont inuo sendo o m óxi mo aspira ção
dos seres humanos , uma asp iração tida em pouca conto (por motivos óbvios) , apesar do constante aperfeiçoamento tecnológico no óreo da comunicação.
qualidade visual , concepções altamente individualizados e largo apoio dos diversos meios de reprodução, como Xerox 6.500, Poloroid e estruturas gróficos através do com putaçõo. ARTE POSTAL é uma "Jogar " ARTE POSTAL, em dos importantes formos de ex sumo , pode ser considerado pressõo artístico dos anos 110. nõo apenas um meio comuniMais que expressão artístico , cativo art ístico, mos, antes de é uma atitude , cujo pr incipal tudo , liberatório . É o supera çõo dos barreiras do ego , dog : , ·força talvez esteja na,possibi'tidode · que abrange a qual mos e nacionalidade ; uma quer pessoa de part icipardes reoçõo ao isolamento do ho se " jogo " . Liberta aquele que mem contemporâneo . quer se man ifestar de formo Roy Johnson (seu fundador) criativa, do mundo mercanti começou o circular ARTE POSlista que invad iu a produção TAL nos Estados Unidos nos de arte , paro se comunicar anos 50 , e não fo i por ocaso através de signos e imagens . que elo nasceu e se desenvol Do ponto de v ista do resu lveu num contexto social do tado desse " jogo ", podemo s ma is alto grau de sof ist icação . d izer que é um retroto mu ito Os artistas americanos , no en f iel do mundo cot idiano desto 'nto , não detêm o monopól io ses artistas, do un ive rso cultu do ARTE POSTAL, que tamb ém ral urbano do s anos 80 . irrompeu atr av és do Europa Or ienta l e Ociden t a l, Conodó JOÃOPIRAHY e Amé ri co Lat ino. SUB-CURADOR .Cad a pa ís reflet e seu sistema at ravés do ARTE POSTAL, Re laç ão de e o con junt ura político afeto mais ou menos o con t eúdo Ar t istas político de seu s e nvelopes . Participantes Mos o. ARTE POSTA L responde t ambém o o utro s t endê ncias e atit ude s de oul ros mídi as. Six te e nt h St ud 10 G1ov an n1 Cre sce o cada dia o nú me ro _ S.lrad ac~ l1a lia , Rad ,a i'r eE<Dad c d e pessoas que se ut ili zo des : EUA · Da n i e l Bezo y ta o r u be so art e , com imagens de for te A rg e ntin o Pn vo te World EUA
•
PÁGINA 24 AMAZON - Ruggero Moggi Itália; Isabel Pogono - Brasil ; Cle mente Padin Uruguai; Sérgio Monteiro de Almeida Brasil ; Bárboro Rosenthol - EUA; Adriano Bonari - Itália ; Horst Hohn Repúblico Federal d.o Alemanha ; Barreto Brasil ; Guy Bleus Bélgica ; Leonnhord Fronck Duck Brasil ; Marcelo Diotollevi - Itália ; Ozéos Duarte - Brasil ; Avelino de Araújo - Brasil ; l. Rutigliono Itália ; Ano André - Brasil; Tere• sinko Pereira - EUA ; Mr. Fobu• lous - EUA ; lhe Museum of Museuns Bélgica; Tom Pack EUA ; Paul Esting Dinamarca; Ubaldo Giocomucci - Itália : Vitto• ca . João P1rohy - Brasil ; Gerard Barbai - EUA : Peter Kunstermonn
re Baroni - Itália; leon Ferraf'ri Bra sil; Comera Obscuro - Bélgi - Repúblico Federal do Alema nha ; Charles François - Bélgica ; John M . Bennet EUA; Paulo Bruscky -
Bra sil; lú cio Kumo -
Brasil ; Michael Joir Guilherme
Sokolsky - EUA ; Filho Brasil ;
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Argentina :
Gilberto Prado - Bra sil; Célia Borott o Carvalho Brasil ; René Montes
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França;
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·_
Itália ; Alberto Belchote - Brasil ; Mark Pawson - Inglaterra : Zello Visconti - Bra sil ; Broz Uzuelle Brasil : Richard - Brasil : Conston• ço Lucas - Bra si l ; Detlef Koppis Repúblico Federal do Alemanha; John Howard - Brasil ; l ena dos Dobroduros - Brasil ; Alex Vol lou -
ri -
• FOl:HA .AVENIDA URBE
Brasil; Wilsõn Andr é Filho Brasil : Luc Fierens - Bélgica ; Jorge Willion Fernande s - Bra sil; Ru• de - Brasil ; DADA Reserch Center - Dr . Klous Groh - Repúblico Federal do Alemanha ; Mór cio Bloch - Bra si l ; Ono Nuk - Repúblico Federal do Alemanha ; Elisa Komeyomo - Brasi l; Tarcisio Totit Brasil ; Pascol LE!noir - Fran ça: Jo• ki Moil Art - Repúblico Federal do Alemanha ; Iar a Pereira Aguiar -! Brasil; Eve Renice - Bra sil ; Folv~s Silvo - Brasil ; Joel Smith - EUA ; Horle y - EUA; Miroliub Todovoric - Iugo slá via ; Ludwig Zeller -- Canadá ; Higgins 111Doo Do EUA; Eleonor Kent - EUA ; Peter Below Repúblico Federal do Alemanha ; Rolf Glosmeier -
• Repúblico Federal do Alemanha; G. Go lonti - Hungria ; ARTPOOL - Hungria ; Cario PiÚore - EUA ; Emílio Morondi - Itália ; G. A. Cove llini Itália ; Bruno Taipa Itália ; Hudinil son Jr . Brasil : Art stomp - Canadá ; Jurgen O . Olbrich Repúblico Federal do Alemanha ; Shozo Shimomoto Japão ; Gyu Schroenen - Bélgica; Max Wimmer - Repúblico Federal da Alemanha ; Cristina Dias - Sra • si l ; Steven P. Mosch - EUA ; Lon cilloto Bellini - Itália ; Maurício e Marco Villaço e léo Kocinas Brasil ; Selmo Amaro Bra sil ; Tom Pock - EUA ; Joel Lipmon EUA; Albrecht D. - Repúblico Federal do Alemanha ; Manoel Bar• boso - Portugal ; Ron Tolbot -
25 JAN A 22 FEV DE 1987 USA ; Lou Spiegelmon - USA ; E.F. Hi gins Ili - USA; Robin Stein EUA ; Marco Mello - Brasil ; Paulo M otto Saio - Bra sil; Paul Ni cho lson - Inglaterra ; Kótia Bento Bras i l ; Philipp e Bill é França ; Martin Schwarz - Suiça; Paulino Av esso - Brasil ; Paulo Klein Edik tor - Brasil ; Ken Soville - EUA ; Carlos No el Bra si l ; Roberto Keppl er - Bra si l ; Gosowski Prod . - EUA ; Ed Vorney - Conodó ; Annibole C. Bianchi - Itá lia ; Luciana Montenegro Brasil : _Eduardo Castanho - Brasil ; Belca House Japão; Sergio lagulli - ltólio ; Ate lier Bononovo - Espanha ; Jacques Broustein - França : Groupe Copie - Suiço ; Klous Groh - Repúblico Federal do Alemanha ; Jean -More
Le Chippey - França ; Sybill e Koje noski - Suiço ; Andreas Schwerer - Suiça ; Chico Pereira - Bra sil ; Yvonne Klocek - EUA ; Helio Late - Brasil ; Santo Leonardo Studio Itália ; Morio Loi ltóli o ; Raul Córdulo Filho - Bra si l , Ir ene Buar que - Portuga l ; José J. Lunozzi '_ _Brasil ; Egidio Co lombo F O - Bra sil; e Orlando Guerreiro - Bra sil.
Agradecimentos · EBCT - Empresa Brasileiro
de Correios e Telégro fos · José J. lunazzi , Maria Rito C. Mo • rinho, Gabriela Suzana Wilder , Gilberto Prado e Denilson Gomes do Silvo . · O Acervo de Arte postal foi gen tilmente cedido pelo Centro Cultu r o l São Paulo SMC .
ALUGA-SE GRAFITI Depois · da enxurrada con ceituai dos anos 70, a arte decretou sua lib erdade de ação. O Neo-expre ssionism o libe, rou as tintas dos limites do desenho, mas o passaporte para o vôo livre, anórquico, meio yupple , me io marginal, foi o g r a f i t i .· A s c i d a d e s transformaram-se em grande tela sem limite para o sonho. Assim , muros , marcos , pontes, becos , estes forom tomá· dos de assalto por declarações de amor , mensagens políticas, slogans, liberações sexuais e , sobretudo , por uma arte que chegou aos limites dos murais . São Paulo não ficou à mar gem do efervescência grófico; pelo contrório, foi o carrochefe da manifestação lúdica , que hoje mantém dezenas de artistas atuantes . Muitos de les trocaram temporariamen te o pincel pelo spray , e hoje reinventam as cores da cidade . Alex V allauri, um dos pre cursores do graliti de ruo no Brasil, engrossa as rebel iões contra a caretice nas artes, militando entre São Paulo e Nova York. Hudinilson Júnior , ex -i ntegrante do 3 Nós 3 reveza hoje sua irreverência entre colagens, objetos , xerox e grafitis, enquanto o grupo Tupinãodó {José Carratu, Jaime Prades e Rui Amaral) traduz suo alegria em murais efêmeros feitos com giz . Alternando -se entre o cavale te e os muros , Vado do Cachimbo espalha fantoches pe las ruas do ABC e da Paulicéia, hoje também in undada pelos insetos e arlequ ins de Ozéas Duarte , que convivem em paz com as figuras de Waldemar Zaidler . Jó a arte psicodélica de John Howard pre1
feriu se apropriar dos postes da cidade. Todos alquimis tas urbanos, adeptos da po çõo metrópole, que misturo com sabedoria liberdade, ação , anarqu ia, marginalidad e e, acima de tudo, criatividade . LEONOR AMARANTE
Relação de Obras e Artistas Ale x Vallauri
VIVA O CARNAVAL DA!, 1986 graliti Vodo do Cachimba Álvares)
DE OLIN -
(Edvalda Luís
FAMÍLIA DO A.C., 1986 grofiti Ozéas Duarte
PÓ DE PERIMPIMPIM, 1986 grofi ti Waldemar Zaidler
QUEM TENTOU CHOU, 1986
SE ESBORRA,
grofiti
Hudinilson Jr .
NARCISUS, 1986 1966 · Grupo Tupinãodó José Corrotu Joyme Prodés ·Rui Amaral $/TÍTULO, 1986 grafiti ' John Howard
$/TÍTULO, 1986
grafltl ÁUDIO VISUAL GRAFITIS NA CIDADE, 1986 Edição e Fotogrofio - Marco s Santilli Trilho Sonora - Grupo Rumo AGRADECIMENTOS Tintos Acrilex
Fotoptico Lida .
FOLHA AVENIDA
PÁGINA 25
URBE
w e
li -
A Div isão de Pesquisas do Centro Cultural São Paulo , através de suo Equipe Técn ico de Pesquisas de Artes Gróficos e Desenho Industrial , em à investigação continuidade de seu objeto de estudo , desenvolveu uma atividade de pesqu i so-evento ligado à ban deiro brasileiro . Salientamos o coróter de ineditismo dos obras compon do, entre tontos outros poss i bilidades , um painel do faz e r grófico -v isuol de artistas e produtores independentes , de setembro o outubro de 1985 , um acervo de incontestóvel valor enquanto memór io e re gistro histórico . O símbolo móximo nocio nal , o BANDEIRA , tem sido objeto de preocupação através de nosso história . Preocupa ção es pe cífico por porte da queles que se ut i lizam de l inguagem grófico -v isual. Afinal , nossa bandeiro não é pos su ída por nada e por ninguém emparticular. Ela pertence à Nação . Signif icati vo e prom i ssor o momento de uma nação em que as pe ssoas se voltam para olhar e reverenciar , com uma propo sta de re leituro, a bandeira . A primeira edição da obra de Oswaldo de An drade , Poesia Pau-Brasll , de incontestóvel valor paro o pensamento modernista bra sileiro , teve como capa de tra balho de Tarsila do Amaral , no qual ela util izo a bandeira nacional (1924) . Hoje , é desnecessór io dizer que grande parte da produção v isual se inspira na v isuplida de do bandeira bras i leira . A Div isão de Pesquisas não poderia deixar de estar presen te , reconhecendo esse mo mento , e permit i ndo que ele s e manifeste e s eja reg istrado . Um dos pr i meiro s art istas conv idados a part ic ipar dest e
evento fo i, Ernesto · Qui ssak Jr ., por seu trabalho pioneiro Palíptlcos Móveis da Gênese do Pavilhão Nacional , apre se ntado na IX Bienal de São Paulo { 1967) . Esse traba lho , após tor t uosa trajetória , faz parte , hoje, do acervo do Palócio dos Bandeirantes . O Conselho Curador do Palócio estó procedendo à restauron ção da obro e pretende devolvê -la à população . Co ,, si deromas m a is que oportuna a ocasiã o de home -' nage m a Cidade de São Paulo , atravé s do trabalho o ra propo sto e , indiscutivelmente , ho menageó -la com a reintro dução do trabalho de Ernesto Quissak Jr . Em novembro de 1967 ele escreveu : " Pintei a band e iro na ci onal para un iversalizó -l a e colo co -a à frente paro aue de su a mística particip e dire · tament e o povo que a rede scobri r ó na gê ne se de seus ele mento s e na d i nâm ica de su o evolu ção " . EQUIPE TÉCNICA DE PESQUISAS DE ARTES GRÁFICAS E DESENHO INDUSTRIAL DIVISÃO DE PESQUISAS DO CCSP SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA .
Relação de Obras Ern es to QUI SSAK JR. POLÍPTICOS MÓVEIS DA GÊNESE DA BANDEIRA BRASILEIRA , 1965/ 1967 (DETALHE) l o to , 50 x 70 cm (ca da ) Foto : Rômu lo Fia ldi ni Al exandre KADUN C P.0 . E.M.A ., 1968 a 1975
co la gem s / pop e l cartão , fo togro l odo , 50 x 80 cm Alfr edo A QU INO S/TÍTULO , 1985 gua che s/ po pe l f obri on o , 55 x 7( cm A nto n io Fern ando de A NDRAD E S/TÍTULO , 1985 lápi s d e cor s/ pope l su lfite , 21 ,5 x31 ,5 cm
MATAS, Q OURO E O BRASIL ONDE ESTAO?, 1985 xilogravura s/ popel olveor , 36 ,5 x 55cm
A nto n io LIZARRAGA $/TÍTULO, 1985
tinta ac ríl ica s/ tela , 50 )( 85 cm Ap arício Bas íl io do SILVA BANDEIRA DO BRASIL, 1985 gra vu ra s/ popel ocquo 48 x 63 cm
Chico ZORZETE DÊ BANDEIRA , 1982 (DETALHE) tinto acrílico , 35 x 92 cm
Aparí cio Basíli o do SILVA BANDEIRA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 1985 fu ndi ção e m br o nze , 20 x 28 cm
Chico ZORZETE DÊ BANDEIRA, 1981 (ESTUDO) colagem s/ popel sullite , 32 x 44,5 cm
Apa r ício Bas íl io do SILVA NOVA BANDEIRA/NOVA REPÚBLICA , 1984 t in t o esma lt e s/ e ucat ex , 98 x 134 cm
Chico ZORZETE DÊ BANDEIRA, 1982 (ESTUDO colagem s/ popel sullite , 14 x 21 ,5 cm
Apa r ício Basí l io do SILVA NOVA REPÚBLICA/ BANDEIRA, 1984
Chico ZORZETE ARTE AO AR LIVRE, 1982 (PROJETO fotodoout -door , 12 x 17,5 cm
co s turo
e
bo rd a d o
NOVA
s/ ce tim
e
nylon , 1984 Apa rí cio Basí li o d o SILVA BANDEIRA DO BRASIL , 1985 papel de se d e japo nê s p rensado . 1985 Ariane
Da n iela CO LE
S/ TÍTULO, 1985 esc ul tu ro em la tão e fer ro s/ base de ma deira , 40 x 60 x 60 c m (base 50 x 3 cm ) Artur Fer reira COL E
JOGO, 1985
CIÇA $/TÍTULO , 1985 aquarela s/ popel 52cm
schoell e r , 47 x
Clóu a ,.., ..:RETTI S/TÍTULO , 19!1~ tinto acrílica , papel jornal , xe ro x s/ e ucote x , 93 x 120 cm Clóudio FERLAUTO S/TÍTULO, 1985 pastel s/ pop ol lngre s. 48 x 64 cm
serigraf ia s/ m o lho d e al go d ã o , ,5 x 46 cm Fran ci sco Gustovo d e CARVALHO BRASIL: SA l 'I J\ ,! , 1985 óle o s 1 M pe l , 70 :· 110 cm Geral d o; S/TÍTUL t.'J t inta acríl ico
J'
:i,llx
6! cm
Gerty SAURÉ $/TÍTULO, 1985 t int o acríl ico s/ te lo , 50 x 80 cm Gilber to José GEORGE $/TÍTULO, 1985 tinto a crílico s/ eu cote x (4 módu los ), 29 x 39 cm
Guinter PARSCHALK $/TÍTULO . 1985 objeto em e smalte sint ét ico s/ c ho • pa metól ico , plóst ico , tub o de alumínio e pap e l , 150 x 24 x 32 cm Gu sta vo ROSA S/TÍTULO, 1985 tin t o acr íl ico s/ t e lo , 40 ,5 x 50 cm He leno ALEXAN DRINO S/Título , 1985 aqu are la s/ popel 47 cm
f o br iano , 34 x
Hé l io Jo sé de O LIV EIRA BANDEIRA DA GRANDE ONÇA, 1985
ca ixa de pa pel ca rt ão con t endo 15 co lage n s e m pape l espe lh o s/ po pel car tão , 2 1 x 16 x 5 ,5 cm
Den ise MILAN NUDEZ SEM MUDEZ, 1980 colagem e/ x ero x colorido s/ popel A r ch Cover , 53 x 67 cm
insta lação e/ moto r e lé t rico , ho st e de f e rr o , ve ntil a d or e malha sint ét ico ,
Ayo o OK AMO TO BANDEIROLAS COLCHA TALHOS, 1984
Fóbio Mor ei ra LEITE BANDEIRA, 1973 óleo s§telo , 70 x 100 cm
Hé li o V INU S/TÍTULO , 1985
DE RE-
tinta acrí l icas / t e la , 60 x 60 cm
Corlito MAIA $/TÍTULO, 1985 ec o line ae rogrofodo montado , 38 x 51 cm
s/ schoeller
CATIT O (Carlos (amargo ) • QUE OS ANJOS DIGAM AMEMI o b jet o•c ai x a em papel cormen , x ero x colorido c/ h idrocor , fito de ce t im e letra -sei, 38 x 44 x 8 cm
Carlos Fadon VICEN TE $/TÍTULO, 1985 f oto graf ia pb , 21 x 17 cm Ceziro CARPANEZI . .. E A PUNJANÇA
DAS NOSSAS
Feres KHOURI $/TÍTULO , 1965 t into acrílica s/ t e la e e ucot ex , 99 x 32 cm Fe res KHOUR I $/TÍTULO, 1985 t in t o acrí lic o s/ te la s/ e ucot ex , 40 x 35 cm
Fernando STICKEL . FICA PRA PRÓXIMA , 1985 h id roco r s/ po pel cart ão , 10,3 x 2 1,2c m Fláv io Well s Thom pso n d e CARVA LHO $/TÍTULO , 1985
mon o tip ia 100 cm
s/ popel
acqu o , 70
x
He loiso Sond e.vai G REGOR I BANDEIRA OLHO-VIVO (PRO POSTA 1), 1985 colagem e g uaches / pa pe l ca rt ão a . l t ex t o : 26 x 65 cm o .2 ab e rtura : 35 x 50 cm o .35 0x 70 cm o.4 50 x 70 cm o .5 ab er t ur a : 35 x 50 cm o .6 50 x 70 cm o .7 50 x 70 cm o .8 ab e rt ura : 35 x 50 cm o .9 50 x 70 cm
PÁGINA 26 Heloi so Sandoval GREGORI BANDEIRA PORTA-VOZ (PROPOSTA li), 1985 colagem e guaches / papel cart ão
b. l tex to : 65 x 26,5 cm b. 2 50 x 70 cm Hermel indo FIAMINGHI S/TÍTULO, 1985 . monotipia , têmpera
s/ popel sulfi -
te , 96 x 66 cm 96 x 66cm llza de OLIVEIRA S/TÍTULO, 1985 hidrocor s/ papel cartão , 17 x 23 cm lvald GRANA TO S/TÍTULO , 1985 lito5rama , 50 x 70 cm Jogobo PAN INTEGRAÇÃO DA NATUREZA E DO HOMEM, 1985 hidrocor
ecoline
25 JAN A 22 FEV DE 1987
.',\ FOI.HA JUf'ENIDA URBE
s/ popel
con -
son , 25 x 24 cm João MUSSOLIN NETO REFLEXÃO, 1985 xerox s/ papel sullite , 28 x 25 cm Joaquim REDIG Estudo e projeta para Bandeira Brasileira como símbolo de identidade visual , 1985
redimensionamento da sintaxe dos elementos estruturais e construtivos do atual Bandeira Brasilei ra póginas de edição contendo 17 pranchas , 30 x 40 cm Joaguim WAL TRICK S/TITULO , 1985 letrafilme s/ papel fotagrófico , 60
S/TITULO, 1985 serigrafia s/ papel velim . 50 x 70 cm Lean FERRARI S/TÍTULO, 1985 xerox s/ papel sulfite , 6,7 x 46,5 cm Luise WEISS S /TÍTULO, 1985 escultura em madeira de lei , 46 x 38 x 15,5 cm
John HOWARD S/TiTULO, 1985 pastel , ecaline e nanquim s/ papel sulfite, 16 x 21 cm
Magaly BIFF/ Maria Alice VER-· GUEIRO / Luiz Roberto GALIZIA /.Hector GONZALEZ/ Graciela GONZALEZ. A Pororoca, 1984 . costura e colagem de lantejolas e estrelas laminadas s/ tecida, 85,5 x 114 cm Morcela FLAQUER MÃO À OBRA, 1985 instalação em tijolos, areia, tinta plóstica, latex, morim e ógua, 200 x15x80cm. Marco A . A . REZENDE/ Cesar HIRATA / Jorge HIRATA REFIGURA(;ÕES OU TRÊSLINHAS DERACIOClNIO , 1985 letrofilm s/ papel schoeller monta do, 80 x 60 cm · Marco VALLADA S/TiTULO, 1985 spray e móscaro s/ eucatex, 70 x 70 cm ·-
x 38cm
Jorge MATUCK S/TITULO, 1978 colagem tridimensional , 21,5 x 29,5cm José Celso Martinez CORREA/ Tadeu JUNGLE/ Walter SILVEIRA S/TITULO, 1982 fotografia colorida, 72 x 100 cm José Celso Martinez CORREA/ Tadeu JUNGLE/ Walter SILVEIRA A BANDEIRA DO REI, 1982 óleos / tela Julie MENDONÇA ZERO À ESQUERDA (PIIOJnO), l 9 8 O serigrafia s/ papel westerprint, 31 x31 cm JulioPLAZA
Marco VALLADA S/ TÍTULO. 1985 spro 11 e móscoro si eucate x, 70 x 70 cm Marco VALLAOA KA{lS BRASILIA , 1982 spray e móscara s/ eu catex. 120 x 40cm M . Diva TADDEI S/TÍTULO , 1985 tecido tingido e pastel seco s/ pa pel Velim, 50 x 80 cm Maria MA THEUS ESCULTURA UTILITÁRIA : PORTA. PAPEL/ CANnA , 1985 madeira revestido em laca, 10 x 11,5 x 5 cm Maria MA THEUS ESCULTURA UTILITÁRIA: PORTA. CLIPS, 1985 madeira revestido em loco, 95 , x 13x5 ,7cm Maria MATHEUS ESCULTURA UTILITÁRIA: PE50/ESFERA, 1985 madeira revestida em laca, 7 cm Maria Odilo Aparecida Guarnieri SANTOS S/TÍTULO, 1985 hidrocor s/ popel cartão (3 pranchos). 15,5 x 22 cm (cada) Mório FIORE S/TiTULO, 1915 tinta acrlllca s/papel suHlt•
lmprauo, 31 "44,5 cm Marlsl MANCINI S/TÍTULO, 1915 tinto acrUica s/ eucote x prepara do em tinto latex -4 módulo s nos seguinte s formatos :
a . 90x72 cm b. 90 x 14,5 cm c. 90x72cm d . 90x36cm Mouro dos GUARANYS NOVA DIMENSÃO BRASIL, 1915 tinta acrílicas / chapas acrílicas espelhadas , 39 x 39 x 39 cm Miguel PAIVA S/TITULO, 1915 nanquim e hidrocor s/ papel schoeller montado, 52 x 73 cm Miguel PALADINO S/TITULO, 1915 colagem, decalcomania , pastel e guache s/ papel carmen, 65 x 80 cm Mona GOROVITZ HAI-KAI/BANDEIRA, 1977 guache s/ papel canson , 21,5 x 32 cm Renota MARQUES S/Titulo, 1985 artesanato em trigo , fito de cetim , papel conson, tinto p/ tecido e peneira de taboo, 70 x 43 cm Roberto GIANNECCHINI
PRAÇA DOTEMPO CADA ÉPOCA SONHA A SEGUINTE. MICHELET
Leon FERRARI ESPAÇO PARA HEREGES, 1916 Nelson LEIRNER ADORAÇÃO, 1966 instalação Coleção Museu de Arte de São Paulo - MASP
.,,·
,..,,
Releltura Indireta da Bandeira , 1985 objeto / montagem em alumínio fosqueodo c/ micro •esferas de vidro , espelho dupla face , vidro fosqueodo , rolamento s e
madeiro , 60 x 60 x 60 cm Obs: Faz porte do trabalho um texto fXtroíso "O Homem Medíocre " de José lngenieros Roberto KEPLER Relaltura da Bandeira , 1985 montagem de cópias coloridas minolta s/ papel vegetal , 17 x 24,3 cm Roberto SANDOVAL S/Titulo , 1985 tecido de lã costurado , 90 x 136 Sylvio Th. Bellegarde ARAÚJO Ontem/Hola/Amanha, 1985 colagem de papel espelho s/ papel canson , 1O x 14 cm (3 pranchas)
Tadeu JUNGLE S/7itulo, 1982 xerox em cores s/ papel sulfite , 21,5 x 35,5 cm
Agradecimento Este acervo foi 'gentilmente cedido pelo Centro Cultural Sõo Paulo , do Secretaria Municipal de Cultura .
,
25 JAN A 22 FEV DE 1987
FOLHA AVENIDA 'URBE
PÁGINA 27
A MUSICA EMA.TRAMA DOGOSTO
Pensei no projeto musica l da mostra A TRAMA DO GOS TO como uma part itura grófico , constituída pela integra ção do s eventos sonoros às i nstolações que formam o exposição . A periodicidade com que esses eventos se repetem , os espaços sonoros fixos e os elementos de mutação (even tos únicos) formam um tecido orgõnico e pulsante que tem coma trama de fundo a cidade i dealizada por Son i a Fon t onez i. Nela , d istrinuí os eventos divididos em três grupos , segundo sua natureza: Grupo 1 - Formado pelos eventos ligadas ao mundo in terior e ao trabalho intelec tual como : Herltárlo colagem musical e poét ica de obras que têm como temo o reino vegetal e cuja estruturo tenta recriar os mecanismos da memória. Concerto Concreto - apresentoçõa de obras de autores brasileiros fundadores do movimento concretista na poesia ena música . Epifania - encontro da atual e do arcaico na grande cidode através de eventos sonoros que retomam os princípios do minimalismo e da música cíclica primitiva .
Surpresas
Eletr6nlcas
projeto musical int~rodo à instalação DIVERSÕES ELETRÔNICAS , onde a música que compae o ambiente se altera dependendo do percurso escolhido pelo visitante . Os eventos do Grupo I estõa todos locodos na "Avenida
Urbtt".
li . Gru po -
estabelecida, onde atuam músico alquimistas que ut i lizam paro suas experiências o espaço de uma estação de metrô , o TERMINAL SONORA . Finalmente , como elemento-síntese da mostro , imaginei um grande " baile" , evento gestual e sonoro , a meia caminho entre o kltKh da BABALURBEe o experimental do TERMINAL SONO RO, espécie de instolaçõo viva que pulso acoda sóbado e que integra músicos e vis itantes , estabelecendo uma gama infinita de opções, fazendo com que cada um exercite seu próprio gosta na trama da ex posiçõa.
Gilberto Mendes texto: florivoldo " Enigmo "
-
poético
Menezes -
1
- texto: Décio Pignotori - " Bebo Coco-Colo"
- texto: Augu sto de Campo s " Poema do Cidade " Herbário: colagem musica l e .poético de obras que têm como te .ma o mundo floral e cuma t rama tenta recrigr 'memória .
os mecan ismos
do
Conce~o - Anno Kieller Cenografla - Felipe Crescenti •-llzaç6o - Adélia Isso, sopra -
no / Caio Ferraz , borltono / •Antônio Carlos Corroque iro , flau to / Dieter Gogorten , violoncelo / Kennedy Moretti , piano ANNA MARIA KIEFFER Poema1 - Cruz e Souza, Augusto Curadora dos Anjos , Souzôndrode , Kilkerry , Fernando Pessoa e Mório Só Carne iro ~• Mualcal1 - Debussy , St. Soens, Schubert , Schumon, Sotle , Fouré , Hoendel , Potópio Silvo , Nozoreth, Canhoto SurprEletr6nlca1: - projeto Anno Maria kieffer - Curadora de musical fixo , integrado à instalo Música çõo DIVERSÕES ELETRÔNICAS.· Músico que compõe o ambiente e Felippe Crescenti - Programador .Visual ._ que se altero segundo o percurso orgonizood pelo visitante . Concepç6o e R-llzaç6o - ConCarlos Wilheim - Produtor rodo Silvo Eplfanla : evento eletro -visuol on Zlzi Bergamoschi - Ass istente do de o atual e o arcaico se encon Curadora Musical trom e vozes (conto e falo) tentam recuperar fragmentos do memória S6nio Batista - Assistendo do cultural. Produçõo Concepç6o e DI~ Geral Fernando Carvolhoes PROGRAMAÇÃO DE MÚSICA Eletroacú1tlca lgor Llntz Moués Preparaç6o Corporal - Gabriel Guimord Partlclpaç6o Elpeclal - Maricene Costa e-no Concreto: apresento Cantorea/ Atorea Moricene çõo de obras de autores brosilei Costa , atriz e cantora / Kótlo Mau ros _fundadores e seguidores do ro, soprano / Sllvio Tessuto , conmovimento concretisto no pois ,· trolto / Gabriel Guimord , mlmico nos óreos de poes ia e músico . / Celso Coltro F. 0 , controtenor / •-11-.0 - Grupo Voé:ol Som-· Alselmo Guerra , tenor / Osvaldo Mori , cantor / Fernono Thomé, A-Pino · cantor REgente - Moro Campos
Equl~ de reall-zação
.IEVENT0S_DO GRUPOI
_
F ado orm por eventos ligados ao mundo exterior e que apresentam uma releitura urbana da arte popular , como os espetóculos de Teatro · Popular, de Músico Popular Trodicionol , de Músico Popular Experimental e aqueles que permitem a expressõa de ortistos que habitualmente nõa freqüentam as canais de comunicoçõo convencionais . Os eventos da Grupo li correspondem, na projeto geral , aos elementos de mutaçõa que acontecem uma única vez, nos fins de semana , na PRAÇA DO CORPO . Grupo Ili - Formado por eventos ligodos ao mundo subterrõneo, eventossemente, sem classificaçõa _
SE H C
B
OI~
C6nlca - Sérgio Conveti
EVENTOS DO GRUPO li
Prog,- Marcos Cõmoro - texto: Augusto de Campos "Flor, Baco, Pele, Céu"
Bruno Kieffer - texto: Horoldo de Campos " Moteto Profbno : A Mosca " Domlono Cozzello dos Pobres"
" Ruidismo
Augusto de Campos
1
Ackaptaç6o: Domiono Cozzello -
" Poetomenos "
Gil Nuno Voz -
" Cont inenteúdo "
atores , mú si-
Produção - Coso Vento Forte Centro de Arte e Cultura Integra dos llumlnaç6o - Roberto Mello Atarei - Jorge Bóris , José Mar cos, Rito Coelho , Rosa Comporte , Luls Carlos Laranjeiras , Salmo Bustomante
Mú1lc01 - Edgar Lippo , Bene Castro Aleixo , Paulo de Rosa, Paulo Roberto Qualquer Homem é Su1pelto : história paro inventar e brincar . Espetóculo poro crianças onde se conto o histório de um poeta que ,foi fuzilado porque tinham medo 'de seus poemas e canções. Conce~ó e Dlr~o - lia Krugli Produç6o - Coso Vento -Forte Centro de Arte e Cultura lntegro dos Cenografia - José Golos , Luls <:orlos Laranjeiras Coo...t-ç6o - José Marcos , Jorge Bóris , Roberto Mello Aul1tentN - Anno Maria Cor·valho , Selmo Bustomonte AtorN - Daniel Pereyro , Fótimo '.Compidelli, Joqueline de Paulo ,José Marcos , Lourent Lucien , Luri de Almeida , Mórcio Cobrai , Ocimor Barbosa , Rito Coelho , Rosa Comporte , Selmo Bustomonte, Sidney Cherchioro , Sueli Cherchioro Mú1lc01 - ·Bene Castro Aleixo, Ciço Tuccori, Edgar Lippo , Paulo Roberto C-po1lç6o • Arranl01 - Edgor Lippo Banza - Grupo Rumo: Show que apresento uma retrospectivo de todo o trajetória do grupo, com canções dos 4 LP's jó lançados , e antecipam uma sér ie de composi ções infantis de seu novo disco . lntegrantN - Akiro Ueno, baixo e bandolim / <;;iço Tuccori , teclados / Goç Óp~1do, bateria / Geraldo Leite, voz e percurssõo / Hélio Zinskind , sax e cavaquinho / Luiz Totit , voz e violõo / Nó Ouet ti, voz / Paulo Tatit , guitarra• vio lõo / Pedro Mourõo , violõo e voz / Zé Carlos Ribeiro , percurssõo Grupo ci. Percuruea ele, ln • tl-
'tuto de ArtN cio Planalto PIAP: obras poro orquestro
•f•ua Preparando uma Dan~=espetóculo de teatro popular,
dedicado ao personagem Mateus , herdeiro dos arlequins do " Com,medio dell'Arte " , dos clown1 circenses e scrolizodo pelo nosso personalidade ofro-lndio -ibér ico. Concepç6o • •-llzaç6o - An ton io Carlos Nóbrega
·AS Quatro Chave1: evento ·cênico-musical realizado por Cosa Vento-Forte - Centro de Arte e - Cultura Integrados . Brincadeira
Surpresas Eletrônicas Herbário Concerto Concreto
que integra
cos e visitantes adultos e crianças naquilo que llo Krugl i chamo de Teatro poro um Homem de Olhos Abertos . Concepção• Dlr~o - llo Krugli
-
de percurssõo de compositores norte e. centro-americanos ligados à . músico popular . O jazz norte• americano nos anos 20 e a música poro marimbas do Guatemala . Olfeç6op - John Boudler ' lntegrantN - Alfredo Limo , CorJ<>sStose, Catarina Domenici, Clóu!lio Sgorbi, Eduardo Gionesello , FErnondo lozzetto , Luiz Sampaio , Ricardo Rithini , Richard Froser , Sérgio Gomes
Pr09i-ama · - Jored Speors Boyport Sketch Gumercindo Polocio Flores - Lo
Grimos de Thelmo Bernard Hendriquez - Asi Te Sono José Alejondro de Leon - Lo Polko de Momo George Hamilton Green - Chro matic Fax -Trot
George Hamilton Green - Jovial Jaspers Geroge Hamilton Gree n - Log Cobin Blues Jored Speors - A Time for Jazz Willion Schinstin e - Scherzo Choro• S.re1ta: Grupo Simpli cidade : músico brasile i ro tradicio -
nal urbano , com a part icipação do flautista Antônio Carlo s Corros queiro , do ciolonisto Edmil son Copelupi e do acordeonista Toninho Ferogutti. Programa - Obras de Pixi nguinho , Voldir Azevedo , Corros queiro , batoto e Silvo , Garoto , Colado , Jacob Bittencourt , Dominguinhos .
Plndorama Banda PauBrasll : músico instrumental brasi leiro que englobo desde uma odoptoçõo de contos indígenas dos Krah6 até uma · reintegroçõo do Bochiono n° 5 de Villo -Lobos, passando pelo boiõo , rancheiro e pela músico urbana . lntegrantN - Nelson Ayres . teclados / Roberto Sion, sopros / Rodolfo Stroeter . baixo / Paulo 'Bellinoti , guitarra / Nenê , bateria (porticipoçõo especial) . Abrlnd9 o Eco: Coral e Orques tro do SESCsob o regência de Samuel Kerr : nordeste brosileiro , o expressõo "abrir o eco" quer dizer .começar o chorar muito oito . O" 1Corol e Orquestro do SESCtomam •mprestodo essa expressõo e o em "abrir a boca, 1transformom 9ritor enquanto é tempo " . ' Coral cio Sele - laboratório vool onde os pessoas experime'n[ om suo voz e a desenvolvem canondo e falando . constituldo pelo oro diurno, formado por jovens , e ,pelo coro noturno, formado por 11dosos . ' 0rq-1ra cio SISC - núcleo !instrumental
organizado
organismo
que estimule
como um
o lazer
m •úsico e que provoque o invençõo •musical .
Coord~
Geral -
Kerr
Samuel
Aulltente - Gisele Cruz Aueuora - Cloudio Toni Secret6rla - Mogoli Fortes
em diferentes horórios .eventos -experiêncio :
a) "Patlbolu1
. Criação • r-llzação - Rugg,ero Andreo Ruschioni e Hugo de Paula b) 11 Dlalogros": evento de obras paro saxo f one e f ita magnética , onde estão organiza dos musicalmente desd e ru ídos ur banos até música acú stica , e que se abre ocas ionalmente pa r a a performance de artistas de outros óreos , como atores , m ímicos , ba ilarinos , etc.
Criação • reallzação
Sonom:
evento
do rotina urbano . Concepç6o - Cid Campos e Mórcio Bozon . · Neste mesmo espaço, outros músicos se apresentam
Wagner
d) "A Santidade" : evento musical cujos compos ições procuram denunciar as conseqüencios do de senvolvimento humano e as con tradições do nosso sistemo social , cujo estilo incorpora ritmos urba nos e efeitos sonoros especiais .
Reolizoçõo -
Os Ex_comungodos .
lntegrantN
- Folcõo , vocal / Marco , guitarra / Logonegro , gui tarra over / Minério , ba ixo / Marcos , bateria
"O IAILE" Baile popular , no es : poço contíguo à Bobalurbe , 1.0 pi- ' so, ao som do Bando Mexe -com- Tudo .
Coordenaç6o - José Marcos lntegrantN - Verglnio Raso - vcolisto Adriano Busko - baterista José Fernando - covoquisto pedrõo do Moronhõo ·- percussionista Swami Júnior -
Antônio flautista
baixista
Carlos Corrosqueiro
composições de Jacob Bittencourt , Zequinho de Abreu, Heraldo do Monte , Ari Barroso , Nelson Cavaquinho , Guilherme de Brito , Dominguinhos , Bonito Lacerda , João Donato , Gilberto Gil, Chico Buarque , Luiz Gonzaga , Selerino Araújo , Voldir Azevedo , ·Hermeto Pascoal, Sivuco e Joõo do Volle , além de peços que formam o repertório popular internacional como valsas , tangos , boleros , músico italiana,
etc .
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vocalista
TS - lnstalaçio Terminal Sonora ..J,..,l- Oiálogros t .t - Pat fbolus m Excomungados
- Baile íl ({«_ - Elementos de Mutação e'--ªEvento Terminal Sonora LI})2/ Eventos ligados à arte popular - o-o-//- Felix Wagner - metais e percussão SE
Lívo
c) Evento de mú1lca experimental para metal1, 1anfona e percuu6o . Cria~ • reollzaç6o - Felix
programa
de
-
Trogtemberg
Zezinho Pitoco -
T•nnlnal
teclados ,
seado em textos olquímicos .
Toninho Ferragutti
músico e danço ao vivo , que trons cr! a _um~ viagem de metrõ a partir do pesguisa de sons e movimentos
evento de
para
fitas magnéticos e projeções , ba -
ta Tiõo Carvalho -
EVENTOS DO GRUPO Ili
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música eletrônico
, com
PÁGINA
25 JAN A 22 FEV DE 1987
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de Música • luiz Loureiro -
Curadora
Curadora
Coordenador
Geral e Responsóvel pela Montagem • Felippe Crescenti - Projeto de Espaço do Exposição • Lilion Shimizu Arquiteto Colaboradora • Carlos Moreno -
Assistente de
Curadoria e Projeto de ·Programação Visual •
Ivo
Mesquita
-
Assessor
Cultural e Editor do Católogo • OZ Comunicação Grófica André Poppovic , Giovanni Van nuci e Ronald Kapaz - Marca e Cartaz • Carlos
Tintim
Wilheim
Produção de Músico • Lauro Tetti Presidência
-
Assessora
• Gabriela Wilder -
do
Assessoro
de Planejamento e Execução de Eventos • Ricardo Burottini - Gerente de Planejamento • Rinaldo Sontomauro - Gerente Administrativo • Jóder Rocha Supervi sor de
Produção • João Bloemer, Adriano Mesqui-
ta e Dorivol Lopes Produção • Edson Mantilha de Montagem • Alexandre
Equipe de
Fukumaru -
Assis-
Assessores Técnicos
• Tercio Levy Toloy Divisão Operacional de Obras de Arte • Manoel Freitas Neto, Joir Boglo e Alcides S. Prado - Dlvisõo Suprimentos • Maria Cristina Sariano . Maria Ri•
MONITORIA 5e a finalidade da mastro A TRAMA DO GOSTO pretende ser 11ma metófora da cidade, que ,ie alguma maneira pro porcionaró discussões sobre a urdidura do sistema urbano, com seus vários códigos de linguagem entrecruzados .propomos que a Monitoria se integre nessa proposição, assu mindo criticamente o papel de um dos elementos de comuni cação mais caracterísiticas de certos sistemas urbanos : o guia . Um guia detém o saber so bre a cidade . Ele opta, ele se leciona, ele hierarquiza os vórios equipamentos urbanos , enfatizando êste ou aquele aspecto que a tradição e / ou o Poder institucionalizaram como sendo dignos de serem apresentados ao turista .
Por outro lado, no que diz respeito ao turista {visitante), o guia exerce uma relação de pder quase despótica, na medida em que sua articulação com o visitante estó baseada em regras estritas, impossíveis de serem corroídas ou subvertidas: o andar em fi la ou em pequenos grupos; o tempo limitado para visitar este ou aquele equipamento urbano " d igno" ; o descaso com qualquer outro equipamento que porventura chame a atença õ do visitante, mas que esteja fora do roteiro pré -estabelecido ; as regras de (todos " dinâmica de grupo" os seus componentes a estabelec e r e m contato entre si e co m o guia , independemente de suas vontades) ; a retórica exces siv a sobre todos os equipamento s " analisados ", impe dindo a percepção direta do vi sitante e , consequentemen te, a assim i lação dos con teúdos .
Como a mostra seró uma metófora da cidade, e não a própria, o monitor dessa exposição também iró procurar trabalhar com idéia do guia, não se confundindo, porém, em nehum momento, com os "escorregões" tão comuns dessa atividade , arrolados acima .
te perceba as vórias linguagens que compõem A TRAMA DO GOSTO do sistema urbano, os monitores agem como elementos instigadores dessa percepção. Instigação provocada não através da retórica tradicional {que , na verdade, cria uma " parede" ente o visitante e o objeto a ser percebido), mas através de estímulos Aparentemente , os monito _detonados a partir da própria res agem como os guias tradi reação do público frente à cionais, principalmente porobra . que estão uniformizados, com Uma ação dessa natureza todos os apetrechos trad icio nais da profissão (boné, apito, abre a possibilidade de o visiprancheta) ; estabelecem pre tante perceber , por si, a mas viamente roteiros de visita ; tro , tendo na figura do monipropõem formas de integra tor apenas um orientador mo ção entre os elementos do tivador dessa percepção . Ao grupo etc . monitor cabe, por t anto , a si mples (mas necessória) tarefa No entanto, pelo fato de de não deixar que os objetivos não serem guias tradicionais , originórios da mostra se per e por não estarem numa cidacam numa visita caótica. de real e, sim , numa grande instalação que se pretende uma metófora da cidade , D . T. CHIARELLI preocupada em que o visitanCoordenador
to Marinho, Maria lrocl Pinheiro, Rose Lerias , Morlldo Aparecido Modesto e Morly Revuelto - Secretórios • Tadeu Chiorelli - Coordenador de Monitoria • Mirtes , Maria José, Magda, Mlrno, M6nlco, Marcelo , Atllio, Marco, Dado, Hideko - Monitores • Sub-curadores do Tramo do Gosto: Cid Campas , Mórclo Bozon, Gulnter Porscholk , Norberto Amorim, Leon Ferrari, Nelson Serenei, Carmelo Gross, Fernando Llon, Beta de Souza, Julio Plozo, Tacus (Dionísio Jacob), Miro Hoor , Lenoro de Barros, José Simõo, Paulo Mottoli, Rubens Motuck , Antenor Lago, Regina Silveira, Alex Vollouri, Mourfcio Villoço, Guio Voloz, Fernando Stickel, Agnoldo Farias , Chico Homem de Melo, Marino Ortega , João Pirohy , Roberto Sondovol, Tadeu Jungle , Walter Silveira, Giorgio Giorgi Jr .
Fundação llanal da sao Paulo • Diretoria Executiva -
Aços Villores S.A.
Alfredo Gollas Aluizio José Rosa Monteiro Ano Moe Barbosa André Galeria de Arte Antonio Salomão Rebouças• Aporfcio Bosllio do Silvo Aida S. Crescenti Banco ltaú S.A. Cacildo Teixeiro do Costa Corlito Maio Claro e Sergio Tchernobilsky Cristina Mutorelli Don Galeria de Arte D4<;ioPignatori Duda Machado Dr. Eduardo Mutorelli Eliana Troia Ércio Siriúbo Stickel Erthos Albino de Souza Escola Lourenço Castanho Espoço Viver Fobio lko FannyKonn Flóvio Moita Francisco Achcar
Galeria Arte Aplicado Galeria Luiza Strina Galeria Suzanna Sassoun
Gallerio Montessonti Gilberto Prado Guilherme José Franco Heleno Cordeiro Henrique Macedo Neto João Manoel Sotomini João Marino
Supervisor
tente de Montagem • Guimor Moreia e Edwino Ferre zin -
Fundação Roberto Marinho Museu de Arte Contemporõneo da Universidade de São Paulo MAC/USP Museu de Arte Moderno - MAM -SP Museu de Arte de São Paulo MASP Museu do Coso Brasileira - SP Pinacoteca do Estodp de São Paulo Folha Grófica Noticias Populares Folho de São Paulo S.A . Casar Montoni
José Eduardo Nicolau José Suarez Oliveira Jussara Cristina Morongone
Lodi Biezus louro Folzoni
Luiz Diederichsen Villores luiz Hossaka
Luiz Norberto Collozzi Loureiro Luiza Strino
Mogali Sidnei Canedo Morcela Rottner Morcela Ruflino dos Santos Marcos Augusto Gonçalves Maria Cecília França Lourenço Mauricio Morcondes
Max Perlingero Miguel Abrão Khoury Rohme Moyuses Boumstein
A .Torcisio (zam) OmorKhoury Otóvio Montessonti Paulo Lunaderlli Paulo Mirando Pietro Maria Bordi Roberto Duoilibi Roberto Limo Jornalista Roberto Marinho Rubens Costa Santos Somei Leon Soul O . Libmon Sonio Solzstein Subdistrito Comercial de Arte Suzonna Sassoun Vera Lúcio Orio Vera Lúcio Reis Vicente Martins Junior Wagner Garcia
Wilson Coutinho Pedro Bolester
Jorge Wi-
lheim, Presidente / Eduardo de Moroes Dantas , 1 . 0 Vice Presidente / Mendel Aronis . 2.0 Vice-Presidente / Thomoz Jorge Forkos , Diretor / Áureo Bonilho, Diretor / Carlos Eduardo Moreira Ferreiro , Diretor / Fernando Roberto Moreira Solles, Diretor / Henrique de Macedo Netto, Dire tor .
• Conselho de Administração José Mindlin, Presidente • Comissão de Arte e Cultura Ulpiono Bezerro de Menezes Presidente / Aldir Mendes de Souza, Ano Morio de Moroes Belluzzo , Annostereso Fabris , Cloudio Moto rozzo, Glauco Pinto de Moroeis , Luiz Paulo Borovelli, Maria Alice M illiet de Oliveira , Mourlcio Nogueira Lima , Sheila Leirner . • Secretório Geral Executivo Luiz Loureiro
• Curadora da 19.0 Bienol lnterno cionol de São Poulo - Sheilo Leirner
FOLHAAVENIDA URIE Conselho Editorial: Sonio Fontanezi
Carlos Moreno A . Torcfsio (Zom) Paulo Mottoli Ivo Mesquita Redator - Heleno Dei Ciello Fotogrofos - Leonardo Crescenti Rõmulo Fioldini Diogromodor - A . Torcísio (Zom) Colaboradores Sílvio Luis (irmão) Marco Cosori
Morco Ant. Morceline Oliveira Milton Bernardino de·Souzo (Golo) Dar io Silveira
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