PLASTICIDADE I. CONCEITO: Possibilidade de modificação e adaptação a nova morfologia ou funcionalidade. São as modificações adaptativas às exigencias de desempenho cognitivo, motor, visual, auditivo etc. Estão associados a este processo a emocionalidade e as variações metabólicas à estímulos do meio (corticosterona). Capacidade individual: o rendimento intelectual tornase maior pelos potenciais individuais, é necessário para tal a participação e integração para gerar modificações neurais de brotamento ou conexão de novos circuitos.
II. PLASTICIDADE DO DESENVOLVIMENTO As células em desenvolvimento tem maior capacidade de adaptação do que as maduras.
II.a. A unidade motora: esta é organizada de acordo com o tamanho e função e vista
após morte celular que seleciona o número de neurônio de acordo com o músculo e um sinal retrógrado. As unidades motoras podem variar de tamanho e e características contráteis.
II. b. SISTEMA NERVOSO CENTRAL As inervações tanto aferentes como eferentes fazem sinapses de forma não específicas, porém as projeções impróprias são removidas. O mecanismo de eliminação de sinapses pode ser semelhante ao da placa motora. Tendo um supercrescimento inicial seguido de contração seletiva. No adulto a plasticidade decorre do uso muscular, onde a relação de aprendizado e memória tem papel fundamental.
III. PLASTICIDADE NO ADULTO III.a.. ADAPTAÇÃO DO MÚSCULO AO USO A diferenciação e tamanho muscular acontece até na vida adulta. O metabolismo aumentado por exercícios de resistência aumentam o metabolismo oxidativo dos músculos que convergem unidades motoras rápidas em lentas.
Em paralisias onde existe diminuição da função muscular, está pode ser estimulada através do exercícios passivo pela eletroterapia.
III. b. APRENDIZADO DE HABILIDADES MOTORAS A aprendizagem e a memória necessitam da plasticidade do sistema nervoso. Pesquisas realizadas no hipocampo revela que outras áreas do cérebro são responsáveis pelo função de aprendizagem e memória das habilidades motoras.
III. b. 1. Áreas responsáveis pela sincronização e seqüenciamento do aprendizado motor: Cerebelo Núcleos da base Córtex motor Medula espinhal
III.b. 2. Mecanismos sinápticos: atividades das sinapses dependente de facilitação potenciação a longo prazo
da transmissão sináptica no hipocampo; modificações nos receptores póssinapticos de glutamato; liberação dos transmissores présinapticos; alterações estruturais nas espículas dendríticas; depressão ao longo prazo; modificações no reflexo miotático mediante o treinamento motor com compensações.
IV. PLASTICIDADE EM LESÕES E PATOLOGIAS IV. a. REGENERAÇÃO IV.a.1. Supercrescimento e sucesso de regeneração: disponibilidade de células não neurais adequadas; moléculas de adesão; fatores de crescimento.
IV.a.2. Características: • SNP: crescimento axonal; plasticidade sináptica. • SNC: plasticidade sináptica.
Muller & Aguayo (1992), “demonstraram que o sistema nervoso central cresce porém seu meio ser inibitório devido as células da glia” (Stokes, 2000).
Bähr & Bonhoeffer (1994), “a regeneração dependerá da definição da natureza desse meio inibitório e de encontrar modos para neutralizálo” (Stokes, 2000). O crescimento axonal após uma lesão de um nervo misto mostra crescimento aleatório onde um nervo sensitivo inervando músculos, nervos motores inervando receptores cutâneos ou até inervação muscular vinda de outros pools motores.
IV. b. PLATICIDADE SINÁPTICA (SNP e SNC): IV.b.1.Plasticidade periférica por: • • •
Lesões nervosas ou perda de neurônios motores: crescimento de sinapses expansão em até 5 vezes da unid. Motora; modificação sináptica; remodelação da árvore dendrítica.
IV.b.2. Plasticidade encefálica por lesões locais e periféricas. Em crianças: • Axônios corticoespinhais fazem conecções com neurônios motores impróprios; • Plasticidade substancial em conecções corticoespinhais para os músulos proximais às amputações congênitas. •
Em adultos: Reorganizações substanciais: remodelação dos mapas sensoriais e motores do córtex cerebral
V. MECANISMOS DE RECUPERAÇÃO DAS LESÕES DO SNC: V.a. DIASQUISE: redução do edema cerebral; absorção do tecido lesado; melhora do fluxo sangüíneo local
V.b. REDUNDÂNCIA: V.c. FUNÇÃO VICARIAL: V.d. REORGANIZAÇÃO FUNCIONAL: brotamento colateral, regeneração sináptica e brotamento terminal.
V.e. SUBSTITUIÇÃO COMPORTAMENTAL: VI. OUTRAS CONSIDERAÇÕES EM PLASTICIDADE NERVOSA:
Kaas (1991), relata que algumas alterações tem lugar dentro de horas e são mediadas por alterações dinâmicas na ativação sináptica, mas o trabalho intenso no hipocampo indica que o brotamento de terminais axônais pode ocorrer a longo prazo Stroemer et al (1995), em estudos induzindo isquemia cortical com ratos, a recuperação comportamental correlacionouse com a ampliação seqüêncial do crescimento axonal e a formação de sinapse no córtex sadio adjacente. Wang et al (1995), em experiência com primatas relata resposta cortical generalizada após ativação pelo toque de vários dedos em vez de ativação por um só dedo. A plasticidade: é maior inicialmente, depende de habilidades aprendidas anteriormente a lesão, depende de terapêutica efetiva. PRÁTICA ADAPTAÇÃO REORGANIZAÇÃO