Junta[2] - Festival Internacional de Dança 2016

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F E S T I VA L INTERNACIONAL DE DANÇA


“Uma obra de arte é ao mesmo tempo o órgão e o ato de uma compreensão”. Henri Maldiney. O JUNTA [2] surgiu e se consolida como contexto de articulação. É um festival inventado, criado a partir de terreno fértil e já plantado e alimentado pela efervescência do desejo de mudança, da vontade de mover tantas coisas. Propõe-se ser lugar de continuidade, já que criação artística é também seguir produzindo contextos, inventar mundos para habitá-los poeticamente. Ver as trevas, e não somente as luzes, como nos traz tão lindamente Giorgio Agambem, nunca foi tão necessário. Vivemos um dos momentos mais sombrios e difíceis da nossa história recente, e fazer um festival neste tempo de tantas incertezas, perdas, crises, mas que ao mesmo tempo aponta para o surgimento de uma outra força em estar junto, é de assustadora importância. É a possibilidade de perceber e atualizar o junto, este conceito que nomeia o festival e que nos é tão caro, como potência de ação e transformação. É resistir, é ocupar, é afetar. É furar tempo e espaço da dureza do cotidiano. É dançar o medo. Convidamos você, nesta 2ª edição, a pensar em ética, estética e comunidade. A estética do que criamos, vivemos e pensamos corresponde à ética que praticamos no mundo. É uma relação viva, que vai e volta. E como podemos reverberar e agir nas tantas comunidades que fazemos parte a partir das estéticas/éticas que a dança contemporânea nos apresenta? O JUNTA é nossa contribuição para criar o mundo em que acreditamos. Vamos dançar?

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Janaína, Jacob e Izaká.


ZONA ARTIC ULAR


WAGNER SWARTZ - SP TROCA TROCA

local: Casa da Cultura de Teresina 6 E 7 DE JUNHO 9h ÀS 12h

A experimentação de um corpo que se move a serviço da imaginação e dos sentidos, impulsionado por imagens, associações e memórias. Jogos corporais estabelecem relações e ampliam a percepção do que nos rodeia: o espaço, o tempo, os outros.

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DENISE STUTZ - RJ CORPO PRESENTE local: Casa da Cultura de Teresina 6 A 8 DE JUNHO 9h ÀS 12h A experimentação de um corpo que se move a serviço da imaginação e dos sentidos, impulsionado por imagens, associações e memórias. Jogos corporais estabelecem relações e ampliam a percepção do que nos rodeia: o espaço, o tempo, os outros. - O corpo - Trabalho com a musculatura e articulações do corpo. A investigação de novas possibilidades de movimentação de um novo corpo. Pensar em um corpo que cria questões e sentidos a cada movimento. O objetivo desta fase é ampliar a consciência do corpo e a partir desta entender e criar o sentido ao movimento no tempo e no espaço. - Improvisação - Trabalho com improvisação coletiva por meio de jogos e regras estabelecidas usando o corpo e a palavra para ampliar a percepção do que nos rodeia, trabalhar em coletivo e criar dentro do coletivo uma autonomia. - O processo de criação - A partir da pesquisa e dos materiais que surgiram durante o processo de improvisação o trabalho passa a ser direcionado para a composição cênica. A composição de uma cena, a construção de um sentido e de um pensamento claro através das ferramentas trabalhadas. O objetivo: juntar todo o processo para que cada participante tente descobrir qual a questão que o move e a importância do sentido para a criação de uma cena. JUNTA[2] 05


NOOM - HOLANDA MEU AMIGO SOMBRA local: Escola de Dança Lenir Argento 1 A 10 DE JUNHO 10h ÀS 17h

Meu Amigo Sombra é uma residência artística proposta pelo coletivo NOOM, com duração de uma semana, fazendo um intercâmbio com artistas de Teresina. Ao final, haverá a apresentação de uma instalação-performance para crianças e adultos durante a programação da Zona em Processo. NOOM é Liesje van den Berk (artista visual), Maaike van de Westeringh (dançarina) e Jeen Rabs (músico). Artistas em residência: Cipó Alvarenga, Layane Holanda, César Costa, Rosa Prado e Weyla Carvalho.

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ANDERSON DO CARMO - SC JUNTANDO ESCRITA local: Casa da Cultura de Teresina 8, 10 E 11 DE JUNHO 9h ÀS 12h

Anderson do Carmo propõe um telefone-sem-fio conceitual ao público do Junta [2]. A ideia é que cada escrito seja simultaneamente a resposta à perguntas de um texto anterior e a pergunta a desencadear o texto seguinte. Tal estrutura pretende diminuir o papel opinativo da crítica e sublinhar sua capacidade de recriar-se engajando-se em diálogos. Rearticulando a proposta idealizada em parceria com o Festival Múltipla Dança de Florianópolis, Juntando Escrita quer encontrar coletivamente novas maneiras de pensar, falar e dançar a dança. Anderson do Carmo é dançarino,coreógrafo e pesquisador da dança. Licenciado e bacharel em teatro e mestrando no PPGTCEART-UDESC se interessa pelas relações entre os fazeres, dizeres e saberes da dança. Entre 2010 e 2016 compõe o elenco do Grupo Cena 11 Cia Dança, trabalha ainda com Milton de Andrade, Marcela Reichelt e Sandra Meyer. Visita em textos críticos e acadêmicos a obra de artistas contemporâneos e escreve mensalmente para o Jornal Notícias do Dia de Florianópolis.

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ELISABETE FINGER - SP DISCOREOGRAFIA – MÚSICA, DANÇA E BLÁ, BLÁ, BLÁ local: Casa da Cultura de Teresina 9 DE JUNHO 10h30

O Discoreografia – Música, Dança e Blá, Blá, Blá é um programa de web-rádio onde artistas falam de suas obras e seus processos criativos através da música. A cada edição, Elisabete Finger recebe um convidado diferente, que apresenta sua discografia pessoal, costurada por histórias, memórias e projetos. É um encontro, no velho estilo rádio, para escutar música e falar sobre como ela embala criações coreográficas, performáticas, teatrais, cinematográficas, visuais, literárias ou filosóficas. Profissionais e sentimentais. O Discoreografia vai ao ar mensalmente desde setembro de 2013. No #JUNTA 2016, o Discoreografia – Música, Dança e Blá, Blá, Blá acontece ao vivo, com a participação do público, e recebe como convidada a coreógrafa carioca Denise Stutz. A gravação do programa vai ao ar no site do Instituto Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br) no segundo semestre de 2016. Elisabete Finger é performer e coreógrafa. Como coreógrafa, tem apresentado seu trabalho em diferentes contextos, em diversos festivais e mostras no Brasil, Uruguai, França, Portugal, Alemanha, Bulgária, Espanha e Suécia. Desde Amarelo (solo, Prêmio Rumos Itaú Cultural Dança 2006/07), vem desenvolvendo trabalhos que perseguem uma ‘lógica de sensações’ e se ocupam de um ‘erotismo da matéria’: um corpo-matéria que se funde, colide, atravessa outras matérias. Em 2013 Finger inicia o Discoreografia – Música, Dança e Bla,bla,blá, do qual é idealizadora, curadora e apresentadora. 08 JUNTA[2]


MATANYANE E BENJAMIN MOÇAMBIQUE DANÇAS TRADICIONAIS AFRICANAS local: Casa da Cultura de Teresina 10 E 11 DE JUNHO 9h ÀS 12h Matanyane Abilio e Benjamim Manhiça, intérpretes em dança contemporânea sediados na África Austral, trabalharão com os participantes desta oficina a gestualidade e o ritmo de duas danças do patrimônio de danças tradicionais moçambicanas, a marrabenta e a dança da alegria. Não é necessária experiência prévia.

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CONVERSA PÚBLICA ÉTICA, ESTÉTICA E COMUDADE local: Sesc Campos Sales 12 DE JUNHO 10h30 Conversa pública com os curadores do Festival, os curadores nacionais do Palco Giratório e artistas que estão participando do JUNTA, sobre os eixos de discussão do festival e sobre os processos curatoriais. O que é fazer curadoria? Qual a relação curadoria entre curadoria e contexto? O que isso tem a ver com ética, estética e comunidade? Será um momento troca de ideias, reflexões, criação e articulação de possibilidades e encontros.

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ZONA EM PRO CESSO


FOLIE À FAMILLE DESCONHECIDO LAB. QUINTA 9 DE JUNHO 16H local: Escola de Dança Lenir Argento ingresso: gratuito classificação: 16 anos FICHA TÉCNICA: Concepção, criação e direção: Luiz Outro Performance: Amina Andrade, Carla Medeiros, Eduardo Mota, Guilherme Cerqueira, Kleyson Matos, Letícia Melo, Lucas Carrias, Pedro Lucas, Raylanne Leal, Vitor Brito Produção: Gui Fontineles Fotos: Elany Maria O Laboratório do desconhecido é um grupo de pesquisa em que compartilhamos práticas, experiências, investigando/movimentando o corpo. Nos permitimos juntos a vivenciar outros tipos de relação e realidades, num mundo em que ou adormecemos ou violentamos. Tentamos sentir mais e interpretar menos, observar e capturar pequenos movimentos, desacelerar, produzir arte contemporânea, amor e oxigênio. 12 JUNTA[2]

Folie à famille (loucura em família) é uma sessão fotoCOREOgráfica, um retrato vivo. Performance inspirada no trabalho Kazoku (“Família”) do fotógrafo japonês Masahisa Fukase. Praticamos posar juntos para uma foto e convidamos o público a olhar / registrar segredos em movimento – o uso de câmeras e celulares é permitido. Como produzir vultos? folie à famille é um delírio compartilhado e dançado por ovelhas negras.


MULHER BOMBA BEBEL FROTA - PI SEXTA 10 DE JUNHO 16H local: Escola de Dança Lenir Argento ingresso: gratuito classificação: livre FICHA TÉCNICA: Concepção e performance: Izabelle Frota Izabelle Frota é intérprete e criadora em dança contemporânea. Em 2008 começou a integrar o Núcleo do Dirceu e, em seguida, o Galpão do Dirceu até sua conclusão em janeiro de 2016. Nesse período criou obras com Marcelo Evelin, Jacob Alves, Sheila Ribeiro, Júlia Barsdley, Elielson Pacheco, etc. Como criadora concebeu trabalhos como "cacos de porcelana" (2008), "você compra inteiro ou quer por partes?" (2009), "maquiada" (ação no projeto 1000 casas, 2012/2013), "bucetário" (2013), "rasha show" (et al., 2014). Atualmente, trabalha artisticamente de forma independente.

Mulher Bomba parte de questões entorno do corpo como arma, da iminência de morte e do medo que esta causa. Morrer é uma luta solitária, talvez a maior de todas. Qual é a nossa luta? A mulher é uma construção, um “deve ser” mais que um “pode ser”. É um corpo que vaza, que passa, que atravessa. Uma empatia com a Nina Simone, um medo como condição da existência. A permanente iminência de um estouro. Mulher Bomba é um soluço, um engasgo, um entalo, um por vir, um grito que se repete. A morte é sempre a morte do outro e o sujeito é sempre o primeiro a morrer. A desesperança é uma coragem. JUNTA[2] 13


MEU AMIGO SOMBRA NOOM - HOLANDA SÁBADO 11 DE JUNHO 16H local: Escola de Dança Lenir Argento duração: 60 min ingresso: gratuito classificação: livre

FICHA TÉCNICA: Liesje van den Berk (artista visual), Maaike van de Westeringh (dançarina) e Jeen Rabs (músico) Artistas residentes: Cipó Alvarenga, César Costa, Layane Holanda, Rosa Prado e Weyla Carvalho Fotos: Jeen Rabs NOOM é um coletivo de artistas da Holanda composto por Liesje van den Berk (artista visual), Maaike van de Westeringh (bailarina) and Jeen Rabs (músico). NOOM cria performances interdisciplinares. O público normalmente faz parte das performance. A primeira colaboração do NOOM foi em 2006 no festival Oerol, na Holanda, com o projeto teatral "Huisstofmeid". A performance Meu Amigo Sombra surgiu a partir de várias performances prévias na Holanda (2014/2015), Canadá (2012, FAT| Arts & Fashion Week, Dressing Room Project Fashionscapes, Toronto) e Tailândia (2013, SEAPA BU World Symposium (Global Encounters in Southeast Asian Performing Arts 2013 University Bangkok)). 14 JUNTA[2]

Meu Amigo Sombra é uma instalação-performance de duração contínua onde desenho, dança e música exploram o mundo das sombras e luzes. Uma jornada de sombras, linhas, sons e corpos pelo espaço. É um laboratório de uma semana onde o coletivo holandês fará intercâmbio com artistas de Teresina.


E|N|T|R|E DATAN IZAKÁ - PI SÁBADO 11 DE JUNHO 18H30 local: Escola de Dança Lenir Argento duração: 60 min ingresso: gratuito classificação: 12 anos

FICHA TÉCNICA: Direção e Concepção: Datan Izaká Performers: Daline Ribeiro, Ireno Gomes e Hellen Mesquita Design de Luz: Pablo Gomes Design de Som: Sérgio Donato Este projeto foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna/2014. Datan Izaká é bailarino, performer, artista, professor, coreógrafo, criador, pesquisador, diretor da Escola Estadual de Dança Lenir Argento, quase pedagogo. Adora leituras sobre arte, filosofia, corpo, ciência, curte coisas que não fazem sentido e isso é o motor que gera muitas as outras coisas, é o que move o corpo pra algum processo de criação artística em dança. Entende a instabilidade como lugar de potência que move o corpo para um não saber.

ENTRE é um convite, é um lugar, é estar entre duas coisas ou duas situações, entre ser artista, estar o tempo inteiro entre atravessamentos reais e metafóricos. É uma cidade construída, inventada, refeita e modificada, a ficção do nosso mundo, inventar contextos (concretos e metafóricos) para dançar e produzir conhecimento sobre dança. ENTRE é uma metáfora das condições que circundam, amarram e determinam o fazer dança, seja em Teresina, ou qualquer outra cidade. Aqui o objeto linha é tomado como objeto-conceito, que materializa no espaço uma espécie de condição da vida contemporânea, um corpo atravessado por um emaranhado de questões, embolado, enganchado num rizoma. É uma imersão, experiência que requer um permanecer dentro e a metáfora do campo minado surge como entendimento de que o corpo é o próprio campo minado, onde tudo é CAMPO e tudo é MINA que explode, modifica e transforma. JUNTA[2] 15


TUMATE ELIELSON PACHECO - PI DOMINGO 12 DE JUNHO 18H30 local: Escola de Dança Lenir Argento duração: 85 min ingresso: gratuito classificação: 10 anos FICHA TÉCNICA: Concepção e Direção: Elielson Pacheco Assistente de Direção: Dudu Moreira Produção Executiva: Fabrício Andrade Intérpretes: Augusto Filho, Dudu Moreira, Elielson Pacheco, Hélio Alvarenga, Vicente de Paula Colaboradores: Francisco das Chagas, Karystom Soares, Railane Matos, Salve Rainha Transeuntes: Anna Raquel, Atma Adriara, Ayrton Sousa, Danton Brando, Edson Ramires, Fabrício Andrade, Gabriel Evangelista, Gui Fontineles, Hiago Cavalcante, Janaína Lobo, João Nery, Michele Tajra, Nazilene Barbosa, Luiz Gomes, Paulo Sérgio, Robert Rodriguéz, Thairo Borges, Soraya Portela, Wilena Weronez, Whil Chaves Foto: Tássia Araújo Desde 1998, Elielson Pacheco é bailarino e criador de dança, estudante de letras inglês pela UFPI, drag queen e ativista LGBT. A partir de 2006 passou a colaborar com Marcelo Evelin (BRA/HOL) no Núcleo do Dirceu e em sua companhia Demolition Incorporada, com Sheila Ribeiro (BRA/CAN) em sua cia. Dona Orpheline e Alex Guerra (BRA/ITA). Tem como criações o solo “Sobre Ossos e Robôs” que integrou a programação do Festival Brasil Move Berlim, “Mediatriz” com Janaína Lobo e Weyla Carvalho integrando a circulação do projeto SESC Amazônia das Artes e sua drag Sayara faz parte da organização dos jogos da #GaymadaThe. É interessado pela dinâmica e potência dos encontros e cruzamentos com pessoas de diferentes campos artísticos. 16 JUNTA[2]

uma fruta trans ** um legume trans ** uma ópera doméstica ** cair, levantar, se jogar ** alguns sonhos interrompidos ** uma limpeza na poeira dos ossos ** um close desavisado ** um fluxo descontínuo ** uma paquita desconhecida ** uma leveza esquizo ** movimentos de psiquê do espaço ** desumanização do gesto ** um encaixe ** um deboche ** ATRAVESSAIVOS? ** um oráculo ** um choro ** um mar ** o anteceder do sentimento de formar grupo ** um mosaico de memórias ** música ritmo coração ** uma língua gaga ** um mover cheio de pensamento ** um abraço no pilar que sustenta ** uma pausa cheia de movimento ** loucas por esmalte, loucas por esmalte ** uma procura airada ** solidões compartilhadas ** muita dança ** too much dance ** uma dança nada


ZONA URB ANA


CAMELÔ AM/FM CALU ZABEL / COLETIVO S/N - SP QUINTA 9 DE JUNHO 9H30 SEXTA 10 DE JUNHO 16H30 local: ruas e praças de Teresina duração: 60 min ingresso: gratuito classificação: livre Camelô AM/ FM é uma performance/intervenção artística que acontece nas ruas e outros espaços urbanos/alternativos, e propõe uma interação entre os elementos fixos e móveis da cidade - entre a arquitetura e os passantes. O carrinho/ camelô, cenário ambulante, é composto pelo acúmulo e sobreposição de diversos objetos que representam memórias de ações já existentes (coreografias, cenas, textos, dublagens etc.) e estas servem como pretexto e chamadas para vender sua mercadoria: os próprios objetos, café, catuaba, doces etc. A estes, somam-se outrosartefatos que guardam em si a potência de gerar novas memórias transformadas em gesto. Através de um movimento de deriva os caminhos vão sendo construídos, e o carrinho e as ações, alteradas e desenvolvidas pelo performer como numa bricolage. O trabalho investiga a performance a exemplo dos camelôs, carroceiros e outros ambulantes urbanos, e propõe novas formas de apropriação urbana e dos espaços, e principalmente, o contato com o público.

FICHA TÉCNICA: Criação/performance: Calu Zabel Carrinho: Fábio Pinheiro, Calu Zabel, Gabriel Gutierrez, Ubiratã Trindade Produção: Maíra Silvestre - Carpideiras produções artísticas Foto: André Bueno

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Calu Zabel é graduado em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Londrina (2007), tem sua pesquisa e criação nas linguagens da dança, teatro, vídeo, performance e iluminação. Faz a drag queen Calupsyta Zabelê, que recebeu 1 lugar – Rainha Drag, no Drag Contest, Centro Cultural da Juventude, 2015. Em 2015 participou da residência artística Lugarização, no espaço cênico O lugar – São Paulo/SP, desenvolvendo o solo Axexê da Bailarina, dando continuidade agora em residência no Centro de Referência da dança de São Paulo. Atualmente integra a coordenação/curadoria do projeto Vitrine#4 – performance, do .Aurora.

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Fernando Lopes, 27 anos, é artista corporal graduado em Licenciatura em Dança pela Universidade Federal da Bahia. Atua com hibridismo de linguagem tendo o corpo, enquanto matéria física e subjetiva, como a base de seu processo criativo. Atua como artista na cidade de Salvador desde 2008 (mantendo recentemente ponte-aérea entre Salvador e São Paulo) com ações e investigações voltadas para as áreas de intervenção urbana, dança contemporânea e performance, além de possuir trabalhos em audiovisual (videodanças, fotoperformance e videoarte).

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GRÁFICO PLANIFICADO DA VIOLÊNCIA FERNANDO LOPES - BA SEXTA 10 DE JUNHO 16H30 SÁBADO 11 DE JUNHO 16H30 local: ruas e praças de Teresina duração: 60 min ingresso: gratuito classificação: livre

Quantos corpos foram ao chão da cidade sem vida esse ano? Que corpos invisíveis são esses que estão no nosso meio, modificando a maneira como entendemos a segurança da cidade e nos colocando de cara com nossos medos? “Gráfico Planificado da Violência” surge destes sentimentos de apreensão e medo, e dos crimes e mortes comuns em grandes centros urbanos. Sob a concepção e direção de Fernando Lopes, o trabalho pretende “planificar” índices de assassinatos ocorridos na cidade, pintando marcações de corpo nas ruas, interferindo assim no espaço urbano e na maneira como a população experiência as rua e discute sobre a mesma. FICHA TÉCNICA: Concepção e Ação: Fernando Lopes Foto: Aldren Lincon

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BURCAS FLUTUANTES ALINE TIMA - SP SÁBADO 11 DE JUNHO 16H30 DOMINGO 12 DE JUNHO 19H30 local: ruas e praças de Teresina duração: 60 min ingresso: gratuito classificação: livre Trata-se de uma intervenção que apresenta dez skatistas andando de skate vestindo burcas feitas de tricô, as burcas e a ação foram concebidas e idealizadas pela artista brasileira Aline Tima. Em meados de 2014 foi iniciado um projeto de lei que proíbe a utilização de máscaras em manifestações políticas isso incentivou a concepção e realização da intervenção Burcas Flutuantes pois está presente no trabalho da artista a confecção de máscaras, burcas e outros objetos que cobrem a face. A burca é uma túnica que cobre todo o corpo, é um símbolo que representa a opressão feminina. No caso das Burcas Flutuantes a vestimenta da túnica foi apropriada pela artista para questionar o direito de resguardo da identidade, pois o projeto de lei que proíbe o anonimato em manifestações se apoia no fato de que os atores de vandalismo em sua grande maioria utilizam-se da proteção das máscara para não serem identificados. A contradição disso é que a própria Policia Militar circula em rondas de anonimato na cidade e a população poderá ser criminalizada se agir da mesma forma. Essa ação já foi realizada em 2014 no SESC Pompéia, nos evento SP NA RUA (2014 e 2015) e na Praça Roosevelt no centro da cidade de São Paulo (2015).

FICHA TÉCNICA: Concepção e realização: Aline Tima Foto: Marcelo Paixão

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ZONA VISUAL 1

[THE FAMILY ALBUM] ANDRÉ GONÇALVES - PI 8, 9 e 10 DE JUNHO local: Complexo Clube dos Diários - Lounge JUNTA

André Gonçalves (Niterói – RJ) vive e trabalha em Teresina. Redator publicitário, cronista, é um dos fundadores e editor da revista Revestrés. Também fotógrafo, realizou exposições individuais e participou de coletivas em Teresina, Santos, São Paulo, Lisboa, Setúbal, Milão, Granada (Espanha), Ilha da Madeira, Paris, Tóquio e Nápoles. Premiado como artista visual no Salão de Artes Plásticas de Teresina, em 2012, em 2015 realizou as exposições, entre outras: Por Aí (fotos de cidades como Paris, Milão, Buenos Aires, Veneza, em parceria com Manoel Soares); [quanta fotografia], instalação no Junta Festival #1; e Ruído, exposição individual com instalações artísticas, realizada na Casa da Cultura de Teresina. 24 JUNTA[2]

[the family album] é um mergulho na memória coletiva. através de fotos da família do autor, resgatadas, apropriadas e que sofreram interferências das mais variadas, tanto orgânicas quanto digitais, o autor pretende investigar que marcas o tempo deixa na memória de todos nós. esquecimentos, apagamentos, borrões, invenções, remendos e histórias que se sobrepoem às imagens, guardadas com a pretensão de fazerem fixar o passado e se tornam, em outra leitura, documentos e registros de subjetividades, muito mais do que lembranças de uma existência real. Formatada como instalação em vídeo com dupla projeção, em sala escura, [the family album] irá disponibilizar ainda um "álbum de família" em formato de livro de autor, para ser consultado e manuseado pelos visitantes.


ZONA EM MOVI MENTO


O Coletivo Qualquer nasce em Lisboa no ano de 2008 a partir do encontro entre os coreógrafos e investigadores Luciana Chieregati (BR) e Ibon Salvador (ESP). Luciana é formada em dança pela Universidade Anhembi Morumbi e Ibon é formado em Belas Artes pela Universidade do País Vasco. Ambos são mestres em Práctica Escénica y Cultura Visual pela Universidade Castilla La Mancha, em colaboração com o Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia. Seu interesse centra-se na elaboração de peças de dança em cruzamento e intersecção com a filosofia contemporânea. Elaboram trabalhos limítrofes que dialogam com o cotidiano, investigando, sobretudo, novas linguagens a partir da coreografia. 26 JUNTA[2]


GAG COLETIVO QUALQUER ESPANHA / BRASIL QUARTA 8 DE JUNHO 18H30 local: Sesc Campos Sales duração: 35 min ingresso: gratuito classificação: 10 anos GAG* é uma pergunta, é uma tentativa de colocar um problema em cena (problema: algo lançado aí a diante - colocar uma dificuldade em cena - da conferência de Diego Agulló). Um convite que tem a ver com a atribuição de significados às coisas, nesse caso, a um corpo que se move. Uma tentativa de gerar um território impossibilidade, de significar desde um excesso de interpretação - esvaziamento? potência? tédio? Serão os significados uma construção ou serão eles inerentes à matéria que significam? O que é que se produz no exagero de significados que interrompem uma lógica de relações de sobreposição entre corpo e palavras? Qual corpo? GAG é uma pergunta acerca de um corpo dançando em cena hoje. * Do termo que indica sobretudo algo que se mete na boca para impedir a palavra, seguido da improvisação do ator para subsanar um vazio de memória ou uma impossibilidade de falar.

FICHA TÉCNICA: Conceito: Coletivo Qualquer Criação e Interpretação: Luciana Chieregati; Co- direção: Ibon Salvador Texto: Luciana Chieregati em colaboração com Ibon Salvador, Camila Téllez , Idoia Zabaleta, Rosa Casado, Mike Brooks; Som: Eduardo Zallio; Acompanhamento: Idoia Zabaleta, Rosa Casado, Rafael Lamata, Jaime Vallaure, Camila Tellez, Ibon Salvador, Victoria Perez Royo; Foto: Camila Tellez. JUNTA[2] 27


PIRANHA WAGNER SCHWARTZ - SP/FRANÇA QUARTA 8 DE JUNHO 20H local: Theatro 4 de Setembro duração: 45 min ingresso: R$20 inteira / R$10 meia classificação: livre

Piranha é a metáfora de um corpo em reclusão. Ele se agita nevralgicamente, entre uma dinâmica voluntária e involuntária, sitiado por uma composição de ruídos digitais. O fluxo de movimento que se enreda sob um feixe de luz desdobra, em seu próprio corpo e no espaço, as variações sutis de uma rave, de uma guerra, de uma possessão, de um susto, de uma morte.

FICHA TÉCNICA: Concepção, texto e performance: Wagner Schwartz Direção técnica, iluminação: Diego Gonçalves Produção: Gabriela Gonçalves/Núcleo Corpo Rastreado Agradecimentos: Aldo Colesanti, Espaço Llansol, Iara Magalhães, João Barrento, Lourdinha Barbosa, Maurício Leonard, Mayanna Von Ledebur, Maria Etelvina Santos, Maria Gabriela Llansol, Nicole Aun, Sheila Ribeiro, Stéphane Cachat Realizado com subsídio do Rumos Itaú Cultural Dança 2009/2010. Prêmio APCA de Melhor Projeto Artístico em 2012. Foto: Caroline Moraes 28 JUNTA[2]


Schwartz trabalha com dança contemporânea e usa modos de composição de texto, som e imagem para fazer visível a fisicalidade de seus experimentos. Selecionado pelo Rumos Itaú Cultural Dança em 2000/01, 2003/04, 2009/10 e 2014, seus projetos têm sido estudados em publicações dentro e fora do Brasil. Na França, criou peças em colaboração com Rachid Ouramdane e Yves-Noël Genod. Vive e trabalha em São Paulo e Paris. JUNTA[2] 29


Alina Ruiz Folini é artista do movimento: bailarina, coreógrafa, investigadora. Cria e dirige ARQUEOLOGIAS DEL FUTURO_Encontro Internacional de Dança Contemporânea, Performance e Conhecimento em Buenos Aires, Argentina. É artista residente do OMI International Artist Program 2015 (EUA) e ARG - Chez Bushwick Inc (EUA). Também recipiente do IMMIGRANT ARTIST MENTORING PROGRAM 2015, patrocinado pelo New York Foundation for the Arts. Alina cursa atualmente Licenciatura em Curaduria em Artes (UNA – Universidade Nacional de Artes). 30 JUNTA[2]


SUPERVIVENCIA ALINA RUIZ FOLINI - ARGENTINA

QUARTA 8 DE JUNHO 21H30 local: Galeria Clube dos Diários duração: 40min ingresso: R$16 inteira / R$8 meia classificação: livre

Alterar a respiração, executar coreografias inverossímeis, catalogar gestos involuntários, identificar- se como organismo em desequilíbrio permanente, aguçar a percepção frente a mudança, são algumas provocações desdobradas em uma dança repleta de vibrações e signos. Onde está armazenada a informação sensível no corpo? Que configuração revela a aparição de um gesto e quais experiências – biológicas, coletivas, cognitivas, afetivas, contextuais, futuristas – podemos perceber nele?

FICHA TÉCNICA: Performance, coreografia e espaço: Alina Ruiz Folini Luz: Matías Sendon. Asiste Sebastián Francia Vídeo: Nina Lacroix. Juan Pablo Cámara. Som: Pablo Verón Colaboração artística e assistência de direção: Camila Malenchini, Natalí Faloni Acompanhamento dramatúrgico: Ezequiel Steinman Design gráfico: Joaquín Burgariotti Fotos: Valeria Fiorini Assistência de cena: Ari Lutzker Documentação audiovisual: María Baumler Direção Geral: Alina Ruiz Folini JUNTA[2] 31


BAIXA DA ÉGUA CIA LUZIA AMÉLIA - PI QUINTA 9 DE JUNHO 18H30 local: Sesc Campos Sales duração: 40 min ingresso: gratuito classificação: livre lotação: 75 lugares Baixa da Égua, na definição do dicionário informal seria local distante, geograficamente desconhecido, para onde não se deseja ir e para onde outra pessoa que lhe atormenta deve ser mandada. Em Teresina, a região da Baixa da Égua é área em que, antigamente, havia movimentos de compra, venda e trocas de alimentos, conduzidos nos lombos de éguas. Tendo o lugar geográfico como ponto de partida, a Cia. Luzia Amélia encontrou questões mais amplas para a dança contemporânea, como as de continuidade e descontinuidades que aparecem nas rupturas de paradigmas instaurados no mundo, na dança e no corpo. Em “Baixa da Égua” entram na cena corpos grotescos, corpos éguas, carregadoras, corpos que constroem dinâmicas singulares, como insistentes galopes, batidas, rolamentos, dobras, exaustão, suspiros, suspensões, coerentes com a proposição investigada. Corpos que andam e dançam de quatro, corpos não rítmicos que se entrelaçam como acontecimentos engendradores de cultura e singularidades de relações corpo/espaço, criando jeitos de aproximarem-se do passado, não apenas dos lugares, mas de corpos.

FICHA TÉCNICA: Concepção, texto e performance: Wagner Schwartz Direção técnica, iluminação: Diego Gonçalves Produção: Gabriela Gonçalves/Núcleo Corpo Rastreado Agradecimentos: Aldo Colesanti, Espaço Llansol, Iara Magalhães, João Barrento, Lourdinha Barbosa, Maurício Leonard, Mayanna Von Ledebur, Maria Etelvina Santos, Maria Gabriela Llansol, Nicole Aun, Sheila Ribeiro, Stéphane Cachat Realizado com subsídio do Rumos Itaú Cultural Dança 2009/2010. Prêmio APCA de Melhor Projeto Artístico em 2012 32 JUNTA[2]


Schwartz trabalha com dança contemporânea e usa modos de composição de texto, som e imagem para fazer visível a fisicalidade de seus experimentos. Selecionado pelo Rumos Itaú Cultural Dança em 2000/01, 2003/04, 2009/10 e 2014, seus projetos têm sido estudados em publicações dentro e fora do Brasil. Na França, criou peças em colaboração com Rachid Ouramdane e Yves-Noël Genod. Vive e trabalha em São Paulo e Paris. JUNTA[2] 33


Neto Machado começou a dançar e atuar aos nove anos, fazendo aulas de dança de rua e vendo clipes do Michael Jackson. Anos depois, iniciou uma relação direta com crianças e adolescentes ministrando aulas de dança de rua em academias de Curitiba e coordenando o pioneiro grupo Street Soul por oito anos. Hoje, é responsável por dois espetáculos de dança contemporânea infanto-juvenis com grande destaque na cena brasileira: Desastro e kodak apresentados mais de 50 vezes em diferentes festivais e teatros do país! Atuou também em diversos espetáculos como Edipous my foot (de Jan Ritsema – Holanda), “Retrospectiva” e Low Pieces (de Xavier Le Roy – França) e Spacial Confessions (de Bojana Cveijc - Bélgica) 34 JUNTA[2]


DESASTRO NETO MACHADO - BA

QUINTA 9 DE JUNHO 20H local: Galeria Clube dos Diários duração: 50min ingresso: R$16 inteira / R$8 meia classificação: livre (traga as crianças!)

Desastre (do grego: "má estrela”, “astro que foge de sua órbita normal”) Desastro é uma peça neon, um futuro congelado no tempo, um universo de excentricidade espacial, um lugar onde o que há de mais digital é o corpo, um universo construído a partir de um vômito de luz. Desastro é tão apoteótico quanto um strobo forjado pela mão no interruptor do quarto. Desastro é uma peça anos luz à frente do seu tempo. FICHA TÉCNICA: Concepção e direção: Neto Machado Criação e performance: Bernardo Stumpf, Isaura Tupiniquim/Daniella Aguiar, Jorge Alencar, Jorge Oliveira e Neto Machado. Arranjo original: Yuri Alencar. Edição de som e trilha: Bernardo Stumpf. Concepção de Luz: Fábia Regina. Figurino: Neto Machado. Foto: Leonardo França JUNTA[2] 35


HOT 100 THE HOT ONE HUNDRED CHOREOGRAPHERS CRISTIAN DUARTE - SP QUINTA 9 DE JUNHO 21H30 local: Theatro 4 de Setembro duração: 50 min ingresso: R$20 inteira / R$10 meia classificação: livre Hot 100 - The Hot One Hundred Choreographers toma como assunto e material coreográfico 100 obras/coreógrafos, tratando a criação e performance como um dispositivo para se pensar sobre forma, criação, produção, autoria, contexto e resolução. HOT 100 teve como ponto de partida o text-painting “The Hot One Hundred” do artista britânico Peter Davies. A dança‐lista proposta neste solo não garante lugar fixo ou valoração por números. Dança e coreografia se dão pela manipulação, apropriação, mixagem dos conteúdos listados, e através da série de et ceteras que a performance aponta.

FICHA TÉCNICA: Proposição, criação e performance: Cristian Duarte Colaboração e criação: Rodrigo Andreolli Iluminação: André Boll Edição da trilha: Tom Monteiro Design e conceito do site: Cristian Duarte e Rodrigo Andreolli Webdesign e programação: Roberto Winter Hot contribuições: Bruno Freire, Júlia Rocha e Tarina Quelho Figurino: Cristian Duarte Fotografia: Carolina Mendonça Produção artística: Cristian Duarte e Rodrigo Andreolli Produzido originalmente para o 15º Cultura Inglesa Festival. Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) 2011 – Criação em Dança *Para conhecer a lista dos 100 coreógrafos-obras: www.lote24hs.net/hot100 36 JUNTA[2]


Schwartz trabalha com dança contemporânea e usa modos de composição de texto, som e imagem para fazer visível a fisicalidade de seus experimentos. Selecionado pelo Rumos Itaú Cultural Dança em 2000/01, 2003/04, 2009/10 e 2014, seus projetos têm sido estudados em publicações dentro e fora do Brasil. Na França, criou peças em colaboração com Rachid Ouramdane e Yves-Noël Genod. Vive e trabalha em São Paulo e Paris. JUNTA[2] 37


Denise Stutz iniciou seus estudos de dança em Belo Horizonte. Em 1975, junto a outros 10 bailarinos fundou o Grupo Corpo. Trabalhou com Lia Rodrigues como bailarina, professora e assistente de direção. Foi professora do curso técnico da Escola Angel Vianna. A partir de 2003 começa a desenvolver seu próprio trabalho solo apresentando-se em várias cidades brasileiras, na Europa, África e Austrália. Trabalhou com o diretor da Rede Globo, Luiz Fernando Carvalho, criando as coreografias e a direção de movimento da minissérie “Capitu” e “Hoje é dia de Maria”. Foi orientadora dos artistas do Colaboratório no Rio de Janeiro, de Teresina e Brasília, projeto do Festival Panorama da Dança (RJ) como também orientou o Ateliê de coreográfico da Vila das Artes em Fortaleza. 38 JUNTA[2]


FINITA DENISE STUTZ - RJ

SEXTA 10 DE JUNHO 20H local: Theatro 4 de Setembro duração: 50min ingresso: R$20 inteira / R$10 meia classificação: 12 anos

(Finita: adjetivo feminino singular de finito. Aquilo que tem fim ou limite, o que acaba após certo tempo decorrido, aquilo que não se estende indefinidamente) O solo Finita surge da necessidade de compreender e suportar a ausência. Entender o movimento naquele que observa, naquela que falta. A presença que se estabelece a partir da ausência do outro, o desaparecimento, o esquecimento. Desenvolvido nos últimos dois anos o espetáculo teve como ponto de partida uma carta enviada pela mãe da artista. Com essa inspiração, Denise utilizou a arquitetura cênica do teatro para elaborar o conceito de perda e trabalhar os temas do envelhecimento e da ausência sob a perspectiva da dança.

FICHA TÉCNICA: Texto, direção, interprete: Denise Stutz Iluminação: Daniel Uryon Musicas: J.S.Bach ( Preludio e fuga em dó maior),Tchaikovsky: ( quebra nozes),Ray Noble e Al Bowlly: (Midnight whit the stars and you) Co produzido pelo Festival Panorama da dança do Rio de Janeiro Apoio: Casa da Gloria Foto: Renato Mangolin JUNTA[2] 39


MORDEDORES MARCELA LEVI E LUCÍA RUSSO IMPROVÁVEL PRODUÇÕES – RJ SEXTA 10 DE JUNHO 21H30 local: Galeria Clube dos Diários duração: 50 min ingresso: R$16 inteira / R$8 meia classificação: 12anos lotação: 73 lugares Em 2014 Marcela Levi e Lucia Russo deram início a um processo de longa duração que demandava a participação colaborativa de jovens performers numa pesquisa sobre a violência, entendida e experimentada para além de suas conotações imediatas de aniquilamento, morte e destruição. Contrariando o imaginário (e as políticas culturais e sociais) que visam pacificar a violência por meio de uma dopagem, de um esvaziamento de energia – também eles, evidentemente, violentos – realizados em nome de harmonia edificante, Levi e Russo incorporam a energia da violência como disparadora de uma espiral de forças em tensão. Ao corpo contemporâneo blindado e asséptico, na desesperada busca de uma fortaleza auto-protetora envolvido em fantasias cosméticas contrapõe-se um corpo permeável, mais elástico, que pode romper, que suja e se suja, que pensa e é pensado, morde e é mordido. FICHA TÉCNICA: direção artística: Marcela Levi & Lucía Russo performance e co-criação: Daniel Passi, Gabriela Cordovez, Ícaro Gaya, João Victor Cavalcante, Luan Machado, Lucía Russo e Tamires Costa colaboração dramatúrgica: Laura Erber desenho de luz: Andrea Capella desenho de som: toda a equipe figurino: Paula Stroher apoio: Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, Centro de Artes da Maré, Lia Rodrigues Cia de Danças, Casa Funarte Paschoal Carlos Magno, Projeto Entre/Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, Espaço Cultural Sítio Canto da Sabiá e Consulado da Argentina no Rio de Janeiro coprodução: Iberescena / Funarte e Cooperativa Disentida patrocínio: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura (SMC) produção e realização artística: Improvável Produções Foto: Renato Mangolin 40 JUNTA[2]


Marcela Levi e Lucía Russo fundaram em 2010 a Improvável Produções. Levi & Russo apostam em um projeto de autoria compartilhada, em uma direção artística que aponta para um regime de sentido aberto em que diferentes posições inventivas se entrecruzam em um processo que acolhe linhas desviantes, dissenso e diferenças internas como força crítica construtiva e não como polaridades contraditórias e autoexcludentes. JUNTA[2] 41


Cristian Duarte em companhia representa o modo de pesquisa, criação e produção em dança desenvolvido pelo coreógrafo Cristian Duarte na cidade de São Paulo. Diferentes artistas e técnicos profissionais são convidados a integrar uma rede de colaboradores em acordo com a especificidade de cada projeto. Desde 2011, se articula através da residência artística LOTE – uma iniciativa do coreógrafo que busca estimular práticas de trabalho compartilhado e a experimentação em dança, e que tem sido cosmo fundamental para a continuidade da sua ação coreográfica. Em sua quarta edição, Lote Osso (2014-16), desenvolve-se com subsídio da 17º Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo, e reside na Casa do Povo - um espaço voltado para práticas culturais não institucionalizadas, que incentiva a experimentação nas artes contemporâneas, oferecendo também novas formas de pensamento sobre o papel de espaços públicos na cidade de São Paulo. 42 JUNTA[2]


Ó CRISTIAN DUARTE EM COMPANHIA - SP SÁBADO 11 DE JUNHO 20H30 local: Galeria do Clube dos Diários duração: 50min ingresso: R$16 inteira / R$8 meia classificação: 14 anos Como encontro que se estabelece entre muitas instâncias, das moleculares às mais exteriores, a peça convida o público, para constituir junto dos dançarinos, um campo de empatia. Esse sentimento que todos nós podemos, e que nos emociona, com uma perspectiva estrangeira a nós, é movimento fundamental para a obra estabelecer uma dilatação de detalhes e sutilezas. O mito de Orfeu, atravessamento estabelecido inicialmente pela cooperação junto da companhia alemã CocoonDance, disparou uma vontade reflexiva sobre como ressignificar o discurso relacional presente na narrativa grega. Na insistência por estabelecer um pensamento distante do hemisfério trágico, o olhar para trás de Orfeu, que o fez supostamente abandonar todo o seu investimento libidinal por Eurídice, tornou-se um juízo. Toda escolha se depara com encruzilhadas e eleger um mundo que compreende o gesto de olhar para trás, com todas as metáforas que isso deve e pode designar, com consciência, traz ao trabalho um movimento que apreende o futuro, próximo de uma ecologia dos afetos, e distante da frontalidade obediente incapaz de torcer os sentidos. FICHA TÉCNICA: Coreografia e Direção: Cristian Duarte Cocriação e Coprodução: Aline Bonamin, Bruno Levorin, Cristian Duarte, Felipe Stocco e Tom Monteiro Dança: Aline Bonamin e Felipe Stocco Dramaturgia e Assistência de Coreografia: Bruno Levorin Composição Musical: Tom Monteiro Iluminação: André Boll Concepção e Produção de Figurino: Cristian Duarte, Bruno Levorin, Aline Bonamin e Felipe Stocco Consultoria de Figurino: Daniel Lie Vibração: Rafaële Giovanola Provocação: Thiago Granato Produção executiva: Lote Osso Administração: Fernanda Moura Produção/Difusão: Daniel Cordova Fotografia: Haroldo Saboia Design Gráfico: Renan Costa Lima/Estúdio Tropical Poema: Bruno Levorin e Cristian Duarte JUNTA[2] 43


NUDEZ CIE INDEPENDENTE - MOÇAMBIQUE DOMINGO 12 DE JUNHO 20H30 local: Galeria Clube dos Diários duração: 40 min ingresso: R$16 inteira / R$8 meia classificação: 16 anos

Nudez oprimida!! Oprimida sim!! Nos dias que correm fui ensinado a escondê-la e a oprimi-la. Essa Nudez que todos nós gostamos e desejamos. Desejamo-la como se de água se tratasse em períodos de seca… Felizes foram nossos antepassados que deambulavam pelas aldeias e matas sem fim NUS. A partir da vivência no workshop de vídeo dança orientado por Panaíbra Gabriel Canda (Moçambique) e Walter Verdim (Bélgica) em 2007, a nudez do corpo dos bailarinos surge intensamente como expressão a explorar no trabalho futuro. A fonte deste espetáculo “Nudez” é claramente atribuída a Panaíbra Canda que lança o desafio do corpo nu aos jovens bailarinos no contexto deste workshop.

FICHA TÉCNICA: Coreografia e intérpretes: Matanyane Abilio e Benjamim Manhiça Iluminotécnico: Caldino Alberto 44 JUNTA[2]


Matenyane é dançarino moçambicano. Começou seu trabalho nas danças tradicionais moçambicanas em 1992 e continuou sua carreira na Dança Contemporânea desde 2007. Em 2009 apresentou a peça “Bitter Lives” no Festival Internacional de Dança Contemporânea Kinani, em Moçambique e no Festival de Dança Contemporânea Mogale, na África do Sul. Em 2011, juntamente com Banjamim Manhiça, concebeu o projeto NUDEZ que foi apresentado no Festival Internacional de Dança Contemporânea Kinani, em Moçambique, no “Live Art Festival”, na cidade do Cabo, na África do Sul, e no Festival Internacional “A Cena tá Preta”, em Salvador, Brasil, em 2012. Em 2013 participou do “Projeto Justaposição”, que foi apresentado no Festival Internacional de Dança Contemporânea Kinani, em Moçambique e em tournée na Alemanha no “Festival Dance Dialogues Africa” em 2014. JUNTA[2] 45


ZONA VISUAL 2

DI.MEN.SÃO VALÉRIO ARAÚJO - PI 11 e 12 DE JUNHO local: Complexo Clube dos Diários - Lounge JUNTA

FICHA TÉCNICA: Concepção e criação: Valério Araújo, Soraya Portela e Layane Holanda Curadoria Fotográfica: Valério Araújo Textos: Layane Holanda Consultoria design de luz: Jacob Alves, Javé Montuchô Agradecimentos: JUNTA Festival, Seu Itamar, Marco Antonio Mastrangelo. 46 JUNTA[2]

di.men.são — porção de espaço ocupada por um corpo di.men.são é um exercício de exploração das fragilidades. A fragilidade do tempo e da imagem. A fragilidade dos nossos discursos. Imagens em fluxo, que transpiram a banalidade que nos une. Um ritual de descongelamento. O pensamento é fluido, ele não é linear. O pensamento é corpo.


LOCAIS SESC CAMPOS SALES ESPAÇO CULTURAL COSME OLIVEIRA Av. Campos Sales, 1111 - Centro, Teresina - PI fone: (86) 3217 2800

THEATRO 4 DE SETEMBRO Praça Pedro II, S/N - Centro (Sul), Teresina - PI fone: (86) 3222 7100

GALERIA CLUBE DOS DIÁRIOS SALA NONATO OLIVEIRA Rua Álvaro Mendes - Centro, Teresina - PI fone: (86) 3222 7100

ESCOLA ESTADUAL DE DANÇA LENIR ARGENTO Rua Paissandu, 1276 - Centro, Teresina - PI fone: (086) 3221-7532

CASA DA CULTURA DE TERESINA Rua Rui Barbosa, 348 - Praça Saraiva - Centro, Teresina - PI fone: (86) 3215-7849, 3234 5678 JUNTA[2] 47


QUEM SOMOS? Datan Izaká é bailarino, performer, artista, professor de balé, coreógrafo, criador, pesquisador, diretor da Escola Estadual de Dança Lenir Argento, pedagogo em curso, adora leituras sobre arte, filosofia, corpo, ciência, curte coisas que não fazem sentido e isso é o motor que dá sentido a muitas as outras coisas, é o que move o corpo pra alguma processo de criação artística em dança, além entende a instabilidade como um lugar de potência que move o corpo para um não saber. Jacob Alves é artista e criador trabalha como artista desde 2003. Desenvolve pesquisas cruzando elementos estéticos como vídeo, iluminação, máscaras, dança, performance e estéticas relacionadas a gambiarras. Atualmente desenvolve pesquisa em duas plataforma denominadas PANAPANÁ audiovisual collective e GAMBIARRACONSPIRACY. Sua principal área de interesse é investigar arte tecnologia, tecnologia precária, biogambiarra. Baseado nisso, realiza um projeto de estudo e criações (artes visuais e cênicas) sobre corpos artificiais. Joga muito videogame e finge que isso faz parte da sua pesquisa de trabalho. Janaína Lobo é artista da dança, atua como coreógrafa, intérprete, pesquisadora, professora e em colaboração com outros artistas e projetos. Tem pesquisado em seus trabalhos a dança como posicionamento estético/político afetada e conectada aos lugares e às pessoas. Arquiteta e urbanista por diploma, artista da dança desde sempre.

JUNTA é Izaká, Janaína e Jacob

48 JUNTA[2]


F I C H A T É C N I C A J U N TA [ 2 ] Concepção, direção, curadoria: Datan Izaká, Jacob Alves, Janaína Lobo Coordenação de produção: Josy Brito Equipe de produção: Bruno Dantas, Wilena Weronez, Hildegarda Sampaio, Eduardo Simões, Lucas Koester, Matheus Veloso. Design gráfico: Sérgio Donato Coordenação Técnica: Javé Montuchô Equipe técnica: Lucas Rodrigues, Kayo Arruda, Andrade Gurgel, Pablo Gomes Assessoria de imprensa: Vicente de Paula e Josy Brito Foto: Valério Araújo e Victor Gabriel Vídeo: Danilo Drummond, Carolina Alencar, Wesley Oliveira, Aline Guimarães. Receptivo: Bebel Frota e Dackson Mikael Tradução: Marina Lobo Edição e criação de vídeo: Panapaná Audiovisual Apoio: Tcheska Pereira, Jorge Luís e Karol Silva Realização: Instituto Punaré e Sesc

AGRADECIMENTOS

Allan Cronemberger, Assunção Almondes Leal, Rafael, André Gonçalves, Ian Lobo, Igor Bento, Ítalo Frota, João Vasconscelos, Lili Machado, Hildegarda Sampaio, Socorro Rodrigues, Ana Lúcia Rocha Oliveira, André Ribeiro, Maria Clara Paz, Mariana Pimentel, Bebel Frota, Vanina, Erivelto Viana, Soraya Portela, Mayra Barros Sec. Estadual de Cultura Fábio Novo e toda equipe. Toda a equipe da Escola Estadual de Dança Lenir Argento Diretora da Casa da Cultura de Teresina Josy Brito e equipe Diretor do Complexo Cultural Clube dos Diários/Teatro 4 de Setembro João Vasconcelos e equipe Dr Valdeci Cavalcante e toda equipe Sesc Piauí. Caixa Econômica Federal Instituto Punaré Sobrado – espaço de arte TV Assembléia

JUNTA[2] 49


50 JUNTA[2]

DIA 12

DIA 11

DIA 10

DIA 9

DIA 8

ZONA ARTICULAR

Campos Sescda Casa CulturaSales de Teresina

Conversa Pública Ética, estética e comunidade

Casa da Cultura de Teresina

Juntando Escrita Anderson do Carmo (SC)

Casa da Cultura de Teresina

Matanyane e Benjamin (AFR)

Escola de Dança Lenir Argento

ZONA URBANA

Residência Meu amigo sombra (NL)

Casa da Cultura de Teresina

Juntando Escrita Anderson do Carmo (SC)

Casa da Cultura de Teresina

Matanyane e Benjamin (AFR)

Escola de Dança Lenir Argento

Residência Meu amigo sombra (NL)

Casa da Cultura de Teresina

Discoreografia (SP)

ruas e praças de Teresina

Camelô Am/Fm (SP)

Escola de Dança Lenir Argento

Residência Meu amigo sombra (NL)

Casa da Cultura de Teresina

Juntando Escrita Anderson do Carmo (SC)

Casa da Cultura de Teresina

Denise Stutz (RJ)

Sesc Campos Sales

Baixa da Égua (PI)

ZONA EM PROCESSO

Galeria Clube dos Diários

Ó (SP)

Galeria Clube dos Diários

Mordedores (RJ)

Theatro 4 de Setembro

The Hot 100 (SP)

Galeria Clube dos Diários

Supervivencia (ARG)

ZONA EM MOVIMENTO

Galeria Clube dos Diários

Nudez (AFR)

ruas e praças de Teresina

Burcas Flutuantes (SP)

Escola de Dança Lenir Argento

Meu Amigo Sombra (NL) Tumate (PI)

ruas e praças de Teresina

Burcas Flutuantes (SP)

ruas e praças de Teresina

Theatro 4 de Setembro

Finita (RJ)

Galeria Clube dos Diários

Desastro (BA)

Theatro 4 de Setembro

Piranha (SP)

Escola de Dança Lenir Argento

Gráficos Planificados (BA)

Escola de Dança Lenir Argento

Meu Amigo Sombra (NL) E|N|T|R|E (PI)

ruas e praças de Teresina

Gráficos Planificados (BA)

ruas e praças de Teresina

Camelô Am/Fm (SP)

Escola de Dança Lenir Argento

Mulher Bomba (PI)

Escola de Dança Lenir Argento

Folie à famille (PI)

Sesc Campos Sales

ABERTURA + GAG (ESP)

9h 10h 11h 12h 13h 14h 15h 16h 17h 18h 19h 20h 21h 22h 23h

JUNTA[2] PROGRAMAÇÃO 2016


INFORMAÇÕES

BILHETERIA

A retirada dos ingressos começa 1 hora antes dos espetáculos nos locais das apresentações. Pagamento somente em dinheiro. Estudantes e comerciários com carteira, maiores de 60 anos e portadores de necessidades especiais tem direito a meia entrada. Todos os espetáculos estão sujeitos a lotação de espaço.

FOTOS São permitidas fotos das apresentações somente com autorização prévia da equipe do festival.

ACESSIBILIDADE Em todos os espaços do festival.

FESTINHAS

O lounge do JUNTA funciona todos os dias do festival das 18h às 00h com DJs e outras atrações. Dia 11 de junho é nossa festa com Elétrique Zamba + DJs. Confira a programação completa em nossas redes sociais e divirta-se!

CONTATOS site: www.juntafestival.com facebook: juntafestival instagram: juntafestivalteresina e-mail: juntafestivalpi@gmail.com telefones: (86) 99482 8998 - 99981 8224 99510 5740 - 99959 8848 - 99959 8848

VERIFIQUE A CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA DE CADA ESPETÁCULO.

JUNTA[2] Todos os direitos reservados © 2016 Teresina - Piauí - Brasil


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