Revista haus novembro 2016

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Ano III - Edição 4 - Novembro de 2016 5 - Polímero diminui fator rebote em aplicações de concreto projetado 11 - Concreto usinado: indicações e vantagens 15 - Light Steel Frame garante obras rápidas e limpas 19 - Dekton – saiba tudo sobre a nova pedra industrializada mais resistente do mercado! 23 - A sensação de entrar em uma casa inteligente é a de estar experimentando um pouquinho do futuro 27 - Ladrilho hidráulico oferece alta resistência a zonas de tráfego intenso 31 - Porcelanato líquido garante acabamento resistente e bonito 35 - Pré-instalação e esperas de ar-condicionado para novos imóveis 39 - Móveis Planejados geram conforto e podem até ser mais baratos 43 - Arquitetos alemães querem produzir no Brasil fachada que filtra poluição do ar 47 - Arquitetura de vidro: Novas possibilidades 51 - Decoração com madeira: Como compor e harmonizar? 55 - Como decorar o jardim com pedras 58 - Jardins Verticais

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Polímero diminui fator rebote em aplicações de concreto projetado Além de reduzir perdas e agilizar obras, a macromolécula também otimiza o processo de aglutinação e aderência do material

Você já ouviu falar de concreto polímero? O polímero é uma macromolécula, um conjunto de monômeros de baixa massa molecular que pode ser aplicado no concreto para melhorar o desempenho do material. É muito utilizado, por exemplo, em serviços de reparo em estruturas feitas com cimento Portland, pois elimina os vazios entre os grãos dos agregados e impede a penetração de água. “O concreto modificado por polímero apresenta uma melhora significativa no processo de aglutinação, preenchendo os espaços entre as partículas, tornando o concreto menos permeável e duradouro”, diz André Nagamine, químico de aplicação da Wacker. TRÊS COMPOSIÇÕES Existem três maneiras de combinar o concreto com polímero, cada uma atendendo necessidades diferentes.

Os tipos são chamados de concreto impregnado com polímero (CIP), concreto modificado com polímero (CMP) e concreto polimérico (CP). “No CIP, a impregnação é feita com elementos do concreto endurecido ou com tratamento superficial, ao passo que no CP a resina assume o papel de ligante ou aglomerante que seria do cimento, substituindo-o. No CMP, temos também o uso do cimento Portland, e o polímero é usado simultaneamente na preparação do concreto fresco”, diferencia Arnaldo Battagin, gerente dos laboratórios da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). O CIP oferece maior vantagem para o endurecimento do concreto, proporcionando maior durabilidade a estruturas. Já o CMP é recomendado para obras com grande demanda de concreto, como projeções de túneis e barragens, pois é a melhor combinação para reduzir perdas. Por

sua vez, o CP oferece vantagem em aderência, sendo ideal para aplicações em superfícies úmidas. REDUÇÃO DO FATOR REBOTE O emprego do polímero no concreto proporciona diversos benefícios em questão de produtividade e desempenho para a obra. Entre eles, destacam-se otimização da adesão e coesão do material, efeito impermeabilizante, melhor resistência em condições externas e menores índices de porosidade e absorção. Além dessas vantagens, o concreto modificado com a macromolécula também diminui o fator rebote (reflexão) em aplicações de concreto projetado, reduzindo perdas e preservando as propriedades do material. Essa característica faz com que o polímero seja fundamental nesse campo de aplicação. “A engenharia de construção 5


moderna não pode existir sem o concreto projetado, essencial em túneis, minas e outras construções subterrâneas”, afirma Nagamine. “Nesse mercado, o tempo e o consumo de materiais são particularmente críticos, e o concreto projetado com polímeros reduz ambos”, completa. Fora os aspectos quantitativos, o polímero também pode contribuir em questão qualitativa para construções subterrâneas, que exigem maiores níveis de força, estabilidade e impermeabilidade do concreto. “A adesão a substratos difíceis, permeabilidade e fissuras pode ser melhorada com o concreto modificado com polímero”, esclarece o químico de aplicação. A solução pode ser usada nos métodos via seca ou via úmida. Segundo Battagin, as principais desvantagens ligam-se ao custo, necessidade de mão de obra treinada e odor — sendo que certas resinas são tóxicas. PERSPECTIVA MERCADOLÓGICA O emprego do concreto com polímero é muito amplo em países avançados em tecnologia. No Brasil, além do baixo número de pesquisas sobre essa solução, há poucas empresas explorando comercialmente o produto no mercado. Além disso, não há normas técnicas direcionadas à produção e caracterização do material. Apesar dos dados pessimistas, Nagamine acredita que o concreto com polímero tende a crescer no país devido aos seus benefícios na construção. “Trata-se de uma inovação para o mercado e tende a ser cada vez mais utilizado, uma vez que proporciona ganho em produtividade e economia de materiais”, aposta. “Resolver questões culturais e de custos, com maior difusão, pode ser um caminho para aumentar a aplicação do concreto com polímero no país”, analisa o gerente dos laboratórios da ABCP. André Nagamine Químico de aplicação da Wacker 6


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Concreto usinado: indicações e vantagens

Quando dosada em central, a mistura apresenta melhor controle na quantidade de insumos garantindo a durabilidade do material Além de proporcionar concreto de melhor desempenho, a dosagem adequada dos insumos proporciona mais segurança e durabilidade O concreto dosado em central (CDC), popularmente tratado como usinado, é aquele preparado em empresas concreteiras e transportado até o canteiro por caminhões betoneiras. Entre as principais vantagens da solução está o racionamento de insumos, já que existe criterioso controle na quantidade de cada componente – areia, brita, cimento e aditivos. “O concreto entregue pronto garante que a obra se comportará conforme foi projetada, diferentemente do concreto virado in loco, que tem baixíssima qualidade devido à alta variabilidade”, compara o engenheiro Arcindo Vaquero y

Mayor, consultor da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc). Além de proporcionar concreto de melhor desempenho, a dosagem adequada dos insumos proporciona mais segurança e durabilidade. Essas características tornam o concreto dosado em central indicado para qualquer tipo de obra, principalmente as estruturais. “A única restrição de uso é em local de difícil acesso, que impossibilita a chegada do caminhão betoneira”, destaca o profissional. Entram para a lista de máquinas indispensáveis, também, as bombas de concreto e uma central dosadora bem calibrada. “É preciso, ainda, ter

uma equipe treinada e preparada para manejar os aparelhos”, completa. ESPECIFICAÇÃO Para garantir as propriedades positivas do concreto dosado em central, a concreteira que fornecerá o produto precisa atender a alguns requisitos, como ter laboratório de controle e responsável técnico; apresentar bons equipamentos de preparação e transporte; utilizar insumos com garantia de procedência e qualidade; respeitar a natureza por meio de controles ambientais – filtros, reciclagem e disposição de rejeitos. É interessante, também, 11


considerar a distância entre o local de preparação do concreto e o canteiro de obras. No momento de adquirir o concreto dosado em central, é preciso informar a resistência característica do concreto (fck); a trabalhabilidade (slump); a dimensão máxima do agregado (B1, B2, entre outros); e a classe de agressividade. A ABNT NBR 7212 Execução de concreto dosado em central - Procedimento – especifica outras duas maneiras de pedir o CDC, com base nos dados sobre o traço ou do consumo de concreto. Em ambos os casos, os critérios de aceitação e outros detalhes complementares são definidos em conversas entre o fornecedor e o cliente. Para assegurar que o produto solicitado será adequado para determinada

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finalidade, o comprador pode exigir informações sobre o tipo e a marca do cimento e/ou do aditivo; a relação água/cimento; o teor de ar incorporado; tipo de lançamento (convencional ou bombeado); entre outras. APLICAÇÃO Quando o caminhão betoneira chega ao canteiro, é necessário verificar se as características do concreto dosado em central coincidem com aquelas que foram especificadas. Os dados constam em documentos de entrega. “O concreto, em qualquer situação, deve ter boa trabalhabilidade e habilidade passante entre a armadura e atender às características especificadas no projeto”, afirma Mayor, destacando que, na aplicação, é preciso

atenção com os procedimentos de adensamento, cura e um correto projeto de escoramento e retirada das fôrmas. VANTAGENS E DESVANTAGENS O uso do concreto dosado em central permite a redução no número de trabalhadores na obra e maior agilidade e produtividade. A solução também auxilia a otimização de espaços no canteiro, já que não serão necessárias áreas para estocar todos os insumos que seriam usados para virar o concreto in loco. A relação custo-benefício também é favorável para o CDC. “Cada tipo de concreto tem o seu custo, que deve considerar o traço solicitado, a distância da central até a obra e o tempo de descarga, entre outros critérios”, destaca.


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Light Steel Frame garante obras rápidas e limpas O Light Steel Framing (LSF) é um sistema construtivo industrializado, composto por perfis leves de aço galvanizado, com a possibilidade de o fechamento ser realizado por placas cimentícias, painéis de tiras de madeira orientadas (Oriented Strand Board) ou peças de gesso acartonado. “Tecnicamente, frame é

o esqueleto estrutural projetado para dar forma e suportar a edificação, sendo composto por elementos leves – perfis formados a frio (PFF). Já o framing é o processo pelo qual se unem e se vinculam esses elementos”, explica Luana Carregari, idealizadora e coordenadora do Congresso LatinoAmericano de Steel Frame, que teve

sua segunda edição em 2016. Para garantir conforto térmico e acústico, entre as estruturas de revestimento é comum utilizar recheio de lã mineral ou PET, com resultado superior ao da alvenaria tradicional. “Trata-se de uma obra em que a industrialização permite a racionalização e a ausência de erros, 15


o que reduz a quantidade de entulho e sujeira”, completa Carregari. QUANDO UTILIZAR O Light Steel Framing é indicado para todos os tipos de obra, desde as de grande porte, como aeroportos, estádios de futebol, vilas olímpicas, edifícios e galpões, até construções menores, como casas e pequenos prédios com fins comerciais. Dependendo da obra, o ideal é utilizar um mix de sistemas. É o caso de edificações com mais de oito andares, onde entra o Steel Frame (aço pesado) e, de forma complementar, o Light Steel Framing (aço leve) para as paredes internas. VANTAGENS Quando comparada à alvenaria, a solução apresenta

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benefícios para o canteiro, com destaque para maior velocidade na montagem, limpeza, organização e baixa produção de entulhos. “Sem contar a qualidade e o desempenho das edificações, que são seguras, fazem frente às intempéries da natureza e têm fácil manutenção. Além disso, a durabilidade é comprovada por construções norteamericanas com mais de 200 anos”, observa Carregari. Da água retirada de rios e aquíferos para o uso humano, cerca de 16% é destinada à construção civil. Mas, em meio à crise hídrica e com os hábitos tendo de ser modificados agressivamente, os olhos do consumidor, da indústria e das construtoras estão se voltando cada vez mais para sistemas construtivos a seco, com destaque para o Light

Steel Framing. A alternativa necessita de água somente na fundação, e o restante da obra é executado a partir de produtos industrializados. A economia de água chega a 80%, se comparada com a quantidade utilizada em projetos em alvenaria. CUSTOS E MERCADO Construir com LSF tem um custo semelhante ao de obras em alvenaria, mas requer mão de obra especializada. “Um ponto positivo da solução é a migração de trabalhadores do canteiro para as indústrias, atuando com profissionais especializados”, afirma Luana. Em diferentes países, as empresas do setor estão investindo, cada vez mais, em treinamento de mão de obra para projeto e montagem em Light Steel Framing.


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Dekton – saiba tudo sobre a nova pedra industrializada mais resistente do mercado! De uns anos pra cá nossas casas passaram a ter mais opções de pedras para pisos, bancadas de cozinhas/banheiros..., além das tradicionais pedras naturais: mármore e granito que estávamos acostumados a usar. Essas pedras são chamadas de: industrializadas, artificiais ou sintéticas, pois utilizam partículas de materiais naturais (mármores, granito, areia de quartzo...) misturados a agentes aglutinantes, o que resulta num produto mais resistente (a umidade, calor, manchas, riscos, impacto) e com uma variedade de cores enorme - características difíceis de serem garantidas em pedras naturais. Existem diversos tipos de pedras industrializadas: Silestone, Corian, Quartzo Stone... consideradas pedras resistentes, mas que requerem alguns

pequenos cuidados como: não colocar panelas quentes sobre elas, não usá-las em áreas externas devido aos raios ultra violeta.... Enfim, limitações que não existem na mais nova pedra industrializada do mercado: o Dekton! O Dekton é uma pedra industrializada do grupo Cosentino (proprietária do Silestone também) composta de 93% de quartzos e 7% de resinas prensadas com um peso de 12 mil toneladas e, devido à temperatura elevada a mais de 12 mil graus Celsius que aumenta a pressão para 25 mil toneladas, a resina que une os quartzos e torna o produto mais frágil é eliminada, ou seja, ele se torna em material puro, ultra compactado e super resistente – características diferenciadoras do Dekton e um dos grandes diferenciais deste produto, pois através desse

procedimento é possível acelerar as alterações metamórficas que uma pedra natural sofre ao ser exposta durante milênios à alta pressão e à alta temperatura! Vantagens do Dekton: . Resistente aos raios UV: a superfície Dekton é altamente resistente à luz dos raios ultravioleta (UV) e não sofre alterações de cor ao longo do tempo, o que a torna perfeita para aplicações no interior e no exterior/fachadas. . Resistente a riscos: é a superfície mais resistente a riscos no mercado e, apesar de o contato de uma faca não danificar a superfície Dekton, recomendamos a utilização de tábuas de cortar para proteger os seus utensílios domésticos. . Completamente resistente a manchas: enquanto outras superfícies são resistentes 19


a manchas, a Dekton é completamente à prova de manchas. Até as manchas mais difíceis de remover, como vinho, café, marcadores ou ferrugem, podem ser removidas facilmente desta superfície. E uma vez que a superfície Dekton possui uma porosidade extremamente baixa e não contém resinas, é também resistente a químicos. Pingas ou gotas de químicos que normalmente utilizamos em casa, como lixívia e produtos para limpeza de canos ou de fornos, não serão prejudiciais para a superfície Dekton. . Resistente ao calor: a superfície Dekton suporta temperaturas elevadas sem ficar queimada e sem rachar. É possível colocar panelas quentes ou eletrodomésticas como uma Crock Pot, diretamente na superfície sem qualquer perigo de danificar. Resistente a abrasão: o Dekton é ainda mais resistente à abrasão do que o granito, sendo, assim, a superfície ideal para aplicações

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comerciais e em áreas de elevado tráfego, como pavimentos. Enquanto outras superfícies apresentam sinais de desgaste ao fim de algum tempo, o acabamento da Dekton irá durar toda a vida útil do produto e nunca será necessário retocar a superfície ou o acabamento. . Resistente ao frio: o coeficiente baixo de expansão térmica da superfície Dekton torna-a a prova de choque térmico, tanto em condições de calor extremo, como de frio extremo. A sua resistência natural ao gelo e ao degelo faz com que esta superfície seja perfeita para uma utilização nos ambientes mais frios. . Resistente a flexão: com cinco vezes mais resistência à flexão do que o granito, a superfície Dekton pode ser instalada em materiais finos sobre grandes extensões, permitindo até 12 pol. (cerca de 30 cm) de colocação sem suporte em bancadas, ilhas e balcões. A elevada resistência à compressão da superfície Dekton

faz com que esta seja o material ideal para caminhos, passeios e estradas. . Estabilidade da cor: o processo de fabrico utilizado na superfície Dekton permite controlar a pigmentação e decoração do material. O resultado é uma maior resistência da cor em cada laje e um produto mais duradouro que não irá sofrer alterações ao longo do tempo. A superfície que instalar hoje irá manter a mesma aparência durante a vida útil do produto. . Não poroso: o Dekton não é poroso e não é necessário impermeabilizá-lo. Ele previne naturalmente a penetração de líquidos e gases na sua superfície, tornando-a uma superfície de baixa manutenção e de fácil limpeza. Além dessas vantagens, o Dekton possui chapas maiores (3,2m x 1,44m) que possibilitam o uso em grandes extensões sem emendas e espessuras diferentes que podem chegar até 8 milímetros, portanto, pode ser usado desde fachadas até móveis!


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A sensação de entrar em uma casa inteligente é a de estar experimentando um pouquinho do futuro O toque de modernidade e luxo da automação residencial traduzem um estilo de vida exclusivo e tão diferenciado que encanta a todos, porém, por ser algo ainda em crescimento no Brasil, uma dúvida que surge em todas as pessoas que querem ter toda a sofisticação, tecnologia e conforto da automação nas suas residências é: O que, de fato, eu posso automatizar na minha casa? Essa é uma pergunta muito abrangente, afinal a tecnologia está em constante avanço e há novos equipamentos, eletrodomésticos e elementos surgindo no mercado a todo momento. Dentro deste contexto, preparamos uma breve lista com alguns itens para te ajudar a pensar em viver em uma casa totalmente inteligente e poder desfrutar de tudo com muito mais conforto. Veja só:

Lâmpadas A iluminação é um dos itens mais conhecidos quando falamos de automação residencial. Em uma casa inteligente, as lâmpadas podem ser programadas para que você controle a intensidade da iluminação produzindo efeitos ainda mais incríveis nos ambientes. Além disso, é possível substituir os interruptores comuns por versões mais modernas e/ ou controlar tudo do seu smartphone. Interfones Atender o interfone no seu celular e liberar o acesso para visitas de onde estiver – dentro ou fora de casa – é uma facilidade que ultrapassa a ideia de luxo e conforto, e transforma a automação residencial em algoimprescindível para aquelas pessoas com dificuldade de locomoção, como deficientes físicos, e idosos. Persianas As persianas podem ser programadas para abrir e fechar automaticamente em horários pré determinados, aproveitando ao máximo a luz solar. A integração delas com o sistema de iluminação e climatização mudam substancialmente o conforto térmico e visual do ambiente. 23


Portas principais e portões A segurança é um dos principais atrativos de se automatizar os portões da garagem e portas principais da residência. Com isso, esses dois elementos podem ser controlados remotamente e ainda é possível receber notificações quando os mesmos forem acionados. Áudio e Vídeo DVD, Blu-ray, TV, Telão, projetor, caixas acústicas, TV por assinatura, NetFlix, Apple TV, Vídeo Game… a lista de aparelhos usados em um ambiente de home theater é imensa, por isso reunir as funcionalidade de todos eles na tela do seu smartphone, e acionar várias elementos com apenas um toque, vai tornar sua experiência muito mais fascinante. Eletrodomésticos Para atender um público bem exigente, uma nova geração de eletrodomésticos vem surgindo no último ano, tudo graças ao investimento de grandes marcas como Samsung, LG e Siemens. Com essas novas tecnologias, os aparelhos domésticos como lava roupas, cafeteiras e fornos – com WiFi e homologação documentada pela equipe de engenheiros da automação – podem ser integradas ao sistema de casa inteligente e tornar sua rotina muito mais leve e moderna. Câmeras de Segurança Os sistemas de segurança envolvem muitos equipamentos como sensores, alarmes e as câmeras. Para um monitoramento mais eficaz, do tipo CFTV – em que você pode acompanhar à distância tudo o que acontece na sua casa de qualquer smartphone – assim, a automação residencial integrada passa de artigo de luxo para uma necessidade real e te ajuda a estar sempre presente. Banheiras Imagine chegar em casa e encontrar a banheira de hidromassagem com a água no nível e temperatura certa para você relaxar depois de um longo dia. Com a automação residencial basta ajustar essas funções ainda de longe, pelo celular, e curtir um banho revigorante. Tudo muito sofisticado, não é? Mas é importante lembrar que, como estamos falando de tecnologias diferentes, automatizar todo este aparato tecnológico isoladamente pode trazer mais complicações do que benefícios. Integrar tudo em um único sistema é o que transforma um lar automatizado em uma casa inteligente, por isso, a criação de um projeto respaldado por profissionais capacitados é indispensável. 24


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Ladrilho hidráulico oferece alta resistência a zonas de tráfego intenso Sua produção artesanal, contudo, ainda chama a atenção de arquitetos, atraídos também pela estética e alta durabilidade

De origem secular, o ladrilho hidráulico enfrenta hoje a concorrência de linhas de revestimentos cerâmicos que apresentam padronagens características do material, o que vem confundindo o consumidor. A principal diferença, contudo, está no processo produtivo artesanal do ladrilho hidráulico, o mesmo desde sua criação no final do século IX, que resulta em um produto que não é nem cerâmica nem porcelanato, mas pré-moldado de concreto. A resistência ao impacto, desgaste e abrasão das peças de cimento é obtida através da sua imersão em água – daí o termo hidráulico. “Como qualquer pré-moldado de concreto, a peça reage quimicamente quando mergulhada em água. Sua produção, portanto, não tem qualquer relação com a queima em fornos como ocorre com os materiais cerâmicos”, diz ZiltonMichiles, sócio-gerente da Ornatos Nossa Senhora da Penha, especializada no material desde a década de 1930. Além de ser antiderrapante, o ladrilho hidráulico oferece alta resistência a zonas de tráfego intenso, o que o torna indicado para calçadas,

praças, garagens, estacionamentos, rampas para automóveis, ambientes internos, bordas de piscinas, entre outros, oferecendo segurança para as pessoas mesmo quando molhados. Michiles lembra que, por ser prémoldada e não queimada, a peça é abrasiva e exige proteção de cera ao longo de sua vida útil – que é de cerca de 30 anos para uso de alto trânsito e de até 80 anos para ambiente residencial. FABRICAÇÃO DO ELEMENTO Entre os pré-moldados de concreto, o ladrilho hidráulico é o único fabricado a partir de três elementos, em camadas. “O processo se inicia pela aplicação de desmoldante na fôrma metálica, onde será moldado o ladrilho”, diz o engenheiro Rubens Curti, da área de tecnologia da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). A primeira camada é constituída de corante e cimento, com consistência pastosa. No caso dos ladrilhos brancos, esta camada é feita de ‘pó de mármore’ (sulfato de alumínio) diluído. A camada intermediária emprega uma mistura de cimento Portland e areia,

ou pedrisco. “A preparação seca, intermediária, puxa toda a umidade da camada superficial, evitando a mistura dos materiais inseridos no molde, quando a peça é prensada”, comenta Michiles. A última camada é úmida, envolvendo cimento e areia. A fôrma é fechada e levada para a prensa manual. “Diferente do processo dos painéis pré-moldados de concreto, curados dentro das fôrmas, os ladrilhos hidráulicos são desmoldados imediatamente, porém com o máximo de cuidado para evitar seu esfacelamento”, acrescenta Michiles. Numa prateleira, a peça ficará apoiada em outra antiga, já curada, por no mínimo 12 horas, até que possa ser manipulada. Então, segue para imersão em água, num tanque, por um período de 8 a 10 horas para a hidratação da camada central, que não recebeu umidade suficiente para a reação química do concreto. O processo é finalizado ao longo de, no máximo, 20 dias, quando ocorre a cura natural da peça. Qualquer tipo de cimento Portland pode ser utilizado, porém o branco é o mais recomendado quando se deseja fazer ladrilhos coloridos, pois realça melhor as cores Rubens Curti “Qualquer tipo de cimento Portland pode ser utilizado, porém o branco é o mais recomendado quando se deseja fazer ladrilhos coloridos, pois realça melhor as cores”, observa Curti. A camada de cimento branco, facial e resistente à abrasão, tem 6 mm de espessura e recebe pigmentação com óxidos de ferro. Michiles conta que os corantes orgânicos são pouco utilizados e indicados somente para atingir determinadas tonalidades, pois não têm comportamento adequado em concreto. “Hoje, o cimento branco é importado, pois não 27


há fabricação nacional, o que pesa no custo do produto adquirido em dólar”, comenta o empresário. MANUTENÇÃO De acordo com Michilis, é comum que arquitetos e construtores tenham dúvidas sobre a manutenção do piso em seu período mais crítico, que vai de 1 a 5 anos, dependendo do uso. A recomendação técnica é fazer a limpeza esporádica com detergente de ação profunda ou produtos clorados diluídos em água com sabão abrasivo (granulados ou em pó). Depois de 5 ou 10 anos, principalmente em ambientes comerciais, é preciso executar o lixamento. Há, também, a possibilidade de limpeza com equipamentos – politrizes planetárias –, o que pode ser feito várias vezes em décadas, sem qualquer prejuízo estético. “Diferente do revestimento cerâmico, o ladrilho hidráulico pede mais manutenção, assim como todo piso de material poroso. Quanto mais lixado, menos poroso e mais bonito fica – exatamente o oposto das cerâmicas”, diz. Diferente do revestimento cerâmico, o ladrilho hidráulico pede mais manutenção, assim como todo piso de material poroso. Quanto mais lixado, menos poroso e mais bonito fica – exatamente o oposto das cerâmicas ZiltonMichiles Segundo Michiles, no litoral o hidráulico é imbatível. Por ser abrasivo, quanto mais se pisa com areia, mais bonito fica. Não à toa, é comumente empregado em residências praianas, na pavimentação de varandas e demais ambientes. Nas construções urbanas, uma tendência da arquitetura é usar o ladrilho hidráulico como detalhe, na forma de tapetes ou peças incrustadas em meio a revestimento cerâmico, madeira ou cimento queimado. A padronagem vai desde a mais tradicional, reproduzindo a arte de determinadas culturas ou períodos históricos (como o colonial), até os atuais desenhos assinados por artistas plásticos e designers, além de projetos personalizados. 28

PREÇO Uma pesquisa realizada pela Ornatos em pontos de venda mostrou que os ladrilhos hidráulicos podem ter valores equivalentes aos dos revestimentos cerâmicos que seguem sua padronagem. Peças menores de ladrilho hidráulico, contudo, custam mais que as cerâmicas, em função do seu processo produtivo. O mesmo ocorre com peças fora de padrão utilizadas em restauro, por seu custo de produção mais elevado. Para Michiles, é um erro comparar o preço do hidráulico com os revestimentos fabricados em escala. Ladrilhos oferecem segurança mesmo quando molhados (acervo Ornatos Nossa Senhora da Penha). RESTAURO Apesar de o restauro de pisos hidráulicos de edifícios históricos ser a grande paixão de Michiles, ele próprio reconhece que a atividade é comercialmente pouco interessante, pois a remuneração não condiz com o elevado custo de produção e, dependendo dos detalhes, a produtividade pode se limitar a dez peças/dia. Entre outras obras, ele assina a recuperação dos ladrilhos do Teatro Municipal de São Paulo, Mosteiro de São Bento e Palacete Conde de Sarzedas (SP); da Igreja da Candelária (RJ); e do Museu de Olinda (PE).

NORMAS TÉCNICAS É importante que arquitetos que especificam o ladrilho hidráulico em seus projetos orientem o cliente sobre o produto, seu processo de fabricação e necessidades de manutenção, além de prever a proteção da superfície com resina, após a instalação, principalmente em cozinhas e banheiros. Também é interessante consultar a NBR 9457:1986 – Ladrilho Hidráulico – Especificação. A instalação das peças, que vão de 18 a 20 mm de espessura de acordo com a NBR 9459:1986 – Ladrilho Hidráulico – Formatos e Dimensões, pede mão de obra especializada. Segundo Rubens Curti, a ABCP dispõe de manual com o passo a passo, que envolve base, sub-base e subleito (solo compactado) – etapa prevista na ABNT NBR 9458:1986 – Assentamento de Ladrilho Hidráulico. Rubens Curti Engenheiro civil da área de tecnologia da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), com atuação em tecnologia de concreto e argamassa. Ministra cursos de formação, atualização e gerenciamento na área de tecnologia de materiais. ZiltonMichiles Tem formação técnica na área de informática e cursou Comunicação Social no Instituto Unificado Paulista. Participou de treinamentos e seminários voltados ao segmento da construção civil.


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Porcelanato líquido garante acabamento resistente e bonito Solução é indicada para ambientes internos com baixo ou alto tráfego

O porcelanato líquido, também conhecido como piso epóxi, é uma solução de revestimento com alto grau de impermeabilização, além de oferecer acabamento estético e nivelamento. Por ser monolítico, esse material apresenta um bom nível de assepsia, já que a ausência de rejunte reduz a proliferação de microrganismos. “Outra característica do material é sua resistência a impactos e abrasão, com dureza Shore chegando a até 80 MPa”, afirma Fernando Dantas, sócio-gerente da Nery Epóxi Pisos e Revestimentos, empresa especializada no tratamento de pisos com a pintura epóxi. Uma grande vantagem do porcelanato líquido é que não há

necessidade de retirar o revestimento anterior para recuperar os diferentes tipos de superfícies. O produto é comercializado em uma variada gama de cores, e pode-se aplicar mais de uma tonalidade no mesmo ambiente. “É possível brincar com a criatividade”, sugere Dantas. É possível aplicar o porcelanato líquido em qualquer superfície sólida, como concreto, cimento rústico ou liso, cerâmica, madeira, pedras naturais e ferro. Há restrição de uso apenas em áreas com forte umidade na base ou no substrato, o que ocasiona problemas com o elemento de preparação, prejudicando a aderência. “O uso da solução não é

aconselhável em solos moles ou esponjosos. Como, uma vez curado, o piso fica rígido, a movimentação da base pode resultar no aparecimento de trincas”, adverte Dantas. Mesmo quando é especificado para áreas externas, o material não pode ficar exposto diretamente ao sol ou à chuva. Em caso de intempéries, são mais indicados os produtos à base de poliuretano. Devido a essa restrição relacionada à umidade, no caso da aplicação piso sobre piso, é importante verificar inicialmente as condições da base. Se a superfície for de cerâmica ou similar, é fundamental analisar se existem peças soltas ou com ar entre a pedra e o piso. “Caso verificado aquele barulho oco por baixo da placa, é preciso removê31


la”, orienta Dantas. O espaço resultante após a retirada da peça é preenchido com argamassado epóxico, uma substância que proporciona secagem mais rápida. Reutilizar a pedra que foi removida não é indicado, pois a massa necessária para fixá-la apresentará maior tempo de cura. RAPIDEZ NA APLICAÇÃO O procedimento de aplicação do porcelanato líquido é simples, mas não basta realizar a limpeza da área, aplicar a argamassa niveladora e, por fim, inserir a camada. “Há muito material no mercado que indica somente esses três passos, mas que não leva em consideração todo o estudo prévio do ambiente, que é sempre necessário”, alerta Dantas. A primeira ação é visitar a área onde o produto será aplicado e levantar a maior quantidade possível de informações sobre o piso, como o grau de circulação, níveis de umidade, se o piso é novo ou antigo e quais atividades serão realizadas no ambiente. Com todos esses dados, é possível adotar o procedimento correto, de acordo com cada cenário. Uma vez com o histórico do ambiente em mãos, o aplicador realiza o lixamento manual ou mecânico de toda a área a fim de eliminar partes soltas, resíduos de concreto, cera, derivados de petróleo, entre outros. O trabalho resultará em um o piso áspero, que deverá ser minuciosamente limpo com uso de aspirador de pó. “Passar apenas a vassoura pode causar uma falsa sensação de limpeza e deixar acúmulo de sujeira nos cantos”, afirma Dantas. Com a superfície livre de resíduos, é aplicado o selador com ou sem carga, rolado ou desempenado. A escolha do selador ideal deve ser feita com base no estudo prévio do piso, enquanto o tempo de cura varia entre seis e oito horas, dependendo da umidade relativa do ar. O procedimento continua com o uso de enceradeira ou politriz para lixar superficialmente o piso e garantir nivelamento. “Estando todo o ambiente livre de buracos, caroços ou pó, finalmente se aplica o porcelanato líquido”, diz Dantas. A solução é gelatinosa e nivelante, tendendo 32

sempre a escorrer para as partes mais baixas. O tempo de cura é de 12 horas para o tráfego leve e de um dia para o pesado. É importante que todo o processo seja executado por um profissional da área, pois o material é delicado e de secagem rápida após a mistura dos componentes. As embalagens do produto merecem atenção especial no momento de descarte, pois podem ser prejudiciais ao meio ambiente se deixadas em locais inadequados. MANUTENÇÃO E QUALIDADE Para manter o desempenho do piso epóxi, são necessários alguns cuidados simples, como evitar arrastar sobre ele móveis pontudos, que possam riscar o revestimento. A limpeza deve ser feita apenas com água e sabão neutro, sendo terminantemente proibido aplicar produtos químicos ou derivados de petróleo. “Essas substâncias podem manchar o piso, além de tirar o brilho”, diz Dantas. A revitalização pode ser feita a cada três a cinco anos, usando produtos especiais e enceradeiras. Eventual aparecimento de bolhas no revestimento pode ser sinal de que a aplicação foi feita de forma equivocada. Pontos falhos permitem a entrada de umidade, o que pode levar ao surgimento de mais imperfeições. O porcelanato líquido deve seguir as diretrizes da ABNT NBR 14050 de Sistemas de revestimentos de alto desempenho à base de resinas epoxídicas e agregados minerais - Projeto, execução e avaliação do desempenho - Procedimento. QUANTO CUSTA? O custo x benefício do porcelanato líquido depende de alguns fatores, como o ambiente onde será aplicado. Em galpões com grande circulação de caminhões ou empilhadeiras, a solução pode ser mais barata do que aquelas que apresentam a mesma resistência. “O piso epóxi é um dos poucos que atinge a dureza de 40 até 80 MPa, necessária para esse tipo de situação”, informa Dantas. Já em laboratórios farmacêuticos ou indústrias de alimentos, o material consegue apresentar os requisitos de

limpeza por se manter livre de germes e infiltrações que podem aparecer nos rejuntes ou quinas das paredes e colunas. “Se os itens mais importantes do projeto forem funcionalidade, limpeza e beleza, o porcelanato líquido é a melhor opção”, destaca o especialista. PORCELANATO LÍQUIDO 3D Esta técnica, importada de Dubai e muito utilizada em pisos decorativos de empresas, tem ganhado cada vez mais espaço em residências de médio e alto padrão. O processo de aplicação é o mesmo do piso epóxi para a formação da base, entretanto, em vez da pintura com pigmentos, aplica-se a seguir um adesivo especial na base selada. O acabamento é feito com resina de alta resistência de 2 a 3 mm de espessura, o que confere ao piso um aspecto vitrificado. “Quando olhamos de determinado ângulo, fica a impressão de que a imagem está saltando do chão”, descreve Dantas. Fernando Dantas Especialista em pintura epóxi, tratamento de juntas de dilação, lábio polimérico, desplacamentos, trincas e lapidação


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Pré-instalação e esperas de ar-condicionado para novos imóveis A construção civil é um dos setores que mais cresce no Brasil. O desenvolvimento deste mercado trouxe facilidades em linhas de crédito, fazendo com que mais brasileiros conquistem o sonho da casa própria. E para atender a demanda, as construtoras estão padronizando alguns itens nas novas moradias, como é o caso das pré-instalações para arcondicionado split. Esta nova opção traz agilidade para o usuário que pensa em adquirir um ar condicionado split na casa nova. Porém, pode ser tornar uma dor de cabeça quando feita sem planejamento técnico. A pré-instalação para ar-

condicionado é a prática que consiste na organização prévia de pontos de espera para receber um ou mais aparelhos de ar condicionado em imóveis residenciais ou comerciais, sem que seja necessário qualquer intervenção na alvenaria, elétrica, hidráulica, pinturas ou acabamentos. A pré-instalação engloba aspectos diversos do sistema de ar-condicionado split, como fiação elétrica, dreno e tubulação, fazendo interface com os projetos arquitetônico, estrutural, hidráulico e elétrico, razão pela qual é prudente que seja definida ainda na fase de projetos da obra. Uma pré-instalação

criteriosa, definida e executada com responsabilidade, contendo os tubos de cobre nas bitolas e espessuras adequadas ao dimensionamento da carga térmica do ambiente, conduítes com alma interna lisa e cabo guia de aço, espera elétrica com cabos dimensionados para a carga do condicionador, proteção elétrica por disjuntor individual para cada condicionador de ar, e com rede para escoamento da drenagem resultante da condensação, em direção ao esgoto pluvial e realizada em tubos de PVC com bitolas igualmente adequadas ao volume e distância do escoamento d’água, traz agilidade para o técnico 35


na hora de instalar o aparelho e, consequentemente, para o usuário. Quando feita sem critérios e sem acompanhamento técnico, as consequências podem ir desde a necessidade de remoção dos tubos e demais materiais aplicados na obra, com necessidade de quebra da alvenaria e remoção de acabamentos cerâmicos para a colocação de uma pré-instalação adequada ao condicionador ar, ou modificações de posicionamento da espera junto a unidade interna, onde também se faz necessário a quebra da parede de alvenaria, ainda que em menor escala. Outra situação da falta de acompanhamento técnico é a possibilidade de amassamento ou furo nos tubos de cobre instalados dentro da alvenaria, prejudicando o rendimento ou impedindo o funcionamento do condicionador de ar. Recomenda-se que o morador faça uma verificação nos pontos de espera antes da entrega do imóvel. Para isso, ele deve chamar um profissional técnico de sua preferência para acompanhá-lo na obra. Verifica-se então, a olho nu, a existência de uma caixa de espera, embutida na alvenaria, no local que será ocupado pela unidade interna, que deverá conter as pontas dos tubos de cobre, devidamente isolados termicamente, a ponta do conduíte de alma lisa, preferencialmente com 25 mm de diâmetro, contendo o arame guia,

espera para a conexão de dreno e elétrica. O mais eficiente isolante térmico para tubos de cobre é a espuma em borracha elastomérica extrusada expandida sem emprego de CFC e de estrutura celular fechada, embora existam outros materiais disponíveis no mercado. Os tubos devem estar, no mínimo, com as extremidades lacradas, sendo que o mais seguro é que estejam pressurizados por nitrogênio, o que pode ser avaliado com a aplicação de equipamento específico pelo profissional técnico, que também irá verificar se as bitolas e espessuras dos tubos de cobre estão adequadas à aplicação do condicionador de ar definido pelo dimensionamento prévio da carga térmica do ambiente a ser climatizado. É importante ressaltar que se faz necessário confirmar o espaço deixado para a aplicação das unidades interna e externa, pois,

além de contemplar o tamanho das unidades, é necessário que se respeite as folgas mínimas em altura, largura e profundidade solicitadas pelo fabricante para o correto funcionamento do condicionador de ar. Existe mais de um tipo de pré-instalação. A pré-instalação mais comum e a que fica embutida na alvenaria, perfeitamente incorporada ao projeto de construção. Para as obras construídas com blocos estruturais de concreto, onde não é possível embutir a préinstalação, costuma-se deixa-la aparente, podendo receber um acabamento em gesso ou noutro material. Também podemos denominar de pré-instalação a viabilização do caminho mecânico por onde passarão as tubulações no momento da instalação do condicionador de ar, deixandose furos em vigas e pilares, espera elétrica e hidráulica, mas, sem os tubos de cobre e conduítes. O tipo irá variar conforme o projeto de engenharia adotado por cada empreiteira. As esperas deveriam ser uma prática incorporada naturalmente em projetos de todos os tipos. Entretanto, atualmente, apenas 20% das empresas construtoras seguem as orientações indicadas por profissionais capacitados para a realização das pré-instalações de ar-condicionado split.

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Móveis Planejados geram conforto e podem até ser mais baratos Jean César Rouquet O mobiliário fixo da casa é sempre um grande investimento, já que precisa durar muito tempo e ainda ser bonito e prático. Para muita gente, a tarefa de escolher nem sempre é uma missão fácil; cada vez mais as pessoas têm procurado comprar e a decorar ambientes com móveis planejados, de forma que a possibilidade de aperfeiçoar os espaços interiores apresentam grande vantagem. Mas, muitos ainda não procuram o serviço, por pensar ser muito mais caro que comprar móveis prontos, no entanto por muitas vezes o custobenefício pode ser muito maior. Cômodos pequenos e

pouco espaço para guardar muita coisa estão entre os principais motivos apontados pelos usuários para planejar móveis para os cômodos da casa. A p r o v e i t a n d o cada centímetro com móveis sob medida, o uso dos espaços fica mais racional. Além disso, móveis planejados podem conferir bemestar aos usuários. Embora um pouco mais caros, por não serem feitos em escala industrial, eles costumam durar mais, porque a maioria das empresas confecciona toda a estrutura do móvel com materiais de boa qualidade. Segundo Leonardo Vasconcelos, atualmente, as grifes de

planejados dispõem de soluções para todos os ambientes internos da casa, como cozinha, lavanderia, banheiro, closet, home theater e home office. “A missão de mobiliar o espaço pode ficar fácil se você investir nos móveis certos. Para várias situações, como a montagem de um home theater, um quarto, uma adega e uma biblioteca, eles são mais eficientes do que as peças padronizadas e tem opções que se adequam ao projeto e ao gosto do cliente”, comenta Leonardo. Segundo ele, o preço maior no projeto e nas peças pode passar a ser compensador quando se imagina a durabilidade do material: quem 39


monta prefere usar corrediças de metal e estruturas mais reforçadas, que duram mais. “Um móvel planejado pode ser desmontado e montado muitas vezes e continuará firme”, afirma. Outra vantagem é que você pode transformá-lo e adequá-lo a outro ambiente ou desmontá-lo e montá-lo novamente sem que o móvel sofra danos a sua estrutura e acabamento. “Isso porque não é costume usar pregos e parafusos para o sistema de finalização das peças”, explica. Além de preço, o espaço e as necessidades específicas de cada usuário também são

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determinantes na hora da escolha. “Com esses móveis, é possível desenvolver diferenciais e destacar em cada ambiente a preocupação com o bem-estar e a qualidade de vida de seus usuários”, pontua o empresário. Para uma pessoa mais alta ou mais baixa que a média, a altura dos móveis vai conferir conforto e ergonomia. “Os móveis são feitos para a sua necessidade e na sua casa é ideal não haver obstáculos para você usar, por exemplo, a pia ou um armário”, conta. Além de tamanho e divisões, há quem prefira os planejados e sob medida porque é possível escolher cores

e materiais utilizados. “Vidro, madeira ou a cor que o cliente prefere. Nós podemos projetar para ficar do jeito que a pessoa sonhou”, garante. Optar por planejados também pode trazer outras vantagens, como moveis com ferragens mais resistentes, já que as marcas costumam ser importadas e superiores ás empregadas por marcenarias, e vantagem na manutenção, já que algumas oferecem assistência permanente ou se dispõem a realizar reparos e resolver problemas mesmo depois de anos.


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Arquitetos alemães querem produzir no Brasil fachada que filtra poluição do ar Feito com nanotecnologia, material está sendo empregado em vários países, mas enfrenta burocracia para ser trazido ao Brasil, dizem seus criadores. Em busca de soluções para reduzir a poluição atmosférica, uma dupla de arquitetos de Berlim desenvolveu uma fachada inteligente que purifica o ar e criou um material de construção que ajuda a reduzir os níveis de gases do efeito estufa. Ambas as tecnologias poderiam ajudar a solucionar problemas de muitas cidades brasileiras. Porém, uma tentativa de construir uma fachada antipoluição no Brasil já fracassou devido à burocracia. Criada pelos arquitetos Allison Dring e Daniel Schwaag, a fachada Prosolve começou a ganhar destaque em 2008, quando seu protótipo foi

exposto no pavilhão da Alemanha na Bienal de Arquitetura. Em 2013, os arquitetos entregaram o primeiro grande projeto com esse sistema: uma fachada de 2,5 mil m² construída em frente a um hospital na Cidade do México. A ideia era melhorar a qualidade do ar em torno do local. O sistema Prosolve contém um revestimento feito de uma nanoestrutura de dióxido de titânio. Ao ser ativado pela luz solar, esse revestimento funciona como um filtro, neutralizando óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis que entram em contato com sua superfície. O formato dos módulos auxilia na potencialização desse efeito.

Com o sucesso do projeto no México, apareceram interessados em levar a fachada para Brasil, segundo Schwaag. Para isso, porém, seria necessário importar os módulos produzidos na Alemanha, mas isso acabou se tornando um empecilho. “Havia um grande interesse de construir uma fachada no Rio de Janeiro, mas, no decorrer das conversas, surgiu a dúvida se o material seria liberado pela alfândega e também quanto tempo duraria essa avaliação local, o que poderia gerar custos muito altos”, diz o arquiteto. Assim, a tentativa não saiu do papel. Schwaag acredita que a melhor maneira para levar essa tecnologia ao Brasil seria encontrar 43


um parceiro local para produzir os módulos. “Dessa forma, também estaríamos contribuindo com a economia do país e criando empregos”, ressalta. Ar mais limpo De acordo com Schwaag, a fachada poderia melhorar a qualidade do ar em bairros de grandes cidades brasileiras, ao serem instaladas em pontos onde há grande produção de poluição, por exemplo, próximo de grandes avenidas ou cruzamentos movimentados. A tecnologia não é interessante só para o Brasil. A poluição atmosférica é um problema global. Em um relatório divulgado em meados deste mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que ela causa mais de 3 milhões de mortes prematuras por ano. E, por ser um problema global, o escritório berlinense tem clientes em vários países. Atualmente, os arquitetos desenvolvem fachadas para o Chile e a Índia, além de outros países asiáticos e do norte África. Schwaag diz que seus clientes buscam uma solução estética e sustentável para melhorar a qualidade do ar. Curiosamente, não há nenhum 44

projeto da Prosolve na Alemanha. “Falta coragem, ou melhor, disposição de admitir que vivemos em cidades poluídas na Alemanha”, opina o arquiteto. Ele acredita que a existência da Prosolve em frente a uma construção revela que o ar é poluído na região, problema que os alemães se recusam a reconhecer. “Colocar a solução é admitir o problema.” Schwaag afirma que os preços das fachadas variam de acordo com tamanho, taxas locais de importação e qualidade do material usado na fabricação dos módulos. Atualmente, a base dos módulos é composta de plástico, mas os arquitetos de Berlim estão desenvolvendo um material para tornar a Prosolve mais sustentável e auxiliar no combate aos impactos do aquecimento global. ‘Made from Air’ Após alguns anos de pesquisa, Dring e Schwaag apresentaram no ano passado um protótipo do “Made from Air” (“Feita de Ar”, em tradução livre), uma fachada feita com o HexChar, material de construção feito com uma tecnologia que retira carbono da atmosfera e produzido a partir de resíduos de biomassa.

Metade do HexChar é composto por carbono atmosférico. “Transformamos o gás em carvão. Para cada tonelada produzida desse material, prensamos uma tonelada de dióxido de carbono”, ressalta Schwaag. A técnica de retirar dióxido de carbono da natureza ao evitar que gases do efeito estufa de resíduo de biomassa sejam lançados na atmosfera e transformá-los em produtos é um dos métodos defendidos por especialistas em clima para reduzir os impactos do aquecimento global, sendo inclusive recomendado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) daONU. Dring e Schwaag ainda trabalham no aperfeiçoamento do HexChar, que atualmente é usado apenas em fachadas. A ideia é desenvolver a tecnologia para a produção dos módulos da Prosolve, além de criar um material para ser utilizado na construção de casas completas. No futuro, os arquitetos pretendem produzir o HexChar onde essas fachadas e as futuras casas serão construídas. “Estamos procurando produtores de biomassa para fabricar localmente esse material, como, por exemplo, no Brasil”, conta Schwaag.


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Móveis laqueados: tendência também nos planejados Jean César Rouquet

Há algum tempo que se vê em decoração de interiores o uso de móveis laqueados. Das peças antigas e revitalizadas às modernas, a aplicação do acabamento em laca confere beleza, sofisticação e personalidade aos espaços. Entretanto, a tendência agora é atribuir esse acabamento sofisticado aos móveis planejados, proporcionando, assim, mais sofisticação aos ambientes, além de uma gama imensa de combinações de cores e texturas. Segundo o arquiteto Adriano Negrini, ao comparar móveis tradicionais com os laqueados, a diferença vai muito além da aparência: o processo de fabricação também é mais complexo e passa por etapas de preparação da peça, como o lixamento, a aplicação da tinta e a 46

secagem. Móveis em laca também chamam a atenção pelo acabamento impecável: não possuem emendas e permitem a aplicação de detalhes na textura, que pode ser com pintura fosca ou com alto brilho. Para o arquiteto, incluir algum móvel em laca na decoração é uma grande alternativa. ”Independente do conceito adotado, eles trazem um toque de ousadia e irreverência aos projetos. Além disso, trabalhar com uma cartela de cores rica facilita a decoração da casa ou de um ambiente específico. Se aplicada aos móveis, essa gama de tonalidades fica ainda mais interessante; seja nos pequenos detalhes ou em grandes estruturas, a tendência vem ganhando espaço

nas casas dos mais antenados”, comenta. Ainda de acordo com ele, as opções do material podem ser usadas em diversos ambientes – quartos, cozinhas e até banheiros. Contudo, a maior aposta é na decoração das salas e quartos. Para Adriano, lacas com brilho são ótimas para painéis e estantes, enquanto tampos e bancadas acabam levando o acabamento fosco. Quanto às cores, opções não faltam. As lacas deixam de lado a padronização, permitindo uma mistura de estilos e formas que podem transformar o ambiente. Os adeptos de um estilo contemporâneo podem investir em tons de azul, amarelo, laranja e vermelho, ideais para serem aplicados, principalmente, em armários e mesas de centro.


Arquitetura de vidro: Novas possibilidades O vidro é um elemento amplamente utilizado na arquitetura. A chamada arquitetura de vidro vem ganhando força nas últimas décadas. Os edifícios com fachadas inteiramente de vidro, comuns em meios corporativos, tornaram-se famosos nas grandes cidades do país. Mas, muitos questionam a capacidade térmica dessas construções e a eficiência energética da mesma. Afinal, é possível construir um prédio com uma fachada inteiramente envidraçada e ainda assim obter conforto térmico ideal? Antes, quando haviam poucas opções de vidros no mercado, as edificações com esse tipo de fachada eram

sinônimo de preocupação. Muitos questionavam o conforto térmico proporcionado por elas e a sua eficiência energética. Com o surgimento de novas tecnologias foi possível produzir diferentes tipos de vidros, que hoje contradizem essa ideia de que todo prédio envidraçado é sinônimo de gasto de energia. Mas apesar da nova gama de possibilidades na indústria do vidro, uma coisa é fato: as fachadas envidraçadas necessitam muito planejamento e cuidado para evitar que os edifícios se transformem em grandes estufas consumidoras de energia. É necessário considerar o bioclima do local e simular a incidência solar. As novas opções no mercado como os vidros low-e

Ana Spinelli (low emissivity glass), os vidros insulados e os serigrafados permitem novas possibilidades para tornar os edifícios mais eficientes em termos energéticos. O vidro low-e, foi inicialmente criado para atender às necessidades de países com clima frio, onde era preciso um aquecimento no interior da edificação. Para ser usado em países com clima quente, o low-e foi adaptado e agora possui uma camada que permite a passagem de luz (transmissão luminosa de 70% a 80%) e ao mesmo tempo reflete parte da radiação solar (entre 8% e 10%), principalmente as radiações de infravermelho. Já o vidro insulado é um eficiente isolante do fluxo 47


de calor por condução. Ele é composto por duas ou mais camadas, separadas entre elas por câmaras de ar, que atuam como isolantes e reduzem a transmissão de calor do meio externo para o interno. Para melhorar ainda mais a eficiência do vidro insulado, é possível utilizar um vidro refletivo na parte externa, dessa maneira além de um bom controle solar, o vidro manterá uma alta transmissão luminosa. Por último, mas não menos importante, temos o vidro serigrafado, ainda pouco explorado nos projetos arquitetônicos no território nacional. Produzidos a partir da aplicação de um composto cerâmico pigmentado em sua superfície, esse tipo de vidro pode ser encontrado com diferentes padrões e desenhos, e prometem reduzir a absorção solar, permitir a passagem do sol e ainda possibilitam mais segurança aos pássaros, já que são mais visíveis na paisagem.

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Decoração com madeira: Como compor e harmonizar? A madeira é muito utilizada para compor o décor. Aliás, ela foi e continua sendo excelente material para construções, por ser resistente, durável e fácil de trabalhar. Enquanto isso, a decoração com madeira traz aspecto rústico muito elegante, verdadeiro mix de sofisticação e pegada campestre. Mas o melhor, é que a madeira cai bem com tudo! Ou seja, é simples de deixar o ambiente harmonizado com objetos, móveis e revestimentos de madeira. Motivos para decorar com madeira Muita gente está apostando na decoração com madeira e existem alguns motivos para isto. O primeiro, é o palpite positivo dos arquitetos e designers de interiores. Muitos incluem madeira nos projetos e confirmam a sofisticação que ela traz para os ambientes. Mas outro motivo, sem dúvidas, é o aconchego que a madeira proporciona. A matériaprima é um tipo de isolante térmico que mantém o espaço com temperatura confortável, além de reforçar o contato com a natureza.

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Pisos de madeira Os pisos de madeira existem há muito tempo e sempre foram sinônimos de elegância. Eles caem bem em qualquer parte da casa: salas de estar, jantar, quartos, varandas, home offices, etc. Em geral, os ambientes com piso de madeira costumam ser mais iluminados, em relação a outros tipos de piso, sem falar que eles dispensam grandes investimentos em acessórios de decoração, já que eles podem ser o item principal da decor. Revestimento de paredes Uma das tendências de decoração é o revestimento de parede e, a madeira se destaca entre os materiais que podem ser utilizados. Vale repetir aqui que a madeira é altamente resistente, simples de manusear e tem longa duração. Mas ela também ajuda a manter climatização agradável e dá ar natural para a decoração. Existe uma série de estilos, cores e texturas para a decoração com madeira em revestimentos.

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Móveis e acessórios Móveis de madeira também são utilizados há muito tempo para decorar. Mas atualmente eles têm sido ainda mais utilizados, devido ao estilo rústico em alta. A melhor parte é que os modelos de madeira crua ficam ótimos com qualquer composição, cores e acessórios. Móveis tingidos de branco ou preto são outras opções interessantes já que são cores neutras e fáceis de harmonizar. Já para quem prefere ambientes mais alegres, existem vários móveis e acessórios de madeira que levam cores mais quentes.


Madeira de demolição Outra queridinha da decoração com madeira são as de demolição. Quem nunca ouviu falar em pallets ou caixas de feira, não é mesmo? A madeira de demolição revolucionou a decoração nos últimos anos, dando ar charmoso para os ambientes que ficaram cheios de personalidade. A tendência faz tanto sucesso, que alguns acessórios e móveis estão aparecendo com aspecto “velhinho” para fazer juz ao estilo da vez.

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Como decorar o jardim com pedras O jardim é a área exterior de uma casa, na qual os moradores podem passar algum tempo ao ar livre, se dedicar à jardinagem e decorar o espaço em redor da habitação. Existem vários estilos de jardimpossíveis de recrear no exterior de sua casa, sendo que um dos mais populares é o jardim com pedras, pela sua fácil manutenção. Definindo o espaço Existem infinitas possibilidades de decorar seu jardim com pedras, e será mais fácil colocar mãos ao trabalho se você estabelecer previamente onde pretende posicionar as pedras. Será que as quer exclusivamente

criando um percurso no jardim, ou delimitando o espaço da vegetação? Se optar por pedras maiores pode distribui-las pelo jardim, se forem menores pode dispô-las de modo a substituir o gramado. Tenha também em conta o espaço de que dispõe, pois ele

poderá limitar o uso de pedras no seu jardim. Quando se trata de um jardim de grandes dimensões, você pode experimentar vários tipos de decoração com pedras, mas quando o jardim é pequeno, é preferível que escolha apenas uma forma.

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Escolhendo as pedras A escolha das pedras dependerá do efeito decorativo desejado, possibilidades econômicas e gosto pessoal. Em geral, quanto maiores forem, mais caras serão, sendo que as pedras mais acessíveis são as de cor mais escura. Segue uma lista dos tipos de pedras mais populares na decoração de jardins: • Seixos: pedras de formato arredondado facilmente encontradas em leitos de rios; • Brita: pedra de formato grosseiro, pequena e geralmente de cor cinza ou branca; • Mármore e granito: pequenas pedras polidas semelhantes a seixos; • Pedra vulcânica: pedras perfuradas, ideais para colocar espalhadas pelo jardim; • Dolomita branca: uma boa alternativa aos seixos de cor branca; • Pedriscos: pedras de tamanho pequeno, geralmente saraiva miúda ou brita; • Argila expandida: não é considerada pedra mas é usada como tal na decoração de jardins. Preparando a decoração Misturar vários tamanhos e cores de pedras é uma dica simples para conseguir um efeito decorativo e bonito em seu jardim. Para que as pedras não se misturem, você pode facilmente delimitar o espaço delas fazendo uso de delimitadores de grama, acessório que o ajudará também a criar eficazmente curvas de pedras em seu jardim. Outro elemento importante a adquirir é a manta de Bidim, ou manta de jardim, sobretudo se você escolher usar pedras pequenas no seu jardim. Ela o ajudará a separar a terra das pedras, conseguindo que elas não se enterrem e se mantenham limpas mesmo em dias de chuva. Para a ajudar a decidi como pretende seu jardim decorado com pedras, faça um esquema de paisagismo, definindo o local para as pedras e para a vegetação. Uma ideia charmosa écultivar uma planta que pretende destacar e rodeá-la na pedras dispostas em faixas de cores diferentes. 56


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As cidades estão cada vez mais cinza. O concreto domina os grandes centros deixando as pessoas mais angustiadas e tristes. Não é toa que a presença do verde está sendo cada vez mais solicitada pelos clientes para suas moradas. Os jardins verticais, com sua bela força escultórica, pede passagem trazendo mais cor e um cheirinho delicioso de ar puro e de terra molhada ao interior das residências. Para te inspirar, veja abaixo alguns tipos de jardins verticais:

Jardins Verticais

Jardim vertical feito de Rphisalis Essa planta é muito utilizada em nossos projetos, pois se adéqua muito bem a áreas sombreadas, espaços internos, é muito resistente e tem um poder escultórico muito grande. Gostam de muita umidade e devem ser bastante pulverizadas durante o seu período de crescimento. São extremamente tóxicas e, por isso, devem ser colocadas em locais bem altos para que crianças e animais não possam ter contato.

Jardim vertical Samambaias

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feito

de

Elas lembram florestas tropicais e já foram cultivadas por nossas avós e mães. Entram e saem da moda constantemente. Atualmente, estão em alta no décor. São em geral de cultivo à meia sombra, solo levemente úmido (rega deve ser frequente, mas não pode encharcar o solo), rico em matéria orgânica. Necessitam de luz para fazer fotossíntese, mas não luz direta que pode queimá-la. São lindas e deixam qualquer ambiente muito mais agradável.


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