blueauto nº 6
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janeiro 2018
à descoberta do futuro do automóvel
calendário
Novidades Mercedes carregamento elétrico
Pagamento avança até ao verão novos modelos
Este suplemento faz parte integrante do jornal PúBlico e não pode ser vendido separadamente
BMW X3 Volvo XC40 Hyundai Kauai dossier
A história dos veículos elétricos guia
Modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal ao volante
sMart forfour ElEctric DriVE
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à Descoberta Do Futuro Do automóvel
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editorial
Um novo ano... O novo ano que agora começa promete, e muito. Pelo menos no que diz respeito à mobilidade automóvel. De facto, tudo indica que nos preparamos para assistir, em primeira mão, ao ano que vai marcar o início de uma nova era na indústria automóvel e acima de tudo no modo como esse bem tão precioso é “consumido”. Essa antecipação, tudo menos arriscada, é confirmada por tudo aquilo que 2017 já prenunciou e também pelas notícias, novidades e promessas tornadas públicas logo no arranque deste novo ano. E as mudanças anunciadas são muitas e de grande importância e significado... Basta pensarmos, antes de mais, que entre os novos modelos de automóveis que o consumidor passará a ter à sua disposição ao longo deste novo ano vai estar já um alargado número de opções de motorização híbrida ou 100% elétrica, e opções de tal forma importantes em quantidade e qualidade que será mesmo em 2018 que este tipo de oferta deixará seguramente de continuar a poder ser considerada apenas simbólica. Mais do que isso, será este o ano em que vamos assistir à consolidação da aposta em novas gerações de sistemas de propulsão por parte de um número crescente de fabricantes, como se comprova pelos anúncios de lançamentos já divulgados (e de que esta edição faz eco), incluindo a novidade, há um ano perto do inimaginável, de novos modelos nos quais já não vão estar previstas motorizações a diesel. A ajudar a que cada vez mais consumidores se interessem pelos híbridos e elétricos o facto de para este novo ano estar confirmada a manutenção dos benefícios fiscais e incentivos diretos do Estado já conhecidos (tal como antecipámos aqui há um mês). Por outro lado, a expansão da rede de carregamento elétrico (que esta edição confirma crescer a ritmo acelerado e até mais rápido do que o previsto, embora não se saiba ainda quando – e quanto – se vai começar a pagar para recarregar) será outro importante incentivo (neste caso, prático) à aquisição de um automóvel desse tipo, cujas vendas bateram, claro, todos os recordes no último ano. A que se soma ainda um importante, decisivo mesmo, fator diretamente relacionado com esse, que é o da autonomia dos veículos elétricos, cada vez mais reforçada e cada vez menos limitativa, mesmo já hoje. Falando nisso, os avanços tecnológicos oferecidos pelas baterias e sistemas elétricos também não se vão ficar pela maior autonomia, uma vez que novas gerações de componentes e novas tecnologias de carregamento se preparam para revolucionar, muito em breve, sobretudo o tempo que leva a “abastecer” de eletricidade estes novos automóveis. Alguém pode ainda duvidar que, no que se refere à mobilidade automóvel, 2018 vai ser verdadeiramente um novo ano?... n
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sumário 06 13 16 22 25 26 30 36 42 46 48 52 56 58 59 66
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especial O automóvel e as tecnologias do futuro
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testemunho de um utilizador de veículo elétrico
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Peugeot 308 estreia novos motores compatíveis EURO 6.2d Grupo BMW chegou aos 100.000 veículos elétricos em 2017 O Grupo BMW cumpriu a promessa feita no início de 2017, ao ter conseguido no último ano fornecer mais de 100 mil automóveis eletrificados a clientes de todo o mundo. Um resultado que o construtor alemão destaca vir reforçar o seu estatuto de líder na mobilidade elétrica. “Um feito importante, mas ainda assim apenas o começo”, promete Harald Krüger, Presidente do Conselho de Administração da BMW AG. Reafirmando a mobilidade elétrica como parte essencial da sua estratégia corporativa, o Grupo BMW quer oferecer em 2025 nada menos do que um total de 25 modelos eletrificados, entre veículos 100% elétricos e híbridos ‘plug-in’.
Lançado no mercado nacional em setembro último, o novo Peugeot 308 é o primeiro modelo do Grupo PSA a estrear três novos motores – uma a gasolina e dois turbodiesel – que respeitam já a normativa europeia EURO 6.2d em matéria de emissões poluentes. Num processo que será gradualmente alargado a outros modelos da marca, as carroçarias berlina e carrinha do 308 passam assim a estar disponíveis na rede de concessionários Peugeot com o novo bloco a gasolina 1.2 PureTech de 130cv, associado a uma também nova transmissão manual de 6 velocidades (CVM6); bem como com o novo motor diesel 1.5 BlueHDi de 130cv, também com a caixa CVM6; e ainda com o novo propulsor diesel 2.0 BlueHDi de 180cv, este com uma inédita transmissão EAT8 (automática de 8 velocidades) com comando ‘Shift and Park by wire’. Além dos ganhos em performance, dinâmica e menores consumos, estas três novas motorizações Peugeot agora estreadas no novo 308 destacam-se por anteciparam em nada menos do que dois anos a norma EURO 6.2d, cuja adoção será obrigatória a partir do ano 2020 e que impõe nomeadamente que as emissões de óxidos de azoto (NOx) dos motores, em condições reais, não excedam 1,5 vezes as registadas durante os testes no banco de ensaios.
Objetivo Toyota: 5,5 milhões de veículos eletrificados até 2030 A Toyota prepara-se para adotar a eletrificação em toda a sua gama de veículos das marcas Toyota e Lexus. A estratégia da Toyota para a massificação dos automóveis elétricos na sua oferta a disponibilizar entre 2020 e 2030 foi anunciada em dezembro, com o construtor japonês a apostar agora em acelerar o desenvolvimento e lançamento de veículos mais eficientes e que promovam o uso de combustíveis alternativos, sejam eles híbridos (HEV), híbridos ‘plug-in’ (PHEV), 100% elétricos (BEV) ou a pilha de combustível (FCEV). Dessa estratégia fazem parte os objetivos de disponibilizar por volta do ano 2025 todos os modelos Toyota e Lexus com pelo menos uma versão eletrificada; e de atingir por volta de 2030 vendas superiores a 5,5 milhões de automóveis eletrificados, incluindo 1 milhão de veículos zero-emissões. Assim, toda a gama Toyota e Lexus será eletrificada por volta do ano 2025, diz o fabricante. Para chegar a esses objetivos, a Toyota aposta em acelerar a oferta de modelos HEV, PHEV, BEV e FCEV dedicados e em generalizar as opções HEV, PHEV e/ou BEV disponíveis; bem como em desenvolver a próxima geração de baterias sólidas (planeando comercializar esta nova tecnologia já no início da década de 2020), além de apostar na reutilização/ reciclagem de baterias e na promoção de estações de recarga.
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supercarregadores tesla chegam a Portugal
Vendas de carros elétricos em Portugal: renault líder destacada em 2017 2017 foi um ano histórico na gama 100% elétrica da Renault. Quem o diz é a própria marca, ao divulgar as estatísticas de vendas registadas no ano que agora terminou: de acordo com a Renault, a sua gama de automóveis 100% elétricos foi líder destacada de vendas, com as 860 unidades vendidas (modelos ZOE + Kangoo Z.E.) a representarem mais do que o total do volume de mercado registado um ano antes (813 unidades). Segundo dados de mercado ainda a confirmar, a liderança poderá chegar ao ponto de um em cada dois veículos elétricos vendidos em 2017 em Portugal terem sido Renault. Só o modelo ZOE, com 751 unidades comercializadas (das quais 91,5% dizem respeito à nova versão Z.E. 40), vendeu quase tanto como todo o mercado no ano transacto. Com uma quota de mercado de 14,5% (veículos de passageiros + veículos comerciais ligeiros), a que corresponderam 37.785 veículos vendidos, a marca Renault liderou em 2017, pelo 20º ano consecutivo, o mercado automóvel em Portugal.
Os preçOs dO nOvO nissan LeaF Com o início da produção do novo Nissan LEAF na fábrica europeia de Sunderland (Reino Unido), a próxima geração do veículo elétrico mais vendido no mundo está oficialmente em curso e a contagem decrescente começou já para os primeiros clientes que vão receber os LEAF 2.Zero em fevereiro. Disponível para encomenda em toda a rede de concessionários da Nissan em Portugal a um preço recomendado de venda ao público que começa nos 31.800 euros, a segunda geração do Nissan LEAF chega ao mercado nacional com quatro níveis de equipamento. O de entrada, Visia, oferece um vastíssimo leque de equipamento de série, incluindo assistência ao arranque em subida, sistema de controlo inteligente de trajetória, escudo de proteção inteligente (com, entre outros, sistemas de anti-colisão com deteção de peões e travagem de emergência, alerta de manutenção de faixa, identificador de sinais de trânsito, detetor de fadiga do condutor e aviso sonoro de peões), chave inteligente I-KEY, e-Pedal (com sistema regenerativo), NissanConnect EV ou opções de carga normal e rápida; o nível N-Connecta já disponibiliza o sistema de condução autónoma Nissan ProPILOT; enquanto o topo de gama Nissan LEAF Tekna adiciona, entre outros, sistema de áudio BOSE com 7 altifalantes, faróis LED automáticos autorreguláveis e com sistema ‘Follow me Home’, e ainda, em opção, Nissan ProPILOT Park de estacionamento autónomo.
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Os condutores de veículos Tesla já têm acesso à rede global de estações Superchargers em Portugal. A primeira estação Supercharger, já em funcionamento, está localizada no Floresta Fátima Hotel, em Fátima, permitindo aos clientes conduzir confortavelmente entre Lisboa e Porto. Esta estação inclui 8 supercarregadores individuais. Adicionalmente, muito em breve a Tesla irá abrir a segunda estação de carga Supercharger no nosso país, esta localizada no L’And Vineyards, em Montemor-o-Novo, próximo da Autoestrada A6 e permitindo ligação com a região oeste de Espanha. A rede de supercarregadores da Tesla é promovida como a solução de carregamento mais rápida do mundo, com uma estação Supercharger a oferecer até 270 quilómetros de autonomia em apenas 30 minutos. A marca norte-americana anuncia ainda estar a expandir em Portugal o seu programa de pontos de carregamento no destino (atualmente são 44), disponível através de parcerias com hotéis, ‘resorts’ e centros comerciais, e que pode adicionar até 80 quilómetros de autonomia por hora aos veículos, que recarregam enquanto os proprietários Tesla vão às compras ou pernoitam num hotel.
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Breves n A Renault adquiriu 40% do capital do grupo de imprensa Challenges, com o objetivo declarado de acelerar o desenvolvimento de serviços editoriais a disponibilizar pelos automóveis equipados com tecnologias de condução autónoma conetados. n De acordo com a ACAP, o mercado automóvel nacional registou em 2017 um crescimento de 7,7% em relação ao ano anterior, tendo sido matriculados pelos representantes oficiais das marcas um total de 266.386 veículos automóveis novos. n Sendo neste momento a única marca com todo o seu portefólio com motores a combustão e elétricos, a partir de 2020 a Smart passará a comercializar apenas modelos elétricos. n Num projeto apoiado pelo Fundo Ambiental ao abrigo da Estratégia Nacional para a Mobilidade Elétrica, o Grupo AdP – Águas de Portugal acaba de adquirir 127 veículos ligeiros 100% elétricos para integrar a sua frota automóvel operacional. n A ‘start-up’ Aurora, sedeada em Silicon Valley (Califórnia), anunciou ter estabelecido parcerias com os construtores automóveis Volkswagen AG e Hyundai Motor Co. visando o desenvolvimento de sistemas de condução autónoma. n Em 2017 os veículos eletrificados BMWi e BMW iPerformance registaram em Portugal um aumento de vendas de 238%, com um total de 1.235 unidades vendidas. n As Câmaras Municipais de Lisboa, Oeiras e Cascais estão a estudar a hipótese de criar uma via exclusiva dedicada aos transportes públicos na autoestrada A5 (que liga Lisboa a Cascais).
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Jaguar I-PACE caraterísticas e preços em março A Jaguar vai revelar em março próximo os preços e caraterísticas definitivas do seu muito esperado SUV elétrico de alto rendimento, I-PACE. A marca adianta que na mesma altura irá disponibilizar a lista de pedidos para as configurações completas do seu primeiro veículo 100% elétrico. Enquanto se espera pela apresentação mundial do I-PACE, a marca britânica procedeu em Los Angeles aos testes finais de validação do seu modelo, depois de uma fase de ensaios ao longo da qual mais de 200 protótipos de produção em série percorreram um total de 2,5 milhões de km. Nesta última fase de testes, os capítulos autonomia e durabilidade estiveram em grande destaque, com a Jaguar a revelar que um protótipo de produção em série do I-PACE percorreu 320 km com um único carregamento da sua avançada bateria de iões de lítio. O primeiro veículo 100% elétrico da Jaguar estará equipado com um sistema de carregamento rápido, sendo objetivo anunciado da marca conseguir que numa breve paragem a bateria passe de completamente descarregada para uma capacidade de 80%.
VolVo: noVa etapa na condução autónoma A Volvo Cars deu início a uma nova etapa no desenvolvimento dos seus futuros automóveis equipados com tecnologias de condução autónoma: a utilização de automóveis reais, em condições reais de trânsito. As duas primeiras famílias integrantes do projeto ‘Drive Me’ do fabricante sueco começaram assim a usar já no seu dia a dia pelas estradas da cidade de Gotemburgo modelos XC90 equipados com a mais recente tecnologia de assistência à condução, com um conjunto de câmaras e sensores que monitorizam o seu comportamento e que transmitem ao automóvel toda a informação proveniente do exterior, fornecendo dados que serão depois analisados pelos engenheiros da Volvo. A estas duas famílias pioneiras seguir-seão, no início do próximo ano, mais três. Durante as primeiras etapas do projeto, os condutores poderão manter as mãos no volante e supervisionar a condução a todo o momento. No entanto, ao longo do tempo irão sendo introduzidas tecnologias de assistência à condução mais evoluídas. Nos próximos quatro anos, cerca de 100 pessoas estarão envolvidas neste projeto ‘Drive Me’, cujos resultados irão desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento do programa lançado pela Volvo Cars que tem como objetivo anunciado a comercialização de um automóvel completamente autónomo já a partir de 2021.
Novo site Lexus
A Lexus acaba de lançar o novo site Lexus.pt, com um visual renovado e potencialidades de navegação acrescidas. Com um design totalmente novo, este site dá início à estratégia da Lexus para a Europa que pretende proporcionar ao consumidor uma experiência impactante e única da marca ‘premium’ do grupo Toyota, permitindo a consulta mais rápida e mais eficaz, além de apresentar uma navegação adaptada aos novos meios de acesso móveis como os tablets ou smartphones, mas também beneficiando a consulta através de um computador, com uma estrutura mais responsiva e intuitiva. Os visitantes do novo site Lexus vão poder obter as últimas notícias da marca, pedir informações, gravar catálogos e até dar início ao processo de compra, com a personalização do modelo Lexus ao gosto de cada cliente para posteriormente dar continuidade a este processo num concessionário Lexus, através de um código QR.
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Hyundai cresce em Portugal Ao registar um crescimento de 43,2% nos veículos ligeiros, a Hyundai foi a marca do ‘top 20’ do mercado automóvel que mais cresceu em Portugal em 2017, repetindo assim o resultado conseguido no ano anterior e mantendo a tendência de crescimento consistente dos últimos anos. Esse crescimento, ainda mais relevante quando comparado com o total do mercado português de veículos ligeiros (que no último ano cresceu 7,6%), fez a Hyundai subir três posições no ‘top 20’ nacional das marcas automóveis. A manutenção da estratégia de renovação da marca, a consolidação da rede de concessionários e o alargamento da gama de produto com uma forte vaga de novos modelos (incluindo a chegada do IONIQ elétrico e híbrido ‘plug-in’, que se juntaram ao IONIQ híbrido; e do Kauai, que se tornou já num sucesso com a pré-venda das 100 primeiras unidades em apenas 15 dias), bem como a aposta em programas e recursos para a abordagem ao setor empresarial, são fatores destacados pela Hyundai como tendo contribuído para os resultados recorde obtidos em 2017.
Citroën C3 Aircross vence troféu ‘AUTOBEST’ O C3 Aircross, novo SUV compacto da Citroën, foi considerado como a “Melhor Compra Automóvel na Europa” na edição 2018 do ‘AUTOBEST’, galardão que distingue anualmente o automóvel que reúne mais votos entre os elementos de um júri composto por 31 jornalistas especializados, oriundos de outros tantos países europeus. Os automóveis candidatos são avaliados com base em 13 critérios, entre os quais a relação qualidade/preço, o design, o conforto e as suas tecnologias, bem como a qualidade dos serviços e a disponibilidade de peças de substituição nas redes de distribuição. Numa eleição que opôs seis modelos finalistas, o Citroën C3 Aircross venceu a 17.ª edição deste troféu. Igualmente finalista da competição “Carro do Ano” europeu 2018 (cujo vencedor será conhecido em março), o C3 Aircross insere-se na renovação agora levada a cabo pela Citroën e ilustra a ofensiva internacional da marca. Lançado em outubro último, este SUV compacto regista já mais de 30.000 encomendas na Europa.
Honda: simulador de condução revolucionário A Honda anuncia estar prestes a tornar-se no primeiro fabricante de automóveis do mundo a adotar a nova tecnologia com simulador de condução de última geração, baseada numa arquitetura revolucionária denominada DiM250 (Condução em Movimento), caraterizada por oferecer uma experiência tão próxima quanto possível da condução real atual. A maioria dos simuladores de condução fazem uso da tecnologia derivada de simuladores de voo e geralmente usam seis ativadores de movimento para disponibilizar seis níveis de liberdade de movimento. Para reproduzir com precisão as caraterísticas de movimento, manuseamento e aceleração do veículo num único simulador, o novo sistema DiM250 da série VI-grade usa já nove ativadores para criar intervalos de movimento adicionais, sendo único no setor, diz a Honda. A instalar no centro técnico da marca na Alemanha, este simulador de condução revolucionário servirá de apoio à Honda I&D Europa no desenvolvimento e testes a veículos de nova geração.
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PSA e Nidec juntas no fabrico de motores elétricos Com o objetivo de responder às necessidades da PSA, mas também de outros construtores, o grupo automóvel francês e a ‘holding’ Nidec Leroy-Somer do fabricante japonês com o mesmo nome decidiram juntar forças no campo dos motores elétricos. A ‘joint-venture’ resultante desta parceria será assim responsável pela P&D, fabrico e comercialização de motores elétricos no mais alto patamar do mercado, principalmente para o Grupo PSA, mas também para outros fabricantes, apoiando-se nos pontos fortes do construtor automóvel PSA e na experiência da Nidec Leroy-Somer no campo de motores e equipamentos elétricos. Esta associação vai permitir o desenvolvimento de uma gama de motores elétricos na vanguarda da tecnologia, com vista à sua aplicação em veículos eletrificados (semihíbridos, híbridos recarregáveis e 100% elétricos).
Concessionários Toyota com postos de carregamento elétrico A Toyota começou já a equipar a sua rede de concessionários nacionais com postos de carregamento para veículos elétricos. Utilizando os carregadores ‘EO Charging’, o concessionário Toyota no Seixal – AM Gonçalves II é o primeiro a nível nacional a receber um posto de carregamento, num projeto que será alargado a mais concessionários ao longo do ano. Este é mais um passo na materialização da visão de futuro e promoção da mobilidade sustentável da Toyota, diz a marca japonesa, que em 2017 celebrou 20 anos de eletrificação do automóvel através da tecnologia híbrida.
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Primeiro Porsche elétrico em ‘Mercedes-Benz User Experience’ em 2019 estreia
NAU Hotels & Resorts disponibiliza carregamento elétrico NAU Hotels & Resorts é o primeiro grupo hoteleiro português a disponibilizar aos seus clientes postos de carregamento de veículos elétricos nas suas 10 unidades. Este novo serviço resulta de uma parceria com a ZEEV, empresa especialista na oferta de soluções e serviços que incorporam energia renovável e mobilidade elétrica. Sabendo que a mobilidade elétrica passa por uma mudança de mentalidade e que vai estar muito assente em serviços, a NAU disponibiliza carregamento, enquanto os clientes usufruem das inúmeras comodidades do hotel. Os clientes podem otimizar o seu tempo de lazer e descanso enquanto os seus veículos elétricos são carregados. Os sistemas de carregamento instalados pela ZEEV são do tipo AC trifásico 22 kW que permitem carregar todos os tipos de veículos elétricos, sendo compatível com tipos de carga em modo 3. De fácil instalação e utilização, são concebidos para espaços de acesso privado. É a solução ideal para vivendas, condomínios ou escritórios. Os postos de carregamento encontram-se já em pleno funcionamento nestas 10 unidades, permitindo que os clientes se desloquem entre os hotéis usufruindo das vantagens económicas e ‘eco-friendly’ da mobilidade elétrica, sendo o serviço gratuito para todos os hóspedes que fizerem a sua reserva de estadia através do site do grupo ou central de reservas.
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Em grande destaque nas novidades exibidas pela Mercedes-Benz no ‘Consumer Electronics Show’ de Las Vegas (realizado entre 9 e 12 janeiro) esteve a estreia mundial do sistema ‘MBUX – MercedesBenz User Experience’, com o qual a marca pretende revolucionar a experiência do utilizador no habitáculo da sua nova geração de veículos compactos. Trata-se de um sistema multimédia intuitivo e inteligente que assinala – diz a Mercedes – uma nova era no infoentretenimento a bordo do automóvel. Recorrendo a tecnologia inovadora baseada em inteligência artificial e a um conceito operacional particularmente intuitivo que combina um ecrã tátil com ‘touchpad’ na consola central e comandos no volante com funcionalidades como navegação com realidade aumentada e controlo vocal inteligente com reconhecimento (ativado pela palavra-chave ‘Hey Mercedes’, dando acesso a um verdadeiro assistente virtual e a uma infinidade de possibilidades de conetividade), o MBUX pode ser individualizado adaptando-se a cada
utilizador, criando assim o que a Mercedes define como “uma ligação emocional entre o veículo, o condutor e os passageiros”. Além de uma nova e particularmente intuitiva experiência a comandar e aceder à informação e entretenimento a bordo, o MBUX apresenta como vantagem adicional a de reduzir a possibilidade de distração do condutor. Estará disponível já em 2018, estreando-se na nova geração do Mercedes Classe A.
Ford EcoSport apresenta ‘prateleira ninho de abelha’ Uma simples colmeia serviu de inspiração aos engenheiros no desenvolvimento da “Prateleira Ninho de Abelha”: um compartimento de carga leve e secreto que pode suportar 100 vezes o seu próprio peso, uma relação peso/resistência mais forte do que o aço. Desenvolvida para o novo SUV Ford EcoSport e concebida para ocultar objetos de valor na bagageira que podem ser frágeis, a prateleira ajustável é capaz de suportar cargas superiores a 300 kg, embora pese menos de 3 kg. “A capacidade que uma colmeia tem em formar uma estrutura extremamente rígida sem aumentar o peso foi já utilizada com grande sucesso em soluções altamente exigentes como foguetões espaciais, aviões a jato e automóveis superdesportivos. Por isso, foi a opção natural quando decidimos criar uma plataforma superresistente para a bagageira do EcoSport”, explicou Bettina Veith, Engenheira-Chefe Adjunta de Desenvolvimento do Ford EcoSport. Para conceber a “Prateleira/ Ninho de Abelha”, os engenheiros da Ford inseriram uma camada de células semelhantes a favos de mel, feita de papel reciclado e cola à base de água, entre duas camadas de fibra de vidro, leve e resistente. Esta solução de baixo peso também traz vantagens em termos do consumo de combustível.
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mobilidade elétrica
Rede de caRRegamento elétRico
pagamento avança até ao verão
A
rede nacional de carregamento de veículos elétricos continua a expandir-se. E o Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, reafirmou recentemente que a rede pública de carregadores para carros elétricos deverá estar concluída até ao final deste ano em todos os municípos do país. Antecipando-se assim o compromisso governamental que estimava apenas para finais de 2018 a instalação a nível nacional da totalidade dos mais de 1600 postos de carregamento previstos. Além da implementação acelerada dos postos públicos abrangendo todos os municípios, o Governo aposta também numa rede prevendo a possibilidade de “abastecimento” elétrico dentro dos limites de autonomia dos automóveis, tanto nos meios urbanos como nas estações de serviço das autoestradas, sabendo-se agora que a intenção é garantir que a distância entre os postos de carregamento não exceda nunca os 60 km. Se a rede pública de carregamento cresce mais rapidamente do que o previsto, no sentido contrário está a implementação da fase de mercado aberto, não havendo ainda previsão de quando exatamente os utilizadores de veículos elétricos começarão a pagar pelo carregamento das baterias nos postos públicos de carga rápida. Recorde-se que a fasepiloto da mobilidade elétrica deveria ter terminado no final do primeiro semestre do ano passado, tendo entretanto o início do carregamento a pagar sido adiado para depois do verão 2017, o que também não se concretizou. A data exata a partir da qual carregar um veículo elétrico nos postos da rede MOBI.E passará a ser pago depende do Ministério do Ambiente, mas quando questionado sobre esse tema o Ministro respondeu não ter ainda uma data para comunicar, afirmando apenas que isso irá acontecer muito em breve: “certamente que o pagamento passará a ser pago em Portugal antes do verão”, adiantou Matos Fernandes, confirmando estar ainda a decorrer o período de testes, incluindo testes de faturação, por parte dos operadores concessionários dos postos de carregamento. n
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atualidade
Breves n A Newsweek elegeu a Toyota como a marca automóvel mais ecológica do mundo, reconhecendo o seu percurso na busca por uma mobilidade sustentável. n A Porsche confirmou estar a trabalhar com a Audi no desenvolvimento de uma plataforma automóvel conjunta destinada a futuros modelos elétricos. n A Nissan anunciou ter já vendido o seu LEAF n.º 300.000 a nível global desde que o modelo foi colocado à venda em 2010. n O ZOE continua a ser líder também na Europa: em 2017 o modelo da Renault mantevese como o veículo elétrico mais vendido no Velho Continente, tendo mesmo aumentado em 38% o seu volume de vendas. n Reforçando a aposta na produção de veículos elétricos, a Volkswagen vai divulgar este ano os planos para o lançamento de um 4.º modelo na sua nova gama de automóveis elétricos ID, o qual irá assim juntar-se aos projetos já conhecidos ID, ID Crozz e ID Bus. n A Jaguar Land Rover anuncia que todos os seus futuros modelos terão acesso a uma avançada plataforma automotiva desenvolvida em parceria com a Qualcomm Technologies que faz com que os veículos contem com uma conetividade ultrarrápida. n A Toyota consolidou a liderança na comercialização de veículos eletrificados em Portugal, com as vendas nacionais de híbridos das marcas Toyota e Lexus a aumentarem 67,5% em 2017.
Peugeot eleita marca automóvel ‘Escolha do Consumidor 2018’ São já conhecidos os resultados do estudo anual “Escolha do Consumidor”, da responsabilidade do Consumer Choice – Centro de Avaliação da Satisfação do Consumidor. E na eleição 2018 a Peugeot voltou a conquistar o galardão na categoria “Marca Automóvel”, distinção que acontece pelo quinto ano consecutivo. A Peugeot foi premiada pelo conjunto dos 1.564 inquiridos, que lhe atribuíram o melhor índice de satisfação no seu setor (87.61%, uma evolução de 1,88 pontos face ao índice global de satisfação obtido há um ano). A iniciativa “Escolha do Consumidor” avaliou um total de 15 marcas automóveis, generalistas e ‘premium’, o respetivo nível de satisfação e sua aceitabilidade junto dos consumidores nacionais.
CDS-PP DeFenDe DeSConto naS PortagenS Para veíCuloS elétriCoS Das propostas alternativas ao Orçamento de Estado para 2018 apresentadas no final do ano passado pelo CDS-PP constava uma proposta de aditamento prevendo a criação de um desconto nas portagens para veículos amigos do ambiente (elétricos e híbridos). “Os veículos que incorporem motores elétricos capazes de mover o veículo de forma autónoma e que utilizem dispositivos eletrónicos para pagamento de portagens devem beneficiar de um desconto de 10% em portagens”, referia a proposta dos centristas, com o partido a acrescentar fazer todo o sentido que se continue a apostar em medidas que contribuam para a massificação dos automóveis amigos do ambiente.
n O Grupo BMW patenteou já os direitos de utilização de todas as designações desde BMW i1 até i9 e desde BMW iX1 até iX9, que poderão assim ser usadas em futuros modelos eletrificados.
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Ford vai lançar 40 veículos elétricos até 2022 A Ford vai acelerar o seu investimento na eletrificação e aposta em lançar um total de 40 veículos a propulsão elétrica daqui até 2022. A novidade foi avançada pelo próprio presidente do fabricante norte-americano, em vésperas do Salão Automóvel de Detroit. De acordo com Bill Ford, dessa gama de 40 veículos eletrificados 16 serão automóveis 100% elétricos e os restantes híbridos ‘plug-in’. Sabe-se também que a aposta da Ford passa por eletrificar modelos da marca já existentes. Este objetivo agora anunciado implicará, disse ainda o n.º 1 da Ford, um investimento na ordem dos 11 mil milhões de dólares.
ao volante
SMART FORFOUR No trânsito, é uma ‘limpeza’...
Uma chegada recente ao mercado, o smart passou a estar disponível com motores elétricos, efetivamente tornando-se aquilo que todos os automóveis preparados para a cidade deviam ser: um carro que funciona bem no apertado tráfego urbano, silencioso e que não emite gases de escape.
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ELECTRIC DRIVE
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ao volante
S
empre que olhamos para o smart, ficamos com aquela sensação que há ali qualquer coisa que não está bem... E depois lembramo-nos que é um carro feito quase exclusivamente para a cidade, e como tal a sua motorização ideal sempre deveria ter sido elétrica. A subsidiária da Mercedes também percebeu isso e para esta geração apostou mais em força na criação de uma versão elétrica. O smart electric drive está disponível em todas as variantes do compacto alemão, incluindo o smart forfour, que se torna um pequeno automóvel de quatro lugares ideal para dar umas voltas com os amigos. O principal problema vai ser encontrado ainda antes de começar a andar. Por 23.400 euros, o forfour elétrico custa quase o dobro da versão de entrada com um tradicional motor a gasolina e, embora este carro seja apelativo como transporte citadino para pessoas com mais meios, escolher passar do carro a gasolina para o elétrico torna-se mais difícil. A vantagem é que começa imediatamente a recuperar o investimento, pois a energia retirada de uma carga completa da bateria tem um custo bem menor que um depósito cheio de gasolina, e se o fizer nos postos públicos de carregamento Mobi.e nem está a pagar nada… por enquanto. Em termos de performance, não há nenhuma diferença no uso normal do smart elétrico, em comparação com o modelo normal. O motor do modelo elétrico debita 60 kW, ou 82 cv, ficando no meio entre as versões a gasolina de 71 e 90 cv, mas acelera melhor em baixa rotação, já que o binário é instantâneo. O andamento é mais comedido quando escolhe o modo de condução Eco, mas deveria optar por mantê-lo sempre li-
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Quanto aos consumos energĂŠticos, a bateria de 17,6 kWh acumula energia mais que suficiente para a cidade.
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gado, pois ajuda a manter os consumos de energia mais baixos. Quanto aos consumos energéticos, a bateria de 17,6 kWh acumula energia mais que suficiente para a cidade, mas pode ser um problema se tiver que fazer uma viagem de mais de 50 km numa direção e não tiver postos de carregamento no seu destino e se tiver que andar em autoestrada. Talvez uma variante com uma bateria maior, mesmo que seja só para a versão de quatro portas, fosse uma boa opção para a marca no futuro próximo. Dependendo do terreno e da velocidade, é possível fazer consumos melhores que os 13,1 kWh por 100 km anunciados, mas numa cidade com muitos desníveis este vai ficar mais próximo dos 14,5 kWh, e o recarregamento em travagem gera apenas uma pequena quantidade de energia. Finalmente, é sempre preferível encontrar um carregador rápido do que usar a tomada caseira para recarregar a bateria.
Espaço total Em termos de conforto, não há nada de diferente entre a versão elétrica e a versão a gasolina. O smart forfour já tinha sido concebido para ter o motor na traseira, o que acaba por ser uma benesse interessante para o espaço interior de um automóvel tão curto. Os ocupantes dos bancos traseiros não se sentem muito apertados em viagens curtas, em comparação com outros automóveis com as mesmas dimensões, e a bagageira mantém os mesmos 185 litros de capacidade da versão a gasolina. Em termos práticos, não há diferença no interior entre a versão a gasolina e a versão elétrica. O mesmo se passa em termos de comportamento. O smart forfour continua a preferir um ambiente urbano, onde consegue demonstrar melhor a sua agilidade, especialmente em curvas apertadas, assim como em manobras. Em estrada, a suspensão não é tão eficaz a lidar com irregularidades, especialmente na traseira, pelo que o carro não é tão confortável fora da cidade como dentro dela, mas faz o seu trabalho sem grandes dificuldades em estradas nacionais. Em termos de equipamento, o smart forfour electric drive vai além do que está disponível de série nas versões a gasolina, e o que mais se destaca é o ecrã tátil no tablier, com um acesso facilitado à maioria dos comandos. Além dos habituais comandos do rádio e de navegação, também pode controlar vários aspetos do consumo a partir deste ecrã, gerindo a capacidade da bateria, e encontrando as estações de carregamento mais rápido. Mas também pode controlar o consumo energético a partir do computador de bordo. Quando a bateria está a recarregar, pode verificar o estado de carga e tempo estimado através de um aplicativo para smartphone, o ‘smart control’. Tudo isto facilita bastante o uso do smart elétrico. n
Paulo Manuel Costa (texto)
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FICHA TÉCNICA Motor elétrico
Suspensão Autonomia Consumo
82 cv, bateria de iões de lítio, 17,6 kWh Traseira, caixa de variação contínua Multibraços às quatro rodas 160 km 13,1 kWh
PREÇO
23.400 €
Tração
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Além dos habituais comandos do rádio e de navegação, também pode controlar vários aspetos do consumo a partir do ecrã.
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calendário
NOVIDADES MERCEDES
Plano a longo prazo
Depois de um ano em que foi a quarta marca mais vendida em Portugal, a Mercedes quer continuar a subir na estima do público português, e para isso tem várias novidades preparadas para este ano e para os anos seguintes, com ênfase num maior número de automóveis híbridos e elétricos...
N
o mesmo dia em que anunciou os seus números de vendas de 2017, a Mercedes-Benz Portugal também levantou a ponta do véu sobre os seus planos futuros, revelando todas as novidades previstas para 2018, bem como o plano de lançamento da introdução de modelos elétricos com a submarca EQ. No ano agora findo, a Mercedes atingiu o quarto lugar no ranking de vendas de automóveis
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ligeiros de passageiros, com 16.273 unidades comercializadas, quase duplicando a quantidade de veículos híbridos vendidos em relação a 2016, com um aumento de 89,5 por cento. Entretanto, a smart, que colocou nas estradas nacionais mais 3.126 automóveis, já conseguiu vender 137 unidades dos seus modelos elétricos (fortwo ED e forfour ED) em apenas três meses, correspondendo isso a cinco e três por cento das respetivas gamas.
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Entre as novidades para 2018, o ano começou com a chegada dos renovados Classe S Coupé e Cabriolet. O mês de fevereiro traz o novo E 300 d, e março vê a chegada do renovado CLS. Maio é um mês importante, com a chegada de gerações completamente novas do Classe A e do Classe G. O Classe A chega com um motor 1.5 diesel de 116 cv e um 1.4 turbo a gasolina com 163 cv. Uma versão híbrida está prevista para 2019, tal como uma variante AMG A 35,
com 300 cv. No futuro, as gamas AMG também terão versões híbridas. A renovação do Classe C está prevista para julho (incluindo um motor diesel de 190 cv), enquanto outubro irá assistir à chegada da berlina AMG GT 4 e de um motor híbrido ‘plug-in’ diesel, que vai ter uma potência combinada de 316 cv e emissões de CO2 de 70 g/km. Finalmente, novembro verá a chegada do Classe A Sedan. Quanto à smart, vai ter o novo modelo Crosstown em abril e edições especiais para o mês de julho.
EQ vai ser revolução filosófica para a Mercedes A eletrificação da gama automóvel da Mercedes vai chegar com o lançamento da submarca EQ. Esta será apresentada não como uma marca de automóveis, mas sim como uma marca de tecnologia, e vai implicar uma mudança de estratégia no modo como lidar com os potenciais clientes, incluindo a rede de concessionários, que até 2022 terá estações de carregamento rápido para lidar com as necessidades dos utilizadores de carros elétricos. Começando em 2019, e nos quatro anos seguintes, a Mercedes planeia lançar sete novos
A eletrificação da gama automóvel da Mercedes vai chegar com o lançamento da submarca EQ. modelos Mercedes EQ e três novos smart EQ. Todos vão ser construídos de raiz, com plataformas técnicas concebidas para serem eletrificadas, e não apenas adaptações de modelos existentes, mas vão ocupar os mesmos segmentos já conhecidos, em vez de serem vendidos como “o nosso carro elétrico”. Todos os modelos da marca smart serão completamente elétricos a partir de 2020. O primeiro modelo a chegar ao mercado será o EQC, com lançamento internacional previsto para julho de 2019. Vai ser um carro virado para um segmento bastante apreciado pelo público,
um SUV compacto, semelhante ao GLC, mas completamente elétrico, e com uma autonomia prevista de 430 km. Em 2020, a gama EQ passará para um segmento mais citadino, com a chegada do EQA, um mini-SUV; e do EQB, um modelo de passageiros com sete lugares. Em 2021, o EQE vai apresentar-se como uma berlina mais tradicional, enquanto o EQS será um modelo de luxo destinado a atacar diretamente a Tesla. Finalmente, em 2022 chegará a vez de dois SUV de maiores dimensões, semelhantes aos GLE e GLS. n
2019
2020
2021
2022
EQC
EQA EQB
EQE EQS
dois SUVs semelhantes aos GLE e GLS
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REVISTA DE IMPRENSA “A eletromobilidade é o futuro” Albrecht Reimold Membro do Conselho Executivo – Produção e Logística da Porsche AG
“O meio ambiente sempre esteve no centro de todas as ações realizadas pela Toyota desde o início. O lançamento do Desafio Ambiental 2050, em 2015, reforçou as áreas nas quais estamos a reduzir o nosso impacto no meio ambiente durante o ciclo de vida dos nossos produtos”
“O automóvel está a evoluir de um meio de transporte para um espaço pessoal e de trabalho mais conetado” Carlos Ghosn Chairman e CEO da Aliança Renault-Nissan
“Dizemos sim à descarbonização, mas temos de ser realistas. (...) Os governos europeus devem reforçar os incentivos à troca de carros a combustão por outros movidos a energias alternativas” Erik Jonnaert Secretário-geral da ACEA - Associação Europeia dos Construtores de Automóveis
“O valor estimado para o carregamento elétrico é certamente sobretudo um valor muito inferior àquele que é o custo do combustível como o gasóleo e a gasolina” João Pedro Matos Fernandes Ministro do Ambiente
“Esperamos poder oferecer a partir de 2021 um automóvel completamente autónomo” Henrik Green Vice-Presidente Sénior – Pesquisa e Desenvolvimento da Volvo Cars
“O nosso principal objetivo é e será sempre a segurança: a dos ocupantes do automóvel e a do ambiente exterior” Eric Apode Diretor de Produto e Desenvolvimento da DS Automobiles
Johan van Zyl Presidente e CEO da Toyota Motor Europa
“São mais de 20 anos de desenvolvimento da Toyota na tecnologia Fuel Cell, porque acreditamos no enorme potencial desta tecnologia para reduzir emissões e melhorar a sociedade” Doug Murtha, Vice-Presidente – Planeamento estratégico da Toyota Motor Sales U.S.A.
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“A proposta de Orçamento de Estado para o setor automóvel em 2018 volta a fazer desta área a via rápida de receita fiscal. Como o automóvel não pode fugir à carga de impostos diretos e indiretos, o documento exibe um novo saque fiscal aos automobilistas, com consequências para todos os contribuintes (…)” Automóvel Club de Portugal em comunicado
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BMW X3 Prazer e conforto
em qualquer circunstância Embora possa parecer apenas mais um SUV, basta olhar por baixo da “pele” para encontrar os elementos mais revolucionários da nova geração do BMW X3. Além de motores a gasolina e diesel mais eficientes, o novo X3 destaca-se pela introdução de condução parcialmente autónoma, abrindo as portas para um futuro mais seguro.
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gama de modelos X da BMW sempre foi marcada por oferecer aos seus utilizadores o mesmo tipo de comportamento a que estavam habituados com os BMW mais tradicionais, ao mesmo tempo que oferece o conforto necessário para uma utilização familiar ou virada para o lazer. Essa combinação não só se mantém com esta nova geração do modelo X3, como também fica mais estreita. A procura por um funcionamento mais eficiente no dia a dia levou a marca alemã a apostar na redução de peso de vários componentes, assim como na adoção de sistemas de condução autónoma. A integração de vários sistemas de segurança é o segredo que permite ao automóvel tomar decisões por si próprio, em nome da seguran-
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ça. E muitas das assistências eletrónicas de condução formam agora um todo, personificado na forma do BMW Personal CoPilot. Este sistema já permite ao X3 fazer várias operações de condução sem intervenção humana, nomeadamente através do ‘cruise control’ ativo, que já permite ao automóvel acelerar e travar sozinho em situações de pára-arranca. Um sistema opcional é o Driving Assistant Plus, que assegura um maior controlo em condições de mudança de faixa, detetando desvios na trajetória e contando também com aviso de colisão lateral. Existem também sistemas de aviso para certos sinais de trânsito, incluindo prioridade, sentido proibido e cruzamentos. Quando está completamente no comando, o condutor também pode contar com um re-
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novado ‘head up display’, disponível como opcional, que inclui novos gráficos e melhor resolução, para facilitar a visualização de informação ao nível do campo de visão. O X3 também transmite informação para o smartphone, onde se pode ver tudo o que se encontra em redor do carro, ideal para estacionamento. Juntando conetividade e segurança, também merece destaque o serviço de chamada emergência com localização geográfica do acidente. A gama de motores do X3 é típica do que podemos encontrar numa gama BMW, mas há novidades em relação à geração anterior. No caso dos motores diesel, a versão xDrive20d conta com o conhecido motor 2.0 de 190 cv, mas agora oferece um consumo médio de apenas cinco litros por cada 100 km percorridos. Por seu lado, a versão xDrive30d, com o motor de 3.0 de seis cilindros, vê a potência subir ligeiramente para os 265 cv, mas o binário salta dos
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540 para os 620 Nm, o que lhe garante uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em menos de seis segundos, enquanto o consumo médio cai para 5,7 l/100 km. No campo da gasolina, existem duas variantes com motor 2.0, xDrive20i com 184 cv e xDrive 30i com 252 cv, mas aqui a versão mais interessante é a M40i, mais desportiva, com motor 3.0 e 360 cv de potência. Todas as variantes de motor têm tração integral e caixa automática de oito velocidades de série. As melhorias em performance e redução em consumos e emissões poluentes (o X3 xDrive20d emite 132 g/km de dióxido de carbono) devem-se essencialmente à redução de peso em vários componentes, com o uso de alumínio em várias peças da suspensão e do motor. Por isso, apesar de ser cinco centímetros mais comprido que o modelo anterior, a BMW consegue anunciar uma redução de 55 kg no peso total, melhorando também o comportamento
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dinâmico. Mais de meia dúzia de sistemas eletrónicos disponíveis de série auxiliam a estabilidade, tração e travagem durante a condução. Como é habitual, o condutor pode escolher entre três modos de condução, Eco Pro, Comfort e Sport, conforme necessite de uma condução mais consciente ou mais agressiva. No interior, o destaque vai para um habitáculo maior, com mais espaço para as pernas, enquanto a bagageira mantém os 550 litros de capacidade. Já está disponível no mercado nacional, com os preços das versões mais acessíveis a começarem em redor dos 58 mil euros. n PREÇOS xDrive20i xDrive30i M40i xDrive20d xDrive30d
57.958 € 63.868 € 86.288 € 58.388 € 79.078 €
A integração de vários sistemas de segurança é o segredo que permite ao automóvel tomar decisões por si próprio, em nome da segurança.
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HYUNDAI KAUAI O estilo para a cidade Por baixo de uma forma aparentemente convencional de SUV urbano, a Hyundai tem uma nova forma de pensar o automóvel, concebido para uma grande variedade de motores, inclusive uma versão que vai unir as ideias de diversão ao volante e consciência ecológica, com um motor elétrico que vai chegar ao mercado nos próximos meses.
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que antes era um nicho de mercado, agora parece estar próximo do sobrelotado. O SUV urbano exige agora toda a atenção das marcas, pois os condutores procuram maneiras de poder exibir uma vida ativa dentro das cidades. Então, como marcar a diferença? Na Hyundai, através de uma imagem mais desportiva, da qual a maioria dos seus concorrentes não se consegue aproximar. O Kauai tem uma aparência mais próxima do tipo de veículo que é capaz de se fazer à aventura. Ao mesmo tempo, dotou a gama apenas com motores turbo, mas isso não impede a marca de pensar de uma forma mais ecológica... Ainda este ano, o Hyundai Kauai vai ter direito a uma versão elétrica, que vai ser revelada ao mundo em março, durante o Salão de Genebra, com uma autonomia estimada em 500 km. A confirmar-se esse valor, isso deixaria o Kauai elétrico numa posição de vantagem face à concorrência direta. Até lá, quem quiser comprar o novo modelo vai ter que se contentar com duas versões. A mais potente e mais desportiva, mas também menos interessante para o mercado nacional, usa o motor 1.6 turbo a gasolina com injeção directa, que debita 177 cv, controlados por uma caixa de dupla embraiagem de sete velocidades e distribuídos às quatro rodas por um sistema de tração integral. Quem não necessitar de uma versão desportiva vai optar pelo 1.0 turbo, com 120 cv, com um preço de entrada um pouco acima dos 20 mil euros. A Hyundai desenvolveu este motor para ser bastante eficiente no modo como consome gasolina, com pequenos detalhes como o número de injetores, para uma melhor queima dentro dos cilindros, e com a abertura eletrónica das válvulas, que assegura uma melhor resposta do acelerador, com menores perdas energéticas. Nestas circunstâncias, a Hyundai anuncia um consumo médio de 5,4 litros por cada 100 km. Embora a versão com motor 1.0 não tenha a suspensão traseira multibraços do topo de gama, a Hyundai tem feito um bom trabalho recente a criar modelos interessantes de conduzir em todos os segmentos, e o Kauai promete manterse dentro dessa linha. Para isso, conta com uma distância entre eixos longa para a classe, assim como vias mais largas que a maioria, o que deverá garantir um bom nível de estabilidade, mesmo com uma altura ao solo elevada. O uso elevado de aços de alta resistência também contribui para um peso mais baixo, uma alternativa à redução das dimensões que tem cada vez mais adeptos nos segmentos baixos. Mesmo antes da chegada do Kauai elétrico, o modelo de base já é marcado
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pelo uso de novas tecnologias, nomeadamente no campo da conetividade. Um ecrã tátil de sete polegadas é de série na versão portuguesa de entrada, que já inclui uma câmara traseira para permitir a visualização em operações de marcha-atrás. O sistema integra as habituais ligações Bluetooth para smartphones Apple e Android, mas que tem a vantagem de poder aceder aos sistemas de navegação dos telemóveis, sem necessidade de instalar um sistema de navegação opcional no sistema. Existem outros sistemas opcionais que tornam o Kauai mais apetecível na guerra dos “gadgets”. O primeiro é um carregador de telemóveis sem fio. O sistema de carregamento por indução permite simplesmente deixar o smartphone sobre uma placa na consola central, e o estado de carga vai ser visualizado através de uma luz indicadora, enquanto um aviso sonoro relembra-o para não se esquecer do telemóvel
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Ainda este ano, o Hyundai Kauai vai ter direito a uma versão elétrica. no carregador. No campo da segurança, há a notar que, embora o Hyundai Kauai não tenha auxílio de condução autónoma, tem vários dos sistemas que vão levar a essa direção no futuro. O Hyundai SmartSense combina travagem autónoma de emergência com deteção de peões, manutenção na faixa de rodagem (de série), faróis LED com controlo automático de máximos e iluminação em curva, alerta de atenção do condutor (também de série), detetor de ângulo morto e alerta de tráfego na retaguarda. n
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FICHA TÉCNICA Motor
Consumo Emissãoes CO2
3 cilindros, 998 cc, 12 v., turbo gasolina 120 cv/6000 rpm Dianteira, caixa man. de 6 vel. McPherson à frente, eixo de torção atrás 5,4 l/100 km 125 g/km
PREÇOS 1.0 T-Gdi 1.6 T-Gdi
20.150€ 29.250€
Potência Tração Suspensão
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VOLVO XC40
Evolução para todos
A Volvo está a trazer o futuro para todos os seus carros, propondo um modelo mais acessível na gama XC. O seu primeiro SUV urbano, XC40, também beneficia das novas tecnologias de segurança que são conhecidas nos seus “irmãos” de maiores dimensões, mas ainda vai ser preciso esperar um ano por uma versão híbrida ou elétrica.
M
esmo tendo ganho fama durante várias décadas pela sua combinação de luxo, segurança e potência, a Volvo nunca deixou para trás os segmentos de mercado para um público mais urbano. Além do mais, a preocupação natural da marca sueca com a segurança também se estende a segmentos de mercado mais acessíveis a toda a população. Por isso, não é de admirar que a Volvo tenha tido automóveis
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compactos na sua gama, mas esta é a primeira vez que está presente com um SUV compacto, o XC40. Seja como for, apesar da segurança ser a imagem de marca da Volvo, a atenção dos condutores vai ficar presa no interessante aproveitamento do espaço interior. Embora pareça ser um automóvel bastante compacto por fora, o XC40 revela ter um conforto surpreendente, especialmente no que diz respeito ao espaço
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Embora pareรงa ser um automรณvel bastante compacto por fora, o XC40 revela ter um conforto surpreendente, especialmente no que diz respeito ao espaรงo para as pernas nos lugares traseiros.
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para as pernas nos lugares traseiros. Os ocupantes também deverão sentir a experiência de se sentarem numa posição alta, tanto o condutor como os passageiros (um benefício da distância ao solo do chassis, de 21 cm). A Volvo também conseguiu aproveitar melhor o espaço para criar mais compartimentos para arrumação dentro do habitáculo, incluindo bolsas nas portas maiores que o habitual, espaços por baixo dos bancos e um carregador por indução para o smartphone, na base da consola central. Existe também um gancho para transportar sacos de compras e uma caixa removível entre os bancos. A bagageira está entre as melhores da classe, com uma capacidade de 479 litros. Outro elemento no interior que chama a aten-
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O ecrã de nove polegadas permite integração com Apple Car Play e Android Auto, enquanto a navegação inclui vários serviços de localização que facilitam a vida do condutor na cidade.
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ção é o sistema de informação e entretenimento Sensus, que integra a informação útil tanto no ecrã tátil no topo do tablier como também no painel de instrumentos digital. Isto mantém o condutor focado no “agora”, não retirando a estrada do campo de visão, enquanto pode usar o ecrã tátil apenas quando tem tempo para o fazer. Ao mesmo tempo, existe uma série de comandos no volante, relacionados com o controlo de velocidade, rádio, telemóvel e sistema de navegação. O ecrã de nove polegadas permite integração com Apple Car Play e Android Auto, enquanto a navegação inclui vários serviços de localização que facilitam a vida do condutor na cidade, reduzindo tempos de viagem mesmo quando tem que fazer paragens a meio do caminho para compras. A Volvo também disponibiliza no XC40 o serviço ‘Volvo On Call’, que oferece ao condutor a possibilidade de localizar o seu carro num parque de estacionamento quando não se lembra onde o deixou, pré-programar o sistema de navegação antes de sair de casa e até partilhar o seu carro com um amigo ou familiar, desde que este tenha o aplicativo instalado no telemóvel, e que permite ao proprietário controlar facilmente onde o carro se encontra.
Consumos controlados O Volvo XC40 chega com uma série de motores familiares. No lançamento, o SUV sueco é proposto com os motores T5 e D4. O primeiro é um 2.0 turbo a gasolina com 247 cv de potência, o segundo é o 2.0 diesel com 190 cv, mas ambos chegam na variante de tração permanente às quatro rodas com caixa automática de oito velocidades. Os consumos médios anunciados são de 7,1 l/100 km e 5,0 l/100 km respetivamente, valores baixos conseguidos com recurso à otimização do uso do combustível. No caso do motor a gasolina, o ar é injetado e pulverizado de modo a garantir uma boa distribuição do combustível com o ar disponível, reduzindo as perdas energéticas e garantindo mais força a baixas rotações. No diesel, o sistema PowerPulse, desenvolvido pela marca, recorre a ar pressurizado, redirecionado a partir do filtro de ar para o turbocompressor, o que garante respostas mais rápidas desde baixa rotação, oferecendo ao condutor uma sensação progressiva à medida que sobe de rotação. Também se revelou relativamente fácil controlar os consumos e mantê-los abaixo dos seis litros, mas para isso é necessário evitar andar muito na cidade. Durante os próximos meses, a versão D4 vai passar a estar disponível com tração dianteira, mas também vão chegar dois motores menos potentes: o T3, um 1.5 turbo a gasolina com 152 cv; e o D3, uma versão de 150 cv do 2.0 diesel do D4, que usa um turbo de geometria variável em vez de dois turbos em paralelo. No futuro, o XC40 também será o primeiro Volvo a
FICHA TÉCNICA Motor
Potência Tração Suspensão Consumo Emissões CO2
4 cilindros, 1969 cc, 16 v., turbodiesel (D4) 4 cilindros, 1969 cc, 16 v., turbo gasolina (T5) 190 cv/4000 rpm (D4) 247 cv/5500 rpm (T5) Integral, caixa auto. de 8 vel. McPherson à frente, multibraços atrás 5,0 l/100 km (D4) 7,1 l/100 km (T5) 131 g/km (D4) 164 g/km (T5)
PREÇOS XC40 T5 Momentum AWD XC40 T5 R-Design AWD XC40 D4 Momentum AWD XC40 D4 R-Design AWD
53.567 € 56.501 € 54.227 € 57.160 €
usar um novo motor de três cilindros. O Volvo XC40 utiliza uma nova plataforma que combina uma suspensão dianteira McPherson com uma traseira multibraços. Esta combinação é a ideal para garantir um bom equilíbrio entre conforto e comportamento dinâmico, até porque esta pode também ser equipada com um sistema de regulação que privilegia um comportamento mais desportivo. Nas ver-
Eletrificação só em 2019 Já chegou a Portugal o Volvo XC40, o primeiro SUV compacto da marca sueca, mas que nos primeiros meses só está disponível nas versões topo de gama, com os motores T5 a gasolina e D4 a gasóleo, com preços acima dos 50 mil euros. No entanto, já durante os próximos meses, até ao início da primavera, a Volvo já vai ter em Portugal as versões de entrada, que tornam o modelo muito mais acessível ao público... O motor T3 a gasolina vai começar nos 36.640 euros, enquanto o D3 a gasóleo começará nos 39.957 euros, importante para o sucesso do carro no mercado nacional. Embora as motorizações diesel tenham começado a perder popularidade no continente europeu, estas vão continuar a ser uma parte importante da gama do SUV sueco em Portugal. Outra novidade, o serviço ‘Care by Volvo’ ainda não tem data prevista para a entrada no mercado nacional, mas vai permitir a um utilizador conduzir o carro no seu dia a dia através de um serviço de subscrição, que vai incluir seguros e manutenção. Quem quiser versões híbridas ou elétricas, vai ter que esperar mais algum tempo... Aliás, estas variantes só deverão ser comercializadas a partir de 2019, mas a marca está a planear mais do que um nível de eletrificação pela primeira vez no mesmo modelo. Isto significa que o XC40 deve ter versões híbridas com o mesmo nível de potência, mas os responsáveis da marca não pareceram muito inclinados a revelar pormenores. Confirmaram, no entanto, que deverá haver uma versão elétrica do XC40 com a marca Polestar.
sões de tração integral, mantém um bom nível de tração, mas a distância ao solo acaba por contribuir negativamente para a sensação de estabilidade, notando-se algum adornar da carroçaria em curvas apertadas. Apesar disso, e
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como o XC40 deverá ser mais usado como um automóvel familiar, é quase certo que não haverá muita procura por fazer contracurvas a alta velocidade... n
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dossier
a história dos veículos eléctricos
(1ª parte)
Os automóveis eléctricos estão na ordem do dia e, aparentemente, trata-se de uma conquista inexorável do século XXI. Contudo, os veículos movidos a electricidade foram já produzidos à escala industrial, embora num registo de pequeno volume, nos finais do século XIX e, durante alguns anos, alimentaram com o vapor e o motor térmico uma disputa sem precedentes na obtenção de recordes de velocidade, então inimagináveis. Convirá, no entanto, esclarecer que o automóvel eléctrico não nasceu por razões de protecção ao meio ambiente, mas tão só e apenas como uma das várias soluções tecnológicas capazes de corresponder à necessidade de locomover veículos sem recurso à tracção animal. O desenvolvimento inicial dos motores a vapor tornou possível essa ideia renascentista da “automobilidade”, mas quando se inventou o motor eléctrico os cientistas e engenheiros não realizaram imediatamente a possibilidade de o aplicar a um veículo. Com efeito, a descoberta de Oersted, em 1820, de que um condutor pelo qual passa corrente produz um efeito magnético na sua vizinhança despoletou um conjunto de experiências interessantes, a mais conhecida das quais, levada a cabo por Faraday, conseguiu pôr uma agulha de uma bússola a rodar continuamente: estava encontrado o princípio do motor eléctrico. Porém, a sua aplicação a veículos só seria estudada mais tarde e daria origem a uma das mais fascinantes aventuras do homem no domínio da engenharia da locomoção. 42
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Os automóveis eléctricos no século xix
TEMPOS DE GLÓRIA
E
m 1831, o americano Joseph Henry, um professor de matemática em Albany, construía o primeiro motor eléctrico, baseado na cinemática dos motores a vapor. Três anos mais tarde, Thomas Davenport, um simples operário metalúrgico de Vermont, leu um artigo no “Silliman’sJournal” sobre as experiências de Henry e essa leitura estimulou-o a desenvolver o conceito, realizando inúmeras experiências que o levaram à optimização de um motor que se revelava fiável e com potencialidades interessantes para explorar em diferentes domínios. Contudo, dever-se -á realçar que o motor de Davenport já tinha sido explorado na Europa, referindo-se neste contexto a patente apresentada por HippolytePixii, em 1832. Mas Davenport, confirmando o espírito prático americano, não se limitou a registar uma patente, tendo procurado obter resultados práticos da sua descoberta, ao aplicar o seu motor eléctrico num modelo à escala de comboio, obtendo um desempenho animador. Só mais de trinta anos depois – uma geração inteira – um investigador empírico patenteou o primeiro dínamo capaz de transformar energia mecânica em energia eléctrica. O nome do seu inventor era mais complicado que o funcionamento do dínamo: Zenobe-TheophileGramme, que apresentou a patente em Paris, em 1869. Antes do motor eléctrico já as investigações sobre electricidade tinham chegado ao conceito de armazenagem de energia eléctrica com as noções simples de Volta, que estabeleceu as primeiras experiências nesse campo, em 1800. Mas foi só em 1860 que a armazenagem de energia eléctrica ganhou vida própria graças aos trabalhos de GastonFaure: as baterias, com os seus elementos de chumbo mergulhados numa solução própria, recarregavam-se com uma simples passagem de corrente. Em sessenta anos, o “cocktail” de tecnologia que permitiria construir um automóvel eléctrico estava inventado, mas totalmente disperso e desfocado em aplicações distintas. Só em 1881 se consumaram as primeiras ideias que permitiriam a materialização de um automóvel eléctrico, numa altura em que os veículos a vapor já tinham um grau de popularidade relativamente elevado. Com feito, foi nesse ano que Charles Jeantaud, com a colaboração de Faure
(inventor da bateria de placas), construiu o primeiro veículo eléctrico, em França. Esse veículo era um simples “buggy” hipomóvel – adaptado para o efeito com um eixo dianteiro giratório e uma cana de leme para apoio ao sistema de direcção –, o qual integrava um motor Gramme e uma bateria Fulmen (que era uma patente de Faure).
Este veículo serviu de laboratório móvel durante vários anos e nos seus construtores não havia ainda certezas quanto à possibilidade de explorar comercialmente o conceito. Os problemas típicos dos automóveis eléctricos – autonomia e capacidade de subir grandes declives em carga – não estavam a ser resolvidos de forma satisfatória e os dois homens
Desde o início, a grande tarefa dos engenheiros no desenvolvimento dos motores eléctricos consistiu na aplicação correcta do enorme volume de baterias necessário para se obter uma autonomia razoável, no entender dos clientes. Nesta radiografia é possível verificar qual o procedimento geral na arquitectura destes peculiares veículos, com a colocação das baterias entre eixos, para manter baixo o centro de gravidade do conjunto, bem como a implantação do motor sobre o eixo traseiro.
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dossier A publicidade dos primeiros automóveis era simples e directa. Mas já havia preocupação com a comunicação e com uma certa honestidade científica na forma de agir com o públicoalvo. Neste anúncio do pequeno construtor britânico Bailey, a expressão “Fast Enough and Far Enough” é eloquente sobre o que o mercado dos veículos eléctricos podia assegurar aos seus utilizadores nesta época.
Durante muito tempo, com particular incidência no mercado norte-americano, as mulheres foram as principais consumidoras dos veículos eléctricos. Desde logo por evitarem o arranque, demasiado físico e inconfortável dos motores a gasolina, e depois pela suavidade, ausência de trepidação, ruído e cheiro e pela ausência de uma caixa de velocidades – fundamental num veículo com motor a gasolina. socorriam-se dos recursos de que dispunham e das experiências que entretanto iam sendo divulgadas por essa Europa fora para tentar resolver essas questões, aparentemente incontornáveis. Primeiro, em 1887, abandonaram o motor Gramme e enveredaram por um motor inglês, mais potente e, sobretudo, com melhor binário e, mais tarde, em 1893, recorreram ao conjunto motor/baterias desenhado pelo suíço TonateThommasi que adaptaram ao seu pequeno veículo. Em doze anos, o conceito estava já definido e optimizado, embora permanecessem insolúveis inúmeros problemas com o seu desenvolvimento. A década de 80 do século XIX foi fértil na aparição de inúmeras experiências no domínio dos
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automóveis eléctricos, tanto na Europa como nos Estados Unidos. No Reino Unido, por exemplo, desenvolveu-se um núcleo razoável de experiências nesse campo. Os resultados obtidos com novas baterias conduzem o britânico Parker a apresentar o seu primeiro veículo eléctrico em 1884, numa altura em que as experiências de Jeantaud eram ainda pouco conhecidas da opinião pública. Mas no outro lado do Atlântico há também movimentações interessantes graças aos trabalhos de Riker, Possons e Slattery. n
José Barros Rodrigues (Texto) Editorium (Fotos) texto escrito de acordo com a antiga ortografia
Da euforia à consternação
Uma tecnologia resistente Demorou algum tempo até que o motor eléctrico chegasse a um chassis de um automóvel, pois só entre 1888 e 1890 Magnus Volk, no Reino Unido, e William Morrison, nos Estados Unidos, apresentavam os seus veículos eléctricos. Estes tinham vantagens apreciáveis como o silêncio e a ausência de uma transmissão com caixa de velocidades, mas as desvantagens eram importantes: peso excessivo, preço, autonomia muito reduzida, pouca capacidade para vencer declives e fracas acelerações, o que fez dele uma proposta de mobilidade mais direccionada para o uso comercial. Para o historiador Georges Basalla, “O carro eléctrico tinha defeitos geralmente considerados graves. Era lento, incapaz de subir montes íngremes e caro em termos de aquisição e manutenção. Acima de tudo, tinha uma autonomia limitada”. Mas esses defeitos não impediram que o mercado americano se desenvolvesse, graças a um público muito específico: as mu-
lheres urbanas com disponibilidade financeira. Porém, ao contrário do que sucedeu nos Estados Unidos, a viatura eléctrica não teve grande popularidade na Europa. No século XIX iniciaram a sua actividade nesta área 28 marcas distintas: dez no Reino Unido, dez em França, seis na Alemanha e duas na Bélgica. A que durou mais foi a francesa Krieger, que terminou a sua actividade em 1909. O construtor Jeantaud, que lutou como poucos em prol dos automóveis eléctricos, foi forçado a fechar as suas instalações em finais de 1906, vendo a sua clientela fugir para o conforto dos motores a gasolina, suicidando-se por essa razão. O veículo eléctrico, segundo Flink, foi a mais conservadora forma de automóvel, mantendo quase inalteráveis as silhuetas dos velhos veículos hipomóveis, revelando vantagens apreciáveis no uso urbano dado a quase ausência de ruído, a inexistência de emissões e uma boa capacidade de controlo dinâmico.
Como bem destacou o historiador americano Flink, os primeiros automóveis eléctricos consistiam formalmente em carruagens hipomóveis às quais se aplicavam motores eléctricos e um ineficiente sistema de direcção, conservando-se assim a aparência dos fiacres de tracção animal que inundavam as ruas das grandes cidades ocidentais.
Para além do conceito dos motores, das baterias e dos veículos eléctricos como um todo, a difusão deste tipo de motorização encontrou naturais resistências no processo de carregamento das baterias, que no final do século XIX estava confinado a oficinas com licença própria.
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concept-cars
RENAULT SYMBIOZ
Viver na estrada
A Renault quis mostrar ao mundo como vai ser o automóvel de 2030 e chegou à conclusão que os condutores e passageiros do futuro precisam é de algo que seja confortável, espaçoso e capaz de providenciar diversão em todos os sentidos. Ou seja, o automóvel do futuro vai ser uma extensão das nossas casas, antecipa a marca francesa. Com 4,90 metros de comprimento, este ‘concept’ tem mais que espaço suficiente para quatro pessoas, que podem conversar umas com as outras enquanto o carro autónomo trata de todas as operações de condução. Ou, se o dono tiver vontade, pega no volante para dar uma voltinha a experimentar os limites dos 680 cv de potência. Mas o conceito de extensão da casa vai muito além do espaço interior... O Symbioz anuncia também uma concepção do automóvel que vai estar centrado em redor do conceito de conetividade, permitindo aos utilizares estarem sempre ligados à rede, mas também – por exemplo – programar o ar condicionado caseiro antes de chegar a casa, ou dizer ao carro para esperar pelo condutor à porta da moradia...
Conetividade total
O Renault Symbioz identifica imediatamente o seu condutor através do smartphone, personalizando o carro de acordo com as suas preferências individuais pré-definidas. Como o Symbioz vai estar equipado com localização GPS, WiFi e ligação para smartphone com velocidade 4G, o utilizador estará permanentemente conetado.
Iluminação à vontade do condutor
O Symbioz tem três tipos diferentes de ambientes interiores, onde a iluminação muda de cor conforme o tipo de condução escolhido pelo condutor. No modo autónomo, a luz ambiente fica dourada, com uma condução tradicional a cor passa para a azul, e escolhendo o modo desportivo passa para uma cor âmbar.
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Experiência sensorial
No modo autónomo, pode ainda assim escolher sentir as sensações de estar ao volante. Com o Multi-Sense 3.0, um sistema de realidade virtual, passa a estar ligado de uma maneira mais profunda, não só visualmente, mas também através da decoração do ambiente, pela qualidade e envolvimento do som, e até por fragrâncias desenhadas especialmente para o carro.
Condução do futuro
O Symbioz foi concebido para ser uma sala de estar sobre rodas, mas isso não quer dizer que o condutor não tenha que prestar atenção a certos pormenores de condução. Mas, para facilitar a sua vida, a Renault desenvolveu um conjunto de dois motores elétricos com 680 cv de potência, alimentados por uma bateria de 72 kWh, que pode ser recarregada em meia-hora.
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desporto
FÓRMULA E
O futuro da Fórmula 1 Na sua quarta temporada, o primeiro campeonato mundial de carros de corrida elétricos já assumiu uma posição importante no panorama da competição automóvel, atraindo pilotos de Fórmula 1 ao mesmo tempo que vários construtores automóveis aproveitam para testar nos limites as tecnologias do futuro.
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A
Fórmula 1 é considerada o topo da competição automóvel, mas poderá perder essa relevância nos próximos anos para a Fórmula E. Concebida em 2012 com a primeira corrida disputada em 2014, esta competição utiliza monolugares ligeiramente parecidos com as da F1, mas que são 100 por cento elétricos, e cujas corridas têm todas lugar em circuitos urbanos, para partilhar a mensagem que até as corridas de automóveis podem ser ecológicas. Dois portugueses estão envolvidos no campeonato: António Félix da Costa, como piloto da equipa Andretti; e Bruno Correia, como piloto do ‘safety car’ BMW i8. A temporada do campeonato de Fórmula E é mais parecida com uma temporada de futebol, começando no final de um ano e terminando a meio do outro. Esta temporada começou em dezembro passado em Hong Kong e deverá terminar em julho nas ruas de Nova Iorque. Todas as corridas têm lugar em circuitos urbanos (geralmente em zonas portuárias ou aeroportos) ou semipermanentes, e visitam capitais como Paris, Berlim ou Roma. Ao contrário da F1, geralmente a ação tem lugar num único dia, com os treinos de manhã e a corrida à tarde, geralmente num sábado. Os carros são todos iguais, construídos pela Spark Racing Technologies, mas cada equipa pode construir o seu próprio motor ou adquirir um a outra equipa. Várias marcas automóveis estão envolvidas no campeonato com os seus próprios motores, incluindo o Grupo VW (Audi), Grupo PSA (DS), Renault, Jaguar, a marca indiana Mahindra e a ‘startup’ chinesa NIO. Outras equipas, como a Venturi e a Dragon, têm ligações à indústria automóvel. A Andretti tem uma parceria com a BMW, que entra a fundo no campeonato na próxima temporada, tal como a Mercedes e a Porsche, enquanto a Nissan vai tomar o lugar da Renault. As corridas são as únicas no mundo em que os pilotos trocam de carro a meio, entrando nas “boxes” com a bateria vazia e pegando num carro com uma bateria carregada. O piloto tem que fazer a gestão da energia de modo a poder chegar ao fim. Os motores estão limitados a 200 kW (272 cv) de potência nos treinos e 180 kW (245 cv) nas corridas, pelo que são muito mais lentos que os F1, que têm 900 cv. No entanto, o interesse das marcas indica que, um dia, esta categoria poderá tomar o lugar da F1, até porque as potências vão subir. A próxima temporada vai ter um novo carro que deverá usar motores de 250 kW (340 cv) e que terá de ser capaz de durar a corrida inteira sem parar, acabando com a parte estratégica da paragem nas “boxes”. António Félix da Costa participou em todas as quatro temporadas de Fórmula E e está na
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desporto
Andretti pelo segundo ano. O seu melhor resultado foi a vitória conquistada em Buenos Aires na primeira época, terminando o ano no oitavo lugar. Este ano, das três corridas disputadas, teve um sexto lugar como melhor resultado, em Hong Kong. Félix da Costa partilha a pista com muitos pilotos com experiência de Fórmula 1, incluindo Nelson Piquet Jr., Nick Heidfeld, Sébastien Buemi e Jean-Eric Vergne. Também estão presentes muitos pilotos com experiência em Indianapolis, 24 Horas de Le Mans e campeonato DTM. Nicolas Prost (filho de Alain Prost), Lucas di Grassi (campeão da época passada), Sam Bird e Felix Rosenqvist são algumas das principais “estrelas” do campeonato, que tem corridas bastante disputadas, apesar das pistas citadinas serem tradicionalmente difíceis de ultrapassar. As corridas da Fórmula E têm agora transmissão televisiva em direto no canal Eurosport. n
Paulo Manuel Costa (texto)
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António Félix da Costa participou em todas as quatro temporadas de Fórmula E e está na Andretti pelo segundo ano.
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especial
O automóvel e as tecnologias do futuro... O ‘Consumer Electronics Show’ (CES) em Las Vegas é ponto de encontro anual de grandes mentes e grandes ideias. Empresas de vários setores mostram neste certame todas as suas inovações para o novo ano e a indústria automóvel não fica de fora, avançando sempre com algo de novo, procurando tornar mais fácil a vida dos proprietários de carros. Como voltou a acontecer na edição deste ano, tal como podemos confirmar ao conhecer algumas das grandes novidades tecnológicas relacionadas com o mundo automóvel exibidas pela primeira vez no CES 2018...
Chineses da Byton querem fazer carro autónomo Parece que todos os anos surge um novo construtor automóvel chinês apostado em bater as marcas tradicionais. Neste caso, uma nova ‘startup’, a Byton quer construir um ‘crossover’ elétrico e 100% autónomo, com um habitáculo pensado para a realização de conferências ou para a partilha de experiências de entretenimento. Deverá chegar à Europa em 2020 por um preço de 37 mil euros, com duas rodas motrizes, bateria de 71 kWh, 272 cv de potência e autonomia de 400 km; ou com quatro rodas motrizes, bateria de 95 kWh, 476 cv e autonomia de 520 cv.
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BMW e Toyota usam Alexa A BMW e a Toyota vão passar a utilizar o sistema de comandos por voz Alexa, da Amazon, nos seus carros. Este sistema vai permitir a ativação de aplicativos e controlar aparelhos eletrónicos ligados ao sistema, tanto no carro como em casa. Também deverá permitir fazer compras na Amazon. A BMW vai instalar Alexa em todos os seus modelos (incluindo MINI), enquanto a Toyota deverá dar prioridade à berlina Camry e aos modelos de topo da Lexus.
Triciclo elétrico Vanderhall A Vanderhall Motor Works mostrou o triciclo Edison, inspirado nos modelos da britânica Morgan, equipado com dois motores elétricos e uma bateria de 35 kWh. Debitando 180 cv, é mais que suficiente para mover um veículo com apenas 635 kg de peso e lugar para duas pessoas. A velocidade máxima está limitada a 170 km/h, mas pode atingir os 100 km/h em quatro segundos, enquanto a autonomia será superior a 300 km.
Samsung avança para condução autónoma A Samsung mostrou novas tecnologias que vão abrir o caminho para a quinta geração de automóveis autónomos, os primeiros a poderem circular sozinhos em todas as condições. Através da sua subsidiária Harman, a marca coreana mostrou uma câmara com inteligência artificial, para controlar um aviso de colisão, saída de faixa e ‘cruise control’ adaptativo. A Samsung também apresentou um cockpit digital que pode ser personalizado com a configuração do utilizador, mesmo que não seja o dono do carro.
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especial
Kia mostra protótipo Niro elétrico Lançado unicamente como híbrido, o Kia Niro poderá tornar-se um carro 100% elétrico em breve. O ‘crossover’ coreano vai ser mais evoluído que o Hyundai Ioniq, prometendo uma autonomia de 380 km graças a uma bateria de 64 kWh, que fornece energia a um motor de 204 cv. A Kia não anunciou quando vai transformar este protótipo num carro de série, mas tem planos para lançar cinco elétricos, cinco híbridos, outros cinco híbridos ‘plug-in’ e um carro movido a hidrogénio até 2025.
Fisker é primeiro carro com bateria sólida A Fisker está de volta com a sua berlina de luxo EMotion, que também é o primeiro carro elétrico na estrada a usar uma bateria de estado sólido, teoricamente mais eficiente e mais rápida de recarregar. A autonomia anunciada é de 640 km com uma única carga, mas também é capaz de atingir os 260 km/h de velocidade máxima. O Fisker EMotion também tem condução autónoma de quarto nível, portas com abertura estilo borboleta, um ecrã de 27 polegadas e jantes de 24 polegadas. Chega em 2019, com um preço de 106 mil euros na América.
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Hyundai reforça aposta no hidrogénio A Hyundai vai continuar a usar a tecnologia de células de combustível, movidas a hidrogénio, nos seus modelos futuros. Depois do final de produção do anterior Tucson FCEV, a marca coreana anuncia a chegada de uma nova gama independente, com o nome Nexo. Com três tanques de hidrogénio de 156 litros e um motor de 163 cv, o Hyundai Nexo tem uma autonomia de 560 km, um ganho importante em relação aos 475 km do anterior Tucson.
Honda tem nova família de robots
Depois do humanóide Asimo, a Honda continua a apostar em criar novos robots com novas funções. Por isso, a marca japonesa mostrou quatro robots diferentes, como parte do 3E Robotics Concept. Isto inclui uma moto-4 equipada com inteligência artificial, um frigorifico móvel chamado C18, uma cadeira motorizada e o A18, um robot em forma de lâmpada, capaz de detetar emoções através das expressões faciais.
VW mostra parceria com Nvidia
Nissan prepara carros movidos pelo pensamento Se já pensou como seria controlar um objeto só com o poder da mente, a Nissan poderá estar a transformar esse desejo em realidade... A marca japonesa prepara um capacete chamado ‘Brain to Vehicle’, que deverá ser capaz de ler as oscilações neurais de uma pessoa, interpretando esses dados como comandos a que o carro deve obedecer. Inicialmente, o sistema deverá detetar pedidos de aceleração e mudança de faixa, bem como o conforto do condutor. Poderá ficar a conhecer este sistema mais em detalhe nas páginas Tecnologia desta edição.
A Volkswagen uniu-se à NVIDIA para preparar uma gama de automóveis autónomos, aproveitando a sua já anunciada marca I.D. de carros elétricos. A ideia é criar um co-piloto inteligente, com reconhecimento facial, comandos por voz e por gestos, e reconhecimento de cansaço. Este novo sistema vai trabalhar em conjunto com outros sistemas autónomos já existentes em modelos da marca alemã.
Rinspeed propõe carro com habitáculo removível
Apesar da maior integração de sistemas, a industria automóvel corre o risco de ter a sua evolução de motores a andar a um ritmo diferente da evolução dos fornecedores de tecnologias de entretenimento. A suíça Rinspeed responde a essa possibilidade com o Snap, uma caixa com bancos e entretenimento, que pode ser transplantada para um novo chassis, caso surja nova tecnologia para carros elétricos e autónomos, sem ser necessário perder o conforto a que estamos habituados.
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tecnologia
TECNOLOGIA ‘BRAIN-TO-VEHICLE’
Nissan quer redefinir o futuro da condução Automóveis que “aprendem” com o condutor, interpretando os sinais do cérebro humano de modo a auxiliar na condução e ajudar os sistemas manuais e autónomos do veículo a antecipar as ações de quem conduz, tornando assim a condução mais segura e divertida. É o que promete a tecnologia pioneira ‘Brain-to-Vehicle’ (do cérebro para o automóvel), abreviadamente ‘B2V’, uma tecnologia que a Nissan acaba de revelar como sendo o mais recente avanço no conceito de Mobilidade Inteligente que é a visão da empresa japonesa para transformar a forma como os automóveis são conduzidos, alimentados e integrados na sociedade.
E
sta tecnologia exclusiva, cujas capacidades estiveram em demonstração num simulador no stand da Nissan no recente evento CES 2018 em Las Vegas, começa desde logo por mudar a perceção que todos temos deste novo conceito denominado condução autónoma agora tão falado quando se considera o futuro da mobilidade automóvel, conceito no qual imaginamos facilmente carros que se conduzem sozinhos. Como explica Daniele Schillaci, vice-presidente executivo da Nissan: “Quando
a maioria das pessoas pensa em condução autónoma, tem uma visão muito impessoal do futuro, na qual os humanos deixam o controlo às máquinas. No entanto, a tecnologia B2V faz o oposto, utilizando sinais do próprio cérebro do condutor para tornar a condução mais excitante e divertida”. Acrescentando os fundamentos da marca para esta mudança: “Através da Mobilidade Inteligente da Nissan, estamos a criar um mundo melhor para as pessoas, através de uma maior autonomia, eletrificação e conetividade”.
A tecnologia ‘Brain-to-Vehicle’ é a mais recente inovação no conceito de Mobilidade Inteligente da Nissan. 56
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Como funciona? Esta inovação da Nissan é o resultado de uma investigação sobre a utilização de tecnologia de descodificação da atividade cerebral para prever as ações do condutor. O condutor utiliza um dispositivo que mede a atividade das suas ondas cerebrais, as quais são analisadas por sistemas autónomos. Ao detetar sinais de que o cérebro do condutor está a programar um movimento – por exemplo, rodar o volante ou pressionar o pedal do acelerador –, as tecnologias de assistência à condução podem
antecipar os movimentos pretendidos e iniciar essa ação mais rapidamente (em frações de segundo que podem ir de 0,2 a 0,5s, maioritariamente impercetíveis). Além de prever as ações do condutor, diminuindo assim os tempos de reação e melhorando a condução manual, a tecnologia permite também detetar e avaliar o desconforto do condutor, e nesse caso a inteligência artificial pode alterar a configuração ou o estilo de condução, quando se encontra em modo autónomo. As potenciais aplicações desta tecnologia são incríveis, diz a Nissan, podendo ela fazer ainda com que os automóveis se adaptam constantemente para tornar a condução mais divertida. Por exemplo, ajustando o ambiente interno do veículo: a tecnologia B2V pode recorrer à realidade aumentada para ajustar o que o condutor vê e criar assim um ambiente mais relaxante. Única no mundo, a tecnologia da Nissan ‘Cérebro ao Automóvel’ que “lê” as ondas cerebrais do condutor promete tempos de reação mais reduzidos e sistemas que se adaptam para maximizar o prazer de condução, apostando assim em mudar a forma como as pessoas interagem com os seus automóveis e, mais do que isso, em redefinir mesmo o futuro da condução... n
“Esta investigação vai agir como um catalisador para mais inovações da Nissan para os nossos automóveis nos próximos anos.” Lucian Gheorghe, Nissan Research Center
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direito rodoviário
Contraordenações estradais - Primeiro caso: ‘copy past’
Texto: Varela de Matos Advogado
Um condutor foi notificado da seguinte decisão: “No dia x, pelas 00.01, permitiu que o veículo automóvel ligeiro de passageiros, com matrícula x, cujo documento de identificação é da sua titularidade, circulasse no local X praticando a seguinte infração:...” O condutor solicitou o seguinte esclarecimento: o veículo supra referido circulou no dia x, pelas 00.01, no edifício do destacamento de trânsito de x, e praticou a infração que lhe foi imputada? Este esclarecimento é essencial para impugnar tão bizarra imputação. Senhores condutores, é frequente os serviços da G.N.R e da A.N.S.R enviarem notificações desta natureza. Fazem ‘copy past’, mas não leem o que está escrito e enviam. O resultado é este!...
- Segundo caso: excesso de velocidade justificado! No dia x, pelas 09:40 na estrada de Bagdad, o Impugnante (I.) foi autuado por conduzir o veículo automóvel ligeiro de passageiros com a matrícula 69, em excesso de velocidade, face ao limite imposto por sinalização no local, o que constituiria uma infração, art.º 28, nº 1 b) do Código da Estrada.
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O I. foi notificado pessoalmente, conforme assinatura aposta no auto de contraordenação e pagou voluntariamente a coima. Em 2015 o I. foi notificado pela A.N.S.R que lhe será aplicada uma sanção acessória de inibição de conduzir pelo período de 60 dias, suspendendo-se a execução da mesma por um período de 365 dias, condicionada à frequência de uma ação de formação no módulo velocidade. O I. não se conformou com a decisão da autoridade administrativa. O I. circulava na estrada de Bagdad e conduzia a viatura, quando se apercebeu pelo sinal sonoro e sinais luminosos da marcha à retaguarda de uma ambulância que se aproximava em marcha de urgência. O I. estava obrigado a ceder a passagem ao veículo de emergência em marcha de urgência. O I. circulava a cerca de 110/120 km/h, imprimiu um pouco mais de velocidade ao veículo, dado que não era possível mudar de faixa, para a faixa mais à direita, devido ao intenso fluxo de tráfego que circulava às 9:30 horas da manhã. O limite da velocidade no local é de 120 km/h. As condições meteorológicas, de visibilidade e do pavimento permitiam ao I. efetuar a manobra em condições da segurança. Nos termos do art.º 24, nº 2 do Código da Estrada, “salvo em caso de perigo iminente, o condutor não deve diminuir subitamente a velocidade do veículo sem previamente se certificar de que daí não resulta perigo para os outros utentes da via, nomeadamente para os condutores dos veículos que o sigam”. Nos termos do art.º 65, nº 1 do Código da Estrada, “sem prejuízo do disposto na alínea b) do nº 1 e no nº 2 do art.º 31, qualquer condutor deve ceder a passagem aos condutores dos veículos referidos no artigo anterior”. O art.º 64 do Código da Estrada regula o trânsito de veículos em serviço de urgência (veículos de prestação de socorro, nomeadamente ambulâncias). Do exposto resulta que o I. atuou de acordo com a lei. Encontrou-se numa situação em que não podia cumprir a obrigação legal de limite de velocidade sem incumprir outra obrigação, mais relevante, de não reter a marcha de urgência de um veículo prioritário. A norma legal que impõe a cedência de passagem aos veículos em serviço de urgência é norma especial, que prevalece sobre a regra geral, que impõe o limite de velocidade no local. Pelo que não se verificou a prática da infração...n
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Todos os modelos eléTricos e híbridos à venda em PorTugal
O futuro elétrico já é realidade...
A substituição do motor de combustão pelo motor elétrico vai mesmo acontecer, a curto ou médio prazo. Até lá, o mercado ainda vê nos automóveis híbridos e elétricos uma alternativa e não aquilo que é convencional, mas a oferta não para de crescer. Cerca de metade das marcas presentes em Portugal vendem já hoje um automóvel ligeiro de passageiros com este tipo de energia, de todos os tamanhos, com todas as funções e com preços para todas as bolsas. Marca a marca, conheça aqui todos os elétricos e híbridos já à venda...
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Híbridos
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n AUDI A3 SPORTBACK E-TRON
n AUDI Q7 E-TRON
Híbrido, 1.4 TFSI, 204 cv (pot. total) Consumos 1,6 l/100 km Emissões 36 g/km
Híbrido, 3.0 TDI, 374 cv (potência total) Consumos 1,8 l/100 km Emissões 48 g/km
PREÇOS e-tron base e-tron design e-tron sport
PREÇOS e-tron quattro
45.115€ 47.015€ 47.015€
97.549€
n BMW i8
n BMW 225xe Active Tourer
Híbrido, 1.5 TwinPower, 362 cv (pot. total) Consumos 2,1 l/100 km Emissões 49 g/km
Híbrido, 1.5 TwinPower, 224 cv (pot. total) Consumos 2,1 l/100 km Emissões 49 g/km
PREÇOS desde 147.730€
PREÇOS iPerformance
n BMW 330e iPerformance
n BMW 530e iPerformance
Híbrido, 2.0 TwinPower, 252 cv (pot. total) Consumos 1,9 l/100 km Emissões 44 g/km
Híbrido, 2.0 TwinPower, 252 cv (pot. total) Consumos 1,9 l/100 km Emissões 44 g/km
PREÇOS iPerformance
PREÇOS iPerformance
49.960€
41.560€
64.340€
n BMW 740e iPerformance
n BMW X5 40e iPerformance
Híbrido, 2.0 TwinPower, 326 cv (pot. total) Consumos 2,2 l/100 km Emissões 50 g/km
Híbrido, 2.0 TwinPower, 313 cv (pot. total) Consumos 3,3 l/100 km Emissões 77 g/km
PREÇOS iPerformance 109.019€ Longo 112.229€ Longo xDrive 115.879€
PREÇOS iPerformance
n DS 5 HYBRID4
n FORD MONDEO HEV
Híbrido, 2.0 HDi, 200 cv (pot. total) Consumos 3,9 l/100 km Emissões 103 g/km
Híbrido, 2.0 HDi, 187 cv (pot. total) Consumos 4,2 l/100 km Emissões 99 g/km
PREÇOS Sport Chic
PREÇOS HEV Titanium
53.048€
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83.210€
35.109€
Híbridos n HYUNDAI IONIQ HYBRID
n KIA NIRO
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 3,9 l/100 km Emissões 92 g/km
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 4,4 l/100 km Emissões 101 g/km
PREÇOS Hybrid Tech
PREÇOS Niro Niro PHEV
33.056€
27.420€ 35.650€
n KIA OPTIMA
n LEXUS CT
Híbrido, 2.0 GDi, 205 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Emissões 33 g/km
Híbrido, 2.5 VVT-i, 223 cv (pot. total) Consumos 4,3 l/100 km Emissões 99 g/km
PREÇOS Optima SW PHEV 41.820€
PREÇOS CT200h Business 30.120€ CT200h Executive 31.420€ CT200h Executive+ 33.720€ CT200h F Sport 36.380€ CT200h F Sport+ 42.920€ CT200h Luxury 42.190€
n LEXUS IS
n LEXUS RC
Híbrido, 2.5 VVT-i, 223 cv (pot. total) Consumos 4,3 l/100 km Emissões 99 g/km
Híbrido, 2.5 VVT-i, 223 cv (pot. total) Consumos 4,7 l/100 km Emissões 108 g/km
PREÇOS IS300h Business IS300h Executive IS300h Executive+ IS300h F Sport IS300h F Sport+ IS300h Luxury
PREÇOS RC300h Executive 53.762€ RC300h Executive+ 55.862€ RC300h F Sport 61.222€ RC300h F Sport+ 63.822€
43.980€ 46.880€ 50.780€ 51.480€ 57.680€ 57.980€
n LEXUS GS
n LEXUS LS
Híbrido, 2.5 e 3.5 VVT-i, 223 e 345 cv (pot. total), Consumos 4,4 e 6,2 l/100 km Emissões 104 e 141 g/km
Híbrido, 3.5 VVT-i, 359 cv (pot. total) Consumos 6,2 l/100 km Emissões n.d. g/km
PREÇOS GS300h Business GS300h Executive GS300h Executive+ GS300h F Sport GS300h F Sport+ GS450h Executive+ GS450h F Sport
PREÇOS LS500h Executive+ 130.150€ LS500h F Sport 141.550€ LS600h Luxury 149.150€ LS600h Superlative 163.350€
55.940€ 60.490€ 61.150€ 67.560€ 70.610€ 78.940€ 87.810€
n LEXUS LC
n LEXUS NX
Híbrido, 3.5 VVT-i, 359 cv (pot. total) Consumos 6,4 l/100 km Emissões 145 g/km
Híbrido, 2.5 VVT-i, 197 cv (pot. total) Consumos 5,1 l/100 km Emissões 117 g/km
PREÇOS LC500h Luxury 120.140€ LC500h Sport 124.140€ LC500h Sport+ 132.140€
PREÇOS NX300h Business FWD 51.760€ NX300h Executive FWD 57.110€ NX300h F Sport AWD 65.460€ NX300h F Sport+ AWD 71.950€ NX300h Luxury AWD 71.950€
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Híbridos
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n LEXUS RX
n MERCEDES C300h
Híbrido, 3.5 VVT-i, 313 cv (pot. total) Consumos 5,2 l/100 km Emissões 120 g/km
Híbrido, 2.2 CDI, 231 cv (pot. total) Consumos 3,6 l/100 km Emissões 94 g/km
PREÇOS RX450h Business RX450h Executive RX450h Executive+ RX450h F Sport RX450h F Sport+
PREÇOS C 300h C 300h Station
84.270€ 93.450€ 98.160€ 99.360 € 104.650€
52.902€ 54.200€
n MERCEDES C350e
n MERCEDES CLASSE E
Híbrido, 1991 cc, 279 cv (pot. total) Consumos 2,1 l/100 km Emissões 48 g/km
Híbrido, 2.0 turbo, 279 cv (pot. total) Consumos 2,1 l/100 km Emissões 49 g/km
PREÇOS C 350e C 350e Station
PREÇOS E 350e
55.350€ 56.650€
63.800€
n MERCEDES GLC
n MERCEDES GLE
Híbrido, 2.0 turbo, 292 cv (pot. total) Consumos 2,5 l/100 km Emissões 59 g/km
Híbrido, 3.5 turbo, 442 cv (pot. total) Consumos 3,3 l/100 km Emissões 78 g/km
PREÇOS GLC 350e GLC 350e Coupé
PREÇOS GLE 500e
59.900€ 63.300€
89.500€
n MINI COUNTRYMAN S E
n MITSUBISHI OUTLANDER
Híbrido, 1.5 turbo, 224 cv (pot. total) Consumos 2,1 l/100 km Emissões 49 g/km
Híbrido, 2.0 MIVEC, 160 cv (pot. total) Consumos 1,7 l/100 km Emissões 41 g/km
PREÇOS Cooper ALL4
PREÇOS PHEV Intense PHEV Instyle
39.357€
41.820€ 44.280€
n PORSCHE PANAMERA
n PORSCHE CAYENNE
Híbrido, 3.0 e 4.5 Turbo, 462 e 680 cv (pot. total) Consumos 2,5 e 2,9 l/100 km Emissões 56 e 66 g/km
Híbrido, 3.0 Turbo, 416 cv (pot. total) Consumos 3,3 l/100 km Emissões 75 g/km
PREÇOS 4 E-Hybrid desde 117.180€ Turbo S E-Hybrid desde 197.934€
PREÇOS S E-Hybrid
blueauto
desde 94.510€
Híbridos n TOYOTA YARIS HYBRID
n TOYOTA AURIS HYBRID
Híbrido, 1.5 VVT-i, 100 cv (pot. total) Consumos 3,6 l/100 km Emissões 82 g/km
Híbrido, 1.8 VVT-i, 136 cv (pot. total) Consumos 3,6 l/100 km Emissões 82 g/km
PREÇOS Hybrid Active 18.790€ Hybrid Comfort 19.470€ Hybrid Exclusive 21.155€ Hybrid Square Collection 21.155 €
PREÇOS Hybrid desde 24.590€ Hybrid Touring desde 25.590€
n TOYOTA PRIUS
n TOYOTA PRIUS+
Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total) Consumos 1,0 a 3,0 l/100 km Emissões 22 a 70 g/km
Híbrido, 1.8 VVT-i, 136 cv (pot. total) Consumos 3,6 l/100 km Emissões 82 g/km
PREÇOS Hybrid Luxury 34.840€ Plug-In Luxury 41.380€ Plug-In Power Sky 43.380€
PREÇOS Hybrid Luxury
n TOYOTA C-HR HYBRID
n TOYOTA RAV4 HYBRID
Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total) Consumos 3,8 l/100 km Emissões 86 g/km
Híbrido, 2.5 VVT-i, 197 cv (pot. total) Consumos 4,9 l/100 km Emissões 115 g/km
PREÇOS Hybrid Comfort Hybrid Exclusive Hybrid Lounge
PREÇOS Hybrid Pure Dark 40.190€ Hybrid Exclusive 47.590€
28.620€ 31.620€ 35.370€
38.060€
n VW GOLF GTE
n VW PASSAT GTE
Híbrido, 1.4 TFSI, 204 cv (pot. total) Consumos 1,8 l/100 km Emissões 40 g/km
Híbrido, 1.4 TFSI, 218 cv (pot. total) Consumos 1,8 l/100 km Emissões 40 g/km
PREÇOS GTE
PREÇOS GTE Variant GTE
45.141€
48.007€ 51.040€
n VOLVO V60
n VOLVO XC60
Híbrido, 2.4 D, 285 cv (pot. total) Consumos 1,8 l/100 km Emissões 48 g/km
Híbrido, 2.0 T, 407 cv (pot. total) Consumos 2,1 l/100 km Emissões 49 g/km
PREÇOS D6 Momentum D6 Summum D6 R Design
PREÇOS T8 Momentum T8 Inscription T8 R Design
61.383€ 63.351€ 63.781€
blueauto
68.252€ 72.311€ 70.712€
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guia de compras
Híbridos n VOLVO XC90
Híbrido, 2.0 T, 407 cv (pot. total) Consumos 2,1 l/100 km Emissões 49 g/km
PREÇOS T8 Momentum T8 Inscription T8 R Design T8 Excellence
88.012€ 91.702€ 92.994€ 127.575€
Elétricos n BMW i3
n CITROËN C-ZERO
Elétrico, 170 a 184 cv, Bateria 33 kWh Autonomia 200 km (com extensor 330 km)
Elétrico, 67 cv Bateria 14,5 kWh Autonomia 150 km
PREÇOS i3 desde 43.509€ i3s desde 47.289€
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PREÇOS High Line
30.647€
n CITROËN e-BERLINGO MULTISPACE
n HYUNDAI IONIQ ELECTRIC
Elétrico, 67 cv Bateria 22,5 kWh Autonomia 170 km
Eléctrico, 120 cv Bateria 28 kWh Autonomia 250 km
PREÇOS Feel
PREÇOS Electric Tech
32.107€
39.500€
n KIA SOUL EV
n MITSUBISHI i-MIEV
Elétrico, 110 cv Bateria 27 kWh Autonomia 212 km
Elétrico, 67 cv Bateria 14,5 kWh Autonomia 150 km
PREÇOS EV
PREÇOS i-MIEV
30.890€
26.000€
n NISSAN e-EVALIA
n NISSAN LEAF
Elétrico, 67 cv Bateria 24 kWh Autonomia 170 km
Elétrico, 150 cv, Bateria 40 kWh Autonomia 378 km
PREÇOS e-Evalia 5 lug. e-Evalia 7 lug.
PREÇOS Acenta Visia N-Connecta Tekna
33.237€ 33.852€
blueauto
30.950€ 31.400€ 32.400€ 34.900€
Elétricos n PEUGEOT ION
n RENAULT TWIZY
Elétrico, 67 cv Bateria 14,5 kWh Autonomia 150 km
Elétrico, 13 cv Bateria 7 kWh Autonomia 90 km
PREÇOS Ion
PREÇOS Life Flex Life Intens Flex Intens Bag Flex Bag
30.390€
8.040€ 12.540€ 8.840€ 13.340€ 9.040€ 13.540€
n RENAULT ZOE
n SMART ELECTRIC DRIVE
Elétrico, 92 cv Bateria 22 e 40 kWh Autonomia 240 e 400 km
Elétrico, 82 cv Bateria 17,6 kWh Autonomia 160 km
PREÇOS Life ZE40 Life ZE40 Intens Flex ZE40 Intens ZE40 Bose Flex ZE40 Bose
PREÇOS de 22.500€ a 26.050€
30.410€ 32.910€ 27.510€ 35.010€ 30.310€ 37.810€
n TESLA MODEL S
n TESLA MODEL X
Eléctrico Bateria 75 e 100 kWh Autonomia 490 e 632 km
Eléctrico Bateria 75 e 100 kWh Autonomia 417 e 565 km
PREÇOS 75D 81.850 € 100D 106.100 € P100D 146.750 €
PREÇOS 75D 100D P100D
n VOLKSWAGEN E-GOLF
n VOLKSWAGEN E-UP!
Elétrico, 136 cv Bateria 35,8 kWh Autonomia 300 km
Elétrico, 82 cv Bateria 11,7 kWh Autonomia 90 km
PREÇOS e-Golf
PREÇOS e-up!
40.879€
blueauto
89.550 € 109.450 € 156.050 €
27.769€
65
testemunho
‘Voltaria a escolher este veículo elétrico, sem dúvidas’ Testemunho de: Jhonny Rodrigues Veículo: Volkswagen e-Golf Quilometragem atual: 4.000 km
concelho e disparavam o número de carros elétricos.
E quais os pontos que considera deveriam ser melhorados? Neste veículo, apenas a autonomia, embora a VW já tenha lançado um e-Golf com mais de 300 km de autonomia.
Onde faz habitualmente as cargas do seu veículo, e em que período? Em casa, durante a noite. Tenho tarifa bi-horária, pelo que me fica bem mais económico.
De uma forma geral, está satisfeito com o seu veículo? Muito satisfeito!
E o que mais gosta em termos de usabilidade? Silêncio e conforto.
Utiliza este veículo como principal meio de transporte? Sim.
Quantos km faz em média num dia normal? Considera que a autonomia é suficiente para o seu dia-a-dia ou sente que a escolha feita condiciona-o em termos de mobilidade? Cerca de 70 km, em média. O carro faz, em utilização normal, mais de 150 km de autonomia, pelo que nunca senti que fosse insuficiente a autonomia.
Quais os 3 aspetos que considerou serem mais importantes para a compra de um veículo elétrico? Poupança no combustível, poupança em impostos e na manutenção, e por último, o impacto ambiental (em termos de emissões, mas também impacto sonoro). Quais as três características que mais valoriza no seu veículo? Qualidade de construção, poupança de com-
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bustível e espaço (5 lugares espaçosos e uma mala grande).
A existência de uma rede de carregamento rápida distribuída pelo país é suficiente para uma utilização total e sem restrições? Isso seria fantástico! Aqui na Madeira, um carregamento em cada
blueauto
Da sua perceção e experiência, o seu veículo elétrico oferece uma maior, menor ou igual fiabilidade em comparação com o de combustão? Apesar de ser ainda muito recente, o que leio nas revistas é que a fiabilidade de um motor elétrico é muito superior a um a combustão. Considerando que não usa óleos, correias de distribuição, embraiagem e outros componentes que num carro normal são submetidos a muita pressão e desgaste. Voltaria a escolher este veículo ou trocaria por outro modelo? Voltaria a escolher este, sem dúvidas. Já conduzi vários elétricos, pelo menos 4, e não trocava este por nenhum dos outros. n
Testemunho de um cliente ZEEV.pt
Novo Nissan LEAF SIMPLY AMAZING OBRIGADO AOS 1.000 CLIENTES NISSAN LEAF QUE CONFIARAM NA MOBILIDADE ELÉTRICA. NISSAN LEAF O LÍDER EM PORTUGAL
DESCUBRA O NOVO NISSAN LEAF O Nissan LEAF foi o primeiro veículo 100% elétrico a ultrapassar as 1.000 unidades vendidas em Portugal. Só temos uma coisa a dizer: 1.000 vezes obrigada! Agora voltamos a superar os limites do estabelecido e apresentamos o Novo Nissan LEAF com 378 km de autonomia e equipado com as mais inovadoras tecnologias ‘Intelligent Mobility’, como o e-Pedal, o ProPilot e o ProPilot Park. Em duas palavras: Simply Amazing. Descubra-o em nissan.pt Zero emissões de CO2 durante a sua utilização.