os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal
(cont.): 3,50€
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à descoberta do futuro do automóvel
CES Las Vegas: o futuro da mobilidade
eletrificação
Gama Peugeot será 100% elétrica em 2025
mercado Próximos lançamentos Dacia
apresentação Opel Astra/Grandland GSe
Mobilidade elétrica: acelerar, acelerar, acelerar!
novos modelos Honda Jazz e:HEV Mazda MX-30 R-EV
tecnologia Lexus DIRECT4
ao volante BMW i7
Mazda CX-60 PHEV Citroën ë-C4 X
novidade
VAI LANÇAR 5 MODELOS 100 % ELÉTRICOS
m tchm king 60 anos a criar relações
Campanha especial de aniversário 60 anos, 60 carregadores!
Para celebrar o aniversário da LeasePlan, estamos a oferecer 60 carregadores para o apoiar na mobilidade elétrica.
Campanha válida até 28 de fevereiro de 2023 e aplicável a novos contratos de renting de veículos 100% elétricos com duração igual ou superior a 36 meses. Oferta limitada a um máximo de três carregadores por cliente. Não acumulável com outras campanhas.
06 atualidade Notícias
10 mercado
Vendas em Portugal
13 novidade
Suzuki vai lançar
5 modelos 100% elétricos
14 novidade
Suzuki Concept eVX
16 atualidade
Em números...
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22 eletrificação
Gama Peugeot será
100% elétrica em 2025
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BMW i7
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CES Las Vegas: o futuro da mobilidade
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Honda Jazz e:HEV
59 guia de compras
Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal
76 entrevista
Domingos Silva
Commercial Operations Director
Volvo Car Portugal
80 mobilidade elétrica
Mobilidade elétrica?
Acelerar - acelerar - acelerar!
82 agenda
Novos modelos elétricos/híbridos anunciados para este mês
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À DESCOBERTA DO FUTURO DO AUTOMÓVEL
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Solução única, única solução...
Se o início de 2023 parece augurar um ano em grande para a mobilidade elétrica, a começar pelo share de mercado alcançado pelos automóveis a bateria (que somaram 15,4% do total de ligeiros de passageiros novos vendidos em Portugal – aproximando-se assim das vendas dos carros a diesel, cuja quota de mercado foi de 16,5%) e pelo assinalável facto simbólico dos modelos BEV e PHEV terem representado em conjunto (26,2%) mais de 1 em cada 4 carros novos vendidos em janeiro no nosso país, o primeiro mês do ano ca também marcado por algumas notícias que nos relembram que há ainda muito caminho a percorrer rumo às zero-emissões e que nesse caminho existem ainda importantes obstáculos a superar.
Entre essas notícias, merece destaque, antes de mais pelo seu valor simbólico, aquela que dá conta da iniciativa de vários senadores republicanos do Wyoming de legislar a proibição de venda de veículos elétricos (não, não é engano…) nesse estado norte-americano, com o argumento de que a transição dos automóveis a combustão para aqueles a bateria representa uma ameaça à continuidade dos empregos nas indústrias do petróleo e do gás, além de considerar impraticável o uso de carros recarregáveis num estado onde predominam longos troços de autoestrada sem uma rede de carregadores elétricos adequada… Mesmo sabendo que essa intenção legislativa acontece num estado cuja economia é fortemente dominada pela produção petrolífera e tem por trás o que é visto como uma reação de contornos políticos à recente decisão da Califórnia e de Nova Iorque no sentido de interditar a venda de carros novos a combustão, não deixa de surpreender, causando mesmo perplexidade, tal iniciativa.
Ainda assim, não tanta surpresa e perplexidade como aquela motivada por declarações e comentários com origem em autores à partida mais credíveis. Incluindo de representantes da própria indústria automóvel, que continuam a questionar a validade da nova legislação proposta em diretiva europeia que levará à proibição no espaço comunitário de comercialização – a partir do ano 2035 –de automóveis novos que não sejam zero-emissões, criticando a competência dos decisores políticos e defendendo a neutralidade tecnológica como solução. Mas esquecendo-se, intencionalmente ou não, de referir o mais importante: primeiro, que o que está agora em causa não tem a ver com a tecnologia como solução para mais uma das muitas evoluções que o automóvel desde sempre conheceu na sua centenária história, e sim com a necessidade urgente e absoluta de garantir a descarbonização, verdadeiro desígnio social a que os decisores públicos tentam (bem ou mal) dar resposta; depois, que a neutralidade tecnológica de que tanto falam pode (e deve) sim ser solução antes de mais para os muitos milhões de automóveis poluidores que já circulam e vão continuar a entrar em circulação nos próximos tempos; e nalmente, que se os carros elétricos a bateria parecem ser (pelo menos a médio prazo) a única solução massi cada para alcançar as zero-emissões, isso se deve também, e muito, aos próprios industriais, que não só investem forte na eletri cação das suas gamas automóveis como de sua iniciativa antecipam até (face ao timing de nido pelos legisladores) a data a partir da qual deixarão de fabricar carros que não sejam totalmente elétricos.
Podendo de facto não ser solução única do ponto de vista tecnológico, é a nal também por isso que o automóvel elétrico a bateria é sim, pelo menos por enquanto, a única solução…
Renault desenvolve carregador embarcado bidirecional
O Grupo Renault anuncia ter desenvolvido em conjunto com o instituto público francês de investigação CEA um novo tipo de carregador embarcado bidirecional de alta eficiência, o qual será implementado nos veículos elétricos Renault até ao final desta década: tendo por base uma nova arquitetura eletrónica de conversor de potência diretamente integrada no carregador do veículo, esta inovação é o resultado de quase 3 anos de investigação e foi desenvolvida com recurso a materiais inovadores. Mais compacto, o novo carregador irá reduzir em 30% as perdas de energia durante a conversão, melhorar o tempo de recarga do veículo (graças a uma capacidade de carga até aos 22 kW em modo trifásico) e garantir a durabilidade da bateria, além de ser bidirecional, fazendo assim com que o veículo com ele equipado possa vir a integrar um sistema “vehicle-to-grid”, restituindo parte da eletricidade armazenada nas baterias de modo a otimizar o funcionamento da rede elétrica.
VOLVO: 100% ELÉTRICOS ATINGEM RECORDE DE VENDAS EM PORTUGAL
As vendas dos modelos 100% elétricos da Volvo atingiram em janeiro 2023 um máximo histórico em Portugal, tendo representado 46% do mix total das unidades matriculadas no nosso país. O principal destaque vai para o XC40 Recharge, que foi mesmo o modelo mais vendido pela marca no primeiro mês do ano, ajudando a Volvo a alcançar o 3.º lugar no ranking dos construtores que mais carros puramente elétricos venderam nesse período. E juntando também os modelos híbridos plug-in, a gama Recharge (BEV + PHEV) da Volvo atingiu em janeiro o impressionante share de 81% das vendas totais da marca no mercado nacional.
Jeep Avenger eleito Carro do Ano na Europa
Primeiro modelo 100% elétrico da marca Jeep, o novo Avenger foi premiado com o troféu de “Carro do Ano 2023” na Europa. Aquele que é também o primeiro automóvel da Jeep a conquistar este prestigiado troféu foi o mais votado por um painel independente composto por 57 jurados especializados de 22 países, tendo somado 328
pontos, 87 pontos mais que o modelo segundo classificado. Comentando a vitória do Jeep Avenger sobre os outros 6 finalistas – Kia Niro, Nissan Ariya, Peugeot 408, Renault Austral, Subaru Solterra/Toyota bZ4X e Volkswagen ID Buzz –, Alberto Sabbatini, vice-presidente da organização “Car Of The Year”, considerou que “O Jeep
Avenger provou ser uma combinação perfeita para a maioria das utilizações: é compacto e ágil para uso em cidade, tem potência e binário suficientes para evoluir em qualquer tipo de estrada, e conta com uma boa autonomia mesmo para deslocações de médio alcance”, acrescentando: “É um automóvel completo, não um simples carro de cidade. Mas, acima de tudo, conta com um design arrasador”. Modelo compacto do segmento B-SUV, o Avenger assinala o início da nova fase de eletrificação da marca Jeep, a qual prevê a introdução no mercado de 4 modelos elétricos a bateria até 2025 e vendas na Europa totalmente elétricas até ao final de 2030. Em Portugal a gama Avenger está disponível a partir de 37.800 euros.
VENDAS DE CARROS NOVOS NA EUROPA POR TIPO DE MOTORIZAÇÃO
A Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA) divulgou os dados de matrículas de veículos de passageiros referentes a 2022, com destaque para a distribuição das vendas de carros novos por tipo de energia: no acumulado do último ano, os modelos elétricos a bateria representaram 12,1% (+3%) do mercado automóvel da União Europeia, tendo o número de unidades
BEV matriculadas crescido +28% face ao período homólogo (2021); enquanto o share dos híbridos plug-in chegou aos 9,4% (+1,2%); e o dos híbridos
HEV foi de 22,6% (+8,6%). Em sentido inverso, o share de mercado das motorizações até aqui tradicionais diminuiu no último ano, com os carros
a gasolina a serem 36,4% e os veículos a diesel a baixarem para apenas 16,4% das vendas totais de automóveis novos no espaço comunitário.
BMW acelera baterias de estado sólido
A indústria automóvel está agora fortemente empenhada em acelerar o desenvolvimento de novas químicas de baterias, incluindo uma nova geração de baterias denominadas de estado sólido, tecnologia quase unanimemente considerada como decisiva
para o futuro da mobilidade elétrica por permitir maiores autonomias e carregamentos mais rápidos. O exemplo mais recente chega-nos do Grupo BMW, construtor que anunciou ainda para este ano uma nova geração da atual tecnologia de baterias baseada
na utilização de iões de lítio: caracterizada por dispor de células de formato cilíndrico e química otimizada, esta nova geração de baterias irá equipar nomeadamente os primeiros modelos da futura gama 100% elétrica “Neue Klasse” da BMW, marca que promete conseguir assim até 30% de incremento de autonomia com uma carga. Mas o Grupo BMW vai mais longe nos objetivos a que se propõe em termos de inovação nas baterias, tendo acabado de anunciar o reforço da sua parceria com a empresa especializada Solid Power de modo a acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de baterias de estado sólido, levando a que os primeiros testes com esse tipo de células possam acontecer ainda este ano e a que a estreia do primeiro veículo BMW apto a demonstrar a nova tecnologia esteja já planeada para antes de 2025.
PEUGEOT QUER TORNAR A EXPERIÊNCIA ELÉTRICA
FINANCEIRAMENTE ACESSÍVEL
Além de propor uma gama eletrificada cada vez mais robusta, as novidades da Peugeot no âmbito da eletrificação passam também pelo objetivo de tornar a experiência elétrica financeiramente acessível, algo ainda mais importante numa altura de aumento do custo de vida como a atual. E a marca francesa responde às necessidades dos clientes com soluções simples e acessíveis, como é o caso destes dois tipos de oferta agora anunciados, que visam estender ao mercado automóvel soluções já conhecidas dos telemóveis:
– Peugeot As You Go
Uma solução de pagamento mensal baseada numa atribuição de quilometragem. Em França, por exemplo, para o e-208, o valor inicia-se nos 150€ por mês, com 500 km incluídos. Se necessário, os clien-
tes podem adicionar quilometragem extra, por apenas 7 cêntimos por quilómetro. A Peugeot revela que pretende alargar esta iniciativa a toda a gama e a outros mercados.
– Peugeot Your Way
Um único pagamento mensal que inclui o aluguer da viatura, todos os serviços de manutenção e assistência,
Tesla baixa preço dos Model 3 e Y
A Tesla reduziu significativamente o preço de venda dos seus modelos elétricos mais populares: em Portugal a versão de entrada na gama Tesla Model Y pode agora ser encomendada a partir de 46.990€, ou seja menos 3 mil euros do que há um mês; enquanto o Model 3 de tração traseira viu o seu preço inicial baixar 10 mil euros. O fabricante norte-americano justifica esta descida nos preços dos seus modelos mais vendidos com um reforço global da economia de escala graças ao aumento e à otimização da produção do Model 3 e do Model Y, conseguindo assim tornar o seu preço final mais acessível.
seguro e até mesmo os carregamentos. Todos os custos concentrados num único pagamento. Mas ao contrário do que acontece com os telemóveis, os clientes não ficarão presos a uma fidelização a longo prazo: se as circunstâncias mudarem, podem trocar de viatura ou simplesmente devolvê-la.
Carregamento de veículos elétricos: novos hubs em Coimbra e Matosinhos
A Mobi.E inaugurou no último mês dois novos hubs de carregamento para veículos elétricos: as novas infraestruturas estão localizadas em Coimbra e em Matosinhos, e fazem parte do projeto-piloto integrado no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) promovido pelo Governo e cofinanciado pelo Fundo Ambiental que prevê a instalação de um total de 9 hubs em cidades de elevada procura e 12 postos de carregamento ultrarrápido (PCUR) noutras tantas cidades do interior, num investimento superior a 3 milhões de euros. A Mobi.E relembra que neste momento, além dos agora inaugurados em Coimbra e Matosinhos, já estão em funcionamento os hubs de Leiria, Guimarães, Loures, Loulé e Viseu, seguindo-se brevemente Almada e Vila Nova de Gaia. Cada um desses hubs é constituído por 1 posto de carregamento ultrarrápido (150 kW), 3 postos rápidos (50 kW), 5 postos normais (22 kW) e ainda 1 posto de transformação, permitindo o carregamento simultâneo de 14 veículos.
VENDAS DE AUTOMÓVEIS EM PORTUGAL
SHARE POR TIPO DE MOTORIZAÇÃO
“Em janeiro de 2023, 47,8% dos veículos ligeiros de passageiros matriculados novos eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente elétricos e híbridos.
Em particular, verifica-se que 15,4% nos veículos ligeiros de passageiros novos eram elétricos” ACAP
Novo Nissan X-Trail com
Uma experiência única de condução eletrificada, sem necessidade de carregamento
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Consumo combinado: 5,9-6,5 l/100 km. Emissões de CO2: 133-148 g/km.
Porsche Macan elétrico vai ter mais de 600 cv
A Porsche deu já a conhecer os primeiros detalhes técnicos da nova geração do seu SUV compacto Macan. Com lançamento no mercado confirmado para o próximo ano, o novo Macan será um modelo 100% elétrico montado sobre uma nova plataforma para carros “premium” a bateria (PPE
- Premium Platform Electric, desenvolvida em colaboração com a Audi) e vai estrear um potente motor elétrico de última geração, com a marca desportiva alemã a anunciar cerca de 450 kW (mais de 600 cv) de potência e mais de 1000 Nm de binário máximo, além do recurso à tecnologia de 800 V que permitirá carregar em menos de 25 minutos até 80% dos 100 kWh de capacidade da bateria.
POLESTAR 2: MAIS POTÊNCIA, CARREGAMENTO MAIS RÁPIDO, MAIOR AUTONOMIA
A marca Polestar anuncia atualizações importantes para o Polestar 2: a versão MY2024 deste fastback elétrico de 5 portas apresenta agora uma frente mais tecnológica, refletindo a linguagem de design que a marca estreou no Polestar 3 (SUV elétrico a lançar este ano), melhorias substanciais na performance obtidas através de novos motores elétricos e baterias ainda mais potentes, melhorias ambientais e ainda em estreia a tração traseira. Com destaque para a nova geração de motores e inversores elétricos que passam a fazer parte de todas as versões do Polestar 2, oferecendo melhorias substanciais tanto na eficiência como no desempenho, com as variantes de entrada a atingirem agora até 220 kW de potência e a versão Dual Motor até 310 kW, além de dispor de função de desativação do motor dianteiro que pode ser acionada quando este não é necessário; já o Performance Pack opcional permite obter 350 kW e realizar os 0-100 km/h em apenas 4,2 segundos. Ao mesmo tempo, todas as versões do Polestar 2 possuem baterias renovadas capazes de melhorar a eficiência e os tempos de carregamento, tendo sido possível obter uma maior autonomia (entre 40 km e 105 km a mais).
Novo Hyundai Kauai em março
A Hyundai desvendou mais alguns detalhes sobre a nova geração Kauai. O destaque vai desde logo para as maiores dimensões e para o design atualizado da nova versão do popular modelo SUV compacto da marca sul-coreana, com o Kauai a oferecer agora um interior mais espaçoso e versátil de modo a aumentar o conforto dos passageiros e a facilitar o armazenamento de bagagem, além de um visual mais desportivo acompanhado de pormenores distintivos como os faróis infinitos pixelizados, frisos cromados característicos que ligam a carroçaria ao spoiler agressivo, ou a estreia
de jantes em liga leve de 19 polegadas. A isso junta-se um vasto conjunto de tecnologias de ponta destinadas a elevar a experiência de condução, incluindo a possibilidade de atualizações de software over-the-air, e avançados sistemas de assistência, como Trava-
gem Autónoma de Emergência, Saída do Veículo em Segurança, Alerta de Fadiga do Condutor, Controlo de Velocidade Inteligente, Assistência à Condução em Autoestrada ou Sistema Remoto de Estacionamento Automático, entre muitos outros. E um dos maiores destaques da nova geração Kauai é que estará disponível em múltiplos tipos de motorização, incluindo BEV, HEV e a combustão, com uma versão desportiva N-Line em opção. Com a Hyundai a prometer para o próximo mês de março mais detalhes sobre o novo Kauai para o mercado europeu.
Suzuki vai lançar 5 modelos 100% elétricos
Depois do anúncio do protótipo eVX (apresentado em detalhe nas páginas seguintes), estudo que antecipa aquele que será o seu primeiro modelo estratégico global de motorização integralmente elétrica, a lançar em 2025, a Suzuki acaba de revelar como novidade um plano de produção que prevê a introdução na Europa de um total de 5 novos veículos 100% elétricos, cuja chegada ao mercado acontecerá até 2030.
Essa novidade consta da estratégia de crescimento delineada pela marca japonesa daqui até ao nal da década, plano estratégico agora apresentado pela Suzuki Motor Corporation que rea rma a eletri cação da sua produção automóvel como solução para a empresa atingir a desejada neutralidade carbónica, um objetivo que para as suas atividades europeias deverá ser cumprido até ao ano 2050. E para a sua atividade automóvel e no caso da região europeia a Suzuki anuncia como fazendo parte desse plano estratégico de crescimento a introdução no mercado de 5 modelos elétricos a bateria, a lançar até ao ano scal 2030, altura em que os automóveis zero-emissões deverão representar cerca de 80% das vendas Suzuki no Velho Continente (com os restantes 20% sendo automóveis híbridos integrais, HEV), dando assim resposta à legislação ambiental e à procura dos consumidores em cada um dos mercados europeus. O primeiro desses modelos BEV chegará já no ano scal japonês de 2024 (que vai até nal de março de 2025), tendo a marca japonesa con rmado agora que
a lista de novidades elétricas incluirá SUVs e carros do segmento B, entre eles – como parecem deixar antever as imagens estilizadas já reveladas – muito possivelmente também uma variante elétrica do popular todo-o-terreno compacto Jimny, além de um veículo tipo kei-car, categoria de minicarros urbanos de custo económico muito populares no mercado japonês.
No mesmo plano estratégico de crescimento agora anunciado, para o qual está previsto um investimento total equivalente a 31 mil milhões de euros, quase metade dos quais a dedicar à eletri cação da gama, a Suzuki Motor Corporation avança ainda ser sua intenção continuar o desenvolvimento em vários campos de tecnologias futuras, avanços tecnológicos e tecnologias de produção em massa, incluindo o reforço da relação de cooperação com a Toyota em áreas tecnológicas como os carros autónomos e os veículos eletri cados, tendo sempre como objetivo maior apresentar produtos e serviços focados no consumidor que possam ajudar a alcançar a neutralidade carbónica.
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SUZUKI eVX
EVOLUÇÃO RÁPIDA
O primeiro Suzuki elétrico está quase pronto. Com chegada ao mercado prevista para 2025 e uma autonomia esperada de mais de 500 quilómetros, o eVX antecipa, sob a forma de protótipo, o seu futuro SUV médio, um carro que deverá ser mais espaçoso mas que manterá o espírito aventureiro da marca japonesa.
Nos últimos anos, a Suzuki tem vindo a reduzir rapidamente o impacto ambiental da sua gama passo a passo, começando pela eletri cação simples com o sistema SHVS semi-híbrido, seguiram-se os modelos híbridos e plug-in, resultado de um acordo com a Toyota, antes da criação do seu próprio motor híbrido. E agora a marca japonesa prepara-se para fazer o pleno com a criação do seu primeiro automóvel elétrico, o eVX, que antecipa sob a forma de protótipo o seu primeiro modelo sem emissões de CO2, que vai chegar ao mercado em 2025.
De aparência compacta, na verdade o eVX será um dos modelos de maiores dimensões da Suzuki. Um SUV de dimensões médias, é comparável aos atuais Vitara e S-Cross, com 4,3 metros de comprimento, 1,8 metros de largura e 1,6 metros de altura, prometendo uma quantidade generosa de espaço interior, como esperado pela posição das quatro rodas na carroçaria. A Suzuki ainda não revelou os valores da distância entre eixos, mas será mais extensa que os 2,5 metros do Vitara e os 2,6 metros do S-Cross, seguindo as tendências de mercado.
Também falta saber mais detalhes sobre a performance, mas a marca japonesa já anunciou que o Suzuki eVX vai estar equipado com uma bateria de 60 kWh, e que deverá ser capaz de percorrer até 550 quilómetros antes de
necessitar de uma recarga. Apesar da sua aparência poderosa, com rodas grandes e uma secção dianteira com um estilo imponente, a carroçaria tem o apuro necessário para reduzir a resistência aerodinâmica e melhorar a e ciência energética em condução.
Mesmo sem anunciar as prestações, a Suzuki revelou que pretende que o eVX seja capaz de oferecer a experiência de condução de um veículo 4x4, como é tradição da marca. E embora uma variante só com um motor e tração dianteira (bem como uma bateria ligeiramente mais pequena) faça mais sentido para tornar a versão de entrada mais acessível, uma versão com um motor em cada eixo poderia oferecer o tão almejado prazer de condução fora de estrada, com tração às quatro rodas, algo obrigatório num SUV da Suzuki.
Até ao seu lançamento em 2025, a Suzuki deverá revelar mais detalhes sobre o seu primeiro automóvel elétrico, incluindo a forma nal da sua carroçaria, que deverá manter os conjuntos óticos em LED na dianteira e na traseira, mas deverá ter um desenho mais realista das portas, das jantes e dos adornos da carroçaria. É também provável que os valores de autonomia sejam revistos, pois os números anunciados foram feitos no método de homologação para o mercado indiano, e não no ciclo WLTP europeu.
5
O calendário de eletri cação da Bentley prevê o lançamento de 5 modelos elétricos da marca britânica até ao ano 2030.
109 km
A Mercedes-Benz prepara-se para lançar no mercado versões atualizadas dos seus modelos GLE e GLE Coupé, numa gama de motorizações que inclui novos híbridos plug-in 400e 4Matic e 350de 4Matic cuja autonomia elétrica em ciclo combinado WLTP pode atingir até 109 km
37
Em menos de 3 anos o novo 500e ganhou 37 prémios internacionais em 9 países diferentes, tornando-o no modelo FIAT mais premiado de sempre.
9.9
A Green NCAP atribuiu ao Dacia Spring o título de automóvel com o menor impacto ambiental no ano de 2022, tendo este modelo 100% elétrico alcançado uma pontuação global de 9.9 (em 10 pontos possíveis) na avaliação desta organização independente que promove o desenvolvimento de carros “limpos” e energeticamente e cientes.
2027
Um estudo recente da consultora EY (Ernst & Young) prevê que no ano 2027 as vendas de veículos elétricos na Europa superem já as dos outros tipos de motorização.
+134%
Dados da UVE - Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos indicam que em 2022 a rede nacional de postos de carregamento rápidos e ultrarrápidos cresceu 134%
1.000.000
O construtor automóvel sul-coreano Hyundai Motor Group já ultrapassou a marca de 1 milhão de veículos elétricos vendidos globalmente: no nal de 2022 as vendas acumuladas de modelos elétricos das marcas Hyundai e Kia atingiram 1,02 milhões de unidades.
43.150€
Sucessor do DS 3 Crossback e estreando um novo motor de 115 kW (156 cv) e uma nova bateria de 54 kWh de capacidade, o novo DS 3 E-Tense 100% elétrico chega a Portugal neste mês de fevereiro, com preços a partir de 43.150€
MERCEDES CERTIFICA CONDUÇÃO AUTÓNOMA DE NÍVEL 3 NOS EUA
A Mercedes-Benz anuncia ter-se tornado no primeiro fabricante automóvel do mundo a lançar a condução condicionalmente automatizada SAE de Nível 3 nos Estados Unidos da América, com o Nevada a confirmar a conformidade do sistema DRIVE PILOT que equipa os modelos Classe S e EQS da marca alemã com os seus regulamentos. Recorde-se que no Nível 3 de condução autónoma, segundo definição da SAE (Society of Automotive Engineers, a autoridade mundial no desenvolvimento de standards para a mobilidade), a inteligência artificial que equipa o veículo pode assumir certas tarefas de condução, mas com o condutor permanentemente preparado para retomar o controlo quando solicitado. Respeitando os requisitos de segurança em vigor no Nevada relativos a veículos autónomos, o DRIVE PILOT irá permitir ao condutor transferir a tarefa de condução dinâmica para o veículo em certas condições (até à velocidade de 64 km/h, o sistema controla a velocidade, a distância e conduz o veículo na sua faixa de rodagem, tendo em atenção o perfil do percurso, os eventos que ocorrem e os sinais de trânsito, podendo também reagir perante situações inesperadas através de manobras de desvio ou de travagem), passando assim esta tecnologia Mercedes-Benz a ser o primeiro sistema SAE Nível 3 que equipa um veículo produzido em série autorizado a circular em vias rápidas nos EUA. A Mercedes quer agora expandir à Califórnia a aplicação do sistema.
Kia: quase 1/3 das vendas são modelos eletrificados
Representada em Portugal pela Astara, a marca Kia aumentou em 20,1% as suas vendas nacionais em 2022, naquela que foi uma das subidas mais expressivas entre as marcas generalistas: no último ano a Kia vendeu em Portugal um total de 6.419 veículos, atingindo assim uma quota recorde de 4,1% no nosso país. Com a Astara a destacar que para esse sucesso de vendas foi decisivo o desempenho da gama eletrificada Kia, a qual atingiu já 32% do total de unidades comercializadas no mercado português. Em linha, aliás, com o verificado a nível europeu: em 2022 a crescente procura pelos modelos eletrificados Kia fez com que estes tenham representado quase 1/3 (30,9%) das vendas da marca sul-coreana na Europa.
Renault eletrifica R4 e R5 clássicos
Já se sabia que a Renault aposta forte em designações históricas na sua gama para ajudar a cumprir a sua ambição declarada de democratizar os veículos elétricos, com o lançamento confirmado para os próximos anos das novas gerações R4 e R5 elétricas. A novidade é que a marca francesa também não quer deixar de fora os antepassados desses futuros modelos elétricos, tendo agora lançado em parceria com a R-FIT (marca comercial da empresa MCC Automotive) a comercialização em França de “kits” destinados à conversão elétrica dos clássicos Renault 4, Renault 5 e Twingo 1.ª geração: devidamente homologada, esta transformação consiste em retirar o motor térmico e o depósito do veículo substituindo-os por um motor elétrico e uma bateria, permitindo assim que os automóveis sujeitos a essa conversão para elétrico circulem em toda a legalidade e segurança. No caso da Renault 4L, o “kit” de conversão proposto para o mercado francês tem um custo a partir de 11.900€ (incluindo instalação) e prevê uma autonomia até 80 km e uma recarga completa da bateria de 10,7 kWh em cerca de 3h30.
Volkswagen estreia
ID.7 no segundo trimestre 2023
Depois dos ID.3, ID.4, ID.5, ID.6 (este apenas na China) e ID. Buzz, o recentemente revelado ID.7 será o sexto modelo da família totalmente elétrica ID. da Volkswagen, bem como o segundo veículo global (depois do ID.4) baseado na plataforma modular elétrica (MEB) da marca. Marca que deu já a conhecer, ainda que num primeiro vislumbre e em versão “camuflada”, este seu novo modelo destinado ao segmento médio premium, sendo agora novidade a notícia de que a estreia mundial do ID.7 já tem data: está agendada para o segundo trimestre de 2023. Seguir-se-á o lançamento no mercado europeu, o qual está planeado ainda para este ano.
Em vigor durante o mês de fevereiro, a campanha “Electric Days” da Citroën oferece um cartão de mobilidade elétrica na compra de um automóvel ligeiro de passageiros eletri cado da marca. Esta iniciativa é válida para clientes particulares e empresariais, abrangendo os modelos puramente elétricos ë-C4, ë-C4 X, ë-Berlingo, ë-Jumpy Combi e ë-Spacetourer, bem como os novos híbridos plug-in C5 X e C5 Aircross: no caso dos clientes que optem por um modelo 100% elétrico, o cartão de mobilidade EDP é disponibilizado com um pré-carregamento de 1.800 kWh, o que, considerando um consumo de 16,6 kWh/100 km e uma quilometragem de 10.800 km, se traduz no equivalente a um ano de carregamentos elétricos; já os clientes que escolherem um híbrido plug-in C5 Aircross poderão desfrutar de 525 kWh de energia no seu cartão de mobilidade.
Lidl:
em mais de 130 lojas
A pensar no ambiente e em facilitar a vida aos seus clientes, o Lidl conta hoje com mais de 130 lojas com postos de carregamento rápido para viaturas elétricas em Portugal: estrategicamente localizada, a rede de carregamento do Lidl está já presente em todas as capitais de distrito, garantindo – diz a cadeia de supermercados – a autonomia de norte a sul do país, bem como a ligação a Espanha. O Lidl destaca ainda ter registado em 2022 um aumento de 134% (comparativamente a 2021) de carregamentos nos seus postos de abastecimento de veículos elétricos, com uma taxa de crescimento de 165% de energia carregada em kWh: no ano passado foram efetuados um total de 227.160 carregamentos, numa média de 40 minutos cada (em linha com o tempo médio de compra em loja), sendo a comodidade/conveniência de poder carregar a viatura enquanto se faz as compras uma das principais vantagens apontadas pelos utilizadores. Outra vantagem é o facto da tarifa de Operador do Ponto de Carregamento (OPC) da rede de carregadores elétricos das lojas Lidl Portugal estar abaixo do mercado e ser igual em todo o país – 0.08€ por minuto –, além do Lidl ter assumido a tarifa EGME imposta aos OPC, não passando este custo para o cliente.
ENVE 2023 em Évora
A edição 2023 do ENVE - Encontro Nacional de Veículos Elétricos terá lugar em Évora, na Praça 1.º de Maio, nos dias 3 e 4 de junho. Organizado pela UVE - Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, este ano com a colaboração da Câmara Municipal de Évora, o ENVE é o encontro anual dos utilizadores de veículos elétricos (desde os mais experientes aos novos e até aos potenciais utilizadores), contando com um conjunto de marcas de veículos, soluções de carregamento, serviços e produtos relacionados com a mobilidade elétrica em Portugal, além de conferências e vários momentos de esclarecimento de dúvidas.
carregamento rápido
Citroën oferece um ano de carregamentos na compra de um elétrico
LeasePlan celebra 60 anos com oferta de carregadores elétricos
Empresa líder global em car-as-a-service (conceito no qual o carro é entendido como um serviço, fornecido a quem pretende usar um veículo sem ter os incómodos associados à sua propriedade), a LeasePlan celebra agora 60 anos. E para assinalar a data, esta empresa que assume um papel de liderança tanto no setor do renting (ao gerir aproximadamente 1,9 milhões de veículos em 29 países) como também na transição energética agora em curso (tendo estabelecido como objetivo alcançar as zero emissões líquidas da sua frota financiada até 2030) lançou a campanha global “Matchmaking, 60 anos a criar relações”: com o objetivo de impulsionar os postos de carregamento disponíveis para os seus clientes e assim incentivá-los a transitar para a mobilidade elétrica, a LeasePlan Portugal oferece carregadores para veículos elétricos em novos contratos de renting. Assim, até 28 de fevereiro, as primeiras 60 encomendas para contratos de renting de um veículo 100% elétrico com a LeasePlan vão receber a oferta de um Home Charger (esta oferta inclui: hardware, instalação, manutenção e garantia). A campanha é válida para particulares ou empresas e está disponível no site da LeasePlan (https://www.leaseplan.com/pt-pt/campanha-60-anos-60-carregadores/) e nas suas redes sociais.
Volvo atualiza C40 e XC40 Recharge
Também os modelos 100% elétricos XC40 Recharge e C40 Recharge da Volvo foram alvo de uma atualização neste início de ano, oferecendo agora como principais novidades maior autonomia, capacidade de carregamento mais rápido e novas opções de tração traseira. Tanto o XC40 como o C40 passam assim a apresentar três tipos de motorização elétrica – single motor, single motor extended range e twin motor –, e graças a melhorias ao nível da eficiência energética bem como à adoção de uma bateria maior conseguem agora percorrer mais quilómetros com uma única carga, com a autonomia máxima a poder mesmo ultrapassar os 500 km.
l A Citroën reforça a gama de motores do seu modelo híbrido plug-in C5 X com o lançamento de uma versão mais acessível, 180 ë-EAT8, com 180 cv de potência combinada, que fica agora disponível para encomenda em Portugal.
l No próximo mês de junho a Volvo deverá revelar em estreia mundial o esperado EX30, novo modelo de acesso à sua gama elétrica.
l A União Europeia prepara-se para adotar nova legislação sobre baterias para veículos elétricos, regulamentando todo o seu ciclo de vida – desde a produção até à reutilização e reciclagem – de modo a garantir que são seguras, sustentáveis e competitivas.
l Afeela é o nome da nova marca de veículos elétricos resultante da parceria entre a Sony e a Honda, marca cujos produtos serão comercializados – outra novidade – também na Europa.
l Já está disponível em Portugal o novo Range Rover Velar, incluindo na motorização híbrida plug-in P400e que oferece uma autonomia em modo elétrico melhorada em 21%, chegando agora aos 64 km.
l A nova geração do Renault Espace será revelada em breve, estreando formas de grande SUV e motorizações eletrificadas com tecnologia híbrida.
l A Opel reedita a campanha “e-PRO Days”, dirigida a empresas e empresários em nome individual que propõe durante o mês de fevereiro condições especiais de aquisição para veículos de passageiros e comerciais ligeiros 100% elétricos e híbridos plug-in.
MAZDA MX-30 R-EV
ENCONTRO DE GERAÇÕES
O Mazda MX-30 passa a ser uma família, e a ser pensado para um uso mais familiar, com a chegada da variante R-EV, que recupera o tradicional motor rotativo para servir como extensor de autonomia, permitindo ao SUV japonês fazer viagens mais longas e oferecendo mais prazer de condução.
Como primeiro veículo elétrico da Mazda, o MX-30 é uma boa solução para o tráfego urbano, mas as suas características impedem-no de ser um automóvel prático para grandes viagens. A solução da marca não foi imaginar o futuro, mas sim recuperar uma tecnologia do passado, e adaptá-la às novas necessidades do mercado: o resultado é que o MX-30 ganha uma variante híbrida, em que o motor de combustão serve apenas para fornecer energia à bateria, e que assim ganha a autonomia necessária para partir à aventura por Portugal fora.
A variante e-SkyActiv R-EV do MX-30 tem uma bateria mais pequena, mas um motor elétrico mais potente que no modelo original. Com 17,8 kWh, tem apenas metade da capacidade do modelo 100% elétrico, ao nível das baterias usadas em híbridos plug-in, oferecendo até uma autonomia de 85 km, ou 110 km em tráfego primariamente urbano, o que na prática será onde o uso puramente elétrico vai ser mais necessário. Quanto ao motor elétrico, a sua potência sobe dos 105 kW para os 125 kW (143 cv para 170 cv), tornando-o mais interessante em termos de performance. Para garantir que a bateria tem sempre energia para o condutor tirar partido da potência extra, o MX-30 híbrido recupera o motor rotativo, conceito inventado por Felix Wankel e usado pela Mazda com sucesso durante décadas, até que este tipo de motor deixou de cumprir os critérios anti-poluição mais apertados.
No entanto, nestas condições, o motor rotativo é exatamente o que é preciso para garantir uma autonomia mais longa e manter as emissões baixas. O último Wankel da Mazda, usado no desportivo RX-8, tinha dois rotores, 1308 cc e debitava 250 cv. Este é mais pequeno, mas é apenas o necessário para dar energia à bateria. Com uma capacidade de 830 cc, debita 74 cv às 4700 rpm, pelo que é compacto o su ciente para caber debaixo do capot dianteiro, aliás, o projeto do MX-30 já tinha sido concebido para esta adição.
O sistema híbrido é compatível com carregamento caseiro numa tomada trifásica até 11 kWh, reduzindo o tempo de recarga para apenas 50 minutos, podendo ainda baixá-lo para 25 minutos num carregador público de corrente contínua, até 36 kW. Assim, na cidade, poderá sempre privilegiar a utilização do motor elétrico, reservando o motor a gasolina unicamente para uso em estrada aberta, o que justi ca o consumo anunciado de apenas 1 litro por cada 100 km, com emissões de CO2 de 21 g/km. O condutor também tem uma gestão fácil da capacidade que a bateria deve manter, mudando do modo de utilização normal para o Charge, e depois escolhendo a carga em incrementos de 10%. Assim, o motor a gasolina só é mesmo ativado quando a bateria atinge um nível inferior ao escolhido.
A variante R-EV do MX-30 vai ter elementos decorativos exclusivos, incluindo logótipos indicativos da tecnologia híbrida e jantes próprias. A edição especial de lançamento, batizada Edition R (uma referência ao regresso do motor rotativo), inclui ainda uma pintura do tejadilho vermelho-madeira e elementos decorativos na chave, nos tapetes e nos encostos de cabeça. O MX-30 híbrido plug-in deverá manter a agilidade característica do modelo elétrico, o que deverá permitir ao condutor tirar melhor partido da potência total do conjunto.
5 NOVOS MODELOS BEV NOS PRÓXIMOS 2 ANOS
Gama Peugeot 100% elétrica em 2025
Depois de já ter anunciado que este ano de 2023 assistirá a uma forte aceleração na eletri cação da sua gama, nomeadamente através da disponibilização de um ou mais motores eletri cados em todos os modelos, a Peugeot revela agora mais novidades que con rmam um ambicioso plano de eletri cação da marca francesa.
As próximas novidades nos planos de eletri cação da marca foram desvendadas no último mês num evento de apresentação do projeto “E-Lion”, projeto que representa a visão de eletri cação da Peugeot, com a qual o construtor automóvel francês pretende dar continuidade à transição energética já em curso.
GAMA 100% ELÉTRICA EM 2025
Ainda que este projeto não trate apenas de eletri cação, sendo sim uma abordagem integrada de modo a dar resposta às necessidades de um mundo em mudança ao ter em conta outros aspetos como a experiência do cliente, a e ciência ou a sustentabilidade, com o “E-Lion” agora revelado a Peugeot reforça de facto a sua aposta na mu-
dança tecnológica a nível de motorizações já hoje evidente através de uma gama de automóveis de passageiros eletricada a 80% e de uma gama de veículos comerciais ligeiros eletri cada a 100%.
E essa transição energética em curso na gama Peugeot vai mesmo acelerar, para que a marca francesa cumpra o ambicioso calendário de eletri cação a que se propõe, o qual prevê nomeadamente as seguintes grandes metas:
2023: ano em que todos os modelos da gama deverão estar eletri cados
2025: ano em que a marca deverá ter uma gama 100% elétrica
2030: ano a partir do qual 100% dos modelos vendidos na Europa deverão ser já 100% elétricos
5 NOVOS MODELOS ELÉTRICOS NOS PRÓXIMOS 2 ANOS
Para ajudar a atingir essas metas, a Peugeot avança agora que irá apresentar nos próximos 2 anos um total de 5 novos modelos elétricos, os quais irão assim juntar-se à gama atual de automóveis a bateria: esses novos modelos BEV agora con rmados são o e-308 e a sua variante carrinha e-308 SW, ambos alimentados por um novo motor elétrico desenvolvendo 115 kW (156 cv) e oferecendo uma autonomia WLTP superior a 400 km; o e-408, versão elétrica do novo 408 que vai assim juntar-se às motorizações térmicas e plug-in do novo 408 acabadas de chegar ao mercado; e ainda as novidades absolutas e-3008 e e-5008.
Destes 2 últimos modelos 100% elétricos destinados a integrar a gama zero-emissões da Peugeot, também já se sabe que a nova geração elétrica do C-SUV 3008 será desvendada no segundo semestre deste ano (enquanto o e-5008 vai surgir um pouco mais tarde), estando anunciado como o primeiro automóvel lançado com a nova plataforma STLA Medium do grupo Stellantis e com a Peugeot a antecipar que irá oferecer uma autonomia máxima de 700 km e que estará disponível com 3 versões de propulsores elétricos, incluindo uma versão de duplo motor.
Nova tecnologia HYBRID
Além do lançamento de motorizações 100% elétricas, a eletri cação da gama Peugeot vai passar também pelo recurso a sistemas híbridos. Como a nova tecnologia de eletri cação suave MHEV 48V que a marca vai introduzir este ano nos seus modelos 208, 2008, 308, 3008, 5008 e 408, com o objetivo de ajudar a reduzir consumos e emissões: composto por um motor PureTech de nova geração com 100 cv ou 136 cv, associado a uma caixa de 6 velocidades eletri cada de dupla embraiagem que incorpora um motor elétrico (21 kW), o sistema HYBRID 48V permite – avança a Peugeot – uma redução de 15% no consumo de combustível, além de possibilitar a um SUV de segmento C com ele equipado funcionar mais de 50% do tempo em modo 100% elétrico quando em condução urbana.
BMW i7 xDRIVE60
GRANDEZA COM CONFORTO
O BMW i7 é um veículo feito para pessoas que não se querem preocupar como uma viagem é feita. Com um conforto superior, geralmente silencioso e com uma agilidade impressionante com as suas dimensões, é capaz de percorrer mais de 500 quilómetros com uma única carga de bateria, enquanto o seu proprietário pode trabalhar ou descansar durante horas sem interrupção.
Agama de automóveis elétricos da BMW i está cada vez mais integrada na família da marca bávara, até mesmo quando falamos de automóveis que exigem mais personalização. É o caso do i7, facilmente reconhecido como o “Série 7 elétrico”, mas que também é algo mais, pois é o topo de gama, o modelo mais luxuoso e mais evoluído tecnologicamente. É preciso dizer que conduzir o BMW i7 não foi uma tarefa fácil. Não que seja um carro difícil de conduzir, que seja algo completamente diferente ou que tenha algum truque especial para aprender. É que este
carro simplesmente não foi feito para o seu proprietário se sentar ao volante, e sim para ser transportado. Com quase 5,4 metros de comprimento, todo o seu conforto está direcionado para os ocupantes do banco traseiro, com destaque para o espaço para as pernas. Tecnicamente, até para quem car sentado ao meio vai ser confortável, mas o túnel de transmissão afeta o conforto para as pernas, pelo que continua a ser um veículo de luxo só para duas pessoas. Apesar de ser 100% elétrico, o i7 partilha a sua plataforma com o Série 7 convencional, e, dependendo do mercado, continuam
a existir versões com motor de combustão e um sistema de tração traseira ou quatro rodas motrizes tradicionais. Assim, se assumirmos que o banco central tem melhor uso como encosto de braço, porta-copos e para arrumação de objetos, podemos concentrar-nos nos outros dois lugares, onde, como seria de esperar de um automóvel deste “pedigree”, oferece aos passageiros os seus próprios controlos sobre climatização, regulação elétrica e aquecimento dos bancos, tejadilho panorâmico com iluminação, cortinas nos vidros para maior privacidade (só falta um separador central, mas o i7 não é
uma limusina) e, fora do equipamento de série, várias hipóteses de personalização. O destaque no equipamento opcional vai para os revestimentos em caxemira, bancos reclináveis e o ecrã tátil de 31,3 polegadas com colunas Bowers & Wilkins, que transformam o interior do BMW elétrico num cinema privativo.
Mesmo para o condutor (ou motorista?), também terá sempre um nível de conforto superior ao da maior parte dos outros veículos que passa na estrada, pois conta com a mesma regulação e aquecimento dos bancos, assim como portas de abertura elétrica, que se podem
O i7 é um carro pensado para pessoas que vão ser conduzidas, e não que vão conduzir.
ativar com um botão nos cantos do tablier, junto às portas. A informação relativa à condução pode ser visualizada no “head up display” ou no painel de instrumentos de grandes dimensões, onde também pode selecionar no comando do volante a informação mais relevante no momento, com rápido acesso aos diferentes menus. Outras regulações relativas ao comportamento do automóvel têm que ser feitas através do iDrive, localizado na consola central, e visualizadas no ecrã no centro do tablier. Aqui já é necessário algum tempo de habituação para localizar todas as funções e
os caminhos para lá chegar, e durante algum tempo vai sentir necessidade de regressar imediatamente ao ecrã inicial para se orientar.
CONDUÇÃO EM SEGUNDO PLANO
O BMW i7 é um modelo de pleno direito, mas também é o topo de gama do Série 7, com o seu sistema a gerar bem mais de 500 cv de potência. Assim, o elétrico de luxo da marca alemã é capaz de acelerar de forma rápida e linear, mas toda esta potência também é necessária para lidar com as mais de duas toneladas e meia de peso
do conjunto, do qual uma parte considerável corresponde a uma bateria com uma capacidade superior a 100 kWh.
A vantagem é que o i7 pode percorrer bem mais de 500 quilómetros confortavelmente antes de necessitar de uma recarga. Não foi possível baixar da casa dos 20 kWh de energia por cada 100 quilómetros percorridos (ao contrário de veículos elétricos mais pequenos, o i7 gasta mais energia a parar e arrancar na cidade, e um consumo elétrico de 22 kWh/100 km é frequente), pelo que será muito difícil chegar aos quase 600 km de autonomia anunciada. Nem sequer há muito controlo sobre a forma como se gere a energia, para lá da seleção do modo de condução no botão “My Modes”, ou recorrendo regularmente ao modo B na seletor da transmissão, onde retira mais energia da força de travagem. Mesmo assim, isto não impede o proprietário de percorrer grandes distâncias, até porque a bateria é compatível com carga em corrente direta até 195 kW, pelo que só precisa de 34 minutos num carregador público, e mesmo em casa uma instalação trifásica de 22 kW permite-lhe atingir uma carga total antes de acordar.
Conduzir o BMW i7 é mais simples do que se espera com um carro com as suas dimensões e peso. Para facilitar
a vida a quem está ao volante, as quatro rodas direcionais não só oferecem mais estabilidade e agilidade a curvar, como também reduzem o tempo perdido a estacionar. E se mesmo assim não tiver confiança para fazer manobras, pode sempre recorrer ao sistema de parqueamento automático. Na cidade, o i7 nunca se mostra fora do elemento, podendo passar sem problemas em ruas mais estreitas, graças à eficiência dos sensores, que oferecem uma visão a 360 graus dos limites físicos do automóvel. O principal problema ao volante é que, em estrada, o ruído aerodinâmico e do vento é claramente audível.
Mesmo que seja fácil de conduzir, o BMW i7 é um carro pensado para pessoas que vão ser conduzidas, e não que vão conduzir. É um carro que, a médio prazo, poderá beneficiar bastante da chegada dos verdadeiros sistemas de condução autónoma, em que o proprietário do veículo não se vai preocupar com a viagem, e o i7 poderá ser usado apenas para transportar pessoas, mesmo para uso familiar ou como sala de reuniões. Mas quem estiver interessado neste carro já o pode transformar numa extensão da sua personalidade. O BMW i7 tem um preço de base abaixo dos 150 mil euros, mas este é apenas indicativo, pois com os vários pacotes de equipamento
O BMW i7 pode percorrer confortavelmente mais de 500 km antes de necessitar de uma recarga.
adicional, que oferecem um conforto mais requintado ou um visual mais agressivo, esse preço pode sem dúvida crescer facilmente para perto dos 170 mil euros.
Paulo Manuel Costa (texto)
FICHA TÉCNICA
Motor elétrico, tipo síncrono
Bateria iões de lítio, 101,7 kWh
Potência 400 kW / 544 cv
Binário 745 Nm
Tração integral, caixa de relação única
Suspensão triângulos duplos à frente e multibraços atrás
Comprimento 5391 mm
Largura 1950 mm
Altura 1544 mm
Bagageira 500 litros
Peso 2715 kg
Consumo 18,4-19,6 kWh/100 km (anunciado) 20,8 kWh/100 km (testado)
Autonomia 590 km (anunciada)
Acel. 0-100 km/h 4,7 segundos
Velocidade máx. 240 km/h
Emissões CO2 --
Tempos de 10h30 – 11 kW AC (0-100%)
carregamento 5h30 – 22 kW AC (0-100%) 0h34 – 195 kW DC (10-80%)
PREÇO desde 146.850€
Oferta especial empresas i7 xDrive60 544 cv 1.879€/mês sem IVA
CES 2023 Venha daí até Las Vegas, espreitar o futuro da mobilidade!
Depois de várias passagens de ano no avião, nos diferentes fusos horários que fui “atravessando”, aterrei em Las Vegas, às 18:00 do dia 31 de dezembro. Como seria de esperar, o ambiente era efervescente e até a famosa “Strip” estava cortada ao trânsito. Depois de assistir ao espetacular fogo de artifício, junto ao “Venetian”, fui tentar curar o jet-lag para o hotel...
O CES é um evento imenso! Esta é a história, na primeira pessoa, daquilo onde eu me foquei na edição deste ano... E, ao contrário do ditado, esta história não é para car em Las Vegas: venha daí!
UMA CORRIDA DE AUTOMÓVEIS AUTÓNOMOS
PARA ABRIR O APETITE...
Na segunda-feira, antes dos dias de imprensa do CES 2023, desloquei-me à Las Vegas Motor Speedway, uma das famosas pistas ovais dos Estados Unidos. A minha intenção era saber mais sobre uma inédita competição de monolugares autónomos, designada por Indy Autonomous Challenge (IAC). No local tive oportuni-
dade de assistir aos treinos, entrevistar Paul Mitchell, o presidente da IAC, e conhecer as principais equipas. Já sei que uma corrida de automóveis sem pilotos, à primeira vista, não faz sentido... mas era isso que eu queria perceber: o porquê e o como! Por esta ordem…
O principal objetivo da IAC é posicionar-se como um laboratório para testar e desenvolver a tecnologia ADAS, no sentido de aperfeiçoar as soluções que a
indústria automóvel irá utilizar nos veículos de produção. A organização fornece a cada equipa um monolugar igual, um Dallara AV-21, equipado com todo o hardware necessário para uma condução totalmente autónoma (L4/L5). A função dos concorrentes – universidades de vários pontos do mundo – é construir o software que conduz o monolugar ou, dito de outra forma, criar o “piloto” que o conduz. Enquanto estive nas boxes, situadas no centro da pista, assisti a monolugares a atingirem mais de 289 km/h... sem ninguém ao volante e sem qualquer telecomando! O mais curioso é que os “pilotos” têm diferentes estilos de condução: desde o tom mais agressivo do “piloto” do Politecnico di Milano até ao mais preciso do “piloto” da Universidade Técnica de Munique. Por enquanto estas corridas disputam-se em mangas sequenciais, com apenas dois carros em pista ao mesmo tempo.
Se quiser ver a entrevista ao Paul Mitchell, siga este link:
https://youtu.be/Pzd3sxJQJDs
No dia seguinte, dirigi-me ao “Mandalay Bay Hotel” para participar no “CES Unveiled”, um evento exclusivo para media, onde são antecipadas algumas das inovações do CES. Na vertente da mobilidade tive oportunidade de descobrir, por exemplo, a Verge uma moto elétrica com o motor situado no interior da jante traseira que, por sua vez, não dispunha de cubo central. Também tive oportunidade de conversar com os responsáveis da Icoma que me apresentaram a sua moto elétrica portátil, que se pode colocar por baixo de uma secretária! Ao nível da mobili-
dade autónoma vi várias propostas, até uma cadeira de rodas concebida para deslocações em aeroportos.
Na quarta-feira, também no “Mandalay Bay”, participei nas conferências de imprensa da Bosch, Valeo e Luminar. Foi nesta última conferência que conheci Austin Russel, o fundador e CEO da Luminar Technologies, um fornecedor da nova era do “automóvel de nido pelo software”. Há dois anos, este “rapaz” foi considerado o mais jovem “self-made” bilionário do mundo, graças ao crescimento da sua empresa. Austin Russell tem apenas 27 anos, é discreto, super simpático e, para mim, signi cou uma “porta aberta” em vários eventos da Luminar neste CES... mais sobre isto, à frente!
COMECEI PELA LUMINAR E PELO NOVÍSSIMO
VOLVO EX90
Quinta-feira, o CES 2023 abriu ao público e eu concentrei as minhas atividades no Las Vegas Convention Centre, um dos maiores Centros de Congressos dos Estados Unidos, com mais de 18 hectares de área de exposição. No CES todo o espaço é aproveitado e, no exterior, visitei o stand da Waymo, o maior especialista em sistemas completos de condução autónoma. Em exibição estava uma espécie de história do veículo autónomo, desde o Google Car de 2009, até ao camião Freightliner Cascadia, passando pelo Chrysler Paci ca, Jaguar i-Pace e um novo concept de nível 5 (sem volante), que será o futuro robotaxi elétrico da Zeekr, uma marca da Geely Holding Group. Vídeo relacionado: https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:7017112381025587200
Já no interior das instalações, dirigi-me de imediato ao stand da Luminar, onde tinha uma entrevista marcada com um responsável da Volvo e onde tive oportunidade de ver em detalhe o novíssimo Volvo EX90. Tra-
ta-se de um SUV elétrico de 7 lugares, equipado com um dos sistemas mais avançados de ADAS, dotado de um LIDAR fornecido pela Luminar. Este componente está perfeita e discretamente integrado no tejadilho do EX90. A estética é muito apelativa, com linhas evocativas da tradição SUV da Volvo, mas decididamente moderno. O interior é espaçoso, muito “clean” e muito nórdico. No local tive oportunidade de entrevistar Martin Kristensson, o responsável mundial pelas áreas de condução autónoma e mobilidade na Volvo Cars. Martin explicou que cerca de 90% dos acidentes são
provocados por erros humanos e, por isso, qualquer apoio que se possa dar ao condutor vai tornar as estradas mais seguras. Desta forma, a Volvo decidiu dotar o EX90, de série, com um LIDAR. A Volvo deverá disponibilizar no EX90 um sistema ADAS que possibilitará a condução autónoma em certas zonas, permitindo que o condutor retire as suas mãos do volante, leia um livro, veja um lme ou tome o pequeno almoço. Este sistema irá estar disponível, inicialmente, em cenários de trajetos pendulares, no estado da Califórnia. O Volvo EX 90 deverá estar disponível em Portugal a partir do início de 2024. Vídeo relacionado: https://www.linkedin.com/ feed/update/urn:li:activity:7017158515882438656
UM MERGULHO EM INOVAÇÃO
No stand da Caterpillar estava exposto um imenso camião autónomo de 100 toneladas, especi camente concebido para operar em minas. Existem 24 “monstros” destes a trabalhar em diversas minas espalhadas por mundo. Estes veículos podem funcionar 24 horas por dia, gerando uma elevada produtividade. Vídeo relacionado: https://www.linkedin.com/feed/update/ urn:li:activity:7017906156165578752
Na Aispex vi um carregador rápido de 60 kW, móvel e dotado de um telecomando, que permite fazer deslocar este “posto”, por exemplo, dentro de um parque de estacionamento. A Peterbilt exibiu um camião-trator, 100% elétrico, dotado de uma bateria de 400 kWh capaz de proporcionar uma autonomia de até 200 km. Também estava presente um modelo idêntico equipado com tecnologia Fuel-Cell. A Bridgestone mostrou um pneu equipado com um sensor na respetiva carcaça, que permitia medir, não só vários parâmetros do pneu, como as condições da estrada. A Magna demonstrou como era possível integrar a iluminação traseira de um veículo no próprio plástico da tampa da mala, de tal modo que os “farolins” cavam totalmente invisíveis quando apagados. No conceito Mezzo Plus, a Magna mostrou a sua tecnologia de “superfícies dobráveis”, que se adaptavam, a cada momento, às necessidades aerodinâmicas e de refrigeração do veículo. Ainda na Magna
vi uma verdadeira gama de pequenos veículos autónomos, destinados à distribuição de mercadorias em zonas urbanas. A marca vietnamita Vinfast mostrou, para além da sua gama automóveis elétricos, uma “coleção” diversi cada de bicicletas elétricas. A Ryse apresentou o Recon, um “eVTOL”, ou seja uma aeronave elétrica de descolagem e aterragem vertical, dotada de 6 motores associados às respetivas hélices e, alegadamente, tão fácil de pilotar como um Quad... A Monarch exibiu um trator agrícola elétrico e autónomo. Entre várias novidades, a ZF apresentou uma unidade de propulsão elétrica muito compacta, com apenas um palmo de altura mas capaz de debitar 268 cv. A ItalDesign teve no seu espaço um espetacular concept que “transpunha” o icónico DeLorean para a era da eletri cação e da condução autónoma... A Candela mostrou um bar-
presenças da Mercedes-Benz, Stellantis, BMW, Afeela e Volkswagen.
A marca da estrela anunciou a sua própria rede de carregadores rápidos que alcançará um total de 10.000 postos em 2030, nos E.U.A., Europa e China. Também mostrou o concept Vision EQXX, que é o Mercedes-Benz elétrico mais e ciente de todos os tempos, atingindo médias de consumos de 8,3 kWh/100 km e autonomias na ordem dos 1.200 km. A marca também mostrou várias evoluções nos seus sistemas de ADAS, como foi o caso da tecnologia Automatic Lane Change (ALC) que, acoplada a um sistema ADAS de Nível 2, permite a mudança automática de faixa na autoestrada e a ultrapassagem de veículos mais lentos.
co elétrico dotado de um sistema “Hydrofoil” capaz de o fazer “voar” sobre as ondas. Para quem não dispõe de 2,7 milhões de euros para comprar um Chiron, a Bugatti exibiu a sua gama de scooters elétricas, apresentada no CES de 2022 e com preços na ordem dos 1.200 dólares.
AS MARCAS DE AUTOMÓVEIS APOSTAM CADA VEZ MAIS NO CES
Em termos dos principais fabricantes de automóveis, destacaram-se as
Na Stellantis as novidades eram dois concept, o RAM 1500 Revolution BEV, que antecipa a futura pick-up elétrica desta marca, e o Peugeot Inception Concept, que exibia a nova geração do famoso i-cockpit da marca.
A BMW montou um espetacular evento para media e outros convidados, onde mostrou, entre outras inovações, o i Vision Dee, um concept que mudava de cor.
A Sony Honda Mobility anunciou a sua nova marca
Afeela, que iniciará a comercialização de um BEV em 2026, primeiramente nos E.U.A. e depois no Japão e na Europa.
A Volkswagen fez uma pré-apresentação do novo ID.7, que será lançado no segundo trimestre de 2023.
UMA DEMOSTRAÇÃO IMPRESSIONANTE DE ADAS E UM BEV MOVIDO A ENERGIA SOLAR
A sexta-feira foi o meu último dia de CES. De manhã dirigi-me ao espaço exterior da Luminar para assistir a um teste comparativo entre dois veículos, um equipado com um Lidar e o outro dotado do sistema convencional de câmeras e radares. O simpático Austin Russel deu-me prioridade para participar na demonstração e tive oportunidade de fazer o teste nos dois veículos. Basicamente, ambos arrancavam ao mesmo tempo e tinham que evitar atropelar dois bonecos que representavam crianças. Enquanto que o veículo equipado com o Lidar “via” perfeitamente a “criança” e travava a tempo, o automóvel com o sistema convencional atropelava o boneco e imobilizava-se uns metros mais à frente.
A Lightyear é uma empresa neerlandesa que produz e comercializa um inédito veículo solar, capaz de cumprir 70 km depois de um dia de exposição solar. O Lightyear 0 tem uma bateria de 60 kWh que lhe permite lidar com a inconstância dos raios solares. Este primeiro modelo da Lightyear tem um preço de 250.000 euros. O segundo modelo, o Lightyear 2, utilizará um modo de propulsão idêntico mas será muito mais convencional e terá um preço a rondar os 40.000 euros.
UM VISLUMBRE DO FUTURO DO SETOR AUTOMÓVEL
Se eu tivesse que sintetizar numa palavra a sensação com que quei depois do CES 2023, o termo seria “Oportunidades”, com “O” maiúsculo!
Depois de 100 anos de progressos incrementais no “hardware”, a indústria automóvel e todos os seus principais operadores preparam-se para a aceleração alucinante do mundo do software. Trata-se de um mundo assente na combinação de potentes computadores, novos sistemas operativos, software baseado em inteligência arti cial e uma miríade de sensores, câmeras, radares e lidars, cada vez mais precisos. As oportunidades associadas ao conceito do “automóvel de nido pelo software” são praticamente in nitas e remetem-nos para a solução dos desa os mais difíceis, a um ritmo que poderá ser muito mais rápido do que se esperava.
O foco é cada vez mais uma mobilidade segura e limpa. Os sistemas de apoio à condução ADAS deixaram de ser uma moda, para passarem a estar em plena fase de execução. A urgência não é tanto chegar à autonomia total (L4 e L5), mas sim dotar cada vez mais veículos de sistemas ultra-e cazes de apoio à condução.
A eletri cação continua a ser a protagonista de uma mobilidade limpa, com soluções cada vez mais dirigidas aos poucos desa os que ainda subsistem à sua adoção generalizada. Também aqui, o “novo mundo digital” poderá fazer a sua magia...
Um bom exemplo da revolução em curso na indústria automóvel é a visão da Luminar, empresa que fornece à Volvo o sistema Lidar que equipa o novo EX90: “Poupar 100 milhões de vidas e 100 triliões de horas em engarrafamentos, nos próximos 100 anos”.
Até para o ano, no CES 2024!
Ricardo Oliveira World Shopper | Viver Elétrico PRO Formação em mobilidade elétricahttps://www.world-shopper.com/vivereletrico.html
“Os automóveis com motor de combustão e híbridos continuarão a representar praticamente 50% das vendas globais de veículos de passageiros até 2040 e, por isso, o desenvolvimento de tecnologias e cazes nesta área é essencial para o futuro de qualquer fabricante de automóveis global”
Renault
“O potencial dos combustíveis sintéticos é enorme. Existem atualmente mais de 1.3 mil milhões de veículos com motores de combustão em todo o mundo. Muitos deles estarão em circulação nas próximas décadas, e os e-Fuels oferecem aos seus utilizadores uma alternativa praticamente neutra em carbono”
Michael Steiner Membro do Conselho de Administração, Desenvolvimento e Pesquisa – Porsche“Com cada vez mais veículos elétricos em circulação, há também um aumento do número de baterias que atingem o m de vida útil, prevendo-se que até 2030 supere o equivalente a 2 milhões de toneladas em todo o mundo. É por isso fundamental encontrar alternativas na cadeia de valor das baterias com maior durabilidade e reciclabilidade”
Luís Pereira Professor e investigador FCT NOVA“A indústria automóvel está a evoluir rapidamente: em 2012, 10 marcas automóveis ofereciam um modelo elétrico cada uma; hoje, 25 marcas propõem uma gama total de 40 modelos. No entanto, apenas 2.000 estações públicas de carregamento são instaladas semanalmente em toda a Europa, quando seriam necessárias 14.000 por semana para garantir a transição do nosso continente para a mobilidade elétrica”
Luca de Meo Presidente – Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA)
“Acho que vender apenas veículos zero-emissões a partir de 2035 é o correto, mas é uma pena que tenham obrigatoriamente de ser elétricos com baterias. (…) Não compete aos políticos decidir qual é a solução. Compete-lhes sim exigir um futuro zero-emissões, mas como lá chegar deve depender do empreendedorismo e da criatividade”
Martijn ten Brink CEO – Mazda Motor Europe (em entrevista à publicação britânica TopGear)
“A mobilidade elétrica nunca será barata, e essa é a próxima missão para esta indústria: fazer baixar os preços ainda mais”
Oliver Zipse CEO – BMW (em declarações à CNBC)
“Estamos na expetativa de que o Governo lance um Plano de Incentivo ao Abate destinado a particulares. Uma medida que urge ser tomada, na medida em que os últimos dados revelam que o parque automóvel rolante em Portugal tem quase 14 anos de idade e que, em média, abatem-se os automóveis aos 24 anos de idade. Numa altura que tanto se fala na transição para uma mobilidade mais ecológica, este plano será determinante para a concretização desse objetivo”
José Pedro Neves Diretor-geral Dacia Portugal“Provavelmente o maior problema atual da nossa rede pública de carregamento é a complicação dos tarifários, a dificuldade que existe ao chegar a um posto e saber o real custo do carregamento”
UVE Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos
OPEL GSe
FILHOS DA REVOLUÇÃO
A designação GSe por si não é estranha à Opel, sendo, desde a década de 70, sinónimo de elevadas prestações, apurado comportamento dinâmico e uma generosa dotação de equipamento. Ou seja, tudo o que os novos Astra GSe e Grandland GSe oferecem, mas agora com um twist que resulta da revolução energética que atravessamos, o acrónimo GSe passa a ser sinónimo de “Grand Sport electric”.
Com as vendas de automóveis elétricos a subir de forma acentuada e, acima de tudo, consistente, a Opel preparou uma ofensiva de produtos que irá culminar com a eletri cação de toda a gama em 2025 (em linha com a estratégia geral do Grupo Stellantis) e com a venda de modelos exclusivamente elétricos já em 2028.
Nesta fase de transição em que nos encontramos, a designação GSe partilhada pelos novos Astra e Astra ST, bem como pelo SUV Grandland, representa uma nova e dinâmica submarca “Grand Sport electric”. Mas a nal, quais são as características diferenciadoras destas versões mais exclusivas? Segundo a marca de Rüsselsheim, os modelos GSe posicionam-se no topo das respetivas gamas e combinam uma maior oferta de equipamento de conforto e segurança com elementos especí cos que potenciam as capacidades dinâmicas dos modelos que ostentam a icónica sigla.
Mas vamos por partes.
Além das discretas siglas na traseira, os modelos GSe, sejam eles os Astra ou o Grandland, distinguem-se desde
logo pela pintura bicolor, neste caso num elegante contraste entre o branco da carroçaria e o negro do tejadilho e do capot, no caso do Grandland, pelas jantes negras específicas (18” nos Astra e 19” no Grandland), e pelo para-choques exclusivos nos modelos Astra e pelo difusor traseiro no SUV Grandland.
No habitáculo, e como referimos, a oferta de equipamento de conforto e de segurança posiciona os modelos GS no topo das respetivas gamas. Os bancos desportivos com certificação AGR, forrados a pele e Alcantara, asseguram o conforto e o necessário apoio lateral, enquanto o aquecimento dos mesmos e do volante dá o toque final de requinte.
Ainda no interior, a lista de auxiliares de condução é demasiado extensa para ser enumerada, mas podemos destacar monitorização do ângulo morto e regulador automático de velocidade com função de paragem. O sistema Parkpilot à frente e atrás, a assistência automática ao estacionamento e a câmara de visão traseira também fazem parte do equipamento de série de todas as versões GSe.
Como não podia deixar de ser, num automóvel que se
posiciona como um topo de gama, a Opel teve especial atenção à conetividade e disponibiliza de série um sistema multimédia com um ecrã de 10” sensível ao toque e total compatibilidade com Apple CarPlay e Android Auto sem fios.
Menos visíveis, mas, porventura, ainda mais importantes são todas as alterações que os engenheiros da marca operaram para melhorar as capacidades dinâmicas dos GSe. O Astra tira partido de uma evolução da conhecida plataforma EMP2, semelhante a várias outras propostas do grupo Stellantis, mas com afinações específicas. As versões GSe levam esta personalização um passo além. Os engenheiros da Opel pegaram na excelente base que referimos, adotaram molas específicas e rebaixaram a suspensão em 10 mm. Além disso, o GSe conta com uma afinação específica da direção que a torna 8% mais rápida e adota amortecedores Koni FSD (Frequency Selective Damping), capazes de variar o amortecimento de acordo com o tipo de solicitação, nas altas frequências (buracos, lombas, ressaltos, etc...) privilegia o conforto e em baixas frequências (em curva, por exemplo) o controlo da carroçaria. Até
a resposta do ESP (controlo de estabilidade) foi ajustada de forma a permitir um limiar de atuação mais elevado, não “penalizando” uma condução mais empenhada.
Na prática, animado pelo conjunto cinemático híbrido que combina um motor a gasolina 1.6 turbo de 180 cv com um motor elétrico de 110 cv, para uma potência combinada de 225 cv e 360 Nm de binário, o Astra GSe e a congénere Sports Tourer são especialmente despachados e permitem andamentos muito vivos. As alterações operadas na suspensão e na direção resultam num comportamento ainda mais apurado, mas sem nunca pôr em causa a linearidade de reações e o conforto que se espera de uma berlina (e de uma carrinha) de vocação familiar. Se optar por toada mais tranquila, e até aos 135 km/h de velocidade máxima, o motor elétrico alimentado por uma bateria de 12,4 kWh de capacidade permite ao Astra cumprir 64 km (WLTP) sem emitir um grama de CO2 ou gastar um litro de gasolina.
O que mais impressiona nestes Astra e Astra ST GSe é a fluidez com que tudo se passa. Seja a andar devagar ou a tirar partido das potencialidades do chassis, toda a cadeia cinemática parece bem oleada, com a caixa automática de 8 velocidades a cumprir o seu papel com o rigor e a eficiência necessárias.
FICHA TÉCNICA Opel Astra GSe
Motor 1.6 4 cil. em linha, inj. direta turbo + motor elétrico
Bateria 12,4 kWh
Potência 180+110 (225 cv potência combinada)
Binário 360 Nm
Tração dianteira
Suspensão independente MacPherson frente, barra torção atrás
Comprimento 4374 mm
Largura 1860 mm
Altura 1442 mm
Distância entre eixos 2685 mm
Bagageira 352 litros
Peso 1703 kg
Consumo 1,2 l/100 km
Autonomia 64 km (modo EV)
Acel. 0-100 km/h 7,5 segundos
Velocidade máx. 235 km/h
Emissões CO2 25g/km
Tempos de
carregamento 1h55 (wallbox trifásica 7,4 kW)
PREÇO 51.090€
UM DERRADEIRO SOPRO
O Grandland GSe partilha muitas das soluções mecânicas da família Astra, mas a adição de um segundo motor elétrico atrás com 113 cv permite atingir uma potência combinada de 300 cv e assegura a tração integral elétrica do SUV da Opel.
Bastante mais potente e com uns generosos 520 Nm de binário, não é de estranhar que o Grandland seja ain-
da mais célere. A marca anuncia 6,1 segundos de 0 a 100 km/h e uma velocidade máxima de 235 km/h, valores que indiciam o dinamismo subjacente a este SUV “desportivo”. Ao volante não se irá sentir defraudado, sendo evidente o acréscimo de potência e binário, assim como as mexidas operadas no chassis. A adoção de jantes de 19” e da dita tração integral garantem níveis de motricidade acima da média e um bom comportamento, embora sem a fluidez de movimentos e a agilidade de um Astra.
Curiosamente, os consumos quase não se ressentem do acréscimo de peso, sendo que, num percurso misto de 130 km cumprido a ritmos elevados (sempre que a estrada e a Guardia Civil o permitiam), terminámos com um consumo elétrico de 22,4 kW e um consumo combinado de 5,8 l/100 km. Nada mal!
E AGORA, O QUE O FUTURO NOS RESERVA?
Com a chegada do Grandland GSe prevista para o final de março (60.932€) e a do Astra GSe para maio (51.090€), resta saber se a Opel confirma a vinda da Astra Sports Tourer para Portugal no final de 2023. Antes disso, chega a Portugal o novo Astra elétrico (julho).
Em 2024 será lançado o novo Crossland, o SUV
FICHA TÉCNICA Opel Grandland GSe
Motor 1.6 4 cil. em linha, inj. direta turbo + 2 motores elétricos
Bateria 14,2 kWh
Potência 200+110+113 (300 cv potência combinada)
Binário 520 Nm
Tração integral
Suspensão independente MacPherson frente, multibraços atrás
Comprimento 4477 mm
Largura 1906 mm
Altura 1609 mm
Distância entre eixos 2685 mm
Bagageira 390 litros
Peso 1867 kg
Consumo 1,2 l/100 km
Autonomia 63 km (modo EV)
Acel. 0-100 km/h 6,1 segundos
Velocidade máx. 235 km/h
Emissões CO2 27g/km
Tempos de carregamento 2h (wallbox 22 kW)
PREÇO 60.932€
compacto da Opel, que, segundo a BlueAuto conseguiu apurar, ainda não terá uma gama exclusivamente elétrica, oferecendo versões equipadas com motores térmicos numa solução mild-hybrid. Em 2025 será a vez de chegar a Portugal o novo Grandland, já com a nova plataforma STLA Medium que o Grupo Stellantis irá estrear, na segunda metade de 2023, no novo 3008. l
Rui Reis (texto)
FUTURO DACIA
Multiplicar o sucesso
Originalmente pensada como marca de baixo custo, a Dacia tem vindo a crescer no mercado europeu, incluindo Portugal, onde foi a quarta marca mais vendida no último ano. E a marca romena do Grupo Renault não vai parar de crescer, revelando agora alguns dos seus planos futuros para conquistar novos clientes e introduzir novas tecnologias.
ADacia tornou-se uma das marcas mais representativas em Portugal, e os carros com o logótipo da marca romena são já uma visão comum nas ruas nacionais. Assim, não é de estranhar que tenha sido a quarta marca mais vendida em 2022, com mais de dez mil veículos matriculados, um crescimento de 74,4 por cento em relação ao ano anterior. Mas, se retirarmos as vendas a frotas, a Dacia foi mesmo a preferida dos portugueses, tornando-se líder nas vendas a particulares. O Sandero e o Duster foram os principais contribuintes para esta tendência, com destaque para a escolha das versões preparadas para funcionar com GPL
(gás de petróleo liquefeito), tanto nestes dois modelos como no novo modelo Jogger, onde o GPL representou 80% das vendas.
Também vale a pena mencionar a importância do Dacia Spring para o sucesso da marca em Portugal. O pequeno citadino foi o carro elétrico mais vendido a particulares, com um total de 360 unidades matriculadas. Juntando as vendas a frotas, no ano passado as vendas saltaram para os 780 veículos comercializados, com o Spring a ser o quinto modelo mais vendido. Com um preço de entrada de 20.400 euros, é o carro elétrico mais acessível no mercado, com reduzidos custos de utilização.
PRÓXIMOS LANÇAMENTOS
DACIA SPRING
Este ano, o modelo elétrico Spring vai ser alvo de uma evolução importante, com a introdução de um motor mais potente. O Spring Extreme chega a Portugal em maio, com um motor elétrico de 48 kW (65 cv) e uma transmissão mais eficiente, com uma autonomia de 220 km (ou mais de 300 km se andar só em cidade). Vai servir também como despedida do atual Spring, pois a nova geração será apresentada já durante a primavera de 2024, com uma plataforma renovada de baixo custo, incluindo uma bateria de maiores dimensões com autonomia maior, mas mantendo o Spring como o automóvel elétrico mais barato do mercado.
DACIA JOGGER
Como já referimos na edição anterior, a Dacia está prestes a lançar no mercado o seu primeiro automóvel híbrido, optando por ajudar as famílias portuguesas a reduzir o seu impacto ambiental, mesmo quando essa não é a sua principal preocupação na aquisição de um carro. Assim, será já em março que o Jogger Hybrid vai estar disponível em Portugal, com o eficiente sistema híbrido de 140 cv dos Renault Clio e do Captur mas com um preço mais baixo e mantendo o espaçoso habitáculo de 7 lugares. Deverá ser um dos híbridos mais baratos do mercado, e sem dúvida o modelo familiar do género com o preço mais acessível.
DACIA DUSTER & BIGSTER
O Duster é um dos modelos de maior sucesso na história da Dacia, mas também é um dos modelos mais antigos da marca romena, em termos técnicos. E a próxima geração está quase a chegar, com base no protótipo Bigster, que não só vai dar origem a um SUV de grandes dimensões com este nome e com 4,6 metros de comprimento, como também vai servir de base ao futuro Duster, mais curto mas partilhando muitos componentes, incluindo motorizações híbridas ou com combustíveis alternativos, para manter o baixo custo de aquisição a que a Dacia nos habituou. O novo Duster será mostrado já no final de 2023, mas vamos ter que esperar até ao final de 2024 pelo Bigster.
CITROËN
ë-C4X
RECEITA DE SUCESSO
Quando olhamos para o novo Citroën ë-C4 X não ficamos indiferentes: o seu design destaca-se pelo cruzamento de linhas de um SUV, ar de familiar e termina em forma de fastback…
Por norma, um automóvel quando nasce tem de ser “padronizado” para corresponder em determinado conceito e segmento, assim diz o mercado. O seu tamanho, aspeto e até o propósito para o qual é desenvolvido é tido em conta para a sua classi cação, contudo, a criatividade dos designers permite misturar vários segmentos, recriando novas silhuetas.
Apesar de não ser uma novidade, pois já contamos com alguns construtores que adotaram a mesma loso a, como o mais antigo BMW X6, ou o mais recente Renault Arkana, os designers da Citroën conseguiram dissimular de uma forma uida os 3 conceitos, criando umas linhas marcantes… Ao contrário de outros modelos, que por exemplo nascem como um SUV e posteriormente são adaptados para “coupés”, ou vice-versa, no novo Citroën ë-C4 X é patente qual a linha predominante, demons-
Equipado com jantes de 18 polegadas e cavas de rodas de grandes dimensões, realçadas pelas abas dos arcos em preto, que lhe conferem um ar robusto de SUV, na traseira o prolongamento da tampa da mala, além de conferir a forma de fastback, ajuda a incrementar o espaço destinado à bagagem. De referir que a sua capacidade é de 510 litros e, não menos importante, a silhueta permite um maior espaço para os ocupantes traseiros. A frente é de um Citroën, sem dúvida, com o inconfundível logo de grandes dimensões, reforçado pelos faróis principais independentes das luzes de condução diurna, todos em tecnologia LED.
Com um comprimento de 4.6 metros e uma distância entre eixos de 2.6 metros, o ë-C4 X recorre à plataforma
trando uma simbiose entre um familiar, um fastback e um SUV.e-CMP, destinada aos pequenos modelos do grupo Stellantis, mantendo as proporções idênticas ao do C4 de 2 volumes. Esta mesma plataforma encontra-se projetada para receber dois tipos de motorizações, ou com motores a combustão ou 100% elétricos, não sendo possível recorrer à tecnologia plug-in, por exemplo. Por essa razão, a Citroën disponibiliza o ë-C4 X na versão 100% elétrica em exclusivo em 14 países europeus, nos quais se integra Portugal – apesar de existir uma motorização a gasolina
1.2 PureTech para outros mercados. Em termos de motor elétrico, a Citroën disponibiliza um motor de 136 cv de potência e 260 Nm de binário, que recebe a energia de uma bateria de iões de lítio de 50 kWh.
Nos arredores de Madrid, local onde decorreu a apresentação, a BlueAuto teve oportunidade de percorrer cerca de 90 quilómetros, num percurso misto entre autoestrada e estrada, e com o ar condicionado sempre ligado, terminando o ensaio com um consumo de 15 kWh por 100 quilómetros. Comprovamos assim que a eficiência está apurada, sendo possível realizar cerca dos 330 quilómetros nas condições reais e de forma despreocupada. Ao longo do teste, comprovámos também os 3 modos de condução, Eco, Normal e Sport, contudo realçamos que ,independente do modo, o caráter familiar é o que prevalece, pois o ë-C4 X privilegia a tranquilidade e o conforto. Apresentando acelerações fortes mas não impetuosas, como alguns modelos elétricos, chega perfeitamente para uma
ultrapassagem mais “apertada”.
O novo Citroën ë-C4 X passa dos 0 aos 100 km/h em 9,5 segundos, no modo Sport, e atinge velocidade máxima de 150 km/h. Mais do que os números, podemos realçar que os engenheiros da Citroën realizaram um excelente trabalho ao nível do conforto… uma característica Citroën. A razão do “tapete voador” está na aplicação de batentes hidráulicos, apelidados de Comfort Advanced, que ajudam o trabalho do conjunto amortecedor/mola. Não podemos esquecer que estamos perante um modelo 100% elétrico, que, por norma, possuem sempre suspensões um pouco mais secas para lidar com o peso das baterias, contudo não notámos esta situação.
A vida a bordo do novo modelo Citroën não se faz
apenas do conforto de rolamento, mas também de outros detalhes. Gostámos dos bancos dianteiros, nomeadamente do seu apoio lateral e da sua consistência, da luminosidade interior graças ao teto panorâmico de grandes dimensões, ao prático suporte de tablet de série no tablier junto ao porta-luvas, à câmara de auxílio às manobras de 360º e também ao facto dos bancos traseiros serem reclináveis até 27 graus, uma característica pouco comum no segmento. A qualidade de construção é boa, e os materiais usados variam de suaves a um pouco mais duros.
Apesar de ser algo comum, notámos que o sistema de entrada e arranque sem chave evoluiu, pois o sistema detetou a chave quando estávamos na iminência de chegarmos com a mão ao puxador, facilitando-se assim a entrada rápida, situação extremamente útil quando, por exemplo, está a chover.
No centro do tablier apresenta-se o sistema My Citroën Drive Plus, que contempla um ecrã de 10 polegadas que permite fazer as diversas con gurações, navegação e outros widgets que podem ser atualizados remotamente. Uma nota positiva para o carregador sem os e para a compatibilidade do sistema Android Auto e Apple Car Play.
Em termos de carregamento, o novo Citroën ë-C4 X vem equipado com um carregador que permite o máximo de 7.4 kWh, o que se traduz em cerca de 7.5h para uma carga de bateria completa. Como opcional, está disponível um carregador de 11 kWh, reduzindo esse tempo para 5h.
A Citroën Portugal propõe o ë-C4 X em quatro níveis de equipamento — Feel, Feel Pack, Shine e Shine Pack. Desde a versão de entrada está disponível o ar condicionado automático, retrovisores elétricos e aquecidos, faróis de LED e volante em pele com comandos integrados. O nível acima, Shine, acrescenta o “head-up display” e os máximos automáticos, assim como sistema de acesso e arranque mãos-livres. O Shine Pack é a versão de topo: aos bancos revestidos em Alcantara soma-se o banco do passageiro aquecido e com regulação em altura.
Ao nível da segurança, passiva e ativa, o novo modelo oferece 20 tecnologias de segurança e apoio à condução, entre as quais Active Safety Brake, regulador de velocidade adaptativo com “Stop & Go” e câmara traseira com visão 360 graus.
Para uma maior tranquilidade, a bateria tem garantia de 8 anos ou 160.000 km para 70% da capacidade de carga.
Relativamente a preços, o novo Citroën ë-C4 X Feel inicia-se nos 39.485€ e na versão de topo Shine Pack chega aos 43.485€, já se encontrando disponível em Portugal. Com a Citroën Portugal a disponibilizar condições especiais para o canal B2B (Free2Move Lease), propondo uma prestação de 445€ durante 48 meses/40.000 km com manutenção e viatura de substituição.
Em resumo, o Citroën ë-C4 X destaca-se pelo seu design exterior e está apenas disponível na propulsão 100% elétrica, que apesar de não surpreender pelas performances certamente vai conquistar pela suavidade e conforto a bordo: como vem sendo apanágio da marca do “duplo chevron”, o ë-C4 X surpreendeu-nos pela suavidade a bordo, mesmo em piso degradado. Com esta “receita”, será certamente um caso de sucesso entre as empresas, frotas de táxis/Uber e até mesmo famílias que necessitem de um carro espaçoso, económico e bem equipado.
António Costa (texto)
FICHA TÉCNICA
Motor elétrico, tipo síncrono
Bateria iões de lítio, 50 kWh
Potência 100 kW / 136 cv
Binário 260 Nm
Tração dianteira, caixa de relação única
Suspensão tipo McPherson à frente, barra torção atrás
Comprimento 4600 mm
Largura 1834 mm
Altura 1525 mm
Bagageira 510-1360 litros
Peso 1225 kg
Consumo 16 kWh/100 km (anunciado) (combinado WLTP)
Autonomia 360 km (anunciada) (combinada WLTP)
Acel. 0-100 km/h 9,5 segundos
Velocidade máx. 150 km/h
Tempos de 7h30 – 7,4 kW AC (0-100%)
carregamento 5h00 – 11 kW AC (0-100%) 0h30 – 100 kW DC (0-80%)
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LEXUS DIRECT4
TRAÇÃO INTEGRAL INTELIGENTE
A chegada de uma nova geração de automóveis concebidos de raiz como veículos de motorização elétrica permite o aparecimento de tecnologias inovadoras destinadas a responder às diferentes necessidades dos utilizadores e aos mais variados ambientes de condução, maximizando assim o potencial da eletri cação, não apenas para melhorar a e ciência energética e reduzir as emissões, mas também para oferecer um nível mais alto de desempenho, dinâmica e envolvimento do condutor. Um exemplo dessa nova tendência é o sistema DIRECT4, tecnologia desenvolvida pela Lexus e agora estreada no seu modelo 100% elétrico RZ 450e prestes a chegar ao mercado.
Primeiro modelo Lexus a utilizar uma plataforma especi camente dedicada a automóveis 100% elétricos, o novo RZ 450e prepara-se para estrear também uma tecnologia que promete maior prazer de condução e conforto para os passageiros: trata-se do sistema inteligente de controlo de tração às 4 rodas DIRECT4, tecnologia exclusiva introduzida pela Lexus, que ajusta automaticamente, em milissegundos, a distribuição da força motriz entre os eixos dianteiro e traseiro em resposta às condições de condução, ajustando ainda a força de travagem nas 4 rodas de acordo com a distribuição do peso, e reforçando a e ciência energética do SUV 100% elétrico.
O QUE É?
Esta tecnologia Lexus introduzida no novo SUV de motorização elétrica RZ 450e surgiu da simples observação de uma situação de condução: a inclinação típica do veículo quando em aceleração (altura em que tende a inclinar-se para trás) ou em travagem (tende a inclinar-se para frente), o que pode resultar em evidente
desconforto na condução e para os passageiros. Juntando a essa observação a do comportamento do animal terrestre mais rápido do mundo, a chita, em ação, os engenheiros da marca japonesa caram fascinados com a forma como o corpo do felino se movia de múltiplas maneiras enquanto corria e se desviava, em busca de uma presa: ao mesmo tempo que isto acontecia, a sua cabeça permanecia surpreendentemente estável e a sua linha de visão inabalável. A chita acabou assim por se tornar numa inspiração para os técnicos da Lexus pensarem em novas formas de controlar a postura do automóvel, tendo conseguido aperfeiçoar no RZ (modelo cujo estilo exterior é também ele in uenciado, assume a Lexus, pelo mesmo animal) tanto o prazer de condução como o conforto dos passageiros, graças ao sistema inteligente designado DIRECT4, alcançando com ele um controlo de inclinação excecional: a inclinação do veículo (para trás na aceleração e para frente na travagem) ca assim bastante mais limitada, reduzindo os movimentos de cabeça dos ocupantes, permitindo igualmente que o condutor tenha uma linha de visão
mais estável e aumentando signi cativamente o conforto dos passageiros, especialmente nos bancos traseiros.
COMO FUNCIONA?
Recorrendo à distribuição automática de binário entre os eixos dianteiro e traseiro, o DIRECT4 proporciona o equilíbrio ideal da força motriz entre a dianteira e a traseira do veículo de forma contínua através do controlo independente de cada eixo (e-Axle). Para o conseguir, os sensores enviam para a Unidade de Controlo Eletrónico do automóvel elétrico informações sobre a velocidade das rodas, sobre a aceleração longitudinal (que determina a força de aceleração e desaceleração/ travagem do veículo) e sobre o ângulo de direção. O DIRECT4 responde então a esta informação, maximizando a tração e a aderência, quase instantaneamente: o binário dianteiro/traseiro pode ser ajustado de 0% a 100% ou de 100% a 0%, e qualquer valor intermédio, em milissegundos, mais rapidamente do que qualquer sistema mecânico.
O binário divide-se entre os eixos dianteiro e traseiro de acordo com as condições de condução:
OBJETIVO
Transferência de binário para a traseira de forma a melhorar a tração e a estabilidade.
Transferência de binário para otimizar a estabilidade em linha reta e melhorar a eficiência.
Mais binário na traseira para aumentar a tração em situações de baixo atrito. Em curva, mais binário na traseira para reforçar a confiança na direção e permitir uma boa sensação de aceleração ao sair da curva.
Na condução de baixo binário (vel. cruzeiro), só é usado o motor traseiro, aumentando a autonomia.
Baseado em software, este sistema exclusivo da Lexus equilibra assim, instantaneamente, o binário de tração fornecido aos eixos dianteiro e traseiro, proporcionando tração ideal em todas as condições de condução, uma aceleração linear e o aperfeiçoamento no comportamento em curva e postura do veículo, reduzindo os movimentos bruscos no habitáculo e dando dessa forma um contributo para uma condução mais suave. A aplicação da tecnologia DIRECT4 equipa, pois, o automóvel com importantes vantagens práticas como uma aceleração potente e suave; excelente tração durante a aceleração e em superfícies escorregadias; maior estabilidade em curva; e uma travagem segura e tranquila.
MAZDA CX-60
2.5 e-SKYACTIV PHEV
UM PRIMEIRO PASSO
O primeiro híbrido plug-in da Mazda ainda precisa de alguns ajustes para ser mais e ciente em termos energéticos, mas o CX-60 tem um nível de conforto elevado e acabamentos luxuosos como argumentos su cientes para que o condutor possa adaptar o seu estilo de condução às necessidades de reduzir o impacto ambiental.
Considerando que já tinha motores com hibridação ligeira, assim como um carro 100% elétrico, parece um retrocesso que só agora a Mazda tenha um híbrido plug-in na sua gama. Mas há momentos ideais para introduzir certas tecnologias, bem como o carro ideal para o fazer, e como a marca japonesa tem tendência para não pôr todos os ovos na mesma cesta preferiu esperar até ter um SUV de grandes dimensões para uso familiar para apresentar o seu primeiro híbrido plug-in, o CX-60.
Olhando só para os números, o sistema híbrido do CX-60 não deixa de impressionar, pois é, para já, o Mazda de estrada mais potente de sempre, com uma potência combinada de 327 cv, dos quais quase metade (129 kW, ou 175 cv) vêm do motor elétrico. Portanto, e embora seja capaz de prestações interessantes para um SUV que pesa mais de duas toneladas (a marca anuncia que o CX-60 chega aos 100 km/h em menos de seis segundos), também tem força su ciente para que o condutor possa optar por uma utilização diária privilegiando o uso em modo elétrico.
Atingir os 63 quilómetros de autonomia elétrica anunciada não é difícil, mas a não ser que privilegie uma
utilização primariamente citadina o sistema poderia ser mais e ciente em algumas áreas. Através do botão Mi-Drive, localizado na consola central, à frente do comando das mudanças, o condutor pode escolher entre o modo de condução normal ou desportivo (assim como “reboque” e “o -road”, mas estes modos terão menos uso para a maioria dos condutores), sendo que o primeiro deixa o carro decidir automaticamente o quanto usa a energia de cada motor, enquanto o segundo privilegia o uso conjunto para obter mais potência. O modo elétrico tem que ser selecionado num botão separado, mas este tem que ser carregado constantemente, pois o modo normal tem tendência para reativar o motor a gasolina com alguma frequência sem que o condutor o requisite, mesmo sem pressionar o pedal do acelerador com muita força.
O resultado é que, com a intervenção constante, e por vezes mesmo desnecessária, do motor a gasolina, este acaba por ter um consumo superior ao esperado, ultrapassando os seis litros por cada cem quilómetros percorridos, e podendo mesmo subir para a casa dos oito litros se optar pelo modo desportivo ou por uma condução mais agressiva. O MX-60 híbrido tem potencial, mas
O sistema híbrido do CX-60 não deixa de impressionar, pois é, para já, o Mazda de estrada mais potente de sempre, com uma potência combinada de 327 cv.
talvez a Mazda deva antes recorrer ao futuro 3.0 Skyactiv-X em vez do 2.5 Skyactiv-G como base, ou optar por algo mais parecido com o recém-anunciado MX-30 R-EV, para encontrar um modo mais eficiente de gerir a energia dos dois propulsores.
Em andamento, se não tiver que se preocupar com o consumo energético, vai notar ao volante o quanto o comportamento do MX-60 se aproxima do de um dos automóveis da marca, como o Mazda 3 ou o Mazda 6. Para isso contribui a suspensão independente às quatro rodas, que oferece um grande nível de estabilidade em curva, com a configuração da suspensão traseira a garantir um nível mais que aceitável de conforto para os ocupantes dos bancos traseiros.
CONFORTO SUPERIOR
O habitáculo do Mazda CX-60 oferece ao condutor e ao passageiro a capacidade de encontrar o seu próprio nível de conforto. Além dos bancos com uma ergonomia preparada para unir toda a superfície das costas ao encosto, os ajustes elétricos dos bancos dianteiros também permitem encontrar a posição ideal, pelo que não há qualquer motivo para quem andar no banco dianteiro nunca encontrar uma posição ideal de con-
forto. Para o condutor, o ecrã de infoentretenimento de 12,3 polegadas ocupa um lugar de destaque na consola central, mas também está presente um “head up display”, com uma projeção de dimensões consideráveis no para-brisas, que torna a visualização da informação bem mais fácil, reduzindo potenciais momentos de distração. Mesmo assim, quando precisar de informação mais especí ca, o ecrã central, com o controlo feito através do manípulo redondo na consola central, pode encontrar o que procura com alguma rapidez, pois o sistema de menus está bem estruturado e ordenado.
Os ocupantes do banco traseiro também não vão ter falta de conforto. Durante a viagem, o destaque vai para o silêncio, mesmo quando o carro circula apenas com o motor a gasolina. O espaço para as pernas é mais que apropriado, embora o uso do lugar central possa tornar o banco demasiado apertado para três adultos com um porte mais largo. A presença de regulação própria da climatização e de entradas USB para aparelhos eletrónicos permite criar uma fronteira entre os passageiros traseiros e o condutor (mais uma vez reduzindo as distrações). A bagageira da variante híbrida tem a mesma capacidade do CX-60 com motor diesel, e é sucientemente adaptável às necessidades do utilizador,
com um espaço de 93 litros por baixo do piso para arrumação de pequenos objetos, incluindo o cabo de carregamento.
Capaz de circular em modo de emissões zero quase a toda a hora, durante uma utilização primariamente em cidade, o motor híbrido é a aposta mais racional para o mercado nacional, inclusive em termos de preço. Mesmo que o consumo de combustível tenha cado um pouco longe do anunciado, ainda é comparável ao das versões diesel. O nível de equipamento Homura está disponível por preços a partir dos 62.530 euros, mas embora a versão de entrada Prime-Line seja cinco mil euros mais barata, os itens adicionais, incluindo os acabamentos de luxo, o tejadilho panorâmico, algum equipamento de conectividade e alguns sistemas de assistência de condução justi cam o diferencial.
FICHA TÉCNICA
Motor 4 cilindros, 2488 cc, 16 v., inj. direta e híbrido
Bateria iões de lítio, 17,8 kWh
Potência 327 cv (total combinado)
Binário 500 Nm (total combinado)
Tração integral, caixa automática de 8 vel.
Suspensão triângulos duplos à frente e multibraços atrás
Comprimento 4745 mm
Largura 1890 mm
Altura 1680 mm
Bagageira 570-1726 litros
Peso 2055 kg
Consumo 6,2 l/100 km (testado)
Autonomia 63 km (anunciada)
em modo elétrico
Acel. 0-100 km/h 5,8 segundos
Velocidade máx. 200 km/h
Emissões CO2 33 g/km
Tempos de 2h20 – 7,4 kW
carregamento
PREÇO 62.530€ (versão ensaiada: Homura) (gama CX-60 PHEV desde 57.180€)
AUDI ACTIVESPHERE CONCEPT
VIVER O AUTOMÓVEL
Completando a quadrilogia de protótipos com o Skysphere, o Grandsphere e o Urbansphere, o Audi Activesphere Concept mostra como é possível uma pessoa divertir-se no meio da natureza, com uma bateria grande e dentro de um carro onde conduzir é tão fácil como descansar. O mais realista dos três tira todo o proveito da plataforma PPE para carros de luxo do Grupo VW, com a Audi a juntar num só os conceitos de Allroad (carrinha todo-o-terreno) e Sportback (coupé de quatro portas), espaçoso mas de temperamento desportivo, confortável quando é preciso, e futurista graças ao uso intensivo de realidade aumentada para as funções diárias dos seus utilizadores. Com quase cinco metros de comprimento, um veículo inspirado neste protótipo irá ocupar um lugar de destaque entre os modelos mais luxuosos da marca.
PERFIL AVENTUREIRO
São várias as características do Activesphere que apontam para as suas capacidades em todo-o-terreno. Com 208 mm de distância ao solo, e ângulos de ataque e de saída semelhantes aos de um veículo TT, a sua suspensão pneumática pode acrescentar mais 40 mm para atravessar rios, e os volumosos pneus 285/55 calçando jantes de 22 polegadas podem passar por qualquer obstáculo.
PARA LONGAS VIAGENS
Com as suas longas dimensões, o Audi Activesphere tem espaço para albergar uma bateria de 100 kWh, suficiente para uma autonomia de 600 km. Com tecnologia de 800 volts, aguenta carregamentos até 270 kW, necessitando apenas de 25 minutos para chegar aos 80% de carga. Fornece energia a um conjunto de duplo motor, um em cada eixo, com uma potência total de 325 kW (441 cv).
BAGAGEM OU CARGA
Com a carroçaria típica da marca com a designação Sportback, a Audi modificou o conceito com uma nova abertura do vidro da bagageira, que desliza sobre o tejadilho. Isto transforma a traseira do Activesphere num espaço de carga, quase como se fosse uma pick-up, podendo transportar facilmente equipamento com um formato que normalmente não caberia numa bagageira tradicional.
MINIMAL VIRTUAL
O amplo habitáculo tem quatro lugares individuais onde o condutor e os passageiros podem fazer viagens personalizadas ao gosto de cada um, com um encosto de braços a servir de fronteira entre condutor e passageiro. O tablier não tem mostradores nem comandos, mas os ocupantes utilizam um headset que projeta imagens no ambiente interior do veículo, para aceder a informação e a diversão em viagem.
HONDA JAZZ e:HEV
RENOVAR PARA GANHAR
Já há alguns anos no mercado, o Honda Jazz prepara-se para receber uma cura de rejuvenescimento, com destaque para um sistema híbrido mais potente.
Com o crescimento da sua gama eletri cada, está na hora da Honda começar a renovar alguns dos seus primeiros modelos do género. É o caso do Honda Jazz, que em breve vai passar por um processo de renovação, ganhando equipamento reforçado, bem como um sistema híbrido mais potente e prometendo mais diversão ao volante. Vai começar a chegar ao mercado português durante os próximos meses.
O sistema e:HEV sobe dos 109 cv para os 122 cv, graças ao aumento de 10 kW no motor elétrico. Este e o sistema de recuperação de energia de travagem estão conectados às rodas dianteiras, enquanto o motor a gasolina serve apenas para fornecer energia ao sistema. Mas também este ganha força adicional com a subida dos 98 cv para os 107 cv. A caixa de velocidades tam-
bém é alvo de revisão, com a Honda a prometer um funcionamento mais suave, mas também uma maior perceção do seu funcionamento por parte do condutor. As emissões poluentes mantêm-se nos 102 g/km. Tanto o Jazz como o Jazz Crosstar ganham uma nova secção dianteira, de aparência mais desportiva, recebendo ainda novos acabamentos na carroçaria e no habitáculo, com novos faróis, cores exteriores, estofos, volante e consola central, enquanto os bancos traseiros ajustáveis continuam a ser uma peça importante do conjunto, e os sistemas de assistência à condução são reforçados. O Jazz ganha ainda uma nova variante Advance Sport, com uma resposta mais rápida do acelerador e elementos decorativos exclusivos na grelha, jantes e estofos.
Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal
Híbridos
DACIA JOGGER
Motor 1.6 Hybrid
Potência combinada 140 cv
Consumos 4,8 a 5,1 l/100 km
PREÇOS
Hybrid 140 desde 28.725€
FORD KUGA HEV
Motor 2.5 HEV
Potência combinada 190 cv
Consumos 6,4 l/100 km
PREÇOS
HEV desde 49.280€
HONDA CIVIC e:HEV
Motor 2.0 i-MMD HEV
Potência combinada 184 cv
Consumos 5,0 l/100 km
PREÇOS
e:HEV Sport desde 44.000€ e:HEV Lifestyle desde 48.000€
HONDA CR-V HYBRID
Motor 2.0 i-MMD HEV
Potência combinada 184 cv
Consumos 6,7 l/100 km
PREÇOS
Hybrid desde 46.000€
HONDA HR-V HYBRID
Motor 1.5 i-MMD HEV
Potência combinada 131 cv
Consumos 5,4 l/100 km
PREÇOS
Hybrid desde 36.250€
HONDA JAZZ HYBRID
Motor 1.5 i-MMD HEV
Potência combinada 109 cv
Consumos 4,5 a 4,8 l/100 km
PREÇOS
Hybrid desde 28.500€ Crosstar Hybrid desde 32.000€
HYUNDAI KAUAI HEV
Motor 1.6 GDi HEV
Potência combinada 141 cv
Consumos 5,0 l/100 km
PREÇOS
HEV desde 31.010€
HYUNDAI SANTA FÉ HEV
Motor 1.6 T-GDi HEV
Potência combinada 230 cv
Consumos 6,7 l/100 km
PREÇOS HEV desde 64.155€
HYUNDAI TUCSON HEV
Motor 1.6 T-GDi HEV
Potência combinada 230 cv
Consumos 5,5 l/100 km
PREÇOS HEV desde 40.950€
KIA NIRO HEV
Motor 1.6 GDi HEV
Potência combinada 141 cv
Consumos 4,6 l/100 km
PREÇOS 1.6 GDi HEV Tech desde 33.600€
KIA SORENTO HEV
Motor 1.6 T-GDi HEV
Potência combinada 230 cv
Consumos 6,7 l/100 km
PREÇOS 1.6 T-GDi 7L Concept HEV desde 57.950€
KIA SPORTAGE HEV
Motor 1.6 T-GDi HEV
Potência combinada 230 cv
Consumos 5,7 l/100 km
PREÇOS 1.6 T-GDi Tech desde 42.050€
LEXUS ES
Motor 2.5 VVT-i HEV
Potência combinada 218 cv
Consumos 4,7 l/100 km
PREÇOS ES 300h desde 67.882€
LEXUS LC
Motor 3.5 VVT-i HEV
Potência combinada 359 cv
Consumos 6,6 l/100 km
PREÇOS LC 500h desde 146.000€
LEXUS LS
NISSAN X-TRAIL e-POWER
Motor 1.5 turbo e-Power
Potência combinada 204 a 213 cv
Consumos 5,8 a 6,5 l/100 km
PREÇOS
e-Power 2WD desde 49.000€ e-Power e-4ORCE desde 51.250€
RENAULT ARKANA E-TECH
Motor 1.6 E-Tech
Potência combinada 145 cv
Consumos 4,9 l/100 km
PREÇOS
E-Tech 145 desde 36.520€
RENAULT AUSTRAL E-TECH
Motor 2.0 E-Tech
Potência combinada 200 cv
Consumos 4,6 a 4,8 l/100 km
PREÇOS
E-Tech 200 desde 41.700€
RENAULT CAPTUR E-TECH
Motor 1.6 E-Tech
Potência combinada 145 cv
Consumos 4,8 l/100 km
PREÇOS
E-Tech 145 desde 30.850€
RENAULT CLIO E-TECH
MAZDA 2 HYBRID
Motor 1.5 Hybrid
Potência combinada 116 cv
Consumos 3,8 l/100 km
PREÇOS
Motor 1.6 E-Tech
Potência combinada 145 cv
Consumos 4,3 l/100 km
PREÇOS
E-Tech 145 desde 27.345€
Agile desde 26.443€ Select desde 30.243€
Pure desde 25.343€
NISSAN JUKE HYBRID
Motor 1.6 Hybrid
PREÇOS
Juke Hybrid desde 32.705€ (preços indicativos)
NISSAN QASHQAI e-POWER
Motor 1.5 turbo e-Power
Potência combinada 190 cv
Consumos 5,3 l/100 km
PREÇOS
e-Power desde 42.800€
SUZUKI S-CROSS STRONG HYBRID
Motor 1.5 AGS
Potência combinada 115 cv
Consumos 5,2 l/100 km
PREÇOS
S2 2WD desde 31.237€
S3 2WD desde 34.693€
SUZUKI SWACE
Motor 1.8 Hybrid
Potência combinada 122 cv
Consumos 4,5 l/100 km
PREÇOS
S2 4WD desde 31.863€
S3 4WD desde 35.197€
GLE desde 30.173€ GLX desde 32.008€
guia de compras
Híbridos Plug-in
AUDI Q5
ALFA ROMEO TONALE
Motor 1.3 turbo
Potência combinada 275 cv
Consumos 1,1 a 1,4 l/100 km
Autonomia elétrica 69 km
AUDI A3
Motor 1.4 TFSI
desde
Potência combinada 204 a 245 cv
Consumos 1,1 a 1,2 l/100 km
Autonomia elétrica 59 a 63 km
PREÇOS
Sportback 40 TFSIe desde 40.516€ Sportback 45 TFSIe desde 43.789€
AUDI A6
Motor 2.0 TFSI Potência combinada 299 a 367 cv Consumos 1,1 a 1,4 l/100 km
AUDI A7 SPORTBACK
Motor 2.0 TFSI
Potência combinada 299 a 367 cv
Consumos 1,3 a 1,4 l/100 km
Autonomia elétrica 66 a 67 km
PREÇOS
50 TFSIe quattro desde 81.114€ 55 TFSIe quattro desde 90.152€
AUDI A8
Motor 3.0 TFSI
Potência combinada 449 cv
Consumos 1,9 a 2,1 l/100 km
Autonomia elétrica 57 a 58 km
PREÇOS
A8 60 TFSIe quattro desde 131.979€ A8 L 60 TFSIe quattro desde 134.365€
AUDI
Q3
Motor 1.4 TFSI
Potência combinada 245 cv
Consumos 1,6 a 1,8 l/100 km
Autonomia elétrica 48 a 49 km
PREÇOS 45 TFSIe desde 51.998€
Motor 2.0 TFSI
Potência combinada 299 a 367 cv
Consumos 1,5 a 1,7 l/100 km
Autonomia elétrica 61 a 62 km
PREÇOS
50 TFSIe quattro desde 67.086€
Sportback 50 TFSIe quattro desde 69.801€
BMW SÉRIE 2 ACTIVE TOURER
Motor 1.5 TwinPower
Potência combinada 245 a 326 cv
Consumos 0,6 a 0,8 l/100 km Autonomia elétrica 83 a 93 km
BMW SÉRIE 3
Motor 2.0 TwinPower
Potência combinada 204 a 292 cv
Consumos 1,3 a 1,4 l/100 km
Autonomia elétrica 52 a 62 km
BMW SÉRIE 5
Motor 2.0 e 3.0 TwinPower Potência combinada 292 a 394 cv Consumos 1,3 a 2,2 l/100 km
elétrica 47 a 61 km
BMW SÉRIE 7
Motor 3.0 TwinPower Potência combinada 489 a 571 cv
Consumos 1,0 a 1,1 l/100 km Autonomia elétrica 84 a 86 km
BMW X1
Motor 1.5 TwinPower
Potência combinada 245 a 326 cv
Consumos 0,7 a 1,0 l/100 km
Autonomia elétrica 76 a 92 km
Sportback 55 TFSIe quattro desde 79.055€
guia de compras | Híbridos Plug-in
BMW X2
Motor 1.5 TwinPower
Potência combinada 220 cv
Consumos 1,7 l/100 km
Autonomia elétrica 51 km
PREÇOS
xDrive25e desde 53.200€
BMW X3
Motor 2.0 TwinPower
Potência combinada 292 cv
Consumos 2,2 l/100 km
Autonomia elétrica 46 km
PREÇOS
xDrive30e desde 67.250€
BMW X5
Motor 3.0 TwinPower
Potência combinada 394 cv
Consumos 1,2 l/100 km
Autonomia elétrica 87 km
PREÇOS
xDrive45e desde 91.450€
BMW XM
Motor 4.4 V8 TwinPower
Potência combinada 653 cv
Consumos 1,6 l/100 km
Autonomia elétrica 83 km
PREÇOS
XM desde 195.396€
CITROËN C5 X HYBRID
Motor 1.6 PureTech
Potência combinada 225 cv
Consumos 1,2 l/100 km
Autonomia elétrica 63 km
PREÇOS
Híbrido 225 desde 44.960€
CITROËN C5 AIRCROSS HYBRID
Motor 1.6 PureTech
Potência combinada 225 cv
Consumos 1,4 l/100 km
Autonomia elétrica 55 km
PREÇOS
Híbrido 180 desde 43.644€ Híbrido 225 desde 46.220€
CUPRA FORMENTOR e-HYBRID
Motor 1.4 TSI
Potência combinada 204 a 245 cv
Consumos 1,2 a 1,5 l/100 km
Autonomia elétrica 50 a 57 km
PREÇOS
e-Hybrid desde 44.867€ VZ e-Hybrid desde 50.669€
CUPRA LEON e-HYBRID
Motor 1.4 TSI
Potência combinada 204 a 245 cv
Consumos 1,1 a 1,4 l/100 km
Autonomia elétrica 52 a 64 km
PREÇOS
Mid e-Hybrid desde 44.192€
Mid Sportstourer e-Hybrid desde 44.631€
DS 4 E-TENSE
Motor 1.6 PureTech
Potência combinada 225 cv
Consumos 1,2 l/100 km
Autonomia elétrica 62 km PREÇOS
225 desde 44.090€
DS 7 E-TENSE
Motor 1.6 PureTech
Potência combinada 225 a 360 cv
1,2 a 1,8 l/100 km
elétrica 57 a 65 km
DS 9 E-TENSE
Motor 1.6 PureTech
Potência combinada 250 a 360 cv Consumos 1,1 a 1,8 l/100 km
elétrica 47 a 62 km
FORD EXPLORER
Motor 3.0 PHEV
Potência combinada 457 cv Consumos 3,1 l/100 km
Autonomia elétrica 42 km PREÇOS
FORD KUGA PHEV
Motor 2.5 PHEV
Potência combinada 225 cv Consumos 1,3 l/100 km
Autonomia elétrica 56 km PREÇOS
e-Hybrid desde 44.704€ VZ Sportstourer e-Hybrid desde 46.014€
47.985€
HYUNDAI TUCSON PHEV
Motor 1.6 TGDi
Potência combinada 265 cv
Consumos 1,4 l/100 km
Autonomia elétrica 62 km
PREÇOS
PHEV desde 51.860€
JAGUAR E-PACE
Motor 1.5 turbo
Potência combinada 309 cv
Consumos 1,4 a 1,5 l/100 km
Autonomia elétrica 62 km
PREÇOS
P300e desde 64.260€
JAGUAR F-PACE
Motor 2.0 turbo
Potência combinada 404 cv
Consumos 2,2 a 2,3 l/100 km
Autonomia elétrica 53 km
PREÇOS
P400e desde 88.511€
Híbridos Plug-in | guia de compras
KIA XCEED PHEV
Motor 1.6 GDi
Potência combinada 141 cv
Consumos 1,4 l/100 km
Autonomia elétrica 50 km
PREÇOS
PHEV desde 35.500€
KIA SORENTO PHEV
Motor 1.6 GDi
Potência combinada 265 cv
Consumos 1,6 l/100 km
Autonomia elétrica 70 km
PREÇOS
PHEV 7L Concept AWD desde 64.450€
KIA SPORTAGE PHEV
Motor 1.6 GDi
Potência combinada 265 cv
Consumos 1,1 l/100 km
Autonomia elétrica 60 km
PREÇOS
PHEV desde 45.550€
LAND ROVER DEFENDER
Motor 2.0 turbo
Potência combinada 404 cv
Motor 1.3 turbo
Potência combinada 190 a 240 cv
Consumos 1,9 a 2,0 l/100 km
Autonomia elétrica 52 km
PREÇOS
4xe desde 46.866€
JEEP RENEGADE 4xe
Motor 1.3 turbo
Potência combinada 190 a 240 cv
Consumos 2,0 a 2,1 l/100 km
Autonomia elétrica 43 a 44 km
PREÇOS
4xe desde 41.566€
JEEP WRANGLER 4xe
Motor 2.0 turbo
Potência combinada 380 cv
Consumos 3,5 l/100 km
Autonomia elétrica 44 km
PREÇOS
4xe desde 81.936€
renting 60 meses – 10.000 km/ano
Consumos 2,6 a 3,0 l/100 km
Autonomia elétrica 58 km
PREÇOS
110 P400e desde 86.545€
LAND ROVER DISCOVERY SPORT
Motor 1.5 turbo
Potência combinada 309 cv
Consumos 1,5 a 1,6 l/100 km
Autonomia elétrica 64 km
PREÇOS
P300e AWD desde 60.148€
LEXUS
Motor 2.5 VVT-i
Potência combinada 309 cv
Consumos 0,9 l/100 km
Autonomia elétrica 76 km
PREÇOS
NX 450h+ desde 77.300€
LEXUS
Motor 2.5 VVT-i
Potência combinada 306 cv
Consumos 1,2 l/100 km
Autonomia elétrica 65 km
PREÇOS
RX 450h+ desde 83.500€
MAZDA CX-60
Motor 2.5 e-SkyActiv
Potência combinada 327 cv
Consumos 1,5 l/100 km
Autonomia elétrica 63 km
PREÇOS
CX-60 PHEV desde 57.180€
MERCEDES CLASSE A
Motor 1.3 turbo
Potência combinada 218 cv
Consumos 0,8 a 1,1 l/100 km
Autonomia elétrica 70 a 82 km
PREÇOS
A 250 e desde 44.850€ A 250 e Limousine desde 46.600€
MERCEDES CLASSE B
Motor 1.3 turbo
Potência combinada 218 cv
Consumos 0,9 a 1,2 l/100 km
Autonomia elétrica 67 a 77 km
PREÇOS
B 250 e desde 47.750€
MERCEDES CLA
Motor 1.3 turbo
Potência combinada 218 cv
Consumos 1,0 l/100 km
Autonomia elétrica 69 a 73 km
PREÇOS
CLA 250 e desde 53.700€ CLA Shooting Brake 250 e desde 55.350€
MERCEDES CLASSE C
Motor 2.0 turbo e diesel
Potência combinada 306 a 381 cv
Consumos 0,4 a 0,6 l/100 km
Autonomia elétrica 109 a 115 km
PREÇOS C 300 e desde
C 300 de desde 70.450€
MERCEDES CLASSE E
Motor 2.0 turbo e diesel
Potência combinada 306 a 313 cv
Consumos 1,2 a 1,7 l/100 km
Autonomia elétrica 52 a 57 km
PREÇOS
E 300 e desde 72.750€
E 300 de desde 74.850€
MERCEDES CLASSE S
Motor 3.0 turbo
Potência combinada 408 a 510 cv
Consumos 0,6 l/100 km
Autonomia elétrica 112 a 113 km
PREÇOS
S 450 e desde 144.750€
S 450 e Longo desde 147.850€
C
300 e Station desde 68.150€
MERCEDES GLA
Motor 1.3 turbo
Potência combinada 218 cv
Consumos 1,3 l/100 km
Autonomia elétrica 62 km
PREÇOS
GLA 250 e desde 56.800€
MERCEDES GLC
Motor 2.0 turbo e diesel
Potência combinada 306 a 381 cv
Consumos 0,5 a 0,8 l/100 km
Autonomia elétrica 105 a 120 km
PREÇOS
GLC 300 e 4Matic desde 76.350€
GLC 300 de 4Matic desde 79.150€
MERCEDES GLC COUPÉ
Motor 2.0 turbo e diesel
Potência combinada 306 a 320 cv
Consumos 1,7 a 2,2 l/100 km
Autonomia elétrica 45 a 46 km
GLC 400 e 4Matic desde 79.200€
PREÇOS GLC Coupé 300 e 4Matic desde 70.300€ GLC Coupé 300 de 4Matic desde 77.050€
MERCEDES GLE
Motor 2.0 turbo e diesel
Potência combinada 320 a 333 cv
Consumos 0,8 a 1,0 l/100 km
GLE 350 e 4Matic desde 91.450€ GLE 350 de 4Matic desde 93.450€ GLE Coupé 350 e 4Matic desde 104.600€ GLE Coupé 350 de 4Matic desde 106.350€
MERCEDES-AMG GT
Motor 4.0 turbo
Potência combinada 843 cv
Consumos 7,9 l/100 km
Autonomia elétrica 13 km
PREÇOS
GT 63 S E Performance desde 244.800€
MG EHS
Motor 1.5 T-GDI
Potência combinada 258 cv
Consumos 1,9 l/100 km
Autonomia elétrica 52 km
E 300 e Station desde 76.000€
E 300 de Station desde 78.050€
PREÇOS EHS PHEV desde 39.190€
MINI COUNTRYMAN
Motor 1.5 turbo
Potência combinada 220 cv
Consumos 1,8 l/100 km
Autonomia elétrica 52 km
S 580 e desde 150.150€
S 580 e Longo desde 152.050€
PREÇOS
Cooper SE All4 PHEV desde 45.490€
MITSUBISHI ECLIPSE CROSS
Motor 2.4 MIVEC
Potência combinada 188 cv
Consumos 2,0 l/100 km
Autonomia elétrica 45 km
PREÇOS
2.4 PHEV eMotion desde 53.035€
OPEL ASTRA HYBRID
Motor 1.6 turbo PHEV
Potência combinada 180 cv
Consumos 1,1 a 1,3 l/100 km
Autonomia
OPEL GRANDLAND HYBRID
Motor 1.6 turbo PHEV
Potência combinada 225 a 300 cv
Consumos 1,4 l/100 km
Autonomia elétrica 65 km
PEUGEOT 308 HYBRID
Híbridos Plug-in | guia de compras
508 PEUGEOT PSE
Motor 1.6 PureTech
Potência combinada 360 cv
1,8 l/100 km
elétrica 52 km
PORSCHE CAYENNE E-HYBRID
Motor 3.0 e 4.0 turbo
Potência combinada 462 a 680 cv
Consumos 3,9 a 4,9 l/100 km
Autonomia elétrica 32 a 36 km
PORSCHE PANAMERA E-HYBRID
Motor 3.0 e 4.0 turbo
Potência combinada 462 a 700 cv
Consumos 2,0 a 3,0 l/100 km Autonomia elétrica 45 a 56 km
RANGE ROVER
Motor 3.0 turbo
Potência combinada 440 a 510 cv
Consumos 0,8 a 0,9 l/100 km Autonomia elétrica 88 a 113 km
RANGE ROVER EVOQUE
Motor 1.5 turbo
Potência combinada 309 cv Consumos 1,4 a 1,5 l/100 km
Autonomia elétrica 66 km
PEUGEOT 408 HYBRID
PEUGEOT
508 HYBRID
desde 71.515€
RANGE ROVER SPORT
Motor 3.0 turbo
Potência combinada 440 a 510 cv
Consumos 0,8 a 0,9 l/100 km
Autonomia elétrica 112 a 114 km
RANGE ROVER VELAR
Motor 2.0 turbo
Potência combinada 404 cv
Consumos 2,2 a 2,5 l/100 km
Autonomia elétrica 53 km
PREÇOS
guia de compras | Híbridos Plug-in
RENAULT CAPTUR E-TECH
Motor 1.6 E-Tech
Potência combinada 160 cv
Consumos 1,4 l/100 km
Autonomia elétrica 50 km
PREÇOS E-Tech 160 desde 37.700€
RENAULT MÉGANE E-TECH
Motor 1.6 E-Tech Potência combinada 160 cv
1,2 a 1,3 l/100 km
Autonomia elétrica 50 a 51 km
SKODA OCTAVIA iV
Motor 1.4 TSI Potência combinada 204 a 245 cv
a
SKODA SUPERB iV
a 1,1 l/100 km
SUZUKI ACROSS
Motor 2.5 VVT-i
Potência combinada 306 cv
Consumos 1,0 l/100 km
Autonomia elétrica 75 km
PREÇOS
PHEV AWD desde 60.158€
TOYOTA RAV4
Motor 2.5 VVT-i
Potência combinada 306 cv
Consumos 1,0 l/100 km
Autonomia elétrica 75 km
PREÇOS
RAV4 PHEV desde 51.990€
VOLKSWAGEN GOLF eHYBRID
Motor 1.4 TSI
Potência combinada 245 cv
Consumos 1,2 a 1,4 l/100 km
Autonomia elétrica 60 km
VOLKSWAGEN MULTIVAN eHYBRID
Motor 1.4 TSI
Potência combinada 218 cv
Consumos 1,8 a 2,1 l/100 km
Autonomia elétrica 43 km
PREÇOS
Multivan PHEV desde 57.086€
VOLVO S60/V60
Motor 2.0 T
combinada 350 a 455 cv
0,7 a 0,9 l/100 km
elétrica 84 a 90 km
Oferta especial empresas
VOLVO S90/V90
Motor 2.0 T
Potência combinada 350 a 455 cv
Consumos 0,7 a 0,8 l/100 km
Autonomia elétrica 88 a 90 km
PREÇOS
VOLVO XC40
Motor 1.5 T
Potência combinada 211 a 262 cv
Consumos 2,1 l/100 km
Autonomia elétrica 46 km
2.0 T6 AWD TE Essential 350 cv 569€/mês sem IVA
60 meses – 10.000 km/ano
PREÇOS XC40 PHEV desde 50.001€
Oferta especial empresas
VOLVO XC60
Motor 2.0 T
Potência combinada 350 a 455 cv
Consumos 1,0 a 1,2 l/100 km
Autonomia elétrica 73 a 78 km
PREÇOS
1.5 T4 PHEV Essential 211 cv 549€/mês sem IVA
60 meses – 10.000 km/ano
75.216€
PHEV desde 70.670€
VOLVO XC90
Motor 2.0 T
Potência combinada 455 cv
Consumos 1,2 l/100 km
Autonomia elétrica 73 km
PREÇOS XC90 PHEV desde 93.364€
ABARTH 500e
Potência 155 cv
Bateria 42 kWh
Autonomia 250 km (estimada)
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AIWAYS U5
Potência 204 cv
Bateria 63 kWh
Autonomia 410 km
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U5 Prime desde 46.728€
AUDI E-TRON GT
Potência 476 a 598 cv
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Autonomia 486 a 492 km
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Híbridos Plug-in | guia de compras guia de compras
Elétricos
AUDI
SPORTBACK E-TRON
Potência 340 a 408 cv
89 e 106 kWh
500 a 594 km
e-tron
BMW i4
Potência 286 a 544 cv
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Autonomia 406 a 519 km
PREÇOS eDrive35 desde 56.900€
eDrive40 desde 64.100€ M50 desde 76.600€
BMW i7
Potência 544 cv
Bateria 101,7 kWh
Autonomia 592 km
PREÇOS xDrive 60 desde 146.850€
BMW iX1
Potência 313 cv
Bateria 64,7 kWh
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Autonomia 453 a 461 km
PREÇOS
M Sport desde 77.700€
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guia de compras | Elétricos
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Elétricos | guia de compras
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JEEP AVENGER
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guia de compras | Elétricos
MERCEDES EQE
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MERCEDES EQS SUV
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MG MARVEL R
Potência 180 a 288 cv Bateria 65 kWh Autonomia 370 a 402 km
MG 4
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51 e 64 kWh Autonomia 350 a 450 km
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50,3 e 61,1 kWh
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Potência 177 cv
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MINI COOPER S E
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NISSAN LEAF
Potência 150 a 217 cv
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PEUGEOT e-208
Elétricos
PEUGEOT e-2008
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PEUGEOT
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SKODA ENYAQ COUPÉ iV
RENAULT MÉGANE
ELECTRIC
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Potência 82 cv
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TESLA
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75 kWh
491 a 602
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600 a 634
TESLA
Potência 441 a 562 cv
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TESLA MODEL X
680 a 1033 cv
Elétricos | guia de compras
VOLKSWAGEN ID.5
VOLKSWAGEN ID.BUZZ
VOLVO C40 RECHARGE
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VOLVO XC40
VOLVO EX90
Potência 408 a 517 cv
107 kWh
580 a 585 km
Elétricos fuel-cell
a H2
182 cv
0,8 l/100 km
DOMINGOS SILVA
COMMERCIAL OPERATIONS DIRECTOR – VOLVO CAR PORTUGAL“Acredito que o peso da gama Recharge irá aumentar em 2023”
No último ano as vendas Volvo voltaram a registar um aumento da importância da eletrificação na gama da marca sueca, com o sucesso dos modelos Recharge (designação dada às motorizações eletrificadas) a ser ainda maior no mercado português do que a média mundial. Um sucesso que deverá continuar a crescer em 2023, ano da chegada ao mercado de um novo topo-de-gama Volvo: o SUV EX90, modelo que junta à eletrificação integral o melhor da inovação tecnológica e da segurança automóvel. Razões mais que suficientes para entrevistar Domingos Silva, Commercial Operations Director da Volvo Car Portugal, de modo a fazer o balanço de 2022 e conhecer as expectativas da marca sueca para 2023…
No último ano, os modelos eletrificados representaram 33% e os totalmente elétricos 11% das vendas mundiais da Volvo. Mas no mercado português esses índices de eletrificação foram muito superiores: 71% e 18%, respetivamente. Como se explica isso? Tem mais a ver com a gama oferecida em Portugal, ou com a maior adesão do consumidor nacional à eletrificação?
Penso que são vários os fatores que explicam este sucesso da gama Recharge (a que se referem os nossos modelos eletrificados) em Portugal. Destacaria mesmo esses dois que aponta na sua pergunta.
Por um lado, apresentamos na nossa oferta atual uma gama de modelos eletrificados muito apelativa, onde destacaria a performance do Volvo XC40 que é um autêntico fenómeno de vendas no nosso país. O nosso modelo SUV mais compacto tem vindo a recolher as preferências dos clientes portugueses, não só no seu lançamento, altura em que apresentava as motorizações térmicas mais tradicionais, mas também agora nesta transição para a eletrificação, tendo sido o nosso primeiro automóvel a apresentar a solução 100% eletrificada.
Por outro lado, acredito que o cliente português está a confiar cada vez mais nos modelos elétricos, pois verifica que, quer através das autonomias que estes modelos já apresentam, quer através da infraestrutura de carrega-
mento cada vez mais sólida no país, a solução de mobilidade eletrificada já é perfeitamente adequada ao seu dia a dia.
Apesar dessa evolução positiva na quota das motorizações eletrificadas, em que medida a atual conjuntura de mercado está a afetar as vendas da marca? E nomeadamente os prazos de entrega? Quanto tempo, em média, um comprador pode esperar hoje por um modelo Recharge?
A conjuntura atual afeta todas as marcas e não só a Volvo. Ainda assim, temos vindo a trabalhar para redução efetiva dos prazos. O nosso tempo de entrega varia consoante a especificidade de cada versão, mas posso afirmar, por exemplo, que um cliente do XC40 100% elétrico pode já receber a sua viatura em cerca de 6 meses.
Quais são as perspetivas para este ano de 2023, tanto a nível do share dos modelos Recharge na gama Volvo como da normalização das cadeias de abastecimento? Acredito que o peso da gama Recharge irá aumentar em 2023. Estamos desde já a construir um order book elevado onde o peso dos modelos eletrificados continua a crescer, tendência que se irá manter pois continuaremos a reforçar a nossa oferta nesta gama.
Ao nível da cadeia de abastecimento, acredito que os
prazos de entrega irão melhorar gradualmente ao longo do ano.
Que importância comercial terá a chegada à gama Volvo das novas versões do C40 Recharge e do XC40 Recharge, que oferecem maior autonomia e carregamento mais rápido, sabendo que esses são fatores fundamentais para tornar os automóveis 100% elétricos mais apelativos a um maior número de consumidores?
Uma importância crucial. Ambos os modelos já conseguem atingir uma autonomia superior a 500 km, ligando assim as principais cidades em Portugal sem necessidade de carga adicional. A possibilidade de carregamentos mais rápidos é algo também fundamental para os consumidores e que se vê agora melhorada em ambos os auto-
móveis. Estamos a falar de dois modelos que são já um sucesso de vendas no nosso país e que se tornam agora ainda mais apelativos, por isso as expectativas comerciais são as melhores.
Que outras novidades trará este ano à oferta Volvo? O que vai trazer de novo o EX90, novo modelo topo-de-gama que chega ao mercado em 2023?
O novo Volvo EX90 será um modelo absolutamente fundamental para a Volvo Cars, pois assinala um rumo decisivo para um futuro totalmente elétrico. Estamos a falar do Volvo mais seguro de sempre, que estreia tecnologias de segurança inovadoras. É um modelo SUV elegante, com um design apelativo e capacidade para 7 lugares e bagageira, capaz de percorrer 600 km em modo elétrico – uma das maiores autonomias do mercado. É um automóvel que simboliza também o nosso compromisso com a sustentabilidade, apresentando, entre muitas outras coisas, as taxas mais elevadas de sempre para a marca na utilização de materiais reciclados.
A Volvo Cars anunciou querer tornar-se numa marca de automóveis exclusivamente elétricos até 2030. Estamos quase a meio da década. Embora existam cada vez mais compradores de carros elétricos (como demonstra o crescimento da sua importância nas vendas globais), acha que o mercado está pronto para acompanhar essa ambição da Volvo?
Acredito que sim. A evolução recente tem sido verda-
“Acredito que o cliente português está a confiar cada vez mais nos modelos elétricos, pois verifica que (...) a solução de mobilidade eletrificada já é perfeitamente adequada ao seu dia a dia”
deiramente impressionante. Se recuarmos meia dúzia de anos, a nossa oferta de modelos com alguma componente de eletrificação era curta e hoje estamos a falar já de taxas de penetração de 70%. Imagine onde poderemos estar dentro de 6 anos? Coadjuvados por uma infraestrutura de carregamento mais completa e eficaz? Por outro lado, a inovação tecnológica irá fazer com que as baterias consigam proporcionar aumentos de autonomia e desenvolver carregamentos elétricos ainda mais rápidos, dois dos fatores que os clientes destes automóveis mais analisam na hora de fazer a sua aquisição.
E além dos produtos, como vai evoluir o mercado?
Por exemplo, a nível de novos modelos de distribuição, tendência crescente da digitalização, novas cadeias de valor trazidas pela eletrificação… Qual é a sua visão de como irá evoluir o negócio automóvel, e a relação entre vendedor e comprador (a própria Volvo pretende estabelecer cinco milhões de relacionamentos diretos com os consumidores), à medida que a transição energética já em curso se prepara para impactar cada vez mais o mercado?
Neste capítulo as coisas vão continuar a evoluir com vista a uma digitalização cada vez maior e com um relacionamento entre as marcas e os clientes finais a ser mais direto. Para a Volvo a experiência do cliente é o mais importante. É nela que está o nosso foco. O nosso compromisso passa por conseguir desenvolver uma estratégia multicanal capaz de responder de forma eficiente e eficaz
a todas as múltiplas formas de contacto que oferecemos aos nossos clientes. Pretendemos ser cada vez mais inovadores nesse capítulo e proporcionar uma experiência que seja uma referência na indústria, é afinal isso que as pessoas esperam de uma marca como a Volvo. l
“O novo Volvo EX90 será um modelo absolutamente fundamental para a Volvo Cars, pois assinala um rumo decisivo para um futuro totalmente elétrico”
NO PRÓXIMO NÚMERO...
AO VOLANTE
VOLKSWAGEN
ID.BUZZ
MERCADO
INDÚSTRIA
AUTOMÓVEL
ACELERA
ELETRIFICAÇÃO
ESTREIA
ABARTH 500e
GUIA ATUALIZADO
TODOS OS MODELOS
ELÉTRICOS E HÍBRIDOS
À
VENDA EM PORTUGAL
NAS BANCAS EM MARÇO
Mobilidade Elétrica?
ACELERAR – ACELERAR – ACELERAR !!!
quer mundial, europeia ou portuguesa.
Henrique Sánchez Presidente da UVE AssociaçãoUtilizadores Veículos Elétricos
Os transportes rodoviários são responsáveis por cerca de 25% das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) na Europa e em Portugal. O combate às alterações climáticas confronta-nos com a necessidade de fazermos algo. A pergunta que muitos se colocam é: o que é que eu posso fazer para contribuir para este combate decisivo para o futuro da Humanidade?
Pois bem, muitas ações, muitas alterações comportamentais podem ser adotadas por cada um de nós e por todos em conjunto como comunidade, o Planeta Terra é o único local, que se saiba, que reúne as condições de sobrevivência da espécie humana.
A área em análise é a da eletri cação dos transportes rodoviários, sabendo que muito mais deve ser feito na totalidade dos transportes por mar, terra e ar, mas também nas indústrias – é assustador ver o crescimento da indústria militar em todo o mundo e a destruição que ela provoca nas pessoas, primeiro que tudo com as mortes e incapacidades que provoca, mas também na destruição dos equipamentos e das estruturas edi cadas para servirem as populações: hospitais, escolas, pontes, museus, etc. –, na alimentação, na produção de bens e serviços não essenciais, num consumismo descontrolado e insustentável.
Algumas pessoas alegam que:
1) Se todos os carros fossem elétricos, onde é que os carregávamos?
2) Não se produz eletricidade su ciente para abastecer todos os carros elétricos
3) Não posso carregar o carro elétrico na minha casa
4) As redes de carregamento dos carros elétricos não são su cientes
Estas perguntas ou declarações seriam verdade se o número de carros elétricos em circulação fosse de tal ordem que não existissem condições para os carregar, ora tal não é verdade e, aliás, está muito longe da realidade,
Foquemos-mos na Europa, em Portugal e nos automóveis ligeiros de passageiros.
A quota média de ligeiros de passageiros 100% elétricos na totalidade do parque circulante na União Europeia cifra-se nos 0.8%, realço, menos de 1% de quota de mercado do parque circulante, ao m de mais de 10 anos do início da comercialização deste tipo de automóveis ligeiros de passageiros 100% elétricos! Quanto caminho temos pela frente!
Portugal encontra-se bem classi cado no 10º lugar em 27 países da União Europeia com os mesmos 0.8%. Mas mesmo o melhor classi cado, os Países Baixos (por alguns ainda identi cado como a Holanda), tem uma quota de mercado de 2.8%, e só existem três países que logram alcançar mais de 2% de quota de mercado, os já referidos Países Baixos, a Dinamarca (2.4%) e a Suécia (2.2%). E entre os 1% e os 2% temos apenas mais quatro países, Luxemburgo (1.9%), Áustria (1.5%), Alemanha (1.3%) e a França com 1%. Relembro que estes são os números ao m de mais de 10 anos de comercialização destes veículos 100% elétricos.
Considerando outros países europeus que não pertencem à União Europeia, temos que o campeão é, com muita distância, a Noruega com 16.2% de quota. Falamos de um país onde atualmente as vendas de ligeiros de passageiros 100% elétricos já atingem os 80%, de um país com o pacote mais agressivo de incentivos e de benefícios scais em todo o mundo para a aquisição de um carro elétrico. Dos outros quatro países extracomunitários, merece ainda referência especial a Islândia (4.6%), que por ser uma ilha relativamente pequena tem vantagens na adoção de um carro elétrico.
gamento, quer a Rede Pública como as Redes Privadas que são um seu complemento, terão o tempo necessário para crescerem, quer em capilaridade abrangendo todas as regiões como em potência, fornecendo potências mais elevadas que por sua vez permitirão carregamentos mais rápidos, o aumento da produção de eletricidade através de fontes renováveis, permitindo assim estender a todo o território a não emissão de gases com efeito de estufa e a própria produção local desta eletricidade, evitando os grandes parques fotovoltaicos – cada telhado de Portugal deverá ser coberto de painéis fotovoltaicos, cada fábrica, cada hospital, cada escola, cada edifício comercial, cada habitação familiar – devem obrigatoriamente ser fontes de produção de eletricidade renovável e aqui o Estado tem um papel decisivo, não basta dizer que se quer combater as alterações climáticas, é necessário e urgente que se criem as condições para que tal aconteça o mais rapidamente.
Tranquilizem-se todos aqueles que acham que o mundo vai acabar com o advento do carro elétrico, muito pelo contrário a adoção de um veículo elétrico é peça fundamental para contribuirmos para um planeta que continue a reunir as condições de vida e a sobrevivência da espécie humana.
Este artigo foi focado no automóvel ligeiro de passageiros 100% elétrico e a sua fonte foi o estudo da ACEA (Associação Europeia de Construtores Automóveis) publicado em janeiro deste ano, muito mais pode e deve ser feito, e em ritmo acelerado, para mudarmos de um modelo económico baseado nos combustíveis fósseis para um modelo económico baseado nas energias renováveis.
Fonte: ACEA - Associação Europeia de Construtores Automóveis. Relatório publicado em janeiro de 2023 "Vehicles in Use Europe 2023"
Que conclusões podemos tirar destes números? Temos um longo caminho a percorrer até os carros elétricos serem dominantes, e esse caminho dá-nos tempo su ciente para desenvolver a tecnologia das baterias, mais leves com maior capacidade de armazenagem de eletricidade, o que equivale a dizer mais económicas e com uma autonomia (ou alcance, como lhe quiserem chamar) superior, a escala na produção destes veículos vai permitir a redução dos custos de construção, as Redes de Carre-
A mensagem nal só pode ser:
Acelerar – Acelerar – Acelerar
a eletri cação dos transportes rodoviários
a produção de energia por fontes renováveis
a utilização de transportes públicos eletri cados
a redução do consumo em geral, especialmente de bens fúteis
DEIXE OS FÓSSEIS PARA TRÁS DEIXE OS FÓSSEIS PARA TRÁS
NOVOS MODELOS ELÉTRICOS/HÍBRIDOS ANUNCIADOS PARA ESTE MÊS...
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Opel Astra / Grandland GSe PHEV abertura das encomendas
Citroën C5 X 180 ë-AT8 PHEV início comercialização nova versão
Mercedes GLE / GLE Coupé PHEV MHEV estreia novo modelo
e-2008
JOGA COM A CIDADE
Autonomia elétrica até 341 km - PEUGEOT i-Cockpit® 3D - Condução semiautónoma
Autonomia Elétrica até 341 km em ciclo WLTP. Consumo combinado WLTP (l/100km): 0 l/100km; Emissões de CO₂ WLTP (g/km): 0 g/km. As condições concretas de utilização e outros fatores poderão fazer variar os valores apresentados. Para mais informações consulte peugeot.pt