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blueauto nº 9
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abril 2018
à descoberta do futuro do automóvel
novos modelos
mitsubishi Eclipse cross Bentley Bentayga Hybrid Volkswagen touareg mercedes classe c toyota Auris Ford Focus audi A6 mobilidade sustentável
Renault cria ecossistema elétrico inteligente tecnologia
Híbrido a gás natural guia
ao volante
SmaRt Cabrio ElEctric DrivE
lexuS nx300h
Modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal
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à Descoberta Do Futuro Do automóvel
www.blueauto.pt DIreÇÃo Francisco vieira reDaÇÃo antónio oliveira Paulo manuel costa Pedro lourenço Filipe b. vieira colaboraDores José barros rodrigues mário Pereira José carlos cunha secretarIa De reDaÇÃo Isabel brito coNtactos ) 21 823 21 80 8 blueauto@pressfactory.pt facebook.com/blueauto marKetING & PublIcIDaDe luís mesquitela lima ) 93 702 94 44 8 luis.mesquitela@blueauto.pt luís melo Pinto (responsável comercial Zona Norte)
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editorial
“Preso por ter cão...” No último ano, e contrariamente à tendência verificada na última década, as emissões de dióxido de carbono com origem nas viaturas novas vendidas na União Europeia registaram um ligeiro aumento. Para esse resultado contracorrente terão contribuído, dizem os especialistas, dois fatores: por um lado, o recuo na comercialização de motorizações diesel (menos 7,9% em 2017, comparativamente ao ano anterior), cujas emissões médias de CO2 são inferiores às dos carros a gasolina; por outro, e em sentido contrário, o aumento nas vendas de modelos SUV (cujas características mais desportivas levam à adoção de motores mais potentes, logo tendencialmente mais poluidores), segmento em alta em termos de popularidade entre os consumidores, logo também nos catálogos das marcas. Para alguns observadores, as estatísticas referentes ao ano passado são motivo de forte preocupação, dando ainda mais destaque às reticências de alguns representantes do mercado automóvel que vão no sentido de alertar para a dificuldade, ou mesmo impossibilidade, da indústria conseguir implementar a tempo as modificações necessárias para cumprir as metas de redução das emissões. Contudo, e de acordo com os resultados de um estudo levado a cabo pela Federação Europeia dos Transportes e Ambiente, a maioria dos fabricantes europeus deverá sim cumprir a tempo essas metas, nomeadamente no que se refere ao limite máximo imposto para as emissões de CO2 (95g/km) da frota automóvel nova na Europa já em 2021. O mesmo estudo avança como principal explicação para essa estimativa o progressivo aumento da penetração dos veículos movidos a energias alternativas, nomeadamente elétricos e híbridos ‘plug-in’. Até aqui, tudo bem... O que já não se compreende muito bem são alguns dos considerandos que acompanharam a divulgação dos resultados do estudo acima citado. Pois se pode ser entendida a afirmação de que a indústria automóvel não diz toda a verdade por querer tentar evitar a adoção das novas normas para 2025 e 2030 agora em discussão na União Europeia (o que os reguladores europeus pretendem é que a partir de 2021 os limites sejam progressivamente ainda mais exigentes, numa estratégia considerada essencial para se conseguir atingir as metas climáticas estipuladas pelo Acordo de Paris), já parece pouco razoável concluir que os construtores estarão a atrasar intencionalmente, de modo a poder escoar os seus modelos mais antigos como – reproduzindo – os “SUVs obsoletos, muito poluentes e potentes, para maximizar os seus lucros”, tanto o lançamento de novas gerações de veículos elétricos como de versões mais eficientes da gama atual a combustíveis fósseis. Algo categoricamente desmentido não apenas pela sucessão de novidades que anunciam para muito breve novos modelos zero emissões ou híbridos (sem esquecer que há muito mais a considerar, além dos carros propriamente ditos, quando se fala em automóveis elétricos – a começar pela rede de carregamento...), como também pelo verdadeiro debate hoje instalado na indústria sobre a validade das motorizações a gasolina e diesel, sobretudo sobre as tecnologias que podem tornar esses modelos a combustão interna energeticamente mais eficientes e mais “limpos”. Sabendo que as novas metas a nível de emissões que os automóveis vão ter, desde já, de cumprir são para vigorar a partir de 2021 (e não já hoje!), e dos esforços que, apesar de tudo, os “maus da fita” do costume (quando se fala em poluição) que são os industriais do sector têm feito para tornar os seus veículos mais eficientes, este parece ser um dos casos em que se pode aplicar a expressão popular “preso por ter cão e preso por não ter”... n
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atualidade Notícias
especial Renault na vanguarda do bom uso de energia ao volante Lexus NX 300h
mobilidade urbana Novo serviço de ‘carsharing’, 100% elétrico revista de imprensa Declarações em destaque novos modelos Mitsubishi Eclipse Cross
entrevista António Oliveira Martins, Diretor-geral da LeasePlan Portugal
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ao volante Smart Fortwo Cabrio Electric Drive
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convidado especial 12 perguntas a... Ni Amorim (Presidente da FPAK)
novos modelos Ford Focus novos modelos Volkswagen Touareg dossier A história dos automóveis elétricos novos modelos Mercedes Classe C tecnologia Skoda Vision X: híbrido a gás natural novos modelos Bentley Bentayga Hybrid concept-cars Porsche Mission E Cross Turismo
guia de compras Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal
apresentação Volvo V60 novos modelos Audi A6 novos modelos Toyota Auris
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testemunho de um utilizador de veículo elétrico
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atualidade
Nissan: IMx Kuro antecipa futuro ‘crossover’ elétrico
Postos GPL com nova forma de abastecimento
A Nissan anunciou que o seu protótipo IMx KURO recentemente revelado no Salão Automóvel de Genebra vai mesmo dar origem a um modelo de produção em série, antevendo um futuro ‘crossover’ totalmente elétrico da marca. “O protótipo de ‘crossover’ de emissões zero IMx KURO personifica o futuro da Mobilidade Inteligente da Nissan, o nosso compromisso para com a mudança da forma como as pessoas e os automóveis comunicam, assim como a forma como os automóveis interagem com a sociedade num futuro próximo”, confirmou um alto responsável do fabricante japonês. Concebido para reforçar a ligação entre automóvel e condutor como parceiros próximos que contribuem em conjunto para uma condução mais segura, conveniente e emocionante, o inovador ‘concept-car’ IMx KURO inclui a integração da tecnologia pioneira da Nissan ‘Brain-to-Vehicle’ (B2V, Cérebro ao Veículo), tecnologia que interpreta os sinais do cérebro do condutor para auxiliar na condução e para ajudar os sistemas manuais e autónomos do automóvel a antecipar os movimentos pretendidos.
Mudanças para quem tem um carro a gás de petróleo liquefeito (GPL) em Portugal: a partir deste mês de abril, todos os postos de abastecimento GPL existentes no nosso país passam a funcionar com novas pistolas dotadas do sistema Euroconnector, um sistema que irá permitir uniformizar todos os postos de abastecimento nacionais com os mecanismos utilizados nos restantes países europeus, além de ser mais seguro para os utilizadores e para o ambiente, permitindo reduzir a emissão de hidrocarbonetos para a atmosfera. A PRIO alerta assim os consumidores para a necessidade de disporem de um adaptador que permita fazer a ligação entre as novas pistolas com o sistema Euroconnector e o depósito de GPL auto. Existem disponíveis quatro modelos de adaptadores, com um custo unitário aproximado de 20 euros.
Híbridos Toyota: record de vendas em Portugal No primeiro trimestre deste ano os automóveis híbridos voltaram a merecer a preferência dos clientes da Toyota em Portugal, marca que vendeu de janeiro a março um total de 1306 unidades com motorização híbrida, o que representa um crescimento de 78% em relação ao mesmo período do ano passado. Os modelos eletrificados com sistema híbrido representaram nos primeiros três meses do ano mais de 54,1% das vendas de ligeiros de passageiros Toyota, marca que consolida assim a sua posição de liderança na venda de veículos eletrificados no nosso mercado. Da gama de 8 modelos híbridos comercializados em Portugal pela Toyota, destaque para os mais vendidos entre janeiro e março 2018: o ‘crossover’ C-HR, que foi o modelo eletrificado mais vendido pela marca (com um total de 463 unidades comercializadas), o Auris (410 unidades) e o Yaris (307 unidades).
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atualidade
Seat: primeiro modelo elétrico em 2020 A Seat confirmou para 2020 a chegada do seu primeiro automóvel a propulsão elétrica: “2020 será o ano-zero da eletrificação para a Seat, graças ao lançamento de uma versão híbrida recarregável da nova geração do Leon e também do primeiro veículo 100% elétrico da nossa marca”, anunciou recentemente em Madrid o italiano Luca de Meo, presidente da marca espanhola. O mesmo responsável deixou antever também a possibilidade da autonomia deste último chegar próximo dos 500 km, adiantando ainda que será um modelo compacto vendido a um preço acessível. O primeiro automóvel elétrico de produção em série da Seat utilizará a nova plataforma modular MEB da casa-mãe Volkswagen.
Novo Nissan LEAF já chegou a Portugal A segunda geração do Nissan Leaf já está disponível na rede de concessionários nacionais da marca. Já aqui apresentado em detalhe, o novo veículo zero-emissões da Nissan prepara-se para se tornar num sucesso de vendas, como comprova o número de encomendas formalizadas, que no início deste mês representavam já, segundo a Nissan, quase tanto quantas as vendas acumuladas ao longo dos sete anos de comercialização em Portugal da sua primeira geração. Um sucesso anunciado que resulta do apelo desta nova geração, a qual junta à estética moderna e distintiva a autonomia alargada, a oferta tecnológica avançada, mais potência e mais equipamento, entre outros importantes atributos. O novo Nissan Leaf está disponível no mercado nacional a um preço recomendado de venda ao público que começa nos 32.400 euros (incluindo campanha Nissan em vigor).
BMW confirma iX3 Para ajudar a concretizar o objetivo anunciado para o final de 2019 de contar com meio milhão de automóveis eletrificados nas estradas, o Grupo BMW vai apostar em alargar a sua oferta de modelos a propulsão elétrica ou híbridos. Seja pelo lançamento de modelos totalmente novos, seja através da eletrificação da gama já existente. E aqui a próxima grande novidade pode bem ser uma versão elétrica do BMW X3, de que se fala há já algum tempo e agora confirmada pelo responsável máximo da BMW AG: Harald Krüger revelou que vai mesmo haver um BMW iX3, cuja primeira aparição pública é inclusive esperada já para o salão automóvel de Pequim (agendado para o final deste mês), embora ainda como ‘concept’, já que a versão final de produção só será lançada (também já se sabe) em 2020.
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Grupo PSA aposta na inteligência artificial O Groupe PSA é o primeiro construtor automóvel a integrar o instituto PRAIRIE, centro de excelência sedeado em Paris que tem como objetivo juntar especialistas mundiais da área científica e industrial no domínio da Inteligência Artificial. Associandose assim a empresas como Amazon, Facebook, Google, Microsoft, Naver Labs, Nokia Bell Labs ou Valeo, ao grupo industrial SUEZ, aos franceses CNRS-Centro Nacional de Investigação Científica e Inria-Instituto Nacional de Pesquisa, bem como à Universidade PSL, o grupo automóvel aposta em participar ativamente nas iniciativas que venham a ser desenvolvidas nesse instituto que pretende tornar-se líder em matéria de Inteligência Artificial (IA), fazendo convergir através de uma visão
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integrada os interesses académicos e industriais. Afirmando-se convicta de que a IA estará no centro de uma mutação profunda do mundo automóvel e da mobilidade do futuro, a PSA espera assim desenvolver os seus conhecimentos em matéria de Inteligência Artificial de modo a aumentar o espetro de possíveis aplicações no automóvel.
Breves n O novo Nissan Leaf foi eleito Automóvel Ambiental Mundial do Ano 2018, tornando-se assim no primeiro veículo 100% elétrico a receber esse prémio.
Volvo apoia desenvolvimento tecnológico O fabricante sueco Volvo prepara-se para investir em ‘start-ups’ tecnológicas que demonstrem elevado potencial, tendo para isso criado o ‘Volvo Cars Tech Fund’: um novo fundo de investimento cujo principal objetivo é apoiar tendências tecnológicas estratégicas que estão atualmente a transformar a indústria automóvel, nas quais se incluem inteligência artificial, eletrificação, condução autónoma e serviços de mobilidade digital. “Procuraremos investir em empresas que sejam capazes de nos fornecer acesso estratégico a novas tecnologias, novas capacidades e novos talentos. Ao ajudar estas jovens e promissoras empresas que estão na vanguarda do desenvolvimento tecnológico, esperamos fortalecer o nosso papel na liderança da transformação tecnológica por que passa hoje a indústria”, explica Zaki Fasihuddin, CEO deste Volvo Cars Tech Fund que passa a fazer parte do projeto de inovação e transformação digital da Volvo Cars no qual o fabricante sueco aposta para desenvolver novas tecnologias e serviços. Já as ‘start-ups’ que integrem o Volvo Cars Tech Fund irão beneficiar da associação a um dos principais construtores automóveis mundiais, podendo assim validar as suas tecnologias e acelerar o ritmo da sua introdução no mercado.
Novo Jaguar I-Pace vai integrar frota de veículos autónomos O novo Jaguar I-Pace será o primeiro modelo ‘premium’ na frota da empresa de tecnologia de condução autónoma Waymo, sucessora do antigo projeto de veículos autónomos da Google. Apostada em aperfeiçoar o modo como as pessoas se deslocam, melhorando os níveis de segurança e facilitando as suas tarefas, a Waymo recorre ao software e à tecnologia de sensores desenvolvidos nos laboratórios da Google para propor a experiência de condução mais avançada, sendo a única empresa do mundo com uma frota de veículos autónomos – sem qualquer pessoa no lugar do condutor – que circula em circuitos urbanos. A Waymo vai lançar ainda este ano em Phoenix (Arizona, nos EUA) o primeiro serviço de transporte sem condutor, serviço que poderá ser utilizado por qualquer pessoa para se deslocar para o trabalho, para levar as crianças à escola, para ir ver um jogo de futebol, etc., contribuindo assim para uma maior segurança, para dar mais tempo livre aos clientes e para melhorar a mobilidade individual. Em 2020 cerca de 20 mil unidades do Jaguar I-Pace passarão a fazer parte da frota de veículos autónomos da Waymo, tornando-se assim o novo modelo SUV desportivo totalmente elétrico da Jaguar no primeiro veículo de luxo autónomo elétrico a oferecer serviços de transporte sem condutor. No final deste ano os Jaguar I-Pace equipados com tecnologia de condução autónoma começarão a ser testados em conjunto pelos engenheiros da Waymo e da Jaguar Land Rover.
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n De acordo com dados da REN, no mês de março o consumo de eletricidade em Portugal Continental foi pela primeira vez integralmente assegurado por fontes renováveis. n A Porsche prevê que em 2025 aproximadamente 25% da sua produção serão automóveis 100% elétricos e híbridos ‘plug-in’. n A Kia Motors Portugal tem em vigor uma campanha promocional para o modelo Niro, oferecendo um desconto de 3.250 euros no preço de comercialização do seu ‘crossover’ híbrido. n A partir de 2020 a Smart só vai comercializar na Europa versões elétricas dos seus modelos Fortwo e Forfour. n A Carris lançou um concurso para a aquisição de 15 novos autocarros elétricos destinados a serviço público urbano de transporte de passageiros. n A Toyota Motor Europe anunciou ter comercializado no primeiro trimestre do ano um número record de veículos híbridos, os quais representaram 45% do total de vendas das marcas Toyota e Lexus na Europa. n De modo a suportar o impulso da eletrificação da sua gama (no ano 2025 todos os modelos terão de incluir pelo menos uma versão eletrificada), o Grupo PSA vai acelerar a partir de 2021 a produção de motores elétricos. n A FIA confirmou que a partir da temporada 2019-2020 Mercedes e Porsche competirão oficialmente no campeonato do mundo de monolugares elétricos Fórmula E.
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Carregamento elétrico: novas ‘wallboxes’ Mercedes-Benz A Mercedes-Benz anuncia uma nova geração de ‘wallboxes’ próprias, caracterizadas por tornarem ainda mais confortável o carregamento dos veículos híbridos ‘plug-in’ e elétricos dos seus clientes: com até 22 kW de potência, o posto de carregamento doméstico é – diz o fabricante alemão – mais potente que nunca e permite pela primeira vez, entre outros fatores, controlar várias funções a partir de um smartphone – como o controlo do carregamento, a
gestão de utilizadores e a leitura do consumo. Fornecida com um design mais elegante e com gestão do cabo de carregamento, esta nova geração de postos de carregamento domésticos da Mercedes-Benz vai estar disponível na Europa a partir do verão, podendo os clientes escolher entre três versões: Wallbox Home básica; Wallbox Advanced, com ligação à internet; e Wallbox Twin, para carregar dois veículos em simultâneo.
VolVo XC60 eleito ‘Melhor Carro do Mundo 2018’ o modelo XC60 da Volvo foi eleito “Melhor Carro do Mundo” de 2018, distinção atribuída pelos jurados do troféu ‘World Car of the Year’ no recente salão automóvel de nova iorque. “É com muito orgulho que vejo que os investimentos da Volvo estão a dar frutos. enfrentamos concorrentes muito fortes, mas este prémio demonstra que o nosso XC60 é a combinação perfeita de design, conetividade e segurança capaz de agradar a clientes em todo o mundo”, afirmou Håkan Samuelsson, Presidente e CEO da Volvo Cars, comentando a atribuição do prémio. É a primeira vez que a Volvo Cars conquista este troféu.
Vendas Lexus em crescimento A Lexus registou em março o seu melhor resultado dos últimos anos em Portugal, com um crescimento nas vendas de 58,5% relativamente ao mês homólogo e de 23,6% no primeiro trimestre. A marca atribui esse bom resultado à nova estratégia de reforço da rede de concessionários Lexus e à campanha do SUV híbrido NX 300h, que apela a clientes apaixonados por arte e design com o mote “a arte de se destacar”, considerada determinante para o sucesso de vendas agora alcançado. A marca ‘premium’ do grupo Toyota acredita ainda que este bom resultado reflete uma crescente procura pelos novos modelos atualmente disponibilizados. Pioneira na tecnologia híbrida (o seu primeiro modelo híbrido foi lançado há 12 anos), a Lexus distingue-se por ser a única marca a propor uma motorização híbrida eletrificada em todos os 8 modelos da sua gama. No primeiro trimestre de 2018, todos os modelos Lexus vendidos em Portugal foram veículos eletrificados com o sistema híbrido ‘Lexus Hybrid Drive’.
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VEÍCULOS ELÉTRICOS
‘TOP 5’ DAS VENDAS EM PORTUGAL Os modelos EV/PHEV mais vendidos em Portugal nos primeiros 2 meses deste ano...
1 Renault ZOE
Viseu Vai ter primeiro transporte público elétrico não tripulado Chama-se ‘Viriato’ e vai estar operacional no início do próximo ano, integrando o sistema de mobilidade de Viseu e destinado a substituir o funicular, num percurso em corredor dedicado desde a Cava de Viriato até ao Centro Histórico que passará a ser feito por dois veículos autónomos (cada um deles com capacidade para 24 passageiros) funcionando 24 horas por dia em simultâneo (um desce, o outro sobe). Esta solução ecológica 100% controlada por um computador e completamente autónoma (nível cinco de automação) tornar-se-á assim no primeiro transporte coletivo elétrico não tripulado a operar em Portugal. Apresentado no recente evento ‘Smart Cities Summit’, este “elevador horizontal” é um veículo 100% elétrico e de autocarregamento, oferecendo como vantagens ser um transporte público não poluente, autónomo, disponível em permanência e que vai permitir ao município uma poupança anual de 80 mil euros face à solução atual. Criado pela empresa tecnológica portuguesa TULA-Labs, o MOVE (assim se designa o veículo, que em Viseu será batizado como ‘Viriato’) tem 9 metros de comprimento, é movido por um motor Siemens de 60 kw, atinge uma velocidade de 40 km/hora e dispõe de autonomia para 60 km, juntando a segurança à inovação já que integra um sensor na parte frontal que o faz parar no caso de estar demasiado próximo de um obstáculo.
‘Carsharing’ também em Cascais Cascais também já tem um serviço de aluguer de carros ao minuto, com o lançamento já concretizado da solução de ‘carsharing’ da Hertz 24/7 City em conjunto com a plataforma de mobilidade integrada MobiCascais. A mobilidade urbana de Cascais é assim melhorada com esta opção amiga do ambiente, uma alternativa simples, económica e inteligente que responde às evoluções tecnológicas e às crescentes preocupações ambientais da população. A partir de agora, os residentes, trabalhadores e visitantes de Cascais contam assim com dois pontos de rede (em Cascais e no Estoril junto às estações de comboios) onde a frota de viaturas 100% elétrica se encontra disponível para aluguer ao minuto. O serviço funciona através de uma app, criada pela start-up portuguesa Mobiag.
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2 BMW 530e
3 Mercedes GLC 350e
4 BMW 330e
5 Smart Fortwo Ed
Fonte: ACAP
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Novo
OPEL B L ACK E D ITI O N
€ 4.000 5 ANOS O F E R TA
GAR ANTIA
Campanha válida para os modelos Opel Astra K (5P e ST), Corsa e Mokka X. Valor de desconto apresentado válido para o Astra K (5P e ST). Para mais informações sobre a campanha consulte www.opel.pt. A Oferta da Extensão de Garantia e Assistência em viagem fazem parte do produto Opel FlexCare 5 anos/75.000kms o que ocorrer primeiro. A oferta de Extensão de Garantia e Assistência em Viagem está sujeita a aceitação dos Termos & Condições e assinatura do Contrato Opel FlexCare. Campanha válida para clientes particulares, nos Concessionários Opel aderentes até 31 de maio de 2018. Emissões CO2 93 a 123 g/km e Consumo combinado 3,4 a 7,1 l/100 km. THE FUTURE IS EVERYONE’S = O futuro é de todos.
mobilidade sustentável
PORTO SANTO SUSTENTÁVEL – SMART FOSSIL FREE ISLAND
Renault na vanguarda do bom uso de energia Até ao ano de 2020, a ilha de Porto Santo vai tornar-se um exemplo de independência energética e de redução de emissões poluentes, com o arranque do programa ‘Porto Santo Sustentável – Smart Fossil Free Island’. E a principal aliada do Governo Regional da Madeira e da companhia de energia EEM é a Renault, que vai fornecer 20 veículos como parte do conjunto de equipamento que vão fazer da pequena ilha do arquipélago madeirense um exemplo a seguir.
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O
interesse por reduzir a pegada ecológica e a aposta nas energias renováveis começaram por estar associados a um público urbano, que poderia reagir melhor a limitações de ordem económica à introdução de novas tecnologias mais limpas. Mas estas energias renováveis e tecnologias limpas são cada vez mais o segredo para reduzir problemas ambientais em zonas mais isoladas, ao mesmo tempo que resolvem o problema de dependência energética. E a ilha de Porto Santo tem as características e a motivação ideais para revolucionar o uso de energia, não só em equipamentos públicos mas também nos transportes, graças ao apoio do Governo Regional da Madeira, da EEM – Em-
presa de Electricidade da Madeira e do Grupo Renault. O projecto chama-se Porto Santo Sustentável – Smart Fossil Free Island, e o objetivo está logo no nome. A ideia é implementar a estratégia europeia 20-20-20, que passa por reduzir em 20 por cento as emissões de gases poluentes, alcançar uma produção energética de 20 por cento com fontes renováveis e melhorar a eficiência energética em 20 por cento, tudo até 2020. Cumprindo estes itens, o Governo Regional espera melhorar a qualidade de vida para os 5483 habitantes de Porto Santo, ao mesmo tempo que beneficia a economia local, o turismo e a conservação da natureza. Entre os benefícios já se pode contar com a definição de novos percursos pedestres recomendados, o
lançamento do Roteiro da Geodiversidade e a criação de um novo recife artificial. Da parte da EEM, o trabalho a fazer parte pela racionalização do uso da energia, apostando no armazenamento em baterias, na redução do consumo da iluminação pública e através da substituição de lâmpadas convencionais por LEDs, que poderá ser complementado por regulação ponto-a-ponto e sensores para otimizar a eficiência. Finalmente, a EEM vai contar com as infraestruturas necessárias para que a gama de automóveis elétricos da Renault possam circular na ilha de Porto Santo, com a marca francesa a fornecer 20 viaturas para serem usadas como parte do trânsito normal da ilha, habituando a população às vantagens do uso de automóveis movidos a energia elétrica, em comparação com os tradicionais veículos a gasolina e diesel.
A importância da experiência da Renault Grande parte da dependência energética no petróleo é resultante da necessidade de locomover automóveis, mas essa dependência poderá desaparecer dentro de poucos anos, graças à investigação e desenvolvimento de veículos elétricos, uma área onde a Renault está na vanguarda, oferecendo já ao público português um quadriciclo (Twizy), um modelo citadino de pas-
Neste projeto inovador são usados veículos Renault ZOE e Kangoo Z.E. para ajudar a criar um ecossistema elétrico ‘inteligente’.
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mobilidade sustentável
sageiros (Zoe) e um comercial ligeiro (Kangoo). Para o projeto Porto Santo Sustentável e ajudar a transformar a segunda ilha do arquipélago madeirense numa ilha “inteligente”, a Renault contribui com 20 viaturas, divididas entre o modelo Zoe e o modelo Kangoo, que vão estar disponíveis, por concurso, para serem utilizadas por habitantes e negócios da ilha. Com os 20 veículos em circulação, a população local poderá habituar-se mais rapidamente a ver este tipo de automóveis, mais silenciosos, menos poluentes e, o mais importante, com um consumo energético bem mais barato do que os tradicionais motores de combustão interna. Mas de nada serve ter um carro elétrico se não houver local para o carregar. E também aqui a Renault fornece o equipamento de carregamento rápido, com 40 postos espalhados por Porto Santo, que vai facilitar bastante a vida aos utilizadores dos Zoe e Kangoo. Desta forma, a população local também vai poder comprovar que utilizar um carro elétrico no dia a dia vai ser tão simples como conduzir um automóvel tradicional, com tempos de recarga rápidos e inteligentes, podendo apenas recarregar as baterias com a energia necessária para a sua próxima função. Existem ainda outras áreas onde a Renault vai contribuir, que normalmente passam ao lado dos utilizadores de carros elétricos em grandes
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A primeira ‘Smart Fossil Free Island’ a nível mundial recorre aos veículos elétricos, à segunda vida das baterias, ao carregamento inteligente e ao ‘vehicle-to-grid’ para se tornar energeticamente independente e estimular a produção de energias renováveis. blueauto
centros urbanos. Normalmente, a utilização da bateria é feita apenas com a transferência de energia da rede para o veículo, mas neste caso os automóveis também vão fazer parte da rede. Como parte do conceito de ilha “inteligente”, quando os automóveis estão parados por muito tempo o equipamento não vai estar apenas a carregar, também vão fazer transferência para a rede, o conceito chamado V2G (‘vehicle-togrid’, ou veículo para a rede), de modo a garantir que esta é usada sempre de forma racional, e que os carros apenas vão consumir energia nos tempos de maior procura. Finalmente, as baterias dos automóveis Renault vão ter uma vida útil além da vida útil do carro, recicladas para fazer parte da rede de armazenamento energético da ilha de Porto Santo, ganhando uma segunda vida, aproveitando energia excessiva produzida por fontes de energia renováveis, em vez de serem simplesmente deitadas fora. Tudo isto faz parte de uma estratégia a longo prazo da Renault. A instalação total desta rede em Porto Santo começou no início do projeto e deverá estar completa após 18 meses, mas depois a experiência ganha com o projeto Porto Santo Sustentável poderá ser expandida para a ilha da Madeira e talvez até para outras cidades de maiores dimensões e com diferentes condições climatéricas e geográficas. n
GAMA ELÉTRICA RENAULT EM PORTO SANTO RENAULT ZOE Potência Autonomia
88 e 92 cv, Bateria 22 e 40 kWh 240 a 400 km
PREÇOS ZE 40 com aluguer de bateria ZE 40 CR com aluguer de bateria Life
a partir de 32.910 € a partir de 27.510 € a partir de 33.610 € a partir de 28.210 € 30.410 €
RENAULT KANGOO Z.E. Potência 95 cv, Bateria 33 kWh Autonomia 270 km PREÇOS ZE 33 com aluguer de bateria
a partir de 27.301 € a partir de 21.101 €
Carregamento inteligente para veículos elétricos Soluções para carregamento inteligente já estão em operação nos nossos carros, incluindo o aplicativo de smartphone Renault Z.E. Smart Charge. O veículo começa a carregar quando a produção de eletricidade excede o consumo da rede e pára na situação oposta. Assim, a rede pode integrar a máxima quantidade de energia sustentável, produzida por energias renováveis intermitentes como solar ou eólica, ao mesmo tempo que mantém um consumo equilibrado. Isto serve para melhorar as suas qualidades técnicas e económicas.
Carregamento inteligente reversível para veículos elétricos Temos como objetivo fazer dos nossos veículos elétricos uma ligação importante em redes inteligentes, de modo a facilitar o acesso e melhorar a oferta de fontes energéticas baratas e ecológicas. Além de recarregarem nas alturas mais convenientes, os veículos elétricos da Renault também servem para armazenamento temporário de energia. Assim vão poder adicionar energia à rede, analisando em tempo real as necessidades do veículo e da rede de eletricidade.
ilustração: Renault
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LEXUS NX 300h
Vantagem híbrida em destaque... A Lexus Portugal conseguiu no passado mês de março o seu melhor resultado de vendas dos últimos anos, a ponto do número de veículos comercializados no nosso mercado ter crescido +58,5% face ao mês homólogo e +23,6% no primeiro trimestre 2018. E a marca avança com a campanha de lançamento do seu SUV híbrido NX 300h como tendo sido um dos fatores determinantes para o sucesso de vendas agora anunciado. Mas haverá outra explicação para a contribuição dada pelo NX 300h para esse sucesso da marca?...
A
nova estratégia de reforço da rede de concessionários Lexus no mercado nacional é outro fator adiantado pela comunicação da marca japonesa para explicar tão importante crescimento. Mas, depois de termos conhecido em detalhe o modelo em causa, pode sim haver mais uma explicação... E ela é a qualidade do automóvel, já que este NX 300h é de facto uma bela surpresa! Não necessariamente ao nível das prestações dinâmicas (já lá vamos...), mas sobretudo como opção renovada e atual para quem procura um automóvel que junta a aparência e as caracte-
rísticas hoje tão populares de um “SUV urbano” com as vantagens da tecnologia híbrida. Dentro da oferta de modelos da única marca a propor uma motorização híbrida eletrificada em todos os modelos da sua gama, o renovado NX 300h pode não ser a opção híbrida mais barata, mas é sem dúvida a mais apetecível em termos de preço, equipamento e versatilidade. Agora disponível com novos argumentos que incluem uma nova personalidade, um design mais dinâmico e acabamentos mais desportivos, o mais compacto dos SUV Lexus ficou ainda mais interessante... bem mais interessante mesmo.
Mantendo as suas dimensões mais apropriadas para o tráfego urbano, no renovado NX, que agora se designa NX 300, a habitabilidade ganha pontos, mas são sobretudo os capítulos conforto e visual que mais se destacam. O design da secção dianteira foi revisto para poder albergar novas tecnologias e equipamento, incluindo novos faróis com máximos adaptativos, parte de um novo pacote de segurança que está disponível como opção (e do qual falamos em pormenor mais abaixo). Os faróis traseiros ganham novas luzes em LED e novo formato dos indicadores de mudança de direção. O exterior
O NX 300h combina um motor 2.5 a gasolina com um ou dois motores elétricos, conforme tenha tração dianteira ou integral, ambas com um consumo médio de 5,1 litros por cada 100 km. blueauto
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ao volante
é dominado pelas linhas arrojadas e distintivas já conhecidas da marca e pelo estilo dinâmico com ares de desportivo vanguardista. No interior, além de pequenas mudanças nas cores dos materiais (os bancos em pele na combinação de cores vermelho-preto da unidade ensaiada mereceram aprovação generalizada) e da alavanca das mudanças, o destaque vai para a introdução de um novo ecrã para o sistema de informação e entretenimento, agora com uma dimensão de 10,3 polegadas. Já o portão traseiro está disponível com abertura eletrónica automática opcional, que permite abrir e fechar a bagageira passando com o pé por baixo do para-choques traseiro. A qualidade dos acabamentos, a “arrumação” e o aprimoramento do interior estão agora a nível elevado. Tudo muito funcional e ergonómico. Destaque muito particular para a introdução na gama NX do sistema de segurança ‘Lexus Safety System+’, o que quer dizer que o SUV urbano da marca japonesa está agora equipado com uma série de
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Toda a filosofia e dinâmica do NX 300h é comandada pela gestão da energia disponível para fazer o veículo deslocar-se.
funcionalidades de segurança ativa e de assistência ao condutor, incluindo PCS (sistema de segurança pré-colisão, auxiliando a travagem em caso de possibilidade de colisão), ACC (‘cruise control’ adaptativo), AHS (sistema de máximos automático, como já se referiu), LDA (sistema de alerta à mudança de faixa de rodagem) e RSA (reconhecimento dos sinais de trânsito), estando igualmente disponível um sistema inteligente de sensores de estacionamento. Em termos de motorização, o NX 300h combina um motor 2.5 a gasolina com um ou dois motores elétricos, conforme tenha tração diantei-
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ra ou integral, ambas com um consumo médio de 5,1 litros por cada 100 km. E essa é, claro está, a característica mais distintiva deste automóvel: o tratar-se de um híbrido. Neste caso, e ao estilo da tecnologia de propulsores adotada maioritariamente pelos veículos do grupo Toyota a que a Lexus pertence, na variante ‘self-charging hybrid’, sem necessidade de carregamento externo, já que a gestão da carga da bateria é processada pelo próprio sistema, através da regeneração de energia como acontece durante a travagem. Ou seja, toda a filosofia e dinâmica do NX 300h é comandada pela gestão da energia disponível para fazer o veículo deslocar-se. E essa gestão é feita por defeito pelo próprio sistema, de modo automático e eficiente, adotando sempre que possível a propulsão exclusivamente elétrica e ativando o motor a gasolina quando necessário. Os diversos modos selecionáveis determinam o tipo de condução (e respetiva aplicação da energia) pretendida em cada situação específica, desde o mais econó-
mico, passando pelo normal, até ao mais desportivo. É óbvio que, assim sendo, a prioridade tem muito mais a ver com economia energética do que propriamente com prestações, capítulo no qual, pese embora a potência combinada dos motores, a suavidade do arranque (9,2 segundos dos 0 aos 100 km/h, valor anunciado) pode começar por surpreender, até pela sensação sonora, acabando por exigir alguma paciência até o binário subir (a que também não será estranha a associação ao conjunto propulsor de uma transmissão automática multimodo de tecnologia de variação contínua e controlada eletronicamente, logo privilegiando a economia), e acima de tudo alguma habituação antes de se “perceber” o tipo de utilização a que o Lexus NX 300h responde melhor – aquele que privilegia o funcionamento do motor elétrico, de modo a poupar combustível e a manter as emissões ao nível mais baixo possível. Ainda quanto ao comportamento dinâmico, entre as várias versões disponíveis a F Sport destaca-se
não apenas pelos elementos estilísticos exteriores e interiores como também por uma afinação da suspensão com uma capacidade de resposta mais desportiva. O condutor tem à sua disposição a seleção das diferentes funcionalidades a partir de uma superfície interativa tipo ‘touch pad’ bem ao alcance da mão direita e que comanda tudo, deste visualizar no ecrã 10,3’’ do sistema de infoentretenimento o fluxo energético instantâneo às funções multimedia, controlo da climatização, sistema de navegação, etc... O preço de entrada na gama é de 51.760€, correspondendo à versão Business 4x2. Mas para se ter um NX 300h pode não ser preciso tudo isso de uma vez, já que, consequência direta – diz a marca – do sucesso da campanha financeira promocional (cujo lema é “a arte de se destacar”) que acompanhou o lançamento deste modelo no nosso país, a Lexus Portugal decidiu-se por estender comercialmente a mesma durante mais um mês... n
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FICHA TÉCNICA Motor Potência Tração Transmissão Suspensão
Consumo Emissões CO2
Híbrido, 2494 cc, 4 cilindros, VVT-i 197 cv (potência total) FWD (dianteira) ou AWD (integral) E-CVT McPherson, molas em espiral (dianteira); Duplo braço triangular (traseira) 5,1 l/100 km 117 g/km
VERSÕES E PREÇOS NX 300h Business FWD NX 300h Executive FWD NX 300h Executive+ FWD NX 300h F Sport AWD NX 300h F Sport+ AWD NX 300h Luxury AWD
51.760€ 57.110€ 59.310€ 65.460€ 71.950€ 71.950€
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mobilidade urbana
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Novo serviço de ‘carsharing’, 100% elétrico
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s novas soluções de mobilidade urbana sucedem-se. Nomeadamente aquelas que têm a ver com o conceito ‘carsharing’, cujo último exemplo a ser proposto na capital portuguesa é o serviço ‘emov’: uma nova proposta de utilização partilhada de veículos automóveis que a partir de 18 de abril irá colocar 150 Citroën modelo C-Zero à disposição dos lisboetas. E que se destaca sobretudo por se tratar do primeiro serviço de ‘carsharing’ em Lisboa que recorre a uma frota composta integralmente por veículos elétricos, apostando assim decididamente na sustentabilidade e no meio ambiente. No lançamento do serviço os carros à disposição são todos Citroën Z-Cero, de 4 lugares e totalmente elétricos, modelo que alia às zero emissões a capacidade de deslocar-se de forma ágil pela cidade e a facilidade de estacionamento, graças às suas dimensões compactas. Lançado inicialmente em Madrid, cidade onde conta já com 160 mil utilizadores, o ‘emov’ é
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uma empresa espanhola nascida da aliança estratégica entre a Eysa e a Free2Move (nova marca de serviços de mobilidade do Grupo PSA). Numa primeira fase, a oferta ‘emov’ proposta em Lisboa contará com uma frota em regime ‘free floating’, o que quer dizer que os utilizadores vão poder aceder a qualquer veículo ‘emov’ estacionado nas ruas de Lisboa através do seu smartphone. Isso porque a app para smartphones é a peça-chave do serviço, permitindo aos utilizadores uma experiência 100% digital... O utilizador não tem de fazer qualquer pagamento até que comece a utilizar o veículo e pode reservá-lo gratuitamente com uma antecedência de 20 minutos. A app permite ainda abrir e fechar as portas do carro, de forma muito ágil. Criar uma experiência de utilização muito simples foi, aliás, a principal prioridade do projeto ‘emov’, dizem os seus promotores. Todo o processo pode assim ser feito no site dedicado ou através da aplicação. A inscrição é gratuita na fase de lançamento. Os utilizadores podem efetuar o seu re-
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gisto em www.emov.pt, bem como através das apps disponíveis para IOS e Android. O processo de registo demora apenas alguns minutos e é validado num período máximo de 24 horas, com os veículos a poderem ser usados a partir de 18 de abril. A cobertura ‘emov’ abrange uma área superior a 39 km2, perímetro dentro do qual os utilizadores vão poder deixar a viatura estacionada em áreas de ‘parking’ reguladas, sem ter que pagar por isso. A área coberta inclui os pontos de excelência do centro da cidade de Lisboa e as zonas de Alvalade, Sete Rios, Avenidas Novas, Estrela, Amoreiras, Graça, entre outros locais, até à beira-Tejo, alargando-se a cobertura da frente ribeirinha às zonas de Alcântara, Belém e Pedrouços (a oeste) bem como ao Parque das Nações (a este). Com destaque também para a ligação direta de e para o Aeroporto Humberto Delgado, com os utilizadores, residentes ou turistas, a poderem iniciar ou finalizar o trajeto nas imediações do aeroporto, numa área dedicada ao serviço ‘emov’. n
REVISTA DE IMPRENSA “Motores diesel limpos e eficientes com os mais modernos sistemas de tratamento de gases de exaustão são essenciais para atingir as exigentes metas futuras de emissões CO2” Volkswagen
“Para nós, a oferta mais racional hoje existente consiste numa combinação entre motor de combustão interna e dispositivos elétricos, soluções que se adaptam à atual situação do mercado e dos métodos de produção de energia. Neste contexto, a nossa determinação vai no sentido de aperfeiçoar o motor de combustão interna” Jeff Guyton Presidente e CEO – Mazda Motor Europe
“Para o ano fiscal 2018 prevemos que a nossa gama elétrica represente 15% do total das vendas da Nissan em Portugal” Antonio Melica Diretor-geral – Nissan Portugal
“Banir os automóveis a gasóleo é um passo que tem de ser obrigatoriamente equacionado para se melhorar a qualidade do ar. Várias cidades ponderam já um futuro próximo com zonas centrais sem emissões (como Londres, Madrid, Paris e Bruxelas), onde só os veículos elétricos serão permitidos, e esse cenário está cada vez mais próximo” ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável
“A Tesla não é uma referência para nós. Tudo aquilo que fazemos tem de ser típico da Porsche” Oliver Blume Presidente da Comissão Executiva – Porsche AG
“Estamos a investir bastante nas tecnologias autónomas para tornar as vidas dos nossos clientes mais seguras e mais fáceis. Diminuir o stress diário de conduzir, como estacionar num lugar com pouco espaço, significa que temos mais tempo para usufruir das características divertidas dos nossos carros” Joerg Schlinkheider Engenheiro-chefe, Condução Automatizada Jaguar Land Rover
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“O nosso futuro é definitivamente elétrico. Com os nossos modelos elétricos e híbridos plug-in, somos já líderes destacados na Europa” Harald Krüger Presidente do Conselho de Administração – BMW AG
“Encaramos a eletrificação de 48volt como uma tecnologia-chave que em termos de maior conforto e economia de combustível oferece um potencial prometedor em todas as classes de veículos e em todos os mercados” José Avila Diretor da Divisão Powertrain – Continental
“Até 2022 a Mercedes-Benz oferecerá pelo menos uma versão eletrificada em cada segmento da sua gama” Dieter Zetsche Presidente do Conselho de Administração Daimler AG
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novos modelos
MITSUBISHI ECLIPSE CROSS Ligando o passado ao futuro... A Mitsubishi volta a oferecer um modelo mais desportivo e individualista com o novo Eclipse Cross, o seu primeiro ‘crossover’ coupé, que faz a ligação entre o uso de novas tecnologias e a experiência da marca japonesa em veículos com apetências todo-o-terreno.
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assaram-se alguns anos desde que a Mitsubishi apresentou o seu último automóvel completamente novo, mas a marca japonesa está de volta com uma proposta interessante, algo que faça os seus fãs sonhar, tal como fez o Lancer Evolution, mas com uma ligação visual às suas participações desportivas no ‘Dakar’. Para isso, recuperou um nome do passado, também ligado à diversão, chamando à sua mais recente criação Eclipse Cross. A ligação desportiva faz-se também com o mo-
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tor. No lançamento, está equipado apenas com uma versão turbo do seu motor 1.5, fazendo a potência saltar para uns interessantes 163 cv, com um consumo anunciado de 6,6 l/100 km para a versão de base com caixa manual de seis velocidades. A versão de topo recorre a uma caixa de variação contínua mas também a tração integral de controlo eletrónico, distribuindo a potência entre as rodas dianteiras e traseiras conforme a necessidade. Tem três modos de condução que podem ser selecionados, Auto, Snow e Gravel, tornando-o interessante para
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experimentar em condições com menor aderência. Enquanto o ASX é uma versão mais citadina e mais confortável, o Eclipse Cross vai estar mais à vontade em estrada, com uma suspensão e direção afinadas para uso desportivo. A variante de quatro rodas motrizes também oferece acelerações mais rápidas. Até ao final do ano, este 1.5 turbo vai ter a companhia do 2.2 diesel encontrado no ASX e Outlander, e uma variante híbrida ‘plug-in’ está prevista para 2019. O Eclipse Cross chega ao mercado com dois níveis de equipamento, o Intense e o Instyle, com preços entre os 29.200 e os 37 mil euros, mas a Mitsubishi oferece uma campanha de lançamento, com descontos entre os 2.500 e os 4.000 euros, em que quase todas as versões ficam abaixo dos 30 mil euros. A exceção é a variante 4WD, que fica nos 33 mil, e que também
tem a desvantagem, única na gama, de ter que pagar classe 2 nas portagens.
Tecnologia para o condutor Derivado do mesmo chassis do ASX e Outlander (tem a mesma distância entre eixos), e com dimensões semelhantes às do ASX, o uso do espaço interior não difere muito deste. A Mitsubishi optou por uma solução de bancos deslizáveis para a traseira do Eclipse Cross, que oferecem um bom espaço para as pernas quando encostados ao máximo para trás. Neste caso, a bagageira vai estar limitada a 341 litros, mas sacrificando o espaço para as pernas esta pode chegar aos 448 litros. O Eclipse Cross está equipado com uma grande variedade de equipamentos que tornam a vida a bordo mais fácil, incluindo um controlo ‘touchpad’ (em estreia na Mitsubishi), junto à alavanca das mudanças, para um comando mais intuitivo do sistema de infoentretenimento. O tablier conta com um ecrã tátil de sete polegadas para visualizar as informações do smartphone sem ter que se retirar os olhos da estrada. E por falar nisso, a marca japonesa também oferece no Eclipse um ecrã ‘head up display’, por cima do painel de instrumentos, que transmite uma grande quantidade de informação relativa à condução, incluindo velocidade, avisos de segurança (‘cruise control’, distância ao carro da frente ou desvio de faixa) e até aviso de porta mal fechada. O equipamento de segurança inclui mitigação de colisões frontais (usando uma câmara e um
A Mitsubishi oferece uma campanha de lançamento, com descontos entre os 2.500 e os 4.000 euros.
laser para calcular o risco de colisão e fazer travagem de emergência, se for necessário), alerta de desvio de faixa (ativo acima dos 65 km/h), deteção de ângulo morto (com alerta de tráfego na retaguarda), ‘cruise control’ adaptativo, faróis máximos automáticos, ajuda ao estacionamento com visualização de 360 graus e travão de estacionamento com ajuda para inclinações. n
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versões e PreÇOs Intense 29.200€ (campanha de lançamento: 26.700€) Intense CVT 33.200€ (campanha de lançamento: 29.400€) Instyle 32.200€ (campanha de lançamento: 29.400€) Instyle 4WD CVT 37.000€ (campanha de lançamento: 33.000€)
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entrevista
ANTÓNIO OLIVEIRA MARTINS Diretor-Geral da LeasePlan Portugal
“Podemos dizer que a procura por motores elétricos e híbridos plug-in tem vindo a aumentar cada vez mais no renting” Uma das principais empresas de renting a nível mundial, com 1.7 milhões de veículos em mais de 30 países, a LeasePlan aposta agora em desempenhar um papel de liderança também na sustentabilidade da sua frota, através da adoção crescente de veículos elétricos e híbridos, e apontando mesmo como objetivo a atingir até 2030 as ‘zero emissões’. Para ficar a conhecer melhor essa aposta, a ‘BlueAuto’ entrevistou António Oliveira Martins, Diretor-Geral da LeasePlan Portugal...
A LeasePlan apresenta-se hoje como um fornecedor de múltiplas soluções de mobilidade. Quer explicar aos nossos leitores as áreas em que atua e os vários tipos de serviço disponibilizados? Com mais de 50 anos de experiência a nível mundial, a missão da LeasePlan é disponibilizar “anycar, anytime, anywhere”, através de soluções de renting, gestão de frotas e venda de veículos usados, quaisquer que sejam as necessidades dos nossos clientes corporate, PME e particulares.Gerimos todo o ciclo de vida dos veículos: desde a negociação e a compra, passando pela manutenção, gestão de sinistros e pneus, até à venda dos automóveis no final do contrato de renting. ‘Liderar a transição de motores de combustão interna para frotas alternativas de propulsão, tendo como objetivo as zero emissões líquidas da frota LeasePlan até 2030’. Esse é o compromisso que a LeasePlan tem vindo a reafirmar. Por outro lado, a empresa assume também
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publicamente que até 2021 irá passar a ter uma frota própria totalmente elétrica. Na prática, e tratando-se de uma empresa gestora de frotas multimarca atuando num mercado ainda largamente dominado por veículos movidos a gasolina/gasóleo, acredita que esses objetivos serão possíveis de concretizar? Sim. À medida que a consciência ambiental aumenta e que a oferta é alargada, as frotas estão a começar a mudar para propulsões alternativas, principalmente veículos elétricos e híbridos plug-in. Para além disso, o TCO (Custo Total de Utilização) deste tipo de veículos está cada vez mais próximo dos tradicionais. Por isso, acreditamos que os veículos elétricos serão a norma dentro de alguns anos, motivo pelo qual estamos empenhados em acelerar esta mudança, através do compromisso que assumimos em alcançar as zero emissões até 2030, apoiando a transição das frotas dos nossos clientes e assegurando a transição da própria frota de colaboradores da LeasePlan para uma frota de veículos elétricos até 2021. De salientar ainda
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que a LeasePlan é também um dos membros fundadores da EV100 – uma iniciativa global que foi concebida para agilizar a adesão a infraestruturas e veículos elétricos (VE). A LeasePlan anunciou recentemente entre os seus destaques estratégicos a aposta clara no mercado europeu do ‘Car-as-aService’ (CaaS) para carros novos.Em que consiste este mercado e que vantagens pode representar para o cliente LeasePlan? Nos últimos anos, tem-se tornado evidente uma progressiva alteração da mentalidade dos consumidores, em que a propriedade do carro está a perder importância em detrimento do conceito de “car-as-a-service”. Isto é, para as novas gerações de consumidores é mais importante utilizar o carro de forma cómoda para assegurar as necessidades de mobilidade, do que propriamente terem as preocupações de serem “donos” de um ativo que se desvaloriza assim que é vendido em novo. Esta ideia encaixa perfeitamente no conceito de renting, pois por uma mensalidade fixa o cliente beneficia da
Nos últimos anos, tem-se tornado evidente uma progressiva alteração da mentalidade dos consumidores, em que a propriedade do carro está a perder importância em detrimento do conceito de “car-as-a-service”.
utilização do automóvel, com todos os serviços incluídos (seguro, manutenção, assistência em viagem…). No renting, a customização do contrato está nas mãos do cliente: a escolha do veículo, a renda pretendida, a duração do contrato, a quilometragem anual e os serviços a incluir. O que fica entregue à empresa de renting é o risco operacional e a carga administrativa da gestão do automóvel. Outra aposta estratégica já anunciada é o lançamento do LeasePlan Digital, para transformar a empresa – citando – ‘de um negócio analógico para um negócio
totalmente digital, oferecendo serviços digitais a custos digitais’... Quer explicar um pouco mais em detalhe o que isso irá significar, na prática? Na prática, a concretização da nossa visão “any car, anytime, anywhere” só é possível se tirarmos o máximo partido das mais recentes tecnologias, para podermos oferecer um serviço digital, a qualquer hora e em qualquer lugar, a um custo mais baixo. Este é o principal motivo que está na origem do lançamento do programa LeasePlan Digital. Entre as principais prioridades deste programa destacam-se a melhoria do envolvimento digital com os nossos clientes
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e a construção de uma plataforma digital para o mercado de usados (CarNext.com). Também vamos tirar partido das tecnologias para automatizar processos e reduzir custos, utilizando a aprendizagem automática, inteligência artificial e robótica. Acreditamos que um modelo de negócios totalmente digitalizado colocará a LeasePlan numa excelente posição para encarar o futuro com otimismo. ‘O panorama da mobilidade está em processo de disrupção e por essa razão é necessário um esforço conjunto cada vez maior por parte dos governos e da indústria automóvel’.
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entrevista
A frase é sua e foi proferida na conferência ‘Rumo às Zero Emissões em 2030’, promovida recentemente em Lisboa pela LeasePlan. No seu entender, governos e indústria automóvel estarão já a fazer todo o esforço necessário para acompanhar esse processo? Tanto os governos como a indústria automóvel têm dado um importante contributo no processo de transição para a mobilidade elétrica. Entre as várias medidas lançadas pelos governos, destacamos os incentivos fiscais à aquisição de veículos elétricos e o apoio à criação de infraestruturas de carregamento. Por seu lado, as marcas automóveis estão a desenvolver carros com cada vez mais autonomia e com economias de escala que se traduzem em preços mais competitivos, por forma a dar resposta à procura do mercado. E o consumidor final, acha que ele está motivado para essa mudança de paradigma na mobilidade? Sobretudo se pensarmos que, tal como indicam as conclusões de um estudo que a própria LeasePlan citou aquando do evento acima referido, os europeus ainda não estão completamente prontos para mudar para veículos elétricos? Sim, sobretudo nas novas gerações de consumidores em que as preocupações ambientais assumem uma importância cada vez maior. Prova disso é o facto das vendas de veículos 100% elétricos ter duplicado em 2017. No entanto, para que os veículos elétricos possam ser a norma para os particulares, teremos de ver mais opções disponíveis de veículos, juntamente com um crescimento alargado dos postos de carregamento, que ainda não são suficientes para satisfazer as necessidades dos particulares. Tomando como exemplo o mercado português (aquele que, naturalmente, mais nos interessa), será que o consumidor está, já hoje, preparado para deixar de querer ser proprietário de um veículo automóvel e passar a ser ‘apenas’ utilizador (conceito que começa a aparecer cada vez mais como tendência e no qual a LeasePlan afirma querer também liderar)? Sem dúvida e a prova disso é o facto da própria modalidade de renting automóvel estar a conquistar cada vez mais portugueses, não só na consolidação dos atuais contratos como na realização de novos.Estimativas da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF), relativas ao ano de 2017, apontam para a gestão de uma frota automóvel de 106.734 viaturas. Este valor representa um crescimento de 7,3%, quando equiparado às 99.510 viaturas de 2016. É expectável, por isso, que a tendência da conversão do leasing e da compra
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Podemos dizer que a procura por motores elétricos e híbridos plug-in tem vindo a aumentar cada vez mais no renting, ainda que de forma gradual, pois o foco das empresas na sustentabilidade é cada vez maior, embora as preocupações económicas sejam sempre decisivas. Podemos seguramente afirmar que a quota do renting nas vendas de veículos elétricos e híbridos plug-in é muito significativa.
Sinceramente acredito que a quota dos elétricos será maior por dois grandes motivos: a descida do custo desses veículos e a evolução das infraestruturas necessárias.
direta em opções de rentingcontinue a crescer em 2018, sobretudo nos segmentos das PME e particulares. Nota diferença nessa motivação e preparação entre um cliente individual e um empresarial? Isto é, há diferença entre um cliente LeasePlan individual e um cliente empresa na maneira como encaram, já hoje, essa mudança de paradigma na mobilidade automóvel e de conceitos como esse da mudança da propriedade para a utilização? Acredito que ambos os públicos, particulares e empresas, partilham das mesmas motivações, embora estejam em estágios diferentes de maturidade do produto de renting. Enquanto que as grandes empresas há muito que conhecem, por experiência própria, as vantagens do renting, o segmento das PME e particulares é mais recente nesta modalidade, mas também para estes as vantagens do renting são já uma realidade comprovada: mobilidade a custo fixo, cómodo e sem riscos operacionais associados. Como avalia, globalmente, o panorama atual da mobilidade elétrica em Portugal?
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E, já agora, o movimento agora em crescimento a nível internacional, nomeadamente europeu, que parece indicar estar-se a caminhar no sentido da interdição ou pelo menos da discriminação dos motores a diesel? Para nós na LeasePlan, o caminho é muito claro no que respeita ao futuro do desenvolvimento dos motores: há uma clara tendência de transição dos motores de combustão interna para os motores alternativos, nomeadamente os veículos elétricos. Por este motivo, assumimos o compromisso de liderar este processo de transição e pretendemos atingir as zero emissões da nossa frota total até 2030. Com isto esperamos igualmente que a transição para os veículos elétricos seja uma fonte lucrativa de crescimento para o nosso negócio. Que impacto real, por um lado para o consumidor e por outro para a LeasePlan, estima possa ter essa desvalorização num mercado como o nacional, no qual as motorizações a diesel eram até aqui tradicionalmente dominantes e as mais apelativas? A frota da LeasePlan renova-se a cada 3/4 anos – o período normal de um contrato de renting –, o que significa que os nossos clientes dispõem de uma oferta de veículos muito recentes e, por isso, não estão abrangidos pelas eventuais restrições legislativas. Acredita que a mudança para frotas automóveis elétricas possa ser em breve, mais do que ambição declarada de uma empresa comprometida com a mobilidade sustentável e que quer liderar pelo exemplo, um verdadeiro desígnio coletivo? Sinceramente acredito que a quota dos elétricos será maior por dois grandes motivos: a descida do custo desses veículos e a evolução das infraestruturas necessárias. De acordo com um estudo e notícias recentes da Bloomberg, os veículos elétricos vão tornar-se numa opção mais económica a partir de 2025, devido à continuada descida do preço das baterias. Para este incremento creio que também terá influencia a maior consciencialização ambiental, tanto dos particulares como das empresas e dos governos, que cada vez mais promovem soluções de mobilidade alternativas. n
apresentação
volvo v60
Crescimento em vários sentidos Um dos ex-libris da Volvo é a carrinha V60, herdeira de uma tradição com mais de meio século, e que volta a crescer, em vários atributos – incluindo em espaço, segurança e ecologia –, com a nova geração, que já está disponível para encomenda.
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carrinha Volvo V60 era um dos modelos mais antigos da marca sueca ainda no mercado, com uma longevidade admirável, mas já começava a chegar a hora de uma profunda renovação. Agora, a nova geração foi finalmente apresentada no recente Salão de Genebra, e o importador da Volvo em Portugal está ansioso por mostrar o seu novo produto, que já está disponível para encomenda, chegando aos stands em junho e com entrega das primeiras unidades aos clientes prevista para setembro. A nova V60 vem ocupar não só o lugar da sua antecessora como automóvel familiar com apetência desportiva, mas também preencher o vazio deixado pelo desaparecimento da mais tradicional V70. Por isso, esta nova geração cresce em comprimento em 128 mm, o que lhe permite oferecer uma bagageira com 529 litros de capacidade, quase 100 litros a mais que o modelo anterior. Em termos de equipa-
mento, surge o novo sistema de infoentretenimento ‘Sensus’, mais intuitivo no que diz respeito ao sistema de navegação, com ligação para smartphones Apple e Android e sistemas de som de alta fidelidade disponíveis, tanto da Harman Kardon como da Bowers & Wilkins. O sistema ‘Volvo On Call’ também vai estar disponível na V60, permitindo uma maior integração entre carro e smartphone, controlando vários elementos, como o sistema de navegação e o ar condicionado por controlo remoto, mesmo com o carro desligado.
No lançamento, vão estar disponíveis os motores diesel D3 e D4, com 150 e 190 cv respetivamente, mas antes do final do ano a Volvo também vai disponibilizar as versões T6 e T8, ambas com motor 2.0 turbo híbrido ‘plug-in’, e níveis diferentes de potência total. A V60 vai ter três níveis de equipamento, o acessível Kinetic, o desportivo Momentum e o luxuoso Inscription. Em termos de equipamento de segurança, recebe uma estreia mundial: mitigação de colisão frontal, ativando a travagem de emergência e preparando os cintos para o impacto. Os preços começam nos 43.500 euros para as versões diesel e nos 57 mil para os híbridos, mas a marca vai oferecer soluções para empresas que colocam o preço final abaixo dos 35 mil euros para os diesel e abaixo dos 50 mil para os híbridos. n
VERSÕES E PREÇOS D3 Kinetic D4 Momentum T6 Momentum T8 AWD
43.500€ 48.760€ 57.000€ 59.900€ (est.)
Vão estar disponíveis os motores diesel D3 e D4, mas antes do final do ano a Volvo também vai disponibilizar as versões T6 e T8, ambas com motor 2.0 turbo híbrido ‘plug-in’.
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novos modelos
audi a6
Difusão tecnológica A Audi continua a fazer a renovação da sua gama mais tradicional de cima para baixo, mostrando a nova geração do A6 depois da chegada do A8 e A7. Tal como os modelos mais luxuosos da gama, o novo A6 aposta em novas tecnologias que facilitam a vida a bordo e reduzem as emissões poluentes, sem ser necessário sacrificar o luxo.
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ão faltam muitos anos para os automóveis se tornarem completamente elétricos e autónomos. Até lá, as marcas vão ter que se adaptar a novas necessidades dos proprietários, que passam por deixar a condução para segundo plano e concentrarem-se mais numa nova relação entre veículo e passageiro. Mesmo o “passageiro” ao volante. E é isso mesmo que a Audi continua a fazer, tendo já mostrado isso no A8 e no A7. Para o condutor, o operador do sistema de informação e entretenimento ‘MMI Touch Response’ é a peça central do habitáculo. A Audi tem vindo a reconstruir os menus do ecrã tátil, de modo a tornar a sua utilização mais in-
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tuitiva, mas também oferece uma quantidade elevada de elementos personalizados. Claro que não é preciso mexer em todos, mas pode modificar até 400 parâmetros, basicamente permitindo ao condutor adequar o carro às suas necessidades pessoais. Antecipando a possibilidade de uso por muitas pessoas, o MMI permite guardar sete configurações diferentes. Há também algum cuidado com a comunicação entre condutor e carro. Embora o silêncio dentro do habitáculo sempre tenha sido sinal de conforto, o sistema vai emitir sons para confirmar o sucesso de operações, transmitindo ao condutor que tudo está a correr no carro como previsto. O sistema de navegação ‘MMI
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Depois do A8 e do A7, também o A6 passa a estar disponível com a tecnologia conhecida como ‘mild hybrid’, com a tradicional bateria de 12 V substituída por uma bateria de iões de lítio, que gera energia suficiente para ajudar o motor nos arranques e acelerações. Navigation Plus’ com ecrã de 10,1 polegadas, recomendação de rota de acordo com as necessidades do condutor (usando um algoritmo para aprender os caminhos), seis atualizações de mapas e ‘Audi Connect’ com vários serviços de informação estão disponíveis como opcionais. Sistemas de assistência de condução como o ‘Parking Pilot’ e ‘Garage Pilot’ facilitam as manobras de estacionamento, tanto no exterior como dentro de edifícios, onde as manobras são mais difíceis. Estes sistemas estão disponíveis integrados em três pacotes opcionais de assistências à condução, que ajudam o condutor em termos de segurança e economia de combustível. Depois do A8 e do A7, também o A6 passa a estar disponível com a tecnologia conhecida como ‘mild hybrid’, com a tradicional bateria de 12 V substituída por uma bateria de iões de lítio, que gera energia suficiente para ajudar o motor nos arranques e acelerações, contribuindo para uma redução dos consumos de até 0,7 l/100 km. Neste caso, a bateria de 48
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V oferece até 12 kW adicionais, desligando o motor quando se tira o pedal do acelerador, a partir dos 55 km/h, ou permitindo circular no trânsito urbano só com o ‘start-stop’ a velocidades inferiores a 22 km/h. O Audi A6 vai ser lançado no mercado europeu em junho com um motor 3.0 TFSI de 340 cv (versão 55 TFSI, com a nova nomenclatura da marca) e um 3.0 TDI de 286 cv (50 TDI), em que as diferenças de consumos já não são substanciais (7,1, contra 5,8 de média anunciada). Tração às quatro rodas e uma caixa automática de oito velocidades fazem parte do equipamento de série. Para facilitar as manobras e auxiliar a estabilidade em estrada aberta, a Audi introduziu no chassis quatro rodas direcionais, com as rodas traseiras a rodarem até cinco graus. Esta direção trabalha em conjunto com a suspensão, com os amortecedores a ficarem progressivamente mais duros quanto mais o volante é virado, e tornando-se mais confortáveis em linha reta. n
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novos modelos
TOYOTA AURIS Híbrido a dobrar
Um automóvel japonês feito à medida do público europeu, o Toyota Auris vai ter uma nova geração, que fez a sua estreia mundial recentemente, no Salão de Genebra, e que vai ser o primeiro modelo familiar equipado com duas versões híbridas com conjuntos motores distintos, incluindo utilização desportiva.
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novação e híbridos são duas palavras que combinam na Toyota. A marca japonesa já tem mais de 20 anos de experiência em adaptar este tipo de motorização aos seus automóveis, começando com o Prius, um modelo feito especificamente para divulgar a tecnologia, e depois estendendo estas motorizações à sua gama de veículos “normais”. O Auris tem uma versão híbrida na sua gama desde 2010, e agora vai inovar na Toyota com a sua nova geração, que vai ser o primeiro automóvel da marca japonesa a ter duas versões híbridas ao mesmo tempo. A Toyota já quer antecipar o futuro com a nova geração do Auris. Ao contrário do que acontece com a gama atual, apenas as versões de entrada vão ter um motor convencional, com o 1.2 turbo de 115 cv a servir como modelo mais acessível, desaparecendo os motores atmosféricos a gasolina e o diesel, a perder popularidade junto dos construtores e da legislação
anti-poluição, ainda que o público continue a responder favoravelmente. Mas os consumos dos diesel podem ser atingidos facilmente com motores híbridos, razão porque a Toyota vai apostar forte nestes motores, não como alternativa, mas como peça central da gama. O primeiro motor já é conhecido, é a tradicional combinação do 1.8 com um motor elétrico, que na geração anterior debitava 136 cv, mas que agora cai para 122 cv com o uso de baterias mais compactas, ficando, no entanto, com um funcionamento mais suave e um melhor aproveitamento da energia elétrica em trânsito citadino. Este motor é utilizado nesta especificação mais recente na atual geração do Prius (um carro que fica cada vez mais redundante na Toyota, à medida que os motores híbridos se tornam omnipresentes nas gamas ditas “normais”) e no SUV urbano C-HR. O outro motor vai ser uma unidade completamente nova, com um motor 2.0 como base, e uma potência máxima
Ambos os motores são híbridos ‘plug-in’, que deverão circular normalmente em trânsito urbano só com potência elétrica.
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anunciada de 180 cv, antevendo-se que possa ter alguma utilização mais desportiva. Ambos os motores são híbridos ‘plug-in’, que deverão circular normalmente em trânsito urbano só com potência elétrica, com os motores de combustão desligados em metade do tempo normal de utilização.
Conforto total A adoção da plataforma TNGA, a mesma encontrada no C-HR, permite antever que o Auris vai ficar mais interessante de conduzir, graças à nova suspensão traseira multibraços, mas também a uma redução do centro de gravidade e
uma melhoria da estabilidade em curva, já que o carro japonês vai ser 47 mm mais baixo e 30 mm mais largo e ainda vai dispor de uma distância entre eixos ampliada. O chassis também vai ser mais rígido, pelo que estamos curiosos para experimentar os limites da capacidade deste futuro Auris. Este crescimento das cotas não serve apenas para beneficiar o comportamento dinâmico. O Auris fica 40 mm mais comprido que o anterior, com 4,37 metros, pelo que, em conjunto com o aumento da distância entre eixos para 2,64 metros e uma maior aproximação do eixo dianteiro aos cantos da carroçaria, espera-se um
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aumento considerável do conforto, nomeadamente no que diz respeito ao espaço para as pernas e para os ombros dos passageiros do banco traseiro. Em termos de equipamentos, ainda não foi revelado muito. A Toyota promete para o novo Auris um reforço da segurança ativa e passiva, novos grupos ópticos com faróis em LED nas luzes dianteiras diurnas e nos faróis traseiros, esperando-se também os mesmos equipamentos de segurança do C-HR, como assistência ao parqueamento, detetor de ângulo morto e de aproximação de veículo, e um sistema de infoentretenimento fácil de utilizar. n
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ao volante
SMART FORTWO CABRIO ELECTRIC DRIVE Eletricidade ao ar... Como automóvel de passeio, um descapotável é sempre uma extravagância. E como é que se pode justificar, quando se procura ter uma consciência ecológica, gastar combustível só para dar um passeio ao sol? Mas existem alternativas, como a versão elétrica do Smart Cabrio, o descapotável elétrico mais barato do mercado.
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té há pouco tempo, o Smart Cabrio era o único automóvel no mercado equipado com motor elétrico onde era possível tirar a capota. Agora já existe outra opção, mas é bem mais cara, pelo que a versão ED do Smart descapotável continua a ser o carro mais acessível para aproveitar o sol do verão e andar com os cabelos ao vento, sem fazer poluição.
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Ter um descapotável está longe de ser politicamente correto, quando se fala na necessidade de reduzir as emissões de gases de estufa em todo o mundo, pois este tipo de automóveis serve essencialmente para passear e poucos são os que os usam como veículo do dia a dia. E a preocupação dos construtores tem estado focada na democratização das baterias e dos motores elétricos, para mostrar que este géne-
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ao volante
Apesar da tentação de querer andar mais depressa, é preferível escolher o modo de condução ‘Eco’ numa utilização diária e apenas desligá-lo ocasionalmente, para facilitar o controlo do consumo energético.
ro de veículos são práticos e que são uma alternativa aos motores a gasolina e diesel, podendo ser usados como transporte familiar e para circular na cidade em lazer e trabalho. Desportivos e descapotáveis com motores elétricos têm sido em número bem menor. Antes do Smart, apenas o Tesla Roadster tinha sido lançado no mercado, com distribuição bem limitada, que nunca chegou a Portugal. O carro americano vai ter uma nova geração em 2020. Mais recentemente, a BMW lançou a variante roadster do i8, que já está disponível no catálogo do importador nacional e promete performances mais desportivas. De todas as alternativas, apenas o Smart Cabrio ED tem um preço mais ou menos acessível. Um carro como um Smart Cabrio deverá servir essencialmente como um segundo carro, para um segmento populacional que não terá problemas em pagar os 26.050 euros da versão ED. É que, apesar de ser mais barato que o seu concorrente mais próximo, a variante elétrica do Cabrio é ligeiramente mais cara que o modelo de quatro lugares. Não será, portanto, uma compra completamente racional, ainda que a ausência de emissões de gases poluentes e de ruído sejam pontos importantes a salientar. Em termos práticos, o Smart de dois lugares é sempre uma proposta “egoísta”, suficiente para uma pessoa fazer as suas deslocações diárias e ocasionalmente dar boleia a um amigo. Como não é um descapotável tradicional, mantendo o pilar traseiro e apenas substituindo o tejadilho rígido por uma capota de lona retrátil, não perde muito em termos de rigidez, conforto e isolamento sonoro. Também o comportamento é quase uma réplica da versão convencional, mais ágil na cidade que fora dela.
Bom para passeios rápidos Se existe algum problema em usar um descapotável elétrico, é o mesmo que muitos automóveis elétricos têm... Quem quiser ter a versão elétrica vai pagar quase o dobro do modelo de base, que custa pouco mais de 13 mil euros, um investimento que é fácil de recuperar logo de início, graças aos custos reduzidos da energia elétrica quando comparados com o preço da gasolina. Infelizmente, devido às dimensões do Smart, a bateria de 17,6 kWh não acumula uma carga muito grande. Se andar primariamente na cidade e nunca andar muito longe de casa, vai ser simples ir dar um passeio e voltar, mas vai ter dificuldades se quiser uma viagem de mais de 50 km e não souber onde vai conseguir encontrar postos de carregamento público da Mobi.e no seu destino. Até que o Smart Cabrio ED tenha uma bateria de maior capacidade, para poder fazer mais de 100 km com segurança, vai ter que manter-se sempre próximo de estradas que lhe sejam familiares. Dependendo do tipo de estrada e da
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FICHA TÉCNICA Motor elétrico
Autonomia Consumo
82 cv, bateria de iões de lítio, 17,6 kWh Traseira, caixa de variação contínua McPherson à frente, eixo rígido atrás 155 km 13 kWh
PREÇO
26.050€
Tração Suspensão
velocidade atingida, é possível fazer consumos melhores que os 13 kWh anunciados por cada 100 km percorridos. O ideal é andar numa zona plana, pois se andar numa cidade como Lisboa, cheia de colinas, subidas e descidas, este vai ficar mais próximo dos 14,5 kWh, e o recarregamento em travagem nunca será uma reserva suficiente. Em termos de performance, o Smart elétrico não deixa nada a desejar em comparação com o motor a gasolina das versões. O motor do modelo elétrico debita 60 kW (82 cv), menos do que a mais potente variante de 90 cv das versões a gasolina (ou que os 109 cv da versão
Brabus), mas sente-se logo que há uma aceleração mais rápida graças ao binário instantâneo, que é normal em automóveis elétricos. Apesar da tentação de querer andar mais depressa, é preferível escolher o modo de condução ‘Eco’ numa utilização diária e apenas desligá-lo ocasionalmente, para facilitar o controlo do consumo energético. Se a razão porque não tem um descapotável é
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devido a alguma preocupação com a poluição, o Smart Cabrio ED vai acabar com essa preocupação. Como nunca é uma compra completamente racional, pode sempre optar por alguns opcionais, como acabamentos decorativos da Brabus, que deixam o carro visualmente ainda mais apelativo. n
Paulo Manuel Costa (texto)
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novos modelos
NOVO FORD FOCUS Um degrau acima...
Mudar o Focus é uma aposta arriscada para a Ford, tendo em conta a popularidade contínua do seu modelo. Mas a nova geração promete ser uma renovação profunda em comparação com o modelo anterior, com motores mais ecológicos e uma maior preocupação na integração entre automóvel e condutor.
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ão é costume uma marca automóvel deitar quase tudo fora e começar de novo quando vai fazer um automóvel novo. Mas isso era necessário para a Ford ao criar o novo Focus, que vai chegar ao mercado ainda este ano. O segmento dos familiares poderá sofrer grandes mudanças num futuro próximo, com a chegada de novas formas de utilizar um carro, e isso implica que muitos aspetos têm que ser repensados. Neste caso, a Ford dotou o novo Focus de várias tecnologias de assistência à condução, ao mesmo tempo que melhorou o acesso à informação e entretenimento, reforçando o comportamento desportivo habitual do carro com um visual igualmente desportivo. O Ford Focus cresce em tamanho, beneficiando de um aumento da distância entre eixos de 53 mm, suficiente para melhorar o espaço interno mas também para montar jantes de maiores dimensões. O condutor passa a contar com uma série de novidades no campo tecnológico, que não só disponibilizam infor-
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mação mais facilmente como também tornam a condução mais segura. É o caso do ‘cruise control’ adaptativo integrado com reconhecimento de sinais e manutenção de faixa, faróis dianteiros adaptativos com função de curva, ‘head up display’ com campo de visão alargado e melhor iluminação, assistência de estacionamento e travagem pós-colisão. Como é habitual, o Ford Focus vai estar disponível no mercado com as carroçarias ‘hatchback’ e carrinha (SW), com uma berlina de três volumes para certos países. Além dos habituais níveis de equipamento Trend, Ambiente e Titanium, o novo Focus também vai ter outras versões especiais com designs e acabamentos específicos: o Focus Active (aventureiro), Focus ST-Line (desportivo) e Focus Vignale (luxuoso). Entre o equipamento disponível, destaca-se a introdução do ‘Ford PassConnect’, que transforma o Focus num ‘hotspot’ WiFi, com o aplicativo de smartphone a permitir-lhe localizar o veículo num parque de estacionamento público, ligar o motor à distância, verificar o estado
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do veículo em áreas de manutenção e chamar automaticamente serviços de emergência com o ‘eCall’. Se o Focus já tinha alguma apetência por um comportamento dinâmico capaz de permitir uma exploração dos limites, a nova geração fica ainda melhor neste aspeto, com a introdução de uma suspensão de triângulos duplos sobrepostos nas versões de topo, mais adequada para manter o carro estável em curvas de alta velocidade. Beneficia também de um controlo de amortecimento, adequando a dureza dos amortecedores ao estilo de condução. A travagem também foi revista, ganhando um novo sistema de controlo eletrónico que ajuda a reduzir as distâncias de travagem em um metro até 100 km/h. A gama de motores parece familiar, mas existem pequenas modificações que os tornam mais ecológicos, com recurso à tecnologia de desativação de cilindros nos motores a gasolina e uma recirculação mais eficiente dos gases de escape a baixa pressão nos propulsores
O Ford Focus cresce em tamanho, beneficiando de um aumento de 53mm da distância entre eixos.
diesel. O motor 1.0 Ecoboost de três cilindros, com turbo e injeção directa, oferece versões de 85, 100 e 125 cv, enquanto o topo de gama 1.5 Ecoboost tem versões de 150 e 182 cv. No campo diesel, o 1.5 EcoBlue disponibiliza variantes de 95 e 120 cv, mas no topo está o 2.0 EcoBlue com 150 cv. Todas têm caixa manual de seis velocidades de série, com uma nova transmissão automática de oito velocidades como opcional em todos os motores a partir de 120 cv, garantindo uma redução de 10 por cento nos consumos em comparação com a caixa automática antiga. n
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VOLKSWAGEN TOUAREG
Abraçando o condutor Como modelo de luxo da Volkswagen, o novo Touareg foi revelado na China, país que começa a determinar para o resto do mundo o que significa ser topo de gama. Neste caso, o SUV acrescenta conetividade, sistemas de segurança e, eventualmente uma nova versão híbrida ‘plug-in’.
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mbora fosse o modelo mais exclusivo da marca, o Volkswagen Touareg não era usado para demonstrar as tecnologias mais avançadas à sua disposição. Isso muda com a terceira geração do SUV de luxo da marca alemã, onde a VW aposta no reforço dos equipamentos de segurança passiva e uma nova experiência de condução com um contacto mais directo com as fontes de informação. Também se prepara o regresso da versão híbrida, agora ‘plug-in’, para poder circular em trânsito
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citadino sem ser necessário recorrer ao motor de combustão. O condutor vai ser quem mais beneficia desta infusão tecnológica, com a estreia do novo cockpit ‘Innovision’. Não é a primeira vez que um tablier está virado para o posto de condução, mas nunca houve tanta informação disponível de uma só vez. Primeiro, o Touareg passa a estar equipado com o cockpit digital de 12 polegadas, que já é comum em vários automóveis do Grupo VW, substituindo o tradicional painel de
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instrumentos analógico. Este trabalha em conjunto com o ‘Innovision’, um sistema bastante completo de infoentretenimento, que também permite afinar elementos relativos ao conforto e comportamento do automóvel, além de incluir a habitual ligação para o smartphone e sistema de navegação. Na versão de topo, este ecrã montado no tablier tem nada menos que 15 polegadas de largura, e efetivamente permite ao condutor personalizar todas as funções importantes do Touareg.
Uma versão híbrida ‘plug-in’ deverá chegar ao mercado europeu, embora ainda não tenha data prevista de lançamento. No que diz respeito à segurança passiva, o VW Touareg passa a contar com vários sistemas que reduzem as preocupações do condutor na estrada, auxiliando a tarefa de condução em várias manobras e situações de trânsito. O sistema ‘Night Vision’ permite-lhe detetar a presença de pessoas e animais na estrada via uma câmara com visão térmica, mesmo quando o condutor não os consegue ver. O auxiliar de manutenção de faixa não só trabalha na direção para manter o carro direito na faixa de rodagem, como também influencia a travagem
e aceleração a velocidades até 60 km/h. Também foram disponibilizados detetor de trânsito cruzado (na dianteira), quatro rodas direcionais (para melhor agilidade em manobras na cidade), barras estabilizadores da suspensão com controlo eletromecânico, ‘head up display’ e faróis LED matrix inteligentes. A preocupação da marca com o conforto dos ocupantes e com a redução dos consumos levou a VW a criar uma carroçaria que é 106 kg mais leve que na geração anterior (através de uma combinação de alumínio e aço de alta re-
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sistência), mesmo com o crescimento do carro, que é ligeiramente mais comprido e mais largo que o antecessor, embora mantenha proporções semelhantes. Ganha, no entanto, um aspeto mais desportivo, visível na linha de cintura e beneficiando da nova grelha dianteira estreada no Arteon. Para a vida a bordo, o principal destaque vai para a bagageira, cuja capacidade de carga sobe dos 697 para os 810 litros, com a terceira fila de bancos rebatida. Para este segmento, a VW continua a recorrer a motores diesel mais tradicionais, mas o 3.0 V6 TDI foi revisto, passando a debitar 231 ou 286 cv, conforme as versões, enquanto a redução de peso deixa antever também uma redução dos consumos. Uma versão a gasolina, também com um 3.0 V6, deverá ter 340 cv de potência, enquanto o topo de gama será um V8 TDI com 421 cv, para as variantes mais luxuosas. Inicialmente pensada para a China, uma versão híbrida ‘plug-in’ deverá chegar igualmente ao mercado europeu, embora ainda não tenha data prevista de lançamento. A potência total do conjunto será de 367 cv, e a bateria será recarregável na rede doméstica, permitindo-lhe percorrer algumas distâncias apenas com o motor elétrico. n
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dossier
a história dos veículos eléctricos
Os automóveis eléctricos no século xx Dois dos maiores nomes da indústria e do desenvolvimento tecnológico dos Estados Unidos, Thomas Edison e Henry Ford, estiveram ligados de forma indirecta no contexto estrito dos automóveis eléctricos. Na verdade, por razões puramente acidentais, Edison interessou-se, a dado trecho da sua vida, pela optimização das baterias destinadas à indústria automóvel e Ford escolheria um dos automóveis eléctricos equipados com as baterias de Edison para que a sua mulher se pudesse deslocar na cidade. Ford achou que a sua esposa estaria mais à vontade a conduzir um Detroit Electric em vez do Ford T com que massificava o trânsito norte-americano.
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(2ª parte)
A ASSOCIAÇÃO IMPROVÁVEL ENTRE FORD E EDISON
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m 1898 foi criada uma marca americana de veículos eléctricos, fundada por Walter C. Baker e Frank White. Começaram por produzir um pequeno “buggy” com apenas dois lugares e o segundo cliente deste novo construtor foi um senhor chamado Thomas Edison. Edison, até então, não conduzia qualquer tipo de veículo, mas deixou-se seduzir por este novo instrumento de mobilidade, adquirido com o objectivo de se deslocar entre a sua casa e o “laboratório de ideias” onde ele e a sua equipa se dedicavam a inventar sistemas e dispositivos que pudessem ser adaptados à indústria em larga escala. A electricidade era um campo emergente que atraía a sua atenção. As constantes deslocações no seu pequeno Baker devem-no ter levado a descobrir rapidamente que a autonomia não era um dos pontos fortes deste tipo de automóveis. Estudos e experiências recorrentes levaram Edison a desenvolver uma nova bateria, em que os elementos metálicos eram constituídos por placas de níquel e de ferro. O desafio para o investigador era assim imenso e Edison mergulhou neste problema começando literalmente por uma folha em branco: alterou materiais e, sobretudo, estudou e modificou novas substâncias para o electrólito até estabilizar na utilização de um composto não corrosivo, o hidróxido de potássio. Desenvolveu também novas tecnologias
Thomas Edison exibindo orgulhosamente a sua nova bateria, estudada especialmente para os veículos eléctricos.
de forma a garantir a ausência de fugas. Ao fim de quatro anos tinha uma bateria nova, e muito prometedora sob o ponto de vista teórico pois a sua eficiência era agora o dobro da então utilizada com uma solução ácida, com um peso de 237 kg por cada cv.hora. Contudo, os primeiros indicadores não passaram de uma ilusão. A tensão gerada pela nova bateria era de apenas 1,2 V – enquanto a antiga dispunha facilmente de 1,5 V –, pelo que era necessário agrupar mais baterias para obter maior potencial de corrente eléctrica. O reputado inventor venderia o seu conceito de bateria à Detroit Electric que, na primeira década do século XX, ganhou supremacia no contexto dos automóveis eléctricos no mercado americano. O construtor Detroit Electric pertencia à empresa Andersson Carriage Manufacturing, um grande produtor de veículos hipomóveis que, em certo momento, decidiu avançar para a produção em série de automóveis eléctricos. Edison acertou com a Detroit Electric a cedência dos direitos de fabrico das suas baterias e recebeu um automóvel para as suas deslocações, seguramente cedido no âmbito do contrato estabelecido entre ambas as partes, o qual estaria destinado a receber todos os melhoramentos que o genial inventor entendesse implementar. Porém, e embora as baterias de Edison tivessem melhorado ao longo dos tempos, com sucessivas modificações na composição química dos
DAS CARRUAGENS AOS VEÍCULOS ELÉCTRICOS
Uma importante mudança de paradigma Na viragem do século, a Andersson Carriage Manufacturing era uma das maiores empresas de construção de carruagens e de veículos hipomóveis, produzindo qualquer coisa como 15.000 unidades/ano. Era um negócio seguro e consistente, com uma procura que mantinha, apesar de tudo, níveis elevados, capazes de garantirem a rendibilidade da produção. Porém, a crescente popularidade dos novos automóveis começou a afectar directamente o negócio da empresa e os accionistas entenderam que, sem perderem o mercado dos veículos hipomóveis, cujos canais de distribuição conheciam como poucos, e mostrando uma clara adaptação aos tempos modernos, valeria a pena recondicionar parte da capacidade instalada da sua fábrica de Detroit para passar a produzir os famosos Detroit Electric. Sob o ponto de vista técnico, as diferenças eram poucas: tanto o chassis como as suspensões e os travões eram semelhantes, sendo apenas necessário estudar um mecanismo de direcção que se integrasse nessa estrutura já conhecida. Até ao nível das carroçarias não havia necessidade de grandes alterações, bastando adaptar o que já nessa altura se produzia, reconhecido no mercado americano pela sua qualidade. Rapidamente, a Detroit Electric alcançou um exemplar nível de popularidade, traduzido na sua importante carteira de clientes, entre os quais se contavam Thomas Edison e também um senhor chamado Henry Ford.
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dossier Ainda nos tempos do “buggy” Baker, Edison introduziu vários melhoramentos nas baterias.
elementos ferrosos e na solução alcalina utilizada, continuavam, apesar de tudo, a apresentar um custo mais elevado e algumas ineficiências no momento da carga. A Detroit Electric chegou a produzir 1.000 veículos eléctricos por ano e o seu modelo 60, um dos mais avançados do seu catálogo, estava equipado com um motor eléctrico de 8 cv e dois conjuntos de quatro baterias proporcionando uma capacidade instalada de 180 Ah, os quais lhe permitiam obter uma velocidade máxima de 30 km/h e uma autonomia de 110 km. Edison acreditava genuinamente que a sua invenção de uma nova bateria destinada aos automóveis eléctricos poderia constituir um ponto de clivagem na queda das vendas dos veículos com esse tipo de motorização. Na realidade, nessa altura os “eléctricos” tinham ainda uma quota de popularidade relativamente forte no mercado americano, e na transição do século XIX para o século XX cerca de 90% dos táxis disponíveis em New York tinham motorização eléctrica. Mas as baterias de Edison, apesar dos estudos intensivos e das experiências, continuaram a apresentar problemas de fuga de electrólito. Todas estas dificuldades, a par do incremento de
UM CLIENTE ESPECIAL
Ford e os automóveis eléctricos
Durante alguns anos, Edison associou a sua imagem de inventor à evolução das baterias dos automóveis eléctricos.
eficiência e do baixo custo dos motores de combustão interna, apontavam um único caminho aos automóveis eléctricos: a provável extinção. Mas não foi isso que sucedeu de imediato... n
José Barros Rodrigues (Texto) Editorium (Fotos) texto escrito de acordo com a antiga ortografia
A IMPORTÂNCIA DOS VEÍCULOS COMERCIAIS
Versatilidade e fiabilidade eram os trunfos Uma das mais importantes apostas da Detroit Electric na procura de novos negócios consistiu na produção de veículos de trabalho, destinados aos mais diferentes segmentos. Da polícia aos veículos de distribuição urbana, rapidamente a empresa americana conseguiu incrementar o seu posicionamento. A Andersson conseguiria assim capitalizar o interesse quer das empresas privadas, grandes e pequenas, quer das entidades públicas. A agressiva publicidade da época, até porque se tratava de veículos destinados ao negócio, apostava na racionalização da argumentação invocando redução de custos de manutenção e uma fiabilidade confiável, em todas as condições de utilização. E essa argumentação mostrou-se válida ainda durante uns bons anos, até praticamente ao princípio da década de 1920.
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Henry Ford adquiriu o primeiro automóvel eléctrico em 1908, um Model C Coupé, destinado exclusivamente à sua esposa Clara, confirmando-se a ideia americana de que o automóvel eléctrico era, predominantemente, um produto destinado às mulheres. E não deixa de ser paradigmático que o grande industrial, no preciso ano em que revolucionou a indústria automóvel, com o lançamento do Model T e a implementação do processo de produção em série, tenha adquirido um veículo eléctrico para que a sua mulher e o seu filho se deslocassem na cidade, com conforto e segurança. Uma curiosidade interessante: este Detroit Electric estava equipado com uma cadeira especial de criança destinada ao filho mais velho de Henry, Edsel. Dois anos depois, Ford compraria um novo Detroit Electric, um Model D Brougham, azul-escuro com couro azul no interior.
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Os anúncios dos veículos comerciais eléctricos da Detroit Electric foram extremamente importantes para reforçar o posicionamento da marca nesse difícil segmento de mercado.
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novos modelos
MERCEDES CLASSE C Porta aberta para o futuro Historicamente o modelo mais importante da Mercedes-Benz, o Classe C foi recentemente alvo de uma profunda remodelação, dando o primeiro passo rumo à eletrificação, com novas versões mais ecológicas, além de novos equipamentos de segurança, disponíveis para todas as quatro carroçarias da gama.
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Mercedes tem demonstrado o seu interesse em avançar rapidamente rumo ao futuro, mas entretanto ainda tem alguns modelos atuais com anos pela frente no mercado. É o caso do Classe C, que foi mostrado em março no Salão de Genebra, que ainda não é um modelo completamente novo, mas que sofre uma revolução profunda, que vai chegar ao mercado europeu em julho, com vários novos motores espalhados pelas quatro carroçarias: berlina, station, coupé e cabriolet. Esta remodelação centrou-se primariamente nos novos motores de quatro cilindros, com o antigo 1.6 turbo a gasolina a dar lugar a um novo 1.5 turbo, disponível com 184 cv na versão C 200, com caixa automática 9G-Tronic de série e tração integral 4Matic como opção. Esta versão de base dispõe do que a Mercedes chama ‘EQ Boost’, uma bateria de 48 V
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que fornece 10 kW de potência elétrica adicional no arranque e nas acelerações. Assim, a versão a gasolina tem um consumo médio anunciado de apenas 6 litros aos 100 km, ou 6,2 na carrinha, tornando-se uma alternativa a ter em conta, já que a Mercedes costuma ser mais atrativa na versão diesel. E por falar no diesel, a variante C 220d deixa para trás o antigo motor 2.2 e passa a contar com o mesmo propulsor de 2 litros que já encontramos no Classe E. Apesar de ser mais pequeno, este motor vê a potência subir dos 170 para os 194 cv, com um consumo médio anunciado de 4,4 litros por cada 100 km, ou 4,7 na carrinha, sempre com a caixa 9G-Tronic de série. Embora não tenha um ‘EQ Boost’, a variante C 220 CDI vai ser a base para a criação de uma versão híbrida ‘plug-in’. O motor adicional vai fornecer 90 kW (122 cv) de potência, graças a uma bateria de 13,5 kWh,
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que vai ter energia suficiente para permitir ao Classe C percorrer 50 km só em modo elétrico. Esta versão tem um carregador rápido, com 7,2 kW de capacidade, que permite recarregar completamente a bateria em apenas duas horas. O ‘restyling’ serve como oportunidade para introduzir novos equipamentos, incluindo um novo conceito de visualização de informação, com um ecrã digital de 5,5 polegadas no lugar do painel de instrumentos, que pode ser substituído por um de 12,3 polegadas em opção. Na consola central, é possível escolher entre um ecrã tátil de 7 polegadas e outro de 10,25 com resolução de 1920 pixels. Ambos podem ser ativados com comandos vocais, através do já conhecido sistema ‘Linguatronic’. Passando para a segurança, a Mercedes dotou o Classe C de novos sistemas de assistência à condução, com destaque para o controlo
A versão de base dispõe do que a Mercedes chama ‘EQ Boost’, uma bateria de 48V que fornece 10kW de potência elétrica adicional no arranque e nas acelerações. ativo de distância, que combina informação captada por câmaras e radar com o sistema de navegação para ajustar a velocidade. Também no pacote de assistência de condução, a marca alemã acrescentou assistência de manutenção de faixa e paragem de emergência à função de direção assistida ativa. O Classe C também passa a contar com novos faróis LED multifeixe, que adequam a intensidade da iluminação às condições de trânsito. Enquanto a berlina e a station devem ser os preferidos do público nacional, devido às suas características mais práticas para necessidades empresariais e familiares, o público também poderá optar pelas variantes mais desportivas e individuais das carroçarias coupé e cabriolet. E por falar em versões desportivas, todas as carroçarias podem ser combinadas com a versão AMG E 43, cuja potência sobe dos 367 para os 390 cv no motor V6, que está acoplado a uma caixa de dupla embraiagem e tração integral permanente de série. n
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HÍBRIDO A GÁS NATURAL Sublime na simplicidade Embora tenham vantagens em relação aos combustíveis tradicionais, combustíveis alternativos não estão tão na moda como carros híbridos ou elétricos, mas estas tecnologias podem trabalhar em conjunto, como é demonstrado no Vision X, uma proposta da Skoda para criar um híbrido que combina gás natural comprimido com um motor elétrico.
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longo prazo, o automóvel híbrido é uma situação de recurso. A ideia subjacente sempre foi que a tecnologia de baterias e motores elétricos iria evoluir usando os tradicionais combustíveis fósseis como “muleta” para reduzir os custos junto do público, e que este iria habituarse aos benefícios inerentes aos motores sem emissões e privilegiar o uso desta tecnologia deixando para trás a gasolina e o gasóleo. Entretanto, os carros puramente elétricos ainda são demasiado caros para o público generalista no momento de compra, e mesmo os híbridos ‘plug-in’, que funcionam mais tempo em modo elétrico, continuam a emitir gases de estufa. Mas existem alternativas, como o GPL e o gás natural, que não estão muito divulgadas, mas que conseguem ser um contributo importante para a redução das emissões de dióxido de carbono. No entanto, ninguém tinha ainda tentado combinar esta vertente com um motor elétrico, até a Skoda mostrar esta tecnologia... Foi no recente Salão de Genebra que a marca do Grupo Volkswagen mostrou o Vision X, um SUV urbano que combina um motor elétrico com o já conhecido motor G-TEC, movido a gás natural comprimido (conhecido como TGI na SEAT e VW, ou como g-tron na Audi). A ideia não é assim tão inovadora, mas em termos práticos levanta a típica questão de “porque é que ninguém pensou nisto antes?”... O motor a gás natural é apenas um motor a gasolina que foi preparado para funcionar com aquele combustível, e que necessita de um depósito adicional para este. Neste caso, a Skoda instalou dois, um debaixo do banco traseiro e outro atrás do eixo traseiro. Quanto à potência elétrica, a energia é fornecida por uma bateria de iões de lítio de 48 V, que fornece energia a dois motores, um em cada eixo. Estes geram 70 Nm para auxiliar o motor 1.5 TSI de 130 cv (uma evolução do 1.4 TSI de 125 cv), contribuindo significativamente para uma redução das emissões de dióxido de carbono. O gás natural já emite menos 25 por cento de CO2 que um motor diesel com características semelhantes e, no caso do Vision X, esta combinação garante emissões de apenas 89 g/km. Em termos práticos, as baterias são de pequenas dimensões, pelo que não roubam espaço à capacidade interior do Vision X. Como as rodas traseiras apenas trabalham com o motor traseiro, é possível ter tração às quatro rodas sem ser necessário um veio de transmissão a atravessar todo o comprimento do carro. E como o motor a gás é derivado de um motor a gasolina, esta pode continuar a ser um combustível alternativo, oferecendo ao Vision X uma autonomia potencial de 650 km. Ao contrário da Volkswagen e da Audi, a Skoda ainda não tem modelos híbridos nem elé-
Quanto à potência elétrica, a energia é fornecida por uma bateria de iões de lítio de 48 V, que fornece energia a dois motores, um em cada eixo. Estes geram 70 Nm para auxiliar o motor 1.5 TSI de 130 cv. tricos, mas essa lacuna vai ser preenchida em 2019 com a chegada do Superb híbrido, o primeiro modelo do género na marca checa. Depois disso, a Skoda vai avançar com uma ofensiva de produto que vai ocupar vários segmentos até 2025. E a introdução de uma versão híbrida que usa um combustível alternativo, como o gás natural comprimido, seria
interessante para tornar a Skoda e as outras marcas do Grupo Volkswagen uma alternativa interessante para um automóvel mais ecológico que a maioria dos carros no mercado, sem ser necessário preços elevados de venda ao público nem esperar por benesses fiscais que não beneficiam todos os interessados em ter um carro menos poluente. n
gnc Depósitos de gás natural comprimido
Motor elétrico com transmissão
Gerador de arranque por correia
Depósito de combustível
Baterias de 48V Motor de combustão interna 1.5I G-TEC
Caixa de velocidades
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novos modelos
BENTLEY BENTAYGA Sem peso na consciência... O Bentley Bentayga é um dos automóveis mais pesados do mercado, mas isso não significa que tenha que ter um consumo elevado de combustível. Foi por isso que a marca britânica resolveu criar uma versão equipada com um motor híbrido ‘plug-in’, com consumos semelhantes aos de um carro citadino e a mesma performance de topo.
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ma das características que é mais apontada nos carros da Bentley é que são pesados, e isto é verdade, em muitos casos ultrapassando as duas toneladas em ordem de marcha. Mas o Grupo VW está consciente desta limitação, encontrando soluções para reduzir os consumos sem prejudicar a performance. Mesmo assim, era possível ir ainda mais longe, aproveitando tecnologias que estão a ganhar cada vez mais adeptos entre os construtores. Neste caso, o Bentley Bentayga, o SUV de luxo da marca britânica, ganha uma versão híbrida, que foi revelada ao mundo recentemente, no Salão de Genebra, e que deverá começar a ser vendida na Europa no segundo semestre. O Bentayga Hybrid combina um motor 3.0 V6 turbo a gasolina com uma bateria elétrica recarregável, mas a marca ainda não revelou a potência total do conjunto. O que já revelou foi os valores de emissões de CO2, que são de apenas 75 g/km, ou seja, um carro que potencialmente
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terá 400 cv para mover mais de duas toneladas vai ter um consumo médio algures entre os 3,2 ou 3,3 litros por cada 100 km. A bateria vai ter carga suficiente para percorrer um máximo de 50 km antes de necessitar de ligar o motor a gasolina, mantendo a poluição e ruído no mínimo num ambiente urbano. A própria Bentley quis garantir que o condutor se vai preocupar com a condução em modo elétrico, com o painel de instrumentos digital a mostrar essencialmente informação sobre a bateria quando este está em modo elétrico. Quando o condutor usa a navegação, o próprio carro vai selecionar o modo de condução mais eficiente durante o trajeto – puramente elétrico, híbrido ou puramente a gasolina –, de modo a manter os consumos no mínimo. Através do aplicativo do serviço de conetividade ‘MyBentley3’, pode usar um smartphone para controlar o nível de energia da bateria, incluindo quando esta se encontra em fase de carregamento, e também encontrar o posto de car-
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regamento mais rápido e colocá-lo no sistema de navegação. A bateria necessita de duas horas e meia para uma carga total num carregador rápido, incluindo a versão para instalar em casa, chamada ‘Power Dock’. Ao volante, o condutor beneficia de vários sistemas de assistência à condução, começando pelo ‘cruise control’ com velocidade adaptativa relativamente às circunstâncias de trânsito. O reconhecimento de sinais de trânsito, detetor de tráfego em cruzamentos na traseira e câmaras criando uma imagem tridimensional trabalham em conjunto para dar ao condutor uma imagem do que se passa à volta do carro. Estacionamento autónomo, visão noturna com infravermelhos e ‘head up display’ também estão disponíveis. No que diz respeito ao infoentretenimento, pode contar com um ecrã tátil de oito polegadas, disco rígido de 60 Gb, comandos em 30 línguas diferentes, um tablet para os passageiros dos bancos traseiros com 10,2 polegadas e ligação WiFi e, em opção, um sistema
HYBRID
O Bentayga Hybrid combina um motor 3.0 V6 turbo a gasolina com uma bateria elétrica recarregável, mas a marca ainda não revelou a potência total do conjunto.
de som com 1950 W e 18 colunas. Tal como acontece com os outros modelos da gama Bentayga, a Bentley oferece vários níveis de personalização para a versão híbrida, incluindo a possibilidade de montar dois bancos individuais na traseira, 15 combinações de cores para os revestimentos e elementos decorativos (que também “escondem” compartimentos para guardar objetos, entradas USB e porta-copos), vários tipos de couro cosido à mão e um tejadilho panorâmico que ocupa toda a zona superior do carro.. n
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concept-cars
PORSCHE MISSION E CROSS
Potência versátil Faltam menos de dois anos para o lançamento do primeiro Porsche completamente elétrico. Apesar de lhe faltar o tradicional motor boxer a gasolina, o Mission E promete ter o mesmo tipo de performance a que os fãs e clientes da marca estão habituados, bem como o luxo necessário para um tipo de cliente mais refinado. Mas o coupé de quatro portas não vai ser a única proposta, já que a Porsche aproveitou o Salão de Genebra para mostrar ao mundo um protótipo chamado Mission E Cross Turismo, que pode dar origem a uma versão ‘crossover’, combinando características de um coupé, carrinha e SUV. Com o Cross Turismo, a Porsche poderá ampliar a sua gama elétrica com propostas para mercados diferentes, aqui ligando o prazer de condução e o luxo a uma experiência partilhada com amigos e família, buscando uma vida ativa e novas sensações, tanto em viagem como no destino para onde se deslocam.
POTÊNCIA SEMPRE PRONTA
Tal como o Mission E de base, a versão Cross Turismo usa dois motores elétricos que prometem ter uma potência superior a 600 cv, suficiente para acelerar o ‘crossover’ da Porsche até aos 100 km/h em apenas 3,5 segundos.
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CHASSIS PARA TODOS OS CAMINHOS
Com quatro rodas direcionais, barra estabilizadora com controlo eletrónico, tração às quatro rodas e suspensão pneumática para ampliar a altura ao solo em 50 milímetros, o chassis do Mission E Cross Turismo está preparado para todas as condições de viagem.
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H A B I TÁC U LO MODULÁVEL O interior pode ser utilizado de múltiplas maneiras. Cada um dos quatro bancos individuais tem uma abertura ou pode ser inteiramente rebatido para colocar esquis, e as calhas na bagageira permitem transportar uma bicicleta.
TURISMO
CARREGAMENTO RÁPIDO A bateria de iões de lítio de 800 volts pode ser carregada em 15 minutos com energia elétrica suficiente para percorrer uma distância de 400 quilómetros. A bateria pode ser recarregada através de indução, sem fios.
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INFORMAÇÃO PARA O CONDUTOR
O painel de instrumentos digital usa uma câmara instalada no espelho retrovisor para seguir o movimento dos olhos do condutor e facilitar o acesso à informação. O ecrã tátil localizado na consola central está acompanhado de outros ecrãs pequenos com informação adicional.
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guia de compras
Todos os modelos eléTricos e híbridos à venda em PorTugal
O futuro elétrico já é realidade...
A substituição do motor de combustão pelo motor elétrico vai mesmo acontecer, a curto ou médio prazo. Até lá, o mercado ainda vê nos automóveis híbridos e elétricos uma alternativa e não aquilo que é convencional, mas a oferta não para de crescer. Cerca de metade das marcas presentes em Portugal vendem já hoje um automóvel ligeiro de passageiros com este tipo de energia, de todos os tamanhos, com todas as funções e com preços para todas as bolsas. Marca a marca, conheça aqui todos os elétricos e híbridos já à venda...
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Híbridos
n AUDI A3 SPORTBACK E-TRON
n BMW i8
Híbrido, 1.4 TFSI, 204 cv (pot. total) Consumos 1,6 l/100 km Emissões 36 g/km
Híbrido, 1.5 TwinPower, 374 cv (pot. total) Consumos 2,0 l/100 km Emissões 46 g/km
PREÇOS e-tron Base e-tron Design e-tron Sport
PREÇOS Coupé Roadster
45.115€ 47.015€ 47.015€
151.896€ 166.891€
n BMW 225xe Active Tourer
n BMW 330e iPerformance
Híbrido, 1.5 TwinPower, 224 cv (pot. total) Consumos 2,1 l/100 km Emissões 49 g/km
Híbrido, 2.0 TwinPower, 252 cv (pot. total) Consumos 1,9 l/100 km Emissões 44 g/km
PREÇOS iPerformance
PREÇOS iPerformance
43.246€
49.960€
n BMW 530e iPerformance
n BMW 740e iPerformance
Híbrido, 2.0 TwinPower, 252 cv (pot. total) Consumos 1,9 l/100 km Emissões 44 g/km
Híbrido, 2.0 TwinPower, 326 cv (pot. total) Consumos 2,2 l/100 km Emissões 50 g/km
PREÇOS iPerformance
PREÇOS iPerformance 105.210€ Longo 108.910€ Longo xDrive 112.560€
64.390€
n BMW X5 40e iPerformance
n DS 5 HYBRID4
Híbrido, 2.0 TwinPower, 313 cv (pot. total) Consumos 3,3 l/100 km Emissões 77 g/km
Híbrido, 2.0 HDi, 200 cv (pot. total) Consumos 3,9 l/100 km Emissões 103 g/km
PREÇOS iPerformance
PREÇOS Sport Chic
83.470€
53.048€
n FORD MONDEO HEV
n HYUNDAI IONIQ HYBRID
Híbrido, 2.0 HDi, 187 cv (pot. total) Consumos 4,2 l/100 km Emissões 99 g/km
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 3,9 l/100 km Emissões 92 g/km
PREÇOS HEV Titanium
PREÇOS Hybrid Tech
40.562€
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33.232€
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Híbridos n KIA NIRO
n KIA OPTIMA
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 4,4 e 1,3 l/100 km Emissões 101 e 29 g/km
Híbrido, 2.0 GDi, 205 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Emissões 33 g/km
PREÇOS Niro Niro PHEV
PREÇOS Optima SW PHEV 41.820€
28.270€ 36.000€
n RANGE ROVER SPORT P400e
n RANGE ROVER P400e
Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total) Consumos 2,8 l/100 km, Emissões 64 g/km
Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total) Consumos 2,8 l/100 km, Emissões 64 g/km
PREÇOS SE HSE HSE Dynamic Autobiography
PREÇOS Vogue Autobiography LWB Vogue LWB Autobiography LWB SV Autobiography
92.037€ 97.018€ 99.966€ 113.486€
n LEXUS CT
n LEXUS IS
Híbrido, 1.8 VVT-i, 136 cv (pot. total) Consumos 3,6 l/100 km Emissões 82 g/km
Híbrido, 2.5 VVT-i, 223 cv (pot. total) Consumos 4,3 l/100 km Emissões 99 g/km
PREÇOS CT200h Business 30.120€ CT200h Executive 31.420€ CT200h Executive+ 33.720€ CT200h F Sport 36.380€ CT200h F Sport+ 42.920€ CT200h Luxury 42.190€
PREÇOS IS300h Business IS300h Executive IS300h Executive+ IS300h F Sport IS300h F Sport+ IS300h Luxury
n LEXUS RC
n LEXUS GS
Híbrido, 2.5 VVT-i, 223 cv (pot. total) Consumos 4,7 l/100 km Emissões 108 g/km
Híbrido, 2.5 e 3.5 VVT-i, 223 e 345 cv (pot. total), Consumos 4,4 e 6,2 l/100 km Emissões 104 e 141 g/km
PREÇOS RC300h Executive 53.762€ RC300h Executive+ 55.862€ RC300h F Sport 61.222€ RC300h F Sport+ 63.822€
PREÇOS GS300h Business GS300h Executive GS300h Executive+ GS300h F Sport GS300h F Sport+ GS450h Executive+ GS450h F Sport GS450h F Sport+
n LEXUS LS Híbrido, 3.5 VVT-i, 359 cv (pot. total) Consumos 6,2 l/100 km Emissões n.d. g/km
PREÇOS LS500h Executive+ 130.150€ LS500h F Sport 141.550€ LS600h Luxury 149.150€ LS600h Superlative 163.350€
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124.668€ 142.660€ 130.360€ 147.540€ 207.413€
43.980€ 46.880€ 50.780€ 51.480€ 57.680€ 57.980€
55.940€ 60.490€ 61.150€ 67.560€ 70.610€ 78.940€ 87.810€ 90.860€
n LEXUS LC Híbrido, 3.5 VVT-i, 359 cv (pot. total) Consumos 6,4 l/100 km Emissões 145 g/km
PREÇOS LC500h Luxury 120.140€ LC500h Sport 124.140€ LC500h Sport+ 132.140€
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Híbridos n LEXUS NX
n MERCEDES C300h
Híbrido, 2.5 VVT-i, 197 cv (pot. total) Consumos 5,1 l/100 km Emissões 117 g/km
Híbrido, 2.2 CDI, 231 cv (pot. total) Consumos 3,6 l/100 km Emissões 94 g/km
PREÇOS NX300h Business FWD NX300h Exec. FWD NX300h Exec.+ FWD NX300h F Sport AWD NX300h F Sport+ AWD NX300h Luxury AWD
PREÇOS C 300h C 300h Station
51.760€ 57.110€ 59.310€ 65.460€ 71.950€ 71.950€
52.902€ 54.200€
n LEXUS RX
n MERCEDES CLASSE E
Híbrido, 3.5 VVT-i, 313 cv (pot. total) Consumos 5,2 l/100 km Emissões 120 g/km
Híbrido, 2.0 turbo, 279 cv (pot. total) Consumos 2,1 l/100 km Emissões 49 g/km
PREÇOS RX450h Business RX450h Executive RX450h Executive+ RX450h F Sport RX450h F Sport+
PREÇOS E 350e
84.270€ 93.450€ 98.160€ 99.360€ 104.650€
63.800€
n MERCEDES GLE
n MINI COUNTRYMAN S E
Híbrido, 3.5 turbo, 442 cv (pot. total) Consumos 3,3 l/100 km Emissões 78 g/km
Híbrido, 1.5 turbo, 224 cv (pot. total) Consumos 2,1 l/100 km Emissões 49 g/km
PREÇOS GLE 500e
PREÇOS Cooper S E ALL4
89.537€
40.850€
n MITSUBISHI OUTLANDER
n PORSCHE PANAMERA
Híbrido, 2.0 MIVEC, 160 cv (pot. total) Consumos 1,7 l/100 km Emissões 41 g/km
Híbrido, 3.0 e 4.5 Turbo, 462 e 680 cv (pot. total) Consumos 2,5 e 2,9 l/100 km Emissões 56 e 66 g/km
PREÇOS PHEV Intense PHEV Instyle
PREÇOS 4 E-Hybrid desde 117.180€ Turbo S E-Hybrid desde 197.934€
41.820€ 44.280€
n TOYOTA YARIS HYBRID
n TOYOTA AURIS HYBRID
Híbrido, 1.5 VVT-i, 100 cv (pot. total) Consumos 3,6 l/100 km Emissões 82 g/km
Híbrido, 1.8 VVT-i, 136 cv (pot. total) Consumos 3,6 l/100 km Emissões 82 g/km
PREÇOS Hybrid Comfort 20.090€ Hybrid Square Collection 22.490€
PREÇOS Hybrid desde 24.590€ Hybrid Touring desde 25.590€
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Híbridos
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n TOYOTA PRIUS
n TOYOTA PRIUS+
Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total) Consumos 1,0 a 3,0 l/100 km Emissões 22 a 70 g/km
Híbrido, 1.8 VVT-i, 136 cv (pot. total) Consumos 3,6 l/100 km Emissões 82 g/km
PREÇOS Hybrid Exclusive 32.705€ Hybrid Luxury 34.990€ Plug-In Luxury 41.380€ Plug-In Power Sky 43.380€
PREÇOS Hybrid Luxury 38.060€ Hybrid Premium 42.360€
n TOYOTA C-HR HYBRID
n TOYOTA RAV4 HYBRID
Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total) Consumos 3,8 l/100 km Emissões 86 g/km
Híbrido, 2.5 VVT-i, 197 cv (pot. total) Consumos 4,9 l/100 km Emissões 115 g/km
PREÇOS Hybrid Comfort Hybrid Exclusive Hybrid Lounge
PREÇOS Hybrid Pure Dark 40.190€
28.620€ 32.090€ 35.840€
n VW GOLF GTE
n VW PASSAT GTE
Híbrido, 1.4 TFSI, 204 cv (pot. total) Consumos 1,8 l/100 km Emissões 40 g/km
Híbrido, 1.4 TFSI, 218 cv (pot. total) Consumos 1,8 l/100 km Emissões 40 g/km
PREÇOS GTE
PREÇOS GTE Variant GTE
45.145€
48.007€ 51.040€
n VOLVO V60
n VOLVO S90/V90
Híbrido, 2.4 D, 285 cv (pot. total) Consumos 1,8 l/100 km Emissões 48 g/km
Híbrido, 2.0 T, 390 cv (pot. total) Consumos 2,1 l/100 km Emissões 49 g/km
PREÇOS D6 Momentum D6 Summum D6 R Design
PREÇOS S90 T8 Momentum 72.728€ S90 T8 Inscription 74.292€ S90 T8 R Design 72.447€ V90 T8 Momentum 75.312€ V90 T8 Inscription 76.877€ V90 T8 R Design 78.008€
61.383€ 63.351€ 63.781€
n VOLVO XC60
n VOLVO XC90
Híbrido, 2.0 T, 407 cv (pot. total) Consumos 2,1 l/100 km Emissões 49 g/km
Híbrido, 2.0 T, 407 cv (pot. total) Consumos 2,1 l/100 km Emissões 49 g/km
PREÇOS T8 Momentum T8 Inscription T8 R Design
PREÇOS T8 Momentum T8 Inscription T8 R Design T8 Excellence
68.252€ 72.311€ 70.712€
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88.012€ 91.702€ 92.994€ 127.575€
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Elétricos n BMW i3
n CITROËN C-ZERO
Elétrico, 170 a 184 cv, Bateria 33 kWh Autonomia 200 km (com extensor 330 km)
Elétrico, 67 cv Bateria 14,5 kWh Autonomia 150 km
PREÇOS High Line
PREÇOS i3 desde 43.510€ i3s desde 47.290€
30.647€
n CITROËN e-BERLINGO
n HYUNDAI IONIQ ELECTRIC
Elétrico, 67 cv Bateria 22,5 kWh Autonomia 170 km
Elétrico, 120 cv Bateria 28 kWh Autonomia 250 km
PREÇOS Base (comercial) Club (comercial) Longo Base (com.) Longo Club (com.) Multispace Feel
33.682€ 34.747€ 34.632€ 35.387€ 32.108€
PREÇOS Electric Tech
39.500€
n JAGUAR I-PACE
n KIA SOUL EV
Elétrico, 400 cv Bateria 90 kWh Autonomia 480 km
Elétrico, 110 cv Bateria 27 kWh Autonomia 212 km
PREÇOS I-Pace First Edition
PREÇOS EV
80.417€ 105.220€
30.890€
n NISSAN e-NV200
n NISSAN LEAF
Elétrico, 67 cv Bateria 24 kWh Autonomia 170 km
Elétrico, 150 cv, Bateria 40 kWh Autonomia 378 km
PREÇOS e-NV200 (comercial) desde 24.742€ e-NV200 Evalia 5 lug. 35.512€ e-NV200 Evalia 7 lug. 36.059€
PREÇOS Acenta Visia N-Connecta Tekna
n PEUGEOT ION
n PEUGEOT PARTNER ELECTRIC
Elétrico, 67 cv Bateria 14,5 kWh Autonomia 150 km
Elétrico, 67 cv Bateria 22,5 kWh Autonomia 170 km
PREÇOS Ion
PREÇOS Furgão (comercial) desde 32.890€ Tepee desde 31.765€
30.390€
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29.150€ 29.600€ 30.250€ 32.500€
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Elétricos n RENAULT TWIZY
n RENAULT ZOE
Elétrico, 13 cv Bateria 7 kWh Autonomia 90 km
Elétrico, 88 e 92 cv Bateria 22 e 40 kWh Autonomia 240 a 400 km
PREÇOS Life Flex Life Intens Flex Intens Bag Flex Bag
PREÇOS Life 30.410€ ZE40 Life 32.910€ ZE40 Intens Flex 27.510€ ZE40 Intens 35.010€ ZE40 Bose Flex 30.310€ ZE40 Bose 37.810€ ZE40CR Life 33.610€ ZE40CR Intens Flex 28.210€ ZE40CR Intens 35.710€ ZE40CR Bose Flex 31.010€ ZE40CR Bose 38.510€
8.040€ 12.540€ 8.840€ 13.340€ 9.040€ 13.540€
n SMART ELECTRIC DRIVE Elétrico, 82 cv Bateria 17,6 kWh Autonomia 160 km
PREÇOS de 22.500€ a 26.050€
n RENAULT KANGOO Z.E. Elétrico, 95 cv Bateria 33 kWh Autonomia 270 km
PREÇOS ZE Flex ZE ZE Maxi 2L Flex ZE Maxi 2L ZE Maxi 5L Flex ZE Maxi 5L
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21.101€ 27.301€ 22.301€ 28.501€ 23.101€ 29.301€
n TESLA MODEL S
n TESLA MODEL X
Elétrico Bateria 75 e 100 kWh Autonomia 490 e 632 km
Elétrico Bateria 75 e 100 kWh Autonomia 417 e 565 km
PREÇOS 75D 78.650€ 100D 112.100€ P100D 152.750€
PREÇOS 75D 100D P100D
n VOLKSWAGEN E-GOLF
n VOLKSWAGEN E-UP!
Elétrico, 136 cv Bateria 35,8 kWh Autonomia 300 km
Elétrico, 82 cv Bateria 11,7 kWh Autonomia 90 km
PREÇOS e-Golf
PREÇOS e-up!
40.879€
blueauto
95.550€ 115.450€ 162.050€
27.769€
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perguntas a...
convidado especial
ni amorim Presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK)
“Vamos gradualmente caminhando para uma noVa era”
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convidado especial
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Depois de uma brilhante carreira como piloto, agora no principal papel de dirigente federativo... Como é trocar o volante do carro de competição pela “direção” do organismo que regulamenta/organiza essas competições?
A caminho do primeiro ano como Presidente da FPAK, que balanço faz destes primeiros meses no cargo? E do panorama atual do automobilismo nacional?
Penso que foi um processo lógico. A carreira de piloto permitiu-me ter uma visão global do desporto automóvel nacional e internacional. Sempre tive ideias próprias daquilo que devia ser a entidade federativa. Depois de dar como terminada a minha carreira de piloto, achei que poderia colocar em prática a minha experiência, conhecimentos e visão em prol do nosso automobilismo. Inicialmente fi-lo enquanto Director, mas depois achei que o meu papel podia ser de maior relevância. Quando me candidatei à Presidência da FPAK foi convicto que poderia fazer mais e melhor. É uma função exigente, com muitas valências e que exige muita dedicação e tempo, mas sinto-me bem neste papel e ciente que eu e a minha Direcção estamos a dar o nosso melhor para dar ao desporto automóvel nacional o protagonismo que merece.
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Com o advento dos veículos híbridos e elétricos, o paradigma da mobilidade automóvel está a mudar, e de forma acelerada. Como é que o Presidente da FPAK comenta essa mudança anunciada?
É uma mudança que vai levar o seu tempo a ser implementada. Começa agora a entrar no automobilismo e acredito que vá ter o seu papel a longo prazo. É algo que temos de fomentar e gerir.
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Os primeiros meses foram de habituação e entendimento dos procedimentos de uma entidade como a FPAK. São poucas as pessoas que conhecem a sua complexidade. Foi de criar a base de trabalho para os meses seguintes. Entrámos a meio do ano, não podíamos romper com o passado, tivemos que dar continuidade e ao mesmo tempo criar mecanismos que nos permitissem começar a impor a nossa visão de trabalho. Só no final de 2017 isso foi possível. Mas penso que entrámos em 2018 com determinação e foco. Temos implementado novas estratégias, metodologias e penso que as coisas estão a correr como planeámos. Ainda há coisas que temos de melhorar, como é óbvio, mas é para isso que a nossa Direcção e equipa trabalha diariamente. O panorama encontra-se melhor, todas as categorias que se iniciaram até ao momento estão com um número de participantes acima do esperado, em média cerca de 30%, e o Karting pode chegar aos 100 inscritos no Campeonato, que é para nós um grande motivo de orgulho. A área em que estamos a sentir mais dificuldades são os Campeonatos de Portugal de Velocidade, onde já estamos a tomar medidas e reformular o seu figurino no sentido deste Campeonato ter mais dignidade.
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Nesse sentido, numa fase de mudanças tão importantes como é esta a que hoje assistimos, acha que a intervenção da FPAK poderia/deveria estender-se a outros aspetos da mobilidade automóvel que não apenas a competição? Por exemplo, e à imagem do que a FIA faz globalmente, no papel de ajudar à promoção à escala nacional de uma mobilidade mais ecológica e sustentável? E a FPAK tem essa preocupação e está a trabalhar nisso. Aliás, ainda este ano vamos acolher uma das provas que compõe o ‘Electric and New Energy Championship’ da FIA. Vamos gradualmente caminhando para uma nova era.
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Declarou recentemente em entrevista que “temos de ter menos provas, mas com mais qualidade”. Que outros objetivos tem a FPAK para o automobilismo e karting nacional, e que projetos/ideias em especial o Ni Amorim gostaria de ver concretizados?
É efectivamente algo que temos de implementar. Não é fácil, porque todos os clubes associados querem organizar provas. Mas temos de balizar esta quantidade desmesurada porque não é bom para ninguém. Do meu ponto de vista, é preferível fazer menos provas mas de alta qualidade do que fazer só por fazer, satisfazendo caprichos e perceber que a maioria delas não tem a dignidade que é exigida. Temos de colocar a fasquia mais alta para que organizações, pilotos e equipas saiam a ganhar.
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E essa mudança parece estar a chegar também à competição, com o lançamento de campeonatos ou troféus reservados a veículos elétricos: Fórmula E, E-TCR (carros de turismo 100% elétricos), EPCS (com modelos Tesla S P100D), E-Karting, os Eco-Ralis... Acha que também o futuro do automobilismo desportivo passará obrigatoriamente pelos motores 100% elétricos?
Honestamente não acredito. Pelo menos num futuro próximo. Mas que se vai fazer ajustes, disso não tenho dúvidas.
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Como é que a FPAK vai lidar com a chegada de novas categorias de carros de competição com emissões zero? Portugal vai seguir as categorias internacionais, ou poderá fazer alguma coisa de forma independente? Está algo já previsto que nos possa revelar?
A FPAK integrada na FIA vai ajustando o seu ‘modus operandi’ de acordo com as normas e regulamentação que são impostas. Não queremos ser ‘outsiders’, mas sim ajustarnos à realidade global. Portugal está representado em 13 comissões de trabalho FIA, o que nos ajuda a estar permanentemente actualizados com a informação recolhida nessas reuniões, é um investimento que se justifica, não nos podemos esquecer que, apesar de sermos um país pequeno e que não é construtor da indústria automóvel, temos um número significativo de provas internacionais em território nacional.
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Se os karts passassem a ser elétricos, isso tornaria o acesso à competição mais fácil ou mais difícil para jovens pilotos em início de carreira?
Se isso acontecesse, o nível de exigência não seria diferente, o problema surgiria nas categorias seguintes. Já existem kartings eléctricos e a Rotax, tanto quanto julgo saber, até é pioneira nessa área, mas o problema que se coloca é que o peso das baterias é muito significativo, o que retira prazer de conduzir numa categoria em que a relação peso/ potência é muito importante, para além de os chassis serem difíceis de afinar, justamente por aquilo que pesam.
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Com os apertados limites sobre emissões poluentes e ruído que vão levar ao fim dos automóveis de estrada com motor de combustão, que consequências isso poderá ter para certas competições, como os clássicos, ou o todo-o-terreno?
Não havendo excepções, será certamente drástico para os campeonatos como os que conhecemos actualmente, mas acredito que se encontre um meio termo para que o automobilismo exista sem perder o seu encanto. Em relação a esta matéria, ainda há muitas divergências no setor automóvel em termos internacionais, os construtores não falam a uma só voz.
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Vão também chegar as novas tecnologias de autonomia, que vão tornar desnecessário conduzir o carro. Isso vai trazer dificuldades ou oportunidades para a atividade desportiva? Os ‘track days’ ou as escolas de condução desportiva poderão tornar-se mais populares, ou vai haver menos interesse por parte do público?
Não me parece que quem gosta de automobilismo vá achar graça a essa tecnologia. Só se houvessem corridas só de carros de condução autónoma... o que seria ridículo. Quem gostar de automobilismo vai continuar a gostar de carros de corrida e as pessoas que não gostem ou que lhes seja indiferente, essas sim, vão gostar do que aí vem nos próximos 10/ 15 anos, pois a condução autónoma e partilhada é irreversível em minha opinião.
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Enquanto os carros de competição tradicionais continuam a poder competir hoje, a FPAK pode promover condução ecológica de alguma forma, como por exemplo, ambulâncias, carros de apoio ou ‘safety cars’ híbridos ou elétricos?
Enquanto a tecnologia não estiver mais evoluída temos que ser prudentes, a pergunta que me coloca tem a ver com segurança, que é sempre um tema delicado. Acho que só podemos avançar nesse sentido quando as autonomias desses veículos forem maiores, mais sustentáveis e fiáveis.
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E agora de volta ao Ni Amorim piloto... Para um piloto de competição, será muito diferente competir num carro movido a energia elétrica ou mesmo híbrido? No seu caso, acredita que teria sido uma experiência totalmente distinta, ou trata-se apenas, no fundo, de competir, tentando ser o mais rápido possível?...
Certamente que é muito diferente. Não há comparação possível. Imagine uma corrida de F1 sem o “ronco” dos motores? Não seria uma corrida de F1, seria a Fórmula E. Eu como expiloto passei por muitas fases de tecnologias e tive que me adaptar nomeadamente aos atuais carros de Grande Turismo, que se consegue sentir sensações semelhantes numa Playstation, por isso não digo que não me ajustaria a esta nova realidade. Aliás, fico espantado com a performance e eficiência dos LMP1, que são os carros mais evoluídos no mundo em matéria de tecnologia. No fundo, para um piloto o importante é extrair a máxima potencialidade do que estiver a conduzir no momento, seja um carro movido a energia elétrica ou a combustão convencional. No entanto, a indústria do Motorsport tem de encontrar soluções para não retirar ‘glamour’ ao desporto automóvel, os sistemas de controle têm de ser limitados, pois quando o barulho desaparecer e este desporto deixar de ter risco então perde toda a sua identidade e deixa de fazer sentido.
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testemunho
“E não tenho que parar numa bomba de combustível!” Testemunho de: Ana Beirão Veículo: Volkswagen e-up! Quilometragem atual: 16.000 km
De uma forma geral, está satisfeita com o seu veículo? Muito satisfeita. Utiliza este veículo como principal meio de transporte? Sim, é o meu principal veículo. Quais os aspetos que considerou serem mais importantes para a compra de um veículo elétrico? Conforto, performance e economia. Quais as três características que mais valoriza no seu veículo? Silêncio, conforto de condução, zero manutenção.
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E quais os pontos que considera deveriam ser melhorados? A app que controla o carro é muito fraca, e falta aerodinâmica para não consumir tanto em autoestrada. E o que mais gosta em termos de usabilidade? O conforto do dia-a-dia. De manhã sempre que entro no carro tem a mesma autonomia, e não tenho que parar numa bomba de combustível! Quantos km faz em média num dia normal? Considera que a autonomia é suficiente para o seu dia-a-dia, ou sente que a escolha feita condiciona-a em termos de mobilidade? Faço cerca de 20 km por dia, e umas duas vezes por semana faço uns 80 km. É um carro citadino, e para a nossa cidade e para a minha vida é suficiente. A existência de uma rede de carregamento rápida distribuída pelo país é suficiente
blueauto
para uma utilização total e sem restrições? Acho que sim, mas não com estes primeiros citadinos elétricos. Não serve para quem faz habitualmente mais de 100 km de seguida. Onde faz habitualmente as cargas do seu veículo, e em que período? Em casa, e à noite. Da sua perceção e experiência, o seu veículo elétrico oferece uma maior, menor ou igual fiabilidade em comparação com o de combustão? Penso que muito maior. Voltaria a escolher este veículo ou trocaria por outro modelo? Escolhia o mesmo. n
Testemunho de um cliente ZEEV.pt