blueauto www.blueauto.pt
nº 11
l
junho 2018
Portugal (cont.):
2,50€
à descoberta do futuro do automóvel novos modelos
Citroën C5 Aircross Peugeot 508 SW Audi Q8
tecnologia
e-Pedal uma nova forma de conduzir
mobilidade elétrica
guia
carregamento: quanto vai custar?
Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal
ao volante
NissAN LEAF
VoLVo V60 T6 Twin Engine
Motores elétricos vantagens e desafios
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
3
blueauto
à Descoberta Do Futuro Do automóvel www.blueauto.pt DIreÇÃo Francisco vieira reDaÇÃo antónio oliveira Paulo manuel costa
colaboraDores José barros rodrigues José carlos cunha secretarIa De reDaÇÃo Isabel brito coNtactos ) 21 823 21 80 8 blueauto@pressfactory.pt facebook.com/blueauto marKetING & PublIcIDaDe luís mesquitela lima ) 93 702 94 44 8 luis.mesquitela@blueauto.pt luís melo Pinto (responsável comercial Zona Norte) ) 91 632 91 74 8 lm.pinto@blueauto.pt ProDuÇÃo rogério bastos studio PressFactory ProJeto & laYout studio PressFactory ImPressÃo & acabameNto Lisgráfica – Impressão e Artes Gráficas SA rua consiglieri Pedroso, n.º 90 casal de sta. leopoldina, 2730-053 barcarena tIraGem 10.000 exemplares PerIoDIcIDaDe mensal DIstrIbuIÇÃo VASP – Distribuidora de Publicações, SA Quinta do Grajal - venda seca 2739-511 agualva cacém apoio ao Ponto de venda tel.: 21 433 70 01 | contactcenter@vasp.pt a blueauto é impressa em papel com origem em fontes sustentáveis e com tintas amigas do ambiente. Depois de a ler, dê-lhe um final ecológico: partilhe-a ou coloque-a no ecoponto azul.
eDIÇÃo PressFactory ProPrIeDaDe Press.in, lda. lxFactory rua rodrigues Faria, 103 Edifício I – 2.12B 1300-501 lisboa blueauto é uma marca registada. Direito de reprodução (textos e fotos) reservados.
4
editorial
À descoberta do futuro do automóvel... O futuro do automóvel é elétrico. E esse futuro já começou a ser construído... Na Europa, a nível global, nos três primeiros meses deste ano a procura por veículos movidos a sistemas de propulsão alternativos aos tradicionais baseados nos combustíveis fósseis cresceu 26,9%; em sentido contrário, a quota dos carros a diesel mantêm a tendência decrescente, tendo sido vendidos menos 17% de automóveis com motorização a gasóleo. Olhando em detalhe para o mercado português, o sentido de evolução é o mesmo: as vendas dos diesel continuam em queda, e em muitos casos uma queda acentuada; vendem-se agora mais carros a gasolina; e as matrículas de veículos elétricos, híbridos e híbridos recarregáveis dispararam (+104,1% de híbridos ‘plug-in’ e +96,7% de veículos totalmente elétricos), embora a sua quota total seja ainda muito pequena. A eletrificação do parque automóvel europeu, português incluído, continua pois a crescer a um ritmo acelerado. E para isso contribuem já tanto a indústria (são cada vez mais as marcas que apostam na eletrificação acelerada das suas gamas e os construtores que deixam adivinhar o abandono puro e simples das opções a gasóleo nos seus futuros modelos), como os legisladores (que decretam normas de emissões com limites cada vez mais apertados e avisam estar para breve a restrição ou mesmo proibição de acesso aos centros urbanos e zonas de baixas emissões para os veículos mais poluentes) e até os próprios consumidores (como resulta da evolução das vendas de automóveis em função do sistema de propulsão, acima descrita). Mesmo considerando que a eletrificação do automóvel parece ser, já hoje, um caminho irreversível, é óbvio que os carros a diesel (ou a gasolina) não irão desaparecer de um ano para o outro, logo a sua presença vai continuar a ser uma realidade nos próximos tempos. Tecnologicamente falando, parece haver ainda muito por onde melhorar, sobretudo a nível de emissões e consumos, como comprovam as inovações ligadas aos motores tradicionais a que continuamos a assistir. Até porque o grande objetivo é apoiar soluções que ajudem a cumprir o desígnio coletivo de lutar pela descarbonização como passo decisivo para a redução dos gases com efeito de estufa e, com isso, para a proteção ambiental, um caminho não apenas desejável mas também obrigatório, a bem do nosso planeta e da nossa qualidade de vida. Assim sendo, o mais importante é, qualquer que seja a tecnologia utilizada, encontrar soluções que permitam melhorar a eficiência energética reduzindo as emissões poluentes, sobretudo nos sobrelotados meios urbanos: aposta na eletrificação do automóvel e, como passo intermédio, na melhoria da performance ambiental dos veículos a propulsão tradicional; adoção de novas soluções de mobilidade, como por exemplo o ‘carsharing’; desenvolvimento de uma nova geração de transporte automóvel, sobretudo urbano, que possa incluir conceitos como a condução autónoma ou os veículos conetados, para uma mobilidade mais eficiente, mais fluida, mais segura, mais cómoda, mais inteligente, mais amiga do ambiente. E é exatamente isso que esta edição mensal dedicada à mobilidade sustentável e às inovações tecnológicas propõe: uma viagem à descoberta do futuro do automóvel... n
blueauto
sumário
06 13 16 22 24 28 32 36 40 42 44 46 48 52 58 60 64
atualidade Notícias
revista de imprensa Declarações em destaque ao volante Nissan Leaf tecnologia e-Pedal concept-cars Nissan Leaf ‘Open Car’ mobilidade elétrica Carregamento a pagar: quando e quanto? novos modelos Ford Fiesta Active entrevista José Pontes (EV Sales / EV Volumes) novos modelos Peugeot 508 SW mercado Carro Frota do Ano 2018 novos modelos Citroën C5 Aircross atualidade Em números... novos modelos Audi Q8
68 70 74 76
apresentação Mercedes EQC
dossier A história dos veículos elétricos motores elétricos Vantagens e desafios mobilidade sustentável Renault ZOE e Kangoo Z.E. criam ecossistema elétrico inteligente
78 79 80 82 84 86
direito rodoviário Excesso de velocidade segurança Veículos elétricos vão ter sistema sonoro de alerta condução autónoma Carros autónomos Navya apresentação Byton M-Byte motor de busca A mobilidade sustentável na internet guia de compras Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal
96 98
testemunho De um utilizador de veículo elétrico agenda 6.º Encontro Nacional de Veículos Elétricos
ao volante Volvo V60 T6 Twin Engine novidade FCA também aposta na eletrificação motor do ano Citroën C4 Cactus 1.2 PureTech opinião Os Vendedores de Automóveis do século XXI
66
glossário Mobilidade elétrica
blueauto
5
atualidade
BMW reforça parceria com a portuguesa CRITICAL Software A BMW anunciou um reforço da cooperação já mantida com a empresa portuguesa CRITICAL Software, através da criação de uma ‘joint venture’ com o nome Critical TechWorks com o objetivo de partilhar conhecimento na área de software automóvel. Esta parceria enquadra-se na estratégia do Grupo BMW que passa pela aposta na sua transformação enquanto empresa de mobilidade tecnológica, de um construtor de automóveis ‘premium’ para um fornecedor de soluções integradas de mobilidade, com particular foco em conceitos como condução autónoma, conetividade, eletrificação e serviços e produtos digitais. A Critical TechWorks irá assegurar à BMW o acesso ao ‘know-how’ e competências de uma empresa europeia de referência no desenvolvimento de software, ajudando o construtor bávaro a desenvolver as suas capacidades de modo a poder desempenhar um papel ativo na construção da revolução digital em curso na indústria automóvel.
Andy Murray escolhe Jaguar I-Pace No Dia Mundial do Meio Ambiente (assinalado a 5 de junho), o tenista britânico Andy Murray cumpriu a promessa feita recentemente ao ‘World Wide Fund for Nature’ (WWF) e ao lema ‘Go Electric’ de passar a deslocar-se num veículo elétrico e tornou-se num dos primeiros clientes do novo Jaguar I-Pace, o primeiro SUV elétrico de alto rendimento da marca. “É importante que todos demos um pequeno passo a favor do meio ambiente e pensemos um pouco mais nas ações que podemos levar a cabo para melhorar o nosso planeta. Esta é uma das razões pelas quais estou a mudar para o novo Jaguar I-PACE elétrico. Além de ‘clean’ e bastante seguro, tem desempenhos que estão em sintonia com o meu estilo de vida”, referiu o bicampeão de Wimbledon, que passou assim a andar com um carro elétrico e incentivando dessa forma um número cada vez maior de pessoas a realizar ações e pequenos gestos para contribuir para um mundo mais sustentável. O I-Pace já está disponível na rede oficial de concessionários da Jaguar em Portugal, sendo proposto a preços a partir dos 80.400 euros.
Gama Opel otimiza emissões Antecipando-se à entrada em vigor da nova norma de emissões Euro 6d-TEMP para todos os automóveis novos matriculados a partir de setembro de 2019, a Opel anuncia ter já um total de 79 motorizações que cumprem os exigentes requisitos daquela regulamentação. A marca assume-se assim na linha da frente da implementação do futuro padrão europeu de emissões, o qual irá contemplar, recorde-se, medições efetuadas em condições reais de condução. Além das versões a gasóleo, a linha Euro 6d-TEMP da Opel compreende motores a gasolina e a GPL, estando disponível em toda a gama de modelos da marca: Adam, Karl, Corsa, Astra, Cascada, Insignia, Mokka X, Crossland X, Grandland X e Zafira. A somar aos motores novos que fazem parte desta ofensiva, a aposta passa ainda pelo recurso a tecnologia avançada para otimizar o tratamento de gases de escape de modo a cumprir desde já a nova norma, com a marca a confirmar também que o próximo passo no seu plano de baixas emissões será o lançamento em 2020 de 4 modelos eletrificados, incluindo a nova geração Corsa com uma versão elétrica a baterias e o Grandland X como primeiro híbrido ‘plug-in’ da Opel. 6
blueauto
atualidade
Breves n A Kia confirmou para a primavera do próximo ano a introdução do sistema ‘mild hybrid’ 48V na sua gama Ceed. n eCorsa vai ser a designação oficial da variante elétrica que estará disponível na próxima geração do Opel Corsa, modelo com lançamento já confirmado para 2020. n Também em 2020 poderá surgir uma versão 100% elétrica do Honda Jazz. n A partir de novembro próximo, a circulação automóvel no centro de Madrid ficará reservada a veículos de residentes, de serviço, de transporte público, de pessoas com mobilidade reduzida e veículos zeroemissões.
Jaguar Land Rover: condução autónoma todo-o-terreno A Jaguar Land Rover continua a demonstrar o seu empenho no conceito de condução autónoma. Depois de nos últimos meses ter dado a conhecer a sua participação em diversas iniciativas ligadas ao desenvolvimento e à aplicação prática em estrada de veículos autónomos, agora é a vez de ficarmos a saber que esse interesse se estende também ao todo-o-terreno, com a marca britânica a desenvolver já modelos SUV dotados de capacidades avançadas de condução autónoma em qualquer tipo de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas. A Jaguar Land Rover integra assim o inovador projeto CORTEX, cujo objetivo é desenvolver automóveis autónomos para utilização fora de estrada, em pisos de terra, molhados ou de gelo, e enfrentando situações de chuva intensa, neve ou nevoeiro. Esse projeto, no qual participam viaturas da marca, agrupa vários parceiros governamentais e industriais britânicos, recorrendo a tecnologias e sistemas de ponta que permitem o tratamento automatizado e em tempo real de dados acústicos, vídeo, radar, deteção de luz e sensores de distâncias, resultando isso na criação de uma imagem virtual a “5 dimensões” em redor do veículo todo-o-terreno e dotando-o assim de avançadas capacidades autónomas de nível 4 e 5, sem necessidade de intervenção do condutor.
n O sistema de propulsão híbrida do BMW i8 venceu pela quarta vez consecutiva o prémio de melhor motor internacional do ano na sua categoria. n O Opel Insignia será o primeiro modelo a receber a nova geração de sistemas de informação e entretenimento da marca, caracterizados pelo design estilizado, funcionalidade avançada e operação intuitiva. n Para 2019 está confirmada a chegada ao mercado europeu de novos modelos eletrificados da Ford. n Comercializar tecnologia de condução autónoma de nível 4 é agora intenção declarada da Kia, com a marca a revelar que os primeiros testes de veículos urbanos inteligentes estão previstos para 2021.
8
Quercus denuncia remoção de filtros de partículas A Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza denuncia que a remoção de filtros de partículas dos escapes dos carros continua a ocorrer em Portugal. Alertando para um estudo recentemente apresentado pela Organização Mundial de Saúde que volta a referir o problema da qualidade do ar que se respira nalguns centros urbanos, com o registo de problemas substanciais ao nível de alguns poluentes (nomeadamente partículas finas inaláveis que têm impacto direto no sistema respiratório e cardiovascular), a associação ambientalista denuncia a gravidade de continuarem a registar-se em Portugal emissões provenientes da circulação de veículos automóveis aos quais, à margem da lei e das normas europeias, são retirados os filtros de partículas dos escapes, passando assim a circular sem qualquer controlo e mitigação de poluentes. A Quercus apela às entidades competentes – Instituto da Mobilidade e dos Transportes e ASAE – que se pronunciem com a máxima urgência sobre este tema.
blueauto
Nissan e-NV200, novo comercial ligeiro 100% elétrico
Toyota reforça aposta nos veículos a pilha de combustível Uma das possíveis soluções tecnológicas para a eletrificação dos automóveis, os sistemas a pilha de combustível para veículos movidos a hidrogénio (‘Fuel Cell Electric Vehicles’ - FCEV) produzem eletricidade a bordo do carro a partir da mistura de hidrogénio (armazenado em tanques) e de oxigénio, eletricidade essa que alimenta um motor elétrico que serve de propulsão ao veículo. Produzindo atualmente cerca de 3 mil veículos a pilha de combustível (FCEV), a Toyota acredita que as vendas a nível mundial de automóveis que utilizam esta tecnologia irão aumentar de forma significativa depois do ano 2020, chegando então a pelo menos 30 mil unidades por ano. De forma a preparar-se para essa realidade, a marca japonesa revela agora a aposta em novas instalações dentro da sua fábrica de Honsha, com as quais espera aumentar em dez vezes a atual produção de sistemas a pilha de combustível para veículos movidos a hidrogénio; bem como a criação na fábrica de Shimoyama de uma nova linha de produção em série de tanques de hidrogénio de alta pressão. O reforço da aposta Toyota nesta solução tecnológica prevê ainda o alargamento futuro da sua gama de veículos “zero emissões” a pilha de combustível e a expansão dos mercados onde esses automóveis são vendidos, ao mesmo tempo que continua a apoiar iniciativas de promoção da infraestrutura de hidrogénio.
A Nissan anuncia a chegada ao mercado a nível global da nova e-NV200 de emissões zero e com mais autonomia. A nova geração do comercial ligeiro 100% elétrico da Nissan é produzida em Barcelona e vai, diz a marca, satisfazer um número recorde de encomendas (mais de 4.600 recebidas desde o início das vendas em janeiro). Disponível em três opções de carroçaria – furgão, Combi5 e Evalia, a versão de passageiros de 7 lugares –, a nova Nissan e-NV200 proporciona mais 60% de autonomia comparativamente à geração anterior sem comprometer a capacidade de carga: a nova bateria de 40 kWh aumentou a autonomia, permitindo que os clientes conduzam 301 km (ciclo WLTP em cidade) com uma única carga.
Veículos eletrificados: BMW aumenta produção As vendas globais do Grupo BMW mantêm-se em grande, com o fabricante a anunciar ter comercializado mais de 1 milhão de veículos (das suas marcas BMW, Mini e Rolls-Royce) nos primeiros cinco meses deste ano, um resultado recorde. Com particular destaque para o sucesso dos modelos eletrificados, cujas vendas mundiais cresceram entre janeiro e maio 41% face a igual período do ano anterior. E a procura pelos modelos das gamas BMW i, BMW iPerformance e Mini elétrico cresce de tal forma que a BMW se viu já obrigada a incrementar o ritmo de produção: a partir deste outono, da fábrica de Leipzig passarão a sair diariamente 200 destes veículos. O construtor bávaro está assim bem lançado para atingir a meta anunciada como um dos grandes objetivos deste ano: vender mais de 140 mil automóveis eletrificados ao longo de 2018.
blueauto
9
atualidade
1 milhão de carros elétricos vendidos em 2017 É o que diz o relatório anual da Agência Internacional de Energia: no ano passado, as vendas mundiais de veículos elétricos e híbridos recarregáveis ultrapassaram pela primeira vez a meta simbólica do milhão de unidades. Segundo o relatório ‘Global EV Outlook’ daquela organização, cujos resultados resumem anualmente as grandes tendências do mercado da eletromobilidade, 2/3 do número total de 1,1 milhões de automóveis eletrificados
Honda: motores diesel mais eficazes A Honda afirma dispor de tecnologias e métodos de fabrico exclusivos que tornam únicos os seus motores diesel, que sempre foram uma referência nas suas categorias desde o primeiro propulsor a gasóleo da marca, criado em 2003. A Honda dá como exemplo o seu novo motor 1.6 litros i-DTEC adotado no modelo Civic, que se destaca pela capacidade de reduzir os valores oficiais de consumo e emissões em comparação com o seu antecessor. Conforme com o regulamento EURO 6d-TEMP (atualmente o mais rigoroso em termos de emissões) e sujeito ao novo ciclo de aprovação WLTP, o motor 1.6 litros i-DTEC de 2018 da Honda demonstra uma evolução espetacular ao nível da redução de emissões quando comparado com o 2.2 i-CTDi estreado pela marca em 2003, ao conseguir 34,9% menos CO2, 66,9% menos NOx e 99,3% menos partículas. 10
que em 2017 foram comercializados em todo o mundo eram modelos 100% elétricos. Em volume, o maior mercado de carros elétricos é, claro, a China, país onde circulam atualmente cerca de 40% do total mundial deste tipo de veículos, estimado em 3,1 milhões. Já em termos de penetração, o norte da Europa lidera, com destaque para o mercado norueguês, no qual 39% dos automóveis são já carros elétricos.
Baterias elétricas: Portugal com potencial para liderar produção de lítio A empresa de exploração mineira Savannah Resources Plc reviu em alta (+52%) as reservas de mineral contendo lítio estimadas para extração na mina de Covas do Barroso, localizada no concelho de Boticas, em Vila Real, projeto de que a empresa britânica detém os direitos de exploração. As estimativas de recursos disponíveis nos três depósitos atualmente em operação na mina transmontana subiram assim para um total de 14 milhões de toneladas de mineral contendo qualquer coisa como 149 mil toneladas de óxido de lítio. Recursos que a Savannah Resources afirma acreditar poderem ser ainda superiores, uma vez que continuam os trabalhos de perfuração iniciados há cerca de um ano. Considerando as atuais perspetivas de uma procura crescente por este recurso natural indispensável para alimentar as baterias de iões de lítio destinadas aos automóveis elétricos e ao armazenamento de energia, esta nova descoberta significa que o projeto da mina de Covas do Barroso pode ter o potencial para tornar Portugal no país europeu líder na produção de lítio, e desempenhar assim um papel estratégico na cadeia de valor do fabrico de veículos elétricos.
blueauto
especial
98
blueauto
atualidade
Peugeot 4008 chega em 2020 Continuam os anúncios e confirmações de futuros novos modelos elétricos ou eletrificados. Um dos mais recentes é aquele que dá conta do lançamento esperado para 2020 do novo Peugeot 4008, um SUV compacto, ao estilo ‘crossover-coupé’, que se irá posicionar entre os modelos 3008 e 5008 presentes na atual gama desta marca do Grupo PSA. O futuro 4008 deverá apostar assim num ‘look’ vincadamente desportivo, confirmado pelo carácter dinâmico que indiciam algumas das características já conhecidas. Entre elas a gama de motorizações, a qual incluirá, sabe-se já, tanto propulsores a gasolina e diesel como também duas variantes híbridas ‘plugin’, a mais potente das quais deverá propor dois motores elétricos, um por cada eixo, de modo a atingir um máximo de 300 cv.
Próximo Seat Leon vai ter versão híbrida ‘plug-in’ “A Seat está preparada para dar um passo em frente na mobilidade elétrica”, anunciou oficialmente a marca espanhola integrante do grupo VW. Uma revelação que confirma o já esperado calendário de eletrificação da Seat, calendário esse recentemente reforçado com a divulgação de que a próxima geração do Leon irá incluir uma versão híbrida ‘plugin’, com lançamento previsto já no próximo ano. Este primeiro modelo eletrificado da gama Leon será depois seguido, previsivelmente já em 2020, por uma variante 100% elétrica, a qual segundo a própria marca deverá poder oferecer até 500 km de autonomia.
BP investe nas baterias ‘flash’
Volvo promove sustentabilidade Numa iniciativa que faz parte das ações de sustentabilidade promovidas pela empresa sueca, a Volvo Cars anuncia que até final de 2019 irá remover o uso de plásticos de uso único nos seus escritórios, cantinas e eventos a nível mundial, substituindo as cerca de 20 milhões de unidades que atualmente consome como copos, recipientes e talheres por alternativas mais sustentáveis que incluam produtos biodegradáveis feitos de papel e madeira. Esta decisão reflete o apoio que a Volvo tem vindo a prestar à Campanha Ambiental das Nações Unidas ‘Clean Seas’ e sublinha a ambição de minimizar a pegada ambiental da marca. De realçar que o escritório da Volvo Car Portugal foi um dos primeiros a adotar essa política, tendo já banido o plástico por completo nas suas instalações. “A poluição de plástico é um dos grandes desafios ambientais do nosso tempo. Na Volvo Cars levamos muito a sério a nossa responsabilidade social. Temos de fazer a nossa parte e ajudar a minimizar este problema global”, afirma Stuart Templar, Director Sustainability da Volvo Cars. Fortemente comprometido em atingir um impacto climático neutro do seu nível de operações e produtos a partir de 2025, já no ano passado o fabricante sueco tinha anunciado o seu compromisso com a eletrificação ao afirmar que a partir de 2019 todos os seus novos modelos irão disponibilizar motorizações elétricas; um compromisso com a eletrificação reforçado no mês passado, altura em que a Volvo anunciou pretender que em 2025 os veículos elétricos representem 50% das suas vendas a nível mundial. 12
blueauto
Baterias para veículos elétricos capazes de se recarregarem em apenas 5 minutos. É nisso que aposta a petrolífera BP, agora centrada também na área da eletrificação e que anunciou recentemente ter investido 20 milhões de dólares, através da sua filial BP Ventures, na ‘start-up’ israelita StoreDot já conhecida pelo seu trabalho no desenvolvimento de uma nova tecnologia de baterias, designada “bateria flash”, cuja principal característica é mesmo essa: a de permitirem, espera-se, uma recarga total em modo ultrarrápido, podendo demorar apenas 5 minutos. Inicialmente destinada aos smartphones, a aplicação prática da tecnologia das “baterias-flash” poderia estender-se também aos veículos elétricos.
REVISTA DE IMPRENSA “Na Europa, onde se concentram as nossas vendas diesel, o impulso da eletrificação vai permitir-nos cessar gradualmente o diesel para as viaturas particulares a cada renovação de modelo” Nissan (declarações de um porta-voz à agência AFP)
“Não faz sentido nenhum a classificação passada em relação a alguns tipos de veículos. (...) Isso (questão da Classe 2) pode suscitar um bloqueio à entrada no nosso mercado por via do custo das portagens de um conjunto de viaturas que até são mais eficientes do ponto de vista ambiental” Pedro Marques Ministro do Planeamento e das Infraestruturas (em entrevista ao ‘Dinheiro Vivo’)
“O lucro não é, obviamente, o que nos motiva. O que nos guia é a missão de acelerar a transição do mundo para algo sustentável e de energia limpa, mas nunca teremos isso a menos que sejamos capazes de demonstrar que conseguimos ser sustentavelmente lucrativos” Elon Musk CEO – Tesla Motors
“A rápida transição para a norma Euro 6d-TEMP traduz o nosso objetivo de desempenharmos um papel de relevo na redução das emissões de automóveis”
“No último ano apostámos na eletrificação com o objetivo de preparar a era pós-motor a combustão interna” Håkan Samuelsson Presidente e CEO – Volvo Cars
“A condução autónoma é uma inevitabilidade para a indústria automóvel” Chris Holmes Diretor de Pesquisa Veículos Autónomos e Conetados – Jaguar Land Rover
“Daqui até 2025, o Grupo Volkswagen e as suas diferentes marcas esperam vender 3 milhões de veículos elétricos por ano” Herbert Diess CEO – Volkswagen AG
Christian Müller Diretor-Geral de Engenharia – Opel
“Dando continuidade à tradição da Bentley, o Bentayga Híbrido é pioneiro num novo segmento automóvel – o híbrido de luxo – e coloca a marca no caminho rumo a um futuro elétrico sustentável” Adrian Hallmark Presidente e CEO – Bentley Motors
blueauto
“Em menos de 10 anos conseguimos tornar o automóvel elétrico de comercialização em massa uma realidade” Gareth Dunsmore Diretor de Veículos Elétricos Nissan Europa
13
especial
98
blueauto
blueauto
99
ao volante
NISSAN LEAF Tekna Evolução da espécie
A segunda geração do Nissan LEAF já está em Portugal, com grandes avanços em relação ao modelo original. A autonomia já permite ao condutor sentir-se mais seguro sem olhar sempre para o consumo, enquanto novos sistemas de apoio à condução facilitam muito a vida em cidade, poupando energia e fazendo manobras mais complicadas.
P
ioneiro nos automóveis elétricos em Portugal, o Nissan LEAF ganha novos argumentos com esta renovação total, pretendendo tornar-se uma alternativa não só face a outros modelos não-poluentes, mas também a outros automóveis familiares. A principal mudança é em termos visuais. Nos últimos anos, os construtores automóveis têm feito algum esforço no design para fazer com que os seus veículos elétricos sejam vistos como algo de normal. O primeiro LEAF tinha um design que o identificava como carro elétrico, mesmo quando visto à distância. O novo modelo tem uma forma mais consensual. Mas o mais importante está além do “invólucro”... O novo LEAF destaca-se pelo reforço do motor elétrico e da bateria, que agora tem uma capacidade de 40 kWh. Desta forma, a Nissan consegue reclamar uma autonomia máxima de 378 km, um valor muito interessante para uma viatura deste tamanho, já que em teoria significa que pode circular quase uma semana sem necessitar de usar um posto de recarregamento. Estes valores anunciados ainda são baseados no método de testes de consumos NEDC, que já está a ser substituído pelo mais recente método WLTP, que deverá ser mais eficaz a simular condições reais de utilização. Isto significa que a autonomia máxima cai para os 270 km, com um consumo anunciado de 20,6 kWh por cada 100 km percorridos.
16
blueauto
blueauto
17
ao volante O novo LEAF destaca-se pelo reforço do motor elÊtrico e da bateria, que agora tem uma capacidade de 40 kWh.
18
blueauto
Na verdade, este número aparenta ser muito conservador, pois notámos que é possível reduzir este consumo para menos de 18 kWh, mesmo quando o LEAF faz mais quilómetros em estrada aberta do que em trânsito urbano. Por isso talvez não consiga passar a semana inteira sem ter que ligar o carro à corrente, mas seguramente não precisa de o fazer todos os dias, nem sequer de dois em dois dias. Para isto contribuem elementos como o novo ‘e-Pedal’ (ver descrição prática mais à frente), que pode ser ligado ou desligado através de um botão na consola central, e que se pode verificar se está ligado através do painel de instrumentos. Esta tecnologia revelou ser ideal para otimizar a utilização de energia. Primeiro, porque praticamente não é preciso usar o pedal do travão. Em vez disso, o sistema começa imediatamente a recuperar energia cinética para a bateria, sendo particularmente impressionante em descidas. Mesmo quando uma estrada não é inclinada o suficiente para manter a velocidade, pode manter o pé no pedal do acelerador, sem fazer pressão, que o e-Pedal já está a fazer recuperação energética, mas sem perder velocidade.
blueauto
19
ao volante Em termos de performances, o LEAF também fica mais interessante de conduzir com a substituição do motor de 109 cv por um novo, capaz de gerar 150 cv. Esta nova unidade faz a anterior parecer “anémica”, com uma resposta mais rápida do acelerador e uma aceleração constante até velocidades mais elevadas (embora para isso seja necessário desligar o e-Pedal e o botão ‘Eco’). Em termos dinâmicos, o chassis está mais à vontade em estrada do que em terreno urbano, mas privilegiando sempre uma condução mais suave e civilizada. O eixo de torção traseiro não lhe permite grandes veleidades a explorar os limites em curva, mas desde que não exagere nunca vai notar falta de estabilidade. Em cidade a suspensão é algo sensível em ruas mais esburacadas ou onde as lombas abundam.
Mais futurista que a realidade Esta nova geração do Nissan LEAF ganhou novos sistemas de assistência à condução, começando pelo sistema ‘ProPi-
lot’, recorrendo a câmaras para identificar o movimento e a velocidade dos outros carros, bem como as marcas na estrada. Como sistema de condução autónoma, o ProPilot já consegue ajustar a direção do volante às curvas da estrada, bem como a velocidade do carro em relação ao que está à sua frente, a uma velocidade entre 30 e 100 km/h, e também trava ou reduz a velocidade em caso de emergência. Na prática, nas estradas portuguesas, onde as marcações se apagam facilmente, só funciona de forma consistente em autoestradas, e não tanto em avenidas com várias faixas. Enquanto o ProPilot está disponível de série a partir da versão N-Connecta, só pode ser combinado com o sistema de assistência de estacionamento ‘ProPilot Park’ na versão de topo Tekna, acrescentando 1.200 euros ao preço de 32.500 euros (com incentivo do Estado à aquisição). Uma evolução em relação a outros sistemas já conhecidos, já que agora não só tem controlo sobre a direção como também consegue ajustar a velocidade durante a manobra, com o condu-
Esta nova geração do Nissan LEAF ganhou novos sistemas de assistência à condução, começando pelo ‘ProPilot’.
FICHA TÉCNICA Motor elétrico
Autonomia Consumo
150 cv, bateria de iões de lítio, 40 kWh Traseira, caixa de variação contínua McPherson à frente, eixo torção atrás 378 km (NEDC) 14,6 kWh/100 km (NEDC)
PREÇO
32.150€ (com incentivo)
Tração Suspensão
20
blueauto
tor a não precisar de fazer nada. Antes disso, no entanto, tem que selecionar no ecrã tátil a manobra que quer fazer, para estacionamento paralelo ou em espinha, e o tempo que demora com a seleção já é suficiente para ter estacionado o carro, com a ajuda da câmara de visualização a 360 graus. Enquanto os incentivos à aquisição estiverem disponíveis, o Nissan LEAF tem um preço de aquisição comparável ao de qualquer berlina familiar com um motor diesel. A versão Tekna é a melhor equipada, mas abaixo dos 30 mil euros já é possível contar com uma versão de entrada, a Acenta. Se quiser utilizar o LEAF como carro para a família, não é tão espaçoso como outras viaturas no segmento, incluindo outros modelos elétricos, mas em comparação tem uma versatilidade interessante na bagageira de 400 litros, com separador de carga. Pelo que vai valer bem a pena assim que começar a poupar nos custos da energia... n Paulo Manuel Costa (texto)
blueauto
21
tecnologia
EM ESTREIA NO NOVO NISSAN LEAF
e-Pedal uma nova forma de conduzir!
A
nunciado pela Nissan como mais um capítulo no plano de desenvolvimento de novas tecnologias pensadas para transformar a forma como os automóveis são conduzidos, motorizados e integrados na sociedade – conceito a que a marca chama Mobilidade Inteligente –, o ‘e-Pedal’ revela-se uma solução ideal para situações como as de trânsito intenso ou em percursos citadinos com paragens constantes, possibilitando ao condutor do veículo melhor controlo, mais conforto (já que reduz bastante a necessidade de alternar de um pedal para outro) e maior descontração naquela que é habitualmente uma das situações mais stressantes quando se está ao volante. Mas como funciona o e-Pedal que o novo Nissan Leaf vai estrear? Na prática, com o acionar de um interruptor a tecnologia transforma o acelerador num dispositivo interativo, único, de comando do movimento do automóvel, de modo a
concentrar nele as funções de acelerar, desacelerar e parar. Esta tecnologia inovadora (na realidade, o princípio de funcionamento já era conhecido, mas nunca numa versão tão complexa e prática como agora) transforma a forma como se conduz, oferecendo a quem opera o veículo a possibilidade de arrancar, acelerar, abrandar e parar simplesmente aumentando ou diminuindo a pressão aplicada no pedal do acelerador: n Um único pedal permite assim ao condutor parar o automóvel, mantê-lo parado e retomar a condução instantaneamente n Quando o acelerador é completamente libertado, os travões de fricção e hidráulicos são aplicados automaticamente, parando completamente o automóvel e regenerando a energia da travagem para recarregar a bateria. n Mesmo em subidas ou descidas, o veículo mantém a sua posição, até que o acelerador seja pressionado novamente. n
Para travar: aliviar progressivamente o e-Pedal.
Com o e-Pedal: controlo melhorado e mais suave em percursos sinuosos.
22
blueauto
“O e-Pedal representa outro marco fundamental no nosso constante compromisso em tornar as tecnologias avançadas de assistência à condução acessíveis a todos os condutores”, sintetiza a Nissan, que garante ser possível com esta novidade concretizar 90% das necessidades de controlo do automóvel, tornando assim todo o processo de condução mais prático, entusiasmante e – não menos importante – seguro. Para parar: aliviar completamente o e-Pedal. O veículo permanece imóvel, mesmo em subidas.
Para arrancar: pressionar novamente o e-Pedal.
blueauto
23
concept-cars
NISSAN LEAF ‘OPEN CAR’ “Aperitivo” para mais surpresas
A plataforma técnica do novo Nissan LEAF vai dar origem a outros automóveis, permitindo à Nissan expandir a sua gama de elétricos para outros segmentos tradicionais. Ao mesmo tempo, também está a permitir à marca experimentar a modularidade do conceito, incluindo esta versão sem capota.
E
mbora seja uma chegada recente ao mercado nacional, o Nissan LEAF não deverá estar sozinho muito mais tempo como parte da nova leva de veículos elétricos concebidos pela marca japonesa. A Nissan já indicou até qual vai ser o caminho a seguir, mas antes disso não quis perder a oportunidade de experimentar com um novo tipo de modelo. A marca tem alguma tradição em modelos descapotáveis compactos, como o Figaro e o Micra C+C, o primeiro vendido apenas no mercado japonês nos anos 90, e o segundo produzido em Inglaterra de 2005 a 2010. Por isso, não é de estranhar que o mesmo conceito tenha sido aplicado ao LEAF, com esta variante denominada ‘Open Car’. A Nissan já anunciou que não tem quaisquer planos para levar este carro à produção, mas o LEAF Open Car é uma boa demonstração das potencialidades desta plataforma.
24
A inspiração é claramente o anterior Murano Cabriolet, com a marca a retirar o tejadilho e os pilares intermédios, mas mantendo o pilar C intacto. As portas traseiras deram lugar a uma peça integral da carroçaria. De resto, não há grandes diferenças para um LEAF normal, já que o ‘Open Car’ utiliza as mesmas tecnologias, como o ProPilot e ProPilot Park, do modelo de produção, ou a capacidade das baterias serem usadas como parte da rede pública de eletricidade. O ‘Open Car’ foi revelado pela Nissan para festejar o marco de 100 mil unidades produzidas do LEAF desde 2010, mostrado publicamente num fórum que contou com a presença de cerca de uma centena de pessoas, onde se falou da possibilidade da criação de uma “sociedade com emissões zero”. Portanto, ainda não vai ser desta que a Nissan vai ter um descapotável elétrico na sua gama de produtos... n
blueauto
O outro futuro do LEAF Pode não haver um LEAF descapotável na estrada, mas já é certo que a gama elétrica da Nissan vai crescer com um SUV, que deverá ser revelado por volta de 2020. A marca já mostrou as formas básicas do seu futuro modelo, que deverá ser inspirado no ‘concept car’ IMx, revelado no ano passado no Salão de Tóquio e renovado este ano no Salão de Genebra como IMx Kuro. O futuro SUV de produção, que ainda não tem nome, deverá beneficiar do baixo centro de gravidade, resultado da colocação das baterias, para oferecer um comportamento superior ao da maioria dos outros carros presentes no mercado. Se levarmos em conta o protótipo, quando for transformado num veículo de produção o IMx deverá estar equipado com dois motores elétricos, um por cada eixo, para disponibilizar tração às quatro rodas. Este ‘concept car’ foi apresentado como sendo muito mais potente que o LEAF, pois tem uma potência combinada de 435 cv e uma autonomia prevista de 600 km, embora talvez fosse preferível reduzir um pouco na primeira para poder beneficiar a segunda. A versão final deverá utilizar os mesmos sistemas de assistência de condução, o ‘ProPilot’ e o ‘ProPilot Park’, mas também se espera que vá mais longe no campo da condução autónoma, já que o IMx Kuro estreou o revolucionário conceito B2V (‘Brain-to-Vehicle’), permitindo ao automóvel prever movimentos do condutor para auxiliar qualquer tipo de manobra. O habitáculo minimalista, oferecendo mais espaço para os ocupantes, também antecipa uma maior preocupação com o conforto numa era em que o condutor vai ter menos trabalho ao volante.
blueauto
25
atualidade Toyota C-HR híbrido: modelo eletrificado mais vendido em Portugal Nos primeiros cinco meses deste ano, a venda em Portugal de automóveis híbridos do Grupo Toyota (marcas Toyota e Lexus) aumentou uns expressivos 78,5% em relação ao mesmo período de 2017, representando um crescimento de 1.165 unidades. Com um total de 2.649 carros híbridos vendidos entre janeiro e maio, a Toyota consolida a sua posição de liderança na venda de veículos eletrificados com a tecnologia híbrida no mercado nacional. Até 31 de maio deste ano, os híbridos representaram assim 54,6% das vendas em Portugal de ligeiros de passageiros das marcas Toyota e Lexus. Da oferta de viaturas eletrificadas com a tecnologia híbrida constituída por 8 modelos Toyota e 8 modelos Lexus, destaque para o ‘crossover’ C-HR, que foi o modelo híbrido mais vendido de janeiro a maio 2018, com um total de 954 unidades comercializadas.
Hyundai Tucson vai estrear tecnologia ‘semi-híbrida’ A Hyundai confirmou já que o esperado ‘restyling’ do seu modelo Tucson será acompanhado pela estreia de uma solução do tipo “semi-híbrida” como sistema de eletrificação. O sistema elétrico a 48 volts associado a uma pequena bateria de iões de lítio funcionará assim como auxiliar do motor diesel 2.0 (uma versão 1.6 está prevista para mais tarde), combinando funcionalidades de modo a ajudar à aceleração e à redução do consumo e das emissões até 7% (valor estimado), com o recuperador de energia ativado automaticamente. Esperada para breve, a nova geração deste popular SUV da Hyundai – que em 2016 e 2017 foi o modelo da marca mais vendido na Europa – promete estrear ainda um conjunto de tecnologias avançadas de segurança e assistência à condução.
Tecnologias Nissan premiadas A Nissan acaba de ver reconhecidas as suas tecnologias energéticas inovadoras ao conquistar o prémio de Excelência no âmbito de Soluções Climáticas pelo seu trabalho pioneiro no desenvolvimento de tecnologias de veículos elétricos e de soluções de serviços de energia. Este galardão integra os prémios ‘FT/IFC Transformational Business Awards’ atribuídos pelo Financial Times e pela International Finance Corp., centrados em soluções inovadoras e comercialmente viáveis para desafios de desenvolvimento globais. A Nissan foi especificamente reconhecida pelos seus sistemas de ligação de veículo à rede (v2G) e de segunda vida de baterias. 26
blueauto
especial
98
blueauto
mobilidade elétrica
CARREGAMENTO DE VEÍCULOS ELÉTRICOS - Quando começa a ser pago? - Quanto vai custar?
O
tema do carregamento dos veículos elétricos continua na ordem do dia. Uma vez mais, não pelas melhores razões... Para começar, a incógnita continua, ajudando a criar um verdadeiro impasse: afinal, quando é que se vai começar a pagar pelo carregamento elétrico? Depois de sucessivos adiamentos, a fase de mercado aberto, fase na qual o carregamento elétrico feito nos postos de carga rápida passa a ser paga (até agora essa é uma operação gratuita, de modo a ajudar à promoção da mobilidade elétrica), ainda não tem data definida de lançamento. A última informação oficial foi de que a fase a pagar iria ser lançada este verão, embora a possibilidade da nova data anunciada ser cumprida continue a criar algumas dúvidas. Isso no que se refere aos PCR (postos de carga rápida, que são uma minoria: pouco mais de 5 dezenas, de um total nacional acima dos 500 postos), já que pagar pelo carregamento em todos os postos (além dos rápidos, existem ainda os semirrápidos e os normais) só vai acontecer bem mais tarde – “Neste momento, a energia (nos postos públicos de carregamento) é oferecida como um incentivo à utilização do carro elétrico, mas qualquer dia terá de acabar”, afirmou o Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente em recente entrevista ao jornal ‘Expresso’, adiantando ainda que isso deverá acontecer até ao fim da atual legislatura. A somar aos sucessivos adiamentos e à indefinição que já dura há longos meses há que juntar um tema ainda mais importante: quanto vai custar carregar um carro elétrico? Uma pergunta cuja resposta tem igualmente sido adiada e que recentemente passou a gerar ainda mais preocupação com a notícia de que a fatura da mobilidade elétrica poderá incluir também a cobrança da taxa correspondente à Contribuição para o Audiovisual, já paga pelos consumidores na sua fatura de eletricidade e destinada a financiar o serviço público de rádio e televisão. A concretizar-se, essa taxa iria somar-se ao custo da eletricidade consumida e à taxa de acesso à infraestrutura de carregamento, encarecendo assim cada operação de carregamento.
28
Uma situação que levou já a Associação Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE) a alertar todas as entidades intervenientes nestes processos no sentido de não se agravarem os constrangimentos que hoje podem ser constatados na rede, adiantando em memorando entregue à tutela que “É igualmente urgente avançar com a fase de pagamento dos carregamentos rápidos, como está previsto. Os repetidos adiamentos ao longo dos últimos meses têm impedido que os operadores vejam no setor uma oportunidade de investimento, de crescimento sustentável da rede, assim como a sua operacionalização”. A UVE acrescenta nesse memorando sobre a mobilidade elétrica em Portugal que “Nesta fase inicial são essenciais todos os incentivos à mobilidade elétrica, bem como a abolição de taxas que prejudiquem a competitividade da rede (nomeadamente a Contribuição para o Audiovisual – CAV) e o acesso à rede”, respondendo assim às necessidades dos utilizadores de veículos elétricos (VE). Enquanto não sabemos as respostas que neste momento mais interessam, no que diz respeito ao carregamento dos seus veículos, aos utilizadores de VE – quando (se vai começar a pagar) e quanto (vai custar)? –, relembramos aqui como isso se vai processar...
Comercializadores e operadores Com o início do mercado aberto (a pagar) na mobilidade elétrica, passam a existir dois tipos de fornecedores, com os utilizadores de veículos elétricos a terem de considerar duas entidades intervenientes no processo de pagamento: n Comercializador de energia para a mobilidade elétrica (CEME) O utilizador deverá aderir ao plano de mobilidade elétrica de um deles (que poderá ser, se assim o entender, o fornecedor de energia com quem já tem um contrato), pagando a electricidade consumida nos carregamentos do veículo elétrico de acordo com o tarifário e condições de pagamento contratadas. Será o CEME escolhido a efetuar a cobrança do carregamento elétrico, através de uma fatura mensal onde são detalhados os custos de energia e os custos de opera-
blueauto
A intenção é garantir que a distância entre os postos de carregamento não exceda nunca os 60 km.
ção dos vários postos de carga utilizados. Caso o CEME seja um comercializador global, pode incorporar esses custos na fatura que acompanha os consumos de energia doméstica, ficando assim todos os consumos elétricos resumidos a uma única fatura. n Operador concessionário do posto de carregamento (OPC) Que é quem vai operar, na prática, cada posto público de carregamento. Cada operação de carregamento terá associada uma taxa correspondente ao custo de utilização do posto, taxa essa que será incluída na fatura mensal do comercializador de energia que o consumidor vai receber em casa. Os OPC podem ser também empresas CEME.
blueauto
29
mobilidade elétrica PCR e PCN Atualmente existem em espaço público ou de acesso público postos rápidos, semirrápidos e normais. A tendência futura, tendo em conta o aumento da potência de carregamento, deverá passar por deixar de haver carregamentos normais, embora o carregamento normal possa ser indicado nalgumas situações. De acordo com a rede MOBI.E, existem atualmente mais de 500 postos, que correspondem a cerca de 1250 pontos de carregamento (tomadas). Mapa atualizado em: www.mobie. pt/map. A rede pública tem prevista a instalação de um total de cerca de 1650 postos de carregamento, dos quais cerca de 450 serão rápidos ou semirrápidos. Além da implementação acelerada dos postos públicos abrangendo todos os municípios, o Governo aposta também numa rede prevendo a possibilidade de “abastecimento” elétrico dentro dos limites de autonomia dos automóveis, tanto nos meios urbanos como nas estações de serviço das autoestradas, sabendo-se que a intenção é garantir que a distância entre os postos de carregamento não exceda nunca os 60 km. Através do site MOBI.E (www.mobie.pt) e de várias aplicações, os utilizadores vão ter acesso aos postos de carregamento disponíveis. As empresas operadoras irão disponibilizando também os mapas de localização com a descrição detalhada dos postos de carregamento de veículos elétricos que operam, bem como – espera-se – as respetivas taxas de operação neles praticadas. Quanto à velocidade de carregamento: quanto mais kWh o posto de carga permitir, mais rápido será o carregamento. Mas os tempos de carga dependem também da capacidade de bateria dos veículos elétricos, da potência dos carregadores e das especificações técnicas de cada um dos equipamentos e veículos. O carregamento de veículos elétricos vai começar a ser pago apenas (por agora) nos postos de carregamento rápido (PCR). O utilizador de veículo elétrico deverá efetuar o pagamento através do comercializador de energia que tiver contratado, devendo pois aderir a um plano de mobilidade elétrica. Se o carregamento do veículo for feito em casa, o consumo será pago como todos os outros aparelhos elétricos, sendo incluído na fatura mensal; se o carregamento for feito num posto público, o fornecedor/comercializador de energia entregará ao detentor do contrato um cartão da rede MOBI.E (rede institucional composta por postos de carregamento para veículos elétricos maioritariamente situados em espaços de acesso público), que servirá para que o utilizador se identifique e possa assim iniciar o carregamento do veículo, aparecendo depois o detalhe do consumo/custo na fatura mensal que recebe em casa. O Governo ilustra o funcionamento deste sistema com um exemplo que bem conhecemos: o do cartão “multibanco”; no caso da mobilidade elétrica, o cartão é emitido por uma única entidade (a MOBI.E, que é quem garante a interoperabilidade entre os diversos ‘players’ de mercado) 30
e está associado a um fornecedor específico (que neste caso não é um banco, e sim um comercializador de energia elétrica).
Custos A grande questão! Se o carregamento for feito em ambiente doméstico, o custo da eletricidade gasta para carregar o veículo elétrico será – salvo alguma surpresa de última hora... – basicamente aquele consumido (que corresponde ao preço praticado por cada fornecedor de energia), como acontece com qualquer eletrodoméstico. O Governo anunciou como estimativa um custo abaixo dos 20% do custo da gasolina, cálculo feito com base na comparação com um consumo médio de 6 a 7 litros a 1,3€/litro para um veículo a combustão; mais precisamente entre 2 e 2,5€, já contando com a taxa de acesso à infraestrutura de carregamento, é o que deverá custar carregar um veículo elétrico para uma carga de 20kW (autonomia de cerca de 100 km). Para o carregamento em postos públicos, ao custo da eletricidade consumida haverá que somar uma taxa que corresponde ao custo de utilização do posto onde se “abastece” o carro, taxa oficialmente ainda não conhecida mas que deverá situar-se entre os 8 e os 12 cêntimos por kWh; essa taxa de operação será paga pelo comercializador de eletricidade para a mobilidade elétrica ao operador, sendo depois refletida na fatura que o consumidor recebe em casa. A taxa de acesso à infraestrutura de carregamento, ou taxa de operação, vai depender do operador concessionário do posto de carregamento, podendo variar. Existem alguns fatores que podem contribuir para isso: o número de carregamentos num determinado posto, a sua localização (zonas mais remotas podem ter custos de manutenção menos competitivos), o investimento no equipamento e infraestrutura, ou o modelo de negócio podem justificar as variações. Entre os vários operadores não vai – espera-se – existir concertação, mas sim livre concorrência. Além do carregamento na via pública ou em locais de acesso público mais ou menos reservado (como é o caso de alguns estabelecimentos comerciais, que deverão reservar essa possibilidade aos seus clientes ou utentes), os utilizadores de veículos elétricos podem adquirir soluções de carregamento para o seu local de estacionamento privado ou para a sua garagem, com vantagens do ponto de vista técnico, no tempo de carregamento e eventualmente económicas, dependendo do fornecedor, modelo e aquisição. As soluções de carregamento doméstico são, aliás, uma das apostas de alguns dos operadores, por acreditarem que quem tem um veículo elétrico quererá preferencialmente, se existir essa possibilidade, efetuar o carregamento no conforto doméstico. Para o carregamento feito em casa, o consumo será pago como acontece já para todos os outros aparelhos domésticos, sendo incluído na fatura mensal o custo da energia registada pelo carregador. n
blueauto
atualidade
Campanha Lexus: troque o seu diesel por um híbrido
100.000 Nissan LEAF já vendidos na Europa A Nissan comemorou a entrega do seu modelo LEAF número 100.000 na Europa, um marco que, diz a marca, representa uma vitória da mobilidade elétrica. Globalmente, mais de 320.000 unidades do Nissan LEAF foram já vendidas (vendas combinadas do novo LEAF e da anterior geração), tornando assim este modelo no veículo elétrico mais vendido do mundo. Na Europa, em menos de 8 meses de comercialização a marca japonesa recebeu já mais de 37.000 encomendas da nova geração do LEAF.
Desde 2013 que a Lexus não oferece motorizações diesel, assumindo-se assim a marca ‘premium’ japonesa como pioneira na tecnologia de eletrificação e a única a propor uma opção híbrida em todos os modelos da sua gama. Agora, no ano em que celebra 20 anos em Portugal, a marca lança uma campanha que oferece benefícios na troca de um carro diesel por um Lexus híbrido. Válida até 31 de julho e associada aos modelos CT 200h, IS 300h, RC 300h, GS 300h, NX 300h, RX 450h e RX 450h L, nesta campanha uma nova ferramenta online disponível no site da Lexus incentiva a troca de um carro diesel por um híbrido em apenas 3 passos, permitindo conhecer instantaneamente a valorização do carro atual apenas pela introdução da matrícula, valor que posteriormente pode ser utilizado como desconto na aquisição de uma dessas viaturas eletrificadas com a tecnologia ‘self-charging hybrid’ (híbridos sem necessidade de carregamento externo).
Primeiro Porsche elétrico vai chamar-se Taycan O primeiro Porsche com motorização 100% elétrica afinal vai chamar-se ‘Taycan’. Com início de produção na fábrica de Zuffenhausen esperado para o próximo ano, a versão final do estudo até agora conhecido como ‘Mission E’ retomará as linhas e as características de superdesportivo elétrico já anunciadas, com destaque para os 2 motores elétricos permitindo atingir uma potência total próxima dos 600 cv (440 kW) e performances a condizer: 3,5 segundos dos 0 aos 100 km/h é a aceleração prometida. O sistema de energia do modelo de série sucessor do ‘concept’ Mission E vai permitir ainda uma autonomia de 500 km e um tempo de carregamento aproximado de 15 minutos para “reabastecer” a bateria a 80% da carga. O Porsche Taycan será a vanguarda de uma ambiciosa estratégia da marca desportiva alemã que aposta forte na eletromobilidade, estando já confirmados para mais tarde outros modelos elétricos baseados na mesma plataforma.
blueauto
‘MOB Lab Congress’ em julho no Porto A IFE by Abilways e a Câmara Municipal do Porto realizam no próximo dia 4 de julho, na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, a primeira edição do ‘MOB Lab Congress’, um congresso que pretende reunir profissionais dos setores dos Transportes, Tecnologia, Energia, Telecomunicações, Ambiente e Inovação para, juntos, codesenharem o futuro. Promovendo debates, apresentação de tendências, experiências práticas e metodologias inovadoras, o programa desta iniciativa vai incluir temáticas como a economia digital que antecipa que serão conceitos como a internet das coisas, inteligência artificial ou robótica os novos ‘drivers’ da mobilidade; mobilidade ‘on demand’; conetividade e segurança; cenário legal e fiscal da mobilidade; mobilidade elétrica, transportes e veículos autónomos. Mais informações e programa completo em: www.moblabcongress.pt/
31
novos modelos
O Active oferece também novas opções de cores, mais vibrantes que no Fiesta normal. 32
blueauto
NOVO ‘CROSSOVER’
FORD FIESTA ACTIVE
Uma aventura ao volante Quando o público demonstra o seu interesse em automóveis com uma aparência aventureira, os construtores reagem transformando os citadinos tradicionais em modelos mais agressivos. É o caso da Ford, que adiciona a nova versão Active à gama Fiesta, complementando a oferta do Ecosport no segmento dos SUV urbanos.
blueauto
33
novos modelos
A
nova geração do Ford Fiesta é mais versátil do que qualquer outra geração anterior, com a marca a oferecer uma grande variedade de opções de equipamento e acabamentos estéticos, incluindo a versão desportiva ST-Line ou a luxuosa Vignale. Mas o Fiesta também passa a ter uma variante aventureira, apropriadamente batizada Fiesta Active, que combina os elementos visuais que todos gostam de ter num SUV com a carroçaria compacta e chassis ágil que são habituais no Ford Fiesta. A Ford já tem um SUV compacto, o Ecosport, mas o Fiesta Active procura um público diferente, mais urbano, mas que não sacrifica alguns momentos de diversão ao volante em estrada aberta. As alterações ao Fiesta para o transformar na variante Active são primariamente de ordem estética. Além da grelha dianteira e da decoração em plástico no para-choques, a imitar uma proteção de cárter, o Fiesta Active inclui ainda decorações em plástico nas portas, um novo parachoques traseiro, faróis em LED (opcionais), guarda-lamas alargados e novas jantes de 17 polegadas, específicas desta variante. O Active também tem novas opções de cores, mais vibrantes que no Fiesta normal. No interior, o Fiesta também se distingue facilmente do modelo de base. Os equipamentos estão todos colocados no mesmo lugar, incluindo o sistema de infoentretenimento ‘Sync 3’ (com ecrã de 8 polegadas), mas o volante e o manípulo da caixa de velocidades são revestidos em cabedal, enquanto várias partes do tablier e das portas têm decorações em alumínio, para contraste com os apontamentos coloridos dos forros dos bancos desportivos. Os materiais usados para revestimentos foram pensados para uma utilização mais aventureira por parte do condutor e passageiros, mais resistentes a sujidade, água e exposição ao sol. Um tejadilho panorâmico faz parte da lista de opcionais. Em termos dinâmicos, o Fiesta Active pode não ser um verdadeiro todo-o-terreno, mas a Ford fez algumas modificações para reforçar o espírito aventureiro. A altura ao solo foi assim ampliada em 18 milímetros, enquanto as vias
34
blueauto
cos, i m â s din o ser o m r e e nã d Em t o p o, n ive t e r c r A o-te sta o Fie eiro todo- lgumas dad ez a r f e d v r çar o r F o um f a e r mas ara p s e iro. õ e r ç a u t c fi aven o modi t i r í o esp
foram alargadas em 10 milímetros, assegurando que esta variante é tão interessante de conduzir como o Fiesta com chassis normal. Foram também feitas modificações às molas e aos amortecedores, à direção assistida e ao controlo de estabilidade, para não se notarem perdas de conforto em utilização normal em estrada. O condutor pode optar entre três modos de utilização, Normal, Eco e ‘Slippery’, de maneira a que o controlo de tração mantenha a sua eficácia em superfícies escorregadias, como gelo e terra. Em Portugal o Fiesta Active está disponível com três motores, começando abaixo dos 15 mil euros para a versão
com motor 1.0 Ecoboost de 85 cv. Este motor turbo de três cilindros já tem consumos reduzidos, com uma média anunciada de 5 litros por cada 100 km percorridos. A variante de 100 cv deste motor acrescenta algumas centenas de euros ao preço final, mas não há diferenças nos consumos e nas emissões de CO2 de 113 g/km. Mais cara, a versão diesel ultrapassa os 18 mil euros, mas o motor 1.5 de 85 cv tem um consumo médio de 4 litros aos 100, com emissões de 103 g/km. Estes valores são aceitáveis para quem tem preocupações ambientais, até porque existem variantes mais potentes ou com caixa automática noutros países. Para quem se preocupa com a segurança, o Fiesta Active pode ser combinado com sistema de pré-colisão com deteção de peões, reconhecimento de sinais de trânsito, faróis máximos automáticos, detetor de ângulo morto e ‘cruise control’ adaptativo, aproveitando uma série de câmaras e sensores que constroem uma imagem tridimensional em redor do carro, até 130 metros. n
blueauto
35
entrevista
JOSÉ PONTES
“Em mEia dúzia dE anos, os vEículos Elétricos dEram saltos tEcnológicos EnormEs” Desde sempre interessado pela indústria automóvel, José Pontes é um verdadeiro especialista no mercado dos Veículos Elétricos (VE), reconhecido nacional e internacionalmente. Tudo começou em 2012, quando criou o blogue EV Sales (ev-sales.blogspot.pt) em que publicava dados de vendas de veículos ‘plug-in’ a nível mundial. Como não havia mais ninguém a fazer esse tipo de recolha de dados, o blogue ganhou popularidade (atualmente tem cerca de 100.000 leitores por mês) e começaram a surgir convites para fazer desta atividade um emprego a tempo inteiro. Assim, em 2015 fundou com dois sócios a empresa EV Volumes (ev-volumes. com), dedicada a fornecer serviços de dados e consultoria nesta área. Além do EV Volumes e do blogue, também colabora no Observatório Europeu de Combustíveis Alternativos (eafo.eu) e escreve no site Cleantechnica (Cleantechnica.com) e na revista The Beam, ambos ligados às energias renováveis e eletromobilidade.
Como analisa a evolução nas vendas de automóveis a novos sistemas de propulsão (elétricos, híbridos...), que os dados estatísticos confirmam como estando em crescimento acelerado? Neste momento estamos no início de uma mudança de paradigma, as vendas de veículos a diesel estão a cair um pouco por toda a Europa, para benefício de todos os combustíveis alternativos (GPL, Gás Natural, etc), mas em particular dos veículos plug-in, que se podem carregar numa ficha doméstica. Assim, este tipo de veículos está a crescer a uma taxa de 50% ao ano na Europa, sendo que na China o crescimento é ainda mais acentuado, com as vendas mais que duplicando, sendo que nesse país já há mais VE que nos EUA e Europa... juntos. Não é coincidência que a marca que mais plug-ins vendeu nos últimos três anos não foi a Tesla, mas sim uma marca chinesa (BYD). Certo, em 2017 as vendas a nível mundial representaram pouco mais de 1% de todos os automóveis vendidos, mas contamos que este 36
ano as vendas dupliquem e acabem com cerca de dois milhões de plug-ins vendidos num só ano. E como acha que esse crescimento vai evoluir nos próximos tempos, agora que a mobilidade elétrica está cada vez mais vulgarizada, que a rede de “abastecimento” se expande e que a oferta de novos modelos por parte dos fabricantes promete “explodir” nos próximos tempos? Penso que a transição será rápida, mais rápida do que muita gente imagina. Tomando como exemplo a Noruega, em 2011 os plug-ins tinham apenas 1% das vendas automóveis desse país, sete anos depois têm 47% do mercado. Mas para tal acontecer a nível global é preciso que as marcas automóveis estejam preparadas para produzir em conformidade, algo que até ao momento, e com a exceção da Tesla e das marcas chinesas, não tem acontecido, originando longas listas de espera, há exemplos de modelos com
blueauto
Sendo um conhecedor da realidade europeia, como/ em que mais se diferencia o mercado português dos restantes? O principal ponto diferenciador entre os vários mercados europeus tem a ver com os incentivos, fiscais e outros, que cada país possui. Olhar para o percurso dos veículos elétricos em Portugal é olhar para a nossa história recente: se em 2010/2011 Portugal estava na linha da frente da mobilidade elétrica, graças à implantação da rede de recarga Mobi.e e aos 5.000 euros de incentivo na compra de um VE, nos anos seguintes, coincidindo com os anos da Troika, os incentivos à compra foram retirados e a Rede Mobi.e passou por uma fase de estagnação, que levou a que as vendas de veículos elétricos diminuíssem durante alguns anos e o país perdesse o lugar na linha da frente da mobilidade elétrica. Com o desanuviar da crise económica, no final de 2014, os incentivos regressaram, e com eles as vendas cresceram exponencialmente, de 300 unidades em 2014 para 4.200 no ano passado, sendo Portugal atualmente o sétimo país europeu com maior percentagem de vendas de VE, acima de países como a Alemanha, França ou Reino Unido. Para ver como os incentivos estão ligados ao sucesso dos veículos plug-in, somos o único país do Sul da Europa a ter incentivos na compra de VE e, coincidentemente, somos também os únicos em que os VE têm mais de 1% das vendas (neste momento os plug-in têm 2.7% do nosso mercado); os vizinhos espanhóis, por exemplo, têm só 0.6%.
O principal ponto diferenciador entre os vários mercados europeus tem a ver com os incentivos, fiscais e outros, que cada país possui. esperas superiores a 9 meses, ou mesmo um ano, o que é um exagero e impede que o mercado cresça ainda mais depressa. Outro aspeto importante é a rede de “abastecimento”, ou de recarga dos VE, nos países em que as vendas cresceram mais rapidamente, regra geral, a infraestrutura de recarregamento não tem acompanhado, originando filas nos pontos de carregamento. Esta situação começa também a verificar-se em Portugal, as vendas de VE têm crescido a bom ritmo desde 2015, mas a infraestrutura não cresceu na mesma medida, originando filas nos Postos de Carregamento Rápidos (PCR), especialmente na região de Lisboa.
De acordo com as matrículas do primeiro trimestre deste ano, enquanto os veículos elétricos cresceram quase 100% e os veículos a gasolina subiram mais de 25%, os diesel diminuíram 9,1% face ao período homólogo. Será que essa tendência se vai manter, mesmo acentuar nos próximos tempos? Essa tendência irá acentuar-se com o passar dos anos, há mesmo países europeus onde quem adquire veículos a diesel já não os compra, mas faz ALDs ou Rentings, pois estão preocupados com o valor comercial desses veículos daqui a 4/5 anos, pois com o aumento das restrições de acesso às grandes cidades, derivado da baixa qualidade do ar, os diesel estarão na primeira linha de veículos a serem banidos dos centros das grandes cidades. Assim sendo, já hoje, muitos preferem que o ónus da desvalorização fique com terceiros, o que a prazo levará a que no mercado de segunda mão os diesel desvalorizem mais rapidamente que um equivalente com uma componente elétrica ou a gasolina. O fenómeno será mais lento em mercados onde o diesel está mais implementado, como o português, mas a tendência está lá, a única diferença é que em vez de acontecer em 2022/2023, ele será realidade uns 4 a 5 anos mais tarde. Em seu entender, que explicação(ões) existe(m) para essa mudança, drástica, num mercado como o nosso
blueauto
37
entrevista onde a motorização diesel sempre foi a mais importante em termos de vendas e valorização? É essa a mudança de paradigma. Se antes se comprava uma viatura diesel sabendo que no futuro, quando fossemos vendê-la, ela iria valer mais que a sua equivalente a gasolina, neste momento as perspetivas são inversas, daqui a 4/5 anos o foco dos consumidores estará centrado em viaturas mais ecológicas, elétricos, híbridos... e os diesel cada vez mais postos de parte. Mesmo hoje podemos assistir a uma mudança significativa no ‘mix’ de vendas nas viaturas novas: em abril 2017 as viaturas diesel representavam 62% do mercado, 12 meses depois representaram apenas 53%, uma queda acentuada de 9%. Certo, ainda são mais de metade das vendas, mas... e daqui a 4 anos? Se esta queda de 9% se mantiver, em 2022 as viaturas diesel representarão só 17% das vendas de viaturas novas. Em contrapartida, as viaturas 100% elétricas terão 5-6% do mercado, e os híbridos cerca de 15-17%. Aliás, várias marcas (Toyota, Volvo, Renault…) já anunciaram o seu desinvestimento nas motorizações a diesel, pois não veem futuro nas mesmas.
mesmo trajeto feito de bicicleta poderia ser feito em menos tempo. Claro que para isso acontecer teríamos de investir fortemente em ciclovias pensadas de raiz, seguras e de fácil acesso, mesmo que para isso tivéssemos de restringir ainda mais a circulação automóvel. Ainda há dias estive na Alemanha e vi autênticas “vias rápidas” para ciclistas, com a mesma largura que as vias para automóveis. Este é o futuro das grandes cidades: mais ciclovias, menos automóveis. Acha que esse movimento é irreversível? Estaremos mesmo a assistir ao início do fim dos motores a diesel? Haverá já uma data limite para a “validade” dos veículos com motores de combustão interna, a começar pelos diesel? A não ser que haja um evento catastrófico, como uma crise económica severa ou uma guerra global, este movimento é irreversível, pois, tal como as energias renováveis, já não estamos a falar das vantagens para o meio ambiente, cada dia que passa as vantagens serão cada vez mais económicas e de superioridade tecnológica em relação ao que vem do passado, pois a evolução dos veículos de combustíveis fosseis, e em particular do diesel, são neste momento marginais, e para os obter estes tornam-se cada vez mais caros. Em contrapartida, os veículos elétricos em meia dúzia de anos deram saltos tecnológicos enormes. Por exemplo o Nissan Leaf quando surgiu em 2011 tinha 120 km de autonomia real e custava mais de 35.000 euros, sete anos depois o mesmo Leaf custa 30.000 euros e tem 250 km de autonomia real. Portanto, em sete anos, o Leaf baixou o seu preço em 15% e duplicou a sua autonomia. É evidente qual a tecnologia com maior margem de progressão... Daqui a 5-7 anos, quando o mesmo Leaf tiver 500 km de autonomia real e custar 25.000 euros, alguém quererá comprar um veículo a combustível fóssil?
Portugal é atualmente o sétimo país europeu com maior percentagem de vendas de VE, acima de países como a Alemanha, França ou Reino Unido.
Aumentam as restrições à circulação dos automóveis movidos a derivados do petróleo, nomeadamente aos diesel, a ponto de se começar a legislar no sentido da interdição dos mesmos dentro de poucos anos, ou pelo menos da sua discriminação face aos VE. Que comentário isso lhe merece? A qualidade do ar nas nossas grandes cidades tem vindo a piorar com o passar dos anos, com os consequentes efeitos na saúde pública – basta passar no Marquês de Pombal em hora de ponta para nos apercebermos do cheiro emitido pelos canos de escape –, pelo que é natural que hajam restrições, tendo em vista a melhoria da qualidade do ar. No entanto, penso que as mentalidades não se mudam por decreto, pelo que não basta restringir o acesso aos automóveis movidos a combustíveis fosseis, devemos também colaborar com os profissionais que precisam diariamente de aceder ao centro das cidades, por forma a que eles façam a transição para VEs de uma forma progressiva; quanto aos utentes que se deslocam todos os dias de e para as cidades, deve-se incentivar o uso dos transportes públicos e, dentro da cidade, do transporte ciclável, penso ser um desperdício termos um clima que convida ao exercício físico e no entanto andamos de automóvel dentro das grandes urbes em filas intermináveis, quando o 38
Como analisa os argumentos de quem, industriais ou não, ainda os defenda, ao afirmar que mais vale tornálos mais eficientes e limpos do que simplesmente banilos? Como referi anteriormente, a diferença passa pelo potencial que cada tecnologia traz consigo, a questão é a seguinte: investimos em melhorar em 5%-10% a performance de uma tecnologia madura, implicando um aumento ligeiro de 0-5% no preço, ou investimos numa tecnologia nascente, com potencial em duplicar a sua performance num prazo de 5-7 anos e, ao mesmo tempo, reduzir o seu custo em 15% durante o mesmo período?
blueauto
Se esses “resistentes” não derem o salto a tempo para a nova tecnologia, outros o farão, e com eles também os consumidores. Aliás, os construtores chineses veem a mobilidade elétrica como uma oportunidade dourada de finalmente entrar nos mercados ocidentais de forma significativa, pois têm assistido à resistência dos construtores locais em abraçar a nova tecnologia, assim as marcas chinesas estão agora a ganhar escala no seu mercado interno e, dentro de dois ou três anos, preparam-se para atacar em força os mercados europeus e norte-americanos. Isto nos veículos ligeiros de passageiros, pois nos autocarros elétricos os chineses estão já à frente: no ano passado, 99% de todos os autocarros elétricos produzidos no mundo foram de marcas chinesas, e nesta categoria eles estão entre os mais vendidos na Europa. O mercado de autocarros deve servir de aviso ao que está para vir: se os grandes construtores europeus não mudarem de paradigma rapidamente, a Tesla no segmento ‘premium’ e os chineses nos segmentos mais populares irão conquistar-lhes o mercado. O que acha que poderia/deveria ser feito em Portugal, antes de mais a nível institucional mas também por parte das marcas, para ajudar a acelerar a adoção de veículos elétricos ou eletrificados? A nível institucional, penso que devia haver um incentivo mais significativo para os particulares, podendo ser na forma de um crédito no IRS de cada contribuinte, enquanto que a infraestrutura deveria ser impulsionada, não só para cobrir melhor o país, incluindo os Açores, mas também para colocar uma rede mais densa onde ela é necessária, como em Lisboa ou no Porto. Falando em infraestrutura, devemos seguir o exemplo da Madeira no resto do país, onde a mesma está muito bem assinalada, dando assim visibilidade à rede de recarga de VEs. Finalmente, um ponto que também ajuda os VE a ter visibilidade, e que é comum em outros países, seria os veículos 100% elétricos terem uma matrícula diferente das restantes, podendo ser uma numeração diferente ou simplesmente uma cor diferenciada. Quanto às marcas, de início a Nissan teve a boa ideia de instalar PCRs nos seus concessionários, tornando esse ponto como uma vantagem competitiva sobre as demais, penso que as outras poderiam seguir o exemplo, aumentando assim a rede disponível. Agora que os Supercarregadores da Tesla chegaram a Portugal, sendo um ponto diferenciador sobre a concorrência, penso que os demais construtores, especialmente os ‘premium’, deveriam pressionar para que as novas redes (Ionity, etc...) de PCRs que funcionam a velocidades iguais ou superiores às da Tesla cheguem a Portugal mais cedo que tarde, pois não basta ter um VE com uma grande autonomia, é preciso também recarregar esse VE rapidamente para poder fazer uma viagem Viana do Castelo-Faro sem grande perda de conveniência relativamente a um automóvel movido a combustíveis fosseis. n
blueauto
VEÍCULOS ELÉTRICOS
‘TOP 10’ DAS VENDAS EM PORTUGAL Os modelos EV/PHEV mais vendidos em Portugal nos primeiros 4 meses deste ano...
1 Renault ZOE
2 Nissan Leaf
3 BMW 530e
4 BMW 330e
5 Citroën C-Zero
6. Smart Fortwo ED 7. Mercedes-Benz GLC 350e 8. Mitsubishi Outlander PHEV 9. BMW i3 10. Volvo XC60 PHEV
Fonte: ACAP
39
novos modelos
Peugeot 508 SW
Efeito desportivo Depois de surgir como coupé de quatro portas, o Peugeot 508 ganha agora também uma carrinha de aspeto desportivo, com um centro de gravidade baixo e prometendo um bom prazer de condução e consumos mais baixos graças à nova caixa automática de oito velocidades.
C
om a Citroën a tornar-se mais irreverente, a Peugeot ficou mais tradicionalista dentro da estrutura do Grupo PSA. Por isso, a nova geração do Peugeot 508 começou como uma berlina, mas mais aproximada de um coupé de quatro portas, e agora vai ter direito à típica carrinha, necessária para ter sucesso no segmento dos executivos compactos. O novo Peugeot 508 SW vai ser revelado ao mundo no próximo Salão de Paris, em outubro, e será colocado à venda no mercado europeu a partir de janeiro 2019. Com 4,78 metros de comprimento, é 3 cm mais comprido que a berlina, mas 5 cm mais curto que a carrinha da geração anterior.
40
Como é habitual nas carrinhas, a Peugeot preocupou-se em garantir não só uma boa capacidade para o transporte de bagagem ou compras, como também versatilidade e facilidade de utilização. O novo 508 SW vai ter uma bagageira de 530 litros, com mais 30 litros de espaço para pequenos objetos, e também vai poder ser equipado com abertura automática da tampa da bagageira. Na versão GT, a carrinha francesa beneficia de calhas de alumínio que permitem ao proprietário personalizar o interior, compartimentando o espaço para a bagagem. Nesta nova geração do 508, a Peugeot oferece uma gama composta essencialmente por variantes com caixa de ve-
blueauto
locidades automática. Apenas o motor mais pequeno, o 1.5 BlueHDi de 130 cv, pode recorrer a uma transmissão manual com seis velocidades, todas as outras usam uma evolução mais eficiente da caixa automática de oito velocidades, que permite reduzir os consumos em 3%. Os outros motores são o 2.0 BlueHDi com 163 ou 180 cv, e 1.6 PureTech a gasolina com 180 ou 225 cv. Os motores mais potentes podem ser emparelhados com o nível de equipamento GT. n
blueauto
41
mercado
Renault Mégane IV Sport 1.5 dCi eleito “Carro Frota do Ano 2018”
A
LeasePlan, líder nacional em renting e soluções de mobilidade, deu a conhecer os vencedores da 16.ª edição do “Carro Frota do Ano”. Esta iniciativa teve como objetivo distinguir os carros para frotas que mais se destacaram no último ano no segmento de ligeiros de passageiros, em quatro categorias: “Pequeno Familiar”, “Médio Familiar Generalista”, “Médio Familiar Premium” e ainda “Veículo Elétrico”, esta uma categoria em avaliação pela primeira vez nesta edição 2018. A pré-seleção dos modelos para avaliação foi realizada tendo em conta as vendas LeasePlan e do mercado automóvel em 2017, o TCO (‘Total Cost of Ownership’ - Renting a 48 meses/120.000 km, com todos os serviços incluídos, estimativas de combustível, portagens e Impostos (IVA e Tributação Autónoma). Os vencedores de cada categoria foram obtidos através de uma análise qualitativa e quantitativa, tendo ambas as componentes um peso equitativo na pontuação final. Em avaliação estiveram três veículos por categoria já pré-selecionados que foram testados em 4 circuitos diferentes, previamente definidos consoante a cate-
42
goria em que estavam inseridos. A componente qualitativa foi analisada por um júri composto por 15 clientes frotistas da LeasePlan e por 2 membros da imprensa especializada, que analisaram uma série de critérios como o habitáculo, o conforto e a estética, o motor e a dinâmica. A componente quantitativa teve por base as versões mais escolhidas pelos clientes LeasePlan e englobou a análise das componentes do TCO, vendas LPPT, vendas mercado automóvel, prazos de entrega, emissões de CO2 e classificação EuroNCAP a valores de 2017. Depois de uma primeira fase que ocorreu em Óbidos nos dias 8, 9 e 10 de maio, já em junho a LeasePlan revelou em Lisboa, num evento que contou com a presença de representantes da empresa promotora, de responsáveis das marcas em concurso e de um painel de jurados, os resultados da edição 2018 da sua iniciativa Carro Frota LeasePlan. E os vencedores são... n Renault Mégane IV Sport 1.5 dCi Intens Além de ser eleito como Carro Frota do Ano 2018 – distinção atribuída por ser o carro com a melhor classificação glo-
blueauto
bal, dos 12 veículos a concurso –, o Renault Mégane IV Sport 1.5 dCi Intens venceu ainda na categoria Pequeno Familiar, na qual concorria com o Ford Focus Station 1.5 TDCI Titanium e com o Nissan Qashqai 1.5 dCi N-Connecta Business. Fatores como as vendas LeasePlan e a avaliação do júri sobre o espaço da mala, facilidade de condução e travagem foram determinantes para que este modelo se destacasse. n VW Passat Variant 1.4 TSI GTE Plug-in Na categoria de Médio Familiar Generalista, o primeiro lugar foi atribuído ao Volkswagen Passat Variant 1.4 TSI GTE Plug-in, que superou a concorrência: o Ford Mondeo Station 1.5 TDCi Business Plus ECOneti e o Renault Talisman Sport 1.5 dCi Zen Pack Business. A qualidade dos materiais, a facilidade de condução e a caixa de velocidades foram os fatoreschave para que este modelo obtivesse a vitória. n BMW 330e iPerformance Advantage 2.0 Na categoria Médio Familiar Premium, o vencedor foi o BMW 330e iPerformance Advantage 2.0, que se destacou do Audi A4 Avant 2.0 TDI e do Mercedes Classe C Station 220 d Avantgarde 2.1. O TCO, as vendas LeasePlan e as emissões de CO2 foram determinantes para a escolha final. n Nissan Leaf Tekna Por fim, na categoria Veículo Elétrico, introduzida pela 1.ª vez nesta 16.ª Edição do Carro Frota do Ano, devido à crescente popularidade dos modelos elétricos, destaque para o Nissan Leaf Tekna, cuja avaliação superou o Volkswagen E-Golf e o Renault Zoe Intens. As vendas LeasePlan e a autonomia do veículo foram fatores diferenciadores deste modelo. n
blueauto
“Os veículos que se destacam nesta 16.ª Edição do Carro Frota, dois híbridos e um 100% elétrico, confirmam a alteração do paradigma da mobilidade a que temos vindo a assistir e de que a LeasePlan tem sido pioneira ao assumir o compromisso de liderar a transição de motores de combustão interna para frotas com propulsão alternativa, tendo como objetivo as zero emissões líquidas da sua frota até 2030. Termos estes 3 veículos distinguidos por profissionais que gerem as frotas das suas empresas é algo muito inspirador para outros frotistas e vai ao encontro dos principais elementos da nossa estratégia de sustentabilidade”. António Oliveira Martins Diretor-Geral da LeasePlan Portugal
43
novos modelos
CitroĂŤn C5 AirCross
O futuro quase na estrada
44
blueauto
O novo topo de gama da Citroën é um SUV apropriado para uso familiar, com uma nova suspensão que atinge níveis de conforto sem precedente, e uma bagageira de fazer inveja a qualquer automóvel à venda na Europa. Uma versão híbrida com tração às quatro rodas vai chegar no próximo ano.
A
Citroën abandonou mais um segmento tradicional, tendo deixado de produzir a berlina e carrinha C5 no ano passado, mas reaproveita para o seu novo SUV de topo, denominado C5 Aircross. É um automóvel apropriado para grandes viagens, já que a marca aproveitou para montar a nova suspensão com molas hidráulicas progressivas, que se adaptam às condições da estrada para assegurar o nível necessário de amortecimento, bem como os bancos ‘Advanced Comfort’. A sua chegada ao mercado europeu está prevista para o final do ano. Com 4,5 metros de comprimento, pode não parecer muito grande, e é de facto mais curto que a antiga carrinha C5, mas o interior está bem aproveitado em termos de espaço, já que é possível ajustar a posição dos bancos traseiros em 15 cm, oferecendo uma bagageira com uma capacidade mínima de 580 litros e máxima de 720, sem ter que rebater os bancos. O condutor conta com uma posição de condução elevada,
o mesmo acontecendo ao painel de instrumentos digital. O sistema de infoentretenimento é controlado a partir de um ecrã de oito polegadas. Em termos de segurança e tecnologia, o C5 Aircross já aponta para um futuro autónomo, com 20 sistemas de auxílio à condução e seis sistemas de conetividade. Embora pareça ideal para uma utilização confortável como veículo familiar, esconde também uma identidade mais aventureira, com uma altura ao solo de 23 cm e jantes imponentes entre 17 e 19 polegadas. Não vai, no entanto, ter tração às quatro rodas quando chegar ao mercado. A gama inicia-se no 1.2 PureTech de 130 cv e caixa manual e no 1.5 BlueHDi de 130 cv com caixa manual ou automática. No topo está o 1.6 PureTech de 180 cv e o 2.0 BlueHDi com a mesma potência, ambos beneficiando também da mais recente evolução da caixa automática de oito velocidades. A variante híbrida, com motor ligado ao eixo traseiro e autonomia para 60 km em modo elétrico, só chega em 2019. n
blueauto
45
EM NÚMEROS...
10 9%
2048
Um novo Nissan LEAF é vendido a cada 10 minutos na Europa.
A Michelin antecipou que a partir do ano 2048 todos os seus pneus passarão a ser fabricados com 80% de materiais sustentáveis e poderão ser já totalmente reciclados.
A Tesla Motors vai despedir 9% dos seus trabalhadores, uma medida justificada com a necessidade de tornar a empresa lucrativa.
1.000 MILHÕES
30.000
A Toyota quer estimular a utilização mais generalizada de veículos elétricos zero-emissões a pilha de hidrogénio, tendo revelado como objetivo a atingir a partir de 2020 vendas anuais de 30.000 automóveis ‘fuel cell’.
50.000.000
15 de maio de 2018 passa a ser uma data histórica para a Mazda, com a marca a atingir nesse dia o número total de 50 milhões de unidades produzidas no Japão.
O grupo Volkswagen aceitou a sentença do tribunal de Braunschweig (Alemanha) e vai pagar uma multa de 1.000 milhões de euros às autoridades alemãs pelo caso ‘dieselgate’ (fraude relacionada com as emissões de gases nos carros a diesel).
5,9% De janeiro a maio deste ano, as vendas nacionais da Volvo aumentaram 5,9%.
16
Até 2025 a Kia vai lançar um total de 16 novos modelos eletrificados, entre híbridos, híbridos ‘plug-in’, elétricos e um novo veículo a ‘fuel cell’.
12.000.000
A EDP continua empenhada em promover o acesso universal a energia sustentável e decidiu agora reforçar esse compromisso, preparando-se para investir 12 milhões de euros nesta área nos próximos três anos.
7
A Ford Lusitana reforça o seu programa de venda de veículos de ocasião, Ford Aprovado, através de um conjunto de vantagens para o cliente, entre as quais se destacam uma garantia de até 7 anos, a possibilidade de troca em 30 dias ou 1.000 quilómetros (o que ocorrer primeiro).
46
blueauto
150 Com lançamento previsto para o final deste ano, o primeiro automóvel 100% elétrico da Audi, e-tron quattro, será também o primeiro veículo elétrico com capacidade para carregarse à potência de 150 kW.
especial
98
blueauto
novos modelos
audi q8
Entrar na moda O primeiro SUV coupé da Audi já está aí. Com um visual bem desportivo, o novo Q8 partilha a plataforma com o Q7, incluindo uma bateria de 48 volts que lhe permite funcionar como híbrido em pequenas distâncias e tecnologia de navegação intuitiva, como se pudesse ter uma “conversa” com o seu carro...
48
blueauto
A
gama de SUV de luxo da Audi continua a crescer, e agora é hora de atacar o nicho dedicado aos coupé com aparência de todo-o-terreno. Neste caso, o mais novo modelo da marca alemã chama-se Q8, que tem uma aparência compacta e desportiva, mas que tem a mesma distância entre eixos do Q7, três metros exatos, para um comprimento ligeiramente abaixo dos cinco metros, largura de dois metros e altura de 1,7 metros. Ou seja, é mais curto, largo e baixo que o Q7. Apesar disso, mantém uma habitabilidade invejável, com três filas de bancos e uma bagageira com um volume potencial de mais de 1700 litros, com os bancos rebatidos. O Q8 vai ser ainda mais agressivo que o Q7, com uma altura ao solo de 254 mm e jantes de 22 polegadas. O sistema de tração integral tem uma distribuição de potência de 40/60
em andamento normal, mas quando perde aderência envia a potência para as rodas que agarram melhor à estrada. As rodas traseiras também podem ser direcionais, em opção, até cinco graus. Os motores estão acoplados a uma bateria de 48 volts, com tecnologia micro-híbrida, que pode converter energia elétrica acumulada em 12 kW de potência, suficiente para atingir os 22 km/h sem ligar o motor de combustão. O Q8 deve chegar ao mercado (ainda no terceiro trimestre deste ano) com versões 55 TFSI (3.0 a gasolina) e 50 TDI (3.0 diesel). Em termos de acessibilidade, o Q8 destaca-se pelo uso de um sistema MMI com dois ecrãs, um de dez polegadas para navegação e entretenimento, e outro de 8,6 polegadas para ventilação e ar condicionado, mas também para outras funções de conveniência e para comandos escritos. O sistema emite um aviso sonoro para identificar que recebeu uma instrução do condutor. Este também pode usar comandos de voz com frases comuns, pelo que o condutor pode simplesmente dizer “tenho fome” que o sistema de navegação vai procurar pelos restaurantes mais próximos... n
blueauto
49
especial
98
blueauto
blueauto
99
ao volante
VOLVO V60 T6 Combinação de funções
52
blueauto
TWIN ENGINE Quando pensamos em Volvo, pensamos em carrinha... Foi a marca sueca que tornou este tipo de automóveis o melhor compromisso entre versatilidade e prazer de condução ao volante. A V60 tem sido o melhor exemplo desta combinação, melhorando as suas duas naturezas nesta nova geração, em especial graças aos novos motores híbridos.
blueauto
53
ao volante
J
á está disponível para encomenda a nova geração da carrinha Volvo V60, um dos modelos mais importantes para o sucesso da marca sueca, já que pode ser usado tanto como automóvel familiar como para transporte individual, adaptando-se às necessidades que o condutor tem no momento. Nesta nova geração, a principal novidade é a expansão da gama de modelos híbridos, dos quais o T6 é talvez a versão mais interessante, talvez até mais que as versões diesel. Mesmo que o público português ainda tenha uma apetência natural por este tipo de motores, em termos de performances e consumos o T6 híbrido, conhecido como T6 Twin Engine, não fica atrás. Para já, a Volvo não vai disponibilizar o T6 Twin Engine na carrinha V60, que só deverá estar disponível no mercado nacional em 2019. Em vez disso, a versão híbrida no lançamento vai ser a topo de gama T8, com 390 cv (em conjunto com os dois motores diesel), além da T6 a gasolina, sem motor híbrido. Mas tivemos a oportunidade de testar a variante T6 híbrida durante a apresentação internacional, pelo que quisemos aproveitar aquela que poderá ser a variante mais apropriada para Portugal, a longo prazo. Se a versão T8 vai custar 59.900 euros no lançamento (menos
54
de 50 mil para empresas, depois destas recuperarem o IVA) e a T6 a gasolina 57 mil, o T6 Twin Engine poderia ser bem mais acessível que qualquer destas duas. Com 340 cv de potência combinada, o T6 híbrido destacase pelas suas acelerações imediatas, fruto do motor elétrico de 65 kW, ligado às rodas traseiras, e garantindo a segurança adicional de tração às quatro rodas. Este motor elétrico, cuja bateria pode ser reabastecida de energia num carregador público ou numa garagem privada, oferece também alguns quilómetros de utilização sem precisar de ligar o motor a gasolina. Em termos de consumos, este motor oferece um melhor retorno de utilização energética que os diesel, com apenas 2,2 litros aos 100 km e emissões de CO2 de 49 g/km, medidos ainda no ciclo NEDC. Em termos de segurança, a V60 impressiona ao conseguir manter-se segura na mesma faixa na autoestrada, virando o volante na direção da curva com a ajuda dos sistemas de assistência de manutenção na faixa e detetor de saída involuntária de estrada. Graças aos sensores que rodeiam o carro, o sistema BLIS, originalmente pensado para olhar “por cima do ombro” do condutor no ângulo morto do espelho, vai mais longe, com a carrinha sueca a beneficiar também de assistência de colisões com travagem automática, uma estreia no mundo automóvel. Saindo de estrada, graças à tração às quatro rodas e recuperações rápidas providenciadas pelo sistema híbrido,
blueauto
Em termos de consumos, este motor oferece um melhor retorno de utilização energÊtica que os diesel, com apenas 2,2 litros aos 100 km.
blueauto
55
ao volante a carrinha V60 tem um comportamento dinâmico ímpar, permitindo ao condutor optar entre uma condução desportiva e um andamento mais frugal, oferecendo uma condução segura nos limites. Alguns dos avisos, como a saída de faixa, acabam por tornar-se incomodativos em estradas de montanha, onde o condutor prefere sempre ter um controlo mais natural do carro, sem as ajudas eletrónicas que são uma benesse para um uso diário menos stressante. Em termos de conforto, os bancos dianteiros estão bem ajustados à forma das costas do condutor e do passageiro, que também beneficiam de sistema de climatização individual. Os ocupantes do banco traseiro, que também não têm motivo para reclamar de falta de espaço com o aumento da distância entre eixos, também têm direito a comandar a temperatura do ar condicionado só para si. A bagageira de 529 litros, com separador para pequenos objetos, e sem sofrer qualquer intromissão da bateria ou da suspensão traseira, é uma referência na classe, com um portão traseiro elétrico muito prático. Estas mesmas características são partilhadas com as outras variantes, inclusive os diesel disponíveis no arranque da comercialização. n Paulo Manuel Costa (texto)
FICHA TÉCNICA Motor Potência Tração Suspensão
56
Consumo Emissões CO2
4 cilindros, 1969 cc, 16 v., turbo, híbrido 340 cv/5500 rpm Integral, caixa auto. de 8 vel. Triângulos duplos à frente, eixo integral atrás 2,2 l/100 km 49 g/km
PREÇOS D3 D4 T6 T8
a partir de 43.500€ a partir de 48.760€ a partir de 57.000€ a partir de 59.900€
blueauto
blueauto
57
novidade
FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES Também aposta na eletrificação
D
e todos os grandes grupos automóveis, o que menos tem falado na hipótese de eletrificação é o Grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles). A empresa italo-americana tem apresentado vários modelos novos, essencialmente nas marcas Jeep e Alfa Romeo, mas sempre com veículos tradicionais para segmentos com clientes tradicionais. Agora, foram finalmente revelados detalhes sobre os seus planos para os próximos cinco anos, que passam por finalmente adotar os mesmos propulsores elétricos que muitos concorrentes já colocaram no mercado ou que têm planos para o fazer a curto prazo, de modo a reduzir
as emissões poluentes em 25 por cento até 2022. Tal como tem vindo a ser a norma, as marcas prioritárias para o desenvolvimento de novos modelos são as que têm mais sucesso a nível internacional, a Jeep, a Alfa Romeo e a Maserati (assim como a Ram, para veículos comerciais vendidos nas Américas), deixando de lado, para já, a Fiat, Chrysler e Dodge (estas duas com cada vez menos expressão fora da América do Norte). A Ferrari não está incluída, pois não faz parte da estrutura FCA.
MASERATI
Vista como uma marca para clientes de uma idade mais avançada, a Maserati quer conquistar um público mais jovem até 2022. E uma das maneiras de tentar fazer isso vai ser através da eletrificação, usando motores híbridos ‘plug-in’, o que vai permitir-lhe ter sistemas mais compactos de tração às quatro rodas. A peça central será o lançamento do Alfieri, que deverá ter um visual ligeiramente diferente do ‘concept car’, mas com as típicas linhas desportivas ao estilo italiano. O Alfieri, que vai ocupar o lugar do GranTurismo, terá versões coupé e cabrio, com chassis de alumínio, e deverá ser capaz de atingir os 100 km/h em menos de dois segundos. Os outros modelos atuais, como as berlinas Ghibli e Quattroporte e o SUV Levante, vão ter direito a novas gerações com a introdução de variantes híbridas e elétricas. Vai também surgir um SUV médio, mais pequeno que o Levante, com variante híbrida. A Maserati quer atingir 100 mil unidades vendidas por ano, no mundo inteiro. 58
blueauto
ALFA ROMEO
Do lado italiano da FCA, a Alfa Romeo é a marca que tem crescido mais. Isso deve-se ao sucesso de modelos como a berlina Giulia e o SUV Stelvio. Durante os próximos cinco anos, estes nomes continuarão a fazer parte da gama, mas as variantes diesel vão desaparecer para dar lugar a versões E-Booster (com assistência elétrica), híbridas e híbridas ‘plug-in’, capazes de percorrer 50 km em modo elétrico. Quando forem renovados, o Giulia e o Stelvio vão ainda ganhar versões de carroçaria longa. Na entrada de gama, o Mito vai desaparecer e o Giulietta vai desdobrar-se numa nova geração e num SUV compacto. Vai também haver um novo SUV topo de gama, maior até que o Stelvio longo, provavelmente partilhando uma plataforma com a Jeep. Os pequenos desportivos 4C vão ser substituídos por modelos mais em linha com a imagem desportiva da marca, com o regresso do GTV e do 8C. Todos estes modelos vão ter algum nível de eletrificação, e também terão autonomia de nível três e conetividade. O objetivo é vender 400 mil unidades por ano até 2022, em todo o mundo.
blueauto
JEEP
Tal como a rival Land Rover, a Jeep também tem vindo a ficar mais “civilizada”, perdendo a imagem de TT “puro e duro”, mas sem ignorar o ADN de aventura e versatilidade que deram origem à marca. Para o futuro, isto significa que a marca americana vai entrar em segmentos onde nunca esteve representada, em ambos os extremos de tamanho. Por exemplo, o Renegade, que na próxima geração vai ter versões híbridas e 100% elétricas, terá a companhia de um modelo ainda mais pequeno (do género do Fiat Panda Cross), com variante híbrida ‘plug-in’. O Compass vai continuar no segmento médio, também ele ganhando versões híbrida e elétrica. O Cherokee vai ser desdobrado em variantes, incluindo um Cherokee normal e um ‘crossover’ de sete lugares, também com vários níveis de eletrificação. O substituto do Grand Cherokee vai ter duas variantes, com duas ou três filas de bancos, bem como uma versão de luxo, com o nome Grand Wagoneer, todos com motores híbridos ‘plug-in’. O Wrangler também deverá beneficiar da eletrificação, ganhando ainda uma versão ‘pick-up’. Autonomia de terceiro nível será aplicada a quase todos os segmentos em 2021. A Jeep quer ter veículos desenvolvidos para mercados diferentes, como Europa, Américas, Índia e China.
59
motor do ano
CITROËN C4 CACTUS Modernizar pela base O Citroën C4 Cactus tornou-se um automóvel mais maduro com a sua mais recente atualização, não só em termos visuais, mas porque agora passa a ter uma gama integralmente composta por motores turbo, com o nível de entrada a utilizar o motor 1.2 PureTech de 110 cv, recém-premiado por modificações que o deixaram mais ecológico. 60
A
Citroën tem vindo a modificar a sua estratégia nos últimos anos, para oferecer ao público uma gama de automóveis que seja acessível para uso pessoal, ou com dimensões para poder albergar uma família grande. Isto significa que a marca adaptou a sua gama, dispondo de uma diversidade de modelos, adaptados às necessidades de todos os clientes. A marca francesa pegou assim no C4 Cactus e tornou-o ainda mais moderno, mas também mais sóbrio, permitindo-lhe dar o salto de um bem-sucedido automóvel de nicho para algo com apelo mais generalista.
blueauto
MOTOR A GASOLINA TURBO PURETECH ELEITO ‘MOTOR DO ANO’ O painel de jurados da 20.ª edição dos Prémios “Motor Internacional do Ano” entregou pelo quarto ano consecutivo o prémio “Motor Internacional do Ano” na categoria de 1.0 a 1.4 litros ao motor a gasolina de três cilindros Turbo PureTech (110 cv e 130 cv) do Grupo PSA. A nova geração de motores PureTech oferece melhores valores em termos de performance, consumos e eficiência, cujas vantagens específicas incluem: n Melhoramento de 4% no consumo de combustível, em média, em comparação com a anterior geração; n Melhor capacidade de resposta do motor graças a um turbo otimizado (20% mais rápido na disponibilidade de binário a partir das 1500 rpm); n Redução de 75% na emissão de partículas através da utilização de um filtro de partículas de gasolina (GPF), em conformidade com o factor 1.5 da norma de Emissões em Condições Reais de Utilização estabelecido pela legislação da UE para 2020, ou seja com três anos de avanço; n Estrutura mais compacta, para adaptação à nova Plataforma Modular Comum (CMP) dedicada a pequenos automóveis citadinos, berlinas médias e SUV compactos. Lançada em 2017, esta nova geração do motor está agora a ser implementada nos veículos da marca Citroën, nomeadamente nos modelos: C3, C3 Aircross, C4 Cactus e C4 Spacetourer.
blueauto
61
motor do ano
Para tornar o C4 Cactus mais racional, já não está à venda a versão atmosférica do motor 1.2, tendo a marca francesa optado por usar o 1.2 PuteTech como entrada de gama. Este motor de três cilindros já oferecia níveis interessantes de potência e binário para o seu tamanho, com variantes de 110 e 130 cv, valores que mantém nesta renovação do C4 Cactus, mas aos quais se juntam várias modificações que o tornam mais ecológico face à cada vez mais apertada legislação sobre emissões poluentes. Nesse aspecto, é até uma alternativa mais racional aos motores diesel, com os argumentos que lhe valeram o título de Motor Internacional do Ano na categoria até 1400 cc, pelo quarto ano consecutivo. Entre esses melhoramentos, a Citroën conseguiu reduzir o consumo médio em 4%, enquanto a resposta às solicitações do acelerador são agora 20 por cento mais rápidas a baixa rotação, depois de algumas mexidas no turbocompressor. Mas o mais importante é que a marca francesa instalou um 62
filtro de partículas para gasolina, o que lhe permite reduzir as emissões de partículas em 75 por cento, cumprindo o disposto na regulamentação europeia que só vai ser obrigatória a partir de 2020. Por isso o motor 1.2 PureTech vai ser uma pedra basilar da marca Citroën, sendo compatível com a actual plataforma modulável CMP2, assim como com a nova CMP, beneficiando em ambos os casos de uma forte redução no peso, o que tem impacto positivo ao nível dos consumos. Assim, o C4 Cactus até pode ter alterado alguns elementos identificativos, como as proteções plásticas laterais em forma de bolha (os Airbumps, que surgem agora mais pequenos e discretos na lateral inferior), mas o motor PureTech é um bom complemento ao novo visual, que fica mais discreto mas mantém alguma da sua personalidade anterior com as jantes de grandes dimensões e as embaladeiras em redor das rodas. Uma grande superfície vidrada amplia a sensação de espaço no interior do habitáculo, onde os
blueauto
A principal vantagem do motor PureTech de 110cv é que ostenta um consumo médio bastante reduzido.
passageiros podem viajar com maior conforto graças à introdução de uma nova espuma para os bancos, beneficiando também da nova suspensão hidráulica progressiva. E o condutor continua a poder personalizar o carro a seu gosto, com quatro pacotes de cores exteriores e cinco ambientes interiores à escolha. Voltando ao motor PureTech de 110 cv, a sua principal vantagem é que ostenta um consumo médio bastante reduzido, com a marca a anunciar um valor de 4,5 litros de gasolina por cada 100 km percorridos, não muito mais que um diesel equivalente com a mesma potência, com uma resposta rápida mesmo a baixas rotações, mesmo com a caixa de cinco velocidades (só o motor de 130 cv tem caixa de seis velocidades). A vantagem é que está disponível no mercado nacional por um preço bastante inferior, com o nível de equipamentos ‘Live’ a começar nos 15.907€, mas o PureTech de 110 cv também pode ser adquirido com os mais interessantes ‘Feel’ (17.057€) e ‘Shine’ (18.407€). n
FICHA TÉCNICA Motor Potência Tração Suspensão Consumo Emissões CO2
3 cilindros, 1199 cc, 12 v., turbo inj. directa 110 cv/5500 rpm Dianteira, caixa man. de 5 vel. McPherson à frente, eixo de torção atrás 4,5 l/100 km 104 g/km
PREÇO
15.907€
blueauto
63
opinião
Os Vendedores de Automóveis do século XXI Texto: Mário Neto Consultor Marketing NewTargets
Era uma vez um vendedor de automóveis, sentado calmamente no seu stand, à espera de um cliente para fazer um ‘test drive’… Esta história, há cerca de 20 anos, teria alguma probabilidade de ter um final feliz. Hoje, o mais provável seria o cliente estar com o seu smartphone a configurar um carro, ou então a navegar em sites com estudos comparativos de vários carros... enquanto o vendedor continuava à espera! Será que o ‘test drive’ morreu? Achamos que não. Mas todo o ecossistema está a mudar! As marcas automóveis acreditam que o mercado automóvel vai “evoluir mais nos próximos anos do que nas últimas décadas”: os clientes procuram estilos de vida mais sustentáveis e preferem os canais digitais, nas primeiras etapas do processo de compra; os fabricantes concorrem para lançar as últimas novidades em mobilidade sustentável e em tecnologia; os reguladores intensificam os requisitos de segurança e as restrições sobre emissões de CO2 ou sobre a utilização de motores a diesel; as instituições financeiras desenvolvem novas formas de comercialização/utilização de automóveis. Por tudo isto, os vendedores de automóveis têm de evoluir rapidamente, porque o seu “ecossistema” está a mudar em muitos aspetos.
1. Os Clientes têm uma nova ‘Customer Journey’ O digital está a mudar o mercado automóvel e começa a atuar cada vez mais cedo no processo de compra, criando uma nova ‘customer journey’. n 74,9% dos novos clientes seguem marcas nas redes sociais * n 46,1% dos novos clientes utilizam diariamente e com frequência o Facebook ou o Instagram * n 75,0% dos novos clientes gastam mais de 1 hora por dia a navegar em redes sociais * 64
A nova ‘customer journey’ começa, cada vez mais, online. Ou seja, começa longe das concessões e dos vendedores e com informação sobre a sua marca que eles não controlam e não conhecem. Por vezes, esta atividade gera um enorme volume de ‘leads’ que não são valorizadas pelos vendedores: “temos mais de 60.000 leads digitais por ano e os vendedores não as seguem, porque dizem que são lixo”, dizia-nos o responsável de uma marca com um grande volume de vendas. O desafio das marcas é criar uma experiência digital que seja interessante e envolvente para os clientes, mas que consiga gerar informação relevante para as concessões e útil para os vendedores conseguirem contatar esses “clientes digitais”. Caso contrário, leads e contactos são tempo perdido, apesar do potencial dos novos clientes e da importância da informação, antes da compra. n 89,0% dos novos clientes afirmam que é importante ter carro próprio * n 86,7% dos novos clientes informam-se antes de comprar * Para transformar um contacto digital num futuro cliente, as concessões e os vendedores têm um desafio: caracterizar as etapas da ‘customer journey’, entender como variam as motivações dos clientes nas diversas etapas e adequar a comunicação (digital, estática e pessoal) a essas motivações e aos diversos pontos de contacto.
2. As propostas têm de ter valor Novos estilos de vida e novas motivações obrigam a repensar as propostas de valor para estarem em sintonia com os novos clientes. n 90,4% dos novos clientes afirmam que poupam * n 83,4% dos novos clientes esperam aumentar os seus rendimentos de forma significativa nos próximos 5 anos * n 71,1% dos novos clientes afirmam que, se tiverem oportunidade de adquirir um produto usado em bom estado, optam por comprá-lo, em detrimento do mesmo em estado novo * n 13,9% dos novos clientes afirmam que utilizaram ‘carpooling’ / ‘carsharing’ (partilha de carro) nos últimos 12 meses * Os novos clientes valorizam a poupança, vão aumentar os rendimentos e valorizam a reutilização. Assim sendo, procu-
blueauto
ram novos “pacotes de serviços de mobilidade” que se enquadrem no seu estilo de vida. Para os vendedores, será insuficiente identificar apenas as necessidades de transporte do seu cliente: precisarão de entender as motivações dos seus clientes para decidirem sobre a motorização (sustentável ou tradicional), ou para assistir o seu cliente na personalização do carro. Dito de outra maneira, têm deixar de se focar no produto para se focarem no estilo de vida do cliente – E esta continua a ser uma atitude chave, para um comercial.
3. A “marca” tem de ser uma experiência perfeita O papel dos vendedores aqui é determinante, porque nem sempre a experiência que o cliente vive é a que foi desenhada. Às vezes o cliente “é do marketing”, ou “é do após-venda” ou “está nos canais digitais”… e ninguém sabe de quem é a responsabilidade do próximo passo! Criar uma experiência de marca perfeita é ser coerente em todos os canais e em todos os pontos de contacto com o cliente. Por isso, o vendedor pode ter um papel determinante. n 47,5% dos novos clientes afirmam que as opiniões dos amigos influenciam as suas decisões de compra * n 50,6% dos novos clientes afirmam que usam as redes sociais como ferramenta profissional * n 75,2% dos novos clientes afirmam que estão presentes ou participam em grupos fechados nas redes sociais * O vendedor deverá garantir flexibilidade e disponibilidade (pessoal ou digital) para estar presente onde o cliente está e isto vai gerar novas responsabilidades para os vendedores e exigir novas competências.
As novas tecnologias (exemplo: híbridos e elétricos) já estão a gerar novos papéis, devido à falta de competências técnicas. Os primeiros foram os especialistas técnicos, para apoiarem a pré-venda. Depois estes especialistas passaram também para o Após-Venda, pela importância desta área no início dos processos de troca. No futuro, parece-nos que todos os comerciais vão ter de evoluir para integrar estas novas competências: novas soluções de mobilidade sustentada (híbridos, elétricos, hidrogénio...); novas tecnologias de apoio à condução (condução assistida, conetividade…); novos serviços (aluguer, partilha…). É um grande desafio, mas também uma enorme oportunidade para evoluir num mercado que vive uma verdadeira evolução disruptiva!
Mudem, ou mudem-se! Por tudo isto, as marcas já começaram a repensar as suas equipas de vendas e a procurar as novas competências que vão querer integrar no novo perfil dos Vendedores de Automóveis do século XXI: n Digitalmente competentes, marcam presença e são capazes de “conviver”, “dialogar” e de se “relacionar” com potenciais clientes em ambientes digitais; n Empreendedores e inovadores na forma de propor e gerar ações que levem a marca aos eventos e atividades onde estão os seus potenciais clientes; n Reúnem competências comerciais e de marketing que lhes permitem entender melhor o mercado e o estilo de vida dos clientes e competências técnicas que suportam as novas tecnologias do mercado automóvel; n São pró-ativos no aperfeiçoamento de competências comportamentais (ex: trabalho em equipa, comunicação, empatia, resolução problemas…) que aplicam eficientemente com os seus colegas e com os seus clientes; n Socialmente ativos e responsáveis, intervindo em causas ou assumindo papéis com valor reconhecido para a comunidade. E como sempre acontece em processos de mudança, há vendedores que já começaram a mudar e vendedores que acham que não vai ser preciso mudar. A nossa sugestão para todos é muito simples: mudem, ou mudem-se!... * Novos Clientes: Geração Millennium – O maior estudo jamais feito em Portugal, Multidados e CH Business Consulting, 2017. Usado com permissão. n
blueauto
65
GLOSSÁRIO
DA MOBILIDADE ELÉTRICA…
AMPÈRE (símbolo: A) Unidade de medida da corrente elétrica. AUTONOMIA (em quilómetros, km) Distância que um veículo automóvel pode percorrer sem necessidade de se reabastecer. BATERIA (ELÉTRICA) Dispositivo que converte a energia química armazenada em eletricidade. BATERIA DE IÕES DE LÍTIO (Li-Ion) Tipo de bateria recarregável agora muito utilizada também na indústria automóvel. Apresenta como grande vantagem a maior capacidade energética, além de ocuparem menos espaço. A investigação e o desenvolvimento atualmente em curso têm levado ao aparecimento de novas gerações de baterias deste tipo, caraterizadas por oferecerem ainda maior capacidade, logo maior autonomia. CARGA (RECARGA) Função de carregar ou recarregar a bateria de um veículo elétrico. Existem diferentes potências e modos de carga (normal, rápido, semirrápido…), para os quais são utilizados cabos e tomadas específicos. 66
CEME Comercializador de energia para a mobilidade elétrica. CONDUÇÃO AUTÓNOMA Conceito que define um veículo automóvel cuja tecnologia permite dotá-lo de algum tipo de autonomia em relação ao condutor, em maior ou menor grau de complexidade, desde a capacidade de ativar automaticamente uma determinada funcionalidade até poder circular sem qualquer intervenção humana. ELÉTRICO (VEÍCULO) Veículo automóvel que utiliza propulsão elétrica. EMISSÕES (POLUENTES) Os motores a gasolina/diesel são uma importante fonte de poluição atmosférica, libertando parcelas de óxidos de azoto, monóxido de carbono, hidrocarbonetos queimados ou parcialmente queimados (provenientes da combustão incompleta) e outras partículas como chumbo, orgânicas e óxidos de enxofre. Nos últimos anos, as preocupações ambientais dos construtores têm levado a uma redução significativa deste tipo de emissões, cada vez mais na ordem do dia. EV Sigla da designação inglesa ‘Electric Vehicle’ (veículo elétrico).
FUEL CELL ou Pilha (célula) de combustível. Um veículo automóvel “Fuel Cell” (em inglês: FCV, de “Fuel Cell Vehicle”) é um tipo de automóvel elétrico que utiliza uma pilha ou célula de combustível, e não uma bateria, para alimentar o motor elétrico. Esta tecnologia gera eletricidade para o motor tipicamente recorrendo ao oxigénio do ar e a hidrogénio comprimido. HÍBRIDO ou HEV (de “Hybrid Electric Vehicle”). Designa um veículo automóvel que utiliza dois tipos distintos de propulsão, geralmente um motor de combustão interna associado a um motor elétrico. kWh (quilowatt-hora) Unidade de medida de energia usada no consumo elétrico. MOBI.E (rede) Entidade que gere a rede institucional de postos públicos de carregamento para veículos elétricos. MOBILIDADE SUSTENTÁVEL Define um modelo de mobilidade que permite circular livremente com o mínimo de impacto ambiental. OPC Operador concessionário do posto de carregamento.
blueauto
PCL Posto de carregamento lento. PCR Posto de carregamento rápido. PHEV de “Plug-in Hybrid Electric Vehicle”. Designa um veículo híbrido elétrico cujas baterias ou outro dispositivo de armazenamento de energia são recarregadas através de uma tomada da rede elétrica. PLUG-IN ver PHEV. SEMI-HÍBRIDO (também chamado “híbrido leve”, ou “mild hybrid” do original inglês) Tecnologia que recorre a um motor/gerador elétrico (geralmente a 48V) que entra em funcionamento em situações como as de ‘stop/start’ e aceleração em subida de modo a assistir o motor de combustão interna que propulsiona o automóvel, maximizando assim a eficiência do sistema e reduzindo o consumo e as emissões. VOLT (V) Unidade de tensão elétrica. ZERO EMISSÕES Um veículo zero-emissões (em inglês: ZEV, de “Zero-Emissions Vehicle”) é um veículo que não emite qualquer tipo de gases poluentes. n
desde
14.474
*
desde
19.299
*
desde
13.936
*
SIM, A NOSSA GAMA TEM UM DESIGN MODERNO, UM EQUIPAMENTO COMPLETO E OS MOTORES MAIS EFICIENTES. MAS O MELHOR É QUE CADA MODELO FOI DESENVOLVIDO PARA QUE DESFRUTES DESDE O PRIMEIRO MOMENTO, DIVERTE-TE! Consumo combinado: desde 4,0 até 5,7 l. / 100 km. Emissões CO₂: desde 90 até 131 g. / km.
Suzuki recomenda
*PVP recomendado para a versão Suzuki Ignis 1.2L 5MT GLE 2WD. PVP recomendado para a versão Suzuki Swift 1.2L 5MT GLE 2WD. PVP recomendado para a versão Suzuki Vitara 1.6 VVT 5MT GL. Os preços incluem imposto sobre veículos, transporte, IVA e campanhas comerciais. Não incluem despesas administrativas, taxas e pintura metalizada. Válidos até 31/08/2018 nos Concessionários Oficiais Suzuki. A imagem dos veículos não corresponde ao valor mencionado.