blueauto www.blueauto.pt
nº 32
junho 2020
Portugal (cont.):
2,50€
à descoberta do futuro do automóvel
MX-30
apresentação Volvo XC40: eletrificação total
novos modelos Audi A3 Skoda Enyaq Toyota Highlander Land Rover Discovery Sport / Range Rover Evoque P300e
A revolução elétrica e a pandemia do coronavírus
o 1º Mazda elétrico
ARIYA
dossier Automóvel híbrido como funciona?
vem aí um novo Nissan 100% elétrico
ao volante Kia e-Soul Mercedes EQC 400 tecnologia Espelhos retrovisores virtuais mobilidade urbana BMW “eDrive Zone”
mercado
A “febre” dos S.U.V. elétricos
guia atualizado
Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal
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WLTP – C02 Combinado (g/km): 29 | Consumo Combinado (l/100km e kWh/100km): 1,3 e 13,9
WLTP – C02 Combinado (g/km): 143 | Consumo Combinado (l/100km): 5,5
C
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híbrido plug-in
híbrido plug-in
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sumário
06 09
atualidade Notícias
mercado Vendas de automóveis: abril foi o pior mês de sempre
13 16
apresentação MX-30, o primeiro Mazda elétrico
13
mobilidade elétrica O impacto da Covid-19 na indústria automóvel
20
apresentação Volvo XC40: eletrificação total
22 23 24 30 32 38
atualidade Em números... novos modelos Toyota Highlander
24 48
mercado A “febre” dos S.U.V. elétricos novos modelos Skoda Enyaq ao volante Kia e-Soul novos modelos Os preços do Audi e-tron Sportback
39 40
novos modelos Audi A3 Sportback opinião A revolução elétrica e a pandemia do coronavírus
42
concept-cars Ariya: vem aí um novo Nissan 100% elétrico
46 48 52
revista de imprensa Declarações em destaque ao volante Mercedes-Benz EQC 400
novos modelos Land Rover Discovery Sport / Range Rover Evoque P300e
3
54 54 58 60 62
tecnologia Espelhos retrovisores virtuais novos modelos Toyota Yaris mobilidade urbana BMW “eDrive Zone” dossier Como funciona?... automóvel híbrido
64
guia de compras Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal
80 82
eletrificação Citroën ë-Jumpy / Opel Vivaro-e / Peugeot e-Expert opinião Voltar à “Normalidade”? Nada é mais “Normal” que a “Mudança”
blueauto
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blueauto À DESCOBERTA DO FUTURO DO AUTOMÓVEL www.blueauto.pt DIREÇÃO Francisco Vieira REDAÇÃO Paulo Manuel Costa COLABORADORES Hugo Vinagre José Barros Rodrigues José Pontes SECRETARIA DE REDAÇÃO Isabel Brito CONTACTOS blueauto@pressfactory.pt facebook.com/blueauto MARKETING & PUBLICIDADE Luís Mesquitela Lima 93 702 94 44 luis.mesquitela@blueauto.pt PRODUÇÃO Rogério Bastos Studio PressFactory PROJETO & LAYOUT Studio PressFactory IMPRESSÃO & ACABAMENTO Lisgráfica – Impressão e Artes Gráficas SA Rua Consiglieri Pedroso, n.º 90 Casal de Sta. Leopoldina, 2730-053 Barcarena TIRAGEM 7.500 exemplares
editorial
A viagem continua... A 28 de maio 2017, faz agora 3 anos (já?!?...), nascia a primeira edição da BlueAuto... Então publicada como suplemento do jornal Público, esta edição mensal dedicada à mobilidade sustentável e às inovações tecnológicas estreadas ou a estrear nos veículos que conduzimos prometia no seu número inaugural viajar à descoberta do futuro do automóvel. E, desde essa agora já longínqua primeira edição, foi exatamente isso que fez, tendo-se tornado num projeto pioneiro – a nível nacional e não só – ao “ousar” destacar como temática específica de uma publicação periódica distribuída em banca um futuro que há três anos já se antevia mas do qual muitos ainda duvidavam. Pelas páginas da BlueAuto passaram assim em grande destaque, mês após mês, temas como os novos modelos eletrificados, a condução autónoma, os automóveis conectados e a comunicação entre veículos, o carregamento elétrico, as diferenças entre motorizações 100% elétricas, híbridas e semi-híbridas, os veículos a hidrogénio, as mudanças anunciadas na mobilidade urbana, as baterias elétricas, a indústria automóvel e as emissões, soluções de mobilidade sustentável, novas tecnologias de segurança, assistência à condução e de entretenimento, etc, etc, etc... Hoje, passados três anos, a mudança de paradigma a que já começámos a assistir na mobilidade automóvel, a começar pela agora já consensual eletrificação dos sistemas de propulsão, bem como pelo crescimento acelerado na adoção por parte dos consumidores de modelos 100% elétricos e híbridos, é a confirmação de que, nesta viagem iniciada em junho de 2017, a estrada escolhida foi a acertada. Obrigado por ajudar-nos a chegar até aqui! E por aceitar retomar agora com a BlueAuto esta fascinante viagem à descoberta do futuro do automóvel...
PERIODICIDADE Mensal DISTRIBUIÇÃO VASP – Distribuidora de Publicações, SA Quinta do Grajal - Venda Seca 2739-511 Agualva Cacém Apoio ao Ponto de Venda Tel.: 21 433 70 01 | contactcenter@vasp.pt A BlueAuto é impressa em papel com origem em fontes sustentáveis e com tintas amigas do ambiente. Depois de a ler, dê-lhe um final ecológico: partilhe-a ou coloque-a no Ecoponto Azul.
EDIÇÃO PressFactory PROPRIEDADE PRESS.in, Lda. Edifício LACS Rocha Conde de Óbidos 1350-352 Lisboa BlueAuto é uma marca registada. Direito de reprodução (textos e fotos) reservados.
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atualidade
Ofensiva elétrica Seat Ao mesmo tempo que assinala os seus 70 anos de história (foi fundada a 9 de maio de 1950), a SEAT anuncia-se preparada para um futuro marcado pela eletrificação, digitalização e nova mobilidade urbana. Desde sempre apostada na inovação e no desenvolvimento tecnológico em todos os aspetos do automóvel, desde os sistemas de segurança até à conectividade mais avançada, a marca espanhola do Grupo VW assume também o seu compromisso com uma mobilidade mais sustentável e amiga do ambiente, estando já numa forte ofensiva elétrica. Como parte dessa ofensiva, está agora oficialmente confirmado que a SEAT irá lançar em 2020 e 2021 uma série de novos modelos elétricos e híbridos plug-in, os quais irão assim juntar-se ao primeiro veículo 100% elétrico deste fabricante, o já à venda SEAT Mii electric: são eles a versão PHEV da nova família Leon; o Tarraco PHEV; o crossover-coupé CUPRA Formentor, que também terá uma variante híbrida plug-in; e o novo modelo 100% elétrico el-Born.
Ford Mustang Mach-E vai melhorar com o tempo A Ford anuncia mais uma novidade para o Mustang Mach-E: a possibilidade do veículo manter-se atualizado graças ao rápido e fácil software de updates “over-the-air” que vai poder ser usado em qualquer lugar, ajudando assim a melhorar este futuro SUV desportivo 100% elétrico ao longo da sua vida, mesmo com o automóvel estacionado em casa. A marca acrescenta que estas melhorias vão além de simples atualizações dos sistemas de comunicações e de entretenimento, sendo mesmo possível atualizar sem cabos praticamente todos os módulos do computador do Mach-E, o que significa que a Ford irá oferecer melhorias de performance e aplicar características completamente novas que possam ainda nem existir quando o veículo é inicialmente entregue ao comprador. A inovadora plataforma tecnológica usada pela Ford vai permitir que muitos destes updates sejam virtualmente invisíveis para o dono do veículo e possam ser completados remotamente em menos de dois minutos.
Tesla Roadster atrasado A produção do muito aguardado Roadster da Tesla poderá estar atrasada face ao calendário inicialmente previsto, e a sua chegada ao mercado só deverá acontecer já em 2022. Recorde-se que o lançamento deste novo modelo era esperado ainda este ano, pelo menos no mercado norte-americano. A confirmar-se, o possível atraso terá como explicação o facto da Tesla ter agora outras prioridades, ao decidir apostar em concentrar os seus esforços na produção em larga escala do Model Y e nos preparativos para o lançamento do camião 100% elétrico Semi e da “pick-up” Cybertruck, bem como na construção da sua Gigafactory europeia prevista para a região de Berlim (Alemanha). O próprio Elon Musk, CEO da marca, já confirmou que só depois disso virá o Roadster, um superdesportivo elétrico anunciado como o carro mais rápido do mundo (2,1 segundos dos 0 aos 100 km/h), capaz de acelerar acima dos 400 km/h e com autonomia até aos 1000 km.
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Novidades na Aliança Renault – Nissan – Mitsubishi Os construtores automóveis que formam a Aliança Renault – Nissan – Mitsubishi acabam de revelar um conjunto de novas orientações estratégicas, no quadro de um novo modelo de cooperação cujo objetivo é maximizar a competitividade e a rentabilidade das três empresas. Cada uma das três marcas passará assim a focar-se nas regiões onde é referência no seio da Aliança (no caso da Europa, será a Renault), assumindo aí um papel de liderança e suporte, de modo a incrementar a competitividade dos parceiros e a maximizar sinergias e o potencial de partilha de custos. Por outro lado, até 2025 cerca de 50% dos modelos da Aliança vão ser desenvolvidos e produzidos sob o esquema “leader-follower” (já hoje aplicado na área dos veículos comerciais ligeiros), sendo para cada segmento determinado um modelo “mãe” (líder), a partir do qual surgirão então modelos “irmãos” (“followers”): como exemplo, a renovação do SUV do segmento C, após 2025, será conduzida pela Nissan, enquanto que a futura remodelação do SUV do segmento B, na Europa, ficará a cargo da Renault. Estima-se que o sistema “leader-follower” permita uma redução nos investimentos, por modelo, na ordem dos 40%. E esta estratégia vai estender-se das plataformas e motores a todas as tecnologias-chave, com a liderança de cada área assegurada por um dos parceiros: - Condução autónoma – Nissan - Automóveis conectados – Renault para a plataforma Android e Nissan na China - E-body (sistema principal da arquitetura elétrica e eletrónica) – Renault - Motor e-PowerTrain (ePT) – Renault (CMF-A/B ePT) e Nissan (CMF-EV ePT) - PHEV para os segmentos C/D – Mitsubishi Este novo modelo de cooperação permitirá aos três parceiros – Grupo Renault, Nissan Motor Co. Ltd. e Mitsubishi Motors Corporation – tirar o melhor partido do seu “know-how”, dos seus ativos e das suas competências, reforçando assim a Aliança no seu conjunto e no contexto de um setor automóvel em plena mutação.
Breves n Apostada em continuar a reduzir consumos e emissões, a BMW prepara-se para estender a tecnologia 48-volts de eletrificação ligeira a mais 37 modelos da sua gama. n Tal como aqui antecipámos, a Citroën vai mesmo apresentar a 30 de junho a nova geração do modelo C4, a qual irá incluir uma variante 100% elétrica, ë-C4. n A Mazda confirma que as primeiras unidades do seu primeiro modelo 100% elétrico, o SUV MX-30, têm chegada a Portugal agendada para o último quadrimestre deste ano. n Prevista para o próximo ano, a nova geração do Renault Kadjar poderá disponibilizar uma motorização híbrida plug-in. n ID.1 poderá ser a designação de um futuro veículo elétrico da Volkswagen, o qual, a confirmar-se, será o modelo de entrada na nova gama ID. (100% elétrica) da marca. n A Volvo Car Portugal anuncia a chegada ao mercado nacional de um novo modelo híbrido plug-in: o S60 Recharge. n A Hyundai agendou para 5 de junho a apresentação do projeto “Blue”, que a marca antecipa como sendo inovador na área da ECO Mobilidade. n Na fábrica da FCA em Mirafiori, Turim, arrancou já a instalação do maior projeto-piloto “Vehicle-to-Grid” (V2G) do mundo, permitindo a interação bidirecional entre veículos elétricos e a rede de distribuição de energia. n A Audi estima que até 2025 aproximadamente 40% de toda a sua produção serão veículos 100% elétricos ou híbridos plug-in.
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atualidade
Um ZOE é o 1.500.000 Renault vendido em Portugal O Grupo Renault está a celebrar a venda de 1.500.000 automóveis em Portugal. Simbolicamente, esta distinção coube a um modelo elétrico: o Renault n.º 1.500.000 comercializado no mercado nacional foi um ZOE, vendido para um cliente do distrito de Beja. Este marco histórico é atingido depois de 40 anos de presença direta da marca francesa no nosso país, nos quais lançou 77 diferentes gamas de modelos. Para o extraordinário sucesso comercial do Grupo Renault em Portugal (o país com a mais elevada quota de mercado para a marca na Europa Ocidental, apenas atrás de França) contribuem ainda os 35 anos de liderança das vendas, incluindo os últimos 22 anos de forma consecutiva. Nestas quatro décadas de história, o modelo que mais contribuiu para o incrível número de 1.500.000 unidades vendidas foram as 5 gerações do Renault Clio (desde 1990 até agora), seguido do Renault 5 1980-1991). Por curiosidade, o modelo 100% elétrico Renault ZOE já ocupa a metade da tabela de vendas da marca em Portugal, com 3.403 unidades comercializadas desde 2013.
Novo evento “ON Mobility online” A Evolut.info – especialistas em mobilidade elétrica – e a EcoMood Portugal - Associação para a Promoção Solidária da Sustentabilidade na Mobilidade Humana voltam a juntar-se para promoverem a segunda edição do evento “ON Mobility Online” (#Onmobility2020). Esta iniciativa surge agora com o intuito de debater e encontrar respostas para a nova realidade imposta pelo Covid-19, de onde surgiu o nome “ON Mobility Online: A Mobilidade Pós Covid-19”. No passado dia 26 de março, a primeira edição deste evento juntou em fórum online instituições públicas e privadas das várias áreas ligadas à mobilidade sustentável. E o segundo evento “ON Mobility Online” está marcado para 18 de junho, das 10h00 às 12h30, com os oradores convidados – personalidades destacadas, de origens e perfis diversificados, com o ponto comum de terem conhecimentos e interesses nesta temática – a analisarem em conjunto as consequências da Covid-19 na mobilidade e a descobrirem novos caminhos e soluções. As suas apresentações serão feitas remotamente, respondendo depois às perguntas escritas dos participantes, que poderão assistir à transmissão em direto, de forma interativa. Boa parte dos conteúdos ficará posteriormente disponível online. As inscrições são gratuitas, mas limitadas a 500 participantes, e deverão ser feitas através do website do evento: https://www.onmobility.live/.
Lexus UX 300e: bateria com 10 anos de garantia O modelo UX 300e prepara-se para se tornar no primeiro automóvel 100% elétrico a bateria da Lexus. Ao mesmo tempo, vai oferecer argumentos que são fruto dos 15 anos de experiência da marca “premium” japonesa na eletrificação. Sabendo-se agora que o primeiro Lexus 100% elétrico irá beneficiar em particular da liderança deste fabricante em matéria de luxo, sistemas de gestão de baterias, unidades de controlo de energia e motores elétricos. O UX 300e será assim alimentado por uma nova bateria de alta capacidade de 54,3 quilowatt / hora com uma autonomia elétrica correspondente a mais de 300 km em ciclo WLTP. E como demonstração da confiança da marca na sua tecnologia, a Lexus anuncia que vai oferecer uma garantia de 10 anos (ou 1.000.000 km) que cobre defeitos funcionais da bateria deste modelo 100% elétrico, bem como a degradação da capacidade da bateria abaixo de 70%. Além da garantia da bateria, o proprietário do UX 300e em Portugal (mercado no qual o modelo tem lançamento previsto no primeiro trimestre de 2021) irá beneficiar de uma garantia de 7 anos (ou 160.000 km) respeitante a outros componentes que não a bateria de propulsão, à semelhança do que acontece com os restantes modelos da gama Lexus.
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mercado EM PORTUGAL E EM TODA A EUROPA
Vendas de automóveis: abril foi o pior mês de sempre
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omo já se antecipava, as restrições trazidas pela pandemia de COVID-19 tiveram como resultado um mês de abril que ficará na história como o mais catastrófico de sempre para o mercado automóvel: na União Europeia, as matrículas de novos veículos de passageiros caíram -76,3% face a abril 2019, a maior queda mensal desde que há registos; uma queda que foi ainda mais violenta nos mercados italiano (-97,6%) e espanhol (-96,5%), os dois países europeus mais afetados pela pandemia; quanto a Portugal, em abril 2020 foram matriculados pelos representantes legais de marca a operar no mercado nacional apenas 2.749 veículos ligeiros de passageiros, ou seja -87% do que em igual mês do ano anterior. Descidas históricas que, somadas à quebra nas matrículas já iniciada em março, influenciam negativamente, claro, o registo anual de vendas: no período de janeiro a abril de 2020, a procura por carros novos de passageiros em toda a União Europeia contraiu em média -38,5%; enquanto em Portugal as vendas no primeiro quadrimestre do ano traduzem uma variação negativa de 40,4% relativamente a período homólogo de 2019. Ainda assim, no mercado nacional esses recordes negativos tiveram menos impacto no caso dos veículos elétricos recarregáveis, com a venda de ligeiros elétricos a bateria (BEV) e híbridos plug-in (PHEV) a atingir em abril um total de apenas 531 unidades (257 BEV e 274 PHEV), o que significa uma queda de -35,4% face ao mesmo mês de 2019; já no comparativo do total do ano até aqui (janeiro a abril), a variação continua bem positiva (+36,3%).
AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS VENDAS EM PORTUGAL JAN-ABR 2020
SHARE ELÉTRICOS RECARREGÁVEIS
11,1%
BEV PHEV
6,2% 4,9%
Total unidades vendidas: 48.031 (-40,4%)
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@tualidade online
atualidade
A mobilidade elétrica na internet e redes sociais...
Audi A6 Avant híbrido plug-in chega no verão O novo A6 Avant 55 TFSIe quattro prepara-se para chegar ao mercado português já este verão. A versão híbrida plug-in da carrinha A6 junta-se assim à Limousine TFSIe quattro, destacando-se pela sua motorização eficiente graças à combinação avançada de um motor a combustão e de um motor elétrico. A potência total do sistema é de 367 cv (270 kW) e o binário máximo de 500 Nm, disponível logo a partir das 1250 rpm. A performance dinâmica é a condizer, com aceleração 0-100 km/h de 5,7 segundos e velocidade máxima de 250 km/h. Ainda assim, o
consumo combinado de combustível e de energia anuncia 2.1-1.9 litros ou 18,117.6 kWh aos 100 km, e emissões de CO2 combinadas de 48-44 g/km. De acordo com os dados divulgados pela Audi, a bateria de iões de lítio armazena 14,1 kWh de energia, permitindo que em modo 100% elétrico a autonomia da A6 Avant 55 TFSIe quattro chegue aos 51 km, já de acordo com a norma WLTP, com a marca a destacar ainda as tecnologias inteligentes a bordo desta nova carrinha plug-in que contribuem para uma condução eficiente e de baixo consumo.
https://kia.pt/goelectric Microsite “#GOelectric” da Kia Portugal desmistifica mobilidade elétrica.
www.fundoambiental.pt/incentivo-veiculos-de-baixas-emissoes-2020.aspx Link para o formulário de candidatura ao Incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Baixas Emissões (2020) – site do Fundo Ambiental.
https://www.instagram.com/honda.pt Tiago Monteiro partilha a sua experiência de condução do Honda-e na página de Instagram da Honda Portugal.
Auchan disponibiliza carregamento para veículos elétricos A Auchan Retail Portugal vai passar a disponibilizar carregamento para veículos elétricos aos seus clientes. Desenvolvido em parceria com a Helexia, operador de mobilidade elétrica, este projeto insere-se no compromisso assumido pelas duas organizações de contribuir para um modelo de desenvolvimento económico sustentável. Numa primeira fase, serão facultados 39 postos de carregamento, em 9 localizações, que possibilitarão aos clientes da Auchan carregar os seus veículos elétricos, com toda a comodidade, enquanto fazem compras. A loja de Alverca é a primeira a oferecer este serviço: o posto de carga é composto por dois carregadores rápidos de 50 kW e quatro carregadores duplos de 22 kW, e permitirá carregar doze veículos elétricos em simultâneo. Os restantes postos de carregamento deverão avançar em breve.
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https://www.facebook.com/econversas “(re)pensamentos – ECOnversas sobre o mundo pós-covid” na página Facebook da associação EcoMood Portugal.
www.transportenvironment.org/ what-we-do/electric-cars/how-clean-are -electric-cars Comparador online das emissões CO2 ao longo do ciclo de vida de um veículo elétrico versus um veículo equivalente a diesel/ gasolina – site da Federação Europeia dos Transportes e Ambiente.
atualidade
7 milhões de veículos elétricos O número de veículos elétricos de passageiros atualmente em circulação em todo o mundo ultrapassa já as 7 milhões de unidades, de acordo com um estudo da consultora BloombergNEF (BNEF). A mesma entidade estima que a crise global causada pelo coronavírus SARS-CoV2 levará a um decréscimo de 18% nas vendas mundiais de automóveis elétricos de passageiros no final deste ano, interrompendo assim um ciclo de crescimento que já dura há 10 anos consecutivos, mas as previsões a longo prazo mantêm-se otimistas: em 2025, antecipa a BNEF, os modelos elétricos representarão 10% das vendas totais de veículos de passageiros novos, share que irá crescer para 28% em 2030 e para 58% no ano 2040.
BYD Han EV: da China para a Europa A BYD Auto Co., o maior fabricante chinês de automóveis, confirmou a distribuição europeia do seu novo modelo Han EV, um veículo 100% elétrico destinado ao segmento “premium” e para o qual estão anunciadas performances de verdadeiro desportivo (como a aceleração 0-100 km/h em 3,9 segundos). Este elegante sedan será também o primeiro modelo da BYD equipado com a inovadora tecnologia de baterias elétricas “Blade Battery”, um sistema patenteado pelo construtor chinês que se caracteriza por permitir maior segurança, ocupar menos espaço e oferecer uma autonomia estimada em mais de 600 km (ciclo NEDC); da lista de tecnologias a bordo do Han EV fará igualmente parte o “DiPilot”, um sistema inteligente e evolutivo de assistência à condução de última geração que inclui já funcionalidades autónomas.
Polestar-2 estreia sistemas de segurança Marca de performance elétrica do Volvo Car Group, a Polestar divulgou alguns detalhes relativos às características de segurança únicas do seu segundo modelo, o 100% elétrico Polestar 2, que deverá começar a ser entregue aos primeiros clientes já no verão. Fazendo jus à tradição de segurança da Volvo, este novo modelo estreia assim como inovações o reforço de proteção da bateria em caso de colisão, de modo a reduzir o risco de danos na mesma bem como a proteger os ocupantes ao manter a bateria intacta; a tecnologia “Acoustic Vehicle Alert System” (AVAS), um sistema de aviso acústico destinado a melhorar a segurança a baixas velocidades; e os airbags laterais internos instalados de série nos bancos dianteiros, que garantem proteção extra para os passageitos, protegendo-os individualmente dos dois lados e também da frente.
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apresentação
MAZDA MX-30 Conquistar a cidade
O primeiro Mazda elétrico já está pronto para chegar a Portugal, oferecendo prazer ao volante na cidade e um interior espaçoso, sem criar nenhuma poluição. O Mazda MX-30 começou a ser produzido em maio e já pode ser encomendado, começando num preço abaixo dos 35 mil euros.
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apresentação
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a Mazda, não acreditam que os motores a gasolina têm os dias contados, mas reconhecem que a procura pela eficiência energética obriga a soluções diferentes para problemas distintos. Isso significa que, para circular confortavelmente nas ruas das grandes cidades europeias, é preciso um automóvel elétrico. E agora ele já está pronto, pois o Mazda MX-30 começou a ser produzido na fábrica da marca japonesa em Hiroshima, e vai começar a chegar aos stands nacionais durante o outono. No entanto, o público português já pode reservar as primeiras unidades, pois o importador nacional já tem preços para o MX-30, que começam abaixo dos 35 mil euros na versão de entrada First Edition, e não ficam muito longe do nível Excellence. Ao conceber o seu primeiro carro elétrico, a Mazda preferiu pensar em eficiência de um modo diferente das outras marcas, instalando uma bateria de dimensões médias no seu novo SUV. Como um carro deste tipo e com estas dimensões raramente percorre grandes distâncias, a Mazda optou por uma bateria de apenas 35,5 kWh, em contraciclo relativamente à tendência da indústria para ampliar a capacidade de carga. A vantagem é que ela fica completamente carregada em menos horas, numa tomada caseira com uma capacidade máxima de 6,6 kW. O sistema também permite carregamentos rápidos em corrente contínua, num máximo de 125 amperes. A Mazda anuncia uma autonomia máxima de 200 quilómetros
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em ciclo combinado, mas se circular primariamente na cidade e não tiver muitos desníveis de terreno poderá percorrer até 262 quilómetros, suficiente para passar mais de uma semana sem ter que recarregar a bateria. E caso necessite de autonomia para uma longa viagem, em breve a Mazda vai oferecer um extensor como opcional, consistindo num motor rotativo compacto, que vai carregar a bateria em estrada. Mas para a marca japonesa está na hora de pensar nos veículos elétricos como sendo mais objetos de desejo do que uma simples personificação de uma perspetiva ecológica, e muitos elementos do MX-30 foram concebidos para oferecer prazer ao volante... Primeiro, a Mazda optou por um motor de 105 kW (143 cv) de potência, conectado ao eixo dianteiro. Depois, trabalhou no sistema de travagem de modo a ter uma reação mais natural, semelhante à de um carro com motor de combustão, em vez da travagem brusca dos motores elétricos, mas sem prejudicar a recuperação de energia. O controlo de tração eGVC Plus também tira partido do motor elétrico para otimizar a distribuição de potência por cada roda dianteira, contribuindo para melhor estabilidade em curva. O sistema de abertura de portas, sem pilar central, facilita o acesso ao habitáculo, que inclui um ecrã tátil de sete polegadas e revestimentos feitos com materiais reciclados, incluindo cortiça na consola central. A bagageira tem uma capacidade de 366 litros, apropriada para um SUV citadino. O Mazda MX-
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Em breve a Mazda vai oferecer um extensor como opcional, consistindo num motor rotativo compacto, que vai carregar a bateria em estrada.
VERSÕES E PREÇOS First Edition Excellence Excellence Pack Plus
34.535€ 35.245€ 37.655€
30 está equipado com uma série de sistemas de assistência à condução e segurança passiva, incluindo apoio inteligente à travagem, assistente de manutenção de faixa, faróis com máximos adaptativos, detetor de tráfego, detetor de fatiga no condutor e “cruise control” com radar, entre outros. n
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mobilidade elétrica
O impacto da Covid-19 na indústria automóvel
Veículos Elétricos resistem à hecatombe Henrique Sánchez Presidente da UVE – Associação Utilizadores Veículos Elétricos
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pesar do descalabro nas vendas dos automóveis ligeiros de passageiros e comerciais, com motores poluentes (gasolina e gasóleo), que caíram 86.5%, as vendas de veículos elétricos no passado mês de abril retrocederam apenas 35.4%, tendo atingido uma quota de mercado de 14.4%. As vendas de automóveis ligeiros de passageiros e de mercadorias, considerando todos os tipos de combustível/energia, registaram um autêntico colapso no mês de abril. Recuaram 84.8%, tendo sido vendidas 3.687 viaturas, das quais 531 referem-se a veículos elétricos (BEV – Battery Electric Vehicle e PHEV – Plug-in Hybrid Electric Vehicle), correspondendo a uma queda de apenas 35.4%, mostrando uma grande resiliência face ao descalabro das vendas de viaturas com motores de combustão interna. Analisando os primeiros quatro meses de 2020, enquanto as vendas dos ligeiros de passageiros e mercadorias, conside-
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Tesla, a marca de veículos 100% elétricos mais vendida em 2020 em Portugal.
rando todo o tipo de combustíveis fósseis (VCI – Veículos de Combustão Interna), recuaram 43.2%, as vendas dos automóveis ligeiros de passageiros e comerciais elétricos e eletrificados (VE – Veículos Elétricos, 100% elétricos e híbridos plug-in) aumentaram 36.3%, revelando uma grande resiliência face à contínua quebra nas vendas dos veículos mais poluentes, tendência que já vem desde o início do ano, portanto mesmo antes da declaração da pandemia e do estado de emergência. No passado mês de abril (últimos dados conhecidos no momento em que escrevo este artigo), por construtor/marca, e nos veículos 100% elétricos, o primeiro lugar nas vendas foi para a Nissan com 72 unidades entregues, seguida da Peugeot com 43, ficando o terceiro lugar para a Renault com 39. Smart com 30 e Hyundai com 17 viaturas vendidas completam os primeiros cinco lugares. No acumulado do ano de 2020, também para os veículos 100% elétricos, a Tesla mantém o primeiro lugar com 661 viaturas entregues, seguida da Nissan com 568, da Renault com 501, da Peugeot com 243 e da Hyundai com 222 unidades vendidas. Com o avançar do ano, serão disponibilizados novos modelos, como sejam o Ford Mustang Mach-E, o Mazda MX-30, o Honda -e, o Skoda Citigo-e IV, o Fiat 500e cabrio, o
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do mesmo a situar-se no terceiro lugar na categoria dos híbridos plug-in. No total dos veículos elétricos e eletrificados, Portugal ocupa o 4º lugar com uma quota de mercado de 10.6%, logo após o trio que lidera: Suécia, Finlândia e Holanda. Na categoria dos 100% elétricos, Portugal mantém o 4º lugar com uma quota de 5.8%, sendo que no trio da frente estão agora a Suécia, a Holanda e a França. Em relação aos híbridos plug-in, Portugal consegue mesmo ocupar o 3º lugar com uma quota de mercado de 4.8%, logo atrás da Suécia e da Finlândia.
Fonte: EAFO – European Alternative Fuels Observatory (Observatório Europeu de Combustíveis Alternativos)
Em termos mundiais, Portugal mantém uma posição de destaque, ocupando a sétima posição com uma quota de mercado de 3.9%, sendo que os seis primeiros lugares são ocupados pela Noruega, Islândia, Suécia, Holanda, Finlândia e China. Portugal atinge e mantém uma posição de destaque na mobilidade elétrica, quer a nível europeu quer a nível mundial.
Fonte: IEA – International Energy Agency (Agência Internacional de Energia)
Citroën e-Jumpy, o Peugeot e-Expert, todos veículos 100% elétricos, além de inúmeros modelos híbridos plug-in que também serão postos à venda, até ao fim do ano. No que se refere aos híbridos plug-in, a BMW em primeiro, a Mercedes-Benz em segundo e a Volvo em terceiro, distribuíram entre si os lugares do podium quer no mês de abril, quer no acumulado do ano. Abril mostrou uma contração significativa das vendas de veículos 100% elétricos, tendo sido o primeiro mês completo em que vigorou o estado de emergência. Registou, apesar de tudo, 257 viaturas vendidas, o que equivale a um novo máximo na quota de mercado de veículos 100% elétricos vendidos em Portugal: 7%! O mesmo cenário registou-se durante o mês de abril no que respeita aos veículos híbridos plug-in, tendo sido vendidas 274 unidades, em pleno estado de emergência, sendo atingido também um novo máximo da quota de mercado de híbridos plug-in vendidos em Portugal: 7.4%! Na União Europeia, Portugal ocupa neste momento o quarto lugar nas vendas de veículos elétricos (BEV +PHEV), chegan-
Os próximos meses poderão vir a ser um indicador da resiliência dos veículos elétricos face à completa hecatombe da indústria automóvel europeia e mundial. Para se ter uma ideia do panorama atual, no Reino Unido as vendas totais de automóveis ligeiros caíram 97% durante o mês de abril. Nada ficará como antes. Também na indústria automóvel, sendo previsível uma cada vez maior apetência por veículos elétricos suaves, trotinetes e bicicletas elétricas, mas também o andar a pé. Quanto aos ligeiros de passageiros e comerciais, deveremos ter uma cada vez maior procura por veículos elétricos. A União Europeia está a preparar um pacote de incentivos para impulsionar a utilização e a generalização dos veículos elétricos, assim como a expansão das redes de carregamento a nível de toda a Europa. A dotação poderá atingir os 80.000.000.000 de euros, incluindo a possível isenção do IVA, na compra de um veículo elétrico, para os particulares em todo o espaço europeu. Cabe a cada um de nós fazer opções mais sustentáveis, mais amigas do ambiente, mas também mais eficientes, tecnologicamente mais desenvolvidas e, muito importante, mais económicas. n
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atualidade
Hyundai “Prophecy”: um veículo elétrico que purifica o ar europeus Ford: todos os modelos vão ser eletrificados A Hyundai revelou recentemente o protótipo “Prophecy”, o segundo veículo elétrico a ser construído utilizando a plataforma EV exclusiva da marca sul-coreana – E-GMP. Com um design inspirado nos automóveis “vintage” das décadas de 1920 e 1930, este “Prophecy” até pode ser um “concept-car” mas o seu nome não foi escolhido por acaso, referindo-se ao facto de apresentar ideias e funcionalidades que a Hyundai irá desenvolver no futuro. Entre elas inovações como a substituição do volante de condução por “joysticks”; o novo “Smart Posture Care System” (SPCS), que permite que os condutores desfrutem de uma posição de condução otimizada com base nas suas características físicas; e o modo “Relax”, para tornar o veículo num espaço de relaxamento e entretenimento. Ou ainda o sistema exclusivo de filtragem que purifica o ar dentro e fora do veículo: graças ao sistema de filtragem de ar embutido no veículo que possui um sensor
que deteta partículas, quando os níveis de partículas no interior ficam demasiado elevados o sistema de ar é ativado, recorre a ar fresco do exterior e filtra-o, de forma a obter ar puro a circular por todo o veículo; este sistema não funciona apenas enquanto se conduz, já que o “Prophecy” continua a filtrar e purificar o ar mesmo quando está desligado ou a carregar e mesmo que não esteja ninguém dentro do veículo. Na maioria dos veículos o condutor ou passageiro abre a janela quando deseja um pouco de ar fresco; com o “Prophecy”, diz a Hyundai, o ar é sempre fresco...
Kia: gama eletrificada com vendas recorde Apesar do declínio no total de vendas resultante da disrupção provocada pela disseminação do coronavírus, no primeiro trimestre de 2020 a Kia Motors registou vendas europeias recorde nos seus novos modelos híbridos e elétricos, tendo no mesmo período conquistado igualmente a sua maior quota de mercado de sempre no continente europeu: as vendas dos novos modelos Kia eletrificados – híbridos, híbridos plug-in e veículos elétricos – cresceram 20,8%, tendo chegado às 21.340 unidades. Os modelos eletrificados representam agora quase um quinto de todas as vendas da Kia na Europa (18,9%), bem acima dos 13,4% registados nos primeiros três meses de 2019. No primeiro trimestre deste ano, os veículos elétricos da Kia – o e-Niro e o e-Soul – responderam por 32% de todas as vendas de modelos eletrificados (em 2019 esse “mix” era de 22%), ao mesmo tempo que também os híbridos plug-in da marca – incluindo as versões plug-in do XCeed e da Ceed Sportswagon – cresceram em popularidade, tendo representado 30% de todas as vendas de modelos eletrificados da Kia.
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Veículos elétricos: carregamentos gratuitos acabam a 1 julho Depois de se ter já iniciado o pagamento dos carregamentos de veículos elétricos nos Postos de Carregamento Rápido (PCR) e nos carregadores localizados em espaços privados (respetivamente em 1 novembro 2018 e em 1 abril 2019), chegou agora a vez dos Postos de Carregamento Normal (PCN) de acesso público: a Mobi.E acaba de anunciar o próximo dia 1 de julho como data em que termina o período transitório dos carregamentos gratuitos na rede pública nacional, iniciando-se então o pagamento dos carregamentos elétricos feitos nos Postos de Carregamento Normal (PCN) de acesso público. Ficará assim concluído o processo de concessão de toda a rede de postos de carregamento público, passando a vigorar em pleno a fase de mercado, tal como previsto no modelo português para a mobilidade elétrica. A Mobi.e informa ainda os utilizadores de veículos elétricos que para terem acesso a todos os postos que constituem a rede pública terão agora obrigatoriamente de dispor de um cartão emitido por um dos Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME), uma vez que com o fim da gratuidade nos carregamentos deixará de ser possível utilizar os cartões emitidos pela Mobi.e.
Próximo BMW 7 também vai ser elétrico Enquanto se prepara para lançar o iX3 (a produção arranca ainda este ano), o iNEXT e o i4 (estes em 2021), a BMW anuncia que até final do próximo ano haverá um quarto modelo da marca com motorização 100% elétrica: a próxima geração do BMW Série 7 estará disponível, sabe-se agora, em nada menos do que quatro diferentes variantes de propulsão – a diesel ou gasolina, híbrida plug-in e em estreia também numa versão elétrica a bateria. Esta novidade, diz a BMW, insere-se na estratégia da marca de oferecer a cada consumidor a possibilidade de optar pela tecnologia mais indicada para uma mobilidade altamente eficiente e cada vez mais sustentável.
Jeep Compass 4xe chega no 2.º semestre Os concessionários Jeep estão já a aceitar encomendas para a nova geração do modelo Compass. Construído na fábrica FCA de Melfi, Itália, e destinado ao mercado europeu, o novo Jeep Compass tem lançamento comercial em Portugal anunciado para este mês de junho e preços de tabela a partir de 27.750€ para a versão a gasolina 1.3 de 130 cv e de 37.150€ para a versão topo de gama (150 cv com caixa DDCT). A marca já tinha revelado que o novo modelo foi atualizado para oferecer mais conteúdo tecnológico, conectividade e eficiência, estreando um novo motor a gasolina 1.3 turbo com opção entre dois níveis de potência (130 ou 150 cv), que maximiza a eficiência energética e assegura emissões de CO2 mais baixas, bem como melhores performances tanto em estrada como em todo o terreno. Quanto à esperada versão 4xe que alia a tudo isso a tecnologia híbrida plug-in, sabe-se agora que estará disponível no segundo semestre do ano.
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apresentação
volvo xc40
Eletrificação total O XC40 foi o primeiro Volvo concebido com um futuro elétrico em mente, e o SUV urbano da marca sueca começa agora a dar passos em direção a esse futuro, oferecendo já uma gama ampla de modelos eletrificados e híbridos, antes da chegada do primeiro verdadeiro Volvo elétrico.
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epois de ter chegado a Portugal com motores algo convencionais, o Volvo XC40 começa agora a cumprir a promessa de se tornar um veículo revolucionário. A marca sueca tem um plano ambicioso para reduzir a sua pegada ecológica em 40 por cento até 2025, e para isso já começou a eletrificar a sua gama. O XC40 é parte importante dessa estratégia, pois vai ser o primeiro modelo de produção da marca sueca a funcionar apenas com condução elétrica, com estreia prevista para Portugal em 2021. No entanto, não é preciso esperar tanto tempo para os condutores reduzirem a sua própria pegada ecológica, pois a Volvo já tem à venda uma série de variantes que recorrem à eletricidade para reduzir os consumos, incluindo híbridos e semi-híbridos, ambos com preços a começar abaixo dos 47 mil euros. A gama de semi-híbridos ocupou, a nível internacional, o lugar anteriormente ocupado pelas versões topo de gama a gasolina. A Volvo optou por dar a designação “B” a estes propulsores, que recorrem a um sistema de recuperação de energia cinética de travagem. Esta é reaproveitada por uma bateria de 48 volts para fornecer energia a um motor elétrico de 10 kW de potência, suficiente para ajudar a fazer as acelerações e recuperações desde baixa rotação, ao mesmo tempo que permite poupar até 15 por cento de combustível em comparação a motores equivalentes. Tanto a variante B4 como a B5 usam o motor de 2 litros, a primeira com 197 cv de potência e a segunda com 247 cv. Em Portugal, o motor B4 está disponível com tração dianteira e o B5 com tração integral, e ambos recorrem à caixa automática de oito velocidades, com consumos médios de 7,2 e 7,7 litros aos 100 quilómetros, respetivamente. A variante B4 tem um preço inferior ao diesel de 150 cv com caixa automática (mas não manual), começando nos 47 mil euros na variante “Momentum Plus”, enquanto o B5 custa menos que o diesel de 190 cv, disponível apenas nas variantes de topo “Inscription” (luxuosa) e “R-Design” (desportiva), na casa dos 55 mil euros.
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Em Portugal, a única variante híbrida plug-in é a T5 Recharge, que combina um propulsor turbo a gasolina de três cilindros e 1,5 litros, de 180 cv, com um motor elétrico de 60 kW. O resultado final é uma potência combinada de 262 cv, controlada através de um sistema de tração integral e uma caixa de dupla embraiagem. A bateria de 10,7 kWh garante uma autonomia máxima de 56 quilómetros em modo totalmente elétrico, para uma consumo médio anunciado de 2,0 litros por cada 100 quilómetros percorridos. A bateria não rouba espaço à bagageira, que retém a capacidade de 460 litros das versões a gasolina e diesel, uma vez que a bateria é montada no túnel central do carro. A versão de entrada “Expression” está disponível por um preço inferior a 47 mil euros, enquanto as versões de topo “Inscription” e “RDesign” começam na casa dos 51 mil. O sistema de infoentretenimento e os serviços de conectividade continuam disponíveis no XC40, mais modernos até que nos modelos mais luxuosos da Volvo. n
VERSÕES E PREÇOS SEMI-HÍBRIDOS B4 Momentum Plus B4 Inscription B4 R-Design B5 Inscription B5 R-Design
46.796€ 49.059€ 49.367€ 55.051€ 55.420€
HÍBRIDOS PLUG-IN T5 Recharge Inscription Expression T5 Recharge R-Design Expression T5 Recharge Inscription T5 Recharge R-Design
46.588€ 47.326€ 51.016€ 51.754€
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Além das atuais versões semi-híbrida e híbrida plug-in, em 2021 chegará o XC40 Recharge P8, o primeiro Volvo 100% elétrico. blueauto
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em números...
180 km/h
1.000.000 km
A Lexus anuncia para as baterias do seu primeiro modelo 100% elétrico UX 300e uma garantia de 10 anos ou 1 milhão de quilómetros.
A Volvo Cars anuncia que todos os seus novos automóveis vêm agora equipados de série com duas importantes características relativas à segurança rodoviária: limitador de velocidade a 180 km/h e “Volvo Care Key” (funcionalidade que permite definir eventuais limites de velocidade para cada condutor).
+161,7%
No primeiro trimestre deste ano, a venda de veículos híbridos recarregáveis na União Europeia registou um crescimento de 161,7% comparativamente ao mesmo período de 2019.
15.000.000
300
Assumindo o compromisso de continuar a investir na mobilidade sustentável, a EDP definiu como meta a atingir até ao final deste ano um total de 300 pontos de carregamento para veículos elétricos.
400-800V
Desde o lançamento em 1997 da primeira geração do modelo Prius, a Toyota já vendeu mais de 15 milhões de automóveis com tecnologia híbrida.
Depois do novo modelo 100% elétrico já anunciado para o próximo ano, a partir de 2022 a Kia vai lançar outros veículos zero emissões. E esses novos VE oferecerão, diz a marca, capacidade de carga a 400 ou 800 V, permitindo carregamentos rápidos ou ultrarrápidos.
17.06.2020 A Volkswagen confirmou a data de 17 junho para o início das encomendas europeias do seu modelo elétrico ID.3.
33.227€ O novo SEAT Leon já está disponível no mercado nacional, com preços anunciados de venda ao público a partir de 24.907€. Enquanto não chega o Leon eHybrid (híbrido plug-in), também já está disponível a versão “mild-hybrid” a gasolina 1.5 eTSI, ao preço de 33.227€.
2,5s
A aceleração mais rápida de qualquer berlina de produção do mundo: dos zero aos 100 km/h em apenas 2,5 segundos. É o que promete a Tesla para o seu Modelo S Performance com tração integral e modo de aceleração “Ludicrous”, graças a uma nova atualização de software.
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novos modelos
TOYOTA HIGHLANDER Um mundo para uma família
Procurando uma alternativa para grandes famílias, a Toyota finalmente traz o Highlander para a Europa, exclusivamente como híbrido, para ajudar o agregado familiar a manter a pegada ecológica em baixo em qualquer aventura.
A
Toyota sempre teve boa imagem nos veículos de todo-o-terreno, graças a décadas de sucesso da família Land Cruiser. Mas hoje o público necessita de propostas diferentes nesse formato, e a marca japonesa também demarcou o seu próprio território no segmento SUV, um território que tem crescido muito nos últimos tempos, e que vai ficar maior nos primeiros meses de 2021, quando chegar à Europa o Highlander, um SUV híbrido de sete lugares e acabamentos luxuosos. O Toyota Highlander é um SUV de quase cinco metros de comprimentos, com três filas de bancos. Disponível há muitos anos noutros países, geralmente com um V6 a gasolina, vai chegar à Europa apenas com uma motorização híbrida convencional. Tal como o Camry, tem como base o motor 2.5, mas trabalhando em conjunto com dois motores, ligados aos dois eixos. O resultado final é uma potência combinada de 244 cv, trans-
mitida às quatro rodas quando o sistema necessita de uma melhor distribuição de tração. A Toyota promete um consumo médio de 6,6 l/100 km e emissões de CO2 de 146 g/km. O condutor pode escolher entre quatro modos de condução: Eco, Normal, Sport e Trail. Com a bateria montada por baixo da segunda fila de bancos, no centro do chassis, o Highlander não necessita de sacrificar qualquer espaço para os ocupantes ou para a bagageira. A segunda fila de bancos desliza sobre calhas numa amplitude de 180 mm, para melhorar a conforto dos ocupantes da terceira fila, e a bagageira de abertura elétrica tem uma capacidade de 658 litros, que pode ser esticada a 1909 litros com as duas filas de bancos rebatidas. Os sistemas de segurança já têm sensores que detetam peões e ciclistas, evitando colisões de forma mais eficaz. O Toyota Highlander tem lançamento em Portugal previsto durante o primeiro trimestre de 2021. n
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mercado
A “FEBRE” DOS
S.U.V. ELÉTRICOS O conceito “Sport Utility Vehicle” (S.U.V.) domina o mercado automóvel dos nossos dias, gozando das preferências dos consumidores um pouco por todo o mundo: de acordo com dados referentes ao final de 2019, este tipo de carroçaria automóvel correspondia então a cerca de 40% do total de matrículas registadas na Europa, fazendo com que a penetração dos S.U.V. se aproxime já de mercados – como a América do Norte e a China – onde a tendência é ainda mais evidente; e se considerarmos as vendas de automóveis novos por segmentos, a conclusão é que esse share passa quase para o dobro nos muito populares SUV’s mais pequenos, ditos compactos ou urbanos. Não há dúvida: os consumidores querem mesmo SUV’s! Não admira, pois, que as marcas direcionem os seus esforços para o desenvolvimento de modelos do género, subindo a altura dos seus automóveis, tornando o seu design mais estilizado e de aparência mais desportiva e robusta, abandonando os projetos de renovação de monolugares, carrinhas e afins e convertendo-os em variantes mais ou menos SUV, mesmo que tenham de chamar-lhes “crossover”, “SUV coupé”, “SUV compacto”, “SUV urbano” ou outra designação qualquer que sirva o objetivo maior de poder promovê-los como sendo SUV, e assim torná-los mais apelativos... E se a esta verdadeira “febre” dos SUV juntarmos outra tendência do momento, que é a eletrificação das gamas dos construtores de carros, estará então justificada a aposta que as marcas já estão a fazer e que anuncia uma nova “moda” que se prepara para marcar o mercado automóvel nos próximos tempos: os S.U.V. elétricos, uma nova tendência que – como aqui antecipamos com esta apresentação de modelos do género cujo lançamento está já confirmado – vem aí, e em força...
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Audi Q4 e-tron
Previsto para 2021, trata-se do primeiro modelo Audi desenvolvido sobre a nova plataforma MEB da marca: um SUV compacto 100% elétrico, de proporções semelhantes ao Q3.
BMW iX3 Mais para o final do ano a BMW apresentará o iX3, o seu primeiro SUV 100% elétrico. Fabricado na China, este modelo irá estrear uma nova geração de motores elétricos da marca, anunciando cerca de 440 km de autonomia graças à bateria de 74 kWh e 210 kW ou 286 cv de potência.
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BMW iNext Depois, já no próximo ano, será a vez da versão de produção do protótipo iNEXT, modelo SUV de dimensões próximas do X5 que a BMW anuncia como “porta-estandarte” do seu futuro tecnológico, juntando à propulsão 100% elétrica as últimas inovações em matéria de design, condução autónoma (incluindo funcionalidades autónomas de Nível 3), conectividade, eletrificação e serviços, e já apto a oferecer uma autonomia máxima estimada em mais de 600 km.
Dacia Spring Electric
Hyundai 45 EV (nome provisório)
Marca do Grupo Renault, a Dacia confirmou para 2021 o lançamento de um SUV urbano baseado no “showcar” Spring Electric recentemente apresentado. Pensado para uma utilização eminentemente citadina, promete mais de 200 km de autonomia e, como é tradição da marca, um preço acessível.
Com lançamento esperado para o próximo ano, o primeiro modelo baseado na plataforma 100% elétrica da Hyundai poderá bem ser a versão de produção antecipada há algum tempo pelo “concept” 45 EV: um “crossover” de linhas compactas e estilizadas, com dimensões mais amplas que o atual Kauai e uma autonomia acima dos 450 km.
Ford Mustang Mach-E Primeiro modelo Ford construído de raiz para funcionar exclusivamente a propulsão elétrica. As entregas em Portugal deste SUV “crossover” de elevadas performances e autonomia até 600 km (na versão com bateria de 98,8 kWh) estão previstas para o início de 2021.
Kia Imagine (nome provisório) Um “crossover” de design arrojado e performances desportivas que promete “esbater as fronteiras entre um veículo de passageiros e um SUV” é como a Kia anuncia o novo modelo 100% elétrico que vai lançar na Europa já no próximo ano. Inaugurando a plataforma E-GMP, deverá ter como base o protótipo “Imagine” revelado pela marca no ano passado. Sabe-se também que terá autonomia superior a 500 km e capacidade de carregamento ultrarrápido.
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mercado Lexus UX 300e A Lexus estreia-se ainda este ano (lançamento em Portugal no primeiro trimestre 2021) nos 100% elétricos com este “crossover” urbano equipado exclusivamente com baterias e que promete 204 cv de potência e mais de 300 km de autonomia.
Mazda MX-30 A Mazda confirmou já o início da produção do seu primeiro automóvel 100% elétrico: o SUV compacto MX-30 chegará ainda este ano, sendo proposto com uma bateria de 35,5 kWh para permitir tempos de recarga mais curtos e oferecendo a possibilidade de um extensor de autonomia através de um motor rotativo que fornece energia à bateria.
Mercedes EQA Segundo modelo Mercedes-Benz da gama 100% elétrica EQ, o EQA prepara-se para tomar a forma de um SUV compacto zero emissões de design e dimensões inspirados no GLA. Deve chegar em 2021.
Mercedes EQB A Mercedes-Benz também já confirmou para 2021 uma variante elétrica do GLB: o “crossover” 100% elétrico EQB.
Nissan Ariya Precursor de uma nova linguagem de design e tecnologia da Nissan, o SUV Ariya é um novo modelo 100% elétrico que promete agitar o mercado. Chega já em 2021.
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Opel Mokka-e A nova geração do Opel Mokka vai incluir uma variante 100% elétrica a bateria, com a marca a confirmar que a versão zero emissões deste SUV compacto estará disponível logo no início das vendas (início de 2021).
Peugeot e-2008 Já é conhecida e até já pode ser encomendada em Portugal, mas a variante elétrica do novo SUV compacto 2008 da Peugeot só vai chegar este mês ou no próximo. Oferece potência equivalente a 136 cv e uma bateria de 50 kWh que permite autonomia até aos 320 km e que pode ser recarregada a 80% em apenas 30 minutos.
Polestar 3 Previsto para 2022, o terceiro modelo da nova marca de performance elétrica da Volvo Cars vai chegar sob a forma de um SUV desportivo 100% elétrico.
Porsche Macan Depois dos Taycan e Taycan Cross Turismo, a eletrificação da gama Porsche vai continuar com o lançamento – deverá ser revelado em finais de 2021, para chegar ao mercado já em 2022 – da nova geração do SUV compacto Macan, já confirmado como um modelo 100% elétrico.
Seat el-Born Já iniciada, a ofensiva elétrica da marca espanhola continua com a preparação do lançamento de um SUV 100% elétrico baseado no protótipo el-Born. Deverá ser apresentado mais para o final deste ano e chegar já em 2021.
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mercado Skoda Enyaq iV O primeiro modelo elétrico da Skoda a chegar a Portugal (lá para o início de 2021) já está em testes de estrada: baseado na plataforma modular elétrica MEB do Grupo Volkswagen, este SUV 100% elétrico estará disponível em diferentes variantes de potência e capacidade de bateria, prometendo até 500 km de autonomia.
Tesla Model Y Já está disponível no mercado norte-americano, mas só vai chegar à Europa no início do próximo ano. Com bateria de 75 kWh e autonomia máxima que atinge os 540 km (versão Long Range).
Volkswagen ID.4 Com o ID.3 quase a chegar ao mercado, vai seguir-se (estreia internacional esperada até final do ano) o “irmão” ID.4, um SUV 100% elétrico baseado na mesma plataforma.
Volvo XC40 Recharge O primeiro Volvo 100% elétrico vai ser a versão P8 Recharge do SUV compacto XC40, prometendo potência total de 300 kW ou 408 cv (graças ao motor de 150 kW por cada eixo) e capacidade para percorrer uma distância máxima superior a 400 km com uma única carga de bateria. Chega a Portugal em 2021.
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E AINDA... ALFA ROMEO
RENAULT
Depois do SUV híbrido Tonale (que vai chegar em 2021), a Alfa Romeo prepara também o lançamento de um modelo 100% elétrico: será um mini-SUV do segmento B, já previsto para 2022.
Se é verdade que ainda não existe anúncio oficial, parece cada vez mais provável que também a Renault se prepara para marcar presença em força no mercado dos S.U.V. 100% elétricos... e não com um, mas sim com 2 modelos, que poderão assim fazer parte dos planos da marca francesa que prevê a oferta até 2022 de uma gama com nada menos do que 8 veículos elétricos: um deles um SUV Coupé, e o outro ao estilo de SUV urbano. Algum desses possíveis S.U.V. elétricos poderá até ser inspirado no espetacular protótipo Morphoz recentemente revelado, para o qual se antecipa já uma autonomia à volta dos 500-550 km.
BYD A chegada à Europa do fabricante chinês BYD Auto é feita com um modelo de SUV 100% elétrico, o Tang EV600, já anunciado como brevemente disponível no mercado norueguês.
BYTON A Byton é outro construtor automóvel chinês com assumido interesse pelo mercado europeu. E o primeiro modelo a “desembarcar” será o M-Byte, um luxuoso SUV 100% elétrico.
CUPRA A marca desportiva da SEAT ainda não o deu como confirmado, mas é quase certo que o protótipo de SUV coupé Tavascan dará origem a um veículo de série: primeiro modelo de estrada 100% elétrico da Cupra, o Tavascan foi apresentado como um desportivo associando design e performance, dotado de dois motores, um por cada eixo, que asseguram uma potência combinada de 225 kW (306 cv) e tração às 4 rodas; e de uma bateria de iões de lítio de 77 kWh, para poder percorrer até 450 km com uma única carga.
FERRARI Se publicamente ainda levanta interrogações quanto à capacidade da tecnologia elétrica hoje disponível poder responder às exigências de um superdesportivo da marca, na prática a Ferrari parece não ter perdido tempo a preparar o terreno para aquele que poderá ser o seu primeiro SUV: a confirmar-se, poderá chamar-se – sabe-se já – “Purosangue” e chegar em 2022.
MASERATI Dos planos de eletrificação da Maserati faz também parte um novo SUV (posicionado abaixo do Levante), este um modelo 100% elétrico. No próximo ano serão conhecidos mais pormenores.
MG Recuperada pelos chineses da SAIC Motor, a quase centenária marca MG reforça a aposta no seu regresso ao mercado europeu com o lançamento do MG ZS EV, um SUV 100% elétrico e preço económico.
VOLVO XC100 poderá ser a designação de um novo modelo Recharge a lançar em 2023 pela Volvo Cars: trata-se de um possível SUV de grandes dimensões e acabamentos “premium”, dotado de funcionalidades avançadas de condução autónoma e motorização 100% elétrica.
SUBARU Aproveitando as sinergias resultantes da parceria estratégica com a Toyota, a Subaru poderá estar já a preparar o seu regresso com o lançamento em 2021 de um SUV elétrico.
VOLKSWAGEN Para o próximo ano é esperado mais um modelo ID. com características de SUV 100% elétrico: a versão de produção inspirada no “concept car” ID.Roomzz começará por ser lançada em 2021 no mercado chinês, como um espaçoso veículo de quase 5 metros de comprimento, 3 filas de assentos e interior modulável.
PEUGEOT Depois do e-2008, um futuro e-3008 poderá surgir em 2023...
PININFARINA A marca de luxo Automobili Pininfarina anunciou para 2022 o lançamento do Pura Vision, um SUV elétrico de prestações desportivas.
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novos modelos
SKODA ENYAQ iV
Familiar do futuro
Falta menos de um ano para a Skoda lançar o seu primeiro carro exclusivamente eléctrico, e as primeiras informações já começam a ser conhecidas. O Enyaq iV vai ser um SUV bastante versátil, utilizando os mesmos motores do Volkswagen ID.3, com chegada prevista para os primeiros meses de 2021.
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epois de acrescentar híbridos à sua gama, a Skoda prepara-se para lançar o seu primeiro veículo criado para funcionar exclusivamente com emissões zero, o Skoda Enyaq iV. Este novo modelo 100% elétrico vai partilhar a plataforma compacta MEB, que este ano dará origem ao Volkswagen ID.3, mas, com a sua carroçaria de SUV, o Enyaq tem mais em comum com o futuro ID.4. A sua produção vai começar no final do ano, e vai chegar ao mercado nos primeiros meses de 2021, oferecendo uma autonomia de 500 quilómetros e um interior de grandes dimensões, tanto para os ocupantes do habitáculo como para a bagagem: com a plataforma elétrica, o Enyaq tem uma distância entre eixos de 2765 mm, com 4,65 metros de comprimento e 1,6 metros de altura, suficiente para oferecer uma bagageira de 585 litros. Como outros modelos construídos sobre a plataforma MEB, o Enyaq vai ter uma gama ampla de modelos, com vários níveis de potência e tamanhos de bateria. A versão de entrada (iV 50) tem apenas tração traseira, recorrendo a uma bateria de 55 kWh para fornecer energia a
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um único motor de 109 kW (equivalente a 148 cv); isto confere-lhe também uma autonomia anunciada de 340 quilómetros. A variante iV 60 passa para uma bateria de 62 kWh, ampliando a distância máxima com uma só carga para os 390 quilómetros; o seu motor tem 132 kW (179 cv de potência). Passando para o iV 80, com bateria de 82 kWh, este já está disponível com tração traseira e integral, no primeiro caso com 150 kW (204 cv) e no segundo com 195 kW (com 265 cv), pois também tem um segundo motor ligado ao eixo dianteiro; a variante de tração traseira tem 500 km de autonomia, contra 460 km na de tração às quatro rodas. No topo da gama fica a versão desportiva Enyaq vRS, exclusivamente com tração integral, com a mesma bateria de 82 kWh a fornecer energia a um motor de 225 kW (306 cv). Dependendo do tamanho escolhido para a bateria, é possível recarregar o Skoda Enyaq em seis a oito horas em casa, recorrendo a uma “wallbox” trifásica de 11 kW de capacidade. Num carregador público, o SUV elétrico checo é compatível com uma corrente contínua de até 125 kW, o que lhe permite recarregar até 80 por cento da bateria em apenas 40 minutos. No interior, além da bateria de grandes dimensões, a Skoda oferece um sistema de infoentretenimento centrado num ecrã tátil de 13 polegadas, com o qual se poderá aceder a vários serviços de conectividade e ligação permanente à internet. Em opção, pode-se também optar por um “head up display”, transmitindo informação diretamente no vidro, à frente do condutor. A marca promete recorrer a materiais sustentáveis nas decorações e revestimento do habitáculo, incluindo cabedal de madeira de oliveira, usado pela primeira vez num automóvel. O Skoda Enyaq iV junta-se ao Citigo iV como parte de uma gama de modelos elétricos da marca checa que vai crescer para dez membros até 2022. n
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Para a versĂŁo do ENYAQ equipada com bateria de 82 kWh, a Skoda anuncia atĂŠ 500 km de autonomia. blueauto
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ao volante
KIA E-SOUL Escolha única
O Kia Soul está de volta a Portugal numa nova geração, agora com uma identidade mais interessante, pois a sua forma inimitável vem acompanhada, em exclusivo, de um potente motor elétrico que oferece prazer de condução ao mesmo tempo que preserva o ambiente, por um preço de 43 mil euros e com um único e generoso nível de equipamento.
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ao volante
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Kia Soul sempre foi um carro chamativo e invulgar, mas difícil de definir em termos práticos... Na geração anterior, não era bem um SUV nem um monovolume, e era compacto o suficiente para circular de forma ágil pela cidade, faltando um ingrediente desconhecido para completar a sua identidade. Agora, nesta nova geração, esse ingrediente foi desvendado, e o Kia Soul regressou a Portugal apenas na forma do e-Soul, o modelo elétrico mais acessível da marca coreana. E embora continue a estar mais à vontade no trânsito citadino, também é capaz de oferecer alguma diversão ao volante, graças ao seu potente motor elétrico e chassis ágil. Tal como todos os automóveis elétricos compactos da Hyundai e Kia, o e-Soul está equipado com o comprovado sistema que combina uma bateria de 64 kWh com um potente motor de 150 kW, suficiente para dar ao e-Soul a força de um pequeno desportivo. Mesmo para um elétrico, o e-Soul tem uma resposta agradavelmente rápida às solicitações do pedal do acelerador. Apesar disso, não é um desportivo, e até não é difícil encontrar um equilíbrio entre andar depressa e poupar energia, pois é possível adotar um andamento controlado para manter os consumos energéticos abaixo dos 14 kWh por cada 100 quilómetros; bem mais do que os 450 quilómetros de autonomia anunciados, ou quase duas semanas sem recarregar a bateria... Para isso, vai necessitar de um terreno essencialmente plano, mantendo uma reserva para quando é necessário mais energia, em acelerações, ultrapassagens ou
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O Kia e-Soul está equipado com um sistema que combina bateria de 64 kWh com um potente motor de 150 kW.
terreno desnivelado, mas não se pode esquecer que o e-Soul conta com as patilhas no volante (para controlar a quantidade de energia recuperada da força de travagem), mas também com o modo de funcionamento (Normal, Eco ou Sport), e ainda assim há muito espaço de manobra para o condutor poder escolher o seu andamento preferido e controlar o consumo energético sem necessitar de ajudas do sistema motriz. Tal como outros veículos do género na Hyundai e na Kia, o e-Soul tem uma suspensão traseira multibraços, uma ajuda preciosa no que diz respeito à agilidade em curva, e que contribui para a sensação de prazer ao volante deste automóvel. A afinação dos amortecedores é notoriamente dura, o que é
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importante para lidar com os desníveis, as lombas e os buracos que habitualmente se encontram nas ruas das cidades portuguesas. Se passar mais tempo na cidade, vai notar que a suspensão vai contribuir para uma sensação de comodidade no interior, mas se passar mais tempo na estrada o conforto no habitáculo vai sofrer com isso. O condutor acaba por habituar-se, pois este comportamento faz parte do seu carácter e até contribui para o prazer de condução, mas os passageiros poderão não querer fazer viagens longas no e-Soul.
Centro do universo Um dos elementos que torna difícil caracterizar o Kia e-Soul como um monovolume, SUV ou qualquer outra descrição, é a sua altura. Mas também é essa altura que contribui para um bom aproveitamento do espaço interior. O e-Soul não é, no exterior, um carro muito grande, e os seus 4,2 metros de comprimento colocam-no apenas um pouco acima da média da classe de um SUV urbano. No entanto, com uma baixa distância ao solo e um tejadilho alto, o espaço de sobra para os ombros e cabeça também tem consequência no espaço para os joelhos, principalmente nos bancos traseiros, onde é possível fazer uma viagem confortável. A bagageira, por seu lado, poderia beneficiar de uma cobertura mais alta no interior, de modo a assegurar uma capacidade superior na bagageira, pois transportando o cabo do carregador, os 315 litros homologados parecem muito pouco para um carro com as suas características.
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ao volante
O sistema de infoentretenimento é fácil de utilizar, com um ecra tátil de 10,25 polegadas onde é possível aceder a várias informações, desde a navegação a ficheiros multimédia. A integração com o smartphone é rápida e intuitiva, mas o condutor também pode controlar várias funções do carro através do aplicativo UVO, que pode ser instalado tanto em Apple como em Android: este sistema é muito útil para planear viagens, monitorizando remotamente a carga da bateria e indicando os pontos de carregamento mais próximos. O sistema é compatível com carregadores de corrente contínua até 100 kW, podendo ser recarregado até 80 por cento em 42 minutos, tempo suficiente para uma refeição rápida a meio de uma viagem. Em casa, vai precisar de muitas horas, mas também pode programar no UVO a carga a atingir e as horas a que vai estar ligado. Os vários comandos, como o selecionador do modo de funcionamento, o botão de ignição e até uma ligação USB para carregar o telemóvel ou ligar diretamente ao sistema de infoentretenimento, estão todos localizados perto um dos outros, na consola central, onde normalmente estaria a alavanca das mudanças. Elementos de segurança como uma câmara traseira de estacionamento, aviso de mudança de faixa e “cruise control” adaptativo estão disponíveis de série e são uma ajuda importante à condução na cidade. O nível de equipamento único já está bem dotado, e por 43 mil euros praticamente não necessita de extras, embora permita ao condutor alguma personalização da decoração na altura da compra. n Paulo Manuel Costa (texto)
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Este modelo foi recentemente eleito Carro Urbano do Ano nos “World Car Awards”.
FICHA TÉCNICA Motor Potência Tração Suspensão Consumo Emissões CO2 PREÇO 43.000€
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Elétrico, bateria de iões de lítio de 64 kW 150 kW (204 cv) Dianteira, caixa de relação única McPherson à frente, multibraços atrás 14,1 kWh/100 km (testado) 0 g/km
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novos modelos
OS PREÇOS DO
AUDI E-TRON SPORTBACK O crossover elétrico da Audi já está em Portugal, oferecendo condições especiais de aquisição às empresas, reduzindo o preço para 62.500 euros, sempre com mais de 300 cv de potência e sem poluição.
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á mostrámos o Audi e-tron Sportback em edição anterior, mas agora aproveitamos para revelar ainda mais detalhes sobre o primeiro “crossover” desportivo elétrico da marca alemã. O e-tron Sportback começou a ser vendido no mês de maio, com preços a começar nos 75 mil euros. A carroçaria Sportback usa os mesmos motores que o e-tron mais convencional: a versão 50 com motor elétrico de 230 kW (313 cv) e bateria de 71 kWh; e a versão 55 com motor elétrico de 265 kW (360 cv) e bateria de 95 kWh. Embora a versão 50 comece nos 75.287 euros e a variante 55 nos 88.437 euros, a SIVA consegue disponibilizar o seu novo “crossover” elétrico por apenas 62.500 euros para empresas, contando com a devolução do IVA. Nestas condições, o motor 50 pode ser combinado com os níveis de equipamento Advance e S line, enquanto o 55 só pode ser combinado com o nível base. E em setembro as duas carroçarias do Audi e-tron vão ganhar uma versão ainda mais desportiva: a variante e-tron S, com motor elétrico de 320 kW (435 cv); a SIVA ainda não definiu preços, mas o objetivo é para que os valores se iniciem abaixo dos 100 mil euros. Embora a carroçaria Sportback seja sempre mais cara, esta tem a vantagem de oferecer mais dez quilómetros de
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VERSÕES E PREÇOS 50 quattro 50 quattro Advance 50 quattro S line 55 quattro 55 quattro Advance 55 quattro S line
75.287€ 76.817€ 78.587€ 88.437€ 89.967€ 91.733€
autonomia devido a uma aerodinâmica mais eficiente. Tal como o e-tron, a carroçaria Sportback beneficia de um carregamento 45 minutos mais rápido que a concorrência, graças à refrigeração da bateria. Classificação como Classe 1 nas portagens, uma bagageira de 555 litros e espelhos retrovisores virtuais (em opção) também fazem parte do pacote. n
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AUDI A3 SPORTBACK
Um primeiro passo
A nova geração do Audi A3 já está à venda em Portugal, oferecendo a primeira fase de uma linha eletrificada, combinando um sistema de recuperação de energia com o motor 1.5 TFSI, e com preços começando abaixo dos 35 mil euros.
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geração anterior chegou a ter um híbrido convencional, e agora o novo A3 também é eletrificado. Acabado de chegar ao mercado nacional, destaca-se pela variante 35 TFSI, que agora incorpora uma bateria de 48 volts e um sistema de recuperação de energia de travagem para recarregar a mesma, garantindo consumos mais baixos, pois não é preciso recorrer à força do motor a gasolina para os sistemas elétricos do carro. A variante 35 TFSI usa o motor 1.5 TFSI e em Portugal está disponível apenas com a caixa S tronic de dupla embraiagem e sete velocidades. Esta é necessária para o sistema semi-híbrido funcionar de um modo mais eficiente do que aquele que é comum nestes sistemas, fornecendo nada menos que 12 kW de potência adicional em acelerações, e até permitindo desligar o motor a gasolina durante um máximo de 40 segundos, em velocidade de cruzeiro. A Audi anuncia consumos na casa dos 4,8 a 5,1 litros por cada 100 km percorridos, e emissões de CO2 de 111 g/ km. O motor 35 TFSI pode ser combinado tanto com a carroçaria Sportback como com a Sedan, com preços a partir dos 34.628 e 35.264 euros, respetivamente, e ambas recorrem aos mesmos três níveis de equipamento: Base, Advanced e S line. Além deste motor, o Audi A3 também é oferecido com o motor 30 TFSI (1.0 de 110 cv) e um 2.0 TDI com dois níveis de potência. O novo A3 oferece uma variedade de sistemas de ajuda à condução, como a aviso de mudança de faixa (de série) e o “cruise control” adaptativo (opcional). n
VERSÕES E PREÇOS Sportback 35 TFSI S tronic Base Sportback 35 TFSI S tronic Advanced Sportback 35 TFSI S tronic S line Sedan 35 TFSI S tronic Base Sedan 35 TFSI S tronic Advanced Sedan 35 TFSI S tronic S line
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34.628€ 35.938€ 37.063€ 35.264€ 36.572€ 37.693€
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opinião
A Revolução Elétrica e a pandemia do coronavírus José Pontes n cofundador da EV Volumes (ev-volumes.com) n colaborador do Observatório Europeu de Combustíveis Alternativos
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rimeiro, era uma espécie de gripe na China. Depois, o Coronavirus rapidamente se espalhou pelo Mundo, tendo sido reconhecido como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no dia 11 de
março. País após país, as medidas de confinamento começaram a ser aplicadas, com restrições de viagem, encerramento de escolas, entre muitas outras medidas. Depois do pico de compras inicial (no qual a corrida ao papel higiénico tornou-se uma imagem icónica), deixámos de nos deslocar, de repente o teletrabalho tornou-se normal, descobrindo-se que afinal a produtividade não caiu como muitos temiam, viagens de negócios foram canceladas, a maioria delas sendo substituídas por Skype/Zoom/outras chamadas de vídeo, e o tráfego rodoviário diminuiu de forma abrupta, ajudando não só à melhoria da qualidade do ar, mas também à diminuição do ruído nas artérias das grandes cidades e à diminuição dos acidentes rodoviários. Do outro lado da moeda, a interrupção repentina da actividade económica implicou o lay-off temporário de muitas pessoas, ou mais grave, o despedimentode muitas mais, sendo estes apenas os primeiros sinais de uma crise económica que se avizinha e que se adivinha enorme. No fundo, o Coronavírus é uma tragédia em dois atos, no primeiro temos a pandemia ligada ao vírus em si, mas, como um tsunami que se segue a um terramoto, a crise económica será o segundo ato (e o mais marcante dos dois) deste terrível acontecimento. E como é que a mobilidade elétrica será afetada por estes acontecimentos dramáticos? Quando a estabilidade é a regra, as mudanças acontecem de forma progressiva, enquanto que em alturas de turbulência, como é o caso da que vivemos, as mudanças podem ser dramáticas e inesperadas.
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Tem havido receios de que a pandemia atual possa travar a eletrificação dos transportes, e embora em volume absoluto as vendas de veículos eléctricos (VE) possam cair, a queda não será tão dramática como na dos modelos movidos a combustíveis fósseis e, mesmo dentro dos veículos eletrificados, deve haver diferenças, pois se os HEVs e PHEVs sofrerão mais do que os BEVs, porque muitos PHEVs são comprados por causa dos benefícios fiscais, a queda não será tão acentuada como nos HEVs, que têm o seu principal ponto de venda (melhor eficiência de combustível) afetado pela recente queda dos preços do petróleo. Fazendo um exercício puramente hipotético, pode-se dizer que se as vendas de modelos não eletrificados caírem 80%, os HEVs baixarão 60%, os PHEVs 40%, e os BEVs 20%. Esta mudança só irá acentuar as tendências mais recentes, em que os mercados automóveis a nível global estão em queda, enquanto os veículosrecarregáveis (BEV e PHEV) estão em alta. Isto conduzirá a ganhos de quota de mercado por parte dos PHEVs, e em particular dos BEVs, com os fabricantes que estão atrasados no que toca à eletrificação a sofrerem quebras de venda acentuadas. Para evitar a falência, estes terão de lutar por uma saída, seja uma fusão, uma intervenção governamental, ou outra fonte de dinheiro fresco, enquanto que os Grupos Automóveis que têm os seus planos de eletrificação mais avançados acabarão por cortar o investimento no seu negócio de modelos de combustíveis fósseis, mantendo os seus planos de Veículos Elétricos intactos, pois sabem que é ali que reside o seu futuro. E os VE são efetivamente o ativo mais importante destes Grupos, se anteriormente os contrutores automóveis já tinham por garantido que os VE que saíam da linha de montagem já estavam vendidos, sendo normal haver listas de espera de seis ou mais meses para certos modelos, enquanto que estes tinham de esforçar-se para vender (muitas vezes à custa de descontos) os seus modelos a diesel ou gasolina, agora imaginem um cenário de queda abrupta da procura... mesmo que acabem as listas de espera e tenham de descontar alguns modelos mais antigos, os VE continuarão a ter procura, enquanto que os modelos a combustíveis fósseis serão autênticos pesos mortos. Assim, num contexto de queda das vendas, se fosse um CEO, onde reduziria os custos? No que vende, ou no que não vende?... E isso já é visível na questão das quotas de emissões de CO2 da UE, se alguns Grupos Automóveis pedem para adiar a entrada
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de viaturas mais amigas do ambiente, ou seja, viaturas elétricas, ou eletrificadas, pois após isto tudo o público e os eleitores estão mais sensibilizados para os benefícios das mesmas, já que assistiram em primeira mão aos benefícios do que seria um mundo sem emissões de gases de escape ou o ruído de viaturas a combustível fóssil. E poderão ter mesmo lido que a poluição atmosférica contribui para aumentar a suscetibilidade a infeções da via respiratória, nomeadamente ao Covid 19... Isto não significa que a Revolução seja imparável, pois há nuvens negras que podem atrasá-la, as quais não vêm do mercado automóvel, mas do que esta crise pode fazer à (geo)política global.
em vigor das novas regras, pois sabem que não poderão nem cumprir as regras, nem pagar as multas associadas, outros CEO (como é o caso do Grupo Volkswagen) estão certamente cientes do que escrevi anteriormente e da inevitabilidade da eletrificação, não estando por isso preocupados com as médias de CO2 da UE, pois sabem que o esforço para cumprir as regras da UE não será muito exagerado, mais a mais se o mercado dos modelos a combustível fóssil se contrair mais depressa que o dos VE, pois mais fácil ficará para eles cumprir as ditas regras... Assim, para além de algumas aquisições, fusões, ou intervenções dos governos locais em certos construtores, não esperaria um atraso significativo na eletrificação dos transportes. Os construtores chineses podem mesmo lucrar com a atual disrupção, pois estes são conhecidos pela sua facilidade de adaptação e ambiente competitivo, basta ver a quantidade de marcas startup 100% VE (NIO, Xpeng, WM Motors, Neta, Li Xiang...) que lá existem, pelo que será de esperar que estes se antecipem à concorrência quando se trata de operar no “novo normal”, beneficiando também pelo facto de a rede de fornecedores ser maioritariamente local e não depender das cadeias globais de abastecimento, mais passíveis de falhas nas cadeias logísticas. Assim, olhando apenas para as forças do mercado, a Revolução Elétrica poderá sofrer um soluço nos próximos tempos, mas depois disso o crescimento voltará a ser retomado, com os ganhos de quota de mercado a serem ainda mais impressionantes do que os respetivos volumes, pois se é de esperar que o mercado automóvel geral caia mais de 10% este ano, os veículos recarregáveis (BEV + PHEV) irão CRESCER mais de 10% este ano. Isto sem falar no facto que os lobbies automóveis (ACEA, entre outros) estão neste momento a tentar influenciar os meios políticos para implementar incentivos à compra de viaturas novas, por forma a promover a procura e evitar um descalabro na indústria, algo que sem dúvida terá de ficar ligado à promoção
Porque a disrupção vai acontecer em muitos aspetos da vida, a política também não será imune a estas mudanças, os atuais governos estão a ser testados pela pandemia coronavírus e muitos serão derrotados nas próximas eleições, por terem sido fracosno planeamento e tratamento da crise, ou por outros motivos. E o que os vai substituir? Mais uma vez, em tempos estáveis as mudanças acontecem progressivamente, enquanto em tempos disruptivos, como os atuais, as mudanças podem ser dramáticas e inesperadas. Quais foram as tendências políticas dos últimos anos da era AC (Antes de Corona)? Por um lado, havia forças populistas que não eram tão (ou de todo) amigas da eletrificação como os políticos tradicionais, enquanto, por outro lado, movimentos ecológicos estavam a ganhar popularidade, particularmente no segmento mais jovem da população (uma grande parte deles nem sequer é ainda elegível para votar), exigindo mudanças significativas (e rápidas) para enfrentar a Emergência Climática, sendo uma delas uma enorme adoção de VE, particularmente dos transportes públicos, e um repensar da mobilidade nas cidades. Estas tendências serão ampliadas pela atual disrupção, com os políticos tradicionais provavelmente a perderem terreno significativo, e se as forças populistas ganharem a Revolução Eléctrica enfrentará ventos contrários que provavelmente atrasarão durante anos a eletrificação dos transportes. Por outro lado, se os eco-movimentos vencerem, a eletrificação acontecerá rapidamente, antecipando em vários anos a eletrificação total dos transportes, através de regras ainda mais exigentes e proibições de viaturas de combustíveis fósseis nos centros das cidades. Quem vai ganhar com a atual crise? Cabe a nós, eleitores, decidir, portanto está nas nossas mãos decidir quem queremos a representar-nos na arena política e decidir o ritmo da Revolução... n
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ARIYA
concept-cars
Vem aí um novo Nissan 100% elétrico...
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Depois do sucesso de três gerações diferentes e várias evoluções intermédias do Leaf, a Nissan está pronta para expandir a sua gama de automóveis elétricos de modelos de passageiros. O Nissan Ariya foi revelado no Salão de Tóquio do ano passado, oficialmente ainda sob a forma de protótipo, mas com um desenho que quase não vai precisar de modificações para começar a ser produzido. Enquanto o Leaf é a uma tradicional berlina de dois volumes, o Ariya vai ser um SUV familiar, mas com um visual bem mais arrojado, grandes evoluções no campo da condução autónoma, e um prazer de condução inspirado nos sucessos da marca com automóveis desportivos. A Nissan promete potência elevada, tração às quatro rodas e um habitáculo espaçoso e confortável. O Ariya não se destina a substituir os atuais Qashqai e X-Trail, equipados com motores de combustão tradicionais, mas vai ter dimensões semelhantes, com 4,6 metros de comprimento, 1,92 de largura e 1,63 de altura. O novo carro também promete ser um centro de dados adaptável, guardando todas as informações sobre o condutor na sua chave, de modo a que tudo esteja a seu gosto quando entra no carro, desde a temperatura à iluminação, da música à rota de navegação. E até vai estar integrado com o seu telemóvel, para o guiar até ao seu destino exato, mesmo quando estaciona o carro e tem que percorrer os metros finais a pé. Precursor de uma nova linguagem de design e tecnologia Nissan – ao integrar uma motorização 100% elétrica, a inovadora transmissão “e-4FORCE” e sistema avançado de condução autónoma “ProPilot” 2.0 –, o modelo de produção em série a que este protótipo Ariya vai dar origem promete assim tornar-se em breve a nova “coqueluche” da gama de automóveis da marca japonesa, antecipando como será o futuro imediato da Nissan...
ESTANDARTE TECNOLÓGICO Os automóveis elétricos não precisam de refrigeração da mesma forma que os motores de combustão, e muitas marcas optaram por eliminar a grelha dianteira e incorporar um desenho contínuo no lugar desta. No entanto, no Ariya, a Nissan preferiu apostar numa grelha com uma textura tridimensional, em vez de uma peça contínua no para-choques. Esta demonstra não só a identidade da marca, mas também a inovação tecnológica do novo modelo. A estrutura tridimensional da grelha dianteira vai além de mero apetrecho visual, e integra um radar e outros sensores, necessários para circular como veículo autónomo.
A Nissan anuncia que o modelo de produção antecipado pelo “crossover” elétrico Ariya vai ser revelado em julho, com chegada ao mercado prevista já em 2021.
PROPORÇÕES DESPORTIVAS Apesar de ser um “crossover” com motor elétrico, a Nissan deseja conferir uma identidade desportiva ao Ariya. Para isso o designer Giovanny Arroba dotou o carro japonês de um pilar C inclinado, uma traseira mergulhante, um aileron traseiro para facilitar a passagem do fluxo de ar e melhorar a carga aerodinâmica traseira, e guarda-lamas alargados para poder albergar jantes de 21 polegadas. Desta forma, o Ariya tem um visual a condizer com o seu nível de potência. O portão da bagageira inclui um grupo ótico traseiro que ocupa toda a largura do carro, desde os faróis montados nos cantos da carroçaria.
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ARIYA
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PILOTO AUTOMÁTICO
O futuro modelo de série inspirado no “concept-car” Nissan Ariya estará equipado com a versão mais evoluída do sistema de condução autónoma da marca, o ProPilot 2.0, aqui podendo utilizar já o segundo nível de autonomia. Na prática, o Ariya vai ser capaz de circular em autoestrada numa mesma faixa sem que o condutor necessite de intervir. Com o sistema de navegação em funcionamento, o ProPilot também pode assistir o condutor em ultrapassagens, mudanças de faixa e
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saídas da autoestrada. Recorrendo a um conjunto de câmaras e sensores dispostos à volta de todo o carro, o veículo pode assim decidir qual o momento ideal para realizar uma manobra, informando o condutor através de avisos visuais e sonoros. O ProPilot também altera a iluminação anterior conforme o tipo de condução, manual ou autónoma, de modo a induzir o estado de espírito apropriado para maior ou menor concentração.
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CONFORTO MÁXIMO Tirando partido da colocação da bateria no chassis, a Nissan criou para o Ariya um interior amplo. Mas não é só nos componentes mecânicos que o “crossover” japonês ganha espaço, pois os próprios bancos foram concebidos numa estrutura leve e fina, que oferece não só espaço para as pernas como maior visibilidade para os ocupantes em todas as direções. Os revestimentos dos bancos, tanto nos encostos como no assento, são feitos em couro perfurado, melhorando a circulação de ar no interior e contribuindo para reduzir a concentração de ar quente sem ser necessário recorrer tanto à refrigeração.
MOTOR DUPLO SIMPLICIDADE A BORDO Tirando partido da colocação da bateria no chassis, a Nissan criou para o Ariya um interior amplo. Mas não é só nos componentes mecânicos que o “crossover” japonês ganha espaço, pois os próprios bancos foram concebidos numa estrutura leve e fina, que oferece não só espaço para as pernas como maior visibilidade para os ocupantes em todas as direções. Os revestimentos dos bancos, tanto nos encostos como no assento, são feitos em couro perfurado, melhorando a circulação de ar no interior e contribuindo para reduzir a concentração de ar quente sem ser necessário recorrer tanto à refrigeração.
Mesmo indicando que, quando chegar à produção, será um veículo familiar, o Nissan Ariya vai atingir níveis de performance além do que o atual Leaf é capaz. O Ariya estará equipado com o sistema de propulsão elétrica “e-4ORCE”, com dois motores, um montado em cada eixo. A marca japonesa ainda não revelou números, mas o sistema de distribuição de potência pelas quatro rodas é inspirado no que é usado no desportivo GT-R, antecipando um nível elevado de potência, com as quatro rodas motrizes a garantirem aderência em qualquer circunstância. Os motores e transmissão foram desenvolvidos em conjunto com o sistema de travagem, o que deve beneficiar tanto a segurança como a recuperação de energia, ao mesmo tempo que oferecem ao condutor de um automóvel familiar um prazer de condução raro neste género de automóveis.
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REVISTA DE IMPRENSA “Porque a mobilidade sustentável está no centro das prioridades do Grupo Renault e porque esta preocupação já faz parte da consciência e do quotidiano da maioria dos condutores, a próxima revolução na DACIA compreenderá, inevitavelmente, a oferta de automóveis elétricos de cariz económico” Grupo Renault
“Veículos conectados não é a mesma coisa que smartphones” ACEA – Associação Europeia de Construtores Automóveis (reagindo à publicação pelo Comité Europeu para a Proteção de Dados das diretrizes sobre o tratamento de dados pessoais no contexto de veículos conectados)
“Não vamos permitir que o coronavírus mate o automóvel elétrico!” ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável
“O novo Fiat 500 elétrico não é um Plano B. Não é uma plataforma já existente que ajustámos para acomodar algumas baterias. É tudo novo. E este pequeno carro, uma vez mais, é totalmente relevante. É o nosso Tesla urbano” Olivier François Presidente – Fiat Automobiles (em entrevista à AutoExpress)
“Em 2025 não vai haver uma única pessoa a dizer que em 2020 defendia os veículos a combustão” Gonçalo Caeiro Chairman – Grupo JOYN (no evento ‘ON Mobility Online’)
“Apoiar carros que funcionam com motores de combustão irá tornar obsoleto o modelo de negócio da indústria automóvel. Já em 2009 gastámos biliões em novos carros que prometiam ser limpos, e a recompensa foi o escândalo do Dieselgate alguns anos mais tarde. Não podemos cometer novamente o mesmo erro. Chega de motores velhos e sujos, agora é o momento dos novos motores zero emissões!” Julia Poliscanova Diretora, Veículos Limpos e Mobilidade Elétrica Federação Europeia dos Transportes e Ambiente
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“É preciso eletrificar mais as cidades. São precisos mais carros elétricos”
“Penso que depois do coronavírus será ingénuo esperar que tudo volte ao normal (...) e pensar que os consumidores irão regressar aos stands de vendas à procura de carros a gasolina ou a diesel; eles vão sim procurar ainda mais os carros elétricos”
António Costa Silva Professor – Instituto Superior Técnico de Lisboa (em entrevista no ‘Jornal da Noite’ da SIC)
“A Hyundai Motor irá continuar a explorar várias formas para acelerar a economia do hidrogénio” Seong Kwon Han Presidente e Chefe da Divisão de Veículos Comerciais Hyundai Motor Company
Hakan Samuelsson CEO – Volvo Cars (em declarações ao Financial Times)
“Acho que (no futuro) vai haver uma solução (tecnológica) que não vai ser o eletroquímico pura e simplesmente, ou seja a bateria (atual), baseada numa reação química. Porque a bateria tem essa desvantagem: consegue 1.000 ciclos, no máximo... E nós vamos precisar de mais. Estamos no limite do que é cientificamente possível melhorar. (...) Vai ter que ser outra tecnologia”
“É nossa convicção que a tecnologia da bateria não está ainda suficientemente desenvolvida para responder às necessidades de um supercarro. (...) Não vamos fazer um Ferrari elétrico só porque é divertido” Enrico Galliera Vice-Presidente Sénior, Direção Comercial e Marketing – Ferrari (em entrevista à Autocar)
Maria Helena Braga Professora e Diretora do Departamento de Engenharia Física – FEUP in ‘(re)pensamentos ECOnversas sobre o mundo pós-covid’ (formato promovido pela EcoMood Portugal em parceria com a TV Amadora)
“Os carros elétricos terão provavelmente um 2020 muito melhor do que o resto da indústria automóvel” Agência Internacional de Energia
“É importante que isto fique claro. Não temos nenhuma intenção de adiar os objetivos (emissões CO2) fixados (para a indústria automóvel) para 2020” Thierry Breton Comissário para o Mercado Interno – Comissão Europeia
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“O novo desafio da indústria automóvel é poupar energia, porque as baterias são caras e pesadas” Béatrice Foucher CEO – DS Automobiles (em entrevista à Automotive News Europe)
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ao volante
MERCEDES-BENZ EQC 400 4Matic
Condução elétrica “premium” A eletrificação da gama automóvel Mercedes-Benz continua a bom ritmo, com a marca alemã a antecipar que até 2022 toda a sua linha de produtos terá algum tipo de opção elétrica. Já hoje, os modelos Mercedes com “EQ” na sua designação são cada vez em maior número, desde os “EQ Boost” que identificam assistência elétrica como os sistemas 48 volts; passando pelos “EQ Power” para os híbridos “plug-in”; até à designação “EQ”, submarca para os veículos totalmente elétricos deste fabricante. Nestes últimos, e enquanto não chegam ao mercado os já confirmados EQA, EQB e EQS, a oferta de modelos 100% elétricos na gama de ligeiros de passageiros Mercedes foi inaugurada pelo porta-estandarte EQC, um automóvel “premium” que associa a eletrificação às linhas elegantes de SUV-coupé e à qualidade e robustez típicas da marca... 48
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é exatamente isso que, desde logo, se destaca no EQC: o facto de ser um SUV “premium” Mercedes... O nível superior de conforto e de qualidade dos materiais e acabamentos é assim o que se esperaria de um modelo da marca para o mesmo segmento. Tanto o condutor como os passageiros beneficiam de muito espaço e ergonomia, incluindo para a cabeça e para as pernas, e no caso dos bancos dianteiros ainda com várias configurações disponíveis de modo a maximizá-los (o espaço e a ergonomia). Isso é possível porque o habitáculo está montado sobre as baterias, que por outro lado obrigam a uma considerável distância entre eixos (2873 mm). Espaço também não falta seja para arrumação de obje-
tos no interior ou na bagageira de 500 litros, volume mais que suficiente para tornar possível uma viagem para longe... isso se a autonomia deixar. E a autonomia é relevante porque se trata afinal de um carro 100% elétrico... tudo isso que já se disse sim, mas acima de tudo um elétrico! Neste caso, o EQC está disponível numa única versão, EQC 400 4Matic: “EQC” já sabemos porquê; “400” se considerarmos que os motores elétricos têm uma potência combinada equivalente à de um motor V8 de 4 litros de cilindrada; “4Matic” como referência ao sistema “All-Wheel Drive” (AWD) próprio da marca. Sim, “os motores”, no plural, já que são mesmo dois, um em cada eixo – também para ocuparem menos espaço –, fazendo com que a potência
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total combinada chegue aos 300 kW, o equivalente a 408 cv. Também por isso, o carro funciona, na prática, com tração integral, sem precisar de um túnel de transmissão, o que ajuda ainda à altura ao solo mais baixa, para melhor estabilidade em curva. E isso reflete-se positivamente no comportamento dinâmico, outro ponto em destaque neste SUV “premium” elétrico. Embora em termos dinâmicos o maior destaque vá, claro, para as impressionantes sensações em aceleração e recuperação associadas ao facto de ser um veículo elétrico com os tais 408 cv já referidos e com o elevado binário de 765 Nm disponível – como é característica desta tecnologia – desde logo. E para alimentar toda essa potência a Mercedes recorreu a uma bateria de 80 kWh de capacidade, capaz de garantir uma autonomia WLTP anunciada à volta dos 400 km, embora em condições normais de utilização esse número seja (muito) difícil de atingir. Mesmo assim, a resposta à questão que ficou em aberto mais atrás é que sim, a autonomia do EQC 400 será suficiente para fazer uma viagem até um dos destinos mais habituais em território nacional (Porto ou Algarve, por exemplo). Mas viagem só de ida, bem entendido; para regressar já será preciso prever uma operação de recarregamento da bateria. Operação que este primeiro modelo 100% elétrico da Mercedes-Benz se encarrega de facilitar, com o sistema de navegação apto a ajudar o condutor a planear a melhor rota de modo a localizar os postos de carregamento mais próximos e aqueles que podem “encher” a bateria mais depressa (além do carregamento do-
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méstico – mais lento, claro – via tomada elétrica ou “wallbox”, a bateria pode ser carregada em segurança até 110 kW em DC, necessitando assim de apenas 40 minutos para uma carga dos 10% aos 80%), assistindo na programação do trajeto de modo a garantir haver sempre energia necessária para chegar ao destino. A monitorização e gestão do carregamento elétrico pode ser feita através do aplicativo de smartphone “Mercedes me”, que, tal como o premiado sistema de infoentretenimento MBUX (de “Mercedes-Benz User Experience”), está programado para trabalhar em conjunto com o sistema de gestão da bateria do EQC 400. Gerir a utilização da energia também influencia, já se sabe, a autonomia de um automóvel elétrico. E no caso do EQC o condutor pode fazê-lo selecionando entre cinco modos de utilização à sua disposição: D+ (modo mais desportivo), D (pouca recuperação de energia na travagem), D- (mais recuperação de energia), D-- (andamento eficiente) e D Auto (gestão automática do sistema, respondendo às solicitações do condutor). Curiosamente, com o modo D-- ativado praticamente não é preciso recorrer ao pedal do travão para
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A bateria do EQC 400 pode ser carregada dos 10% aos 80% em apenas 40 minutos (a 110 kW em DC).
FICHA TÉCNICA Motor Potência máx. Binário máx. Bateria Tração Suspensão Autonomia Consumo Sistema carregamento
elétrico, 2 assíncronos 300 kW (408 cv) 765 Nm iões de lítio, 80 kWh AWD multibraços às 4 rodas 410 km (anunciada) 22.2 kWh / 100 km (combinado) 7,4 kW em AC 110 kW em DC Aceleração 0-100 km/h 5.1 s Velocidade máx. 180 km/h (limitada) Emissões CO2 – PREÇO EQC 400 4Matic
79.150€
reduzir a velocidade, pois acumula toda a energia emitida pela desaceleração. As informações quanto ao modo de condução selecionado e ao comportamento do condutor ao volante também chegam ao sistema de navegação, ajudando assim à escolha do trajeto mais eficiente possível. Disponível em Portugal a um preço a partir dos 79 mil euros, o Mercedes-Benz EQC 400 4Matic é proposto aos clientes nacionais da marca associado a um pacote alargado de serviços e garantias. Afinal, como acontece sempre que se paga por um produto ou serviço “premium”, nem tudo são (des)vantagens... n
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novos modelos
RANGE ROVER EVOQUE / LAND ROVER DISCOVERY SPORT P300E
Comunhão com a natureza Reduzir a pegada ambiental ainda é mais importante quando surge o chamado para enfrentar a natureza e levar o automóvel para “maus caminhos”. Com o novo motor híbrido P300e, o Discovery Sport e o Range Rover Evoque tiram todo o partido da habilidade da Land Rover para o todo-o-terreno, mas sem fazer poluição na natureza.
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epois do sucesso das potentes versões P400e nos seus modelos mais luxuosos, a Land Rover já começou a espalhar a tecnologia híbrida aos seus modelos mais acessíveis. Tal como a sua variante de maiores dimensões, a versão P300e oferece um motor com potência elevada e consumos reduzidos, um sistema compacto de tração às quatro rodas que não afeta tirar espaço ao habitáculo, e a possibilidade de percorrer mais de 60 quilómetros unicamente em modo elétrico. Isto será suficiente para se divertir a fazer todo-o-terreno sem poluir o ar do campo ou da montanha, e é oferecido tanto no Land Rover Discovery Sport como no Range Rover Evoque por preços começando ligeiramente acima dos 50 mil euros. No entanto, com quatro variantes de equipamento diferentes (base, S, SE e HSE), existem acabamentos diferentes para todas as bolsas.
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O sistema híbrido das versões P300e tem como base um motor a gasolina de 1,5 litros, injeção direta e turbo, efetivamente uma variante de três cilindros do motor 2.0 usado no P400e e na maioria das versões a gasolina da Jaguar e Land Rover. Com 200 cv de potência, está ligado às rodas da frente, mas trabalha em conjunto com um motor elétrico de 80 kW, montado no eixo traseiro, para uma potência total combinada de 309 cv. O condutor pode escolher entre três modos de funcionamento: híbrido (que atua normalmente); EV (exclusivamente elétrico, em velocidades até 135 km/h); e Save (recorrendo mais ao motor a gasolina para poupar bateria). A bateria de 15 kWh é compacta o suficiente para ser montada debaixo dos bancos traseiros, fornecendo energia ao motor elétrico, mas também está conectada ao eixo dianteiro de modo a
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VERSÕES E PREÇOS LAND ROVER DISCOVERY SPORT P300e AWD 51.840€ P300e AWD S 56.719€ P300e AWD SE 60.430€ P300e AWD HSE 65.665€ RANGE ROVER EVOQUE P300e AWD 53.313€ P300e AWD S 57.786€ P300e AWD SE 62.971€ P300e AWD HSE 68.053€
reaproveitar a energia de travagem, transmitida eletricamente em vez de por um servofreio. O motor elétrico está integrado no eixo traseiro, com o semi-eixo e transmissão, e encaixa na suspensão multibraços de modo a não afetar negativamente o espaço para a bagageira. A bateria pode ser recarregada num carregador trifásico de 7 kW em menos de uma hora e meia, mas também é compatível com carregamentos de corrente contínua, até 32 kW, para cargas de 80 por cento em meia hora. Mais compacto, com um centro de gravidade mais baixo e com um comportamento potencialmente mais desportivo, o Range Rover Evoque P300e é mais eficiente que o Land Rover Discovery Sport. Com um consumo anunciado de 1,4 litros por cada 100 quilómetros percorridos e emissões poluentes de apenas 32 g/km, deverá ser capaz de percorrer um máximo de 66 quilómetros unicamente em modo elétrico. O Land Rover Discovery Sport P300e é mais pesado, com espaço para sete pessoas e mais virado para uma utilização familiar, pelo que faz apenas 62 quilómetros em modo elétrico, com um consumo médio de 1,6 l/100 km e 36 g/km de emissões de CO2. No entanto, o Discovery Sport é mais acessível ao público, com a versão de entrada a custar 51.840 euros, contra 53.313 euros do Range Rover Evoque, enquanto o topo de gama HSE está disponível por 65.665 euros no Discovery Sport contra 68.053 euros no Evoque. n
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tecnologia
ESPELHOS RETROVISORES VIRTUAIS Uma questão de visão Com a introdução de câmaras e sensores que facilitam a condução e melhoram a segurança automóvel, esta tecnologia vem agora substituir uma peça antiga, o espelho retrovisor, tornando-se um retrovisor virtual, transmitindo imagens em redor do carro em tempo real ao mesmo tempo que reduz o consumo de energia. 54
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Esta solução de câmaras no lugar dos retrovisores não tardará a ser adotada pelo resto do mundo automóvel.
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espelho retrovisor foi inventado como elemento de estratégia para corridas de automóveis, há mais de 100 anos, mas rapidamente se tornou um acessório de segurança adotado por todos os fabricantes. Hoje em dia, não há nem um automóvel novo no mundo que não tenha três espelhos retrovisores, dois deles montados no exterior do carro. E embora esta seja a melhor maneira para um condutor controlar o movimento atrás do seu campo de visão, o espelho retrovisor também é dos maiores problemas a resolver na procura por uma melhor eficiência energética.
Por mais que sejam desenhados de modo a facilitar o fluxo de ar, os espelhos retrovisores aumentam sempre a superfície frontal do veículo e contribuem para uma maior resistência aerodinâmica. Como consequência, é necessária mais potência para manter uma velocidade constante ou para acelerar, consumindo mais energia, produzida seja por um motor térmico ou por um motor elétrico. É, portanto, um obstáculo a ser eliminado, no entanto, é um equipamento de segurança que continua a ser necessário. A Audi foi a primeira a apresentar uma solução no automóvel de produção, através do espelho retrovisor virtual, um equipamento opcional oferecido no Audi e-tron. Esta solução não tardará a ser adotada pelo resto do mundo automóvel, e a Lexus também já oferece este sistema como opcional no Lexus ES. No exterior, o espelho retrovisor virtual mantém o suporte montado na porta, tal como os espelhos normais, mas reduz consideravelmente a área de resistênciaaerodinâmica substituindo o espelho por uma câmara de pequenas dimensões. Esta transmite uma imagem de alta qualidade, de cada lado do carro, com um ângulo mais amplo do que é normalmente visto num espelho retrovisor convencional. As imagens captadas pela câmara são visualizadas através de dois ecrãs de 1280 por 800 pixels, integrados no desenho do tablier, dentro do campo de visão normal do condutor, embora um pouco mais
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tecnologia
abaixo de onde estariam os espelhos normais. A Lexus optou por uma solução diferente da Audi, e montou ecrãs junto à janela, num ângulo mais natural para o condutor. A grande vantagem deste sistema é que é imune à intensidade da luz natural, permitindo ao condutor identificar outros veículos na estrada mesmo durante a noite, ou em túneis, assim como em contacto direto com a luz solar. A luminosidade dos ecrãs também se ajusta às condições naturais existentes. Finalmente, as câmaras também respondem a comandos do condutor, alterando o ângulo de visão quando é ativado o indicador de mudança de direção, ou em manobras de estacionamento. Em termos de eficiência energética, estima-se que a melhoria do fluxo aerodinâmico deverá beneficiar os consumos entre os 2 e os 7 por cento, uma diferença pequena que deverá oferecer um dia extra à carga elétrica habitual de uma semana.
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Entretanto, a Daimler foi o primeiro construtor a adaptar o sistema de espelhos retrovisores virtuais para uso em veículos pesados. Os condutores de camiões de mercadorias têm vários problemas adicionais em comparação com os condutores de veículos ligeiros, como as dimensões superiores do veículo, atrelados e um campo de visão reduzido para poderem fazer manobras em segurança ou para reconhecer a presença de tráfego automóvel nas imediações. O sistema “MirrorCam”, que já pode ser oferecido nos camiões Actros da Mercedes-Benz, é composto por câmaras montadas no pilar A e nos vértices do tejadilho: o sistema altera o ângulo de visão automaticamente, mas este também pode ser controlado manualmente pelo condutor, para lidar com tipos diferentes de curvas e de atrelados. A Mercedes promete uma redução de 1,5 por cento no consumo de combustível. n
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novos modelos
TOYOTA YARIS Adaptado ao ambiente
Falta pouco para a chegada à Europa de uma nova geração do famoso Toyota Yaris. Para manter a sua popularidade como automóvel pensado para a cidade, o carro japonês vai reduzir a sua pegada ecológica, oferecendo uma renovada versão híbrida como peça central.
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a Toyota, são poucos os modelos que não estão disponíveis com uma versão híbrida. Nalguns casos, esta variante até passou a ocupar um lugar de destaque como principal escolha do público. É o que acontece agora com a nova geração do Toyota Yaris, que antes meramente oferecia uma versão híbrida, mas que agora tem nesta motorização a principal oferta da gama. Além de passar a ser um automóvel híbrido logo na versão de entrada, no lançamento o novo Toyota Yaris também estreia uma nova plataforma técnica, denominada GA-B, que num futuro próximo vai dar origem a um SUV urbano compacto. No exterior, o novo Yaris ainda é facilmente reconhecido pelo
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público, com uma forma que combina as formas básicas do modelo anterior com vários elementos inspirados no “crossover” urbano desportivo C-HR. Os ocupantes vão beneficiar de um aumento do habitáculo, tirando proveito da distância entre eixos, ampliada em 50 mm em relação à geração anterior. Mesmo assim, a Toyota conseguiu criar uma carroçaria mais compacta, 5 mm mais curta e 40 mm mais baixa em relação ao modelo anterior. Desta forma, a Toyota conseguiu também baixar o centro de gravidade, pelo que o Yaris deverá ser ainda mais ágil em trânsito citadino. No interior, o espaço para os passageiros também é ampliado pela adoção de um sistema de ecrã tátil de grandes dimensões, concentrando várias
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eletrificação
CITROËN ë-JUMPY / OPEL VIVARO-e / PEUGEOT e-EXPERT Transporte sem censura Porque é que os veículos comerciais ainda têm motor diesel?... Talvez não precisem de ter durante muito tempo, com o Grupo PSA a juntar-se à eletrificação do segmento de transporte de mercadorias, revelando um comercial elétrico para três marcas diferentes.
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endo em conta que muitos destes veículos circulam apenas nas cidades, é de notar que os veículos comerciais ligeiros estavam mais atrasados na eletrificação que os automóveis de passageiros. Mas este segmento, que estava dominado por motores a gasóleo, já está a adaptar-se e são cada vez mais as propostas de veículos eletrificados, uma solução que em breve será obrigatória para poder transportar mercadorias aos centros das cidades, onde os veículos diesel vão ser proibidos. Assim, o Grupo PSA propõe nada menos que três alternativas para as suas marcas: o Citroën ë-Jumpy, o Opel Vivaro-e e o Peugeot e-Expert. Todos partilham a mesma plataforma técnica e a mesma forma básica. O motor é o mesmo usado nos citadinos elétricos da Opel, Peugeot e DS, com 100 kW de potência (136 cv) e um binário de 260 Nm. O Grupo PSA oferece os seus comerciais
elétricos em duas versões de bateria, com 50 kWh de capacidade e 230 quilómetros de autonomia, ou com 75 kWh e 330 quilómetros de autonomia. Recorrendo a uma “wallbox” de 11 kW, a bateria demora cinco horas (7h30 na de maior capacidade) a ser recarregada. O motor dos novos Citroën, Opel e Peugeot comerciais elétricos pode ser usado em três modos: Eco (potência limitada a 60 kW), Normal (limitada a 80 kW) e Power (a máxima, de 100 kW). Também é possível selecionar (num botão junto ao manípulo das velocidades) um modo B de recuperação de energia de travagem, mais intenso. O ecrã tátil no tablier permite ao condutor controlar a utilização e consumo da energia. O ëJumpy, o Vivaro-e e o e-Expert podem ser combinados com as três carroçarias, Compact (4,6 metros), Standard (4,95 m) e Long (5,3 metros). n
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mobilidade urbana
eDRIVE ZONE Zonas de emissões reduzidas:
“luz verde” para os híbridos BMW
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ão já várias as cidades europeias (e não só) que decidiram limitar ou mesmo impedir a circulação nos seus centros urbanos e históricos aos automóveis com motores de combustão. Um dos exemplos mais recentes é mesmo o da capital portuguesa, com a Câmara Municipal de Lisboa a anunciar a criação no eixo entre a Avenida da Liberdade e a Baixa-Chiado de uma Zona de Emissões Reduzidas (ZER) que deverá entrar em vigor já em agosto e cujo acesso só poderá ser feito por veículos autorizados, de moradores, comerciantes, cuidadores, detentores de estacionamento e garagens, bem como veículos elétricos e motociclos. E a tendência é que esse tipo de restrições se vá alargando a outros centros urbanos. Conduzir e estacionar
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um veículo que não seja 100% elétrico nas zonas mais centrais das grandes cidades será assim cada vez mais difícil... A pensar nessa limitação, a BMW propõe como solução para os seus modelos híbridos recarregáveis o serviço digital “eDrive Zone”, que vai passar a estar disponível de série nas variantes “plug-in” dos Séries 3, 5 e 7, além do X5: trata-se de uma funcionalidade que garante a comutação automática para o modo de operação totalmente elétrico assim que o veículo entra dentro de um perímetro urbano selecionado, como essas zonas de emissões reduzidas, possibilitando assim o seu acesso às mesmas. Esta funcionalidade a bordo dos modelos “premium” na gama de híbridos plug-in da marca alemã recorre à combinação de tecno-
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O serviço digital “eDrive Zone” vai estar disponível nos modelos plug-in BMW Série 3, Série 5, Série 7 e X5.
logia inovadora nas áreas da eletrificação e da digitalização, proporcionando através de um serviço digital único a otimização das conhecidas capacidades de condução em modo zero-emissões que muitos dos automóveis híbridos hoje oferecem. Para ativar automaticamente o funcionamento do modo 100% elétrico, desativando pois o (pouco ou muito, sempre poluente) motor convencional, o serviço digital “eDrive Zone” exclusivo da BMW recorre a tecnologia de georreferenciação via sistema GPS, identificando assim as zonas de acesso limitado ou mesmo proibido. A BMW diz que zonas como essas de emissões reduzidas em que só são autorizados veículos que não funcionem com motores a combustão, ou seja zonas de condução elétrica (“Drive”), estão atualmente identificadas em cerca de 80 cidades de toda a
Europa. Dessa forma, o serviço “eDrive Zone” é automaticamente ativado quando o sistema de posicionamento global por satélite (GPS) “reconhece” um desses locais previamente mapeados e o relaciona com a posição instantânea do veículo. Ao mesmo tempo, quando o serviço é ativado, cada uma das zonas de acesso condicionado “eDrive Zone” identificadas pelo sistema de navegação aparece em destaque gráfico no painel de bordo do veículo, com uma mensagem a informar então o condutor que o veículo vai comutar automaticamente para o modo de condução elétrico assim que entrar numa dessas zonas. O serviço digital “eDrive Zone” passa agora – como já se disse – a ser de série em todos os modelos plug-in dos BMW Série 3, Série 5, Série 7 e X5. E outra novidade é que a partir do verão 2020 esses modelos híbridos recarregáveis vão ser equipados também com um sistema sonoro para o modo de condução elétrica: sempre que este modo é ativado ou desativado, isso é acompanhado por um sinal acústico característico. n
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dossier
COMO FUNCIONA...?
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AUTOMÓVEL
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NO ARRANQUE...
HÍBRIDO
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É acionado unicamente o motor elétrico, alimentado pela bateria de alta voltagem.
EM CONDUÇÃO NORMAL...
partir deste mês, Como Funciona?... passa a ser uma secção mensal na BlueAuto, tentando desconstruir na prática, para melhor compreensão dos (muitos) novos utilizadores destas tecnologias, os conceitos básicos por detrás da mobilidade elétrica. E um desses conceitos tem a ver com os automóveis híbridos, cuja diversidade gera muitas dúvidas e questões; até porque os há de vários tipos e feitios, recorrendo a múltiplas e distintas tecnologias: híbrido em série ou em paralelo, “full hybrid” e híbrido “plug-in”... Na realidade, um automóvel dito híbrido designa, antes de mais, a integração no mesmo veículo de dois tipos distintos de propulsão: geralmente, um motor de combustão interna associado a um motor elétrico. Trata-se assim de um veículo automóvel que combina componentes de um sistema de propulsão convencional – como sejam um motor de combustão interna a gasolina ou gasóleo e uma transmissão – com outros componentes elétricos – um motor elétrico, alimentação eletrónica e uma bateria, este último um dispositivo de armazenamento de energia de elevada voltagem, que converte essa energia química armazenada em eletricidade. Pode-se considerar que esta é uma solução intermédia entre os carros convencionais que até aqui usamos, a gasolina ou gasóleo, e a solução de veículos “zero emissões”, totalmente não poluentes; cuja finalidade principal é responder à necessidade de reduzir os consumos de combustível bem como o nível de emissões poluentes, além de que, no caso de modelos de características mais desportivas, a adoção da tecnologia híbrida permite potenciar performances ao juntar a potência do sistema elétrico ao motor convencional. Mas então, na prática, como funciona um automóvel híbrido?... Para mais fácil compreensão do princípio de funcionamento, por agora vamos deixar de lado os detalhes técnicos de cada sistema ou tecnologia – até mesmo porque isso pode variar em função da solução ou opção tecnológica adotada por cada marca; essa descrição detalhada ficará para outras edições deste dossier prático Como Funciona?... – e concentrar-nos aqui unicamente na gestão de cada situação de marcha do veículo: sem esquecer que os sistemas inteligentes dos carros atuais estão aptos a gerir o modo de funcionamento também em função de parâmetros como, por exemplo, a autonomia elétrica disponível num dado momento, vamos então conhecer neste esquema-tipo ilustrativo o princípio básico dos diferentes modos de funcionamento do fluxo de energia, que pode servir para compreender como realmente funciona, na prática, um veículo híbrido... n
A velocidade constante, o veículo é propulsionado por qualquer um dos dois sistemas, o motor de combustão interna ou o motor elétrico, ou nalguns casos mesmo com os dois combinados, dependendo essa gestão do modo que for mais eficiente em termos de otimização do consumo.
EM ACELERAÇÃO E EM SUBIDA... Ao pressionar mais fortemente o acelerador, os dois sistemas – térmico e elétrico – trabalham em simultâneo e com a maximização da aceleração a exigir ainda a utilização adicional de energia acumulada na bateria.
EM DESACELERAÇÃO E TRAVAGEM... O motor elétrico continua em funcionamento, com o sistema a aproveitar para acionar a regeneração de energia de modo a converter a energia cinética (aquela associada ao movimento de deslocação do veículo) em eletricidade usada para recarregar a bateria propulsora.
NO PARA-ARRANCA...
É uma situação típica de apelo à poupança de combustível, pelo que o esforço é feito integralmente pelo motor elétrico.
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Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal A substituição do motor de combustão pelo motor elétrico vai mesmo acontecer, a curto ou médio prazo. Até lá, o mercado ainda vê nos automóveis híbridos e elétricos uma alternativa e não aquilo que é convencional, mas a oferta não para de crescer. A maioria das marcas presentes em Portugal vendem já hoje um automóvel ligeiro com este tipo de energia, de todos os tamanhos, com todas as funções e com preços para todas as bolsas. Marca a marca, conheça aqui todos os elétricos e híbridos (e também semi-híbridos) já à venda...
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SEMI-HÍBRIDOS
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AUDI A3
AUDI A4
AUDI A6
Semi-híbrido, 1.5TFSI, 150 cv Consumos 5,6 a 6,2 l/100 km Emissões 128 a 142 g/km PREÇOS Sportback Base 35 TFSI 34.620€ Sportback Advanced 35 TFSI 35.930€ Sportback S Line 35 TFSI 37.053€
Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 163 a 347 cv Consumos 3,7 a 7,1 l/100 km Emissões 98 a 185 g/km PREÇOS 35 TDI desde 47.202€ S4 TDI 84.220€ Avant 35 TDI desde 49.132€ S4 TDI quattro 86.712€
Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 204 a 347 cv Consumos 5,3 a 7,9 l/100 km Emissões 139 a 205 g/km PREÇOS 40 TDI desde 61.132€ 50 TDI quattro desde 89.993€ S6 TDI quattro 109.010€ Avant 40 TDI desde 63.302€ Avant 50 TDI quattro desde 93.393€ S6 Avant TDI quattro 111.922€ Allroad 45 TDI quattro 93.773€ Allroad 50 TDI quattro 98.062€ Allroad 55 TDI quattro 107.000€
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SEMI-HÍBRIDOS AUDI A7 SPORTBACK
AUDI A8
AUDI Q5
Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 204 a 347 cv Consumos 5,4 a 7,8 l/100 km Emissões 142 a 205 g/km PREÇOS 40 TDI 66.742€ 50 TDI quattro 97.683€ S7 TDI quattro 116.513€
Semi-híbrido, 3.0 TDI, 286 cv Consumos 7,1 a 7,3 l/100 km Emissões 187 a 190 g/km PREÇOS 50 TDI quattro 126.843€ L 50 TDI quattro 129.583€
AUDI Q7
AUDI Q8
Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 163 a 347 cv Consumos 5,6 a 8,2 l/100 km Emissões 146 a 213 g/km PREÇOS 35 TDI quattro Base 60.499€ 35 TDI quattro Design 62.412€ 35 TDI quattro Sport 62.412€ 40 TDI quattro Base 65.299€ 40 TDI quattro Design 67.095€ 40 TDI quattro Sport 67.274€ 50 TDI quattro Base 88.499€ 50 TDI quattro Design 90.299€ 50 TDI quattro Sport 90.301€ SQ5 TDI quattro 94.999€
Semi-híbrido, 3.0 TFSI, TDI e 4.0 TDI, 231 a 435 cv Consumos 6,8 a 9,1 l/100 km Emissões 179 a 239 g/km PREÇOS 55 TFSI quattro desde 93.953€ 45 TDI quattro desde 90.344€ 50 TDI quattro desde 101.854€ SQ7 TDI quattro 140.595€
Semi-híbrido, 3.0 TDI e 4.0 TDI, 286 a 435 cv Consumos 8,1 l/100 km Emissões 212 g/km PREÇOS 50 TDI quattro 115.192€ SQ8 TDI quattro 147.743€
BMW X3 Semi-híbrido, 2.0 d, 190 cv Consumos 4,8 l/100 km Emissões 126 g/km PREÇOS xDrive 20d
BMW 320d
BMW 520d
Semi-híbrido, 2.0 d e 3.0 d, 190 a 340 cv Consumos 4,0 a 5,4 l/100 km Emissões 105 a 143 g/km PREÇOS 320d 320d Touring M340d M340d Touring
Semi-híbrido, 2.0 TwinPower Turbo, 190 cv Consumos 4,1 a 4,3 l/100 km Emissões 108 a 114 g/km PREÇOS 520d Berlina 59.046€ 520d Touring 62.045€
48.948€ 50.657€ 81.740€ 83.330€
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61.040€
BMW X4 Semi-híbrido, 2.0 d, 190 cv Consumos 4,8 l/100 km Emissões 125 g/km PREÇOS xDrive 20d
63.050€
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SEMI-HÍBRIDOS BMW X5
BMW X6
FIAT PANDA
Semi-híbrido, 3.0 d, 340 cv Consumos 5,9 l/100 km Emissões 154 g/km PREÇOS xDrive 40d
Semi-híbrido, 3.0 d, 340 cv Consumos 5,8 l/100 km Emissões 153 g/km PREÇOS xDrive 40d
Semi-híbrido, 1.0 GSE, 70 cv Consumos 5,4 l/100 km Emissões 122 g/km PREÇOS Hybrid desde 14.976€
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114.200€
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FORD KUGA
Semi-híbrido, 1.0 GSE, 70 cv Consumos 5,3 l/100 km Emissões 119 g/km PREÇOS Hybrid desde 17.710€ C Hybrid desde 20.210€
Semi-híbrido, 1.0 Ecoboost, 125 e 155 cv Consumos 5,5 a 5,7 l/100 km, Emissões 125 a 130 g/km PREÇOS Titanium Ecoboost 125 23.663€ Titanium Ecoboost 155 24.562€ ST-Line Ecoboost 125 24.932€ ST-Line Ecoboost 155 25.833€ ST-Line X Ecoboost 125 26.660€ ST-Line X Ecoboost 155 27.561€
Semi-híbrido, 2.0 EcoBlue, 150 cv Consumos 4,4 l/100 km Emissões 115 g/km PREÇOS Titanium EcoBlue 150 37.325€ ST-Line EcoBlue 150 38.980€ ST-Line X EcoBlue 150 41.013€
FORD TRANSIT
HYUNDAI TUCSON
Semi-híbrido, 2.0 EcoBlue, 130 a 170 cv Consumos 7,9 a 9,3 l/100 km Emissões 208 a 245 g/km PREÇOS Van H2 EcoBlue desde 23.915€ Van H3 EcoBlue desde 24.240€
Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 115 e 136 cv Consumos 5,5 a 5,6 l/100 km Emissões 144 a 147 g/km PREÇOS 1.6 CRDi 115 desde 31.705€ 1.6 CRDi 136 desde 35.255€
FORD TRANSIT/TOURNEO CUSTOM Semi-híbrido, 2.0 EcoBlue, 105 a 185 cv Consumos 7,0 a 7,8 l/100 km Emissões 183 a 204 g/km PREÇOS EcoBlue desde 52.849€ Kombi EcoBlue desde 29.565€ Van EcoBlue desde 21.987€ Kombivan EcoBlue desde 22.041€
66
blueauto
guia de compras
SEMI-HÍBRIDOS KIA CEED
KIA SPORTAGE
Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 115 e 136 cv Consumos 4,6 a 5,1 l/100 km Emissões 121 a 133 g/km PREÇOS 1.6 CRDi desde 22.160€ SW 1.6 CRDi desde 23.140€
Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 115 e 136 cv Consumos 5,5 a 5,9 l/100 km Emissões 143 a 153 g/km PREÇOS 1.6 CRDi desde 26.490€
LAND ROVER DISCOVERY SPORT Semi-híbrido, 2.0 MHEV e MHEV D, 150 a 250 cv Consumos 6,9 a 9,3 l/100 km Emissões 181 a 210 g/km PREÇOS P200 AWD desde 52.521€ P250 AWD desde 57.106€ D150 AWD desde 56.028€ D180 AWD desde 58.547€ D240 AWD desde 62.940€
MAZDA 3 MAZDA 2 Semi-híbrido, 1.5 SkyActiv-G, 115 cv Consumos 5,3 l/100 km Emissões 120 g/km PREÇOS Essence SkyActiv-G 18.048€ Evolve SkyActiv-G 19.783€ Advance SkyActiv-G 20.130€
Semi-híbrido, 2.0 SkyActiv-G, 122 a 180 cv Consumos 5,4 a 6,5 l/100 km Emissões 122 a 148 g/km PREÇOS HB SkyActiv-G desde 25.988€ HB SkyActiv-X desde 34.349€ SD SkyActiv-G desde 26.021€ SD SkyActiv-X desde 34.325€
MAZDA CX-30 Semi-híbrido, 2.0 SkyActiv-G, 122 a 180 cv Consumos 5,9 a 7,3 l/100 km Emissões 133 a 165 g/km PREÇOS SkyActiv-G 2WD desde 27.645€ SkyActiv-X 2WD desde 33.850€ SkyActiv-X 4WD desde 40.907€
MERCEDES CLASSE E MERCEDES CLASSE C Semi-híbrido, 1.5 turbo, 184 cv Consumos 6,0 l/100 km Emissões 136 g/km PREÇOS C 200 44.250€ C 200 Station 45.850€ C 200 Coupé 47.050€ C 300 Coupé 56.250€ C 200 Cabrio 56.200€ C 300 Cabrio 64.950€
Semi-híbrido, 2.0 e 3.0 turbo, 197 e 435 cv Consumos 7,2 a 9,4 l/100 km Emissões 143 a 214 g/km PREÇOS E 200 57.150€ E 200 Station 59.900€ E 200 Coupé 58.050€ E 200 Cabrio 65.400€ AMG E 53 4Matic+ 98.200€ AMG E 53 4Matic+ Station 99.150€ AMG E 53 4Matic+ Coupé 98.650€ AMG E 53 4Matic+ Cabrio 106.800€
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MERCEDES CLS Semi-híbrido, 3.0 turbo, 367 a 435 cv Consumos 8,4 a 9,3 l/100 km Emissões 190 a 211 g/km PREÇOS CLS 450 90.800€ AMG CLS 53 4Matic+ 115.200€
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SEMI-HÍBRIDOS
MERCEDES GLC
MERCEDES GLE
MERCEDES GLS
Semi-híbrido, 2.0 turbo, 197 e 258 cv Consumos 7,0 a 8,2 l/100 km Emissões 161 a 186 g/km PREÇOS GLC 200 60.450€ GLC 200 4Matic 62.900€ GLC 200 Coupé 61.950€ GLC 200 4Matic Coupé 64.450€ GLC 300 4Matic 66.050€ GLC 300 4Matic Coupé 67.700€
Semi-híbrido, 3.0 turbo, 367 a 435 cv Consumos 8,8 a 10,6 l/100 km Emissões 199 a 240 g/km PREÇOS GLE 450 4Matic 89.950€ AMG GLE 53 4Matic+ 103.600€ AMG GLE 53 4Matic+ Coupé 132.600€
Semi-híbrido, 4.0 turbo, 489 cv Consumos 12 l/100 km Emissões 272 g/km PREÇOS GLE 580 4Matic 161.386€
RANGE ROVER SPORT RANGE ROVER EVOQUE RANGE ROVER Semi-híbrido, 3.0 MHEV, 400 cv Consumos 10,6 l/100 km Emissões 240 g/km PREÇOS 3.0 Si desde 134.201€
Semi-híbrido, 2.0 MHEV e MHEV D, 150 a 300 cv Consumos 5,6 a 8,1 l/100 km Emissões 149 a 186 g/km PREÇOS P200 AWD desde 53.953€ P250 AWD desde 58.367€ P300 AWD desde 63.255€ D150 AWD desde 56.225€ D180 AWD desde 58.605€ D240 AWD desde 63.055€
Semi-híbrido, 3.0 MHEV, 400 cv Consumos 10,3 l/100 km Emissões 234 g/km PREÇOS 3.0 Si desde 106.254€
SEAT LEON Semi-híbrido, 1.5 eTSI, 150 cv Consumos 5,8 l/100 km Emissões 132-133 g/km PREÇOS 1.5 eTSI XCellence 33.683€ 1.5 eTSI FR 33.979€
SUZUKI IGNIS Semi-híbrido, 1.2 SHVS, 90 cv Consumos 4,3 l/100 km Emissões 97 g/km PREÇOS 1.2 GLE 1.2 GLE 4x4 1.2 GLX 1.2 GLX 4x4
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SUZUKI S-CROSS
14.945€ 16.490€ 16.414€ 17.913€
Semi-híbrido, 1.4T SVHS, 129 cv Consumos 5,6 a 6,2 l/100 km Emissões 128 a 140 g/km PREÇOS 1.4T GLE 24.208€ 1.4T GLX 26.801€ 1.4T GLX 4x4 28.675€
blueauto
SUZUKI SWIFT Semi-híbrido, 1.2 SHVS, 90 cv Consumos 4,0 l/100 km Emissões 90 g/km PREÇOS 1.2 GLE 15.275€ 1.2 GLE 4x4 16.831€ 1.2 GLX 17.003€
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SEMI-HÍBRIDOS SUZUKI VITARA
VOLKSWAGEN GOLF
VOLVO S60/V60
Semi-híbrido, 1.4T SVHS, 129 cv Consumos 5,7 a 6,2 l/100 km Emissões 129 a 141 g/km PREÇOS 1.4T GLE 24.927€ 1.4T GLE 4x4 26.808€ 1.4T GLX 27.214€ 1.4T GLX 4x4 29.095€
Semi-híbrido, 1.5 eTSI, 150 cv Consumos 5,7 l/100 km Emissões 130 g/km PREÇOS 1.5 eTSI Life DSG 33.628€ 1.5 eTSI R-Line DSG 40.279€
Semi-híbrido, 2.0 B4 e B5, 197 a 250 cv Consumos 6,8 a 7,5 l/100 km Emissões 153 a 170 g/km PREÇOS S60 B5 desde 50.034€ V60 B4 desde 44.136€ V60 B5 desde 54.820€
VOLVO XC40
VOLVO XC60
VOLVO XC90
Semi-híbrido, 2.0 B4 e B5, 190 a 247 cv Consumos 7,3 a 8,2 l/100 km Emissões 167 a 186 g/km PREÇOS B4 desde 46.796€ B5 desde 55.051€
Semi-híbrido, 2.0 B4, B5 e B5 Diesel, 190 a 250 cv Consumos 6,2 a 8,6 l/100 km Emissões 162 a 196 g/km PREÇOS B4 desde 59.273€ B5 desde 62.264€ B5 Diesel desde 68.582€
Semi-híbrido, 2.0 B5 Diesel, 235 cv Consumos 6,6 l/100 km Emissões 174 g/km PREÇOS B5 Diesel desde 83.843€
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HÍBRIDOS FORD MONDEO HEV
HONDA CR-V HYBRID
HYUNDAI IONIQ HYBRID
Híbrido, 2.0 HEV, 187 cv (pot. total) Consumos 5,6 a 6,0 l/100 km Emissões 127 a 138 g/km PREÇOS HEV desde 34.240€ Station HEV desde 35.155€
Híbrido, 2.0 i-MMD, 184 cv (pot. total) Consumos 5,3 a 5,5 l/100 km Emissões 120 a 126 g/km PREÇOS Hybrid 2WD desde 43.425€ Hybrid 4WD Executive 54.100€
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 3,9 l/100 km Emissões 92 g/km PREÇOS HEV 31.456€ HEV Pack Plus 34.456€
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guia de compras
HÍBRIDOS
70
HYUNDAI KAUAI HYBRID
KIA NIRO
LEXUS CT
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 5,0 l/100 km Emissões 90 g/km PREÇOS HEV Premium 29.205€
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 3,8 l/100 km Emissões 86 g/km PREÇOS HEV Urban 25.470€ HEV Drive 27.470€ HEV Tech 29.420€
Híbrido, 1.8 VVT-i, 136 cv (pot. total) Consumos 3,6 l/100 km Emissões 93 g/km PREÇOS CT200h Business 30.600€ CT200h Executive 31.900€ CT200h Executive+ 34.200€ CT200h F Sport 36.800€ CT200h F Sport+ 43.300€ CT200h Luxury 42.600€
LEXUS ES
LEXUS IS
Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total) Consumos 4,4 l/100 km, Emissões 120 g/km PREÇOS ES300h Business 59.000€ ES300h Executive 63.500€ ES300h Executive+ 64.500€ ES300h F Sport 65.500€ ES300h F Sport+ 70.500€ ES300h Luxury 75.000€
Híbrido, 2.5 VVT-i, 223 cv (pot. total) Consumos 4,3 l/100 km Emissões 99 g/km PREÇOS IS300h Business 44.100€ IS300h Executive 47.000€ IS300h Executive+ 50.900€ IS300h F Sport 51.600€ IS300h F Sport+ 57.800€ IS300h Luxury 58.100€
LEXUS LS
LEXUS NX
LEXUS RC
Híbrido, 3.5 VVT-i, 359 cv (pot. total) Consumos 7,0 l/100 km Emissões 158 g/km PREÇOS LS500h Executive+ 134.711€ LS500h F Sport 147.711€ LS500h Luxury 154.711€ LS500h Superlative 168.711€
Híbrido, 2.5 VVT-i, 197 cv (pot. total) Consumos 5,5 a 5,7 l/100 km Emissões 127 a 130 g/km PREÇOS NX300h Business FWD 53.600€ NX300h Executive FWD 58.800€ NX300h Executive+ FWD 61.000€ NX300h F Sport AWD 66.000€ NX300h F Sport+ AWD 73.600€ NX300h Luxury AWD 73.600€
Híbrido, 2.5 VVT-i, 223 cv (pot. total) Consumos 4,8 l/100 km Emissões 109 g/km PREÇOS RC300h Executive 53.900€ RC300h Executive+ 55.200€ RC300h F Sport 60.900€ RC300h F Sport+ 61.900€ RC300h Luxury 61.400€
blueauto
LEXUS LC Híbrido, 3.5 VVT-i, 359 cv (pot. total) Consumos 6,4 l/100 km Emissões 145 g/km PREÇOS LC500h Luxury 121.500€ LC500h Sport 125.500€ LC500h Sport+ 133.500€
guia de compras
HÍBRIDOS LEXUS RX
LEXUS UX
TOYOTA CAMRY
Híbrido, 3.5 VVT-i, 313 cv (pot. total) Consumos 5,2 a 6,0 l/100 km Emissões 132 a 138 g/km PREÇOS RX450h Business 83.500€ RX450h Executive 95.500€ RX450h Executive+ 99.700€ RX450h F Sport 101.000€ RX450h F Sport+ 106.500€ RX450hL Executive 99.000€ RX450hL Executive+ 102.000€ RX450hL Luxury 108.500€
Híbrido, 2.0 VVT-i, 184 cv (pot. total) Consumos 4,5 l/100 km Emissões 120 g/km PREÇOS UX250h Business FWD 42.950€ UX250h Executive FWD 46.000€ UX250h Executive+ FWD 47.400€ UX250h Premium FWD 50.800€ UX250h F Sport FWD 51.100€ UX250h F Sport AWD 53.000€ UX250h F Sport+ FWD 60.200€ UX250h F Sport+ AWD 62.100€ UX250h Luxury FWD 60.700€ UX250h Luxury AWD 62.600€
Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total) Consumos 5,5 l/100 km Emissões 125 g/km PREÇOS Hybrid DF Exclusive 43.990€ Hybrid DF Luxury 46.990€ Hybrid DF Limousine 49.990€
TOYOTA C-HR HYBRID
TOYOTA COROLLA HYBRID Híbrido, 1.8 e 2.0 VVT-i, 122 e 180 cv (pot. total) Consumos 4,9 a 5,3 l/100 km Emissões 110 a 119 g/km PREÇOS Hybrid desde 25.430€ Sedan Hybrid desde 28.990€ Touring Hybrid desde 26.630€
TOYOTA PRIUS Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total) Consumos 4,8 l/100 km Emissões 108 g/km PREÇOS Hybrid Exclusive 32.890€ Hybrid Luxury 36.890€ Hybrid Premium 38.390€
Híbrido, 1.8 e 2.0 VVT-i, 122 e 180 cv (pot. total) Consumos 4,8 a 5,3 l/100 km Emissões 110 a 120 g/km PREÇOS Hybrid Comfort Hybrid Square Collection Hybrid Exclusive Hybrid DF Square Collection Hybrid DF Exclusive Hybrid DF Lounge Hybrid DF Premier Edition
28.865€ 31.335€ 32.835€ 34.135€ 35.635€ 38.635€ 38.635€
TOYOTA PRIUS+
TOYOTA RAV4
TOYOTA YARIS HYBRID
Híbrido, 1.8 VVT-i, 136 cv (pot. total) Consumos 5,8 l/100 km Emissões 132 g/km PREÇOS Hybrid Luxury 37.990€ Hybrid Premium 42.390€
Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total) Consumos 5,6 l/100 km Emissões 128 g/km PREÇOS Comfort 40.990€ Square Collection 44.700€ Exclusive 46.190€ Lounge 50.200€
Híbrido, 1.5 VVT-i, 100 cv (pot. total) Consumos 4,8 l/100 km Emissões 108 g/km PREÇOS Hybrid Active 17.890€ Hybrid Comfort 19.190€ Hybrid 20 Anos 21.215€ Hybrid GR Sport 21.790€
blueauto
71
guia de compras
HÍBRIDOS PLUG-IN AUDI A6
AUDI Q5
AUDI Q7
Híbrido, 2.0 TFSI, 300 e 367 cv (pot. total) Consumos 1,6 a 2,1 l/100 km Autonomia 40 a 53 km Emissões 31 a 47 g/km PREÇOS Base 50 TFSI e quattro 67.322€ Sport 55 TFSI e quattro 75.922€
Híbrido, 2.0 TFSI, 300 e 367 cv (pot. total) Consumos 2,2 a 2,8 l/100 km Autonomia 40 a 45 km Emissões 51 a 64 g/km PREÇOS 50 TFSI e quattro Business 50 TFSI e quattro Sport 50 TFSI e quattro Design 55 TFSI e quattro Sport
Híbrido, 2.0 TFSI, 381 cv (pot. total) Consumos 3,1 l/100 km Autonomia 40 km Emissões 71 g/km PREÇOS 55 TFSI e quattro Base 79.690€ 55 TFSI e quattro S Line 83.681€
63.455€ 65.251€ 65.251€ 70.217€
BMW i8 Híbrido, 1.5 TwinPower, 374 cv (pot. total) Consumos 2,1 a 2,2 l/100 km Autonomia 52 a 53 km Emissões 48 a 50 g/km PREÇOS Coupé 157.909€ Roadster 172.912€
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BMW 225xe Active Tourer
BMW 330e iPerformance
Híbrido, 1.5 TwinPower, 224 cv (pot. total) Consumos 1,9 l/100 km Autonomia 53 km Emissões 42 g/km PREÇOS 225xe 42.262€
Híbrido, 2.0 TwinPower, 292 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 59 km Emissões 31 g/km PREÇOS 330e 54.747€
BMW 530e iPerformance
BMW 745e iPerformance
BMW X1 iPerformance
Híbrido, 2.0 TwinPower, 252 cv (pot. total) Consumos 2,0 l/100 km Autonomia 45 km Emissões 45 g/km PREÇOS 530e 64.737€
Híbrido, 3.0 TwinPower, 394 cv (pot. total) Consumos 2,0 a 2,3 l/100 km Autonomia 45 a 50 km Emissões 45 a 53 g/km PREÇOS 745e 122.240€ 745Le xDrive 124.547€
Híbrido, 1.5 TwinPower, 220 cv (pot. total) Consumos 1,7 l/100 km Autonomia 52 km Emissões 39 g/km PREÇOS xDrive25e 49.283€
blueauto
guia de compras
HÍBRIDOS PLUG-IN BMW X3 iPerformance
BMW X5 iPerformance
Híbrido, 2.0 TwinPower, 292 cv (pot. total) Consumos 2,2 l/100 km Autonomia 46 km Emissões 49 g/km PREÇOS xDrive30e 64.341€
Híbrido, 3.0 TwinPower, 394 cv (pot. total) Consumos 1,2 l/100 km Autonomia 87 km Emissões 28 g/km PREÇOS xDrive45e 88.302€
DS 7 CROSSBACK E-TENSE
FORD KUGA PHEV
Híbrido, 1.6 PureTech, 300 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km, Autonomia 58 km Emissões 31 g/km PREÇOS 4x4 Be Chic 53.800€ 4x4 So Chic 55.800€ 4x4 Performance Line 56.700€ 4x4 Grand Chic 59.800€
Híbrido, 2.5 PHEV, 225 cv (pot. total) Consumos 1,2 l/100 km, Autonomia 56 km Emissões 26 g/km PREÇOS PHEV Titanium 41.093€ PHEV ST-Line 42.719€ PHEV ST-Line X 44.752€
HYUNDAI IONIQ HYBRID
KIA CEED
KIA NIRO
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 1,1 l/100 km Autonomia 63 km Emissões 26 g/km PREÇOS PHEV 38.605€ PHEV Pack Plus 41.605€
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 1,3 l/100 km Autonomia 50 km Emissões 29 g/km PREÇOS SW PHEV Drive 36.090€
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 49 km Emissões 31 g/km PREÇOS PHEV Urban 34.650€ PHEV Drive 36.450€ PHEV Tech 37.950€
blueauto
CITROËN C5 AIRCROSS HYBRID Híbrido, 1.6 PureTech, 225 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 55 km Emissões 32 g/km PREÇOS Feel 43.797€ Shine 45.997€
FORD TRANSIT/TOURNEO CUSTOM HYBRID Híbrido, 1.0 Ecoboost, 125 cv (pot. total) Consumos 3,1 l/100 km Autonomia 49 km Emissões 70 g/km PREÇOS Titanium PHEV 63.256€ Van PHEV 33.534€ Kombi PHEV 37.806€
73
guia de compras
HÍBRIDOS PLUG-IN
KIA OPTIMA Híbrido, 2.0 GDi, 205 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 62 km Emissões 33 g/km PREÇOS SW PHEV 45.410€
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LAND ROVER DISCOVERY SPORT P300e
MERCEDES CLASSE A
Híbrido, 1.5 Turbo, 309 cv (pot. total) Consumos 1,6 l/100 km Autonomia 62 km Emissões 36 g/km PREÇOS P300e AWD desde 51.840€
Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total) Consumos 1,0 a 1,1 l/100 km Autonomia 76 km Emissões 24 a 25 g/km PREÇOS A 250 e 40.800€ A 250 e Limousine 42.150€
MERCEDES CLASSE C
MERCEDES CLASSE E
MERCEDES CLASSE S
Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 320 e 306 cv (pot. total) Consumos 1,3 a 1,6 l/100 km Autonomia 53 a 57 km Emissões 34 a 39 g/km PREÇOS C 300 e C 300 de C 300 e Station C 300 de Station
Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 320 e 306 cv (pot. total) Consumos 1,4 a 1,6 l/100 km Autonomia 50 a 54 km Emissões 37 a 41 g/km PREÇOS E 300 e E 300 de E 300 de Station
Híbrido, 3.0 turbo, 476 cv (pot. total) Consumos 2,3 l/100 km Autonomia 50 km Emissões 51 g/km PREÇOS S 560 e Longo 127.850€
53.550€ 55.950€ 55.450€ 57.700€
67.600€ 70.000€ 73.000€
MERCEDES GLC
MERCEDES GLE
MINI COUNTRYMAN S E
Híbrido, 2.0 turbo , 320 cv (pot. total) Consumos 2,3 l/100 km Autonomia 42 km Emissões 52 g/km PREÇOS GLC 300 e 4Matic 65.150€ GLC 300 e 4Matic Coupé 66.700€
Híbrido, 2.0 Diesel, 320 cv (pot. total) Consumos 1,1 l/100 km Autonomia 80 km Emissões 28 g/km PREÇOS GLE 350 de 4Matic 84.700€ GLE 350 de Coupé 4Matic 96.650€
Híbrido, 1.5 turbo, 224 cv (pot. total) Consumos 1,8 l/100 km Autonomia 51 km Emissões 40 g/km PREÇOS Cooper S E ALL4 41.827€
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HÍBRIDOS PLUG-IN MITSUBISHI OUTLANDER
OPEL GRANDLAND X PHEV
PEUGEOT 508 HYBRID
Híbrido, 2.4 MIVEC, 230 cv (pot. total) Consumos 2,0 l/100 km Autonomia 45 km Emissões 46 g/km PREÇOS PHEV Intense 31.990€ PHEV Instyle 34.990€
Híbrido, 1.6 Turbo PHEV, 225 a 300 cv (pot. total) Consumos 1,3 a 1,4 l/100 km Autonomia 57 a 69 km Emissões 29 a 32 g/km PREÇOS GS Line Ultimate Ultimate AWD
Híbrido, 1.6 PureTech, 225 cv (pot. total) Consumos 1,3 l/100 km Autonomia 52 a 54 km Emissões 29 a 30 g/km PREÇOS Allure HY 44.445€ GT Line HY 47.245€ GT HY 51.745€ SW Allure HY 45.945€ SW GT Line HY 48.745€ SW GT HY 53.245€
PEUGEOT 3008 HYBRID
PORSCHE CAYENNE
Híbrido, 1.6 Turbo PHEV, 225 e 300 cv (pot. total) Consumos 1,3 a 1,4 l/100 km Autonomia 40 a 59 km Emissões 29 a 31 g/km PREÇOS Allure HY GT Line HY GT Line HY4 GT HY GT HY4
Híbrido, 3.0 e 4.0 Turbo, 462 e 680 cv (pot. total) Consumos 3,9 a 4,9 l/100 km Autonomia 32 a 36 km Emissões 89 a 111 g/km PREÇOS E-Hybrid 99.277€ E-Hybrid Coupé 103.706€ Turbo S E-Hybrid 184.484€ Turbo S E-Hybrid Coupé 188.297€
43.115€ 45.415€ 50.415€ 47.915€ 52.915€
RANGE ROVER EVOQUE P300e Híbrido, 1.5 Turbo, 309 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 66 km Emissões 32 g/km PREÇOS P300e AWD desde 53.313€
47.120€ 52.870€ 59.620€
PORSCHE PANAMERA Híbrido, 3.0 e 4.5 Turbo, 462 e 680 cv (pot. total) Consumos 3,3 a 3,8 l/100 km Autonomia 38 a 44 km Emissões 74 a 85 g/km PREÇOS 4 E-Hybrid desde 121.126€ 4 E-Hybrid Sport Turismo desde 124.078€ Turbo S E-Hybrid desde 202.552€ Turbo S E-Hybrid Sport Turismo 205.504€
RANGE ROVER SPORT P400e
RANGE ROVER P400e
Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total) Consumos 3,3 l/100 km Autonomia 41 km Emissões 74 g/km PREÇOS P400e desde 94.791€
Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total) Consumos 3,3 l/100 km Autonomia 39 km Emissões 75 g/km PREÇOS P400e desde 129.353€
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HÍBRIDOS PLUG-IN
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SKODA SUPERB iV
TOYOTA PRIUS
VOLKSWAGEN GOLF GTE
Híbrido, 1.4 TSI, 218 cv (pot. total) Consumos 1,4 a 1,5 l/100 km Autonomia 55 km Emissões 31 g/km PREÇOS Superb desde 39.163€ Superb Break desde 41.210€
Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total) Consumos 1,2 l/100 km Autonomia 45 km Emissões 28 g/km PREÇOS Plug-In Exclusive 40.890€ Plug-In Luxury 43.690€ Plug-In Premium 45.690€ Plug-In Power Sky 44.090€
Híbrido, 1.4 TSI, 204 cv (pot. total) Consumos 2,0 l/100 km Autonomia 49 km Emissões 46 g/km PREÇOS GTE 47.197€
VOLKSWAGEN PASSAT GTE
VOLVO S60/V60
VOLVO S90/V90
Híbrido, 1.4 TSI, 218 cv (pot. total) Consumos 1,5 a 1,6 l/100 km Autonomia 55 a 57 km Emissões 40 g/km PREÇOS GTE 45.460€ GTE+ 47.262€ Variant GTE 48.816€ Variant GTE+ 50.617€
Híbrido, 2.0 T, 340 a 405 cv (pot. total) Consumos 1,7 a 2,7 l/100 km Autonomia 44 a 56 km Emissões 38 a 56 g/km PREÇOS S60 T8 Recharge desde 62.726€ V60 T6 Recharge desde 57.560€ V60 T8 Recharge desde 60.020€
Híbrido, 2.0 T, 390 cv (pot. total) Consumos 1,9 a 2,1 l/100 km Autonomia 53 a 55 km Emissões 43 a 47 g/km PREÇOS S90 T8 desde 69.860€ V90 T8 desde 73.305€
VOLVO XC40
VOLVO XC60
VOLVO XC90
Híbrido, 1.5 T, 262 cv (pot. total) Consumos 2,0 l/100 km Autonomia 46 km Emissões 46 g/km PREÇOS T5 Recharge desde 46.588€
Híbrido, 2.0 T, 340 a 390 cv (pot. total) Consumos 2,4 a 2,8 l/100 km Autonomia 36 a 53 km Emissões 55 a 64 g/km PREÇOS T6 Recharge desde 65.337€ T8 Recharge desde 69.620€
Híbrido, 2.0 T, 390 cv (pot. total) Consumos 2,7 a 3,4 l/100 km Autonomia 43 km Emissões 60 a 76 g/km PREÇOS T8 Recharge desde 83.520€
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ELÉTRICOS AUDI E-TRON
BMW i3
DS 3 CROSSBACK E-TENSE
Elétrico, 313 a 408 cv Bateria 71 a 95 kWh Autonomia 336 a 446 km PREÇOS 50 quattro desde 72.596€ 55 quattro desde 85.746€ Sportback 50 quattro desde 75.265€ Sportback 55 quattro desde 88.415€
Elétrico, 170 a 184 cv Bateria 33 kWh Autonomia 279 a 308 km PREÇOS i3 i3s
Elétrico, 136 cv Bateria 50 kWh Autonomia 320 km PREÇOS E-Tense So Chic E-Tense Performance Line E-Tense Grand Chic
41.137€ 44.937€
HYUNDAI IONIQ ELECTRIC Elétrico, 136 cv Bateria 38,3 kWh Autonomia 311 km PREÇOS Electric Tech
HONDA-E Elétrico, 136 a 154 cv Bateria 35,5 kWh Autonomia 220 a 313 km PREÇOS Honda-e Honda-e Advance
39.975€
HYUNDAI KAUAI ELECTRIC Elétrico, 136 a 204 cv Bateria 39,2 a 64 kWh Autonomia 289 a 449 km PREÇOS Electric 39 kWh 38.506€ Electric Premium desde 46.005€
36.000€ 38.500€
KIA e-NIRO Elétrico, 204 cv Bateria 64 kWh Autonomia 455 km PREÇOS Tech
JAGUAR I-PACE Elétrico, 400 cv Bateria 90 kWh Autonomia 470 km PREÇOS I-Pace S I-Pace SE I-Pace HSE
41.000€ 41.650€ 45.900€
KIA e-SOUL
45.500€
Elétrico, 204 cv Bateria 64 kWh Autonomia 452 km PREÇOS e-Soul
43.000€
81.788€ 89.920€ 96.223€
MAZDA MX-30 Elétrico, 143 cv Bateria 35,5 kWh Autonomia 200 km PREÇOS First Edition Excellence Excellence Pack Plus
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34.535€ 35.245€ 37.655€ 77
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ELÉTRICOS
MERCEDES EQC
MINI COOPER S E
NISSAN LEAF
Elétrico, 408 cv Bateria 80 kWh Autonomia 410 km PREÇOS EQC 400 4Matic
Elétrico, 184 cv Bateria 32,6 kWh Autonomia 235 a 270 km PREÇOS Electric S Electric M Electric L Electric XL
Elétrico, 150 e 217 cv Bateria 40 e 62 kWh Autonomia 270 e 385 km PREÇOS Acenta Access Acenta N-Connecta Tekna e+ N-Connecta e+ Tekna
79.150€
34.400€ 36.900€ 39.400€ 41.400€
30.075€ 30.875€ 31.975€ 34.475€ 39.500€ 42.000€
NISSAN e-NV200 Elétrico, 109 cv Bateria 40 kWh Autonomia 275 km PREÇOS e-NV200 e-NV200 Evalia 5 lug. e-NV200 Evalia 7 lug.
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desde 26.892€ 42.460€ 43.075€
OPEL CORSA-E
PEUGEOT E-208
Elétrico, 136 cv Bateria 50 kWh Autonomia 330 km PREÇOS e-Selection e-Edition e-Elegance
Elétrico, 136 cv Bateria 50 kWh Autonomia 340 km PREÇOS e-2008 Active Allure GT Line GT
29.990€ 30.110€ 32.610€
PEUGEOT E-2008
PORSCHE TAYCAN
RENAULT TWIZY
Elétrico, 136 cv Bateria 50 kWh Autonomia 310 km PREÇOS e-2008 Active e-2008 Allure e-2008 GT Line e-2008 GT
Elétrico, 435 a 761 cv Bateria 71 a 83 kWh Autonomia 407 a 450 km PREÇOS 4S Turbo Turbo S
Elétrico, 13 cv Bateria 7 kWh Autonomia 90 km PREÇOS Life Flex Life Intens Flex Intens Bag Flex Bag
34.420€ 35.850€ 40.550€ 43.450€
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110.128€ 158.221€ 192.661€
34.420€ 31.550€ 33.350€ 35.750€
8.180€ 12.680€ 8.980€ 13.480€ 9.180€ 13.680€
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ELÉTRICOS RENAULT ZOE
RENAULT KANGOO Z.E.
SMART EQ
Elétrico, 109 a 136 cv Bateria 41 a 52 kWh Autonomia 306 a 395 km PREÇOS ZE40 R110 Zen Flex ZE40 R110 Zen ZE50 R110 Zen Flex ZE50 R110 Zen ZE50 R110 Intens Flex ZE50 R110 Intens ZE50 R135 Intens Flex ZE50 R135 Intens ZE50 R135 Exclusive Flex ZE50 R135 Exclusive
Elétrico, 95 cv Bateria 33 kWh Autonomia 200 km PREÇOS ZE Flex ZE ZE Maxi 2L Flex ZE Maxi 2L ZE Maxi 5L Flex ZE Maxi 5L
Elétrico, 82 cv Bateria 17,6 kWh Autonomia 150 a 160 km PREÇOS fortwo base fortwo passion fortwo pulse fortwo prime fortwo cabrio passion fortwo cabrio pulse fortwo cabrio prime forfour passion forfour pulse forfour prime
23.690€ 31.990€ 24.690€ 32.990€ 25.690€ 33.990€ 26.190€ 34.490€ 27.490€ 35.790€
TESLA MODEL 3
TESLA MODEL S
Elétrico Bateria 75 kWh Autonomia 415 a 560 km PREÇOS Standard Long Range Performance
Elétrico Bateria 100 kWh Autonomia 613 a 632 km PREÇOS Long Range Performance
48.900€ 59.600€ 65.800€
TESLA MODEL X
TESLA MODEL Y
Elétrico Bateria 100 kWh Autonomia 542 a 565 km PREÇOS Long Range Performance
Elétrico Bateria 75 kWh Autonomia 480 a 540 km PREÇOS Long Range Performance
95.400€ 112.000€
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26.420€ 34.096€ 27.896€ 35.572€ 28.880€ 36.556€
89.800€ 106.600€
21.975€ 22.845€ 23.450€ 23.775€ 26.395€ 27.000€ 27.325€ 23.745€ 24.350€ 25.035€
VOLKSWAGEN e-UP! Elétrico, 83 cv Bateria 36,8 kWh Autonomia 260 km PREÇOS e-up!
22.763€
VOLKSWAGEN E-GOLF 65.000€ 71.000€
Elétrico, 136 cv Bateria 35,8 kWh Autonomia 300 km PREÇOS e-Golf
42.904€
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eletrificação
CITROËN ë-JUMPY / OPEL VIVARO-e / PEUGEOT e-EXPERT Transporte sem censura Porque é que os veículos comerciais ainda têm motor diesel?... Talvez não precisem de ter durante muito tempo, com o Grupo PSA a juntar-se à eletrificação do segmento de transporte de mercadorias, revelando um comercial elétrico para três marcas diferentes.
T
endo em conta que muitos destes veículos circulam apenas nas cidades, é de notar que os veículos comerciais ligeiros estavam mais atrasados na eletrificação que os automóveis de passageiros. Mas este segmento, que estava dominado por motores a gasóleo, já está a adaptar-se e são cada vez mais as propostas de veículos eletrificados, uma solução que em breve será obrigatória para poder transportar mercadorias aos centros das cidades, onde os veículos diesel vão ser proibidos. Assim, o Grupo PSA propõe nada menos que três alternativas para as suas marcas: o Citroën ë-Jumpy, o Opel Vivaro-e e o Peugeot e-Expert. Todos partilham a mesma plataforma técnica e a mesma forma básica. O motor é o mesmo usado nos citadinos elétricos da Opel, Peugeot e DS, com 100 kW de potência (136 cv) e um binário de 260 Nm. O Grupo PSA oferece os seus comerciais
80
elétricos em duas versões de bateria, com 50 kWh de capacidade e 230 quilómetros de autonomia, ou com 75 kWh e 330 quilómetros de autonomia. Recorrendo a uma “wallbox” de 11 kW, a bateria demora cinco horas (7h30 na de maior capacidade) a ser recarregada. O motor dos novos Citroën, Opel e Peugeot comerciais elétricos pode ser usado em três modos: Eco (potência limitada a 60 kW), Normal (limitada a 80 kW) e Power (a máxima, de 100 kW). Também é possível selecionar (num botão junto ao manípulo das velocidades) um modo B de recuperação de energia de travagem, mais intenso. O ecrã tátil no tablier permite ao condutor controlar a utilização e consumo da energia. O ëJumpy, o Vivaro-e e o e-Expert podem ser combinados com as três carroçarias, Compact (4,6 metros), Standard (4,95 m) e Long (5,3 metros). n
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NO PRÓXIMO NÚMERO... ao volante
NOVO KIA E-NIRO
mercado
A MOBILIDADE ELÉTRICA PÓS-COVID19: O QUE VAI MUDAR? guia atualizado
TODOS OS MODELOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS À VENDA EM PORTUGAL
tecnologia
COMO FUNCIONA?... RENAULT E-TECH HYBRID NAS BANCAS EM JUNHO
e muito mais...
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opinião
Voltar à “Normalidade”? Nada é mais “Normal” que a “Mudança” digital. Os Clientes são atendidos pelos vendedores sem se deslocarem à Concessão e visitam virtualmente o stand. Podem depois passar ao mundo físico com o test-drive, mas também podem simplesmente receber em casa o seu novo carro! Este mundo automóvel entra assim na era “FIGITAL” (físico+digital) onde os carros elétricos podem ganhar naturalmente ainda mais destaque. Falta ainda uma melhor equação entre preço e autonomia, porque falta ainda produção em larga escala. O anunciado “Green Deal”, agora reforçado pelos apoios comunitários para apoiar a retoma económica, pode vir a dar uma grande ajuda. Pedro Botelho Diretor de Vendas & Marketing Mazda Motor Portugal
S
ubitamente o mundo parou! Passados 3 meses já podemos concluir que somos rápidos a responder à ameaça imediata, mas lentos a enfrentar outros grandes perigos menos imediatos. Temos vivido nas últimas décadas uma evolução incrível em todos os planos, mas com grandes danos colaterais tais como: doenças crónicas, doenças psíquicas, aumento da desigualdade e as mudanças climáticas. E vamos estar nos próximos tempos tão focados nesta pandemia que só vamos ficando mais vulneráveis aos próximos “coronas”. Vamos continuar a expandir a agricultura para as florestas tropicais e a consumir cada vez mais proteína animal, com mais fábricas de animais confinados e bombardeados por antibióticos. E quanto mais quente fica o clima mais se encurta o caminho entre animais até aos humanos. A vida encontra sempre um caminho e a mudança é uma constante. Novas tendências que se vinham a acentuar para quem estava atento espreitam uma oportunidade para tomarem o palco principal. Não seria no entanto de esperar que esta oportunidade aparecesse de rompante e que a audiência fosse total e simultânea. A verdadeira Aldeia Global, tornou-se de um dia para o outro mais ainda a ALDEIA DIGITAL. E o que vai mudar em todas as áreas da nossa sociedade? Este confinamento global provocou uma aceleração inédita de investimentos em programação e plataformas. Até a área automóvel, sempre muito ativa nos eventos físicos, está a virar com sucesso para eventos de vendas via
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Mas antes da desejada eletrificação, voltam em breve às grandes cidades as filas intermináveis de carros a combustão, na rotina coletiva e simultânea do “9 to 5”, e já passaram dois séculos desde a Revolução Industrial! Estamos à porta da 4.ª revolução, a digitalização do mundo, onde a Internet passa a ligar literalmente tudo à nossa volta. Nunca tivemos tantas possibilidades à nossa frente e nas nossas mãos para mudar os nossos paradigmas pessoais e profissionais. Um exemplo são as empresas com o recurso ao Teletrabalho, que depois de um balanço positivo têm agora o desafio de gerir a enorme volatilidade de receitas e custos até nova retoma, e repensar os modelos de trabalho antigos. A resposta que cada uma vai dar é determinante para a sua competitividade futura e também de certa forma para o futuro das grandes cidades. Darwin demonstrou que não são os mais fortes que perduram. São simplesmente os que têm a maior capacidade de adaptação ao seu ambiente em mudança. A esta capacidade chamou EVOLUÇÃO. Será que face a este desafio atual vamos acelerar a nossa evolução? Depende! Esta é a resposta que está sempre certa em Economia. Depende à partida de cada um de nós, mas os líderes têm sempre o papel maior. Como país acredito que temos algo especial. Somos dos mais resilientes e “desenrascados” para dar novamente a volta a mais um enorme desafio e evoluir. Os países já não se medem pela riqueza dos recursos naturais, mas sim pela qualidade dos recursos humanos. Apesar da nossa dimensão e posição geográfica, evoluímos muito e conquistámos um lugar no “1.º mundo”. Numa década passámos de “PIGS” a exemplo internacional pelos cargos e prémios nos mais relevantes domínios como o futebol, a música, a ONU e o Eurogrupo. E agora somos um exemplo na gestão da pandemia! Tudo é possível, até a mudança. n Maio 2020
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