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nº 35
setembro 2020
Portugal (cont.):
2,50€
à descoberta do futuro do automóvel
Como carregar um veículo elétrico? novos modelos eletrificados
Kia Stonic Peugeot 3008 Ford Fiesta/Focus Volkswagen Tiguan Range Rover MHEV
ao volante
Peugeot e-208 Audi e-tron Sportback
novidade
entrevista
IONIQ: Hyundai lança marca para veículos elétricos
Conversão de veículos a combustão para elétricos e híbridos
mercado
Testemunho de um utilizador de VE: Tesla Model 3
O “boom” dos híbridos plug-in
Honda e
guia atualizado
Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal
sumário 06 14
atualidade Notícias
novidade IONIQ: Hyundai lança marca dedicada aos veículos elétricos
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mobilidade urbana Vem aí o Citroën AMI mobilidade elétrica Como carregar um veículo elétrico? ao volante Honda e
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mercado O “boom” dos híbridos plug-in novos modelos Peugeot 3008
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entrevista António Gonçalves Pereira (Ecomood Portugal): a conversão de veículos a combustão para elétricos e híbridos
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revista de imprensa Declarações em destaque
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ao volante Peugeot e-208 atualidade Em números... novos modelos Volkswagen Tiguan
ao volante Audi e-tron Sportback novos modelos Ford Fiesta/Focus Ecoboost Hybrid novos modelos Kia Stonic glossário Mobilidade elétrica novos modelos Range Rover / Range Rover Sport MHEV
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tecnologia Plataforma elétrica eBussy concept-cars Fiat Centoventi testemunho De um utilizador de veículo elétrico guia de compras Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal
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blueauto À DESCOBERTA DO FUTURO DO AUTOMÓVEL www.blueauto.pt DIREÇÃO Francisco Vieira REDAÇÃO Paulo Manuel Costa COLABORADORES Hugo Vinagre José Barros Rodrigues José Pontes SECRETARIA DE REDAÇÃO Isabel Brito CONTACTOS blueauto@pressfactory.pt facebook.com/blueauto MARKETING & PUBLICIDADE Luís Mesquitela Lima 93 702 94 44 luis.mesquitela@blueauto.pt PRODUÇÃO Rogério Bastos Studio PressFactory PROJETO & LAYOUT Studio PressFactory IMPRESSÃO & ACABAMENTO Lisgráfica – Impressão e Artes Gráficas SA Rua Consiglieri Pedroso, n.º 90 Casal de Sta. Leopoldina, 2730-053 Barcarena TIRAGEM 7.500 exemplares PERIODICIDADE Mensal DISTRIBUIÇÃO VASP – Distribuidora de Publicações, SA Quinta do Grajal - Venda Seca 2739-511 Agualva Cacém Apoio ao Ponto de Venda Tel.: 21 433 70 01 | contactcenter@vasp.pt A BlueAuto é impressa em papel com origem em fontes sustentáveis e com tintas amigas do ambiente. Depois de a ler, dê-lhe um final ecológico: partilhe-a ou coloque-a no Ecoponto Azul.
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editorial
Fazer parte da mudança... Fazendo contas ao que vai de 2020, a evolução dos dados de vendas no mercado automóvel nacional anuncia que nos aproximamos a passos largos do dia em que 1 em cada 5 carros novos matriculados em Portugal será um modelo com algum tipo de eletrificação (em finais de julho o share já ultrapassava os 18%). O fator económico ajuda, claro, a que assim seja. Para começar, são os benefícios fiscais a que pode aceder quem compra tanto um elétrico (nomeadamente o incentivo estatal – entretanto já esgotado para este ano – à aquisição de veículos zero emissões) como um híbrido (com importantes vantagens no caso das empresas que optem por este tipo de veículo, o que aliás explica em grande medida o recente crescimento nas suas vendas). Sem esquecer os custos de utilização, claramente favoráveis a automóveis que consomem eletricidade e não gasolina ou diesel (até porque as contas não se devem limitar – como erradamente muitas vezes acontece – ao custo inicial do carro, como bem nos explica o feliz utilizador de um Tesla Model 3 que partilha nesta mesma revista o seu testemunho): para quem ainda possa duvidar que isso é mesmo real, aos vários estudos comparativos já publicados e aos simuladores agora disponíveis cada vez em maior número juntam-se os cálculos práticos atualizados incluídos no artigo especial “como carregar um veículo elétrico?” desta mesma edição da BlueAuto, artigo da autoria do Presidente da Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos e que conclui que – citando – “o custo de utilização de um veículo elétrico, somente em relação ao combustível/energia utilizada, pode ser de apenas 1/5 ou 1/6 do custo de utilização de um automóvel com motor de combustão interna”. E é claro que os próprios automóveis também ajudam a esse sucesso de vendas. Até porque são cada vez mais os modelos com eletrificação e as marcas que apostam em oferecê-los em toda a sua gama, tornando assim essa possibilidade de escolha incontornável para o consumidor, que passa a poder optar por um veículo tecnologicamente evoluído, mais económico e também mais amigo do ambiente. Sim, porque este último fator também é – convém não esquecer – importante para quem compra, a ponto de poder influenciar decisivamente a opção por um veículo elétrico ou só eletrificado, de qualquer forma gerador de menos emissões. Quase sempre referida nos estudos de mercado como a primeira motivação para a maioria dos consumidores considerar a troca de um carro a combustão por um elétrico, a consciência ambiental será mesmo, afinal, o grande fator de mudança. Algo que os construtores automóveis já perceberam, disso fazendo eco publicamente, como ilustram algumas das frases do mês coletadas nas páginas da secção “revista de imprensa” deste número da BlueAuto. Mas a melhor definição do que nos move na hora de mudar (seja para um carro menos poluente ou em qualquer outra mudança a favor do ambiente) é outra frase igualmente ilustrada nessas páginas, esta da autoria do campeão do mundo de F1 Lewis Hamilton, que explica assim a sua opção consciente (ainda que também aproveitada promocionalmente) pela condução de carros exclusivamente elétricos: “Quero fazer parte da mudança para um mundo mais limpo. (...) A sustentabilidade é o futuro e a única maneira de podermos salvar o planeta”...
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atualidade
Renault já vendeu mais de 300.000 veículos elétricos A Renault já vendeu mais de 300.000 veículos elétricos na Europa, mercado no qual o fabricante francês é líder na mobilidade elétrica desde 2010, ano de lançamento da sua gama de automóveis zero emissões. No primeiro semestre de 2020, as vendas europeias de modelos elétricos Renault cresceram 38%, atingindo um total de 42.000 veículos comercializados. Com destaque especial para o modelo campeão de vendas na gama elétrica da marca, o ZOE, que vendeu 37.540 unidades no mercado europeu nos primeiros seis meses deste ano, um aumento de quase 50% comparativamente ao semestre homólogo; incluindo um número recorde de 11.000 unidades no último mês de junho. Só em França, a Renault já registou mais de 100.000 ZOE vendidos. Um sucesso comercial que se estende ao merca-
do português, com o ZOE a representar quase 6% das vendas totais de veículos de passageiros Renault em junho (mês em que este modelo Renault foi mesmo o veículo 100% elétrico mais vendido
Nissan, Galp e AddVolt testam carregamento móvel nas praias do Algarve A Nissan está a participar num projeto-piloto que testa um conceito inovador de carregamento móvel de automóveis elétricos: uma Nissan e-NV200 está a levar a energia das baterias Nissan a diversas praias do Algarve, numa iniciativa da Galp que testa um conceito pioneiro para carregamento da bateria de automóveis elétricos em qualquer lugar. O projeto recorre a energia da Galp, utiliza baterias de Nissan LEAF e tem tecnologia desenvolvida pela “startup” portuguesa AddVolt. Os condutores de automóveis elétricos que estejam no Algarve vão assim poder recarregar as baterias dos seus automóveis com recurso a esta tecnologia: durante este teste, os carregamentos serão gratuitos e terão a duração de 15 minutos cada, o que permitirá uma autonomia estimada de até 35 km, dependendo do modelo de automóvel. Procurando antecipar as necessidades dos utilizadores de automóveis elétricos, a Nissan, a Galp e a AddVolt inauguram assim em Portugal mais uma faceta inovadora da mobilidade elétrica, que permitirá aos clientes vir a requisitar um serviço de carregamento móvel em local e hora da sua conveniência.
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em Portugal); e contribuindo fortemente para o crescimento de 11,8% registado nas vendas nacionais de automóveis elétricos da marca durante o primeiro semestre 2020.
BMW X1 e Série 5 também vão ser 100% elétricos O Grupo BMW tinha já anunciado que até ao final do próximo ano passará a contar com uma oferta de cinco modelos 100% elétricos: i3, iX3, iNEXT e i4, além do Mini Cooper S E. Do mesmo modo, também já se sabia que a nova geração do BMW Série 7 irá assinalar um novo marco na estratégia de eletrificação do Grupo, ao disponibilizar nada menos do que quatro variantes eletrificadas: versões equipadas com um motor a diesel ou gasolina com tecnologia 48 V (eletrificação do tipo “mild hybrid”); uma versão híbrida plug-in; e ainda, em estreia, um modelo BEV (100% elétrico a bateria). Agora, a novidade é que entre os 23 automóveis com eletrificação que a BMW anuncia para 2023, metade dos quais totalmente elétricos, vão estar também o BMW X1 e o BMW Série 5, modelos que o fabricante acaba de confirmar irem oferecer igualmente a possibilidade de escolha entre variantes a diesel e a gasolina semi -híbridas, híbrida plug-in e 100% elétrica.
Breves n Citroën ë-C4, Honda-e, Mazda MX-30 e Volkswagen ID.4 são os quatro novos modelos 100% elétricos candidatos ao título 2021 de Carro Mundial do Ano. n A Fiat anuncia que o seu modelo elétrico 500 “la Prima” acabado de lançar vai conseguir chegar aos 458 km de autonomia com uma única carga de bateria em ciclo urbano.
ON Mobility Amadora a 16 de setembro A edição 2020 do “OnMobility Amadora” já está agendada: irá decorrer a 16 de setembro (horário: 14-19h) no emblemático e centenário espaço dos Recreios da Amadora. O evento servirá também de abertura das atividades da Semana Europeia da Mobilidade. Organizada pela Câmara Municipal da Amadora em parceria com a EcoMood Portugal e com a Evolut, esta conferência em formato híbrido (presencial/digital) e na qual todas as regras de distanciamento e cuidados de saúde serão escrupulosamente cumpridos (e até excedidos, garante a organização) vai contar ainda com uma área exterior de “Green Experience”, com exposição e experimentação de soluções e veículos sustentáveis. Entre os participantes estarão representantes e decisores governamentais, municipais, associativos, empresariais e académicos, e os temas em agenda incluem uma atualização sobre a evolução de soluções na mobilidade urbana (Painel 1) e a conversão de veículos a combustão para elétricos e híbridos (Painel 2). Para mais informações sobre o evento: https://www.onmobility.live/
Veículos elétricos já podem carregar no Estádio da Luz Já está operacional o anunciado posto de carregamento rápido para veículos elétricos instalado pela EDP Comercial no Estádio do Sport Lisboa e Benfica. De fabrico Efacec, este novo carregador à disposição de qualquer utilizador de carros elétricos na cidade de Lisboa tem capacidade para carregamentos simultâneos em DC (45 kW) e AC (22 kVA), estando localizado no parque de estacionamento P5 (parque exterior junto à área comercial) do Estádio da Luz. Trata-se do primeiro de um total de 20 pontos de carregamento para veículos elétricos que a EDP Comercial vai instalar no Estádio da Luz e no Benfica Campus, no Seixal. Junto ao mesmo estádio, ainda este ano será também instalado um ponto de carregamento ultrarrápido, até 3 vezes mais rápido que os atuais carregadores rápidos.
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n A Nio é outro fabricante automóvel chinês que está já a preparar a sua expansão internacional, anunciando agora que quer começar a vender os seus modelos elétricos na Europa no segundo semestre de 2021. n A gama Elantra da Hyundai também vai contar com uma versão híbrida HEV. n O Groupe PSA vai reforçar a sua ofensiva elétrica com uma nova plataforma eVMP (electric Vehicle Modular Platform), a qual servirá de base a uma ampla gama de veículos elétricos para os segmentos C e D. n A Lexus já ultrapassou 5 milhões de vendas globais de modelos SUV e crossovers. As motorizações eletrificadas representam 96% de todos os SUV vendidos pela marca na Europa Ocidental e Central. n A Porsche adiou para o próximo ano o lançamento da variante Cross Turismo do seu modelo 100% elétrico Taycan. n De acordo com o resultado de um estudo realizado a dezenas de milhares de condutores, a Volvo lidera o ranking de contrutores automóveis mais tecnológicos. n Depois da versão cinco portas, a nova carrinha Seat Leon Sportstourer chega a Portugal em setembro, oferecendo uma extensa gama de motores que inclui variantes eletrificadas eTSI e eHybrid.
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Volkswagen ID.4: arranque da produção A Volkswagen assinalou o início da produção em série de mais um automóvel 100% elétrico: o segundo modelo da família elétrica ID., ID.4, começou a ser produzido na fábrica alemã de Zwickau. “Com o ID.4, a Volkswagen adiciona um veículo totalmente elétrico à sua oferta de SUV compactos, o segmento que regista maior crescimento em todo o mundo”, declarou Ralf Brandstätter, CEO da marca, ao dar início oficial à produção deste novo modelo. Baseado na plataforma modular MEB (a mesma do ID.3), o Volkswagen ID.4 anuncia autonomia máxima até 500 km e deverá ser proposto em diferentes versões de bateria e de potência. A estreia mundial está agendada para o final de setembro.
Mazda MX-30 chega em setembro Apesar do impacto negativo da pandemia de COVID-19 nos negócios a nível global, a Mazda mantém-se empenhada em investir em futuras tecnologias, incluindo a eletrificação. E o mercado europeu prepara-se para assistir à chegada do primeiro veículo 100% elétrico da marca japonesa, apresentado virtualmente numa campanha digital que envolveu mais de 4000 clientes interessados no novo Mazda MX-30. No que se refere a Portugal, é já a partir do início de setembro que irão chegar à rede de concessionários Mazda as primeiras unidades deste modelo elétrico, para entrega aos clientes que registaram pré-encomendas. No mercado nacional, os preços anunciados para o MX30 começam abaixo dos 35 mil euros.
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Híbridos plug-in: Volvo é líder de vendas entre as marcas “premium” A Volvo Cars é atualmente o construtor automóvel “premium” que mais modelos híbridos plug-in vende na região E.M.E.A. (Europa, Médio Oriente e África). Recentemente divulgados pela IHS, os dados referentes ao primeiro semestre deste ano assim o demonstram, com a marca sueca a somar nesse período um total de 31.310 unidades comercializadas. Números de vendas que correspondem a um aumento de 89,5% na primeira metade de 2020, tendo a gama híbrida plug-in da Volvo (agora comercializada sob a sigla “Recharge”) representado 23,9% do total de unidades vendidas pela marca nesses mercados.
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Volkswagen ID.3 em estreia nacional no ENVE 2020 O novo Volkswagen ID.3 vai ser apresentado ao mercado nacional durante a edição 2020 do Encontro Nacional de Veículos Elétricos (ENVE), a decorrer em Lisboa no fim de semana de 19 e 20 de setembro. Organizado pela UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, o ENVE é o maior evento dedicado à mobilidade elétrica em Portugal, sendo assim o
Hyundai Kauai Electric com maior autonomia chega em setembro A nova versão com autonomia aumentada do Kauai Electric estará disponível para entrega já neste mês de setembro. O popular modelo B-SUV 100% elétrico da Hyundai vai passar agora a contar com uma autonomia de 484 quilómetros em circuito misto e 660 quilómetros em cidade. Este aumento de 7,8% na autonomia deve-se a mudanças introduzidas no modelo, nomeadamente ao nível dos pneus.
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palco ideal para a estreia nacional do muito aguardado ID.3. O primeiro modelo Volkswagen baseado na plataforma modular elétrica MEB vai começar por estar disponível no mercado português como série limitada ID.3 First, edição de lançamento equipada com bateria de 58 kWh e com preços a partir de 38.017€ (sem despesas administrativas ou de transporte).
Audi Q5 renova motorizações híbridas Com chegada ao mercado prevista mais para o final deste ano, a atualização do Audi Q5 destaca-se pela estreia de um novo “look” no popular SUV médio da marca de Ingolstadt, bem como de novas tecnologias e funcionalidades ao nível da iluminação, infoentretenimento e sistemas de
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assistência à condução. Quanto a motores, além de uma variante inicial 40 TDI dotada de eletrificação do tipo “semi-híbrida” para otimizar consumos e emissões, a Audi revelou já que o renovado Q5 vai voltar a estar disponível também com duas motorizações híbridas recarregáveis TFSI-e.
Kia com vendas recorde de elétricos e híbridos No primeiro semestre deste ano, a Kia Motors registou as suas melhores vendas de sempre em veículos híbridos e elétricos na Europa, apesar da desaceleração global do mercado automóvel causada pela pandemia de coronavírus. Assim, durante os primeiros seis meses de 2020 as vendas dos veículos eletrificados Kia cresceram 17,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. Com uma oferta crescente de modelos diesel semi-híbridos (MHEV), híbridos (HEV), híbridos plug-in (PHEV) e 100% elétricos (VE), os modelos eletrificados representam agora uma em cada quatro vendas da Kia na Europa (25,2%). A marca viu também os resultados das suas duas gamas de veículos totalmente elétricos crescerem 65%: com 8715 unidades e-Niro e 3808 e-Soul vendidas, os elétricos representam agora uma quota sem precedentes de 7% do total de vendas da Kia nos mercados da UE, EFTA e Reino Unido.
Nissan LEAF: 5 mil unidades vendidas em Portugal Líder absoluto de vendas em Portugal entre os veículos 100% elétricos, o Nissan LEAF regista agora mais um recorde ao ser o primeiro automóvel elétrico a alcançar vendas de 5 mil unidades no mercado nacional. O marco foi assinalado com a entrega de um troféu e certificado comemorativos a Catarina Canteiro, cliente LEAF número 5 mil em Portugal. Desde o seu lançamento em 2010, o modelo que é ícone da Mobilidade Inteligente Nissan tem registado um contínuo aumento de representatividade no mercado nacional: da primeira geração (2010-2017) venderam-se em Portugal cerca de 1000 unidades; e em três anos a 2.ª geração vendeu quatro vezes mais. Globalmente, o LEAF já vendeu mais de meio milhão de unidades.
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Grupo PSA: gama 100% eletrificada a partir de 2025 O Groupe PSA anuncia ter vendido um milhão de veículos a nível mundial no primeiro semestre deste ano, destacando ao mesmo tempo a eletrificação rápida da sua gama de veículos de passageiros e comerciais ligeiros: atualmente, o grupo automóvel que engloba as marcas Peugeot, Citroën, DS Automobiles e Opel já comercializa 13 modelos eletrificados e todos os seus novos modelos estão já disponíveis em versões totalmente elétricas ou híbridas plug-in. Uma estratégia global que está em consonância com os planos do grupo de oferecer uma gama 100% eletrificada a partir de 2025, metade da qual será eletrificada até ao final de 2021. Graças à oferta atual de modelos eletrificados, a PSA confirma estar entre os construtores automóveis com melhor performance a nível ambiental e em linha desde o início do ano para cumprir as metas europeias para 2020 em matéria de emissões CO2.
Ford: todos os modelos europeus vão ser eletrificados
Fórmula E: António Félix da Costa campeão O piloto português António Félix da Costa, ao volante de um DS E-Tense FE20, conquistou o Campeonato FIA de Fórmula E 2019/20, competição de monolugares 100% elétricos na qual participam marcas como DS Automobiles, Nissan, Mercedes-Benz, BMW, Audi, Jaguar ou Porsche. Ao terminar a temporada com 71 pontos de vantagem para o segundo classificado, Félix da Costa venceu destacado o título de pilotos, enquanto a DS Techeetah (pela qual compete) renovou o título por equipas.
Hyundai Kauai Electric estabelece recorde de autonomia Três Kauai Electric estabeleceram um recorde de autonomia para automóveis elétricos, ao ultrapassaram a marca dos 1000 quilómetros! Num teste prático levado a cabo na pista de Lausitzring integrado no âmbito da visão e esforço de investigação da Hyundai para a ecomobilidade e reproduzindo as típicas condições de trânsito na cidade, incluindo horas de ponta e semáforos, assim como o limite de velocidade de 30 km/h em áreas residenciais, três equipas competiram entre si a bordo de veículos de produção em série Kauai Electric (cuja autonomia WLTP anunciada é de 484 quilómetros) tentando percorrer o número máximo de quilómetros com um único carregamento. E os três SUVs compactos totalmente elétricos da Hyundai superaram com facilidade o desafio, só parando por estarem sem energia exatamente a partir dos 1018,7 km, 1024,1 km e 1026,0 km. Em relação à capacidade da bateria de 64 kWh, cada valor individual representa outro recorde, diz a Hyundai, uma vez que o consumo de energia (6,28, 6,25 e 6,24 kWh/100 km) foi muito inferior ao valor padrão de 14.7 kWh/100 km determinado pela norma de testes WLTP.
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Mais informação e inscrições (limitadas) em www.onmobility.live
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Hyundai lança marca dedicada aos veículos elétricos A Hyundai é das marcas com uma gama mais extensa de veículos eletrificados de todas as estirpes. É o caso do Ioniq, híbrido, plug-in e elétrico, que deixa de ser um modelo único para se transformar numa marca para carros elétricos exclusivos, já a partir de 2021.
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tradição ainda é importante no mundo automóvel? Talvez, mas não é preciso pôr todos os ovos na mesma cesta. Até porque a chegada dos carros elétricos está a mudar o modo de pensar sobre como é feita a utilização de um transporte pessoal. É por isso que algumas marcas começaram a explorar a ideia de entidade própria para os seus carros elétricos, e um dos construtores que vai mais longe é a Hyundai, que vai usar o seu modelo Ioniq para criar uma nova marca, e até já sabe quais vão ser os três modelos iniciais, com o primeiro programado para ser revelado ao mundo ainda nos primeiros meses de 2021. O Ioniq foi renovado recentemente, mas já está no mercado desde 2016, pelo que é altura certa para o seu nome avançar numa nova direção. Para dar corpo a estes três novos modelos, a Hyundai criou uma nova plataforma técnica dedicada a carros elétricos, a E-GMP, que promete ser adaptável a veículos de dimensões e propósitos diferentes, além de oferecer uma autonomia elevada e capacidade de recarga rápida, que se torna cada vez mais obrigatória nos modelos elétricos de topo de gama.
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Para batizar os modelos da Ioniq, como acontece na maioria das marcas de luxo, a Hyundai optou por designações alfanuméricas, para fazer com que seja a marca, e nenhum modelo em particular, o alvo da cobiça do público. Um Ioniq terá que atrair a atenção do público à primeira vista, para oferecer a ideia de que se trata de um automóvel único. Nos seus primeiros anos de existência, a Ioniq planeia lançar três modelos, todos com entidades diferentes, e baseados em protótipos Hyundai já conhecidos. O primeiro é o Ioniq 5, derivado do Concept EV 45. Trata-se de um crossover desportivo, com aparência imponente e robusta, prometendo muita animação ao volante e uma utilização mais pessoal. O Ioniq 5 vai ser mostrado ao público no início de 2021, e também estreia uma linguagem de design que vai ser completamente distinta da Hyundai. Para 2002 está previsto o Ioniq 6, um veículo mais tradicional. Derivado do Prophecy, o segundo Ioniq será uma berlina de três volumes, mais luxuosa mas também com uma aparência desportiva, do género de um coupé de quatro portas. Será pre-
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O primeiro modelo da nova marca será o Ioniq 5, derivado do protótipo Hyundai Concept EV 45.
ciso esperar até ao início de 2024 para experimentar o terceiro modelo, o Ioniq 7. Este vai ser um SUV de grandes dimensões, luxuoso, familiar e confortável, e vai beneficiar das capacidades moduláveis da plataforma para dar origem a um carro com assentos ajustáveis, conectividade sem fios (incluindo vários interfaces individuais no habitáculo) e espaços de arrumação semelhantes a gavetas de móveis caseiros. Com a nova marca Ioniq, a Hyundai dá um passo na direção do seu objetivo de vender um milhão de automóveis 100% elétricos e tomar a liderança do mercado deste tipo de veículos até 2025. Com os novos Ioniq, a Hyundai também vai poder oferecer soluções de mobilidade concebidas para os habitantes das cidades do futuro próximo, oferecendo experiências personalizadas ao gosto dos seus utilizadores. n
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atualidade
Veículos elétricos: EMEL lança concursos para mais de 180 postos de carregamento Com o objetivo de reforçar a oferta em Lisboa, a EMEL tem em curso dois concursos públicos para a aquisição de mais de 180 postos de carregamento para veículos elétricos. Desse total, 18 serão postos de carregamento rápido; 108 de carregamento lento e semirrápido, para instalação e ampliação da rede nos parques de estacionamento EMEL; e cerca de 60 de carregamento lento e semirrápido, para colocar em locais estratégicos das ruas de Lisboa. Totalizando mais de 360 tomadas, estes concursos surgem, diz a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (que desde março de 2019 é também Operadora de Pontos de Carregamento – OPC), da necessidade premente de reforçar a oferta de postos de carregamento para veículos elétricos em Lisboa, para que residentes e quem circula nas ruas da cidade possam carregar os seus veículos em segurança e com maior facilidade e comodidade. A EMEL informa ainda que no início de julho entraram em funcionamento mais 22 postos de carregamento de veículos elétricos em quatro dos seus parques de estacionamento, que se juntaram assim aos cinco postos que já existiam no parque de estacionamento EMEL do Campo das Cebolas.
V2G: Nissan participa em projecto pioneiro nos Açores A Nissan está a participar com 10 unidades dos seus modelos LEAF e e-NV200 num projeto pioneiro nos Açores para testar em situação real a tecnologia “Vehicle-to-Grid” (V2G), que permite aos automóveis elétricos deixarem de ser apenas “consumidores” de eletricidade para poderem fornecer também energia à rede elétrica. Desenvolvido em parceria com a Galp, a Eletricidade dos Açores (EDA), a Nuvve, a MagnumCap, a DGEG, a Direção Regional de Energia dos Açores e a ERSE, o piloto atualmente em curso na ilha de São Miguel é o primeiro a ocorrer em Portugal com uma escala de nível europeu, anuncia a Nissan. Assente numa lógica descentralizada de fluxos de energia bidirecionais, a tecnologia V2G permite que um automóvel elétrico carregue a sua bateria ou, em alternativa, que essa mesma bateria seja uma fonte para fornecer energia à rede elétrica. Disponível de série nos Nissan LEAF e e-NV200, a tecnologia “Vehicle-to-Grid” permitirá aos utilizadores de automóveis elétricos o acesso a uma poupança na sua fatura de energia e a uma receita associada à prestação de serviços à rede elétrica, posicionando os utilizadores como agentes ativos na prestação de serviços auxiliares ao sistema elétrico.
Porsche Taycan é o automóvel mais inovador O Porsche Taycan foi considerado o automóvel mais inovador do mundo. A distinção foi concedida pelo Centro de Gestão Automóvel da Universidade de Ciências Aplicadas de Bergisch Gladbach, na Alemanha. Depois de avaliar cerca de 250 veículos de produção em série de todo o mundo, o grupo de investigadores desse instituto científico decidiu, em conjunto com a consultora PriceWaterhouseCoopers, atribuir o prémio de carro mais inovador do ano ao desportivo 100% elétrico da Porsche, destacando as 27 inovações tecnológicas a bordo do Taycan, 13 das quais são estreias mundiais.
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mobilidade urbana
Vem aí o Citroën AMI
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Citroën confirma que se prepara para lançar também em Portugal o AMI. Apontado a uma nova geração de compradores de veículos elétricos e não escondendo a inspiração num dos mais emblemáticos automóveis da centenária história da marca francesa, o icónico “2 cavalos”, este pequeno veículo 100% elétrico anuncia-se como uma solução para tornar a mobilidade urbana acessível e fácil para todos. Trata-se de um veículo zero-emissões compacto (2,41m de comprimento, 1,39m de largura e 1,52m de altura) e com um ângulo de viragem ágil, o que o torna ideal para as ruas mais estreitas das cidades, centros urbanos e lugares de estacionamento mais apertados. Vem equipado com uma bateria de 5,5 kWh, com autonomia máxima de 70 km, que pode ser totalmente carregada em
apenas 3 horas a partir de uma tomada doméstica padrão. Com velocidade máxima de 45 km/h, pode ser conduzido por qualquer pessoa a partir dos 16 anos de idade, sem carta de condução nalguns países europeus (14 anos em França). Com esta visão inovadora sobre o futuro da mobilidade urbana, a Citroën inova também no modelo de comercialização: com a crescente adesão ao e-commerce em mente, o AMI foi concebido para poder ser adquirido integralmente online e entregue diretamente em casa do cliente, sendo proposto a um preço de aquisição baixo (a partir de 6000 euros em França) e estando disponível também em sistema de aluguer e de “carsharing”. E a originalidade do esquema de comercialização do AMI vai ao ponto de poder ser encontrado à venda em espaços como as lojas FNAC (em França) e El Corte Inglés (em Espanha).
“O AMI dá continuidade a uma longa tradição de veículos Citroën que sacudiram o mercado e introduziram uma nova maneira de pensar” Arnaud Belloni Diretor Global de Marketing & Comunicação – Citroën
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mobilidade elétrica
Como carregar um Veículo Elétrico? Henrique Sánchez Presidente da UVE – Associação Utilizadores Veículos Elétricos
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ão fácil como carregar o seu telemóvel ou o seu computador portátil! Basta uma vulgar tomada doméstica. Esta é, de facto, a revolução em curso, a possibilidade de podermos “abastecer” de combustível (neste caso energia) o nosso carro, mota ou bicicleta elétrica nas nossas próprias casas, escritórios, comércios ou fábricas, usando para tal as tomadas domésticas (Schuko/220 V) que todos conhecemos das nossas casas, ou as tomadas Tipo 1 (tomada azul/CEE). Poderão ainda ser usadas as chamadas wallbox que são carregadores de parede, com ou sem cabo, que permitem a seleção da potência, desde os 3.7 kW até aos 22 kW, a ter em conta face à potência contratada e ao carregador interno do seu Veículo Elétrico (VE). Utilizam as tomadas Tipo 1 ou Tipo 2 (Mennekes).
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Enquanto que numa viatura com motor de combustão interna tenho, obrigatoriamente, de deslocar-me a uma bomba de gasolina, que com o tempo foi mudando o nome para Estação de Serviço ou Área de Serviço, área que engloba outros serviços (restauração, lavagem, etc.), num já sinal de mudança, num Veículo Elétrico posso carregá-lo na minha própria casa ou empresa, muito mais comodamente e com um custo muito inferior. Não existem complicações, desde que possua uma garagem, um estacionamento, um pátio ou um quintal, e esta operação é tão cómoda como pôr o Veículo Elétrico a carregar e ir dormir. Mas em muitas outras situações posso carregar o meu VE enquanto faço outra coisa, como ir a um centro comercial, fazer compras num hipermercado, ir ao cinema, ao teatro, assistir a um concerto de música, ver uma exposição, ir a um restaurante
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ou até a uma praia. Esta mudança de atitude liberta-me tempo. Enquanto o meu VE carrega eu estou a fazer outra coisa qualquer, sendo que a mais económica de todas é estar a dormir e possuir uma tarifa bi ou tri-horária que fará diminuir consideravelmente o preço da eletricidade consumida. No entanto, existe um número significativo de pessoas que não têm a possibilidade de carregar em casa ou no local de trabalho, e para todas estas situações é necessário uma Rede Pública de Carregamento, quer sejam Postos de Carregamento Rápido (PCR), ou Postos de Carregamento Normal (PCN). Os PCR poderão ter dois cabos para carregamento rápido em DC (Corrente Contínua) a 50 kW, utilizando os dois protocolos mais comuns, o CHAdeMO (Nissan e Mitsubishi, por exemplo) e o CCS Combo, este último o aprovado e de utilização obrigatória para todo o espaço europeu (fabricantes europeus e Tesla), ou três cabos, dois para carregamento em DC e um em AC (Corrente Alterna) a 43 kW.
Auchan em Alverca.
Estação de Serviço BP no Entroncamento.
Um dos melhores exemplos da mudança em curso é a transformação completa de uma “bomba de gasolina” numa Estação de Serviço para carregamento de Veículos Elétricos, neste caso em Vila Nova de Gaia (Operador PowerDot):
Os PCN utilizam dois tipos de tomada: a Tipo 1 (azul/CEE), atualmente em desuso e a ser substituída; e a tomada Tipo 2 (Mennekes), atualmente o modelo standard utilizado, podendo a potência variar desde os 3.7 kW até aos 22 kW, ambas já referidas anteriormente. Diferentes tipos de Postos de Carregamento Rápido (PCR) Exemplo I – Carregador Rápido com ficha CCS/Combo e com ficha CHAdeMO. Ambas carregam a 50 kW em DC, e com ficha Tipo 2 (Mennekes) que carrega a 43 kW em AC. Existem vários exemplos de PCR instalados, na via pública em Vilamoura (Operador EV Power), em superfícies comerciais, em Lagos (Operador KLC) ou em Alverca (Operador Helexia) e em Estações de Serviço (Operador EDP Comercial):
Na via pública em Vilamoura.
Lidl em Lagos.
Estação de Carregamento para veículos elétricos em Vila Nova de Gaia.
Exemplo II – Carregador Rápido exclusivo para carregamentos em DC a 50 kW, com ficha CHAdeMo e CCS/Combo, numa Estação de Serviço (Operador Prio) e na via pública em Lisboa (Operador Mobiletric):
Estação de Serviço da Prio em Camarate.
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mobilidade elétrica Diferentes tipos de Postos de Carregamento Normal (PCN) PCN de rua com potência de 3.7 kW, modelo mais antigo do início da Rede Pública:
Na via pública em Lisboa.
Os PCR utilizam equipamentos que funcionam com corrente contínua (DC). Em Portugal, atualmente, são de 50 kW e fornecem diretamente a eletricidade à bateria do carro. Esta operação é muito mais rápida, podendo um carro elétrico médio carregar 80% da sua bateria em cerca de 30 minutos. Nalguns carros também existe a possibilidade de carregar em (AC) a 43 kW, no caso de alguns modelos do Renault Zoe, ou a 22 kW nos restantes Renault Zoe e alguns Tesla Model S. Estes exemplos fazem parte dos 342 PCR já existentes no país, dos quais 301 pertencem à Rede Pública de Carregamento, sendo que destes 222 encontram-se já instalados, ligados e em pleno funcionamento. Ainda este ano deverão ser instalados os primeiros supercarregadores (PCSR-Posto de Carregamento Super-Rápido) na cidade de Lisboa, fabricados pela Efacec. Estes supercarregadores terão uma potência de 160 kW, o que reduzirá a 1/3 o tempo atual de carregamento de um VE. Exemplo III – Existem ainda as Redes Privadas que são um complemento da Rede Pública de Carregamento. É o caso da Rede Privada da Tesla, constituída pelos SuperCarregadores (SuC) exclusivos da marca Tesla, que carregam de 150 kW a 250 kW. Já existem 70 postos de 150 kW instalados em 7 localizações diferentes, e 8 postos de 250 kW que já estão em funcionamento em Loulé, sempre em DC:
PCN na via pública em Torres Vedras.
Modelo mais moderno, que pode variar a potência entre os 3.7 kW e os 22 kW e que estão a ser profusamente instalados quer na via pública, quer em espaço privados de acesso público (grandes superfícies, hipermercados, centros comerciais, etc.):
Supermercado Continente na Alta de Lisboa.
Centro Comercial Colombo em Lisboa.
SuC da Tesla em Ribeira de Pena a 150 kW.
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Exemplos de Estações de Carregamento com sombreamento com painéis fotovoltaicos de produção de energia elétrica, em fase de instalação, num parque público em Lisboa (Operador EV Power) e numa superfície comercial no Montijo (Operador Renewing):
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Carro com motor elétrico, carregamento rápido em PCR • Preço do kWh: 0.40€ • Consumo: 15 kWh/100 km • Custo 100 km: 6€
Hospital Santa Maria em Lisboa. Centro Comercial Alegro, no Montijo.
Os PCN utilizam equipamentos que funcionam com corrente alterna (AC) e a potência do carregamento pode variar entre 3.7 kW e 22 kW, dependendo da potência do próprio posto e do carregador interno do Veículo Elétrico, que transforma a corrente AC do posto em DC para armazenamento da eletricidade na bateria. Por exemplo, num posto de 22 kW, diferentes carros elétricos carregam a potências diferentes que podem variar dos 3.6 kW do Nissan Leaf de primeira geração, aos 6.6 kW do atuais Nissan Leaf, até aos 11 kW dos BMW i3 e dos Tesla Model 3, e ao máximo de 22 kW dos Renault Zoe. Confirme sempre qual a potência do carregador interno do seu VE quando carregar em AC. Estes equipamentos são os ideais para os parques de estacionamento públicos ou das diversas grandes superfícies comerciais e permitem realizar carregamentos de menor velocidade, substituindo assim o carregamento doméstico quando este não seja possível. A Rede Pública de Carregamento e as diversas Redes Privadas complementares são fundamentais para o desenvolvimento da Mobilidade Elétrica, quer a de carregamento normal (PCN) para permitir o carregamento a todos os que não o possam fazer nas suas casas ou nos locais de trabalho, quer a de carregamento rápido (PCR) para permitir a realização de viagens mais ou menos longas por todo o território nacional.
Carro com motor elétrico, tarifa normal de eletricidade • Preço do kWh, tarifa normal: 0.20€ • Consumo: 15 kWh/100 km • Custo 100 km: 3€ Carro com motor elétrico, tarifa bi-horária de eletricidade • Preço do kWh, tarifa bi-horária: 0.10€ • Consumo: 15 kWh/100 km • Custo 100 km: 1.5€
Estes são números que refletem preços médios dos combustíveis fósseis e da eletricidade, bem como consumos médios para os diferentes tipos de motores. O custo de utilização de um Veículo Elétrico, somente em relação ao combustível/energia utilizada, pode ser de apenas 1/5 ou 1/6 do custo de utilização de um automóvel com motor de combustão interna.
Estamos todos a viver mudanças disruptivas na forma como nos deslocamos. Pela primeira vez, a energia necessária para movimentar os veículos – sejam automóveis ligeiros de passageiros, motos, scooters, quadriciclos, bicicletas ou cargo-bikes elétricas – pode ser fornecida a partir das nossas casas, sem necessidade de nos deslocarmos a uma estação de serviço. Uma última nota
Quanto custa carregar um veículo elétrico? Exemplo prático comparativo: Carro com motor a gasolina • Preço do litro de gasolina: 1.45€ • Consumo: 7 l/100 km • Custo 100 km: 10€ Carro com motor a gasóleo • Preço do litro de gasóleo: 1.32€ • Consumo: 6 l/100 km • Custo 100 km: 8€
O custo total da energia necessária para o meu VE ainda pode ser mais económico, pois a travagem regenerativa do mesmo permite produzir eletricidade para o próprio veículo, algo impensável nos combustíveis fósseis, fazendo descer ainda mais a fatura final da energia consumida, chegando essa poupança a representar um desconto de entre 20% e 25% sobre o custo total da energia. Não abordei a questão ambiental, pois não era essa a intenção, no entanto, além de ser mais económica a solução do Veículo Elétrico, ela é absolutamente necessária do ponto de vista ambiental, para tornarmos as nossas cidades mais amigas do ambiente e da saúde pública. O nosso planeta agradece e os nossos filhos também. Lisboa, 30 de agosto de 2020. n
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HONDA e Elétrico que dá (muito) nas vistas
O novo citadino elétrico da Honda faz parte da estratégia da marca para a eletrificação total da sua gama na Europa até 2022. 22
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A primeira aventura da Honda nos automóveis elétricos não vai passar despercebida. A marca japonesa resolveu inspirar-se no seu passado para dar início a esta nova fase, iniciando um novo capítulo de sucesso. E a julgar pelo interesse despertado, o Honda e tem tudo para se tornar um objeto de cobiça.
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ao volante
“A tecnologia interativa a bordo do Honda e (com câmaras de alta definição no lugar dos retrovisores e um painel digital interativo com 5 ecrãs) faz com que seja um modelo com uma abordagem centrada no ser humano e na visão atual que este tem sobre a mobilidade, ou seja, como um serviço e não como um produto” Honda
A
té aqui, a Honda tinha apostado na eletrificação através de automóveis híbridos ou, de forma mais reservada, com o hidrogénio. O sucesso tem sido pontual, mas alguns dos projetos da marca japonesa pareciam demasiado exóticos, desconectados do público. Para atacar no cada vez mais competitivo mercado de automóveis elétricos, a Honda foi à fonte buscar inspiração: como primeiro carro movido a bateria elétrica, é justo que o Honda e tenha formas semelhantes às do Honda N, o primeiro automóvel produzido pela marca japonesa, há seis décadas. O Honda e vai basear-se muito na imagem para atrair o público, tal como o N serviu para marcar a diferença quando a marca começou a construir automóveis. Visualmente, não há nada parecido, é exótico e invulgar mas bem proporcionado, e é esta imagem que terá que marcar a diferença. O Honda e está à ven-
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da por um preço superior a veículos de dimensões semelhantes e com autonomias mais extensas, mas uma vantagem é que vai ter sempre gente a perguntar-lhe, durante algum tempo, que carro é este. Estímulos visuais à parte, embora a Honda tenha uma imagem de desporto associado à tecnologia, o Honda e foi concebido para andar na cidade. A marca japonesa optou por uma bateria de 35,5 kWh, mais pequena do que as disponíveis em concorrentes diretos, mas que promete ser suficiente para uso citadino.
Eficiência energética A Honda anuncia uma autonomia de 210 quilómetros para a versão de topo, a Advance, mas com um pouco de treino é possível acrescentar mais uns 20 ou 30 quilómetros à distância to-
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Campanha de lançamento com preço a partir de 299€/mês As primeiras unidades do Honda e já chegaram ao mercado nacional. O primeiro modelo 100% elétrico da Honda encontra-se disponível para comercialização em Portugal a partir de 36.000€, com uma garantia de 7 anos sem limite de quilómetros e 8 anos ou 160.000 km de garantia da bateria. Como campanha de lançamento, o modelo está disponível com uma renda mensal de 299€ com financiamento e ainda a oferta de um cabo de carregamento tipo 2. Os clientes interessados no Honda e têm também a possibilidade de efetuar a sua reserva online, através de uma plataforma disponível em hondae. pt, com um processo totalmente digital e que demora apenas 2 minutos.
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ao volante
Representando a visão da marca para a mobilidade urbana simplificada, o Honda e destaca-se pelo seu design minimalista e de inspiração retrofuturista, fazendo lembrar a fisionomia de outros modelos icónicos Honda. tal. Embora só tenha dois modos de utilização, Normal e Sport, o modo Normal já é eficiente no uso da energia, e as patilhas no volante são uma ajuda para reduzir ainda mais o consumo energético, especialmente na cidade. Desta forma, quase nem é preciso usar o pedal do travão. Para uso maioritariamente citadino, é suficiente para não precisar ligar o Honda e à corrente durante uma semana. E uma tomada caseira é suficiente para recarregar a bateria em pouco mais de quatro horas. Atingir consumos na casa dos 16 kWh por cada 100 km é impressionante se levarmos em conta que, com as suas formas de ângulos retos, o Honda e não aparenta ser muito eficiente em termos aerodinâmicos. Felizmente, a marca pensou numa solução para reduzir a resistência ao ar e eliminou os espelhos retrovisores, substituindo-os por câmaras. Este não é o primeiro carro com este sistema, pelo que aqui a sua montagem nos extremos do tablier (em vez de junto à porta, que seria mais perto da reação natural do olho se virar para os espelhos) obrigam o condutor a pensar de uma maneira menos intuitiva para verificar a estrada circundante. No entanto, acaba por ser uma ferra-
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menta importante, pois o campo de visão do condutor nunca sai da frente do carro, e oferece uma imagem tridimensional mais completa nas manobras de estacionamento, quando combinado com a câmara traseira (disponível apenas no nível Advance), visualizada no ecrã da consola central. Desta forma, acaba por facilitar a vida depois de interiorizarmos a sua utilização.
Conforto e agilidade O Honda e não é muito comprido, mas é largo. O condutor e o passageiro não têm falta de espaço, e até podem trabalhar em conjunto para tirar partido do sistema de infoentretenimento com duplo ecrã e vários tipos de informação acessível. Embora seja fácil ao condutor aceder a todos os comandos (também é possível trocar a posição de cada ecrã ativo) num número reduzido de passos, por vezes pode ser uma distração desnecessária para o condutor, especialmente no tráfego citadino. Nos bancos traseiros, não há muito espaço para os joelhos se quisermos viajar com as pernas fechadas, mas como não existe um assento central é possível viajar de uma forma mais confortável,
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ainda que com os joelhos abertos. Mas têm um espaço adaptado às suas necessidades, cada passageiro do banco traseiro tendo acesso à sua própria ligação USB. A bagageira é talvez o ponto mais negativo no que diz respeito ao aproveitamento de espaço, com uma capacidade limitada, de apenas 171 litros, e o cabo do carregador a ocupar algum espaço logo de início. Ao volante, o Honda e revela conseguir tirar partido dos 113 kW (154 cv) de potência máxima (um exclusivo da versão Advance), com reações rápidas às solicitações do condutor, mesmo com o modo de condução Normal selecionado. Embora seja impossível escapar ao peso elevado, o carro japonês revela ser bastante ágil dentro da cidade, e a tração traseira ajuda a manter o carro paralelo à estrada, combatendo a tendência natural da suspensão traseira McPherson para fazer o carro adornar em curva. Fora da cidade, o Honda e não é um carro desportivo, mais uma vez devido ao peso elevado e à suspensão traseira, mas pode transportá-lo confortavelmente até à cidade mais próxima, e o consumo energético não aumenta muito quando viaja a velocidades mais elevadas (70 a 80 km/h) nas estradas nacionais. Mas, apesar de tudo, não deixa de ser um automóvel elétrico que está decididamente mais adaptado às necessidades dos habitantes das cidades. O Honda e Advance distingue-se do modelo de base não só pelo motor mais potente (154 cv, em vez de 136 cv), mas também pelas jantes de 17 polegadas, pelos sistemas de ajuda ao estacionamento e pelo sistema de som de melhor qualidade. Estas melhorias justificam a diferença de preço de 2500 euros, até porque a versão Advance ainda fica abaixo da barreira psicológica de 40
FICHA TÉCNICA Motor Bateria Potência Binário Tração Suspensão Comprimento Largura Altura Bagageira Peso Consumo Acel. 0-100 km/h Emissões CO2
Eléctrico tipo síncrono Iões de lítio, 35,5 kWh 113 kW (154 cv) 315 Nm Traseira, caixa de relação única McPherson em ambos os eixos 3895 mm 1750 mm 1512 mm 171 litros 1542 kg 16,2 kWh/100 km (testado) 8,3 segundos 0 g/km
Preço 39.840€ (versão Advance testada) (Honda-e desde 36.000€)
mil euros. Já os sistemas de segurança, que auxiliam o condutor a evitar perigos na estrada (aviso de colisão iminente, alerta de manutenção de faixa, “cruise control” inteligente ou reconhecimento de sinais) são oferecidos em ambas as versões. n
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Paulo Manuel Costa (texto)
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À descoberta do Honda-e Design Design inovador e excecional vencedor dos prémios “Best of the Best 2020” e “Smart Product” no concurso internacional “Red Dot” n Conceção centrada na funcionalidade e facilidade de utilização n Design compacto, minimalista e moderno n Destaques: exclusivos grupos óticos dianteiros e traseiros de LEDs; puxadores exteriores embutidos; tampa da porta de carregamento em vidro n
Motor elétrico Excelente binário de 315 Nm Potência até 113 kW ou 154 cv (versão Advance) n Aceleração 0-100 km/h em apenas 8,3 segundos (versão Advance) n n
Bateria n n
Tecnologia de iões de lítio Capacidade: 35,5 kWh
Tecnologia Integra várias tecnologias disruptivas de ponta e funções inteligentes de conectividade avançada n Define novos padrões tecnológicos do segmento de veículos elétricos compactos, com serviços intuitivos de informação e entretenimento e aplicações de conectividade perfeitamente integradas no estilo de vida moderno do utilizador, acedidos pelos dois ecrãs táteis n
Side camera mirror system O sistema SCMS (Side Camera Mirror System - Sistema de Espelhos Retrovisores Exteriores por Câmaras) substitui os espelhos retrovisores convencionais por câmaras compactas que projetam as imagens em tempo real em dois ecrãs de seis polegadas no interior do veículo n A tecnologia de câmaras, inédita no segmento compacto, possui benefícios significativos para a segurança, aerodinâmica e design n O Sistema de Espelho Retrovisor por Câmara Central pode ser ligado para transmitir a imagem de uma câmara central traseira no espelho retrovisor interior, aumentando a segurança e o conforto n
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Tempo de Carregamento
Autonomia
n Até aos 100%
n 220 km (Honda-e Advance: 210 km) n
Posto Público 6.6 kW AC Tipo 2
4.1 horas
Em Casa 2.3 kW AC Tipo 2
18.8 horas
Até 313 km em ciclo urbano
dados de autonomia máxima em ciclo WLTP
n Carregamento rápido até aos 80%
Carregador 100 kW DC
30 min.
Perfeito para a cidade Chassis otimizado para aumentar a agilidade e manobrabilidade n Tração traseira n Suspensão independente às 4 rodas n Raio de viragem de 4,3 m n
Segurança Equipado com o pacote de segurança HONDA SENSING, que inclui três novas funções: - Lead Car Departure Notification System (notifica o condutor quando o carro da frente arranca); - Collision Mitigation Throttle Control (impede acelerações repentinas em marcha-atrás ou no arranque, caso haja um obstáculo no caminho); - Low Speed Brake Function (aplica a travagem de emergência na condução a baixa velocidade)
n
Honda Parking Pilot
O sistema de sensores de estacionamento Honda Parking Pilot fornece mais ajuda ao condutor, monitorizando os lugares de estacionamento e destacando nos ecrãs HMI a posição mais adequada para iniciar as manobras de estacionamento sem intervenção do condutor
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mercado VENDAS DE AUTOMÓVEIS EM PORTUGAL
O “boom” dos híbridos plug-in
D
e acordo com os dados estatísticos divulgados pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), no último mês de julho foram matriculados em Portugal 15.209 automóveis ligeiros de passageiros novos; o que representa uma diminuição de 17,5% em relação ao mês homólogo de 2019. Contabilizando as vendas anuais até 31 de julho, o total de 80.057 unidades matriculadas representa uma variação negativa de -45,6% face a janeiro-julho do ano passado, refletindo ainda de forma dramática os efeitos da pandemia no mercado automóvel nacional. Já dividindo o mercado por tipo de motorização, o que mais salta à vista é o desempenho do segmento dos veículos elétricos recarregáveis: no mês de julho, a venda de automóveis 100% elétricos e híbridos plug-in cresceu mais de 85% comparativamente ao mesmo período de 2019, retomando assim – pelo menos aparentemente – o ritmo de crescimento anterior à pandemia. E, ainda mais que nos dois meses anteriores, os campeões de vendas voltaram a ser os modelos PHEV, que com 1068 unidades matriculadas no último mês representaram mais de 71% dos novos veículos eletrificados recarregáveis a entrar no mercado, vendendo bem mais do dobro do que conseguiram os BEV (428 unidades). Parece que estamos agora a assistir em
ELÉTRICOS RECARREGÁVEIS
Portugal a um verdadeiro “boom” nas vendas de híbridos plug-in, o que poderá ser explicado antes de mais pelo apelo exercido por este tipo de automóveis no mercado das viaturas de serviço (que representa seguramente a maior fatia nas vendas destes modelos), sobretudo graças aos benefícios fiscais associados e às ações promocionais das marcas, somando a isso o reforço recente (e que vai continuar nos próximos meses) nessa oferta com a chegada ao mercado nacional de novas gerações de modelos PHEV, incluindo em segmentos mais acessíveis. Mais uma conclusão a merecer destaque: o número de matrículas de novos veículos híbridos plug-in no mês de julho terão mesmo superado aquelas dos veículos do tipo “full hybrid”, tradicionalmente os modelos eletrificados dominantes em termos de vendas. Considerando o acumulado dos sete primeiros meses do ano em curso, ainda segundo os dados divulgados pela ACAP venderam-se em Portugal um total de 4088 veículos ligeiros de passageiros do tipo BEV e 4824 do tipo PHEV. Isso somado, significa que o share dos elétricos recarregáveis nas vendas globais nacionais é de mais de 11%. E incluindo nessas contas todos os modelos de automóveis com algum tipo de eletrificação (100% elétricos, híbridos plug-in, “full hybrid”...), o share já ultrapassa os 18%...
AS MARCAS MAIS VENDIDAS EM PORTUGAL JANEIRO-JULHO 2020
30%
BEV – 100% ELÉTRICOS
20%
10%
Nissan 18,5%
Tesla 17,7%
Renault 17,3%
30%
20%
Peugeot 10.5%
Smart 7,0%
PHEV – HÍBRIDOS PLUG-IN Mercedes-Benz 26,1%
BMW 25,2%
Volvo 19,5%
10%
Peugeot 5% 30
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Porsche 4,4%
Híbridos plug-in: evolução das vendas em Portugal 1200 2019
2020
1000
800
600
400
200
JAN
FEV
ABR
MAR
MAI
JUN
JUL
AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS
VENDAS EM PORTUGAL JANEIRO-JULHO 2020 SHARE POR TIPO DE MOTORIZAÇÃO
GASOLINA 47,4%
DIESEL 33,6%
ELÉTRICOS RECARREGÁVEIS 11,1%
45,9%
54,1%
BEV
PHEV
TOTAL UNIDADES VENDIDAS: 80.057 (-45,6%) OUTRAS 1%
HÍBRIDOS NÃO RECARREGÁVEIS 6,9%
Legenda: BEV – Elétrico a bateria PHEV – Híbrido ‘plug-in’ Fonte: ACAP
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novos modelos
PEUGEOT 3008
Imponência evolutiva
Depois de se tornar um dos modelos mais importantes para o futuro da marca, o Peugeot 3008 entra em processo de evolução, oferecendo ainda mais tecnologia ao mesmo tempo que reforça a sua imagem desportiva, mantendo as suas aptidões familiares e os seus motores híbridos.
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Peugeot 3008 tornou-se rapidamente um dos pilares do sucesso da marca francesa, casando as necessidades de uma família típica com o desejo de explorar a estrada ao volante de um carro que apela aos nossos sentidos. É a pensar neste desejo que a Peugeot renovou agora o seu SUV crossover, utilizando novas adições tecnológicas que combinam com a imagem desportiva que sempre foi seu apanágio. Num primeiro contacto, esta renovação do 3008 parece apenas visual. O “restyling” inclui uma nova grelha dianteira, reforçando a sua imagem de dinamismo em vários ambientes. A grelha dianteira integra novos grupos óticos, que agora passam a ter faróis LED. Nos níveis de equipamento de topo, GT e GT Pack, os faróis são 100% LED, com um feixe que se adapta à direção da estrada, otimizando a visibilidade do condutor à noite em velocidades até 90 km/h. Os LED também possuem um novo modo de utilização, chamado “Foggy Mode”, que elimina a necessidade de ter faróis de nevoeiro em condições meteorológicas com pouca visibilidade. A traseira também usa faróis 100% LED, com uma estrutura dos grupos óticos que ocupa toda a extensão do portão da bagageira. As versões GT e GT Pack distinguem-se do restante da gama com os logótipos “GT” integrados em elementos decorativos da carroçaria, bem como jantes de 19 polegadas de desenho exclusivo. No interior, o cockpit digital, que a Peugeot baptizou “i-Cockpit”, foi atualizado visualmente e em termos de informação disponível. O painel de instrumentos tem um mostrador digital de 12,3 polegadas, que pode ser configu-
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rado de modo a oferecer informação personalizada às necessidades do condutor. Quanto ao sistema de infoentretenimento, ganha um novo ecra tátil de 10 polegadas, agora complementado com um conjunto de sete teclas na consola central, facilitando o acesso a funções diferentes, de forma imediata e intuitiva. E os elementos decorativos agora incluem revestimentos de origem sustentável. Todas as versões do 3008 estão equipadas com seletor de modo de condução, com três modos de funcionamento com motor de combustão (Normal, Eco e Sport), e três a quatro modos com motor híbrido (elétrico, híbrido, Sport e 4WD, no GT Hybrid4). Os sistemas de segurança incluem “Night Vision” (deteção de peões e animais na estrada à noite), “cruise control” adaptativo com opção de paragem no tráfego, ajuda de manutenção de faixa, travagem de emergência e reconhecimento de sinais de trânsito. Câmaras de estacionamento, monitor de ângulo morto e controlo de tração também estão disponíveis. A gama de motores não tem alterações, com destaque para as duas variantes híbridas, Hybrid e Hybrid 4. Ambas têm como base um motor 1.6 turbo de 180 cv, na primeira combinada com um motor elétrico para uma potência total de 225 cv, e na segunda com um motor em cada eixo para um total de 300 cv e tração às quatro rodas. As baterias de 13,2 kWh garantem autonomias elétricas de mais de 50 km em ambos, com um carregamento de 1h45 com uma “wallbox” caseira de 7,4 kW. A gama fica completa com os habituais 1.2 Puretech a gasolina e 1.5 BlueHDi a diesel, ambos com 130 cv e escolha de caixa manual de seis velocidades ou automática de oito. n
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entrevista
ANTÓNIO GONÇALVES PEREIRA
Presidente da EcoMood Portugal Associação para a Promoção Solidária da Sustentabilidade na Mobilidade Humana
“Converter um topo de gama pode custar sensivelmente o mesmo que comprar um citadino elétrico novo” A conversão de muitos deles, os que valerem a pena, é uma solução muito mais sustentável do que o seu abate e a produção de um veículo elétrico novo. Tanto em termos de pegada, ou seja, ambientais, como em termos financeiros. E, com ela, cumprem-se os 3 R de base da sustentabilidade: RECICLAR as peças relacionadas com propulsão, REUTILIZAR o resto do veículo e, assim, REDUZIR a pegada inerente à produção de novos. E já começa a haver sinais muito positivos de que esse caminho está a começar a ser traçado, como os icónicos táxis londrinos, muitos tuk-tuks e, até, os barcos dos canais de Amsterdão, que terão que passar a ser todos elétricos já em 2021. Além de haver um interesse crescente por esta solução, como o comprovam os muitos foruns sobre o assunto nas redes sociais, os já bastantes sites onde é possível comprar materiais e kits, ou até as novas legislações aprovadas recentemente em países como Espanha ou França.
O entrevistado deste mês na BlueAuto é António Gonçalves Pereira, Presidente da EcoMood Portugal - Associação para a Promoção Solidária da Sustentabilidade na Mobilidade Humana, que será o moderador de um dos painéis temáticos do ON Mobility Amadora (evento dedicado à mobilidade sustentável, que vai ter lugar no dia 16 de setembro e que servirá também de abertura das atividades da Semana Europeia da Mobilidade). E o tema em debate nesse painel é também o tema desta entrevista: a conversão de veículos a combustão para elétricos e híbridos...
“A conversão de veículos a combustão já em circulação em veículos com um sistema de propulsão elétrico será um mercado gigantesco nos próximos anos”. A afirmação, recente, é sua. Em que se baseia para o afirmar de forma tão assertiva? Existem muitos veículos a combustão a circular no mundo, na ordem das centenas de milhões. Só em Portugal são cerca de 6 mihões. E ainda se continua a produzir e comercializar novos veículos destes, sendo que os mais antigos já vão começando a ter restrições à sua circulação, sobretudo na Europa. E, nos próximos anos, isso acontecerá com muitos mais.
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A conversão “a combustão-elétrico” já existe, e não é de hoje. Mas de forma artesanal, sem grande expressão. E no caso dos (poucos) fabricantes de automóveis que o fazem, limita-se a unidades de negócio de pequena dimensão, sobretudo para carros clássicos. O que falta para deixar de ser assim? Falta ainda muito, a vários níveis. Desde haver uma aposta clara e incisiva dos decisores políticos no incentivo à conversão, a uma evolução de mentalidades, tanto na população em geral como nos decisores empresariais. E, claro, nos fabricantes de automóveis, que deverão estar a começar a encarar esta como uma excelente oportunidade de evoluir os seus modelos de negócio, que tantos se queixam de estar em risco. Da mesma forma que, há alguns anos, fizeram com o
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mercado de usados, que até então tinham deixado quase exclusivamente para outros operadores, independentes. Quer enumerar para os nossos leitores quais são as grandes vantagens desta transformação? Como referi, as vantagens são tanto ao nível da sustentabilidade ambiental como financeira. Em termos ambientais, eis um exemplo: em termos médios, admite-se que a produção de um veículo ligeiro causa emissões de cerca de 6.500 quilos de carbono. E que o abate causa algo como 2.500 quilos. Ou seja, 9 toneladas para abater um automóvel e produzir um novo, ainda que elétrico. A conversão, também em termos médios, estima-se que não ultrapasse as 3 toneladas de emissões de carbono. Portanto, logo aí, temos uma poupança de cerca de 6 toneladas. Em termos financeiros, neste momento já se consegue efetuar uma conversão de um topo de gama pelo mesmo custo de um dos mais baratos automóveis elétricos novos disponíveis. E depois há ainda a solução, transitória, da conversão para híbrido, aplicável muito vantajosamente em veículos profissionais de transporte de mercadorias e passageiros, sobretudo urbanos. Além de haver ainda muito poucas e limitadas soluções no mercado, quantas empresas teriam capacidade para renovar toda a sua frota para veículos elétricos? Muito poucas, certamente. Mas, acrescentando-lhes um pequeno motor elétrico e poucas baterias, esses veículos podem passar de imediato a consumir, e poluir, metade do que fazem atualmente. Ou seja, um corte de metade da pegada. E, com a
“As vantagens são tanto ao nível da sustentabilidade ambiental como financeira”
poupança nos custos de combustível, o investimento na conversão pode ser recuperado rapidamente. Que tipo de veículos podem/devem ser convertidos? A resposta espontânea é “todos”! Rodoviários, marítimos e voadores. Uma resposta mais ponderada será “Todos os que valerem a pena”. Ou seja, que estejam em boas condições e que valha a pena manter em circulação. No caso dos transportes aéreos e marítimos, dada a sua grande tonelagem e as atuais restrições em termos de tecnologia de armazenamento de energia, a solução mais viável no imediato é a conversão para híbridos. Em termos rodoviários, mesmo sendo possível em todos, o racional é analisar caso a caso, por gamas e tipos de utilização. Os mais prioritários serão veículos profissionais, de utilização intensiva, como camiões do lixo, autocarros, etc. Se formos para os ligeiros de passageiros
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entrevista particulares, deixo uma imagem: mande para abate o Fiat Uno de 1990, converta o Range Rover de 2005. Que soluções existem hoje em Portugal para converter um veículo em elétrico? Portugal necessita urgentemente de evoluir a legislação neste campo, que é desadequada e muito burocratizada. É possível homologar uma conversão para elétrico (e proibido para híbrido), mas falta regulamentação, à imagem do que aconteceu para o GPL. E falta um incentivo claro por parte do Estado, tanto na criação de uma indústria deste setor, como na adoção desta solução por parte de empresas e cidadãos. E do próprio Estado, que deverá dar o exemplo, convertendo as suas frotas. Existem 3 ou 4 empresas já com “o pé na porta”, a dedicaremse sobretudo à conversão de tuk-tuks, que é bem mais simples. Não a nível tecnológico, que é quase igual, apenas com menores potências e custos, mas ao nível da legalização. Estas empresas serão certamente as pioneiras quando este processo legislativo evoluir. Mas há mais de 20 anos que há académicos a fazerem sistematicamente conversões, em diversos politécnicos e faculdades. Existe, portanto, o know-how. Do ponto de vista técnico, o que significa essa conversão, sabendo que não basta trocar um motor por outro? Eu não sou engenheiro e, portanto, o meu conhecimento nesse campo é limitado. Mas, com o meu contacto com os especialistas no assunto, e com a conversão dos karts da Ecokart Portugal, fui percebendo que é realmente simples. Há, aliás, por esse mundo fora, muitos exemplos de mecânicos ou até cidadãos comuns a fazerem conversões nas suas garagens ou quintais. Idealmente, começa por um projeto de engenharia. Em termos práticos básicos, há que retirar o motor e seus acessórios desnecessários e a caixa de velocidades, que se pode manter mas não faz falta. Depois há que instalar um motor elétrico ligado à transmissão, com um controlador adequado. E pôr esses novos elementos a “conversar” com os sistemas existentes. Ficam a faltar as baterias, que convém distribuir pelo veículo, por forma a que o resultado seja equilibrado. Nos automóveis, podem ser instaladas tanto no que sobra no compartimento do motor, já que a tecnologia elétrica é muito mais simples e menos espaçosa, no local de onde se retirou o depósito de combustível, por debaixo do banco traseiro e/ou em parte do compartimento de carga. Quanto pode custar converter um veículo a combustão em elétrico? E compensa? Depende, obviamente, do veículo, e também da potência e da autonomia pretendidas. O que, só por si, já é uma vantagem: pode fazer-se uma conversão personalizada, à dimensão da carteira e das necessidades de utilização. Para automóveis, neste momento uma conversão média poderá custar entre 15 e 20 mil euros, perspetivando-se que nos
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“Mande para abate o Fiat Uno de 1990, converta o Range Rover de 2005!”
próximos 2 ou 3 anos, com a industrialização desta solução e a redução dos preços da atual tecnologia de baterias, esse valor se reduza até 50%. Falo, por exemplo, de uma solução com 120 cavalos de potência e 200 km de autonomia, aplicável em qualquer tipo de automóvel. É claro que, se quisermos uma conversão de luxo, com todas os extras tecnológicos e grande autonomia, esse valor será substancialmente mais elevado. Já a (transitória, insisto) conversão para híbrido poderá custar algo como 8 mil euros. Ou seja, a perspetiva é: converter um topo de gama pode custar sensivelmente o mesmo do que comprar um citadino elétrico novo. E haverá sempre compradores com perfil para as duas opções, como acontece atualmente entre novos e usados. Mas esta é, sobretudo, além da parte de sustentabilidade ambiental, uma forma de democratizar e acelerar o processo de descarbonização da mobilidade, ao disponibilizar a opção de passar para veículos elétricos a uma faixa muito mais alargada da população.
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Não acha que a pouca (ou nenhuma) adesão das marcas à conversão, por estarem obviamente mais interessadas em vender os seus novos modelos elétricos, será sempre um grande obstáculo a este potencial mercado da conversão? Essa será a razão para atualmente se manifestarem contra a solução, não querendo isso dizer necessariamente que não se estejam a preparar em bastidores. Só não podem admiti-lo agora, sob pena de baixarem as suas vendas de novos enquanto o mercado aguarda que disponibilizem esta solução. Como já disse, esta poderá ser até uma excelente alternativa de alteração do seu atual modelo de negócio, de forma a prolongá-lo no tempo. E os fabricantes têm vantagens, não só pela propriedade intelectual e de marca, como pela confiança que podem transmitir aos seus clientes, por estarem a converter os veículos que produziram e de que detêm know-how privilegiado. Como acontece atualmente nos mercados de usados e de manutenção, haverá espaço para todos. E uma coisa é certa: já vamos algo tarde para sobrepormos o bem comum da humanidade ao modelo de negócio ou lucros de alguns. Que papel pode ter a EcoMood Portugal, enquanto associação que promove a mobilidade sustentável, na sensibilização dos consumidores e automobilistas para os benefícios da conversão para veículos elétricos? É mais uma causa com a qual estamos a tentar cumprir esta que é a missão social que escolhemos. Tal como acontece para todo o tipo de soluções sustentáveis, e não apenas na mobilidade, usamos as nossas humildes ferramentas para ajudar a evoluir mentalidades e comportamentos. Com esforço e dedicação, tentando incentivar a que outros o façam também, promovendo parcerias e junção de esforços com todo o tipo de entidades, empresariais, associativas e oficiais. Não buscamos qualquer tipo de protagonismo, apenas ajudar a que haja maiores hipóteses de uma vida saudável para os nossos filhos e netos.
Neste caso em particular, além de já termos conseguido chegar à fala com os mais altos decisores do Estado, tentando sensibilizá-los para esta solução e municiando-os de todo o tipo de informação e exemplos, vamos também dando-lhe a visibilidade que conseguimos e promovendo o debate, tanto nas nossas redes sociais, como organizando eventos e ações com esse fim. Até o nosso Ecokart Twin, o kart de 2 lugares que convertemos para elétrico há já mais de 3 anos, e no qual já se sentaram mais de 12.000 pessoas de todas as idades, serve esse propósito, entre outros. Todos eles de promoção da sustentabilidade através da experimentação, da demonstração e, sempre que possível, da diversão. Estará este tema em debate no próximo “OnMobility”, na Amadora, a 16 de setembro? Sim, este é o tema do 2.º painel deste 3.º “OnMobility”, que será um evento “híbrido plug-in”, ou seja, de participação presencial e digital, dadas as contingências da pandemia. Vamos ter o primeiro “Green Experience” pós-confinamento, onde se poderão experimentar vários veículos e soluções sustentáveis, e um primeiro painel mais dedicado a uma atualização de modelos urbanos de mobilidade. Para o tema das conversões, convidámos um Conselho Académico de grande valência científica, além de outros oradores de destaque. Mas os vossos leitores podem saber tudo e inscrever-se em www.onmobility.live. Para quem estiver interessado neste tema, onde poderá aceder a mais informação? Eu diria que, para já, assistindo ao “OnMobility”, na tarde de 16 de setembro. Vai ser muito esclarecedor. Além disso, há já, felizmente, muita informação disponível online, dos mais variados países. Mas teremos muito gosto também em tentar ajudar mais diretamente, basta contactar a EcoMood Portugal (www.ecomoodportugal.org). n
“Para automóveis, neste momento uma conversão média poderá custar entre 15 e 20 mil euros”
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REVISTA DE IMPRENSA “Hoje em dia, a consciencialização ambiental dos condutores é cada vez maior. É por isso que as emissões regulamentadas (CO, HC, NOx, partículas) e o consumo expresso em CO2 são um fator tido em conta pelos consumidores antes da decisão final de compra de um veículo” Peugeot
“A mobilidade elétrica está a aproximar a indústria automóvel e o setor energético” Martin Dehm Diretor técnico, projeto de carregamento bidirecional Audi
“O projeto da produção de hidrogénio em massa em Portugal é um gigantesco crime económico que está prestes a ser cometido com a conivência de todos e de cada um de nós” José Gomes Ferreira Jornalista – SIC (no artigo de opinião ‘O Crime Económico do Hidrogénio’)
“Crime económico é ser contra o hidrogénio. Porque se não disponibilizarmos tecnologias para a indústria portuguesa e para a economia portuguesa descarbonizarem, estaremos a cometer um crime contra a economia portuguesa. (...) Se as metas obrigatórias e vinculativas não forem cumpridas – com fortes penalizações até de natureza financeira e acesso a fundos –, o país será penalizado. O custo de não fazer nada é muito maior” João Galamba Secretário de Estado da Energia (em entrevista à SIC Notícias)
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“Quero fazer parte da mudança para um mundo mais limpo. (...) A sustentabilidade é o futuro e a única maneira de podermos salvar o planeta. (...) Nasci na era dos carros a gasolina e fui daqueles que diziam que nunca conduziria um carro elétrico. Mas agora tenho um EQC e um Smart elétrico e estou encantado. Todos temos que ajustar os nossos preconceitos alguma vez na vida. Agora só conduzo esses carros elétricos” Lewis Hamilton Campeão do Mundo de F1
“No que se refere aos nossos veículos elétricos, a ansiedade relacionada à autonomia deve ser algo do passado” Jürgen Keller Diretor Executivo – Hyundai Motor Deutschland GmbH
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“A Tesla está disponível para licenciar software e para fornecer sistemas de propulsão e baterias. Estamos apenas a tentar acelerar a energia sustentável, não a esmagar concorrentes!” Elon Musk CEO – Tesla (post no Twitter)
“Acredito que no século 21 os Estados Unidos podem voltar a dominar o mercado automóvel apostando em veículos elétricos”
“Em breve cada novo veículo será um veículo conectado”
Joe Biden Candidato democrata à presidência dos EUA
Jon Scott Líder de projeto, ‘City Insights’ – Ford Mobility
“Com a marca IONIQ, a Hyundai está a remodelar o modo como vemos os veículos elétricos, indo para além do pensamento convencional. Iremos oferecer experiências elétricas personalizadas que estão integradas em estilos de vida conectados e ecoconscientes”
“Acredito firmemente que o combate às alterações climáticas e a forma como usamos recursos irão decidir o futuro da nossa sociedade – e do Grupo BMW” Oliver Zipse Presidente do Conselho de Administração BMW AG
Wonhong Cho Vice-Presidente Executivo e Diretor Global de Marketing – Hyundai Motor Company
“Qualquer pessoa que mude de um carro normal para um carro elétrico vai divertir-se muito” António Félix da Costa Novo campeão de Fórmula E (em entrevista à Exame Informática)
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PEUGEOT e-208 Inspiração histórica
A Peugeot coloca o e-208 à parte na gama de elétricos do Grupo PSA, com uma aparência que faz lembrar os sucessos desportivos da marca com modelos como o saudoso 205 GTi, mas que é mais adaptado a andar na cidade, com um consumo energético baixo e um bom nível de conforto com um preço bem acessível.
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ual é a melhor forma de apresentar um carro elétrico ao público? Criar um modelo completamente de origem, desfasado do restante da gama, ou aplicar esta tecnologia num modelo já existente, correndo o risco de ser incompatível? A Peugeot resolveu não ter de escolher e fazer os dois ao mesmo tempo. O novo Peugeot 208 foi pensado de origem para ter versões com motores de combustão ou elétricos, e o e-208 já está à venda, onde ocupa o lugar de topo de gama, com um ligeiro sabor a desportivo. Visualmente, o Peugeot e-208 não se distingue do 208 a gasolina, exceto pela letra “e” incrustada no pilar C da carroçaria. Quem não prestar atenção, vai pensar que está ao lado de um 208 comum, pois até a grelha dianteira não é diferente entre os dois tipos de motores, e se levantar o capot vai encontrar até uma típica cobertura de motor, quase como se o carro não fosse elétrico. Felizmente, o 208 foi desenhado com inspiração num dos maiores sucessos da marca, o saudoso 205, o que o torna chamativo independentemente do motor. Quando combinado com o nível de equipamento GT, o Peugeot e-208 também faz lembrar o lendário 205 GTi. O Grupo PSA criou a plataforma CMP para servir uma grande variedade de veículos apropriados para circular na cidade, podendo albergar tipos diferentes de motores sem sacrificar a sua funcionalidade diária. Num carro como o Peugeot e-208, isto significa que, mesmo com a presença da bateria no chassis, não há diferença no aproveitamento do espaço interior, e que a variante elétrica mantém a mesma habitabilidade das versões a gasolina. É preciso negociar um pouco com os bancos dianteiros para conseguir acomodar dois adultos de estatura elevada
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na parte traseira, mas no geral não haverá falta de conforto para estes ocupantes em viagens curtas. O condutor, por seu lado, beneficia de um banco com bom apoio lombar e de espaços generosos para arrumação de objetos. Ao volante, o conceito “iCockpit” da Peugeot integra o computador de bordo, os comandos no volante e o ecrã tátil numa unidade funcional que oferece acesso rápido e fácil a todo o tipo de informação de condução. O sistema é fácil de operar, não necessitando de quase nenhum tempo de adaptação, e além da climatização, navegação e entretenimento, destaca-se pela qualidade da informação relativa à condução elétrica, permitindo controlar não só a carga da bateria mas também responder diretamente ao consumo energético adotando um novo estilo de condução. Como topo de gama, o Peugeot e-208 GT oferece um bom nível de acabamentos exclusivos no exterior, que reforçam a sua aparência dinâmica, bem como uma extensa lista de equipamento, começando por um preço apenas ligeiramente acima dos 35 mil euros, mais do que apropriado para um modelo compacto que tem algumas pretensões desportivas. Embora existam opções na gama e-208 a começar perto dos 30 mil euros, a variante GT é a que melhor combina com a motorização elétrica.
Evoluído para a cidade A versão elétrica do Peugeot 208 é semelhante à de outros modelos do Grupo PSA (DS 3 E-Tense, Opel Corsa-e), recorrendo a uma bateria de 50 kWh, que fornece energia a um motor de 100 kW, equivalente a 136 cv. No e-208, isto torna-o mais ou menos equivalente ao antigo Peugeot 205 GTi, que ostentava 130 cv. Existem, no entanto, algumas diferenças que impedem
Quando combinado com o nível de equipamento GT, o Peugeot e-208 também faz lembrar o lendário 205 GTi. o e-208 GT de ser um verdadeiro desportivo, uma vez que o modelo elétrico pesa quase o dobro do seu antepassado. Mesmo com a entrega imediata de potência típica dos modelos elétricos, o e-208 é mais lento na aceleração até aos 100 km/h que o modelo histórico que o inspira. Mesmo selecionando o modo de condução Sport (um dos três modos de utilização, em conjunto com o Eco e o Normal), o e-208 GT é um automóvel mais confortável que desportivo. A entrega de potência está lá para facilitar a maioria das manobras de ultrapassagem e recuperações (com uma sensação mais imediata em modo Sport), mas não faz do carro francês um verdadeiro “hot hatch” como era o 205 GTi (ou mesmo o 208 GTi, que tinha 225 cv). Nem o chassis iria trabalhar em conjunto com o motor dessa maneira. A bateria de 50 kWh é grande o suficiente para baixar o centro de gravidade, mas a suspensão do Peugeot elétrico sente-se mais à vontade no trânsito urbano do que a lidar com uma estrada sinuosa ou com asfalto de má qualidade. Até mesmo o sistema de travagem está mais adaptado à recuperação de energia do que a lidar com o 208 nos limites.
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A versão elétrica do Peugeot 208 recorre a uma bateria de 50 kWh, que fornece energia a um motor de 100 kW, equivalente a 136 cv. Realmente, o sistema de travagem é uma componente importante para garantir a eficiência energética que é uma das principais vantagens do Peugeot e-208. Em vez de patilhas no volante, usa a força de travagem no máximo recorrendo ao modo “B” na alavanca das mudanças. Esta parte do sistema pode ser usada em conjunto com a troca entre os modos Eco e Normal para permitir ao condutor ter o melhor controlo possível sobre a utilização da energia. Regra geral, deverá conseguir valores entre os 15 e 15,5 kWh, mas é possível consumir menos de 15 kWh por cada 100 quilómetros percorridos se circular primariamente em zonas urbanas, sem sair da cidade. Assim, é possível chegar aos 340 km de autonomia anunciada sem muito trabalho, ao mesmo tempo que pode adotar um ritmo mais forte quando for necessário, sem precisar de se concentrar em conservar energia. Em casa, se optar pela montagem de uma “wallbox” trifásica com 7,4 kW, pode recarregar a bateria de 50 kWh em sete horas e meia, mas em estrada também pode procurar um carregador de alta densidade, optando até por serviços online da Free2Move, marca do Grupo PSA para facilitar a mobilidade urbana dos seus clientes. Paulo Manuel Costa (texto)
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FICHA TÉCNICA Motor Bateria Potência Binário Tração Suspensão Comprimento Largura Altura Bagageira Peso Consumo Autonomia Acel. 0-100 km/h Emissões CO2 Carregamento
Elétrico tipo síncrono Iões de lítio, 50 kWh 136 cv / 3673-10.000 rpm 260 Nm / 300-3673 rpm Dianteira, caixa de relação única McPherson à frente, eixo de torção atrás 4055 mm 1745 mm 1430 mm 265 litros 1455 kg 15,1 kWh/100 km (testado) 340 km (anunciada) 8,1 segundos 0 g/km 8 horas (7,4 kW)
PREÇO 35.420€ (versão GT testada) (gama e-208 desde 30.020€)
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em números...
>7.000.000
O Grupo BMW anuncia agora o objetivo de atingir até final de 2021 um milhão de veículos 100% elétricos ou híbridos plug-in vendidos globalmente; e até ao ano 2030 aumentar para um total de mais de 7 milhões as vendas de automóveis BMW e MINI equipados com sistemas eletrificados, 2/3 dos quais deverão ser variantes totalmente elétricas.
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23.09.2020
De acordo com dados estatísticos oficiais, no último mês de junho 1 em cada 7 veículos vendidos na Europa foi um modelo híbrido ou elétrico.
23 de setembro é a data de apresentação esperada para a Volkswagen dar a conhecer em pormenor o seu novo modelo 100% elétrico ID.4.
35% A Volvo registou em julho o seu melhor resultado de sempre em Portugal, atingindo valores recorde de volume de vendas e quota de mercado. Com destaque para os modelos híbridos plug-in: a percentagem destas viaturas eletrificadas nas vendas totais da marca sueca foi de 35%, um valor superior tanto à média europeia como também à média mundial da Volvo Cars na primeira metade do ano.
765 + 917 De acordo com o Fundo Ambiental, foram já recebidas um total de 765 candidaturas de pessoas singulares e 917 candidaturas de empresas ao incentivo estatal à aquisição de veículos (ligeiros de passageiros) elétricos. Num e noutro caso, a verba para 2020 já foi esgotada.
4.000€ Até 31 de agosto, a Hyundai Portugal oferece 4.000€ de valorização adicional da retoma a todos os clientes que troquem o seu automóvel antigo por um novo Hyundai IONIQ.
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1000 km A Reuters divulgou uma notícia segundo a qual a Toyota e a Universidade japonesa de Quioto estarão já a trabalhar no desenvolvimento de uma nova geração de baterias recarregáveis, ditas de estado sólido e baseadas em iões de flúor, cujas características permitirão oferecer aos veículos elétricos autonomias próximas dos 1000 km.
2026
É o ano previsto pela Bentley para lançar no mercado o seu primeiro automóvel 100% elétrico.
1.500.000 A Jaguar Land Rover já produziu mais de 1,5 milhões de motores Ingenium, gama de propulsores a gasolina, diesel e elétricos “limpos” e eficientes que apoiam o compromisso do fabricante de reduzir emissões e consumos.
-18%
A Opel anuncia que a nova gama do Insignia está disponível com motorizações que permitem uma redução de consumos até 18%.
6 toneladas
Em 2019 a rede Valorcar recolheu cerca de 6 toneladas de resíduos de baterias e acumuladores de iões de lítio (utilizadas nos veículos híbridos e elétricos). O principal destino destas baterias consistiu na sua reutilização em unidades estacionárias de armazenamento de energia.
5 mil milhões € A SEAT vai investir 5 mil milhões de euros entre 2020 e 2025. O investimento irá para novos projetos de I&D para desenvolvimento de veículos no Centro Técnico da SEAT, especificamente para eletrificar a gama, e para equipamentos e instalações nas fábricas da marca.
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O Lexus NX 300h venceu o prémio “New Car Awards 2020” de melhor automóvel híbrido à venda no Reino Unido: 181.000 condutores votaram nos seus carros preferidos e o SUV médio da marca “premium” japonesa alcançou a vitória em 9 das 16 categorias da sua classe.
1.419 cv É a potência máxima expectável do Mustang Mach-E 1400, protótipo NASCAR desenvolvido a partir do futuro modelo 100% elétrico da Ford para demonstrar o potencial de performance da propulsão elétrica.
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novos modelos
VOLKSWAGEN TIGUAN
Hora de avançar
A Volkswagen continua a expandir a sua gama eletrificada, e agora é a vez do Tiguan adotar as novas tecnologias já disponíveis noutros modelos da marca, especialmente o ID.3, incluindo um potente híbrido plug-in, e acrescentando sistemas de condução autónoma.
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Tiguan foi o primeiro SUV compacto da Volkswagen e ainda continua atual, principalmente desde a chegada da variante Allspace, com sete lugares. Ainda assim, a marca alemã está a passar por um período de renovação que inclui a criação da sua nova submarca I.D., pelo que a VW não se pode dar ao luxo de deixar os seus modelos convencionais tornarem-se vítimas de obsolescência. Por isso, o SUV familiar ganha agora uma nova geração, aproveitando algumas das tecnologias de última geração que já estão disponíveis no novo Golf ou no elétrico ID.3. Uma das novidades do Tiguan é a introdução de sistemas de assistência à condução mais evoluídos, aproximando-se cada vez mais da condução autónoma. Aqui, o sistema Travel Assist, introduzido no ID.3, já permite circular em estrada em velocidades até 210 km/h, sem necessitar de grande intervenção por parte do condutor. O Travel Assist já usa os sensores e navegação para determinar a presença de outros veículos na estrada e a localização dos limites de faixa para ajustar automaticamente a velocidade, tanto através da aceleração como da travagem, e o condutor apenas necessita de
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estar atento à estrada. O Travel Assist trabalha em conjunto com o “cruise control” adaptativo e a travagem de emergência. O interior deverá ser bastante luxuoso, especialmente nas versões de topo (Elegance e R-Line), onde vão ser oferecidos ou deixados à escolha dos potenciais compradores elementos como um volante multifunções com funções de toque (como se fosse um ecrã tátil), o mesmo acontecendo ao sistema de climatização. O infoentretenimento entra numa nova geração, com mais opções de conectividade e serviços online que podem ser usufruídos pelo condutor, além de poder ser combinado com um sistema de som de alta fidelidade de 480 W, fornecido pela Harman Kardon. Em termos de segurança, pode ser equipado com o já conhecido IQ.Light, um sistema de faróis LED adaptativos. A gama de motores começa com modelos já conhecidos do Golf, com o 1.5 TSI oferecido em variantes de 130 ou 150 cv, este último também disponível com caixa DSG de dupla embraiagem e sete relações. Estranhamente, ao contrário do Golf, não foi combinado com o sistema semi-híbrido com recuperação de energia de travagem, pelo que ainda não tem uma variante eTSI. A VW preocupou-se mais em renovar o motor 2.0 TDI, com tração às quatro rodas de série, e que foi alvo de alterações profundas para reduzir as emissões de óxidos de azoto, adotando injeção de AdBlue (composto de ureia) e cumprindo assim os critérios antipoluição Euro 6d. Mais tarde surgirá uma versão híbrida, com uma potência total combinada de 245 cv, combinando um motor 1.4 TSI com um propulsor elétrico de 80 kW. A VW ainda não divulgou muitos detalhes, mas no Golf usa uma bateria recarregável de 13 kWh que lhe permite percorrer mais de 60 quilómetros em modo elétrico e ultrapassar os 700 quilómetros de autonomia total. O Tiguan, mesmo sendo maior e ligeiramente mais pesado, não deverá andar muito longe destes valores. Vai também existir, pela primeira vez, uma variante desportiva Tiguan R, com 320 cv, motor que deverá ser partilhado com a próxima geração do Golf GTI. n
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A versão híbrida, que surgirá mais tarde, vai combinar motor 1.4 TSI com um propulsor elétrico de 80 kW. blueauto
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AUDI E-TRON SPORTBACK 55 Candidato ao pódio A chegada da carroçaria Sportback à gama e-tron prometia tornar ainda mais apelativa, e não só esteticamente, a oferta de SUVs 100% elétricos da Audi. E a julgar por este novo e-tron Sportback 55 quattro 265 kW, a promessa foi cumprida...
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ara começar, a estética da nova variante e-tron Sportback destaca-a desde logo do “irmão” mais velho e-tron, o primeiro modelo Audi 100% elétrico: este segundo modelo zero-emissões da marca de Ingolstadt é um belo coupé-crossover cuja dimensão mais modesta em altura e linhas mais desportivas conferem-lhe uma verdadeira nova identidade; não é só uma versão de carroçaria Sportback do e-tron; é um automóvel diferente. Apesar dessa diferença, ao apelo visual o e-tron Sportback junta algumas das melhores características do e-tron original: dentro do veículo e sobretudo ao volante impressionam os níveis de conforto no rolamento e a robustez, mantendo a mesma qualidade de construção e uma excelente oferta em termos de equipamento e tecnologia de ponta. Do mesmo modo, esta versão moderna e elétrica cujas formas parecem ter sido inspiradas no lendário Audi Quattro (uma designação – “quattro” que o novo modelo faz questão de incluir no seu nome) partilha plataforma técnica com o e-tron mais convencional, estando o e-tron Sportback disponível também em duas versões: 50 e 55. As diferenças entre as duas são grandes (além, claro, dos cerca de 13 mil euros no preço base): a 50 tem um motor elétrico de 230 kW (313 cv) e bateria de 71 kWh; e a 55 vem com motor elétrico de 265 kW (360 cv) e bateria de 95 kWh. Foi esta última que tivemos oportunidade de experimentar na prática, na versão equipada com o pacote desportivo S Line (1670€)... O Audi e-tron Sportback 55 quattro recorre a um motor elétrico por eixo, disponibilizando 265 kW (equivalente a 360 cv) de potência combinada e um binário de 561 Nm em condução normal. Ativando o modo Sport e com pressão adicional no pedal do acelerador, esse valor pode aumentar tem-
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porariamente para um máximo de 300 kW (408 cv) ou 664 Nm, oferecendo ao e-tron Sportback a capacidade de atingir os 100 km/h em 5,7 segundos. A par das prestações, o comportamento (ajudado pela tração quattro do duplo motor elétrico e pela suspensão mais desportiva da versão S Line) é a condizer com a identidade mais desportiva, sempre em grande conforto e qualidade mas com uma exigência: atenção à autonomia, sobretudo em viagem... Embora a carroçaria Sportback seja sempre um pouco mais cara que o e-tron “normal”, tem desde logo outra vantagem (além das linhas mais apelativas), traduzida nalguns quilómetros extra de autonomia, isso devido à aerodinâmica mais eficiente (graças à altura mais baixa e à carroçaria mergulhante, o Sportback ostenta um coeficiente de penetração aerodinâmica de apenas 0,25). E chegamos então, uma vez mais, à questão-chave: quantos km consegue percorrer com uma única carga o Audi e-tron Sportback 55? A resposta a essa questão não é só uma... ou melhor, até pode ser, mas não numérica: depende de onde (e como) se andar com o carro! Os dados oficiais anunciam até 446 km de autonomia máxima (mais 10 km que o e-tron); na prática, o sistema de gestão inteligente do carro é menos otimista, tendo sempre indicado um alcance inferior ao do manual (o que se explica tanto pela reserva de energia para a bateria como pela estimativa ponderada em função dos consumos); se andarmos em autoestrada, sem poupar, o consumo dispara, logo a autonomia cai para valores bem inferiores (o que, já se sabe, não é novidade nenhuma quando se fala de elétricos); já se houver possibilidade de regenerar energia, sobretudo em percursos urbanos, a incrivelmente eficiente gestão (automática ou ajustável) deste sistema (de regeneração de energia, que
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segundo o fabricante possibilita ao e-tron Sportback circular com energia recuperada em 30% da utilização diária!) faz aumentar (nalguns casos, bastante) o total de km que se podem percorrer sem ter de recarregar. É claro que quase 450 km de autonomia (mesmo que não reais em estrada e sobretudo em autoestrada) até já é um bom número para muitas viagens, desde que a rede de carregamento (nomeadamente rápido) exista e funcione... o que, lamentavelmente, está ainda longe de ser uma realidade, pelo menos fora das rotas mais turísticas... Falando de carregamento elétrico, a dotação do e-tron Sportback está à altura: equipado com tecnologia Audi que reivindica tempos de recarga mais rápidos e eficientes que a concorrência, a bateria pode ser carregada normalmente a 11 kW em AC (a opção de um segundo carregador para carregamento normal até 22 kW está prevista para breve) e já permite usar um carregador público até 150 kW em DC, recuperando assim 80% da energia total em menos de meia hora. O que será (quando isso for possível por cá...) muito bem-vindo, até porque carregar mesmo que a 50 kW dos carregadores rápidos uma bateria de 95 kWh está ainda longe do ideal (e
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em casa, sem “wallbox”, então nem pensar...). Uma palavra ainda para o ambiente a bordo, dominado pelo apelativo “cockpit” virtual Audi e restantes ecrãs digitais multifunções; e para os espelhos retrovisores virtuais, equipamento opcional (custa mais 1860€) que recorre a câmaras com anti-encandeamento automático, um extra de belo efeito e que também contribui para a maior eficiência aerodinâmica, mas cuja utilização, sobretudo em determinadas situações práticas e de variação luminosa, requer alguma habituação (e cuidado extra) por parte do condutor. Tecnologicamente avançado, altamente eficiente, muito bem equipado, robusto e performante, este novo “crossover” com aparência de coupé e perfil desportivo assume-se com convicção como um sério candidato ao pódio dos mais espetaculares e apetecíveis automóveis 100% elétricos já disponíveis no mercado. Aguçando o apetite para a variante ainda mais desportiva que aí vem: em breve as duas carroçarias do Audi e-tron vão ganhar uma versão e-tron S, com motor elétrico de 320 kW (o equivalente a 435 cv) e “boost” para uma potência combinada de 370 kW (503 cv)... n
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Segundo a Audi, o sistema de regeneração de energia possibilita ao e-tron Sportback circular com energia recuperada em 30% da utilização diária. FICHA TÉCNICA Motor elétrico Bateria
2 assíncronos (um por eixo) iões de lítio: capacidade 95 kWh (útil: 86,5 kWh) Potência máx. 265 kW (306 cv); 300 kW (408 cv) em modo ‘boost’ Binário máx. 561 Nm; 664 Nm em modo ‘boost’ Tração quattro (integral elétrica permanente) Suspensão independente multilink, molas pneumáticas Autonomia 446 km (anunciada) Carregador 11 kW de série (22 kW opcional em breve) opção de segundo acesso a carregador 11 kW no lado direito Consumo anunciado 26,0-21,9 kWh / 100 km (WLTP) Tempos carregamento aprox. 9h30 (wallbox 11 kW); ou 33 km/h aprox. 5h (wallbox 22 kW) < ½ hora para 80% da carga (150 kW) Aceleração 0-100 km/h 5.7 s Velocidade máx. 200 km/h (limitada) Emissões CO2 – PREÇO etron Sportback 55 quattro desde 88.437€ (e-tron Sportback 50 quattro: desde 75.287€)
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FORD FIESTA/FOCUS ECOBOOST HYBRID Sempre em alta A gama eletrificada da Ford aumenta com a introdução dos novos Fiesta e Focus com motorização semi-híbrida. Esta medida faz parte dos objetivos da marca americana de oferecer nada menos que 18 modelos diferentes amigos do ambiente até ao final do próximo ano.
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Ford já começou a introduzir modelos híbridos e eletrificados na sua gama, com destaque para as variantes híbridas do Mondeo e do Kuga, enquanto a tecnologia micro-híbrida faz parte das gamas Puma, Kuga e Tourneo. Agora, a Ford está a preparar a sua introdução nas gamas dos seus modelos mais famosos, o citadino Fiesta e o familiar Focus, combinando o motor 1.0 Ecoboost de três cilindros com sistema de recuperação de energia, garantindo níveis ainda mais elevados de potência sem ampliar a média de emissões poluentes. A peça central das versões Ecoboost Hybrid é o gerador/alternador por corrente, que reaproveita a energia da força de travagem de modo a carregar uma bateria de 48 volts. Esta tem energia suficiente para oferecer 24 Nm de binário adicional,
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garantindo mais força em aceleração a baixa e média rotação. Com esta força adicional, a Ford conseguiu aumentar as dimensões do turbocompressor instalado no motor de 1000 cc sem causar atraso na resposta do motor, e também melhorou a faixa de utilização do sistema de start/stop, que agora pode ser ativado durante períodos mais longos, mesmo quando o carro ainda está em andamento e a travar, a velocidades de 25 km/h. Tanto no Fiesta como no Focus, o sistema semi-híbrido é combinado com o motor 1.0 Ecoboost nas variantes de 125 e 155 cv, mas apenas com a caixa manual de seis velocidades, faltando adaptá-lo a um motor de transmissão automática ou de dupla embraiagem. Estes motores eletrificados já estão disponíveis no Puma, SUV “crossover” com aptidões desportivas.
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Tanto no Fiesta como no Focus, o sistema semi-híbrido é combinado com o motor 1.0 Ecoboost nas variantes de 125 e 155 cv.
No Fiesta, a Ford anuncia uma redução de consumos na ordem dos 5%, anunciando uma média de 5,0 l/100 km e emissões de CO2 de 112 g/km para ambas as variantes de motor. As outras motorizações turbo, de base com 95 cv e de 125 cv com caixa de dupla embraiagem de sete velocidades, não estão eletrificadas mas os motores possuem desativação de cilindros. “Cruise control” adaptativo com reconhecimento de sinais de trânsito e paragem automática em situações de tráfego intenso fazem parte do equipamento de série. O sistema de entretenimento SYNC3 foi atualizado para ficar mais intuitivo. O Fiesta Active, com acabamentos estilísticos aventureiros, ganha dois novos modos selecionáveis de condução, “Sport” e “Trail”. No Focus, as reduções de consumos são semelhantes, com uma média anunciada de 5,1 l/100 km e emissões de CO2 de
115 g/km. Em comparação com o antigo 2.0 atmosférico de 145 cv encontrado em gerações anteriores, o 1.0 turbo de 155 cv consome menos 45% de gasolina. A versão com caixa automática de oito velocidades, sem eletrificação, também possui sistema de desativação de cilindros. O equipamento de série é reforçado com um novo painel de instrumentos digital com ecrã de 12,3 polegadas e um modem para assegurar conectividade ao serviço “FordPass Connect”, logo a partir da nova versão Focus Connected. Os níveis de equipamento ST-Line e Active também saem reforçados com equipamentos específicos, incluindo ar condicionado bi-zona. A Ford ainda não divulgou preços para as novas variantes semi-híbridas do Fiesta e do Focus, mas já está a aceitar reservas para estas novas versões mais ecológicas e mais eficientes.n
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KIA STONIC 1.0 T-GDI Caminho mais curto
A Kia já começou a eletrificar os seus modelos mais pequenos, e o primeiro destes vai ser o Stonic, com motores 1.0 turbo que prometem gastar muito menos gasolina.
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Hyundai e a Kia apostaram na eletrificação a vários níveis, incluindo vários modelos que, embora ainda tenham motores de combustão tradicionais, já começaram a adotar soluções para diminuir o seu impacto ambiental. A Kia, em particular, já está a estender este tipo de tecnologia aos seus modelos mais acessíveis, e o seu primeiro citadino eletrificado é o Stonic, que ganha novos motores semi-híbridos de baixa cilindrada, mais eficientes que os atuais. Os motores turbo 1.0 T-GDI passam para a família SmartStream, que tem como característica principal um controlo maior sobre o tempo de abertura das válvulas, essencialmente transformando-o de um motor a quatro tempos num de cinco tempos, ideal para uma queima mais eficiente de combustível. Mas os motores usados no Stonic também são eletrificados, recebendo uma bateria de 48 volts, que fornece energia adicional ao motor em baixo regime, aproveitando a força de travagem que é transferida para a bateria
através de uma alternador por corrente. Tal como no anterior Stonic 1.0 T-GDI, o motor renovado está disponível com 100 ou 120 cv de potência, controlados por uma caixa manual de seis velocidades, agora com embraiagem de controlo eletrónico para tirar melhor partido da eletrificação. A versão mais potente também pode ser combinada com uma caixa de dupla embraiagem de sete velocidades, e aqui o binário máximo salta para os 200 Nm, oferecendo-lhe um comportamento mais desportivo. A Kia não revelou números de consumo e emissões para os renovados motores turbo, mas estima-se uma redução entre os 5 e os 10%. Ainda não existem preços, mas também não deverão ficar muito longe dos atuais. Quando estiver disponível, o novo Stonic 1.0 T-GDi virá acompanhado de um novo sistema de infoentretenimento, com novos aplicativos e serviços integrados na navegação, que vão tornar o uso diário do carro mais eficiente e contribuir para uma melhor economia de combustível. n
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GLOSSÁRIO
DA MOBILIDADE ELÉTRICA…
AMPÈRE (símbolo: A) Unidade de medida da corrente elétrica. AUTONOMIA (em quilómetros, km) Distância que um veículo automóvel pode percorrer sem necessidade de se reabastecer. BATERIA (ELÉTRICA) Dispositivo que converte a energia química armazenada em eletricidade. BATERIA DE IÕES DE LÍTIO (Li-Ion) Tipo de bateria recarregável agora muito utilizada também na indústria automóvel. Apresenta como grande vantagem a maior capacidade energética, além de ocuparem menos espaço. A investigação e o desenvolvimento atualmente em curso têm levado ao aparecimento de novas gerações de baterias deste tipo, caraterizadas por oferecerem ainda maior capacidade, logo maior autonomia. CARGA (RECARGA) Função de carregar ou recarregar a bateria de um veículo elétrico. Existem diferentes potências e modos de carga (normal, rápido, semirrápido…), para os quais são utilizados cabos e tomadas específicos. 58
CEME Comercializador de energia para a mobilidade elétrica. CONDUÇÃO AUTÓNOMA Conceito que define um veículo automóvel cuja tecnologia permite dotá-lo de algum tipo de autonomia em relação ao condutor, em maior ou menor grau de complexidade, desde a capacidade de ativar automaticamente uma determinada funcionalidade até poder circular sem qualquer intervenção humana. ELÉTRICO (VEÍCULO) Veículo automóvel que utiliza propulsão elétrica. EMISSÕES (POLUENTES) Os motores a gasolina/diesel são uma importante fonte de poluição atmosférica, libertando parcelas de óxidos de azoto, monóxido de carbono, hidrocarbonetos queimados ou parcialmente queimados (provenientes da combustão incompleta) e outras partículas como chumbo, orgânicas e óxidos de enxofre. Nos últimos anos, as preocupações ambientais dos construtores têm levado a uma redução significativa deste tipo de emissões, cada vez mais na ordem do dia. EV Sigla da designação inglesa ‘Electric Vehicle’ (veículo elétrico).
FUEL CELL ou Pilha (célula) de combustível. Um veículo automóvel “Fuel Cell” (em inglês: FCV, de “Fuel Cell Vehicle”) é um tipo de automóvel elétrico que utiliza uma pilha ou célula de combustível, e não uma bateria, para alimentar o motor elétrico. Esta tecnologia gera eletricidade para o motor tipicamente recorrendo ao oxigénio do ar e a hidrogénio comprimido. HÍBRIDO ou HEV (de “Hybrid Electric Vehicle”). Designa um veículo automóvel que utiliza dois tipos distintos de propulsão, geralmente um motor de combustão interna associado a um motor elétrico. kWh (quilowatt-hora) Unidade de medida de energia usada no consumo elétrico. MOBI.E (rede) Entidade que gere a rede institucional de postos públicos de carregamento para veículos elétricos. MOBILIDADE SUSTENTÁVEL Define um modelo de mobilidade que permite circular livremente com o mínimo de impacto ambiental. OPC Operador concessionário do posto de carregamento.
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PCL Posto de carregamento lento. PCR Posto de carregamento rápido. PHEV de “Plug-in Hybrid Electric Vehicle”. Designa um veículo híbrido elétrico cujas baterias ou outro dispositivo de armazenamento de energia são recarregadas através de uma tomada da rede elétrica. PLUG-IN ver PHEV. SEMI-HÍBRIDO (também chamado “híbrido leve”, ou “mild hybrid” do original inglês) Tecnologia que recorre a um motor/gerador elétrico (geralmente a 48V) que entra em funcionamento em situações como as de ‘stop/start’ e aceleração em subida de modo a assistir o motor de combustão interna que propulsiona o automóvel, maximizando assim a eficiência do sistema e reduzindo o consumo e as emissões. VOLT (V) Unidade de tensão elétrica. ZERO EMISSÕES Um veículo zero-emissões (em inglês: ZEV, de “Zero-Emissions Vehicle”) é um veículo que não emite qualquer tipo de gases poluentes. n
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RANGE ROVER / RANGE ROVER SPORT MHEV Diesel contra-ataca
Há quem se queira livrar dos motores diesel, mas esta tecnologia não será abandonada tão cedo, como demonstra a criação dos novos Range Rover semi-híbridos.
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s marcas não estão prontas para abandonar os motores diesel, pelo que reduzir o impacto ambiental desta tecnologia é vital. A Land Rover já combina baterias de 48 volts e sistemas de recuperaçao de energia com os diesel de quatro cilindros, encontrados no Range Rover Evoque e Land Rover Discovery Sport, e agora partilha esta plataforma com os seus “irmãos” de seis cilindros, que já estão a equipar o Range Rover e o Range Rover Sport. O motor de três litros da família Ingenium está disponível em três variantes de potência, com 250, 300 e 350 cv, todos com emissões de CO2 abaixo dos 250 g/km. Os motores estão todos preparados para cumprir os novos controlos de emissões de óxidos de azoto, produzidos naturalmente pela queima de gasóleo e que causam problemas respiratórios quando concentrados na atmosfera junto ao solo.
No Range Rover Sport, estão disponíveis os três motores, com preços a partir dos 99.048 euros. Todos podem também ser combinados com novos pacotes de acabamentos, Silver (baseado no nível HSE com 250 cv), Stealth (todos os motores com o nível HSE) e Dynamic (com os níveis HSE e Autobiography). E todos acrescentam elementos decorativos exclusivos. No Range Rover, estão disponíveis os dois motores mais potentes, que podem ser combinados tanto com a carroçaria de chassis curto (a partir de 135.601 euros) ou de chassis longo (a partir dos 154.066 euros). Com 350 cv, também pode ser combinado com a nova série limitada Fifty, que inclui jantes de 22 polegadas, tecto panorâmico, bagageira com abertura por gestos, encostos de cabeça exclusivos, volante aquecido e assistente de manutenção de faixa. n
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VERSÕES E PREÇOS Range Rover Sport D250 MHEV 99.048€ D300 MHEV 108.486€ D350 MHEV 128.919€ Range Rover SWB D300 MHEV SWB D350 MHEV LWB D300 MHEV LWB D350 MHEV
135.601€ 153.937€ 154.066€ 160.401€
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tecnologia
PLATAFORMA MODULAR eBUSSY Mudar todos os dias O automóvel do futuro pode ter uma identidade nova todos os dias. A emobs criou a plataforma elétrica eBussy, compacta e apropriada para o tráfego citadino, que permite transformar um veículo para carga ou para uso pessoal, conforme o que for necessário para o momento.
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O
planeamento urbano moderno exige a devolução das cidades aos cidadãos, de modo a usufruir do espaço público de forma salutar. Isto implica retirar veículos tradicionais dos centros urbanos, mas como muitas pessoas habitam nos bairros limítrofes e subúrbios o transporte automóvel continua a ser necessário para aceder a vários tipos de serviço. Embora muitos construtores estejam já a vender automóveis com zero emissões poluentes, ainda seguem padrões tradicionais, e não levam em conta as necessidades de integração no espaço urbano, ou de novos clientes que têm uma perspetiva diferente sobre o acesso ao transporte, tanto pessoal como de mercadorias.
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É neste vácuo que surgem novas propostas para revolucionar o veículo automóvel de uma maneira que se integrem naturalmente no espaço urbano. A emobs é uma dessas empresas que pensa no veículo de quatro rodas de maneira diferente, criando uma plataforma técnica modular excecionalmente versátil, chamada “eBussy”. Jogando com os vários tipos de módulos que encaixam no chassis, o eBussy tem direito a mais de uma dezena de variantes, selecionadas pelo cliente. O chassis consiste numa base com 3,65 metros de comprimento, que alberga o “cockpit” para o condutor e passageiro, uma bateria com uma capacidade de 10 kWh e um motor por cada roda, com uma potência máxima combinada de 60 kW (81,6 cv). Com a capacidade mínima de bateria, consegue percorrer até 200 quilómetros, graças ao seu baixo peso. O “buraco” na zona central serve para albergar uma segunda bateria, aumentando a capacidade total para 30 kWh e a autonomia para 600 quilómetros. Nesta configuração, é também possível instalar painéis solares com uma área máxima de oito metros quadrados, que garantem mais 13 kWh de energia por dia. Com estas capacidades, as suas dimensões compactas e um peso bruto máximo de 1600 kg, qualquer das variantes do eBussy pode circular em quase todas as zonas de uma cidade, podendo até entrar em zonas onde não há espaço para um automóvel convencional. Mas também pode ser usado em zonas de trabalho longe de centros urbanos, pois o chassis pode ser preparado para funcionar fora
de estrada. Mas a principal característica do eBussy não é a sua bateria, mas a sua modularidade. Como veículo de passageiros, podem ser instalados dois módulos no centro e traseira, com espaço para duas a quatro pessoas, ou usando o módulo final para bagagem. Este último módulo também pode ficar a descoberto, fazendo uma “pick-up” de cabina dupla ou funcionando como descapotável para os ocupantes. Em alternativa, toda a secção traseira pode ser transformada numa autocaravana, com espaço para uma cama. Estas variantes podem ser usadas para uso pessoal ou comercial, para aluguer ou como transporte público, como alternativa em centros de cidade onde veículos diesel estão proibidos de circular. Como veículo de carga, pode ter uma caixa de carga do tipo “pick-up” ou basculante, uma secção traseira de tipo furgão com janelas tapadas, ou uma caixa para transporte especializada. Levando em conta o peso bruto máximo de 1600 kg, o eBussy para uso exclusivamente comercial pode transportar até 5300 litros de carga, dependendo do módulo escolhido. A emobs, empresa baseada na Alemanha, está a aceitar encomendas via internet, mas ainda não tem distribuidores tradicionais. Os preços indicados pela marca para as versões de base variam entre os 15.800 e os 29.800 euros, antes de impostos, começando na variante sem módulos e indo até à autocaravana. Em todo o caso, os módulos podem ser trocados pelo proprietário conforme as necessidades diárias.
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concept-cars
FIAT CENTOVENTI
Novo todos os dias
H
á um ano, a Fiat lançou um protótipo novo para comemorar o seu 120.º aniversário, batizado com o simples nome de Centoventi (120 em italiano). O carro é inspirado em alguns dos principais sucessos históricos da marca, os modelos citadinos Panda e 127, e servia para mostrar as novas tecnologias esperadas pelo recém-anunciado plano de eletrificação da marca. No entanto, a Fiat tem tentado evitar substituir o Punto, que já saiu de produção, e o Panda, cuja geração atual começou
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em 2012, mas ainda usando o modelo de 2003 como base técnica. Mas agora a Fiat Chrysler Automotive fundiuse com o Grupo PSA, abrindo novas possibilidades, que tornam o Fiat Centoventi relevante para o futuro próximo. A possibilidade de usar a versátil plataforma CMP abre caminho para um citadino compacto elétrico, mas com um toque Fiat, que no caso deste protótipo mostra como seria possível criar um carro que pode ser personalizado ao longo da sua vida.
BATERIA MODULÁVEL
MUDAR A PINTURA
O Fiat Centoventi está equipado com uma bateria compacta para uso citadino, garantindo uma autonomia de 100 quilómetros, de modo a que o recarregamento diário seja mais rápido. No entanto, podem ser instaladas baterias adicionais a qualquer momento, num concessionário, para fazer viagens mais longas com uma autonomia máxima de 500 quilómetros. Em vez de cabos tradicionais, as baterias são recarregadas através de um cabo guardado como bobine junto ao para-brisas, de modo a poder estacionar o carro de qualquer maneira enquanto está ligado ao carregador.
Há mais de 100 anos, um construtor automóvel vendeu um carro “de qualquer cor, desde que seja preto”. O Centoventi tem uma carroçaria com um metal tratado para não precisar de ser pintado, mas a Fiat criou vários elementos decorativos, incluindo tejadilho, para-choques, jantes e revestimentos externos a cores que podem ser trocados em qualquer altura. O tejadilho também pode ser retirado, transformando o Centoventi num descapotável.
DECORAR O INTERIOR
CARRO SOCIAL
Elementos como o painel de instrumentos e o tablier levam a modularidade a um novo nível. A estrutura inclui buracos para encaixar elementos adicionais, como um porta-copos ou um porta-luvas, e ainda permite escolher entre integrar um ecra tátil de 20 polegadas ou o smartphone ou tablet, com funções que já são familiares. Os bancos são feitos de materiais sustentáveis, e é possível trocar as almofadas ou substituir o banco do passageiro por uma cadeira de bebé.
A Fiat aproveitou as grandes dimensões dos grupos óticos do Centoventi para transformar o carro numa rede social ambulante. Quando está parado, pode ostentar mensagens na sua secção traseira, abrindo ao condutor a hipótese de monetizar o seu carro, exibindo mensagens publicitárias para reduzir os custos de estacionamento na cidade.
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testemunho
“É um carro quase perfeito!” Testemunho de: Tiago Serralheiro Veículo: Tesla Model 3
Há quanto tempo tem este veículo? Desde dezembro 2019. Pode enumerar as razões que motivaram a escolha do mesmo? Poupanças em impostos (IVA dedutível; tributação 0%; IUC 0%) e ainda: autonomia de 450 km reais numa utilização normal em cidade e 350 km até 120 km/h em autoestrada + cerca 50 km de reserva para procurar posto carregamento + 0€ de manutenção (exceto pneus, pois nem pastilhas de travão gasta) + custos muito reduzidos abastecimento de energia (0€ nos superchargers da Tesla e inferior a 2€/100 km com carregamentos em casa) + estacionamento quase grátis (12€/ano) nos parques Emel à superfície.
Carro antigo... grande máquina! Carro novo... grande máquina!
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Que tipo de utilização faz com ele? Faço todo o tipo de utilização. Como a Tesla tem uma rede própria dedicada aos veículos da marca, até para o estrangeiro é possível viajar! Diária, como principal meio de transporte pessoal? Sim, sem restrições! Ocasional? Também ao fim de semana? Sempre! Quantos quilómetros faz diariamente (ou semanalmente, se não o utilizar todos os dias), em média? Cerca de 500 km/semana.
“Compramos um Tesla e ele moderniza-se através dos tempos... único na marca!” blueauto
Mesmo sendo um Tesla (marca cujos modelos são reconhecidos também pela autonomia alargada, face à grande maioria dos VE já disponíveis), considera que a autonomia é suficiente para o seu dia-a-dia? Sim!
Como avalia/compara a experiência de utilização do seu veículo elétrico com a experiência anterior de condução de um veículo a propulsão tradicional? Muito diferente, para melhor. Facilidade de condução, performance... Tudo sem emissões de gases poluentes...
Ou ainda assim sente que de alguma forma condiciona em termos de mobilidade, nomeadamente comparando com um automóvel a motorização tradicional? Para viagens mais longas como Lisboa/Algarve ou Lisboa/Porto não há restrições, pois temos carregadores em Alcácer do Sal e Alcantarilha (A2-Algarve) e Fátima + Mealhada (A1-Porto). Para outros destinos mais longe ou fora das rotas dos superchargers (cerca de 30 minutos para carregar até cerca de 90%) é ainda necessário prever locais de dormida em hotéis com carregadores Tesla. Embora haja muita escolha, e a programação seja muito facilitada pelo software do carro, não deixa de ser uma restrição em relação aos carros a combustão.
Com que frequência tem de o carregar? Onde faz habitualmente o carregamento? Em casa. Achamos indispensável, pelo conforto e despreocupação. As nossas horas de sono são largamente suficientes para termos cerca de 400 km sempre disponíveis por um preço muito reduzido!
Como o avalia, ao final deste tempo de utilização? Muito bom! De uma forma geral, está satisfeito com a escolha? Estamos muito satisfeitos com as economias obtidas e as performances da viatura. O Tesla Model 3 liderou várias vezes o “top” das vendas de VE nos últimos meses. Esse sucesso comercial surpreende-o, tendo em conta que não está entre os VE mais acessíveis em termos de preço, ou pelo contrário considera-o justificado? Justifica-se por duas razões fundamentais: autonomia e a mobilidade assegurada através do acesso gratuito a uma rede dedicada de energia que requer da marca um enorme investimento... Quais as principais vantagens que destaca / o que mais gosta neste modelo? Autonomia, segurança, performances de aceleração e recuperação/regeneração de energia, custos de manutenção quase nulos! E as principais desvantagens / o que menos gosta / o que poderia/deveria ser melhorado? A introdução da suspensão pneumática do Model S e X. E também os acabamentos e qualidade de construção, que não podemos comparar com os carros japoneses ou alemães. De resto, é um carro quase perfeito, com acesso a melhorias constantes e gratuitas através das atualizações de software gratuitas da marca... ou seja, compramos um Tesla e ele moderniza-se através dos tempos... único na marca!
E como avalia a rede de carregamento? Só conhecemos a rede Tesla, que é fantástica! É suficiente para uma utilização total e sem restrições? Para os percursos principais em Portugal a rede Tesla é adequada... embora esteja cada vez mais sobre pressão dado o crescimento das vendas. É altura de ser alargada com mais postos, pois os Tesla também são cada vez mais... Desde 1 de julho o carregamento na totalidade dos postos da rede pública passou a ser pago... Que opinião tem disso? Que expetativas? Como referi, não usamos. E, por enquanto, nos superchargers Tesla não se paga... Se lhe pedissem para tentar “convencer” alguém que não tenha ainda a experiência de utilizador de VE, o que diria? Em sua opinião, o que falta para convencer os ainda indecisos ou críticos desta nova mobilidade? Falta perceberem que, por exemplo e para uma empresa, um Tesla Model 3 que faça cerca de 20.000 km/ano recupera mais de metade do investimento em 4 anos (total de investimento: cerca de 62.000€). Como a garantia da marca são 4 anos para a viatura e 8 anos para as baterias, e atendendo à desvalorização expectável da viatura em 4 anos e 80.000 km que se estima nos mesmos 50% do valor inicial, parece-me que os riscos deste investimento compensam! Daqui a 4 anos, com o valor recuperado em impostos e custos, caso as condições fiscais se mantenham, os 50% recuperados permitem adquirir um novo Model 3, ou outro Model.... A gama de veículos elétricos não para de crescer e anuncia-se para os próximos tempos a chegada de novos modelos. Algum já anunciado que desperte particularmente a sua atenção? Talvez o Model Y?... Sim. O Model Y que, espero, venha, daqui a 4 anos, com a opção de suspensão pneumática! n
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guia de compras
Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal guia de compras
SEMI-HÍBRIDOS AUDI A3
AUDI A4
AUDI A6
Semi-híbrido, 1.5TFSI, 150 cv Consumos 5,6 a 6,2 l/100 km Emissões 128 a 142 g/km PREÇOS Sportback 35 TFSI desde 34.629€ Sedan 35 TFSI desde 35.264€
Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 163 a 347 cv Consumos 3,7 a 7,1 l/100 km Emissões 98 a 185 g/km PREÇOS 35 TDI desde 47.236€ S4 TDI quattro 84.209€ Avant 35 TDI desde 49.181€ S4 Avant TDI quattro 86.718€
Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 204 a 347 cv Consumos 5,3 a 7,9 l/100 km Emissões 139 a 205 g/km PREÇOS 40 TDI desde 61.206€ 50 TDI quattro desde 89.991€ S6 TDI quattro 109.541€ Avant 40 TDI desde 63.368€ Avant 50 TDI quattro desde 93.417€ S6 Avant TDI quattro 112.479€ Allroad 45 TDI quattro 94.203€ Allroad 50 TDI quattro 98.501€ Allroad 55 TDI quattro 107.482€
AUDI A7 SPORTBACK Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 204 a 347 cv Consumos 5,4 a 7,8 l/100 km Emissões 142 a 205 g/km PREÇOS 40 TDI 67.893€ 40 TDI quattro 73.009€ 50 TDI quattro 95.016€ 55 TDI quattro 98.925€ S7 TDI quattro 118.412€
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AUDI A8 Semi-híbrido, 3.0 TFSI e 3.0 TDI, 286 a 340 cv Consumos 5,4 a 7,8 l/100 km Emissões 142 a 205 g/km PREÇOS 55 TFSI quattro 127.143€ 50 TDI quattro 126.862€ L 55 TFSI quattro 129.919€ L 50 TDI quattro 129.993€
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AUDI Q5 Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 163 a 347 cv Consumos 5,6 a 8,2 l/100 km Emissões 146 a 213 g/km PREÇOS 35 TDI quattro desde 60.545€ 40 TDI quattro desde 64.311€ SQ5 TDI quattro 95.814€
guia de compras
SEMI-HÍBRIDOS AUDI Q7
AUDI Q8
BMW SÉRIE 3
Semi-híbrido, 3.0 TFSI, TDI e 4.0 TDI, 231 a 435 cv Consumos 6,8 a 9,1 l/100 km Emissões 179 a 239 g/km PREÇOS 55 TFSI quattro desde 93.953€ 45 TDI quattro desde 90.344€ 50 TDI quattro desde 101.854€ SQ7 TDI quattro 140.595€
Semi-híbrido, 3.0 TDI e 4.0 TDI, 286 a 435 cv Consumos 8,1 l/100 km Emissões 212 g/km PREÇOS 50 TDI quattro 115.192€ SQ8 TDI quattro 147.564€
Semi-híbrido, 2.0 d e 3.0 d, 122 a 340 cv Consumos 4,5 a 6,5 l/100 km Emissões 117 a 169 g/km PREÇOS 316d 318d 320d M340d xDrive 316d Touring 318d Touring 320d Touring M340d xDrive Touring
BMW SÉRIE 7
BMW SÉRIE 5 Semi-híbrido, 2.0 d e 3.0 d, 190 a 340 cv Consumos 4,7 a 5,9 l/100 km Emissões 124 a 153 g/km PREÇOS 520d 530d 530d xDrive 540d xDrive 520d Touring 530d Touring 530d xDrive Touring 540d xDrive Touring
43.987€ 45.962€ 48.920€ 79.076€ 45.456€ 47.369€ 50.460€ 80.864€
59.800€ 72.900€ 76.400€ 89.950€ 62.600€ 75.800€ 79.200€ 92.750€
Semi-híbrido, 3.0 d, 286 a 340 cv Consumos 5,6 a 6,0 l/100 km Emissões 147 a 158 g/km PREÇOS 730d 123.000€ 730Ld 126.000€ 740d xDrive 128.000€ 740Ld xDrive 131.000€
BMW X3 Semi-híbrido, 2.0 d, 190 cv Consumos 4,8 l/100 km Emissões 126 g/km PREÇOS xDrive 20d
BMW X4
BMW X5
BMW X6
Semi-híbrido, 2.0 d, 190 cv Consumos 4,8 l/100 km Emissões 125 g/km PREÇOS xDrive 20d
Semi-híbrido, 3.0 d, 340 cv Consumos 5,9 l/100 km Emissões 154 g/km PREÇOS xDrive 40d
Semi-híbrido, 3.0 d, 340 cv Consumos 5,8 l/100 km Emissões 153 g/km PREÇOS xDrive 40d
63.050€
blueauto
106.500€
61.040€
114.200€
67
guia de compras
SEMI-HÍBRIDOS FIAT PANDA
FIAT 500
FORD PUMA
Semi-híbrido, 1.0 GSE, 70 cv Consumos 5,4 l/100 km Emissões 122 g/km PREÇOS Hybrid desde 15.126€
Semi-híbrido, 1.0 GSE, 70 cv Consumos 5,3 l/100 km Emissões 119 g/km PREÇOS Hybrid desde 17.860€ C Hybrid desde 20.360€
Semi-híbrido, 1.0 Ecoboost, 125 e 155 cv Consumos 5,5 a 5,7 l/100 km, Emissões 125 a 130 g/km PREÇOS Ecoboost 125 desde 18.322€ Ecoboost 155 desde 19.248€
FORD TRANSIT/TOURNEO CUSTOM
FORD TRANSIT
Semi-híbrido, 2.0 EcoBlue, 150 cv Consumos 4,4 l/100 km Emissões 115 g/km PREÇOS EcoBlue 150 desde 32.319€
Semi-híbrido, 2.0 EcoBlue, 105 a 185 cv Consumos 7,0 a 7,8 l/100 km Emissões 183 a 204 g/km PREÇOS EcoBlue desde 36.787€ Van EcoBlue desde 21.006€ Kombivan EcoBlue desde 20.474€ Kombi EcoBlue desde 29.754€
Semi-híbrido, 2.0 EcoBlue, 130 a 170 cv Consumos 7,9 a 9,3 l/100 km Emissões 208 a 245 g/km PREÇOS Van H2 EcoBlue desde 22.521€ Van H3 EcoBlue desde 24.106€ Kombi H2 EcoBlue desde 36.161€ Kombi H3 EcoBlue desde 36.485€
HYUNDAI TUCSON
KIA CEED
KIA SPORTAGE
Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 115 e 136 cv Consumos 5,5 a 5,6 l/100 km Emissões 144 a 147 g/km PREÇOS 1.6 CRDi 115 desde 32.130€ 1.6 CRDi 136 desde 35.730€
Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 115 e 136 cv Consumos 4,6 a 5,1 l/100 km Emissões 121 a 133 g/km PREÇOS 1.6 CRDi desde 22.160€ SW 1.6 CRDi desde 23.140€
Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 115 e 136 cv Consumos 5,5 a 5,9 l/100 km Emissões 143 a 153 g/km PREÇOS 1.6 CRDi desde 26.740€
FORD KUGA
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blueauto
guia de compras
SEMI-HÍBRIDOS LAND ROVER DEFENDER Semi-híbrido, 3.0 MHEV, 400 cv Consumos 11,0 a 11,3 l/100 km Emissões 251 a 257 g/km PREÇOS 90 P400 desde 83.861€ 110 P400 desde 90.558€
LAND ROVER DISCOVERY SPORT Semi-híbrido, 2.0 MHEV e MHEV D, 150 a 250 cv Consumos 6,9 a 9,3 l/100 km Emissões 181 a 210 g/km PREÇOS P200 AWD desde 52.392€ P250 AWD desde 56.977€ D150 AWD desde 55.845€ D180 AWD desde 58.363€ D240 AWD desde 62.756€
MAZDA 2 Semi-híbrido, 1.5 SkyActiv-G, 115 cv Consumos 5,3 l/100 km Emissões 120 g/km PREÇOS Essence SkyActiv-G 18.048€ Evolve SkyActiv-G 19.783€ Advance SkyActiv-G 20.130€
MAZDA 3 Semi-híbrido, 2.0 SkyActiv-G, 122 a 180 cv Consumos 5,4 a 6,5 l/100 km Emissões 122 a 148 g/km PREÇOS HB SkyActiv-G desde 26.005€ HB SkyActiv-X desde 34.344€ SD SkyActiv-G desde 26.037€ SD SkyActiv-X desde 34.320€
MERCEDES CLASSE C MAZDA CX-30 Semi-híbrido, 2.0 SkyActiv-G, 122 a 180 cv Consumos 5,9 a 7,3 l/100 km Emissões 133 a 165 g/km PREÇOS SkyActiv-G 2WD desde 27.667€ SkyActiv-G 4WD desde 31.327€ SkyActiv-X 2WD desde 33.870€ SkyActiv-X 4WD desde 36.449€
Semi-híbrido, 1.5 turbo, 184 cv Consumos 6,0 l/100 km Emissões 136 g/km PREÇOS C 200 44.250€ C 200 Station 45.850€ C 200 Coupé 47.050€ C 300 Coupé 56.250€ C 200 Cabrio 56.200€ C 300 Cabrio 64.950€
MERCEDES CLASSE E Semi-híbrido, 2.0 e 3.0 turbo, 197 e 435 cv Consumos 7,2 a 9,4 l/100 km Emissões 143 a 214 g/km PREÇOS E 200 60.900€ E 200 Station 63.900€ E 200 Coupé 59.600€ E 200 Cabrio 66.450€ AMG E 53 4Matic+ 98.950€ AMG E 53 4Matic+ Station 101.950€ AMG E 53 4Matic+ Coupé 101.050€ AMG E 53 4Matic+ Cabrio 107.250€
MERCEDES GLC MERCEDES CLS Semi-híbrido, 3.0 turbo, 367 a 435 cv Consumos 8,4 a 9,3 l/100 km Emissões 190 a 211 g/km PREÇOS CLS 450 92.900€ AMG CLS 53 4Matic+ 118.900€
blueauto
Semi-híbrido, 2.0 turbo, 197 e 258 cv Consumos 7,0 a 8,2 l/100 km Emissões 161 a 186 g/km PREÇOS GLC 200 4Matic 63.300€ GLC 200 4Matic Coupé 64.900€ GLC 300 4Matic 66.500€ GLC 300 4Matic Coupé 68.150€
69
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SEMI-HÍBRIDOS
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MERCEDES GLE
MERCEDES GLS
RANGE ROVER
Semi-híbrido, 3.0 turbo, 367 a 435 cv Consumos 8,8 a 10,6 l/100 km Emissões 199 a 240 g/km PREÇOS AMG GLE 53 4Matic+ 103.600€ AMG GLE 53 4Matic+ Coupé 132.850€
Semi-híbrido, 4.0 turbo, 489 a 612cv Consumos 11,6 a 13,1 l/100 km Emissões 264 a 297 g/km PREÇOS GLS 580 162.700€ AMG GLS 63 4Matic+ 197.850€ Maybach GLS 600 212.400€
Semi-híbrido, 3.0 MHEV, 400 cv Consumos 10,6 l/100 km Emissões 240 g/km PREÇOS 3.0 Si desde 134.201€
RANGE ROVER EVOQUE
RANGE ROVER SPORT
SEAT LEON
Semi-híbrido, 2.0 MHEV e MHEV D, 150 a 300 cv Consumos 5,6 a 8,1 l/100 km Emissões 149 a 186 g/km PREÇOS P200 AWD desde 53.953€ P250 AWD desde 58.367€ P300 AWD desde 63.255€ D150 AWD desde 56.225€ D180 AWD desde 58.605€ D240 AWD desde 63.055€
Semi-híbrido, 3.0 MHEV, 400 cv Consumos 10,3 l/100 km Emissões 234 g/km PREÇOS 3.0 Si desde 106.254€
Semi-híbrido, 1.5 eTSI, 150 cv Consumos 5,8 l/100 km Emissões 132-133 g/km PREÇOS 1.5 eTSI XCellence 33.683€ 1.5 eTSI FR 33.979€
SUZUKI IGNIS
SUZUKI S-CROSS
SUZUKI SWIFT
Semi-híbrido, 1.2 SHVS, 90 cv Consumos 4,3 l/100 km Emissões 97 g/km PREÇOS 1.2 GLE 1.2 GLE 4x4 1.2 GLX 1.2 GLX CVT 1.2 GLX 4x4
Semi-híbrido, 1.4T SHVS, 129 cv Consumos 5,6 a 6,2 l/100 km Emissões 128 a 140 g/km PREÇOS 1.4T GLE 24.208€ 1.4T GLX 26.801€ 1.4T GLX 4x4 28.675€
Semi-híbrido, 1.2 SHVS e 1.4T SHVS, 90 a 129 cv Consumos 4,0 a 5,6 l/100 km Emissões 90 a 127 g/km PREÇOS 1.2 GLE 15.275€ 1.2 GLE 4x4 16.831€ 1.2 GLX 17.003€ Sport 23.222€
15.313€ 16.851€ 16.782€ 18.018€ 18.320€
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SEMI-HÍBRIDOS SUZUKI VITARA
VOLKSWAGEN GOLF
VOLVO S60/V60
Semi-híbrido, 1.4T SHVS, 129 cv Consumos 5,7 a 6,2 l/100 km Emissões 129 a 141 g/km PREÇOS 1.4T GLE 24.927€ 1.4T GLE 4x4 26.808€ 1.4T GLX 27.214€ 1.4T GLX 4x4 29.095€
Semi-híbrido, 1.5 eTSI, 150 cv Consumos 5,7 l/100 km Emissões 130 g/km PREÇOS 1.5 eTSI Life DSG 33.778€ 1.5 eTSI R-Line DSG 40.565€
Semi-híbrido, 2.0 B4 e B5, 197 a 250 cv Consumos 6,4 a 6,5 l/100 km Emissões 146 a 147 g/km PREÇOS S60 B5 desde 50.035€ V60 B4 desde 47.301€ V60 B5 desde 54.820€
VOLVO XC40
VOLVO XC60
VOLVO XC90
Semi-híbrido, 2.0 B4, 190 cv Consumos 7,3 l/100 km Emissões 167 g/km PREÇOS B4 Momentum Plus B4 Inscription B4 R Design
Semi-híbrido, 2.0 B4, B5 e B5 Diesel, 190 a 250 cv Consumos 6,2 a 8,6 l/100 km Emissões 162 a 196 g/km PREÇOS B4 desde 59.273€ B5 desde 62.320€ B5 Diesel desde 68.582€
Semi-híbrido, 2.0 B5 Diesel, 235 cv Consumos 6,6 l/100 km Emissões 174 g/km PREÇOS B5 Diesel desde 83.791€
46.538€ 49.087€ 49.395€
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HÍBRIDOS FORD MONDEO HEV
HONDA CR-V HYBRID
HYUNDAI IONIQ HYBRID
Híbrido, 2.0 HEV, 187 cv (pot. total) Consumos 5,6 a 6,0 l/100 km Emissões 127 a 138 g/km PREÇOS HEV desde 39.436€ Station HEV desde 40.656€
Híbrido, 2.0 i-MMD, 184 cv (pot. total) Consumos 5,3 a 5,5 l/100 km Emissões 120 a 126 g/km PREÇOS Hybrid 2WD desde 43.450€ Hybrid 4WD Executive 54.150€
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 3,9 l/100 km Emissões 92 g/km PREÇOS HEV 27.906€ HEV Pack Plus 30.956€
blueauto
71
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HÍBRIDOS
72
HYUNDAI KAUAI HYBRID
KIA NIRO
LEXUS CT
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 5,0 l/100 km Emissões 90 g/km PREÇOS HEV Premium 29.630€
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 3,8 l/100 km Emissões 86 g/km PREÇOS HEV Urban 25.370€ HEV Drive 27.470€ HEV Tech 29.420€
Híbrido, 1.8 VVT-i, 136 cv (pot. total) Consumos 3,6 l/100 km Emissões 93 g/km PREÇOS CT200h Business 30.600€ CT200h Executive 31.900€ CT200h Executive+ 34.200€ CT200h F Sport 36.800€ CT200h F Sport+ 43.300€ CT200h Luxury 42.600€
LEXUS ES
LEXUS IS
Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total) Consumos 4,4 l/100 km, Emissões 120 g/km PREÇOS ES300h Business 59.000€ ES300h Executive 63.500€ ES300h Executive+ 64.500€ ES300h F Sport 65.500€ ES300h F Sport+ 70.500€ ES300h Luxury 75.000€
Híbrido, 2.5 VVT-i, 223 cv (pot. total) Consumos 4,3 l/100 km Emissões 99 g/km PREÇOS IS300h Business 44.100€ IS300h Executive 47.000€ IS300h Executive+ 50.900€ IS300h F Sport 51.600€ IS300h F Sport+ 57.800€ IS300h Luxury 58.100€
LEXUS LS
LEXUS NX
LEXUS RC
Híbrido, 3.5 VVT-i, 359 cv (pot. total) Consumos 7,0 l/100 km Emissões 158 g/km PREÇOS LS500h Executive+ 134.711€ LS500h F Sport 147.711€ LS500h Luxury 154.711€ LS500h Superlative 168.711€
Híbrido, 2.5 VVT-i, 197 cv (pot. total) Consumos 5,5 a 5,7 l/100 km Emissões 127 a 130 g/km PREÇOS NX300h Business FWD 53.600€ NX300h Executive FWD 58.800€ NX300h Executive+ FWD 61.000€ NX300h F Sport AWD 66.000€ NX300h F Sport+ AWD 73.600€ NX300h Luxury AWD 73.600€
Híbrido, 2.5 VVT-i, 223 cv (pot. total) Consumos 4,8 l/100 km Emissões 109 g/km PREÇOS RC300h Executive 53.900€ RC300h Executive+ 55.200€ RC300h F Sport 60.900€ RC300h F Sport+ 61.900€ RC300h Luxury 61.400€
blueauto
LEXUS LC Híbrido, 3.5 VVT-i, 359 cv (pot. total) Consumos 6,4 l/100 km Emissões 145 g/km PREÇOS LC500h Luxury 121.500€ LC500h Sport 125.500€ LC500h Sport+ 133.500€
guia de compras
HÍBRIDOS LEXUS RX
LEXUS UX
RENAULT CLIO E-TECH
Híbrido, 3.5 VVT-i, 313 cv (pot. total) Consumos 5,2 a 6,0 l/100 km Emissões 132 a 138 g/km PREÇOS RX450h Business 83.500€ RX450h Executive 95.500€ RX450h Executive+ 99.700€ RX450h F Sport 101.000€ RX450h F Sport+ 106.500€ RX450hL Executive 99.000€ RX450hL Executive+ 102.000€ RX450hL Luxury 108.500€
Híbrido, 2.0 VVT-i, 184 cv (pot. total) Consumos 4,5 l/100 km Emissões 120 g/km PREÇOS UX250h Business FWD 42.950€ UX250h Executive FWD 46.000€ UX250h Executive+ FWD 47.400€ UX250h Premium FWD 50.800€ UX250h F Sport FWD 51.100€ UX250h F Sport AWD 53.000€ UX250h F Sport+ FWD 60.200€ UX250h F Sport+ AWD 62.100€ UX250h Luxury FWD 60.700€ UX250h Luxury AWD 62.600€
Híbrido, 1.6 E-Tech, 140 cv (pot. total) Consumos 4,3 l/100 km Emissões 98 g/km PREÇOS E-Tech 140 Intens 23.200€ E-Tech 140 RS Line 25.300€ E-Tech 140 Exclusive 25.800€ E-Tech 140 Initiale Paris 28.800€
TOYOTA C-HR HYBRID
TOYOTA CAMRY Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total) Consumos 5,5 l/100 km Emissões 125 g/km PREÇOS Hybrid DF Exclusive 43.990€ Hybrid DF Luxury 46.990€ Hybrid DF Limousine 49.990€
TOYOTA PRIUS Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total) Consumos 4,8 l/100 km Emissões 108 g/km PREÇOS Hybrid Exclusive 32.890€ Hybrid Luxury 36.890€ Hybrid Premium 38.390€
TOYOTA COROLLA HYBRID Híbrido, 1.8 e 2.0 VVT-i, 122 e 180 cv (pot. total) Consumos 4,9 a 5,3 l/100 km Emissões 110 a 119 g/km PREÇOS Hybrid desde 24.430€ Sedan Hybrid desde 28.990€ Touring Hybrid desde 27.075€
Híbrido, 1.8 e 2.0 VVT-i, 122 e 180 cv (pot. total) Consumos 4,8 a 5,3 l/100 km Emissões 110 a 120 g/km PREÇOS Hybrid Comfort Hybrid Square Collection Hybrid Exclusive Hybrid DF Square Collection Hybrid DF Exclusive Hybrid DF Lounge Hybrid DF Premier Edition
27.890€ 30.360€ 31.860€ 33.160€ 34.660€ 37.660€ 37.660€
TOYOTA PRIUS+
TOYOTA RAV4
Híbrido, 1.8 VVT-i, 136 cv (pot. total) Consumos 5,8 l/100 km Emissões 132 g/km PREÇOS Hybrid Luxury 37.990€ Hybrid Premium 42.390€
Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total) Consumos 5,6 l/100 km Emissões 128 g/km PREÇOS Comfort 39.990€ Square Collection 43.700€ Exclusive 45.190€ Lounge 49.200€
blueauto
73
guia de compras
HÍBRIDOS
74
guia de compras
HÍBRIDOS PLUG-IN
TOYOTA YARIS HYBRID
AUDI A6
AUDI Q5
Híbrido, 1.5 VVT-i, 100 cv (pot. total) Consumos 4,8 l/100 km Emissões 108 g/km PREÇOS Hybrid Active 17.890€ Hybrid Comfort 19.190€ Hybrid 20 Anos 21.215€ Hybrid GR Sport 21.790€
Híbrido, 2.0 TFSI, 300 e 367 cv (pot. total) Consumos 1,6 a 2,1 l/100 km Autonomia 40 a 53 km Emissões 31 a 47 g/km PREÇOS Base 50 TFSI e quattro 67.407€ Sport 55 TFSI e quattro 76.005€
Híbrido, 2.0 TFSI, 300 e 367 cv (pot. total) Consumos 2,2 a 2,8 l/100 km Autonomia 40 a 45 km Emissões 51 a 64 g/km PREÇOS 50 TFSI e quattro desde 63.547€ 55 TFSI e quattro Sport 70.311€
AUDI Q7
BMW 225xe Active Tourer
BMW 330e
Híbrido, 2.0 TFSI, 381 cv (pot. total) Consumos 3,1 l/100 km Autonomia 40 km Emissões 71 g/km PREÇOS 55 TFSI e quattro Base 79.690€ 55 TFSI e quattro S Line 83.681€
Híbrido, 1.5 TwinPower, 224 cv (pot. total) Consumos 1,9 l/100 km Autonomia 53 km Emissões 42 g/km PREÇOS 225xe 42.330€
Híbrido, 2.0 TwinPower, 292 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 56 a 59 km Emissões 31 g/km PREÇOS 330e 53.500€ 330e Touring 55.000€
BMW 530e
BMW 745e
BMW i8
Híbrido, 2.0 TwinPower, 292 cv (pot. total) Consumos 1,3 a 1,5 l/100 km Autonomia 57 a 61 km Emissões 30 a 35 g/km PREÇOS 530e 65.400€ 530e Touring 68.200€
Híbrido, 3.0 TwinPower, 394 cv (pot. total) Consumos 2,0 a 2,3 l/100 km Autonomia 45 a 50 km Emissões 45 a 53 g/km PREÇOS 745e xDrive 122.280€ 745Le xDrive 124.900€
Híbrido, 1.5 TwinPower, 374 cv (pot. total) Consumos 2,1 a 2,2 l/100 km Autonomia 52 a 53 km Emissões 48 a 50 g/km PREÇOS Coupé 157.909€ Roadster 172.912€
blueauto
guia de compras
HÍBRIDOS PLUG-IN BMW X1 iPerformance
BMW X2 iPerformance
BMW X3 iPerformance
Híbrido, 1.5 TwinPower, 220 cv (pot. total) Consumos 1,7 l/100 km Autonomia 52 km Emissões 39 g/km PREÇOS xDrive25e 49.350€
Híbrido, 1.5 TwinPower, 220 cv (pot. total) Consumos 1,7 l/100 km Autonomia 51 km Emissões 38 g/km PREÇOS xDrive25e 51.500€
Híbrido, 2.0 TwinPower, 292 cv (pot. total) Consumos 2,2 l/100 km Autonomia 46 km Emissões 49 g/km PREÇOS xDrive30e 63.220€
BMW X5 iPerformance
CITROËN C5 AIRCROSS HYBRID
DS 7 CROSSBACK E-TENSE
Híbrido, 3.0 TwinPower, 394 cv (pot. total) Consumos 1,2 l/100 km Autonomia 87 km Emissões 28 g/km PREÇOS xDrive45e 88.250€
Híbrido, 1.6 PureTech, 225 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 55 km Emissões 32 g/km PREÇOS Feel Hybrid 41.147€ Shine Hybrid 43.347€
FORD EXPLORER
FORD KUGA PHEV
Híbrido, 3.0 PHEV, 457 cv (pot. total) Consumos 3,1 l/100 km, Autonomia 42 km Emissões 71 g/km PREÇOS PHEV ST-Line 75.645€
Híbrido, 2.5 PHEV, 225 cv (pot. total) Consumos 1,2 l/100 km, Autonomia 56 km Emissões 26 g/km PREÇOS PHEV Titanium 41.093€ PHEV ST-Line 42.719€ PHEV ST-Line X 44.752€
blueauto
Híbrido, 1.6 PureTech, 300 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km, Autonomia 58 km Emissões 31 g/km PREÇOS E-Tense 4x4 Be Chic 51.550€ E-Tense 4x4 So Chic 53.550€ E-Tense 4x4 Performance Line 54.450€ E-Tense 4x4 Grand Chic 57.550€
FORD TRANSIT/TOURNEO CUSTOM HYBRID Híbrido, 1.0 Ecoboost, 125 cv (pot. total) Consumos 3,1 l/100 km Autonomia 49 km Emissões 70 g/km PREÇOS Titanium PHEV 45.020€ Van PHEV 34.727€ Kombi PHEV 38.922€
75
guia de compras
HÍBRIDOS PLUG-IN
HYUNDAI IONIQ HYBRID
KIA CEED
KIA NIRO
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 1,1 l/100 km Autonomia 63 km Emissões 26 g/km PREÇOS PHEV 35.430€ PHEV Pack Plus 38.480€
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 1,3 l/100 km Autonomia 50 km Emissões 29 g/km PREÇOS SW PHEV Drive 36.090€
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 49 km Emissões 31 g/km PREÇOS PHEV Urban 34.650€ PHEV Drive 36.450€ PHEV Tech 37.950€
KIA OPTIMA
LAND ROVER DISCOVERY SPORT P300e
MERCEDES CLASSE A
Híbrido, 2.0 GDi, 205 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 62 km Emissões 33 g/km PREÇOS SW PHEV 45.410€
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Híbrido, 1.5 Turbo, 309 cv (pot. total) Consumos 1,6 l/100 km Autonomia 62 km Emissões 36 g/km PREÇOS P300e AWD desde 51.840€
Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total) Consumos 1,0 a 1,1 l/100 km Autonomia 76 km Emissões 24 a 25 g/km PREÇOS A 250 e 40.800€ A 250 e Limousine 42.150€
MERCEDES CLASSE B
MERCEDES CLASSE C
MERCEDES CLA
Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 77 km Emissões 32 g/km PREÇOS B 250 e 43.350€
Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 320 e 306 cv (pot. total) Consumos 1,3 a 1,6 l/100 km Autonomia 53 a 57 km Emissões 34 a 39 g/km PREÇOS C 300 e C 300 de C 300 e Station C 300 de Station
Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 68 km Emissões 31 a 35 g/km PREÇOS CLA 250 e 48.950€ CLA 250 e Shooting Brake 50.400€
blueauto
53.550€ 55.950€ 55.450€ 57.700€
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HÍBRIDOS PLUG-IN MERCEDES CLASSE E
MERCEDES CLASSE S
MERCEDES GLA
Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 320 e 306 cv (pot. total) Consumos 1,4 a 1,6 l/100 km Autonomia 50 a 54 km Emissões 37 a 41 g/km PREÇOS E 300 e desde 67.650€ E 300 de 69.550€ E 300 de Station desde 72.550€
Híbrido, 3.0 turbo, 476 cv (pot. total) Consumos 2,3 l/100 km Autonomia 50 km Emissões 51 g/km PREÇOS S 560 e Longo 127.850€
Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 61 km Emissões 32 g/km PREÇOS GLA 250 e 51.700€
MERCEDES GLE
MERCEDES GLC Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 306 a 320 cv (pot. total) Consumos 1,7 a 2,3 l/100 km Autonomia 42 a 44 km Emissões 46 a 52 g/km PREÇOS GLC 300 e 4Matic GLC 300 e 4Matic Coupé GLC 300 de 4Matic GLC 300 de 4Matic Coupé
65.150€ 66.700€ 67.500€ 69.200€
Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 320 cv (pot. total) Consumos 1,1 l/100 km Autonomia 80 km Emissões 28 g/km PREÇOS GLE 350 e 4Matic GLE 350 de 4Matic GLE 350 e 4Matic Coupé GLE 350 de 4Matic Coupé
MINI COUNTRYMAN S E
85.350€ 87.150€ 95.100€ 96.900€
Híbrido, 1.5 turbo, 224 cv (pot. total) Consumos 1,8 l/100 km Autonomia 51 km Emissões 40 g/km PREÇOS Cooper S E ALL4 42.650€
PEUGEOT 508 HYBRID MITSUBISHI OUTLANDER
OPEL GRANDLAND X PHEV
Híbrido, 2.4 MIVEC, 230 cv (pot. total) Consumos 2,0 l/100 km Autonomia 45 km Emissões 46 g/km PREÇOS PHEV Intense 31.990€ PHEV Instyle 34.990€
Híbrido, 1.6 Turbo PHEV, 225 a 300 cv (pot. total) Consumos 1,3 a 1,4 l/100 km Autonomia 57 a 69 km Emissões 29 a 32 g/km PREÇOS PHEV GS Line PHEV Ultimate PHEV Ultimate AWD
blueauto
47.125€ 52.875€ 59.625€
Híbrido, 1.6 PureTech, 225 cv (pot. total) Consumos 1,3 l/100 km Autonomia 52 a 54 km Emissões 29 a 30 g/km PREÇOS Allure HY 44.505€ GT Line HY 47.305€ GT HY 51.805€ SW Allure HY 46.005€ SW GT Line HY 48.805€ SW GT HY 53.305€
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HÍBRIDOS PLUG-IN
PEUGEOT 3008 HYBRID
PORSCHE CAYENNE
PORSCHE PANAMERA
Híbrido, 1.6 Turbo PHEV, 225 e 300 cv (pot. total) Consumos 1,3 a 1,4 l/100 km Autonomia 40 a 59 km Emissões 29 a 31 g/km PREÇOS Allure HY GT Line HY GT Line HY4 GT HY GT HY4
Híbrido, 3.0 e 4.0 Turbo, 462 e 680 cv (pot. total) Consumos 3,9 a 4,9 l/100 km Autonomia 32 a 36 km Emissões 89 a 111 g/km PREÇOS E-Hybrid 99.277€ E-Hybrid Coupé 103.706€ Turbo S E-Hybrid 184.484€ Turbo S E-Hybrid Coupé 188.297€
Híbrido, 3.0 e 4.5 Turbo, 462 e 680 cv (pot. total) Consumos 3,3 a 3,8 l/100 km Autonomia 38 a 44 km Emissões 74 a 85 g/km PREÇOS 4 E-Hybrid desde 121.126€ 4 E-Hybrid Sport Turismo desde 124.078€ Turbo S E-Hybrid desde 202.552€ Turbo S E-Hybrid Sport Turismo 205.504€
RANGE ROVER EVOQUE P300e
RANGE ROVER P400e/ SPORT P400e
RENAULT CAPTUR E-TECH
Híbrido, 1.5 Turbo, 309 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 66 km Emissões 32 g/km PREÇOS P300e AWD desde 53.313€
Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total) Consumos 3,3 l/100 km Autonomia 39 e 41 km Emissões 75 e 74 g/km PREÇOS P400e desde 129.353€ SPORT P400e desde 94.791€
43.415€ 45.715€ 50.715€ 48.215€ 53.215€
SKODA SUPERB iV Híbrido, 1.4 TSI, 218 cv (pot. total) Consumos 1,4 a 1,5 l/100 km Autonomia 55 km Emissões 31 g/km PREÇOS Superb desde 39.163€ Superb Break desde 41.210€
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Híbrido, 1.6 E-Tech, 160 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 50 km Emissões 32 g/km PREÇOS E-Tech 160 Exclusive 33.590€ E-Tech 160 Initiale Paris 36.590€
TOYOTA PRIUS Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total) Consumos 1,2 l/100 km Autonomia 45 km Emissões 28 g/km PREÇOS Plug-In Exclusive 40.890€ Plug-In Luxury 43.690€ Plug-In Premium 45.690€ Plug-In Power Sky 44.090€
blueauto
VOLKSWAGEN GOLF GTE Híbrido, 1.4 TSI, 204 cv (pot. total) Consumos 2,0 l/100 km Autonomia 49 km Emissões 46 g/km PREÇOS GTE 46.992€
guia de compras
HÍBRIDOS PLUG-IN VOLKSWAGEN PASSAT GTE
VOLVO S60/V60
VOLVO S90/V90
Híbrido, 1.4 TSI, 218 cv (pot. total) Consumos 1,5 a 1,6 l/100 km Autonomia 55 a 57 km Emissões 40 g/km PREÇOS GTE 45.977€ GTE+ 48.107€ Variant GTE 49.366€ Variant GTE+ 51.496€
Híbrido, 2.0 T, 340 a 405 cv (pot. total) Consumos 1,7 a 2,7 l/100 km Autonomia 44 a 56 km Emissões 38 a 56 g/km PREÇOS S60 T8 Recharge desde 62.726€ V60 T6 Recharge desde 57.560€ V60 T8 Recharge desde 60.020€
Híbrido, 2.0 T, 390 cv (pot. total) Consumos 1,9 a 2,1 l/100 km Autonomia 53 a 55 km Emissões 43 a 47 g/km PREÇOS S90 T8 Recharge desde 70.229€ V90 T6 Recharge desde 71.090€ V90 T8 Recharge desde 74.165€
VOLVO XC40
VOLVO XC60
VOLVO XC90
Híbrido, 1.5 T, 262 cv (pot. total) Consumos 2,0 l/100 km Autonomia 46 km Emissões 46 g/km PREÇOS T5 Recharge desde 46.588€
Híbrido, 2.0 T, 340 a 405 cv (pot. total) Consumos 2,4 a 3,3 l/100 km Autonomia 36 a 53 km Emissões 55 a 73 g/km PREÇOS T6 Recharge desde 65.377€ T8 Recharge desde 69.620€ Polestar Eng. 83.620€
Híbrido, 2.0 T, 390 cv (pot. total) Consumos 2,7 a 3,4 l/100 km Autonomia 43 km Emissões 60 a 76 g/km PREÇOS T8 Recharge desde 83.520€
guia de compras
ELÉTRICOS AUDI E-TRON
BMW i3
BMW iX3
Elétrico, 313 a 408 cv Bateria 71 a 95 kWh Autonomia 336 a 446 km PREÇOS 50 quattro desde 72.596€ 55 quattro desde 85.746€ Sportback 50 quattro desde 75.265€ Sportback 55 quattro desde 88.415€
Elétrico, 170 a 184 cv Bateria 33 kWh Autonomia 279 a 308 km PREÇOS i3 i3s
Elétrico, 286 cv Bateria 75 kWh Autonomia 450 km PREÇOS iX3 Inspiring iX3 Impressive
blueauto
42.100€ 45.900€
80.000€ 86.500€
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ELÉTRICOS
DS 3 CROSSBACK E-TENSE
FIAT 500
HONDA-E
Elétrico, 136 cv Bateria 50 kWh Autonomia 320 km PREÇOS E-Tense So Chic E-Tense Performance Line E-Tense Grand Chic
Elétrico, 118 cv Bateria 42 kWh Autonomia 320 km PREÇOS La Prima
Elétrico, 136 e 154 cv Bateria 35,5 kWh Autonomia 210-222 km PREÇOS Base Advance
38.800€ 39.450€ 43.700€
34.900€
36.000€ 38.500€
KIA e-NIRO
HYUNDAI IONIQ ELECTRIC
HYUNDAI KAUAI ELECTRIC
Elétrico, 136 cv Bateria 38,3 kWh Autonomia 311 km PREÇOS EV
Elétrico, 136 a 204 cv Bateria 39,2 a 64 kWh Autonomia 289 a 449 km PREÇOS Electric 39 kWh Electric Premium Electric Premium Plus
36.580€
Elétrico, 204 cv Bateria 64 kWh Autonomia 455 km PREÇOS Tech
45.500€
39.105€ 46.705€ 51.580€
KIA e-SOUL Elétrico, 204 cv Bateria 64 kWh Autonomia 452 km PREÇOS e-Soul
80
JAGUAR I-PACE
MAZDA MX-30
Elétrico, 400 cv Bateria 90 kWh Autonomia 470 km PREÇOS I-Pace S I-Pace SE I-Pace HSE
Elétrico, 143 cv Bateria 35,5 kWh Autonomia 200 km PREÇOS First Edition Excellence Excellence Pack Plus
81.788€ 89.920€ 96.223€
blueauto
34.535€ 35.245€ 37.655€
43.000€
MERCEDES EQC Elétrico, 408 cv Bateria 80 kWh Autonomia 410 km PREÇOS EQC 400 4Matic
79.150€
guia de compras
ELÉTRICOS MERCEDES EQV
PORSCHE TAYCAN
RENAULT TWIZY
Elétrico, 204 cv Bateria 90 kWh Autonomia 347 a 358 km PREÇOS eVito 300 Tourer eVito 300 Tourer Longo EQV 300 EQV 300 Longo
Elétrico, 435 a 761 cv Bateria 71 a 83 kWh Autonomia 407 a 450 km PREÇOS 4S Turbo Turbo S
Elétrico, 13 cv Bateria 7 kWh Autonomia 90 km PREÇOS Life Flex Life Intens Flex Intens
73.589€ 75.188€ 79.714€ 80.698€
110.866€ 158.959€ 193.399€
NISSAN LEAF MINI COOPER S E Elétrico, 184 cv Bateria 32,6 kWh Autonomia 235 a 270 km PREÇOS Electric S Electric M Electric L Electric XL
34.400€ 36.900€ 39.400€ 41.400€
OPEL CORSA-E Elétrico, 136 cv Bateria 50 kWh Autonomia 330 km PREÇOS e-Selection e-Edition e-Elegance
Elétrico, 150 e 217 cv Bateria 40 e 62 kWh Autonomia 270 e 385 km PREÇOS Acenta Access Acenta N-Connecta Tekna e+ N-Connecta e+ Tekna
NISSAN e-NV200
29.600€ 30.400€ 31.500€ 34.000€ 38.000€ 40.500€
29.990€ 30.110€ 32.610€
blueauto
Elétrico, 109 cv Bateria 40 kWh Autonomia 275 km PREÇOS e-NV200 e-NV200 Combi e-NV200 Evalia 5 lug. e-NV200 Evalia 7 lug.
desde 29.880€ desde 31.380€ 37.365€ 37.906€
PEUGEOT E-2008
PEUGEOT E-208 Elétrico, 136 cv Bateria 50 kWh Autonomia 340 km PREÇOS e-208 Active e-208 Allure e-208 GT Line e-208 GT
8.180€ 12.680€ 8.980€ 13.480€
30.020€ 31.220€ 33.020€ 35.420€
Elétrico, 136 cv Bateria 50 kWh Autonomia 310 km PREÇOS e-2008 Active e-2008 Allure e-2008 GT Line e-2008 GT
34.690€ 36.120€ 38.320€ 41.220€
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ELÉTRICOS
RENAULT ZOE
RENAULT KANGOO Z.E.
SMART EQ
Elétrico, 109 a 136 cv Bateria 41 a 52 kWh Autonomia 306 a 395 km PREÇOS ZE40 R110 Zen Flex ZE40 R110 Zen ZE50 R110 Zen Flex ZE50 R110 Zen ZE50 R110 Intens Flex ZE50 R110 Intens ZE50 R135 Intens Flex ZE50 R135 Intens ZE50 R135 Exclusive Flex ZE50 R135 Exclusive
Elétrico, 95 cv Bateria 33 kWh Autonomia 200 km PREÇOS ZE Flex ZE ZE Maxi 2L Flex ZE Maxi 2L ZE Maxi 5L Flex ZE Maxi 5L
Elétrico, 82 cv Bateria 17,6 kWh Autonomia 150 a 160 km PREÇOS fortwo base fortwo passion fortwo pulse fortwo prime fortwo cabrio passion fortwo cabrio pulse fortwo cabrio prime forfour passion forfour pulse forfour prime
23.940€ 32.240€ 24.940€ 33.240€ 25.940€ 34.240€ 26.440€ 34.740€ 27.890€ 36.190€
26.420€ 34.096€ 27.896€ 35.572€ 28.880€ 36.556€
21.975€ 22.845€ 23.450€ 23.775€ 26.395€ 27.000€ 27.325€ 23.745€ 24.350€ 25.035€
TESLA MODEL 3 Elétrico Bateria 75 kWh Autonomia 415 a 560 km PREÇOS Standard Long Range Performance
48.900€ 59.600€ 65.800€
TESLA MODEL S Elétrico Bateria 100 kWh Autonomia 613 a 632 km PREÇOS Long Range Performance
Elétrico Bateria 75 kWh Autonomia 480 a 540 km PREÇOS Long Range Performance
TESLA MODEL X 84.990€ 100.990€
Elétrico Bateria 100 kWh Autonomia 542 a 565 km PREÇOS Long Range Performance
TESLA MODEL Y
65.000€ 71.000€
90.990€ 106.990€
VOLKSWAGEN ID.3 VOLKSWAGEN E-GOLF Elétrico, 136 cv Bateria 35,8 kWh Autonomia 300 km PREÇOS e-Golf
82
42.816€
Elétrico, 204 cv Bateria 58 kWh Autonomia 420 km PREÇOS 1st 1st Plus 1st Max
VOLKSWAGEN e-UP! Elétrico, 83 cv Bateria 36,8 kWh Autonomia 260 km PREÇOS e-up!
blueauto
22.824€
38.017€ 43.746€ 49.478€
2020 OEIRAS
ECORALLY PORTUGAL
3.4.5 Outubro 3a Edição do Primeiro Rally de Veiculos Exclusivamente Eléctricos em Portugal
Event with
Negative CO2 Emissions