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nº 44
junho 2021
Portugal (cont.):
2,50€
à descoberta do futuro do automóvel Renault “nova vaga” na eletrificação ao volante
DS 9 E-Tense Mercedes EQA Volkswagen ID.4 508 Peugeot Sport Engineered
apresentação
Toyota Mirai: elétrico a hidrogénio lançamento
Skoda Enyaq iV Nissan Qashqai Hyundai Tucson / Santa Fé HEV
Carregamento: o que é um HUB? entrevista
5G e condução autónoma Chegou o Citroën AMI
novos modelos
Mercedes EQB Jeep Wrangler 4xe
CUPRA BORN
guia atualizado
Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal
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sumário 06 10 14 17 18 22 28 30 34 36 40
atualidade Notícias
novos modelos Cupra Born
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lançamento Skoda Enyaq iV mercado Vendas em Portugal lançamento Novo Nissan Qashqai eletrificação Renault: nova vaga na eletrificação mobilidade urbana Chegou o Citroën AMI
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ao volante Volkswagen ID.4 revista de imprensa Declarações em destaque ao volante 508 Peugeot Sport Engineered entrevista João Santos, co-coordenador do projeto ‘V2X’ da Bosch Car Multimedia
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ao volante Mercedes EQA 250 lançamento Hyundai Tucson/Santa Fé HEV
carregamento ZapCharger Pro: sistema inteligente de carregamento para VE
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atualidade Em números... novos modelos Jeep Wrangler 4xe novos modelos Mercedes EQB ao volante DS 9 E-Tense
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apresentação Toyota Mirai: elétrico a hidrogénio tecnologia Mobile Drive: o cockpit digital do futuro
concept-cars Opel Manta GSe ElektroMOD guia de compras Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal
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mobilidade elétrica O que é um HUB?
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blueauto À DESCOBERTA DO FUTURO DO AUTOMÓVEL www.blueauto.pt DIREÇÃO Francisco Vieira REDAÇÃO Paulo Manuel Costa COLABORADORES Tiago Beato José Barros Rodrigues José Pontes SECRETARIA DE REDAÇÃO Isabel Brito CONTACTOS blueauto@pressfactory.pt facebook.com/blueauto MARKETING & PUBLICIDADE Luís Mesquitela Lima 93 702 94 44 luis.mesquitela@blueauto.pt PRODUÇÃO Rogério Bastos Studio PressFactory PROJETO & LAYOUT Studio PressFactory IMPRESSÃO & ACABAMENTO Lisgráfica – Impressão e Artes Gráficas SA Rua Consiglieri Pedroso, n.º 90 Casal de Sta. Leopoldina, 2730-053 Barcarena TIRAGEM 7.500 exemplares PERIODICIDADE Mensal DISTRIBUIÇÃO VASP – Distribuidora de Publicações, SA Quinta do Grajal - Venda Seca 2739-511 Agualva Cacém Apoio ao Ponto de Venda Tel.: 21 433 70 01 | contactcenter@vasp.pt
editorial
À descoberta do futuro (próximo) do automóvel Tal como confirmava a primeira edição da BlueAuto, publicada no final desse mês, em maio de 2017 a mobilidade elétrica era ainda uma incógnita. Hoje, exatamente 4 anos depois, a eletrificação do automóvel é um dado adquirido e, ainda mais importante, um caminho já sem retorno... Nestes últimos 4 anos, o mercado automóvel assistiu de facto a um verdadeiro “boom” na eletromobilidade, como facilmente se comprova através da extraordinária evolução dos dados de vendas em Portugal (os veículos elétricos e híbridos representam agora quase 30% do mercado total de carros novos), do crescimento na oferta de modelos eletrificados (já presentes na gama de todos os fabricantes) e na recetividade dos consumidores (de acordo com um estudo recente, praticamente metade dos condutores portugueses afirma que o seu próximo carro será elétrico). Na realidade, 4 anos passados desde que surgiu – então ainda como suplemento mensal do jornal Público – a primeira edição da BlueAuto, aquilo a que o meio automóvel assistiu foi sim, mais que uma evolução, a uma verdadeira revolução: do nicho de mercado, tema reservado a meros entusiastas e visão de alguns poucos como era o panorama da altura, à realidade incontornável da mobilidade elétrica nos dias de hoje, muito mudou. Uma mudança de tal forma radical que conceitos como veículo 100% elétrico, híbrido plug-in, baterias de iões de lítio, postos de carregamento ou autonomia fazem já parte do nosso léxico diário. E essa vulgarização da mobilidade elétrica é tão evidente que no 4.º aniversário da BlueAuto, agora assinalado, o futuro do automóvel que esta publicação se propõe ajudar a descobrir já não parece assim tão longínquo, demonstrando ser sim um futuro cada vez mais próximo... Acelerando o passo no acompanhamento dessa acelerada evolução na mobilidade automóvel a que hoje assistimos, a BlueAuto celebra os seus 4 anos de publicação com mais uma novidade: o lançamento de uma nova edição semanal, disponível num inovador formato digital multiplataforma que inclui forte componente de interatividade (com acesso a conteúdos e funcionalidades adicionais como vídeos, links, elementos gráficos, galerias de fotos...) e acessível de modo simples (basta registar-se) e gratuito! Seja então bem-vindo à descoberta do futuro (próximo) do automóvel, agora também todas as semanas...
A BlueAuto é impressa em papel com origem em fontes sustentáveis e com tintas amigas do ambiente. Depois de a ler, dê-lhe um final ecológico: partilhe-a ou coloque-a no Ecoponto Azul.
EDIÇÃO PressFactory PROPRIEDADE PRESS.in, Lda. Edifício LACS Rocha Conde de Óbidos 1350-352 Lisboa BlueAuto é uma marca registada. Direito de reprodução (textos e fotos) reservados.
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NOVO
ŠKODA ENYAQ iV
SIMPLY CLEVER
100% ELÉTRICO
Um SUV electrizante, emotivo e eficiente, com autonomia superior a 500 km, um interior espaçoso, a maior bagageira do mercado e muita tecnologia simply clever com muitos sistemas de assistência à condução como o head-up display com realidade aumentada. Entre nesta revolução elétrica, entre num ŠKODA ENYAQ iV. Descubra mais aqui.
Consumo de eletricidade combinado (WLTP): 14,6 a 21,6 kWh / 100Km. Emissões de CO₂ : 0g/km.
RECARREGA A VIDA.
skoda.pt
atualidade
Lexus já vendeu 2 milhões de veículos eletrificados Desde 2005, ano de lançamento do seu primeiro automóvel híbrido (RX400h), a Lexus ultrapassou já a marca de 2 milhões de vendas globais de veículos eletrificados; desse total, 540 mil unidades correspondem a vendas no mercado europeu. Marca pioneira em eletrificação no mercado “premium”, a Lexus comercializa atualmente 9 modelos eletrificados (híbridos e 100% elétricos) em aproximadamente 90 países e regiões em todo o mundo, numa gama ecológica que em 2020 representou 96% das suas vendas na Europa. E de modo a acelerar ainda mais a disseminação de veículos eletrificados, mais de metade dos 20 modelos, novos ou renovados, que vai apresentar até 2025 serão 100% elétricos, híbridos e híbridos plug-in. Entre essas novidades estará o primeiro Lexus com motorização PHEV, previsto para chegar ao mercado ainda este ano; bem como um modelo totalmente novo e 100% elétrico, a lançar em 2022.
Até 10.000€ de desconto na compra de um Nissan LEAF A Nissan e a Galp acabam de anunciar uma nova parceria para dinamizar a adoção da mobilidade elétrica em Portugal: até final do mês de julho, todos os clientes do plano multi-energias Casa & e-Mobilidade da Galp beneficiam de 10.000€ de desconto ao adquirir um modelo elétrico Nissan Leaf, somando um desconto direto de 7.000€ aos 3.000€ do incentivo estatal à compra de veículos de baixas emissões. Esta campanha é vá-
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lida até ao dia 31 de julho de 2021 e abrange os clientes Galp que adquiram o Nissan LEAF a título particular. E a esta vantagem somam-se ainda condições exclusivas de fornecimento de energia da Galp para clientes Nissan, como o desconto de 20% na energia em casa e de 33% na energia de carregamento nos postos públicos da rede Mobi.e através do cartão GalpElectric.
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Volkswagen apresenta ID.4 GTX A Volkswagen apresentou o seu primeiro modelo 100% elétrico de características mais desportivas: equipado com tração integral graças ao duplo motor elétrico (um em cada eixo) e detalhes estilísticos específicos, o ID.4 GTX deverá chegar ao mercado no verão do próximo ano. Agora inaugurada com esta nova variante do SUV ID.4, a designação GTX passa a diferenciar uma gama mais dinâmica de automóveis 100% elétricos, com a Volkswagen a destacar a possibilidade dos dois conceitos (mobilida-
de elétrica e performances desportivas) estarem reunidas num mesmo modelo: “A condução elétrica é pura diversão, e com o ID.4 GTX acrescentamos-lhe agora uma nova dimensão de desportividade e dinamismo”, explica o CEO da marca, Ralf Brandstätter. E esta futura variante do ID.4 confirma-o ao anunciar potência máxima de 220 kW (299 cavalos) e aceleração 0-100 km/h em apenas 6,2 segundos, com alguns elementos de design exclusivos a reforçarem o caráter mais desportivo da versão GTX.
Mobilidade elétrica: DECO Proteste defende melhorias Falta de postos e longas distâncias entre eles, carregadores lentos e dificuldades de pagamento em alguns países... Ainda há muito a fazer para que o carro elétrico seja uma opção prática, defende a DECO Proteste. A organização portuguesa de defesa dos consumidores avaliou a resposta da rede pública de carregamento elétrico com um teste que consistiu em percorrer 3 mil quilómetros em Portugal, Espanha, Itália e Bélgica, em carros 100% elétricos. Como principais conclusões, a DECO Proteste considera necessário reforçar a lei ou dar acesso a financiamento para que se possam instalar postos de carregamento privados nos edifícios antigos e nas novas construções, uma vez que a melhor forma de carregar um carro elétrico é fazê-lo durante os longos períodos em que está estacionado, ficando a rede pública disponível para fazer carregamentos no caso de viagens longas, necessidades pontuais ou quando o consumidor não tem outra forma de carregar o carro. A organização defende ainda a conversão da rede pública para carregadores com mais de 22 kWh, além de considerar fundamental garantir distâncias inferiores a 50 km entre postos bem como regulamentar e harmonizar os critérios das tarifas e das taxas extra.
LeasePlan e Worten parceiras na oferta de soluções de renting automóvel Líder nacional no mercado de “car-as-a-service” e soluções de mobilidade, a LeasePlan acaba de estabelecer com a Worten uma parceria destinada a oferecer aos clientes desta marca de eletrónica de consumo e de entretenimento soluções de renting inovadoras e sustentáveis. Direcionada essencialmente para o segmento de particulares, esta parceria confirma o empenho da LeasePlan em alargar o acesso ao renting (uma solução económica, cómoda e muito segura para quem procura carro novo a custo fixo) e da Worten em oferecer aos seus clientes novas soluções de mobilidade. Com divulgação nos seus diferentes canais, as ofertas de mobilidade automóvel da LeasePlan podem ser encontradas na nova categoria Renting do site Worten. Estão disponíveis diferentes ofertas, desde elétricos a SUVs.
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atualidade
IONIQ 5 já é um sucesso no mercado nacional Desde a sua estreia mundial, o novo Hyundai IONIQ 5 tem conquistado clientes em todo o mundo, tendo recebido vários elogios pelo design, autonomia e tecnologia, gerando rapidamente uma elevada procura dos consumidores também na Europa, e em número nunca antes visto pela marca. E Portugal não é exceção, com a Hyundai a anunciar agora que em poucas semanas o primeiro modelo da sua nova marca para veículos elétricos IONIQ é já um sucesso, somando no mercado nacional mais de 50 pré-vendas confirmadas e mais de 1000 pedidos de contacto para negócio. O que demonstra o grande entusiasmo em torno deste veículo, que estreia a nova Plataforma Modular Global-Elétrica (E-GMP) do grupo Hyundai e que junta ao design e equipamentos inovadores uma autonomia anunciada até 686 km, carregamento ultrarrápido acima de 150 kW (capaz de carregar 80% em apenas 18 minutos e 100 km de autonomia em 5 minutos) e função de carregamento bidirecional que permite, por exemplo, carregar outro veículo elétrico.
Lamborghini a caminho da eletrificação A eletrificação da indústria automóvel chega em força também às marcas mais desportivas, com o mais recente exemplo dessa tendência a surgir da Lamborghini, fabricante que anunciou no último mês o “road map” rumo à eletrificação total dos seus produtos e da sua produção. No maior investimento da história da marca italiana de modelos superdesportivos, a Lamborghini prepara-se para aplicar 1,5 mil milhões de euros ao longo dos próximos 4 anos na transição dos motores a combustão até ao seu primeiro motor 100% elétrico: o primeiro Lamborghini com motorização totalmente elétrica será um novo modelo GT e está já anunciado para a segunda metade desta década. Mas ainda antes disso assistiremos à aposta nos motores híbridos, indispensáveis para a marca de Sant’Agata Bolognese conseguir cumprir o objetivo anunciado para 2025 de reduzir a metade as emissões CO2: assim, sabe-se agora que em 2023 a Lamborghini lançará o seu primeiro automóvel de série híbrido, e que um ano depois, até ao final de 2024, toda a sua gama deverá estar eletrificada.
Volvo 100% elétricos em estreia nacional A Volvo assinala a estreia nacional dos seus primeiros modelos 100% elétricos exibindo-os no “Volvo Studio”, situado no exterior do Museu da Eletricidade em Belém: entre os dias 24 de maio e 16 de junho, os convidados poderão experimentar aí o novo Volvo XC40 P8 Recharge, num “test drive” alargado entre Belém e Carcavelos; em estreia nacional (mas com apresentação estática) está também o novo modelo 100% elétrico C40 Recharge. Este evento aberto ao público (o agendamento pode ser feito em: https://www. volvocars.com/pt/studios/lisboa) marca o início da “tour” europeia do Volvo Studio, que depois de Lisboa tem previsto outras paragens pela Europa.
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Nissan LEAF
10 anos a liderar a mudança 100% elétrica Parabéns à Blueauto pelo seu 4º aniversário e pela sua contribuição para esta mudança! É o momento de dar o passo para a mobilidade 100% sustentável com o veículo elétrico que há uma década lidera esta mudança: o Nissan LEAF 100% elétrico. Equipado com as tecnologias mais avançadas e com um autonomia de até 385 quilómetros em ciclo urbano e até 528* quilómetros em cidade, poderá viajar em total segurança para onde quiser. Descubra-o no seu concessionário Nissan ou em www.nissan.pt e aproveite as ofertas exclusivas que temos para si. *Os valores apresentados foram obtidos através de testes laboratoriais de acordo com a legislação da UE para fins de comparação entre diferentes tipos de veículos. A informação não se refere a nenhum veículo específico e não faz parte da oferta. Os valores podem não refletir os resultados reais da condução. O equipamento opcional, a manutenção, o comportamento de condução e fatores não técnicos, como condições meteorológicas, podem afetar os resultados. Os valores indicados foram determinados de acordo com o ciclo de testes WLTP. Visual não contratual. Zero emissões de CO2 durante a sua utilização.
novos modelos
CUPRA “a star is BORN” Com um nome inspirado no charmoso e boémio bairro barcelonês de El Born, o primeiro modelo 100% elétrico da marca Cupra deu-se finalmente a conhecer: o Born vai começar a ser produzido em setembro, prometendo combinar eletrificação e performance e inaugurar um novo formato de vendas de modo a atingir consumidores mais jovens...
A
revelação de algumas imagens oficiais da versão final do Born já tinha confirmado que o primeiro carro elétrico da marca desportiva da Seat não se afastaria muito do design antecipado pelo protótipo El-Born que lhe deu origem. Agora foi a vez da Cupra manter as expetativas criadas de que seria um modelo de série 100% elétrico sim mas também suficientemente desportivo e emocionante como a restante gama dessa marca: de facto, as características técnicas já conhecidas confirmam plenamente esse caráter mais dinâmico que se associa ao logo Cupra. Assim, ainda mais importante do que ser o primeiro Cupra 100% elétrico é o Born significar – como anuncia o fabricante – eletrificação e performances num mesmo automóvel: “muitas pessoas acham que um carro elétrico tem a ver apenas com uma decisão racional, mas com o Born a Cupra demonstra que eletrificação e performance podem ser uma combinação perfeita e não têm de ser uma contradição”, resumiu Wayne Griffiths, presidente da marca, na estreia mundial deste modelo.
Os números do Cupra Born Assente na plataforma eletrificada MEB do Grupo Volkswagen, o Cupra Born chega ao mercado com motorização disponibili-
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zando duas variantes de potência: 110 kW (ou 150 cv) e 150 kW (204 cv). E para 2022 está prevista a introdução de um pack de performance “e-Boost” destinado a reforçar ainda mais esse caráter desportivo ao elevar a potência até aos 170 kW (231 cv). Este pack acrescenta capacidade útil de 77 kWh às baterias de 45 e 58 kWh, fazendo variar a autonomia WLTP anunciada entre os 340 km e os 540 km com uma única carga. Falando de carregamento, o Born oferece a possibilidade de carregar 100 km de alcance extra em apenas 7 minutos num ponto de carga de 125 kW, ou até 80% da capacidade da bateria de iões de lítio em 35 minutos. E de modo a permitir a melhor gestão desta operação, a marca assegura aos clientes a opção de instalação de uma wallbox, um Charger Connect (com ligação Wi-Fi) ou Charger Pro (com 4G e Wi-Fi) e ainda uma app Easy Charging. O sistema de baterias alojado no ponto mais baixo e central do carro (para rebaixar o centro de gravidade, reduzindo o impacto do peso) bem como a melhoria da rigidez do conjunto (graças à estrutura de alumínio aparafusada à carroçaria) contribuem adicionalmente para o comportamento dinâmico do Cupra Born, modelo que promete uma condução entusiasmante graças também às dimensões compactas, ao controlo dinâmico de chassis combinado com a tecnologia de suspensão e controlo de estabilidade
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AS VÁRIAS VERSÕES DO CUPRA BORN BINÁRIO
BATERIA
AUTONOMIA
0-100 km/h
150 cv (110 kW)
POTÊNCIA
310 Nm
45 kWh
aprox. 340 km
8,9 s
204 cv (150 kW)
310 Nm
58 kWh
aprox. 420 km
7,3 s
231 cv (170 kW)*
310 Nm
58 kWh
aprox. 420 km
6,6 s
231 cv (170 kW)*
310 Nm
77 kWh
aprox. 540 km
7,0 s
bilidade estende-se ainda à utilização de materiais reciclados. Já tínhamos antecipado aqui a intenção expressa do grupo Seat de recorrer ao seu primeiro automóvel zero emissões para impulsionar a transformação do modelo de vendas da empresa, uma intenção agora reafirmada na estreia do Cupra Born, veículo que a par do formato tradicional de venda estará disponível também através de contratos de subscrição com renda mensal (que poderão incluir a utilização do veículo e outros serviços relacionados); com isso a marca espanhola do Grupo VW procura responder às exigências de uma nova geração de condutores, numa estratégia de vendas que prevê ainda a implementação de um novo e disruptivo conceito de distribuição, com o reforço da presença online. Até pode parecer exagerada a afirmação promocional da marca de que o Born vai ser um ponto de viragem no mercado dos veículos elétricos, mas com uma imagem tão apelativa associada à irreverência do conceito automóvel Cupra e a todos esses argumentos de mobilidade elétrica, poucas dúvidas haverá de que este novo modelo se prepara para brilhar ao destacarse entre a oferta já disponível: com a chegada do Cupra Born, tudo indica que nasceu mesmo uma “estrela”... n
* com pack e-Boost.
desportivos e à travagem melhorada. E o conceito de veículo elétrico performante é acompanhado por um estilo impactante, pensado para gerar emoções fortes desde o primeiro olhar, com as belas linhas vincadas da carroçaria acompanhadas de elementos de iluminação únicos e de detalhes refinados. Já no habitáculo, o design elegante e a seleção de materiais criam um ambiente desportivo no qual se destaca muita qualidade e refinamento. Destaque também para o facto do Cupra Born estar apto desde o lançamento a fazer parte do novo ecossistema digital, ao integrar os mais sofisticados sistemas de infotainment e soluções de conectividade.
Um novo modelo de negócio Por outro lado, a consciência ambiental deste primeiro carro elétrico da Cupra vai além do motor zero emissões, com a marca a anunciar estarmos também perante o seu primeiro modelo entregue ao cliente com um conceito de balanço de CO2 neutro, graças nomeadamente ao recurso a energia de fontes renováveis em toda a cadeia de produção; a aposta na sustenta-
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atualidade
Kia EV6 chega em outubro
EDP instala 90 pontos de carregamento em restaurantes Ibersol
Primeiro de 11 novos modelos elétricos que a Kia quer introduzir até 2026, o EV6 está a despertar grande interesse também no mercado nacional, com a Kia Portugal a ter já disponível uma Priority List na qual os clientes podem inscrever-se, garantindo assim que serão os primeiros a ter oportunidade de efetuar a pré-reserva e o acesso a uma experiência exclusiva com o EV6 – a meio de maio eram já mais de 150 os potenciais clientes nacionais inscritos nessa Priority List. Os clientes podem manifestar o seu interesse no EV6 em https://kia.pt/ev6/, garantindo assim que serão os primeiros a ter oportunidade de efetuar a pré-reserva e o acesso a uma experiência exclusiva com o EV6. Com preços em Portugal desde 43.950€, este novo modelo 100% elétrico está disponível nas versões EV6 Concept, EV6 GT Line e EV6 GT, com as primeiras entregas nacionais previstas para o próximo mês de outubro. O Kia EV6 anuncia capacidades de bateria de 58 kWh e 77,4 kWh, autonomias até 510 km e potências até 585 cv.
A EDP e o Grupo Ibersol aliaram-se para promover a mobilidade elétrica em Portugal, com a instalação de 90 pontos de carregamento em 45 restaurantes da empresa, um dos mais importantes grupos de restauração do país e que representa marcas como Burger King, Pizza Hut, KFC e Taco Bell em todo o país. Os carregadores EDP a instalar nessas localizações, de última geração e com potência até 90 kW, permitem carregar três veículos em corrente contínua e alternada. Os pontos estarão ligados à rede pública MOBI.E, podendo ser utilizados por qualquer utilizador de mobilidade elétrica e permitem carregar o equivalente a 100 quilómetros em apenas cerca de 20 a 30 minutos.
Nissan LEAF eleito Melhor Elétrico nos “Global Mobi Awards” O Nissan LEAF continua a registar as preferências dos consumidores portugueses: além de ser o automóvel elétrico mais vendido nos primeiros meses de 2021, o LEAF acaba de receber uma nova distinção ao vencer o prémio Escolha do Público para Melhor Elétrico nos “Global Mobi Awards”. Esta mesma iniciativa elegeu ainda o sistema “e-Pedal” estreado no Nissan LEAF (inovação que permite acelerar, desacelerar e parar simplesmente aumentando ou diminuindo a pressão aplicada ao acelerador) como Melhor Tecnologia Auto.
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lançamento
SKODA ENYAQ iV
Nova forma de requinte
O primeiro Skoda elétrico já pode ser conduzido nas estradas nacionais. O Enyaq iV é um modelo familiar, tecnicamente semelhante a outros modelos do Grupo VW, mas com uma identidade própria, como é típico da marca, oferecendo ainda um bom equilíbrio entre preço e equipamento.
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ma das críticas mais comuns aos automóveis elétricos, da parte dos seus detratores, é que, tal como os eletrodomésticos, são todos iguais. Mas identidade própria é algo que o Grupo Volkswagen costuma sempre oferecer a todos os seus automóveis, mesmo que tenham a mesma plataforma técnica. E embora tenha a mesma base que o Volkswagen ID.3 e ID.4, o novo Skoda Enyaq iV, primeiro carro elétrico da marca checa, é um automóvel que se apresenta como uma alternativa onde as tecnologias modernas estão subtilmente integradas numa forma mais clássica e elegante. O Enyaq iV está disponível em Portugal em três versões distintas, tendo o importador optado por equacionar as capa-
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cidades da bateria com níveis de acabamento, desde o mais acessível 50 ao mais luxuoso 80, com preços a começar pouco acima dos 35 mil euros, enquanto a variante mais equipada fica abaixo dos 50 mil euros com itens mais exclusivos como um “cockpit” digital, volante multifunções com patilhas, câmara de estacionamento e memorização do perfil do condutor. No entanto, todas as variantes podem ser personalizadas com diversos pacotes de equipamento adicionais, com preços variáveis. O nome das versões corresponde às capacidades da bateria, 55, 62 e 82 kWh, com motores de 109, 132 e 150 kW (entre 148 e 204 cv). A Skoda anuncia autonomias que vão desde os
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VERSÕES E PREÇOS 50 iV 60 iV 80 iV
355 quilómetros da versão de entrada aos 537 km do topo de gama, valores atingidos com o uso inteligente dos seis modos de condução, incluindo dois especificamente ecológicos. Mais tarde chegarão ao mercado variantes de tração às quatro rodas, com a bateria de maiores dimensões e potências até aos 225 kW (306 cv), incluindo uma variante desportiva com o logótipo RS. Todas as baterias podem ser carregadas num carregador público de corrente contínua até 125 kW, ou pode optar por um carregador Moon, marca de soluções de mobilidade, que disponibiliza “wallboxes” para carregamento caseiro até 22 kW. Os Skoda costumam ser os carros mais espaçosos dentro do Grupo Volkswagen, e o Enyaq iV não é exceção. Pensado para as famílias mais requintadas, com sete ambientes de design à escolha e uso elevado de materiais reciclados, o automóvel elétrico checo destaca-se pelo conforto dos bancos traseiros, com amplo espaço para as pernas dos ocupantes, bem como pela elevada quantidade de espaços para arrumação de obje-
35.813€ 39.840€ 46.440€
tos, espalhados pelo habitáculo. O tejadilho panorâmico contribui para a sensação de espaço. A bagageira também tem um volume considerável, de 585 litros com os bancos em posição normal, que pode ser ampliada para 1710 litros com os bancos rebatidos. O condutor tem à sua disposição um ecrã central de 13 polegadas e um “head up display” com a informação principal relativa à condução. O Skoda Enyaq está equipado com vários equipamentos de segurança e assistência à condução, incluindo assistência de estacionamento com controlo remoto, prevenção de colisão com sensores para tráfego oposto, “cruise control” adaptativo com capacidades preditivas, assistência de ultrapassagem e faróis máximos com LED matrix, que se desligam quando tráfego é detetado à frente em sentido contrário. n
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atualidade
Carregamento de veículos elétricos: Lidl mantém preços O Lidl Portugal anuncia que não vai cobrar aos utilizadores de veículos elétricos que recorram a um dos mais de 50 postos de carregamento com que conta de norte a sul do país a taxa de 16,57 cêntimos aplicada desde 1 de maio pela Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica aos operadores de pontos de carregamento (OPC), suportando esse valor. Mantendo assim o preço final de operação em 0,08€ por minuto, sem qualquer taxa de ativação adicional – um custo inferior face ao preço de mercado, promove o Lidl.
Peugeot: novo e-EXPERT a hidrogénio Depois de no ano passado ter apresentado o modelo e-EXPERT a bateria, a Peugeot anuncia agora o arranque da produção em série da versão e-EXPERT Hydrogen deste seu furgão compacto, que se torna também no primeiro veículo de produção da marca francesa a disponibilizar uma versão elétrica com célula de combustível a hidrogénio. O Peugeot e-EXPERT Hydrogen permite uma autonomia WLTP superior a 400 km ao associar uma célula de combustível que produz a eletricidade necessária para a propulsão do veículo graças ao hidrogénio armazenado nos reservatórios do veículo e uma bateria de iões de lítio com capacidade de 10,5 kWh recarregável a partir da rede elétrica e que também alimenta o motor em certas fases da condução.
Uber promove transição para veículos elétricos Em parceria com a Nissan e com a Leaseplan, a Uber anunciou mais uma iniciativa integrada no seu programa de sustentabilidade, a qual irá permitir aos motoristas seus parceiros em Portugal acederem a veículos elétricos a preços mais acessíveis, através das soluções leasing da Nissan e de renting da LeasePlan. A Uber anunciou também um novo pacote de incentivos até 850 euros para a substituição de veículos de combustão já usados na plataforma por veículos elétricos. E os parceiros Uber que aderirem à oferta LeasePlan terão também acesso a 1.700 minutos de carregamento gratuito na rede Power Dot.
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Alfa Romeo eletrificada a partir de 2022 O primeiro modelo Alfa Romeo com eletrificação, Tonale, começará a ser produzido em março do próximo ano, tendo também data de apresentação mundial já conhecida: no início de junho 2022 será revelada a versão final deste SUV compacto que, sabe-se igualmente, estará disponível logo desde o lançamento também com uma motorização híbrida plug-in. A confirmação foi feita pelo próprio CEO da marca italiana, Jean-Philippe Imparato (ex-Peugeot), responsável que anunciou ainda que a seguir ao Tonale todos os novos modelos lançados pela Alfa Romeo serão eletrificados, numa gama renovada que incluirá também novidades 100% elétricas.
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mercado AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS
VENDAS EM PORTUGAL JANEIRO-MAIO 2021
o ã ç u l o s r o h l e m “Esta é a o ic t s é m o d o t n e m a g para o carre l a g u t r o P m e l e v í n d ispo
SHARE POR TIPO DE MOTORIZAÇÃO
GASOLINA 46,0%
DIESEL 24,8%
HÍBRIDOS NÃO RECARREGÁVEIS
OUTRAS 1,3%
12,5%
ELÉTRICOS RECARREGÁVEIS 15,5%
5,4%
10,1%
BEV
PHEV
TOTAL UNIDADES VENDIDAS JANEIRO-MAIO: 62.383 Legenda: BEV – Elétrico a bateria PHEV – Híbrido ‘plug-in’ Fonte: ACAP
ELÉTRICOS RECARREGÁVEIS
AS MARCAS MAIS VENDIDAS EM PORTUGAL - JANEIRO-MAIO 2021
BEV – 100% ELÉTRICOS
Funciona em todas as tomadas nacionais
20%
10%
Nissan
12,6%
Peugeot
12,5%
Tesla
10,4%
Volkswagen
8,6%
Renault
8,5%
PHEV – HÍBRIDOS PLUG-IN 30%
Mercedes-Benz
31,6%
20%
19,8%
Volvo
14,6%
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Peugeot 6.0%
VW 3,5%
Dados: ACAP
BMW
10%
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atualidade VEÍCULOS ELÉTRICOS
“TOP 5” DAS VENDAS NA EUROPA
Os modelos BEV (elétricos a bateria) mais vendidos na União Europeia em abril 2021...
1 Volkswagen ID.4
Os preços do BMW i4 A BMW revelou agora mais detalhes sobre o i4, primeiro Gran Coupé puramente elétrico da marca. Desenvolvido com um enfoque específico na dinâmica de condução e combinando motorização 100% elétrica com um design elegante, caraterísticas desportivas e inovações de última geração, o BMW i4 é esperado em Portugal a partir de fevereiro do próximo ano. Será proposto nas versões eDrive40 de motor elétrico único, que debita 250 kW (ou 340 cv) e tem autonomia máxima de 590 km; e M50 com duplo motor elétrico (um por eixo), fornecendo uma potência de 400 kW (544 cv) e com bateria capaz de oferecer alcance até 510 km no ciclo WLTP. E o BMW i4 também já tem preços definidos para o mercado nacional: 60.500€ (i4 eDrive40) e 71.900€ (i4 M50).
2 Volkswagen ID.3
1ª Volta Elétrica a Portugal
3 Renault ZOE
4 Peugeot e-208
5 Hyundai Kauai EV
fonte: EV Sales.
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A Mercedes-EQ e o Clube Escape Livre, com a chancela da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), realizaram a 1.ª Volta a Portugal em automóvel 100% elétrico, que percorreu os quatro cantos do país: Sagres, Vila Real de Santo António, Miranda do Douro e Caminha. A bordo de três novíssimos EQA da Mercedes-EQ, esta foi a Volta a Portugal em automóvel mais ecológica e económica de sempre. No total das 56h20 que durou a 1.ª Volta Elétrica a Portugal, a caravana esteve ligada aos carregadores 17h33, mas apenas 1h43 foram gastas em paragens com o único propósito de carregar, já que as restantes decorreram durante as refeições e dormidas ao longo da iniciativa de três dias que partiu de Lisboa e que serviu para ajudar a derrubar alguns mitos da mobilidade 100% elétrica – como a autonomia e o tempo de carregamento – além de provar que a poupança é real: cada EQA gastou 122,95€ para cumprir os 2066 km do percurso; ou seja, uma poupança de 110,31€ face a um GLA diesel (que teria gasto, nas mesmas condições, cerca de 233,25€) ou de 143,07€ em relação a um modelo a gasolina.
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atualidade
Breves Depois do recentemente apresentado IONIQ 5, a nova marca 100% elétrica da Hyundai confirmou já para 2022 e 2024 o lançamento de mais dois modelos: o sedan IONIQ 6 e o SUV IONIQ 7. A Volvo anuncia que a sua gama Recharge (designação que agrupa os modelos eletrificados da marca sueca) representa já mais de 50% do total das vendas em Portugal. A marca de luxo Rolls-Royce já tem nome para o seu primeiro automóvel elétrico: irá chamar-se Silent Shadow e está já em fase de desenvolvimento. Apresentado como protótipo na edição passada desta revista, o roadster elétrico MG Cyberster vai mesmo passar à produção, confirmou recentemente a MG Motor Europe. Já se sabia que a próxima geração do Porsche Macan estará disponível como modelo 100% elétrico, e agora está confirmada a sua chegada ao mercado em 2023. A BMW quer lançar no final do próximo ano uma variante fuel-cell a hidrogénio do X5, a produzir em pequena escala. Até 2025 a Toyota pretende oferecer mais de 55 modelos eletrificados na sua gama europeia, incluindo pelo menos 10 automóveis zero emissões. Em menos de duas semanas, a Audi esgotou todas as unidades do novo modelo elétrico Q4 e-tron disponíveis para pré-reserva online em Portugal. Além dos três novos modelos elétricos EQS, EQB e EQE, a Mercedes vai continuar a expandir a sua gama de produtos xEV através do lançamento até ao final deste ano de um total de 30 versões híbridas plug-in.
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Ford otimiza tecnologia das baterias para VE A Ford anunciou a criação no estado norte-americano do Michigan do “Ford Ion Park”, novo centro global destinado a acelerar a pesquisa e o desenvolvimento das tecnologias inerentes a baterias e a células de bateria para veículos elétricos, incluindo a sua futura produção. Nesse centro de excelência, uma equipa multidisciplinar irá trabalhar numa nova geração de baterias tanto de iões de lítio como de estado sólido que deverão oferecer elevada capacidade de modo a permitir autonomias superiores, bem como custos mais reduzidos para os clientes: “investir na pesquisa e desenvolvimento de baterias vai permitir-nos acelerar o processo de disponibilização de mais e ainda melhores veículos elétricos, além de mais acessíveis aos nossos clientes ao longo do tempo”, justificou a Ford. Do caderno de encargos faz ainda parte a otimização de todos os aspetos da cadeia de valor das baterias para VE, desde a mineração até à reciclagem.
Miio e Ionity lançam carregamento através de QRCode Aplicação portuguesa que aposta forte em inovar na área da mobilidade elétrica, a Miio anuncia agora ao mercado uma nova experiência de carregamento de veículos elétricos, ainda mais simples e sem contrato, numa parceria com a Ionity, operador de postos de carregamento responsável pela inauguração dos primeiros Postos de Carregamento Ultrarrápidos (350 kW) em Portugal. Através desta nova forma de carregamento, qualquer utilizador de um veículo elétrico, mesmo que se trate de um turista estrangeiro, pode fazer um carregamento sem necessitar de contrato e de forma ainda mais simples: basta dirigir-se a um posto, fazer a leitura do QRCode, inserir um cartão de crédito e dar início à sessão de carregamento.
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lançamento
NISSAN QASHQAI Olhando para o futuro
A nova geração do Nissan Qashqai já está disponível em Portugal, com uma gama completamente eletrificada. Os novos motores semi-híbridos permitem ao público nacional adquirir o novo SUV por um preço inferior a 30 mil euros, com uma gama ampla, cujo recheio de equipamento será feito quase à vontade do cliente.
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Nissan Qashqai vai ser uma espécie de revolução continuada dentro do setor automóvel. Um dos maiores sucessos do mercado português dos últimos anos, ganha agora uma nova geração que vai estar disponível apenas como automóvel eletrificado. E enquanto não chega o inovador sistema híbrido e-Power, previsto para 2022, deixa de lado o diesel para ser oferecido no lançamento apenas com o motor 1.3 DIG-T, com dois níveis de potência, ambos eletrificados com um alternador e uma bateria adicional de 12 volts, reaproveitando a força de travagem para ser usada como fonte auxiliar de força em acelerações. No lançamento, o Qashqai está disponível com o nível de equipamento Premiere Edition. Esta versão especial inclui um painel de instrumentos digital de 12 polegadas, um ecrã central de 9 polegadas para o infoentretenimento e um “head up display”, projetado no para-brisas dianteiro. Há conectividade para quatro smartphones via USB, mas também é possível car-
regar o telemóvel sem fios. O sistema de navegação ProPilot será oferecido mais tarde, complementando a conectividade para o condutor. O Qashqai Premiere Edition é oferecido por um preço a começar nos 36.100 euros, combinado com a variante de 140 cv do motor 1.3 turbo com injeção direta de gasolina. Esta variante tem um consumo médio de 6,4 litros por cada 100 km, com emissões de dióxido de carbono de 145 g/km. Em alternativa, por 38.900 euros, na variante de 158 cv a caixa manual de seis velocidades dá lugar a uma transmissão de variação contínua, com oito velocidades pré-programadas. Mesmo com a potência extra, os consumos e emissões são os mesmos. Em breve, o Qashqai vai passar a estar disponível com uma gama mais extensa, que inclui cinco níveis de equipamento: Visia (só com 140 cv), Acenta, N-Connecta, Tekna e Tekna+ (só com 160 cv). O primeiro é usado como versão de entrada e tem preço acessível: 29 mil euros. Por mais 3000 euros pode optar pelo nível Acenta, mais equilibrado, enquanto o N-
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Connecta acrescenta outros 2500 euros e as mesmas opções de conectividade do Premiere Edition. Com 160 cv, todos os níveis de equipamento são oferecidos com caixa automática, mas as versões desportivas Tekna e Tekna+ também combinam este motor mais potente com caixa manual. O acesso ao motor de 160 cv começa nos 34.800 euros com o nível Acenta. As duas variantes Tekna têm navegação semi-autónoma ProPilot, jantes especiais e revestimentos em pele com origem sustentável. n
VERSÕES E PREÇOS DiG-T 140 Premiere Edition DiG-T 160 Premiere Edition CVT DiG-T 140 Visia DiG-T 140 Acenta DiG-T 140 N-Connecta DiG-T 140 Tekna DiG-T 160 Acenta CVT DiG-T 160 N-Connecta CVT DiG-T 160 Tekna DiG-T 160 Tekna CVT DiG-T 160 Tekna+ DiG-T 160 Tekna+ CVT
36.100€ 38.900€ 29.000€ 32.000€ 34.500€ 38.550€ 34.800€ 37.300€ 38.550€ 41.350€ 41.700€ 43.500€
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eletrificação
COM A AMBIÇÃO DE SER A MARCA AUTOMÓVEL MAIS “VERDE”
renault nOVA VAgA nA ELETRIfICAÇÃO
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arca pioneira na mobilidade elétrica e líder na venda de automóveis eletrificados no mercado europeu (com mais de 10 anos de experiência e 400.000 unidades vendidas até hoje), a Renault aposta em reforçar esse estatuto através de um novo plano estratégico a que chamou “Renaulution”: o qual, como a designação escolhida indica, associa as palavras Renault e revolução (“revolution”), por representar de facto o início de uma nova era para a marca gaulesa. Ou melhor, uma “Nouvelle Vague” (Nova Vaga), ofensiva centrada no produto que integra essa estraté-
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gia agora adotada e pela qual a Renault quer afirmar-se como uma marca de tecnologia, serviços e energia limpa, oferecendo automóveis cada vez mais conectados e soluções de mobilidade mais sustentáveis. À ambição de continuar a liderar na transição energética hoje em curso, o gigante automóvel francês junta assim o desejo de estar na vanguarda das mais recentes tecnologias e serviços, bem como a responsabilidade de o conseguir alcançar da forma mais “limpa”, isto é descarbonizada e segura.
Objetivo: 9 automóveis eletrificados em cada 10 vendidos Reconhecida como fabricante automóvel capaz de propor sempre, ao longo da sua história centenária, veículos inovadores, a Renault atualiza-se ao responder às expetativas modernas de
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>> 3 prioridades: mobilidade elétrica, tecnológica e sustentável >> 9 em cada 10 automóveis vendidos em 2030 serão eletrificados >> chegam ao mercado mais 3 modelos híbridos E-TECH >> lançamento de 7 novos modelos eletrificados até 2025, entre eles o Mégane elétrico
uma mobilidade cada vez mais elétrica, tecnológica e sustentável. E um dos grandes símbolos dessa nova visão é o objetivo agora dado a conhecer de se tornar em 2030 na marca automóvel mais “verde” da Europa, com 9 em cada 10 automóveis vendidos a serem já eletrificados. Por outro lado, a mobilidade sustentável como prioridade fica ainda mais patente com a promessa de que até esse mesmo ano (2030) a Renault passará a ser, a nível mundial, o construtor automóvel com maior percentagem de materiais recicláveis na produção de novos veículos; ou ainda com o recente anúncio de que a marca participa já ativamente em projetos de pesquisa e desenvolvimento de soluções inteligentes de mobilidade urbana conjugando inovação e sustentabilidade.
Até 2025 a Hyundai vai lançar mais elétrico será apresentado O Mégane de 12 modelos elétricos a bateria (BEV). ainda este ano. blueauto
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eletrificação
Continua a ofensiva E-TECH Quando se fala da Renault, eletrificação mais tecnologia são sinónimos de E-TECH, designação da inovadora tecnologia de motorizações eletrificadas inspirada na experiência na Fórmula 1 e com a qual a marca acrescenta modernas versões híbridas e híbridas plug-in à sua gama de modelos comercialmente mais importantes, oferecendo com elas a melhor eficiência energética e o maior prazer de condução, reduzindo ao mesmo tempo as emissões e o consumo de combustível. Já conhecida no Clio (E-TECH híbrido), Captur (E-TECH híbrido plug-in) e Mégane Sport Tourer (E-TECH híbrido plug-in), esta oferta estende-se agora ao novo Arkana, ao Captur na variante E-TECH híbrida e à berlina Mégane que passa a estar disponível também com motorização E-TECH plug-in, fazendo assim a marca Renault dispor atualmente de uma gama de 6 automóveis E-TECH híbridos e híbridos plug-in. E a ofensiva E-TECH não ficará por aqui: a Renault já confirmou que esta sua tecnologia híbrida chegará a gerações futuras da sua gama de modelos, como será o caso dos segmentos mais altos – em especial o dos SUV do segmento C – que vão assistir à chegada de um novo motor 1.2 de três cilindros combinado com um motor elétrico, para uma potência combinada de 200 cv no formato híbrido (HEV), já em 2022; enquanto que para 2024 está prevista uma variante híbrida plug-in, com tração integral e potência combinada de 280 cv. Um outro modelo que também vai estar disponível numa variante E-TECH, mas neste caso totalmente elétrica, é o versátil Kangoo: será a partir de 2022.
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RENAULT ARKANA NOVO MODELO E-TECH O SUV-coupé Arkana passa a reforçar a gama eletrificada da Renault: este novo modelo E-TECH está a chegar aos concessionários da marca e já pode ser encomendado, com preços anunciados a partir de 31.600€. Apontado ao mercado dos SUV do segmento C, o Renault Arkana destaca-se pelo seu design exterior, que alia um elegante perfil vincadamente desportivo e uma altura ao solo caraterística dos “sport-utility-vehicles”. A esse conceito de SUV-coupé de estilo inovador que tem, segundo a Renault, gerado grande expetativa e entusiasmo, nomeadamente nas redes sociais, juntam-se como argumentos um interior de grande qualidade, que oferece espaço e conforto para os ocupantes; e um alargado conjunto de tecnologias e sistemas de segurança. Mas o Arkana chega agora ao mercado com outro grande argumento: as motorizações TCe 140 EDC e E-TECH 145. Eficiência oblige, são ambas eletrificadas... Na primeira, TCe 140 EDC, o motor Renault de
4 cilindros 1.3 TCe é equipado com um sistema micro-híbrido para assistir o motor de combustão durante a fase de arranque e aceleração, de modo a reduzir os consumos e as emissões. A segunda motorização, E-TECH 145, faz do Arkana o mais recente Renault a integrar a gama de modelos equipados com esta inovadora tecnologia híbrida, a qual permite reduzir em 40% – comparando com uma motorização convencional – as emissões CO2 e os consumos de combustível (4,9 l/100 km em ciclo combinado), graças à possibilidade de condução até 80% em modo elétrico na cidade, ao evoluído sistema de recuperação da energia em travagem e à alta capacidade do sistema automático de carregamento da bateria; prometendo um elevado prazer de condução em todas as situações, com acelerações sempre prontas e enérgicas, esta motorização híbrida E-TECH de 143 cv de potência total associa motor 1.598 cc a gasolina de nova geração a dois motores elétricos, sendo um deles do tipo HSG (“High-Voltage Starter Generator”).
A Renault já confirmou que a tecnologia híbrida E-TECH vai chegar a mais modelos da sua gama.
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eletrificação 7 novos modelos eletrificados até 2025 (entre eles o Mégane elétrico!) Na realidade, o novo Arkana representa mais que simplesmente um novo modelo eletrificado: com esta “nova vaga” de lançamentos na gama Renault centrada no produto e numa estratégia de negócio orientada para o valor, para a marca trata-se mesmo de reposicionar a sua oferta de automóveis mais virada para os segmentos superiores. A confirmá-lo, o anúncio de que um total de 7 novos modelos serão lançados nos segmentos C e D até 2025, todos eles eletrificados, marcando o Arkana o início desta ofensiva. Numa “nova vaga” de lançamentos de que fará também parte uma novidade aguardada com grande expetativa: o futuro Mégane E-TECH Electric, a lançar muito brevemente e cuja chegada promete agitar o mercado, dada a importância de que este novo modelo se reveste para a próxima geração Renault de automóveis conectados e 100% elétricos. Uma importância antecipada pelo próprio CEO do construtor automóvel francês, Luca de Meo, que ao confirmar recentemente, em resposta à imprensa, a apresentação da versão de produção do Mégane elétrico ainda no primeiro semestre deste ano, não deixou de acrescentar isto: “É um grande carro. Será um dos modelos elétricos mais competitivos no mercado”. Recorde-se que o novo Mégane vai ser o primeiro modelo comercializado pela Renault concebido sobre a CMF-EV (a plataforma de referência para os futuros automóveis elétricos da Renault e da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi), na qual o sistema de baterias passa a fazer parte da estrutura de segurança do chassis, ocupando menos espaço. Prometendo dar origem a uma nova geração de inovadores veículos elétricos, o Mégane 100% elétrico disponibilizará autonomia alargada, carregamento de alta velocidade e ainda um conjunto de novas tecnologias, posicionando no futuro um dos modelos mais icónicos da Renault.
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Futuro Renault 5 elétrico: a encarnação da “Nouvelle Vague” “O novo R5 encarna a ‘Nouvelle Vague’: está fortemente ligado à nossa história e simboliza o nosso futuro”, tinha já comentado Luca de Meo, CEO do Grupo Renault, aquando da revelação do protótipo que antecipa o futuro modelo citadino, compacto e 100% elétrico com que a marca fará renascer um dos seus modelos mais simbólicos. Agora, o responsável máximo da Renault voltou a fazer referência ao futuro Renault 5 elétrico (é esperado não antes de 2023), dando-o como exemplo do desafio que a indústria tem pela frente de tornar os veículos elétricos tão rentáveis quanto os carros a combustão também em percentagem (já o são em termos absolutos, diz a Renault): “Acreditamos que isso irá acontecer por volta de 2025-2026. Mas vai depender da próxima geração de baterias que estamos agora a desenvolver”, antecipou Luca de Meo, acrescentando que o grande teste será mesmo o lançamento do novo Renault 5. Com o CEO da Renault a afirmar ainda que as perspetivas são muito boas: “É, claro, um grande desafio, mas queremos estar entre os primeiros – se não mesmo o primeiro – a ultrapassar realmente essa linha em termos de rentabilidade entre o motor a combustão e os carros elétricos na Europa, porque esse será o sinal de que o nosso futuro será brilhante”...
“O novo R5 encarna a Nouvelle Vague” Luca de Meo CEO - Renault
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mobilidade urbana
A PARTIR DE 7.350€
Citroën AMi
Mobilidade urbana para todos A Citroën anuncia a chegada ao mercado nacional do AMI, novo modelo 100% elétrico anunciado como uma solução revolucionária para tornar a mobilidade urbana acessível e fácil: trata-se de um veículo zero emissões compacto, ideal para os centros urbanos e lugares de estacionamento mais apertados. Representando a visão da marca francesa para o futuro da mobilidade urbana, com o AMI a Citroën inova também no modelo de comercialização: poderá ser comprado online (em https://store.citroen.pt/ami), nos concessionários aderentes e rede FNAC. E o AMI já tem preços confirmados para Portugal: custa desde 7.350€...
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motor de 6 kW capaz de levar o AMI aos 45 km/h de velocidade máxima junta uma bateria de 5,5 kWh, que não só oferece autonomia de cerca de 75 km (suficiente para a maioria das necessidades diárias em cidade) como pode ser totalmente carregada em apenas 3 horas a partir de uma tomada doméstica padrão... praticamente o mesmo tempo que leva a carregar um smartphone. E a condução em modo zero emissões faz com que possa aceder às zonas restritas cada vez mais presentes nos centros das cidades. Além de elétrico, o AMI anuncia-se como uma solução para tornar a mobilidade urbana acessível e fácil para todos graças ao seu tamanho e agilidade: as dimensões compactas – 2,41m de comprimento, 1,36m de largura (excluindo espelhos) e 1,52m de altura – combinam com rodas de 14’’ e com um peso de apenas 490 kg (já contando com a bateria) para permitir um ângulo de viragem ágil (diâmetro de brecagem: 7 metros), o que o torna ideal para as ruas mais estreitas das cidades, centros urbanos e lugares de estacionamento mais apertados. Mas no interior o pouco espaço é otimizado de modo a oferecer até 64 litros de armazenamento à frente das pernas do passageiro. Ainda dentro do habitáculo, destaque para o nível de conectividade oferecido pelo AMI, que reforça o caráter moderno deste pequeno veículo 100% elétrico.
Pode ser conduzido a partir dos 16 anos Um caráter moderno que se reflete ainda no facto do AMI ser apontado, na definição do seu fabrican-
te, a uma nova geração de compradores de veículos elétricos: a confirmá-lo, não apenas o modelo de comercialização online com entrega diretamente em casa do cliente como também a possibilidade, já confirmada, de ser facilmente conduzido por qualquer pessoa a partir dos 16 anos de idade detentora de carta de condução categoria B1 (quadriciclos). E o Citroën AMI aposta ainda em facilitar a liberdade de movimentos do maior número possível de utilizadores através de um preço de aquisição baixo, além de ser previsível que venha a ser proposto em sistema de aluguer e como parte de serviços do tipo “carsharing”.
Preços desde 7.350€ Os preços do AMI para o mercado português começam nos 7.350€. Além da versão básica, este modelo elétrico está disponível também como MY AMI ORANGE, MY AMI KHAKI, MY AMI GREY e MY AMI BLUE, todas elas propostas por 7.750€ e oferecendo detalhes de design (como os embelezadores de rodas e as caixas de arrumação para o painel de bordo) nas cores que dão nome a cada um desses pacotes estilísticos. Ainda mais personalizado é o MY AMI POP, que custa 8.250€ e que acrescenta detalhes como um aileron e reforços pretos dos para-choques; enquanto o topo-de-gama MY AMI VIBE está anunciado a 8.710€, juntando ainda barras de tejadilho e alargadores dos guarda-lamas. Estes preços são válidos a partir de 1 de junho, data oficial do início de comercialização do Citroën AMI em território nacional. n
Também em versão comercial
Uma solução elétrica inteligente pensada para os profissionais de distribuição, que combina todas as vantagens do AMI com um volume de carga superior a 400 litros e capacidade útil de 140 kg, graças a um espaço modular e otimizado no lugar do assento do passageiro. É assim que a Citroën descreve a versão comercial MY AMI CARGO, proposta por mais 400€ do que o AMI original e concebida para responder às novas necessidades dos profissionais, desde – por exemplo – a entrega de pequenas encomendas em curtas distâncias até às viagens internas num complexo empresarial, passando ainda por utilizações como empresas de serviços locais, profissionais por conta própria, associações locais, serviços de manutenção, etc...
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ao volante
VOLKSWAGEN
ID.4
Um mundo próprio O que é melhor que um novo carro elétrico?... Outro novo carro elétrico, só que maior. A Volkswagen lançou o seu segundo modelo ID em Portugal, o ID.4, ainda mais espaçoso e confortável, pronto para enfrentar o mundo mas sempre rodeado de todo o conforto.
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Volkswagen nem deu tempo para nos habituarmos à ideia do ID.3 como o primeiro de uma nova família de automóveis elétricos e já temos um segundo carro à venda em Portugal. Afinal, nada melhor para normalizar o carro elétrico do que ter mais do que um à escolha. E se a semelhança ao ID.3 é inegável, dadas as suas origens, o ID.4 apresenta-se como uma alternativa distinta para um público diferente. E se o ID.3 é uma revolução para a marca do mesmo modo que foi o Carocha, o ID.4 lembra-nos outro modelo que deixou saudades, o Brasília, maior e mais espaçoso que o seu “irmão”. O Volkswagen ID.4 tem a mesma plataforma técnica e mesma distância entre eixos do ID.3, mas é cerca de 30 cm mais comprido e 7 cm mais alto, o que o transforma num veículo verdadeiramente adaptado para a vida em família. Nesta versão de
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lançamento, denominada ID.4 1st, o novo elétrico da VW oferece apenas a bateria de maiores dimensões, com 77 kWh de capacidade, o que lhe permite na prática percorrer mais de 500 quilómetros antes de precisar de parar para recarregar. Na série de lançamento, estão disponíveis duas versões, 1st e 1st Max, a primeira acessível por menos de 47 mil euros, enquanto a segunda pouco passa dos 55 mil euros. O ID.4 tira todo o partido da plataforma MEB para carros elétricos para benefício dos ocupantes. O condutor tem à disposição o mesmo tipo de comandos do sistema de infoentretenimento, desenhado para ser o menos intrusivo possível no conforto, ao mesmo tempo que é fácil de utilizar. Tal como no ID.3, apenas a localização do seletor da transmissão requer alguma habituação para quem não conhecia ainda o carro, mas ao fim de al-
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guns dias vai deixar de lançar o braço ao local onde devia estar a “manete” das mudanças. O painel de instrumentos concentra grande parte da informação relativa à condução, mas a variante 1st Max também inclui um “head up display” discreto, que até parece integrado no design em vez de projetado no vidro. Ao mesmo tempo, o sistema de infoentretenimento, com um ecrã de 12 polegadas, é fácil de utilizar, com um ecrã central de oito botões, concebido como um smartphone ou tablet, e como acesso rápido ao ecrã inicial. Com a eletrónica reduzida a componentes centralizados, sobra mais espaço para a arrumação de objetos, com destaque para uma consola central de dimensões consideráveis, maior e mais versátil do que é habitual neste segmento, e onde há até espaço para guardar com segurança o smartphone, quando está a ser carregado sem fios.
Nos bancos traseiros, dois ocupantes vão sempre viajar no máximo conforto, com destaque para o espaço para as pernas e para a cabeça, dos maiores do segmento. O assento do meio é menos confortável, mas tem a vantagem de permitir acesso direto à bagageira, tornando a vida a bordo muito mais apetecível, especialmente numa longa viagem. A bagageira em si também é, no mínimo, respeitável, com uma capacidade de 543 litros e um nível inferior separado, para guardar pequenos objetos. Na versão 1st Max também tem abertura fácil, sem toque, bastando acenar o pé por baixo do para-choques.
O carro ajuda o condutor Em breve, o ID.4 vai ter versões mais acessíveis com uma bateria mais pequena, mas para já as versões especiais de lan-
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ao volante
Com a bateria de 77 kWh, não será nada difícil obter uma autonomia superior a 500 km. çamento usam apenas a bateria de maiores dimensões, com 77 kWh, o que lhe permite levar a família de férias para longe sem parar para recarregar, na maioria das circunstâncias. Não será nada difícil obter uma autonomia superior a 500 km, até porque, visualizando os gastos de consumo no ecrã central, o condutor pode ajustar o seu estilo de condução e de travagem para poupar “combustível”. Se esta for a sua principal preocupação, recomendamos circular na maior parte do tempo no modo Eco com o seletor da transmissão no modo B, para obter uma melhor recuperação de energia com a travagem. Mesmo com os 150 kW de potência (equivalente a 204 cv), o ID.4 raramente pede que o condutor use muita força no acelerador, e é possível manter os consumos médios na casa dos 15 kWh baixos. No entanto, mesmo com as duas toneladas de peso, a potência máxima está sempre disponível para manobras de emergência, caso necessite dela. O ID.4 é comercializado como um SUV mas, com o seu espaço, é mais parecido com uma carrinha grande. Este não é um carro muito aventureiro, a não ser para aventuras como levar a família em grandes passeios com todo o conforto, com a suspensão traseira multibraços a garantir que o carro absorve quase todas as irregularidades da estrada, mesmo em mau piso, e mantendo a carroçaria estável. O único senão é que, com a necessidade de reduzir o atrito nos carros elétricos, por vezes falta alguma aderência quando é necessário acelerar à saída das curvas ou em manobras mais complicadas, notando-se alguma tendência para subvirar, o que não devia acontecer num carro com tração traseira. O seu peso elevado (2,1 toneladas) não ajuda, pois o ID.3, mais leve, não revelou ter este problema. Em todo o caso, vai ser raro ter que controlar o carro numa situação complicada. O ID.4 1st Max já inclui de série todos os sistemas de assistência à condução disponíveis no modelo alemão, o que inclui vários sensores para detetar tráfego em todas as
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FICHA TÉCNICA Motor Bateria Potência Binário Tracção Suspensão Comprimento Largura Altura Bagageira Peso Autonomia Consumo Acel. 0-100 km/h Emissões CO2 Carregamento
elétrico tipo síncrono iões de lítio, 77 kWh 204 cv 310 Nm traseira, caixa de relação única McPherson à frente, multibraços atrás 4584 mm 1852 mm 1612 mm 543-1575 litros 2124 kg 501 km (WLTP) 15,2 kWh/100 km (testado) 8,5 segundos – 7h30 (11 kW)
Preço 55.939€ (versão ensaiada: ID.4 1st Max) (gama ID.4 desde 39.356€)
direções, uma ajuda importante não só em ultrapassagens mas também em cruzamentos com falta de visibilidade, ou a fazer marcha-atrás quando regressa ao trânsito saindo de um lugar de estacionamento. O sistema de “cruise control” adaptativo é capaz de reconhecer sinais de trânsito e a presença de veículos em redor para ajustar automaticamente a velocidade, além de manter o veículo centrado na faixa. Desde que mantenha um ritmo adequado para poupar energia, o próprio automóvel trabalha consigo para manter seguros todos os ocupantes... n Paulo Manuel Costa (texto)
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REVISTA DE IMPRENSA “Não há uma concorrência entre o carregamento doméstico e o carregamento público: são duas faces da mesma moeda. (...) A mobilidade elétrica, em relação aos carros a combustão, tem essa grande vantagem: permite carregar os carros quando não estamos a utilizá-los” Luís Barroso Presidente – Mobi.e
“O hidrogénio está a tornar-se um pilar de grande importância na transição energética” Peugeot
“O mundo elétrico não tem de ser aborrecido” Jorge Diez Diretor de Design – Cupra
“A partir do lançamento do Tonale, em 2022, todos os novos modelos Alfa Romeo serão eletrificados” Jean-Philippe Imparato CEO – Alfa Romeo
“Nos últimos três meses, assistimos ao agravamento de impostos para veículos híbridos no Orçamento do Estado para 2021, à retirada de incentivos à compra de veículos elétricos por empresas, ou à revogação do benefício fiscal para a compra de algumas categorias de veículos de mercadorias! Medidas que vão na direção contrária às preconizadas, pela União Europeia, no sentido do incremento da eletrificação e da mobilidade de baixas emissões” ACAP – Associação Automóvel de Portugal (em Carta Aberta enviada ao Primeiro-Ministro)
“Acreditamos que em 2030 os veículos híbridos representem 40% do mercado total” Luca de Meo CEO – Renault
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“O legislador, os construtores de carros, as empresas e os operadores de postos ainda têm muito trabalho pela frente para tornarem o carro elétrico uma opção apelativa para os consumidores”
“As funcionalidades e serviços de conectividade marcam a próxima grande evolução da nossa indústria, à semelhança do que tem acontecido com a tecnologia de eletrificação”
Alexandre Marvão Especialista em Mobilidade – DECO Proteste
Carlos Tavares CEO – Stellantis
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“Para nós, construtores, o custo de desenvolver automóveis compatíveis (com a nova norma de emissões) Euro 7 é superior ao do desenvolvimento de veículos elétricos, e como resultado disso o ponto de inflexão (para a transição para VE) na Europa chegará antes do previsto” Ashwani Gupta COO – Nissan
“Quando 16% dos novos automóveis que são vendidos em Portugal já são elétricos, a rede de abastecimento tem que crescer na sua dimensão, espalhar-se no território e temos que ter cada vez mais carregadores que conseguem carregar os veículos no menor período de tempo” “Entre 2025 e 2030, a nossa gama de produtos irá tornar-se, gradualmente, apenas elétrica”
João Pedro Matos Fernandes Ministro do Ambiente e da Ação Climática
“O hidrogénio é uma forma incrivelmente idiota de armazenar energia nos automóveis”
Olivier François CEO – Fiat
Elon Musk CEO – Tesla (no Twitter)
“O desenvolvimento de baterias de estado sólido é um dos passos mais promissores e importantes em direção a veículos elétricos mais eficientes, sustentáveis e seguros” Frank Weber Membro Conselho de Administração, divisão de Desenvolvimento – BMW AG
“A eletrificação combina perfeitamente com a Rolls-Royce – produz grande quantidade de binário, é supersilenciosa”
“Para substituir a perda de receitas fiscais sobre os combustíveis, os governos devem antecipar métodos alternativos de tributação e implementá-los à medida que novos tipos de motorização (sem ser a combustão) entram em circulação e uma maior diversidade de energias fica disponível”
Torsten Müller-Ötvös CEO – Rolls-Royce
(recomendação da) Agência Internacional de Energia
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ao volante
508 Peugeot SPort engineered
No topo da cadeia alimentar Chegou o novo 508 Peugeot Sport Engineered, o modelo mais potente de sempre da família da marca do leão. Um híbrido de altas performances, este predador de 360 cv tem todas as armas que um felino precisa para dominar o asfalto, camuflando essas capacidades superiores no elegante design da gama Peugeot 508.
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que coloca o leão no topo da cadeia alimentar? Os músculos e força, a camuflagem ou os seus sentidos? Na verdade, é a mistura de todos os seus atributos, como acontece agora com o novo leão do asfalto que chegou a Portugal, o 508 Peugeot Sport Engineered. Um híbrido de altas performances, o modelo de produção mais potente de sempre da marca francesa, que também combina vários trunfos para dominar todos os cenários na selva de asfalto. O 508 Peugeot Sport Engineered tem músculo, com 360 cv e 520 Nm, armas como a tração integral, a vetorização do binário e o sistema de travagem desportivo, e adapta-se a todos os cenários de “caça”. Como se exige a um predador de topo, estas capacidades estão bem camufladas num design sóbrio e elegante, mas onde alguns elementos revelam que este é um feroz animal da estrada.
As armas do leão O segredo do 508 Peugeot Sport Engineered reside na motorização híbrida de 360 cv e 520 Nm, com o bloco 1.6 Puretech
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de 147 kW (200 cv) e propulsores elétricos de 81 kW e de 83 kW nos dois eixos, capazes de o fazer chegar aos 100 km/h em apenas 5,2 segundos. Mas não basta ter força bruta, é preciso saber usá-la. E o novo 508 PSE incorpora as tecnologias necessárias para ocupar o lugar de topo na cadeia alimentar. Equipado com tração integral, conta com os Michelin Pilot Sport 4S que envolvem as jantes de 20’’ para uma excelente aderência, e quando precisa travar as pinças de quatro pistões na dianteira cumprem com eficácia essa função, apoiadas pelos discos ventilados de 380 x 32 mm. E como o leão não está sempre em modo de caça, o 508 PSE conta com o amortecimento variável da suspensão em três modos distintos: Comfort, Hybrid e Sport. Versatilidade é uma das principais características do novo 508 PSE, totalmente equipado para caçar emoções fortes em qualquer estrada mas também adaptado para caçar em silêncio no ambiente urbano. Para isso é essencial a bateria de 11,8 kWh, que garante 46 km de condução em modo elétrico ou, se
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o condutor optar pelos modos híbridos, um consumo médio homologado de 2,0 l/100 km. Há várias opções para dar energia elétrica ao novo modelo, que, com o on-board charger (opcional) de 7,4 kW carrega a bateria em 1h45. Caso opte pelo carregador mais frugal, de 3,7 kW, numa tomada doméstica precisa deixar o leão tranquilo durante 7h. Durante a condução também é possível fazer a gestão da capacidade das baterias, reservando entre 10 km e 30 km de autonomia 100% elétrica, ou regenerando energia nas travagens.
Um predador camuflado Quem olhe pelo retrovisor com pouca atenção pensará que está na presença de outro membro da gama 508 (fastback ou carrinha), mas apenas até ser rapidamente “devorado” na estrada. Embora mantendo o design da gama, traços estilísticos como os detalhes em amarelo fluorescente Kryptonite indicam que o 508 PSE está num nível superior. No exterior em cinzento
Selenium também sobressaem os apontamentos a negro, que dominam o símbolo do leão e a grelha na frente, bem como o difusor na traseira. Quem ainda continue distraído na presença deste predador do asfalto, seguramente será despertado para as diferenças pelo rugido feroz das ponteiras de escape do 508 PSE. O interior segue a mesma orientação estilística e combina as características da gama com toques mais desportivos, como os bancos mais desportivos (sem sacrificar o conforto) e os elementos decorativos em Kryptonite a sobressair nas costuras e outros locais estratégicos. Ao conduzir o 508 Peugeot Sport Engineered confirma-se que este é um predador adaptado para todos os cenários. Dentro de Lisboa começámos por confirmar o silêncio e conforto de rolamento no modo Electric, mas para não esgotar a bateria rapidamente passámos para o modo Hybrid, onde surpreendem os consumos inferiores ao anunciado, cifrando-se nos 1,7 l/100 km. No trajeto seguinte, pela Marginal até Cascais, o motor térmico fez a maioria do esforço. Reservando 30 km de autonomia elétri-
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O segredo do 508 PSE reside na motorização híbrida de 360 cv e 520 Nm, com bloco 1.6 Puretech de 200 cv e propulsores elétricos de 81 e de 83 kW nos dois eixos. ca, e pedindo ao modo Hybrid para fazer a gestão entre os dois propulsores dianteiros, chegámos ao Guincho com uma média de 5.0 l/100 km, num percurso onde sobressaiu o excelente conforto proporcionado pelo 508 PSE, bem insonorizado e com uma suspensão eficaz para filtrar as irregularidades do piso. Faltava verificar os modos de tração integral. Como o 4WD não terá grande relevo para Portugal, fomos logo para o modo mais apetecido, o Sport. E as diferenças são imediatamente sentidas, até porque a primeira aceleração a fundo fez ecoar o leão pela serra de Sintra e foi suficiente para ficar bem colado ao banco. Começou então a diversão, com este 508 a mostrar que é mesmo Sport Engineered e tem um comportamento dinâmico capaz de elevar as pulsações. Os 360 cv e 520 Nm garantem um excelente disparo ao pisar o acelerador e a direção garante uma inserção em curva precisa, depois do eficaz sistema de travagem fazer o seu trabalho na aproximação às viragens. Um excelente comportamento que convida a acelerar cada vez mais, com o mais potente dos Peugeot a mostrar sempre uma imensa estabilidade e conferindo a segurança para atacar com confiança as sucessivas viragens. Obviamente isto tem impacto nos consumos, que passaram os 20 l/100 km, mas não se podia esperar outra coisa quando este fulguroso leão entra em modo de ataque (e os valores não chocam ninguém acostumado a modelos mais desportivos). Infelizmente, o tempo passou mais rápido e as curvas e a capacidade que restava na bateria terminaram, dando por fim esta divertida aventura. Faltava apenas ver como o 508 PSE se comportava em autoestrada e, restaurado o modo Comfort, o feroz leão da serra transformou-se novamente num ser tranquilo e onde sobressai a elevada eficiência, com os consumos sempre a descer. Ao rolar a maior velocidade o conforto e suavidade voltaram a ser as notas
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FICHA TÉCNICA Motor
2.0 Puretech gasolina 143 kw (200 cv) + motor elétrico 81 kW dianteiro / 83 kW traseiro Bateria iões de lítio, 11,5 kWh Potência 360 cv (modo Sport) Binário 520 Nm Transmissão EAT8 (8 velocidades) Tração dianteira (modos Electric, Confort, Hybrid) integral (modos Sport e 4WD) Suspensão pseudo MacPherson (dianteira) MultiLink (traseira) Comprimento 4750 / 4790 mm Dist. entre eixos 2793 mm Largura 1847 / 1859 mm Altura 1394 / 1410 mm Bagageira 487 / 530 litros Peso 1850 / 1875 kg Auton. elétrica 46 km Consumo 2.0 l/km Emissões 46 g/km Veloc. máxima 250 km/h (limitada eletronicamente) Aceleração 5,2 segundos 0-100 km/h 0-1000 m 24,5 segundos Tempos de carga 1h45 – 7,4 kW / 32 A 4h – 3,7 kW / 32 A 7h – 3,7 kW / 8 A PreçoS 508 PSE berlina 68.795€ 508 PSE SW 70.295€
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dominantes, confirmando que o 508 Peugeot Sport Engineered é mesmo um “predador” para qualquer cenário e responde com classe superior em todas as situações.
Um topo de gama exclusivo Disponível na versão fastback e carrinha e colocado no topo de gama 508, o novo 508 PSE está disponível por 68.795€ na berlina e por 70.295€ na carroçaria SW. Um preço justificado pela excelente combinação entre dinâmica desportiva e eficiência, mas também porque tudo o que é equipamento opcional no resto da gama 508 surge de origem no Peugeot mais potente da história.
Quem procure um automóvel com elevada eficiência, capaz de circular sem emissões ou com baixos consumos em modo híbrido, mas também gosta das emoções fortes que apenas um desportivo oferece, vai encontrar no 508 PSE a solução perfeita. Com um design sóbrio mas a mecânica para elevar as batidas cardíacas quando entra em modo de ataque, este leão revela um excelente comportamento em todos os cenários. Por tudo isto, é óbvio que o 508 Peugeot Sport Engineered é a nova referência dinâmica e o novo predador da marca gaulesa, prometendo fazer as delícias do condutor em todos os momentos. n Nuno Fatela (texto)
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entrevista
JOÃO SANTOS
CO-COORDENADOR DO PROJETO ‘V2X’ DA BOSCH CAR MULTIMEDIA EM BRAGA
“Acredito que é inquestionável que atingiremos a tão aclamada condução autónoma” Moldar o futuro da mobilidade. É a isso que se propõe a Bosch Car Multimedia Portugal, empresa focada no desenvolvimento e produção de soluções multimédia e sensores para a indústria automóvel, exportando quase a totalidade da sua produção. Na procura por tecnologias cada vez mais avançadas, nesta unidade da divisão Car Multimedia da Bosch que tem com a Universidade do Minho a maior parceria nacional na área da inovação mais de 330 engenheiros desenvolvem atualmente soluções que contribuem para uma mobilidade mais segura e confortável, a partir de Braga para o mundo. Mas se pode não haver ainda resposta à questão “como será a mobilidade automóvel do futuro?”, uma certeza que já existe é que será uma mobilidade sem emissões e autónoma. E a condução autónoma é justamente uma das grandes áreas agora em investigação e desenvolvimento na Bosch Car Multimedia em Braga. Numa altura em que se fala cada vez mais em carros autónomos, ninguém melhor do que João Santos, co-coordenador do projeto “V2X” que estuda a comunicação entre veículos, pessoas e infraestruturas – uma das vertentes em que se desdobra esta investigação – para nos falar do tema... 40
O que é o projeto V2X da Bosch Car Multimedia em Braga? V2X ou “Vehicle-to-Everything Communication” é uma linha de investigação do projeto de inovação da Bosch com a Universidade do Minho, que visa facilitar a comunicação segura, não só entre veículos, mas também entre veículos e infraestruturas, veículos e pedestres, veículos e Cloud – resumidamente, comunicação entre veículos e todo o ambiente veicular. Desta forma, tornar-se-á numa extensão aos atuais sistemas de ADAS (Advanced Driver-Assistance Systems) colmatando algumas das suas atuais limitações, frequentemente associadas ao seu alcance e raio de cobertura. Sem necessitar de estar no mesmo ângulo de visão, a comunicação V2X consiste na recolha da informação presente nos sensores internos do carro e a partilha da mesma com os restantes nós veiculares. Como a comunicação não é unicamente num sentido, o veículo também vai recolher a informação proveniente de todo o ambiente em seu redor, permitindo assim um acesso rápido, atualizado e fiável à informação necessária para um veículo autónomo tomar as decisões na tarefa de condução, impulsionando desta forma o futuro da condução autónoma. Qual é a relação entre o 5G e os carros autónomos? Um veículo autónomo necessitará de gerar uma elevada quantidade de dados provenientes dos seus sensores, assim como receber uma elevada quantidade de dados dos sensores do seu ambiente em redor – outros veículos, pedestres, infraestruturas. Para tanto, os veículos autónomos necessitam de comunicar entre si e de uma infraestrutura segura, fiável e de baixa latência capaz de suportar esta elevada quantidade de dados necessária ao veículo nas suas decisões. A solução passa então pela tecnologia 5G, que elevará a banda larga móvel ao extremo em termos de taxas de transmissão de dados, capacidade e disponibilidade, com taxas de dados acima de 10Gbps e aumentos de capacidade, latência ultra-baixa (<1ms) e fiabilidade ultra-alta (99.9999%).
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Por que se fala tanto em carros autónomos? Que vantagens esta tecnologia pode trazer? O conceito de carro autónomo não é novo, inclusive existem registos no final da década de 30 de exibições em Nova Iorque, nas quais a General Motors apresentou, ainda que rudimentares, as primeiras visões e ideias para a condução autónoma. Contudo, ainda não existiam as tecnologias necessárias (sistemas de navegação, Radar, Lidar, Visão, V2X, entre outras) para facilitar a tal desejada condução. Nos dias de hoje, a condução autónoma é impulsionada pela redução da sinistralidade nas estradas, nas quais mais de 90% dos acidentes com veículos está relacionado com erro humano. Assim sendo, com a utilização de veículos autónomos prevê-se reduzir drasticamente (para quase zero) esses números, aumentando dessa forma a segurança rodoviária. Não obstante, reduzir a sinistralidade nas estradas por si só já se encontra como uma vantagem convincente, mas esta tecnologia irá reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e os poluentes atmosféricos através de uma gestão inteligente do tráfego. Alguma previsão de quando a condução autónoma poderá ser uma realidade? E em Portugal? Gosto de dizer que, regra geral, somos bons a adivinhar como será o futuro, mas já não tão bons a prever quando será esse futuro. Contudo, antes do veículo autónomo, é necessário implementar toda a infraestrutura necessária para suportar esse veículo nas suas decisões. Desta feita, tomando o exemplo da União Europeia, e mais especificamente de Portugal, o nosso país já iniciou a implementação da rede 5G em 2021, com previsão de 75% de cobertura nacional em 2023 e 95% em 2025. Se conjugarmos a cobertura 5G com as iniciativas de outros países da União Europeia para reduzir, até quase zero, o número de vítimas em acidentes de viação, podemos prever o surgimento de veículos autónomos após a implementação total da rede 5G, atingindo maior incidência a partir de 2050.
“A partir do momento que exista uma infraestrutura capaz de suportar o veículo autónomo, os Níveis 4 e 5 aparecerão de uma forma natural, com o veículo a executar todas as tarefas de condução”
São já muitos os modelos automóveis com algumas funcionalidades autónomas, mas de Nível 1 ou Nível 2. A condução autónoma integral (Nível 4 ou 5), sem qualquer intervenção humana, será mesmo realidade? Acredito que é inquestionável que atingiremos a tão aclamada condução autónoma. Nos dias de hoje, estamos entre o Nível 2 e Nível 3 de automação, nos quais as funções necessárias à condução autónoma parcial e condicional já se encontram disponíveis ou, pelo menos, num estado avançado de desenvolvimento. A partir do momento que exista uma infraestrutura capaz de suportar o veículo autónomo, os Níveis 4 e 5 aparecerão de uma forma natural, com o veículo a executar todas as tarefas de condução. No Nível 4, embora exista um nível elevado de automação, pode, em condições muitos específicas (estradas não mapeadas, por exemplo), o condutor tomar controlo do veículo. No Nível 5, o veículo não necessitará de qualquer intervenção humana.
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E em que situações poderá/deverá ser aplicada? Dê-nos alguns exemplos de aplicações práticas? A condução autónoma será impactante em situações económicas, ambientais e sociais. Começo com o exemplo do ser humano, bem conhecido por criar situações de congestionamento de trânsito, nas quais são desperdiçadas horas e horas de tempo valioso à economia. Sem dúvida que a aplicação da condução autónoma irá melhorar a fluidez do trânsito, diminuindo drasticamente o desperdício de tempo ao transportar pessoas e bens e, consequentemente, melhorar a economia. Por sua vez, com o aumento da eficiência do ato em si, a condução autónoma irá reduzir a quantidade de emissões nocivas produzidas pelos veículos, melhorando assim a qualidade do ar, nomeadamente nos grandes centros urbanos. Socialmente, a condução autónoma melhorará a qualidade de vida dos passageiros através de melhores serviços públicos, bem como do aumento do acesso à mobilidade, por exemplo, alargando o transporte rodoviário a idosos e a pessoas com mobilidade reduzida ou portadoras de deficiência. A indústria automóvel e seus parceiros anunciam para breve carros totalmente autónomos. Mas e as infraestruturas, como as vias e estradas, não terão elas também de estar preparadas para tornar isso possível? Para atingir o Nível 4 e 5 impõe-se a necessidade de uma infraestrutura capaz de suportar um veículo munido de capacidade de decisão. A verdade é que, atualmente, a infraestrutura não se encontra equipada para suportar esse nível de autono-
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“Na minha opinião, os carros robotizados e os carros com condutor irão conviver de uma forma natural”
mia. Contudo, os planos para a criação desta infraestrutura existem e estão já em andamento. Serve, aqui, como exemplo a infraestrutura 5G. A tecnologia até pode estar disponível, mas não falta também legislação que torne isso possível? Não existem dúvidas de que, do mesmo modo que a tecnologia dos veículos autónomos evolui, a legislação tem de, inevitavelmente, acompanhar esta evolução. No momento, não existe ainda legislação em vigor que regule a condução autónoma de nível 4/5. Sem prejuízo, os governos europeus estão atentos a esta evolução, já existindo países, como a Alemanha, que almejam ser o primeiro país da União Europeia a aprovar legislação que regula a condução autónoma.
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Como poderão conviver, na prática e sem conflito, carros robotizados e carros com condutor? Os carros autónomos podem ser considerados 100% seguros? E como adaptar as apólices das seguradoras do ramo automóvel a essa realidade? Na minha opinião, os carros robotizados e os carros com condutor irão conviver de uma forma natural. O condutor regular não necessitará de alterar o seu estilo de condução na presença de um veículo robotizado, porém, o veículo robotizado, munido de sensores e de uma inteligência artificial, terá de tomar determinadas decisões para se adaptar a este ambiente. Diria que o busílis da questão será: “como incutir confiança ao condutor na presença de um veículo autónomo?”. Por outras palavras, com um simples olhar, conseguimos interpretar as intenções do outro condutor, sejam elas parar, acelerar ou mudar de faixa. Num carro autónomo, não existe esse estímulo de confirmação e confiança, uma vez que não existe um “condutor” para onde olhar ou em relação ao qual prever o próximo movimento. Para colmatar essa falta de confiança, diferentes estudos estão a ser desenvolvidos para que um carro autónomo consiga estimular níveis de confiança num condutor, facilitando assim a coexistência heterogénea de ambos. No que tange à segurança dos carros autónomos, de momento
tal resposta é dada por uma tecnologia emergente e em desenvolvimento, na qual trabalhamos diariamente para atingir o tão desejado valor do “100% seguro”. Não obstante, no caso de acidente, impõe-se aferir quem é o responsável pelos danos provocados. Uma coisa é certa, alguém terá de assumir a responsabilidade pelos danos provocados pela máquina. A dúvida e a querela que, por certo, daí advirá coloca-se na tónica de saber se foi erro no sistema, se foi o dono do veículo que não atualizou o sistema, se foi um ataque informático ou outro fator interno ou exógeno ao veículo autónomo. Deste modo, as companhias de seguros terão de começar a adaptar-se à nova realidade e oferecer alternativas viáveis para os futuros donos de veículos autónomos. Em seu entender, estará o condutor/utilizador atual preparado para ser um mero passageiro num carro sem ninguém ao volante? As empresas tecnológicas multinacionais, fabricantes automóveis e start-ups estão a investir biliões de euros para tornar os carros autónomos numa realidade segura, fiável e “comum”. Desta forma, acredito que, com o tempo, o condutor irá abraçar a posição de passageiro num “carro sem ninguém ao volante” de uma forma natural e comummente aceite pela sociedade. n
“A aplicação da condução autónoma irá melhorar a fluidez do trânsito. (...) Por sua vez, com o aumento da eficiência do ato em si, irá também reduzir a quantidade de emissões nocivas produzidas pelos veículos” blueauto
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MERCEDES EQA 250 Na demanda do equilíbrio O novo modelo elétrico da Mercedes já está em Portugal, assumindo-se como um bom compromisso para todas as atividades em família dentro da cidade. O EQA combina funcionalidade e ecologia com potência, e até deixa o condutor divertir-se um pouco a explorar os limites.
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Mercedes EQA é o segundo automóvel elétrico da marca alemã a chegar ao mercado nacional, mas tem mais potencial para chegar a um público mais abrangente. Compacto mas espaçoso, está mais adaptado para a vida na cidade que o EQC, sem descurar uma componente familiar, o que o torna apelativo não só para as deslocações do dia-a-dia mas também para quem gosta de praticar um estilo de vida mais ativo. Quando a Mercedes apresentou a nova geração do Classe A, impressionou por ter uma distância entre eixos maior do que era comum neste segmento, mas em breve foi revelado porque a plataforma da marca alemã para modelos compactos de tração dianteira tinha estas dimensões, e o resultado agora está à vista. O EQA é muito parecido com o GLA, o outro SUV de aparência
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desportiva da Mercedes, mas tirando todo o proveito do espaço entre as rodas para montar uma bateria de dimensões consideráveis, suficiente para percorrer mais de 400 quilómetros sem necessitar de uma recarga, contribuindo para uma vida mais saudável dentro da cidade. Lançado inicialmente na versão de entrada EQA 250, o novo elétrico da Mercedes está equipado com uma bateria de 66,5 kWh, suficiente para passar mais de uma semana sem ter que ligar o carro à tomada caseira. No entanto, podem ser aproveitados os carregadores públicos para ir mantendo a bateria nivelada sem perder muito tempo, até porque a bateria é compatível com cargas até 100 kW. Não é muito difícil obter um consumo energético na casa dos 14 kWh baixos por cada 100 quilómetros percorridos, mas para isso é preciso estar sempre atento ao tipo de condução
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praticado, caso contrário ele sobe para os 15 kWh. Felizmente, o próprio carro dá uma ajuda ao condutor, se este recorrer ao Eco Assist para o aconselhar sobre a altura ideal para levantar o pé do acelerador ou tirar partido da força de travagem para recuperar energia, usando as patilhas no volante. Ao mesmo tempo, também não precisa de recorrer tanto ao pedal do travão. Com o equivalente a 190 cv de potência para um peso de mais de duas toneladas, o EQA 250 tem uma boa resposta em aceleração, mas não é o motor mais apropriado para um comportamento desportivo. Felizmente, assim que deixa de se preocupar com a distração da velocidade, torna-se mais fácil manter-se concentrado em baixar os consumos energéticos, enquanto estiver ao volante. Em termos dinâmicos, o EQA dá uma sensação de segurança em curva ainda maior que o GLA, com a bateria a contri-
buir para baixar o centro de gravidade, o que se traduz num nível de agilidade comparável. A Mercedes fez algumas alterações ao eixo dianteiro, para reduzir o ruído (sem um motor de combustão, qualquer ruído vindo da estrutura do carro seria mais audível), mas parece que o eixo dianteiro ficou mais vulnerável a desníveis no asfalto quando circula por estradas de má qualidade.
Conforto vs. espaço O Mercedes EQA é um carro que vai mesmo para casa consigo. O automóvel elétrico alemão parece ter sido feito de propósito para integrar o sistema de infoentretenimento MBUX com o aplicativo de smartphone Mercedes me. O condutor já não precisa de deixar as suas viagens à obra do acaso ou simplesmente seguir por um percurso só porque está habituado a fazê-lo. Todas
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as viagens, por mais simples que pareçam, podem ser planeadas através do Mercedes me, que está ligado à navegação do MBUX do seu EQA, de modo a selecionar o percurso mais apropriado para evitar trânsito intenso ou elevações constantes, bem como a encontrar os pontos de recarga mais próximos, para garantir um uso mais eficiente do automóvel na sua vida diária. Em comparação com o GLA, o EQA continua a ser um automóvel confortável, e praticamente não se notam diferenças no uso do espaço, mesmo com a montagem de uma bateria de grandes dimensões sob o habitáculo. A secção dianteira está voltada para o condutor, com o ecrã tátil descentralizado para o lado esquerdo para maior facilidade de acesso à informação. Com a maior parte dos comandos centralizados no MBUX, a Mercedes consegui reservar uma boa parte da consola central para arrumação de objetos. Na traseira, mesmo existindo amplo espaço para os joelhos, há uma ligeira sensação de perda de conforto quando estamos sentados, pois a montagem da bateria custou um ou dois centímetros ao espaço disponível em altura. Mas nenhum dos ocupantes do carro vai notar qualquer perda de qualidade nos materiais utilizados, com a Mercedes a recorrer à reciclagem de garrafas de plástico para criar os revestimentos dos bancos, que continuam a parecer couro, mesmo já não sendo feitos com peles de animais. A bagageira é outra área onde foi necessário fazer concessões por causa da bateria: com os bancos traseiros em posição normal, a altura total do espaço para as bagagens é mais curto, resultando numa capacidade de 340 litros, perdendo 45 litros em relação ao GLA híbrido e 85 litros quando comparado à versão diesel. Na hora de pagar a fatura, o Mercedes EQA, como automóvel 100% elétrico, poderá tornar-se uma alternativa mais interessante a longo prazo que o GLA híbrido, que tem uma vantagem de apenas cerca de 1000 euros no preço base. No entanto, quanto mais andar com o EQA, mais dinheiro deverá poupar ao nunca
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FICHA TÉCNICA Motor Bateria Potência Binário Tracção Suspensão Comprimento Largura Altura Bagageira Peso Autonomia Consumo Acel. 0-100 km/h Emissões CO2 Carregamento
elétrico tipo síncrono iões de lítio, 66,5 kWh 190 cv 375 Nm dianteira, caixa de relação única McPherson à frente, multibraços atrás 4463 mm 1834 mm 1620 mm 340-1320 litros 2040 kg 426 km (WLTP) 14,3 kWh/100 km (testado) 8,9 segundos – 5h45 (11 kW)
Preço desde 53.750€ precisar de combustível, especialmente se for o tipo de pessoa que faz viagens maiores para ir de férias, para as quais deverá ter autonomia suficiente. O EQA também está equipado com sistemas de segurança concebidos especificamente para um veículo elétrico, incluindo desativação automática de todo o sistema de alta voltagem, evitando curto-circuitos em caso de acidentes. Adicionalmente, pode contar com um pacote de assistência à condução, que adiciona 1450 euros ao preço final e que facilita a vida a cidade, incluindo radar de ponto morto, travagem de emergência e “cruise control” com ajuste automático de velocidade e assistente de condução evasiva. n Paulo Manuel Costa (texto)
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O EQA 250 está equipado com uma bateria de 66,5 kWh, suficiente para passar mais de uma semana sem ter que ligar o carro à tomada.
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lançamento
HYUNDAI TUCSON /
Jogo duplo
A gama eletrificada da Hyundai não para de crescer a ritmo acelerado, com a marca sul-coreana a lançar quase simultaneamente no mercado nacional variantes híbridas dos seus modelos com aptidões familiares, os SUV Tucson e Santa Fé, para um casamento bem sucedido de alta potência e baixos consumos.
É
raro a Hyundai alinhar a chegada ao mercado de automóveis semelhantes, mas foi o que acabou por acontecer em Portugal. A marca sul-coreana lançou, com uma diferença de poucos meses, novas gerações dos seus SUV Tucson e Santa Fé, que agora ganham plataformas eletrificadas. Os modelos com baterias auxiliares, de 48 volts, já estavam disponíveis, e agora é a vez de tanto o Tucson como o Santa Fé passarem a ser vendidos, pela primeira vez, com versões híbridas. Nesta primeira fase, os dois SUV só estão disponíveis com sistemas híbridos convencionais, mas mais tarde terão
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variantes plug-in, capazes de circular em modo 100% elétrico. Para já, o público nacional vai ter que se contentar com o híbrido convencional, mas não pense que se trata de um sacrifício ou de um compromisso. O sistema combina o novo 1.6 T-GDi da família Smartstream, mais eficiente na queima de gasolina através do controlo de abertura das válvulas, que funciona em conjunto com um motor elétrico de 44 kW. O resultado final é uma potência total de 230 cv, mas com consumos semelhantes aos das versões a diesel dos respetivos modelos. No Tucson, o híbrido tem quase 100 cv a mais que o 1.6 diesel,
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SANTA FÉ HEV mas este não tem mais que uma curta vantagem de cerca de 0,3 litros por cada 100 km, 5,2 litros de média contra 5,5 no híbrido. Com este a ser vendido ao público por 500 euros a menos, mesmo com a gasolina mais cara que o gasóleo, à medida que as cidades europeias vão fechando as vias aos carros diesel o híbrido passa a ser uma aposta mais interessante. No Santa Fé, cujo motor 2.2 diesel fica com uma desvantagem de pouco menos de 30 cv, a diferença nos consumos é igualmente baixa, de 6,4 l/100 km no híbrido contra 6,1 no diesel, mas aqui este é mais barato que o híbrido, numa diferença de cerca de 1300 euros. O Santa Fé também está num segmento onde as pessoas têm uma preferência tradicional pelo diesel, pelo que poderá ser preciso esperar pelo plug-in para que deixar o motor a gasóleo seja realmente vantajoso. A Hyundai preferiu oferecer os seus novos SUV híbridos com a melhor relação possível entre equipamento de série e preço de venda ao público. O Tucson híbrido pode ser combinado com os níveis Premium e Vanguard, com este último a oferecer mais regulações do banco do condutor, abertura sem chave, baga-
geira com abertura automática e infoentretenimento com ecrã maior e navegação. A diferença entre o Premium e o Vanguard é de 4200 euros, ficando abaixo da barreira psicológica dos 40 mil euros. Já o Santa Fé tem apenas um equipamento, o Vanguard, mas também pode ser complementado por um pacote Luxury. No Santa Fé, a montagem da bateria foi feita de modo a não prejudicar o habitáculo e a bagageira, pelo que o topo de gama da Hyundai continua a oferecer três filas de bancos, transportando sete pessoas no interior num ambiente luxuoso e com amplas oportunidades de conectividade, personalizando o acesso ao exterior e ao entretenimento mesmo numa longa viagem. n VERSÕES E PREÇOS Tucson HEV Premium Tucson HEV Vanguard Santa Fé HEV Vanguard Santa Fé HEV Luxury Pack
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35.655€ 39.855€ 54.481€ 55.731€
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carregamento ZapCharger Pro: sistema inteligente de carregamento para VE
COMO CARREGAR 100 VEÍCULOS ELÉTRICOS NUM PARQUE DE ESTACIONAMENTO A infraestrutura elétrica dos serviços comuns de um condomínio ou do parque de estacionamento de um escritório permite carregar apenas alguns veículos elétricos, não todos. O que fazer então nesses casos? Será que é possível carregar 100 veículos elétricos em espaços como esses com uma instalação elétrica tradicional?... A resposta a essa questão é simples: sim, é possível!
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revê-se que até 2030 (daqui a menos de 10 anos), do total de carros em circulação, a quota de Veículos Elétricos (VEs) será, no mínimo, de 30%. Isto traduz-se em 800.000 VEs só no nosso país! Imagine-se então o estacionamento num condomínio ou escritório: 30% dos lugares ocupados com Veículos Elétricos (VEs), todos eles a quererem carregar (já que é muito mais cómodo do que num carregador rápido publico)... Com o avanço da mobilidade elétrica, já hoje são cada vez mais os gestores de projetos de construção civil, proprietários de edifícios com garagens ou parques de estacionamento e condomínios, que procuram soluções de carregamento. Existe muita informação e conhecimento sobre a importância do carregamento rápido público, no entanto essa não será a
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solução mais utilizada para o carregamento de VEs. É sim nas estações de carregamento privado e de estacionamento de longa duração (4 horas ou mais) onde ocorre mais de 94% do carregamento (dados da Noruega, relatório Charging into the future, Analisys of Fastcharger usage, 2019, Institute of Transport Economics). Na Holanda, Suíça, EUA (Califórnia), países com um parque automóvel relevante de VEs em circulação, deparam-se com a mesma tendência. Portugal não será diferente, apesar da percentagem de pessoas com um lugar privado de estacionamento ainda ser baixa.
Solução: o carregamento inteligente Há uma razão simples para esta estatística: os nossos carros estão mais de 90% do tempo estacionados, nomeadamente
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junto a casa ou emprego. Sabendo que, em média, na Europa, andamos 50 km por dia, então apenas consumimos ~10 kW por dia em eletricidade. Ou seja, temos muito tempo por dia para carregar o nosso VE. Para quê ficar 30 minutos à espera de carregar o seu VE quando isso pode ser feito em 15 segundos (é o tempo necessário, mais ou menos, para ligar o cabo de carregamento ao carregador): basta ligá-lo ao VE e podemos ir à nossa vida; quando voltarmos (depois de estar em casa com a família, de dormir, etc...) a bateria estará cheia! As soluções de carregamento, aparentemente, parecem relativamente fáceis de encontrar e de instalar. No caso de uma instalação para uma habitação unifamiliar até se pode dizer isso, mas no caso de espaços onde mais carregadores terão de ser instalados, com o tempo a situação torna-se muito mais complicada. E é aí que soluções mais complexas e inteli-
Esta solução assenta no facto dos veículos estarem parados, em média, 90% do tempo. Ou seja, há muito tempo para recarregar as suas baterias...
gentes têm de ser implementadas. Imaginemos um desafio real... Um condomínio com 40 lugares de estacionamento para os carros numa garagem privada. Alguns condóminos decidem adquirir um VE (por exemplo, um Nissan Leaf) e informam a administração por escrito, como previsto na lei (Decreto-Lei n.º 90/2014, de 11 de junho, art. 29), com a administração a informar que a instalação é possível. Um condómino acaba de comprar o seu VE e procura agora um carregador. O carregador terá de respeitar as leis e regulamentos de segurança e de incorporar um contador de eletricidade consumida. Em vez de ser um carregador simples, torna-se rapidamente num equipamento mais sofisticado e dispendioso. O condómino instala o produto adquirido e começa a usar o mesmo. No fim do mês é feita a contagem dos consumos no contador do condómino e é paga a eletricidade dos serviços comuns que gastou. Um segundo condómino também adquire um VE e um carregador, repetindo-se o mesmo procedimento. Sem qualquer problema, este segundo condómino começa a carregar o seu VE. Tendo ouvido falar muito bem sobre os VEs, um terceiro condómino compra um Renault Zoe, repete o procedimento e começa a carregar o VE na garagem quando chega do trabalho à noite... É então que surge o problema: o disjuntor no quadro da eletricidade dos serviços comuns desliga por sobrecarga, com as consequências que isso acarreta – falta de luz, os elevadores param e o portão da garagem deixa de funcionar. A eletricidade sé se restabelece após intervenção profissional solicitada pela empresa gestora do condomínio. Perante este episódio, os VEs não carregaram e os seus proprietários deparam-se com esse constrangimento pela manhã, limitando as suas vidas, ao não poderem utilizar as viaturas... O sistema elétrico para os serviços comuns do condomínio não está preparado para receber muitos VEs a carregar ao mesmo tempo e gerir cada um individualmente, logo não tem como gerir a potência disponível na infraestrutura. As viaturas precisam, em média, de 10 kW por dia. Não é assim tanto para carregar. Um carregador de 4 kW faz isso em 4 horas e um carregador de 22 kW em 40 minutos (aproximadamente). Então porque não é possível? Porque os carregadores “simples” e individuais “pedem” uma potência superior à disponibilizada pelo quadro elétrico. Há vários carregadores no mercado que funcionam muito bem para casas unifamiliares, mas não são apropriados para condomínios ou locais onde o fornecimento de eletricidade se processa por um serviço comum. Isto porque não trabalham em rede, não fazem a gestão de fases nem da energia a
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carregamento ser distribuída. Uma instalação num condomínio de carregadores simples, tipicamente, tem cablagem de alimentação e ligação própria, contador instalado separadamente, proteção tipo B instalada separadamente, comunicação com cabo por carregador. Portanto, uma quantidade de equipamentos e cablagens, instalados a nível individual. Solução tradicional Corte geral
A solução para este desafio chama-se ZapCharger Pro: com esta solução da empresa ChaZeMo, o condómino pode instalar o carregador à posteriori e instalá-lo na rede já pré-concebida. O contador incluído garante que, no fim do mês, os custos inerentes ao consumo de eletricidade para carregar cada VE estão devidamente monitorizados e serão faturados em conformidade.
Corte 10A Sistema de comunicação
Módulo de controle de carga
fícil
o di
Proteção diferencial x9
Potência limitada
Sistema ZapCharger Pro
çã enta
lem
Imp
Medidor energia x9
Leitor RFID
Instalação de carregadores com infraestruturas individuais.
Assim, os condóminos (ou proprietários de edifícios) têm de estar conscientes destes factos e saber que, apesar da lei permitir que instalem carregadores simples, os circuitos elétricos do condomínio suportam poucos carregadores. O que isto provoca? Os primeiros conseguem carregar os seus VEs, mas depois todos terão de pagar o preço de: • Ou remover os carregadores já instalados e instalar um sistema inteligente • Ou pedir um aumento substancial da potência instalada ao fornecedor de eletricidade do condomínio. Uma alternativa extremamente dispendiosa e em muitos casos não exequível. Também haverá o desafio do condomínio ter que ler todos os contadores individualmente para faturar os utilizadores corretamente pela energia consumida. Se os condóminos instalarem carregadores por iniciativa própria, será mais difícil de controlar a qualidade e segurança de cada instalação individual e então a segurança no prédio pode ser posta em causa, com as consequências desastrosas na avaliação de sinistros junto de seguradoras. Felizmente estas situações são evitáveis se, antes de instalar qualquer carregador, for decidido fazer a instalação de um circuito elétrico comum em que todos os condóminos terão os seus lugares preparados para receber um carregador quando dele necessitarem. Corte geral Corte circuito Zaptec
ZapCloud
Instalar “Flat cable” Analisador e gestor de energia
Instalar “Blackplates”
Instalar “Zapchargers”
Expandir a instalação no futuro
Primeiro uma cablagem simples para todos os lugares de estacionamento, depois cada um instala o seu.
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ZapChargers Pro instalados na garagem das Amoreiras.
A solução da ChaZeMo, sistema de carregamento para condomínios e parques de estacionamento de escritórios, entre outros, surge após mais de 10 anos de desenvolvimento do produto da empresa norueguesa ZapTec, baseada no conhecimento e experiência de um mercado que já conta com mais de 50% de veículos ligeiros elétricos. Em Portugal a primeira instalação de alguma dimensão foi realizada no condomínio das Amoreiras em Lisboa, com 1.048 lugares de estacionamento para residentes e escritórios. A pré-instalação foi feita em 2 meses e neste momento há mais de 90 cartões RFID na posse dos utilizadores, com os quais ativam os seus carregadores ZapCharger Pro. A administração do condomínio, depois um período de avaliação complexa, decidiu a favor do sistema ZapCharger Pro pelas vantagens listadas aqui (além de ser a solução mais económica):
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QUE VANTAGENS? Característica
Vantagem
Software patenteado de gestão de energia
Configuração e uso inteligente da energia elétrica disponível, balanceamento dinâmico de fases, evitando-se custos adicionais com aumentos da potência contratada para o efeito de carregamento de veículos elétricos.
Circuito com cabo mestre
Poupança no custo da instalação, espaço usado e manutenção, derivado da utilização de um cabo único com capacidade para alimentar até 100 veículos.
Portabilidade do carregador
O carregador pode ser desmontado em 5 minutos e reinstalado em qualquer circuito mono ou trifásico em qualquer outro lugar, independentemente dos outros carregadores no circuito.
Auto arranque
Se a eletricidade falhar, no momento da sua reestabilização, o carregador arranca automaticamente, independentemente dos restantes carregadores.
Anti roubo
O carregador é fixado com uma chave única e assim protegido contra roubo.
Funcionamento monofásico e trifásico
O carregador, automaticamente, funciona em monofásico ou trifásico.
Balanceamento de cargas
O software ZapCloud faz (gratuitamente) a gestão da energia disponível para os carregadores e o balanceamento dinâmico das fases, no caso de trifásico. Desta forma é mais eficiente e económico.
Atualização automática de software e funcionalidades
O carregador recebe atualizações de software pela internet e assim consegue adaptar-se a inovações futuras e modelos de automóveis novos. Prolongando-se a vida útil do carregador.
Proteção diferencial integrada
O carregador tem uma proteção tipo B incluída na máquina, poupando assim o trabalho e investimento numa proteção à parte.
Proteção térmica
O carregador monitoriza continuamente a temperatura durante o carregamento, obviando situações de sobreaquecimento excessivo.
Carregar a partir dos 1,3 kW até 22 kW
O carregador entra em funcionamento a partir de 1,3 kW e consegue carregar até 22 kW por hora, dependendo da energia disponível, em mono ou trifásico.
Gestão segura pelo software centralizado e uma app, totalmente grátis
No software ZapCloud, quem tem um login e password consegue gerir o sistema de carregamento, os carregadores e os utilizadores. O software gere relatórios que podem ser exportados para Excel, providenciando assim informação sobre os consumos de cada utilizador.
Contador integrado
O contador integrado no carregador regista os consumos exatos de cada utilizador, mesmo se não tiver ligação ao software centralizado.
Independência
Se um carregador falhar, os outros ZapChargers continuam a funcionar.
Funcionamento sem internet
O carregador funciona sem estar ligado à internet e guarda os dados até um ano. Quando se liga de novo à internet, atualiza automaticamente os dados no sistema central.
Garantia de 5 anos
Contra defeitos de fabrico.
Contacto para mais informações: pieterijzerman@chazemo.com
ChaZeMo: carregamento inteligente de VE Importadora e instaladora do sistema inteligente ZapChargerPro, a ChaZeMo (de: Charging Zero-emissions Mobility) tem como principal objetivo ajudar a acelerar a transição para a mobilidade elétrica através do fornecimento de soluções de carregamento inteligente para veículos elétricos (VE) em grandes parques de estacionamento (privados e públicos). O arranque da sua atividade no mercado nacional foi feito com a instalação de carregadores elétricos em 1048 lugares de estacionamento, com recurso ao sistema inteligente da marca norueguesa ZAPTEC: “trata-se, muito provavelmente, do maior projeto de carregamento de VE num condomínio privado na Europa”, reivindica a ChaZeMo, com a empresa a acrescentar que devido à simplicidade desta solução – que uti-
liza apenas um cabo para a energia e comunicação – a instalação pôde ser concluída em apenas 2 meses. Destaque ainda para o facto de, também segundo a empresa, não ter havido necessidade de aumentar a potência elétrica instalada para a realização deste projeto, devido à tecnologia que permite gerir a energia disponível para o carregamento de VE: “A nossa solução assenta no seguinte facto: os nossos veículos estão parados, em média, 90% do tempo, em casa ou no trabalho. Ou seja, há muito tempo para recarregar as suas baterias, sem necessitar de um carregador rápido”, explica a ChaZeMo, que revelou ter como ambição a atingir até ao final de 2025 a instalação e manutenção de 30.000 carregadores para veículos elétricos em Portugal e Espanha.
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em números... 1/4
2022
A Lexus confirmou para 2022 a apresentação mundial de um modelo 100% elétrico totalmente novo.
Aproximadamente 1 em cada 4 unidades do Jeep Compass vendidas da Europa é a variante híbrida plug-in 4xe.
93%
A rede de postos de carregamento de veículos elétricos cobre atualmente, segundo a Mobi.E, 93% do território nacional, totalizando mais de 1800 postos em todo o país.
500.000
O Grupo BMW acelerou a capacidade de produção da quinta geração do seu sistema eDrive, inicialmente destinada aos novos modelos elétricos iX e i4 e que a partir de 2022 passará a equipar anualmente mais de 500.000 veículos eletrificados.
150 kW
Foi já inaugurado em Castelo Branco o primeiro dos 12 postos ultrarrápidos (150 kW) previstos no âmbito do PEES (programa de estabilização económica e social) e a instalar nas principais vias de comunicação do país, de modo a reforçar a rede nacional de carregamento de veículos elétricos.
483
+300%
Até final de maio o Fundo Ambiental tinha já aprovado 483 candidaturas (de um total de 534 recebidas) ao incentivo estatal de 3000€ destinado à aquisição por particulares de veículos 100% elétricos novos. Recorde-se que o limite de incentivos a atribuir é de 700.
Primeiro BEV da Kia a usar a nova Plataforma Modular Global Elétrica (E-GMP), o novo modelo EV6 registou uma forte procura na Europa durante a fase de pré-reservas, fazendo com que a marca tenha já assegurado um aumento de 300% no seu volume de vendas previsto para este ano.
1.003 km
O novo Toyota Mirai com tecnologia de pilha de combustível bateu o recorde mundial de distância percorrida com um único depósito por um veículo movido a hidrogénio: 1003 km.
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JEEP WRANGLER 4xe De volta às origens
Fazer todo-o-terreno nos lugares mais remotos da natureza já não precisa de ser poluente, com o aventureiro Wrangler a ganhar uma versão híbrida 4xe.
A
prática do todo-o-terreno parecia estar condenada à extinção. A presença de veículos automóveis nos locais mais recônditos da natureza, geralmente barulhentos, com baixa eficiência energética e emissões poluentes elevadas, já não é desejada pela maior parte dos automobilistas. Mas ainda existe vontade de explorar locais nunca antes visitados, mas minimizando o impacto ambiental. Já existem SUV híbridos, alguns com capacidades interessantes fora de estrada, mas faltava um veículo capaz de ultrapassar os obstáculos mais difíceis. E é assim que surge o Jeep Wrangler 4xe. Com uma arquitetura herdada de uma linha que remonta ao Jeep original da Segunda Guerra Mundial, o novo Wrangler híbrido pode funcionar com duas rodas motrizes, quatro rodas motrizes em tempo parcial, tração permanente às quatro rodas, e com redutoras. Todas as escolhas de tração são compatíveis
VERSÕES E PREÇOS Wrangler 4xe Sahara 74.800€ Wrangler 4xe Rubicon 75.800€ Wrangler 4xe 80th Anniversary 78.100€
com funcionamento híbrido, puramente elétrico ou com poupança de energia da bateria, e o binário fornecido pelo motor elétrico é um auxiliar importante para ter força nos terrenos com menos aderência ou de acesso mais difícil. O sistema 4xe combina o motor 2.0 turbo a gasolina, já usado no Wrangler como alternativa ao menos eficiente V6 atmosférico, com um motor elétrico integrado na caixa automática de oito velocidades e na regeneração de energia. O resultado final é uma potência combinada de 380 cv, com o motor elétrico a garantir uma autonomia de até 50 quilómetros sem fazer poluição. A bateria de 17 kWh, montada debaixo dos bancos dianteiros, pode ser recarregada em apenas três horas numa “wallbox” de 7,4 kW. A montagem da bateria obrigou a redesenhar o habitáculo para manter o espaço dos passageiros e a bagageira de 533 litros. n
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novos modelos
MERCEDES EQB
Família crescida
O EQA ganha um irmão na família elétrica da Mercedes, com a chegada do EQB, um modelo maior e mais espaçoso, que promete levar as grandes famílias em grandes passeios, com todo o conforto esperado de um Mercedes e sem fazer qualquer poluição.
A
inda o público não teve oportunidade para respirar após o anúncio da chegada do luxuoso EQS, a Mercedes não perdeu tempo e revelou logo mais um modelo da sua família EQ, destinada exclusivamente a carros elétricos. Agora é a vez do EQB, um SUV de sete lugares, preparado para as necessidades de grandes famílias que não querem deixar uma grande pegada ecológica com as viagens constantes que as famílias numerosas normalmente exigem. Tal como o EQA está para o GLA, o Mercedes EQB é a variante elétrica do EQB, partilhando a mesma plataforma e o mesmo design base, mas distinguindo-se por elementos nos conjuntos de faróis e grelha do radiador típicos dos modelos EQ. A gama de motores ainda não foi anunciada, mas deve ser semelhante, começando com o mais acessível EQB 250, com tração dianteira e motor de 140 kW (equivalente a 190 cv), e subindo até ao topo de gama EQB 350 4Matic, com tração às quatro rodas e potência de 215 kW (292 cv). A Mercedes anuncia uma autonomia de 419 quilómetros no ciclo WLTP para a versão mais potente. Todas as versões partilham a bateria com uma capacidade útil de 66,5 kWh, que pode ser recarregada num carregador público de 100 kW, demorando pouco mais de 30 minutos para atingir os 80 por cento de capacidade, podendo também recorrer ao serviço “Mercedes me charge”, que dá acesso a mais de 500 mil pontos de carregamento em 31 países. Em casa, pode instalar um carregador de 11 kW. Maior que o EQA, o EQB beneficia de um aumento da distância entre eixos de 10 cm, com um comprimento total de quase 4,7 metros. Isto permite à Mercedes disponibilizar o seu novo modelo elétrico em variantes de cinco ou de sete lugares, com uma terceira fila que pode albergar passageiros até 1,65 metros ou montar dois assentos para crianças. A bagageira é bastante prática, com uma capacidade de 495 a 1710 litros (sem terceira fila), beneficiando também dos 140 mm de ajuste da segunda fila para ampliar ainda mais a capacidade de carga. Entre os sistema de assistência à condução, destaca-se a navegação com “inteligência elétrica”, em que o sistema seleciona o trajeto mais eficiente para poupar energia e encontrar o carregador público mais próximo.
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EQT em 2022 O próximo modelo da família elétrica da Mercedes já tem chegada prevista para 2022. Apresentado ainda sob a forma de protótipo, o Concept EQT antecipa não só a futura carrinha elétrica EQT, como também o seu equivalente Classe T, com motores de combustão. O EQT ocupa o espaço na gama entre o familiar EQB e o comercial EQV, na forma de uma carrinha compacta, mais pequena que o Classe V, mas com quase cinco metros de comprimento e espaço interior suficiente para três filas de bancos. A terceira fila (que pode ser removida) tem espaço para dois adultos e a segunda permite colocar três cadeiras de crianças, lado a lado, enquanto o condutor tem à sua disposição o sistema de infoentretenimento MBUX, com comandos vocais, atualizações constantes de software e ecrã de grandes dimensões. O acesso ao interior é feito através de portas de correr em ambos os lados da carroçaria. Visualmente, a Mercedes introduziu a nova grelha dianteira usada no EQS, com um efeito de luz que liga os LED dos faróis dianteiros aos LED dos faróis traseiros. Jantes de 21 polegadas fortalecem o aspeto mais desportivo. A Mercedes ainda não anunciou detalhes técnicos, esperando-se uma bateria entre os 66,5 kWh do EQA e os 100 kWh do EQV, e uma potência também em redor dos 140 a 150 kW (190 a 204 cv).
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ao volante
DS9 E-TENSE Elegância híbrida
Testámos o novo híbrido plug-in DS 9, cujas primeiras unidades chegam ao nosso mercado em setembro. É o novo porta-estandarte da marca, uma berlina premium a que não faltam argumentos para singrar num segmento que prima pelo prestígio e luxo.
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hegados à apresentação do novo DS 9, a primeira impressão ao vê-lo in loco foi um “wow!” de exclamação... Com quase 5 metros de comprimento (4,93m para sermos precisos), 1,93 metros de largura e 1,46 metros de altura, o DS 9 começa por impressionar pelas dimensões. Num segundo olhar, reparamos nas linhas desportivas e no estilo imponente, que trazem à memória as palavras elegância e robustez. Assim que nos aproximamos com a chave, o carro abre automaticamente e os puxadores das portas, embutidos na carroçaria, ficam saídos, como que a convidar para um passeio. A assinatura visual assume de imediato que estamos perante um modelo da família DS, a lembrar o mítico Citroën DS que nasceu em 1955 e logo com um design arrojado para a época. Começando pela enorme grelha frontal com efeito diamante tridimensional, acompanhada pelas DS Wings, mas também pelos faróis de luz diurna verticais com um apontamento ponto pérola... ou point perle, em francês, que ganha outro requinte. Os grupos óticos traseiros assumem a mesma assinatura DS, sublinhados por frisos cromados que se prolongam pela lateral do veículo. O capô tem a técnica de gravação Clous de Paris, conhecida na relojoaria de luxo, e o desenho do sabre acaba por reforçar a imponência da dianteira do DS 9. O design lateral mostra as suas linhas fluidas e o caráter desportivo, realçado nas rodas de grande dimensão, com jantes de liga leve de 19”. Esta nova versão também vai recuperar as cornetes DS do modelo de 1955, luzes que recriam esses emblemáticos piscas mas que aqui funcionam como luzes de presença. Já sentados no banco do condutor, absorvemos os vários ele-
mentos do interior que merecem maior destaque... Com dois níveis de equipamento, Performance Line+ e Rivoli+, o DS 9 oferece tudo o que podemos imaginar para uma viagem em máximo conforto. Ao contrário do que é habitual, as portas não têm nada além do puxador e de um espaço para arrumação: tudo o que são funções dos vidros ficam perto da caixa de velocidades, ao centro, com apontamentos em alumínio e luz a conferirem bastante estilo. No habitáculo tudo é cuidado ao pormenor, não estivéssemos num automóvel do segmento “premium”: o recurso a materiais nobres, trabalhados com técnicas utilizadas em áreas como a alta costura parisiense e a relojoaria, permitem que o DS tenha detalhes no interior que não se encontram noutras marcas automóvel, como as costuras em ponto pérola, a gravação de tipo guilouché que encontramos nalguns elementos em alumínio e também os bancos com a confeção em forma de bracelete; outra novidade no interior do DS 9 é ter o painel de bordo completamente forrado a couro, além do revestimento em Alcantara do tejadilho e das palas para-sol, que tornam o ambiente mais acolhedor. O habitáculo é bastante espaçoso, muito por culpa de uma distância entre eixos de 2,90 metros, e impera o requinte, visível em pormenores como o tabliê e o volante forrados a couro e o punho da caixa de velocidades em couro liso. E o conforto não foi esquecido, obviamente, com quatro bancos aquecidos, ventilados e com função de massagem, uma oferta inédita no segmento. Para quem viaja nos bancos de trás, o conforto estende-se a um apoio de braços premium, comandos de gestão das funções do banco, entradas USB, porta-copos e apoios de cabeça reguláveis, tudo pensado para se viajar em primeira classe.
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ao volante Outra nota predominante no habitáculo é a ausência de ruído exterior, cortesia dos vidros acústicos e laminados, com 3,86 mm de espessura. E a ajudar ao prazer da audição está o sistema de alta fidelidade Focal Electra de 515 W, composto por 14 altifalantes distribuídos pelo habitáculo para permitir uma experiência sonora incomparável. No que se refere à motorização, o DS 9 só vai estar disponível no nosso mercado na variante híbrida plug-in E-TENSE, com uma potência combinada de 225 cv. A qual junta um motor PureTech a gasolina de 180 cv e um elétrico de 110 cv, o qual garante autonomia até 55-56 km (em ciclo WLTP) graças a uma bateria de 11,9 kWh num modo 100% elétrico que permite circular até aos 135 km/h. O recurso a um dispositivo tipo wallbox permite recarregar a bateria em 1h45. O consumo em ciclo combinado fica-se pelos 1,5 litros/100 km e as emissões de CO2 pelas 34-35 g/km. Adotando uma caixa de transmissão automática de oito velocidades e transições completamente impercetíveis, disponibiliza o modo Sport E-TENSE para a combinação máxima de energia térmica e elétrica, de forma a explorar ao máximo o prazer de condução. Em termos de tecnologia on-board, o DS 9 E-TENSE tem tudo o
que é preciso para viajar em máximo conforto e segurança. O espetacular sistema DS Active Scan Suspension é bem exemplo disso, recorrendo a uma câmara no topo do para-brisas para fazer a leitura da estrada, enviando informação em apenas 150 milissegundos para que os amortecedores se ajustem em função do piso, contribuindo assim adicionalmente para o conforto e segurança na condução. Já o DS Night Vision consiste numa câmara de infravermelhos com um alcance de 150 metros para garantir a máxima segurança ao alertar o condutor para antecipar potenciais situações de perigo. Ainda no campo da segurança, o DS 9 conta com o DS Drive Assist, que possibilita uma condução semiautónoma de Nível 2; e com o DS Driver Attention Monitoring, que avalia os olhos do condutor e os movimentos da cabeça para detetar sinais de fadiga, ativando se for o caso um sinal sonoro e um alerta visual no ecrã central. Disponível está ainda a função DS Park Pilot, que deteta espaços de estacionamento quando circulamos abaixo dos 30 km/h: através do touchscreen, é só indicar a forma como se pretende estacionar, em fila ou em paralelo, e tudo o resto acontece como que por magia... Também é possível ajustar a temperatura no interior do carro, ver o nível da bateria
O DS 9 vai estar disponível apenas com motorização híbrida plug-in E-TENSE, com potência combinada de 225 cv e autonomia até 56 km. Mais tarde contará também com uma versão 4x4 de 360 cv. 60
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para calcular o trajeto a realizar, entre outras opções, tudo isto à distância. Mais tarde o DS 9 contará também com uma versão 4x4, de 360 cv e binário de 560 Nm, a qual anuncia 5,6 segundos dos 0 aos 100 km/h e velocidade máxima limitada eletronicamente aos 250 km/h. Não atingirá os mesmos quilómetros de autonomia em modo 100% elétrico, mas terá emissões abaixo dos 50 g. Equipada com um motor que tem por base o PureTech de 200 cv, esta versão do DS 9 vai disponibilizar um conjunto complementado com dois motores elétricos, um dianteiro de 81 kWh e um traseiro de 83 kWh, alimentados por uma bateria de 11,9 kWh. Verdadeiro “hotel de 5 estrelas em movimento”, ao conforto a bordo proporcionado pela tecnologia existente e também pelo espaço e excelência dos materiais juntam-se uma segurança de nível máximo e ainda os benefícios da motorização híbrida, para uma viagem perfeita. Novo porta-estandarte da gama DS, uma marca que aproveita o savoir-faire do luxo francês e direcionada a clientes que procuram diferenciação e tecnologia de ponta, o DS 9 E-TENSE será sempre uma proposta a ter em conta entre as berlinas híbridas plug-in do seu segmento. Tiago Beato (texto)
FICHA TÉCNICA Motor
PureTech a gasolina (180 cv) + elétrico (110 cv) Bateria iões de lítio, 11,9 kWh Potência máx. 225 cv Binário máx. 360 Nm Tração dianteira Suspensão tipo McPherson à frente, independente multilink atrás Comprimento 4,934 m Largura 2,079/1,932 m (com e sem espelhos) Altura 1,460 m Bagageira 510 litros Peso 1954 kg Consumo 1,5 l/100 km (anunciado) Autonomia elétrica 56 km (ciclo WLTP) Velocidade máxima 240 km/h Acel. 0-100 km/h 8,7 segundos Emissões CO2 33-34 g/km Tempos 1h45 (wallbox 7,4 kW) carregamento 6h30 (tomada doméstica) PREÇO DS 9 E-Tense desde 59.100€
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ELÉTriCo a HiDroGÉNio
ToyoTa Mirai
Aposta em todas as frentes
Chega a Portugal no outono o novo Toyota Mirai, modelo com célula de combustível de hidrogénio da marca nipónica. Alternativa aos elétricos a bateria, o novo Mirai é o embaixador desta solução tecnológica e promete, se a infraestrutura de abastecimento o permitir, fazer muitos fãs da mobilidade ecológica ponderar se não é mesmo esta a solução com maior potencial para o futuro…
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eletrificação continua a fazer o seu caminho para eliminar os motores de combustão e as suas emissões poluentes das estradas. Mas ainda subsistem algumas dúvidas sobre qual será efetivamente a tecnologia dominante. Serão as baterias atuais ou novos desenvolvimentos a caminho? Nestas opções de futuro destacam-se as baterias sólidas, mas também o hidrogénio surge como uma alternativa com grande potencial. E uma alternativa que os portugueses vão poder descobrir a partir do outono, data em que chega a Portugal o novo Toyota Mirai.
Célula da vida A dar vida ao Mirai está uma célula de combustível (“fuel cell”), responsável por combinar o hidrogénio dos tanques de armazenamento com o oxigénio presente no ar, provocando uma reação química que dá origem a moléculas de H2O e à geração de energia, que é convertida em eletricidade. Enquanto o vapor de água é expelido pelo escape, a eletricidade alimenta a motorização de 182 cv do Mirai, através da combinação do propulsor elétrico de 174 cv com o “overboost” fornecido pela bateria de 1,2 kWh (idêntica à dos híbridos da marca). Isto significa que o Toyota Mirai é um modelo elétrico, mas que se diferencia da maioria destes automóveis por gerar a sua própria energia no interior do automóvel, ao invés de a receber por carregamentos e armazená-la em packs de baterias. Por isso, o peso é uma das principais vantagens do Mirai que, ao pesar duas toneladas, é cerca de 400 kg mais leve que os seus rivais diretos com baterias, uma diferença que lhe confere maior leveza e agilidade. Mas o Mirai vai mais além das emissões 0, e apresenta-se como uma verdadeira célula da vida, capaz até de tornar o ar por onde passa mais limpo. Esta capacidade advém da inclusão de um filtro químico especial que elimina do ar as partículas finas (muitas das quais emitidas pelos motores de combustão…), contribuindo para uma atmosfera mais saudável. Como tal, o Mirai apresenta-se como o primeiro automóvel com emissões negativas.
Refinado e elegante A marca adaptou a plataforma GA-L da Lexus e, alterando a configuração da primeira geração do Mirai, colocou os três tanques de hidrogénio em “T” no túnel central e sob os bancos traseiros e bagageira. E um dos benefícios que essa nova configuração dos tanques oferece é o aumento da habitabilidade, garantindo bons espaços para os cinco ocupantes. Melhoria que é acompanhada pelo upgrade nos materiais no interior. Isso fica claro ao tocar qualquer das superfícies do novo FCEV, já que os revestimentos em pele acolchoada são bastante agradáveis e colocam este modelo num patamar exclusi-
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vamente ao alcance dos automóveis “premium”. Além de ser muito bem acolhido a bordo pelos confortáveis bancos, o condutor é também presenteado com várias tecnologias de ponta, onde se destaca o reforço da digitalização. Isso fica a cargo do painel de instrumentos digital, do grande e intuitivo ecrã de infotainment com 12,3’’ e do “head-up display” com uma enorme área de projeção com 530 mm de largura e 130 mm de altura. Além disso, surge ainda à esquerda do condutor mais um ecrã com informações de eficiência, onde se destaca a possibilidade de verificar quanto ar já foi purificado pelo Mirai: através de grafismos com pessoas a correr, o condutor fica a saber quanto ar limpou, usando como unidade de medida a quantidade de ar expirado anualmente por um ser humano. Para alguns poderá ser apenas um apontamento curioso, mas para a generalidade dos clientes este será mais um motivo de orgulho por, ao conduzir o Mirai, contribuir para um ambiente melhor. Ao interior muito bem concebido o Mirai junta ainda um design exterior muito elegante.
Vocacionado para longas distâncias O Toyota Mirai é apresentado pela marca como a solução “premium”, ecológica e sustentável para quem percorre grandes distâncias e pretende um automóvel sem emissões poluentes. Afinal, assim que existam postos de abastecimento suficientes para cobrir o território nacional, o modelo nipónico permitirá fazer viagens longas de forma muito mais cómoda e rápida que os rivais elétricos com bateria. Isso advém do facto de 5 minutos bastarem para abastecer os seus tanques com 5,4 kg de capacidade. Mas, também, porque os seus consumos homologados são de 0,79 kg/100 km de hidrogénio, o que significa uma autonomia a rondar os 650 km. Na primeira abordagem, e circulando no Modo ECO (existem ainda o Normal e o Sport), conseguimos valores a rondar o 1 kg/100 km, o que representa sempre mais de 500 km entre abastecimentos nas condições reais de utilização. Como tal, são claras as suas vantagens para cumprir distâncias maiores, garantindo menos paragens e que elas serão mais rápidas. O que sobressaiu neste primeiro contacto foi também a naturalidade de condução desta nova aposta da Toyota. Se em alguns casos ser diferente representa uma vantagem, neste caso pode-se dizer o oposto. O facto da marca não ter caído na tentação de, para enfatizar o cariz tecnológico do Mirai, criar sistemas complexos e que confundem o condutor e reduzem o prazer da condução, acaba por ser um ponto a favor. O resultado é um veículo fácil de guiar e com uma direção muito leve, que se move com toda a facilidade no trânsito e rolando sempre com um refinamento superior. Não exigindo qualquer adaptação, até porque não tem a necessidade de grandes cuidados para regenerar
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Com 5,4 kg de capacidade nos tanques e consumos homologados de 0,79 kg de hidrogénio por cada 100 km, a autonomia ronda os 650 km. a bateria, o Mirai proporciona uma transição simples e direta dos modelos de combustão para os elétricos, sem qualquer ansiedade ou necessidade de alterar a forma como conduz. Neste caso, não se estranha, apenas se entranha o prazer de guiar aquela que pode ser a motorização dominante no futuro. E quem estranhe a ausência de som no interior durante a transição para a mobilidade ecológica tem sempre uma solução nos modos Normal e Eco deste FCEV, já que está disponível um “sound actuator” para emular os sons dos motores de combustão.
Disponível desde 67.856€ A chegada a Portugal do Toyota Mirai no outono está associada à instalação, nessa mesma altura, do primeiro posto público de abastecimento de hidrogénio no nosso país. A partir desse momento, que tornará possível guiar o Mirai sem problemas, os clientes podem render-se às capacidades dos FCEV por valores desde os 67.856€. Este é o preço de entrada na gama, através da versão Luxury. Como se percebe, são vários os atributos que distinguem o Mirai dos restantes modelos eletrificados, com ênfase para a autonomia superior e os menores tempos de carga que os FCEV (Fuel Cell Electric Vehicles) oferecem. E a Toyota dotou este modelo com os melhores materiais e tecnologias da sua gama. Por tudo isso, será bastante curioso ver qual a reação a este inovador veículo, que surge com um preço competitivo dentro da oferta “premium” de modelos eletrificados. Poderá este FCV tornar-se um sucesso? A resposta começa a ser dada no outono, quando chegar ao mercado nacional o novo Toyota Mirai…n Nuno Fatela (texto)
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FICHA TÉCNICA Motor Bateria Potência
elétrico tipo síncrono iões de lítio, 1,2 kWh 132 kW (182 cv); 174 cv da célula de combustível + 8 cv do overboost da bateria Binário 300 Nm Tração traseira, com transmissão automática Suspensão multibraço com barra estabilizadora Comprimento 4975 mm Distância entre eixos 2920 mm Largura 1855 mm Altura 1480 mm Altura ao solo 150 mm Bagageira 273 litros Peso 1900 kg Autonomia 650 km (anunciada) Consumo 0,78 kg/km Tanques de hidrogénio 3 Cap. armazenamento 5,6 kg (volume de 142 litros) de hidrogénio Velocidade máxima 175 km/h Aceleração 0-100 km/h 9,0 segundos PREÇO desde 67.856€
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ENTREVISTA
Victor Marques Public Relations Manager – Toyota Caetano Portugal
“O hidrogénio e a pilha de combustível têm um papel muito importante no futuro próximo” A Toyota está em todas as frentes, com modelos de combustão, híbridos, PHEV, 100% elétricos a bateria e agora os FCEV. Qual o espaço do Mirai nesta estratégia? Cada cliente tem a sua necessidade de mobilidade e com quatro soluções de eletrificação vamos de encontro a essas necessidades. Começámos com o Prius em 1997 e continuámos com os Plug-In, para as pessoas usarem o carregamento externo e fazer uma condução 100% elétrica, mas também ter um veículo que resolve os constrangimentos da autonomia. Depois também temos a solução dos 100% elétricos para a cidade, onde há facilidade de carregamento e as pessoas têm condições para os carregar em casa. A pilha de combustível para longas distâncias e veículos de maior porte será muito importante. Para os veículos comerciais e os de grande porte e para maiores distâncias, a pilha de combustível é uma solução muito interessante. O que representa o novo Mirai para a Toyota? O Mirai significa muito da visão “Beyond Zero”, e está no centro dessa visão. Com o Mirai queremos não só ter zero emissões mas ir mais além, com o primeiro carro que até limpa o ar por onde passa. Desse ponto de vista o hidrogénio e a pilha de combustível têm um papel muito importante no futuro próximo. Estamos hoje a anunciar o Mirai, esperamos que até ao fim do ano tenhamos novidades relativamente aos postos de abastecimento e acreditamos muito nesta tecnologia. Quais as principais vantagens de um FCEV para um BEV? São várias. Desde logo porque conseguimos ter uma solução
quase modular para aumentar a autonomia com o aumento da capacidade dos tanques, por exemplo nos autocarros é muito fácil. Conseguimos gerir a autonomia com mais tanques ou menos tanques. A segunda questão tem a ver com o abastecimento rápido para uma autonomia de longa distância, a vantagem de um FCEV é conseguir uma autonomia de 650 km em 5 minutos. E ao nível do peso, para um veículo do porte do Mirai, com 1900 kg, o equivalente a bateria pesará seguramente mais 300 quilos. É uma solução mais leve e isso é também uma vantagem. E onde um elétrico a bateria é mais vantajoso? Os elétricos a bateria são muito interessantes para veículos mais pequenos, e para distâncias mais curtas. Na cidade faz muito mais sentido que ele seja elétrico porque conseguimos também carregar em casa, e com uma Wallbox muito rapidamente. Acaba por ser uma forma eficiente de mobilidade e também uma solução muito interessante. A autonomia superior do Mirai em comparação aos BEV significa que a rede de postos pode ser mais reduzida? Há duas questões relacionadas. Não só a autonomia de 650 km, que é real e muito interessante, mas também o abastecimento em menos de cinco minutos. Portanto, um único posto tem capacidade para servir muitos clientes seguidos, e dessa forma também não é preciso ter uma infraestrutura tão grande. Bastaria, numa primeira fase, ter dois ou três postos em Portugal para fazer o arranque da tecnologia.
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apresentação
PORQUÊ O HIDROGÉNIO? Para começar, porque o H2 é o elemento químico mais abundante no nosso planeta, podendo ser encontrado em vários recursos naturais (como a água, H2O), o que o torna uma fonte energética praticamente inesgotável, além de muito eficiente. Por outro, em termos práticos um automóvel elétrico a célula de combustível resolve as duas grandes limitações dos modelos a bateria (BEV) atuais – a autonomia e o tempo de recarga –, mantendo os benefícios das zero emissões: “As viaturas a hidrogénio permitem autonomias e tempos de enchimento do depósito equivalentes às que nos habituámos com os motores de combustão interna”, recordou o Presidente da Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio em recente entrevista à BlueAuto. Quanto às principais desvantagens, a inexistência de uma rede de abastecimento será provavelmente o maior obstáculo prático que a adoção desta tecnologia ainda enfrenta, além de que o investimento numa infraestrutura alargada deste tipo é considerado muito dispendioso, tal como dispendioso é também o processo de produção, incluindo o transporte e armazenamento.
Que futuro? Tudo isso pesado, será que podemos de facto estar mais próximos de assistir à adoção da mobilidade a hidrogénio como solução competindo diretamente com as outras alternativas de mobilidade? Atualmente ainda uma tecnologia emergente, o hidrogénio como fonte de energia da pilha de combustível automóvel poderá sim passar a conviver com outras soluções, como as baterias elétricas, os combustíveis sintéticos renováveis e (ainda por mais algum tempo) os motores de combustão interna, revelando-se particularmente competitiva sobretudo em segmentos como o dos veículos comerciais de carga ou passageiros, e mesmo nos ligeiros de passageiros no caso de longos percursos não urbanos. Contudo, isso só deverá ser realidade já depois de 2025, com estudos e projeções atuais a estimarem que a penetração dos automóveis a hidrogénio no mercado total só atingirá o seu verdadeiro potencial por volta do ano 2050...
Hidrogénio é aposta europeia na descarbonização Como parte do seu roteiro para a neutralidade carbónica em 2050, a União Europeia apresentou no último ano a “Estratégia do Hidrogénio para uma Europa com impacto neutro no clima”. Embora reconhecendo desafios como a necessidade de fomentar a produção de hidrogénio verde com pilhas de combustível, evitando as emissões associadas a outros processos produtivos, bem como o desafio para o transporte desta matéria, as autoridades comunitárias reconhecem que “no setor dos transportes, nos casos em que a eletrificação é mais difícil, o hidrogénio é uma opção promissora”. E indica que a sua aplicação pode ser um importante apoio na descarbonização dos autocarros urbanos, camiões e frotas comerciais, como táxis, mas também nos transportes ferroviário e marítimo. Com a estratégia para o hidrogénio dividida em três fases (2020-2024; 2025-2030; 2031-2040), será na segunda metade desta década que vai ganhar peso a utilização desta solução nos transportes. Para isso está prevista a utilização das redes de gás para o transporte, mas também a instalação de mais 400 postos de abastecimento, que resultam de um investimento que poderá custar entre 850 e 1000 milhões de euros, criando uma rede europeia que reduzirá os constrangimentos à circulação do Mirai e de outros veículos com pilha de combustível a hidrogénio.
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tecnologia
COCKPIT DIGITAL MOBILE DRIVE Guiar de forma inteligente
É bem provável que, no futuro, a única interação entre os condutores e os automóveis seja feita através de um ecrã tátil. Antevendo um futuro em que até o “condutor” vai estar mais preocupado com o seu conforto em viagem, a Stellantis e a Foxconn lançaram a joint-venture Mobile Drive, para criar o cockpit digital do futuro.
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ntegração tecnológica, conforto e o automóvel como uma extensão de quem está ao volante. Ou mesmo um dia, quando já não houver volante, o seu proprietário há de querer levar para o seu carro tudo o que contribui para o seu conforto diário, nomeadamente os contactos e ficheiros do telemóvel. É essa a premissa que levou a Stellantis, fusão dos grupos automóveis PSA e FCA, e a Foxconn, empresa de Taiwan especializada em software e hardware para smartphones, a criaram uma joint-venture chamada Mobile Drive, que vai desenvolver a nova forma dos ocupantes do carro visualizarem informação e acederem a entretenimento em viagem, não importa onde e por quanto tempo. A tecnologia desenvolvida pela Mobile Drive vai ser proprieda-
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de das duas empresas e pretende revolucionar o modo como as pessoas interagem com o veículo. Para isso, os novos sistemas de infoentretenimento desenvolvidos para automóveis vão estar permanentemente conectados com o exterior, permitindo integração total com todos os smartphones dos ocupantes da viatura, assim como ligação ao exterior, tirando todo o partido da vulgarização da internet de quinta geração (5G). Como os automóveis do futuro terão cada vez menos necessidade da intervenção dos utilizadores ao volante, a sua arquitetura técnica e os seus habitáculos serão concebidos com o software como peça central. O conceito vai ser semelhante ao que já foi visto no Chrysler Airflow Vision, um “concept car” mostrado no Consumer &
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Electronics Show de 2020, onde o habitáculo está todo virado para o entretenimento: o painel de instrumentos eletrónico é estendido visualmente por todo o tablier, com vários ecrãs táteis, incluindo um de grandes dimensões centralizando várias funções do veículo assim como do entretenimento geral, outro para a climatização na consola central, e mais um virado diretamente para o passageiro do banco dianteiro; o protótipo americano inclui também dois ecrãs adicionais, montados nas costas dos bancos, para personalizar a diversão em viagem para os ocupantes dos lugares traseiros, que geralmente são destinados às crianças da família. Com internet de alta velocidade, esta configuração permitirá aceder a vários filmes em plataformas externas ou aos vários smartphones ou tablets presentes no habitáculo, sem interrupções ou perda de qualidade. A Stellantis e a Foxconn esperam que, a médio e longo prazo, esta parceria vá mais longe do que apenas tornar as viagens mais divertidas para os ocupantes. O acesso ao 5G é apenas o princípio das tecnologias que a joint-venture Mobile Drive pretende colocar à disposição do público. Os veículos também poderão permitir o acesso a dados sobre o estado da viatura e informação de viagem, e guardar esses dados em “clouds”, assim como fazer compras de qualquer tipo de produto ou serviço em qualquer ocasião. Mesmo tornando-se mais complexo, todo o software poderá ser atualizado constantemente com updates “over-the-air”, sem necessidade de conexão por cabo. Ao mesmo tempo, fica aberta a possibilidade de avanços conjuntos no desenvolvimento de tecnologia de inteligência artificial, para usos além da condução autónoma, com o veículo a reconhecer a presença dos vários utilizadores regulares, e a adaptar o acesso a informação e entretenimento conforme a sua presença no carro. n
A Mobile Drive vai desenvolver novas formas dos ocupantes do carro visualizarem informação e acederem a entretenimento em viagem.
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concept-cars
OPEL MANTA GSe
Conquistar o passado
Faltam poucos anos para que os novos automóveis dos grandes construtores internacionais passem a ser todos elétricos. Veículos com motor de combustão vão passar a ser relíquias de um passado a abandonar, mas a indústria automóvel sempre se inspirou no seu passado para criar um novo futuro, e certos carros mais antigos são, para os entusiastas, obras de arte que importa preservar. Os automóveis clássicos mais emblemáticos continuam tão atraentes hoje como eram no passado, e seria um crime escondê-los numa garagem só por causa do seu motor. A Opel propõe uma solução, trazendo de volta o clássico coupé Manta, mas modificado para funcionar com um motor elétrico, no que a Opel chama ElektroMOD, mantendo o desenho básico do Manta GT/E de 1974 (versão desportiva com motor de injeção), mas modificado com peças modernas, incluindo uma bateria e motor elétrico. A Opel não tem planos para o produzir, mas este Manta GSe especial mostra novas oportunidades de negócio para as marcas automóveis e especialistas em tuning. Desta forma, os clássicos vão continuar a chamar a atenção do público num futuro onde os carros a gasolina não poderão circular em todas as zonas das grandes cidades.
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MOTOR MAIS POTENTE
BATERIA PRÁTICA
A Opel substituiu o motor 2.0 E de 110 cv por um propulsor elétrico bem mais potente, atingindo os 147 cv. Este modelo único é mais potente até que o Manta 400, modelo especial que serviu de base para uma versão de ralis nos anos 80. A Opel manteve a tração traseira e caixa manual de quatro velocidades, algo que normalmente não é necessário num elétrico. O sistema tem força suficiente para arrancar em quarta.
O conjunto de baterias é baseado no sistema usado no Opel Corsa-e, mas reduzido de modo a poder ser integrado no chassis mais curto do Manta. Com 31 kWh de capacidade e o baixo peso do conjunto, pode percorrer 200 quilómetros numa carga de bateria, e só necessita de pouco menos de quatro horas para uma recarga completa, com um carregador de 9 kW.
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ElektroMOD
Nova visão
acabameNtos moderNos
A Opel conseguiu integrar elementos estéticos dos seus automóveis novos no Manta GSe. Os grupos óticos dianteiros são inspirados nos do Mokka, com a grelha Pixel-Vizor, que anuncia ao mundo, através de luzes LED, que o carro não emite dióxido de carbono. Na traseira, mantém o formato dos faróis originais, mas agora em LED, enquanto o nome Manta é escrito com fonte de letra moderna.
Integrar tecnologia e design moderno no Opel Manta ElektroMOD não prejudicou a sua beleza clássica, com destaque para as jantes de 17 polegadas e pneus 195/40 à frente e 205/40 atrás, para melhor agarrar a potência extra à estrada. No interior, a Opel adotou os bancos desportivos do Adam S, cockpit digital de 12 polegadas e ecrã tátil de 10 polegadas com ligação Bluetooth para música.
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guia de compras
Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal guia de compras
SEMI-HÍBRIDOS
AUDI A3
AUDI A4
AUDI A6
Semi-híbrido, 1.5TFSI, 150 cv Consumos 5,6 a 6,2 l/100 km Emissões 128 a 142 g/km PREÇOS Sportback 35 TFSI desde 35.634€ Sedan 35 TFSI desde 36.262€
Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 163 a 347 cv Consumos 3,7 a 7,1 l/100 km Emissões 98 a 185 g/km PREÇOS 35 TDI desde 47.503€ 40 TDI desde 50.100€ 50 TDI desde 77.545€ S4 TDI quattro 92.940€ Avant 35 TDI desde 49.636€ Avant 40 TDI desde 52.161€ Avant 50 TDI desde 80.845€ S4 Avant TDI quattro 95.484€
Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 204 a 347 cv Consumos 5,3 a 7,9 l/100 km Emissões 139 a 205 g/km PREÇOS 40 TDI desde 61.252€ 50 TDI desde 85.000€ S6 TDI quattro 112.000€ Avant 40 TDI desde 64.429€€ Avant 50 TDI desde 88.583€ S6 Avant TDI quattro 116.159€ Allroad 40 TDI quattro 73.812€ Allroad 45 TDI quattro 89.999€ Allroad 50 TDI quattro 93.722€ Allroad 55 TDI quattro 107.100€
AUDI A7 SPORTBACK Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 204 a 347 cv Consumos 5,4 a 7,8 l/100 km Emissões 142 a 205 g/km PREÇOS 40 TDI 71.502€ 40 TDI quattro 76.480€ 50 TDI quattro 97.485€ S7 TDI quattro 115.950€
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AUDI A8 Semi-híbrido, 3.0 TFSI e 3.0 TDI, 286 a 340 cv Consumos 5,4 a 7,8 l/100 km Emissões 142 a 205 g/km PREÇOS 55 TFSI quattro 127.143€ 50 TDI quattro 126.862€ L 55 TFSI quattro 129.919€ L 50 TDI quattro 129.993€
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AUDI Q3 Semi-híbrido, 1.5 TFSI, 150 cv Consumos, 6,4 a 6,5 l/100 km Emissões 146 a 147 g/km PREÇOS 35 TFSI desde 44.517€ Sportback 35 TFSI desde 46.900€
guia de compras
SEMI-HÍBRIDOS AUDI Q5
AUDI Q7
AUDI Q8
Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 163 a 347 cv Consumos 5,6 a 8,2 l/100 km Emissões 146 a 213 g/km PREÇOS 35 TDI desde 60.203€ 40 TDI desde 67.002€ SQ5 TDI quattro 102.999€
Semi-híbrido, 3.0 TDI, 286 cv Consumos 6,9 l/100 km Emissões 182 g/km PREÇOS 50 TDI quattro Base 102.573€ 50 TDI quattro S Line 106.564€
Semi-híbrido, 3.0 TDI, 286 cv Consumos 8,0 l/100 km Emissões 210 g/km PREÇOS 50 TDI quattro 108.274€
BMW SÉRIE 3
BMW SÉRIE 4
BMW SÉRIE 5
Semi-híbrido, 3.0 TwinPower, 2.0 d e 3.0 d,122 a 374 cv Consumos 4,5 a 7,9 l/100 km Emissões 117 a 181 g/km PREÇOS 318d 320d 330d 318d Touring 320d Touring 330d Touring M340d xDrive M340d xDrive Touring M340i xDrive M340i xDrive Touring
Semi-híbrido, 3.0 TwinPower, 2.0 e 3.0 d,190 a 374 cv Consumos 4,5 a 7,8 l/100 km Emissões 118 a 177 g/km PREÇOS 420d 420d xDrive 430d xDrive 420d Cabriolet 430d Cabriolet M440d xDrive M440i xDrive M440i Cabriolet xDrive
Semi-híbrido, 2.0 d e 3.0 d, 190 a 340 cv Consumos 4,7 a 5,9 l/100 km Emissões 124 a 153 g/km PREÇOS 520d 530d 530d xDrive 540d xDrive 520d Touring 530d Touring 530d xDrive Touring 540d xDrive Touring
47.400€ 50.150€ 63.500€ 48.930€ 51.790€ 65.000€ 83.220€ 84.620€ 82.960€ 86.420€
BMW SÉRIE 6 GRAN TURISMO Semi-híbrido, 2.0 TwinPower, 2.0 d e 3.0 d, 190 a 340 cv Consumos 5,3 a 6,8 l/100 km Emissões 140 a 155 g/km PREÇOS 630i Gran Turismo 77.900€ 620d Gran Turismo 71.900€ 630d Gran Turismo 92.500€ 640d xDrive Gran Turismo 107.200€
54.600€ 57.200€ 65.960€ 62.000€ 69.005€ 84.060€ 87.160€ 95.360€
60.100€ 75.900€ 79.700€ 93.400€ 62.900€ 79.000€ 82.800€ 96.400€
BMW SÉRIE 7
BMW SÉRIE 8
Semi-híbrido, 3.0 d, 286 a 340 cv Consumos 5,6 a 6,0 l/100 km Emissões 147 a 158 g/km PREÇOS 730d 129.500€ 730Ld 132.600€ 740d xDrive 135.300€ 740Ld xDrive 138.300€
Semi-híbrido, 3.0 d, 340 cv Consumos 6,1 a 6,3 l/100 km Emissões 161 a 165 g/km PREÇOS 840d xDrive Coupé 136.400€ 840d xDrive Cabriolet 144.600€ 840d xDrive Gran Coupé 129.600€
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guia de compras
SEMI-HÍBRIDOS BMW X3
BMW X4
BMW X5
Semi-híbrido, 2.0 d e 3.0 d, 150 a 340 cv Consumos 5,4 a 6,5 l/100 km Emissões 142 a 171 g/km PREÇOS sDrive 18d xDrive 20d xDrive 30d M40d
Semi-híbrido, 2.0 d e 3.0 d, 190 a 340 cv Consumos 5,8 a 6,4 l/100 km Emissões 153 a 168 g/km PREÇOS xDrive 20d 65.200€ xDrive 30d 78.600€ M40d 87.900€
Semi-híbrido, 3.0 TwinPower e 3.0 d, 265 a 340 cv Consumos 7,5 a 10,0 l/100 km Emissões 197 a 226 g/km PREÇOS xDrive 40i 91.000€ xDrive 30d 98.600€ xDrive 40d 110.050€
BMW X7
FIAT 500
Semi-híbrido, 3.0 TwinPower e 3.0 d, 333 a 340 cv Consumos 7,7 a 10,9 l/100 km Emissões 202 a 231 g/km PREÇOS xDrive 40i 115.800€ xDrive 40d 127.900€
Semi-híbrido, 1.0 GSE, 70 cv Consumos 5,3 l/100 km Emissões 119 g/km PREÇOS Hybrid desde 18.548€ C Hybrid desde 21.046€
58.090€ 63.200€ 77.100€ 86.000€
BMW X6 Semi-híbrido, 3.0 TwinPower e 3.0 d, 265 a 340 cv Consumos 7,5 a 8,9 l/100 km Emissões 196 a 202 g/km PREÇOS xDrive 40i 102.300€ xDrive 30d 107.600€ xDrive 40d 123.250€
FORD PUMA FORD FIESTA FIAT PANDA Semi-híbrido, 1.0 GSE, 70 cv Consumos 5,4 l/100 km Emissões 122 g/km PREÇOS Hybrid desde 14.014€
FORD KUGA Semi-híbrido, 2.0 EcoBlue, 150 cv Consumos 4,4 l/100 km Emissões 115 g/km PREÇOS EcoBlue 150 desde 40.143€
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Semi-híbrido, 1.0 Ecoboost, 125 e 155 cv Consumos 4,4 a 4,6 l/100 km Emissões 99 a 103 g/km PREÇOS Fiesta 125 desde 20.731€ Fiesta 155 desde 22.748€
Semi-híbrido, 1.0 Ecoboost, 125 e 155 cv Consumos 5,5 a 5,7 l/100 km Emissões 125 a 130 g/km PREÇOS Puma 125 desde 24.049€ Puma 155 desde 24.646€
FORD FOCUS
HYUNDAI i30
Semi-híbrido, 1.0 Ecoboost, 125 e 155 cv Consumos 5,1 a 5,3 l/100 km Emissões 116 a 121 g/km PREÇOS 125 desde 26.287€ 155 desde 27.890€ Station 125 desde 27.302€ Station 155 desde 28.907€
Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 136 cv Consumos 4,6 l/100 km Emissões 122 g/km PREÇOS 1.6 CRDi desde 26.863€ SW 1.6 CRDi desde 27.801€
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SEMI-HÍBRIDOS HYUNDAI TUCSON
HYUNDAI KAUAI
JAGUAR XF
Semi-híbrido, 1.6 TGDi e 1.6 CRDi, 136 a 150 cv Consumos 5,2 a 6,5 l/100 km Emissões 112 a 131 g/km PREÇOS 1.6 TGDi Premium 28.756€ 1.6 TGDi Vanguard 32.706€ 1.6 CRDi Premium 36.105€ 1.6 CRDi Vanguard 40.305€
Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 136 cv Consumos 5,1 l/100 km Emissões 134 g/km PREÇOS 1.6 CRDi Premium 26.580€ 1.6 CRDi Premium DCT 28.405€
Semi-híbrido, 2.0 Ingenium D, 204 cv Consumos 5,0 a 5,9 l/100 km Emissões 130 a 155 g/km PREÇOS D200 desde 61.997€ Sportbrake D200 desde 65.602€
JAGUAR XE
JAGUAR E-PACE Semi-híbrido, 1.5 e 2.0 Ingenium, 2.0 Ingenium D, 160 a 300 cv Consumos 6,4 a 9,1 l/100 km Emissões 168 a 207g/km PREÇOS P160 desde 44.314€ P300 Sport 78.060€ D165 desde 59.691€
Semi-híbrido, 2.0 Ingenium D, 204 cv Consumos 4,9 a 5,5 l/100 km Emissões 128 a 144 g/km PREÇOS D200 desde 54.257€
Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 136 cv Consumos 5,1 l/100 km Emissões 133 g/km PREÇOS SW 1.6 CRDi Drive 26.250€ Xceed 1.6 CRDi Drive 27.200€
JAGUAR F-PACE Semi-híbrido, 3.0 Ingenium, 2.0 e 3.0 Ingenium D, 165 a 400 cv Consumos 6,2 a 9,8 l/100 km Emissões 164 a 230 g/km PREÇOS P400 desde 94.830€ D165 desde 69.845€ D200 desde 72.630€ D300 desde 98.903€
KIA SPORTAGE Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 115 e 136 cv Consumos 5,5 a 5,9 l/100 km Emissões 143 a 153 g/km PREÇOS 1.6 CRDi desde 30.600€
KIA CEED
KIA STONIC Semi-híbrido, 1.0 T-GDi, 120 cv Consumos 5,2 a 5,3 l/100 km Emissões 127 a 129 g/km PREÇOS GT Line desde 20.400€
blueauto
LAND ROVER DEFENDER Semi-híbrido, 3.0 Ingenium e 2.0 Ingenium D, 204 a 400 cv Consumos 8,6 a 11,3 l/100 km Emissões 228 a 257 g/km PREÇOS 90 P400 desde 98.987€ 90 D200 desde 83.411€ 90 D250 desde 100.475€ 90 D300 desde 106.098€ 110 P400 desde 104.119€ 110 D200 desde 100.287€ 110 D250 desde 94.677€ 110 D300 desde 100.322€
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SEMI-HÍBRIDOS
LAND ROVER DISCOVERY SPORT Semi-híbrido, 2.0 MHEV e MHEV D, 165 a 250 cv Consumos 6,7 a 9,2 l/100 km Emissões 175 a 207 g/km PREÇOS P200 AWD desde 57.825€ D165 AWD desde 62.432€
MASERATI GHIBLI
MAZDA 2
Semi-híbrido, 2.0 turbo, 330 cv Consumos 8,1 l/100 km Emissões 183 g/km PREÇOS Hybrid 95.816€ Granlusso 108.518€ Gransport 108.518€
Semi-híbrido, 1.5 SkyActiv-G, 115 cv Consumos 5,3 l/100 km Emissões 120 g/km PREÇOS Advance SkyActiv-G 22.525€
MERCEDES CLASSE C MAZDA CX-30 MAZDA 3 Semi-híbrido, 2.0 SkyActiv-G, 122 a 180 cv Consumos 5,4 a 6,5 l/100 km Emissões 122 a 148 g/km PREÇOS HB SkyActiv-G desde 29.500€ HB SkyActiv-X desde 38.642€ CS SkyActiv-G desde 29.528€ CS SkyActiv-X desde 38.651€
Semi-híbrido, 2.0 SkyActiv-G, 122 a 180 cv Consumos 5,9 a 7,3 l/100 km Emissões 133 a 165 g/km PREÇOS SkyActiv-G 2WD desde 30.929€ SkyActiv-G 4WD desde 34.217€ SkyActiv-X 2WD desde 38.008€ SkyActiv-X 4WD desde 40.612€
Semi-híbrido, 1.5 turbo e 2.0 d, 200 a 265 cv Consumos 5,0 a 6,4 l/100 km Emissões 131 a 144 g/km PREÇOS C 200 48.000€ C 220 d 53.600€ C 300 d 59.350€ C 200 Station 49.750€ C 220 d Station 55.500€ C 300 d Station 61.150€ C 200 Coupé 49.100€ C 300 Coupé 59.800€ C 200 Cabrio 58.850€ C 300 Cabrio 68.850€
MERCEDES CLASSE E
MERCEDES CLS Semi-híbrido, 3.0 turbo e 3.0 d, 367 a 435 cv Consumos 5,5 a 9,3 l/100 km Emissões 144 a 211 g/km PREÇOS CLS 450 106.800€ CLS 300 d 104.850€ AMG CLS 53 4Matic+ 135.950€
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Semi-híbrido, 2.0 a 3.0 turbo e 3.0 d, 197 a 435 cv Consumos 5,5 a 9,7 l/100 km Emissões 146 a 214 g/km PREÇOS E 200 Coupé 63.400€ E 200 Cabrio 70.500€ E 300 d Coupé 79.550€ E 300 d Cabrio 88.800€ AMG E 53 4Matic+ 108.400€ AMG E 53 4Matic+ Station 111.750€ AMG E 53 4Matic+ Coupé 110.600€ AMG E 53 4Matic+ Cabrio 117.300€
blueauto
MERCEDES CLASSE S Semi-híbrido, 3.0 e 4.0 turbo, 435 a 503 cv Consumos 8,1 a 10,5 l/100 km Emissões 185 a 238 g/km PREÇOS S 500 4Matic 145.600€ S 500 4Matic Longo 147.250€ Maybach S 580 4Matic 219.350€
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SEMI-HÍBRIDOS MERCEDES AMG GT
MERCEDES GLE
MERCEDES GLS
Semi-híbrido, 3.0 turbo, 367 a 435 cv Consumos 8,3 a 8,8 l/100 km Emissões 189 a 202 g/km PREÇOS GT 43 125.450€ GT 53 4Matic+ 143.250€
Semi-híbrido, 3.0 e 4.0 turbo, 435 a 612 cv Consumos 10,5 a 12,4 l/100 km Emissões 240 a 280 g/km PREÇOS AMG GLE 53 4Matic+ 116.050 € AMG GLE 53 4Matic+ Coupé 146.200€ AMG GLE 63S 4Matic+ 208.050€ AMG GLE 63S 4Matic+ Coupé 236.300€
Semi-híbrido, 4.0 turbo, 489 a 612cv Consumos 11,6 a 13,1 l/100 km Emissões 264 a 297 g/km PREÇOS GLS 580 182.900€ AMG GLS 63 4Matic+ 219.950€ Maybach GLS 600 235.450€
NISSAN QASHQAI Semi-híbrido, 1.3 DiG-T, 138 a 156 cv Consumos 6,3 a 6,7 l/100 km Emissões 144 a 163 g/km PREÇOS 1.3 DiG-T desde 29.080€
RANGE ROVER EVOQUE
RANGE ROVER
Semi-híbrido, 2.0 Ingenium e Ingenium D, 163 a 300 cv Consumos 6,4 a 9,6 l/100 km Emissões 168 a 217 g/km PREÇOS P200 AWD desde 57.610€ P300 AWD desde 81.610€ D165 AWD desde 60.319€
Semi-híbrido, 3.0 MHEV e 3.0 MHEV D, 300 a 400 cv Consumos 8,6 a 10,8 l/100 km Emissões 205 a 246 g/km PREÇOS P400 desde 145.788€ D300 desde 151.595€ D350 desde 171.946€ D350 LWB desde 178.914€
SEAT LEON
SKODA OCTAVIA
Semi-híbrido, 1.0 e 1.5 eTSI, 110 a 150 cv Consumos 5,5 a 5,8 l/100 km Emissões 127 a 133 g/km PREÇOS 1.0 eTSI desde 29.500€ 1.5 eTSI desde 33.733€ 1.5 eTSI Sportstourer desde 34.894€
Semi-híbrido, 1.0 eTSI, 110 cv Consumos 5,1 a 5,3 l/100 km Emissões 116 a 119 g/km PREÇOS 1.0 TSI desde 26.755€ Break 1.0 TSI desde 27.218€
RANGE ROVER VELAR Semi-híbrido, 3.0 MHEV, 2.0 e 3.0 MHEV D, 200 a 400 cv Consumos 6,4 a 9,9 l/100 km Emissões 167 a 222 g/km PREÇOS P400 desde 95.582€ D200 desde 77.053€ D300 desde 102.327€
blueauto
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SEMI-HÍBRIDOS SUZUKI IGNIS
SUZUKI S-CROSS
SUZUKI SWIFT
Semi-híbrido, 1.2 SHVS, 83 cv Consumos 4,3 l/100 km Emissões 97 g/km PREÇOS 1.2 GLE 1.2 GLE 4x4 1.2 GLX 1.2 GLX CVT 1.2 GLX 4x4
Semi-híbrido, 1.4T SHVS, 129 cv Consumos 5,6 a 6,2 l/100 km Emissões 128 a 140 g/km PREÇOS 1.4T GLE 25.145€ 1.4T GLX 27.738€ 1.4T GLX Auto 29.273€ 1.4T GLX 4x4 29.646€ 1.4T GLX 4x4 Auto 31.185€
Semi-híbrido, 1.2 SHVS e 1.4T SHVS, 83 a 129 cv Consumos 4,0 a 5,6 l/100 km Emissões 90 a 127 g/km PREÇOS 1.2 GLE 16.901€ 1.2 GLE CVT 18.332€ 1.2 GLE 4x4 18.430€ 1.2 GLX 17.917€ 1.2 GLX CVT 19.349€ Sport 24.489€
16.532€ 18.058€ 17.635€ 18.861€ 19.161€
SUZUKI VITARA
VOLKSWAGEN GOLF
Semi-híbrido, 1.4T SHVS, 129 cv Consumos 5,7 a 6,2 l/100 km Emissões 129 a 141 g/km PREÇOS 1.4T GLE 26.425€ 1.4T GLE 4x4 28.341€ 1.4T GLX 28.713€ 1.4T GLX Auto 30.237€ 1.4T GLX 4x4 30.628€ 1.4T GLX 4x4 Auto 32.160€
Semi-híbrido, 1.0 e 1.5 eTSI, 110 a 150 cv Consumos 5,2 a 5,7 l/100 km Emissões 118 a 130 g/km PREÇOS 110 eTSI desde 28.987€ 130 eTSI desde 35.190€ 150 eTSI desde 35.126€ Variant 110 eTSI desde 29.490€ Variant 130 eTSI desde 29.967€ Variant 150 eTSI desde 35.611€
VOLVO S90/V90 Semi-híbrido, 2.0 B4/B5 diesel, 190 a 235 cv Consumos 4,6 a 6,8 l/100 km Emissões 121 a 179 g/km PREÇOS S90 B5 Diesel desde 67.368€ V90 B4 Diesel desde 65.443€ V90 B4 Diesel Cross Country 73.129€ V90 B5 Diesel desde 72.251€ V90 B5 Diesel Cross Country 78.538€
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VOLVO XC40 Semi-híbrido, 2.0 B4, 190 cv Consumos 7,3 l/100 km Emissões 167 g/km PREÇOS XC40 B4 desde 49.840€
blueauto
VOLVO S60/V60 Semi-híbrido, 2.0 B4, B4 diesel e B5, 190 a 250 cv Consumos 5,1 a 6,4 l/100 km Emissões 134 a 147 g/km PREÇOS S60 B5 desde 52.385€ V60 B4 Diesel desde 50.872€ V60 B4 desde 49.426€ V60 B4 Diesel Cross Country 58.905€
VOLVO XC60 Semi-híbrido, 2.0 B4 e B5 diesel, 190 a 235 cv Consumos 6,2 a 7,2 l/100 km Emissões 162 a 188 g/km PREÇOS XC60 B4 Diesel desde 61.847€ XC60 B5 Diesel desde 74.616€
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HÍBRIDOS
SEMI-HÍBRIDOS VOLVO XC90
FORD KUGA HEV
FORD MONDEO HEV
Semi-híbrido, 2.0 B5 diesel, 235 cv Consumos 6,9 a 7,6 l/100 km Emissões 180 a 199 g/km PREÇOS XC90 B5 Diesel desde 93.159€
Híbrido, 2.5 HEV, 190 cv (pot. total) Consumos 5,4 l/100 km Emissões 125 g/km PREÇOS HEV desde 43.664€
Híbrido, 2.0 HEV, 187 cv (pot. total) Consumos 5,6 a 6,0 l/100 km Emissões 127 a 138 g/km PREÇOS HEV desde 42.161€ Station HEV desde 43.712€
FORD S-MAX HEV
FORD GALAXY HEV
HONDA CR-V HYBRID
Híbrido, 2.5 HEV, 190 cv (pot. total) Consumos 5,6 l/100 km Emissões 128 a 129 g/km PREÇOS HEV 46.554€
Híbrido, 2.5 HEV, 190 cv (pot. total) Consumos 5,8 a 5,9 l/100 km Emissões 134 a 135 g/km PREÇOS HEV 50.391€
Híbrido, 2.0 i-MMD, 184 cv (pot. total) Consumos 5,3 a 5,5 l/100 km Emissões 120 a 126 g/km PREÇOS Hybrid 2WD desde 46.360€
HONDA JAZZ HYBRID
HYUNDAI IONIQ HEV
HYUNDAI KAUAI HEV
Híbrido, 1.5 i-MMD, 109 cv (pot. total) Consumos 4,5 a 4,8 l/100 km Emissões 102 a 110 g/km PREÇOS Hybrid Executive 29.850€ Crosstar Hybrid 33.225€
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 3,9 l/100 km Emissões 92 g/km PREÇOS HEV 31.906€
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 5,0 l/100 km Emissões 90 g/km PREÇOS HEV Premium 25.130€
HYUNDAI SANTA FÉ HEV
HYUNDAI TUCSON HEV
KIA NIRO
Híbrido, 1.6 TGDi, 230 cv (pot. total) Consumos 6,7 l/100 km Emissões 153 g/km PREÇOS 1.6 HEV Vanguard 54.481€
Híbrido, 1.6 TGDi, 230 cv (pot. total) Consumos 5,5 l/100 km Emissões 125 g/km PREÇOS HEV Premium 35.655€ HEV Vanguard 39.855€
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 3,8 l/100 km Emissões 86 g/km PREÇOS HEV Urban 26.050€ HEV Drive 28.500€ HEV Tech 30.500€
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HÍBRIDOS
KIA SORENTO
LEXUS ES
LEXUS LC
Híbrido, 1.6 T-GDi, 230 cv (pot. total) Consumos 6,7 l/100 km Emissões 153 g/km PREÇOS HEV desde 47.950€
Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total) Consumos 4,4 l/100 km, Emissões 120 g/km PREÇOS ES300h desde 62.900€
Híbrido, 3.5 VVT-i, 359 cv (pot. total) Consumos 6,4 l/100 km Emissões 145 g/km PREÇOS LC500h desde 133.000€
LEXUS NX
LEXUS RX
Híbrido, 2.5 VVT-i, 197 cv (pot. total) Consumos 5,5 a 5,7 l/100 km Emissões 127 a 130 g/km PREÇOS NX300h FWD desde 58.000€ NX300h AWD desde 72.500€
Híbrido, 3.5 VVT-i, 313 cv (pot. total) Consumos 5,2 a 6,0 l/100 km Emissões 132 a 138 g/km PREÇOS RX450h desde 92.600€ RX450hL desde 100.500€
RENAULT CLIO E-TECH
RENAULT ARKANA E-TECH
Híbrido, 1.6 E-Tech, 140 cv (pot. total) Consumos 4,3 l/100 km Emissões 98 g/km PREÇOS E-Tech 140 Intens 26.650€ E-Tech 140 RS Line 27.950€ E-Tech 140 Initiale Paris 30.250€
Híbrido, 1.6 E-Tech, 145 cv (pot. total) Consumos 4,9 l/100 km Emissões 111 g/km PREÇOS E-Tech 145 Business 33.100€ E-Tech 145 Intens 34.950€ E-Tech 145 RS Line 37.700€
LEXUS LS Híbrido, 3.5 VVT-i, 359 cv (pot. total) Consumos 7,0 l/100 km Emissões 158 g/km PREÇOS LS500h desde 156.500€
LEXUS UX Híbrido, 2.0 VVT-i, 184 cv (pot. total) Consumos 4,5 l/100 km Emissões 120 g/km PREÇOS UX250h FWD desde 43.600€ UX250h AWD desde 54.200€
SUZUKI SWACE Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total) Consumos 4,5 l/100 km Emissões 103 g/km PREÇOS GLE 28.348€ GLX 30.183€
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TOYOTA CAMRY Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total) Consumos 5,5 l/100 km Emissões 125 g/km PREÇOS C-HR Hybrid desde 30.860€
blueauto
TOYOTA PRIUS+ Híbrido, 1.8 VVT-i, 136 cv (pot. total) Consumos 5,8 l/100 km Emissões 132 g/km PREÇOS Hybrid Luxury 40.360€
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HÍBRIDOS TOYOTA C-HR HYBRID
TOYOTA COROLLA HYBRID
TOYOTA HIGHLANDER
Híbrido, 1.8 e 2.0 VVT-i, 122 e 180 cv (pot. total) Consumos 4,8 a 5,3 l/100 km Emissões 110 a 120 g/km PREÇOS C-HR Hybrid desde 30.860€
Híbrido, 1.8 e 2.0 VVT-i, 122 e 180 cv (pot. total) Consumos 4,9 a 5,3 l/100 km Emissões 110 a 119 g/km PREÇOS Hybrid desde 27.560€ Sedan Hybrid desde 29.590€ Touring Hybrid desde 28.660€
Híbrido, 2.5 VVT-i, 244 cv (pot. total) Consumos 7,0 l/100 km Emissões 158 g/km PREÇOS Exclusive 65.990€ Premium 74.590€
TOYOTA RAV4
TOYOTA YARIS HYBRID
Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total) Consumos 5,6 l/100 km Emissões 128 g/km PREÇOS RAV4 desde 42.325€
Híbrido, 1.5 VVT-i, 116 cv (pot. total) Consumos 3,7 l/100 km Emissões 85 g/km PREÇOS Hybrid DF desde 21.570€
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AUDI A3
HÍBRIDOS PLUG-IN
Híbrido, 1.4 TFSI, 204 cv (pot. total) Consumos 1,0 l/100 km Autonomia 65 km Emissões 24 g/km PREÇOS Sportback 40 TFSIe desde 38.320€
AUDI A6
AUDI A7 SPORTBACK
Híbrido, 2.0 TFSI, 300 e 367 cv (pot. total) Consumos 1,6 a 2,1 l/100 km Autonomia 40 a 53 km Emissões 31 a 47 g/km PREÇOS 50 TFSIe quattro Base 55 TFSIe quattro Sport Avant 50 TFSIe quattro Base Avant 55 TFSIe quattro Sport
Híbrido, 2.0 TFSI, 300 e 367 cv (pot. total) Consumos 1,6 a 2,1 l/100 km Autonomia 40 a 53 km Emissões 31 a 47 g/km PREÇOS 50 TFSIe quattro 77.792€ 55 TFSIe quattro 86.512€
68.333€ 76.017€ 70.658€ 78.342€
blueauto
AUDI Q3 Híbrido, 1.4 TFSI, 245cv (pot. total) Consumos 1,4 a 1,7 l/100 km Autonomia 50 a 51 km Emissões 33 a 37 g/km PREÇOS 45 TFSIe Base 49.765€ 45 TFSIe S Line 52.114€ Sportback 45 TFSIe Base 52.103€ Sportback 45 TFSIe S Line 54.484€
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HÍBRIDOS PLUG-IN
AUDI Q5
AUDI Q7
AUDI Q8
Híbrido, 2.0 TFSI, 300 e 367 cv (pot. total) Consumos 2,2 a 2,8 l/100 km Autonomia 40 a 45 km Emissões 51 a 64 g/km PREÇOS 50 TFSIe quattro desde 63.546€ 55 TFSIe quattro desde 72.747€ Sportback 50 TFSIe quattro desde 66.022€ Sportback 55 TFSIe quattro desde 75.022€
Híbrido, 3.0 TFSI, 381 a 462 cv (pot. total) Consumos 2,7 l/100 km Autonomia 48 km Emissões 62 g/km PREÇOS 55 TFSIe quattro desde 87.003€ 60 TFSie quattro desde 97.020€
Híbrido, 3.0 TFSI, 381 a 462 cv (pot. total) Consumos 2,8 l/100 km Autonomia 47 km Emissões 63 g/km PREÇOS 55 TFSIe quattro 92.669€ 60 TFSie quattro 102.720€
BMW SÉRIE 3
BMW SÉRIE 5
Híbrido, 2.0 TwinPower, 204 a 292 cv (pot. total) Consumos 1,3 a 1,4 l/100 km Autonomia 56 a 59 km Emissões 30 a 33 g/km PREÇOS 320e 330e 320e Touring 330e Touring
Híbrido, 2.0 e 3.0 TwinPower, 292 a 394 cv (pot. total) Consumos 1,3 a 1,7 l/100 km Autonomia 57 a 61 km Emissões 30 a 38 g/km PREÇOS 520e 530e 545e xDrive 520e Touring 530e Touring
BMW 225xe Active Tourer Híbrido, 1.5 TwinPower, 224 cv (pot. total) Consumos 1,9 l/100 km Autonomia 53 km Emissões 42 g/km PREÇOS 225xe 42.480€
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50.360€ 55.110€ 51.860€ 56.610€
BMW SÉRIE 7
BMW X1
Híbrido, 3.0 TwinPower, 394 cv (pot. total) Consumos 2,0 a 2,3 l/100 km Autonomia 45 a 50 km Emissões 45 a 53 g/km PREÇOS 745e xDrive 122.880€ 745Le xDrive 125.151€
Híbrido, 1.5 TwinPower, 220 cv (pot. total) Consumos 1,7 l/100 km Autonomia 52 km Emissões 39 g/km PREÇOS xDrive25e 49.600€
blueauto
61.400€ 65.700€ 84.500€ 64.200€ 68.500€
BMW X2 Híbrido, 1.5 TwinPower, 220 cv (pot. total) Consumos 1,7 l/100 km Autonomia 51 km Emissões 38 g/km PREÇOS xDrive25e 55.710€
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HÍBRIDOS PLUG-IN
CITROËN C5 AIRCROSS HYBRID
BMW X3
BMW X5
Híbrido, 2.0 TwinPower, 292 cv (pot. total) Consumos 2,2 l/100 km Autonomia 46 km Emissões 49 g/km PREÇOS xDrive30e 63.470€
Híbrido, 3.0 TwinPower, 394 cv (pot. total) Consumos 1,2 l/100 km Autonomia 87 km Emissões 28 g/km PREÇOS xDrive45e 88.550€
CUPRA LEON e-HYBRID
CUPRA FORMENTOR e-HYBRID
DS 7 CROSSBACK E-TENSE
Híbrido, 1.4 TSI, 245 cv (pot. total) Consumos 1,3 a 1,5 l/100 km Autonomia 52 km Emissões 29 a 33,5 g/km PREÇOS e-Hybrid desde 41.264€ e-Hybrid Sportstourer desde 42.425€
Híbrido, 1.4 TSI, 204 a 245 cv (pot. total) Consumos 1,2 a 1,6 l/100 km Autonomia 55 a 59 km Emissões 27 a 33 g/km PREÇOS e-Hybrid 41.072€ VZ e-Hybrid 46.255€
Híbrido, 1.6 PureTech, 225 e 300 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 58 km Emissões 31 g/km PREÇOS E-Tense 4x2 desde 52.150€ E-Tense 4x4 desde 56.900€
DS 9 E-TENSE
FORD EXPLORER
FORD KUGA PHEV
Híbrido, 1.6 PureTech, 225 cv (pot. total) Consumos 1,5 l/100 km Autonomia 56 km Emissões 33 a 34 g/km PREÇOS E-Tense Performance Line + 59.100€ E-Tense Rivoli + 61.000€
Híbrido, 3.0 PHEV, 457 cv (pot. total) Consumos 3,1 l/100 km Autonomia 42 km Emissões 71 g/km PREÇOS PHEV ST-Line 84.210€
Híbrido, 2.5 PHEV, 225 cv (pot. total) Consumos 1,2 l/100 km, Autonomia 56 km Emissões 26 g/km PREÇOS PHEV desde 42.211€
blueauto
Híbrido, 1.6 PureTech, 225 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 55 km Emissões 32 g/km PREÇOS Feel Hybrid 39.017€ Feel Pack Hybrid 41.167€ Shine Hybrid 43.147€
83
guia de compras
HÍBRIDOS PLUG-IN
84
HYUNDAI IONIQ HYBRID
HYUNDAI SANTA FÉ PHEV
JAGUAR E-PACE
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 1,1 l/100 km Autonomia 63 km Emissões 26 g/km PREÇOS PHEV 35.430€ PHEV Pack Plus 38.480€
Híbrido, 1.6 TGDi, 265 cv (pot. total) Consumos 1,6 l/100 km Autonomia 58 km Emissões 36,9 g/km PREÇOS 1.6 PHEV desde 64.900€
Híbrido, 1.5 Turbo, 309 cv (pot. total) Consumos 2,0 l/100 km Autonomia 55 km Emissões 44 g/km PREÇOS P300e desde 59.451€
JAGUAR F-PACE
JEEP RENEGADE
JEEP COMPASS
Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total) Consumos 2,2 l/100 km Autonomia 53 km Emissões 49 g/km PREÇOS P400e desde 75.479€
Híbrido, 1.3 Turbo, 190 e 240 cv (pot. total) Consumos 2,1-2,3 l/100 km Autonomia 47 a 49 km Emissões 49 a 53 g/km PREÇOS 4xe desde 40.050€
Híbrido, 1.3 Turbo, 190 e 240 cv (pot. total) Consumos 2,1-2,4 l/100 km Autonomia 47 a 49 km Emissões 44 a 47 g/km PREÇOS 4xe desde 44.700€
KIA CEED PHEV
KIA NIRO PHEV
KIA OPTIMA
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 1,3 l/100 km Autonomia 50 km Emissões 29 g/km PREÇOS SW PHEV Drive 32.100€ Xceed PHEV Tech 33.000€
Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 49 km Emissões 31 g/km PREÇOS PHEV Urban 34.400€
Híbrido, 2.0 GDi, 205 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 62 km Emissões 33 g/km PREÇOS SW PHEV 45.410€
blueauto
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HÍBRIDOS PLUG-IN LAND ROVER DEFENDER P400e
LAND ROVER DISCOVERY SPORT P300e
Híbrido, 2.0 turbo, 404 cv (pot. total) Consumos 2,2 l/100 km Autonomia 53 km Emissões 49 g/km PREÇOS 110 P400e desde 83.058€
Híbrido, 1.5 turbo, 309 cv (pot. total) Consumos 1,7 l/100 km Autonomia 64 km Emissões 38 g/km PREÇOS P300e AWD desde 57.016€
MERCEDES CLASSE B
MERCEDES CLA
Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total) Consumos 1,0 a 1,1 l/100 km Autonomia 76 km Emissões 24 a 25 g/km PREÇOS A 250 e 41.600€ A 250 e Limousine 43.000€
Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 77 km Emissões 32 g/km PREÇOS B 250 e 44.200€
Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 68 km Emissões 31 a 35 g/km PREÇOS CLA 250 e 49.990€ CLA 250 e Shooting Brake 51.400€
MERCEDES CLASSE E
MERCEDES GLA
MERCEDES GLC
Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 320 e 306 cv (pot. total) Consumos 1,4 a 1,6 l/100 km Autonomia 50 a 54 km Emissões 37 a 41 g/km PREÇOS E 300 e desde 67.650€ E 300 de desde 69.550€ E 300 e Station desde 70.650€ E 300 de Station desde 72.550€
Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 61 km Emissões 32 g/km PREÇOS GLA 250 e 52.700€
Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 306 a 320 cv (pot. total) Consumos 1,7 a 2,3 l/100 km Autonomia 42 a 44 km Emissões 46 a 52 g/km PREÇOS GLC 300 e 4Matic GLC 300 e 4Matic Coupé GLC 300 de 4Matic GLC 300 de 4Matic Coupé
KIA SORENTO PHEV Híbrido, 1.6 GDi, 265 cv (pot. total) Consumos 1,6 l/100 km Autonomia 70 km Emissões 38 g/km PREÇOS PHEV desde 54.450€
MERCEDES CLASSE A
blueauto
69.200€ 70.900€ 67.500€ 69.200€
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HÍBRIDOS PLUG-IN MERCEDES GLE
MINI COUNTRYMAN S E
MITSUBISHI OUTLANDER
Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 320 cv (pot. total) Consumos 1,1 l/100 km Autonomia 80 km Emissões 28 g/km PREÇOS GLE 350 e 4Matic GLE 350 de 4Matic GLE 350 e 4Matic Coupé GLE 350 de 4Matic Coupé
Híbrido, 1.5 turbo, 224 cv (pot. total) Consumos 1,8 l/100 km Autonomia 51 km Emissões 40 g/km PREÇOS Essential 42.450€ Classic 44.750€ Northwood 46.900€ Yours 47.200€
Híbrido, 2.4 MIVEC, 230 cv (pot. total) Consumos 2,0 l/100 km Autonomia 45 km Emissões 46 g/km PREÇOS PHEV Instyle 33.350€
PEUGEOT 508 HYBRID
508 PEUGEOT PSE
Híbrido, 1.6 PureTech, 225 cv (pot. total) Consumos 1,3 l/100 km Autonomia 52 a 54 km Emissões 29 a 30 g/km PREÇOS Allure HY 43.395€ GT HY 46.095€ SW Allure HY 44.895€ SW GT HY 47.595€
Híbrido, 1.6 PureTech, 360 cv (pot. total) Consumos 2,0 l/100 km Autonomia 46 km Emissões 46 g/km PREÇOS 508 PSE 66.795€ 508 SW PSE 68.295€
85.350€ 87.150€ 95.100€ 96.900€
OPEL GRANDLAND X PHEV Híbrido, 1.6 turbo PHEV, 225 a 300 cv (pot. total) Consumos 1,3 a 1,4 l/100 km Autonomia 57 a 69 km Emissões 29 a 32 g/km PREÇOS PHEV GS Line PHEV Ultimate PHEV Ultimate AWD
47.550€ 53.700€ 60.400€
PORSCHE PANAMERA PORSCHE CAYENNE PEUGEOT 3008 HYBRID Híbrido, 1.6 turbo PHEV, 225 e 300 cv (pot. total) Consumos 1,3 a 1,4 l/100 km Autonomia 40 a 59 km Emissões 29 a 31 g/km PREÇOS Allure HY Allure HY4 GT HY GT HY4
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44.025€ 49.025€ 46.575€ 51.575€
Híbrido, 3.0 e 4.0 turbo, 462 e 680 cv (pot. total) Consumos 3,9 a 4,9 l/100 km Autonomia 32 a 36 km Emissões 89 a 111 g/km PREÇOS E-Hybrid E-Hybrid Coupé Turbo S E-Hybrid Turbo S E-Hybrid Coupé
blueauto
110.848€ 115.277€ 202.173€ 205.986€
Híbrido, 3.0 e 4.5 turbo, 462 e 680 cv (pot. total) Consumos 3,3 a 3,8 l/100 km Autonomia 38 a 44 km Emissões 74 a 85 g/km PREÇOS 4 E-Hybrid desde 121.122€ 4 E-Hybrid Sport Turismo desde 124.075€ 4S E-Hybrid desde 146.952€ 4S E-Hybrid Sport Turismo 149.906€ Turbo S E-Hybrid desde 216.081€ Turbo S E-Hybrid Sport Turismo 219.035€
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HÍBRIDOS PLUG-IN RANGE ROVER EVOQUE P300e
RANGE ROVER SPORT P400e
RANGE ROVER P400e
Híbrido, 2.0 turbo, 404 cv (pot. total) Consumos 3,3 l/100 km Autonomia 39 km Emissões 74 g/km PREÇOS P400e SE desde 99.782€
Híbrido, 2.0 turbo, 404 cv (pot. total) Consumos 3,3 l/100 km Autonomia 41 km Emissões 75 g/km PREÇOS P400e desde 134.346€
RANGE ROVER VELAR P400e
RENAULT CAPTUR E-TECH
Híbrido, 2.0 turbo, 404 cv (pot. total) Consumos 2,2 l/100 km Autonomia 53 km Emissões 49 g/km PREÇOS P400e desde 79.593€
Híbrido, 1.6 E-Tech, 160 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 50 km Emissões 32 g/km PREÇOS E-Tech 160 Intens 33.940€ E-Tech 160 RS Line 35.940€ E-Tech 160 Initiale Paris 37.290€
RENAULT MÉGANE SPORT TOURER E-TECH
SEAT LEON e-HYBRID
SEAT TARRACO e-HYBRID
SKODA OCTAVIA iV
Híbrido, 1.4 TSI, 204 cv (pot. total) Consumos 1,1 a 1,3 l/100 km Autonomia 58 a 64 km Emissões 25 a 30 g/km PREÇOS e-Hybrid desde 37.533€ e-Hybrid Sportstourer desde 38.722€
Híbrido, 1.4 TSI, 245 cv (pot. total) Consumos 1,9 l/100 km Autonomia 46 km Emissões 44 g/km PREÇOS e-Hybrid desde 48.429€
Híbrido, 1.4 TSI, 204 e 245 cv (pot. total) Consumos 1,0 a 1,2 l/100 km Autonomia 60 km Emissões 22 a 27 g/km PREÇOS iV desde 36.017€ Break iV desde 36.904€
Híbrido, 1.5 turbo, 309 cv (pot. total) Consumos 1,4 l/100 km Autonomia 66 km Emissões 32 g/km PREÇOS P300e AWD desde 58.592€
blueauto
Híbrido, 1.6 E-Tech, 160 cv (pot. total) Consumos 1,3 l/100 km Autonomia 50 km Emissões 28 g/km PREÇOS E-Tech 160 Limited 37.200€ E-Tech 160 Intens 38.050€ E-Tech 160 RS Line 40.050€
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HÍBRIDOS PLUG-IN SKODA SUPERB iV
SUZUKI ACROSS
TOYOTA PRIUS
Híbrido, 1.4 TSI, 218 cv (pot. total) Consumos 1,4 a 1,5 l/100 km Autonomia 55 km Emissões 31 g/km PREÇOS Superb desde 41.489€ Superb Break desde 42.605€
Híbrido, 2.5 VVT-i, 306 cv (pot. total) Consumos 1,0 l/100 km Autonomia 75 km Emissões 26 g/km PREÇOS Plug-in E-Four 56.822€
Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total) Consumos 1,2 l/100 km Autonomia 45 km Emissões 28 g/km PREÇOS Plug-In Luxury 43.690€ Plug-In Premium 45.690€
TOYOTA RAV4
VOLKSWAGEN ARTEON GTE
VOLKSWAGEN GOLF eHYBRID
Híbrido, 2.5 VVT-i, 306 cv (pot. total) Consumos 1,0 l/100 km Autonomia 75 km Emissões 22 g/km PREÇOS Plug-In Comfort 54.990€ Plug-In Square Collection 58.540€ Plug-In Premium 60.990€ Plug-In Lounge 62.840€
Híbrido, 1.4 TSI, 218 cv (pot. total) Consumos 1,3 l/100 km Autonomia 70 km Emissões 30 g/km PREÇOS GTE 50.788€ GTE Shooting Break desde 51.843€
VOLKSWAGEN PASSAT GTE Híbrido, 1.4 TSI, 218 cv (pot. total) Consumos 1,5 a 1,6 l/100 km Autonomia 55 a 57 km Emissões 40 g/km PREÇOS GTE desde 46.605€ GTE Variant desde 50.044€
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VOLKSWAGEN TIGUAN HYBRID Híbrido, 1.4 TSI, 245 cv (pot. total) Consumos 1,6 l/100 km Autonomia 70 km Emissões 59 g/km PREÇOS Hybrid desde 41.731€
blueauto
Híbrido, 1.4 TSI, 204 a 245 cv (pot. total) Consumos 0,9 a 1,1 l/100 km Autonomia 64 a 71 km Emissões 21 a 26 g/km PREÇOS eTSI Style 37.928€ GTE 41.532€ GTE+ 43.192€
VOLKSWAGEN TOUAREG HYBRID Híbrido, 3.0 TSI, 380 a 462 cv (pot. total) Consumos 2,7 a 2,8 l/100 km Autonomia 47 a 60 km Emissões 60 a 62 g/km PREÇOS eHybrid 88.289€ R 100.312€
guia de compras
HÍBRIDOS PLUG-IN VOLVO S60/V60
VOLVO S90/V90
VOLVO XC40
Híbrido, 2.0 T, 340 a 405 cv (pot. total) Consumos 1,7 a 2,7 l/100 km Autonomia 44 a 56 km Emissões 38 a 56 g/km PREÇOS S60 T8 Recharge desde 62.726€ V60 T6 Recharge desde 57.560€ V60 T8 Recharge desde 60.020€
Híbrido, 2.0 T, 390 cv (pot. total) Consumos 1,9 a 2,1 l/100 km Autonomia 53 a 55 km Emissões 43 a 47 g/km PREÇOS S90 T8 Recharge desde 70.229€ V90 T6 Recharge desde 71.090€ V90 T8 Recharge desde 74.165€
Híbrido, 1.5 T, 211 a 262 cv (pot. total) Consumos 2,1 a 2,5 l/100 km Autonomia 45 km Emissões 47 a 57 g/km PREÇOS XC40 T4 Recharge desde 47.080€ XC40 T5 Recharge desde 48.556€
VOLVO XC60
VOLVO XC90
Híbrido, 2.0 T, 340 a 405 cv (pot. total) Consumos 2,4 a 3,3 l/100 km Autonomia 36 a 53 km Emissões 55 a 73 g/km PREÇOS XC60 T6 Recharge desde 69.407€ XC60 T8 Recharge desde 73.650€ XC60 Polestar Eng. 85.959€
Híbrido, 2.0 T, 390 cv (pot. total) Consumos 2,7 a 3,4 l/100 km Autonomia 43 km Emissões 60 a 76 g/km PREÇOS XC90 T8 Recharge desde 87.552€
AUDI E-TRON GT
AUDI Q4 E-TRON
Elétrico, 476 a 598 cv Bateria 85 kWh Autonomia 472 a 487 km PREÇOS GT quattro RS GT quattro
Elétrico, 170 a 299 cv Bateria 52 e 77 kWh Autonomia 341 a 520 km PREÇOS Q4 e-tron desde 44.814€ Q4 e-tron Sportback desde 46.882€
106.493€ 145.753€
blueauto
guia de compras
ELÉTRICOS
AUDI E-TRON
Elétrico, 313 a 503 cv Bateria 71 a 95 kWh Autonomia 336 a 446 km PREÇOS 50 quattro desde 72.719€ 55 quattro desde 87.399€ S quattro 99.736€ Sportback 50 quattro desde 75.388€ Sportback 55 quattro desde 88.538€ Sportback S quattro 102.508€
BMW i3 Elétrico, 170 a 184 cv Bateria 33 kWh Autonomia 279 a 308 km PREÇOS i3 i3s
42.220€ 46.020€
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ELÉTRICOS BMW iX3
BMW iX
CITROËN ë-C4
Elétrico, 286 cv Bateria 75 kWh Autonomia 450 km PREÇOS iX3
Elétrico, 326 a 503 cv Bateria 70 e 100 kWh Autonomia 400 a 600 km PREÇOS iX xDrive40 desde 89.150€ iX xDrive50 desde 107.000€
Elétrico, 136 cv Bateria 50 kWh Autonomia 350 km PREÇOS Feel Feel Pack Shine Shine Pack
desde 72.600€
35.857€ 36.857€ 38.257€ 39.657€
CITROËN AMI Elétrico, 8 cv Bateria 5,5 kWh Autonomia 75 km PREÇOS Ami
CITROËN ë-SPACETOURER desde 7.350€
Elétrico, 136 cv Bateria 50 kWh Autonomia 230 km PREÇOS ë-Jumpy Furgão ë-Jumpy Misto ë-Jumpy Combi ë-Spacetourer Business ë-Spacetourer Feel
DS 3 CROSSBACK E-TENSE 40.765€ 44.525€ 43.194€ 45.674€ 47.444€
DACIA SPRING Elétrico, 45 cv Bateria 27,4 kWh Autonomia 230 km PREÇOS Spring Comfort Spring Comfort Plus
90
41.550€ 42.200€ 43.700€ 46.350€
16.800€ 18.300€
FIAT 500 Elétrico, 95 a 118 cv Bateria 42 kWh Autonomia 320 km PREÇOS 500e 500e 3+1 500e Cabrio
Elétrico, 136 cv Bateria 50 kWh Autonomia 320 km PREÇOS E-Tense So Chic E-Tense Performance Line E-Tense Connected Chic E-Tense Grand Chic
FORD MUSTANG MACH-E
HONDA-E
Elétrico, 258 a 337 cv Bateria 75,7 e 98,8 kWh Autonomia 440 a 610 km PREÇOS SR RWD SR AWD ER RWD ER AWD
Elétrico, 136 e 154 cv Bateria 35,5 kWh Autonomia 210-222 km PREÇOS Base Advance
desde 23.800€ desde 28.800€ desde 29.800€
blueauto
49.901€ 57.322€ 57.835€ 66.603€
36.360€ 38.885€
guia de compras
ELÉTRICOS HYUNDAI IONIQ EV
HYUNDAI KAUAI EV
IONIQ 5
Elétrico, 136 cv Bateria 38,3 kWh Autonomia 311 km PREÇOS EV
Elétrico, 136 a 204 cv Bateria 39,2 a 64 kWh Autonomia 305 a 484 km PREÇOS Electric 39 kWh Electric 64 kWh
Elétrico, 218 cv Bateria 72,6 kWh Autonomia 480 km PREÇOS Vanguard
36.580€
33.005€ 37.555€
JAGUAR I-PACE
KIA e-NIRO
KIA e-SOUL
Elétrico, 400 cv Bateria 90 kWh Autonomia 470 km PREÇOS I-Pace
Elétrico, 136 a 204 cv Bateria 39,2 a 64 kWh Autonomia 289 a 455 km PREÇOS Move Tech
Elétrico, 136 a 204 cv Bateria 39,2 a 64 kWh Autonomia 276 a 452 km PREÇOS e-Soul 39 e-Soul 64
desde 81.788€
KIA EV6
LEXUS UX 300e
Elétrico, 170 a 585 cv Bateria 58 e 77,4 kWh Autonomia até 510 km PREÇOS Concept desde 43.950€ GT Line desde 49.950€ GT desde 64.950€
Elétrico, 204 cv Bateria 54,3 kWh Autonomia 315 km PREÇOS UX300e Executive+ UX300e Premium UX300e Premium+ UX300e Luxury UX300e Luxury+
blueauto
34.150€ 41.750€
50.990€
37.000€ 40.000€
MAZDA MX-30 52.500€ 57.500€ 58.300€ 63.500€ 64.850€
Elétrico, 143 cv Bateria 35,5 kWh Autonomia 200 km PREÇOS Excellence Excellence Pack Plus
36.240€ 38.650€
91
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ELÉTRICOS MERCEDES EQA 250
MERCEDES EQC
MERCEDES EQV
Elétrico, 190 a 292 cv Bateria 66,5 kWh Autonomia 409 a 432 km PREÇOS EQA 250 EQA 350 4Matic
Elétrico, 408 cv Bateria 80 kWh Autonomia 410 km PREÇOS EQC 400 4Matic
Elétrico, 116 a 204 cv Bateria 90 kWh Autonomia 347 a 358 km PREÇOS eVito Furgão eVito Furgão Longo eVito Tourer eVito Tourer Longo EQV 300 EQV 300 Longo
53.750€ 61.250€
50.608€ 52.170€ 72.813€ 74.426€ 79.441€ 80.437€
NISSAN LEAF
MINI COOPER S E Elétrico, 184 cv Bateria 32,6 kWh Autonomia 235 km PREÇOS Essential Classic Collection Electric Yours
71.900€
34.750€ 36.100€ 38.000€ 38.300€ 38.700€
Elétrico, 150 e 217 cv Bateria 40 e 62 kWh Autonomia 270 e 385 km PREÇOS Acenta 10.º Aniversário N-Connecta Tekna e+ Acenta e+ N-Connecta e+ 10º Aniversário e+ Tekna
29.400€ 30.350€ 30.500€ 33.350€ 34.550€ 35.500€ 36.450€ 38.350€
NISSAN e-NV200 Elétrico, 109 cv Bateria 40 kWh Autonomia 275 km PREÇOS e-NV200 e-NV200 Combi e-Evalia 5 lug. e-Evalia 7 lug.
desde 25.996€ desde 27.301€ 36.940€ 37.475€
OPEL CORSA-E Elétrico, 136 cv Bateria 50 kWh Autonomia 330 km PREÇOS Edition Business Edition GS Line Elegance
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OPEL ZAFIRA-E LIFE 30.110€ 31.310€ 33.310€ 32.610€
Elétrico, 136 cv Bateria 50 e 75 kWh Autonomia 220 a 330 km PREÇOS Business Edition 50 desde 49.520€ Business Edition 75 desde 58.970€ Edition 50 desde 53.110€ Edition 75 desde 62.560€ Elegance 50 desde 58.600€ Elegance 75 desde 67.600€
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ELÉTRICOS PEUGEOT e-208
PEUGEOT e-2008
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Elétrico, 136 cv Bateria 50 kWh Autonomia 340 km PREÇOS e-208 Active e-208 Allure e-208 GT
Elétrico, 136 cv Bateria 50 kWh Autonomia 310 km PREÇOS e-2008 Active e-2008 Allure e-2008 GT
Elétrico, 136 cv Bateria 50 e 75 kWh Autonomia 220 a 330 km PREÇOS 50 desde 55.120€ 75 desde 61.820€
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Elétrico, 476 a 761 cv Bateria 83,7 kWh Autonomia 388 a 456 km PREÇOS 4 Cross Turismo desde 97.582€ 4S Cross Turismo desde 116.401€ Turbo Cross Turismo desde 160.435€ Turbo S Cross Turismo desde 194.875€
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Elétrico, 95 cv Bateria 33 kWh Autonomia 200 km PREÇOS ZE ZE Maxi 2L ZE Maxi 5L
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ELÉTRICOS
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Elétrico Bateria 100 kWh Autonomia 663 a 837 km PREÇOS Long Range Plaid
Elétrico Bateria 75 kWh Autonomia 480 a 505 km PREÇOS Long Range Performance
Elétrico Bateria 100 kWh Autonomia 547 a 580 km PREÇOS Long Range Plaid
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mobilidade elétrica
O que é um HUB? Voltando ao título deste artigo, “O que é um HUB?”
Henrique Sánchez Presidente da UVE – Associação Utilizadores Veículos Elétricos
A
Rede Nacional de Carregamento para Veículos Elétricos (VE) está cada vez mais perto de todos os cantos e recantos de Portugal, e a sua expansão continua a grande velocidade. Desta Rede Nacional fazem parte os carregadores da Rede Pública de Carregamento, sob gestão da Entidade Gestora da Mobilidade Elétrica, atualmente a MOBI.E, constituída por 3.236 PCN (Ponto de Carregamento Normal), 537 PCR (Posto de Carregamento Rápido) e 21 PCSR/PCUR (Posto de Carregamento Super-rápido/Posto de Carregamento Ultrarrápido) e os carregadores das diversas Redes Privadas de Carregamento, melhor dizendo, redes que não se encontram sob gestão da MOBI.E, como sejam a da Tesla (exclusiva para os veículos da marca) com 171 PCN e 106 PCSR/PCUR, a do Continente Plug & Charge com 84 PCN e 12 PCR, e outras de menor dimensão (Nissan, Power Dot/Uber, Porsche, etc.), perfazendo um total de 4.315 pontos de carregamento a nível nacional, assim distribuídos:
A melhor definição de “HUB”, palavra inglesa, é o centro de uma atividade, que numa tradução livre, no caso da mobilidade elétrica, poderemos traduzir como “Estação de Carregamento”. Só que esta Estação de Carregamento para Veículos Elétricos é uma Estação com vários carregadores, um verdadeiro HUB, um centro de atividade. A exemplo das Áreas de Serviço e das Estações de Serviço dos combustíveis fósseis, com múltiplos distribuidores permitindo o abastecimento simultâneo de vários veículos, começam a ser criadas as primeiras Estações de Carregamento para Veículos Elétricos com múltiplos carregadores, os já referidos HUB, como se convencionou chamar. O primeiro desses HUB, ligado à Rede Pública de Carregamento, foi criado em Sintra, no Lourel, com um conjunto de 4 PCR de 50 kW, permitindo o carregamento simultâneo de quatro Veículos Elétricos.
Estação de carregamento do Lourel, Sintra.
Estão, neste momento, em fase adiantada de instalação três Estações de Carregamento em Lisboa, com 6 PCR de 50 kW cada, e que permitirão o carregamento simultâneo de 12 Veículos Elétricos. Estas Estações (HUB) estão localizadas em Belém, no Campo Grande e no Parque das Nações. No total permitirão o carregamento simultâneo a 36 veículos elétricos, eliminando de vez qualquer dificuldade em realizar um carregamento rápido de um Veículo Elétrico, no concelho de Lisboa.
O que falta então à nossa Rede Nacional de Carregamento para Veículos Elétricos? Quanto a mim, estes 3 vetores, pela seguinte ordem de importância: • Estações de Carregamento com múltiplos carregadores (HUB) • Maior capilaridade da Rede Nacional de Carregamento • Carregadores com maiores potências
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Estação de Carregamento (HUB) em Belém.
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Fátima, com 8 stalls de 125 kW, atualmente tem 14 stalls de 150 kW. A maior Estação de Carregamento da Tesla em Portugal é o SuC da Mealhada com 20 stalls e os mais potentes são os instalados no SuC de Loulé, que são de 250 kW.
Estação de carregamento (HUB) no Campo Grande e estação de carregamento (HUB) no Parque das Nações.
Estes três HUB estão prestes a ser inaugurados, prevendose a sua ligação à Rede Pública de Carregamento de Veículos Elétricos durante o próximo mês de junho. A MOBI.E também lançou um concurso, já concluído, para construção de 10 HUB, composto cada um por 1 PCUR de 160 kW, 3 PCR de 50 kW e 5 PCN de 22 kW, nas seguintes localizações: Braga, Viseu, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Aveiro, Coimbra, Leiria, Loures, Almada e Loulé. Estes HUB deverão estar instalados até ao final do corrente ano. Outro exemplo de uma Estação de Carregamento com vários carregadores, neste caso rápidos e normais, também ligada à Rede Pública de Carregamento, é a Estação de Carregamento instalada na Área Comercial do Alegro, no Montijo, que permite o carregamento simultâneo de 8 Veículos Elétricos.
SuC em Fátima com 14 stalls.
SuC na Mealhada com 20 stalls.
Ainda nas redes de carregamento sem ligação à Entidade Gestora da Mobilidade Elétrica, a MOBI.E, já foram inauguradas várias Estações de Carregamento instaladas nos hipermercados e supermercados da cadeia Continente, com o nome de Continente Plug & Charge, e que permitem carregamentos aos utilizadores do cartão ou da aplicação Continente. Esta solução, que vem complementar a Rede Pública de Carregamento, permite aos clientes daquela cadeia de distribuição carregarem os seus veículos enquanto realizam as suas compras.
Estação de carregamento (HUB) do Alegro no Montijo e estações de carregamento da Via Verde Electric.
As mais recentes Estações de Carregamento (HUB) foram as lançadas pela Brisa no âmbito da iniciativa Via Verde Electric. Estas Estações de Carregamento vão cobrir toda a rede de autoestradas concessionadas à Brisa, num total de 1.100 km. As primeiras Estações de Carregamento da Via Verde Electric já foram inauguradas e já estão ligadas e em funcionamento. A primeira de todas foi a de Almodôvar, na A2, que já tem instalados os primeiros carregadores ultrarrápidos da rede transeuropeia da Ionity de 350 kW, no caso de Portugal ligados à Rede Pública de Carregamento.
Estações de Carregamento (HUB) não geridas pela MOBI.E As maiores de todas as Estações com múltiplos carregadores, neste caso super e ultrarrápidos, existentes em Portugal, são as dos SuperCarregadores da Tesla (SuC), exclusivos para os veículos da marca. O primeiro SuC a surgir em Portugal foi em
Ao mesmo tempo que estas Estações de Carregamento para os Veículos Elétricos (HUB) com vários carregadores e com diferentes potências vão sendo instaladas e inauguradas, elimina-se a dificuldade de existir apenas um equipamento por local. Além de em cada Área de Serviço nas autoestradas existirem PCR, verificamos também a instalação de Postos de Carregamento em localidades cada vez mais distantes do litoral, o que vem trazer a capilaridade necessária a uma Rede de Carregamento que se quer Nacional e abrangente. Para concluir, com os três vetores identificados no início, temos a instalação de Postos de Carregamento isolados com potências acima dos 100 kW, o que permite reduzir o tempo de carregamento para aqueles Veículos Elétricos que possuam a capacidade de carregar a estas potências, e que felizmente são cada vez mais. A Mobilidade Elétrica em Portugal está, assim, em franco desenvolvimento e com um crescimento cada vez mais acelerado. n
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