Boardilla #4

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boardilla Pintura 路 textos 路 fotos + Portugu锚s, castellano e italiano +

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ร ndice nยบ4 Flรกvia Bomfim

Anderson Santos

Ana Verana

Igor Souza

Mom Mum

Roberto Castro Moreno

Roberto de Souza

Cecilia Tamplenizza


AndrĂŠs Rubio

Atomo

Gustavo Peres

Arianna Russo

Elena Panzetta

Marcelus Freitas

Chiara Gai

Pedro Marighella


No começo do ano passado saiu o primeiro número de boardilla, hoje, após um ano de publicações quadrimestrais, inauguramos o segundo ano de vida desta revista online, comemorando com uma seleção de dezesseis artistas, provenientes do Brasil, da Espanha e da Itália. Nas edições anteriores explicamos o porque do nome boardilla como tendo dois significados: ‘lugar de baixo do telhado onde se guardam os objetos velhos ou sem uso’ e ‘janela no telhado de uma casa que serve para dar luz ao sótão’. Apresentamos aqui esta pequena janela sobre o mundo da arte contemporânea renovada por diferentes artistas que mostram com técnicas diversas o produto dos seus processos criativos e suas reflexões sobre a sociedade atual. Este número como os anteriores é o resultado do trabalho de todos os artistas que pariciparam desta aventura enriquecendo-o com suas obras e ideias. Agradecemos a todos os que colaboraram para que podessemos chegar a este segundo ano! Castellano: boardilla (buhardilla, la forma más usada) Italiano: soffitta Português: sotão


A principio del año pasado salió la primera edición de boardilla, hoy, después de un año de publicaciones cuatrimestrales, inauguramos el segundo año de vida de esta revista online, celebrando con una selección de dieciséis artistas de Brasil, España y Italia. En ediciones anteriores explicamos el porque del nombre Boardilla que tiene dos significados: ‘lugar debajo del tejado donde se guardan objetos viejos o en desuso’ y ‘ventana en el tejado de una casa que sirve para dar luz a los desvanes’. Presentamos aquí esta pequeña ventana al mundo del arte contemporáneo renovada por diferentes artistas que con diferentes técnicas muestran el producto de sus procesos creativos y sus pensamientos sobre la sociedad de hoy. Este número, como los anteriores, es el resultado del trabajo de todos los artistas que participaron en esta aventura enriqueciéndola con sus obras e ideas. Damos las gracias a todos los que contribuyeron para que pudiéramos llegar a este segundo año! Castellano: boardilla (buhardilla, la forma más usada) Italiano: soffitta Português: sotão


All’inizio dello scorso anno è uscito il primo numero di boardilla, oggi, dopo un anno di pubblicazioni trimestrali, inauguriamo il secondo anno di questa rivista on-line, festeggiando con una selezione di sedici artisti provenienti da Brasile, dalla Spagna e dall’Italia. Nelle edizioni precedenti abbiamo spiegato il perché del nome boardilla attribuendogli due significati: ‘luogo del tetto dove si conservano oggetti vecchi o inutilizzati’ e ‘finestra sul tetto di una casa che serve a dare luce alla soffitta’. Presentiamo questa piccola finestra sul mondo dell’arte contemporanea rinnovata da diversi artisti che con differenti tecniche mostrano il prodotto dei loro processi creativi e le loro riflessioni sulla società odierna. Questo numero, come i precedenti, è il risultato del lavoro di tutti gli artisti che hanno partecipato a questa avventura arricchendola con le loro opere e idee. Ringraziamo tutti coloro che hanno contribuito affinchè potessimio raggiungere questo secondo anno! Castellano: boardilla (buhardilla, la forma más usada) Italiano: soffitta Português: sotão



Flรกvia Bonfim


A magia e a simplicidade guiaram o meu olhar e alimentaram a idéia de construir uma narrativa sobre a realidade dos pequenos circos. As fotos apresentadas aqui são do encontro que tive com o Circo Estaner em Capim Grosso. “Os Grandes Pequenos Circos” é um projeto de documentação fotográfica dos circos familiares que transitam pelo interior da Bahia.

La magia y la simplicidad guiaron mi mirada y alimentaron la idea de construir una narrativa sobre la realidad de los pequeños circos. Las fotos aquí presentadas son el resultado del encuentro que tuve con el Circo Estaner, em Capim Grosso. “Os Grandes Pequenos Circos” es un proyecto de documentación fotográfica de los circos familiares que viajan por el interior de Bahía.

Existir, para as pessoas que fazem e mantém os pequenos circos, é como um trapézio sem redes, insistindo em manter viva e vigorosa essa arte milenar.

Existir para las personas que hacen y mantener los circos pequeños, es como un trapecio sin red, insistiendo en mantener vivo y vigoroso este antiguo arte.


La magia e la semplicità hanno guidato i miei occhi e alimentato l’idea di costruire una narrazione sulla realtà dei piccoli circhi. Le foto qui presentate sono dell’incontro che ho avuto con il circo Estaner in Capim Grosso. “Os Grandes Pequenos Circos” è un progetto di documentazione fotografica dei circhi familiari che transitano lo stato di Bahia. Esistere, per le persone che creano e mantengono i piccoli circhi, è come un trapezio senza reti, insistendo a mantenere viva e vigorosa questa antica arte.




Fotografias sem tĂ­tulo

FlĂĄvia Bomfim www.grandespequenoscircos.blogspot.com movicontinuo@gmail.com



Ana Verana “Nunca Tenho Piedade na Primavera” desdobra-se no verão, outono, inverno, encerrando e iniciando ciclos de incapacidade de perceber o outro por encontrar-se em estado de torpor. O corpo que apenas vê – pequena parcela do perceber – aquilo que não sabe que necessita possuir na forma mais plena do sentir... “Nunca Tenho Piedade na Primavera” desdoblase en verano, otoño, invierno, cerrando y iniciando ciclos de incapacidad de percibir el otro por encontrarse en estado de torpor. El cuerpo que apenas ve - pequeña parcela del percibir - aquello que no sabe que necesita poseer una forma más plena del sentir... “Nunca Tenho Piedade na Primavera” si dispiega in estate, autunno, inverno, chiudendo e iniziando i cicli dell’incapacità di percepire l’altro perchè si incontra in uno stato di torpore. Il corpo che solo vede - piccola porzione del percepire - ció che non sà di aver bisogno di possedere nella forma più piena del sentire...



nunca tenho piedade na primavera, aquarela, 18,5x26cm

nunca tenho piedade na primavera, aquarela, 18,5x26cm

nunca tenho piedade na primavera, aquarela, 18,5x67cm

http://www.flickr.com/photos/anaverana/ anaverana@gmail.com




Mon Mun


Mon Mun nace en Barcelona un 24 de agosto. Ha realizado exposiciones como pintora e ilustradora en Barcelona y en Gerona. Ha ilustrado sus propios cuentos y los de otros autores para diversas editoriales. En su obra se puede ver la variedad de registros en el tratamiento del dibujo, de las técnicas mixtas y el color; Acrílico, óleo, lápiz, collage, acuarelas, tintas... Todo ello aplicado a contenidos diferentes: tanto infantiles, como juveniles, y también adulto. A menudo trabaja en proyectos que se pueden dirigir a todas las edades.

Mon Mun nasce em Barcelona num 24 de agosto. Vem realizando exposições como pintora e ilustradora em Barcelona e em Girona. Ilustrou seus próprios contos e de outros autores para diversas editoriais. Na sua obra se pode observar a variedade de registros no desenho, das técnicas mistas e a cor; Acrílico, óleo, lápis, colagem, aquarelas, tintas... Tudo isto aplicado em conteúdos diferentes: tanto infantis, como juvenis, e também adulto. Frequentemente trabalha em projetos que se podem destinar a todas as idades.


Mon Mun è nata a Barcellona un 24 agosto. Ha esposto come pittrice e illustratrice a Barcellona e Gerona. Ha illustrato le sue storie e quelle di altri autori per diverse case editorici. Nel suo lavoro si può vedere la varietà di registri nel trattamento del disegno, delle tecniche miste e il colore, acrilico, olio, matita, collage, acquarelli, inchiostri ... Tutto questo applicato a contenuti diversi: tanto infantili, quanto giovanile, e per adulti. Spesso lavora su progetti che possono essere diretti a tutte le età.

El sueño del lobo negro

La liebre sonámbula

Mon Mun www.mungm.com



Roberto


de Souza


A Estética do Feitiço A fotografia deve ultrapassar os limites do visível. Deve registrar o imaginário, codificar, significar e levar ao córtex a mensagem final que ainda surpreenderá o homem: ele ainda está vivo. A idéia nasce de uma lembrança de infância, quando percorríamos curiosos em expedições, primos e eu, o sítio da avó situado na Estrada Velha do Aeroporto, onde encontrávamos frequentemente cestos ou cerâmicas “arreados” aos pés de árvores e carregados de objetos estranhos, animais mortos untados no próprio sangue, e iguarias banhadas em óleo amarelo. A ordem era não pegar, não chegar perto. Aquilo era feitiço. Não entendíamos muito bem o seu significado e no final era um certo pavor que era passado para nós. Pavor do desconhecido. Cresci e ganhei espaços urbanos onde continuei a identificar essas espécies de oferendas, sempre coloridas e intrigantes, possuidoras de uma estética rica e particular, assim como suas intenções camufladas no meio da forma final que seus autores desconhecidos apresentam em espaços da cidade. O olhar vê, o olho pensa, a câmera registra.


La Estética del Hechizo

L’Estetica dell’incantamento

La fotografía debe transcender lo límites del visible. Debe registrar lo imaginario, codificar, significar y llevar al córtex el mensaje final que aún sorprenderá el hombre: él esta vivo. La idea nace de un recuerdo de mi niñez, cuando recorríamos curiosos en expediciones, primos y yo, la granja de la abuela situada en la Estrada Velha do Aeroporto, donde encontrábamos frecuentemente cestos o cerámicas “arreados” a los pies de un árbol y cargados de objetos raros, animales muertos untados en su propia sangre, y manjares bañados en aceite amarillo. El orden era no tocar, no acercarse. Aquello era hechizo. No comprendíamos muy bien su significado y al final se nos pasaba algo de pavor. Pavor del desconocido.

La fotografia deve ultrapassar i limiti del visibile. Deve registrare l’immaginario, codificare, significare e portare alla corteccia un menssaggio finale che nuovamente sorprenderà l’uomo: egli è ancora vivo. L’idea nasce da un ricordo di infanzia, quando realizzando delle spedizioni, io e dei miei cugini, percorrevamo curiosi il terreno di mio nonno, situato nella Strada Vecchia dell’Aereoporto, dove frequentemente incontravamo ceste o ceramiche “arreados” ai piedi degli alberi e carichi di oggetti strani, animali morti untati nel proprio sangue, e delizie bagnate di olio giallo. L’ordine era di non prenderle, non avvicinarsi. Quello era un incantamento. Non capivamo molto bene il suo significato e alla fine era un certa paura che ci era passata. Paura dello sconosciuto.

Crecí y conquisté espacios urbanos donde seguí a identificar esas clases de ofrendas, siempre coloreadas e intrigantes, dueñas de una estética rica y particular, así como sus intenciones camufladas en medio de la forma final que sus autores desconocidos presentan en rincones de la ciudad.

Sono cresciuto e ho conquistato spazi urbani dove ho continuato a identificare questi tipi di offerte, sempre colorate e intriganti, che possiedono una estetica ricca e particolare, così como le loro intenzioni camuflate nella forma finale che gli autori sconosciuti presentano nello spazio della città.

La mirada ve, el ojo piensa, la cámara registra.

Lo sguardo vede, l’occhio pensa, la camera registra.


robertodesouza@hotmail.com


Anderson Santos




pintura ! pittura !



paisagem 7, 贸leo sobre tela, 19x27cm, 2008

paisagem 8, 贸leo sobre tela, 160x80cm, 2008/9

paisagem 9, 贸leo sobre tela, 70x70cm, 2010

http://andep8.wordpress.com/ andep8@gmail.com


Igor Souza


Aqui estamos. Cantando e dançando em volta da fogueira, nos reconhecemos na sombra daqueles que estão à nossa frente. Será que existe o eu sem o outro? Focados nas possibilidades, girando contra o relógio, buscamos o que veio de dentro. Pois a única segurança é de que as certezas mudam de lugar. Quantos lugares você reconhece em mim? Quantos outros compõem você!

Siamo qui. Cantando e danzando attorno al falò, ci riconoscImo nell’obra di quelli che ci stanno davanti. Sará che esiste l’io senza l’altro? Concentrati nelle possibilità, girando contro l’orologio, cerchiamo ciò che viene dall’interno. Infatti l’unica certezza é che le certezze cambiano di posto. Quanti luoghi riconosci in me? Quanti altri ti compongono!

Aquí estamos. Cantando e danzando em volta da fogueira, nos reconhecemos na sombra daqueles que estão à nossa frente. Será que existe o eu sem o outro? Focados nas possibilidades, girando contra o relógio, buscamos o que veio de dentro. Pois a única segurança é de que as certezas mudam de lugar. Quantos lugares você reconhece em mim? Quantos outros compõe você!




rogisouza@gmail.com


Roberto Castro Moreno


Minhas mais antigas lembranças estão repletas de tinta, lápis, papéis e pincéis. Coisa de família. E por volta de meus 11, 12 anos, meados dos anos 60, ganhei de meu avô uma caixinha de penas Gillott. E nankim.

Mis más antiguos recuerdos están repletos de tinta, lápices y pinceles. Cosa de familia. Al rededor de mis 11, 12 años, a mediados de los 60, gané de mi abuelo una cajita de plumas Gillott. Y tinta china.

Ele colocou uma folha de papel sobre a perna e começou a desenhar. Foi aparecendo uma árvore. Aquilo não se parecia com uma árvore. Aquilo era uma árvore. De verdade. A linha controlando o tom e o tom controlando a linha. Percebendo como eu estava encantado, ele disse: “Você precisava ver o meu irmão. Ele sim, sabia desenhar”.

Él me puso una hoja de papel sobre la pierna y empezó a dibujar. Le fue saliendo un árbol. Aquello no se parecía a un árbol. Aquello era un árbol. De verdad. La línea controlando el tono y el tono controlando la línea. Percibiendo como yo estaba encantado, él dijo: “Tú necesitaba ver a mi hermano. Él sí que sabia dibujar”.

I miei ricordi più antichi sono pieni di colori, matite, carte e pennelli. Cose di familia. E attorno ai miei 11, 12 anni, alla metà degli anni 60, ho ricevuto da mio nonno una scatola di penne Gillott. E china. Lui mise un foglio di carta sulla gamba e inizió a disegnare. Apparì un albero. Quello non assomigliava a un albero. Vero. La linea che controllava il tono e il tono controllando la linea. Al percepire il mio incanto, lui disse: “Dovevi vedere mio fratello. Lui si, sapeva disegnare”.





D. Maria. 28 x 30 cm Carbon Conté sobre Canson Nesse olhar, milhões de Donas Marias do Brasil inteiro, me contemplam e me interrogam.

Pensar. 24x 24 cm Lápis dermatográfico sobre Canson Afinal, o que é ser humano?

A Intriga. 40 x 29 cm Carbon Conté sobre Canson Como sempre, as figuras me observam. Agem por vontade própria. Me compreendem melhor que eu as compreendo.

Dois Momentos ou Metamorfose. 30 x 21,6 cm Carvão e acrílica branca sobre cartão cinza. Da casca vazia e morta surge a vida. Atônita e frágil. Comecei este trabalho a carvão. E depois de alguns anos retornei a ele trabalhando os brancos com acrílica. Metamorfose total.

robertocastromoreno2@gmail.com



Cecilia Tamplenizza



Ponte Nord

Ponte Norte

La posizione una naturale disposizione.

A posição, uma natural disposição.

Sulla sdraio, immobile il corpo gode di inconsapevole concetrazione. Nel calore del momento quell’odore succulento allotana ogni pensiero.

Na cadeira, imóvel o corpo goza de inconsciente concetração. No calor do momento aquele olor suculento afasta os pensamentos.

Ma, gli occhi aperti giá vedono la terra ferma.

Mas, os olhos abertos já enxergam a terra firme. Puente Norte La posición una natural disposición. En la silla, inmóvil el cuerpo goza de inconsciente concentración. En el calor del momento aquél olor suculento aleja todo pensamiento. Pero, los ojos abiertos ya ven tierra firme.




Tre. Papel fotogrรกfico - 2011

Uno. Papel fotogrรกfico - 2011

H. Papel fotogrรกfico - 2011

http://cesira.botiq.org/


Andrés Rubio


Sobre o desenho.

Sobre o desenho.

O sentido da minha questão com o desenho começa com o ato de desenhar como expressão gráfica primordial. Os desenhos se alteram entre figuração e abstração como si fossem “paisagens internos”, mas não necessariamente ilustram; cada linha é então a experiência com a sua história única. A primeira vista a morfologia dos desenhos oferece essa sensação de “incerteza” de não saber aonde eles nos conduzem. Desenhos que respondem a formações de sentidos internos, autônomos e de um processo de ação. A contínua sensação do inacabado é a que gera o discurso. Em alguns casos o espectador tem de participar da construção, algo assim como continuar desenhando ou apagando os traços projetados na própria mente. A cada traço percorrido, a memória trabalha junto ao que já aconteceu e ao que terá por vir, possivelmente estimulando “novo” discurso pictórico próprio.

El sentido de mi practica com el dibujo comienza con el próprio acto de dibujar como expresión gráfica primordial. Los dibujos “transitan”entre la figuración e la abstracción como si fueran “paisajes internos”, pero no necesariamente como ilustraciones: cada línea tiene su próprio discurso. A primera vista la morfologia de los trazos generan uma sensación de incertidumbre, de querer saber rápidamente hacia donde esas lineas se dirigen. Dibujos que intentan responder a formación de sentidos internos, autônomos e de um proceso de acción. La continua sensación de inacabado, justamente, es la que genera um discurso. Em algunos casos el espectador tiene la experiencia de participar de la construcción de esas tramas, algo así como continuar dibujando o borrando los grafismos em la propia mente. A cada trazo recorrido, la memória trabaja casi paralelamente a lo




A proposito del disegno.

cisilinorubio@hotmail.com

Il significato della mia domanda con il disegno inizia con l’atto di disegnare come espressione grafica primoridale. I disegni cambiano tra la figurazione e l’astrazione, come se si trattasse di “paesaggi interiori”, ma non necessariamente illustrano; ogni linea è quindi l’esperienza con la sua storia unica. A prima vista la morfologia dei disegni fornisce un senso di “incertezza” di non sapere dove ci portano. Disegni che rispondono alle formazioni dei sentimenti interni, autonomi, e di un processo di azione. La continua sensazione di incompletezza è ciò che genera il discorso. In alcuni casi, lo spettatore deve partecipare alla costruzione, qualcosa come continuare a disegnare o cancellare le tracce proiettate nella mente stessa. Ad ogni traccia percorsa, la memoria lavora assime a ciò che è accaduto e ciò che verrà, probabilmente stimolando un “nuovo” discorso pittorico individuale.


Gustavo Peres


Uso cadernos há mais de 10 anos. Tenho uma relação com eles que se estende dos registros de vivências até a experimentação artística.

Uso cuadernos hace más de 10 años. Tengo una relación con ellos que se extiende desde los registros de vivencias hasta la experimentación artística.

Ali anoto sonhos, idéias, faço desenhos, colagens, pesquiso texturas e outros estímulos. Permito que o caderno seja o suporte para qualquer percepção, consciente ou inconsciente. Um território livre para projeções diversas, que juntas vão ganhando forma e significado.

Es allí donde apunto sueños, ideas, hago dibujo, collages, pruebo texturas y otros estímulos. Permito que el cuaderno sea el soporte para cualquier percepción, consciente o inconsciente. Un territorio libre para proyecciones diversas, que juntas van cobrando forma y significado.

Também passei a desenvolver outros trabalhos a partir dos cadernos. Extraio deles material gráfico para gravuras e ilustrações ou conceitos para outros projetos. Nestas imagens mostro a experiência de sobreposições digitais entre páginas do caderno Silêncio.

También desarrollé otros trabajos a partir de los cuadernos. Extraigo de ellos material gráfico para grabados e ilustraciones o conceptos para otros proyectos. En estas imágenes enseño la experiencia de sobrexposiciones digitales entre páginas del cuaderno Silêncio.

www.gustavoperes.com




Utilizzo quaderni da piÚ di 10 anni. La mia relazione con loro vå dal registro delle mie esperienze alla sperimentazione artistica. Li annoto sogni, idee, faccio disegni, collage, ricerco texture e altri stimoli. Permetto che il quaderno sia il supporto per qualsiasi percezione, conscia o inconscia. Un territorio libero per diverse proiezioni, che insieme guadagnano forma e significato. Sono anche passato a sviluppare altre opere a partire dai quaderni. Estreggo materiale grafico per gravure e illustrazioni o concetti per altri progetti. In queste immagini mostrano l’esperienza di sovrapposizione digitali tra le pagine del quaderno Silenzio.

silencio alterado aventuras

silencio alterado dezembros

www.gustavoperes.com

silencio alterado passarinho


v

Elena Panzetta


La fotografía para Elena es el canal prioritario a través del cual puede expresar sus inquietudes y sensibilizar transmitiendo un mensaje, es un instrumento para medir y comprender el mundo en toda su variedad, caos y riqueza, y para atrapar e interiorizar los momentos de asombro que ese mismo mundo provoca en ella. “Les Transformacions del Poble Nou” es un intento de acercarse a la fotografía documental y denunciar lo que ha ocurrido y sigue ocurriendo en el barrio del Poblenou, en Barcelona. Hoy en día la visión economicista y de competitividad global parece prevalecer sobre las preocupaciones sociales. La necesidad de un posicionamiento de la marca “Barcelona” en el mundo global ha impulsado el plan urbanístico “22@”, que desafortunadamente parece presentar no solamente los brillos tan a menudo ensalzados y celebrados en las versiones oficiales, sino también una serie infinita de sombras. Especulación inmobiliaria, derribos, desalojes, falta de infraestructuras, pérdida de identidad de barrio, agresión hacía el patrimonio arquitectónico e histórico, indicadores de crecimiento económico muy bajos: estas son solo algunas de las consecuencias del plan. El suelo de Sant Martí ha sido parte de una vasta operación de revalorización del suelo, y ciertas zonas, llenas de edificios hipermodernos e hipervacíos, alternadas con solares desiertos cubiertos de escombros y de hierbajo, parecen tierra de nadie, o un paisaje de guerra. Después de documentarse sobre la historia del distrito Elena decidió recorrerlo con la cámara en la mano, con el propósito de documentar su belleza decadente, sus heridas y contradicciones, sus cambios a veces tan rápidos que al volver días después en un lugar ya no era el mismo.

Fábrica abandonada

El-Hombre-Caracol




A fotografia para Elena é o meio prioritário através do qual ela pode expressar suas inquietudes e sensibilizar transmitindo uma mensagem, é um instrumento para medir e compreender o mundo em toda a sua variedade, caos e riqueza, e para apreender e interiorizar os momentos de assombro que esse mesmo mundo lhe provoca. “Les Transformacions del Poble Nou” é uma tentativa de aproximarse à fotografia documentaria e denunciar o que aconteceu e continua acontecendo no bairro de Poble Nou, em Barcelona. Hoje em dia a visão economista e de concorrência global parece prevalecer sobre as preocupações sociais. A necessidade do posicionamento da marca “Barcelona” no mundo global impulsou o plano urbanístico “22@”, que desafortunadamente parece apresentar não somente as luzes, tão comumente exaltados e celebrados nas versões oficiais, senão também uma serie infinita de sombras. Especulação imobiliária, demolições, desalojamento, falta de infra-estruturas, perda de identidade do bairro, agressão ao patrimônio arquitetônico e histórico, indicadores de crescimento econômico muito baixos: estas são somente algumas das consequências do plano. O solo de San Martí tem sido parte de uma vasta operação de revalorização do solo, e certas zonas, cheias de edifícios hiper-modernos e hiper-vazios, alternadas com terrenos baldios cobertos de escombros e de mato, parecem terra de nada, ou uma paisagem de guerra. Depois de documentar-se sobre a historia do distrito Elena decidiu percorrer com a câmara na mão, com o propósito de documentar sua beleza decadente, suas feridas e contradições, suas mudanças as vezes tão rápidas que ao voltar dias depois em um lugar já não era o mesmo.


Ya no tengo vecinos

Who follows you


La fotografia per Elena è il mezzo principale attraverso il quale riesce a esprimere le sue inquietudini e sensibilizzare trasmettendo un messaggio, è uno strumento per misurare e comprendere il mondo in tutta la sua varietà, il caos, e la ricchezza, e di cogliere ed interiorizzare i momenti di meraviglia che questo stesso mondo le provoca. “Les Transformacions del Poble Nou” è un tentativo di avvicinarsi alla fotografia documentaria e denunciare ciò che è accaduto e ancora accade nel quartiere di Poble Nou di Barcellona. Oggigiorno la visone economista e della competizione globale sembra prevalere sulle preoccupazioni sociali. La necessità di posizionarsi del marchio “Barcelona” nel mondo globale ha impulsionato il piano urbanistico “22@”, che purtroppo sembra proporre non solo le luci, così spesso lodato e celebrato dalle versioni ufficiali, ma anche una serie infinita di ombre. La speculazione imobiliare, le demolizioni, gli sgomberi, la mancanza di infrastrutture, la perdita di identità del quartiere, l’aggressione al patrimonio architettonico e storico, gli indicatori di crescita economica molto bassa: queste sono solo alcune delle conseguenze del piano. Il terreno di San Martí ha fatto parte di una vasta operazione di rivalorizzazione del suolo, e alcune aree, piene di edifici iper-moderno e iper-vuoto, alternanate a lotti liberi coperti di erbacce e detriti, sembrano la terra del nulla, o di un paesaggio di guerra. Dopo essersi documentata sulla storia del quartiere Elena ha deciso di percorrere con la macchina fotografica in mano, allo scopo di documentare la sua bellezza decadente, le loro ferite e le contraddizioni, i suoi cambiamenti a volte così veloci che tornando giorni dopo in uno di quei luoghi già non era più il stesso.

www.elenapanzettaphotography.com


Chiara Gai


Me llamo Chiara Gai, soy italiana, vivo en Catalunya desde 2005. En Italia he trabajado como actriz y directora en teatro y televisión, he colaborado con museos y exposiciones en calidad de coordinadora y realizadora de eventos y he sido profesora de dicción e interpretación. Hoy me gano la vida como sommellier y profesora de cultura y geografía vinícola. Entre mis grandes pasiones la fotografía ha sido sin duda la más intima. La cámara me ofrece una mirada limpia sobre las cosas, las personas, los sentimientos. Junto con la escritura y la lectura la fotografía ha hecho de mi una persona más fuerte, más compasiva y, definitivamente, más feliz. Mi trabajo "Paisajes" es parte de una serie de reflexiones sobre el cuerpo. El cuerpo es el medio, pero también el paisaje por el que andaré toda la vida. Cuando cambia, envejece, desea, enferma, me sorprende y traiciona: se vuelve desconocido, un territorio salvaje que, junto con el cuerpo del otro, no deja de abrumarme con su misterio.

Sou Chiara Gai, sou italiana e moro na Catalunha desde 2005. Em Itália trabalhei como atriz e diretora de teatro e TV, colaborei com museus e exposições como coordenadora e realizadora de eventos. Dou aulas de dicção e interpretação. Hoje trabalho como sommellier e professora de cultura e geografia vinícola. Entre as minhas grandes paixões a fotografia tem sido, sem dúvidas, a mais intima. A câmara me oferece um olhar limpo sobre as coisas, as pessoas e os sentimentos. Junto com o escrever e a leitura a fotografia tem feito de mim uma pessoa mais forte, mais compassiva e, definitivamente, mais feliz. Meu trabalho “Paisajes” faz parte de uma serie de reflexões sobre o corpo. O corpo é o meio, mais também a paisagem pela qual andarei toda a vida. Quando muda, envelhece, deseja, adoece, me surpreende e trai: se torna desconhecido, um território selvagem, que, junto com o corpo do outro, não deixa de cosntranger-me com seu mistério.



Sono Chiara Gai, io sono italiano e vivo in Catalogna dal 2005. In Italia ho lavorato come attrice e regista di teatro e TV, ha collaborato con musei e mostre, come coordinatrice e direttrice di eventi. Insegno dizione e interpretazione. Oggi mi guadagno da vivere come sommellier e come professoressa di cultura e di geografia del vino. Tra le mie più grandi passioni la fotografia è stata, senza dubbio, la più intima. La fotocamera mi offre uno sguardo pulito sulle cose, persone e sentimenti. Insieme con la scrittura e la lettura la fotografia mi ha reso una persona più forte, più compassionevole e sicuramente più felice. Il mio lavoro “Paisajes” fa parte di una serie di riflessioni sul corpo. Il corpo è medio, ma anche il paesaggio che percorrerò per tutta la vita. Quando cambia, invecchia, desidera, si ammala, mi sorprende e mi tradisce: diviene sconosciuto, un territorio selvaggio, che, insieme al corpo dell’altro, non smette di sopraffarmi col suo mistero.

espejismos 2 http://www.facebook.com/chiara.gai dunas 4.2


Atomo



Davide Atomo Tinelli, milanese 08/03/1965, operaio, graffitaro e street artist, coorganizzatore delle mostre di street art al Padiglione d’Arte Contemporanea di Milano e all’auditorium della musica di Renzo Piano di Roma.

Davide Atomo Tinelli, de milão 08/03/1965, operário, grafiteiro e street artist, coorganizador das mostras de street art no Padiglione de Arte Contemporánea de Milão e no auditorium da música de Renzo Piano em Roma.

Davide Atomo Tinelli, de Milán 08/03/1965, obrero, grafitero y street artist, coorganizador de las exposiciones de street art en el Padiglione de Arte Contemporanea de Milán y en el auditorium de la musica de Renzo Piano en Roma.



Numeri pochi x, Milano - 2012

Numeri, Milano - 2012

Numeri tanti x, Milano - 2012

www.atomotinelli.com atomo.tinelli@gmail.com


Arianna Russo



Dedicada a la investigación del arte, la arquitectura y el diseño, ha desarrollado su trabajo en despachos de arquitectura internacionales, como Zaha Hadid y ECDM. Establecida desde el 2010 en Barcelona, Arianna dedica plenamente su tiempo a la cerámica y ha establecido su propio taller mientras continua colaborando en proyectos y exposiciones alrededor del mundo. Bajo la influencia de muchas de las prácticas artísticas, sus antecedentes arquitectonicas significan que la relación entre la superficie y el espacio son de particular interés, un constante diálogo entre estructuras y esculturas contemporánea. Después de colaboraciones con Apparatu y Emmanuelle Wittmann exhibe ahora su trabajo en galerías de arte entre Barcelona, Milan y Londres.

Dedicada à investigação da arte, arquitetura e design, desenvolveu seu trabalho em escritórios de arquitetura internacionais, como Zaha Hadid e ECDM. Estabelecida em Barcelona desde 2010, Arianna se dedica plenamente à cerâmica e montou seu próprio atelier enquanto continua colaborando em projetos e exposições por todo o mundo. Baixo a influencia de muitas das praticas artísticas, suas antecedências arquitetônicas significam que a relação entre superfície e o espaço são particularmente interessantes, um dialogo constante entre estruturas e esculturas contemporâneas. Depois de colaborações com Apparatu e Emmanuelle Wittmann exibe seu trabalho em galerias de arte entre Barcelona, Milão e Londres.



Dedicata allo studio dell’arte, dell’architettura e del design, ha sviluppato il suo lavoro in studi di architettura internazionali come Zaha Hadid e ECDM. Stabilitasi nel 2010 a Barcellona, ​​Arianna si dedica interamente alla ceramica e ha creato il proprio studio, pur continuando a collaborare in progetti e mostre in tutto il mondo. Sotto l’influenza di molte delle pratiche artistiche, i sui antecedenti architettonici significano che il rapporto tra superficie e spazio sono di particolare interesse, un costante dialogo tra strutture e sculture contemporanee. Dopo le collaborazioni con Apparatu e Emmanuelle Wittmann espone oggi le sue opere in gallerie di arte da Barcellona, Milano e Londra.

Topography I

Prestige II

blowawish.com

Erosion I


Marcelus Freitas


O espectador como um voyeur... O que você quer de mim? O prazer proporcionado pelo cinema advém de questões relativas ao olhar. A série de fotografias que apresento convida o espectador como um voyeur espreitando a vida das imagens, o trabalho foi concebido em um lugar escuro, propício para espiar os outros, como no cinema, onde o olhar é concentrado e bisbilhoteiro. Tento mostrar o erotismo no olhar, o desejo embutido no ato de ver.

El espectador como un voyeur... ¿Qué quieres de mi?

Lo spettatore come un voyeur ... Cosa vuoi da me?

El placer que proporciona el cine adviene de cuestiones relativas con la mirada. La serie de fotografías que presento invita al espectador como voyeur acechando la vida de las imágenes, el trabajo fue concebido en un sitio oscuro, propicio para espiar los demás, como en el cine, donde la mirada es concentrada y cotilla. Intento enseñar el erotismo en la mirada, el deseo incrustado en el acto de ver.

Il piacere offerto dal cinema arriva dalle questioni legate al vedere. La serie di fotografie che presento invita lo spettatore come un voyeur spiando la vita delle immagini, il lavoro è stato concepito in uno luogo buio, propizio per spiare gli altri, come nel cinema, dove lo sguardo è concentrato e pettegolo. Cerco di mostrare l’erotismo nello sguardo, il desiderio racchiuso nel l’atto di vedere.




http://voyeur-fluxus.blogspot.com/


Pedro Marighella





Nem é morte nem é pagode

Olhei pro céu (resposta para “Ensaio para a bala perdida” de Zé de Rocha)

Nem é morte nem é pagode

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Boardilla nº4 Boardilla - Revista online de arte / Rivista online de atre Salvador-Bahia-Brasil / Barcelona-Catalunya-España/ Milano-Italia Edição e Desenho / Edicción y Diseño / Edizione e Disegno Anderson Santos - Cecilia Tamplenizza Curadoria / A cura di Anderson Santos - Cecilia Tamplenizza - Daniel Freire - Elena Panzetta Imagem da capa / Ilustración de la portada / Immagine in copertina Anderson Santos

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