boardilla
Pintura 路 textos 路 fotos + Portugu锚s, castellano e italiano +
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Índice nº8 Alexandre Farto aka Vhils
Anderson AC
Arthur C. Arnould
Priscila Bellotti
Ricardo Teles
Maria Canfield
Jorge Piccini
Marie Gauthronnet
Ruy de Souza Filho
Darío Zana
Um caminho direto, sem atalhos ou limites, entre o produtor de arte e o público, sem pedágios e intermediários, é o que pretende ser a Boardilla, que, nesta oitava edição, comemora dois anos de existência. Além de dez artistas - pintores, fotógrafos e gravuristas da América Latina e da Europa – na edição online da revista, o blog Boardilla (www.boardilla.wordpress.com) apresenta três produções cinematográficas, um experimento de vídeo arte de novos cineastas baianos e a vídeo-colaboração entre o artista português Alixandre Farto aka Vhils e a banda Orelha Negra. A ideia que surgiu de conversas entre amigos que pretendiam criar um canal onde podessem, juntos, divulgar suas obras e o trabalho de outros que admiravam, se transformou num veículo querido por artistas e aqueles que gostam das artes. Em suas sete ediçoes anteriores Boardilla soma mais de 20 mil acessos. São números que nos estimulam a continuar trabalhando e acreditando neste projeto. Obrigado a todos que apoiam esta iniciativa e boa leitura! Castellano: boardilla (buhardilla, la forma más usada) Italiano: soffitta Português: sotão
Un camino directo sin atajos ni fronteras, entre el productor de arte y el público, sin peajes e intermediarios, es lo que pretende ser Boardilla, que en esta octava edición, celebra dos años de existencia. Además de diez artistas - pintores, fotógrafos y grabadores de América Latina y Europa – en la revista online, el blog de Boardilla (www.boardilla.wordpress.com) presenta tres producciones cinematográficas de nuevos cineastas bahianos, un experimento de vídeo-arte y la vídeo-colaboración entre el artista portugués Alixandre Farto aka Vhils e a banda Orelha Negra. La idea que surgió de conversaciones entre amigos que querían crear un canal donde, juntos, pudieran difundir su trabajo y el de otros que admiraban, se convirtió en un vehículo amado por los artistas y los amantes del arte. En sus siete ediciones anteriores Boardilla suma mas de 20 mil visitas. Este numero nos anima a seguir trabajando y creyendo en este proyecto. Gracias a todos los que apoyan esta iniciativa y feliz lectura! Castellano: boardilla (buhardilla, la forma más usada) Italiano: soffitta Português: sotão
Un percorso diretto, senza scorciatoie o confini, tra il produttore d’arte e il pubblico, senza pedaggi e intermediari, è quello che si propone di essere Boardilla, che in questa ottava edizione, festeggia due anni di vita. Oltre a dieci artisti - pittori, fotografi e incisori dall’America Latina e dall’Europa – nella rivista online, il blog di Boardilla (www.boardilla.wordpress.com) presenta tre produzioni cinematografiche di nuovi registi bahiani, un esperimento di video-arte e la video-collaborazione tra l’artista portoghese Alixandre Farto aka Vhils e la banda Orelha Negra. L’idea nata da un dialogo tra amici che volevano creare un canale in cui poter diffondere, insieme, le loro opere e il lavoro di altri che ammiravano, è diventata un veicolo amato dagli artisti e da coloro a cui piace l’arte. Nelle sue sette edizioni precedenti Boardilla raggiunge in totale più di 20 mila visite. Questi dati ci incoraggiano a continuare a lavorare e a credere in questo progetto. Grazie a tutti coloro che sostengono questa iniziativa e buona lettura! Castellano: boardilla (buhardilla, la forma más usada) Italiano: soffitta Português: sotão
Nosso Blog / Nuestro Blog / Nostro Blog
Cláudio Marques e Marília Hughes
Caio Araujo
Daniel Lisboa
Danilo Barata
Vhils
boardilla.wordpress.com/video Um espaço para videos de performances, dança, pintura e outras experimentações. Uno spazio destinato a video di performance, danza, pittura e altri esperimenti. Un espacio para vídeos de performances, danza, pintura y otros experimentos.
boardilla.wordpress.com
Alexandre Farto aka Vhils
Tento com o meu trabalho escavar as várias camadas que compõem o edifício da história, pegar nas sombras deste modelo de desenvolvimento uniformizador para tentar compreender o que se encontra por detrás; uma dissecação semi-arqueológica na procura de uma base funcional, de uma essência que se perdeu na sobreposição de camada sobre camada sobre camada; uma base cultural que foi perdendo nitidez ao passar de geração em geração, de uma comunicação primordial que foi gradualmente afetada por camadas de ruído que nos foram distanciando uns dos outros.” O meu trabalho não é estático, não está ali pendurado para durar, pretende trazer essa efemeridade para campos que institucionalmente não suportam esse elemento. O que eu pretendo criar são elementos que irão mudar conosco; que se irão transformar igualmente ao longo do tempo; criar objetos mais orgânicos que acompanhem a transformação natural. Qualquer obra de qualquer artista passa por isso, mas comigo é um processo consciente, é um objetivo intencional.
Shanghai 2012
Lisboa 2012
Rio de Janeiro 2012 (foto Jo達o Pedro Moreira)
Intento con mi trabajo excavar las varias capas que componen el edificio de la historia, coger en las sombras de ese modelo de desarrollo uniformador para intentar comprender lo que se encuentra por detrás; una disección semi-arqueológica en la búsqueda de una base funcional, de una esencia que se perdió en la superposición de capas sobre capas; una base cultural que fue perdiendo nitidez al pasar de generación a generación, de una comunicación primordial que fue gradualmente afectada por capas de ruido que nos fueron distanciando los uno de los otros. Mi trabajo no es estático, no esta allí colgado para durar, pretende traer la efimeridad para las áreas que institucionalmente no soportan ese elemento. Lo que pretendo crear son elementos que cambiarán con nosotros; que se transformarán igualmente a lo largo del tiempo; crear objetos más orgánicos que acompañen la transformación natural. Cualquier obra, de cualquier artista, pasa por eso, pero conmigo es un proceso consciente, es un objetivo intencional.
Col mio lavoro cerco di scavare i vari piani che compongono l’edificio della storia, attingere dalle ombre di quel modello di sviluppo uniformatore per cercare di comprendere ciò che si trova lì dietro; una dissezione semi-archeologica in cerca di una base funzionale, di una essenza che si è persa nella sovrapposizione di strati su strati; una base culturale che ha perso un po’ alla volta nitidezza nel passaggio da una generazione all’altra, di una comunicazione primordiale che è stata gradualmente alterata da strati di rumore che ci hanno lentamente allontanati gli uni dagli altri. Il mio lavoro non è statico, no sta lì appeso per durare, vuole portare effimerità a quei campi che istituzionalmente non tollerano quell’elemento. Mi aspetto di creare elementi che cambieranno insieme a noi, che si trasformeranno allo stesso modo nel tempo; creare oggetti più organici che accompagnino la trasformazione naturale. Qualunque opera, di qualunque artista, passa per tutto questo, ma con me si tratta di un processo cosciente, un obiettivo intenzionale.
OpenWalls, USA by Smart Bastard 2012
www.alexandrefarto.com
O trabalho de AC, como é conhecido Anderson Alves Cunha, está ligado à memória e a preservação através de relações entre presença e ausência. Utilizando o acervo de imagens e documentos de sua família, Anderson AC questiona o transitório através de diversas linguagens artísticas: pintura, graffiti, colagem, arte postal, vídeo, fotografia digital e literatura. Tem participado regularmente de festivais, bienais, trienais e mostras coletivas significativas. Integrou o coletivo de grafite 071crew, que realizou várias intervenções urbanas na cidade de Salvador, entretanto a partir de 2007 começou a participar individualmente de mostras coletivas, com destaque para o IX festival internacional da nova Arte Brasileira, em Barcelona, Espanha, a mostra Arte Lusófona Contemporânea no Memorial da América Latina em São Paulo, Afetos Roubados no Tempo, no Centro Cultural da Caixa, e Muros ambas em Salvador. Em 2010, Anderson, realizou residência artística em dois locais relacionados com suas origens, primeiro em Luanda, Angola, durante a II trienal que teve como temas as Geografias Emocionas - Arte e Afetos, e depois em Évora, Portugal, onde realizou sua primeira exposição individual. Recentemente apresentou pinturas e colagens na mostra Álbum de Família, na galeria Soso Arte Contemporânea Africana, em São Paulo.
Anderson AC
Lena a costurar - Spray e acrílica sobre tela 100x145cm - 2012
Marcas se um tempo II - Matheus, conhece a tua história - Mista sobre lona de caminhão e madeira 50x120- 2010
Vertigem - Spray e acrílica sobre lona de algodão cru 210x240cm - 2012
El trabajo de AC, como es conocido Anderson Alves Cunha, está relacionado con la memoria y la preservación a través de relaciones entre presencia y ausencia. Utilizando el fondo de imágenes y documentos de su familia, Anderson AC cuestiona lo transitorio a través de distintos lenguajes artísticos: pintura, graffiti, collage, arte postal, vídeo, fotografía digital y literatura. Ha participado regularmente en festivales, bienales, trienales y exposiciones colectivas significativas. Ha hecho parte del colectivo ‘grafite 071crew’, que realizó varias intervenciones urbanas en la ciudad de Salvador, mientras tanto, a partir de 2007 empezó a participar en exposiciones colectivas, entre ellas destaca el IX festival internacional “Nova Arte Brasileira”, en Barcelona, España, la expo de Arte Lusófona Contemporánea en el Memorial de América Latina en São Paulo, las exposiciones ‘Afetos roubados no Tempo’, en el Centro cultural da Caixa, y ‘Muros’, ambas en Salvador. En el 2010, Anderson, participó en unos programas de residencia artística en dos países relacionados con sus orígenes, primero en Luanda, Angola, durante la II Trienal que tuvo como temas las Geografías Emocionales – Arte y Afectos, y luego en Évora, Portugal, donde realizó su primera exposición individual. Recientemente presentó pinturas y collages en la exposición ‘Álbum de Familia’, en la galeria ‘Soso Arte Contemporânea Africana’, en São Paulo.
Il lavoro di ‘Anderson AC’, così com’é noto Anderson Alves Cunha, è legato alla memoria e alla preservazione attraverso relazioni tra presenza e assenza. Utilizzando lo sfondo di immagini e documenti della sua famiglia, Anderson AC mette in questione ció che è transitorio servendosi di diversi linguaggi artistici: pittura, graffiti, collage, arte postale, video, fotografia digitale e letteratura. Ha partecipato con regolarità a festival, biennali, triennali, e mostre collettive significative. Ha preso parte al collettivo ‘grafite 071crew’ che ha realizzato vari interventi urbani nella città di Salvador. Nel frattempo, dal 2007 in poi, ha iniziato a partecipare a mostre collettive, tra le quali spicca il IX Festival Internazionale “Nova Arte Brasileira” a Barcellona, Spagna; la “Mostra d’Arte Lusofona Contemporanea” nel Memorial d’America Latina a Sao Paulo; le mostre “Afetos roubados no Tempo”, nel Centro Culturale da Caixa, e “Muros”, entrambe a Salvador. Nel 2010 Anderson ha partecipato a programmi di residenza artistica in due paesi legati alle sue origini, prima a Luanda, in Angola, durante la II Triennale riguardante argomenti quali “Geografie Emozionali – Arte e Affetti” e poi ad Evora, Portogallo, dove ha realizzato la sua prima mostra individuale. Recentemente ha presentato dipinti e collage nella mostra “Album di Famiglia”, presso la galleria ‘Soso Arte Contemporanea Africana’ a São Paulo.
www.facebook.com/pages/AndersonAC/101927083244758
Arthur C. Arnold
Há algo veloz e violento, irônico e dramático, real e ao mesmo tempo fora de uma ordem que se espera das imagens que compoem o mundo, nas pinturas de Arthur Arnold. Suas obras tornam aparentes uma disputa de poder nas suas mais variadas representações. Estas são firmes mas nunca disciplinadas, pois há uma relativa ambiguidade entre um traço seguro e persistente e a ideia de um núcleo urbano. Em uma mesma tela podem habitar dados simbólicos ou representações tão (aparentemente) díspares quanto o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Damien Hirst, um tubarão que faz referência ao clássico filme dos anos 80 e à sua namorada posando com um objeto híbrido, que fica entre um abridor e uma máscara africana. Aos poucos, essas diferenças encontram uma trajetória – mesmo que difusa - que os une, seja por conta da história da arte ou de algo que surpreendentemente faz parte do nosso cotidiano, como o voyeur que está sempre a nos espreitar nesse tempo de vigilância e insegurança. Mas mesmo nessa aparente dispersão, Arnold nos oferta uma pintura que tem por vocação dirigir o olhar e percepção do espectador justamente para o que ocorre no mundo mesmo que essa “lente” nem sempre esteja tão límpida quanto nós esperamos. Mas fundamentalmente o mundo é constituido por essas ambivalências, fraturas e o que julgávamos ser incoerências. Felipe Scovino
Cafezinho na casa do Seu Pereira - Acrílica s/ tela -160 x 210, 2012 Fuck you Damien - Acrílica s/ tela - 200 x 250 cm - 2012
Hay algo rápido y violento, irónico y dramático, real y a la vez fuera de un orden que se espera de las imágenes que componen el mondo, en las pinturas de Arthur Arnold. Sus obras vuelven visible una disputa de poder en sus más variadas representaciones. Son firmes pero nunca disciplinadas, ya que hay una relativa ambigüedad entre un trazo seguro y persistente y la idea de un núcleo urbano. En un mismo lienzo pueden habitar datos simbólicos o representaciones tan (aparentemente) dispares cuanto: el Museo de Arte Moderna de Rio de Janeiro, Damien Hirst, un tiburón que hace referencia a la clásica película de los 80 y su novia posando con un objeto híbrido, que está entre un abrebotellas y una máscara africana. Poco a poco, esas diferencias encuentran una trayectoria – aunque difusa – que los une, sea por la historia del arte o por algo que extrañamente hace parte de nuestro cotidiano, como el voyeur que nos está siempre acechando en esos tiempos de vigilancia e inseguridad. Pero incluso en esa aparente dispersión, Arnold nos ofrece una pintura que tiene por vocación dirigir la mirada y la percepción del espectador justamente hacia lo que está ocurriendo en el mondo, aunque esa “lente” no siempre esté tan limpia como esperábamos. Pero fundamentalmente el mundo está constituido por esas ambivalencias, fracturas, y las que pensábamos que fueran incoherencias. Felipe Scovino
Jantar em família - Acrílica sobre tela - 180 x 200 cm - 2010 Papai, não sou mais virgem - Acrílica s/ tela - 137 x 193 - 2009
C’è qualcosa di rapido e violento, ironico e drammatico, reale e allo stesso tempo fuori da ogni ordine che ci si aspetta dalle immagini che compongono il mondo, nei dipinti di Arthur Arnold. Le sue opere rendono visibile una lotta di potere nelle sue più varie rappresentazioni. Sono sicure ma mai disciplinate, dato che c’è una relativa ambiguità tra un tratto sicuro e persistente e l’idea di un nucleo urbano. In una stessa tela possono convivere dati simbolici o rappresentazioni così (apparentemente) diverse tra loro come: il Museo d’Arte Moderna di Rio de Janeiro, Damien Hirst, uno squalo che fa riferimento al classico film degli anni ‘80 e la sua ragazza in posa con un oggetto ibrido, a metà tra un cavatappi e una maschera africana. Un po’ alla volta queste differenze trovano un percorso - anche se vago - che li unisce, per mezzo della storia dell’arte o di qualcosa che sorprendentemente è parte della nostra vita quotidiana, come il voyeur che è sempre in agguato in questi tempi di vigilanza e di insicurezza. Ma anche in quest’apparente dispersione, Arnold ci offre un quadro la cui vocazione è dirigere lo sguardo e la percezione dello spettatore appunto verso ciò che accade nel mondo, anche se questa “lente” non è sempre così pulita come ci aspettavamo. Ma fondamentalmente il mondo è costituito da queste ambivalenze, fratture, e ciò che abbiamo giudicato essere incongruenze. Felipe Scovino
www.acarnoldpainting.blogspot.com
Priscila Bellotti
Duo 2 / fotografia / da sĂŠrie Paisagem
O olhar tenta ser estrangeiro aonde tudo parece conhecido. Embora familiar, a paisagem sempre me parece estranha. O que levou a essa organização, a essa geografia, a essa arquitetura? A nos plantarmos nesse absurdo consentido? Que força anima esse redemoinho? Ainda assim, creio que pressentimos imagens que escapam, cheiros que inebriam, homens-paisagem. Benditos atrevimentos! E todos os ventos, chispas, acordes, e todos os ingredientes que nos compõem e decompõem.
La mirada intenta ser extranjera donde todo parece ser conocido. Aunque familiar, el paisaje siempre me parece extraño. ¿Qué llevó a esta organización, a esta geografía, a esta arquitectura? ¿A plantarnos en esa absurda concesión? ¿Qué fuerza anima ese remolino? Sin embargo, creo que presentimos las imágenes que se escapan, los olores que nos inebrian, hombres-paisaje. Benditos atrevimientos! Y todos los vientos, chispas, acordes, y todos los ingredientes que nos componen y descomponen.
Duo 3/ fotografia / da série Paisagem
Lo sguardo cerca di essere straniero, dove tutto sembra essere conosciuto. Anche se familiare, il paesaggio mi sembra sempre strano. Che cosa ha portato a quest’organizzazione, a questa geografia, a questa architettura? A radicarci in quest’assurda concessione? Quale forza anima questo vortice? Eppure io credo che abbiamo il presentimento delle immagini che fuggono, degli odori che inebriano, degli uomini-paesaggio. Benedette audacie! E tutti i venti, scintille, accordi, e tutti gli ingredienti che ci compongono e scompongono.
Duo 4 / fotografia /da sĂŠrie Paisagem
priscilabellotti.wix.com/caldo
Ricardo Teles
ENCANTADOS O mais legal da pintura é pintar uma pessoa viva. Primeiro pelo desafio,1mm À fatalidade diáspora negra todos cantos Brasil, osConviver africanoscom reerrado, fodeudatudo; segundo pelapor convivência comdo o modelo. sponderam comdeve o banzo, morte só lenta porosinanição, com os quilombos uma fotografia fazerasentido para punheteiros. Todos pintorese com os cultos. últimos, revelaram-se mais bem sucedido esforço dos deveriam pintarEstes pessoas, animais e plantasovivas, ser um biólogo-psicólogo, cativos para remediar dispersão e a solidão. deste processo foi não uma maquina de axerox. Quando cansar O deresultado pintar pessoas pinte coisas forjado nos pra ensinamentos da dor e dea uma foióleo dessaé inanimadas descansar sem esfriar mão.ética Use do tintacompromisso; acrílica porque rede de lugares sagradosfísicos, em torno quais os negros congregaram-se e um saco, faça exercícios coma dos fibras e beba coca cola light. celebraram seus ritos. A iconografia sobre cultura negra no país tem trabalhos valiosíssimos como de Pierre Verger, para nos atermos apenas neste ícone da fotografia e da antropologia moderna. Porém, não existem dados precisos a respeito da complexidade das festas, cultos e manifestações afro- brasileiras. É um dos pontos fundamentais que nos falta esclarecer deste país-continente, plural e dinâmico. Objetivamente, neste caso, a origem, transformações e, principalmente, as consequências do legado cultural africano no Brasil nos dias de hoje. Encantados é um projeto de pesquisa fotográfica que iniciou-se há cinco anos e aborda as tradições afro brasileiras que se construiu ao longo de mais de três séculos e que chega nos dias de hoje com grande diversidade de interpretações; ecos do universo da mãe África no Brasil. Em suma, é uma homenagem a complexidade de manifestações culturais e religiosas de origem africana no país.
ENCANTADOS A la fatalidad de la diáspora negra por todos los rincones del Brasil, los africanos respondieron con la nostalgia, la muerte lenta por inanición, con los quilombos y con los cultos. Esos últimos se han revelado el esfuerzo mejor logrado de los cautivos para remediar la dispersión y la soledad. El resultado de ese proceso fue forjado en las enseñanzas del dolor y de una ética del compromiso; fue alrededor de esa red de sitios sagrados que los negros se congregaron y celebraron sus ritos. La iconografía sobre la cultura negra en nuestro país tiene trabajos valiosos como el de Pierre Verger, para atenernos solamente a ese icono de la fotografía y de la antropología moderna. Sin embargo, no existen datos precisos sobre la complejidad de las fiestas, cultos y manifestaciones afro-brasileñas. Es uno de los puntos fundamentales que nos falta aclarar de ese país-continente, plural y dinámico. Objetivamente, en ese caso, el origen, las transformaciones y, principalmente, las consecuencias del legado cultural africano en Brasil en el día de hoy. Encantados es un proyecto de búsqueda fotográfica que se inició hace cinco años y aborda las tradiciones afro brasileñas que se construyeron a lo largo de más de tres siglos y que llegan al día de hoy con gran diversidad de interpretaciones ; ecos del universo de la madre África en Brasil. Resumiendo, es una homenaje a la complejidad de manifestaciones culturales y religiosas de origen africana en nuestro país.
Congadeiro. Festa de São Benedito, Aparecida, São Paulo.
Casa de Iemanjá. Codó, Maranhão.
Festa do Lambe Sujo. Laranjeiras, Sergipe.
Festa do Lambe Sujo. Laranjeiras, Sergipe.
Festa do Lambe Sujo. Laranjeiras, Sergipe.
www.ricardoteles.com
ENCANTADOS Alla fatalità della diaspora negra in ogni angolo del Brasile, gli africani risposero con la nostalgia, la morta lenta per inedia, con i quilombo e con i culti. Questi ultimi si sono rivelati essere lo sforzo meglio riuscito dei prigionieri per rimediare alla dispersione ed alla solitudine. Il risultato di quel processo venne forgiato sugli insegnamenti del dolore e di un’etica dell’impegno, fu attorno a quella rete di luoghi sacri che i negri si congregarono e celebrarono i loro riti. L’iconografia riguardante la cultura negra nel nostro paese presenta lavori preziosi come quello di Pierre Verger, per attenerci solamente a quell’icona della fotografia e dell’antropologia moderna. Tuttavia, non esistono dati precisi riguardo alla complessità delle feste, dei culti e delle manifestazioni afro-brasiliane. É uno dei punti fondamentali che resta da chiarire di quel paese-continente, plurale e dinamico. Obiettivamente, in quel caso, l’origine, le trasformazioni, e, principalmente, le conseguenze del retaggio culturale africano nel Brasile di oggi. Encantados è un progetto di ricerca fotografica iniziato cinque anni fa e che tratta delle tradizioni afro-brasiliane costruitesi nell’arco di più di tre secoli e giunte al giorno d’oggi con grande diversità di interpretazioni; echi dell’universo della Madre Africa in Brasile. In sintesi, è un omaggio alla complessità di manifestazioni culturali e religiose di origine africana nel nostro paese.
Maria Canfield
Durante mis experimentos narrativo pictóricos me he dado cuenta que es primordial tener una historia que me fascine que inspire las imágenes de las que hablo acompañando mi imaginación. Después de muchos años de vivir en Europa, he vuelto a mi país, buscando entender el por qué de esta violencia que sufre la gente en Mexico, debido al tráfico de narcóticos, con la esperanza de crear un libro que rinda tributo al sufrimiento social que deja huellas imborrables. La única forma, que me parece justa, de representar a estas victimas de la desigualdad social es haciéndolos florecer cuando mueren. Las formas vegetales me hacen pensar a la vida que perdieron estos cuerpos. Cuando observo la sencillez y la profundidad de las formas vegetales una fascinación por el respeto a la vida me inunda y me parece justa esta comparación.
Durante minhas experiências narrativopictóricas, percebi que é primordial ter uma história que me fascina e que inspira as imagens das quais falo, acompanhando minha imaginação. Depois de muitos anos vivendo na Europa, voltei para o meu país, tentando entender o porquê dessa violência que atinge pessoas no México, devido ao tráfico de drogas, com a esperança de criar um livro que prestasse homenagem ao sofrimento social que deixa marcas indeléveis. A única maneira que me parece justa, para representar essas vítimas da desigualdade social é fazê-las florecer quando elas morrem. Os seres vegetais me fazem pensar na vida que esses corpos perderam. Quando eu olho para a simplicidade e profundidade das formas vegetais uma fascinação em respeito à vida inunda-me e me parece justa esta comparação.
Durante i miei esperimenti narrativo-pittorici mi sono resa conto che è primordiale disporre di una storia che mi affascini e che ispiri le immagini di cui parlo, accompagnando la mia immaginazione. Dopo molti anni di vita in Europa, sono tornata al mio paese, cercando di capire il perché di questa violenza, che colpisce le persone in Messico a causa del traffico di droga, con la speranza di creare un libro che renda omaggio alla sofferenza sociale che lascia segni indelebili. L’unico modo, da me trovato giusto, di rappresentare queste vittime della disuguaglianza sociale è facendole fiorire quando muoiono. Le forme vegetali mi fanno pensare alla vita che questi corpi hanno perso. Quando osservo la semplicità e la profondità delle forme vegetali, mi inonda una fascinazione per il rispetto alla vita e mi sembra giusto questo confronto.
Recuerdos humeantes/30x20cm/2012
Dentro del poeta / 200x70cm / 2011
Dentro del poeta / 200x70cm / 2011
mariacanfield.blogspot.com.br
Jorge Piccini
OTRAS LATITUDES ¿Qué buscamos? ¿Hacia dónde vamos? ¿Deseamos algo distinto, diferente? ¿Somos capaces de encontrar los verdaderos secretos de cada lugar, la belleza que se esconde en la vertiginosidad de la mirada? Para eso hay que modificar la perspectiva y preguntarnos por qué cambiamos ... Y tal vez se trata de eso, de cambiar ... Cada día trazamos rutas, evolucionamos y de nosotros depende no estancarnos, mirar otras latitudes, dar una vuelta por ahí alternando escenarios. Y así atreverse a explorar sin conocer a nadie ni a nada. Pero los costos no son sencillos de llevar, hubo muchos días duros, ocasos de una soledad demasiado intensa. Días, semanas y meses de lágrimas eternas ... pero a pesar de todo y después de estos años volvería a hacerlo, volvería a hacer las valijas y volvería a marcharme. La aventura de estar dispuesto a cambiar, a encontrar un lugar en el mundo, aunque ese lugar te espere a la vuelta de tu casa ... Y quizás no es un lugar sino un tiempo en nuestras vidas, en nuestra historia, en nuestros recuerdos ...
OTRAS LATITUDES Que procuramos? Até onde vamos? Desejamos algo diferente, diverso?Somos capazes de encontrar os verdaderos segredos de cada lugar, a beleza que se esconde na vertiginosidade do olhar? Para isso temos que modificar a perspectiva e preguntarmos por quê mudamos ... E talvez trata-se disto, de mudar ... Cada dia traçamos rotas, evoluímos e de nós depende não estancar, olhar outras latitudes, dar uma volta por aí alternando cenârios. E assim atrever-se a explorar sem conhecer a ninguém nem a nada. Mas os custos não são simples de arcar, houveram muitos dias duros, ocasos de uma solidão intensa demais. Dias, semanas e meses de lágrimas eternas ... mas apesar de tudo e depois de estes anos voltaria a fazê-lo, voltaria a fazer as malas e tornaria a irme. A aventura de estar disposto a mudas, a encontrar um lugar no mundo, ainda que este lugar te espere atrás de sua casa ... E talves não seja um lugar se não um tempo em nossas vidas, em nossas histórias, em nossas recordações ...
OTRAS LATITUDES Cosa cerchiamo? Dove andiamo? Desideriamo qualcosa di diverso, differente? Siamo capaci di trovare i veri segreti di ogni luogo, la bellezza che si nasconde nella vertigine di uno sguardo? Per farlo bisogna modificare la prospettiva e chiedersi perchÊ cambiamo ... Forse si tratta proprio di questo, di cambiare ... Ogni giorno delineiamo rotte, evolviamo e dipende da noi non ristagnare, guardare verso altre latitudini, farci un giro, alternando scenari. E avere cosÏ il coraggio di esplorare senza conoscere niente e nessuno. Ma i costi non sono facili da assumere, ci sono molti giorni duri, tramonti di una solitudine troppo intensa. Giorni, settimane e mesi di lacrime eterne ... ma nonostante tutto e dopo questi anni lo farei di nuovo, farei di nuovo le valigie e ripartirei. L’avventura di essere disposto a cambiare, per trovare un posto nel mondo, anche se questo posto ti aspetta proprio dietro casa tua ... E forse non è un luogo, ma un tempo nelle nostre vite, nella nostra storia, nei nostri ricordi ...
Serie Otras Latitudes, Bariloche, Fotografía directa retoque digital, 2008-12 Serie Otras Latitudes, Bariloche, Fotografía directa retoque digital, 2008-12 Serie Otras Latitudes, Bariloche, Fotografía directa retoque digital, 2008-12
www.bexmagazine.com.ar/superficies.html
www.bexmagazine.com www.jorgepiccini.com.ar
Marie Gauthronnet
O que me interessa particularmente são as cenas da vida, cenas simples, sem eventos excepcionais, não... só as pessoas que estão aí, que vivem... acho-as belas. Quanto à criação de um quadro, é todo um encaminhamento de cores... Eu não decido previamente se tal lugar será amarelo e um outro azul. Nem que motivo virá se encaixar no cenário. Eu começo com uma cor, que por sua vez vai chamando outra e assim por diante a tela se constrói.
Lo que me interesa en particular son las escenas de vida, escenas sencillas, sin eventos excepcionales, no... solamente las personas que están allí, que viven... las encuentro bellas. En cuanto a la creación de un cuadro, es todo un dejarse llevar por los colores... No decido previamente si tal parte será amarilla y otra azul. Ni que motivo encajará con en el escenario. Empiezo con un color, que a su vez sugiere otro y así en adelante hasta que el lienzo se construye.
Ciò che mi interessa in particolare sono le scene di vita, scene semplici, senza eventi eccezionali, no... solamente le persone che lì stanno, che lì vivono...le trovo belle. Per quanto riguarda la creazione di un quadro, è tutto un lasciarsi ispirare dai colori stessi... non decido in anticipo se una parte sarà gialla ed un’altra azzurra. Né quale motivo si adatta meglio allo scenario. Inizio con un colore, che a sua volta ne suggerisce un altro e così via finché un po’ alla volta la tela si costruisce.
Alexandro et Julie, 130x97cm, pigmientos mesclado con acrylico
Katelle et cedric, 130x97cm, pigmientos mesclado con acrylico
Ana et Victor, 130x97, pigmientos mesclado con acrylico
Victor, 97x60cm, pigmientos mesclado con acrylico
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Ruy de Souza Filho
As imagens que fixo pedem uma reflexão oposta a dos padrões estéticos glamurizados e disponibilizados pelas mais diferentes mídias: são recortes, leituras possíveis de coisas e espaços passíveis de compor a nossa realidade e que talvez venham a passar despercebidas, pois não são pensadas pela via do entretenimento visual ou ocupação rotineira. Procuro assim, revelar na obra o estado de como as especificidades materiais podem ser registradas. O que interessa, no final das contas, é como fazer isso tudo. Buscar soluções composicionais diretamente no desenvolvimento da obra – muitas vezes desfaço o que já foi feito, adiciono camadas sobre camadas – até encontrar o equilíbrio da leitura possível.
Aciaria I - Acrílica + têmpera sobre lona - 50x40cm
Aciaria IV - Acrílica + têmpera sobre lona - 50x40cm
Las imágenes que fijo piden una reflexión opuesta a la de los patrones estéticos glamurosos y difundidos por los más diferentes medios: son recortes, lecturas posibles de cosas y espacios pasibles de componer nuestra realidad y que quizá lleguen a pasar desapercibidas, porque no fueron pensadas por la vía del entretenimiento visual o ocupación rutinaria. Busco de esa manera, revelar en la obra el estado de como las especificidades materiales pueden ser registradas. Lo que interesa, finalmente, es como hacer todo eso. Encontrar soluciones composicionales directamente en el desarrollo de la obra – muchas veces deshago lo que ya está hecho, añado capas sobre capas – hasta hallar el equilibrio de la lectura posible.
Le immagini che fisso richiedono una riflessione opposta a quella dei padroni estetici resi glamurosi e diffusi dai più diversi mezzi di comunicazione: sono ritagli, letture possibili delle cose e spazi passibili di una composizione della nostra realtà e che forse arrivano a passare inosservati, perché non sono pensati nell’ottica dell’intrattenimento visuale o dall’occupazione quotidiana. Tento quindi in questo modo di rivelare nell’opera lo stato in cui le specificità della materia possono essere registrate. Alla fine, ciò che importa è come realizzare tutto questo. Cercare soluzioni di composizione direttamente nello svolgersi dell’opera - molte volte disfo ciò che avevo già fatto, aggiungo strati su strati - fino a trovare l’equilibrio della lettura possibile.
ruysouzafilho.blogspot.com.br
Aciaria III- Acrílica + têmpera sobre lona- 50x40cm Aciaria II -Acrílica + têmpera sobre lona- 50x40cm
Darío Zana Creo que ser artista es una condición que excede a la obra que se realiza. Hay gente que más allá de su trabajo, tienen una manera de pararse en el mundo, de estar, de ser y trabajar que es artística. Independientemente de los resultados, estos personajes (pocos, muy pocos) viven el arte como algo tan ligado a sí mismos que ni siquiera se lo plantean. Es parte de su ser. En tiempos de abstracción, se vuelca al realismo. En tiempos de banalidades, se basa en el dibujo sólido. Nunca remó a favor, pero nunca deja de remar. Como se sabe, el remador va hacia su meta de espaldas, mirando el punto desde el que viene y esforzándose mientras llega a un lugar nuevo. Por eso no desoye sus influencias, sus referentes, todo aquello que le va dejando huellas. Instala toda la energía no en el destino sino en el trayecto. Y la obra es el trayecto. Florencia Salas.
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Acho que ser artista é uma condição que excede a obra que se realiza. Tem gente que além do seu trabalho, tem uma maneira de estar no mundo, de estar, de ser e trabalhar que é artística. Independentemente dos resultados, esses personagens (poucos, muito poucos) vivem a arte como algo tão ligado a eles mesmos que nem sequer têm noção disso. É parte do seu ser. Em tempos de abstração, se dirige ao realismo. Em tempos de banalidades, se baseia num desenho sólido. Nunca remou a favor, mas nunca deixa de remar. Como se sabe, o remador vai à sua meta de costas, olhando o ponto de onde vem e esforçandose enquanto chega a um novo lugar. Por isso não deixa de ouvir suas influências, suas referências, tudo aquilo que lhe vai deixando marcas. Instala toda a sua energia não no destino mais sim no trajeto. E a obra é o trajeto. Florencia Salas.
Credo che essere artisti sia una condizione che oltrepassa l’opera stessa che si realizza. Ci sono persone che al di là di quello che è il proprio lavoro, hanno un vero e proprio modo di stare al mondo, di essere e lavorare, che è artistico. Indipendentemente dai risultati, questi personaggi (pochi, molto pochi) vivono l’arte come qualcosa di così strettamente legato a se stessi che non arrivano nemmeno ad esserne coscienti. È parte de loro essere. In epoche di astrazione, ci si dirige al realismo. In epoche di banalità, ci si basa sul disegno solido. Non ha mai remato a favore, ma non si ha mai smesso di remare. Come è risaputo, il rematore va verso la sua meta di spalle, guardando il punto da cui proviene e sforzandosi di arrivare ad un luogo nuovo. Perciò non ignora le sue influenze, i suoi punti di riferimento, tutto ciò che gli ha lasciato un segno. Immette tutta la sua energia non nella destinazione, ma nel tragitto. E la sua opera è quel tragitto. Florencia Salas
Gigante dormido - 贸leo sobre tela - 300x200cm - 2012
Um nuevo y extra帽o lugar - 100x100cm
Paternidad - 贸leo sobre tela - 40x100cm - 2011
Cancion para el cielo - 贸leo sobre tela - 200x200cm - 2012
www.zanadario.com.ar/pinturas.html
Boardilla nº8 Boardilla - Revista online de arte / Rivista d’arte online Salvador-Bahia-Brasil / Barcelona-Catalunya-España / Milano-Italia Edição, Curadoria e Desenho / Edicción, Curadoria y Diseño / Edizione, a Cura e Disegno: Anderson Santos - Daniel Freire - Cecilia Tamplenizza - Elena Panzetta Capa / Portada / Copertina: Arthur C. Arnold Agradecimentos / Agradecimientos / Ringraziamenti: Larissa Kharkevitch (tradução / traducción / traduzione: français)
gracias / obrigado / grazie
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