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Desestatização no centro do debate
tração portuária fica com o Poder Público”.
Por sua vez, em encontro com o governador paulista, o presidente Lula afirmou não ter dogmas sobre o assunto. Mas chegou a defender que a administração portuária permanecesse com o Poder Público.
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Servindo de comparação, França destacou que a única experiência de privatização da administração portuária aconteceu na Austrália, porém sem sucesso.
O secretário de Assuntos Portuários e Emprego, Bruno Orlandi se posicionou contra também. Durante entrevista ao JornalEnfoque, ele comentou que já existe um processo avançado. Todavia, fez um alerta ao tempo perdido com as discussões. "Qual a preocupação da Prefeitura de Santos? A gente sabe que qualquer processo avançado, começou há 3, 4 anos. Qualquer entendimento de um novo caminho a ser trilhado deve-se considerar o prazo que se perde. E assim, talvez não consiga entregar algo esse ano.”
Contudo, Orlandi disse que ainda no Porto algumas estruturas e ações precisam ser melhoradas, como a dragagem. “Mas sabemos que, eventualmente, alguns trabalhos, vindos da iniciativa privada podem melhorar o canal. Não precisamos que seja uma privatização de maneira geral, há possibilidade, mas podemos trabalhar com outras possibilidades”, afirmou.
Ele ainda ressalta que não pode acontecer um retrocesso, pois caso o processo volte à estaca zero, não será possível entregar nada no mandato da atual presidência. “Você precisa iniciar um projeto com números de órgãos envolvidos. Se começar do 0, ficará para próxima gestão. Temos que aproveitar algo que já tenha sido feito. Se perder esse tempo, nós vamos ficar mais 3 a 4 anos parados e o Porto precisa de investimentos”, explica.
Emprego
Além de movimentar a economia, evidentemente o Porto serve como uma opção principal para o mercado de trabalho. Sendo assim, o secretário salientou da necessidade de fortalecer a geração dos empregos. “Porto bate recordes a cada ano, traz muita riqueza para o município. Na questão do emprego, queremos que o talento do jovem permaneça na cidade.”
O vereador e ex-presidente do Settaport, Francisco Nogueira, tem posição contrária à desestatização.
“Tenho diversas ações em andamento ainda e está em fase de recurso. A respeito da privatização, falo do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ). Foram dois projetos que o Governo Federal anterior colocou goela venha trazer prejuízos para a nação. Porque se você privatiza a gestão, poderá vir um monopólio privado, que pode prejudicar toda economia do País”, enfatiza.
Além disso, ele exemplifica a inauguração da passarela do Centro Histórico de Santos como exemplo. “Nem tudo que é privado é bom. A passarela, por exemplo, foi inaugurado e na mesma semana teve problemas de estrutura, mobilidade, elevador. Praticamente foi mal planejada e em menos de 1 mês de uso tem degrau rachado. E foi realizada pela iniciativa privada.”
O empresário do setor portuário e presidente da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA) Bayad Umbuzeiro, defende a privatização plena dos serviços.
“Sou totalmente a favor da privatização de todos serviços portuários. Entretanto, sou contra a desestatização da autoridade portuária. As vantagens são livre concorrência, promoções via meritocracia, redução de custos, desde de que você tenha segurança jurídica para a garantia dos possíveis investidores” aponta.
Portanto, o que acontece é uma série de discussões sobre o assunto, porém sem soluções. Desse modo, a expectativa é de em breve seja colocado um ponto final não só para a cidade de Santos, como o Brasil terem a melhor escolha para alcançar o desenvolvimento de ambos.
Movimentação recorde
abaixo e queria passar de qualquer jeito. Isso ficou claro que não iria dar certo”, salientou.
Porém, ele também exalta que existem alguns problemas no Porto e a importância da discussão para resolver. “Quando o presidente Lula fala que não está apegado a dogmas, ele fala no sentido de investimentos, mas que não fere a autonomia do Estado, que não
O Porto de Santos registrou movimentação de 162,4 milhões de toneladas de carga em 2022. Em comparação com 2021, o resultado mostrou um crescimento de 10,5%. Os embarques avançaram 15,1%, atingindo 118,7 milhões de toneladas. Os desembarques chegaram a 43,7 milhões de toneladas.
Em quatro anos, o crescimento acumulado foi de 22%, considerando o montante de 133,2 milhões de toneladas movimentadas em 2018. O que representa um crescimento anual de 5,1%. É válido lembrar que desde 2019, a SPA vem batendo recordes, ano após ano.
PORTO,