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Desafios do Ensino Médio

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BoqNegócios

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Comojáeraesperado,aimplementaçãodanovamodalidadedeEnsino Médioenfrentainúmerasdificuldades paraatenderacontentoasdemandas existentesemtodasasregiõesdoPaís. Concebidocomoobjetivodegarantir aofertadeeducaçãodequalidadeatodososjovensbrasileirosedeaproximar as escolas à realidade dos estudantes considerando as novas exigências e complexidadesdomundodotrabalho edavidaemsociedade.Semdisporde infraestruturamínimaparaamanutençãodosalunosemtempointegralede númerodedocentesqualificadosem quantidade suficiente para oferecer o ensino técnico profissionalizante, boa parte das escolas dificilmente conseguiráalcançarosíndicesdeexcelênciaexigidos peloprograma.

Como já era esperado, a implementação da nova modalidade de Ensino Médio enfrenta inúmeras dificuldades para atender a contento as demandas existentes em todas as regiões do País

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As razões para essa dicotomia há muito estão evidenciadas pela deficiência latente do sistema educacional brasileiro. E a ausência de professores com competência e disposição para forjar gerações melhorpreparadasparaasexigênciasatuaisefuturas éafacemaispreocupantedessarealidade. Diversos indicadoresnãodeixamdúvidasdequedécadasde negligênciagovernamental,saláriosbaixoserelatos de condições de trabalho inadequadas afastaram dadocênciaamaioriadaspessoascomosmelhores desempenhos enquanto estudantes. Nos últimos anos,aprocuraporcursosdeformação pedagógicaelicenciaturafoireduzida pelametade,umhiatoque,semdúvida, produziráreflexosaindamaisprejudiciais se não for revertido.

A negligência com as políticas de educação também condenou o trabalhador brasileiro à desqualificação. Setores como metalurgia, construção civil,saúdeedetecnologiaencontram dificuldadesdecontratarprofissionais emquantidadesuficienteparaatender suasnecessidades,umatendênciaque agoracomeçaaafetaroutrossegmentos importantescomoosligadosàsáreasde turismo e da indústria.

Atarefadeprepararamãodeobra necessáriaparaalavancarodesenvolvimentobrasileiropassaobrigatoriamentepelapolítica de educação que valoriza o ensino básico e profissionalizante, este último muitas vezes considerado umaatividademenor.Paratanto,hánecessidadede priorizarosetoreducacionalpormeiodavalorização salarial-paratorná-loatrativo-earealizaçãodeinvestimentoscontínuosnainfraestruturadasescolase nacapacitaçãopermanentedosprofessores.Semisso, dificilmente serápossível tornaronovomodelode EnsinoMédiocapazdeefetivamenteformarnovas gerações de profissionais capacitados para ocupar, comeficiênciaeresponsabilidade,asvagasoferecidas em escolas de todas as localidades brasileiras.

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Tão longe, tão perto

Ainda que para a população o termo eleições é algo muito distanteafinal, elas só ocorrerão em outubro de 2024 - para muitos dos políticos a realidade é bem diferente. E neste jogo de poder, composições políticas começam a verificar quais as melhores chances no cenário eleitoral - se ficam ou mudam de legendas.

Melou?

Por exemplo: ao que parece o namoro do PP com o União Brasil ‘melou’ por disputas internas regionais. Mas na política tudo é possível e o tema pode voltar à baila. Com a vinda do PP, a legenda seria a maior da Câmara e a segunda no Senado. Nada desprezível.

Presença feminina I

É indiscutível que as mulheres terão participação efetiva nas eleições municipais regionais. Em Santos, a vereadora Audrey Kleys (PP), que obteve 50.028 votos para Assembleia Legislativa sendo 28.787 em Santos, reconhece que tem sido sondada por vários partidos de olho em 2024. Apesar de não sinalizar qual caminho seguirá, é certo que sua participação será importante na disputa municipal.

Presença feminina II

A mesma análise vale para a ex-prefeita e vereadora Telma de

Souza (PT), que obteve 52.887 sufrágios em 2022, além da atual vice-prefeita e secretária da Mulher, Renata Bravo.

Presença feminina II

Além da deputada Rosana

Valle (PL), que entre os 216.437 sufrágios obtidos no ano passado, conquistou 56.704 no Município. Aliás, conforme seu colega de partido, deputado Coimbra, ela só não será candidata à sucessão municipal caso não queira.

Fortalecendo o PL

Aliás, um passo importante com este objetivo ocorreu nesta semana com Coimbra assumindo o PL estadual. Ao lado da deputada, ele entregou a nominata com sugestões de nomes para comandar a legenda na região. Em Santos, quem assume é Gerson Carife, marido da parlamentar.

Cartão de visita I

Recém-chegado à Brasília, o deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) comemora dois feitos. Na terça (14), conseguiu reunir centenas de empresários e políticos, inclusive ministros (Marcio França e Geraldo Alckmin, também vice-presidente), no lançamento da frente parlamentar de Portos e Aeroportos.

Cartão de visita II

Na quarta (15), obteve o apoio de correntes políticas distintas para assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da Câmara dos Deputados. Ele irá acumular a CREDN com a presidência da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), do Congresso Nacional.

Boa ideia

O governo do Estado analisa a possibilidade de aproveitar o terreno de 10,3 mil m2 na Hospedaria dos Imigrantes para construção de moradias atendendo a população que reside nos cortiços. O projeto contemplaria a manutenção das fachadas do imóvel, com possibilidade de expansão para vias paralelas. A informação é do diretor executivo da Agem, Luis Alberto dos Reis.

Chamamento

Em meio à falta de professores e alfabetizadores, o Diário Oficial de Santos de sexta (17) trouxe a nomeação de 74 docentes e a divulgação da classificação de 899 nomes como professores temporários PEA I (alfabetizadores)

Quem Responde?

Será... que, após três anos do seu início, as obras da segunda fase do VLT irão deslanchar?

“O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram.”

GAUDÊNCIO TORQUATO twitter@gaudtorquato

Ponto de Vista

O trunfo é paus

As crises intermitentes que assolam as democracias, e que propiciam caminhadas de países à direita e à esquerda, cada qual tentando experimentar receitas liberais ou socializantes, a depender das circunstâncias, coloca o populismo no altar das venerações. E estabelecem um foro de debates a respeito do fenômeno da globalização e da ascensão da tecnocracia ao centro do poder político, abrindo a velhaquestão:émelhorcolocarnamáquinagovernamentaltécnicosnolugar de políticos ou procurar acender uma velaadeuseoutraaodiabo?

O fato é que grupos de diversos matizes passam a agir como exércitos, tomando as ruas, exigindo a saída de governantesaçoitadospelacrisefinanceira e defendendo a entrada na cena denovosfigurantes.Ostatusquoéjogado no colo de “elites” identificadas com os responsáveis pela adoção de modelosultrapassados.

Veja-seocasodeLula.Deveoprotagonistavestirofigurinodeesquerda ou governar com representantes do centrão,usandoosmoldesdomodelão tradicional?Fugirdasinucadebicoseriasairpelaportapopulistaoudaruma nocravo,outranaferradura?Enquanto asperguntasnãosãorespondidas,ogovernopareceumentesemrumo.

Nas vizinhanças, as administrações também buscam um modelo paraadministraracriseeconômicaque ameaçacorroeroscordõesdosregimes.

A alta inflação da Argentina (chegou a 98,8% em janeiro último) é a segunda maiorentreasprincipaiseconomiasdo mundo. No Chile, o presidente Boric, com um ano de governo, padece da piorcrisedepopularidade.

Na Europa, espraia-se uma agitaçãoqueclamapormudançasdrásticas, apardasafliçõesvividaspelaspopulações submetidas aos rigores da guerra entreRússiaeUcrânia.Gruposradicais esquentamapolêmica.NosEUAeem outras praças, está em jogo o próprio equilíbriodosistemademocrático.(...)

A receita brasileira para enfrentar acrise,segundosedepreendedavisão dopresidenteLula,éexpandiroacessodapopulaçãoaocréditoeconsumo.

Meta que esbarra no compromisso de uma política regrada pelo teto de gastos e crescimento do PIB, agora bravamente defendida pelo ministro FernandoHaddad.

Ditoisto,analisemosoutroatorno palco das democracias contemporâneas:otecnocrata.Oportunolembrarque não há mais no planeta brilhantes estrelasdapolítica.Opainellocupleta-se defigurantessemoglamourdelíderes que marcaram presença na História. Quem se lembra da sabedoria e do tino de figuras portentosas como De Gaulle, Churchill, Margaret Thatcher ou Willy Brandt? As nações dispõem hoje de quadros funcionais de limitado ciclo de vida política. Os conflitos do passado, cujo foco era a geopolítica e a expansão de domínios (que ainda se fazem presentes na feição de perfis como Vladimir Putin), cedem lugar às lutascontraodragãoquedevastaasfinançasecorróioscofres.(...)

Otecnocratafazmalàdemocracia?

Aperguntaestánoardesdeaquedado Muro de Berlim, no vácuo deixado pelo desvanecimento das ideologias e pela pasteurização partidária. De lá para cá, governos esvaziaram seus compartimentos doutrinários, preenchendo-oscomquadrosburocráticose apetrechostécnicosparaobtereficácia. Inaugurava-seocicloqueMauriceDuverger cognomina de “tecnodemocracia”, que sucede à democracia liberal. Seuseixosseapoiamemorganizações complexaseracionaise,hojemaisque nunca,levamemcontaagangorrados capitais financeiros mundiais. A política deixou de ser uma unidade autônoma, porquanto passou a depender de mais duas hierarquias: a alta administraçãodoEstadoeosnegócios. Esse é o feitio das modernas democracias. É essa modelagem que explica a mobilização das massas em quadrantesdiferentesdoplaneta.Busca-seumsalvadordapátria,sejaelesocialista,populista,liberal,conservador de direita, tecnocrata ou intelectual. E se ele não aparecer? Então ganha vez e voz um dos lemas dos ditadores: quando nada mais se apresenta, o trunfoépaus.

GOLPES FINANCEIROS Cadavezmaispessoassetornamvítimasdegolpesfinanceiros,clonagemdedadosefalsoPIXsãoosmaiscomuns

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