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Censo revela nova tendência migratória

Com a divulgação definitiva do Censo 2022 nesta quarta-feira (28), algumas curiosidades podem ser comprovadas. E outras desmitificadas. Por sua vez, este aumento ocorreu nos extremos do território envolvendo as nove cidades da Região Metropolitana de 2 419,930 km2 – menos de 1% da área do estado de S. Paulo.

Por exemplo: Praia Grande se consolidou como o segundo maior município da Baixada Santista e se o ritmo atual for mantido passará Santos na próxima década. Afinal, a Baixada Santista cresceu 8,5% nos últimos 12 anos (entre o Censo de 2010 e o de 2022, que prosseguiu ainda este ano).

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Graças não só a Praia Grande, mas também aos municípios do Litoral Sul e Bertioga, a cidade mais nova da região. Extremos, portanto, do centro geográfico da Baixada Santista. Ao todo, a região teve um crescimento bem desigual.

Em números, foram 141.315 moradores acrescidos nos últimos 12 anos (o censo demorou a ocorrer em razão da pandemia) – média adicional de 11.776 munícipes/ano.

Ou quase 1 mil/mês. Para facilitar, 31,4 por dia – ou pouco mais de um novo morador por hora.

Queda

Por sua vez, Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão perderam moradores. Esta última em maior número, aliás. Em 2010, Cubatão tinha 118.720 moradores. Hoje, são 112.471 – redução de 5,2%. Com isso, a cidade foi ultrapassada por Itanhaém, no litoral sul paulista, por apenas 5 moradores.

Vale lembrar, porém, que em 2010, Itanhaém tinha 87.057 moradores e agora 112.476 – alta de 29,2%. Assim, Itanhaém ganhou 25.419 novos moradores no período – média de 2.118/ano ou quase 6 por dia. Ao contrário de Cubatão, que viu perder uma parcela considerável da população.

Esta variação alterou um quadro impensável há algum tempo. Hoje, Cubatão ocupa a sexta colocação entre as cidades da Baixada Santista. Entre as cidades da região, Bertioga registrou a maior taxa de crescimento. Se a atual taxa for mantida, a cidade – a mais nova da Baixada – ultrapassará Peruíbe.

Geografia

Tirando Cubatão, a explicação para perda de moradores nas outras cidades tem uma relação geográfica lógica. As três cidades (Guarujá exclusivamente) tem sua maioria de moradores vivendo em ilhas, com redução de espaço físico e natural verticalização – e o natural aumento do valor do m2.

No caso de Guarujá, toda a população reside na Ilha de Santo Amaro. Com imóveis mais caros em razão da falta de áreas livres, as pessoas tendem a migrar para municípios vizinhos, como explica o presidente do Creci-SP, João Augusto Viana Neto.

“Santos não tem mais onde crescer. O preço do m2 é diferenciado.

Em Praia Grande, por exemplo, os valores dos imóveis são bem menores”, salientou durante participação do JornalEnfoque cente e buscarem um imóvel próprio em Praia Grande, por exemplo. Não é à toa que Praia Grande se tornou o segundo maior município da Baixada Santista atrás apenas de Santos.

Portanto, se a taxa de crescimento de 33,5% se mantiver para os próximos anos, Praia Grande se transformará na maior cidade da Baixada Santista na próxima década. Portanto, questão de tempo.

Afinal, entre os dois censos, 87.884 moradores migraram para a cidade – número superior à população de cidades como Peruíbe, Mongaguá e Bertioga, por exemplo. Média impressionante de 7.323 novos munícipes por ano. É como se a cidade ganhasse 20 moradores por dia.

4,06% dos paulistas

Assim, em termos populacionais, a região abriga 4,06% da população paulista. Ou seja, 1.805.451 pessoas de um total de 44.420.459 paulistas. Porém, em termos econômicos, a Baixada Santista representa apenas 3,0% do PIB (Produto Interno Bruto) de São Paulo, conforme levantamento divulgado nesta semana pela Fundação Seade.

Ou seja, o índice econômico regional do PIB é inferior em 25 pontos percentuais à média populacional.

João

Santos tem 95% da população morando na área insular da Ilha de São Vicente e divide território com a cidade vizinha, onde boa parte dos moradores também residem – a despeito da expansão da área continental vicentina, mas vários trechos são de proteção ambiental.

Novos moradores

Por sua vez, Praia Grande, com apenas 57 anos e ampla área de expansão como seu próprio nome diz, tem registrado uma ‘explosão’ de novos moradores, vários deles provenientes de municípios vizinhos.

Assim, é comum moradores saírem do aluguel em Santos ou São Vi-

Brasil

Dessa forma, o Censo 2022 mostra que a população do Brasil atingiu 203.062.512 pessoas, com aumento de 12,3 milhões desde a última coleta, feita para o Censo 2010. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgados nesta quarta (28). Portanto, a diferença, de 6,5%, significa que o crescimento médio da população nos últimos anos chegou a 0,52%, o menor registrado no país desde 1872, quando ocorreu o primeiro Censo no País.

Os dados têm como data de referência o dia 31 de julho de 2022 e fazem parte dos primeiros resultados de População e Domicílios do Censo Demográfico 2022.

Valorizar o espaço Objetivo é valorizar o espaço diversificado de negócios, de interesse turístico e residencial

RUA TRABULSI Prefeitura dá início às

Obras De Revitaliza O

DA REDAÇÃO

Principal corredor comercial da Ponta da Praia, em Santos, a Rua Trabulsi começou a ser revitalizada na última terça-feira (27) pela Prefeitura. Sendo assim, com o objetivo de valorizar o espaço diversificado de negócios, de interesse turístico e residencial. Com cerca de 200 metros de extensão, a via, ladeada por prédios, abriga atualmente cerca de 4 mil moradores.

De acordo com o arquiteto Wagner Ramos, titular da Secretaria de Serviços Públicos (Seserp), as obras também buscam garantir mais conforto e segurança aos moradores, usuários e visitantes. Haverá renovação das guias, sarjetas e do pavimento asfáltico.

Além da criação de três lombofaixas para travessia de pedestres, instalação de três bancos de concreto e 12 lixeiras. Os passeios públicos serão refeitos, seguindo o padrão Calçadas para Todos, e a chamada “faixa de serviço”, localizada junto à pista de tráfego e que representa um terço de sua largura.

Dessa forma, será recoberta por mosaicos portugueses, a exemplo da Rua Gastronômica (Rua Tolentino Filgueiras), no Gonzaga.

Os passeios ainda ganharão 11 árvores, 50m² de grama e floreiras. O projeto elaborado pela Sedurb (Secretaria de Desenvolvimento Urbano) também contempla limpeza geral da rede de drenagem.

Além disso, essa é mais uma frente de trabalho da Prefeitura, que vem promovendo, desde março, a renovação asfáltica em 25.573,70 metros lineares em 74 vias de 19 bairros. Portanto, um investimento que envolve também infraestrutura, orçado em R$ 200 milhões.

Etapas

Para minimizar os transtornos, as obras na Rua Trabulsi ocorrerão em quatro etapas. A via recebeu tapumes na pista, na altura do Supermercado Extra, dividindo a rua em dois trechos. Ambos temporariamente com trânsito de veículos nos dois sentidos de direção apenas para acesso local. Também não há permissão do estacionamento de veículos de forma temporária.

As obras começaram no trecho da rua próximo à Avenida Bartolomeu de Gusmão. Desse modo, que também foi isolada pela metade pela Seserp, permitindo a realização dos serviços em uma seção. Enquanto a outra permanece liberada para a circulação local de veículos.

“Só quando essa metade estiver concluída é que as intervenções começarão do outro lado da pista”, explicou o engenheiro Hélio Santos Jr., responsável pela supervisão e acompanhamento das obras. O mesmo critério será respeitado no trecho da rua junto à Epitácio Pessoa.

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