Brasil de Fato - Edição RJ - número 006

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esporte | pág. 16

Marcelo Sadio/vasco.com.br

cultura | pág. 11

Reprodução

O Mercado de Notícias

Cruzmaltino vence time de Minas em Volta Redonda, pela quarta rodada do Brasileiro. A equipe voltou a vencer após duas derrotas consecutivas.

O roteirista e diretor gaúcho Jorge Furtado fala sobre o seu filme O Mercado de Notícias. O diretor decidiu realizar um documentário que refletisse sobre o jornalismo político brasileiro.

Edição

Vasco bate Galo e volta a sonhar

Uma visão popular do Brasil e do mundo

Rio de Janeiro, de 6 a 12 de junho de 2013 | ano 11 | edição 06 | distribuição gratuita | www.brasildefato.com.br | facebook.com/brasildefato

brasil | pág. 8

Leilão do petróleo vai atingir 76 assentamentos Os blocos de petróleo leiloados em terra na 11ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo (ANP) vão afetar famílias de assentados da reforma agrária e comunidades quilombolas. Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Greenpeace, Fase e Instituto de Estudos Socioeconômicos

(Inesc) aponta que alguns blocos estão localizados exatamente no território de 76 assentamentos no nordeste do país. Comunidades indígenas e pescadores tradicionais também serão afetados. No Piauí, a empresa portuguesa Galp Energia desembolsou R$ 4,788 milhões para explorar um dos blocos. Pablo Vergara

cidades | pág. 7

Hospital de Acari não tem emergência Privatizado, o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, conhecido como hospital de Acari, foi planejado para ter setor de emergência funcionando 24 horas. Porém, desde 2008, quando foi inaugurado na gestão do ex-prefeito César Maia, a população não tem acesso a esse serviço.

brasil | pág. 9

Assassinato de indígena A morte de Oziel Gabriel no município de Sidrolândia (MS) fez explodir entre as comunidades do povo Terena a sede por justiça na luta pela retomada de suas terras. Para lideranças, Estado não assume compromisso assumido em leis.

mundo | pág. 10

Povo turco ocupa as ruas Os protestos, que inicialmente queriam impedir a destruição do Parque Gezi, em Istambul, se espalharam para mais 67 cidades turcas. A última novidade foi o apoio dos 240 mil funcionários públicos que anteciparam a greve geral no país.


02 | opinião

Rio de Janeiro, de 6 a 12 de junho de 2013

editorial | Brasil

O direito de nossas crianças OS SETORES mais conservadores empunham a bandeira da redução da maioridade penal, como uma solução para reduzir a criminalidade em nosso país. O projeto quer alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Atualmente, a internação máxima prevista pelo estatuto é de três anos, mas uma pessoa pode ficar internada até os 20 anos e 11 meses, se ela for pega na véspera de completar 18 anos. Não é verdade que exista um crescimento da participação de jovens em atividades criminosas. Ao contrário, os

Os estudos de criminologia demonstram que o recrudescimento da lei não produz o efeito desejado

dados da Secretaria Especial de Direitos Humanos indicam uma estabilização das taxas de menores infratores privados de liberdade desde 2007. O que temos, na realidade, é o crescimento do índice de jovens enquanto vítimas de atividades criminosas. Os estudos de criminologia demonstram que o recrudes-

cimento da lei não produz o efeito desejado. Exemplo disso é a extorsão mediante sequestro, que era um crime raro no Brasil até o começo dos anos de 1980, apesar de ter pena mais branda que a atual. Em 1990, após casos de repercussão, foi aprovada a Lei dos Crimes Hediondos, que aumentou severamente a pena

e agravou seu regime de cumprimento (progressão de pena e livramento condicional). Apesar disso tudo, não houve diminuição desses crimes. O sistema prisional adulto não chega a ser nenhuma alternativa às situações de violência que vivemos hoje no Brasil. Ao contrário, a lógica punitiva é incapaz de reduzir a criminalidade. O exemplo dos Estados Unidos onde a população encarcerada é gigantesca é a maior prova da falência desta proposta. É preciso defender as conquistas democráticas do Esta-

tuto da Criança e do Adolescente aprofundando-as para assegurar o efetivo respeito à integridade das crianças e adolescentes, bem como os encarar, enfim, como sujeitos de direitos na contínua conciliação entre democracia e segurança pública. Não podemos aceitar o retrocesso que se apoia no discurso simplista da redução da maioridade penal. Esta é uma bandeira fundamental para os movimentos sociais e organizações populares, que devem enfrentar esse debate ideológico e impedir mais essa ofensiva conservadora.

editorial | Rio de Janeiro

Os empresários e a ditadura NO RELATÓRIO de um ano de trabalho, a Comissão Nacional da Verdade praticamente silenciou sobre a participação do setor empresarial em apoio à ditadura e à repressão. A Comissão identificou 1.500 agentes do Estado que torturaram oposicionistas logo após o golpe de 1964 e com maior rigor a partir da decretação do AI-5, em dezembro de 1968. Tais figuras cometeram crimes de lesa humanidade e não poderiam ser contempladas pela Lei da Anistia. Para se passar o país a limpo será necessário ir a fundo nessas questões. Ironicamente, muitos apoiadores dos anos de chumbo hoje se apresentam como democratas. A área da mídia também merece uma investigação profunda, porque muitos veícu-

Redação Rio: redacaorj@brasildefato.com.br

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los na época deram apoio ostensivo ao regime ditatorial, tornando-se na prática, como, por exemplo, O Globo, uma espécie de diário oficial da ditadura. Alguns, como o grupo Folha, cederam até veículos para a repressão. De que adianta nos dias de hoje o povo brasileiro ler, ver ou ouvir opiniões sobre empresários midiáticos que morreram nestes últimos dias como se fossem heróis da liberdade? Não é essa a melhor forma de informar sobre quem teve responsabilidade pela ruptura do regime constitucional em abril de 1964. Nada os absolve, mesmo que alguns em etapas posteriores tenham rompido com os detentores do poder que ajudaram a instalar através de campanhas antidemocráticas com

o respaldo do Departamento de Estado estadunidense. Para se passar o Brasil a limpo para valer é preciso que a Comissão da Verdade e historiadores mergulhem fundo nessas questões. É uma afronta ao povo brasileiro silenciar sobre fatos históricos que podem ajudar a entender melhor os dias atuais e a ação das mídias de mercado. É preciso também que os brasileiros sejam informados sobre como se comportaram alguns setores que ontem financiavam a repressão e, hoje, além de se apresentarem como defensores da democracia, chegam até a financiar candidatos em campanhas eleitorais. O silêncio e a impunidade só interessam a quem tem culpa no cartório.

iconoclasistas.com.ar/CC

Editor-chefe: Nilton Viana • Editores: Aldo Gama, Marcelo Netto Rodrigues, Renato Godoy de Toledo • Subeditor: Eduardo Sales de Lima • Repórteres: Marcio Zonta, Michelle Amaral, Patricia Benvenuti • Correspondentes nacionais: Daniel Israel (Rio de Janeiro –RJ), Maíra Gomes (Belo Horizonte – MG), Pedro Carrano (Curitiba – PR), Pedro Rafael Ferreira (Brasília – DF), Vivian Virissimo (Rio de Janeiro –RJ) • Correspondentes internacionais: Achille Lollo (Roma – Itália), Baby Siqueira Abrão (Oriente Médio), Claudia Jardim (Caracas – Venezuela) • Fotógrafos: Carlos Ruggi (Curitiba – PR), Douglas Mansur (São Paulo – SP), Flávio Cannalonga (in memoriam), João R. Ripper (Rio de Janeiro – RJ), João Zinclar (in memoriam), Joka Madruga (Curitiba – PR), Leonardo Melgarejo (Porto Alegre – RS), Maurício Scerni (Rio de Janeiro – RJ) • Ilustrador: Latuff • Editor de Arte: Marcelo Araujo • Revisão: Marina Tavares Ferreira • Jornalista responsável: Nilton Viana – Mtb 28.466 • Administração: Valdinei Arthur Siqueira • Endereço: Al. Eduardo Prado, 676 – Campos Elíseos – CEP 01218-010 – Tel. (11) 2131-0800/ Fax: (11) 3666-0753 – São Paulo/SP – redacao@brasildefato.com.br • Gráfica: Info Globo • Conselho Editorial: Alipio Freire, Altamiro Borges, Aurelio Fernandes, Bernadete Monteiro, Beto Almeida, Dora Martins, Frederico Santana Rick, Igor Fuser, José Antônio Moroni, Luiz Dallacosta, Marcelo Goulart, Maria Luísa Mendonça, Mario Augusto Jakobskind, Milton Pinheiro, Neuri Rosseto, Paulo Roberto Fier, René Vicente dos Santos, Ricardo Gebrim, Rosane Bertotti, Sergio Luiz Monteiro, Ulisses Kaniak, Vito Giannotti • Assinaturas: (11) 2131– 0800 ou assinaturas@brasildefato.com.br


Rio de Janeiro, de 6 a 12 de junho de 2013

Tiago Silva

opinião | 03

Paulo Passarinho

O Rio de Janeiro sob ataque

Maria Luiza Duarte Azevedo Barbosa

Trabalho doméstico QUESTIONAR DE quem é a responsabilidade pelas atividades do lar como: lavar, passar, cozinhar, limpar e cuidar dos filhos é debate posto atualmente. As mulheres, historicamente, foram culturalmente responsabilizadas por essas funções como se fosse “destino natural”. Quem nunca ouviu alguém dizer que trabalho doméstico é coisa de mulher?! Um dos aspectos, por consequência dessa situação, é que o trabalho doméstico, ao longo dos anos, não foi valorizado socialmente e reconhecido como uma atividade econômica. Com isso, as mulheres foram

excluídas socialmente/economicamente. Atualmente, as brasileiras ainda têm realizado quase a totalidade dos afazeres do lar – em média 28 a 32 horas de trabalho doméstico semanal. Os homens dedicam em média 10 horas por semana e ainda trabalham fora, têm um ou mais empregos remunerados. Isto é, fazendo dupla ou tripla jornada de trabalho durante o dia. Essa mudança social das mulheres trabalharem fora de casa é visível e é consequência, principalmente, da necessidade das mulheres de terem o seu próprio dinheiro. Contudo, não é justo que

as mulheres fiquem sobrecarregadas, com dificuldades de conciliação entre as responsabilidades domésticas e as profissionais. Não existe ‘dom’ ou ‘aptidão’ para realizar as atividades domésticas, mas um aprendizado que cabe aos homens e às mulheres compartilharem. É preciso que superemos os preconceitos, o machismo e que o trabalho doméstico seja reconhecido como uma atividade econômica como qualquer outro trabalho, dignificando quem o realiza. Maria L. D. A. Barbosa é Militante da Marcha Mundial das Mulheres- RJ

Francisco Izidoro

Fábricas modernas A PRIVATIZAÇÃO do setor de telecomunicações no país se deu acompanhada da política de demissão dos antigos trabalhadores do Sistema Telebras. O objetivo foi viabilizar a terceirização com intensa precarização dos salários, benefícios e condições de trabalho dos operadores de call center. Mais de meio milhão de trabalhadores se encontram hoje nestas condições, predominantemente mulheres e jovens em seu primeiro emprego. A maioria ainda recebe um salário mínimo e vale refeição entre R$ 3,00 e R$ 6,00. Duas grandes empresas do ramo, Atento e Contax, estão

entre as maiores empregadoras do país, cada uma com mais de 100 mil empregados. A segunda, do Grupo Oi, foi capaz de dividir o país em dois: a) Sul/Sudeste, com salários e benefícios melhores e b) Norte/Nordeste com proventos menores. O 4ª Congresso da Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecomunicações (Fenattel), realizado em maio, com mais de 400 delegados, aprovou a “Carta de São Paulo”. Nela, eles denunciam a terceirização e a precarização e anuncia uma campanha nacional para unificar as lutas. São telefonistas do Sistema

Telebras, milhares de trabalhadores demitidos e terceirizados”. Assim, de um lado, perdem conquistas históricas e têm salários e benefícios regidos por outras convenções coletivas de trabalho, propiciando a precarização; e de outro lado, com a introdução de novas tecnologias, multiplicam a produtividade com uso de equipamento de informática e sistemas ultra sofisticados, o que permite grande retorno financeiro. Ou seja, assumem multiplicidade de tarefas com redução de salários, maximizando o lucro. Francisco Izidoro é diretor do Sinttel-RJ

OS TURCOS FORAM à luta. A televisão mostrou. A razão foi a entrega de um espaço público – no caso, um parque – para a construção de um centro comercial privado. Frente à dura repressão promovida pelo governo, uma onda de protestos se generalizou por dezenas de cidades do país. Esses episódios deveriam nos fazer pensar. Especialmente os moradores da cidade do Rio de Janeiro. Afinal, sob o pretexto de “preparar a cidade para a Copa do Mundo e as Olimpíadas”, uma aliança formada pelos governos federal, estadual e municipal tem praticado uma série de iniciativas, ao arrepio da lei, do interesse público e do chamado bom senso.

A Justiça parece, de fato, cega. Somente o povo na rua poderá dar um basta à bandalha! Tudo justificado por supostas exigências de duas entidades para lá de suspeitas – a FIFA e o COI – verdadeiras “centrais” internacionais de subornos e corrupção. Remoções de milhares de moradores de suas casas; desrespeito ao Plano Diretor e ao Estatuto das Cidades; construção de corredores de ônibus, como se fossem alternativa válida para a carência de transportes de massa; aumento vertiginoso nos preços dos aluguéis; concessão de uma das áreas mais importantes da cidade – a região do Porto – para um consórcio de construtoras são exemplos dos descalabros na cidade, agora, maravilhosa para os espertalhões. Em meio a uma crise sem precedentes do setor de saúde pública, já se gastou mais de R$ 1 bilhão com a chamada reforma do Maracanã. O estádio encontrava-se reformado, por conta da realização dos Jogos Pan-Americanos de 2008. Obra superfaturada na ocasião e, agora, desperdiçada. Afinal, ao arrepio da lei, o venerando e popular Maraca foi transformado em uma luxuosa arena de espetáculos, onde o povão não terá vez. Quem observou o público do jogo inaugural entre o Brasil e a Inglaterra, realizado no último domingo, não terá dúvidas. Sequer as bandeiras dos clubes ou os tambores das torcidas estão permitidos na nova “arena”. Mais grave: através de um processo viciado, o estádio foi privatizado. Irá explorá-lo – por 35 anos!!! – a construtora Odebrecht, junto com uma empresa de Eike Batista e uma “administradora” norte-americana, a AEG. A IMX, a empresa de Eike, foi a responsável pela elaboração da proposta de privatização. A tramoia chegou a ser suspensa pela Justiça, em caráter liminar. Contudo, a presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Leila Mariana, garantiu o “negócio”, cassando a liminar. Tá tudo dominado! A Justiça parece, de fato, cega. Somente o povo na rua poderá dar um basta à bandalha! Paulo Passarinho é economista


04 | cidades

Rio de Janeiro, de 6 a 12 de junho de 2013 Pablo Vergara

FATOS EM FOCO

Moradores indenizados O município de Niterói e a Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento-EMUSA foram condenados a pagar R$ 600 mil, além de pensão vitalícia no valor de 1 salário mínimo, a Luanda Ferreira Gama e família. A ação se deve ao desaparecimento de Reginaldo Vicente Sejanoque, marido de Luanda, após desabamento de encostas ocorrido no Morro do Bumba (Niterói), em 2010. O juiz Rubens Casara, da 43ª Vara Criminal do Estado do Rio

Justiça enviesada DEMOCRACIA? Para juiz, a tortura é naturalizada sempre que usada contra o pobre Sheila Jacob do Rio de Janeiro (RJ) O juiz Rubens Casara, da 43ª Vara Criminal do Estado do Rio, investe na aproximação entre a sociedade civil e o poder judiciário. Ele faz parte da Associação de Juízes pela Democracia (AJD). Casara critica a tendência de o Judiciário agir de acordo com a opinião dos grandes meios de comunicação. Ele também fala ao Brasil de Fato sobre a dificuldade de se combater o autoritarismo no meio jurídico, já que muitos juízes que se calaram frente às barbaridades da ditadura militar continuaram a atuar após a abertura democrática. Você organizou recentemente o seminário “Resistência Democrática: diálogos entre política e justiça”. Por que realizá -lo hoje? A ideia foi aproximar os movimentos sociais dos atores jurídicos, comprometidos com as tradicionais bandeiras da esquerda. É importante investir nessa união, pois

acredito que o momento atual é bem complicado. A defesa dos direitos humanos e as ideias mais progressistas têm perdido espaço. Pessoas que antes tinham vergonha de assumir certas posturas autoritárias agora o fazem com muita naturalidade. Um exemplo é a transformação do Capitão Nascimento, personagem do Tropa de Elite, em herói nacional. O ídolo é o policial que, embora honesto, é um torturador, um criminoso. Como o senhor avalia a relação do Judiciário com a sociedade? O Judiciário é um reflexo das contradições da sociedade. A sociedade é autoritária e, portanto, o poder judiciário é autoritário. A maioria é levada a acreditar no uso da força para resolver os mais variados problemas sociais. A população que sofre a violência policial muitas vezes aceita essa situação, como o “toque de recolher” que existe em diversas comunidades. E qual a relação do Judiciário com a chamada

“grande mídia”? Existe uma “tentação populista” muito perigosa. Procura-se agradar a “opinião pública”, a qual muitas vezes não passa da opinião publicada pelos meios de comunicação de massa. Isso é extremamente complicado, pois o poder judiciário deve julgar contra maiorias para defender os direitos fundamentais.

chavam os olhos para a barbaridade que estava acontecendo, continuaram a atuar após a redemocratização. Muitos viraram desembargadores e os novos juízes, para ter facilidades na carreira, acabam reproduzindo as decisões daqueles velhos juízes. Ou seja: quem pode gerar rupturas acaba reproduzindo o autoritarismo.

Sheila Jacob

“O Judiciário tem uma origem aristocrática, para manter as coisas do jeito que estão”

Por que é tão difícil combater o conservadorismo do poder judiciário? O Judiciário tem uma origem aristocrática, para manter as coisas do jeito que estão. Além disso, juízes que atuavam na ditadura civil-militar, e fe-

É interessante citar a ditadura, pois os crimes daquele tempo continuam ocorrendo... A tortura sempre existiu no Brasil, mas antes era voltada exclusivamente para o pobre. Na época da ditadura militar, essa violência atingiu

a parcela da classe média que se opôs ao regime, o que lhe deu visibilidade. Quando ocorre a abertura política, a tortura volta a seu público preferencial, e por isso passa a ser silenciada. A tortura é naturalizada sempre que é usada contra o pobre, contra quem não interessa à sociedade de consumo. Da mesma maneira, o tiro que atinge um menino da favela tem repercussão diferente do tiro dado na zona sul. E essa diferenciação também está presente nas decisões judiciais? Infelizmente sim. Isso ocorre na desqualificação do espaço público destinado às camadas populares. Já vi colegas emitirem mandados de busca e apreensão coletiva que autorizam a polícia a entrar, inclusive com o uso de força, em qualquer casa de uma favela, mesmo que nada exista de concreto contra a grande maioria dos moradores. Nunca vi um mandado desse tipo ser cumprido na Avenida Vieira Souto.

Solidariedade Na Favela do Jacarezinho, há dezenas de desabrigados devido a incêndios ocorridos no mês de março. Em solidariedade, moradores do Horto se organizaram para coleta de doações. São necessários, em especial, roupas e alimentos. Todos os itens devem ser entregues aos cuidados de Gal, no seguinte endereço: Rua Pacheco Leão, 1235, casa 14 – Fundos, no bairro do Jardim Botânico.

Curso Realidade Brasileira O Curso Realidade Brasileira é uma atividade de formação política e de resgate do pensamento crítico acerca da realidade do país. Voltado a educadores, lideranças e militantes de movimentos sociais, o curso tem oito módulos presenciais, um final de semana a cada mês. Serão estudados textos de pensadores como Darcy Ribeiro, Caio Prado Jr, Celso Furtado, entre outros. As inscrições são gratuitas e estão abertas até o dia 14/06, pela internet: http://crbriodejaneiro.blogspot. com.br/


Rio de Janeiro, de 6 a 12 de junho de 2013

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Reforma agrária está paralisada no Rio LUTA PELA TERRA Famílias completam 15 anos de espera debaixo da lona preta Alan Tygel

Alan Tygel do Rio de Janeiro (RJ) A reforma agrária no estado do Rio de Janeiro anda a passos lentos e não é prioridade do governo. Essa é a avaliação do Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST. “Infelizmente, temos que dizer que não avança a situação de quem vive no campo hoje”, afirma Cosme Gomes, da coordenação estadual do MST. A última vez que uma área foi desapropriada no estado e se transformou em assentamento foi em 2007, no município de Cardoso Moreira. Violência Tanta demora na desapropriação das terras promove a violência no campo. Somente em 2013, dois militantes do MST foram assassinados na região de Campos dos Goytacazes. Um deles foi Cícero Guedes, que coordenava a ocupação da fa-

zenda Cambahyba. Cícero foi morto numa emboscada quando voltava de bicicleta de uma reunião, no dia 26 de janeiro deste ano. A usina Cambahyba foi utilizada para incinerar corpos de presos políticos durante a ditadura, e hoje é ocupada por 200 famílias do MST.

Somente em 2013, dois militantes do MST foram assassinados na região Três órgãos do estado têm tido hoje papel decisivo para que a reforma agrária não saia do papel: o Incra, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e o Judiciário. A advogada Fernanda Vieira explica que o Incra é a autarquia que realiza a reforma agrária, mas antes é necessária a licença ambiental con-

cedida pelo Inea. “Se para os grandes empreendimentos essa licença é concedida de forma rápida, quando se trata de famílias de trabalhadores rurais sem terra o que se percebe é uma lentidão atrasando o processo de desapropriação”, afirma. Lentidão Um dos símbolos dessa demora é o acampamento Sebastião Lan II, em Silva Jardim. Ocupada em 1997, a área já era destinada à reforma agrária, mas estava sendo grilada por fazendeiros. No acampamento Terra Livre, em Resende, a espera já completa 13 anos. Em Quatis, região sul do estado, camponeses do acampamento Irmã Dorothy aguardam o título da terra há 7 anos. O nome deste acampamento foi dado em homenagem à missionária americana que atuava em defesa dos camponeses no Pará e foi assassinada na época da ocupação, em 2005.

Distribuição de terras resolveria problemas

Manifestação do MST em frente à sede do Inea em abril de 2013

Acampamento no DF do Rio de Janeiro (RJ) Em Brasília (DF), foi montado, em abril deste ano, o acampamento nacional Hugo Chávez. Homenageando o líder venezuelano, os acampados denunciam a paralisia da reforma agrária no país. Além

disso, cobram o assentamento imediato das 90 mil famílias que vivem hoje em beiras de estrada e em acampamentos sem condições de saneamento, saúde e educação. Em carta entregue à presidenta Dilma, o movimento afirma que “o

Incra parou a política de criação de assentamentos, mesmo existindo 69.233 grandes propriedades improdutivas no país, que controlam 228 milhões de hectares de terra, que deveriam ser destinadas à reforma agrária pela Constituição.” (AT) Wilson Dias/ABr

A reforma agrária é fundamental para o processo de desconcentração da população urbana do Rio de Janeiro (RJ) Para a advogada Fernanda Vieira, do centro de assessoria jurídica popular Mariana Criola, a reforma agrária ainda é necessária. Segundo a advogada, o Rio de Janeiro possui uma enorme concentração populacional nas

áreas urbanas. “A reforma agrária é fundamental para o processo de desconcentração da população urbana e, com isso, permitindo uma intervenção mais racionalizada do poder público na efetivação das políticas públicas, garantindo-se o acesso aos direitos fun-

damentais, dentre eles à terra”, afirma. Segundo dados do IBGE, 4281 fazendeiros têm áreas com mais de 100 hectares, ocupando 64,21% da área agricultável do estado. Enquanto isso, 52.300 pequenos produtores dividem os 35,79% de terras restantes. (AT)

Acampamento Hugo Chávez, em Brasília


06 | cidades

Rio de Janeiro, de 6 a 12 de junho de 2013 Tânia Rêgo/Abr

SINDICAL

Alerj vota reajuste Os professores e os demais trabalhadores da Educação do Estado do Rio estão em campanha pelo reajuste de 23% nos salários, valor calculado segundo números do Sepe e do Dieese. O reajuste proposto pelo governador Sérgio Cabral, e já aprovado pelos deputados, é de apenas 8%, o que, de acordo com professores, não cobre suas perdas salariais da educação.

Artista desiste de ação contra Paes

Eletricitários

VIOLÊNCIA Agredidos, Botika e namorada decidem que melhor caminho é politizar o debate, e não via judicial O prefeito do Rio, Eduardo Paes

Daniel Israel do Rio de Janeiro No dia 26 de maio, o prefeito Eduardo Paes se tornou notícia por conta de uma agressão ao músico e escritor Bernardo Botkay, conhecido como Botika. Paes deu dois socos no músico e, em seguida, os seguranças do prefeito afastaram o artista e a namorada, a produtora cultural Ana Maria Bonjour. Ana Maria caiu no chão e machucou os joelhos, e Botika fez exame de corpo de delito, no Instituto Médico-Legal (IML), mas os socos não deixaram hematomas. O caso ocorreu em um restaurante da zona sul e foi registrado na 15ª DP (Gávea), sendo arquivado dias depois. Botika revela que não viu quando Paes se aproximou e lhe agrediu fisicamente. “Minha namorada questionava o prefeito sobre as remoções e a política cultural na cidade, mas ele só debochava dela. Eu estava de perfil quando pedi a ela que fôssemos embora, e nesse momento o Pa-

es me deu dois socos no rosto”, afirma Botika. “Estava no Horto, quando passei e vi que o prefeito estava acompanhado de um amigo meu. Cumprimentei esse amigo e perguntei ao Paes se era ele mesmo; ele respondeu, irônico, ‘não, é o César Maia’. Então, eu respondi que ele era o Paes, disse que ele é um bosta e o mandei à merda”, sentencia ele.

“Minha namorada questionava o prefeito sobre as remoções e a política cultural na cidade, mas ele só debochava dela” O delegado-titular da 15ª DP Orlando Zaccone explica que, com a desistência de Botika e Ana Maria, não será dado prosseguimento ao caso. “O Estado só pode instalar inquérito em caso

de o músico representar contra o prefeito, já que foi ele, especificamente, a pessoa agredida. Isso pode ocorrer até seis meses após o arquivamento”, lembra Zaccone. Debate Sobre ter retirado a queixa contra o prefeito, Botika argumenta que “o assunto não merece ser criminalizado, mas debatido publicamen-

te. Precisamos discutir de forma política”. Além disso, de acordo com ele, um segundo motivo levou ele e a namorada a desistir da acusação. “Se a questão fosse levada adiante, eu corria o risco de ser julgado na Justiça comum, sem direito a um advogado para me defender, enquanto ele teria foro privilegiado”, esclarece. Em trecho de carta, li-

da para alguns jornalistas na porta da delegacia no dia em que ele e a namorada retiraram a queixa contra Paes, Botika reprova a atitude do atual prefeito. “Um homem público deveria estar preparado para reagir de forma correta a qualquer manifestação engasgada de insatisfação que um cidadão dirija a ele e ao que ele representa”, finaliza. Foto : Uanderson Fernandes/ Folhapress

Foi publicado, no dia 21, o acórdão do STJ garantindo o retorno da aposentadoria especial para os eletricitários após 25 anos de trabalho. No momento de pedir a aposentadoria ao INSS, o trabalhador deve ter em mãos uma cópia desse acórdão, recomenda a Federação Nacional dos urbanitários (FNU).

IPLANRIO Foi realizada, no dia 4, a segunda negociação da campanha salarial deste ano dos trabalhadores da Empresa Municipal de Informática (IPLANRIO). A Prefeitura se recusa a aceitar reivindicações como auxílio para acompanhamento de idosos, auxílio-capacitação e ajuda para educação.

Recálculo da aposentadoria

Botika e sua esposa deixam o 15ª DP após retirar queixa contra o prefeito

O contribuinte que se aposentou, mas continuou trabalhando e recolhendo o INSS, tem agora a possibilidade de pedir o recálculo do valor do seu benefício – segundo decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em processos julgados recentemente.


Rio de Janeiro, de 6 a 12 de junho de 2013

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Privatizado, hospital de Acari até hoje não tem emergência SAÚDE Unidade na zona norte registra extensas filas para agendamento de consultas Pablo Vergara

Vivian Virissimo do Rio de Janeiro (RJ) Segundo maior do Rio, o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, mais conhecido como hospital de Acari, foi planejado para ter setor de emergência funcionando 24 horas. Porém, desde 2008, quando foi inaugurado na gestão do ex-prefeito César Maia, a população não tem acesso a esse serviço.

“Esse hospital foi planejado para ter emergência funcionando, mas isso exige equipe médica 24 horas e centro cirúrgico” Este hospital foi o primeiro projeto de entrega total de uma unidade pública ao setor privado: uma Organização Social (OS) administra e contrata médicos e profissionais da enfermagem.

Promessa “Em Acari, a Emergência fica só na promessa. Se alguém passa mal aqui, só consegue socorro no Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Se infartar, morre no caminho. Além disso, muitas pessoas têm consulta marcada e o médico não aparece”, contou Gentil, morador de Acari. A cabeleireira Maria Garcia Honorido, de 66 anos, de Campo Grande, passou por esse problema nesta quarta-feira (5). “Tinha uma consulta com ginecologista marcada há seis meses. Só que ele não apareceu. Médico clínico geral também não se encontra”, contou. Lucros Para o Sindicato dos Médicos do Rio, não existe setor de emergência em Acari porque a OS quer aumentar seus lucros. “Esse hospital foi planejado para ter emergência funcionando, mas isso exige equipe médica 24

Hospital de Acari: sem atendimento de emergência e filas para consultas que demoram meses

horas e centro cirúrgico. Isso não representa lucro para o setor privado”, disse o presidente do sindicato, Jorge Darze. “Se atender muita gente o lucro vai ser reduzido”, acrescenta. O contrato com a empre-

Este hospital foi o primeiro projeto de entrega total de uma unidade pública ao setor privado

Filas enormes para senha Espera começa de madrugada do Rio de Janeiro (RJ)

R$ 0,70”, conta Maria. Para ser atendido, é necessário fazer uma consulta anterior em um posto de saúde ou hospital da rede pública.

Além de não oferecer Emergência, as pessoas que buscam atendimento em Acari costumam madrugar para agendar consultas. Todos os dias, 450 senhas são distribuídas a partir das 7h. “As filas são imensas e começam 4 horas da manhã. É tão grande que tem até uma pessoa que aluga um banquinho por

Concurso? O Sindicato dos Médicos também critica o fato de nenhum médico ter se submetido a concurso público. “É mais uma unidade aberta cheia de gente com roupa branca, mas ninguém fez concurso público. O modelo de privatização passa por cima dessa que é a

única garantia da população de que o médico possui competência”, explica Darze. Nessas OSs, os

médicos recebem salários que variam de R$ 8 mil a 15 mil. No serviço público, é R$ 2 mil. (VV) Pablo Vergara

Em Acari, emergência só na promessa

sa GPS Total termina no ano que vem. A liderança comunitária Vanderley da Cunha, conhecido como Deley de Acari, lamenta que os moradores do bairro não tenham acesso à emergência.

“Enganaram o povo dizendo que a solução seria a terceirização. Queremos fiscalizar se a empresa está fazendo o que foi contratado, mas até hoje não vimos o contrato e nem a licitação”, afirmou Deley.

PRIVATIZAÇÃO

Rio Saúde aprovada A Empresa Pública de Saúde (Rio Saúde) foi aprovada por vereadores no mês passado Segundo Darze, o orçamento da Secretaria Municipal de Saúde é R$ 4 bilhões e o repasse para Oss gira em torno de 35% deste valor. “Quase a metade do recurso vai para iniciativa privada. Isso é uma demonstração que o prefeito Eduardo Paes trabalha com a lógica de desfazer da gestão pública para entregar ao

setor privado. Ele aperfeiçoou esse processo criando a Rio Saúde”, explica. A Empresa Pública de Saúde (Rio Saúde) foi aprovada na Câmara de Vereadores no mês passado. Essa empresa vai gerir todas as unidades de saúde do município, incluindo hospitais, postos de saúde e Clínicas da Família. (VV)


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Rio de Janeiro, de 6 a 12 de junho de 2013

Leilão do petróleo vai impactar 76 assentamentos Samuel Tosta

PRIVATIZAÇÕES Comunidades indígenas e pescadores tradicionais também serão afetados Vivian Virissimo do Rio de Janeiro (RJ) Blocos de petróleo leiloados em terra na 11ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo (ANP) vão afetar diretamente famílias de assentados da reforma agrária e comunidades quilombolas. Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Greenpeace, Fase e Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) aponta que alguns blocos estão localizados exatamente no território de 76 assentamentos no nordeste do país. Irracionalidade Pesquisador do Ibase, o historiador Carlos Bittencourt informou que a maioria dos assentamentos estão em municípios

No Piauí, a empresa portuguesa Galp Energia desembolsou R$ 4,788 milhões para explorar um dos bloco no Piauí e que, em alguns casos, as populações poderão vir a ser removidas. “É uma irracionalidade do ponto de vista dos recursos públicos investidos naqueles territórios”, criticou Bittencourt. O cruzamento de dados georreferenciados levou em consideração informações fornecidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Chico

Blocos de petróleo leiloados em terra vão afetar diretamente famílias de assentados

Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio) e Ministério do Meio Ambiente (MMA). Repúdio O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) repudiou a possibilidade de que assentados sejam prejudi-

cados no processo de exploração do petróleo nessas áreas. “O MST considera inaceitável qualquer remoção ou transferência de famílias. Esperamos que o governo honre com sua obrigação e garanta todos os direitos de reparação por prováveis danos

causados. E vamos pesquisar se temos direito a parte dos royalties”, disse o coordenador nacional João Pedro Stedile. “Consideramos inaceitável a entrada de empresas estrangeiras em nossas áreas de assentamentos e faremos de tudo para infernizar seus em-

preendimentos. O petróleo pertence ao povo brasileiro, e a ANP não tem procuração do povo para repassá-lo a empresas estrangeiras”, completou. No Piauí, a empresa portuguesa Galp Energia desembolsou R$ 4,788 milhões para explorar um dos bloco.

Até índios isolados serão impactados Antônio Cruz/Abr

“Os problemas que os indígenas já vivenciam por conta da exploração ilegal de recursos naturais vão aumentar”

O caso mais grave é o dos índios isolados da Terra Indígena Araribóia, no Maranhão do Rio de Janeiro (RJ) Os mapas também revelam que os limites de alguns blocos foram desenhados de forma a evitar sobreposição direta com terras indígenas e unidades de conservação. Desta forma, a atuação da Funai e ICMBio fica impedida. Ainda assim, diversos blocos fazem limite ou estão no entorno dessas terras. O caso mais gra-

ve é o dos índios isolados da Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, onde um bloco está localizado a aproximadamente 150 metros da região. Este bloco foi adquirido pela empresa brasileira Petra Energia S.A pelo valor de R$10.800 milhões. Prejuízos Para Rosana Diniz, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi)

Corte e queima de madeira na floresta da Terra Indígena Araribóia

do Maranhão, este cenário aumentará os prejuízos aos povos Guajajara e Awa Guajá que ali residem.

“Não tivemos tempo de analisar esta questão, mas se alguns desses blocos leiloados se aproximam de terra indíge-

na, os problemas que os indígenas já vivenciam por conta da exploração ilegal de recursos naturais vão aumentar. Consequentemente, essa disputa leva à insegurança e ao aumento de assassinatos”, explicou.

Rosana informou que essa região já é a que mais registra números de violência na disputa por terra no Maranhão. A equipe de pesquisadores que desenvolve esse levantamento planeja ampliar a pesquisa. “Pretendemos avançar na consolidação destes dados, incrementando com informações sobre assentamentos estaduais, áreas pesqueiras, conflitos socioambientais, dentre outros. A ideia é criar uma plataforma colaborativa juntando, além de dados, também fotos e tabelas”, contou Bittencourt. (VV)


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brasil | 09

Indígenas se mobilizam contra a violência do governo CONFLITO Morte do guerreiro terena, Oziel Gabriel, alimenta a sede por justiça na luta pela retomada de suas terras Cristiano Navarro

Cristiano Navarro e Renato Santana de Sidrolândia (MS) e Brasília (DF) A morte de Oziel Gabriel na manhã do dia 30 de maio, durante a reintegração de posse da terra indígena Buriti, no município de Sidrolândia (MS) fez explodir entre as comunidades do povo Terena a revolta e a sede por justiça na luta pela retomada de suas terras tradicionais. Oziel tinha 35 anos, morava na aldeia Córrego do Meio e desde criança participava da luta pela ocupação da terra tradicional do povo Terena, ao lado do avô. Deixa uma esposa e dois filhos. Há dois meses participou da retomada da Fazenda Santa Helena (Córrego do Meio), uma das áreas da Terra Indígena Buriti, declarada com 17.200 hectares, dos quais os Terena ocupam pouco mais de 1 mil. “A esposa está muito chocada, à base de medicamentos. O filho está em desespero. Como faremos justiça? Quando vão punir quem mata índio? A terra é nossa e sempre foi”, relata Otoniel Gabriel, irmão de Oziel. É difícil precisar quantas pessoas ficaram feri-

das na ação na qual a Polícia Federal (PF) e o batalhão de Operações Especiais (Cigcoe) da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul usaram bombas de efeito moral, spray de pimenta e tiros de armas de fogo letal e não letal. Cápsulas de munição de calibres 12, 40 e nove milímetros foram encontradas nos locais de onde partiram os tiros. Ao todo, 28 vítimas de tiros de bala de borracha foram para delegacia fazer exame de corpo delito.

“Como faremos justiça? Quando vão punir quem mata índio? A terra é nossa e sempre foi” Criança observa o caixão de Oziel Gabriel, morto durante a reintegração de posse da terra indígena Buriti

Além de Oziel, outras duas pessoas foram levadas para o hospital em Aquidauana (MS) com projéteis no corpo. O idoso Cleiton França Terena foi atropelado por uma caminhonete da PF. A terra onde Oziel morreu está sob a posse do ex-deputado estadual Ricardo Bacha (PSDB), líder da Federação da Agricultura do Mato Grossso do Sul (Famasul). Cristiano Navarro

Comunidade mobilizada na retomada da Fazenda Buriti

Terras retomadas Para lideranças, Estado não assume compromisso assumido em leis de Sidrolândia (MS) e Brasília (DF) Logo após a morte de Oziel Gabriel, durante reintegração de posse de fazenda na Terra Indígena Buriti, outras terras foram retomadas por parte dos Terena no Mato Grosso do Sul. Na madrugada do dia 31, indígenas ocuparam 3 mil hectares de um total de 12 mil da Fazenda Esperança, município de Aquidauana, a 140 quilômetros da capital Campo Grande. A área faz parte da Terra Indígena Taunay/ Ypeg, vizinha à Terra Indígena Buriti, reivindicada pelos Terena e já iden-

tificada com 33 mil hectares de terra de ocupação tradicional.

“As retomadas são nosso último recurso para que as leis e nossos direitos sejam garantidos”

“Essas ações das comunidades (Terena) se devem ao fato de que o governo brasileiro não tem interesse de resolver a questão indígena. As retomadas são nosso últi-

mo recurso para que as leis e nossos direitos sejam garantidos”, afirma Lindomar Terena. Quase 7 mil indígenas da Taunay/Ypeg vivem atualmente nos 6 mil hectares de uma reserva demarcada pelo Serviço de Proteção ao Índio (SPI), na primeira metade do século 20, depois de serem retirados de território em que os 12 mil hectares da Fazenda Esperança incidem. No Brasil, das 1.043 terras indígenas, 40 delas – 3,83% – são reservadas, ou seja, demarcadas como reservas indígenas, caso da Taunay/ Ypeg, ou dominiais, em

situações em que os próprios indígenas compraram suas terras tradicionais. Depois da Constituição de 1988, os indígenas passaram a ter o direito de questionar juridicamente a demarcação de tais reservas. “Queremos mostrar que o povo indígena está com um pensamento só. Estamos tristes e revoltados com a morte de Oziel. A Justiça passa a ser injustiça, na prática. Os povos indígenas estão sendo massacrados sem que o Estado assuma o compromisso assumido em leis, como a Constituição e a Convenção 169 da OIT”, finaliza. (CN e RS)


10 | mundo

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FATOS EM FOCO

Made in Brazil A Anistia Internacional confirmou que as bombas de gás lacrimogênio produzidas no Brasil e em outros países têm sido usadas pela polícia turca para dispersar manifestantes nos protestos dos últimos dias. A organização condenou o uso do gás.

População ocupa as ruas da Turquia

Síria

REVOLTA 240 mil trabalhadores unem-se aos protestos Milhares de jovens saíram às ruas não apenas em Istambul, mas em diversas outras cidades

da Redação Há dias, o ar que se respira em Istambul cheira a gás lacrimogêneo. A polícia continua a usar armas químicas. Os protestos, que inicialmente visavam impedir a destruição do Parque Gezi, no fim de maio, em Istambul, se espalharam para mais 67 cidades turcas. A última novidade foi a antecipação da declaração de greve geral por dois dias da Confederação dos Funcionários Públicos da Turquia (KESK) – 11 sindicatos e cerca de 240 mil trabalhadores-, em apoio aos protestos. As manifestações lançaram uma nova luz sobre o governo do primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan. Os protestos crescem, e a repressão acompanha o ritmo. As forças policiais têm usado canhões de água e força excessiva, na tentativa de evacuar locais e impedir que prosseguissem os discursos, cantos, pala-

vras de ordem e montagem de acampamentos. Há relatos de que a polícia tem atacado as pessoas, sem sequer ser provocada. Muitos têm saído feridos, outros mortos, atropelados por caminhões militares ou por carros de polícia. Os hospitais estão lotados. Erdogan A repressão violenta contra os cidadãos, nessas manifestações, não foi noticiada nos canais comerciais de televisão. Foram mostrados, no mesmo horário, o concurso de Miss Turquia e

Mostraram, no mesmo horário, o concurso de Miss Turquia e programas de culinária programas de culinária. O governo de Erdogan mantém a mídia sob um dos mais duros regimes de censura em todo o mundo. Aliás, manifestantes relatam que os protestos só estão sendo possíveis porque todos distribuem e recebem

informação pelas mídias sociais. A falta de discussão com a sociedade de medidas governamentais diversas é outra das grandes razões para a insatisfação dos jovens com o governo. Apesar de ter chegado ao poder com promessas de prosperidade econômica e democratização, há dez anos, e apesar de sempre ter contado com apoio popular, o partido Justiça e Desenvolvimento de Erdogan, o AKP, também enfrenta crescente descontentamento.

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O governo de Erdogan mantém a mídia sob um dos mais duros regimes de censura em todo o mundo

Manifestantes foram vítimas de imensa violência policial

Desde 2009, o Partido AKP iniciou investigações contra a União da Comunidade Curda, mediante as quais o governo tomou por alvo intelectuais, jornalistas e estudantes. Erdogan alegou que seriam medidas para prevenir ações terroristas. Erdogan comanda um partido islâmico, ainda que moderado, mas que tem imposto medidas de controle social. Pouco antes do levante do Parque Gezi, o partido governante, AKP, foi duramente criticado por medidas para proibir a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos abertos ao público. O neoliberalismo crescente – a comercialização das relações sociais na Turquia – é outra razão pela qual, agora, a população está tomando as ruas. Esse processo está avançando às custas de prédios históricos, por exemplo. Todos esses fatores têm gerado grande insatisfação na população. (com agências)

O governo sírio retomou o controle da cidade de Al Qusair, situada no oeste do país e próxima à fronteira com o Líbano. A cidade de Qusair é considerada estratégica para os opositores em função de sua localização conectar o norte do Líbano – de maioria sunita – com a província central síria de Homs. Esse canal de comunicação entre os países garante aos opositores o constante abastecimento de armas e munição.

Bradley Manning O soldado estadunidense Bradley Manning, que vazou centenas de milhares de documentos diplomáticos confidenciais dos Estados Unidos ao Wikileaks, começou a ser julgado na segundafeira, 3 de junho, por um tribunal militar no Forte George Meade, estado de Maryland. Está previsto que o julgamento dure até 23 de agosto. Centenas de pessoas permanecem nas proximidades do Forte, em defesa do militar, considerado um herói pelos manifestantes e defensores da liberdade de expressão. Manning pode ser condenado à prisão perpétua.


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cultura | 11 Divulgação

“Se você não está em dúvida é porque foi mal informado” ENTREVISTA Cineasta gaúcho Jorge Furtado debate a mídia no filme O Mercado de Notícias O diretor Jorge Furtado ao lado de atrizes durante intervalo das filmagens

Maria do Rosário Caetano de São Paulo (SP) “Se você não está em dúvida é porque foi mal informado”. Esta frase, concebida para o cartaz do novo filme de Jorge Furtado – O Mercado de Notícias – define bem o estado de espírito do roteirista e diretor gaúcho, desde que, sete anos atrás, decidiu realizar documentário que refletisse sobre o jornalismo político brasileiro. O filme O Mercado de Notícias se compõe com 13 depoimentos de grandes nomes do jornalismo brasileiro, material de arquivo (sobre a imprensa) e trechos da peça de Ben Jonson. “Filmei, com atores gaúchos (entre eles, Janaína Kremer, Nelson Diniz, Sérgio Lulkin e Zé Adão Barbosa), todo o processo de ensaio, desde a primeira leitura. Esta é a primeira montagem da peça no Brasil e foi feita especialmente para o filme”. Nesta entrevista ao Brasil de Fato, Jorge Fur-

tado, 53 anos, autor do seminal Ilha das Flores, fala de jornalismo e dos dois filmes que o ocupam neste momento, pois, além de O Mercado de Notícias, ele está pré-produzindo Beleza, sua volta à ficção. Brasil de Fato – O longametragem O Mercado de Notícias, que você está filmando, é uma ideia nova ou a matriz dele vem de “O Povo e Em Nome do Povo”, projeto que desenvolveu (e acalentou) por muitos anos? Jorge Furtado – O projeto é relativamente novo (tem sete anos), embora alguns temas já estivessem presentes no projeto O Povo e no Em Nome do Povo (este bem mais antigo). Jornalismo é um assunto que me interessa, escrevo às vezes sobre o tema em meu blog, cursei a faculdade de jornalismo. Lendo A HistóriaSocial da Mídia (de Peter Burke e Asa Briggs), fiquei sabendo da existência desta peça de Ben Jonson (The Staple of

News), escrita em 1625, apenas quatro anos depois do surgimento do primeiro jornal em língua inglesa (O Coranto Britânico, de 1621). Jonson faz uma crítica certeira, precisa, sobre as mazelas de uma atividade recémcriada. O texto é assustadoramente atual.

A defesa da verdade factual, princípio básico do jornalismo, é vital para a sobrevivência humana

Ao realizar um filme que discute “o mercado de notícias”, ou seja, a mídia, você tenta de alguma forma resgatar este papel de intelectual que interfere em questões candentes de seu tempo? Não sou um intelectual (conheço alguns intelectuais de verdade), mas

isso não me impede de pensar. (Como ensinou o Millôr, “livre pensar é só pensar”.). A defesa da verdade factual, princípio básico do jornalismo, é vital para a sobrevivência humana. Sem jornalistas, pessoas que se dedicam a buscar e compartilhar a verdade, não há democracia. Espero que o filme possa ser usado nas escolas, universidades, pois trata-se de uma defesa do bom jornalismo. Como se deu a seleção dos 13 jornalistas que dão depoimento ao filme? Convidei jornalistas que admiro, respeito, leio, embora nem sempre concorde com tudo o que eles dizem ou escrevem, é claro, eles mesmos discordam entre si sobre várias coisas. A democracia pressupõe conflitos e nenhum debate deve ser interditado. Evidentemente, há muitos outros bons jornalistas no país, mas havia um limite de tempo do filme. Tentei, mas não consegui, por problemas de agenda, entrevis-

tar o Caco Barcelos, e o Marcelo Tas, não foi possível. Convidei o Elio Gaspari, ele não aceitou, não dá entrevistas. O polêmico ministro Joaquim Barbosa, presidente de STF, disse, em palestra na Costa Rica, que a imprensa brasileira é branca, conservadora e nada pluralista. Você concorda com ele? Ele disse mais: que a grande imprensa brasileira é de direita, o que é a pura verdade. Pena que o ministro Joaquim Barbosa, com sua metralhadora giratória (não esqueçam que ele acusou seu colega de corte Gilmar Mendes de ter capangas e de estar destruindo a credibilidade da justiça brasileira), frequentemente provoque estragos nas instituições democráticas, que deveria defender, incluindo a Constituição e o Congresso. Sua atuação no julgamento do mensalão teve momentos constrangedores e suas críticas ao Congresso Nacional são por vezes grosseiras.

Haverá espaço, em O Mercado de Notícias, para debater o tratamento que a imprensa dá a personagens como o ex-presidente Lula, ou você trabalhará em plano mais geral, sem se ater a casos específicos? O filme pretende ser durável, falar do jornalismo em tese, mas sim, haverá espaço para alguns casos exemplares sobre a cobertura da imprensa em diferentes governos, incluindo os governos Lula e Dilma. O projeto inclui, além do filme, um site (www.omercadodenoticias.com.br) que deve entrar no ar junto com o filme. O site vai ter as entrevistas com os 13 jornalistas em versão completa, algumas duram quase uma hora. Também faremos uma edição por tema, que pode ser útil nas escolas. O site também trará trechos mais longos da peça e todas as fontes de pesquisa do filme Beleza. (A íntegra desta entrevista encontra-se na Agência Brasil de Fato – www.brasildefato.com.br)


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Apafunk prepara bloco CULTURA Além do bloco, associação promove saraus e rodas de funk como formas de ocupação do espaço público Apafunk

“O único prérequisito é ter disponibilidade para participar”

Luísa Côrtes do Rio de Janeiro (RJ) A Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (Apafunk) já está em clima de carnaval. Através de uma plataforma colaborativa pela internet, a organização conseguiu a contribuição financeira de mais de 80 pessoas para comprar instrumentos de percussão e formar a bateria do Bloco Apafunk. Além dos preparativos para a estreia no carnaval, a associação promove os saraus mensais, que ocorrem na Rua Alcindo Guanabara, na Cinelândia, Centro do Rio, rodas de funk, debates sobre os direitos dos funkeiros, contra o preconceito e a criminalização do gênero. Bateria Segundo um dos coordenadores do Bloco Apafunk e membro da organização, Guilherme Pimentel, as inscrições para fazer parte da bateria começam na próxima semana, e os interessados devem enviar um e-mail para apafunk@ gmail.com com o assun-

AGENDA ARTES PLÁSTICAS Vai até domingo (9) a exposição “Nossos Traços, Novos Espaços”, do grupo de artistas multimídia Máfia 44. Com origem em Niterói e São Gonçalo, o coletivo é formado por grafiteiros, fotógrafos e um mestre de cerimônias. O Máfia 44 expõe seus grafites no Estúdio Belas Artes, na Tijuca (R. Major Ávila, 430). A entrada é gratuita. Tel: 2204.1004. CINEMA O Centro Cultural Ban-

Roda de funk no sarau da Apafunk na Cinelândia

to Bloco Apafunk. O mestre de bateria Carlos Carvalho já trabalha com o ensino de percussão em escolas e promete preparar os integrantes para o carnaval de 2014. “O único pré-requisito é ter disponibilidade para participar dos ensaios, que vão ocorrer às segundas-feiras, em local de fácil acesso, ainda a ser definido”, garante Pimentel. Dos 28 ritmistas que vão colocar o bloco colaborativo na rua, dez serão bolsistas, enquanto os outros irão pagar ape-

Divulgação

Calafate, no festival Cinesul

co do Brasil (CCBB) sedia, entre 4 e 16 de junho, a 20ª edição do Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo (Cinesul). As produções foram realizadas por equipes da América Latina, Portugal e Espanha. Nesta edição, o homenageado será o diretor argentino Eliseo Subiela. O CCBB-RJ

“A polícia hoje tomou conta de todos os assuntos que existem na favela.” nas uma mensalidade de custo para a remuneração dos instrutores de percussão. “A ideia é o bolsista se qualificar na área musical, para poder tocar em outros lugares”, completa. O presidente da Apafunk Mano Teko diz que

o lema é: quem é de somar, cola!. “Nossa bateria é aberta e coletiva, mas vai exigir compromisso de quem se envolver”. Luta A Apafunk luta ativamente contra a Resolução 013 da Secretaria de Segurança Pública, conhecida como “Zero Treze”, que proíbe a realização de eventos sociais, culturais e esportivos sem a autorização prévia da polícia. “A polícia hoje tomou conta de todos os assuntos que existem na fave-

Organização contra o preconceito e a criminalização do gênero

João Bosco se apresenta no Espaço Furnas

de Noel Rosa, Tom Jobim, Milton Nascimento, Paulinho da Viola e outros. O Espaço Furnas fica em Botafogo (Rua Real Grandeza, 219). Tel: 2528.4613. Serão distribuídas senhas das 14h às

Sarau Durante o sarau, realizado toda segunda quinta-feira do mês, às 19h, em frente à ocupação Manoel Congo, o microfone é aberto ao público. Apafunk

Divulgação

fica aberto de terça a domingo, das 9h às 21h, e está localizado no Centro (Rua Primeiro de Março, 66). Telefone: 3808.2020. Ingressos a R$ 6 (meia a R$ 3). MÚSICA O cantor e compositor João Bosco comemora 40 anos de carreira, nos dias 8 (sábado, às 20h) e 9 (domingo, às 19h). Repleto de canções que marcaram época, como “O Bêbado e a Equilibrista”, “O Mestre-Sala dos Mares”, Bosco se apresenta no Espaço Furnas Cultural. Além do repertório que o consagrou, ele interpreta músicas

la. O meu maior medo é saber que o autoritarismo e a agressão não ficam parados, eles avançam, e, desta forma, fica cada vez mais difícil frear a ação policial” afirma MC Leonardo, membro do conselho fiscal da Apafunk e ex-presidente da associação. A “Zero Treze” atinge diretamente o funk, principalmente nas fave-

las com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), onde os eventos culturais são proibidos devido a militarização das áreas. Além disso, a Resolução contraria diversos direitos fundamentais, como a livre iniciativa, a liberdade de acesso à cultura, a liberdade de reunião de pessoas para fins pacíficos, previstos na Constituição Federal.

17h, e a sala de 170 lugares está sujeita à lotação. É necessário levar documento de identidade com foto. FESTA DE SÃO JOÃO Existente há 57 anos, a

mais tradicional quadrilha da cidade faz cinco apresentações entre sábado (8) e domingo (9). No primeiro dia, a Quadrilha do Sampaio estará no Sesc de Ramos, às 18h, e em seguida na Igreja N. Sra. das Cabeças (Penha), às 21h30. Já no dia 9, a primeira dança começará às 17h30, na Igreja de São Pedro (Encantado) e prosseguirá a partir das 20h, na Igreja N. Sra. Aparecida (Moneró – Ilha do Governador). A última apresentação do fim de semana ocorrerá às 21h30, na Igreja N. Sra. da Conceição (Engenho Novo).


Rio de Janeiro, de 6 a 12 de junho de 2013

variedades | 13

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O irmão de Jacó (Bíblia) Extraterrestre do Cinema Doce de açúcar mascavo Capaz de grande destruição

ASTROLOGIA - Semana de 6 a 12 de junho de 2013 Período exige cuidados com o corpo e a saúde; A semana traz tendências para lidar de maneira mais intensa com assuntos profissionais.

Áries

(21/3 a 20/4) A semana favorece para a resolução de antigas pendências. Cuidado para não agir por impulsos em função de falsas impressões. Na vida amorosa, cuidado com o individualismo.

Touro

(21/4 a 20/5) A semana traz um clima de romantismo nos assuntos amorosos. Período bom para retomar laços com pessoas de antigas convivências. No amor, relacionamentos duradouros.

Gêmeos

(21/5 a 20/6) Momento bom para criatividade coletiva. Cuidado para não agir de maneira radical no convívio diário. A semana exige solidariedade com quem você gosta.

Câncer

(21/6 a 22/7) O momento possibilita vivenciar relações com mais afinco. Período bom para questões profissionais. No amor, mais atenção com quem você ama.

Leão

(23/7 a 22/8) Período bom para reavaliar sua rotina. Valorize as atividades coletivas, seja prestativo. Busque o equilíbrio entre solidariedade e sacrifício. No amor, evite a rotina.

Virgem

(23/8 a 22/9) Período para rever gastos financeiros. Evite o consumismo e supérfluos. A semana é boa para questões do trabalho e novos projetos. Na vida amorosa, tenha mais cuidado com opiniões radicais.

Libra

(23/9 a 22/10) Momento bom para questões profissionais. Há tendências para lidar com novas responsabilidades. Seja cuidadoso com quem você ama, inclusive familiares.

Escorpião

(23/10 a 21/11) A semana é especial para novas responsabilidades profissionais. Seja mais paciente, evite atritos desnecessários. No amor, momento bom para sentimentos sérios. Observe mais quem está perto de você.

Sagitário

(22/11 a 21/12) Momento bom para rever sua rotina. Cuidado com a saúde, busque equilíbrio na reflexão dos problemas. Evite desgaste ao lidar com trabalho e negócios. No amor, paciência e diálogo vão ajudar.

Capricórnio (22/12 a 20/1)

A semana pode ser proveitosa para aspectos criativos. As relações no trabalho estarão favorecidas. Procure ser mais parceiro(a). Na vida amorosa, momento para decisões de longo prazo. O sentimento aflora neste período.

Aquário

(21/1 a 19/2) Período de maior intensidade nas questões profissionais. Bom para solucionar assuntos pendentes. No amor, atente para novos sentimentos. Dê mais atenção a quem sempre se dedicou a você.

Peixes

(20/2 a 20/3) Semana boa para traçar novos rumos e metas. Cuidado com a saúde e evite a ansiedade nas questões profissionais. No amor, boas conversas vão ajudar e podem trazer momentos especiais.


14 | esporte

Rio de Janeiro, de 6 a 12 de junho de 2013

Uruguai derrota a França

Mourinho

FUTEBOL Em Montevidéu, Suárez saiu do banco e derrota próximo adversário do Brasil Reprodução

da Redação A seleção uruguaia derrotou a França por 1 a 0 no lotado estádio Centenário de Montevidéu, na tarde de ontem, e levantou a taça Capital Ibero-Americana de Cultura de 2013. Os donos da casa começaram melhor a partida, principalmente em jogadas pelo alto que foram desperdiçadas por Cáceres e Cavani. Os europeus acordaram e por pouco não marcaram por três vezes em jogadas criadas pelo habilidoso Payet. Com quatro alterações para a etapa complementar, Óscar Tabárez mostrou estrela e viu dois dos escolhidos participarem ativamente do gol da vitória. Gaston Ramírez lançou, a bola passou por Maxi Pereira e chegou aos pés certeiros de Luis Suárez, que chegou a 32 gols pela Celeste Olímpica, um a menos do que o maior artilheiro:

Sexto colocado nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, o Uruguai volta a campo na próxima terçafeira para encarar a Venezuela Diego Forlán. Deschamps testou novidades no time titular, mas vem ao Brasil com dores de cabeça pela derrota. Sexto colocado nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, o Uruguai volta a campo na próxima terça-feira para encarar a Venezuela fora de casa e tentar voltar à zona de classificação. Já a França entra em campo domingo para encarar o Brasil em amistoso na Arena Grêmio. (Com agências)

da Redação Após gastar R$ 1 bi com a reforma do Maracanã, o governo do Rio de Janeiro assinou, na terça-feira (4), o contrato de concessão do estádio com o grupo denominado de “Consórcio Maracanã”. O grupo formado por Odebrecht (empresa líder, com 90%), IMX Venues e Arena S.A (de propriedade de Eike Batista, com 5%) e AEG Administração de Está-

dios do Brasil comandará o estádio nos próximos 35 anos. O Ministério Público questionou a legalidade da participação da empresa IMX, de Eike, no processo de licitação, uma vez que foi ela a responsável pelo estudo de viabilidade da concessão. Segundo o órgão, todo o processo favoreceu a IMX, já que a empresa teve acesso a informações privilegiadas e exclusivas.

José Mourinho, ex-treinador do Real Madrid, criticou o atacante português Cristiano Ronaldo, maior artilheiro durante sua passagem pelo clube espanhol. O técnico português afirmou que a relação com seu compatriota não foi fácil. “Ele não aceitou muito bem [algumas críticas de ordem tática], pois pensa que sabe tudo e que um treinador não pode ajudá-lo a crescer ainda mais”, disse.

Tênis Luis Suárez comemora o gol que deu a vitória ao Uruguay

FICHA TÉCNICA

Uruguai

1X0

Muslera, Maxi Pereira, Lugano (Scotti), Coates e Cáceres; Arévalo (Eguren), Gargano e Álvaro Pereira; Lodeiro (Gaston Ramírez), Forlán (Suárez) e Cavani (Hernández)

França

Mandanda, Sagna, Koscielny, Mangala e Trémoulinas; Capoue (Guilagovi), Matuidi (Cabaye), Payet, Valbuena (Grenier) e Gourcuff (Lacazette); Giroud (Gomis)

Gol de Suárez | Centenário | Montevidéu (UR) | 05/06 | 16:00

Governo oficializa entrega do Maracanã a Eike e Odebrecht PRIVATIZAÇÃO Grupo lucrará 35 anos com estádio

FATOS EM FOCO

Campeã olímpica do salto em distância em Pequim, em 2008, Maurren Maggi esteve reunida com dirigentes do São Paulo. Atualmente sem patrocínio, a atleta espera acertar com o clube do Morumbi e poder voltar a treinar com tranquilidade para as Olimpíadas de 2016. Com 36 anos, Maggi pretende encerrar sua carreira após a competição.

Deco

Reprodução

Depois de ser flagrado em exame anti-doping e suspenso preventivamente por 30 dias, o meia Deco do Fluminense já tem data marcada para ir a julgamento. O Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) anunciou nesta quarta-feira que o meio campista será julgado no dia 14 de junho, às 14 horas (de Brasília). Fernando Torres/Fluminense F. C.

Para o Ministério Público, processo favoreceu a IMX


Rio de Janeiro, de 6 a 12 de junho de 2013

opinião | Bruno Porpetta

Que torcida é essa? Há tempos que o cântico da torcida do Flamengo não fazia tanto sentido quanto na reinauguração do Maracanã. Antes, a torcida rubro -negra exaltava-se em sua própria festa, que reunia desde os afortunados das cadeiras numeradas até os desdentados das gerais. Hoje, o sentido do canto é uma oposição ao anterior. Passando pelo entorno, às vésperas do início da partida, a intensa movimentação de pessoas que chegavam a pé pelos acessos ao estádio revelava que, além do teste para a Fifa, havia outro em curso. Ali, estava em teste também a “mudança de perfil do público”, descrita na proposta vencedora da licitação do estádio. No Censo de 2010, “descobriu-se” que os brancos eram minoria perante negros, índios, amarelos e pardos. Neste Maracanã, eles

se redescobriram como maioria, tão esmagadora que soou até uniforme. Imaginava-se, por um instante, estar em um país europeu. Pela TV, podia-se ver quase 60 mil pessoas que não lembram uma torcida de futebol. Há uma alma própria de torcedor que ali não se via. O que havia ali, era uma plateia que poderia perfeitamente estar no Teatro Municipal. Faltavam os desdentados geraldinos, os suburbanos arquibaldos, misturados ali com a plateia elegante e branca. Era esta mistura que empurrava qualquer time para dentro do gol. Para uma seleção que, há anos, foge de seu próprio país, aquilo passava a impressão de um jogo em Londres. Talvez por isso a Inglaterra tenha se sentido tão à vontade. Bruno Porpetta é autor do blog porpetta.blogspot.com

brasileirão | 5ª rodada Criciúma X Flamengo Sab | 08/06 | 6h20 | Heriberto Hulse

Cruzeiro X Internacional

Felipão deve manter equipe contra França SELEÇÃO Técnico sinaliza que titulares serão os mesmos do último amistoso Wander Roberto/VIPCOMM

da Redação Sob forte calor, o elenco da Seleção Brasileira voltou a treinar na manhã de ontem, no CT do Goiás. Preparando o time para o amistoso com a França, neste domingo, em Porto Alegre, o técnico Felipão não fez substituições na equipe. Os jogadores de linha começaram o treinamento com o tradicional bobinho. Já os goleiros Júlio César, Diego Cavalieri e Jéfferson conversaram com o preparador Carlos Pracidelli. Já no coletivo, o treinador cobrou posicionamento e a marcação da saída de bola adversária aos atletas. Felipão também trabalhou a bola parada.

Sab | 08/06 | 18h30 | Raulino de Oliveira

Corinthians X Portuguesa Sab | 08/06 | 18h30 | Pacaembu

Ponte Preta X Botafogo Sab | 08/06 | 21h00 | Moisés Lucarelli

Fluminense X Goiás Dom | 09/06 | 18h30 | Moacyrzão

Vitória X Atlético PR Dom | 09/06 | 18h30 | Joia da Princesa

Coritiba X Náutico Dom | 09/06 | 18h30 | Couto Pereira

Santos X Atlético MG Qua | 12/06 | 19h30 | Vila Belmiro

Grêmio X São Paulo Qua | 12/06 | 22h00 | Arena do Grêmio

Seleção treina no CT do Goiás em preparação para o amistoso

Enquanto isto, nas cobranças de faltas diretas, Neymar, Hulk e David Luiz fizeram um rodízio. Em uma delas, o ex-santista acertou a trave. Após estas ativida-

des, o comandante treinou as finalizações. No amistoso com a Inglaterra, no último final de semana, os brasileiros deram mais chutes ao gol do que os ingleses,

mas não conseguiram evitar o empate por 2 a 2 na reinauguração do Maracanã. O forte calor em Goiânia fez com que Felipão interrompesse os trabalhos, que duraram pouco mais de uma hora. A escalação desta quarta foi a seguinte: Júlio César; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Filipe Luís; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Neymar, Fred e Hulk. Depois do atendimento aos jornalistas, o grupo verde-amarelo voltará a treinar, às 15 horas (de Brasília), no mesmo local. Nesta sexta, a Seleção embarcará para a capital gaúcha. O amistoso com a França está marcado para as 16 horas, na Arena do Grêmio.

Flu em busca dos 100% BRASILEIRÃO Equipe de Abel tenta emplacar a terceira vitória seguida Bruno Haddad/Fluminense F.C.

da Redação

Sab | 08/06 | 16h20 | Arena do Jacaré

Vasco X Bahia

esporte | 15

O Fluminense busca nesta quinta-feira (6), contra o Coritiba, a terceira vitória consecutiva no Brasileirão. Eliminado da Libertadores, o tricolor quer manter os 100% de aproveitamento no campeonato para afastar de vez o desânimo por mais uma campanha frustrada na competição intercontinental. O duelo contra o Coxa, às 21h no Couto Pereira, na capital paranaense. Destaque da vitória de 3 a 0 sobre o Criciúma, no último domingo, marcando os dois primeiros gols da partida, o zagueiro Digão, recém -promovido à titularida-

de, se mostrou feliz com a noite de artilheiro e revelou que as jogadas não aconteceram por acaso. “A última vez que marquei dois gols em um jogo foi nos juniores, há bastante tempo. Essa é uma jogada trabalhada, que o professor treina diariamente, e que se caracterizou como um dos fortes do Fluminense”, destacou o zagueiro. Wellington Nem O Flu não poderá mais contar com Wellington Nem, que acertou com o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, por cerca de R$ 25 milhões. O jovem atacante de 21 anos embarcou na terça-feira para a Ucrânia para realizar exames médicos no clube.

Tiago Neves em treino comandado por Abel Braga nas Laranjeiras

FICHA TÉCNICA

X Coritiba

Fluminense

Couto Pereira | Curitiba (PR) | 06/06 | 21:00


16 | esporte

Rio de Janeiro, de 6 a 12 de junho de 2013

Vasco supera Galo e respira Luciano Belford/Folhapress

ALÍVIO Gigante da Colina volta a vencer após duas derrotas, se reabilita, e deixa time mineiro em último da Redação Com gols de Alisson e Abuda, o Vasco bateu o Atlético-MG por 2 a 0 na noite de quarta-feira (5) no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, pela quarta rodada do Brasileiro. Em jogo aberto e equilibrado, a equipe voltou a vencer na competição após duas derrotas consecutivas, para São Paulo e Vitória. Com o resultado, o time mineiro cai para a lanterna do campeonato e o Vasco fica a um ponto do segundo colocado. As duas equipes se alternavam nos lances de perigo. O goleiro vascaíno Michel Alves impediu dois gols do Atlético-MG nos minutos finais da primeira etapa. O primeiro deles foi com Donizete, que facilitou a defesa com um chute fraco. No

FICHA TÉCNICA

2X0 Vasco

Atlético MG

Michel Alves, Elsinho, Renato Silva, Luan, Nei, Sandro Silva, Wendel, Pedro Ken, (Abuda), Alisson, Carlos Alberto, (Dakson), Edmílson, (Carlos Tenório)

Victor, Marcos Rocha, (Rosinei), Leonardo Silva, Gilberto Silva, Richarlyson, Pierre, Leandro Donizete, Josué, (Cláudio Leleu), Guilherme, (Alecsandro), Luan, Jô

Gols de Alisson e Abuda para o Vasco Raulino de Oliveira | Volta Redonda (RJ) | 05/06 | 21:00 Carlos Alberto domina a bola em partida em que o Vasco venceu o Atlético MG

segundo, o arqueiro evitou gol em boa cabeçada de Jô, aos 43min. Na segunda etapa, o Vasco foi pra cima. O time chegou perto de abrir o placar com chute de Pedro Ken, mas Victor estava bem posicionado e impediu o gol.

Com pouco destaque, Alisson apareceu aos 24 min. O meia arriscou de fora da área e marcou um belo gol para abrir o placar. A partir daí o jogo seguiu em banho-maria. O Atlético-MG esboçou reação, mas mostrou ter

Michel Alves, o goleiro vascaíno impediu dois gols do Atlético-MG nos minutos finais da primeira etapa

pouca criatividade sem Ronaldinho Gaúcho. Aos 48 min, o Vasco ainda teve tempo de ampliar o marcador, com Abuda, em contra-ataque. Ao fim do jogo Alisson, meia do Vasco pede confiança no time: “O Vasco vem acreditando em

mim e me dando força”. Já para Pierre, volante do Atlético-MG, agora é momento de ligar o alerta vermelho: “Precisamos dar um poquinho mais, acordar. Depois, para recuperar, será muito difícil”. O time está na última posição da tabela.

Reprodução

Fogão perde de virada

Fla perde mais uma

BRASILEIRÃO Fernandão marcou os dois gols do Bahia O atacante Fernandão

da Redação Na noite desta quartafeira, (5), o Bahia venceu o Botafogo de virada, por 2 a 1. O ex-flamenguista Fernandão, marcou os dois gols do Bahia. Vitinho marcou para o Botafogo. Com esse resultado, o Bahia chega aos sete pontos subindo para sexta colocação. O Fogão continua com sete pontos caindo para a quinta posição. O Botafogo precisava de um empate para virar líder do Campeona-

to Brasileiro, já que São Paulo e Vitória foram derrotados nesta rodada. O Alvinegro até saiu na frente com Vitinho, mas viu o Bahia reagir e conseguir a virada. O Bota-

fogo iniciou o jogo procurando se ambientar com o gramado do Estádio Batistão, em Aracaju. A equipe carioca não demonstrou força para arrancar o empate.

FICHA TÉCNICA

2X1 Bahia

Botafogo

Gols de Fernandão (Bahia) e Vitinho (Botafogo) Batistão | Aracaju (SE) | 05/06 | 22:00

BRASILEIRÃO Time carioca joga mal novamente e perde para Náutico

FICHA TÉCNICA

0X1 Flamengo

da Redação O Flamengo perdeu de 1 a 0 na noite desta quarta-feira (5) para o Náutico, em Florianópolis (SC) e segue sem vencer no Campeonato Brasileiro. Apresentando um futebol fraco, o time da Gávea completou quatro rodadas sem obter resultado positivo na competição. Mesmo buscando o primeiro resultado positivo na competição, o

Náutico

Gol de Rogério para o Náutico Orlando Scarpelli | Florianópolis (SC) | 05/06 | 22:00

Flamengo não conseguiu pressionar o Náutico no primeiro tempo. O panorama não se alterou no segundo tempo. O Flamengo não demonstrou que poderia abrir o placar. O técnico Jorginho bem que tentou alterar a dinâmica do jogo com substituições, colocando o volante Val, o camisa 10 Gabriel e o atacan-

te Adryan. No lugar de uma equipe mais ofensiva, porém, o que se viu foi um time ainda mais desorganizado. Com a ineficiência rubro-negra, o Náutico abriu o placar aos 36min, após uma bola perdida por Adryan. O time pernambucano ligou contra-ataque rápido e Rogério balançou as redes.


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