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Para analista, ainda é cedo afirmar que relação entre Zema e ALMG será fácil

NOVO CONTEXTO Divisão da base governista e fator Lula devem influenciar tratativas entre Executivo e Legislativo

objetivo de Zema era conseguir conformar um bloco de apoio na ALMG. Porém, a base do governador ficou dividida em dois.

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“Isso significa dificuldades para negociação. Ele terá que negociar duplamente quando houver a necessidade de submeter seus projetos à ALMG”, avalia Claudemir.

Ana Carolina Vasconcelos

No cenário em que apenas 20 dos 77 parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) não são da base do governo de Romeu Zema (Novo), muito tem se avaliado sobre qual será a capacidade política do governador de aprovar seus projetos no Legislativo mineiro.

O número expressivo de aliados, que se configura em uma maioria absoluta dentro da Casa, tem preocupado partidos e setores de oposição ao governo de Minas.

Para se ter uma ideia, com os votos dos 57 parlamentares que o apoiam, Zema conseguiria aprovar qualquer projeto.

“Tem sido comum na cobertura jornalística da imprensa empresarial dizer que o governador tem o cenário dos sonhos. Se nós considerarmos apenas esses primeiros números, poderíamos dizer que a Assembleia recupera o caráter governista que ela tradicionalmente teve”,

Segundo pesquisador, Assembleia recuperou o caráter governista que tradicionalmente teve comenta Claudemir Francisco Alves, coordenador do Monitoramento dos Poderes

Públicos do Núcleo de Estudos Sociopolíticos (Nesp) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

Ele destaca que a ALMG possui em sua história recente a tendência de se posicionar de forma alinhada ao governo estadual, com exceção dos períodos de mandato de Fernando Pimentel (PT) e da primeira gestão de Zema.

Base dividida e primeira derrota

Na avaliação de Claudemir, a situação é mais dinâmica e complexa. Como exemplo, o analista destaca que o

Outra questão já enfrentada por Zema, logo no início da atual legislatura da assembleia, foi a eleição da presidência da Casa. Mesmo tendo maioria numérica, o governador não conseguiu garantir que um de seus nomes saísse vitorioso na disputa.

Cenário nacional também impacta

No segundo turno das eleições presidenciais de 2022, Zema declarou apoio e ajudou a articular a campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL) em Minas. Com a derrota do ex-presidente, configura-se um contexto diferente daquele da primeira gestão de Zema, quando seus interesses eram alinhados aos interesses do governo federal.

Ele destaca que projetos caros para o governador, como a aprovação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que implica em privatizações e mudanças na relação com o funcionalismo público, dependem do diálogo com o presidente.

Na última semana, o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha (PT), fez declarações contrárias à proposta do governador mineiro.

Amélia Gomes

O maior sindicato de Minas Gerais e terceiro maior da América Latina está sob risco de fechar as portas. Isso porque o governador do estado, Romeu Zema (Novo), judicializou uma greve realizada em 2022 pelos trabalhadores da educação, cujo processo resultou em uma multa de R$ 3,2 milhões.

O valor inviabiliza as atividades da entidade por três meses. Diante dessa situação, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) iniciou uma campanha de arrecadação para manter a instituição de portas abertas.

A categoria chama a atenção para o fato de que a greve em questão já foi paga com dias repostos. Além disso, outros servidores que também cruzaram os braços no ano passado, como os trabalhadores das forças de segurança, não enfrentam a mesma situação.

“O objetivo não é simplesmente o pagamento da multa. O objetivo é fechar o sindicato que dá voz à categoria que está sendo massacrada pelo governo. Minas Gerais não paga nem o piso proporcional que propagandeia nas ações de mídia e redes sociais, e pratica o pior vencimento básico do país”, denuncia Denise Romano, coordenadora-geral do Sind-Ute.

O governo de Minas foi procurado para comentar o caso, mas não respondeu até o fechamento desta edição.

Contribua!

Quem quiser contribuir com a campanha de arrecadação do Sind-Ute, basta entrar no site www. sindutemg.org.br.

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