Divulgação Divulgação Mãe relata que deixa de comprar comida para os filhos Brasil | p. 5 Adaverdadefome Athletico a uma partida da Thronicke?QuemsoberaniaIndependênciafinalénacionaléSoraya Vitória traz esperanças para decidir Libertadores É preciso romper a dependência das potências mundiais Genealogia mostra vínculo com agronegócio do MS Brasil | p. 6Esportes | p. 8 Brasil | p. 6Editorial | p. 2 Brasil | p. 6Artigo | p. 2 Cultura | p. 7 História e dança Livro demoradoresretratafalandosuascidades fotocredito Ano 5 Edição 272 1 a 7 de setembro de 2022 distribuição gratuita www.brasildefatopr.com.brPARANÁ Ocupação com risco revela maupúblicogasto Local sem uso, alugado à Prefeitura, já consumiu R$ 800 mil Cidades | p. 4
Almerinda descende da família Mattos Pereira, pioneiros no Mato Grosso vindos do Rio Grande do Sul, de Torres e São Luiz Gonzaga, alguns dos maiores fazendeiros na formação de Dourados, herdeira de antigas famílias do poder local das fronteiras agrárias brasileiras. O marido é o empresário de rede de motéis, Carlos César de Lima Batista, e tesoureiro do União Brasil em MS. SenadoAgencia
EXPEDIENTE EDIÇÃO Frédi Vasconcelos e Pedro Carrano REPORTAGEM Ana Carolina Caldas, Gabriel Carriconde e Lia Bianchini COLABOROU NESTA EDIÇÃO Ricardo Costa de Oliveira ARTICULISTAS Cesar Caldas, Douglas Gasparin Arruda, Fernanda Haag, Marcio Mittelbach e Manoel Ramires REVISÃO Lea Okseanberg ADMINISTRAÇÃO Bernadete Ferreira e Denilson Pasin DISTRIBUIÇÃO Clara Lume FOTOGRAFIA Giorgia Prates DIAGRAMAÇÃO Vanda Moraes CONSELHO OPERATIVO Daniel Mittelbach, Fernando Marcelino, Gustavo Erwin Kuss, Luiz Fernando Rodrigues, Naiara Bittencourt, Roberto Baggio, Robson Sebastian CONTATO pautabdfpr@
A violência é um traço marcante e que perpetuase desde os tempos escravizaçãoda
Nosso padrão de desenvolvimento é majoritariamente primário-exportador, com baixa densidade tecnológica, pouco valor agregado e para satisfação do mercado exterior. Em alguma medida, o processo que levou Getúlio Vargas à Presidência, em 1930, tentou romper o padrão vigente.Ocorre que, em anos recentes, retrocedemos muito. A linha que advoga pela nossa “vocação” primário-exportadora ganha força, condição que se agrava pelo desmonte da política industrial, das privatizações e da ausência de uma estratégia de desenvolvimento. Mais do que nunca, o grito da Independência tem que deixar de ser sinônimo de um silêncio ensurdecedor.
Titular e Decano do
de
Grito
O jornal Brasil de Fato circula em todo o país com edições regionais em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Paraná. Esta é a edição 272 do Brasil de Fato Paraná, que circula sempre às quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.
gmail.com REDES SOCIAIS /bdfpr @brasildefatopr Brasil de Fato PR | Desde fevereiro de 2016 fazendeiros?umapolíticaNovidadeoumaisfilhade
Federal
N o bicentenário da Independência do Brasil, é hora do debate de ideias sobre o daétráficote,indígenasdão,desdemarcanteção,relaçõesdaaosperiférico“serve”,sosemeemraleconômico,desenvolvimentosocial,cultu-eaquestãoambiental,perspectivahistóricacrítica.OBrasilestámarcadosuaHistóriaporproces-emqueesteterritórionacondiçãodepaísesubordinado,centroshegemônicoseconomiaglobal.Nassociaisdeprodu-aviolênciaéumtraçoequeseperpetuaostemposdaescravi-iniciadacomospovose,posteriormen-comaescravizaçãoeodenegros.Hoje,asuperexploraçãoimperativa,consequêncianossacondiçãoperifé- rica no sistema mundial, associada à retirada de direitos e proteção social do nosso povo. As elites são incapazes de construir um projeto nacional que tenha o povo como sujeito e parte ativa do processo. Ao contrário, veem no povo brasileiro, nas massas, um obstáculo a ser enfrentado. Essa situação se deve à condição de sócia-vassala, na qual a burguesia interna está subordinada à burguesia internacional.
Ainda ecoa o da
Independência?
Ricardo Costa de Oliveira Professor Departamento de Sociologia da Universidade do Paraná. Autor 11 entre os quais “Na teia do nepotismo – sociologia política das relações de parentesco e poder político no Paraná e no Brasil” Agenealogia da senadora e candidata presidencial Soraya Vieira Thronicke, candidata à presidência pelo União Brasil, nascida em Dourados, Mato Grosso do Sul, é uma típica genealogia brasileira de famílias fazendeiras e do antigo poder local. Filha de Eraldo Thronicke, comerciante falecido precocemente, e de Ilda Vieira Thronicke. Neta paterna do imigrante alemão Victor Geraldo Thronicke e de Josefa Clara, da família Silva Lara, com muitos Vieira.AlmerindaDulcinofazendeiros.grandesNetamaternadeVieiraededeMatosBisnetadeFirmiopinião no Vieira Mattos, vereador em Dourados, grandes proprietários, fazendeiros e pecuaristas.Pelaavó
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livros,
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A mesma análise do DataFórum mostra que a tática desse dia dos bolsonaristas nas redes foi falar mal das pesquisas. Principalmente porque a última rodada dos estudos mostra que depois das entrevistas na Rede Globo e do debate na Rede Bandeirantes está se consolidando a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva e a possibilidade de derrota de Bolsonaro ainda no primeiro turno. Ou uma distância muito grande caso ocorra a segunda rodada.
Cavalos e bombas O ato desta terça iniciou com concentração na Praça 19 de dezembro, no Centro Cívico da capital, e depois houve caminhada até a Praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao Palácio Iguaçu. Em 1988, o protesto era por melhores salários, mas os professores foram recebidos por policiais militares nesse local com cavalos, cães e bombas de efeito moral.
O afrouxamento nos controles no atual governo fez com que fosse praticamente triplicado o número de armas registradas em poder de caçadores, atiradores esportivos e colecionadores (CACs), uma das principais bases de apoio do bolsonarismo. O portal G1 mostra que esse arsenal cresceu 187% desde o final de 2018, passando de 350,6 mil para 1.006.725 unidades registradas em julho deste ano. Em média, 449 pessoas obtiveram licença para usar armas no país a cada 24 horas. Divulgação
Professores e servidores da Educação foram às ruas de Curitiba, na terça (30), para lembrar o massacre sofrido por professores em frente ao Palácio Iguaçu, em agosto de 1988, sob a autorização do então governador Álvaro Dias (atual candidato ao Senado pelo Podemos). Desde então, a data se tornou um dia histórico para a Educação no estado.
Cris Vector Pra que não mais aconteça Para o professor José Augusto, aposentado há quatro anos, e que estava na manifestação, é preciso sempre lembrar: “Mais uma vez estou aqui neste 30 de agosto para recordar e contar para a sociedade sobre essa data terrível que o Álvaro Dias conseguiu marcar em nossa memória. Mandou que a Polícia Militar fosse pra cima dos professores que faziam uma greve justa e pacífica. Não podemos esquecer pela nossa dignidade”, diz.
ladroagem”“Teve Disse o senador RodriguesRandolfe (Rede) em entrevista ao UOL em que emforamedequesitereportagemanalisavadoquemostrou51imóveisBolsonaro(PL)seusfamiliarescompradosdinheirovivo.
NOTAS BDF Por Frédi Vasconcelos Bolsonarista calado Tebet é do agroAtaque às pesquisas Democracia na mira A revelação de que a família Bolsonaro comprou 51 imóveis em dinheiro vivo, o que levanta suspeita de lavagem de dinheiro, calou as redes sociais bolsonaristas. Levantamento DataFórum, na quarta (31), mostrou que essa comunidade se manteve absoluto em silêncio sobre o tema. O que é inusitado, na maioria das denúncias a tática é sempre ir para o ataque e tentar intimidar quem publica os fatos. Muito comentada nas redes depois do debate da Band, Simone Tebet (MDB) se apresenta como novidade e defensora das mulheres. Mas é bom lembrar que votou pela cassação de uma mulher, Dilma Rousseff, da Presidência. Além disso sempre foi ligada ao agronegócio e perseguiu indígenas em seus projetos. “A Simone Tebet está com suas mãos manchadas de sangue, e esse sangue é sangue indígena”, diz Kelli Mafort, integrante da Coordenação Nacional do MST.
A delidade canina do governador Ratinho Junior, candidato à reeleição, ao presidente Jair Bolsonaro está na fase de pré-divórcio. Parceiro na agenda de costumes, privatizações e ataques ao funcionalismo, o governador não mostra o presidente em sua campanha eleitoral. A “dobrada” nem apareceu. Bolsonaro só aparece nos comerciais quando o apoio vem do candidato Paulo Martins, do deputado Ricardo Arruda e das propagandas do seu partido, o PL. Já Ratinho Jr. faz voo solo na TV e nas redesAbandonosociais. diferente do que o governador se comprometeu. Nas convenções partidárias, ele disse que daria palanque a Bolsonaro. “Eu tenho uma ligação histórica e de gratidão. Todo mundo sabe da gratidão que eu tenho com o presidente Bolsonaro porque foi o governo que mais investiu no Paraná”. Apesar de ser um dos poucos governadores aliados de Bolsonaro, Ratinho suprimiu de seu Instagram qualquer foto com o presidente. Eventos como Marcha para Jesus, almoços e inaugurações simplesmente não mostram o atual presidente. Ratinho Jr esconde Bolsonaro na campanha Rodrigo Felix Leal | ANPr Massacre professoresde
FRASE DA SEMANA Geral 3
“Mandamos um ofício recente para o Ministro Barroso (STF). Tentamos que houvesse atenção ao direito de moradia das famílias e acompanhamento social na questão de, eventualmente tendo ordem de despejo, que houvesse alguma forma de realocação e um programa de moradia emergencial. Queremos agora pedir uma reunião e enviar mais um ofício para saber aonde as famílias vão poder ficar”, diz Thaís Diniz, assessora da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Alep.
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A Prefeitura reconhece que, entre dois chamamentos para empresas usarem o espaço, o primeiro não apresentou interessados e o segundo processo licitatório está em andamento, ainda que a prorrogação do contrato de locação esteja prestes a finalizar.
Dinheiro público? Se contabilizado o valor de três anos e meio sem uso, os cofres públicos repassaram perto de R$ 800 mil para um local até então sem uso e agora ocupado devido à necessidade de famílias. Nos processos, o município sugere que as famílias teriam prejudicado o patrimônio público com a ocupação. Porém, nota-se que a área é privada. Agora, desde o dia 27 de outubro, as famílias estão ameaçadas de mais um despejo, tendo o prazo de dez dias para desocupação do imóvel. A juíza Patricia de Almeida Gomes Bergonse, da 5.ª Vara da Fazenda Pública, responsável pela decisão, indica na liminar, se necessário, ordem de arrombamento e reforço policial. Local é particular e sem uso, alugado à Prefeitura. Se contabilizado o valor de três anos e meio, os cofres públicos já repassaram cerca de R$ 800 mil Pedro Carrano Nova ocupação na Cidade Industrial também corre risco de despejo Per l das famílias
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) recorreu ao ministro Barroso, do STF, porém ele manteve a determinação de reintegração de posse. O ministro indeferiu um pedido liminar do movimento, que alegava descumprimento do preceito fundamental que impede despejos até 31 de outubro no país.
Nesta semana, moradores da ocupação Povo sem Medo estiveram em frente à Construtora Piemonte, proprietária do terreno, emJuristasprotesto.populares, consultados pela reportagem, por um lado apontam que, tanto a Povo Sem Medo, quanto a Fortaleza, são áreas recentes, anteriores às denições do STF. Por outro lado, há sempre a preocupação de que, passado o prazo do dia 31 de outubro, todas as áreas de ocupação do período da pandemia sofram pressão de proprietários, Prefeitura e governo do estado. A reportagem do Brasil de Fato Paraná enviou para a assessoria de imprensa da Cohab perguntas referentes a se haverá um programa de realocação no caso de despejo das áreas Povo Sem Medo e Fortaleza. E perguntamos também sobre qual nalidade no gasto de R$ 800 mil no barracão privado na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Porém, até o fechamento da edição, não obtivemos resposta.
POVO SEM MEDO
PODER PÚBLICO
Pedro Carrano
Direito à realocação Juristas populares traçam uma estratégia de defesa das famílias. Em linhas gerais, a situação abrange os seguintes problemas: a relação entre o imóvel privado e a gestão municipal. Há também problemas de zoneamento na região, voltada à indústria, o que exigirá um programa de realocação das famílias. Tal medida é estipulada em âmbito nacional no marco da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 828, mecanismo com o qual o Judiciário indicou não haver despejos de ocupações feitas no grave período de crise sanitária.
4 Brasil
O local abriga, desde 5 de fevereiro, 42 famílias, num total de 160 pessoas, sendo que 60 são crianças. Os moradores, que conformaram uma Associação, apontam que a maioria está desempregada e há também autônomos ou mesmo o apelidado “empreendorismo por necessidade”, como ironiza um dos moradores.Orelatório técnico, anexado à liminar de reintegração de posse e assinado pela Cohab, aponta que a maioria dos ocupantes recebe cerca de R$ 1.100 e que apenas cinco famílias estavam inscritas na fila da Cohab antes da entrada na ocupação. Número que subiu após a visita do órgão público. Porém, em conversa da reportagem com os moradores, eles estão desacreditados da espera na longa fila por moradia. “Esse povo que está aqui precisa de moradia. Como temos problema no estado e no país, precisamos. Mas os órgãos deixam a desejar e não nos dão respaldo disso. Então estamos brigando por uma questão social que não se resolve”, protesta o morador Daniel Rodrigues de Oliveira. Já é a segunda ameaça de despejo que ocorre na capital em menos de duas semanas. Por decisão da 24ª Vara Civil de Curitiba, as 580 famílias ocupantes da área Povo Sem Medo, no bairro Campo de Santana, devem deixar a área. O prazo do dia 27 já expirou.
N ova ocupação corre o risco de despejo forçado em Curitiba. Trata-se de um barracão industrial que, até dezembro de 2018, estava abandonado, localizado na Rua Engenheiro Ariel Villar Tacla, 500, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). A ocupação foi batizada, desde fevereiro deste ano, de Fortaleza.Agestão do município reivindica o local, na condição de locatária do espaço pertencente à Comercial Exportadora Husseini Ltda, pelo valor mensal aproximado de R$ 19 mil. O objetivo, de acordo com a gestão, seria montar uma central de comercialização de polietileno tereftalato (PET), em parceria com o programa Ecocidadão, que atende a trabalhadores carrinheiros.
O QUE É PRECISO FAZER CORTE DE RECURSOS mente, trabalha como catadora de recicláveis para sustentar a família espera que os novos governos olhem para o tema da alimentação. “Acho que se os preços fossem mais acessíveis às famílias de baixa renda, as que ficaram desempregadas, tudo ficaria um pouco melhor. Mas, é importante também que pensem em alimentos de qualidade para que, pelo menos, as crianças possam ter mais vitaminas e nutrientes. Hoje aqui em casa não tem alimento de qualidade mais.” distribuição a instituições sociais e às famílias mais pobres, entre outras medidas”. Já para Márcia Lopes, diante do atual cenário eleitoral, é preciso eleger pessoas comprometidas com a causa. “Precisamos eleger bancada nos legislativos de pessoas comprometidas com a vida das pessoas, além de não eleger quem retrocedeu nos programas voltados ao combate à fome.” de incentivo, apoio governamental e orçamento. E isso não tem acontecido no atual governo, que só cortou recursos”,Márciaafirma. relembra que nos governos Lula e Dilma, os programas de combate à fome tinham apoio de todos os ministérios. “Criamos uma Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, estruturamos programas. Eu coordenei o Programa Fome Zero junto a 13 Ministérios que tinham, cada um em sua área, responsabilidades. Por exemplo, garantir boa saúde para as gestantes, auxiliar na agricultura, implementar programas nas escolas etc. Isso fez como que chegássemos a indicadores incríveis”, diz.
Para a assistente social e ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no Governo Lula (2010) Márcia Lopes, o Brasil tem capacidade para alimentar toda a população.
“A exemplo do Programa de Aquisição de Alimentos, que foi extinto, e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que não teve reajuste de verbas, mesmo com a inflação altíssima”, destaca. “Obviamente, a pandemia elevou as desigualdades. Mas só isso não explica, pois se tivéssemos políticas estatais de indução econômica e de garantia de direitos sociais, a situação não seria tão grave”, analisa Nayara.
“ Tive que trocar comida saudável por asquecomprarDeixeisubstitutos.maiscoisasbaratas,decomidafazfaltaparacrianças”
Brasil 5
Arquivo Pessoal
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“Deixei de comprar comida que faz falta para meus filhos”, diz mãe solo comida ir diminuindo nas refeições dos filhos, além de precisar trocar alimentos por produtos menos saudáveis. “Fui para a ocupação há dois anos porque antes pagava aluguel e, como mãe solo, fui ficando sem condições. Era o aluguel ou comer. Mas, com as dificuldades do país, eu fui vendo a comida ir diminuindo em casa. Os preços aumentam sem parar e aí deixei de comprar leite, arroz, azeite, carne e outros alimentos. Tive que trocar comida saudável por coisas mais baratas, substitutos. Deixei de comprar comida que faz falta para as crianças”,Jaquelineconta. que, atualFome tem pior cenário
Pesquisadores e especialistas a rmam que, em relação à fome, vivemos o pior cenário já registrado nas últimas décadas no Brasil. Lembrando que nos governos Lula e Dilma, segundo a ONU, foi o único país do mundo a sair do mapa da fome por causa de políticas públicas.Aausência ou o desmonte dessas políticas são as principais causas para os atuais números alarmantes. Para a Coordenadora do Programa Iguaçu da Terra de Direitos e doutoranda em direitos humanos Nayara Bittencourt, no atual governo houve a redução de direitos sociais, entre eles o da alimentação, com a redução de políticas públicas.
Mais da metade da população brasileira (58,7%) está em insegurança alimentar em algum nível; e de 10 famílias apenas 4 possuem acesso total à alimentação. Esses e outros Ana Carolina Caldas dados foram revelados pelo “2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil”, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.Segundo a pesquisa, 125,2 milhões de pessoas convivem com algum grau de insegurança alimentar, algo que corresponde a 58,7% da população brasileira. Comparando com 2020, houve aumento de 7,2% e na comparação com 2018, o avanço é de 60%. Jaqueline Poliane Ferreira, moradora numa ocupação em Curitiba e mãe solo de quatro filhos, viu a Mais de 120 milhões de brasileiros estão com algum grau de insegurança alimentar, segundo pesquisa
“Tem terras produtivas e capacidade de produção de alimentos para todos. Mas o ciclo de produção, o plantar, colher e abastecer precisa Para Nayara, o combate à fome é emergencial. “É necessário que haja aquisição de alimentos, especialmente de agricultores familiares, que têm que escoar sua produção e garantir renda, com
Cortes em verbas para políticas públicas Contudo, não
Os quatro últimos anos do Brasil foi somente a saúde que teve queda no orçamento, a taxa de investimentos no setor público encolheu de 0,33% do PIB de 2020 para 0,26% do PIB no ano passado. Economia Segundo previsões do Banco Mundial, o Brasil deve ter um dos menores crescimentos em toda a América Latina. O endividamento dos consumidores só cresce, com quase 80% das famílias com algum tipo de conta atrasada. Isso significa no dia a dia dos brasileiros um menor poder de compra, com o salário cada vez mais desvalorizado.
Saúde É impossível não citar a Covid-19 quando se faz uma retrospectiva. Infelizmente, a postura negacionista adotada pelo atual governo colocou o Brasil no 2º lugar mundial dos países com maior número de vítimas, foram mais de 600 mil mortes. Além disso, de acordo com o estudo Epicovid (Universidade Federal de Pelotas), a demora nas compras de vacinas teria causado entre 95,5 mil e 145 mil mortes que poderiam ter sido evitadas. Como resultado desta postura, em 2021, foi instaurada uma Comissão
A representatividade e a participação de minorias fortalecem uma política que seja de fato democrática. Afinal, em uma democracia é fundamental que todos e todas sintam-se representadas de forma igualitária — sejam mulheres, negros e negras, população LGBT+ e indígena, pessoas com deficiência, entre outros.
Político é tudo a mesma coisa? Há quem diga que político é “tudo farinha do mesmo saco”, são todos iguais e o voto não é relevante para mudar os rumos do país. A quem interessa esse discurso? Há setores da sociedade que realmente preferem que o povo não se envolva nas questões políticas, pois a alienação permite que condutas imorais e ilegais passem ilesas. É seu direito votar nulo ou em branco, mas exerça de maneira consciente, entendendo que se abster desta responsabilidade irá afetar os resultados da votação. Os números do 2º turno na eleição de 2018 mostram que 21% dos eleitores não compareceram às urnas; 6% anularam o voto e 2% votaram em branco. Ou seja, 29% dos eleitores não quiseram optar por um dos dois nomes na disputa presidencial, foram quase 43 milhões de pessoas. Essa decisão pode sim mudar o futuro do país.
Acampanha eleitoral começou e entramos na contagem regressiva para a escolha dos representantes para Presidência, Senado, governos estaduais, Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas. E você, já escolheu em quais candidatos votará? Essa pode ser uma decisão que traz muitas dúvidas, afinal, são esses candidatos responsáveis por representar a sua voz e construir políticas públicas que impactam a todos. E, como identificar quem deve ocupar cada cargo, em meio a tantos nomes e partidos? É fundamental pesquisar as pautas defendidas pelo candidato, qual seu plano de governo e quais projetos ele já apresentou ou votou — nos casos de candidatos que já ocupam cargos políticos. Informe Institucional | SISMUC
Em anos eleitorais é comum que se faça uma análise dos últimos quatros anos, em quais áreas houve avanços e retrocessos. E, dessa forma, qual candidato atuará para garantir o desenvolvimento social justo, popular e democrático.
Parlamentar de Inquérito (CPI), que apurou responsabilidades e enquadrou o presidente Jair Bolsonaro em 9 tipos de crimes, como: uso irregular de verbas públicas, crime contra a humanidade, falsificação de documento particular, entre outros. Em 2019 houve o desmonte do Mais Médicos, programa de saúde para o atendimento primário à população. E, em 2022, a área da saúde recebeu o menor investimento federal dos últimos 10 anos.
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Durante a pandemia o serviço público não parou, mas a que custo? Qual a nossa responsabilidade quanto ao serviço público de qualidade?
Fome O país voltou para o mapa da fome e cada vez mais pessoas não sabem quando irão fazer a próxima refeição. São 33 milhões de brasileiros passando fome e mais de 125 milhões em insegurança alimentar — quando há falta de alimentos nutritivos para que uma pessoa viva Moradiaadequadamente.Aausência de políticas públicas habitacionais como o programa Minha Casa, Minha Vida, é nítida ao percorrer as cidades. O número de pessoas em situação de rua cresceu 16%
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desde o final de 2021. Junto disso, mais de 27 mil famílias foram despejadas durante a pandemia. O país sofre com o desmonte das políticas sociais, por isso, este é o momento de refletir sobre quem merece o seuQuemvoto. defende as ideias e os ideais que você compartilha? Quem não é compatível com o que você deseja como projeto de nação? Qual Brasil você quer para os próximos anos? A partir das respostas para essas perguntas, você já terá opções a considerar entre os candidatos.
A representatividade de minorias importa? As desigualdades estruturais socioeconômicas, provocadas pela falta de acesso ao emprego e à educação, produzem a exclusão das minorias das discussões políticas.
Quanto mais diversidade nos cargos políticos, mais probabilidade de a população ser beneficiada.
Qual Brasil queremos para os próximos anos?
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individualmente.tografiasaproximadamentecompostas,Codes.quecoreografias/performances27sãoacessadasporQRAsanimaçõesforamcadauma,por300fo-editadasetratadas
Aponte o leitor QRcódigodeparaaimagemleitordecódigoQRparaaimagem
Cultura 7 PUBLICIDADE PratesGiorgiaFoto:
O quê: CodificadosMovimentosCoreo(Codes):Livroem Espaços Singulares Lançamento: 1 de setembro, às 18h. Onde: Casa de Música (Rua Francisco Cunha, s/nº, ao lado do prédio da Prefeitura Municipal da Lapa). Quanto: @coreocodesgratuito Que local na cidade é o mais importante pra você? Foi com essa questão que a bailarina Patrícia Machado e o fotógrafo Tom Lisboa abordaram os moradores da Lapa, de Assis Chateaubriand, Jacarezinho e Prudentópolis, no interior do Paraná. A ideia de conhecer as cidades por meio da perspectiva de seus habitantes era a proposta inicial do projeto Coreo(codes): Movimentos Codificados em Espaços Singulares, cujo resultado foi materializado num livro, que será lançado na Lapa (veja serviço) O livro resgata a senRedação sação de pertencimento ao local em que se habita, por meio da subjetividade. Essa história, no entanto, é contada de uma forma bem singular. Ela combina depoimentos, fotografias e QR Codes que transferem o leitor para uma experiência dançada em cada um dos locaisParaescolhidos.selecionar os participantes a produção de Coreo(codes) fez circular nas redes sociais uma convocatória para os moradores se integrarem a um projeto de dança, sem que fosse necessário nenhum tipo de experiência na área. Os participantes eram incentivados a improvisarem movimentos e produziExperiência audiovisual revela espaços afetivos de cidades do interior do estado
QR Codes O livro reúne
Livro conta história de cidades paranaenses com dança de moradores rem pequenas coreografias inspiradas em lugares com os quais eles tinham uma conexão afetiva. O encontro presencial só acontecia quando o grupo de uma cidade concluía suas criações coreográficas. A equi-
pe então se deslocava até o município para que fosse fotografado e filmado o que havia sido ensaiado. “Mesmo tendo realizado grande parte do projeto de forma virtual, criamos um vínculo afetivo com os moradores, era emocionante conhecê-los presencialmente no dia das filmagens. Partilhamos histórias íntimas ao longo do processo”, relata Patrícia Machado.
O “Fico” na Série A, daqui a três meses, depende dessa iniciativa tática no Independência. Dois jogos, dois modos de torcer Por Douglas Gasparin Arruda
A passoum da final da Arena da Baixada, sendo um dos melhores públicos da história do estádio. Com o ambiente perfeito, o Athletico não demonstrou medo do atual campeão da América e partiu praLogocima.aos 21 minutos da primeira etapa, após cruzamento de Khelven, Vitor Roque ganha pelo alto do zagueiro, a bola sobra para Alex Santana, que empurra para as redes do goleiro Weverton. Gol do Athletico, e pressão para o lado visitante. Dali para a frente o esquema tático de Scolari prevaleceu sobre o do Divulgação
Paraná, 1 a 7 de setembro de 2022 Brasil de Fato PRBrasil de Fato PR O calendáriotal Por Marcio Mittelbach
Por Cesar Caldas Do Independência ao “Dia do Fico” Este colunista estará presente, no próximo sábado (3/9), no estádio Independência, em Belo Horizonte, a quatro dias do Bicentenário da propriamente dita, para assistir pessoalmente à 12ª tentativa coxa-branca de obter sua primeira vitória fora de casa neste Campeonato Brasileiro. Há alguns anos se popularizou o slogan “caiu no Horto, tá morto”, em referência à região da capital mineira em que ca o estádio do oponente América, onde o Galo acumulou vitórias em série.
Ainda é setembro, mas a torcida tricolor já pensa em 2023. Até o presente momento, apenas uma competição aguarda o Paraná: a Série Prata do estadual, prevista para começar em maio. Até a semana passada, havia a possibilidade do retorno da Copa Sul-Minas. Depois de muitas reuniões e debates, os cartolas entenderam que está muito em cima para realizar a competição no ano que vem, que deve sair do papel só em 2024. Resta ainda outra esperança: a Copa do Brasil. Mas as chances são pequenas. O tricolor teria que ser chamado pelo ranking, no entanto, despencou 12 posições no último ano e ocupa hoje a posição de número 45. De acordo com um levantamento feito pelo jornalista Luiz Ferraz, para o tricolor ter uma vaga na Copa do Brasil seria necessário que o Bahia fosse campeão da Série B, que o Figueirense ganhasse a Copa Santa Catarina, e que Fluminense, Flamengo, Santos e Ceará se classi cassem para a Libertadores. Difícil, mas não impossível.
LibertadoresnaparaePalmeirasbateemcasa,levavantagemjogodevoltasemifinalda
Gabriel Carriconde
Dom Pedro I deu o primeiro passo para nossa soberania quando declarou que não viajaria a Portugal, no famoso “Dia do Fico”. O torcedor do Coritiba espera do treinador Guto Ferreira que a Semana da Pátria inaugure estilo de jogo propositivo, de “marcação alta” no campo adversário.
Athletico
português Abel Ferreira. Com uma linha defensiva baixa, e os laterais marcando os pontas palmeirenses, Rony e Dudu, o alviverde palestrino acabou sendo presa fácil para boa defesa athleticana liderada pelo zagueiro iago Heleno. Na segunda etapa, a equipe da casa acabou perdendo o volante Hugo Moura, expulso após o segundo cartão amarelo, e também o comandante Felipão, avermelhado após discutir com o árbitro chileno Roberto Tobar. O Palmeiras ainda insistiu, mas não foi o su ciente para furar o bloqueio imposto pelo adversário. O 1x0 permaneceu até os 53 minutos do segundo tempo com o apito nal. A vantagem athleticana, apesar de pequena, quebrou uma série de 20 jogos de invencibilidade do Palmeiras em jogos fora de casa na Conmebol Libertadores. Antes do jogo decisivo da volta marcado para a próxima terça-feira, 6, o Athletico recebe o Fluminense, no sábado, 3, pelo Campeonato Brasileiro. No mesmo dia, o Palmeiras joga fora de casa, contra o Red Bull Bragantino.
Nas últimas semanas o Furacão disputou duas partidas decisivas na Arena, e o modo como a torcida lidou com esses jogos foi muito destoante. Contra o Flamengo, a tensão tomou conta das redes sociais, e o clima de animosidade desencadeou uma série de brigas no estádio e nos arredores. O ambiente péssimo criado pelas torcidas foi tema de vários comentários nas redes sociais. No jogo de terça, contra a equipe do Palmeiras, parecia outra torcida. A ansiedade era visível, mas não havia a presença constante da tensão violenta do jogo contra o Flamengo. O ambiente propício se tornou mágico quando Alex Santana abriu o placar. Na segunda etapa, o jogo se abriu para a essência da Libertadores: jogador e técnico expulsos, clima tenso em campo e a torcida fazendo sua parte: apoiando até o m. Era uma noite que há dezessete anos o torcedor athleticano não vivia. Desde 2005, quando o Athletico Paranaense eliminou de maneira heroica o Chivas Guadalajara - MEX, e garantia vaga numa nal inédita de Libertadores contra o São Paulo, o torcedor rubro-negro não sabia o que era uma semi nal do principal torneio continental de clubes. E nem a noite fria na capital paranaense assustou. Mais de 38 mil pessoas lotaram as dependências
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