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Trabalhadores da Refinaria Getúlio Vargas (Repar) sofrem com surto de Covid-19 Desde o dia 13 de maio, sindicato levantou 22 casos de contaminações Redação
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instrumentador Célio Alves da Cruz faleceu no dia 3 (quinta), em Curitiba, vítima de complicações da Covid-19. Ele tinha 55 anos e trabalhava nas obras de parada de manutenção da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, contratado pela empresa Método Potencial. Célio é o quarto trabalhador que atuava na Repar a falecer nos últimos vinte dias, período no qual as obras na Repar foram intensificadas. O procedimento de manutenção na refinaria incluiu mais dois mil trabalhadores na rotina da unidade e causa aglomerações no parque industrial. Para o sindicato dos petroleiros (Sindipetro) a gestão da Refinaria mantém postura de descaso ao não
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Paraná, 10 a 16 de junho de 2021
informar os trabalhadores sobre as vítimas e não reduzir as atividades. Acusa também de não cumprimento de acordo mediado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-PR) que encerrou a greve sanitária na unidade, realizada entre os dias 12 e 16 de abril. O principal compromisso assumido pela empresa era o de divulgar boletins epidemiológicos com informações sobre o quadro vigente de casos confirmados de Covid-19, suspeitos, recuperados e internações hospitalares. Levantamento extraoficial, feito a partir de informações que foram enviadas ao Sindicato desde o dia 13 de maio, dá conta de que ocorreram mais de 22 casos de contaminados, com cinco intubados e quatro mortes. Cristiano Vaz
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Devolução do auxílio emergencial deixa famílias em vulnerabilidade Diminuição do acesso ao auxílio emergencial com piora no cenário econômico, empurra trabalhadores para estado vulnerabilidade e insegurança alimentar Gabriel Carriconde
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política do auxílio emergencial, iniciada em abril de 2020, impediu que milhões de brasileiros, mesmo diante da profunda crise econômica oriunda da pandemia de covid-19, ficassem em situação ainda maior de vulnerabilidade. As cinco parcelas de R$ 600 impediram por exemplo, um tombo de 14% no Produto Interno Bruto (PIB), em 2020, de acordo com um estudo do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo. Apesar de ter salvado a vida de milhões de famílias, o auxílio foi renovado em 2021 para R$ 150 a R$ 300, para número menor de pessoas. Famílias tiveram que devolver o valor recebido, para a Receita Federal, por
terem renda maior que os requisitos estipulados para ter acesso ao auxílio. O mecanismo, criado para evitar fraudes, por outro lado, deixou famílias em dificuldade, com a piora do cenário econômico da pandemia, somada ao aumento da inflação, que está em 5,01% de acordo com o Boletim Focus, do Banco Central. Leandro Teodoro Ferreira, presidente da Rede Brasileira de Renda Básica, cita que o governo tem sido incompetente em diminuir as desigualdades sociais em meio à pandemia, “Benefícios sociais estão corroídos hoje. E o governo tem sido cada vez menos capaz de reduzir as desigualdades”, reflete. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, cerca de 43% dos beneficiários do auxílio emergencial em 2020
tiveram queda na renda, em comparação aos rendimentos de antes do início da emergência sanitária. Ainda de acordo com a FGV, o auxílio emergencial contribuiu para que a extrema pobreza atingisse o patamar de 2,3% dos brasileiros, já que boa parte do dinheiro foi usado para compra de alimentos. Em contraste aos dados da FGV, com o aumento as restrições e a diminuição das parcelas, cerca de 125 milhões de brasileiros ficaram em estado de insegurança alimentar no último trimestre de 2020, de acordo com o estudo “Efeitos da pandemia na alimentação e na situação da segurança alimentar no Brasil”, coordenado por um grupo de pesquisadores da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade de Brasília.