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Com alta de coronavírus, MP questiona matriz de risco usada pela Prefeitura

Tendência de crescimento de casos em Curitiba vem desde a última semana

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Ana Carolina Caldas

Curitiba chegou a mais de 11 mil casos ativos de pessoas com coronavírus na terça, 24, com crescimento contínuo da contaminação na última semana. Mesmo com esses dados, a Prefeitura manteve a bandeira amarela, que significa risco médio. Por conta disso, o Ministério Público do Paraná questionou a administração, na Justiça. Na petição, o MP pede a análise do mérito de ação civil pública para que o município, enquanto durar o estado de emergência da pandemia, oriente-se a partir de matriz de risco adequada. Para o MP, a matriz atualmente utilizada vem se mostrando ineficaz na prevenção e adoção de providências resolutivas para o enfrentamento da pandemia, sobretudo porque não permite a identificação eficiente de possíveis ameaças e vulnerabilidades causadoras dos riscos sanitários, não indica

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os métodos de cálculo e de avaliação desses riscos, não estabelece ordem de prioridade a ser levada em consideração nesses cálculos e avaliações de risco e tampouco permite explicitar as providências e ações de controle propostas a partir da metodologia seguida.

O MPPR também argumenta que “o Município de Curitiba vem trilhando caminho contrário ao proposto pelas autoridades sanitárias do Estado do Paraná e pelos referidos conselhos (Conselho Nacional de Secretários de Saúde e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde)” e tal ordem de coisas tem estimulado a diminuição do isolamento social entre a população, o que aumenta os riscos de propagação do coronavírus. Giorgia Prates

“Agrinho” leva ideologia do agronegócio a escolas públicas do Paraná

Lia Bianchini

Desde 1996, escolas públicas do Paraná possuem em seu cronograma de ensino materiais do programa “Agrinho”, com foco especial à educação do meio rural. Resultado de parceria entre a Federação da Agricultura Paraná (Faep), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PR) e o governo do Estado do Paraná, o programa ostenta, em seu site, o título de “maior programa de responsabilidade social do Sistema FAEP”.

No entanto, na visão de educadores do campo, o Agrinho é a principal expressão do projeto educacional do agronegócio nas escolas do campo e da cidade. A denúncia fez parte da VIII Jornada de Pesquisas da Questão Agrária no Paraná, do Observatório da Questão Agrária no Paraná, vinculado à Universidade Federal.

Para Valter Leite, do setor de Educação do MST, o Agrinho vem fazendo, há 24 anos, um “amplo processo de instrumentalização da escola pública para promover a idealização do agronegócio”. “[Os materiais do Agrinho] ocultam a violência que os agrotóxicos ocasionam à vida humana e ao meio natural, dizendo de uma

Reprodução

possível racionalização do uso de agrotóxicos e possibilidade de conciliação do agrotóxico à saúde humana”, explica.

A problemática vem desde a criação do programa, em 1995, tendo como uma de suas principais idealizadoras Patrícia Lupion Torres, filha do latifundiário e ex-deputado Abelardo Lupion. Entre os patrocinadores do programa há grandes empresas que vendem agrotóxicos, como Bayer e Syngenta. O Observatório da Questão Agrária solicitou dados recentes sobre a abrangência do programa, em agosto de 2020, mas a Secretaria de Educação ignorou. “É preciso constituir uma força unificada na produção de materiais para contrapor o ‘Agrinho’, fazer chegar às escolas do campo e da cidade materiais sobre agroecologia integrada a um projeto de sociedade que preserva e valoriza os povos do campo e da floresta”, afirma Valter Leite.

Vivência familiar inspira fotógrafa em livro sobre saúde mental

Isabella Lanave busca apoio para livro feito junto a pessoas neurodiversas

Ana Carolina Caldas

“Leve a sério o que ela diz” é o nome do livro da jornalista, artista visual e fotógrafa curitibana Isabella Lanave. A obra a ser lançada é uma reflexão, a partir do encontro entre imagem e palavra, sobre como é viver com doenças consideradas invisíveis. A vontade de explorar o tema surgiu a partir da relação com a mãe, que é uma mulher neurodiversa, diagnosticada com transtorno bipolar. “Acredito na importância de popularizar o debate sobre transtornos mentais, pois ainda há um tabu muito grande com o tema, principalmente dentro das famílias. Isso é consequência da maneira como questões relacionadas à saúde mental foram violentamente tratadas durante nossa história”, explica Lanave.

Para que o livro se concretize, a jornalista busca apoio numa campanha de financiamento coletivo na plataforma Catarse. Composto por textos e imagens de pessoas que convivem ou conviveram com questões relacionadas à saúde mental, o livro expõe uma forma de diálogo com a sociedade, proposto por Isabela e compartilhado pelos colaboradores do projeto.

Isabela foi citada pela re-

vista “Time” como uma das 34 fotojornalistas a serem seguidas pelo mundo em 2017. Atualmente, coordena projetos aprovados pelo Emergency Fund for Journalists, da National Geograme polêmica na Organização de Murilo Rubião, quando o perMundial do Comércio (OMC) a sonagem se refere a um emprego respeito das patentes das vacinas de mágico num restaurante: “O contra o coronavírus. A África do homem, entretanto, não gostou Sul e a Índia, países “pobres”, que- da minha prática de oferecer aos rem a liberação das patentes por- espectadores almoços gratuitos, que isso baratearia a produção e que eu extraía misteriosamente permitiria uma maior extensão de dentro do paletó. Considerando tratamento preventivo. Já os do não ser dos melhores negócios países ricos (e o vira-lata gover- aumentar o número de fregueses no de Bolsonaro) perfilam-se ao sem o consequente acréscimo lado de sua grande indústria far- nos lucros...” O número de fremacêutica pelo desestímulo aos gueses é o menos importante se investimentos, eufemismo para não há aumento nos lucros. E não dizer que isso interfere nas gran- há mágica que demova os grandes margens de lucro esperadas, des capitalistas deste ponto de

Ocorre-me pensar no conto “O rar a sociedade baseada no lucro. phic Society, que entre outros temas, refletem sobre saúde mental no momento de pandemia. “Isso se estende ao encontro com outras pessoas na mesma intenção de compartilhar e construir Isabella Lanave coletivamente reflexões sobre suas vidas e o momento em que estamos vivendo”, completa. Para contribuir com o projeto, acesse na Plataforma Catarse o projeArquivo Pessoal

Por Anísio Garcez Homem

O lucro e a mágica

Há neste momento uma enor- ex-mágico da taberna Minhota”, diminuindo-as. vista. A mágica estaria em supe-

to livroisalanave.

DICAS MASTIGADAS

Gibran Mendes Babaganush Ingredientes 2 berinjelas orgânicas. 1 dente de alho picado.

Caldo de 1 limão orgânico.

Azeite a gosto.

Sal a gosto.

Modo de Preparo

Lave e seque bem as berinjelas. Acenda a chama do fogão, segure a berinjela com uma pinça e a aproxime do fogo. À medida que a casca for queimando, vá virando a berinjela para que ela queime por igual. Transfira para um prato e repita com a outra berinjela. Quando estiverem mornas, corte ao meio, no sentido do comprimento, e retire toda a polpa com uma colher. Descarte a casca e transfira a polpa para uma peneira. Deixe escorrer o excesso de líquido por alguns minutos. No processador (ou liquidificador) junte o caldo de limão, o alho e a polpa de berinjela e bata bem até formar uma pasta. Tempere com sal e azeite. Dica na receita original, acrescenta-se à mistura tahine, uma pasta de gergelim vendida em lojas de produtos árabes.

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