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Cidades

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Milhares de pessoas ocuparam as ruas em Curitiba por “Fora, Bolsonaro”

Sábado, 3 de julho, teve atos contra o presidente em todos os estados do Brasil

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Redação xílio emergencial de 600 reais, entre outras reivindicações.

Em todo o Brasil foram realizados atos Esse foi o primeiro ato após o pedido unipedindo o impeachment do presidente ficado de impeachment, protocolado na CâBolsonaro pelos crimes cometidos contra a mara dos Deputados, na quarta, 30. No Pavida e a omissão na gestão da pandemia. Os raná, um dos estados em o atual presidente manifestantes em todos os cantos do país mais teve votos nas eleições de 2018, em vátambém pediram vacinação em massa, au- rias cidades aconteceram manifestações por Giorgia Prates “Fora Bolsonaro”. Em Curitiba, cerca de 15 mil pessoas foram às ruas protestar contra os governos federal e estadual. Após o ato público, manifestantes percorreram as ruas do centro da capital do Paraná. A manifestação foi organizada pelas Frentes Brasil Popular, Povo sem Medo, várias entidades, movimentos sociais e partidos políticos. No ato público, várias falas se revezaram de representantes da juventude, dos professores, sindicatos, indígenas, artistas, da luta por moradia, entre outros.

Giorgia Prates

Indígenas preparam “luta até a morte” contra o projeto que “acaba” com suas terras

PL 490, aprovado na CCJC, muda demarcação e legaliza mineração em reservas

Frédi Vasconcelos

Nos últimos dias houve diversas manifestações de indígenas contra a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, CCJC, do projeto de lei 490, que praticamente acaba com a demarcação de terras indígenas. Para novas titulações, seria necessário aprovar lei num Congresso dominado por ruralistas, latifundiários, madeireiros e mineradoras. Mais que isso, passa por cima de leis de proteção existentes e procura legalizar a mineração nos territórios indígenas, com previsíveis danos à preservação ambiental e ao modo de vidas dos povos originários.

Eloy Jacintho, professor e militante do movimento indígena e da etnia Guarani Nhandewa, esteve no acampamento em Brasília e nas manifestações contra o projeto e relata que a palavra de ordem entre os indígenas era: “Lutar contra esse projeto até a morte. A gente luta ou o ‘tratoraço’ vai passar, acabando com todos os direitos indígenas”, afirma

Como lembra Paulo Porto, que lida com a questão indígena há mais de 30 anos, esse é um ataque ao que é central, a territorialidade. “Se o projeto passar é uma tragédia que não dá para descrever. Nunca vi um ataque tão organizado, tão feroz, tão criminoso aos direitos desses povos. Nós temos um inimigo de morte instalado no Planalto”, afirma. Paulo também considera que o governo Bolsonaro está em seus “estertores”, mas ainda paga contas a ruralistas e outros grupos reacionários que o elegeram.

Já Maira Moreira, advogada popular e coordenadora do Programa Cerrado da Terra de Direitos, destaca que o projeto é inconstitucional e um ataque da bancada ruralista aos direitos indígenas. O projeto já tramita há vários anos, mas na versão atual também permite a possibilidade de ampliação de práticas extrativas nesses territórios, como a mineração. “O PL anda no Congresso sem nenhuma consulta pública, sem consulta aos povos indígenas, o que passa por cima da Convenção 169 da OIT”, destaca.

Saiba mais sobre

o PL 490, assista ao debate no Brasil

de Fato Entrevista

no Facebook do BDF-PR

Legislação de uso medicinal da maconha avança, para alívio de pacientes

Projeto do deputado Goura tramita na Assembleia, mas medicação sofre preconceito

Divulgação

Gabriel Carriconde

Acannabis sativa é uma planta cultivada em diversas partes do mundo, suas folhas têm pelos granulosos, que nas espécies femininas possuem uma resina que provoca reações psicoativas, contudo, também pode auxiliar no tratamento de diversas doenças com acompanhamento médico.

O uso é envolto em polêmicas e controvérsias, por conta da atual política de repressão do estado a drogas ‘’proibidas’’. Apesar do debate, médicos garantem que seu uso medicinal auxilia em diversos tratamentos, e pacientes comprovam sua eficácia. No parlamento estadual, um projeto de lei do deputado Goura (PDT), que visa a garantir o acesso a medicamentos e produtos à base de canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC), derivados da cannabis, teve parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça.

Durante a mesa sobre usos e legislação da cannabis, realizada no encontro do Fórum Paranaense de Cannabis Medicinal, Goura destacou a importância de leis que regulamentem a adoção da terapia também no Sistema Único de Saúde.

“O uso da Cannabis tem que ser analisado sem obscurantismo e nem negacionismo. Há muita ignorância nesse tema. Estamos falando de vida e saúde”, reflete o deputado. Além da participação do pedetista, políticos, cientistas e médicos também estiverem presentes nas discussões.

Caso do neurocientista Sidarta Ribeiro. Escritor, professor titular e vice-diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, relatou os benefícios do uso medicinal da planta. ‘’Nos últimos avanços da ciência na análise dos efeitos dos canabinóides, foi levando ao estado atual do debate, essa discussão está sendo superada, pois os efeitos terapêuticos positivos da cannabis vêm tendo resultados promissores em doenças como mal de Parkinson, dores neuropáticas, epilepsia entre outras’’.

Maria Aline Gonçalves, 40 anos, doutoranda em Engenharia Elétrica (Unesp), é mãe do pequeno Vítor, de 10 anos de idade. Seu filho nasceu prematuro, e por conta do parto da prematuridade acabou tendo problemas decorrentes, como a síndrome de West, um tipo raro de epilepsia, chamada de “epilepsia mioclónica”, que causa cegueira e espasmos. Contudo, apesar de ser uma síndrome que desaparece na infância, pode piorar no decorrer do tempo, no caso do menino, virou uma Síndrome de Lennox-Gastaut (SLG), um tipo raro de epilepsia da infância, caracterizado por convulsões frequentes, de diversos tipos, que geralmente não melhoram com medicamentos anticonvulsivantes.

‘’A cannabis ajudou meu fi lho’’

Divulgação

“Meu filho tomou diversas medicações que resolveram até um tempo, com a piora da síndrome, a medicação não segurou mais, e começou a ter crises convulsivas. Não achava remédios que podiam ajudar, quando, por intermédio de uma outra mãe, tive contato com o tratamento à base da maconha”, relata.

Maria Aline ainda conta que após a adoção da medicação, com o uso de um óleo à base de canabidiol, ele teve várias melhoras no seu diagnóstico. “Logo no primeiro dia vi o impacto, meu filho começou a dormir bem, o que já achei um milagre, após 45 dias de tratamento, ele parou as crises, e comecei a tirar os alopáticos que provocavam vários efeitos colaterais”.

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