5 minute read
Cultura | p. 7 Esportes
Você pode não ter visto, mas Olimpíadas já começaram
Na estreia, futebol feminino goleia a China. Confira nossas chances de medalha
Advertisement
Frédi Vasconcelos
Você pode nem ter notado, mas Olimpíadas no Japão já começaram com jogos de softbol e futebol feminino. Foram seis partidas desse esporte desconhecido e mais seis de futebol feminino na quarta, 21. Com destaque para a vitória da seleção de futebol de mulheres do Brasil por 5 a 0 sobre a China (mais detalhes na coluna ao lado).
Nesta quinta (22), o futebol masculino estreia às 8h30 tentando manter o ouro olímpico. E o começo é, justamente, contra a Alemanha, que fez a final passada com os brasileiros. E tudo isso antes mesmo das Olimpíadas começarem oficialmente, já que a cerimônia de abertura será na sexta (23), a partir das 8h da manhã aqui no Brasil.
Aliás, ver os jogos será uma maratona pelas noites e madrugadas, já que o fuso horário é de 12 horas entre a capital do Japão e o horário de Brasília. Por isso, será necessário selecionar muito o que assistir.
Há a possibilidade de o Brasil superar as (poucas) medalhas conquistadas em edições anteriores, principalmente pela estreia de es-
Divulgação | CBF portes como surfe e skate. Projeção da empresa de tecnologia de dados Gracenote, publicada no site da ESPN Brasil, fala que o Brasil deve chegar a 24 medalhas, com sete de ouro, cinco de prata e 12 de bronze, com base em resultados dos últimos cinco anos.
Entre as favoritas (os) ao ouro estão Agatha e Duda, no vôlei de praia, Beatriz Ferreira, no boxe, Isaquias Queiroz, na canoagem, Nathalie Moellhausen, na esgrima, seleção masculina, no futebol, Pedro Barros, no skate e seleção masculina de vôlei de quadra.
Para a consultoria, o ouro não vem no surfe, mesmo com dois brasileiros liderando o ranking mundial. Porém são projetadas 3 medalhas de outras cores. No skate, são outras cinco medalhas no feminino e masculino. Vela, judô, voleibol feminino na quadra, além do atletismo, também aparecem nas possibilidades de conquistas. Embora a consultoria não preveja, este colunista aposta suas fichas também no futebol feminino e no vôlei de praia masculino.
ELAS POR ELA
Fernanda Haag
Começamos bem!
Na quarta-feira, 21, a Seleção Brasileira começou a sua caminhada nas Olimpíadas de Tóquio em busca do ouro. As torcedoras e torcedores que madrugaram para assistir ao jogo de estreia contra a China não se arrependeram. A partida começou às 5 horas da manhã pelo horário de Brasília, o que fez os mais saudosistas recordarem da Copa de 2002. Seria um bom sinal? Aparentemente, sim, porque as Guerreiras do Brasil venceram por 5 a 0 as chinesas. A equipe de Pia Sundhage dominou a maior parte do jogo, somente no primeiro quarto do segundo tempo que a China pressionou mais e o rendimento brasileiro caiu. Há alguns pontos a serem corrigidos, principalmente na lateral direita, na retenção da bola e no posicionamento defensivo. Mas o saldo foi para lá de positivo e para além do placar: o time é competitivo, trabalha em conjunto e conseguiu impor o seu jogo. Os gols saíram dos pés da rainha Marta (2), Andressa Alves (de pênalti), Debinha e Bia Zaneratto. O próximo desa o é no sábado, 24, contra a Holanda, que venceu a Zâmbia por 10 a 3.
A “elite” passa mal
Por Cesar Caldas
No início desta temporada da Série B, a mídia esportiva fazia generalizado prognóstico de favoritismo dos três participantes que integram o chamado G-12 do futebol brasileiro. O Cruzeiro se manteve 49 anos como um dos quatro “incaíveis” do grupo de elite desde o primeiro Campeonato Brasileiro (1971), conquistado pelo rival Galo das mesmas Alterosas. Maior que a surpresa do rebaixamento em 2019 foi não conseguir o acesso na temporada seguinte, ganhando companhia de Vasco e Botafogo – hoje menos veneráveis do que em décadas passadas. Apostavase que a quarta vaga fosse disputada por Coritiba, Vitória e Goiás. Aqueles prediletos, contudo, completam o primeiro terço da competição em 17º (ZR), 9º e 14º lugares, respectivamente, para alegria do vice-líder alviverde. O duelo noturno desta quinta-feira (22/7) em casa com o 5º colocado CRB pode ampliar essa vantagem.
Gazeta caça-clique
Por Marcio Mittelbach
Furacão arrasador!
Por Douglas Gasparin Arruda
Técnicos passam, como como acabou de passar o Maurílio. Jogadores passam, dirigentes passam, presidentes também saem de cena mesmo deixando seus legados. Até eu, você, nossos amigos e amigas paranistas uma hora vamos deixar de frequentar a Vila. Já a instituição, não. Esta é eterna. Sua relação com a história da região e do povo forma elos difíceis de apagar. Mas tem um pedaço da capital que se esforça pra ver isso acontecer. O Paraná vive, sim, seu pior momento na história, mas são raros os torcedores que jogaram a toalha. Basta ver que três chapas se inscreveram para as eleições do clube em outubro. O título “A camisa do Paraná está virando pano de chão”, do colunista Algusto Mafuz, revela o seu princípio e do grupo para o qual ele trabalha: mais vale um título que atraia alguns milhares de cliques do que evitar mais um desgaste da marca Paraná Clube num momento tão delicado.
O jogo entre Athletico e América de Cali na terça (20), na Arena, foi um massacre. O time colombiano seguiu a mesma estratégia da última partida: tentar fechar as linhas defensivas e evitar um desastre. Mas Nikão, Terans e Vitinho estavam em uma noite inspirada, e o 4 a 1 foi pouco perto do que se viu em campo. Mas nem tudo são ores: a defesa continua cometendo erros bobos, como no pênalti desnecessário de Pedro Henrique, e os atacantes Babi e Kayzer seguem em fase complicada, errando em lances inacreditáveis.
Pelo feminino, a equipe rubro-negra perdeu a disputa pela vaga série A para o Bragantino. O jogo terminou 2 x 0 para as paulistas e, nos pênaltis, fecharam em 4 x 2. O sonho ficou para o ano que vem, mas é importante ressaltar o salto de qualidade em relação ao ano passado.