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Paraná, 4 a 9 de novembro de 2022
A era do porco e do urubu (ou dos times que mais têm dinheiro) Com os melhores elencos, Palmeiras e Flamengo “mandam” no futebol brasileiro
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Gabriel Carriconde
O
futebol brasileiro, após duas semanas de decisões com Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Libertadores, definitivamente tem dono. Ou donos. Palmeiras, com o título do Brasileirão definido neste meio de semana, e as conquistas do Flamengo sobre Corinthians e Athletico se consolidaram definitivamente no topo do esporte no país. No sábado, jogando em Guayaquil (EQU), o rubro-negro carioca levou pela terceira vez a Taça da Libertadores, após vencer os paranaenses por 1 a zero. Em três anos foi o sexto título, incluindo Brasileirão, Recopa e Copa do Brasil, além do vice da Libertadores em 2021 e o Mundial de Clubes em 2019, para o Liverpool. No lado alviverde, com os caixas reforçados há anos pela empresa financeira Crefisa, o Palmeiras levou duas Libertadores seguidas, os Brasileiros de 2022 e 2018, além da Copa do Brasil de 2020. Além dos títulos, ganharam boladas milionárias em prêmios, os distanciando ainda mais dos outros times.
Dinheiro sobrando A retomada dessas equipes passa pelos dois maiores orçamentos do futebol brasileiro, com o Flamengo atingindo cerca de 1 bilhão de receitas por ano, e o Palmeiras chegando perto, além do forte investimento de empresas parceiras, que possibilitou a formação de elencos caros, com grandes contratações. Diferentemente de rivais de Rio, São Paulo e outros estados, que quebraram e agora estão apostando no modelo de Sociedades Anônimas do Futebol (SAF) para tentarem pagar as contas, Palmeiras e Flamengo mantiveram os cofres cheios e fizeram a lição de casa. “O futebol
de hoje cobra cada vez mais responsabilidade nas finanças e na administração. Times que até há pouco só lutavam contra o rebaixamento sobem na tabela por conta de sua estrutura”, diz o jornalista esportivo, Danilo Lavieri em sua coluna no portal UOL. Palmeiras e Flamengo agora fazem mais uma final, desta vez da Supercopa do Brasil, que deverá ocorrer em 2023, em 28 de janeiro, em local a ser definido. Será a segunda vez que as equipes definirão o torneio que reúne o campeão da Copa do Brasil e do Brasileirão. Em 2021, o Flamengo venceu nos pênaltis os paulistas e se sagrou bicampeão.
ELAS POR ELA Fernanda Haag
A América é Verde! O Palmeiras é o Campeão da Libertadores 2022! As palestrinas pintaram a América de Verde após goleada em cima do Boca Juniors na sexta-feira, 28 de outubro, no Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito, no Equador. Na semifinal, o Palmeiras já era o único representante brasileiro e venceu o América de Cali por 1x0, com gol de cabeça de Ary Borges. Na final, Ary também abriu o placar logo aos 4 minutos de jogo. O Boca conseguiu empatar dez minutos depois e o jogo ficou complicado para o Palmeiras. Mas, no segundo tempo, o time alviverde voltou avassalador. Byanca Brasil, Poliana e Bia Zaneratto também guardaram os seus e fecharam o placar por 4x1. O time feminino deixou marcas históricas: primeira vez que o Palmeiras vence uma equipe argentina em uma decisão; o time foi campeão invicto, vencendo os seis jogos, e logo na sua primeira participação na competição; foram 19 gols marcados e apenas 3 sofridos, ou seja, melhor ataque e melhor defesa. Parabéns, Palmeiras!
Brava gente viageira!
A questão é: quando?
Por Cesar Caldas
Por Roger Pereira
Nos 16 anos do atual formato da Série A (20 clubes, pontos corridos) houve um sexteto de times que oscila entre os 15º e 20º lugares, lutando contra o rebaixamento quase todo o tempo. Invariavelmente, o último rebaixado é definido na dramática rodada final. O Coritiba, em suas 10 participações, tem habitado com frequência o perigoso terreno e caiu três vezes. Neste ano, passou 21 das 24 rodadas mais recentes nessas incômodas posições. A esperança reside outra vez em sua torcida. Mesmo na vitória (única) fora de casa, ela foi majoritária no interior gaúcho. Em 28 ônibus, enfrentou o desconforto adicional de seis bloqueios nas estradas catarinenses, causados por intolerantes incapazes de aceitar o regime democrático. Policiais evitaram que se chegasse às “vias de fato” em Papanduva e Mafra. É com a força dessa massa valente que o Coxa vai encarar o Flamengo.
Infelizmente, não foi desta vez. Apesar de um começo de partida melhor do que se esperava, o fi nal do primeiro tempo foi de uma tristeza sem tamanho para a torcida do Furacão. O cartão vermelho infantil de Pedro Henrique acabou com qualquer esperança de vitória. O time ainda foi valente e batalhou o quanto pôde, especialmente nos minutos fi nais do segundo tempo. Mas não deu pé. O sonho da Libertadores foi adiado, e não há como prever quando teremos a próxima oportunidade. Mas há, entre a torcida, um discurso muito bom, que em linhas gerais pode ser resumido assim: não é uma questão de “se” vamos ganhar, mas de “quando”. Todo ano estamos brigando pela vaga. E nesta quarta, contra o Goiás, a equipe mostrou que já está com ânimo renovado e pronta para disputar o G6 até o fi m. Voltaremos!