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Terra, Trabalho e Teto

Acampanha Despejo Zero integra atos em todo país no 8 de março, Dia Internacional das Mulheres. No Paraná, cerca de dois mil mulheres do MST realizaram a marcha por Terra, Teto e Trabalho, da Praça 19 de Dezembro até o Tribunal de Justiça (leia matéria acima).

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As ações do dia foram protagonizadas pelas mulheres na definição da pauta e na negociação com o governo. Mobilizadas em 18 ônibus, apenas na cidade, além de 600 mulheres do campo, foram destacadas duas lideranças de cada uma das comunidades e dos movimentos para participar. Quem são essas protagonistas das lutas? A reportagem do Brasil de Fato Paraná conversou com algumas durante o ato.

“Gostei de ver outras mulheres fazendo lutas”

Dircelia de Ribeiro de Oliveira, 38, (foto acima), três filhos, trabalha na área de limpeza. Integra desde o início a ocupação Britanite, no bairro Tatuquara, em Curitiba. Também gosta de atuar na comunicação, tanto que produz vídeos para cerca de 20 mil seguidores no Tik Tok. “Vamos que vamos pra luta por moradia. É importante nos organizarmos para ter conhecimento, fazer amizades. Gostei de ver outras mulheres fazendo lutas”, afirma.

“Onde tiver uma luta, eu estou junto”

Eronilda Rodrigues Steinhaus, 60, (foto ao centro) é cozinheira e há 34 anos moradora da área Ferrovila, no Novo Mundo, local que ainda não passou por regularização fundiária. Eronilda nunca parou de lutar e transmitiu o interesse pela ação social para sua filha, Eliane. Hoje, a prioridade de Eronilda é contribuir nas experiências de cozinhas comunitárias da União de Moradores e Trabalhadores (UMT), seja o sopão no bairro, seja o apoio às ações do MST. “Participo das cozinhas para poder ajudar as pessoas mais necessitadas, que precisam. Mas onde tiver uma luta, eu estou junto”, afirma.

“Estou conquistando uma casa para ela”

Josi Carneiro, 49, (foto abaixo) é costureira, como ressalta, “sempre em coletivo”. A ocupante da área Guaporé 2 conta que participou da primeira ocupação ao lado ex-marido, mas logo tomou a dianteira e passou a lutar por conta e experiência própria. A necessidade que a mobilizou para hoje ter conquistado uma casa no assentamento Corbélia (CIC). Porém, a luta continuou agora na Guaporé para o direito da filha. “Eu pagava aluguel e fui para ocupação, consegui minha casa, e vim para a Guaporé para conseguir a casa para minha filha, estou conquistando uma casa para ela”, diz. Josi vivenciou, em 17 de dezembro de 2020, o despejo forçado da primeira área da Guaporé, “desde o começo ao fim”, com a dor que isso acarreta. Agora, defende que a luta é pelo não esquecimento. “É fundamental que as autoridades nos enxerguem”, comenta.

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