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Por reposição salarial, professores de universidades estaduais entram em greve no Paraná

Salários estão defasados desde 2016 e perdas já ultrapassam 40%

Lia Bianchini -Oeste (Unicentro), Norte do Paraná (UENP) e do Paraná (Unespar).

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Docentes das sete universidades estaduais do Paraná entraram em greve pedindo a recomposição salarial da categoria. Os salários não são reajustados desde 2016, e os sindicatos da categoria calculam que as perdas salariais já estão em 42%.

A greve docente teve início na Universidade Estadual de Londrina (UEL), no dia 8, e foi aderida por outras cinco universidades na segunda (15). Na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), a deflagração da greve foi aprovada na quarta (17).

“Nesse aspecto da conjuntura, lembramos que há mais de sete anos o governo do Paraná não cumpre a lei da data-base. A defasagem salarial atual corrói 5,6 meses por ano de trabalho de cada docente! Acrescente a esse quadro a desvalorização da carreira docente no ensino superior, frente a outras categoriais do quadro próprio do estado”, afirma em nota o Comando Sindical Docente, que reúne as seções sindicais do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) nas universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), Oeste do Paraná (Unioeste), Centro-

Proposta irrisória O governo do estado, comandado por Ratinho Junior (PSD), apresentou proposta de reajuste geral de 5,79%. O valor é entendido pelo comando sindical como “irrisório”. “Estamos no mês de maio e, mais uma vez, o governo sinaliza com o calote. Estamos desde 2016 sem a reposição da inflação, que acumula perdas de mais de 42%, e o governo, para desmobilizar as categorias, apresenta propostas ilusórias de ajustes na carreira”, criticou Edmilson da Silva, 1º vice-presidente da Regional Sul do Andes-SN.

De acordo com nota do comando sindical, a greve é uma forma de “criar canais de diálogo, que hoje não existem, com setores da administração pública do Paraná e, assim, buscar alternativas para repor perdas salariais, seja através de uma proposta viável (que não inexpressivos 5%) ou pela atualização do plano de carreira docente”.

Greve estudantil Também na segunda (15), estudantes da Faculdade de Artes do Paraná (FAP/Unespar) entraram em greve em apoio aos professores e com demandas próprias de assistência estudantil, como restaurante universitário, água nos campi e bolsas de permanência.

No decorrer da semana, o comando de greve estudantil deve entregar suas pautas em reuniões com deputados estaduais como Ana Júlia Ribeiro (PT), Renato Freitas (PT) e Goura (PDT).

“PREJUDICAR O DIÁLOGO”

Em nota, a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) a rmou que entende como precipitada a iniciativa de greve. “A Seti tem discutido as pautas que envolvem as demandas de professores e funcionários das universidades estaduais com lideranças e sindicatos que representam as categorias. A proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do Estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários. Nesse sentido, a secretaria entende que a greve é precipitada e pode prejudicar o diálogo”, informou.

Audiência Pública questiona aterro sanitário da Essencis e defende direito de área Tiradentes 2

Salários estão defasados desde 2016 e perdas já ultrapassam 40%

Audiência Pública realizada na quarta (16) na Assembleia Legislativa do Paraná, proposta pelo mandato do deputado estadual Renato Freitas (PT), reuniu moradores, parlamentares e especialistas em urbanismo para debater o impacto do aterro sanitário na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e, ao mesmo tempo, afirmar o direito da ocupação Tiradentes 2 e comunidades próximas viverem, com qualidade, na região.

Nas semanas recentes, as cerca de 70 famílias da Tiradentes 2, organizadas pelo Movimento Popular por Moradia (MPM) convivem com o risco de execução da ação de reintegração de posse. O momento é de tentativa de negociações com a empresa, medidas pela Comissão de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça do Paraná.

O aterro sanitário é de propriedade da empresa Essencis Soluções Ambientais SA, pertencente ao grupo Solví, que atua em 250 cidades brasileiras e controla o maior depósito de lixo do país, na região metropolitana de São Paulo.

Uma das propostas é que haja negociação da Essencis/Solví com o movimento. Dia 19 de maio (sexta), uma audiência está convocada para a sede dos moradores da Tiradentes 2, com participação da Comissão de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). Espera-se que a empresa sente para negociar com movimento e famílias.

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