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Na cultura, era um “cenário vergonhoso”

Secretário executivo do Ministério da Cultura explica como estava o setor após Bolsonaro e o que está sendo feito agora

Frédi Vasconcelos

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Osecretário executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares, esteve em Curitiba no sábado (13/5), em evento organizado pelo vereador

Brasil de Fato – Como vocês encontraram o Ministério da Cultura? Parece que o governo Bolsonaro não tinha a cultura como prioridade...

Angelo Vanhoni (PT) para discutir a retomada do setor.

Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato Paraná, o secretário destacou a situação de calamidade encontrada no setor cultural após o governo Bolso- naro, o que está sendo feito para reorganizar o ministério e a cultura, para que os recursos das leis de incentivo cheguem aos artistas e que haja desconcentração de recursos por todas as cidades e todos os estados.

A cada semana, publicamos receitas com produtos agroecológicos da rede colaborativa Produtos da Terra, da Sinergia Alimentos Saudáveis e da Rede Mandala. Parte dos ingredientes pode ser encontrada no site produtosdaterrapr.com.br

Ingredientes

1 ovo orgânico batido

1 banana orgânica amassada

3 colheres (sopa) de açúcar

Meia xícara (chá) de leite Terra Viva

1 xícara (chá) de farinha de trigo

1 colher (chá) de fermento em pó

Açúcar e canela em pó para polvilhar

Modo de Preparo

Em um recipiente, misture bem o ovo, a banana, o açúcar, o leite e a farinha de trigo. Acrescente o fermento e misture. Em uma panela pequena aqueça o óleo. Com o auxílio de 2 colheres, porcione pequenas quantidades de massa e despeje-as no óleo quente. Deixe fritar até que os bolinhos estejam ligeiramente dourados. Escorra-os em papel absorvente e passe-os no açúcar e canela em pó.

Márcio Tavares – Bom, a gente encontrou, institucionalmente, uma devastação. O ministério deixou de existir em 1º de janeiro de 2019, quando o governo anterior assumiu. (A cultura) andou por diferentes ministérios ... perdeu servidores, infraestrutura... Por exemplo, não se comprava uma cadeira há quatro anos para os servidores do Ministério. A gente não tem bons contratos, tem número de servidores bastante reduzido. Foi esse diagnóstico que a gente fez na transição, além da descontinuidade nas políticas. Nas políticas, o cenário ainda é mais devastador. O Programa Cultura Viva foi absolutamente descontinuado, o fomento à cultura era inexistente, o orçamento finalístico desceu de 2016, de 241 milhões para 18 milhões, menor do que muitas cidades. Era um cenário vergonhoso.

Houve a aprovação de duas leis importantes no período Bolsonaro, as leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc. Como está isso agora? As leis da cul- tura foram construídas à revelia do governo anterior. Foi uma experiência muito interessante. Um momento em que o governo não fazia política cultural, não queria fazer e queria evitar a todo custo que alguém fizesse. A sociedade civil, a comunidade cultural, junto com o Parlamento, formularam iniciativas que garantiram recursos durante a pandemia, que afetou muito duramente o setor cultural, como a Lei Aldir Blanc 1, que é um instrumento inovador justamente porque chegou com a prerrogativa de atingir cada município e cada estado... Quando a Lei Paulo Gustavo foi feita, ela já incorporou elementos pra ajudar nessa execução. Ela obriga, por exemplo, que sejam realizadas chamadas públicas, que a comunidade cultural seja chamada para discutir como os recursos vão ser distribuídos.

Como fazer para a arte sair do Rio-São Paulo e ir para todo o Brasil. O Ministério tem essa preocupação? Sem dúvida, é uma das preocupações da ministra Margareth Menezes. Se pegar as falas dela, ela está sempre falando que os recursos têm que chegar nas pontas, a gente tem que ir onde nunca se chegou com o fomento. As duas leis da cultura, tanto a Paulo Gustavo quanto a Aldir Blanc, já têm esse condão... para aumentar o volume de recursos nos lugares mais vulneráveis. Especificamente, tem alguma coisa prevista para o Paraná? A gente tem feito investimentos muito grandes, só da Lei Paulo Gustavo são cerca de R$ 200 milhões que estão chegando do governo federal. Da lei Aldir Blanc 2 são quase R$ 200 milhões. O Ministério da Cultura vai fazer no Paraná este ano o maior investimento na cultura já feito na História.

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