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Britanite: uma comunidade grávida de futuro

Ocupação de 407 famílias convive com riscos de despejos e intenso assédio da Polícia Militar

Pedro Carrano seu papel de “influencer da quebrada”, contando o cotidiano da comunidade em redes sociais, no Kawaii e Tik Tok. Uma atividade importante é a celebração ecumênica de sábado à noite, conduzida pelo conhecido padre Joaquin Parron, da congregação Redentorista, que articula a campanha SOS Vila Torres. Desde a pandemia, Parron abastece cozinhas comunitárias e faz doações em áreas de ocupação. Mais que isso, incentiva o senso de coletividade. “Parece-me que a Britanite é uma das mais fortes áreas no apelo

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Aocupação Britanite, no bairro Tatuquara, em Curitiba, equilibra-se entre o desejo de ficar na área ocupada, superar a violência policial e fortalecer o que é a sua principal marca: a participação comunitária. Lideranças da comunidade participaram no dia 30 de maio da comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, presidida pela vereadora Giorgia Prates (Mandata Preta – PT). Os cinco integrantes da comissão puderam conhecer melhor a situação da comunidade.

A área existe desde dezembro de 2020, passou por diversos momentos, e hoje envolve 407 famílias. Lá está Geraldina, venezuelana de participação, opiniões e voz forte, uma entre cerca de 40 migrantes que moram na área. Ou Dir, moradora que, com o filho José sempre a tiracolo, participa das atividades sociais e também articula

Situa O Jur Dica

“A Britanite está com ordem de reintegração de posse, que apresenta um plano para realizá-la, com participação do município e órgãos públicos. A comunidade está tentando a adequação do plano, pois a ocupação teve muitas mudan- comunitário e unida em projetos de cooperação”, aponta o religioso.

A cozinha comunitária oferece café da manhã para cerca de 190 crianças da comunidade. Muitas já instaladas nas escolas do Tatuquara, embora o acesso de todas às redes municipal e estadual ainda seja um desafio. O almoço é oferecido de segunda a sexta. “Não só para as famílias, mas às vezes passa um carrinheiro com fome, não tem comida em casa, alimentamos esse povo também”, afirma Rosângela Lima, coordenadora da Britanite.

Britanite quer paz

Em que pese o enraizamento e vida cotidiana, com todos os lotes preenchidos por famílias, os trabalhadores afirmam sofrer pressão constante da Polícia Militar, que realiza abordagens violentas e até invasão dentro de casas, sem mandado judicial.

João Paulo Mehl, ao lado de cursos de formação por parte de movimentos populares.

ças desde a data em que ele foi apresentado, em 21 de setembro de 2021, anterior à decisão do STF que estabeleceu critérios para as reintegrações de posse de ocupações coletivas”, explica a advogada da comunidade, Bárbara Esteche.

Desde maio, a Britanite está lançando a campanha afirmando o seu caráter de comunidade, chamada “Britanite quer paz, quer futuro, quer ficar”. Várias iniciativas de apoio têm surgido, caso do Primeiro de Maio das Pastorais Sociais, campanhas de drenagem de cheias puxadas pelo “Movimento Urgente Contra Enchente”, coordenado pelo empreendedor

Comiss O

Britanite quer um futuro e quer ficar Integrante da campanha Despejo Zero, a Britanite vive a incerteza, junto a áreas recentes, caso da Tiradentes II e Nova Guaporé, de risco de despejo forçado. Hemerson Reis, integrante da coordenação, enfatizou a ameaça permanente que as famílias vivem, com o risco de despejo. “Nossa comunidade é feita de mães solteiras, com suas crianças, com dificuldade de entrar no mercado de trabalho. Queremos negociar o terreno e queremos uma alternativa”, afirmou.

Como encaminhamento, vereadores da Comissão de Direitos Humanos apontaram necessidade de mediação com o comando do 13º

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