Saiba como a política de preços da Petrobras interfere na mesa dos brasileiros
A agricultura depende dos combustíveis para funcionar, sobretudo do diesel
JAQUELINE DEISTER RIO DE JANEIRO (RJ)Apopulação brasileira tem sofrido no dia a dia a consequência da política de preços adotada pela Petrobras. As sucessivas oscilações no valor dos com bustíveis impactam a infla ção e chegam na mesa e no bolso do consumidor. Mas por que o preço dos combus tíveis tem subido e descido com tanta frequência?
Desde outubro de 2016, ainda no governo de Michel Temer (MDB), a Petrobras passou a adotar o regime de Preço de Paridade Interna
cional (PPI) para regular o valor dos combustíveis. Isso significa que está embutido no valor final do combustí vel os custos de importação, que incluem transporte, va riação do dólar e do barril de petróleo mesmo o derivado sendo produzido no Brasil.
De acordo com o econo mista Cloviomar Cararine, essa política prejudicou o mercado interno e favore ceu acionistas. “A Petrobras está cada vez mais produzin do mais barato e vendendo cada vez mais caro. Quan to mais lucro tem, mais divi dendos para os acionistas ela paga. Cada vez mais a União
Solução ou problema?
vai abrindo mão e reduzindo a sua participação no controle da empre sa”, explica o técnico do Departa mento Intersindical Estatística e Es tudos Sócio Econômico (Dieese).
A escolha pelo atual modelo já gerou, por exemplo, mesmo com as últimas reduções no valor da gasolina, uma alta acumulada até a primeira quinzena de agosto de mais de 135% no preço do combus tível durante o governo Bolsonaro.
»Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, divulgado nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços dos combustíveis voltaram a ser responsáveis pelo recuo na inflação de 0,37% do Brasil em setembro.
Em junho, o governo sancionou o projeto que limita o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo, impedindo que os estados cobrem taxa superior à alíquota geral de ICMS, que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade, e, desde então, os preços nos postos e gasolina têm caído.
“Retirar o ICMS e o IPI têm um efeito negativo porque não garante a redução do preço e também reduz a arrecadação dos estados, municípios e da própria União. Os mais pobres sofrem duas vezes porque continua pagando caro pelo produto e ficando sem o dinheiro do imposto”, afirma Cararine.
Na mesa
»Segundo explica Humerto Palmeira, coordenador nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), a agricultura depende dos combustíveis para funcionar. “Depende tanto o diesel, com a utilização das máquinas e transporte dos alimentos, quanto a gasolina também no transporte dos alimentos, logo que aumenta o combustível, aumenta também o pre ço dos alimentos, é um sistema vinculado o dos com bustíveis com a produção de alimentos, porque há uma dependência da agricultura”, detalha De acordo com Palmeira, outro fator é o desin vestimentos em fábricas nacionais de fertilizantes e na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que regula estoques de diversos produtos agríco las para garantir o suprimento alimentar da popu lação, também têm efeitos sob o preço final dos ali mentos nas prateleiras dos supermercados.
“Hoje a agricultura depende mais de 80% dos fertilizantes importados, então, isso também acar retou o aumento do preço de custo dos alimen tos, logo isso é transferido para a prateleira e para os agricultores. Além disso, não há incenti vo, política pública que incentive a produção de alimentos básicos”, aponta.
CONSELHO EDITORIAL: Antonio Neiva (in memoriam), Carolina Dias, Joaquín Piñero (in memoriam), Mário Augusto Jakobskind (in memoriam), Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam), Cláudia Santiago, Gerson Castellano, Carolina Proner, Maíra Marinho, Pablo Vergara, Olímpio Alves dos Santos, Silas Evangelista, Valéria Zacarias e Cristina Valle | EDIÇÃO: Mariana Pitasse | SUBEDIÇÃO:Eduardo Miranda |
ADMINISTRAÇÃO: Aline Bernardino | DISTRIBUIÇÃO: Caroline Otávio | REDAÇÃO: Clívia Mesquita, Jéssica Rodrigues, Jaqueline Deister, Luiz Ferreira e Lucas Maia | DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga e Pablo Tavares.
Rafael Martins /AFP O impacto maior quando se fala em combustível, é no diesel. O derivado acumula alta de 164,3% durante a atual gestão de governo. Embora não seja o único responsável pela alta no custo dos alimentos, o preço do diesel também tem efeito significativo na cadeia produtiva. A relação é diretamente proporcional: aumenta o combustível, aumenta o preço dos alimentosCom Bolsonaro, velhos fantasmas voltam a assombrar SALÁRIOS BAIXOS INFLAÇÃO, E FOME
Em 2022, 58,7% da população brasileira vive com algum tipo de insegurança alimentar. Segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), o número de pessoas passando fome no país passou de 19 milhões para 33,1 milhões de pessoas em pouco mais de um ano, o que representa uma volta ao patamar de insegurança alimentar equivalente ao da década de 1990.
Os dados mostram que o acesso pleno à alimentação se tornou um direito de uma minoria: essa é a realidade para apenas quatro de cada 10 famílias.
Mas como um país que em 2014 comemorava a saída do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), à época um marco mundialmente reconhecido no caminho à promoção do direito humano à alimentação adequada e saudável, chegou a esse ponto?
CRISE SANITÁRIA E ECONÔMICA: UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA
Se a pandemia afetou todo o mundo, também é verdade que o Brasil foi um dos países que pior se preparou para enfrentar a crise econômica, social e sanitária, a despeito dos avisos de especialistas, dos movimentos populares e da sociedade civil. No fim de abril, quando o país chegava a um recorde diário de mortes pela covid-19, Bolsonaro respondeu a um repórter: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre". Foram inúmeras frases demonstrando o descaso em relação à pandemia, que se refletiu no elevado número de mortes, grande parte delas evitáveis.
O combate à covid foi desastroso e na economia não foi diferente. Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado em julho mostra que o Brasil é o quarto com maior inflação entre os países que compõem o chamado G20. E o acréscimo de R$ 200 no Auxílio Brasil até dezembro
não será suficiente para colocar no carrinho do supermercado a quantidade que se comprava em 2020. Os R$ 600 do auxílio atual correspondem a R$ 491,72 em valores de dois anos atrás, segundo cálculos de Matheus Peçanha, pesquisador e economista do Instituto de Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Como consequência da inflação alta e também do fim da política de valorização do piso nacional, o salário mínimo está em seu momento mais baixo dos últimos 15 anos, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Hoje, o mínimo é capaz de comprar apenas uma cesta básica e meia. Em 2009, ele comprava duas cestas básicas. Durante a gestão Bolsonaro, não houve nenhum aumento real do piso nacional acima da inflação.
NO FIM DE 2020, 19,1 MILHÕES CONVIVIAM COM A FOME. EM 2022, SÃO 33,1 MILHÕES SEM TER O QUE COMER.
Em Manaus, capital do Amazonas, a Prefeitura foi obrigada a abrir covas coletivas, chamadas de “trincheiras”
Foto: Alex Pazuello
GOVERNO DESMONTA POLÍTICA DE ALIMENTOS
Outro fator que influenciou na alta dos alimentos e na crise de insegurança alimentar foi o desmonte promovido na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que teve sua política de estoques reguladores estratégicos desarticulada. Por meio dela, governos anteriores conseguiam amenizar a trajetória de alta nos preços de alimentos por conta de quebras de safras ou questões comerciais.
Com Bolsonaro, das 92 unidades armazenadoras, 27 foram fechadas. Para se ter uma ideia do impacto, em
2012 os recursos movimentados pela Conab totalizaram R$ 600 milhões, já em 2020 este total ficou abaixo de R$ 15 milhões.
Em números absolutos, 125,2 milhões de pessoas no Brasil estão passando por algum nível de insegurança alimentar. Essa classificação inclui pessoas que estão passando fome e aquelas que estão preocupadas por não saber se terão o que comer no dia seguinte. O número de pessoas nessa situação aumentou 7,2% desde 2020, e 60% desde 2018.
A ESCALADA DA FOME
PAÍS REGREDIU A PATAMAR EQUIVALENTE AO DA DÉCADA DE 1990 EM SEGURANÇA ALIMENTAR
O Brasil paga a perda de sua soberania
A lógica privatista do atual governo tem feito o país perder o controle sobre áreas estratégicas, o que já pode ser sentido no bolso do brasileiro, por exemplo, no preço dos combustíveis. Com a Petrobras sendo administrada como se fosse uma companhia privada, a política da empresa já distribuiu R$ 136 bilhões em dividendos a acionistas no primeiro semestre.
O Norte e o Nordeste do país são as regiões mais atingidas pela falta de comida no prato, com 25,7% e 21% das famílias passando fome
No Brasil de 2022 , somente 4 em cada 10 domicílios conseguem manter acesso pleno à alimentação
E a companhia repassa a acionistas recursos arrecadados inclusive com a venda de seu patrimônio, como explica o professor Eduardo Costa Pinto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A empresa usou R$ 32 bilhões do que recebeu com a venda dos campos de petróleo de Sepia e Itapu, e retirou dinheiro de seu caixa para repassar a investidores.
"Se continuar assim, daqui a pouco não sobra mais nada", explicou Pinto, em entrevista ao Brasil de Fato. "Esse caixa e os recursos da venda do patrimônio deveriam ser reinvestidos na própria empresa. A Petrobras parou de investir."
São 125,2 milhões de brasileiros que passaram por algum grau de insegurança alimentar entre novembro de 2021 e abril de 2022. Aumento de 7,2% desde 2020, e de 60% em comparação com 2018.
Entre lares comandados por pessoas negras, a fome aumentou de 10,4% para 18,1%. Segundo os Inquéritos da Rede Penssan de 2020 e 2022
Segundo Eric Gil Dantas, economista do Observatório Social do Petróleo, sem investimento, o mercado interno passa a depender mais de combustíveis importados. Se refinasse todo o petróleo produzido aqui, o país não sofreria tanto com as consequências da alta do petróleo causada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
A Eletrobras, em processo de conclusão da sua privatização, também é outro exemplo de prejuízo. Além de deixar de ter o controle de uma área crucial, o país deve sofrer com uma elevação no custo da energia em um futuro próximo.
"As estimativas do impacto da privatização sobre as tarifas variam de um aumento de 5% até um aumento de 18% ao ano", aponta em artigo a Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL).
Foto: Leonardo de FrançaCAMINHOS PARA A RECONSTRUÇÃO DO BRASIL
Movimentos populares e a sociedade civil têm debatido o que fazer para recuperar o país
Qualquer governo que assumir a partir de 1º de janeiro de 2023 terá a dura tarefa de reconstruir o Brasil. Além da omissão em relação a diversos problemas do país, a atual gestão federal promoveu um desmonte deliberado de importantes estruturas do Estado. Mais do que uma escolha entre nomes, a eleição presidencial vai decidir sobre o modelo de desenvolvimento que o Brasil quer e precisa.
Em maio deste ano, mais de 80 movimentos se reuniram para entregar uma proposta com diversos pontos para o ex-presidente e candidato do PT à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva.
“A partir da identificação desse cenário de crise nacional e dos problemas mais urgentes do povo, apresentamos um conjunto de propostas para motivar o embate político nas periferias das grandes cidades e nos interiores desse Brasil. Elas são o caminho para construir a força política e social para alterar a correlação de forças e viabilizar um processo de mudanças necessárias para superar a crise e reconstruir o Brasil”, dizia o manifesto divulgado à época.
O documento foi assinado por organizações como o Movimento dos Tra-
Mais de 80 movimentos se reuniram para entregar uma proposta com diversos pontos para o candidato do PT à presidencia
balhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o Movimento Negro Unificado (MNU) e entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).
São pontos que tocam em mudanças que foram feitas nos últimos anos e trouxeram prejuízos à sociedade, como a revogação da Emenda Constitucional 95, a chamada Lei do Teto de Gastos, que impede na prática o aumento de investimentos em áreas como educação e saúde. A criação de uma política emergencial de combate à fome o estabelecimento de uma renda básica e uma reforma tributária que possa taxar mais os ricos também estão na pauta.
Lula participa de ato político em Maceió (AL).
Elaboração de uma reforma tributária na qual os ricos paguem mais Revogação da Lei do Teto de Gastos
Implementação da Renda Básica Cidadã
Valorização do salário mínimo
Revogação das reformas trabalhista e previdenciária Ampliação do financiamento público da saúde Execução de um plano de recuperação da educação Retomar e ampliar as mais diversas formas de participação social
Retomada e ampliação dos investimentos públicos
Salários em baixa e informalidade viram regra no mercado de trabalho
Outros problemas a serem enfrentados por um futuro governo são o desemprego e o rebaixamento salarial. A renda média do trabalhador brasileiro caiu 9,7% no trimestre encerrado em janeiro de 2022 em comparação ao mesmo período de 2021, segundo a Pnad Contínua.
A taxa de informalidade não para de crescer. Hoje, este segmento corresponde a 40,1% da população ocupada, o equivalente a 39,1 milhões de trabalhadores sem carteira assinada. Ou seja, sem direitos básicos como férias, 13º salário, licença maternidade e paternidade, ou benefícios previdenciários como auxílio-doença e auxílio-acidente, além do acesso à aposentadoria.
Diante deste cenário, os mo-
Instituição de uma política de desmatamento zero com recuperação das áreas desmatadas
vimentos defendem a revogação das reformas trabalhista e previdenciária e a volta da política de valorização do salário mínimo, junto com políticas públicas que estimulem a criação de empregos formais.
“O Estado será o grande personagem das eleições deste ano. Depois de três anos de Michel Temer e quase quatro de Jair Bolsonaro, o país decidirá se deseja seguir no caminho dos últimos tempos ou se vai mudar. Dirá se quer continuar apostando em um Estado distante da maioria – presente apenas quando forçado pelas circunstâncias, como ocorreu na pandemia – ou se quer sua presença mais forte e atuante”, aponta o jornalista e documentarista Ayrton Centeno em sua coluna no Brasil de Fato.
Um debate fundamental nas eleições de 2022 se refere à concepção de cada candidato sobre o papel que o Estado pode desempenhar no dia a dia das pessoas. Reiteradas vezes, Jair Bolsonaro já disse que o Brasil precisa de "menos Estado" e a política econômica de Paulo Guedes vai nesse sentido. O mesmo vale para políticas sociais. O Auxílio Emergencial de R$ 600, criado em meio à pandemia, só foi possível ser efetivado com esse valor por conta da mobilização popular e do Congresso Nacional. As iniciativas do Estado, em um país desigual como o Brasil, são consideradas fundamentais para garantir o bem estar da população, ainda mais em tempos de crise. O protagonismo do Sistema Único de Saúde (SUS) durante a pandemia evidenciou isso, a despeito de o governo ter desprezado o combate
Crise atinge os pobres. E a classe média também Qual o papel do Estado?
à covid-19 e o Teto de Gastos ter enfraquecido o sistema.
"O modelo neoliberal, muito encarnado de forma até caricatural pelo ministro Paulo Guedes, enxerga a relação entre público e privado como de oposição, uma visão superada mundo afora. Nenhum país democrático tem mais essa visão", aponta, em entrevista ao Opera Mundi, o professor de economia da Unicamp Guilherme Mello.
O economista, integrante da equipe que discutiu as diretrizes programáticas da chapa Lula-Alckmin, aponta a necessidade de promover uma nova legislação para obter recursos imediatos que auxiliem na superação da pobreza e na reativação da economia. "Sem esses recursos, cairemos em 2023 no abismo que [Jair] Bolsonaro montou para o novo governo", alertou.
O governo Bolsonaro deve ser o primeiro, desde 1989, a não reajustar a tabela de cobrança do Imposto de Renda (IR). A ausência da correção faz com que o poder de compra do brasileiro, já muito prejudicado pela alta da inflação, se reduza ainda mais.
Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional), a tabela do IR acumula defasagem de 26,5% na atual gestão, o maior percentual já registrado na história. Para se ter uma ideia do impacto, em 2018, só pagava Imposto de Renda quem recebia mais que dois salários mínimos e hoje quem ganha
1,57 salário mínimo já é tributado.
O endividamento também aumentou. Conforme pesquisa do Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, divulgada em 11 de julho, 66,6 milhões de pessoas estão inadimplentes no país, o maior contingente absoluto desde 2016.
Mas esse fato não significa que os bancos deixaram de ganhar. Eles continuam obtendo resultados e lucros recordes. No primeiro trimestre de 2022, os lucros dos cinco maiores bancos do país — Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Santander — totalizaram R$ 27,6 bilhões, um aumento de 15,4% em 12 meses.
A renda média do trabalhador brasileiro caiu 9,7% no trimestre encerrado em janeiro de 2022 em comparação ao mesmo período de 2021
Confira alguns dos principais pontos defendidos pelos movimentos populares para retomar o crescimento econômico e o combate à desigualdade.
A VIOLÊNCIA NO DISCURSO E NA PRÁTICA
Além do estímulo a comportamentos agressivos contra adversários políticos, Bolsonaro promoveu um festival de liberação de armas que contribui para o fortalecimento de organizações criminosas
“Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre.” Era assim que o atual presidente Jair Bolsonaro se referia a seus adversários políticos em um ato de sua campanha eleitoral em 2018. A declaração foi lembrada por muitos após um militante bolsonarista assassinar o tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), em julho deste ano, mas foi apenas uma entre várias ocasiões em que o mandatário discursou de forma agressiva contra pessoas ou partidos que pensam diferente dele.
Esse tipo de discurso por parte de alguém que tem um cargo como o de Bolsonaro não pode ser encarado como algo normal. “Quando você tem um líder que atua simbolicamente para criar um ambiente favorável ao uso da violência, isso estimula os cidadãos a aderirem a essa simbologia. Eles se veem respaldados, retroalimentados e validados por um representante político e têm acesso facilitado a armas”, pontua a cientista política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Mayra Goulart, em entrevista ao Brasil de Fato.
“Primeiro, [temos] uma estetização da violência, que o Bolsonaro opera em seus discursos e na sua performance. Ele reivindica a violência como método, glamouriza o uso da violência, fala muito de porrada, bomba, tiro, fala em uso da violência e faz apologia ao uso de armas – não só apologia, mas também políticas públicas que vêm facilitando a armas de maneira geral”, resume, lembrando de um outro aspecto do atual governo, a liberação de armas de fogo.
Quando você tem um líder que atua simbolicamente para criar um ambiente favorável ao uso da violência, isso estimula os cidadãos a aderirem a essa simbologia.
Mayra Goular cientista política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em entrevista ao Brasil de Fato
Mais armas, mais mortes
Segundo o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), indo no sentido contrário da queda do total de homicídios, o número de assassinatos por armas de fogo no Brasil cresceu 24% em 2021 em relação ao ano anterior, passando de 3.118 (2020) para 3.878 (2021). As mortes por outros meios de agressão diminuíram no mesmo período.
Investimento no ódio
Em seu governo, Bolsonaro editou ao todo 19 decretos, 17 portarias, duas resoluções, três instruções normativas e dois projetos de lei com o objetivo de facilitar o acesso a armas de fogo e munição ao cidadão comum.
O registro de armamento de pessoas comuns como “caçadores, atiradores e colecionadores”, os chamados CACs, permitem que um atirador possa ter até 60 armas. Apenas nos primeiros cinco meses de 2022, uma média de 1.043 brasileiros se registraram para licenças CACs por dia. Entre julho de 2019 e março de 2022, a licença de registros pelo CAC saltou 262%, passando de 167.390 para 605.313 pessoas armadas.
“Tirar esses calibres da exclusividade das forças de segurança enfraquece a capacidade do policial e do Exército de combater criminosos armados, que agora têm condições de ter as mesmas armas alimentadas pelas mesmas munições”, aponta o advogado e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Bruno Marques, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. “Di-
Uma média de 1.043 brasileiros se registraram para licenças CACs por dia nos primeiros cinco meses de 2022
ficulta também a investigação para determinar desvios, uma vez que os cartuchos 9mm e 40 agora podem ser comprados por qualquer pessoa.”
“Eles [integrantes do PCC] pagavam de R$ 35 mil até R$ 59 mil num fuzil no mercado paralelo e agora pagam de R$ 12 mil a R$ 15 mil um [fuzil calibre] 556 com nota fiscal”, afirma em outra reportagem, do jornal O Estado de S. Paulo, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.
Os CACs permitem que um atirador possa ter até Fuzil Calibre 556, uma das armas liberadas para CACs e qua vai parar nas mãos do PCCEm ato de campanha em 2018, Bolsonaro falou em "fuzilar a petralhada do Acre" Marcelo Arruda foi morto a tiros durante o próprio aniversário por um mlitante bolsonarista
A CULTURA
Ao extinguir ministério e abandonar políticas públicas do setor, atual gestão federal deixa de estimular uma área responsável pela geração de milhões de empregos e renda
Jair Bolsonaro extingiu por medida provisória o Ministério da Cultura (MinC). Parte de suas competências e atribuições foram distribuídas para outros ministérios, enquanto outra parte simplesmente deixou de existir, prejudicando a elaboração e execução de políticas públicas.
A secretaria que substituiu o ministério ainda contou com episódios absurdos, como o do seu então titular Roberto Alvim reproduzindo parte de um discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda na Alemanha nazista, ao lançar o Prêmio Nacional das Artes. Ele foi substituído pela atriz Regina
A lembrança dos artistas que perderam a vida na pandemia DESPEDAÇADA
"Cadê a vacina meu deus?".
Era esse o questionamento do ator e humorista Paulo Gustavo, em uma postagem de 3 de março de 2021 no Instagram. A publicação foi feita apenas dez dias antes de ele ser internado em decorrência da covid-19. Em 4 de maio, veio a falecer por conta das complicações da doença.
Esta foi somente uma das muitas postagens de Paulo Gustavo durante a pandemia em que ele buscou não apenas cobrar o governo por medidas relativas à prevenção e à vacinação, mas também buscou conscientizar as pessoas sobre o negacionismo.
Outros artistas também foram vítimas da doença. Nomes como Aldir Blanc, Nicette Bruno,
Agnaldo Timóteo, Paulinho do Roupa Nova, Genival Lacerda, Eduardo Galvão, Tarcísio Meira, entre tantos outros, quase anônimos ou não, muitos dos quais vítimas do descaso do governo federal em relação à vacinação, à prevenção e à postura negacionista que tantas vezes foi adotada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro.
A vacinação era para ter começado no ano passado. Com isso pensamos: Paulo Gustavo poderia estar aqui conosco"
Daniela Mercury após a morte do ator Paulo Gustavo
"
O que a gente vê ali na Secretaria Nacional de Cultura é um amplo desejo de aniquilação da nossa identidade cultural."
Xauí PeixotoArticulador, produtor, gestor cultural
Duarte em março de 2020, que não conseguiu encaminhar praticamente nenhuma ação. Após pouco tempo no cargo, a atriz foi substituída por Mário Frias, denunciado por trabalhar armado e ameaçar funcionários do MinC.
Não bastasse o descaso, Bolsonaro também atuou contra os trabalhadores da cultura ao vetar as Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2, que preveem incentivos orçamentários destinados ao setor cultural. Os vetos acabaram sendo derrubados no Congresso Nacional em julho.
“O que a gente vê ali na Secretaria Nacional de Cultura é um amplo desejo de aniquilação da nossa identidade cultural. Não gosta de cultura, não gosta de artistas, não gosta de dança, de teatro, de música, de cinema, de culturas populares, cultura afro-brasileira, cultura indígena, quilombola, ribeirinhas, as mais diversas linguagens. Não gosta de livro, não gosta de conhecimento, não tem interesse que a população tenha acesso a esses bens e serviços culturais, então a gente percebe nitidamente que esse é o motivo dessa perseguição ao setor da cultura”, disse ao Brasil de Fato o articulador, produtor, gestor cultural Xauí Peixoto.
O setor cultural e de entretenimento no país engloba 6,2 milhões de pessoas, entre empregadores, empregados e microempreendedores individuais (MEIs), que movimentam R$ 62,4 bilhões em massa salarial e geram R$ 41,9 bilhões em impostos federais. Segundo a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), com dados divulgados em junho, o faturamento deste mercado é de R$ 334,2 bilhões, aproximadamente 4,52% do PIB do país.
"A vacinação era para ter começado no ano passado. Com isso pensamos: Paulo Gustavo poderia estar aqui conosco", disse a cantora Daniela Mercury após a morte do ator.
O atraso na aquisição de vacinas foi um dos destaques do relatório final da CPI da Covid. O documento apontou que a “mais grave omissão do governo federal foi o atraso na compra de vacinas”.
Segundo o epidemiologista e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pedro Hallal, em depoimento à à CPI, 95,5 mil mortes poderiam ter sido evitadas no Brasil se o governo federal não tivesse atrasado a compra das vacinas CoronaVac e da Pfizer.
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Movimentos querem garantir
durante e
as
Durante o período eleitoral, os problemas que o povo enfrenta são constantemente debatidos e podem ser percebidos durante uma conversa no ônibus, no trabalho, na igreja, no bate-papo com os amigos e amigas ou mesmo no almoço de domingo com a família.
São momentos como esse da eleição que podem impulsionar as mudanças que o Brasil precisa, por meio do debate de projetos e de propostas chave que podem
ganhar o apoio da maioria da sociedade.
É por isso que os movimentos populares têm construído os comitês populares.
Com cerca de 5 mil comitês no Brasil e no exterior, o objetivo é alargar as possibilidades de atuação do povo na política para uma agenda de desenvolvimento e igualdade no país que perpassa a hora do voto e vai além dele, inclusive como forma de defender a democracia ao manter a mobilização acessa e pulsante no país.
A formação dos comitês tem alcançado diversos segmentos, indo desde o Comitê Popular de Trabalhadores da Ford e de Assentados do MST até a experiência do Comitê de Tik Tokers.
Eles realizam atividades como montagem de banquinhas nas praças, panfletagens, eventos culturais e visitas de porta em porta nos bairros.
Além da agenda presencial, toda sextafeira há ações nas redes e nas ruas para estimular outras manifestações como no happy hour, no encontro com os amigos ou eventos.
As histórias destes e de outros comitês populares, e a agenda de mobilização, atividades e materiais de divulgação podem ser consultados no site comitepopular.org.br
O tradicional Grito dos Excluídos e Excluídas, realizado sempre no dia 7 de setembro, discute o bicentenário da Independência neste ano. O questionamento inclui na pauta as demandas relativas às tarefas urgentes para a reconstrução do Brasil.
Entre os temas do Grito estão questões como a soberania alimentar e o combate à fome, a necessidade de garantir e aprofundar a democracia e o combate às desigualdades e à violência estrutural.
Com 28 anos, o Grito acontece em diversas cidades do Brasil com o lema "A Vida em Primeiro Lugar", que ecoava as demandas populares de um país que, em 1995, ainda não tinha a inclusão como prioridade.
As palavras de ordem desta primeira edição se tornaram permanentes e hoje, em plena crise social e econômica, são ainda mais emblemáticas.
Quer contar a sua história de participação política para o Brasil de Fato? Vem de zap e fale com a gente.
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Foto: Tanam A. HennickaCom cerca de 5 mil comitês no Brasil e no exterior, o objetivo é alargar as possibilidades de atuação do povo na políticaMorgana Souza Eduarda Rocha/CMSL
A
“Prioridade é mudar rumo da Petrobras para ela atuar pelo interesse do povo”, diz petroleiro
EDUARDO MIRANDA RIO DE JANEIRO (RJ)AFederação Única dos Petroleiros (FUP), em conjunto com os sindicatos da categoria, tem realizado plenárias nacionais desde 2021 e aprovou e apre sentou recentemente diver sas propostas que estão sen do incorporadas ao capítulo de Energia do plano de go verno do candidato do Par tido dos Trabalhadores (PT) à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
A campanha de Lula já as sumiu publicamente o com promisso de acabar com o Preço de Paridade de Impor tação (PPI), que fez os pre ços dos combustíveis dispa rarem, aprofundando a cri se econômica e a pobreza, e de interromper as privatiza ções do Sistema Petrobras.
Em entrevista ao Brasil de Fato, o ex-coordenador da FUP Zé Maria Rangel disse que a Petrobras foi o alvo do golpe contra a pre sidenta Dilma Rousseff. "O que o povão precisa enten der é que tudo que aconte ceu desde o golpe teve o ob jetivo de vender a Petrobras em partes, bem barato, pa ra estrangeiros e ainda fa
zer os brasileiros pagarem a conta com gasolina, die sel e gás de cozinha carís simos", aponta o petroleiro.
ROBIN HOOD ÀS AVESSAS
Zé Maria afirma ainda que é urgente mudar o atual cenário e fazer com que a estatal passe a estar em sintonia com o in teresse da maioria da popula ção. "Hoje, a Petrobras faz pa
pel de Robin Hood às avessas, tira dos pobres que pagam o gás e o transporte caros, para dar aos ricos acionista. É a eles que interessa a Petrobras de hoje, e ainda querem que ela seja vendida completamente a preço de banana".
Para o coordenador técnico do Instituto de Estudos Estra tégicos de Petróleo, Gás Natu ral e Biocombustíveis (Ineep),
QUAIS AS PROPOSTAS APRESENTADAS PELOS PETROLEIROS PARA A PETROBRAS?
1 – PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS
Implantar uma política de preços justos, adotando como parâmetro pa ra definição dos preços não só o mercado internacional, mas também os custos e a sustentabilidade da indústria, criar um imposto sobre exporta ção de petróleo cru e acabar com o Preço de Paridade de Importação (PPI).
2 – LEILÕES DO PETRÓLEO
Interromper, imediatamente, todos os leilões em curso. É fundamental condicionar a realização de novos leilões às necessidades de abasteci mento interno e ao desenvolvimento da cadeia de prestadores de bens, serviços e fornecedores de máquinas e equipamentos.
3 – PETROBRAS INTEGRADA E DESENVOLVIMENTO NACIONAL
Resgate da empresa integrada, com atuação em todo o território nacional. Retomada dos investimentos em tecnologia, pesquisa e inovação em par ceria com as universidades públicas, também os investimentos na Univer sidade Petrobras e outros sociais, em cultura, meio ambiente e esportes.
4 – PETROBRAS 100% PÚBLICA
Retomada da construção de uma Petrobras 100% pública em que a União detenha a totalidade do capital social, tendo como foco principal a reto mada das ações alocadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque, sem sub meter a empresa às leis de outra nação.
5 – INTERROMPER A PRIVATIZAÇÃO DA
PETROBRAS
William Nozaki, a Petrobras do governo Bolsonaro deixou de ser uma empresa integra da e nacional de energia.
"Se tornou uma empresa que produz e exporta óleo cru a um preço menor, e abre mão do refino deixan do o país refém da importa ção de derivados. A empresa distribui dividendos recordes e os consumidores pagam a conta com inflação de com bustíveis", reforça Nozaki.
Já Zé Maria, da FUP, ar gumenta que Lula precisará de apoio no Congresso Na cional para que o desmon te da estatal seja revertido. "Se ele não tiver um núme ro expressivo de parlamen tares que pensem como ele, não vai conseguir mudar o que precisa ser mudado, da desigualdade social, fome, desemprego, às mudanças na Petrobras", explica.
Paralisar todos os processos de privatização de ativos em andamento e constituir um pro cesso de investigação com ampla participação da sociedade com o objetivo de reestatizar o que for possível.
6 – PARQUE DE REFINO E ABASTECIMENTO NACIONAL
É estratégica a retomada do aumento da capacidade de refino nacional, com o parque sob controle da Petrobras, de modo a garantir o abasteci mento do país.
7 – LEGISLAÇÃO DO SETOR PETRÓLEO
Os petroleiros defendem a manutenção do Modelo de Partilha de Pro dução nos campos petrolíferos considerados estratégicos e no polígono do pré-sal, com a retomada da estatal como operadora única.
8 – TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
Revitalização do programa de biocombustíveis e a retomada de suas plantas de produção de biocombustíveis. Retorno da atividade da Pe trobrás na geração de energia por meio de usinas eólicas e solares, tam bém hidrogênio verde.
Categoria apresentou recentemente diversas propostas que estão sendo incorporadas ao plano de governo de Lula Divulgação A campanha de Lula já assumiu o compromisso de acabar com o Preço de Paridade de Importação (PPI)Todo mundo sabe que o brasileiro guarda uma faceta de treinador de futebol. As resenhas nas mesas de bar (e nas redes sociais) depois de cada partida do seu clube do coração não me deixam mentir nesse sentido. E isso fica ainda mais claro quando o assunto é a nossa Seleção Brasileira.
E às vésperas do início da Copa do Mundo, é mais do que natural que se façam projeções sobre os adversários do Brasil na fase de grupos e sobre os jogadores que Tite irá convocar para o Mundial do Catar. No entanto, a tendência é que não tenhamos muitas surpresas no dia 7 de novembro, data em que a lista final de convocados para a Copa será anunciada de maneira definitiva.
É por isso que eu gostaria de propor aqui uma brincadeira. Que tal a gente brincar de treinador da Seleção Brasileira? Depois de muito pensar, escolhi meus 26 convocados. São eles:
LUIZ FERREIRA
VAMOS BRINCAR DE TREINADOR DA SELEÇÃO BRASILEIRA?
Às vésperas da Copa do Mundo, é mais do que natural que se façam projeções sobre os jogadores que serão convocados
GOLEIROS: Alisson (Liverpool), Ederson (Manchester City) e Weverton (Palmeiras);
ZAGUEIROS: Marquinhos (PSG), Thiago Silva (Chelsea), Éder Militão (Real Madrid) e Gabriel Magalhães (Arsenal);
LATERAIS : Danilo e Alex Sandro (Juventus) e Alex Telles (Sevilla);
MEIO-CAMPISTAS: Casemiro e Fred (Manchester United), Lucas Paquetá (West Ham), Philippe Coutinho (Aston Villa), Bruno Guimarães (Newcastle), Fabinho (Liverpool), Gustavo Scarpa (Palmeiras) e Everton Ribeiro (Flamengo);
ATACANTES: Neymar (PSG), Vinícius Júnior e Rodrygo (Real Madrid), Raphinha (Barcelona), Richarlison (Tottenham), Gabriel Jesus (Arsenal), Antony (Manchester United) e Pedro (Flamengo).
Só três laterais, Luiz? Sim, meu amigo. Só três laterais. Não se esqueçam que Fabinho e Éder Militão podem jogar ali e já o fizeram mais de uma vez sob o comando de Tite. Apesar da história e da experiência, não levaria Daniel Alves apesar de compreender bem a preferência de Tite pelo jogador do Pumas (do México).
No meio-campo, levaria Everton Ribeiro e… Gustavo Scarpa! O camisa 14 do Palmeiras é um dos mais regulares do futebol brasileiro já há algum tempo e também é uma das principais engrenagem do time
comandado por Abel Ferreira. E antes que me cornetem, gostaria de deixar claro que Philippe Coutinho pode e deve estar na lista se estiver em forma.
E no ataque, levaria quase toda a base convocada por Tite nos últimos amistosos da Seleção e não abriria mão de Pedro pelas características.
E qual seria a sua lista? Quem você convocaria para a Copa do Mundo? Vale tudo, meu amigo. Só não vale usar a camisa da Seleção Brasileira pra defender o indefensável como aconteceu nesses últimos anos.
A HISTÓRIA
FOI ESCRITA
» O futebol feminino, meus amigos, chegou e não vai mais embora. As duas partidas das finais do Brasileirão reuniram mais de 77 mil torcedores no Beira-Rio e na Neo Quimica Arena.
E o Corinthians ficou com o tetra depois empatar em 1 a 1 no jogo de ida e golear o Internacional por 4 a 1 no último sábado (24). E se preparem: essa bela história não acabou não.
O céu é o limite, criançada.
Lucas Figueiredo - CBF Staff Images Woman - CBF Corinthians ficou com o tetra do BrasileirãoQuem você convocaria para a Copa do Mundo?