Brasil de Fato RJ - 123

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“Me revolta muito a certeza da impunidade”

Roger Federer vai priorizar Olimpíada

Ana Paula de Oliveira comenta a ação policial que resultou em mais uma morte de jovem em Manguinhos

Tenista suíço disse que vai preservar sua saúde para Rio 2016

RIO DE JANEIRO

24 a 27 de setembro de 2015

Divulgação

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Esportes | pág. 15

Entrevista | pág. 4

distribuição gratuita

Ano 3 | edição 123

Movimento quer fim de pedágio na BR-116 Desde que um retorno foi fechado em 2010, os moradores de sono e o dinheiro da população das duas cidades. “MovimenMagé e Guapimirim precisam desembolsar R$8,50 para paga- to Retorno Já” pede solução para impasse entre os moradomento de pedágio na BR-116. Esse problema vem tirando o res e a Concessionária Rio-Teresópolis (CRT). Cidades | pág. 9 Tomaz Silva / Agência Brasil

Elisa Mendes

Peça conta história do Araguaia Espetáculo retrata trajetória das mulheres guerrilheiras

Cultura | pág.11

DESIGUAL O Rio de Janeiro continua lindo e contraditório. Um dos lugares mais belos do mundo e palco de enormes desigualdades. Prova disso é o conflito ocorrido no final de semana nas praias. Págs. 2, 5 e 12

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2 | Opinião

EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013 O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintasfeiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais. CONSELHO EDITORIAL: Alexania Rossato, Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam) EDIÇÃO: Vivian Virissimo (MTb 13.344) SUB-EDIÇÃO: André Vieira e Fania Rodrigues REPÓRTERES: Bruno Porpetta e Pedro Rafael Vilela REVISÃO: Sheila Jacob COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago FOTÓGRAFO: Stefano Figalo ESTAGIÁRIO: Victor Ohana ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

Rio de Janeiro, 24 a 27 de setembro de 2015

EDITORIAL

Violência não se combate com

violência O Rio de Janeiro continua lindo. Lindo e contraditório. Um dos lugares mais belos do mundo, palco de enormes desigualdades. O conflito ocorrido nas praias da zona sul esse final de semana demonstra isso. Vejamos. Primeiro, centenas de jovens são revistados e apreendidos em ônibus que rumavam da zona norte para as praias. Depois, a justiça declara essa prática ilegal e proíbe a polícia de realizar revistas sem ter um flagrante. Por fim, uma onda de arrastões muito suspeita acontece na zona sul. Resultado? O secretário de segurança volta a justificar as revistas nos ônibus sem flagrante e o corte do trajeto de linhas de ônibus que vão da zona norte à zona sul. PAGAR PELA PRAIA? A justificativa é combater os tais “suspeitos” de cometer crimes nas praias. A descrição dos “suspeitos” é curiosa: “jovens que chegam à praia sem dinheiro e sem camisa.” Desde quando é preciso pagar para ir à praia? E quem é que aguenta ficar de camisa na

praia no sol do Rio de Janeiro? O motivo real, sabemos, não foi falado nos meios de comunicação. O objetivo é proibir o povo negro da periferia de frequentar os locais de descanso e lazer do Rio. Transformar nossas belezas em propriedade privada de quem tem dinheiro.

O objetivo é proibir o povo negro da periferia de frequentar os locais de descanso e lazer do Rio Como se não bastasse, jovens brancos da zona sul estão organizando “gangues” para atacar os da periferia. Curiosamente, essas gangues não foram presas, nem consideradas “suspeitas” de cometer crimes. Entendemos que os assaltos são um problema que precisa ser combatido. Porém, discordamos da forma proposta pelo governo estadual e pelas classes privilegiadas.

JUSTIÇAMENTO Não é com violência contra a juventude negra que o problema dos assaltos será resolvido. Menos ainda tentando gerar medo através de ações de “justiçamento”, o que é um crime de grande crueldade.

PREVISÃO DO TEMPO Quinta-feira, 24 de setembro, Rio de Janeiro, Brasil

(21) 4062 7105

redacaorj@brasildefato.com.br

33 Sol

ºC|F

Este problema deveria ser combatido com políticas públicas para a juventude: vida digna, emprego, saúde, educação de qualidade e acesso a locais de lazer para todas as pessoas. Enquanto essas coisas forem um privilégio, os conflitos não acabarão nunca.


Geral | 3

Rio de Janeiro, 24 a 27 de setembro de 2015

FRASE DA SEMANA

mandou

bem

“A única coisa que separa mulheres de cor de qualquer outra pessoa é oportunidade”.

Divulgação

Divulgação

A torcida do Corinthians mandou bem no último final de semana. Uma imensa faixa foi estendida na arquibancada com os dizeres: “Somos todos imigrantes”.

mandou

mal

Viola Davis, primeira negra a vencer o Emmy de melhor atriz dramática.

Morador de favelas está mais conectado à tecnologia que o do asfalto Pesquisa divulgada pelo Instituto Data Popular indicou que os moradores de favelas são mais conectados com os meios tecnológicos que os habitantes do asfalto. “O número de internautas nas favelas é maior que no asfalto, porque, para as favelas, a internet tem antes de tudo uma

função de geração de renda”, disse o pesquisador Renato Meirelles. De acordo com a pesquisa, 89% dos internautas de favelas acreditam que a rede pode ajudá-los a ganhar mais dinheiro e 57% já tiveram aumento de renda graças à internet. Para o presidente do institu-

to, as favelas constituem um país de contrastes. “Em razão da inserção recente dos habitantes das comunidades no mercado de consumo, as favelas têm 2,7 milhões de passageiros de avião, mas, ao mesmo tempo, 2,5 milhões de pessoas lidam com dificuldade para pagar as contas”. (Abr)

Divulgação / TV Globo

Correios em greve Funcionários dos Correios do Rio de Janeiro fizeram na manhã de segunda-feira (21) uma manifestação em frente à sede da Diretoria Regional dos Correios, no centro da cidade. Os manifestantes simularam um cortejo fúnebre, que representava a direção da empresa, para reivindicar reajuste salarial, melhores condições de trabalho e segurança. EBC Memória

Correios em greve II Tânia Rêgo / Agência Brasil

O personagem Romero Romulo, da novela “A regra do jogo” da TV Globo, se apresentou como advogado de direitos humanos a serviço da Anistia Internacional. A organização lançou nota repudiando o uso indevido do nome da entidade e a representação equivocada do trabalho dos defensores.

SINDICAL por Claudia Santiago

BICICLETA No Dia Mundial Sem Carro, celebrado na terçafeira (22), a cidade do Rio alcançou a marca de 400 quilômetros (km) de ciclovias, com a inauguração de uma rota de 10,4 km que liga os bairros de Laranjeiras, Cosme Velho, Flamengo e Botafogo, na zona sul.

A empresa propõe reajustes por meio de gratificação no valor de R$ 200 mais reajuste do vale alimentação em torno de 9%, mas os funcionários querem um aumento incorporado no salário, já que as gratificações não contam para a aposentadoria. Na sextafeira (25) haverá em Brasília uma audiência de conciliação com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) que reunirá as federações e os sindicatos representando a classe.


4 | Entrevista

Rio de Janeiro, 24 a 27 de setembro de 2015

“Eu quero ver o outro lado da justiça”

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Ana Paula de Oliveira, mãe de Johnatha, e militante do Fórum Social de Manguinhos, reforça o grito por justiça Maíra Mathias do Rio de Janeiro (RJ) Manguinhos, na zona norte do Rio, está em luto há duas semanas por mais um jovem morto em uma ação policial. Infelizmente a tragédia é mais regra do que exceção na realidade do Rio de Janeiro. Só onde Cristian morava, esta política de violência deixou desde 2013 um saldo de cinco jovens mortos. Cristian, Mauricio Afonso, Johnatha, Paulo Roberto e Matheus. Como a comunidade tem vivido mais esse luto pela morte do Cristian? Essas semanas depois da morte do Cristian têm sido difíceis. Perdi meu filho para a violência policial e é muito difícil ver essa situação se repetindo com mais uma mãe. Nunca ouvi falar de um tiro disparado em uma ação policial contra um condomínio. Já na favela, os policiais atiram a esmo para todos os lados, entram em qualquer horário. Não existe a preocupação de preservar a vida de ninguém. E como tem sido a investigação desses assassinatos? Me revolta muito a certeza da

impunidade. O policial que matou meu filho, meses depois, continuava em Manguinhos. Como essa pessoa fica na favela, batendo de frente com as testemunhas? E aí ele foi transferido para um local onde já tinha cometido outros três assassinatos. É aquela coisa, o corporativismo, a instituição protege. Eles não investigam nada. Eles se preocupam em criminalizar, em colocar o favelado como culpado pela própria morte. Os jornais sempre reforçam que os jovens tinham ocorrências policiais... Mesmo se fosse bandido, ninguém tem o direito de ti-

Ana Paula: “É muito difícil ver essa situação se repetindo com mais uma mãe”

Hoje, o grito é por justiça de todas as vítimas da violência de Estado rar a vida dele. Mas todos esses jovens que foram mortos não tinham armas. Meu filho foi morto covardemente pelas costas. Cristian e Afonso morreram no campo de futebol. Já tem o discurso pronto: falam que é bandido ou tem Stefano Figalo / Brasil de Fato

Moradora de Manguinhos transformou o luto pela perda do filho em luta

passagens pela polícia, a mídia cai em cima, a sociedade aceita e vira verdade absoluta. Se não tem um movimento social para chegar junto dessa família e lutar para manter a dignidade e a memória dos nossos, fica assim. E o sentimento da comunidade em relação à UPP? A UPP chegou trazendo mais opressão. Aumentou a perseguição contra os moradores, proibindo festas. Se a criança escuta funk, tem um cabelinho com reflexo, isso já é motivo para uma abordagem mais agressiva. Essa política de segurança pública não é para preservar a vida na favela. O que a gente vê é um extermínio de jovens nas periferias de todo o Brasil. São, na maioria, negros. A UPP, como mais um braço armado do Estado dentro da favela, é propaganda falsa. Como a comunidade tem tentado denunciar a situação? A gente vê a postura do [secretário de segurança pública] Beltrame diante de mortes que aconteceram no Alemão, dizendo que não vai dar nenhum passo atrás, que vai continuar botan-

do polícia dentro da favela. Claro. Não é o filho dele que está morrendo. Quem está ficando sem filhos somos nós, então para ele tanto faz. Eu sou mãe, e a cada segundo sinto a falta do meu filho. Sempre fui uma boa mãe, nunca desamparei, nunca deixei de dar amor e não vai ser agora. Eu vou continuar cumprindo o meu papel de mãe, de moradora de favela e vou até o fim. Eu quero ver o outro lado da justiça. Na favela, a justiça que conhecemos é aquela que intimida, tortura, prende e mata. Então, hoje, o grito é por justiça de todas as vítimas da violência de Estado. Quais ações vocês têm realizado? O Fórum Social de Manguinhos lançou a cartilha “Manguinhos tem fome de direitos”, que vem sendo distribuída para a comunidade. É fundamental que os moradores tenham consciência dos seus direitos e saibam agir diante das violações. E hoje, realmente, quando acontece qualquer coisa em Manguinhos, as pessoas procuram o Fórum. (Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio)


Rio de Janeiro, 24 a 27 de setembro de 2015

Praia vira cenário de conflito de classes no Rio Violência aumenta nas praias e secretário de segurança diz que vai continuar desrespeitando lei Tomaz Silva / Agência Brasil

Ação preventiva da PM não xxxxxxxxx pode desrespeitar a legislação

Fania Rodrigues do Rio de Janeiro (RJ) Os domingos de praia no Rio ganharam novos contornos. Depois de uma semana tensa, agora resta esperar para ver o que está reservado para o próximo fim de semana. Apesar de a Justiça proibir a apreensão preventiva de jovens, o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou que a PM vai continuar fazendo blitz e parando ônibus. “Dessa vez com apoio de outros órgãos para que tenhamos mais legitimidade nas nossas ações”, afirmou em entrevista coletiva. Porém, segundo a Defensoria Pública, não é possível prever quem vai cometer roubo só pela aparência e a origem social da pessoa. Portanto, as

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aconteceram no fim de semana ajudam acentuar a discriminação contra jovens negros. “No caminho entre o Cosme Velho e o Arpoador, de bicicleta, meu irmão foi parado três vezes pela polícia”, afirma Janderson Dias, de 25 anos, membro do coletivo Cerro Corá Moradores em Movimento. Para Janderson, os adolescentes que estavam roubando nas praias eram uma minoria,

O pano de fundo aqui é a questão social e racial

ações de apreensões de menores sem flagrante são ilegais. “O pano de fundo aqui é a questão social e racial. Quando um filho da classe média comete um crime, ninguém pensa em fazer justiça com as próprias mãos”, destaca o delegado da Polícia Civil, Vinicius George. Na opinião do delegado, as

autoridades não estão lidando com o tema de forma adequada. “A declaração do secretário Beltrame é preocupante. Ele vem dizendo para a imprensa que a PM não pode fazer nada. O que a PM não pode é descumprir a lei, mas ela pode e deve fazer ação preventiva”, aponta o delegado. Para

Vinicius, a declaração do secretário de Segurança estimula a violência. “As pessoas ouvem o secretário dizendo que não pode fazer nada e então elas vão lá e fazem”, afirma. DISCRIMINAÇÃO Para os moradores das favelas cariocas, os episódios que

Vinicius George, delegado da Polícia Civil mas a juventude toda está sendo criminalizada. “Não querem a gente nas praias. Estão criando uma cerca invisível, cortando os ônibus para impedir o povo de chegar nas praias da Zona Sul”, ressalta o jovem. Antonio Cruz / Agência Brasil

Clima de guerra nas praias Playboys prometem fazer justiça com as próprias mãos do Rio de Janeiro (RJ) De um lado os garotos da periferia, do outro as gangues de playboys da zona sul. Os membros das gangues prometem fazer justiça com as próprias mãos, caso flagrarem batedores de carteiras e roubos nas praias. Estão convocando lutadores para “defender o território de Copaca-

bana” e pedindo às pessoas para levarem tacos de beisebol e soco inglês para a praia. Nas redes sociais, esses grupos radicais estão publicando textos e imagens violentas. Internauta do grupo “Alerta de assaltos”, do Facebook, diz: “Evitem levar seus filhos à praia este final de semana, porque vai todo mundo armado para a praia caçar a bandidagem”. No mesmo grupo, outro internauta pede: “Todos os moradores devem procurar os síndicos de seus prédios e pedir que, em caso de violência

contra esses marginais, se alguém atirar e matar um merda desses, não forneçam imagens das câmeras à polícia. Apaguem as imagens imediatamente”, alerta. Para Janderson, morador do Cerro Corá, os “justiceiros” podem desencadear algo muito maior. “Eles querem uma guerra social. Estão despertando uma guerra de classes. Imagina se esses jovens da periferia decidem descer os morros e enfrentar essas gangues”, destaca. (FR)

Beltrame diz que vai continuar fazendo blitz ilegais nos ônibus vindos da zona norte


6 | Mundo

Rio de Janeiro, 24 a 27 de setembro de 2015

Grécia: partido de Alexis Tsipras vence eleições Dominique Hommel / Fotos Públicas

Syriza alcançou 35% dos votos nas eleições antecipadas

O partido de esquerda Syriza venceu as eleições gregas, no último final de semana, com mais de 35% dos votos. As eleições antecipadas foram convocadas logo após a renúncia do primeiro-ministro Alexis Tsipras, líder do Syriza, em 20 de agosto desse ano. Tsipras pediu demissão do cargo depois de uma cisão de 25 deputados da ala mais à esquerda do Syriza. Os parla-

mentares dissidentes haviam rejeitado o novo pacote de ajuste fiscal proposto por Alexis Tsipras à União Europeia. No discurso de vitória, Tsipras disse que o novo governo da Grécia será “de combate, pronto para travar as batalhas necessárias para defender os direitos do povo grego”. Agora o Syriza vai formar coligação com o partido nacionalista de direita Gregos Independentes. (Abr)

Eduardo Santillán / Presidência do Equador

EM FOCO

China cria novo banco internacional Mais de 20 países aguardam a decisão para entrar no Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), proposto pela China. “Temos 57 países (potenciais membros fundadores) e, segundo o que sei, mais 20 estão em lista de espera”, disse o presidente do BAII, Jin Liqun, em uma conferência em Cingapura. O banco pode superar o Banco Asiático de Desenvolvimento, criado pelo Japão em 1966, e que conta com 67 membros, 19 deles exteriores à região da ÁsiaPacífico. O BAII é visto como uma reação do governo chinês ao que considera o domínio norte-americano e europeu em instituições financeiras. (Abr) Al Jazeera

Jin Liqun, do BAII

Alex de Castro / Cuba Debate

Cuba Encontro histórico entre o papa Francisco e Fidel Castro, líder da Revolução Cubana. Durante a visita, o ex-presidente cubano presenteou o pontífice com o livro Fidel e a religião, escrito pelo teólogo brasileiro Frei Betto.

Maduro, Vásquez, Correa e Santos em reunião no Equador

Venezuela e Colômbia chegam a acordo em crise na fronteira Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, se reuniram no Equador, nesta semana, pela primeira vez desde o início da crise entre os dois países. Cerca de 20 mil colombianos deixaram a Venezuela no último mês. Ao final do encontro, os dois governos anunciaram a normalização das relações diplomáticas e a investigação de denúncias de ambas as partes.

Os presidentes do Equador, Rafael Correa, e do Uruguai, Tabaré Vázquez, que exercem as presidências da União de Nações Sul-americanas (Unasul) e da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), respectivamente, acompanharam o encontro. Correa agradeceu aos presidentes por atender a convocação da Unasul e da Celac para tratar a crise diplomática e fronteiriça. (Jornal Pagina12)


Rio de Janeiro, 24 a 27 de setembro de 2015

Procon multa operadoras de celular em R$ 20 milhões Empresas bloqueavam acesso à internet após a utilização da franquia contratada Edwirges Nogueira da Agência Brasil As operadoras Oi, Tim e Vivo foram multadas pelo Procon de Fortaleza por quebra de contrato, propaganda enganosa e bloqueio de internet móvel. Somadas, as multas chegam a R$ 20 milhões. Os processos envolvendo as empresas foram apresenta-

dos nesta semana e têm por base reclamações de consumidores que sofreram bloqueio de internet e fiscalização do órgão feita em abril nas lojas das operadoras. Nas visitas aos estabelecimentos, o Procon recolheu material publicitário de venda de planos de internet móvel com acesso ilimitado. Após análise, o órgão concluiu que houve propaganda enganosa

porque não havia informação clara sobre a limitação do serviço e sobre a possibilidade de bloqueio do acesso à internet após a utilização da franquia contratada. Segundo o Procon, as operadoras já foram notificadas da decisão e podem apresentar recurso em um prazo máximo de dez dias. A Tim informou que já apresentou recurso, a Oi disse que não comen-

ta ações em andamento e a Telefônica Vivo afirmou que “tomará as providências cabíveis”. Em junho, as três operadoras e mais a Claro foram multadas pela Fundação Procon São Paulo em R$ 22,6 milhões por conta do bloqueio

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Propaganda enganosa de operadoras de celular gera multas milionárias R afa el Ne dd er m ey er /

Fo to sP úb lic as

da internet móvel em planos vendidos como ilimitados.



Rio de Janeiro, 24 a 27 de setembro de 2015

EBC Memória

Cidades | 9

Pedágio impede livre circulação de moradores Após fechamento de retorno entre Magé e Guapimirim, população é obrigada a pagar para percorrer cidade André Vieira do Rio de Janeiro (RJ)

41% de toda a população carcerária brasileira é formada por presos provisórios

Número de prisões indevidas no Rio passa de 50% Essas prisões custaram aproximadamente R$ 45 milhões ao contribuinte do Rio de Janeiro (RJ) Um levantamento feito no Judiciário do Rio mostra que, na capital fluminense, o número de prisões indevidas chega a 54,4%. O percentual corresponde a 4.211 presos de um total de 7.734 pessoas detidas durante o ano de 2013. Os dados fazem parte de uma pesquisa da Organização Não Governamental (ONG) Sou da Paz e do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes (Cesesc), divulgada esta semana. De acordo com o estudo, prisões indevidas são aquelas em que o preso preventi-

Em 2013, as 7.734 pessoas presas e mantidas na prisão, na capital fluminense, aguardaram, em média, 101 dias até o julgamento vo não é condenado a regime fechado quando julgado e resultam, muitas vezes, em absolvições, arquivamentos e acordos com a Justiça. O estudo foi feito a partir de processos disponibilizados no site do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

(TJRJ) e mostra que todas essas prisões custaram aproximadamente R$ 45 milhões ao contribuinte. Segundo o levantamento, esse dinheiro é suficiente para manter 9,9 mil alunos do ensino básico por um ano, além de construir 76 postos de saúde ou 873 casas populares. Outro problema citado na pesquisa é que, em 2013, as 7.734 pessoas presas e mantidas na prisão durante aquele ano, na capital fluminense, aguardaram, em média, 101 dias até o julgamento. Um ano depois da pesquisa, a equipe do estudo observou que, até dezembro de 2014, 20% desses presos ainda não haviam sido julgados. (ABr)

Na Baía de Guanabara, há duas cidades vizinhas com bairros em que é quase impossível saber a qual município pertencem devido à proximidade física e histórica de seus moradores. No meio delas tem uma estrada, a BR116, que liga a capital à serra fluminense. Nessa rodovia está um problema que vem tirando o sono e o dinheiro de muitos moradores de Magé e Guapimirim. Para atravessar de carro de um bairro a outro, os motoristas têm que pagar R$ 8,50 desde que fechou, em 2010, um retorno que permitia a livre circulação dos veículos. Morador de Parada Ideal, bairro de Guapimirim que fica às margens da rodovia, Gilmar Brasil, de 37 anos, lembra os problemas causados para a região. “Em 2013, quando tentaram socorrer uma criança vítima de arma de fogo, precisaram dar uma grande volta, já que o retorno está fechado, e a criança acabou falecendo antes de chegar ao hospital”, recorda. 5 KM A MAIS Junto a outros moradores da região, Gilmar Brasil integra o “Movimento Retorno Já”, que pede uma solução para o impasse entre os moradores e a Concessionária Rio-Teresópolis (CRT), que administra a rodovia. “É preciso ir 2,5km, passar por um pedágio, fazer o retorno, aí tem outro pedá-

gio e mais 2,5km até chegar ao mesmo ponto”, conta o morador. Apesar de existir uma espécie de “passe livre” para os moradores de alguns bairros, Gilmar denuncia que a burocracia tem impedido a garantia desse direito. “Apenas um local faz o cadastro para que o morador tenha acesso ao direito. Queremos que a CRT flexibilize esse acesso e amplie para o bairro de Parada Ideal, que embora fique ao lado da rodovia, não é atendido com o passe livre”, protesta o morador.

Moradores pedem uma solução para o impasse O movimento pede ainda que na próxima licitação para administrar a rodovia, já que o contrato da atual empresa tem validade de mais cinco anos, essas demandas estejam contempladas. Questionada pelo Brasil de Fato RJ, a CRT informou que vem dialogando com as lideranças dos moradores e que depende da autorização da Agência Nacional de Transporte e Trânsito para implementar soluções. Informou também que os procedimentos para obter o “passe livre” são feitos para impedir possíveis usos irregulares do benefício.


10 | Cultura

Rio de Janeiro, 24 a 27 de setembro de 2015

AGENDA DA SEMANA

A Visita da Velha Senhora Marcelo Carnaval / Divulgação

O quê: Peça fala sobre uma senhora que quer se vingar da humilhação pela gravidez não reconhecida. Onde: Centro Cultural do Poder Judiciário – Rua Dom Manuel, 29, Centro. Quando: Quinta a sábado, às 19h. Até 31 de outubro. Quanto: 0800

Celebrando o Cancioneiro Feminino Divulgação

O quê: Dinâmica apresentada por duas mulheres envolve história, poesia e música em clima intimista e muito bate-papo. Onde: Centro Cultural Justiça Federal – Av. Rio Branco, 241, Centro. Quando: Sexta (25), às 18h30. Quanto: R$ 1 (R$ 0,50 meia)

NA CADÊNCIA | Diogo Coelho

E aí?

Cypher Caxias

O quê: Mostra concentrará shows, artes visuais e cênicas, literatura e fotografia. Onde: Via Light.– Av. Arcelino Pereira Neves, S/N, próximo ao Polo Gastronômico e à garagem de ônibus da empresa São José, Nova Iguaçu. Quando: Sábado (26), às 19h. Quanto: 0800 Divulgação

O Circo Figueiredo O quê: Espetáculo mistura mágica, arte do palhaço, acrobacias recheadas de emoção e, de forma divertida e instrutiva, oferece lições de cidadania para toda a família. Onde: Praça do Arvoredo, Nova Iguaçu. Quando: Domingo (27), às 14h. Quanto: 0800 Marcello Casal / Agência Brasil

Divulgação

Saudades de você Didi, o doutor do samba

Gabriel Santos / Riotur

O quê: Evento de cultura urbana e hip hop que mensalmente reúne dançarinos, grafiteiros, skatistas, DJ’s, MC’s e a juventude de uma forma geral. Onde: Praça do Pacificador – Centro de Duque de Caxias. Quando: Sexta (25), às 18h. Quanto: 0800

Festival de Esculturas do Rio Cenildo Silva / Divulgação

O quê: Evento reúne 27 obras de pequeno e grande porte de artistas como Antônio Bernardo e Suzana Queiroga. Onde: Centro Cultural Justiça Federal – Av. Rio Branco, 241, Centro. Quando: De terça a domingo, das 12h às 19h. Quanto: 0800.

Didi, compositor do famoso samba-enredo “É hoje”, da União da Ilha

“A minha alegria atravessou o mar...”. É difícil encontrar alguém que não conheça o samba “É hoje”, da União da Ilha, do carnaval de 1982. Pouca gente, porém, conhece o seu compositor.

Em 1990, Didi foi homenageado pela União da Ilha Gustavo Adolfo de Carvalho nasceu em 1935, numa família rica, que perdeu toda a fortuna com a morte prematura do patriarca. Gustavo, então com dois anos, mudou-se de uma casa no Méier para um porão na Ilha do Governador. O menino cresceu e apaixonou-se por carnaval. Aos 19 anos, venceu sua primeira disputa de samba-enredo, na União da Ilha. Para fugir das broncas da mãe, que não gostava de ver seu filho metido no mundo do samba, assinou a composição com o nome de Didi. PAIXÃO PELO CARNAVAL Formado em Direito, Didi chegou ao cargo de Procurador da República. Mas

sua paixão era mesmo o carnaval. Em 1967 e 1968, venceu as disputas de samba no Salgueiro. Em 1971, pressionado pela família, afastou-se temporariamente do carnaval. Mas, quando em 1977 seu ex-parceiro Aurinho compôs o célebre samba “Domingo”, Didi decidiu que era hora de voltar. Isso lhe causou um forte atrito com a mãe, e eles acabaram se afastando. HOJE EU VOU TOMAR UM PORRE Reintegrado à ala de compositores da União da Ilha, Didi compôs o samba “O Amanhã” (“A cigana leu o meu destino...”). Mas, como pelas regras da ala só poderia concorrer um ano após a reintegração, a composição que entraria para a história acabou assinada apenas por seu parceiro João Sérgio. Seu último samba a desfilar na avenida foi o do Salgueiro, em 1987. Didi morreu em abril daquele ano, vítima de um derrame e de complicações causadas pela cirrose. Em 1990, seria homenageado pela União da Ilha, com o famoso samba que começava com o verso “Hoje eu vou tomar um porre...”


Rio de Janeiro, 24 a 27 de setembro de 2015

Guerrilheiras: peça retrata história de luta no Araguaia

Cultura | 11 Fotos Elisa Mendes

Elenco viajou até a região entre os estados do Pará e do Tocantins

Espetáculo fica em cartaz no Sesc Copacabana até o dia 27 de setembro Fania Rodrigues do Rio de Janeiro (RJ) 12 guerrilheiras, suas convicções e histórias de luta, amor e amizade, retratadas em uma obra de teatro. A peça “Guerrilheiras ou para a terra não há desaparecidos” retrata as histórias de militantes de esquerda, mortas e desaparecidas, durante a ditadura militar brasileira. Essa verdadeira obra de arte é o resultado de uma detalhada pesquisa feita pela idealizadora do projeto, a atriz Gabriela Carneiro da Cunha. Durante o processo de preparação, ela e o elenco viajaram até a região onde as guerrilheiras lutaram, entre os estados do Pará e do Tocantins, em plena floresta amazônica. Participaram da Guerrilha do Araguaia cerca de 70 pessoas – sendo 17 mulheres. O objetivo era derrubar a dita-

Guerrilheiras que combateram a ditadura permanecem na memória dos camponeses

dura militar e tomar o poder cercando a cidade desde o campo. O movimento guerrilheiro atuou entre abril de 1972 e janeiro de 1975, até ser massacrado pelo exército. “A guerrilha não perdeu. Durante a pesquisa percebemos que houve muitas vitórias e a principal delas foi o legado histórico para a região. Os guerrilheiros mudaram

Debate com exguerrilheira No sábado, às 16h, haverá uma sessão extra da peça “Guerrilheiras ou para a terra não há desaparecidos” e depois do espetáculo está programado um debate com a ex-guerrilheira Criméia Almeida, uma das poucas sobreviventes. Entre as 17 guerrilheiras da época, 12 foram mortas

pelo exército, mas apenas uma delas teve o corpo encontrado. 11 continuam desaparecidas até hoje. A peça estreou no dia 3 e terá sua última apresentação no dia 27 de setembro (domingo). Em outubro, será apresentada na Mostra Rumos, no Itaú Cultural, em São Paulo. (FR)

a forma de organização dos camponeses. É isso que a gente tenta mostrar na peça”, destaca a realizadora do projeto, Gabriela Carneiro da Cunha. AULAS DE POLÍTICA Gabriela conta ainda que os guerrilheiros instalaram as primeiras escolas da região. Também davam aulas de política e organização para a

Onde ver? Peça: Guerrilheiras ou para a terra não há desaparecidos Onde: SESC Copacabana - Rua Domingos Ferreira, 160 Dia e hora: Quinta a sábado às 20h30; e domingo, às 19h Sessão extra: Sábado, às 16h Valor: R$ 5 (associados Sesc), R$ 10 (meia-entrada) e R$ 20 (inteira)

população e fizeram até partos. “Escutamos dos camponeses, que ainda vivem ali, que a guerrilha não acabou. Agora ela está camuflada, está na herança histórica, na resistência contra os grupos de extermínio dessa região”, conta a produtora cultural. Para entender esse importante episódio da história do país ainda tão nebuloso e

transformá-lo em arte, a produção da peça fez uma viagem de 36 horas, em ônibus, saindo do Rio de Janeiro até às margens do Rio Araguaia. “A ideia era fazer o percurso que as guerrilheiras fizeram. Ver esses diferentes Brasis que elas viram e como ele vai mudando ao longo do caminho. Sentir o que elas sentiram”, explica Gabriela Carneiro.


Rio de Janeiro, 24 a 27 de setembro de 2015

Frederico Santana Rick

Tirar lições da crise e construir o novo (2)*

A FIM DE PAPO | Mc Leonardo

Pânico na zona sul? EBC Memória

12 | Opinião

Dilma fica, não cai, mas governa com a agenda da direita. Muitos indícios, do comportamento da base aliada no Congresso Nacional ao novo alinhamento da mídia empresarial, demonstram que já houve o pacto. O governo está refém. Teremos nós coragem de aceitar e tirar as devidas consequências nesse momento de reorganização da esquerda? Convivência é pacífica diante da desigualdade da cidade

Quantos jornais diários possuímos, quantas TVs, editoras, produtoras de cinema, quantas transmissoras de rádio? O momento é da maior gravidade. As condições de vida do povo pioram visivelmente. As medidas aumentam a recessão. As chances de a crise social desaguar em novo levante de massas, como assistimos em junho de 2013, são reais. A direita não perde tempo e busca a todo momento dialogar com essas massas. Possuem melhores e mais poderosos instrumentos para fazer essa comunicação. E nós, o que construímos ao longo dos últimos 30 anos? Quantos jornais diários possuímos, quantas TVs, editoras, produtoras de cinema, quantas transmissoras de rádio? Enfrentamos uma grande ofensiva imperialista que ameaça especialmente os governos progressistas da América Latina. Buscam restau-

rar a agenda neoliberal financiando a oposição e fazendo o uso dos meios de comunicação, como vemos no Brasil, no Equador e na Venezuela, neste momento. No Brasil, o interesse pela Petrobras e o pré-sal são dos mais vorazes. Em resposta, o governo anuncia um plano de desinvestimento (privatização). Ameaçam assim nossa possibilidade de desenvolvimento soberano. As recentes manifestações unitárias que fomos capazes de construir foram de grande envergadura, e demonstraram capacidade de luta. Mas é

preciso reconhecer que ainda mobilizamos a nós mesmos. Nascidas no início do último período de ascenso das lutas sociais, nossas organizações encontram grande dificuldade de dialogar e mobilizar suas bases. O povão segue apenas assistindo atônito a uma crise que não sabe de onde veio. Frederico Santana Rick é militante das pastorais sociais e da Consulta Popular *Segunda parte. Íntegra:.brasildefato. com.br/node/32931

Por ser cria da Favela da Rocinha, a praia que eu frequentava na infância era somente a de São Conrado. Por ter grandes hotéis perto dela, sempre que a praia lotava se via um gringo gritando que foi roubado. Praia lotada sempre foi e sempre será uma área em condições favoráveis a pequenos roubos e furtos. Aliás, não só praia. Qualquer lugar com grande concentração de gente em grande parte do mundo será um lugar vulnerável a ter algum tipo de crime. Micaretas, partidas de futebol, grandes blocos carnavalescos, enfim, mega shows em geral, todos irão trazer transtorno para alguns que irão a esses eventos. Se a situação das praias do Rio fosse realmente o que a mídia mostra, não teríamos mais banhistas indo à praia. A quantidade de gente que vai à praia, se comparada com a quantidade de gente que é assaltada, não me faz acreditar em uma situação caótica.

Acho até que a convivência está muito pacífica perante a desigualdade que temos em nossa cidade. Hoje, vejo o Estado estudando uma forma de dificultar ainda mais a chegada de gente que mora longe da praia à zona sul.

Qualquer lugar com grande concentração de gente será um lugar vulnerável a ter algum tipo de crime Vejo gente nas redes sociais dizendo que tem que impedir, através de cadastro, quem pode curtir um dia de sol nas praias. A essas pessoas deixo o seguinte recado: O cara que inventou a guilhotina morreu decapitado em uma delas. E você que acha que a zona sul está em pânico por causa da violência, que tal dar uma ida à Baixada Fluminense?


Rio de Janeiro, 24 a 27 de setembro de 2015

Variedades | 13

BOA E BARATA

Torta salgada de liquidificador

Divulgação

Mande sua receita r e d ac ! aor j@ b rasild

e fato.c

Massa: • 3 ovos • 13 colheres de farinha de trigo • 1 e 1/2 xícara de leite • 3 colheres de queijo (opcional) • 1 colher de fermento • um pouco menos que 1/2 xícara de óleo • sal a gosto

Recheio: • Você poderá utilizar como recheio carne moída, sardinha, frango desfiado, presunto e mussarela ou outro que preferir • 1 cebola • alho e sal a gosto • 1 pimentão • 2 tomates sem pele • orégano • 1 pimenta de cheiro • cheiro verde • óleo para refogar

Tempo de preparo 50 minutos

om .br

AMIGA DA SAÚDE Bom dia! Minha esposa está com uma queda de cabelos muito forte. O que pode ser a causa? Jorge Brito, 48, mecânico. sol em excesso, cigarro e alguns tratamentos capilares, como alisamentos e tinturas, são agressivos e podem provocar danos e queda dos cabelos.

Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para redacaorj@brasildefato.com.br

Divulgação

Bom dia, Jorge! Uma queda de cerca de 100 fios ao dia é normal, faz parte do processo de renovação e não provoca redução de volume do cabelo. Caso seja uma situação mais grave, com redução de volume ou áreas despeladas, é necessário consultar um médico para investigar a causa. A queda pode estar relacionada com algumas doenças como anemia, alterações hormonais, alguns distúrbios nutricionais ou infecções do couro cabeludo. Além disso,

Modo de preparo

Ingredientes

Bata todos os ingredientes da massa no liquidificador, por último misture o fermento. Em seguida, unte uma forma retangular com margarina e farinha de trigo. Despeje a massa e espalhe cuidadosamente o recheio. Se desejar, salpique queijo por cima. Leve ao forno preaquecido a 180ºC e asse por aproximadamente 40 minutos. Para o recheio, coloque a cebola e o alho para dourar em uma panela com óleo. Acrescente o recheio escolhido e refogue. Coloque os demais ingredientes e deixe cozinhar um pouco.

Rendimento 8 porções


14 | Variedades

Rio de Janeiro, 24 a 27 de setembro de 2015

FASES DA LUA Cheia Até 3/10

Minguante 4/10

Nova 12/10

Crescente 20/10

LUA DA SEMANA CHEIA

Após tentativas que não deram os resultados esperados, novas e boas oportunidades estão para chegar. Poderá obter sucessos nos campos afetivo e profissional e superará os obstáculos. Vai enfrentar situações em que terá de fazer opções, e será necessário agir rapidamente. Terá conhecimento de algumas novidades que podem vir a alterar os seus projetos. Possivelmente terá conflitos difíceis que não se podem evitar e que o vão desestabilizar. Terá crescimento e todos os recursos estarão disponíveis para organizar a sua vida. Muita descontração e uma alegria permanente e constante. Está a entrar numa fase criativa.

Estará um pouco cansado das rotinas, mas deve aguardar mudanças sem ansiedade nem pressa. Poderá passar por situações em que suas qualidades serão reconhecidas e poderá ter muito sucesso. Terá de resolver alguns problemas que inicialmente vão parecer complicados. Deve estar preparado. Terá alguns problemas e equívocos que, por vezes, ultrapassarão os limites da sua paciência. Terá oportunidade de iniciar coisas novas na vida, com possibilidades de progredir em várias áreas.


Rio de Janeiro, 24 a 27 de setembro de 2015

Federer deve priorizar Rio 2016 Phillip Hall / US Open

Roger Federer conquistou a medalha de ouro nos Jogos de Pequim em 2008

Gênio do tênis deve abandonar a disputa da Davis, pensando nos Jogos O tenista suíço multicampeão Roger Federer deve deixar a equipe de seu país na Copa Davis no ano que vem, visando a preparação para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. O anúncio foi feito por Federer após a Suíça se garantir na fase mundial da competição para o próximo ano.

Federer afirmou, em entrevista coletiva após vencer o holandês Thiemo de Bakker por 3 sets a 0 (6/3, 6/2 e 6/4) e fechar o confronto em 4 a 1, que vai priorizar sua saúde, deixando claro que não será possível disputar várias competições no ano que vem. “O próximo ano é olímpico. O verão será muito longo e repleto de grandes torneios. É tudo uma questão de prioridades”, declarou o atual número 2 do mundo, que disputou todas as Copas Davis de 1999 até este ano, vencendo-a uma vez. (BP)

BINÓCULO

Prazo descumprido O Centro de Tênis Olímpico, que tinha prazo de conclusão de suas obras para o final deste mês, teve a data de entrega revista para dezembro, às vésperas do evento-teste da arena, marcado para o último mês do ano. A obra, que já passou por dois aditivos que ampliaram o custo em R$ 26 milhões (acima da inflação no período), teve seu prazo reajustado pela Empresa Olímpica Municipal (EOM), responsável pela obra, sem aviso prévio. Admitiu-se também que, durante o evento-teste, as obras não estejam 100% concluídas. Ricardo Cassiano / Prefeitura do Rio

Competição no Rio terá entradas gratuitas e aulas abertas O Aberto do Brasil de golfe, que começa nesta quintafeira (24) e vai até domingo (27), no Itanhangá Golf Clube, promoverá duas ações que visam contribuir para

a popularização do esporte no país. Além de ingressos gratuitos para o evento, haverá aulas abertas para aqueles que querem iniciar o aprendizado do esporte, que retorna ao programa olímpico após 112 anos de ausência. As aulas serão nos dias 26 e 27, das 12h às 15h, re-

Toques curtos | Bruno Porpetta

Libera a cerveja!

Marcos Santos / USP Imagens

Uma cervejinha gelada durante o jogo não pode te prejudicar

Não são raras as faixas nas arquibancadas pedindo a liberação da cerveja nos estádios brasileiros. Ao mesmo tempo, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro também discute a revisão da lei que proíbe o consumo da dita cuja nas praças esportivas do estado.

Achar que o conflito entre torcidas organizadas deriva do consumo excessivo de cerveja é de uma inocência pueril

Aberto do Brasil de golfe busca popularidade comendando-se roupas leves e protetor solar. A competição faz parte do circuito do PGA Tour Latinoamérica, contando pontos para o ranking mundial e olímpico. Os ingressos estão disponíveis para retirada no hotel Mercure da Barra da Tijuca, na Avenida do Pepê, 56. (BP)

Esportes | 15

Ou seja, o assunto está em voga e cabe a discussão. Qual a relação entre o consumo de cerveja nos estádios e a violência? A realidade se impõe sobre as cabeças iluminadas de onde brotam as mais estapafúrdias ideias sobre a violência nos estádios. A cerveja pode sim provocar brigas, mas aquela no varejo. O tipo de briga causado pela cerveja é geralmente aquela em que há um ou dois bêbados exaltados, naquela troca infame de

insultos e sopapos que dão vergonha aos próprios filhos e provocam tumulto bastante limitado. Achar que o conflito entre torcidas organizadas, que envolve parte delas, diga-se de passagem, deriva do consumo excessivo de cerveja é de uma inocência pueril. Primeiro, porque as brigas já não acontecem sequer no entorno do estádio, com raras exceções. Acontecem longe dali, em locais previamente combinados, entre pessoas que usam o futebol para despejar a frustração de não passarem de idiotas. Segundo, porque as torcidas organizadas são associações de torcedores porosas a qualquer tipo de gente. Desde o torcedor de verdade, que quer participar mais efetivamente da festa nas arquibancadas, tão rara hoje em dia, até o mal intencionado, que se dilui entre a torcida para praticar crimes. Punir toda a torcida pelo comportamento inadequado de uma minoria é trazer a estupidez dos brigões para dentro do núcleo decisório. A pergunta que fica é: alguém quer mesmo resolver o problema?


16 | Esportes

Flu e Grêmio não saem do zero O Fluminense recebeu o Grêmio no Maracanã, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil e, em um jogo muito fraco, não saiu do 0 a 0 com o time gaúcho. O centroavante Fred esteve em campo durante todo o jogo, enquanto Ronaldinho entrou apenas nos últimos 20 minutos. No primeiro tempo, o Flu buscou mais o gol, enquanto na etapa final coube ao Grêmio tomar a iniciativa na partida. Diante de um pequeno público de apenas oito mil torcedores, que se dividiu entre aplausos e vaias no fim do jogo, o Flu buscou pelo menos não perder de um adversário que vive um bom momento no Brasileirão. A decisão fica para a semana que vem, em Porto Alegre. (BP).

Volta da cerveja nas mãos de Pezão A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) votou nesta quarta-feira (23) a liberação do consumo de cerveja nos estádios fluminenses. As restrições continuam para bebidas destiladas ou acima de 14% de teor alcoólico. O projeto de lei aprovado pelos deputados estaduais será encaminhado para sanção do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e representa uma reivindicação antiga de torcedores, entendendo que a violência nos estádios não tem relação direta com o consumo de cerveja. (BP)

Rio de Janeiro, 24 a 27 de setembro de 2015

São Paulo derruba boa sequência do Vasco

X FLU

Sab. 26/9 18h30

GRE

Sab. 26/9 21h

SAN

Dom. 27/9 11h

CAP

Dom. 27/9 11h

GOI

X AVA

X

Bruno Porpetta do Rio de Janeiro (RJ)

INT

X PON

X

SAO

Dom. 27/9 16h

PAL

X

FLA

Dom. 27/9 16h

FIG

Dom. 27/9 16h

JEC

Dom. 27/9 16h

CRU

Dom. 27/9 18h30

SPO

Dom. 27/9 18h30

VAS

X

Vasco, com força máxima, não foi páreo para o São Paulo no Morumbi

claras de gol. Em uma delas, Luis Fabiano perdeu gol certo. Mas o Vasco também chutou bem mais a gol, dando mais trabalho para Rogério Ceni. Juan Carlos Osorio tirou o lateral Bruno e colocou o volante Wesley, que não entrou bem e deu muito espaço para o Vasco. O time cruzmaltino não aproveitou as oportunidades que teve, além de seus ata-

cantes tentarem várias vezes cavar pênaltis. O São Paulo, por sua vez, foi mais eficiente. Em boa jogada pela direita, Wilder cruzou na área para Luis Fabiano definir de peixinho e dar números finais à partida. Ele ainda deixou o time paulista com 10, devido a uma lesão na costela que o tirou da partida depois que o tricolor já havia feito as três alterações.

Dunga rebate acusações de Romário O treinador da seleção brasileira, Dunga, rebateu as acusações feitas pelo senador Romário (PSB -RJ), que declarou ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport que havia “interesses por trás” das convocações da equipe.

28a RODADA

Paulo Fernandes / Vasco

Tricolor paulista faz 3 a 0 no Morumbi e traz grande vantagem para o Rio

O Vasco foi ao Morumbi enfrentar o São Paulo. Começou a disputa das quartas de final da Copa do Brasil com força máxima e um esquema com três volantes, para tentar arrancar pelo menos um empate e decidir em São Januário. A estratégia de Jorginho era perigosa e deu certo apenas por 25 minutos, quando Alexandre Pato acertou uma bomba de fora da área e marcou um golaço, sem chance para Martin Silva. O Gol fez o Vasco se abrir e, nesse espaço, Ganso achou um belo passe para Michel Bastos, que dividiu com Martin Silva e a bola sobrou para Pato, quase sem ângulo, empurrar para a rede. Para o segundo tempo, Jorginho abriu mais o time e, ao mesmo tempo, expôs a defesa ao ataque são-paulino. Em cinco minutos, o São Paulo já havia criado duas chances

Brasileirão 2015

Dunga emitiu um comunicado no qual afirmou que Romário, “como qualquer brasileiro, tem o direito de criticar as convocações para a Seleção Brasileira”. No entanto, ele ressalta que o senador “não tem o direito de pôr em dúvida a honestidade

e a credibilidade dos critérios que norteiam a escolha dos jogadores”. No comunicado, Dunga ainda desafia Romário a apresentar fatos e afirma que seus advogados estudam medidas judiciais cabíveis no caso. (BP)

COR

X

CAM

X

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Classificação Série A 1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o 8o 9o 10o 11o 12 o 13o 14 o 15o 16o 17o 18o 19o 20o

Corinthians Atlético-MG Grêmio Palmeiras São Paulo Flamengo Internacional Santos Atlético-PR Ponte Preta Sport Fluminense Cruzeiro Coritiba Avaí Goiás Chapecoense Figueirense Vasco Joinville

P 57 52 48 44 42 41 41 40 38 37 37 34 33 33 32 31 31 28 23 23

J 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27

V 17 16 14 13 12 13 11 11 11 9 8 10 9 8 9 8 8 7 6 5

SG 24 18 14 18 5 -1 -1 10 -1 0 7 -8 -1 -4 -14 2 -9 -15 -30 -14

Zona de classificação para Libertadores Zona de rebaixamento para Série B


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