Brasil de Fato SP - Edição 031

uma visão popular do brasil e do mundo

foto: Rafael Stedile

São Paulo, de 11 a 17 de abril de 2014 | ano 1 n• 31

Artistas fora da lei distribuição gratuita | brasildefato.com.br | facebook.com/brasildefatosp

cultura Até publicação de novo decreto, apresentações de rua estão proibidas pela prefeitura

Isadora Faro, artista circense há 7 anos, se apresenta nas ruas da zona oeste

entrevista: luiz ruffato »8: “Literatura brasileira não trata dos trabalhadores”

Santos FC

energia »6: Com reajuste, preço da conta de luz aumenta em 16% em São Paulo

sem teto » 3

Rafael Stedile

Nova Palestina quer conciliar direito a moradia e preservação do ambiente

paulistão » 10

Ituano fortalece defesa para segurar Santos e ser campeão

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EDITORIAL

São Paulo

Violência não se combate com violência

N

os últimos meses, o tema da violência ganhou um novo componente: o fortalecimento da ideia de se fazer justiça pelas próprias mãos. Assim, meninos e meninas, que supostamente cometeram assaltos ou roubos, são presos e surrados. Infelizmente, essas ações são incentivadas por redes de rádio e televisão.

A violência é um problema grave, que acomete intensamente as grandes cidades e, cada vez mais, médias e pequenas também. Programas de rádio e televisão alimentam o medo e a reação da população, com essas cenas repetidas, acompanhadas de incentivo à repressão.

As velhas propostas para acabar

com a violência são maiores penas, próprio papel das redes de televisão, maior rigor da Justiça, processos mais que denunciam a violência, mas alirápidos e prisões nos moldes dos cam- mentam o desejo de consumo e tem pos de concentração nazista. Qual- uma programação de filmes, séries quer pessoa e novelas com que assistir esconO “olho por olho, dente excessivo ses programas teúdo violento. por dente” gerará com frequênAté desenhos cia pode ser animados violentragédias sociais e o convencida. tos! Esses fatos aprofundamento do O que esses justificam a vioquadro de violência programas eslência? Não, mas condem é que fazem parte do a violência não é um problema sepa- cenário. rado das outras contradições sociais e Incentivar o povo a fazer justiça com formas de violências, seja no trabalho, as próprias mãos para enfrentar a vioem casa ou na rua: por exemplo, o ma- lência, além do recrudescimento da lechismo, racismo, intolerância religiosa gislação, levará ao agravamento desse quadro. O “olho por olho, dente por e perseguição aos homossexuais.

Há uma enorme contradição no dente” gerará tragédias sociais e

o aprofundamento dessa situação preocupante.

O mais grave é que isso não acontece só no Brasil. Um jovem de 18 anos foi morto no meio da rua na cidade argentina de Rosário, por ter, supostamente, tentado roubar uma pessoa que caminhava. Foi morto a chutes e pontapés.

Esses acontecimentos demonstram que o discurso da “justiça pelas próprias mãos” é o caminho para o aumento da violência e das injustiças. A morte desse jovem se justifica? Não. É um crime muito mais grave do que o que ele havia cometido. Quem faz justiça com as próprias mãos alimenta a violência e comete crimes tão graves ou piores do que os que geraram a reação.

Brasil

A

eleição para a Presidência da República aos poucos vai ganhando contornos de uma disputa acirrada.

As forças neoliberais jogam as suas fichas na derrota da presidenta Dilma. Por isso, fazem uma forte ofensiva com a CPI da Petrobras.

A vida do povo melhorou nos últimos anos, mas o governo Lula/Dilma evitou ao máximo o conflito de classes, tendo um caráter ideologicamente conservador. Os governos não politizaram a sociedade nem inseriram as conquistas sociais e econômicas em torno de um projeto político, ligado à organização de uma base social de massas.

Nesse processo, setores da burguesia e o PMDB exerceram hegemonia,

As opções de Dilma através de um sistema político velho, seguirem abrir um canal de diálogo avesso às reformas estruturais. Por com essas forças, as candidaturas isso, candidaturas oposicionistas dis- oposicionistas poderão canalizar putam agora com relativa facilidade eleitoralmente, mesmo que na base parte do eleitorado beneficiado com da retórica, o desejo de mudanças as políticas do governo. latente na sociedade.

Novos personaA tragédia gens apareceram disso tudo é As eleições serão mais na cena política pobreza de politizadas e polarizadas, aideias brasileira, com a nesrecomposição da com fatos novos e desejo se momento classe trabalhaque precede de mudanças sociais dora e de uma as eleições nova geração de jovens que emer- presidenciais. O pré-candidato do giu nos últimos anos. Dilma deve PSDB Aécio Neves, e seu cabo eleitoresponder às demandas dessas for- ral (ex-presidente Fernando Henrique ças sociais, que colocam demandas Cardoso) propõem uma agenda neohistóricas da classe trabalhadora. liberal, com independência do Banco Não existe vácuo na política. Se a Central e privatizações. Eduardo Camcandidatura da presidenta Dilma e pos (PSB) e Marina Silva (REDE) até o seu programa de governo não con- momento estão presos na retórica de

que é preciso pensar o Brasil, debater programa, mas de concreto não apresentaram nada.

Dilma encontra-se num dilema.

O aprofundamento das mudanças requer medidas estruturais, que entram em rota de colisão com interesses conservadores que giram em torno do PMDB. A tendência é que as eleições sejam mais politizadas e polarizadas. Não por causa dos candidatos, mas pela convergência de dois elementos: os novos fatos ocorrerão até outubro e o desejo de mudanças latente.

Assim, recompor a força da esquerda e canalizar o potencial organizativo da jovem classe trabalhadora e da geração que saiu às ruas em junho são tarefas prioritárias para o próximo período.

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país com uma edição nacional e em edições regionais, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e em São Paulo.

Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país.

Contato: redacaosp@brasildefato.com.br | (11) 2131-0800 Publicidade:valdinei@brasildefato.com.br

Conselho Editorial: Aton Fon Filho, Gabriel Sollero, Igor Felippe, Igor Fuser, João Paulo Rodrigues, Neuri Rossetto, Ricardo Gebrim, Ronaldo Pagotto e Vítor Polacchini • Diretores executivos: Igor Felippe e Ronaldo Pagotto • Editora: Vivian Fernandes • Repórteres: Luiz Felipe Albuquerque, Mariana Desidério e Rafael Tatemoto • Estagiário: Guilherme Almeida • Revisão: Thiago Moyano • Diagramação: Alvise Lucchese • Fotógrafo: Rafael Stedile • Jornalista responsável: Vivian Fernandes – Mtb 14.245/MG • Coordenação da distribuição: Larissa Sampaio • Administração: Ana Karla Monteiro • Endereço: Al. Eduardo Prado, 676 – Campos Elíseos – CEP 01218-010 – Tel. (11) 2131-0800 / Fax: (11) 3666-0753 – São Paulo-SP

SÃO PAULO

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Terreno ocupado tem 1 milhão de m2

Nova Palestina luta para garantir moradia periferia Parlamentares acreditam ser possível conciliar moradia e preservação ambiental na área A relação entre o direito à moradia e a preservação ambiental marcaram a visita de vereadores à ocupação Nova Palestina, onde vivem 8.000 famílias. A área fica próxima à estrada M’Boi Mirim, na zona sul de São Paulo. A comitiva de vereadores se reuniu com os moradores e lideranças do movimento de moradia, na última sexta-feira (4).

O debate é decorrente ao anúncio do prefeito Fernando Haddad (PT), feito em março, no qual afirma que está disposto a revogar o decreto que destina todo o terreno para um parque. Assim, a ideia da prefeitura é destinar 30% da área para moradia, proposta que atende às expectativas do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), que organiza a ocupação.

Para o vereador Toninho Véspoli (PSOL), que liderou a comitiva da Câmara na Nova Palestina, é possível conciliar habitação e preservação ambiental. “Todos queremos que haja um acordo entre os que reivindicam seus direitos sociais no presente e os que querem garantir às gerações futuras pleno acesso aos recursos

naturais”, afirmou.

De acordo com Guilherme Boulos, uma das lideranças do MTST, meio ambiente e habitação não são contrários. “A grande vilã é a especulação imobiliária, que não só impede os mais pobres de ter acesso à moradia, como destrói o meio ambiente”, disse.

INTERESSE SOCIAL Para que parte do terreno seja destinada à moradia, o prefeito Haddad apresentou uma condição: a aprovação das Zeis 4 (Zonas Especiais de Interesse Social), onde é possível construir unidades habitacionais. Esta proposta está prevista no novo Plano Diretor, que deve ser votado na Câmara Municipal até maio.

Segundo Mário Covas Neto (PSDB), que também visitou a ocupação, há certo consenso na Câmara para que o plano de transformar a área em Zeis seja concretizado. “O movimento aqui é muito organizado, e isso contribui nesse sentido”, disse.

Também participaram do encontro da Frente Parlamentar pela Sustentabilidade, o vereador Ri-

cardo Young (PPS), além de assessores de Nabil Bonduki (PT) e José Police Neto (PSD).

O terreno particular com cerca de um milhão de metros quadra-

dos onde foi criada a ocupação é classificado como uma Zona de Proteção e Desenvolvimento Sustentável. Ele foi ocupado em novembro de 2013. (Da Redação)

Câmara aprova bolsas complementares a profissionais do Mais Médicos A Câmara aprovou nesta terça-feira (8), em primeira votação, o projeto de lei que autoriza concessão de bolsa complementar aos médicos integrantes do programa federal Mais Médicos que trabalham na cidade. O valor do benefício será de R$ 3.230. O Projeto de Lei 64/2014, do Executivo, foi aprovado na forma de substitutivo, com 37 votos favoráveis.

A nova proposta estende a bolsa aos médicos que trabalham ao lado dos integrantes do Mais Médicos em unidades de saúde da periferia e sob as mesmas condições adversas. Para virar lei, o projeto ainda precisa passar por

uma segunda votação em plenário antes de seguir para a sanção do prefeito Fernando Haddad.

Criado no final do ano passado pelo governo federal, o programa federal oferece uma bolsa de R$ 10 mil mensais para médicos que aceitem trabalhar em locais com carência de profissionais. Em contrapartida, os municípios são responsáveis por custear habitação, transporte e alimentação dos inscritos - o que pode ser feito em espécie.

Assim, o projeto substitutivo também exige “a comprovação mínima da utilização dos recursos com moradia e alimentação”. (Da Redação)

Rafael Stedile

04 são pauLo

Em SP é crime tocar violão na saída do metrô Cultura Decreto que proíbe arte de rua será revisado com participação dos artistas por Guilherme Almeida

Os artistas de rua estão com dificuldade para trabalhar em São Paulo. Um decreto em vigor desde o dia 20 de março proíbe sua atuação em praticamente toda a cidade. Pela nova regra, as manifestações artísticas estão vetadas perto de pontos de ônibus, saídas de metrô, orelhões, locais tombados e guias rebaixadas.

Artista circense há sete anos, Isadora Faro conta que está difícil achar lugar para trabalhar. Ela costumava fazer suas apresentações perto de bares ou em esquinas de avenidas movimentadas. “O decreto muda tudo pra mim. Colocaram limites de elementos da cidade que estão em todos os lugares, como pontos de ônibus e guias rebaixadas. Não tem como trabalhar assim”, afirma.

Segundo Celso Reeks, responsável pelo site artistasnarua.com.br e integrante da Cooperativa Paulista de Teatro, a regulamentação da atividade desses artistas já estava sendo discutida com a prefeitura e o decreto passou por cima desse debate.

Para Reeks, as novas regras estão relacionadas à aproximação da Copa do Mundo. “Não é coincidência que a mesma gestão que se mostrou amigável a nós tenha baixado um

decreto cerceador de liberdades agora que estamos perto da Copa.

Eles querem as ruas vazias”, afirma.

Além das apresentações artísticas, as novas regras limitam também o trabalho de artesãos nas ruas. Está proibida a venda de produtos perto das feiras de arte, artesanato e antiguidades oficializadas pelo poder público.

Assim, a restrição também tem atrapalhado o trabalho de Antônio José da Silva, mais conhecido como Piauí. Ele vende seu artesanato há mais de vinte anos na avenida Paulista e está ameaçado a ter de trocar de ponto. “O decreto me impede de vender produtos que eu fiz com minhas próprias mãos perto de feiras

que são supostamente de artesanato. Mas, nessas feiras, mais da metade dos produtos são comprados já prontos”, critica.

REVISÃO Os artistas e artesãos estão atuando para reverter este quadro. Na semana seguinte à publicação do decreto, cerca de 50 artistas fizeram um protesto em frente à prefeitura, no centro de São Paulo. A mobilização já deu alguns resultados, afirma Reeks. “Devido à pressão que fizemos, conseguimos uma reunião com o prefeito Fernando Haddad, na qual criamos uma comissão para apresentar uma nova proposta de decreto”, diz.

O texto que está em discussão serve

para regulamentar a lei municipal 15.776, que trata da atuação dos artistas de rua.

De modo geral, a lei é vista como positiva pelos artistas, segundo Luiz Guilherme Ferreira, dos Advogados Ativistas, organização que presta assessoria jurídica a movimentos sociais.

Na quarta-feira (9), o grupo Artistas na Rua apresentou à prefeitura um novo texto para a regulamentação. A partir disso, a chefia de gabinete se comprometeu a assinar um novo decreto na próxima terça-feira (15). Alessandro Azevedo, o palhaço Charles, acredita nesse diálogo. “Existe a possibilidade do prefeito assinar o novo decreto na Casa Amarela, ocupação artística na rua da Consolação. Isso mostra que ele quer agradar”, diz.

O QUE DIZ O DECRETO

O QUE QUEREM ARTISTASdo goverNeste ano, aOS campanha

• limita o tempo de trabalho em uma hora

• organizar o revezamento do espaço por 13 anos e a meta é imunizar 80% eles mesmos

• delimita o espaçø de atuação em metros, não permitindo apresentações perto de entrada de metrôs, ponto de ônibus e etc.

• limita também estruturas como palco e plataformas para venda de artesanato, mas não especifica o que são essas estruturas

no é voltada para meninas de 11 a das jovens nessa faixa etária. Em

• garantir o trânsito sem delimitação de de 2015, serão imunizadas garotas metragem 9 a 11 anos, e a partir de 2016, me-

ninas de o9que anos.

Segundo Martins • diferenciar é objeto cenográfico Filho, o público escolhido e de proteção do sol e alvo o quefoi é estrutura porque são essas garotas as mais de palco

beneficiadas pela imunização. A intenção de vaciná-las nessa idade é garantir que a vacina seja recebida

SÃO PAULO

“Tirar a rua do artista é enfraquecer a cidade” decreto Para quem vive de arte de rua, regras prejudicam população As regras que limitam a arte de rua em São Paulo não afetam apenas os artistas – elas são prejudiciais para a população em geral, um desserviço aos cidadãos. É o que diz a artista circense Isadora Faro. “A gente tem a função de levar alguma expressão artística para o dia de quem não tem arte na vida, pelo motivo que for”, afirma. E completa: “A rua é nosso palco. Tirar isso de nós é enfraquecer a arte da cidade”.

Isadora afirma ainda que apresentar-se na rua é uma opção, e artistas que seguem esse caminho podem manter o mesmo padrão de vida de quem trabalha só em teatros ou eventos fechados. A principal diferença é que quem está na rua sofre preconceito.

“O artista de rua já está numa condição marginalizada no Brasil. A última coisa que a gente precisa é outro desgaste. Apresentar um número artístico não pode ser contra a lei em lugar nenhum”, desabafa a malabarista.

Pelo decreto, o artesão Piauí fica proibido de trabalhar na Av.Paulista, onde vende seus produtos desde 1991

O artesão Antônio José da Silva, o Piauí, aponta outra falha do decreto que regulamenta a arte na rua. Pelas regras, cada artista precisa ter a permissão da subprefeitura da sua região para atuar. Isso dificulta a vida de quem está apenas de passagem

pela cidade.

“Eu conheci todas as capitais brasileiras vendendo artesanato. Hoje eu tenho uma vida estabilizada em São Paulo, mas tenho que lutar pelo direito do meu colega viajante de fazer o trabalho dele aqui”, explica. (GA)

Coletividade e regras de convivência marcam ocupação no Centro teve em dois prédios ocupados no Centro. Localizado em frente à saída da Estação Anhangabaú do Metrô, o prédio de sete andares fica na rua Coronel Xavier de Toledo, 151.

Quem chega próximo, já nota as bandeiras vermelhas hasteadas na janela com a sigla FLM (Frente de Luta por Moradia).

Dentro do edifício, nota-se as regras de convivência que devem ser respeitadas por todos. Segundo a coordenadora da ocupação, Maria do Planalto, há 59 famílias habitanRELATO do a propriedade particular, que já Na terça-feira (8), a reportagem es- está em fase de desapropriação para

Após a série de ocupações promovida por movimentos sociais, no último final de semana, em mais de 20 terrenos e prédios, públicos e particulares, manifestações encerram Jornada de Luta em Defesa da Moradia Popular.

Na quarta-feira (9), mobilizações ocorreram em Brasília e em São Paulo.

Não há um número exato do total de pessoas que participam das ocupações, que têm mais de 20 espaços ocupados na região central e nas zonas sul, leste e norte da capital paulista.

se tornar uma área da Cohab. “Os moradores aqui vieram de áreas de risco, de desapropriações do Rodoanel e de quartos de pensão onde pagavam aluguel”, afirma.

Apesar de recente, a ocupação já está organizada, Maria do Planalto cita algumas regras estabelecidas pelo movimento. “O que é para um, é para todos”, relata. A cozinha é coletiva. Os filhos e netos dos ocupantes devem estar matriculados em escolas, além dos pais terem de procurar trabalho. “Não dá para viver só de doação”, finaliza.

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renato

rovai São Pedro é culpado As ações da Sabesp voltaram a cair na Bolsa de Valores. A empresa sofre com a histórica crise do reservatório do Sistema Cantareira. As ações da Petrobras, por outro lado, voltaram a subir.

Comparado o desempenho na Bolsa dos Valores de ambas as empresas nos últimos 12 meses, as ações da Sabesp caíram 30%, três vezes mais que a queda da Petrobras no mesmo período.

Há uma clara diferença no tratamento editorial da grande mídia em relação às duas empresas. Mesmo com o imenso risco de a população de São Paulo ficar sem água, o problema da Sabesp não é tratado como resultado de má gestão do PSDB. Mas como um problema divino. Já na Petrobras, tudo é desgoverno petista.

A estiagem pode prejudicar ainda mais o cofre da empresa caso se concretize o cenário anunciado pelo Grupo Técnico de Assessoramento do Cantareira, que antecipou de agosto para julho a possibilidade de esgotamento do volume útil do reservatório.

A partir de então, seria necessário o aproveitamento do chamado “volume morto”, que fica abaixo do nível de captação e exigiria investimentos de R$ 80 milhões em equipamento de bombeamento.

Além da queda do valor das ações da Sabesp, outro enfoque descartado pela narrativa midiática é que, embora o início de ano pouco chuvoso tenha surpreendido os responsáveis pelo sistema, o alerta já constava na portaria de 2004 que concedeu outorga para exploração do sistema por 10 anos.

O plano entregue em 2006 foi considerado insuficiente pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo). A partir de 2008, começou a ser elaborado um Plano Diretor de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista.

Entregue no ano passado, o documentou voltou a alertar para a possibilidade de falta d’água e recomendou a construção de novas barragens.

A eficiência gerencial tucana desprezou todos os alertas. E agora passa a conta para o divino. São Pedro, em breve, estará sendo convocado para uma CPI. Ele que se cuide.

Jornalista, é editor de blog no portal www.revistaforum.com.br

brasil Paulo 06 São

Tarifas de energia elétrica são reajustadas pela Aneel

Venda Casada O Ministério da Justiça abriu processos contra redes acusadas de venda casada de produtos e seguros, disfarçados de garantia estendida. Também foram comercializados seguros de vida e odontológicos sem solicitação dos clientes. Foram instaurados procedimentos contra Magazine Luiza, Ricardo Eletro, Casas Bahia e Ponto Frio.

A rede Insinuante foi notificada para prestar esclarecimentos.

aumento Valor das contas subirá no interior de São Paulo e em Minas Gerais por Rafael Tatemoto

Indústria cresce Pesquisa IBGE revelou que a produção industrial brasileira registrou expansão acumulada de 1,3% nos dois primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2013.

São Paulo e Minas Gerais registram aumento na conta de luz, Na avaliação, há “evidentes sinais” de enquanto no Rio de Janeiro o valor diminui aumento no ritmo da indústria brasileira na comparação com o último trimestre de 2013. Comparando fevereiro de 2014 CRÍTICA DIMINUIÇÃO com o mesmo mês do ano passado, o Para Gilberto Cervinski, coordenador crescimento chega a 5%.

No Rio de Janeiro, ao contrário dos outros estados, o reajuste baixou a do MAB (Movimento dos Atingidos tarifa. Nas residências atendidas pela por Barragens), os aumentos na tarifa Ampla, a conta de luz ficou 0,74% são um “golpe”. Ele diz que a decisão mais barata. A distribuidora atende da Aneel “favorece empresas que esmais de 2,5 milhões de consumidores tão surfando em altos lucros e ainda A presidenta Dilma Rousseff sanem 66 municípios fluminenses. Para exigem mais aumentos”. Ele cita o cionou a lei que prevê o pagamento a indústria, a conta aumentou 8,11%. caso mineiro: “Enquanto várias hidre- de multa de um salário mínimo caso o No caso da Ampla, a decisão da létricas da Eletrobrás estão venden- empregador não assine a Carteira de Aneel tem efeito retroativo, sendo do a energia por R$ 33/1.000 kWh, as Trabalho do empregado doméstico. O aplicadas as novas tarifas ao consu- usinas da Cemig cobram um valor 25 pagamento de multa em caso de inframo ocorrido a partir de 15 de março. vezes maior, cerca de R$ 822,83/MW”. ção passa a valer em agosto.

Imagens USP

Domésticas

Revisão da Lei de Anistia avança

Fernando Frazão/ABr

UPP

Forças federais ocuparam o conjunto de favelas da Maré, no Rio de Janeiro, nesta semana. A operação tem 2.700 homens, sendo 2.050 da Brigada Paraquedista do Exército, 450 da Marinha e 200 da Polícia Militar.

O processo de revisão da Lei da Anistia deu um passo adiante na quarta-feira (9), com a aprovação do Projeto de Lei 237/2013 na Comissão de Direitos Humanos do Senado. O texto, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), permite que militares e civis responsáveis por graves violações de direitos humanos sejam punidos pelos crimes que cometeram.

A inclusão da proposta na pauta da Comissão de Direitos Humanos foi um pedido dos integrantes da Subcomissão da Memória, Verdade e Justiça, que apoiam campanha da Anistia Internacional pela punição dos crimes da ditadura militar (1964-1985).

O caminho da proposta no Congresso ainda é longo. Antes de ir à Câmara dos Deputados, ela tem de ser examinada pelas comissões de Relações Exteriores e de Constituição e Justiça e pelo plenário do Senado.

Moreira Mariz/Ag. Senado

A Aneel (Agência Nacional de Energia) aprovou um aumento de 16,46% nas contas de luz dos usuários atendidos pela CPFL Paulista, na última segunda-feira (7). O reajuste tarifário ocorre anualmente.

Em tese, devem-se levar em conta os custos de produção e os ganhos na produtividade das usinas que ocorreram ao longo do ano. O novo valor passou a ser aplicado ao consumo na quarta-feira (8).

A CPFL atende 3,8 milhões de consumidores no estado paulista, em 234 municípios interioranos, entre eles Campinas, Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto. Na indústria, o reajuste é de 16,10%. No geral, a média de reajuste foi de 17,23%.

A Agência também aprovou aumento nas contas de Minas Gerais.

As residências atendidas pela Cemig terão um aumento médio de 14,24%.

O atendimento da Cemig cobre cerca de 96% do estado, atuando em 774 municípios, que correspondem a 18,2 milhões de habitantes. Na indústria, o aumento foi de 12,41%.

Proposta de Randolfe Rodrigues é aprovada por comissão do Senado

brasil

Marco Civil da internet pode virar lei dia 22 META governo quer apresentar a norma em reunião global sobre Internet por Pedro Rafael Vilela, de Brasília

Diversas entidades cobraram do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rapidez na votação do projeto de lei do marco civil da internet. O pedido foi entregue em carta assinada por mais de 30 organizações, durante audiência realizada na quarta-feira (9), em Brasília. O objetivo é que o texto seja votado em plenário no próximo dia 22 de abril.

“Vou reunir com os líderes para

definir este calendário”, anunciou Calheiros. O presidente do Senado também antecipou que o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) será o relator do projeto em plenário. Nesse momento, o marco civil tramita simultaneamente em três comissões.

Estão marcadas audiências públicas nos próximos dias 10, 15 e 22.

“Sabemos que têm muitos interesses empresariais em jogo contra o marco civil, que põem em risco a neutralidade da rede”,

avaliou Bia Barbosa, do coletivo Intervozes e uma das participantes da reunião.

Se aprovado no dia 22, caberá à presidenta Dilma Rousseff, favorável ao projeto, sancioná-lo para que se transforme em lei. A meta do governo é apresentar o novo marco durante a Reunião Multissetorial Global sobre Governança da Internet (#netmundial), programada para os dias 23 e 24 de abril de 2014, em São Paulo.

Organizações da sociedade civil pedem rapidez na votação do projeto

Projeto quer mais rigor em casos com policiais Está pronto para ser votado na Câmara dos Deputados o projeto de lei 4.471/12, que acaba com os chamados autos de resistência ou “resistência seguida de morte”. Esse mecanismo foi criado durante a ditadura militar e permite que as mortes ou lesões corporais cometidas pela Polícia não sejam investigadas.

De acordo com autor da proposta, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o clima entre os partidos ainda não é totalmente favorável à aprovação do projeto. Os setores que representam os interesses policiais querem modificar o texto. “Vamos amadurecer um entendimento para votar nos próximos dias”, revelou.

Com a mudança, a cena do crime envolvendo policiais deverá ser preservada e periciada. Fica

proibido o transporte de pessoas feridas no carro de autoridades de segurança até o hospital, como ocorreu com a faxineira Cláudia Silva Ferreira, que foi arrastada

pelo camburão da PM, no Rio de Janeiro, no mês passado. Nos casos de morte, os policiais ficam proibidos de acompanhar o exame de autópsia. (PRV)

Em 2011, segundo estatísticas oficiais, mais de 42% das mortes foram registradas com auto de resistência nos estados de SP e RJ

07

O dilema da mídia emir

sader

O dilema da mídia Ninguém quer calar a imprensa.

Essa é a versão que ela busca dar das propostas de democratização dos meios de comunicação. Estas, ao contrário, não querem que ninguém deixe de falar, mas que muito mais gente, oxalá todos, possam se expressar. O dilema na democracia não é entre uma imprensa calada ou essa que temos.

A imprensa está monopolizada por algumas famílias, que definem o que diz, como, quando, que pretendem ser o partido de oposição, que distorce a verdade. A imprensa é financiada pelas agências de publicidade e, através dessas, pelas grandes empresas, que condicionam o funcionamento da imprensa.

A imprensa escolhe quem vai escrever, como e quando. Cria um clima de incerteza, de preocupação, de insegurança, apensar da economia crescer, aumentar o nível de emprego, subirem os salários acima de uma inflação controlada.

Essa a imprensa que temos hoje, que condiciona as chamadas “agências de risco”, que pressiona sistematicamente o governo pelo aumento da taxa de juros, que representa não a população, mas o capital financeiro.

A mídia criou um clima de “terrorismo econômico”. E no marco de um modelo hegemonizado pelo capital especulativo, sumamente volátil e sensível a movimentos bruscos, esse clima tem efeito, aqui e lá fora. E o governo assiste impassível a essas manobras que anulam as tentativas do governo de canalizar recursos para os investimentos produtivos. O governo reage defensivamente, aumentando sucessivamente a taxa de juros diante do fantasma artificialmente construído do risco inflacionário.

Os boatos, o pânico forjado, o terrorismo da inflação, ao não ter respostas politicas, se tornam forças materiais e as auto profecias se cumprem, deixando o governo em um circulo vicioso. Sem democratização dos meios de comunicação, quebrando essa cadeia antidemocrática e especulativa, nem sequer a retomada do crescimento econômico será possível e sustentável.

O dilema da mídia na democracia não é entre mídia monopolista ou silêncio, mas entre terrorismo econômico da Cientista político e editor de blog em www.cartamaior.com.br

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brasil internacional

“entrei na literatura pela porta dos fundos” ENTREVISTA

LUIZ RUFFATO por Mariana Desidério fotos Rafael Stedile

Os trabalhadores brasileiros, que tomam ônibus e batem cartão, não são retratados em nossa literatura. É o que diz o escritor Luiz Ruffato, um dos principais nomes da nossa produção nacional atualmente.

Vindo de uma família pobre, foi justamente essa ausência que fez com que Ruffato decidisse pela escrita. “Me dei conta de que as pessoas que eu conhecia não apareciam na literatura brasileira”, diz. Dessa inquietação surgiu “Inferno Provisório”, série de cinco livros sobre a classe trabalhadora brasileira.

Mineiro de Cataguases, Ruffato vive em São Paulo desde os anos de 1990.

A vida paulistana também mereceu a atenção do escritor, através de “Eles eram muitos cavalos”. A obra, publicada em 2001, recebeu prêmios e trouxe reconhecimento ao autor – já foi publicada em seis outros países.

Nesta entrevista ao Brasil de Fato SP, Ruffato discute o cenário literário atual e critica a falta de qualidade da educação. “É muito mais fácil manter uma população ignorante.”

O seu último livro “Domingos sem Deus” encerra uma série que fala sobre a classe trabalhadora brasileira. Por que resolveu escrever sobre esse tema?

Para responder isso eu tenho que explicar um pouco a minha biografia. Eu nasci em Cataguases, no interior de Minas Gerais. Meus pais eram filhos de imigrantes italianos e portugueses. A minha mãe era lavadeira de roupas, era analfabeta, e meu pai era pipoqueiro, semianalfabeto. Eles moravam na periferia da cidade. Eu nasci e cresci em bairros operários. Trabalho desde os seis anos de idade, trabalhei como operário têxtil, como torneiro mecânico.

E como isso te levou a escrever a série?

Eu comecei a estudar jornalismo em Juiz de Fora, que é uma cidade próxima a Cataguases. Foi aí que me dei conta de que a literatura brasileira não trata das pessoas que eu conhecia, das pessoas com quem eu convivi no bairro operário.

Nesse momento, surgiu a ideia de Fico atento a escutar. às vezes, as conversas dos outros. As pessoas contam coisas inacreditáveis nos ônibus

pensar em escrever um dia. Mas isso demorou. Só depois de muito tempo que fui escrever os cinco volumes de “Inferno Provisório”.

Por que você acha que essas pessoas não eram retratadas na literatura?

Por dois motivos muito simples. O primeiro é que os escritores, em geral, são de classe média alta, portanto não conhecem essa realidade. A literatura brasileira tem muito bandido, isso a classe média alta conhece e até romantiza. Mas o trabalhador, aquele que pega ônibus, que bate cartão, esse cara a classe média alta não conhece.

O segundo motivo é que a sociedade brasileira é tão cruel com quem vem de baixo que, mesmo no caso de escritores que nasceram na classe média baixa, a primeira coisa que eles fazem para serem aceitos na sociedade é fingir que nunca foram pobres.

Antes de “Inferno Provisório”, você publicou “Eles eram muitos cavalos”, que fala sobre São Paulo. Por que você, mineiro, resolveu escrever sobre São Paulo?

Eu sou mineiro, mas moro em São Paulo desde a década de 1990. Acho que ninguém que não nasceu numa

escrever e falar sobre São Paulo foi uma maneira de me entender dentro da cidade cidade se sente à vontade para dizer que é dali. Porque não é, nunca vai ser. Nós vamos ser sempre migrantes. Então foi uma maneira de eu tentar, falando sobre São Paulo, me entender dentro da cidade.

Como é ser um imigrante em São Paulo?

Eu acho que o imigrante nunca deixa de ser imigrante. Tem uma piada judia que diz: “Para o imigrante, o problemas são só os primeiros 50 anos, depois você se acostuma”. E é mais ou menos isso. A grande vantagem que São Paulo tem em relação ao restante do Brasil é que, quando eu vim para cá, ninguém perguntou de quem eu era filho. Ruffato em Minas Gerais não quer dizer absolutamente nada. E em Minas você tem que ter um sobrenome bacana para ser alguma coisa. São Paulo tem essa vantagem. Só que é uma cidade cruel, é uma cidade muito dura para o imigrante. Você sofre muito para poder alcançar algum lugar. Mas é possível.

Entrevista

De onde vieram as histórias de “Eles eram muitos cavalos”?

O escritor escreve a partir da sua experiência. E a experiência é uma coisa muito ampla. Pode ser você ouvir uma história, ver uma história ou vivenciá-la. O que eu trouxe para “Eles eram muitos cavalos” é um pouco da minha experiência como uma pessoa que gosta de caminhar pela cidade. Não tenho carro, portanto ando muito de ônibus e de metrô. E também fico muito atento a escutar, às vezes, a conversa dos outros. Agora, com o celular, é uma maravilha. As pessoas contam coisas inacreditáveis no ônibus, em qualquer lugar, elas contam coisas absurdas. Para mim é ótimo, eu acho excelente.

Como você avalia o momento da literatura brasileira hoje?

A gente está vivendo o melhor momento da literatura brasileira em termos de produção. Há 20 anos não havia uma literatura que se passasse no Centro-Oeste ou no Norte do país. Hoje acho que todas as regiões estão contempladas. Também temos quase que meio a meio mulheres e homens escrevendo, o que também é uma coisa bastante contemporânea. E ainda temos literatura sendo feita nas mais diversas camadas sociais.

Desse ponto de vista, temos avançado muito, embora ainda existam lacunas impressionantes, que são fruto da extrema desigualdade do Brasil. Ainda não temos, por exemplo, uma literatura produzida por indígenas que não seja literatura infantil. Mesmo a presença do negro como escritor é muito pouca.

E em relação à leitura?

O grande problema que nós enfrentamos ainda é que temos um índice de leitura de quatro livros por ano, o que é ridículo. Temos um sistema de educação péssimo. Então, se de um lado estamos com uma produção muito grande, nós temos lacunas muito grandes do outro lado, que impedem que essa literatura seja melhor consumida. O Estado não cumpre minimamente esse papel. E não é deste governo, é em todos os governos. Ninguém até hoje teve interesse em possibilitar uma educação de qualidade. Para mim está muito claro, cada vez mais, que fazem isso porque é muito mais fácil manter uma população ignorante, é mais fácil de manipular.

Sempre encarei ser escritor como ser torneiro mecânico ou médico. Se as pessoas sobrevivem com essas profissões, por que eu não posso como escritor?

Você acha que seus livros podem chegar às pessoas do proletariado que você retrata?

Evidentemente que não. Se nem a classe média que estuda na PUC lê, imagina um operário. Não lê. O leitor brasileiro é geralmente estudante de letras, de jornalismo, das áreas de ciências humanas em geral, e uma pequena parcela de pessoas que gostam de ler porque adquiriram esse hábito na infância.

Quem é o meu leitor? Em tese é jovem, está entre 25 e 35 anos, está no centro-sul, é de classe média, média alta. O meu leitor é exatamente o leitor padrão brasileiro.

Não tem diferença.

A literatura brasileira está ganhando mais espaço lá fora?

Não. Isso é uma ilusão. A literatura é política. Uma literatura só tem importância se o país no qual ela é produzida tem importância. A literatura de língua inglesa hoje é a maior, tem hegemonia. Mas não é porque ela é melhor, é simplesmente porque os EUA e a Inglaterra mandam no mundo, portanto a literatura deles acaba também sendo hegemônica. Houve um tempo em que era a literatura francesa. Não é porque era a melhor, é simplesmente porque ela estava a serviço de um país.

Quando você decidiu ser escritor?

No meu caso foi uma decisão mesmo. Acho que foi no momento em que comecei a ler a literatura brasileira com um olhar mais crítico e percebi que ela não retratava esse universo que eu conhecia, isso foi quando eu entrei na faculdade de jornalismo, na década de 1980.

Foi quase uma decisão política, então.

Foi uma decisão política. Não é quase. Mas, veja bem, essa decisão política não pode prescindir de uma decisão estética. Eu nunca abri mão disso. Por isso que eu nunca admiti ser reconhecido como um escritor de literatura social, ou literatura política, ou literatura proletária.

Por quê?

Porque os brancos de classe média alta fazem literatura com L maiúsculo, e todo o resto faz literatura negra, literatura marginal, literatura feminina, literatura gay. Eu nunca caí nessa armadilha. Se a classe média alta e branca faz literatura com L maiúsculo, então eu também faço. Não é porque eu trato de operários ou de classe média baixa que não faço literatura.

Como conciliou sua formação como escritor com as tarefas do cotidiano?

Eu sempre fui muito disciplinado, vim para São Paulo trabalhar como jornalista e trabalhava muito. Todas as horas de folga que eu tinha, eu ia estudar. E consegui fazer minhas coisas. Eu crio minha filha sozinho desde que ela tinha 8 anos, e portanto consegui ainda também conciliar minhas tarefas domésticas.

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Acho que quando você quer fazer alguma coisa, você faz.

E agora você é só escritor?

Há 11 anos. Eu larguei o jornal num momento em que não se falava em ser escritor. Mas resolvi bancar isso, e criei minha filha como escritor. Por algum motivo eu acabei conseguindo.

Por que acha que conseguiu?

Eu consegui porque sempre encarei o fato de ser escritor como ser torneiro mecânico, como ser jornalista, gari, médico ou engenheiro. Se as pessoas ganhavam dinheiro com essas profissões, por que eu não podia ganhar como escritor? Nunca encarei isso de ser escritor como uma coisa sagrada. Sempre achei isso um porre, uma forma da classe média alta dizer que existem pessoas que são iluminadas e vocês, que não são. Eu sempre entrei pela porta do fundo.

fatos em foco

Greve dos Garis Os trabalhadores responsáveis pela coleta de lixo na região do ABCD voltaram ao trabalho na segunda-feira (7), depois de oito dias de paralisação. O retorno aconteceu após acordo entre a categoria e empresas do setor, com intermediação das prefeituras.

Os trabalhadores conquistaram reajuste de 10% no salário e benefícios, além de bônus de R$ 300 e estabilidade de seis meses. O salário de um coletor estava em R$ 1.013.

As prefeituras entraram na negociação após trabalhadores romperem com o Siemaco-ABC (sindicato da categoria), que orientou o retorno ao trabalho, e após o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) julgar a paralisação abusiva.

A greve repetiu a ocorrida no Rio de Janeiro, no começo do ano, na qual a direção sindical se colocou contra a interrupção dos serviços e as reivindicações dos trabalhadores. (Rede Brasil Atual)

alimentos mais caros

As três maiores empresas produtoras de suco de laranja do mundo foram condenadas a pagar indenização de R$ 113,7 milhões, por terceirizar atividades de plantio a colheita.

Cutrale, Louis Dreyfus e Citrosuco ainda poderão entrar com recurso no TST (Tribunal Superior do Trabalho).

O montante refere-se a mais de uma década de irregularidades trabalhistas no campo. A indenização por danos morais coletivos será de R$ 37,5 milhões para a Cutrale, R$ 13,75 milhões para a Louis Dreyfus, e R$ 48,75 milhões para a Citrosuco.

O restante foi aplicado por abuso do direito de defesa e ato atentatório ao exercício de jurisdição.

O desembargador do TRT de Campinas manteve parcialmente a decisão de março de 2013, feita pelo titular da Vara de Trabalho de Matão, que condenou as empresas a encerrar a prática. (Rede Brasil Atual)

No Paulistão, poucas vezes os times do interior foram campeões. O Ituano tem novamente essa chance. Basta não tomar nenhum gol na próxima partida da final, contra o Santos. Os jogadores prometeram raspar a cabeça caso levem a Taça, menos Cristiano (foto), que prefere fazer a barba.

Sem planejamento, Alckmin não quer racionamento por motivos eleitorais

Termina neste domingo (13) o prazo para inscrição de quem quer concorrer às vagas de ensino técnico que não foram preenchidas pelos selecionados no Sisutec (Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica).

Nesta fase, é exigida apenas a conclusão do ensino médio, não sendo mais pré-requisito ter feito a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2013.

Após a confirmação da inscrição no sistema, o candidato precisa comparecer em dois dias úteis à instituição selecionadora para efetuar a matrícula, de acordo com o Ministério da Educação. Os cursos são gratuitos e a previsão é que comecem até o mês que vem.

Na primeira edição de 2014, o Sisutec ofereceu 293.738 vagas e registrou 1.016.211 inscrições. O próximo processo seletivo do programa será feito no segundo semestre deste ano. (Agência Brasil)

Aécio Neves Em um debate promovido na PUC-RS, o candidato tucano à presidência se retirou após ser questionado por um aluno sobre o helicóptero da família Perrella, sua apoiadora, no qual foram encontrados 450 kg de cocaína. O estudante foi retirado à força do auditório.

Fabio Pozzebom/ABr

Miguel Schincariol

Ituano

Inscrições Sisutec

A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,92% em março deste ano. A taxa é superior à de fevereiro (0,69%) e também em março do ano passado (0,47%). Esta é a maior taxa para o mês desde 2003 (1,23%) No ano, o IPCA acumula 2,18%.

O índice acumulado em 12 meses é 6,15%.O dado foi divulgado na quarta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A taxa foi puxada, principalmente, pelos alimentos, que tiveram uma inflação de 1,92%.

O grupo alimentação e bebidas respondeu por mais da metade da inflação medida pelo IPCA. As despesas com transportes também tiveram contribuição importante para a inflação de março, com taxa de 1,38%. As passagens aéreas foram o item individual que mais pesou no IPCA do mês, com inflação de 26,49%. (Agência Brasil)

Elza Fiúza/ABr

Tânia Rego/ABr

Laranja na Justiça

Elza Fiúza/ABr

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ÁGUA

Sabesp admite possibilidade de racionamento Pela primeira vez em documento oficial, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) cogita implementar restrições ao fornecimento de água neste ano. A posição contraria as declarações que vinham sendo dadas pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pela própria companhia até o momento.

No relatório de sustentabilidade da Sabesp, disponibilizado na internet, é dito que “se as chuvas não voltarem aos níveis adequados e, consequentemente, os níveis dos reservatórios não forem re-

estabelecidos, poderemos ser obrigados a tomar medidas mais drásticas, como o rodízio de água”.

Diversos especialistas, ouvidos pelo Brasil de Fato SP na edição 27, já vinham apontando para o fato de que o rodízio de água é inevitável, já que não houve planejamento e ações preventivas na área.

Alguns analistas apontavam para o fato de que Alckmin reluta em tomar a medida pelos efeitos negativos que a adoção do racionamento pode trazer nas eleições para governador em outubro.

internacional

Fabíola Ortiz/Opera Mundi

Ruanda tenta trazer refugiados 20 anos após genocídio áfrica país se esforça para repatriar cerca de 100 mil refugiados, maioria são mulheres e crianças Malaui.

Porém, como admite o próprio governo, ainda há muita desconfiança.

“Estamos tentando encorajar as pessoas que voltem para casa, queremos usar a força vital da nação para a reconciliação. Também subsidiá-los para que voltem e reconstruam o país”, afirma Serafine Mukantabana, ministra para a Gestão de Desastres e Assuntos de Refugiados.

“PAÍS SE UNIU” Uma nova campanha tem tomado conta dos esforços do governo.

“Temos um grande programa de reintegração para que os exilados não temam voltar para casa e que recomecem suas vidas. Chamamos de ‘Venha e Veja, Volte e Conte’.

Trazemos ruandeses que vivem fora para viajarem pelo país e verem as transformações”, explicou.

Na opinião da ministra, a sociedaAsteris Masouras

Há vinte anos, um massacre generalizado tomou conta de um dos países mais pobres do mundo. Entre abril e julho de 1994, cerca de 800 mil pessoas morreram no que ficou conhecido como o genocídio de Ruanda, promovido pelo governo de maioria hutu — que visava exterminar uma etnia inteira, os tutsis.

Vinte anos depois, o país africano continua a se reerguer e tenta trazer de volta todos os que fugiram do conflito. Hoje, 11 milhões de habitantes vivem neste que já foi considerado um dos piores países para se viver. Há cerca de 100 mil refugiados — em sua maioria, mulheres e crianças.

Muitos deles foram para países que fazem fronteira com Ruanda, como República Democrática do Congo, Tanzânia e Burundi. Ainda há campos de refugiados no Congo Brazzaville, Zâmbia, Uganda e

Gregos fazem greve geral contra corte de empregos Em protesto contra as medidas de austeridade e o corte de empregos, uma greve geral foi realizada na Grécia, na quarta-feira (9). Primeira de tal porte no ano, a paralisação afetou todo o setor de transporte e particularmente as escolas, farmácias, administração pública e hospitais, operantes apenas em casos de emergência.

Mais de 20 mil trabalhadores, aposentados, estudantes e desempregados marcharam do centro de Atenas até a Praça Syntagma, na sede do parlamento.

A greve foi convocada pelo sindicato

da Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos e da Confederação de Funcionários Públicos, que criticam os cortes de gastos e o aumento de impostos forçados por credores estrangeiros em troca de empréstimos internacionais – como é o caso da Alemanha.

De acordo com as centrais sindicais, a mensagem antiausteridade também visava atingir a chefe de Estado e chanceler alemã, Angela Merkel, que se reunirá com o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, na capital grega, na sexta-feira (11). (Opera Mundi)

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Louise Muhaenimana, de 24 anos, mãe de dois filhos pequenos, perdeu parentes durante o genocídio de 1994

de do país “se uniu”. “Não tínhamos esperança que Ruanda pudesse emergir e respirar de novo. Hoje podemos ver que depois de muito esforço, heroísmo e coragem, Ruanda foi capaz de ressuscitar. Apesar de continuar curando as feridas, o país está se recuperando e se esforçando”, disse.

ATENTADO O estopim para o genocídio foi um atentado, realizado no dia 7 de abril de 1994, contra o avião

do então presidente hutu, Juvenal Habyarimana. A morte dele levou Ruanda a uma guerra civil, que provocou o massacre de centenas de milhares de pessoas por milícias doutrinadas e armadas pelo governo. Famílias inteiras foram assassinadas. Um dos principais rios do país, o Nyabarongo, serviu de transporte para “escoar” centenas de milhares de cadáveres vítimas do genocídio. (por Fabíola Ortiz, de Kigali, Ruanda, para o Opera Mundi)

Cristina pede humanidade após mais um linchamento Após mais um caso de linchamento no país, a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, condenou a onda de violência. Na última terça-feira (8), um ladrão foi espancado depois de ter roubado a bolsa de uma mulher na Recoleta, um dos bairros mais nobres da capital Buenos Aires.

Em cadeia nacional de rádio e televisão, a presidenta disse que “em tempos em que alguns querem voltar à barbárie, a palavra precisa prevalecer na nossa sociedade. Não per-

camos os traços que distinguem a humanidade, mesmo quando temos raiva e indignação.”

Nas últimas duas semanas, outros 16 linchamentos ocorreram no país.

O auge da violência se deu na cidade de Rosário, onde um assaltante foi morto. Analistas do país apontam que a grande atenção que estes casos receberam pela mídia poderia estar estimulando a violência e até gerando um efeito de contágio.

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serviços

por Luiz José Duarte Filho Advogado Trabalhista e Previdenciário

NOSSO DIREITO

Ultimamente muito tem se propagandeado sobre uma ação do FGTS para reajustar o valor desde 1999 em até 90%. Tais ações tem como base uma tese de que o índice de correção do FGTS utilizado desde 1999, denominado Taxa Referencial, deva ser substituído por índices que acompanham a inflação, como o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Entretanto, ao contrário do que tem sido propagandeado, não é uma causa ganha. O caso é muito complexo e há margem para muita discussão jurídica.

Prova disto é que nas ações em que já houve decisão, aproximadamente 95% dos casos foram julgadas improcedentes na primeira e na segunda instância.

Em fevereiro deste ano, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou a suspensão dessas as ações até o julgamento do recurso pelo próprio STJ. Até lá, os julgamentos estão suspensos em todo o país.

Apesar desse cenário, muitos sindi1

23/10/13

Médico de Família

NOSSa saúde

Cuidado com as ações de revisão do FGTS

12-11.pdf

por Aristóteles Cardona Jr

catos, associações e escritórios de advocacia continuam ingressando com estas ações, sendo que em alguns casos, cobrando valores para entrar com a ação, além do percentual do valor recebido caso ganhe a ação.

Em alguns casos, os valores cobrados previamente dos trabalhadores são exorbitantes (há notícia de cobrança prévia de dois mil reais), além de obrigar a pessoa a se associar, pagar mensalidades e ainda os honorários se ganhar a ação.

Fique atento, caso queira ingressar com essa ação, procure por mais informações e tome muito cuidado para não assinar um contrato que preveja honorários abusivos, valores iniciais e outras exigências.

Caso se sinta lesado, procure a OAB.

00:23

“Pequena picada, grande ameaça” No último dia 7 de abril foi comemorado o Dia Mundial da Saúde. Em 2014, a OMS (Organização Mundial da Saúde) aproveitou a data para chamar a atenção para a séria e crescente ameaça das doenças transmitidas por vetores, como mosquitos, moscas, carrapatos e caramujos.

Com o slogan “Pequena picada, grande ameaça”, a OMS destaca que essas enfermidades são completamente evitáveis.

Além disso, elas são mais comuns em locais onde há falta de acesso à moradia adequada, água potável e saneamento.

Os cuidados para evitar a infecção por doenças provocadas por estes vetores, que tem como exemplo a dengue, devem ter dois responsáveis.

O primeiro são os governos e órgãos

públicos responsáveis pela saúde da população. O segundo é cada cidadão, que deve tomar cuidados individuais que são importantes e nunca devem ser esquecidos.

Há medidas simples que podem ser tomadas para se prevenir e proteger o ambiente em que vivemos. Seguem algumas dicas: • Usar roupas que sirvam como barreiras físicas a mordidas e picadas; • Usar mecanismos para manter tais vetores fora de casa, como telas em portas, janelas e leitos; • Reduzir locais onde os vetores possam se reproduzir nas nossas casas e nas comunidades, cobrindo reservatórios de água, eliminando poças e locais onde a água possa ficar acumulada, como em garrafas vazias e pneus velhos, além do controle da água armazenada em plantas e vasos; Tais medidas simples podem representar o cuidado para evitar doençasque, além de trazer transtornos familiares, podem por em risco nossas vidas.

CLICK Da cidade

Centro de Estudos da Mídia Alternativa

Foto: Luiz Ludwig Farinha

Barão de Itararé www.baraodeitarare.org.br

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entretenimento

Reprodução

por Thiago Padovan

BISCOITO DE CHOCOLATE E CANELA Bateu aquela vontade de comer um biscoito de chocolate crocante e delicioso, mas está com preguiça de ir ao supermercado? Seus problemas acabaram! Com poucos ingredientes e uma pitadinha de disposição e criatividade, esse biscoito é uma alternativa para matar seu desejo por chocolate. Chame as crianças, pois essa receita simples e fácil é perfeita para estimular o interesse pelas artes da cozinha! Além do formato de bolinha, podem ser criados formatos de bonequinho, coração, estrela ou outros mais.

INGREDIENTES 2 colheres de sopa de margarina 4 colheres de sopa de açúcar 9 colheres de farinha de trigo 3 colheres de cacau em pó 1 colher de chá de fermento em pó 1 ovo Açúcar e canela a gosto

MODO DE PREPARO Coloque a margarina, o açúcar e a farinha de trigo numa tigela e amasse, com as mãos mesmo, até misturar bem os ingredientes. Acrescente o cacau em pó, o fermento e o ovo e misture novamente. A massa deve ficar homogênea e consistente, de forma que dê para abri-la em alguma superfície plana (pode ser numa mesa, desde que bem higienizada). Utilize uma garrafa para abrir a massa, deixando-a fininha. Com uma xícara pequena, faça círculos na massa, passe-os no açúcar com canela e coloque em uma assadeira untada. Leve ao forno médio de 20 a 25 minutos.

Dicas: Se você não tiver cacau em casa, pode trocar por achocolatado em pó. Só lembre de maneirar no açúcar para o biscoito não ficar doce demais. E ao invés de açúcar e canela, você pode colocar granulado, coco ralado, amendoim, nozes etc.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

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© Revistas COQUETEL

Uma das ferramentas do símbolo comunista Espécie de ração para bovinos obtida de planta oleaginosa Que é perita

Estado da hidrelétrica Diz-se da pessoa de Jirau ressentida (sigla)

(?) íntimo: autojulgamento

Parente que conduz a noiva ao altar

Destapou Combinação do pôquer

Resposta lacônica Pronome relativo

Atividade antes do exercício físico Prazer do masoquista "Clientes" do Procon

BANCO

Lote (abrev.)

Repentino; inesperado (?)-5: medida da Ditadura Militar

Rama forte ou chocolate (fruto) Homem, em inglês Voz de várias aves Período referente ao salário

Línguas (?): manchas de esgoto Peça da máquina fotográfica (?)-8: grupo dos países mais ricos do mundo

Sinal que indica nasalização da vogal

Mar situado entre a Grécia e a Turquia

De novo, em inglês Antes de "Om", no Cristo (abrev.) Hinduísmo

Diz-se do aluno "CDF" Cedem com fins caritativos Missão de (?), atividade do Brasil no Haiti

(?) Panta- Autor paranaense de nal, está- best-sellers sobre dio construído para a história Copa de 2014 (MT) do Brasil

Trabalham como assassinos

Parte mais dura da madeira

(?) seja: amém Apelido de "Luciana" Anseio do paciente internado

Animalsímbolo da China

Atua Ctrl+(?): itálico, no Word

3/man — paz. 5/again — tigre. 9/tarimbada. 15/laurentino gomes.

BOA & BARATA • boaebarata@brasildefato.com.br

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Solução A I M A P A R I G A M A Q N U T E R A M A L TA U M

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Keka Campos, astróloga |keka@ezdp.com.br

M A R R O T E L L O A C Z E N E N G O R A N S

A semana será marcada por altos e baixos emocionais, com possibilidade de rupturas e mudanças repentinas de humor. A comunicação está complicada, podendo ocasionar mal entendidos e suposições irreais ou exageradas. A energia física se mantém em alta, o que ajuda a enfrentarmos todos esses aspectos desafiadores e garante saúde para passarmos da melhor forma por esta fase.

T F O R N T I A D E P A L G L A O D Ã C O

Horóscopo • 11 a 17 de abril de 2014

Áries - 21.03 a 20.04 Vitalidade e boa saúde se destacam, pode se recuperar com facilidade da maior parte das enfermidades. Há a necessidade em adentrar e estudar assuntos esotéricos e outras formas de desenvolver a espiritualidade.

Câncer - 21.06 a 22.07 Sexto sentido e sensibilidade aguçados! Estará alerta e vendo a natureza verdadeira das coisas, pessoas e situações. Em meio a tanta informação subjetiva, pode se confundir algumas vezes. Tente sentir uma coisa por vez.

Libra - 23.09 a 22.10 Existe o desejo de novas companhias, de iniciar relações com outros tipos de pessoas, que contribuam para seu crescimento pessoal, espiritual e emocional. Há grande capacidade perceptiva e construtiva diante de si mesmo.

Capricórnio - 22.12 a 20.01 Ótima energia física e mental. Aproveite a fase para iniciar pequenas coisas que estão há muito tempo negligenciadas, mas que você sabe que serão benéficas, se forem executadas. Livre-se da inércia.

Touro - 21.04 a 20.05 Poderá se envolver amorosamente com pessoas diferentes de você, o que lhe proporciona uma excitação maior. Tente compreender as diferenças de personalidade como algo que pode ajudar ambas as partes a evoluirem.

Leão - 23.07 a 22.08 Expansão e criatividade regem sua semana!

Cuidado apenas com atitudes exageradas, que podem ser vistas como dramáticas e teatrais ao extremo, fazendo com que sua credibilidade diminua. Observe-se.

Escorpião - 23.10 a 21.11 Sentirá vontade de experimentar muitas coisas, pois sente que está parado no tempo ou até mesmo regredindo no âmbito pessoal.

Utilize esta fase desenvolvendo algo inovador e audacioso.

Aquário - 21.01 a 19.02 Cuidado ao se expressar emocionalmente, pois você tende a misturar sentimentos profundos com teimosia extrema. Assim, você pode expor seus argumentos de modo fanático ou agressivo, além de ofender as pessoas.

Gêmeos - 21.05 a 20.06 Alta energia em projetos individuais. Conseguirá levar adiante atividades em que possa decidir e modificar com autonomia total. Utilize o momento como um modo de entrar em contato com suas reais vontades e capacidades.

Virgem - 23.08 a 22.09 Desejo de expansividade! Utilize a intuição e o dom da palavra para fazer muitos contatos benéficos que lhe ajudem a progredir, pois darão bons frutos no futuro. A semana será agradável e ativa, desfrute o momento.

Sagitário - 22.11 a 21.12 Mesmo acometido pela vaidade e preguiça, as pessoas continuam gostando de sua presença, pois você é agradável e positivo. A sorte o acompanha, mas acima disso, é preciso esforço e consistência para conquistar objetivos.

Peixes - 20.02 a 20.03 Cuidado com possíveis desentendimentos com pessoas próximas, principalmente irmãos e vizinhos. Prefira o diálogo equilibrado, imparcial e evite se posicionar ofensivamente ao defender suas opiniões.

14 cultura

O mundo da imaginação na obra de Miró SINGULAR mostra do artista catalão Joan Miró fica em cartaz por mais uma semana na Caixa Cultural

O surrealismo é a marca do artista Joan Miró. Nascido na Catalunha, uma região autônoma da Espanha, o pintor, escultor, ceramista e desenhista é criador de uma arte singular, que deixou uma marca inconfundível no século 20. Suas peças mesclam um conjunto de cores e formas que não buscam se parecer com a realidade, mas estão na esfera da imaginação e do lúdico.

Quem ainda não entrou em contato com uma de suas obras pessoalmente, tem essa oportunidade. A mostra “A Magia de Miró, desenhos e gravuras” está em cartaz na Caixa Cultural (Praça da Sé, 111, Centro) por pouco mais de uma semana. Até o dia 20 de abril, de terça a domingo, das 9h às 19h, com entrada gratuita, os apreciadores e curiosos da arte poderão se encantar com algumas obras do artista surrealista.

A exposição reúne 69 trabalhos de Miró e 23 fotografias em preto e branco que o registram em seu processo de criação. As fotos foram tiradas por Alfredo Melgar, que também é o curador da mostra. Antes de chegar ao Brasil, as obras passaram por pa-

íses da Europa, América e Oceania.

Um olhar íntimo e pessoal de Miró está na exposição, com esboços e notas de criação que acompanham obras de seus últimos cinco anos de vida. Entre os trabalhos, estão aqueles sobre papel, com lápis e giz de cera. Há também ilustrações de diferentes épocas da carreira do artista.

QUEM FOI JOAN MIRÓ?

Catalão de Barcelona, Miró nasceu no ano de 1893. Morreu aos 90 anos, em Palma de Maiorca, na Espanha, no dia de natal de 1983. Premiado e reconhecido ao redor do mundo, ele era considerado “o mais surrealista de todos os surrealistas” pelo poeta e líder desse movimento, André Breton. Também é contemporâneo de Pablo Picasso, outro grande artista espanhol. Sua arte transpira a liberdade de expressão, que vai ao encontro a sua defesa política pela independência da Catalunha em relação à Espanha.

O colorido é uma das marcas de Miró. Composições entre cores primárias – vermelho, azul e amarelo – se mesclam com o preto, além da própria cor que sai do suporte em que a obra é feita, como cortiça, papel e outros objetos. Os traços leves - como se o pincel

Fotos: divulgação

por Vivian Fernandes

deslizasse sobre a superfície - e a junção de diferentes objetos - como metais, torneiras, jutas e novelos de lã - também trazem o carimbo de Miró.

Além de museus e galerias de arte, as obras do catalão são encontradas em espaços públicos de sua cidade natal, Barcelona e outros locais do mundo.

Primavera dos Livros reúne saraus no centro

História política recente no teatro A Cia. Ocamorana apresenta na peça “Três Movimentos” questões da história política recente do Brasil. A obra será encenada sexta (11) e sábado (12), às 21h, e domingo (13), às 20h, no Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000, Paraíso). A entrada é gratuita.

A peça faz parte da programação

especial “O imaginário dos 50 anos do golpe” e é dividida em três partes: as décadas de 1970, 1990 e o período atual.

A parte um trata da clandestinidade, greves e da Justiça. As partes dois e três trabalham os tempos de política econômica neoliberal.

A Primavera dos Livros 2014, uma iniciativa da Libre (Liga Brasileira de Editoras), ocorre até domingo (13), sempre das 9h às 21h, na Praça Dom José Gaspar e na Biblioteca Mario de Andrade, ambas perto do Metrô Anhangabaú.

A programação conta com atrações literárias, exibições de filmes e apresentações musicais, como da Big Band Villa Lobos. Além de saraus, que reúnem poetas de toda a cidade, sobretudo da periferia. A Cooperifa, grande coletivo de saraus da capital paulista, também estará presente na celebração. Entre os filmes exibidos, está o documentário “O dia que durou

21 anos”, pela Pequi Filmes, sobre os 50 anos do Golpe.

A feira também é uma oportunidade para as editoras alternativas, com lançamentos de livros, como o de Marcelino Freire. Todas as atividades são gratuitas.

{agenda cultural} CENTRO

zona oeste Grafite Regionalismo e street art criam uma mistura de elementos pop com o sertão na mostra “Pop Nordeste”, que reúne obras do teresinense Hudson Melo. Inspiradas em retratos de pessoas do interior do sertão com intervenções de graffiti, são 10 telas que misturam duas realidades bem diferentes, porém complementares. Até 18/4; Seg à Sex, das 10h às 19h, eSsáb das 10h às 18h – Entrada gratuita – Urban Arts – Rua Oscar Freira, 156, Jardins

Reggae Bandas de reggae e coletivos colaborativos de cultura chegam ao Vale do Anhangabaú pelo “Mais Fogo no Anhangabaú”.

Apresentam-se as bandas União Rasta, Nyahbinghi Brothers, Guerreiros de Sião, Ambulantes, Dayahman, Força da Paz, David Hubbard & Qg Imperial e Mutaman. Sáb (12), do 12h às 00h – Entrada Gratuita – Vale do Anhangabaú

Divulgação

Teatro A peça “Farnese de Saudade” relembra a vida e obra do artista plástico brasileiro, ícone internacional nos anos 1970, Farnese de Andrade, morto em 1996. A direção é de Celina Sodré e Vandré Silveira interpreta o protagonista, que interage com vídeos e depoimentos. Até 27 de abril; de Qui a Dom às 19h15 – Entrada Gratuita – Caixa Cultural São Paulo – Praça da Sé, 111, 8º andar

Dança A coreografia “Estado Independente”, dirigida por Sandro Borelli, é inspirada na poética e na política revolucionária de Ernesto Che Guevara, argentino que, junto de Fidel Castro, comandou a Revolução Cubana. Até 20/4; Qui a Sáb às 21h e aos Dom às 20h – Entrada gratuita – Kasulo Espaço de Cultura e Arte – Rua Souza Lima, 300B, Barra Funda

zona leste

zona norte

Shakespeare A Companhia dos Imaginários encena a peça baseada em William Shakespeare “Sobre a Tempestade”. A obra conta a história de Próspero, Duque de Milão, que com a ajuda de Ariel, um espírito do ar, usa poderes mágicos para fazer seus inimigos naufragar na ilha onde aportou há 12 anos. Até 20 de abril; Sex e Sáb às 21h e Dom às 19h – R$ 10 – Teatro Alfredo Mesquita – Avenida Santos Dumont, 1770, Santana

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Memória O Projeto Memória da Parada de Taipas, da Oficina Cultural Maestro Juan Serrano, engloba a produção e exibição de um videodocumentário, e duas exposições fotográficas que resgatam a história da região. A exposição ”Olhares Sobre Taipas” já está em exibição.Até 07/07; Diariamente das 8h às 19h – Entrada gratuita – Oficina Cultural Maestro Juan Serrano – Rua Joaquim Pimentel, 200, Cohab Taipas, Vila Brasilândia

zona sul

DIvulgação

Instrumental Paulo Porto Alegre, violonista e compositor, um dos maiores nomes do violão brasileiro, apresenta repertório com obras de seu último CD “Varandeio”. Ele também homenageia o grande compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, interpretando os “Doze Estudos” para violão. Sáb (12), às 18h30 – Entrada gratuita – Sesc Vila Mariana – Rua Pelotas, 141, Vila Mariana Culinária para crianças A livraria NoveSete oferece duas atividades que certamente irão divertir as crianças. Na oficina, elas aprendem a cozinhar no “Explorando a Cultura Indígena do Brasil” e depois participam da contação de histórias do livro “O Urso Rabugento”. Sáb (12), às 11h30 e às 16h – Entrada gratuita – NoveSete – Rua França Pinto, 97, Vila Mariana. Tel: 5573-7889

Bonecos O espetáculo “Tiringuito, Luisa e a Morte” é apresentado pela Companhia Carvan Maschera. A peça, que conta de forma bem humorada como Tiringuito desafia a Morte, combina as tradições italiana e brasileira de apresentações com bonecos. Até 20 de abril; Sáb e Dom às 16h – R$ 10 (R$ 5 meia) – Teatro Martins Penna – Largo do Rosário, 20, Penha Choro Um dos maiores violonistas de sete cordas do Brasil, Luiz Araújo Amorim, o Luizinho 7 Cordas, apresenta show com histórias do choro e de seus compositores clássicos, além de composições inéditas do grupo de Luizinho, o Regional. Dom (13), às 15h – R$ 7 (comerciários não pagam) – Avenida Fernando do Espírito Santo Alves de Mattos, 1000, Itaquera

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esporte

Ituano se prepara para Santos mais ofensivo paulistão técnico doriva pede atenção para segurar ataque santista O segundo jogo da decisão do Campeonato Paulista, entre Ituano e Santos, domingo (13), no Pacaembu, será bem diferente do que foi a primeira partida vencida pelo time de Itu por 1 a 0. Quem aposta nessa mudança é justamente que ganhou a última. O técnico Doriva acredita que a equipe santista será ainda mais agressiva ofensivamente.

“O Santos vai vir com tudo para cima e temos que estar muito mais atentos. A vitória no primeiro jogo não traz muita vantagem e nem devemos pensar nisso durante o jogo”, previu o técnico.

Os jogadores também acreditam na mesma linha O lateral-esquerdo Dener reconhece a qualidade do Peixe e pensa que a derrota pode ter motivado o adversário. “O Santos tem uma equipe muito forte e temos que ter atenção total. Tem mais 90 minutos para conseguirmos o título tão esperado e precisamos trabalhar bastante para conseguir isso.”

Um dos obstáculos que o Santos terá de enfrentar é cria do próprio time. An-

x melhor ataque 47 gols marcados

melhor defesa apenas 10 gols sofridos

semis da liga dos campeões

são paulo

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basquete

derson Salles, eleito pela Federação Paulista um dos melhores zagueiros do Campeonato, treinou nas categorias de base do Peixe. Além de defender, o jogador também gosta de atacar: com seis gols, foi artilheiro da equipe na competição.

A qualidade da zaga do Ituano pode ser medida em números: nos últimos cinco jogos, a equipe não tomou nenhum gol. A última vez que o Galo de Itu sofreu um gol foi na 13ª rodada, no empate com o Atlético Sorocaba, por 1 a 1. Depois disso, o time venceu São Paulo, Penapolense e Palmeiras - todos por 1 a 0 - e empatou sem gols com o Botafogo.

O Ituano tem, disparado, a melhor defesa do Paulistão, com apenas dez gols sofridos em 18 jogos. Nesta temporada, o time levou mais de um gol em uma mesma partida duas vezes: vitória sobre o Paulista por 3 a 2 e derrota para o Comercial por 2 a 0.

Para ser campeão, basta o Ituano não levar gols. Em caso de derrota por um gol de diferença, a decisão será nos pênaltis.

Wikipedia

NBA no Brasil Na quinta-feira (10), a NBA, liga de basquete dos Estados Unidos, divulgou a agenda oficial de jogos pré-temporada que acontecerão pelo mundo. Assim como em 2013, o Brasil receberá uma dessas partidas.

O jogo em nosso país ocorrerá dia 11 de outubro, no Rio de Janeiro. O confronto será entre o Miami Heats, do astro LeBron James, e o Cleveland Cavaliers, do pivô brasileiro Anderson Varejão.

O Heat ganhou os dois últimos campeonatos, tendo uma das equipes mais fortes e candidata ao título. O Cavaliers, por outro lado, não vem jogando bem e já foi eliminado dos playoffs.

Ano passado, o primeiro jogo da NBA no Brasil foi entre Chicago Bulls e Washington Wizards. A liga americana, uma das mais ricas em todo o mundo, vem investindo em um plano para globalizar os eventos do campeonato.

SPFC

Mourinho bate recorde

Após jogos emocionantes nas quartas de final, a Uefa irá sortear quais times se enfrentarão nas semifinais neste sábado (12).

Chelsea, Real Madrid, Bayern de Munique e Atlético de Madrid se classificaram.

Pela primeira vez em sete anos, o Barcelona não chegou a esta fase do campeonato. Depois no empate no primeiro jogo, o time de Messi perdeu por 1 a 0 para o Atlético de Madrid na quarta-feira (9).

O treinador mais vitorioso da história do clube da Catalunha, Pepe Guardiola, hoje treinador do Bayern, vai a sua quinta disputa de semifinal. Ele chegou a essa fase em todas as edições de que participou. O time alemão

se classificou ganhando do Manchester United por 3 a 1.

O destaque entre os treinadores, entretanto, é José Mourinho, que baterá o recorde de participações em semifinais: oito vezes.

Ele ultrapassou Alex Ferguson, técnico do Manchester United de 1986 a 2013, que disputou sete semifinais. O Chelsea de Mourinho conseguiu se classificar marcando um gol no fim no jogo contra o PSG que terminou em 2 a 0. Lembrando que, na partida de ida, o PSG havia conseguido um 3 a 1.

Apesar da derrota por 2 a 0 para o Borussia Dortmund, o Real se classificou, pois a primeira partida terminou em 3 a 0 para o time espanhol.

Pato deve ser titular em jogo Após a atuação de Alexandre Pato na quarta-feira (9), o jogador aparentemente conquistou a confiança do treinador Muricy Ramalho. Na vitória do São Paulo sobre o CSA por 3 a 0, o atacante marcou um gol, deu assistência e ainda ajudou na marcação.

Essa foi a segunda partida do ex-corintiano com a camisa tricolor. A primeira havia sido no duelo de ida contra o próprio CSA, em 12 de março, em Maceió. Pato mostrou serviço marcando aos 19 minutos do primeiro tempo, após ótimo passe de Maicon, mas também batendo uma falta com qualidade para Luis Fabiano marcar um de seus dois gols no jogo.

O bom aproveitamento na cobrança, segundo Muricy, deve torná-lo um dos batedores oficiais do time.