Brasil de Fato SP - Edição 036

São Paulo, de 16 a 22 de maio de 2014 | ano 1 n• 36

Bairros já sofrem com a falta de água são paulo sabesp faz racionamento informal; periferia é a mais atingida Na casa de Ágata Lima, abastecimento é cortado desde de fevereiro

ermínia maricato »11: “nossas cidades são um grande negócio nas mãos de poucos”

Pedro Biava/ReVira-Lata

agenda cultural »15: confira nossa seleção dos shows imperdíveis da virada

romance gay » 14

Mobilizações » 3

Série de protestos paralisa a cidade nesta quinta-feira

O aguardado filme com Wagner Moura estreia nos cinemas

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Rafael Stedile

uma visão popular do brasil e do mundo

02

EDITORIAL

São Paulo

Alckmin e os erros com o ciclo da água

O

ciclo da água é um dos primeiros contatos que toda a criança tem com o funcionamento da natureza a sua volta. A água evapora do chão, se condensa nas nuvens e chove sobre a superfície, infiltrando no solo até lençóis freáticos que brotam nas nascentes, viram rios, evaporam novamente e parte escoa até o mar. De maneira simplificada, é isso. Visto dessas forma, é fácil, para qualquer um, entender que, para se ter água na torneira, dependemos de um ciclo.

Se perguntássemos a essas crianças sobre a falta de água e como fazer para voltarmos a tê-la, não é difícil de imaginar que elas apontariam

soluções diversas, em diferentes cesso de represar, captar, tratar e partes desse ciclo. Foi exatamente distribuir, 26% da água pronta para essa busca por soluções que o go- consumo é desperdiçada. Significa vernador Geraldo Alckmin não fez. que a cada 10 litros que sai de cada Alckmin não fez investimentos torneira, 2,6 litros são perdidos ansuficientes para a recuperação de tes de se chegar nela. Isso significa matas e áreas que a velocidegradadas, dade de esvaQualquer criança nem políticas ziamento do conhece o ciclo da e campanhas Sistema Canágua, mas o governador tareira poderia para o uso adequado do ter sido bem Alckmin não solo em remenor se megiões de mananciais, muito menos didas tivessem sido tomadas. coibiu o avanço da cana e eucalipto Assim, não chegaríamos hoje onde a água deve infiltrar no solo aos 8,3% de capacidade de água pra abastecer as nascentes. utilizável no Sistema Cantareira.

Ele também não enfrentou como Enquanto isso, esperamos o final deveria a perda de água tratada. infeliz dessa trágica contagem reSegundo a própria Sabesp, no pro- gressiva que temos acompanhado

desde o meio do ano passado.

Para agravar a situação, o governador não tem apresentado resultados esperados no tratamento do esgoto de São Paulo. A lógica seria: quanto mais esgoto tratado, mais água limpa para consumo. Um exemplo disso, bem em frente aos olhos do paulistano, é que temos dois enormes rios cortando nossa cidade, mas não podemos aproveitar suas águas. Atualmente também temos na Região Metropolitana de São Paulo 30% do esgoto sem nenhum tipo de tratamento.

Na contramão do óbvio, o governo estadual opta por penalizar o cidadão: multa para quem não reduzir o consumo, além do racionamento que já acontece em diversos bairros.

Mundo

A Síria e a manipulação da mídia

A

grande mídia não hesita em divulgar cenas chocantes que atraiam leitores.

Quando questionada, sempre alega que o “compromisso com a informação” está acima de tudo, e explica que o critério de escolha é o que satisfaz a curiosidade do público. Com esta lógica, que imagem seria mais “jornalística” do que a de cristãos que foram crucificados, à véspera da sexta feira santa?

A notícia foi inicialmente veiculada na Rádio Vaticano por uma freira síria. Ela disse que cristãos que se recusaram a professar a fé muçulmana ou pagar resgate foram crucificados por jihadistas. De acordo

com ela, eles “pegaram as cabeças crimes na Síria são o principal comdas vítimas e jogaram futebol com ponente das chamadas “Forças Reelas”, e ainda levaram os bebês das beldes” que lutam contra a Ditadumulheres e “os penduraram em ár- ra de Bashar Assad. vores com os seus cordões umbiliA divulgação traria à tona a crescais”. cente hegeAs fotos chomonia de A grande mídia, em sua grupos funcantes dos crucificados estamanipulação, aumenta damentalisvam disponíveis tas islâmicos a proporção de fatos e pelas grandes na conforomite outros agências de comação do municação que, “Exército negando sua “lógica de informa- Rebelde”. Cenas violentas sobre ção”, resolveram omiti-las. Apenas este conflito devem ser exibidas, as divulgaram como notícias secun- mas sempre lançando genericamendárias, quando o Papa Francisco te a responsabilidade nas forças do confessou ter chorado ao saber da governo Assad. Como neste caso notícia e ver as imagens. não poderiam, optaram pela omisA razão é simples, os autores dos são.

O episódio reforça a percepção de que toda a estratégia informativa dos grandes meios de comunicação está submetida aos interesses militares e geopolíticos. Como nos antigos parques de diversões que traziam como atração uma “Casa de Espelhos” que distorciam as imagens, a grande mídia em sua manipulação cotidiana aumenta a proporção de fatos e omite ou reduz outros.

Como afirmou Fernando Lugo, o presidente paraguaio deposto por um golpe parlamentar em junho de 2012: “possivelmente, os novos golpes na América Latina não vão sair dos quartéis militares, mas das multinacionais e dos meios de comunicação”.

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país com uma edição nacional e em edições regionais, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e em São Paulo.

Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país.

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SÃO PAULO

Pedro Biava/ReVira-Lata

Sem-teto fazem protesto por moradia manifestação Movimento reivindicam políticas de habitação e controle do preço dos alugueis Ao menos 3.000 pessoas tomaram as ruas de São Paulo nesta quinta-feira (15), em protestos que se espalharam por toda a cidade. A maioria dos manifestantes, cerca de 3.000, é ligada ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).

A principal reivindicação do movimento é a regularização de áreas ocupadas na capital, a implementação de mudanças no programa “Minha Casa Minha Vida” e medidas para barrar o aumento de aluguéis. Os sem teto cobram também uma política nacional de prevenção a despejos.

“Estamos fazendo uma luta por direitos para obter conquistas para a nossa base, aproveitando o momento da Copa do Mundo para pressionar os governos”, afirmou Guilherme Boulos, dirigente do MTST. Os protestos de ontem começaram logo cedo, às 7h, e se distribuíram por vários pontos da cidade, bloqueando vias. Por exemplo,

foram barradas a marginal Pinheiros, ponte do Socorro, marginal Tietê, estrada de Itapecerica, viaduto Domingos de Moraes e a Radial Leste.

O principal ponto de concentração foi a Arena Corinthians, na zona leste da capital, onde cerca de 1.500 pessoas se reuniram pela desapropriação de terreno ocupado nas proximidades do estádio.

Além do MTST, participaram das mobilizações sindicalistas e estudantes. De madrugada, antes do início do funcionamento do transporte público, os metroviários fizeram uma passeata a partir da praça da República e ao longo da avenida Ipiranga, no centro de São Paulo, como parte da campanha salarial da categoria.

No fim da tarde, novos protestos tomaram as ruas. Por volta das 17h30, manifestantes contrários à Copa do Mundo se concentravam na região da avenida Paulista, que tinha dois pontos bloqueados.

No mesmo horário, cerca de 8.000 professores realizavam ato na zona sul. Os docentes da rede municipal de ensino estão em greve por aumento salarial desde abril.

Foram realizadas manifestações em mais de 10 capitais. No Distrito Federal, ainda pela manhã, cerca de 200 pessoas protestaram em defesa da democra-

tização das comunicações no país em frente à sede local da TV Globo.

Ainda em Brasília, manifestantes ocuparam o prédio da Terracap, do governo do Distrito Federal, e foram contidos pela tropa de choque da Polícia Militar, que deixou um sem teto ferido. (com informações da Rede Brasil Atual).

racismo

direitos humanos

USP impede entrada de aluna negra em prédio

Governo estadual não fornece a detentos produtos de higiene

Aconteceu no último 30 de abril, no prédio da Faculdade de Medicina da USP: a estudante Mônica Gonçalves foi proibida de entrar por ser negra.

A aluna pretendia entrar no prédio para encontrar colegas que já estavam no local. Na portaria, dois vigilantes a barraram e pediram que apresentasse o documento de estudante. Prontamente, Mônica mostrou sua carteirinha. Mesmo assim, seu acesso foi impedido.

A alegação dos seguranças era de que havia uma festa de outros estudantes no local, o que é proibido pelo regimento interno da USP. Mônica só teve acesso ao local acompanhada de um segurança, que a seguiu pelo prédio até o onde os colegas estudavam.

Segundo a universitária, não

“Se eu não levar um sabonete, meu marido toma banho só com água. Shampoo, pasta de dente, escova, tudo isso depende de mim. Eu precisei ficar um tempo sem vê-lo e, quando fui, ele não tinha nem um sabonete”, conta J.S. (iniciais fictícias), companheira de um interno da Penitenciária Irapuru, a 630 quilômetros da capital paulista. Os gastos com produtos de higiene e roupas para o marido ficam em R$ 400 mensais.

Casos assim se repetem na maioria das unidades do sistema prisional, uma vez que a Secretaria de

havia festa alguma no prédio. No mesmo momento em que Mônica era barrada, outra pessoa entrou no prédio livremente. “Um homem branco passou e não foi abordado.

Não pediram o crachá dele”, afirmou a estudante em entrevista à “Folha de S. Paulo”. A USP informou que abriu uma sindicância interna para apurar o ocorrido.

A USP continua resistindo a implantar um modelo de cotas raciais na universidade, conjuntamente com Unicamp e Unesp, são das poucas públicas do país que não adotaram uma política de inclusão dos negros no ensino superior.

O Centro Acadêmico Emílio Ribas divulgou uma nota de repúdio ao caso. Na terça-feira (13), estudantes realizaram um protesto na porta do prédio da Faculdade de Medicina. (SpressoSP)​

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Administração Penitenciária do governo de São Paulo segue sem regularizar a entrega de produtos de higiene e vestuário em penitenciárias.

A omissão desrespeita o acordo judicial firmado em agosto do ano passado entre a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), a Defensoria Pública e o Ministério Público Estadual, depois que inspeções em estabelecimentos penais e coleta de relatos de diretores das unidades confirmaram a falta de produtos de necessidade básica nas penitenciárias do estado. (RBA)

Ágata, 23, moradora da Vila Medeiros onde falta água todos os dias

Rafael Stedile

04 são pauLo

Antes da estiagem, abastecimento de água já apresentava falhas problema Regiões periféricas tem fornecimento cortado contiuamente

“Hoje não vai poder lavar a cabeça.” Essa é uma das orientações que Maria Ilma Batista, 36, é obrigada a dar aos seus familiares para controlar o gasto de água em casa.

Há tempos o fornecimento não é regular por ali, em Cidade Ipava, na zona sul de São Paulo, e este não é o único lugar em que isso acontece.

No momento em que se discute uma possível crise do abastecimento na Grande São Paulo e a necessidade de racionamento, muitos habitantes da região já vivem com suspensões no fornecimento. Segundo uma pesquisa do instituto DataPopular, nos últimos três meses, um terço dos moradores da região metropolitana sofreu com cortes. Na capital, foram 2 entre 10.

O caso relatado por Ilma já ocorre há cerca de três anos. Morando com mais quatro pessoas, ela afirma que sua casa hoje conta com três caixas d’água. “O fornecimento é cortado às 7h30, 8h e só volta à meia-noite, às vezes mais tarde”, diz. A solução foi aumentar a capacidade de

armazenagem e controlar o consumo ao longo do dia. Mesmo assim, a rotina é alterada: “Lavo roupa e louça de madrugada”, conta.

Casos como esse, nos quais o fornecimento de água não é garantido de forma contínua, não podem ser caracterizados exatamente como rodízio, já que não são ações planejadas. Essa é a opinião de Edson Aparecido da Silva, coordenador da Frente Nacional de Saneamento Ambiental.

“O que existe é um abastecimento intermitente que é suspenso, principalmente nas regiões periféricas”, afirma Silva. Segundo ele, como são regiões mais distantes, e muitas vezes mais altas, o fornecimento fica prejudicado devido à baixa pressão da água. Para resolver esse tipo de situação, seriam necessários investimentos em equipamentos que garantissem a força suficiente.

Para Silva, entretanto, esse tipo de investimento não é feito porque a Sabesp trabalha principalmente na busca por lucros, já que é uma empresa constituída não só com recursos públicos, mas também de entes privados. “Nessa lógica, de ter

que apresentar resultados para os acionistas, não vale a pena financeiramente investir nessas regiões.”

SELETIVIDADE Essa mesma lógica baseada no retorno de lucros seria a origem

Rafael Stedile

por Rafael Tatemoto

dos problemas que vêm ocorrendo desde o final do ano passado. “A Sabesp nunca acreditou em crise”, afirma Silva.

De acordo com ele, já que não houve planejamento prévio, algumas medidas mais drásticas já deveriam ter sido tomadas, como o rodízio. “O que vem ocorrendo é um racionamento informal, precário e seletivo, atingindo principalmente as periferias, em locais como a zona norte e cidades da região metropolitana, como Guarulhos”.

Luciana Mendonça, que mora no Tucuruvi, viveu uma situação que parece confirmar esse diagnóstico.

Entre março e abril, passou 20 dias com o fornecimento de água sendo interrompido às 22h e só retornando por volta das 9h. “Desorganizou completamente nossa rotina”, afirma ela.

Na Vila Medeiros, o “rodízio” permanece. Ágata Ferreira Lima, moradora da região, afirma que desde fevereiro o fornecimento de água é interrompido às 20h, retornando às 6h.

Tudo isso sem aviso da Companhia.

“Todos os vizinhos da rua sofrem com a mesma situação. Me programo para utilizar antes desse período, armazeno, reutilizo a água da máquina de lavar para limpar a casa. Se já é difícil para mim, imagino quem tem criança pequena em casa, precisando usar o banheiro de madrugada”, diz Ágata.

Questionada pela reportagem, a Sabesp não respondeu até a conclusão dessa edição sobre os casos da Vila Medeiros e Cidade Ipava, ainda sem solução.

Em casa com desabastecimento, moradora precisa reutilizar água da máquina de lavar

SÃO PAULO

Para especialistas, Sabesp privilegia lucros a planejamento gestão Companhia enxerga água como mercadoria Especialistas e estudiosos da gestão da água ressaltam o caráter mercadológico da administração da Sabesp como um dos principais fatores para a crise atual. O nível de água no Sistema Cantareira chegou a 8,6% no último dia 13.

“Apesar dos investimentos feitos nos últimos anos, o que se buscou foi o aumento da arrecadação, atender a demanda do mercado”, afirma Renê Vicente dos Santos, presidente do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo). Segundo Santos, melhorias na preservação dos mananciais, essenciais para a continuidade do abastecimento, não foram feitos.

Edson Aparecido da Silva, coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental, afirma que a busca pelo lucro dificulta inclusive o combate à situação que o estado vem enfrentando.

“Por que o bônus para a diminuição no consumo é restrito a quem é abastecido pelo sistema Canta-

reira? Porque a Sabesp não quer economia de água, isso reduziria a arrecadação”, afirma Silva.

Para Santos, o racionamento e o rodízio de água já deveriam ter sido estabelecidos no ano passado, quando o sistema atingiu 30% da sua capacidade. O que impossibilitou a adoção das medidas, entretanto, foi a questão eleitoral.

“Estamos em ano político. O governo estadual tinha prometido que

não haveria corte no abastecimento, e não quer voltar atrás publicamente. Imaginou que iria chover, mas não foi isso que aconteceu”, diz o presidente do Sintaema.

A Sabesp tinha estudos que apontavam para o colapso do sistema, mas não os levou em conta, o que causou a atual situação. “A crise de verdade ainda vai começar”, alerta Silva.

Crimes de Maio completam 8 anos sem solução por José Francisco Neto

Reprodução

Domingo, 14 de maio de 2006, Dia das Mães. Cinco tiros disparados por homens encapuzados em um carro preto mataram Talita Cristine de Almeida, a Tita, de 20 anos. Márcia Almeida, mãe da vítima, previa que o pior poderia acontecer, já que o Jardim Boa Esperança, no Guarujá, litoral paulista, estava sob toque de recolher. Ônibus foram queimados e o clima era de tensão.

O assassinato de Tita está conta-

bilizado nas estatísticas que somam centenas mortes em apenas oito dias no estado de São Paulo. Os Crimes de Maio de 2006 – como ficou registrado na história – ocorreram entre os dias 12 e 20 de maio daquele ano.

A sequência de assassinatos completou oito anos na última segunda-feira. Nesse período, nenhum crime foi solucionado. À época, a onda de crimes foi anunciada como uma resposta das forças de segurança do estado aos ataques promovidos pelo PCC (Primei-

Movimento Mães de Maio reúne familiares de vítimas de chacinas em São Paulo

ro Comando da Capital) contra viaturas e postos policiais.

A retaliação, segundo o relatório São Paulo Sob Achaque, divulgado pela ONG Justiça Global, deixou um saldo de aproximadamente 500 mortos.

Dentre esses, de acordo com o estudo, há indícios da participação de policiais em, no mínimo, 122 execuções.

Sandra Carvalho, membro da ONG Justiça Global e uma das autoras do estudo, diz que várias medidas foram apontadas para que práticas como essas pudessem ser coibidas de uma vez por todas. “Era necessário haver o aperfeiçoamento dos órgãos de controle, mais independência para a ouvidoria de polícia, mudanças na legislação e um ministério público muito mais atuante”, afirma.

No entanto, essas mudanças não ocorreram. Após investigações e mesmo depois de uma série de manifestações promovidas pelo Movimento Mães de Maio, formado por familiares das pessoas mortas ou desaparecidas, mandantes e autores continuam impunes.

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dora

martins O que fazer com as drogas?

O mercado das drogas ilícitas move algo em torno de 300 bilhões de dólares, de acordo com especialistas. A guerra insana e mal sucedida contra essas substâncias consome uma grande quantia de dinheiro de vários países e também deixa suas consequências bem perto de nós. Se de um lado há as cifras, do outro estão os perdedores: as famílias que sofrem com um filho dependente, o desamparo de crianças geradas por pais imersos no vício. Todos conhecem alguém que está marcado pela lógica cruel em que o combate ao mal é um mal maior que ele.

O vizinho Uruguai deu um passo importante em busca de solução: legalizar a maconha com vistas a não aumentar o número de adeptos e nem “criar” consumidores de cocaína ou crack. A ousadia uruguaia poderá mostrar que investir em políticas de saúde e controle do uso do entorpecente pode ser mais barato do que a repressão violenta.

Na cidade de São Paulo é expressivo o número de crianças e jovens, filhos de pais viciados em álcool, cocaína ou crack, que, abandonados, vivem em instituições sob os cuidados do município. Tais crianças apresentam graves síndromes e males neurológicos que comprometem seu desenvolvimento. Assim, e por isso, ninguém os adota, ninguém os quer. Quando eles completam 18 anos, chega-se à sinuca de bico: para onde irão esses jovens? Quem lhes ministrará medicamentos, sondas, alimentos?

São Paulo não tem essa resposta ainda. Poucas são as chamadas residências terapêuticas e quase nada existe para o jovem com grave comprometimento neurológico, com esquizofrenia, com leves ou graves deficiências de ordem psíquica, por conta do alcoolismo e vícios daqueles que os geraram.

O problema é antigo e não pode mais esperar. A urgência é de ontem.

O Brasil e o poder público precisam deixar de lero-lero e discutir, sem falsos moralismos, a questão da descriminalização da droga e do que fazer com essa realidade concreta e presente em cada esquina.

Juíza da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de SP

Cidade compacta: entenda uma ideia central do Plano Diretor

Uma das ideias centrais do Plano Diretor é a da cidade compacta, com mais adensamento nos eixos de transporte coletivo. O seu objetivo é concentrar a população em áreas com boa rede de infraestrutura e serviços, aproximar moradia dos empregos, prevenir e reverter o processo de crescimento rumo à periferia e preservar o que resta do cinturão verde da cidade.

Para isso, permitirá edifícios que comportem mais pessoas morando perto de linhas de metrô e corredores de ônibus. Mas essa ideia não tem agradado a todos os setores da cidade. Alguns moradores temem que áreas residenciais sejam descaracterizadas, como o entorno das estações Vila Madalena e Vila Mariana do metrô, por exemplo.

“Alta densidade não significa, necessariamente, prédios altos”, explica o relator da proposta, vere-

ador Nabil Bonduki (PT), que também é arquiteto e urbanista. “Além da altura, edifícios possuem largura, profundidade e distância das outras construções”. Ele explica que é possível ter prédios mais altos e finos em uma área e edifícios mais robustos e baixos em outras, e a densidade final ser a mesma.

Além disso, zonas exclusivamente residenciais seriam mantidas, de acordo com o texto do Plano Diretor, que prevê que os miolos dos bairros tenham um limite de construção de prédios de até oito andares.

“Sem nenhum espigão, nossos bairros populares são muito mais densos que bairros nobres verticalizados. Mesmo bairros com muitos sobradinhos geminados, como o Bixiga ou o Rio Pequeno, são mais densos que um bairro ‘paliteiro’ como Moema, por exemplo”, explica a urbanista Raquel Rolnik, em artigo.

Wikipedia

brasil são pauLo Paulo 06 São

Plano Diretor O Plano Diretor é um conjunto de diretrizes que vai orientar o crescimento da cidade pelos próximos 16 anos. Esse projeto de lei foi aprovado em primeira votação no dia 30 abril. Ele ainda passará por uma segunda votação na Câmara, antes de ser enviado para a sanção do prefeito Fernando Haddad (PT). Depois desse processo, poderá ser implementado na cidade.

Além da Virada Cultural, promovida desde 2005, os espaços públicos da cidade de São Paulo também são ocupados por outras iniciativas. Um exemplo é a ocupação do Minhocão, que vira um parque suspenso aos finais de semana. Há também a retomada do carnaval de rua de São Paulo e as “praças digitais”, onde é possível encontrar acesso gratuito à rede de internet. Além disso, há também, em tramitação na Câmara Municipal, o projeto “vagas vivas”, que transforma vagas de carro em áreas de convivência . Todas essas iniciativas têm em comum proporcionar momentos alegres e de lazer à população paulistana, sem que seja preciso gastar dinheiro.

Para Marília Jahnel, da Coordenação de Promoção do Direito à Cidade, órgão ligado à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, essas novas ações são reflexo de demandas da própria sociedade, que

Rafael Stedile

Ocupação cultural da cidade ocorre com diálogo entre população e poder público A retomada do carnaval de rua é um exemplo do diálogo entre poder público e população pela retomada do espaço público

quer sentir que a cidade lhe pertence. “A população quer dialogar sobre a ocupação do espaço público. Nós

não estamos criando algo, apenas potencializando, e isso é fruto das mobilizações de junho”, opina.

A retomada do carnaval de rua, principalmente em bairros como a Vila Madalena e Pinheiros, após decreto do Executivo que regulamentava esse tipo de atividade, é um exemplo dessa relação. O texto publicado em 6 de fevereiro, após debate na Câmara, prevê uma maior organização dos desfiles, com atendimento médico, policiamento, banheiros químicos, interdição das vias e impacto menor aos moradores.

No entanto, apesar da grande participação popular, moradores do bairro chegaram a entrar com uma ação na Justiça para proibir o carnaval nas ruas do bairro.

Jahnel acredita que, além da promoção dessas ações culturais, é importante a discussão entre poder público e população. “É preciso manter o diálogo, discutir com os moradores essas ações, para que ocupações do espaço público legítimas, como o carnaval, possam ocorrer também com o apoio dos moradores”, afirma.

Rafael Stedile

Reprodução

brasil

De acordo com especialista, onde estão as cavas da mineração, não é possível ter moradia e o ar fica poluído

Exploração de minérios ou água para o povo?

PROJETO Código da mineração gera impactos socioambientais, diz especialista por Pedro Rafael Vilela, de Brasília

O novo Código da Mineração, que está em discussão no Congresso Nacional desde o ano passado, deve provocar danos ambientais e sociais em centenas de cidades brasileiras ao longo dos próximos anos. Essa é a opinião de especialistas do setor, como o advogado Raul Valle, coordenador de Política e Direito do ISA (Instituo Socioambiental). “A mineração é uma atividade que não convive bem com outras. Onde você tem as cavas, não tem como ter moradia, tem as explosões, poluição do ar, muita circulação de carros, contaminação de rios e prejuízo da produção agrícola”, explica.

A meta do governo federal é aumentar das atuais 3,4 mil para

cerca de 14 mil minas abertas em todo o país. O avanço da mineração deve afetar comunidades já marginalizadas, como áreas indígenas e quilombolas, assentamentos de trabalhadores rurais e zonas urbanas.

EXEMPLOS O mineroduto Minas-Rio, por exemplo, que tem 525 km de extensão, foi construído pela empresa Anglo Ferrous Brazil para escoar uma produção anual de 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro, provenientes da mina de Conceição do Mato Dentro, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Para chegar ao destino - o Porto de Açu, no Rio de Janeiro - o mineroduto corta 32 municípios mineiros e fluminenses, e já desa-

lojou dezenas de famílias de suas casas sem reassentá-las.

Além de perderem seus lares, os atingidos diretos e a população que vive nas cidades mineradas sofrem impactos ambientais. Os minerodutos funcionam por meio da pressão da água. Em média, são necessários 8 milhões de metros cúbicos de água, o equivalente 3.200 piscinas olímpicas, para transportar os minérios.

No Pará, a demanda é energética.

A produção de alumínio, cuja matéria-prima é a bauxita, exige muita eletricidade. A empresa Alumínio Brasileiro SA (Albras) consome 1,5% de toda a energia gerada no Brasil, tudo isso para produzir 432 mil toneladas do metal. O gasto é equivalente ao consumo anual das duas maiores metrópoles da região Norte, Belém (PA) e Manaus (AM).

Na próxima semana, movimentos sociais, sindicatos e organizações da sociedade civil vão se reunir em Brasília para discutir a tramitação do projeto de lei do novo Código da Mineração. O objetivo é aumentar a pressão para que a Câmara dos Deputados instaure uma investigação por quebra de decoro parlamentar do deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), relator do projeto.

O Código de Ética da Câmara afirma que relatar matéria que envolva interesses de financiadores de campanha fere o decoro parlamentar. O documento dos movimentos sociais aponta que Leonardo Quintão recebeu R$ 379 mil de mineradoras para a sua campanha de

Reprodução

Movimentos querem afastar relator e adiar projeto

Leonardo Quintão é acusado de receber financiamento eleitoral de mineradoras

2010. As empresas doadoras da verba foram Arcelormittal, Ecosteel, Gerdau, LGA Mineração e Siderurgia e Usiminas.

O Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração querem adiar a votação do projeto para 2015, depois da Primeira Conferencia Nacional da Mineração. “São mais de 2.000 cidades com mineração no país e as principais dificuldades foram geradas pela falta de participação da sociedade na elaboração do marco regulatório”, diz Lourival Andrade, presidente do Ibeids (Instituto Brasileiro de Educação, Integração e Desenvolvimento Social).

(Colaborou Rafaella Dotta).

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Ofernando dilema da mídia

brito

O “padrão Fifa” da família Marinho A Revista Forbes divulgou a lista das 15 famílias mais ricas do Brasil.

E, claro, ninguém supera a Família Marinho, dona do Império Globo, aquele que não mostra o registro do imposto que sonegou na compra dos direitos da Copa de 2002.

A revista registra a fortuna de US$ 28,9 bilhões para triunvirato João Roberto, José Roberto e Roberto Irineu, todos Marinho.

O curioso é que a Globo perde audiência e ganha dinheiro, inclusive o meu, o seu, o nosso, via governo federal, sobre o qual fatura R$ 1 bilhão por ano.

Os três Marinho, montados nessa fábula de dinheiro, são os mesmos que mandam seu jornal escrever editoriais contra o reajuste do salário mínimo, alegando que “cada R$ 1 a mais no salário mínimo (representa) injetar quase R$ 340 milhões adicionais na conta da despesa pública”.

Ora, só o imposto que comprovadamente sonegaram – mais de R$ 1 bilhão, em valores de hoje – na Copa de 2002, já daria para dar R$ 3 a cada trabalhador humilde ou aposentado. Que dirá se o que tem amealhado fosse distribuído: nada menos que – segundo suas próprias contas – um aumento de R$ 188,23.

Isso daria um salário mínimo de R$ 912, quase um “padrão Fifa”.

Dinheiro que você lhes dá quando compra desde pasta de dentes até papel higiênico, porque tudo embute o “IPG – o Imposto da Propaganda na Globo”, que vem no preço que você paga.

Os Marinho são os líderes de um grupo de 15 famílias - cerca de 100 pessoas -que detém, sozinhas, 5% de toda a riqueza brasileira, ou o equivalente a R$ 269 bilhões.

A própria Forbes diz que, no Brasil, sua lista de bilionários tem de ser feita por famílias, porque as maiores fortunas são, quase sempre, partilhadas em grupos familiares.

Aqui nós não temos o famoso “1%”.

As “famílias” têm só 0,0000005% (cinco milionésimos de um por cento) da população para 5% da riqueza.

Por isso é que precisam, desesperadamente, para ficar com o bolso assim, fazer a cabeça de quem vota com o estômago.

Editor do blog www.tijolaco.com.br

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brasil internacional

Projeto que regulamenta telemarketing avança na Câmara

TRABALHO Medida prevê jornada de 6h por dia “O trabalho em teleatendimento merece estar sujeito a condições de trabalho especiais. Tendo em vista a repetição de movimentos, a permanência em uma mesma posição por longos períodos e a pressão a que estão sujeitos, os operadores de telemarketing estão suscetíveis a uma série de doenças ocupacionais”, afirmou o deputado Afonso Florence (PT-BA), relator do texto na Cdeic.

O setor é um dos que mais registra doenças ocupacionais. Entre as mais comuns estão a perda auditiva, transtornos mentais, LER, danos ortopédicos e cistite hemorrágica.

No caso das LER, a incapacitação pode levar à invalidez permanente para o trabalho. A regulamentação da profissão é uma das principais reivindicações do setor.

O tema foi assunto de reportagem da edição 30 do Brasil de Fato SP. A atividade emprega mais de 700 mil pessoas em todo o país.

Os empregados são majoritariamente jovens com idade entre 16 e 24 anos, e a maior parte é do sexo feminino. (da Redação, com informações da Agência Brasil)

Greve no Rio

Reprodução

Tramita no Congresso uma proposta de lei que regulamenta as atividades de telemarketing e teleatendimento. No início deste mês, o projeto foi aprovado pela Cdeic (Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio) da Câmara dos Deputados. Agora, a proposta vai ser apreciada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Como tramita em caráter conclusivo, caso seja aprovada, não será preciso ser votada em plenário. O projeto é de autoria dos deputados Jorge Bittar (PT-RJ) e Luiz Sérgio (PT-RJ).

Pelo texto, os profissionais que atuam nesta área deverão ter jornada de trabalho de no máximo 6 horas por dia, somando 36 horas semanais. A proposta também exige que, a cada período de 50 minutos, o trabalhador de telemarketing tenha um intervalo de 10 minutos para descanso fora do posto de trabalho. O projeto proíbe a prorrogação da jornada desses profissionais e determina que ela deverá ser organizada para evitar atividades aos sábados, domingos e feriados.

A greve dos rodoviários do Rio de Janeiro paralisou a cidade por dois dias.

Wikipedia

internacional

Muitas manifestações são convocadas pela ala radical da oposição, chamada “A Saída”, que busca derrubar o governo

A encruzilhada venezuelana conflito Legado de Chávez e governo do presidente Maduro sofrem ataques da direita por Cláudia Jardim, de Caracas

“Se a direita voltar ao poder, não é que vamos perder as terras e os direitos que conquistamos com [o ex-presidente] Chávez. Nós vamos perder é a vida mesmo”. Essa é a visão de Angel Prado, trabalhador rural da comuna El Maizal, no estado de Barquisimeto, a 400 quilômetros de Caracas, capital venezuelana.

Assim como a maioria da população que vive longe dos grandes centros urbanos, Prado sofre mais com a escassez de alimentos de primeira necessidade e o impacto da inflação de 56%. Contudo, a seu ver, não são esses problemas que levaram às mani-

festações de rua da ala radical de oposição ao governo de Nicolás Maduro, continuador das políticas de Chávez. A intenção dos antichavistas é antecipar a saída de Maduro da presidência.

Com a morte do líder Hugo Chávez, em março do ano passado, e com um resultado apertado a favor de Maduro, com pouco menos de 1,5% dos votos, na disputa presidencial, a oposição venezuelana apostou em acentuar o desgaste político do atual governo.

“A direita venezuelana quer destruir o que Chávez construiu, impedindo a continuidade de seu projeto e que Maduro, que teve um ano difícil, governe como deve ser”, afirma Prado.

Porém, atrapalhando os planos da

direita, os candidatos do chavismo tiveram uma ampla vitória nas eleições municipais de dezembro do ano passado, o que obrigou os opositores a repensarem sua tática. Assim, houve um racha dos antichavistas. Existe uma ala moderada, que tenta desgastar o governo com pressão social.

E, uma ala radical optou construir o plano chamado “A saída”, que inclui mobilizações, a maioria com violência, para obrigar o presidente Maduro a renunciar. Desde o início dos protestos, há cerca de três meses, 42 pessoas foram mortas, entre chavistas, opositores, apartidários e militares.

PROTESTOS Munidos de máscaras de gás lacrimogêneo sofisticadas, câmeras de alta definição para gravar a mobilização, walkie-talkies digitais para coordenar as ações, os jovens que se mobilizam contra o governo venezuelano nada se parecem com a juventude que vai às ruas em outros países da América Latina.

Se no Brasil ou no Chile, por exem-

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plo, as reivindicações são por direitos, como educação e melhores condições de vida, na Venezuela, a maioria dos manifestantes é de classe média e alta, e tem foco em derrubar o governo. “Eles são os que menos sofrem as consequências da crise. Aqui, a maioria dos pobres têm acesso aos direitos básicos e os ricos, que têm de tudo, são os que protestam?”, questiona o camponês Angel Prado.

CUSTE O QUE CUSTAR Na opinião do analista político venezuelano, Nicmer Evans, a ala moderada e a radical da oposição, fazem o “jogo do policial bom e do mau”. “A tática é diferente, mas o objetivo é o mesmo: derrotar o chavismo e tomar o poder, custe o que custar”.

Para Evans, um dos caminhos para garantir a continuidade da revolução bolivariana (veja box) é que Maduro assuma os erros políticos e econômicos de seu primeiro ano de governo.

Uma das tarefas pendentes, de acordo com o analista, é a reaproximação de Maduro com a base chavista, ou seja, os setores sociais e cidadãos que apoiam o governo. Outro elemento a corrigir é o rumo da economia, com a redução do desabastecimento e o combate à crescente inflação.

Na comuna El Maizal, a população vê com desconfiança o diálogo entre o governo e a ala moderada da oposição, que busca dar fim à crise política e econômica. Para o camponês Angel Prado, o que está em jogo são concepções “inconciliáveis” de modelo de país.

“Nos preocupa que o governo ceda aos anseios da direita, sem que isso traga benefícios ao país e sabendo que conta com o apoio do povo”, afirma. “Ainda temos esperança que Maduro encontre o caminho e aplique o projeto que Chávez nos deixou.”

O que é revolução bolivariana?

Revolução bolivariana é o termo criado pelo falecido presidente venezuelano, Hugo Chávez, para designar as mudanças políticas, econômicas e sociais iniciadas com seu acesso ao governo, em 1999, tendo como objetivo chegar a um novo socialismo. A revolução está baseada no ideário do libertador venezuelano Simón Bolívar, que participou da independência de vários países latino-americanos, no século 19.

fatos em foco

Trabalho Rural

Inscrições abertas Começaram, na última segunda (12), as inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Os interessados podem se inscrever pelo site do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), até o dia 23.

As provas serão nos dias 8 e 9 de novembro. A inscrição custa R$ 35 e deve ser paga até 28 deste mês. Estudantes da rede pública e pessoas com renda familiar de até 1,5 salário mínimo estão isentos do pagamento.

A nota do exame é utilizada como critério para acesso ao ensino superior por meio do Sisu, que oferece vagas em instituições públicas de educação superior, e do ProUni, que dá bolsas em instituições privadas.

Após a reclamação de alguns estudantes, o Inep informou que o acesso ao site de inscrição é mais fácil até as 9h da manhã, entre 14h e 17h e após as 21h.

(Agência Brasil)

Emprego no interior

Dos 4 milhões de trabalhadores assalariados rurais no país, 60% – cerca de 2,4 milhões – atuam na informalidade e com salários menores que os formais. O número foi divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Para o secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais da Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura, Elias D’Angelo, a informalidade no setor rural é um problema grave e precisa ser enfrentada.

“São mais de 2 milhões de trabalhadores na informalidade no Brasil.

Precisamos olhar o problema para que ele seja enfrentado, porque muitos trabalhadores ficam sem direitos trabalhistas”, disse D’Angelo.

Os trabalhadores em situação informal não têm direitos trabalhistas e previdenciários. A informalidade também aumenta o risco de o trabalhador ser exposto a situações de trabalho escravo. (Agência Brasil)

Parto humanizado As maternidades do SUS passam a ter novas diretrizes para o atendimento ao recém-nascido, devido a uma portaria do Ministério da Saúde.

A partir de agora, assim que nascer o bebê deverá ser colocado em contato com a mãe para mamar ainda na primeira hora. Além disso, o cordão umbilical deverá ser cortado apenas quando parar de pulsar.

De acordo com estudos, a mamada na primeira hora após o nascimento diminui os riscos de anemia e morte.

Outro benefício das medidas é reduzir o risco de hemorragia uterina, que pode levar à morte materna.

Conforme a portaria, procedimentos, como exame físico e pesagem, devem ser realizados somente após esses primeiros cuidados. As novas regras são obrigatórias apenas na rede pública. Segundo Ana Basaglia, do grupo Matrice de Apoio à Amamentação, “estudos demonstram claramente que um bebê saudável não deve ser separado da sua mãe ao nascer”. (Rede Brasil Atual)

Ney Matogrosso

Após ter feito um erro que qualquer profissional poderia ter cometido, a bandeirinha foi aconselhada pelo presidente do Cruzeiro a posar para a Playboy. Mas ela reagiu à altura contra as ofensas machistas e afirmou que quer ser lembrada principalmente pelo profissionalismo.

Em turnê por Portugal para comemorar 40 anos de carreira, o cantor deu uma entrevista a um canal televisivo criticando programas sociais como o Bolsa Família. Ele afirmou que os beneficiados não precisam matricular seus filhos na escola, o que não é verdade.

Heloisa Ballarini/ Secom

Fotos:divulgação

Fernanda Colombo

Proposta apresentada por Haddad foi rejeitada

Diversos indicadores de pesquisa de emprego e desemprego vêm mostrando que o emprego continua crescendo no país, ainda que em ritmo menor do que nos anos anteriores.Mas o que tem chamado a atenção é que existe uma mudança na configuração espacial do mercado de trabalho.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego, indicam que a participação do interior (cidades com 200 mil habitantes em média) na criação de emprego com carteira assinada vem crescendo muito nos últimos anos.

“Mas 2013 foi o primeiro ano em que o interior ultrapassou as grandes regiões metropolitanas, chegando ao crescimento de 12 pontos percentuais em relação a 2012”, diz a economista do Dieese Patrícia Pelatieri. A indústria, a construção, o comércio e os serviços apresentaram melhor desempenho no interior do país.(Rede Brasil Atual) Edson Lopes Jr./Gesp

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REAJUSTE

Professores municipais rejeitam proposta de 15% Os professores municipais de São Paulo rejeitaram, por ampla maioria a proposta de reajuste salarial apresentada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e decidiram manter a greve iniciada em 23 de abril. Eles participaram na terça (13) de uma assembleia que reuniu pelo menos 10 mil docentes no vão livre do Masp.

O piso salarial dos professores terá um aumento por meio de abono de 15,38%, passando dos atuais R$ 2.600

a R$ 3.000. Os professores em outros níveis, incluindo 28.513 aposentados, receberão aumento de 13,43%.

Os sindicatos entendem que apenas uma minoria, que recebe o piso, terá aumento real, uma vez que o abono de 13,43% já estava garantido desde 2011.

“Um dos grandes impasses é a incorporação dessas gratificações. “O prefeito não diz quanto vai ser incorporado no ano que vem”, diz Cleyton Gomes, secretário-geral do Sinpeem (sindicato da categoria).

internacional

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“O boom imobiliário não é progresso, ele empobrece a cidade” ENTREVISTA por Joana Tavares

“Nossas cidades são um grande negócio na mão de poucos”. Essa é a avaliação de uma das principais pensadoras sobre as cidades brasileiras, a arquiteta e urbanista Ermínia Maricato, que já foi secretária executiva do Ministério das Cidades e formulou propostas para a área urbana no governo Lula. Recentemente, foi conselheira da Organização das Nações Unidas para assentamentos humanos, além de dar aulas na USP e na Unicamp. Em entrevista ao Brasil de Fato MG, Ermínia fala sobre o Minha Casa, Minha Vida e o aumento do preço dos alugueis.

muito bem organizados funcionam pra levar a cidade para um caminho que não beneficia a maior parte da população. É muito mais o caminho de quem tem lucro com a construção delas. Sem dúvida nenhuma, eu diria que as três forças que comandam hoje o crescimento urbano são a indústria automobilística, que contraria o interesse do transporte coletivo; o capital imobiliário e o capital de construção. E tudo em consonância com o financiamento das campanhas eleitorais.

O movimento das ruas de 2013 trouxe uma série de reivindicações, entre elas a questão da ocupação do espaço urbano. Que conquistas esse movimento trouxe?

Sabe quantas cidades brasileiras cancelaram o aumento nos transportes com as mobilizações de junho de 2013? Mais de 100! E não foi só isso.

Muitas obras faraônicas inúteis e outras para automóveis andarem foram canceladas. Foi muita mudança a partir de junho de 2013. A vida na cidade está insuportável e é impressionante como a política urbana é invisível no Brasil. A mobilidade, o uso e ocupação do solo são dois eixos fundamentais.

Eu diria que depois das últimas três décadas, estamos começando a encarar a política de mobilidade urbana.

Mas a política fundiária urbana nós ainda não começamos a decifrar. Nossas cidades são um grande negócio nas mãos de poucos. Ou seja, lobbys

se amplia, mais o

Quanto mais a especulação imobiliária trabalhador das cidades sofre Podemos dizer, então, que não são cidades do povo e para o povo, e sim pra quem especula esse mercado?

Não tenho a menor dúvida. Estudando as cidades por muitos anos, eu diria que estamos num momento em que vivemos uma verdadeira tragédia das cidades brasileiras, em que a função social das cidades e da propriedade, previstas na Constituição, estão em plano secundário.

O que é a função social da propriedade?

Na Constituição de 1988, nós conquistamos dois capítulos sobre as cidades.

Dentro desses capítulos está a proposta da função social da propriedade, que é a ideia de que o direito de

ERMÍNIA MARICATO foto Noronha Rosa

propriedade privada é limitado pelo interesse coletivo. Ou seja, se todos nós pagamos pra construir a estrutura das cidades - asfalto, drenagem, esgoto, iluminação pública, transporte - e vai um sujeito e deixa um lote vazio, esse lote não está cumprindo a função social que tem que ter numa cidade.

A propriedade privada não é absoluta na Constituição, ela é subordinada à função social. Já o direito à moradia é absoluto. No entanto, o judiciário trata o direito à moradia como relativo e o direito à propriedade como absoluto.

Qual é a sua avaliação do programa Minha Casa, Minha Vida e das intervenções na periferia?

Estamos vivendo no Brasil um boom imobiliário. Durante três anos, houve um aumento de 154% no preço do metro quadrado de terrenos e imóveis em São Paulo, e 181% no Rio de Janeiro. Os aluguéis cresceram na mesma medida. Passamos duas décadas perdidas, sem investimento público nas cidades. Quando o investimento vem, por meio do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] e do Minha Casa, Minha Vida, aparecem também os capitais, que tomaram conta das cidades. Com o apoio, é claro, de muitos políticos do Executivo e Legislativo.

Isso acarretou em um boom imobiliário, que a verticalização e a produção de moradia, ao invés de abaixarem o preço dos imóveis, elevaram. Na medida em que não fizemos a reforma fundiária, não implementamos a função social da propriedade urbana, todo o subsídio que está sendo colocado

pelo governo federal está indo para o preço da propriedade, para os imóveis e para os terrenos. Isso está afastando a população mais pobre, que não consegue o financiamento do Minha Casa, Minha Vida e que não está conseguindo mais pagar o aluguel. O boom imobiliário não é progresso, ele empobrece toda a cidade. Ele pega uma parte da riqueza produzida por toda a população e a coloca no bolso de alguns, que são os proprietários e incorporadores imobiliários.

OS partidos que se acomodoram precisam rever suas posições e ir para junto dos movimentos sociais Como é possível disputar o modelo de cidade? É preciso dar visibilidade para a luta de classes que se dá em torno das cidades. A especulação lucra com a exploração da cidade.

E quanto mais a especulação se amplia, mais o trabalhador sofre.

Os partidos que se acomodaram no espaço institucional precisam rever suas posições e ir para junto dos movimentos sociais. Eu já tinha essa ideia antes, mas depois de junho, eu acho que estamos iniciando um novo ciclo na política brasileira. Além disso, precisamos nos informar e conhecer mais. O conhecimento é a libertação.

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serviços

por Renata Alves Castelhano

Advogada Trabalhista

NOSSO DIREITO

A

Médico de Família

NOSSa saúde

Estabilidade provisória da empregada gestante

empregada gestante está protegida da dispensa sem justa causa durante a gravidez até cinco meses após dar à luz.

Essa proteção temporária que possibilita à trabalhadora permanecer no emprego, também chamada de “estabilidade provisória”, é garantida pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho).

O Tribunal, após o julgamento de diversos casos semelhantes sobre essa questão, estabeleceu uma interpretação padrão das leis trabalhistas em relação a esse assunto.

Assim, segundo a Justiça do Trabalho, o desconhecimento da gravidez pelo patrão não afasta o direito da empregada gestante à indenização decorrente da estabilidade.

Com relação à possibilidade de reintegração, que significa o retorno da empregada gestante ao trabalho, a garantia de emprego só autoriza o retorno ao trabalho se este ocorrer

por Aristóteles Cardona Jr

durante o período da estabilidade, ou seja, durante a gravidez até cinco meses após o parto.

Do contrário, a garantia de emprego limita-se apenas ao recebimento dos salários e demais direitos.

Por último, até mesmo as empregad as em contrato de experiência tem direito à estabilidade provisória, no caso de concepção durante o prazo desse contrato.

E, embora não esteja expresso, o Tribunal Superior do Trabalho vem aplicando a garantia provisória no emprego nos casos em que a gravidez ocorra durante o prazo do aviso prévio, ainda que indenizado, representando um avanço aos direitos das empregadas gestantes.

V

Nada substitui o leite materno

ocê sabia que a doação de leite materno é responsável pela boa saúde de dezenas de milhares de pequenos brasileirinhos e brasileirinhas em todo o país?

A doação de leite humano é uma ajuda essencial para mães que por algum motivo não conseguem amamentar seus filhos da maneira adequada.

E é como forma de estimular esta prática que em 19 de maio comemora-se o Dia Mundial de Doação de Leite Humano.

No Brasil, existe a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, também conhecida como Rede BLH, que possui 213 Bancos de Leite e 131 postos de coleta em todo o país. Esta rede é fruto de uma parceria do Ministério da Saúde com a Fiocruz e é consi-

derada pela Organização Mundial de Saúde como referência internacional na doação de leite humano.

Por ano, são cerca de 160 mil recém-nascidos que recebem leite doado no país. Toda mãe que, por qualquer que seja o motivo, não consiga amamentar, pode recorrer aos bancos de leite público.

O Ministério da Saúde ainda possui um número destinado às mães que desejam fazer doação ou tirar dúvidas sobre amamentação. É o 0800-026-8877.

Apesar de muita propaganda da indústria alimentícia, nenhum leite artificial substitui de maneira adequada todos os nutrientes específicos e necessários para o bebê que estão presentes no leite materno.

Além dos claros benefícios para quem recebe o leite, é preciso sempre reforçar o grande gesto de amor ao próximo de todas aquelas mães que realizam a doação para ajudar outras famílias.

CLICK Da cidade

Foto: Laryssa Pronciano

Resultado do Rolezinho contra as encoxadas das meninas do Levante Popular da Juventude em Sampa!

Envie fotos com denúncias ou fatos interessantes do dia a dia da cidade para a seção Click da cidade: leitorsp@brasildefato.com.br

entretenimento

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

BOA & BARATA • boaebarata@brasildefato.com.br

www.coquetel.com.br Cantor de "I Just Called To Say I Love You" e "Isn't She Lovely?"

O funcionário que está sob as ordens de outro Titânio (símbolo)

© Revistas COQUETEL

Produto da digestão do bolo alimentar Antiga medida itinerária (bras.)

(?) gâteau: bolinho de chocolate com creme

Antonio Banderas, ator e cineasta

Forma do martelo O irmão nascido junto com outro

Esporte de Ana Moser e de Giba Naomi Campbell, top model inglesa

Direito do consumidor que adquiriu um bem defeituoso

Rege as leis do trabalho (sigla) Desinência da 2a conjugação Fidel Castro, em relação à religião

Privada de roupas O trabalho feito em ONGs Lagoa do (?), atração de Florianópolis

Mamífero diurno que vive em árvores

Pessoa que guarda segredos (pop.)

Quando o Parte da apressado psique quer ser (Psican.) atendido

Reprodução

Sem mais (?): sem acanhamento Processador de texto da Microsoft

por Patrícia Ditolvo cozinhadapatinha.blogspot.com.br Esta semana a receita é para receber o frio que já chegou. Essa canja é feita só com peito de frango, porque eu gosto assim. Mas também é possível usar outros pedaços. Simples e saborosa combina com a queda da temperatura que chegou com o outono.

INGREDIENTES: – 1 kg de peito de frango cortado em cubos – 2 cebolas – 1 dente de alho – 3 talos de salsão – 2 cenouras cortadas em rodelas

– 2 tomates picados – Sal e pimenta do reino – Azeite – Meio copo de vinho branco – 1 xícara de arroz cru – 1 punhado de salsinha picada

Político inescrupuloso Sombrio

Artigo que expressa a posição do dono da mídia

G Lance que leva a torcida à loucura (fut.)

Orçamento Participativo (sigla) Primata da ilha de Madagascar

Produz som

O Competição de carros disputada em dupla

MODO DE PREPARO: Murchar a cebola no azeite. Juntar o alho, o sal, a pimenta e refogar o frango. Jogar o vinho e deixar evaporar. Cobrir com água e aumentar o fogo até ferver. Colocar o salsão, a cenoura e o arroz. Misturar e deixar ferver em fogo baixo até ficar macio. Acrescentar o tomate, deixar ele quase desmanchar. Colocar a salsinha, acertar o sal, desligar o fogo e servir!

Rolando (?), personagem de humor (TV) Dança do (?), arte de odaliscas Samuel Morse, inventor do telégrafo Ultrapassar os limites (em uma discussão)

“(?) Maria”, minissérie com Cláudia Raia

(?) Norte, bairro de Brasília Museu de Arte Moderna (sigla)

Ruim, em inglês Pôs as mãos em "Internacional", em OIT

Tipo de ataque da Otan na Líbia (2011)

BANCO

3/bad — god. 4/peri — word. 5/légua — petit — quimo. 6/lêmure.

CANJA DA PATINHA

Nívea Stelmann, atriz

L O

"(?) Save the Queen", hino britânico

Come com sofreguidão

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Solução V R N O C L E A R I TE U E L G O G O G O A L L E R M A B U LI A R D E I

T R O C A D O P R O D U T O

Keka Campos, astróloga |keka@ezdp.com.br

P L T E E T G I U N T A U A Q D U E M A V T O R I R E A S A S P O L B A R

A espiritualidade desempenhará um forte papel esta semana e estaremos propensos a vê-la de outras formas e com outros significados.

O astral também engloba todo o tipo de conhecimento adquirido fora das escolas, por conta e vontade própria. Culturas, filosofias e religiões diferentes do que estamos acostumados podem surgir neste momento, abrindo-nos para visões novas do mundo exterior e interior.

Q S U BA T I O E M E V O L I B P E R I W O R O D N S E D I T V E N T R I S M E X TR A B O M

Horóscopo • 16 a 22 de maio de 2014

Áries - 21.03 a 20.04 Todo cuidado é pouco. Está com energias abundantes e pode utilizá-las insensata ou impetuosamente. É importante que leve seus projetos até o fim e não caia em distrações ou longas pausas, pois pode entrar na inércia.

Câncer - 21.06 a 22.07 Talvez viva conforme tradições antiquadas e devido a tais concepções de vida, não consiga se aproximar das pessoas. Tente apreciar as experiências - principalmente as desagradáveis para aproveitá-las em ações futuras.

Libra - 23.09 a 22.10 Evite usar o charme e magnetismo pessoal para realizar seus planos de modo excessivamente egoísta e manipulador com as pessoas de seu meio – particularmente as do sexo oposto. Exerça a justiça que tanto prega.

Capricórnio - 22.12 a 20.01 Está demasiadamente reservado e sério, o que não facilita suas relações pessoais. O que mais impede seu sucesso é a incapacidade de gostar um pouco de si mesmo, rir de si mesmo e relaxar ao cometer equívocos.

Touro - 21.04 a 20.05 Pode haver problemas emocionais, particularmente, na relação íntima, pois tende a colocar seus desejos sexuais acima de tudo. Além disso, parece não estar bem certo do que quer, agravando os conflitos.

Leão - 23.07 a 22.08 Está se dedicando de corpo e alma e não lhe falta coragem para corrigir certas coisas em sua vida, se for preciso. Com certeza, notam-se as suas ações, que podem desempenhar um papel ativo nos acontecimentos.

Escorpião - 23.10 a 21.11 Você tenta viver intensamente, como “8 ou 80”, o que pode chocar as pessoas. Examine os motivos nos quais se baseia essa atitude, pois é possível que se deva a uma vaidade egoísta que tenda para atos insensatos e fúteis.

Aquário - 21.01 a 19.02 Está temperamental. Pode, às vezes, ficar irritado ou mostrar aversão a qualquer tipo de rotina e disciplina. Evite tornar-se exageradamente volúvel e prepare-se para mudanças abruptas e radicais.

Gêmeos - 21.05 a 20.06 Neste momento, o campo mental está favorecido e você deve dominar bem tanto a língua escrita quanto a falada - e faz questão disso.

Atividades ligadas à criatividade e artes em geral estão favorecidas.

Virgem - 23.08 a 22.09 Está trabalhando de maneira construtiva e sabendo aproveitar as suas faculdades intelectuais. Sabe dominar quaisquer ataques de nervosismo ou desequilíbrio emocional, afim de garantir sucesso profissional.

Sagitário - 22.11 a 21.12 Você pode conseguir organizar negócios financeiros eficientemente. Porém, está sujeito a caprichos extremos e empenhar toda sua energia em um ponto que pouco depois não lhe parece mais nem um pouco importante.

Peixes - 20.02 a 20.03 É possível que não veja sua situação atual com o devido realismo. Tenha cuidado para não relaxar demais, isso levaria a um caos emocional. Evite o consumo de álcool/drogas e iniciar negócios financeiros duvidosos.

14 cultura

Após sete anos, Nação Zumbi volta em novo disco com ótimas composições

ROck Último álbum da banda havia sido lançado em 2007 por Rafael Tatemoto

Sete anos. Esse foi o período que os fãs da Nação Zumbi tiveram de esperar para poder escutar um álbum de inéditas da banda. O disco, intitulado apenas com o próprio nome do grupo, é o sucessor do aclamado Fome de Tudo, de 2007, e marca a versatilidade dos artistas enquanto compositores e intérpretes.

Nascida no início da década de 1990, em Recife, a banda ganhou a atenção do Brasil e do mundo em 1994, quando lançou “Da Lama ao Caos”, disco que consagrou a mistura de ritmos pernambucanos, como o maracatu, com o som das guitarras distorcidas, agregando influências

que iam do punk ao rock psicodélico.

No período em que a Nação Zumbi não lançava músicas inéditas, os membros do grupo não se dispersaram completamente. O quarteto Jorge du Peixe (vocais), Pupillo (bateria), Dengue (baixo) e Lúcio Maia (guitarra) não se separou, desenvolvendo o projeto paralelo Los Sebozos Postizos, que toca músicas de Jorge Ben com elementos de dub e groove.

Atualmente, o grupo conseguiu lançar seu oitavo

disco de estúdio, que conta com Toca Ogan (percussão) e Gilmar Bola 8 (tambores), e teve o apoio financeiro do projeto Natura Musical.

Com 11 canções, os destaques do álbum, além do single “Cicatriz”, ficam com a empolgante “Defeito perfeito”, a dançante “O que te faz rir”, e a roqueira “Bala perdida” que traz a letra mais intrigante do disco. Há também “Melhor hora da praia”, parceria com Marisa Monte que conta até mesmo com orquestração. Por último, “Foi de amor” lembra muito as músicas dos primeiros álbuns, e com um verso que serve para toda a playlist: “não tem contraindicação”.

No Youtube, é possível ouvir no link: http://goo.gl/TYHgUB

Wagner Moura interpreta salva-vidas gay em “Praia do Futuro” Estreia essa semana nos cinemas da cidade “Praia do Futuro”, de Karim Aïnouz, com Wagner Moura no papel principal. O longa conta a história de Donato (Moura), um cearense que se muda para a Alemanha após se apaixonar por um alemão, Konrad.

Uma vez na Europa, Donato rompe com seu passado e mesmo com sua família. Porém, sua imagem fica gravada na memória do irmão mais novo Ayrton, que se lembra de Donato como um ótimo nadador, salva-vidas

na Praia do Futuro.

Oito anos após o sumiço de Donato, Ayrton aprende rudimentos da língua alemã e sai em sua busca. O encontro ocorre numa outra praia, de Hamburgo, fria e cinzenta, bem diferente da praia cearense quente e colorida. A identidade dos personagens e o pertencimento ao lugar de origem são alguns dos principais pontos abordados no filme.

Rodado em Fortaleza, Berlim e no Mar do Norte, o longa competiu no festival de Berlim, em fevereiro, após

seis anos sem participações brasileiras no prêmio. Além de Wagner Moura, conta com as atuações de Clemens Schick (Konrad) e do estreante Jesuita Barbosa (Ayrton).

Karim Aïnouz é cearense e vive atualmente em Berlim. Seus filmes mais conhecidos são “Madame Satã” e “O Céu de Suely”. Também atuou como roteirista em “Abril Despedaçado”, “Cidade Baixa” e “Cinema, Aspirinas e Urubus”. (da Redação)

hip-hop e afins

por DJ Cortecertu

DIvulgação

Em livro, jornalista registra a trajetória do pioneiro do hip-hop O hip-hop conquistou espaço e respeito no Brasil, mas também herdou a ideia do “país do futuro”. Para muitos, o presente apenas serve para observar o futuro, o mercado cobra e rouba o tempo, não há espaço para valorizar a raiz e celebrar o trabalho dos pioneiros.

Há quem siga na contramão, ainda bem. Gilberto Yoshinaga, jornalista e escritor, criou a editora Shuriken Produções para publicar, em parceria com o selo LiteraRUA, o livro Nelson Triunfo – Do Sertão ao Hip-Hop. Nelsão, como é conhecido o dançarino, coreógrafo, músico, ator e educador social, tem parte da sua trajetória contada em 368 páginas. Gilberto Yoshinaga fala sobre o lançamento desta importante obra no atual momento do

hip-hop. “Os artistas daqui querem copiar o modelo dos EUA, mas precisam prestar atenção nos rumos que a cultura está tomando lá. Ficam comentando a possível entrada do Dr. Dre para o mundo dos bilionários, mas esquecem que não precisamos de mais bilionários. Precisamos de um mundo com menos miseráveis”, afirma o autor.

Escrever um livro sobre hip-hop num país de poucos leitores é um desafio que o jornalista não teve medo de enfrentar. Otimista, ele acredita no poder dos mediadores da leitura na periferia. “Tem muita gente que vai pro sarau ao invés de assistir novela”.

Questionado sobre o reconhecimento da importância de Nelson Triunfo, Yoshinaga é contundente. “Elogiar, co-

locar no discurso ou em letras que Nelsão é herói, que é pioneiro, todo mundo faz. Muitos MCs famosos elogiam Triunfo, mas na hora da ação o ignoram ou agem de má fé. São hipócritas”.

Segundo o escritor, os artistas que estão na mídia poderiam aprender com as atitudes do pai do hip-hop brasileiro. “Nelsão frequenta hotel cinco estrelas, mas não deixa de pisar na lama da favela”, conclui.

Nelson Triunfo – Do Sertão ao Hip-Hop, 384 páginas Editora: Shuriken Produções /LiteraRUA Preço: R$ 39,90 Onde comprar: literarua.com.br

{virada cultural 2014} palco luz

palco Teatro Municipal

palco rio branco O palco Rio Branco busca resgatar clássicos da música mundial e nacional. A localização é na Avenida Rio Branco com Rua dos Timbiras, próximo ao metrô República

• Sáb (17), 19h –Velha Guarda Camisa Verde – Um dos grupos mais atuantes entre as velhas guardas musicais das escolas de samba paulistanas, a Velha Guarda Musical do Camisa Verde e Branco se apresentará na Virada.

• Sáb (17), 23h – Otto – Interpreta Canta Canta, Minha Gente do Martinho da Vila, lançado em 1974. No disco, além da faixa-título, podia-se escutar “Disritmia”, a mais tocadas nas rádios de 1974.

• Dom (18), 1h – Mart’nália – A cantora sobe ao palco da Luz apresentar sambas de diversos compositores, como Cartola, Vinícius de Moraes, Noel Rosa e outros grandes sambistas. O show tem a direção de Martinho da Vila, pai da artista.

• Dom (18), 17h – Pagode 90 – Projeto que resgata o pagode romântico dos anos de 1990, com a participação de grandes astros daqueles anos de ouro do samba e do pagode no Brasil. Apresentam-se os cantores Chrigor, Salgadinho e Marcio Art.

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O samba será destaque na Virada Cultural no palco da Luz, próximo da estação de Metrô Luz. As apresentações vão do samba de raiz até o pagode que animou a década de 1990.

Este palco, na região da estação Anhangabaú, é marcado por grandes nomes da música brasileira e pelo hip-hop.

• Dom (18), 70h – Ednardo – O cantor interpretará o romance do Pavão Mysteriozo, seu primeiro disco solo, ainda com a referência “Do Pessoal do Ceará”.

• Dom (18), 11:30 – Elza Soares (foto) – A cantora apresentará o show A Bossa Negra (1961), marcado com músicas de samba de raiz. O repertório terá música como “Beija-me” e “O samba brasileiro”.

• Dom (18), 15h – Thaíde & DJ Hum, Hip-hop cultura de rua – É a primeira coletânea de rap brasileira, lançada em 1988, uma semana antes do LP Consciência Black, Vol. I.

• Dom (18), 3h – Cidadão Instigado – Os integrantes do grupo Cidadão Instigado assumiram a responsabilidade de interpretar na íntegra o álbum mais conhecido da banda inglesa Pink Floyd,“The Dark Side of the Moon”.

• Dom (18), 17h – Céu – A cantora subirá ao palco para cantar ‘Catch a Fire’, primeiro disco de reggae a fazer sucesso nos EUA e na Europa e sua boa repercussão criou o cenário perfeito para Bob Marley se tornar um dos ícones da história da música.

palco júlio prestes

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• Sáb (17), 18h – Ira – Depois de um recesso de sete anos, o Ira! está de volta à ativa abrindo a 10ª edição da Virada Cultural. O guitarrista Edgard Scandurra e o vocalista Nasi retomaram os ensaios em março e escolheram a Virada para o retorno triunfal da banda.

• Dom (18), 0h – Vanessa da Mata – O inédito show em São Paulo traz uma surpresa especial, feita por Emicida, admirador da cantora.

O rapper gravou uma apresentação como mestre de cerimônias, que servirá de abertura para os shows da cantora.

• Dom (18), 15h – Luiz Melodia – No show “Luiz Melodia Trio”, o artista interpreta seus maiores sucessos como “Pérola Negra”, “Magrelinha”, “Estácio, eu e você”,“Juventude Transviada”, e “Negro gato.

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Este palco terá ritmos diferentes. Desde o rock, passando pela MPB e chegando ao samba. O palco ficará localizado na Praça Júlio Prestes, Rua Mauá, 1, próximo a estação da CPTM Júlio Prestes

palco arouche Nesta edição da Virada Cultural, o Largo do Arouche recebe o tradicional “Palco Brega”, que acontece desde 2008. Apresentam-se artistas populares dos anos 1970 e 80, além de cantores contemporâneos. A estação de Metrô mais perto do Arouche é a República.

• Dom (18), 3h – Gang do eletro – Banda paraense promete agitar a Virada Cultural com o universo visual e sonoro das batidas do eletromelody, um dos destaques da pulsante cena musical paraense contemporânea.

• Dom (18), 11h30 – Falcão – Com seu estilo irreverente e cômico, o cearense e brega Falcão é conhecido pela tradução da música “Eu não sou cachorro não”, de autoria de Waldick Soriano.

• Dom (18), 16h – Valesca Popozuda (foto) – Famosa pelo hit “Beijinho no ombro”, Valesca também apresenta os funks “Quero te Dar”, “Agora eu sou solteira”, entre outros. A carioca vai mostrar toda sua versatilidade no palco e promete esquentar a plateia.

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esporte

Número de brasileiros jogando por estrangeiros pode ser recorde copa Sete atletas defenderão outras seleções

sil, aliás, é uma das seis seleções que, em 2014, não tem nenhum estrangeiro.

O fenômeno, entretanto, não se restringe a jogadores brasileiros. O

corinthians

são paulo

final

O presidente do Corinthians, Mário Gobbi, pediu ao Cori (Conselho de Orientação), na última terça-feira (13), uma reunião não prevista para debater a autorização de um pedido de empréstimo de até R$ 70 milhões. O encontro será realizado na próxima terça-feira (20), no Parque São Jorge.

O empréstimo não teria ligação com o Itaquerão. O montante, caso seja aprovada sua captção, poderá ser usado para gastos cotidianos, quitação de dívidas, pagamento de salários e até mesmo contratações de jogadores.

Recentemente, o Conselho aprovou a entrada de R$ 350 milhões para serem aplicados na construção de sua arena, que será inaugurada oficialmente neste domingo (18), na partida entre Corinthians e Figueirense, pelo Brasileirão.

Diego Costa se recusou a jogar pelo Brasil e defenderá a Espanha

sábado 17.05 18h30

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domingo 18.05

Kardec faz Neymar é dúvida primeiro treino no Espanhol com bola Neymar não treinou com seus compaEm sua primeira entrevista no São Paulo, Alan Kardec disse que emagreceu quatro quilos durante a negociação que culminou em sua saída do Palmeiras. Isso, porém, não impediu sua participação no treino da nova equipe, na manhã desta quarta-feira (14). O atacante, vestindo a camisa 14, fez sua primeira atividade com bola.

Kardec participou de treino técnico em campo reduzido. Como de costume, Muricy dividiu a equipe em três. O objetivo da atividade foi melhorar o passe e aperfeiçoar a aproximação.

Apesar da rotina treinando, que deve ser mantida nos próximos dias, a torcida deverá esperar para vê-lo em campo.

Como sua transferência é internacional, vindo do Benfica, de Portugal, ele legalmente só pode jogar depois da Copa, com a quando a janela de negociações se abre.

número de estrangeiros escalados aumenta a cada Copa. Na Coréia/ Japão, foram 43. Na Alemanha, 65.

Em 2010, na África do Sul, 74. Para 2014, são 93.

5ª Rodada Rafael Ribeiro/CBF

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Empréstimo pro Timão

Wikimedia

vocou Diego Costa, que vive ótimo momento no Atlético de Madrid, chegou a ser chamado por Felipão, mas descartou jogar pelo Brasil.

A única exceção à regra é Marcos González, que jogará pela seleção chilena. Apesar de nascido no Brasil, o zagueiro se mudou e passou a viver no país vizinho a partir dos dois anos, só voltando em 2012, para jogar no Flamengo. Ele assinou recentemente com o chileno Unión Española.

Se todos realmente jogarem a Copa, será o recorde de brasileiros atuando por outras seleções. O Bra-

Ag. Corinthians

Sete atletas nascidos no Brasil jogarão por outras seleções neste Mundial. A lista da Croácia, por exemplo, anunciada nesta quarta (14), tem dois deles. A primeira equipe a enfrentar os escolhidos de Felipão contará com o meia Sammir, 27, do Getafe (ESP) e o atacante Eduardo Silva, 31, do Shaktar Donetsk (UCR).

Assim como os dois, todos os outros se naturalizaram em outros países por razões profissionais. Pepe, remanescente de 2010, atuará como zagueiro por Portugal. A Itália terá dois volantes brasileiros, Thiago Motta e Rômulo. A Espanha con-

nheiros do Barcelona nesta quarta-feira (14), e sua atuação na ‘final’ do Espanhol contra o Atlético de Madrid, neste sábado (17), na casa do time catalão, ainda é incerta.

O craque brasileiro fez trabalho específico voltado para a recuperação de sua lesão no pé esquerdo. Os defensores Piqué e Jordi Alba, que também se recuperam de lesões, treinaram normalmente e podem participar da decisão do título nacional.

Piqué machucou o quadril no primeiro jogo das quartas de finais da Champions League, exatamente contra o Atlético. Já Alba teve problemas na coxa direita na final da Copa do Rei, vencida pelo Real Madrid.

O Atlético de Madrid lidera o Campeonato Espanhol com 89 pontos conquistados. O Barça vem logo atrás, com 86, e precisa de uma vitória para conquistar o título dentro de casa.

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