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Lula defende criação da União das Nações Sul-Americanas

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NA SAÚDE

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PRESIDENTE abriu a cúpula, que tem como objetivo o diálogo de agendas em comum entre os países

Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu, na manhã desta terça-feira (30), a Cúpula do Sul, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, ao lado de 11 líderes sul-americanos.

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Em seu discurso de abertura, Lula falou sobre a criação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) em 2008 e defendeu a retomada do compromisso econômico, cultural e social entre os países.

“Não preciso recomeçar do zero. A Unasul é um patrimônio coletivo. Lembremos que ela está em vigor, sete países ainda são membros plenos. É importante retomar seu processo de construção, mas ao fazê-lo, é essencial avaliar criticamente o que não funcionou e levar em conta transições”, disse. O presidente brasileiro disse que nos últimos anos “deixamos que ideologias nos dividissem interrompessem o esforço da integração”.

“Abandonamos canais de diálogo e mecanismos de cooperação e, com isso, todos perdemos”, acrescentou.

Lula ainda declarou que “elementos que nos unem estão acima de divergências de ordem ideológica”. “Da

Patagônia e do Atacama à Amazônia, do Cerrado e dos Andes ao Caribe, somos um vasto continente banhados por dois oceanos. Somos uma entidade humana, histórica, cultural, econômica e comercial, com necessidades e esperanças comuns”, afirmou Lula.

O presidente ainda citou uma série de iniciativas que poderão ser tomadas pelo bloco sul-americano:

• criar program colocar a poupança regional a serviço do desenvolvimento econômico e social, mobilizando os bancos de desenvolvimento como a CAF, o Fonplata, o Banco do Sul e o BNDES;

• aprofundar nossa identidade sul-americana também na área monetária, mediante mecanismo de compensaç o mais eficientes e a criação de uma unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas extrarregionais;

• implementar iniciativas de convergência regulatória, facilitando trâmites e desburocratizando procedimentos de exportação e importação de bens;

• ampliar os mecanismos de cooperação de última geração, que envolva serviços, investimentos, comércio eletrônico e política de concorrência;

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• atualizar a carteira de projetos do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN), reforçando a multimodalidade e priorizando os de alto impacto para a integração física e digital, especialmente nas regiões de fronteira;

• desenvolver ações coordenadas para o enfrentamento da mudança do clima;

• reativar o Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde, que nos permitirá adotar medidas para ampliar a cobertura vacinal, fortalecer nosso complexo industrial da saúde e expandir o atendimento a populações carentes e povos indígenas;

• lançar a discussão sobre a constituição de um mercado sul-americano de energia, que assegure o suprimento, a efici ncia do uso de nossos re cursos, a estabilidade jurídica, preços justos e a sustentabilidade social e ambiental;

• criar programa de mobilidade regional para estudantes, pesquisadores e professores no ensino superior, algo que foi tão importante na consolidação da União Europeia;

• retomar a cooperação na área de defesa com vistas a dotar a região de maior capacidade de formação e treinamento, intercâmbio de experiências e conhecimentos em matéria de indústria miliar, de doutrina e políticas de defesa. Presodentes de 11 países estão no Brasil para a reunião: Alberto Fernández (Argentina); Luís Arce (Bolívia); Gabriel Boric (Chile); Gustavo Petro (Colômbia); Guillermo Lasso (Equador); Irfaan Ali (Guiana); Mário Abdo Benítez (Paraguai); Chan Santokhi (Suriname); Luís Lacalle Pou (Uruguai); Nicolás Maduro (Venezuela); e Alberto Otárola (presidente do Conselho de Ministros do Peru), representando a presidente Dina Boluarte, que está impossibilitada de comparecer devido à situação do país desde a deposição do ex-presidente Pedro Castillo. Esta é a primeira cúpula organizada pelo Brasil no terceiro mandato de Lula.

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