D.Antonio: O PNDH-3 é um golpe anti-cristão e anti-família
Filho de D. Antonio, assumiu prontamente o desafio de manter a força da causa monárquica junto aos jovens após o precoce falecimento de seu irmão D. Pedro Luiz no acidente do avião da Air France. “Já desde pequeno o meu pai fala do compromisso que tenho com o País. É um privilégio saber que carregamos isso, de representar e servir o Brasil” Pág.5
188º- Aniversário da Proclamação da Independência do Brasil por D. Pedro I Pág.8 Instituto Brasil Imperial promove encontro monárquico em Recife, capital de Pernambuco Pág.4
Turismo: conheça detalhes do Pantheon dos Andradas, que fica na cidade de Santos Pág.10
Antonyo da Cruz faz, em entrevista, balanço sobre os trabalhos do IBI Pág.3
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D.Rafael, um sopro de novidade no Movimento Monárquico Prezados Monarquistas, Esperamos que os amigos monarquistas e colaboradores do Instituto Brasil Imperial (IBI) recebam com otimismo essa nova edição da nossa Gazeta Imperial. Além dos artigos, matérias e entrevistas, trazemos um sopro de novidade para o nosso movimento: a apresentação do príncipe D.Rafael de Orleans e Bragança. Além do apoio incansável que recebemos do chefe da Casa Imperial, D.Luiz, e dos príncipes D.Bertrand e D.Antonio, trazemos agora D.Rafael que, com coragem, assume a frente da juventude monárquica no lugar do seu saudoso irmão D.Pedro Luiz. Isso é um motivo de grande orgulho. Para nós do IBI isso representa um estímulo para continuarmos o trabalho de resgatar a verdadeira história do Brasil, em especial a do período imperial, constantemente deturpada por aqueles que tentam esconder uma época de grandes transformações. D. Rafael tem a formação digna e completa de quem pode levar isso aos jovens, possibilitando uma visão correta dos aspectos que formaram o nosso caráter. Continuem acompanhando e participando das ações do Instituto Brasil Imperial enviando sugestões, artigos e notícias. Forme um núcleo no seu município. É nas cidades que o movimento deve ser fortalecido. Escreva-nos. Aguardamos você, anote nosso e-mail: presidência@brasilimperial.org.br, visite nosso site e faça sua inscrição: www.brasilimperial.org.br. Com o seu auxílio podemos chegar longe nesse difícil período em que vive o País. Saudações Monarquistas!
Conde D´eu
No dia 28 de agosto de 1922 falecia Dom Luís Filipe Maria Fernando Gastão d'Orleães, o Conde D´eu, marido da Princesa Dona Isabel.
Gazeta Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Ano XV Número 178
www.brasilimperial.org.br
A Gazeta Imperial é uma publicação do Instituto Brasil Imperial. Artigos, sugestões de reportagens, divulgação de eventos monárquicos e imagens podem ser enviados para brasilimperial@brasilimperial.com.br
Alessandro Padin Editor e jornalista responsável alessandro_padin@uol.com.br
Em entrevista, o presidente do IBI, comendador Antonyo da Cruz, faz um balanço das atividade e projeta o crescimento do movimento no País Da redação do IBI
Comendador, qual o balanço que o senhor faz dos trabalhos realizados nesta nova fase do Instituto Brasil Imperial? Comendador Antonyo da Cruz É um trabalho árduo, mas r e c o m p e n s a d o r. E s ta m o s conseguindo ampliar nossos
contatos Brasil afora com metas concretas. E quais são essas metas? Divulgar a verdadeira história do nosso País, que ao longo desse período republicano a história foi recontada de uma forma covarde sobre o período imperial. Todas as informações foram readequadas aos interesses do regime republicano. É possível mudar isso? Comendador Antonyo da Cruz Claro que sim! Sempre que dou uma palestra ou converso com pessoas interessadas, vejo que há uma surpresa quando falo do período imperial. Isso é muito bom. Não vamos esmorecer não! E o IBI, como está? Comendador Antonyo da Cruz Estamos formando núcleos nos municípios, temos um novo site e queremos formar uma militância que vá para
as ruas. Os monarquistas precisam partir para a militância nas ruas! Contar a verdade ao maior número possível de pessoas. E como é a relação com a Casa Imperial? Comendador Antonyo da Cruz Excelente. D.Luiz, D.Bertrand, D.Antonio, D. Rafael e D.Ana acompanham nosso trabalho e sempre colaboram. Estamos em contato com a Pró-Monarquia e discutimos ações conjuntas. Isso vai crescer ainda mais. E a situação política do País? Comendador Antonyo da Cruz Agora, mais do que nunca, os monarquistas precisam se posicionar. Precisamos usar os exemplos de D. Pedro II, D. Isabel, democratas que legaram um País livre. Curioso que o Partido Republicano agia normalmente durante o Império. Quando os republicanos tomaram o poder a força, não permitiram a ação dos monarquistas. Isso continua até hoje. Além disso, os países do mundo que têm uma Monarquia Constitucional tem os melhores índices de desenvolvimento
humano. O resgate da história é importante para isso, não é? Comendador Antonyo da Cruz Sem dúvida. É importante falar a sociedade que o período onde a imprensa teve mais liberdade foi durante o período de D.Pedro II. Porque ninguém fala isso? Quem mais foi confrontado, alvo de caricaturas e nunca pensou em perseguir jornalistas? Hoje vemos agressões diárias a liberdade de opinião. Vivemos um período difícil, mas temos como superar. O IBI quer ajudar nesse processo. Qual os próximos passos do IBI? Comendador Antonyo da Cruz Queremos ampliar nossa ação nos municípios e atrair um número maior de participantes que nos ajude a fazer um trabalho ainda melhor. Queremos que acompanhem o nosso site, mandem notícias, artigos. Como já disse, é hora de se posicionar. O Brasil pode caminhar para um regime de exceção, aliás comum no período republicano. A democracia é um valor da monarquia constitucional. O povo precisa saber disso.
“D.Luiz, D.Bertrand, D.Antonio, D. Rafael e D.Ana acompanham nosso trabalho e sempre colaboram. Estamos em contato com a Pró-Monarquia e discutimos ações conjuntas. Isso vai crescer ainda mais” Comendador Antonyo da Cruz, presidente do IBI
“Convido todos os amigos da região a participar desse encontro. É um forma de expormos os avanços do IBI e atrair cada vez mais pessoas para participar das nossas atividades”, disse o presidente do IBI, Comendador Antonyo da Cruz.
Priscila Menin: juventude antenada com os valores do movimento monárquico
Da Redação do IBI
O Instituto Brasil Imperial promove no próximo dia 16 de setembro, em Recife, Pernambuco, uma reunião especial com os amigos da região para fortalecer o Movimento Monarquista em Pernambuco. O encontro acontecerá a partir das 17 horas na sede da OCB/Sescoop (Rua Manoel Joaquim de Almeida, 165,1º andar) , no bairro Iputinga. “Convido todos os amigos da região a participar desse encontro. É um forma de expormos os avanços do IBI e atrair cada vez mais pessoas pa r a pa r t i c i pa r d a s n o s s a s atividades. Pernambuco é uma terra d e g r a n d e v a l o r pa r a n ó s , monarquistas”, disse o presidente
A candidata a deputada federal pelo PP de São Paulo, Priscila Menin (1187), reuniu-se com o presidente do IBI, Comendador Antonyo da Cruz, para conhecer os trabalhos do instituto e colocar-se a disposição para qualquer ação que venha a enaltecer os valores monárquicos no País. “Foi uma honra saber que há candidatos interessados em conhecer o nosso trabalho a judar a desenvovê-lo ainda mais”, disse o presidente do IBI.
O presidente do IBI, Comendador Antonyo da Cruz, estará presente
do IBI, Comendador Antonyo da Cruz. Os interessados podem confirmar presença pelos telefones 8196642051 e 81-87430936, falar com Ednaldo Amâncio.
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“Falam em democracia, mas que democracia? Nos dão a opção de dois ou três que são de um mesmo grupo e acabamos não tendo um chefe de estado que represente dignamente o País”. Príncipe tem opiniões fortes e a dignidade de um estadista Da Redação do IBI
“Já desde pequeno o meu pai fala do compromisso que tenho com o País. É um privilégio saber que carregamos isso, de representar e servir o Brasil”. Foi assim que o príncipe Dom Rafael de Orleans e Bragança começou a conversa com reportagem da Gazeta Imperial durante o XXI Encontro Monárquico realizado pela Casa Imperial do Brasil e a Pró-Monarquiano dia 5 de junho no Hotel Flórida, na Bairro do Flamengo, Rio de Janeiro. Filho de D. Antonio, assumiu prontamente o desafio de manter a força da causa monárquica junto
aos jovens após o precoce falecimento de seu irmão D. Pedro Luiz no acidente do avião da Air France. Humilde e revelando preparo, apesar de ter apenas 24 anos, D. Rafael sabe da importância que tem para o futuro do movimento no País. Em um momento que vivemos uma crise de valores, ele mostra, com o próprio exemplo, como se deve portar um estadista. “Eu sou estudante de Direito e como qualquer outro jovem gosto de esportes, trabalho em uma empresa, estou sempre atento ao mercado de trabalho. Como príncipe, procuro dar o exemplo
pessoal como brasileiro. Acho isso importante. Quando vou fazer uma entrevista para emprego, as pessoas veem o meu sobrenome e logo digo: me avaliem como qualquer outro, pelo que posso oferecer”, afirma. D. Rafael já tem opiniões fortes sobre o regime vigente no Brasil: “Falam em democracia, mas que democracia? Nos dão a opção de dois ou três que são de um mesmo grupo e acabamos não tendo um chefe de estado que represente dignamente o País”. Juventude Para o príncipe, melhorar a
educação é, sem dúvida, o caminho para preparar um futuro para os jovens a começar pela mudança no currículo dos cursos de história. “É muito distorcida. Só lembram de coisas que diminuem o valor do nosso período imperial. Não está certo. Não valorizam o quanto foi bom para a formação do País. Os principais livros de história falam absurdos, grosserias. Não falam do grande avanço que foi o Poder Moderador, fundamental para harmonizar os três poderes”. Outra grande mentira é quando relacionam a Monarquia com a escravidão. “Não veio com a Monarquia. Os Estados Unidos é uma república e tinha escravidão. Os próprios africanos escravizavam”, destacou. Ele tem esperanças no País. “O Brasil é um País muito rico e o povo tem bom caráter, é trabalhador, lutador e empreendedor. O governo atual está dividindo o País. Falta a presença de um estadista que exerça a função do poder moderador”, completou.
D.Rafael durante Encontro Monárquico no Rio de Janeiro. “Já desde pequeno o meu pai fala do compromisso que tenho com o País. É um privilégio saber que carregamos isso, de representar e servir o Brasil”
Conheço alguns de seus inspiradores que, no passado, participaram comigo de debates em televisão e movimentos cívicos. Apesar de divergir de suas idéias - divergência, de rigor, sem possibilidade de conciliação imediata-, respeito-os profundamente, pois, em toda a minha vida, sempre combati idéias e nunca pessoas. Ives Gandra da Silva Martins Professor Titular de Direito Economico da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie e Presidente da Academia Internacionalde Direito e Economia.
Tenho-me debruçado sobre o PNDH-3, nos seus seis eixos diretores, 25 diretrizes com inúmeros objetivos estratégicos e 521 proposições. Conheço alguns de seus inspiradores que, no passado, participaram comigo de debates em televisão e movimentos cívicos. Apesar de divergir de suas idéias d i v e r g ê n c i a , d e r i g o r, s e m possibilidade de conciliação imediata-, respeito-os profundamente, pois, em toda a minha vida, sempre combati idéias e nunca pessoas. Hoje, colocarei questão que me preocupa, na pretendida reformulação do sistema constitucional sobre as forças armadas e de segurança. Pelo sistema atual, as forças armadas têm , nas polícias militar e estaduais, forças auxiliares, que poderão, em momento de crise, ser por elas comandadas, na manutenção da ordem. Não sem razão, o artigo 142 da Constituição Federal permite, se a lei e a ordem forem tisnadas por qualquer um dos três Poderes, que as Forças Armadas sejam chamadas a restabelecê-las pelos poderes atingidos . E a Constituição é clara ao referir-se à atuação para "GARANTIA DOS PODERES CONSTITUCIONAIS, E, POR I N I C I AT I VA D E Q U A L Q U E R DELES, DA LEI E DA ORDEM", como hipótese em que podem ser acionadas as forças militares. Pelo novo PNDH-3 - apenas um plano programático, como o é o Decreto nº 7037/09, que o veiculou , as polícias deixam de ser forças auxiliares das forças armadas,
passando a ser forças da reserva, mas não diretamente a elas subordinadas, mas a um Sistema Nacional de Segurança Pública orientada pela União. Em outras palavras, criam-se dois regimes diferentes, autônomos e independentes, no máximo podendo as forças policiais ser forças de reserva das forças armadas, em caso de conflito externo. Deixam de ser forças auxiliares e sua direção ficará a cargo de um sistema centralizado, o que fere a autonomia federativa dos Estados, ao subordiná-los a um controle superior da União. Teríamos, pois, de rigor, -a não ser que os projetos de emenda constitucional a serem enviados apresentem outro modelo- dois sistemas armados distintos, ficando as forças armadas reduzidas ao combate de eventual inimigo externo, pois , nas crises internas, o Sistema Nacional de Segurança Pública - aliás, com um contingente de pessoas muito maior que o das Forças Armadas terminará por agir, sob a direção da União. Calcula-se, hoje que as forças policiais estaduais ultrapassem em 3 vezes os efetivos das forças armadas. Não creio seja a melhor solução, o enfraquecimento das Forças Armadas. A centralização fere, a meu ver, o pacto federativo das polícias estaduais, e a eliminação do papel de forças auxiliares das FAs, nos termos hoje colocados na lei suprema, é preocupante. Acresce-se à mudança o fato de que o desarmamento - que foi derrotado em plebiscito - , será imposto à população brasileira, com o que os riscos da hipervalorização do Sistema de Segurança Nacional centralizado em mãos do Poder Central, poderá
“Pelo novo PNDH-3 - apenas um plano programático, como o é o Decreto nº 7037/09, que o veiculou - , as polícias deixam de ser forças auxiliares das forças armadas, passando a ser forças da reserva”
gerar intranquilidade institucional, mormente – não é o quadro atual , tenho certeza- se um presidente da República mais inclinado a seguir o modelo criado pela figura histriônica do semi-ditador Chávez, no futuro, fizer uso , “pro domo sua” , de seu poder sobre o Sistema Controlador das Unidades Federativas, neutralizando as Forças Armadas. De rigor, os membros das Forças
Armadas têm uma preparação profissional acadêmica e militar mais demorada e abrangente que as forças policiais. A questão do PNDH-3 merece, pois, um amplo debate , antes que venha a ser implantado pelo governo, com a edição de projetos de emenda constitucional e de lei. E um dos pontos a serem debatidos é o que acabo de apresentar , neste artigo.
Costumo dizer que os hondurenhos puderam derrotar a tempo o Socialismo do Século XXI porque ainda conservam os mesmos valores e princípios que existiam na Venezuela rural de meu pai, que era oriundo de Valera, estado Trujillo. Alejandro Peña Esclusa Preso político do governo da Venezuela. Artigo publicado no Mídia sem Máscara
Frente ao tirano, o pior conselheiro é o medo porque só favorece a permanência do regime no poder. O Antigo Testamento - à parte de refletir a Palavra - é um livro de história, que constantemente exige uma mudança de atitude dos homens. Os distintos profetas advertem o povo de Israel - uma e outra vez - de que se não abandonarem seu apego aos falsos deuses, sofrerão severos castigos. Os "falsos deuses" são aquelas atitudes que degradam a condição divina do homem, afastando-o do verdadeiro amor. E não é Deus quem castiga, senão o homem mesmo, que se causa dano quando opta pelo mal caminho. As obras clássicas - como por exemplo, o teatro de Schiller, Shakespeare e Cervantes - fazem finca pé no mesmo conceito. Frente a duas atitudes reiterativas do ser humano, há dois possíveis desenlaces: o triunfo épico - como os que Guilherme Tell e Henrique V obtêm -, ou a derrota trágica - como as que sofrem Hamlet e Otelo. A Venezuela de hoje encontra-se em um ponto crítico de sua história. Creio firmemente que o desenlace será triunfante, porém isso requer uma mudança de atitude, requer que os venezuelanos dêem um passo à frente. A bonança petroleira trouxe grandes benefícios, entre outros, o desenvolvimento econômico e a conformação de uma ampla classe média profissional, porém também
gerou efeitos nocivos, entre eles, a generalização do consumismo e o apego ao material. Costumo dizer que os hondurenhos puderam derrotar a tempo o Socialismo do Século XXI porque ainda conservam os mesmos valores e princípios que existiam na Venezuela rural de meu pai, que era oriundo de Valera, estado Trujillo. Embora trate-se de uma cidade moderna, viajar a Tegucigalpa foi como retroceder no tempo até a infância, quando acompanhava meu pai em suas viagens pelo território nacional, e éramos recebidos com um trato simples e hospitaleiro. No geral, uma ditadura é manejada por um pequeno grupo de "vivos", sem respaldo popular, que se mantém no poder infundindo terror. Perseguem ou encarceram alguns dissidentes, para que o resto dos cidadãos tenha medo de lutar por seus direitos. O medo surte maior efeito quando, por algum motivo, a sociedade encontra-se debilitada pela deterioração de seus valores. O materialismo e o relativismo impedem que a gente lembre qual é o verdadeiro sentido da vida e a importância de se guiar de acordo com um fim transcendente. Porém, mesmo assim, é evidente a presença de um emocionante despertar nos venezuelanos. Prova disto são os 20.000 empregados da PDVSA que preferiram perder seus empregos antes que ajoelhar-se. Os donos e empregados da RCTV e da Globovisión, que negaram-se a negociar seus princípios, os milhares de jovens que arriscam
sua integridade quando saem para protestar nas ruas, ou os prisioneiros políticos que não negociam, não cedem, não se queixam e não se rendem, entre muitos outros testemunhos que refletem o potencial de resistência que têm os venezuelanos. Entretanto, para assegurar a democracia e recuperar as liberdades, é necessário que muitos mais compatriotas dêem um passo à frente, seguindo o testemunho dos heróis mencionados. Essa é a forma de romper a estratégia do medo. Um exemplo recente de desafio à tirania foi dado pelo diário El Nacional, quando publicou a célebre foto que demonstra o avanço da insegurança em nosso país. Ao ser ameaçado pelo regime, outros diários cerraram fileiras publicando a mesma foto em suas manchetes. Foi uma forma de dizer: "Se você se meter com um de nós, vai ter que enfrentar a todos". Esta atitude valente e solidária se assemelha àquela sustentada pelos estudantes universitários em fevereiro de 1928. Os jovens Rómulo Betancourt, Jóvito Villalba e P í o Ta m a y o , e n t r e o u t r o s , desafiaram a ditadura do general Juan Vicente Gómez, aproveitando a semana do estudante para criticar as características totalitárias do regime. Quando foram feitos presos no Castillo de Puerto Cabello, se apresentaram 200 estudantes mais,
em frente ao "quartelzinho" de Caracas, e pediram para ser igualmente encarcerados. Embora, com efeito, tenham sido detidos, Gómez ordenou pouco depois que os soltassem a todos. Não lhe convinha ter tantos presos políticos ao mesmo tempo. Assim estreou a chamada "Geração dos 28". Frente ao tirano, o pior conselheiro é o medo porque só favorece a permanência do regime no poder. Em troca, os desafios pacíficos e generalizados, como os casos acima mencionados, surtem efeitos d e v a s ta d o r e s n o s g o v e r n o s totalitários. Pressinto que se aproxima a hora em que a sociedade venezuelana recorrerá ao melhor de si, aos episódios mais inspiradores de sua história, a seus direitos inalienáveis e atuará como um só homem para defender o futuro de seus filhos. E quando isso ocorrer, não haverá poder humano capaz de deter a recuperação da democracia e das liberdades. Desde meu "irmão cárcere" quero enviar a meus compatriotas uma mensagem de otimismo: O fim da tirania está próximo! Não tenham medo! Ânimo, tenham esperança!
188º- Aniversário da Proclamação da Independência do Brasil por D. Pedro I A chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil foi episódio de grande importância para que possamos iniciar as justificativas da nossa independência. Rainer Sousa Graduado em História Equipe Brasil Escola
A Independência do Brasil, enquanto processo histórico, desenhou-se muito tempo antes do príncipe regente Dom Pedro I proclamar o fim dos nossos laços coloniais às margens do rio Ipiranga. De fato, para entendermos como o Brasil se tornou uma nação independente, devemos perceber como as transformações políticas, econômicas e sociais inauguradas com a chegada da família da Corte
Lusitana ao país abriram espaço para a possibilidade da Independência. A chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil foi episódio de grande importância para que possamos iniciar as justificativas da nossa independência. Ao pisar em solo brasileiro, Dom João VI tratou de cumprir os acordos firmados com a Inglaterra, que se comprometera em defender Portugal das tropas de Napoleão e escoltar a Corte Portuguesa ao litoral brasileiro. Por isso, mesmo antes de chegar à
capital da colônia, o rei português realizou a abertura dos portos brasileiros às demais nações do mundo. Do ponto de vista econômico, essa medida pode ser vista como um primeiro “grito de independência”, onde a colônia brasileira não mais estaria atrelada ao monopólio comercial imposto pelo antigo pacto colonial. Com tal medida, os grandes produtores agrícolas e comerciantes nacionais puderam avolumar os seus negócios e viver um tempo de prosperidade material nunca antes experimentado em toda história colonial. A liberdade já era sentida no bolso de nossas elites.
Para fora do campo da economia, podemos salientar como a reforma urbanística feita por Dom João VI promoveu um embelezamento do Rio de Janeiro até então nunca antes vivida na capital da colônia, que deixou de ser uma simples zona de exploração para ser elevada à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves. Se a medida prestigiou os novos súditos tupiniquins, logo despertou a insatisfação dos portugueses que foram deixados à mercê da administração de Lorde Protetor do exército inglês. Essas medidas, tomadas até o ano de 1815, alimentaram um
movimento de mudanças por parte das elites lusitanas, que se viam abandonadas por sua antiga autoridade política. Foi nesse contexto que uma revolução constitucionalista tomou conta dos quadros políticos portugueses em agosto de 1820. A Revolução Liberal do Porto tinha como objetivo reestruturar a soberania política portuguesa por meio de uma reforma liberal que limitaria os poderes do rei e reconduziria o Brasil à condição de colônia. Os revolucionários lusitanos formaram uma espécie de Assembleia Nacional que ganhou o nome de “Cortes”. Nas Cortes, as principais figuras políticas lusitanas exigiam que o rei Dom João VI retornasse à terra natal para que legitimasse as transformações políticas em andamento. Temendo perder sua autoridade real, D. João saiu do Brasil em 1821 e nomeou seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil. A medida ainda foi acompanhada pelo rombo dos cofres brasileiros, o que deixou a nação em péssimas condições financeiras. Em meio às conturbações políticas que se viam contrárias às intenções políticas dos lusitanos, Dom Pedro I tratou de tomar medidas em favor da população tupiniquim. Entre suas primeiras medidas, o príncipe regente baixou os impostos e equiparou as autoridades militares nacionais às lusitanas. Naturalmente, tais ações desagradaram bastante as Cortes de Portugal. Mediante as claras intenções de Dom Pedro, as Cortes exigiram que o príncipe retornasse para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma junta administrativa formada pelas Cortes. A ameaça vinda de Portugal despertou a elite econômica brasileira para o risco
que as benesses econômicas conquistadas ao longo do período joanino corriam. Dessa maneira, grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I a líder da independência brasileira. No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram sua força máxima, os defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado requerendo a permanência e Dom Pedro no Brasil. A demonstração de apoio dada foi retribuída quando, em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I reafirmou sua permanência no conhecido Dia do Fico. A partir desse ato público, o príncipe regente assinalou qual era seu posicionamento político. Logo em seguida, Dom Pedro I incorporou figuras políticas próindependência aos quadros administrativos de seu governo. Entre eles estavam José Bonifácio, grande conselheiro político de Dom Pedro e defensor de um processo de independência conservador guiado pelas mãos de um regime monárquico. Além disso, Dom Pedro I firmou uma resolução onde dizia que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia. Essa última medida de Dom Pedro I tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável. Em setembro de 1822, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida. Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I (que estava em viagem) declarou a Independência do país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga.
Imperatriz D. Leopoldina
Monarquista, anuncie seus produtos e serviços aqui José Bonifácio
O monumento foi projetado pelo escultor brasileiro Rodolpho Bernadelli e executado por volta de 1888. Nascido em Santos em 13 de junho de 1763, até os 14 anos Bonifácio estudou em casa, que ficava no terreno onde hoje está o prédio da Câmara Municipal Da Redação do IBI
O Pantheon dos Andradas, instalado em Santos, Litoral de São Paulo, abriga os restos mortais de José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, e de seus irmãos, Antônio Carlos, Martim Francisco e Padre Patrício Manuel. Foi inaugurado em 7 de setembro de 1923. A arquitetura do edifício inspirou-se nos templos maçônicos, pois Bonifácio foi o primeiro grão-mestre da maçonaria no Brasil. Através do portal neocolonial em cantaria lavrada, chega-se ao pequeno átrio que conduz ao interior do prédio. Este é dominado pela estátua jacente de José Bonifácio, tal qual seu corpo foi conduzido do Paço até a Igreja do Carmo, no Rio, em caixão aberto, revestido das insígnias de Cavaleiro de Cristo. O monumento foi projetado pelo escultor brasileiro Rodolpho Bernadelli e executado por volta de 1888. Nascido em Santos em 13 de junho de 1763, até os 14 anos Bonifácio estudou em casa, que ficava no terreno onde hoje está o prédio da Câmara Municipal. Depois estudou em São Paulo, Rio, Coimbra e Paris. Tinha idéias inovadoras como a reforma
agrária, a preservação de rios e matas, a defesa do índio, o voto do analfabeto. Chefe do ministério de D. Pedro I, induziu o monarca a separar o Brasil de Portugal. Ao enviar o príncipe a Santos, em setembro de 1822, pretendia que a proclamação ocorresse em sua cidade natal. Mas uma
indisposição forçou D. Pedro a retornar a São Paulo, onde se registrou o acontecimento. Foi por rebeldia a José Bonifácio, sempre crítico à infidelidade conjugal do monarca, que o irreverente D. Pedro deu a D. Domitila de Castro o título de Marquesa de Santos. O patriarca libertou os escravos agrícolas do governo e mandou vir da Europa 600 colonos livres. Participou da abertura da primeira Assembléia Constituinte, dissolvida por um golpe de estado que o obrigou a exilar-se por cinco anos. Com a abdicação de D. Pedro I, José Bonifácio foi
nomeado tutor do futuro imperador, ato suspenso pela Câmara. Faleceu aos 75 anos. Quando a vila de Santos foi elevada à categoria de cidade, houve a proposta de mudança do nome do município para Andradina ou Bonifácia. Praça Barão do Rio Branco, s/nº. Tel 32015032. Funciona de terça a sexta das 9h às 18h e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. Entrada Franca. Serviço Praça Barão do Rio Branco. Tel 3201-5032. Funciona de terça a sexta das 9h às 18h e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. Entrada Franca.