D.Antonio: O PNDH-3 é um golpe anti-cristão e anti-família No último dia 9 de julho representantes do Instituto Brasil Imperial (IBI), um dos principais alicerces do movimento monárquico no País, estiveram no Flat Olavo Bilac, em Taubaté, com objetivo de implantar um núcleo da entidade na cidade. O presidente do IBI, Comendador Antonyo da Cruz, esteve presente e falou sobre o movimento para todos os convidados Pág.3
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Novo site do IBI permite o cadastro e recadastro de associados O site é democrático e está aberto a colaborações, tais como artigos e notícias. O objetivo é estabelecer o espaço na internet como um ponto de encontro daqueles que compartilham os mesmos ideais e queiram fortalecer o movimento monárquico em todo o País. Pág.4
Em seu blog, jornalista Reinaldo Azevedo defende o Estado de Direito Pág.6
Polícia política de Hugo Chávez prende Alejandro Peña Esclusa ilegalmente Pág.8
Instituto Brasil Imperial vai participar de desfile cívico no Ipiranga, berço da Independência do Brasil Pág.5
O Instituto Brasil Imperial precisa da sua ajuda para ir em frente! Prezados Monarquistas, Inicialmente queremos parabenizá-lo e agradecer sua participação no IBI - Instituto Brasil Imperial. Como tem sido amplamente divulgado, o IBI está crescendo substancialmente e passando por uma grande reformulação, o que pode ser comprovado através das edições da Nova Gazeta Imperial, que é enviada por via eletrônica. Nossa Organização Não Governamental objetiva "'Valorizar os bons costumes do ser humano em geral e do povo brasileiro em particular; defender a conservação do patrimônio histórico, cultural e artístico do Brasil; resgatar a história e cultura do Império, além de difundir e promover ações/atividades educativas, sociais, culturais e científicas; bem como propagar a memória Imperial e o regime Monárquico Constitucional Parlamentar”. Para continuarmos nesta caminhada, que a cada dia soma uma vitória, é preciso da participação daqueles que têm interesse em resgatar a verdadeira história do País. Cadastre-se, colabore e participe das ações e eventos do Instituto Brasil Imperial. Nós já consolidamos a nossa estratégia que é a de partir para ação. Vamos aos municípios e a todos os espaços que nós proporcionam a oportunidade de expor nossas ideias. O momento do País é delicado. Não só as instituições democráticas correm perigo com as constantes violências ao Estado de Direito feitas por este governo, como também a memória é atacada, escondendo-se cada vez mais a verdadeira história do Brasil. É hora de agir e o Instituto Brasil Imperial coloca-se como o veículo para que você tenha voz e participe da construção de um País justo e que respeite as leis, a moral e a índole do povo. Não podemos deixar que implantem no Brasil um regime de influência soviética e cubana, que cerceie a liberdade de opinião, a liberdade religiosa, a liberdade da propriedade, bem diferente do espírito solidário do brasileiro Escreva-nos aguardamos você, anote nosso e-mail: presidência@brasilimperial.org.br, visite nosso site e faça sua inscrição: www.brasilimperial.org.br
Saudações Monarquistas!
presidencia@brasilimperial.org.br
Princesa Dona Isabel No dia 29 de julho de 1846 nascia a Princesa Dona Isabel, a Redentora. O IBI enaltece o exemplo desse símbolo da força feminina no Brasil que ainda não teve exemplo igual
Ano XV Número 177
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A Gazeta Imperial é uma publicação do Instituto Brasil Imperial. Artigos, sugestões de reportagens, divulgação de eventos monárquicos e imagens podem ser enviados para brasilimperial@brasilimperial.com.br
Primeira reunião do Imperial Instituto realiza Instituto Brasil Brasil Imperial é um sucesso encontro para iniciar novo
núcleo municipal em Taubaté Para o presidente do IBI, comendador Antonyo da Cruz, a cidade está em uma região estratégica para o movimento monárquico, pois tem um valor histórico muito grande e fica no eixo Rio- São Paulo Da redação do IBI
No último dia 9 de julho representantes do Instituto Brasil Imperial (IBI), um dos principais alicerces do movimento monárquico no País, estiveram no Flat Olavo Bilac, em Taubaté, com objetivo implantar um núcleo da entidade na cidade. O presidente do IBI, Comendador Antonyo da Cruz, esteve presente e falou sobre o movimento para todos os convidados. “O IBI tem o objetivo de levar à comunidade o resgate da história do período imperial brasileiro, promovendo a cultura e a defesa do patrimônio histórico, bem como o de despertar no cidadão o sentimento cívico de amor pela Nação. Por anos, o movimento
monárquico ficou restrito a algumas reuniões e muito conversa em comunidades na internet. É chegada a hora de sairmos do discurso e partirmos para a ação”, ressaltou. Resgate histórico Para Antonyo da Cruz, Taubaté é uma região estratégica, pois tem um valor histórico muito grande e está dentro do eixo Rio- São Paulo. O objetivo do Movimento é trazer de volta para a sociedade os valores culturais e sociais que, por alguns motivos, foram se perdendo. Também participaram do encontro os coordenadores de Desenvolvimento do IBI Conde Danilo Garcia de Andrade e Jean Tamazato, que organizou a reunião O Comendador acredita que toda a
O presidente do IBI, Comendador Antonyo da Cruz, entre os coordenadores de Desenvolvimento do IBI Conde Danilo Garcia de Andrade e Jean Tamazato, que organizou a reunião em Taubaté
população do Brasil precisa saber da verdadeira história do País. “Existe uma história que não nos foi contada, é preciso saber as verdadeiras origens. A cultura do país está sendo perdida, a nossa moeda precisa retornar ao padrão
do período imperial quando era a primeira do mundo, mais valorizada que a libra esterlina”, afirma. O presidente do IBI falou, ainda, sobre o site www.brasilimperial.org.br, que está atualizado e com as edições completas da Gazeta Imperial.
IBI promoverá concurso de desenho para homenagear Joaquim Nabuco O Instituto Brasil Imperial (IBI) promoverá o concurso de desenho “ O Ano do Centenário da Morte do Escritor Joaquim Nabuco, 2010” – 1ª Edição, com a finalidade de estimular os alunos do ensino fundamental do 6º ao 9º ano e médio a desenvolverem a percepção histórica e cultural do Brasil. O
concurso é dirigido aos alunos do ensino fundamental do 6º ao 9º ano e médio regularmente matriculados em escolas públicas e particulares do município de Taubaté, onde o instituto está formando um núcleo. O tema do desenho versará sobre a vida e obra do pensador, escritor, diplomata, jornalista e abolicionista
Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo. Acompanhe as novidades no site do IBI. “Faremos ações como essa em outros municípios. O objetivo é enaltecer personagens que dignificaram a nossa história no período do Brasil Império”, destacou o presidente do IBI, comendador Antonyo da Cruz.
Novo site do IBI já conta com espaço para cadastro e recadastro de associados “Convoco todos a participarem do IBI! O País vive um momento delicado politicamente e é preciso que nós, monarquistas e admiradores da democracia e Estado de Direito, marquemos nossa posição", frisou o presidente do IBI, comendador Antonyo da Cruz Da Redação do IBI
A internet é, atualmente, um instrumento vital para o fortalecimento do movimento monárquico no País. Ciente disso, o Instituto Brasil Imperial (IBI) reformulou o seu portal w w w. g a z e t a i m p e r i a l . o r g . b r, mesclando informações históricas com atualidades. “É importante que o s m o n a r q u i s ta s t e n h a m o conhecimento da história do Brasil, mas também devem discutir os temas atuais”, destacou o presidente do IBI, comendador Antonyo da Cruz.
Um dos destaques do novo site é a possibilidade de, com mais facilidade e agilidade, as pessoas que queiram participar do IBI possam fazer o seu cadastro. É possível, também, que os associados mais antigos façam um recadastro, atualizando dados. "Convoco todos a participarem do IBI! O País vive um momento delicado politicamente e é preciso que nós, monarquistas e admiradores da democracia e Estado de Direito, marquemos nossa posição", frisou. Artigos e notícias O presidente do IBI afirma que o site é democrático
O objetivo é estabelecer o espaço na internet como um ponto de encontro daqueles que compartilham os mesmos ideais e queiram fortalecer o movimento monárquico em todo o País.
e está aberto a colaborações, tais como artigos e notícias. O objetivo é estabelecer o espaço na internet como um ponto de encontro
daqueles que compartilham os mesmos ideais e queiram fortalecer o movimento monárquico em todo o País.
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IBI vai participar do Desfile Cívico em homenagem ao Bairro do Ipiranga, em SP Um dos grandes responsáveis por essa vitória foi Guilherme Teodoro Mendes, um das figuras mais respeitadas do bairro e Coordenador de Desenvolvimento do IBI. Evento vai acontecer no dia 12 de setembro, a partir das 8h30 horas Da Redação do IBI
O Instituto Brasil Imperial (IBI) vai participar do Desfile Cívico em comemoração aos 426 anos do Bairro do Ipiranga, berço da Independência do Brasil. Bandeiras históricas como tema , com acompanhamento de banda, vão participar do evento, que acontece 12 de setembro, com início às 8h30, no Parque da Independência localizado na Avenida Nazaré. "É uma conquista para o IBI. Nada mais simbólico do que enaltecer a independência do Brasil e o início do nosso Império no bairro onde tudo começou. Tenho certeza que esse é o começo de outros projetos que
faremos no local, que tem tudo relacionado a Monarquia", afirmou o presidente do Instituto Brasil Imperial, comendador Antonyo da Cruz. Um dos grandes responsáveis por essa vitória foi Guilherme Teodoro Mendes, um das figuras mais respeitadas do Ipiranga e coordenador de Desenvolvimento do IBI .Ele é, inclusive, um dos que mais lutam para que o desfile oficial de 7 de setembro volte a ser realizado no Monumento do Ipiranga.Essa briga, segundo Guilherme, continua. "Eu quero lutar para que no ano que vem o desfile oficial de 7 de setembro ocorra no Monumento do
Guilherme: "Eu quero lutar para que no ano que vem o desfile oficial de 7 de setembro ocorra no Monumento do Ipiranga e conto com o IBI para brigar por isso. O evento foi transferido para o Anhembi, que não tem nenhuma relação com a história do País"
Ipiranga e conto com o Instituto Brasil Imperial para brigar por isso. O evento foi transferido para o Anhembi, que não tem nenhuma relação com a história do País",
destacou. Merece destaque, também, Antonio Jorge Mansur, grande incentivador do IBI junto à associação comercial do bairro do ipiranga
1) Dom Antônio de Orleans e Bragança recebeu no dia 24 de junho de 2010 a Ordem de Malta em cerimônia no Rio de Janeiro, celebrando juntamente seus natálicios de 60 anos. Estavam presentes membros da Família Imperial, membros do clero e amigos monarquistas. 2) Princesa e herdeira do trono da Suécia, Victoria casou-se sábado dia 19 de junho de 2010 com seu exprofessor de ginástica, Daniel Westling. A Princesa é filha da Rainha Sílvia Renate Sommerlath, que por sua vez é a mais nova dos três irmãos e filha do empresário alemão Walther Sommerlath, que se tornou presidente da subsidiária brasileira da metalúrgica sueca Uddeholm, e de sua esposa, Alice Soares de Toledo, uma brasileira de origem portuguesa e espanhola.
Mundo Real Por Danilo Garcia de Andrade, Guardião de Bobadela
3) Rei Juan Carlos da Espanha recuperou-se muito bem da cirúrgia para retirada de nódulo benigno do pulmão direito no dia 08 de maio de 2010. O Rei está bem disposto e já retomou suas atividades como Chefe de Estado. A Rainha da Espanha, Dona Sofía, assistiu ao jogo na África do Sul ente Espanha e Alemanha. 4) Duque de Bragança, participa de eventos ligados a Fundação Dom Maunuel II, para arrecadar fundos a causa monárquica
Reinaldo Azevedo: O “Estado de Bem-Estar Democrático!” É o nome de nossa causa! Responsável por um dos blogs de análise política mais acessados do País, o jornalista Reinaldo Azevedo, um dos mais corajosos críticos do atual governo, lança um manifesto em defesa da democracia no País Da Redação do IBI
Responsável por um dos blogs de análise política mais acessados do País, o jornalista Reinaldo Azevedo, um dos mais corajosos críticos do atual governo, lança um manifesto em defesa da democracia no Paí intitulado “Uma carta aos leitores. Lanço hoje uma luta e volto a ser um militante: minha causa, agora, é o ´Estado do bem-estar democrático”. O endereço é http://veja. abril.com.br/blog/reinaldo/. Veja o artigo na íntegra: “Leitores do Tio Rei, não sou do tipo que, invejando a saúde dos jovens, o colágeno de sua pele, cantarola: “Esses moços/ pobres moços/ ah, se soubessem o que eu sei”… Aos 48, ainda não tenho idade pra isso, embora não me fizesse mal nenhum ter agora 25 — de preferência, sabendo o que eu sei, hehe. Brincadeirinha à parte, idade ou juventude indicam, sem dúvida, mais experiência ou menos, mas não necessariamente mais repertório ou menos. Os livros existem também para que nos preservemos de certos enganos, sem que precisemos passar por eles. Por que essa conversa? Compadecem-me um tantinho os jovens jornalistas e candidatos a tanto, ainda nas universidades. Refiro-me a dois grupos em particular: 1) aos que “sabem”, porque bastante lidos, e tiveram ou têm de suportar a patrulha bucéfala em
seus cursos, submetidos à glossolalia ideológica esquerdopata de professores que transformam as salas de aula em verdadeiras madraçais partidárias; 2) aos que se deixaram seduzir, muitas vezes sem nem perceber, pelo “outro mundo possível”, sem se dar conta de que “o outro mundo possível” só foi “impossível” até agora porque, a partir de certo estágio, a civilização resiste ao horror — o que não quer dizer que não possa cair nele, como provaram os fascismos europeus do século passado e o bolchevismo. Como sabem, sou bastante crítico da imprensa, mas não para controlá-la e esmagá-la, como Dilma deixou claro querer no programa que rubricou, mas não tragou. Reconheço que a coisa é realmente complicada para os moços. Como se livrar daquela craca que se grudou ao pensamento, a lhes dizer que sua tarefa não é relatar o que vêem e o que apuram, segundo a regra da ordem democrática, mas promover “justiça social”, como se a dita-cuja fosse um conceito universal ou natural, feito a Lei da Gravidade, e não estivesse ela própria submetida a crivos ideológicos? Como é que essa “meninada” vai entender que essa tal “justiça social” é parte de um discurso organizado de quem tem um projeto bem mais amplo do que simplesmente promover a “igualdade”? É difícil! A questão lhes é proposta,
desde a mais tenra idade — e eu tenho filhas, lembram-se? —, como uma imposição moral, de sorte que a agenda ideológica fica diluída numa conversa pastosa sobre a igualdade, a maldade das elites, o egoísmo… Em que momento esses jovens entraram em contato com o pensamento que assegura, porque isto é história, que é a democracia a grande promotora da justiça social, e não a justiça social a promotora da democracia? Resposta: nunca! Os exemplos estão aí: nos países em que o discurso da justiça social se tornou o redutor do debate público, prosperaram e prosperam as ditaduras; naqueles em que a ordem democrática é tornada questão inegociável, não se admitindo práticas que a solapem, caminha-se progressivamente para a redução das condições que geram as desigualdades, restando a cada indivíduo arbitrar sobre o seu destino, porque este segue sendo o único horizonte que dignifica a vida humana: a escolha. Os dirigentes que transformaram a “justiça social” no objeto último de sua luta caminharam, sem exceção, para a ditadura — e pouco importa saber se seus propósitos eram originalmente bons. Os que fizeram da democracia seu horizonte inegociável tornaram o mundo mais tolerante; produziram a igualdade das leis para que os homens, livres para escolher, pudessem ser desiguais. Sei, no entanto, que há uma espécie de “conspiração da bondade” contra
os fundamentos da democracia. Militâncias particularistas — de gênero, de cor de pele, do meio ambiente, até de categorias profissionais — tomaram o lugar antes ocupado pela velha “luta de classes” e pretendem, a partir de sua visão muito particular de mundo, construir um saber de abrangência supostamente universal. Levadas a efeito todas as suas propostas, seríamos, sem dúvida, menos livres porque teríamos de obedecer aos “superintendentes” das causas. Os jovens se deixam seduzir muitas vezes não porque sejam bobos, mas porque pretendem ser justos; ignoram que certas “causas”, se bem-sucedidas, solapariam justamente o regime de liberdades que lhes permite a manifestação, a organização, o protesto. Esse ímpeto, no mais das vezes, é manipulado por grupos ideológicos — no caso do Brasil, por um partido político em particular: o PT. Partido que, diga-se, em muitos aspectos, não poderia ser mais “da ordem” do que é; no que concerne à democracia, continua a ser da desordem — desordena a democracia. Imprensa e bem-estar democrático Penso naquele programa que Dilma enviou ao TSE, depois substituído por outro, não menos deletério no que respeita à imprensa. A sede de controlar a “mídia” foi reiterada depois, de modo um tanto oblíquo, numa entrevista concedida pelo presidente do partido. Na oposição, os petistas exaltavam
a liberdade de imprensa; no governo, passaram a lastimá-la. Na oposição, contavam com o trabalho da imprensa para chegar ao poder; no governo, querem silenciá-la para continuar no poder. A liberdade, pois, que lhes foi tão útil para a conquista de um objetivo passou a ser um empecilho para a conquista do outro. O “controle da mídia” é uma dessas causas vendidas aos jovens. Nós conhecemos uma das respostas do PT à imprensa que o partido considera “pouco afeita (sic) à qualidade, ao pluralismo e ao debate democrático”: a malograda TV Pública, cuja mensagem se propaga numa vasta e milionária solidão, falando para ninguém. O governo e o partido, nesse particular, não têm conseguido nem mesmo ser doutrinários. O leitor, o telespectador, o ouvinte e o internauta repudiam a imprensa
chapa-branca, o jornalismo a soldo, feito sob mando do estado, do governo ou de um partido. O PT dos vários programas tem, na verdade, um programa só: substituir a sociedade pelo pa r t i d o , d a í a s r e i t e r a d a s tentativas de controlar a imprensa. O jornalismo digno desse nome, que não se confunde com os esbirros a soldo, investiga o poder, questiona os poderosos, fala em defesa dos direitos protegidos pela Constituição. E é alvo permanente dos que preferem se esgueirar nas sombras, atuando à margem da lei. Enquanto extremismos homicidas lutavam para provar a moralidade superior de suas respectivas ditaduras, a imprensa brasileira encarnava a firme, paciente e continuada defesa da democracia e do estado de direito. E tem de continuar livre. Porque quero
continuar a criticá-la! A imprensa, como destacou a Carta ao Leitor da VEJA, na semana passada, não tem lições a receber de quem não compreende o valor universal da democracia e pretende subordiná-la aos interesses de um partido e de grupos de pressão que, sob o pretexto de representar a diversidade, falam em nome de seus próprios preconceitos. A liberdade de imprensa não é uma concessão que governos generosos ou compassivos fazem à sociedade. Ao contrário: os governos é que são uma concessão dos cidadãos à necessidade de um ordenamento jurídico que garanta as liberdades individuais. Elegemos governos para que eles assegurem os nossos direitos, não para que os cassem. Os autoritários transformam o estado e o governo numa finalidade. Para os democratas, eles são meios que asseguram as liberdades
individuais e públicas. A imprensa é o pilar do bem-estar democrático, sem o qual a meta do bem-estar social é promessa vã de embusteiros. Paro (talvez…) uns dias para descansar, mas já estou cheio de ânimo para o retorno. Todos dizem querer o bem-estar social, e essa luta, sem dúvida, já está muito bem r e p r e s e n ta d a e t e m m u i t o s militantes. Saio um pouquinho e volto para a causa para a qual os c o n v o c o : O B E M - E S TA R DEMOCRÁTICO, pouco importa quem vença as eleições. Não permitiremos que façam a nós, em nome de seus princípios, o que jamais faríamos a eles, em nome dos nossos. O “Estado de Bem-Estar Democrático!” É o nome de nossa causa!
Os defensores da democracia não devem aceitar a prisão de Alejandro Peña Esclusa pela polícia política de Hugo Chávez A mais nova agressão a democracia feita pelo amigo do nosso presidente Lula não deve passar despercebida. É preciso espalhar aos quatro cantos do mundo que há um grande movimento capitaneado pelo Foro de São Paulo para implantar regimes de exceção no continente sulamericano Da Redação do IBI
O presidente das organizaçõs UnoAmérica e Fuerza Solidária, Alejandro Peña Esclusa, foi preso no dia 12 de julho pela polícia política do ditador venezuelano Hugo Chávez. Ele é mantido recluso baseado em falsas denúncias sem provas. A mais nova agressão a democracia feita pelo amigo do nosso presidente Lula não deve passar despercebida. É preciso espalhar aos quatro cantos do mundo que há um grande movimento capitaneado pelo Foro de São Paulo para implantar regimes de exceção no continente sulamericano. Do cárcere, Peña Esclusa escreveu a carta abaixo, traduzida por Graça Salgueiro e publicada no site Mídia sem Máscara: "Desde há dois anos tenho esperado meu encarceramento, devido ao trabalho tão efetivo que venho realizando contra o Senhor Chávez e seus aliados do Foro de São Paulo. Nos próximos dias e semanas, se irá divulgando o alcance de tal trabalho. Amigos e conhecidos, e inclusive meus companheiros de UnoAmérica em todo o continente, insistiram comigo em que devia sair da Venezuela e trabalhar desde fora.
"No exterior você poderá ser mais útil à causa; na prisão estará anulado", me diziam. Entretanto, eu lhes respondia: "A Venezuela necessita de líderes dispostos a se sacrificar por sua pátria. Há tanto desencanto, tanto descrédito, que devemos proporcionar ao país dirigentes que dêem testemunho de seu amor pela Venezuela. É a única forma de levantar o moral do povo", disselhes. Ta m b é m r e i t e r e i a m e u s companheiros que esta luta não é só política, senão primordialmente espiritual. Um modelo materialista e ateu não se vence com receitas políticas, senão com valores e princípios transcendentes, encarnados em líderes que, com
seu exemplo, infundam otimismo e esperança. Foi João Paulo II quem derrotou o comunismo na Polônia e não a atuação política, embora a colaboração do Solidarnost tenha sido fundamental. Aqui aproveito para ressaltar que Fuerza Solidaria, a organização que presido, é inspirada naquela mesma luta, daí seu nome. Pelo que foi dito anteriormente, meu encarceramento não só poderia contribuir para a libertação da Venezuela das garras do Castrocomunismo, senão que paradoxalmente, também me ajuda a libertar-me a mim mesmo. Sinto que minha vida cobra um significado especial porque não vivo para meu próprio benefício, senão
para uma causa que é superior a mim. Se com o cárcere meus adversários pensavam em me manter prisioneiro, conseguiram justamente o contrário: libertaram sentimentos e emoções indescritíveis, daquelas que inflam o coração de amor pela pátria. Aos meus queridos compatriotas lhes reitero: Não tenham medo! Ânimo, tenham esperança! Alejandro Peña Esclusa Desde o Irmão Cárcere Caracas, 17 de julho de 2010."
Em carta, Peña Esclusa alerta candidato José Serra sobre os perigos da ligação PT-Chávez-Farc O prisioneiro político Alejandro Peña Esclusa dá uma alerta a José Serra, relembrando atitudes de Lula que confirmam a aliança PT-Farc. O tema vem sendo silenciado pela grande parte da imprensa, que insiste em não revelar os interesses dos membros do Foro de São Paulo em sepultar a democracia na América do Sul Da Redação do IBI
República Federativa do Brasil. O prisioneiro político Alejandro Peña Esclusa dá uma alerta a José Serra, relembrando atitudes de Lula que confirmam a aliança PT-Farc. O tema vem sendo silenciado pela grande parte da imprensa, que insiste em não revelar os interesses dos membros do Foro de São Paulo em sepultar a democracia na América do Sul. O texto foi publicado no site Mídia sem Máscara, com tradução de Graça Salgueiro: Senhor, Dr. José Serra Candidato à Presidência
Tenho o prazer de dirigir-me ao senhor, na oportunidade de respaldar plenamente suas recentes declarações públicas a respeito dos vínculos do Partido dos Trabalhadores (PT) e de Hugo Chávez com as FARC. O PT é o fundador e principal promotor do Foro de São Paulo (FSP), organização à qual pertencem as FARC desde o primeiro dia de sua criação, em julho de 1990, enquanto que Chávez inscreveu-se cinco anos mais tarde, em maio de 1995. Embora o Secretário Geral do Foro de São Paulo, Valter Pomar, se empenhe em negá-lo, lhe asseguro q u e a s FA R C c o n t i n u a m
pertencendo ao FSP até o dia de hoje. Sobre isso, há abundantes provas públicas. Desejo chamar sua atenção sobre as declarações dadas pelo presidente Lula, líder máximo do PT, no passado 29 de abril de 2009, nas quais propôs às FARC transformarem-se em partido político e participar em eleições, evitando dizer que se trata de um grupo terrorista que assassina, seqüestra, extorque e trafica drogas. Esta posição só é explicável pela afinidade ideológica que existe entre o PT e as FARC. Quanto a Chávez, o senhor tem razão quando afirma que "até as árvores sabem" de seus nexos com as FARC. O próprio Chávez os tornou públicos quando pediu um minuto de silêncio pela morte de
"Raúl Reyes", e ao permitir a presença na Venezuela de estátuas de Manuel Marulanda "Tirofijo". As denúncias do governo colombiano na recente Sessão Extraordinária da OEA, sobre a presença de acampamentos das FARC na Venezuela, só vieram reconfirmar o que "até as árvores" já sabiam. Desde 1995 venho denunciando os vínculos de Chávez com a guerrilha colombiana. O acusei penalmente por isso e apresentei provas sobre o tema em cenários internacionais, inclusive no Brasil. Queria convidá-lo a aprofundar seus conhecimentos sobre o Foro de São Paulo. Estou certo de que lhe será de grande utilidade não só em sua campanha, mas na segurança e defesa de sua pátria. Despeço-me desejando-lhe o melhor dos êxitos em seus projetos. Muito atenciosamente, Alejandro Peña Esclusa Presidente de UnoAmérica Autor do livro "O Foro de São Paulo, uma ameaça continental" Prisioneiro político
Projeto recupera Rota Imperial São Pedro de Alcântara entre Minas Gerais e Espírito Santo A exemplo do que acontece em Minas Gerais, com a Estrada Real, essa entidade gerencia todas as etapas do resgate histórico e o desenvolvimento turístico da Estrada São Pedro de Alcântara. O objetivo é promover a economia das diversas cadeias produtivas das regiões abrangidas pela Rota Imperial Da Redação do IBI
O Instituto Rota Imperial foi constituído para desenvolver o turismo e a economia dos 31 municípios abrangidos pelo projeto Rota Imperial entre Minas Gerais e Espírito Santo. A exemplo do que acontece em Minas Gerais, com a Estrada Real, essa entidade gerencia todas as etapas do resgate histórico e o desenvolvimento turístico da Estrada São Pedro D’Alcântara. O objetivo é promover a economia das diversas cadeias produtivas das regiões abrangidas pela Rota Imperial, por meio de projetos que envolvam os municípios e a
promoção de ações para o aumento do fluxo turístico. Com o apoio do Ministério do Turismo, o Sistema Findes é o responsável pela gestão do Instituto Rota Imperial e atua, em conjunto com outras entidades, em pa r c e r i a c o m o s g o v e r n o s estaduais do Espírito Santo e de Minas Gerais. Veja a seguir texto de João Eurípedes Franklin Leal, paleógrafo e historiador da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), sobre a história da rota: “No início da colonização portuguesa no Brasil, quando da criação do sistema administrativo
denominado Capitanias Hereditárias, em 1534, foi doada a Vasco Fernandes Coutinho uma área que, em 1535, tornou-se a Capitania do Espírito Santo. Seu território abrangia inicialmente uma enorme área que englobava, além do atual Espírito Santo, boa parte de Minas Gerais e parte de Goiás, pois seu limite se dava pelo meridiano de Tordesilhas. Foi dentro deste território, então percorrido no século XVII por bandeirantes paulistas, ávidos por ouro, prata e pedras preciosas, que um deles, Antônio Rodrigues Arzão, em 1692, nas cabeceiras do rio Casca, na então falada e pouco conhecida Casa do Casca, descobriu, oficialmente, o ouro tão procurado pelos bandeirantes. Foi a partir deste evento que materialmente se concretizou o ciclo do ouro no Brasil, mudando radicalmente a economia e a política colonial. Este ouro, então descoberto na região do rio Casca, foi levado à vila mais próxima, a Vila
de Vitória, sede da Capitania do Espírito Santo. Eram três oitavas de ouro que foram apresentadas ao capitão-mor João de Velasco Molina e aos oficiais da Câmara de Vitória. Deste ouro, ofertado como prova da descoberta, fez-se dois anéis: um para o descobridor Arzão e outro para o Capitão- Mor do Espírito Santo. Este ouro encontrado não foi realmente o primeiro a ser encontrado no Brasil, pois em outras regiões brasileiras o metal já havia sido detectado, mas sempre em proporções pequenas. O que ele representa é o início da maior corrida ao metal, com sucesso, na história recente do homem e que, por cerca de um século, mudou radicalmente a colônia do Brasil. Face a isto, a política governamental do Reino de Portugal procurou se adaptar à nova realidade regulamentando a exploração do ouro, evitando ao máximo seu descaminho ou seu contrabando e agindo de forma a
controlar a produção, a cobrança de tributos e a entrada e saída de pessoas das Minas Gerais. Foi criada a Capitania de São Paulo e Minas Gerais logo depois de desmembrada em duas. Boa parte desse território pertenceu à Capitania do Espírito Santo, que ficou restrita a uma faixa de terra à beira mar. Com a explosiva produção de ouro já nas primeiras décadas do século XVIII, o governo Português, consciente de que quantos mais caminhos houvesse, mais contrabando haveria, delimitou o uso de apenas uma estrada de acesso às minas. Primeiramente, partindo do Porto de Parati, no Rio de Janeiro, o Caminho Velho da Estrada Real, em direção a Ouro Preto foi a rota permitida. Depois foi complementada pelo Caminho Novo, que partia diretamente da cidade do Rio de Janeiro para as Minas Gerais. Foi proibido qualquer outro acesso às Minas e, principalmente, partindo do vizinho Espírito Santo, que se tornou, em expressão da época, a “defesa natural das Minas Gerais”. Era vedado qualquer contato. Era proibida qualquer entrada. E o Espírito Santo, com sua floresta, seus indígenas não muito amistosos e as dificuldades impostas pela natureza, cumpriu, em parte, seu papel. Hoje, entretanto, sabemos que muitos bandeirantes, muitos aventureiros, muitos mineiros cruzaram o território do Espírito Santo no século XVIII, onde mineraram ouro, especialmente na região do vale do rio Jucu, Castelo, Pardo e Itapemirim. Este ouro, por ser de mineração proibida, foi totalmente contrabandeado, não pagando impostos ao governo de Portugal. Um dos mais famosos mineradores foi Pedro Bueno Cacunda que, com seu grupo, explorou o ouro de Castelo de 1705 a 1735, centrado no Arraial de Santana, quando abandonou a região. Outros mineradores percorriam a região, exploravam o ouro e muitos relatavam constantes
ataques de índios puris, sendo famoso o grande ataque de 1771 que, com vitória indígena, retirou da região, do rio e da serra do Castelo, boa parte dos aventureiros. Entretanto é bom lembrar que, se no lado do Espírito Santo era proibida abertura de estradas, no lado mineiro isto não acontecia e mapas de Minas Gerais, da segunda metade do século XVIII, já mostravam caminhos em direção ao Espírito Santo, seja via vale do rio Doce, seja em direção à região mineira do rio Casca e do rio Manhuaçu. Mas, ao findar do século XVIII, a mineração de ouro em Minas Gerais estava já decadente e o governo português procurava buscar alternativas de riquezas na região. No século XIX, o Espírito Santo foi brindado por uma seqüência de governantes que primaram pela boa qualidade de atuação. Eram eles: Antônio Pires Pontes (1800 – 1804), Manoel Vieira Tovar (1804 – 1811), Francisco Alberto Rubim (1812 – 1819) e Baltazar de Vasconcelos (1819 – 1822). Todos foram figuras ilustres, de ótima formação intelectual e amigos pessoais da administração central, ressaltando principalmente Francisco Alberto Rubim que, entusiasmado com as qualidades do território do cento e do sul do Espírito Santo, procurou promover seu desenvolvimento. Mas a idéia de uma ligação regular entre Espírito Santo e Minas Gerais já estava presente no governo de Antônio Pires Pontes, que via no rio Doce o caminho ideal e chegou a anunciar sua abertura à navegação em 1802. Em 1811, foi sugerido ao Ministro do Príncipe Regente D. João, Conde de Barca, que a “nova estrada que de Minas Gerais se dirige pela Serra dos Arripiados e que segundo dizem, vai até a Capitania do Espírito Santo por esse rio de Santa Maria se efetuasse, seria esta comunicação d e m a i o r v a n ta g e m q u e a navegação do rio Doce”. Foi nesse contexto que o Príncipe Regente D. João emitiu uma Instrução Real, em
11 de abril de 1814, que gerou ofício de mesma data ordenando a construção de uma Estrada Real ligando Vitória, no Espírito Santo, a Ouro Preto, em Minas Gerais. Era governador do Espírito Santo Francisco Alberto Rubim, amigo pessoal do Ministro Conde de Barca, principal político da Corte do Rio de Janeiro. Nesta mesma data foi encarregado da abertura da estrada denominada de São Pedro de Alcântara o Tenente Coronel Ingnácio Pereira Duarte Carneiro. Sua tarefa seria de abrir uma estrada a partir do Porto de Cachoeiro de Santa Maria. Em 23 de maio de 1815 foram dadas as novas instruções ao encarregado da obra da estrada, estabelecendo o fornecimento de soldados e índios, a criação de quartéis de proteção na estrada de três em três léguas com três homens, armas, ferramentas e mantimentos. Finalmente, em 28 de agosto de 1816, o Tenente Coronel Ignácio Pereira Duarte Carneiro comunicou oficialmente ao Governador do Espírito Santo, Francisco Alberto Rubim, a conclusão da Estrada Real ligando a Capitania de Minas Gerais com oito quartéis de proteção no
Espírito Santo e que o encontro do grupo mineiro se deu próximo às margens do rio Pardo. De imediato, em 04 de dezembro de 1816, D. João VI assinou a Carta Régia destinada ao Governo do Espírito Santo na qual ordenou a promoção da comunicação entre Espírito Santo e Minas Gerais, a abertura de outras estradas complementares sempre guarnecidas de tropas, que se examinasse o uso dos rios para navegação, que por dez anos fossem isentas de impostos as mercadorias que aí transitassem, assim como dos produtos aí cultivados. Ordenou ainda que se promovesse a lavra do ouro nas minas do Castelo e arredores, que anualmente fossem levados ao Rei os progressos da região, que se promovesse a pacificação dos indígenas tratando-os com brandura, mas aos hostis que fossem radicalmente castigados. Em 1818, a estrada foi minuciosamente medida, trecho a trecho, descrevendo-os de tal forma que este documento foi básico para na atualidade se identificar seu itinerário. A medição, desde Cachoeiro do Rio Santa
Maria até Ouro Preto, totalizou 71 léguas e ¾. Entretanto, assim que a estrada passou a ser usada houve constantes reclamações dos mineiros quanto ao porto de chegada no rio Santa Maria situado ao fundo da Baía de Vitória, devido haver necessidade de percorrer todo um longo trecho sobre canoas, descendo o rio para se chegar ao Porto de Vitória. Em conseqüência, viabilizou-se um novo ramal em 1817, que se dirigia, através da povoação de Viana, ao Porto Velho de Itacibá, em Cariacica, onde havia a travessia para a cidade de Vitória. Este caminho novo sobrepujou, mas não anulou o antigo ramal. Os quartéis espaçados pela estrada foram algumas vezes modificados de localização ou mesmo desativados definitivamente. Inicialmente eram eles: Cachoeiro do Rio Santa Maria (depósito geral), Bragança, Pinhel, Serpa, Ourém, Barcelos, Vila Viçosa, Monforte, Souzel, Chavez, Santa Cruz e Vila Príncipe, todos nomes de cidades de Portugal, sendo pouco depois criados os de Borba e o de Melgaço. O Quartel de Borba ficava na Fazenda pertencente ao construtor
da estrada, Ignácio Pereira Duarte Carneiro. As distâncias eram em léguas: de Vitória a Viana, quatro léguas; de Viana a Borba, duas; de Borba a Barcelos, doze; de Barcelos a Vila Viçosa, três; de Vila Viçosa a Monforte, cinco; de Monforte a Souzel, três; de Souzel ao rio Pardo (Chavez), quatro; do rio Pardo ao rio José Pedro (Príncipe), sete; do rio José Pedro ao Manhuaçu, três; do Manhuaçu ao rio Matipó, duas; do rio Matipó a Cachoeira Torta, duas; de Cachoeira Torta ao Quartel do Casca, três; do Quartel do casca a Ponte Nova, seis; de Ponte Nova a Furquim, sete; do Furquim a S. Caetano, duas; de S. Caetano a S. Sebastião, duas; de S. Sebastião a Ouro Preto; duas ou a Mariana, uma légua. Evidente que, uma vez concluída em 1816, a estrada teve seu uso imediato, mas é escassa a documentação de transeuntes e mercadorias. Entretanto, tem-se comprovação da chegada em 22 de junho de 1820 de uma primeira boiada vinda de Minas Gerais pela também denominada Estrada do Rubim. Mas parece que o empreendimento não deu os
resultados financeiros esperados, apesar das manifestações de surpresa e mesmo de júbilo pelo fato. Também usou de parte da estrada, a principal e mais conhecida expedição de mineiros, ao sul do Espírito Santo, com o objetivo de localizar boas terras para aberturas de fazendas. Foi a expedição chefiada por Manoel Esteves Lima, em 1820, que atravessou do sul do Espírito Santo até a Vila de Itapemirim e que retornou a Minas Gerais após se apossar de terras que deram origem a boa parte das futuras vilas. A busca de boas terras no Espírito Santo foi um empreendimento constante de famílias mineiras que acabaram aí se instalando e mantendo um constante fluxo de idas e vindas entre Minas Gerais e Espírito Santo. Mas o Espírito Santo, após a independência do Brasil, foi penalizado com governos fracos, instáveis e irresponsáveis que contribuíram para uma constante decadência econômica que perdurou até o início do segundo Império. Esta decadência refletiu no uso da Imperial Estrada São Pedro de Alcântara que entrou em processo de abandono com fechamento de quartéis que a protegiam e destruição natural de seu leito. Esta situação se agravou a partir de 1828, fazendo com que as condições de tráfego fossem quase uma impossibilidade conforme ofício de 7 de janeiro de 1831 do Presidente a Província do Espírito Santo. Interessantíssimo observar que, se o trecho Imperial da Estrada São Pedro de Alcântara no Espírito Santo estava nesta precária situação, o trecho em território de Minas Gerais encontrava-se em pleno uso e com crescente movimento. Em função disto, em 1833, o Tenente Coronel Ignácio Pereira Duarte Carneiro propôs sua limpeza e reabilitação o que foi feito com mão de obra de indígenas de Nova Almeida e alemães originários de Bremen que haviam chegado à região. A estrada ganhou novo alento, mas faltavam maiores motivações
econômicas e recursos para sua manutenção. Se ela tinha uso constante desde Ouro Preto até o Caparaó, a partir daí até a região de Viana ou Santa Maria, o movimento era escasso, fruto do empobrecimento de Vitória e do Espírito Santo. Na década de 1830, houve um florescimento da busca do ouro na região do rio Pardo e do rio Castelo, mas sem maiores conseqüências a não ser da movimentação de mineradores. Importantíssimo para a vida da estrada foi o estabelecimento do Aldeamento Imperial Afonsino em 1845, onde hoje é Conceição do Castelo. O aldeamento de indígenas era uma política que há muito se propunha para minorar os choques com puris e botocudos que viviam na região de quase toda a estrada. Responsável por esta política, o futuro Barão de Itapemirim, João Marcelino da Silva Lima reuniu-se com o vicepresidente da Província de Minas Gerais, Quintiliano José da Silva, na vila do Quartel do Príncipe, em 1845. Neste encontro, estabeleceuse a criação do Aldeamento Imperial Alfonsino que foi gerido inicialmente pelo engenheiro Teodorico Wilnes. Nessa época, foi criado um ramal da estrada São Pedro de Alcântara que partia do Aldeamento Imperial Alfonsino para o sul, seguindo pelo vale do rio Castelo à margem sul do rio Itapemirim até a Vila de Itapemirim. Também nesta altura foi criado outro ramal da estrada, que partia do Quartel de Santa Cruz em direção a Alegre. Era a expansão lateral da Estrada do Rubim ou São Pedro de Alcântara. Mas no início da década de 1850, novamente surgiu a reclamação de que a estrada estava intransitável no lado do Espírito Santo e era o próprio governo de Minas Gerais que reclamava, pois era de seu interesse a manutenção da comunicação com Vitória. Um documento de 14 de setembro de 1857 mostra a preocupação dos Governos de Minas Gerais e Espírito Santo no sentido de se manter as comunicações entre as
províncias e lamenta as más condições das estradas, inclusive da São Pedro de Alcântara ou Estrada do Rubim. Para buscar uma solução, o governo de Minas Gerais já enviara seu engenheiro H. Dumont que emitiu, em 1855, um laudo sobre a situação das referidas estradas e as dividiu em itens. No primeiro item, falou do trecho entre Ouro Preto e Abre Campo; no segundo, sobre Abre Campo e o Príncipe, na divisa do Espírito Santo; no terceiro, tratou da estrada entre o Príncipe e Santa Cruz com sua bifurcação para Vitória; na quarta, apreciou o ramal que se abriu de Santa Cruz para Alegre e Cachoeiro; no sexto item, detalhou o trecho entre Santa Cruz e Vitória, com referencias maiores sobre o rio Pardo, Aldeamento Alfonsino, Castelo e o rio Jucu. Dispôs sobre a boa qualidade do porto de Vitória, que seria uma alternativa ao porto do Rio de Janeiro para interesses da Província de Minas Gerais. E concluiu ser muito interessante que se transformasse em boa estrada o percurso que tem um bom clima. Falou da estrada pelo rio Doce, onde há terrenos planos e ótimas madeiras, mas que o clima era “pestilento”. Portanto, com este laudo, Minas Gerais e Espírito Santo passaram a ter um maior e rigoroso interesse na manutenção e melhorias da Estrada São Pedro de Alcântara, que nada mais era que uma Rota Imperial da Estrada Real. O relatório do Engenehiro H. Dumont foi complementado por considerações de 10 de setembro de 1857, que comparou as outras possíveis ligações entre as duas províncias. Tratou da possível Estrada de Santa Tereza, via rio Doce, da estrada pelo Mucuri e da que, saindo de Ouro Preto, passava por Carangola e chegava até a Vila de Itapemirim. Tudo isto tratado, deu-se prioridade à Imperial Estrada São Pedro de Alcântara. Com o incremento da chegada de colonos europeus (alemães,
austríacos, italianos, espanhóis e outros) ao Espírito Santo, foi a estrada usada para os assentamentos de colônias como Santa Leopoldina, Viana, Santa Isabel e Castelo garantindo seu uso constante e intermitente exatamente no percurso onde até então era mais exíguo. D. Pedro II, em sua visita ao Espírito Santo em 1860, usou de parte da estrada na visita que fez às colônias de Santa Isabel e Viana e elogiou sua qualidade no seu infalível e temido diário. As famílias que vieram de Minas Gerais (Mariana, Ponte Nova, Rio Casca, Cachoeira Torta e Abre Campo) para estabelecer fazendas no sul do Espírito Santo continuaram a usar a rota da estrada em suas idas e vindas. Os espírito-santenses que estudavam no colégio do Caraça e em Ouro Preto, como os irmãos Fernando, Bernardino e Jerônimo Monteiro, ou o republicano Bernardo Horta, na década de 1880, foram permanentes usuários, conforme documentação pertinente. A estrada prestou excelentes serviços às duas províncias até o início da República quando, no fim do século XIX e princípio do século XX, houve a expansão ferroviária, especialmente da Estrada de Ferro Leopoldina, que suplantou a velha Estrada do Rubim. Hoje, a Rota Imperial da Estrada Real, ou Estrada São Pedro de Alcântara, é acompanhada de forma quase paralela pela Rodovia Federal BR262, desde Vitória até Minas Gerais, em Rio Casca e, a partir daí, por Rodovia Estadual até Ouro Preto. Entretanto, seu roteiro ou percurso praticamente havia caído no esquecimento e se perdido. Finalizando a exposição, creio ser interessante explicar o conceito de Estrada Real e reflexões complementares. Era denominada, na época do Brasil Colônia, Estrada Real aquela cuja construção havia sido determinada por ordem do Rei e seu custo a cargo de seu tesouro.
Não foram muitas as estradas reais e a aqui tratada foi possivelmente uma das últimas, senão a última, no Governo de D. João VI. Ela foi denominada de Estrada Real São Pedro de Alcântara em homenagem ao Santo protetor da família real portuguesa e, com a independência brasileira e instalação do Império, passou a ser Estrada Imperial São Pedro de Alcântara. Uma estrada real era construída para atender regiões com seus viajantes, moradores e tropeiros e possuía uma largura média de quinze palmos, cerca de três metros. No caso específico da estrada São Pedro de Alcântara, chama a atenção o fato de usar sempre um percurso no alto das montanhas, principalmente desde a região das cabeceiras do rio Casca em Minas Gerais até o litoral do Espírito Santo. A explicação que se percebe, nas entrelinhas dos documentos, é que a estrada teve este traçado por seguir as serras de nascentes de rios e pela suposição, na época, que nos terrenos baixos havia pântanos e charcos, onde “miasmas” provocavam doenças. Portanto, o ato de evitar obras custosas e difíceis, como pontes, e a busca de ares saudáveis, gerou uma rota extremamente montanhosa da nossa estrada. Os quartéis existentes nos primórdios da estrada eram construções pequenas, de pedra e madeira, para abrigar os vigilantes e conservadores da via, que tinham a
obrigação de protegê-la contra ataques dos bandoleiros e de indígenas, conservar seu leito a atender aos passantes em suas necessidades. Alguns quartéis tiveram existência curta, enquanto outros marcaram com seus nomes a região ou deram origem às vilas e cidade. Eram eles espaçados, uns dos outros, por cerca de três léguas, hoje cerca de 20 km, o que costumava representar a jornada de um dia de viagem.Os municípios cruzados pela Rota Imperial da Estrada Real, ou em sua área de influência, são: Cariacica, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Iúna, Muniz Freire, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Venda Nova do Imigrante, Viana e Vitória, no Espírito Santo. Em Minas Gerais são: Abre Campo, Acaiaca, Alto Jequitibá, Barra Longa, Caparaó, Jequeri, Luisburgo, Manhumirim, Mariana, Martins Soares, Matipó, Oratórios, Ouro Preto, Pedra Bonita, Ponte Nova, Santa Margarida e São João do Manhuaçu totalizando trinta e um municípios, sendo quatorze no Espírito Santo e dezessete em Minas Gerais. A Rota Imperial da Estrada Real, ou Estrada São Pedro de Alcântara, ou Estrada do Rubim perfaz, com seus ramais (via Viana e via Santa Leopoldina) um total de quinhentos e setenta e cinco quilômetros de aventuras, belezas, dificuldades, riquezas, esperanças e sonhos”.