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Figura 03 - Planta de pavimento
| 3.1.1 CONTEXTO HISTÓRICO
A CASA
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Figura 03 – Planta de pavimento Fonte: CHAVIOLI, Andrea, 2017. Adaptado pela autora, 2019
Datada da segunda metade do século XIX, seu registro mais antigo é
uma escritura de 1888 que descreve o imóvel como um “chalet de
habitação”, no qual o então proprietário José Maria Talon vende a
propriedade da antiga rua Valinhos (atual rua Major Diego) para Afonso
Augusto Roberto Milliet. Afonso foi o responsável pela ampliação do
pequeno chalé, transformando-o em uma casa de morada, a qual permanece sobre sua posse até 1902, quando o comerciante João
Marques Guerra realiza a compra da residência. Logo após a sua
aquisição Guerra realiza algumas reformas na habitação que conferem
a ela seu estilo neoclássico, e lá permanece até sua morte em 1920. No
mesmo ano a chácara passa a ser alugada por Sebastiana de Mello
Freire (Dona Yayá), que adquire o imóvel em 1925 e o transforma em
sua clínica de repouso particular. (LOURENÇO, 1999, p. 150)
DONA YAYÁ
Sebastiana de Mello Freire, mais conhecida como Dona Yayá,
nasceu em 27 de janeiro de 1887 na cidade de Mogi das Cruzes. Figura
importante da sociedade paulista, Yayá teve sua vida marcada por uma
série de infortúnios; na infância perdeu duas de suas irmãs, em 1990
durante a adolescência perdeu os pais, e em 1905, já na maioridade
perdeu seu único irmão ainda vivo, passando a ser a herdeira exclusiva
da abastada fortuna dos Mello Freire.
Yayá não se casou, e desfrutou da sua liberdade enquanto pode,
até que em 1918 começou a apresentar sinais de
insanidade, diagnosticados como crises de psicose esquizofrênica. Logo
após os primeiros surtos, foi internada em um sanatório por
aproximadamente um ano, e em 1920 se mudou para a residência no
Bexiga, onde viveu até 1961, ano da sua morte. Na falta de herdeiros 29