| 3.1.1 CONTEXTO HISTÓRICO
permanece sobre sua posse até 1902, quando o comerciante João
A CASA
Marques Guerra realiza a compra da residência. Logo após a sua aquisição Guerra realiza algumas reformas na habitação que conferem a ela seu estilo neoclássico, e lá permanece até sua morte em 1920. No mesmo ano a chácara passa a ser alugada por Sebastiana de Mello Freire (Dona Yayá), que adquire o imóvel em 1925 e o transforma em sua clínica de repouso particular. (LOURENÇO, 1999, p. 150)
DONA YAYÁ Sebastiana de Mello Freire, mais conhecida como Dona Yayá, nasceu em 27 de janeiro de 1887 na cidade de Mogi das Cruzes. Figura importante da sociedade paulista, Yayá teve sua vida marcada por uma série de infortúnios; na infância perdeu duas de suas irmãs, em 1990 Figura 03 – Planta de pavimento Fonte: CHAVIOLI, Andrea, 2017. Adaptado pela autora, 2019
Datada da segunda metade do século XIX, seu registro mais antigo é
durante a adolescência perdeu os pais, e em 1905, já na maioridade perdeu seu único irmão ainda vivo, passando a ser a herdeira exclusiva da abastada fortuna dos Mello Freire. Yayá não se casou, e desfrutou da sua liberdade enquanto pode,
uma escritura de 1888 que descreve o imóvel como um “chalet de habitação”, no qual o então proprietário José Maria Talon vende a propriedade da antiga rua Valinhos (atual rua Major Diego) para Afonso Augusto Roberto Milliet. Afonso foi o responsável pela ampliação do pequeno chalé, transformando-o em uma casa de morada, a qual
até
que
em
1918
começou
a
apresentar
sinais
de
insanidade, diagnosticados como crises de psicose esquizofrênica. Logo após os primeiros surtos, foi internada em um sanatório por aproximadamente um ano, e em 1920 se mudou para a residência no Bexiga, onde viveu até 1961, ano da sua morte. Na falta de herdeiros 29